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Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

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Page 1: Guia de Participação

Guia de ParticipaçãoCidadã de Adolescentes

Page 2: Guia de Participação

Escritório da Representante do UNICEF no Brasil SEPN 510 – Bloco A – 2º andar Brasília, DF – 70750-521 www.unicef.org.br – [email protected]

GUIA METODOLÓGICO DO SELO UNICEF – EDIÇÃO 2021-2024

Agradecimentos Agradecimentos especiais às equipes dos governos e municípios dos estados da Amazônia Legal Brasileira e do Semiárido, e também aos nossos parceiros, pelas contribuições a esta edição do Selo UNICEF.

Projeto Gráfico e diagramação Estúdio Sem Dublê

Fotos Alcione Ferreira; Anderson Rodrigues; Duas Estúdio; Harrison Lopes; João Laet; Manuela Cavadas; Raoni Libório; Studio Lumiar; Ueslei Marcelino.

Orientações para reprodução de conteúdo O UNICEF incentiva o uso de seus estudos, pesquisas e relatórios para fins educacionais e informativos, mas todas as publicações da organização estão protegidas por leis e regulamentos de direitos autorais. A autorização por escrito do UNICEF é obrigatória para a reprodução de quaisquer de suas publicações, no todo ou em parte, e em qualquer formato ou meio, incluindo impressos ou eletrônicos. As autorizações para organizações governamentais e não governamentais, instituições educacionais e de pesquisa e indivíduos que trabalham sem fins lucrativos podem ser concedidas gratuitamente, desde que conste menção de crédito ao UNICEF.

Realização Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF

Representante do UNICEF no Brasil Florence Bauer

Representante Adjunta do UNICEF no Brasil Paola Babos 

Coordenador Nacional do Selo UNICEF Mario Volpi 

Coordenadora do Território da Amazônia(OIC) Ofélia Silva

Coordenadora do Escritório do UNICEF em Manaus Débora Nandja  

Coordenadora do Escritório do UNICEF em Belém (OIC) Ida Pietricovsky de Oliveira

Coordenadora do Escritório do UNICEF em São Luiz Ofélia Silva

Coordenadora do Escritório do UNICEF em Boa Vista Marcela Bonvicini 

Coordenador do Território do Semiárido Coordenador do Escritório do UNICEF em Recife Dennis Christian Larsen

Coordenadora do Escritório do UNICEF em Salvador Helena Oliveira Silva 

Coordenador do Escritório do UNICEF em Fortaleza Rui Aguiar 

Coordenadora de Saúde e HIV/Aids Cristina Albuquerque

Coordenador de Educação Italo Dutra

Coordenadora de Políticas Sociais, Monitoramento e Avaliação Liliana Chopitea

Coord.de Desenvolvimento e Participação de Adolescentes Mário Volpi

Coordenador de Comunicação e Parcerias Michael Klaus

Coordenadora de Proteção da Criança e do Adolescente Rosana Vega

Page 3: Guia de Participação

Índice

Apresentação .......................................................................................

Resumão da Participação Cidadã de Adolescentes

no Selo UNICEF 2021-2024 .............................................................

Adolescências, Direitos e Participação Cidadã ...........................

Participação Cidadã de Adolescentes no Selo UNICEF 2021-

2024 ......................................................................................................

O(A) mobilizador(a) de Adolescentes ..........................................

Núcleo de Cidadania de Adolescentes (NUCA) .......................

U-Report e a comprovação da existência do NUCA ..............

Interação com CMDCA e Comissão Intersetorial do Selo ....

Plano de Participação Cidadã de Adolescentes (PPCA) .........

Comprovação da Participação Cidadã de Adolescentes

no Selo UNICEF 2021-2024 — Prazos.........................................

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Temática 1 – Empoderamento de meninas e promoção da

igualdade de gênero ........................................................................

Temática 2 – Prevenção da gravidez na adolescência e a pro-

moção dos direitos à saúde sexual e à saúde reprodutiva ..........

Temática 3 – Enfrentamento ao racismo e outras violências ...

Temática 4 – Promover a mitigação dos riscos e impactos

das mudanças climáticas sobre as crianças e adolescentes ......

Anexo – Modelo do Plano de Participação Cidadã de

Adolescentes ...........................................................................................

Depoimentos ...........................................................................................

Page 4: Guia de Participação

4 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

COMPROMISSO IMPORTANTE: Todas as iniciativas desenvolvidas com apoio do UNICEF devem assegurar a proteção de crianças e adolescentes contra todo e qualquer tipo de violência, abuso e exploração sexual. É indispensável que esse princípio guie toda as ações do município com crianças e adolescentes. O UNICEF tem tolerância zero em relação à exploracao e ao abuso sexual. Qualquer suspeita ou confirmação de discriminação, racismo, xenofobia, intolerância religiosa, LGBTfobia, as-sédio ou outras formas de violência não pode ser tolerada e deve ser, indiscutível e imediatamente, encaminhada para o Sistema de Garantia de Direitos.

6 MUNICÍPIOS DO CEARÁ, RIO GRANDE DO NORTE E PIAUÍ Escritório do UNICEF em Fortaleza. Rua Barbosa de Freitas, 2674 - Dionísio Torres, Anexo II - Edifício Dep. José Euclides Ferreira Gomes, 5º andar, Fortaleza (CE), 60.170-002, e-mail: [email protected]. Parceiro implementador: Associação para o Desenvolvimento dos Municípios do Ceará (APDMCE). Contato: [email protected] / (85) 3271-2052

6 MUNICÍPIOS DA BAHIA, MINAS GERAIS E SERGIPE Escritório do UNICEF em Salvador. Praça Municipal Thomé de Souza, s/n – Edifício Elevador Lacerda – Centro – Salvador (BA), CEP 40020-010, e-mail: [email protected]. Parceiro implementador: Centro Dom José Brandão de Castro (CDJBC). Contato: [email protected] / (79) 3259-6928 / 6971

6 MUNICÍPIOS DE ALAGOAS, PERNAMBUCO E PARAÍBA Escritório do UNICEF em Recife. Praça General Abreu e Lima, s/n. Santo Amaro. Edifício SEDUC/PCR, Recife (PE) – CEP 50040-210, e-mail: [email protected]. Parceiro implementador: Asserte. Contato: [email protected] / (83) 3113-5837

6 MUNICÍPIOS DO AMAPÁ, PARÁ, MATO GROSSO E TOCANTINS Escritório Compartilhado das Agências das Nações Unidas no Estado do Pará. Avenida Nazaré 871, Bairro Nazaré, Belém (PA), CEP 66035-145, e-mail: [email protected]. Parceiro implementador: Instituto Peabiru. Contato: [email protected] / (91) 3222-6000

6 MUNICÍPIOS DO ACRE, AMAZONAS, RONDÔNIA E RORAIMA Escritório do UNICEF em Manaus. Edifício Amazon Trade Center, Rua Franco de Sá, 270/1107 – São Francisco – Manaus (AM), Brasil – CEP 69079-210, e-mail: [email protected]. Escritório do UNICEF em Boa Vista. Universidade Federal de Roraima - Av. Cap. Ene Garcês, n° 2413 - Aeroporto - Bloco de Direito e Música. Sala 105. Parceiro implementador: Visão Mundial. Contato: [email protected] / 0800 707 0374

6 MUNICÍPIOS DO MARANHÃO Escritório do UNICEF em São Luís. Centro Cultural e Administrativo do Ministério Público, Rua Oswaldo Cruz, no. 1396, Centro, São Luís (MA), CEP 65020-251, e-mail: [email protected]. Parceiro implementador: Instituto Formação. Contato: (98) 3301 3882/98103 1155

Page 5: Guia de Participação

5 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Apresentação

A vida dos adolescentes que participam do Núcleo de Cidadania de Adoles-centes (NUCA) é marcada por muitos aprendizados sobre seus direitos e pelo desenvolvimento de habilidades como liderança, comunicação e capacidade de encontrar soluções coletivas para os desafios dessa etapa da vida. Tudo isso faz com que a trajetória para a vida adulta flua com proteção e apoio, aproveitando todo o potencial dessa fase de oportunidades.

Chegou a hora de renovar este ciclo, preparando o caminho para que uma nova geração de adolescentes do Semiárido e da Amazônia se engaje na Edição 2021-2024 do Selo UNICEF. Para saber como, este Guia apresenta a estratégia proposta pelo UNICEF para garantir a mobilização de adolescentes de forma dinâmica, envolvente e responsável.

As atividades aqui propostas complementam os esforços da gestão pública e da sociedade civil na busca por um município com menos desigualdades e com muito mais garantia de direitos para crianças e adolescentes.

Ao longo da implementação do Selo UNICEF 2021-2024, a equipe do UNICEF e seus parceiros implementadores estarão em diálogo constante com os municí-pios, propondo cursos de formação, materiais e orientações para: comprovar as ações de mobilização de adolescentes em torno dos seus direitos; responder às possíveis dúvidas sobre o conteúdo deste Guia; e registrar as histórias inspi-radoras de adolescentes que estarão conosco neste caminho.

Florence BauerRepresentante do UNICEF

Page 6: Guia de Participação

7 6 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Resumão da Participação Cidadã de Adolescentes no Selo UNICEF 2021-2024De 2017 a 2020, mais de 1.500 municípios de 18 estados da Amazônia Legal e do Semiárido Brasileiro, investiram na criação, no fortalecimento e na mobilização dos Núcleos de Cidadania de Adolescentes. Na edição 2021-2024, a participação cidadã de adolescentes continua sendo um dos pilares centrais da iniciativa.

O objetivo das ações propostas neste Guia é ter o maior número possível de adolescentes dos muni-cípios inscritos no Selo UNICEF participando ativamente desta emocionante jornada. Participação é, ao mesmo tempo, um direito e uma maneira de reivindicar direitos, por isso é preciso superar a ideia de adolescentes como cumpridores de tarefas ou mero figurantes e investir no conceito de sujeitos de direitos, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Na prática, a participação de adolescentes acontece no Selo UNICEF por meio dos seguintes passos:

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1. PARTIDA: INDICAÇÃO DO(A) MOBILIZADOR(A)

Indicação de uma pessoa da gestão pública responsável pela mobilização de adoles- centes durante toda a edição do Selo UNICEF.

2. NUCA

Criação ou renovação do

Núcleo de Cidadania de Adolescentes

(NUCA).

3. U-REPORT

Cadastro de pelo menos 16 integrantes do NUCA no U-Report (plataforma de consulta a adolescentes do UNICEF).

4. CMDCA E COMISSÃO

Participação de ado-lescentes do NUCA no CMDCA e na

Comissão Inter-setorial do Selo UNICEF.

5. PLANO DE PARTICIPAÇÃO

Elaboração e implementação de um Plano de Participação Cidadã de Adolescentes como parte do Plano de Ação Municipal pelos Direitos de Crianças e Adolescentes para o Selo UNICEF 2021-2024.

6. COMPROVAÇÃO

A comprovação será feita com a inclusão do

Plano de Participação Cidadã de Adoles-centes no Plano de Ação Municipal pelos Direitos de Crianças e Adolescentes do

Selo UNICEF 2021-2024.

7. CHEGADA

Contribuição do NUCA no Eixo de Participação Cida-

dã e Gestão por Resultado: adolescentes mobilizados para

garantia dos seus direitos e melhoria do município. NUCA

Mínimo de 16 adoles-centes (8 meninas e 8 meninos e/ou outros gêneros) na faixa etária de 12 a 18 anos

Não há limite de participantes. Quan-to mais adolescentes mobilizados(as), melhor

O município pode criar mais de um NUCA que interajam entre si

6 TRILHA DA PARTICIPAÇÃO CIDADÃ DE ADOLESCENTES NO SELO UNICEF 2021-2024

TODAS ASADOLESCÊNCIASE TODOS OSMUNICÍPIOSVENCEM!

Page 7: Guia de Participação

8 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Adolescências, Direitos e Participação Cidadã

No Brasil, adolescente é a pessoa com idade entre 12 e 18 anos incom-pletos, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescentes (ECA). Globalmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu a adoles-cência como a fase de desenvolvimento humano entre 10 e 19 anos de idade, por isso a adolescência é definida também como segunda década da vida.

Mais de 21 milhões de meninas e meninos com idades entre 12 e 17 anos vivem hoje no Brasil, representando 11% do total da população. Nos municípios de abrangência do Selo UNICEF – Amazônia Legal e no Semiárido Brasileiro –, vivem 32,9% dos adolescentes do país. O que deveria ser visto como um enorme potencial, esbarra, muitas vezes, em estigmas e violações de direitos, impedindo o pleno desenvolvimento desse grupo populacional.

Compreender e respeitar as diferentes formas de viver a adolescência e toda sua pluralidade exige conside-rar aspectos socioeconômicos, culturais, ambien-tais, étnicos, raciais, identidades de gênero e as vivências específicas de cada um e cada uma em seu contexto.

O processo de desenvolvimento na segunda década da vida também precisa ser considerado para além das mudanças físicas, por meio da seguinte tríade:

Page 8: Guia de Participação

9 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Somadas à energia, à criatividade e à inovação dessa população, essas características mostram que todos ganham com a participação de adolescentes. Ao dialogar com adolescentes, as equipes gesto-ras conseguem perceber a perspectiva de quem está na ponta das políticas públicas, ou seja, das pessoas que precisam de serviços de qualidade para se desenvolverem por meio de educação, saúde, proteção contra violências, oportunidade de formação profissional e acesso ao mundo do trabalho decente. Sem esse diálogo, os res-ponsáveis pelas políticas públicas não teriam acesso à riqueza das informações que meninas e meninos podem transmitir.

Ao investir em adolescentes, fortalecendo a capacidade de res-ponder às suas demandas, o município cresce acompanhando o crescimento das gerações mais jovens, garantindo que estejam em espaços de tomada de decisão com mais conhecimento, mais habilidades e atitudes favoráveis ao seu próprio desenvolvimento e ao bem-estar coletivo de suas famílias e suas comunidades. Além disso, a realização do direito de adolescentes à participação – pre-visto em marcos legais como a Convenção Internacional dos Direitos das Crianças (1989), a Constituição Federal do Brasil (1988) e o Es-tatuto da Criança e do Adolescente (1990) – é uma responsabilidade de todos e uma exigência para o fortalecimento da democracia.

PARA SABER MAIS CONSULTE:

6 COMPETÊNCIAS PARA A VIDA (UNICEF, 2018) https://cutt.ly/XEoMCN4

6 PARTICIPAÇÃO CIDADÃ DE ADOLESCENTES – Marco de Referência (UNICEF, 2014) https://cutt.ly/sEoMM4X

6 SITUAÇÃO MUNDIAL DA INFÂNCIA 2011 – Adolescência uma Fase de Oportunidades (UNICEF, 2011) https://cutt.ly/SEoMK5C

Page 9: Guia de Participação

10 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Participação Cidadã de Adolescentes no Selo UNICEF 2021-2024

A mobilização de adolescentes no Selo UNICEF 2021-2024 precisa par-tir do princípio da participação como um direito. Adolescentes não devem cumprir tarefas, mas receber apoio para que se expressem, opinem, se desenvolvam, conheçam e reivindiquem seus direitos, colaborando com ideias para o crescimento do município.

O NUCA amplia as oportunidades de adolescentes na medida em que proporciona apoio e proteção para que desenvolvam suas habilidades de comunicação, liderança e planejamento.

É importante manter a atenção para evitar que a participação de ado-lescentes seja figurativa, ou seja, que meninas e meninos apenas apa-reçam em eventos públicos sem que, de fato, expressem sua opinião ou sentimentos. Sua perspectiva é uma fonte preciosa de informação para qualificar políticas públicas, uma vez que dependem da qualidade de serviços e de programas para seu desenvolvimento integral. Por outro lado, também é fundamental estar alerta para não sobrecarregar adolescentes com um excesso de responsabilidades que seriam da gestão pública municipal para certificação do município.

QUEM É RESPONSÁVEL PELA MOBILIZAÇÃO DE ADOLESCENTES NO MUNICÍPIO?

6 Ao aderir ao Selo UNICEF 2021-2024, cada município indica uma pessoa adulta vinculada à gestão municipal para garantir a participação cidadã de adolescentes ao longo de toda a edição. Pela metodologia do Selo UNICEF, essa pessoa é chamada de mobilizador ou mobilizadora de adolescentes.

Page 10: Guia de Participação

O(A) mobilizador(a) de adolescentes

O perfil recomendado é de uma pessoa adulta com até 29 anos de idade e experiência na mobilização de adolescentes. É importante que tenha habilidade de comunicação, facilidade para usar mídias sociais e boa interação com as redes de adolescentes (virtuais e presenciais).

O(a) mobilizador(a) precisa compreender a importância do trabalho intersetorial e promover essa integração, além de ter boa habilida-de de articulação com diversos parceiros do governo e da socieda-de civil. É essencial o compromisso com os princípios dos Direitos Humanos e a capacidade de diálogo, especialmente com adoles-centes afrodescendentes, quilombolas, indígenas, LGBTQIA+, pessoas com deficiência, migrantes, refugiados e outros grupos que caracterizam a diversidade das adolescências no município.

Além das ações previstas neste Guia de Participação de Adoles-centes, o Resultado Sistêmico 4 – Oportunidades de educação, trabalho e formação profissional para adolescentes vai deman-dar uma atenção específica do(a) mobilizador(a) de Adolescentes. Para mais informações, consulte o Guia Metodológico do Selo UNICEF 2021-2024.

11 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Vale lembrar: o papel do(a) mobilizador(a) é dar suporte, orientar e servir de ponte entre o Núcleo de Cidadania de Adolescentes (NUCA) e as instâncias de políticas públicas do município. Dito isso, é importante ressaltar que o protagonismo da participação é das meninas e meninos de 12 a 18 anos.

Também é essencial que o(a) mobilizador(a) esteja sempre em contato com o(a) articulador(a) do município, informando sobre as atividades do NUCA e alinhando as estratégias para integrar, potencializar os esforços e promover a sintonia entre a mobili-zação de adolescentes e as demais estratégias do Selo UNICEF 2021-2024.

Page 11: Guia de Participação

RESPONSABILIDADES:

6 Garantir a criação, fortalecimento e reno-vação do NUCA no município, mapeando, convidando e mobilizando adolescentes dos coletivos organizados, redes, grêmios estudantis, grupos culturais, escolas, as-sociações e serviços como CRAS e CREA, assegurando que as adolescências estejam representadas no NUCA em sua diversida-de de gênero, raça/etnia, orientação sexual, deficiência, zona rural e urbana e demais representações;

6 Garantir que integrantes do NUCA regis-trem sua participação por meio do U-Report Brasil e sugerir que convidem demais adolescentes do município para ingressa-rem também;

6 Participar das capacitações oferecidas pelo UNICEF e/ou parceiros;

6 Garantir o acesso de adolescentes do NUCA às formações online e presenciais sobre o Selo UNICEF 2021-2024, às temá-ticas sobre Participação Cidadã de Adoles-centes (disponibilizadas pelo UNICEF) e outras relacionadas aos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes;

6 Liderar a organização, junto com a Articula-ção Municipal e o CMDCA, dos encontros de adolescentes; e garantir a participação

de adolescentes do NUCA nos Fóruns Comunitários;

6 Apoiar integrantes do NUCA na elaboração e na implementação do Plano de Participa-ção Cidadã de Adolescentes;

6 Assegurar a inclusão do Plano de Participa-ção Cidadã de Adolescentes no Plano de Ação Municipal pelos Direitos de Crianças e Adolescentes;

6 Apoiar os(as) integrantes do NUCA na articulação com as diversas instituições no município que atuam na área da infância e da adolescência, principalmente com o CMDCA e a Comissão Intersetorial do Selo UNICEF 2021-2024;

6 Mobilizar adolescentes do NUCA para partici-pação e desenvolvimento de iniciativas temá-ticas a partir das campanhas de ativações do UNICEF, vinculadas ao Plano de Participação Cidadã de Adolescentes, durante a edição do Selo UNICEF 2021-2024;

6 Comunicar boas práticas e resultados das ações do NUCA ao UNICEF;

6 Registrar as ações do NUCA no Plano de Participação Cidadã de Adolescentes em sincronia com o Plano de Ação Municipal pelos Direitos de Crianças e Adolescentes.

O processo de participação cidadã de adolescente precisa ser absolutamente protegido e livre de violência, dentro e fora do NUCA.

No caso do(a) mobilizador(a) de Adolescentes, é imprescindível que ele(a) esteja preparado(a) para uma relação pedagógica de respeito, apoio e proteção contra qual-quer ameaça ou violação de direitos. Também é importante ficar atento(a): qualquer suspeita ou confirmação de discriminação, racismo, xenofobia, LGBTfobia, intolerância religiosa, assédio e/ou outras formas de violência não pode ser tolerada e deve ser, indiscutível e imediatamente, encaminhada para o Sistema de Garantia de Direitos.

O UNICEF TEM TOLERÂNCIA ZERO AO ABUSO E À EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES.

12 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 12: Guia de Participação

Núcleo de Cidadania de Adolescentes (NUCA)

Todos os municípios inscritos no Selo UNICEF 2021-2024 devem criar e manter ativo pelo menos um Núcleo de Cidadania de Adolescentes (NUCA) com, no mínimo, 16 adolescentes, considerando a paridade de gênero (oito meninas e oito meninos) e a faixa etária de 12 a 18 anos. Se o município já criou um NUCA na edição anterior do Selo UNICEF, ele pode ser fortalecido e renovado com novos integrantes.

Vale lembrar que não há limite em relação ao número de participantes e que, garantido o número mínimo de 16 adolescentes de 12 a 18 anos, outras(os) jovens são bem-vindas e bem-vindos. Também é possível criar mais de um NUCA no município.

Pode-se formar um grupo inicial de adolescentes líderes no município (incluindo integrantes do NUCA da edição anterior do Selo UNICE) que apoiem no processo de mobilização para formar o novo NUCA. Também é possível visitar escolas e serviços de convivência, além de usar as redes sociais, rádios, carros de som, cartazes e outras estratégias de comunicação para convidar meninas e meninos para o primeiro encon-tro do NUCA.

13 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 13: Guia de Participação

O NUCA é um espaço democrático de exercício da cidadania de adolescen-tes do município, uma maneira de proporcionar que se organizem em rede, discutam questões importantes para o seu desenvolvimento, conheçam e reivindiquem seus direitos junto às autoridades. Cada integrante do NUCA tem um papel importante para dar visibilidade às vozes das adolescências, na sua di-versidade, e para fazer do município um lugar com menos desigualdade e mais direitos para meninas e meninos.

Os encontros de integrantes do NUCA podem acontecer no espaço físico de algum equipamento público, como uma escola, o CRAS, a prefeitura, associa-ções de bairros e a sede de alguma organização da sociedade civil; ou também de forma remota, por meio de plataformas digitais. O importante é viabilizar as condições para que o NUCA seja um dinamizador dos coletivos, movimentos, serviços e organizações que congregam adolescentes no município, para que atuem em rede em prol da efetivação dos seus direitos e para que o município seja um lugar seguro para o seu desenvolvimento.

Quanto mais diversidade, maior a representatividade das adolescências do mu-nicípio. Assim, é importante garantir a oportunidade de participação de adoles-centes de diferentes perfis, raças e etnias, com deficiência, gêneros, que vivem na periferia, zona rural, comunidades tradicionais e originárias – quilombolas, indígenas, ribeirinhas – além de migrantes e outros grupos

OS PRIMEIROS ENCONTROS DO NUCA – VIRTUAIS OU PRESENCIAIS (COM TODOS OS PROTOCOLOS SANITÁRIOS) – PODEM TER COMO OBJETIVOS:

6 O cadastro de adolescentes no U-Report, acordos de convivência e comunicação entre integrantes do grupo: por telefone, WhatsApp, Instagram etc.

6 Elaboração do Plano de Participação Cidadã de Adolescentes de maneira democrática, definindo como as ações temáticas serão realizadas nesta edição do Selo UNICEF, assim como um cronograma de implementação.

6 A apresentação do NUCA, seus objetivos, integrantes e o Plano de Participação Cidadã de Adolescentes à Comissão Intersetorial do Selo UNICEF e ao CMDCA, para que essas infor-mações façam parte do Plano de Ação Municipal pelos Direitos de Crianças e Adolescentes.

Ao convidar adolescentes para um evento, sugere-se que se faça uma relação de materiais, transporte, alimentação, recursos audiovisuais, álcool gel, espaço com distanciamento e outros itens importantes para um encontro envolvente, seguro e dinâmico.

Outra providência importante é garantir a acessibilidade para adolescentes com deficiência, desde a escolha do local (se o evento for presencial) até a dispo-nibilização de recursos de comunicação acessível, como tradução em Libras e audiodescrição.

14 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 14: Guia de Participação

U-Report e a comprovação da existência do NUCA

Para comprovar a existência do NUCA e fazer parte de uma comunidade de jovens de mais de 85 países, é necessário se inscrever no U-Report, uma plataforma interativa para adolescentes opinarem sobre suas realidades e receberem informações confiá-veis sobre direitos dessa população.

A inscrição funciona de maneira muito simples, como pode ser vista no quadro ao lado. Um vez inscritas, as pessoas serão convidadas a responder enquetes curtas ou aces-sar centrais de informação sobre temas relevantes às juventudes. As respostas são agrupadas em gráficos abertos ao público geral e podem ser consultadas no site www.ureportbrasil.org.br. Os dados coletados e tratados são usados pelo UNICEF para dar visibilidade às opiniões de adolescentes, além de construir ações e projetos para essa população. O U-Report não identifica cada usuário ou usuária, ou seja, a participação é

anônima, gratuita e segura.

Na Edição do Selo UNICEF 2021-2024, serão organizadas duas comunidades no U-

-Report: uma para adolescentes e outra para adultos(as) mobilizadores(as) de

adolescentes. O sistema irá separar as pessoas cadastradas em dois

grupos para que o UNICEF con-siga encaminhar mensagens diretamente para cada comu-nidade, de acordo com o seu perfil de atuação.

Até 15 de março de 2022, 16 adoles-centes de 12 a 18 anos (8 meninas e 8 meni-nos e/ou outros gêneros) devem fazer o regis-tro no U-Report como adolescente do NUCA.

O registro é individual e deve ser feito por cada integrante do NUCA. Uma vez alcan-çado esse número mínimo, outros(as) jovens do município também podem se inscrever – o que vai ampliar o número de pessoas consultadas nas enquetes, bem como o alcance de informações

confiáveis sobre seus direitos.

15 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 15: Guia de Participação

Se errar em alguma resposta, basta enviar a palavra “Nuca21” novamente que o robô reinicia a interação! Dessa forma o UNICEF consegue contar quantas pessoas de cada município se inscreveram e pode usar o nosso robô para consultar e informar jovens de todo o Brasil sobre seus direitos.

Quem não tem acesso à internet e às redes sociais não fica de fora. Basta que o(a) mobilizador(a) entre em contato com a equipe do UNICEF no seu estado para saber como comprovar a existência do NUCA:

6 CE, PI e RN: [email protected]

6 BA, MG e SE: [email protected]

6 AL, PB e, PE: [email protected]

6 AP, MT, PA e TO: [email protected]

6 MA: [email protected]

6 AC, AM, RO e RR: [email protected]

16 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 16: Guia de Participação

Interação com CMDCA e Comissão Intersetorial do Selo

Propõe-se que a participação de adolescentes no Selo UNICEF 2021-2024 aconteça em diálogo regular com o CMDCA e a Comissão In-tersetorial do Selo UNICEF, garantindo o apoio dessas esferas, desde mapeamento, mobilização de adolescentes que participarão do NUCA, encontros de participantes, eventos do Selo como os fóruns comunitá-rios até o processo de criação e implementação do Plano de Participação Cidadã de Adolescentes. Uma das maneiras de promover esse diálogo é garantindo que o NUCA seja sempre representado por pelo menos uma dupla de participantes (um menino e uma menina) nas reuniões do CMDCA.

Mesmo antes da criação do NUCA, o mobilizador ou a mobilizadora pode coordenar – com a Articulação Municipal do Selo UNICEF e o CMDCA – uma estratégia para mapear os grupos de adolescentes já existentes no município, sejam eles de projetos sociais, grupos esporti-vos ou culturais, grêmios estudantis, coletivos ou associações.

Assim que o NUCA for formado, sugere-se que seja apresentado for-malmente em um evento virtual (ou presencial, desde que assegurados todos os protocolos sanitários) ao CMDCA e à Comissão Intersetorial pelos Direitos da Infância e Adolescência. O mais indicado é que o con-tato entre o NUCA, o CMDCA e a Comissão Intersetorial mantenha-se regular ao longo de toda a implementação do Selo UNICEF, já que são

17 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 17: Guia de Participação

instâncias complementares para que o município conquiste o Selo UNI-CEF, o que certamente fluirá melhor com um esforço de coordenação entre as diferentes áreas envolvidas. Embora essa coordenação acon-teça ao longo de toda a implementação do Selo UNICEF, ela se destaca nas seguintes etapas:

6 Mobilização de adolescentes do município para composição do NUCA;

6 Elaboração e acompanhamento do Plano de Participação Cidadã de Adolescentes;

6 Preparação do NUCA para participação nos Fóruns Comunitários pre-vistos nesta edição do Selo UNICEF.

DE INSPIRAÇÃO PARA INSPIRAÇÃO

O município de São Vicente, estado de São Paulo, inspirado pelo Selo UNICEF, constituiu um NUCA. O grupo foi reconhecido pelo CMDCA como Comitê de Participação de Adolescentes (CPA). A conquista aprovada por unanimidade pelos conselheiros permi-te a participação ativa de meninas e meninos integrantes do Nú-cleo na formulação e no controle social de políticas de atenção aos direitos de crianças e adolescentes do município.

18 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 18: Guia de Participação

Plano de Participação Cidadã de Adolescentes (PPCA)

O Plano de Participação Cidadã de Adolescentes (PPCA)1 deve abranger as ações que serão realizadas pelo NUCA ao longo da edição do Selo UNICEF 2021-2024, abordando, no mínimo, os quatro temas propostos pelo Selo UNICEF 2021-2024. Também deve conter o cronograma de cada atividade proposta, considerando o prazo final para a comprovação na Plataforma de Monitoramento: 30 de junho de 2024.

As ações a serem incluídas no Plano devem contemplar os seguintes temas:

6 Empoderamento de meninas e promoção da igualdade de gênero.

6 Prevenção da gravidez na adolescência e promoção dos direitos à saú-de sexual e à saúde reprodutiva.

6 Enfrentamento ao racismo e outras violências.

6 Promover a mitigação dos riscos e impactos das mudanças climáticas sobre as crianças e adolescentes.

Tais temas podem ser realizados com criatividade, utilizando a lingua-gem e os meios próprios das adolescências, engajando adolescentes do NUCA, de outros coletivos e demais adolescentes do município para que conheçam seus direitos e participem das propostas de desenvolvimento e de redução das desigualdades do município, em diálogo com as pessoas responsáveis pela gestão municipal, incluindo a prefeitura, as secretarias, o CMDCA e a câmara municipal de vereadores, entre outras.

Algumas possibilidades de ações de mobilização, educação entre pares e conscientização sobre os temas selecionados são: cine-debate, campa-nhas, festivais culturais, entre outras que podem ser realizadas, sempre seguindo os princípios de não-discriminação, respeito à diversidade, prote-ção e participação efetiva de adolescentes.

Na reunião de construção do PPCA, espera-se que o NUCA escolha democraticamente uma menina e um menino (com suplentes que podem substituir as pessoas titulares quando elas não puderem participar) para representar o grupo de adolescentes, junto com o(a) mobilizador(a), nos encontros com a Comissão Intersetorial e nos Fóruns Comunitários.

1 Modelo em anexo neste Guia

19 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 19: Guia de Participação

Após ser discutido e elaborado por adolescentes do NUCA, com suporte do(a) mobilizador(a), este Plano deve ser apresentado no 1º Fórum Comunitário para que faça parte do Plano de Ação Municipal pelos Direitos de Crianças e Adolescentes do Selo UNICEF 2021-2024.

O NUCA tem autonomia para implementar as ações durante a atual edição, segundo as condi-ções e as realidades de cada município. Ele deve, contudo, ser atualizado junto com o Plano de Ação Municipal pelos Direitos de Crianças e Adolescentes, de acordo com o calendário desta edição do Selo UNICEF: reuniões de acompanhamento e o 2º Fórum Comunitário (vide Guia Metodológico do Selo UNICEF 2021-2024).

Ao longo da edição do Selo UNICEF 2021-2024, o UNICEF e seus parceiros implementadores se manterão próximos aos municípios, sugerindo materiais, campanhas e atividades de for-mação como parte de um calendário de ativação para informar, sensibilizar, inspirar e motivar adolescentes nas ações relacionadas aos temas propostos nesta edição e outras temáticas relacionadas a adolescentes no Selo UNICEF 2021-2024.

Nas páginas a seguir você encontrará o Modelo do Plano de Participação Cidadã de Adolescentes e um material detalhado sobre os quatro temas, como dicas de conteúdo, links úteis e inspirações de ações.

20 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 20: Guia de Participação

Comprovação da Participação Cidadã de Adolescentes no Selo UNICEF 2021-2024

O canal oficial de comunicação e monitoramento do município inscrito no Selo UNICEF 2021-2024 é a Plataforma Crescendo Juntos (PCJ)2. Por meio dela, é possível: trocar experiência com outros municípios; acessar orienta-ções; solucionar dúvidas; conferir os resultados do município na iniciativa e participar de atividades de formação a distância. A comprovação das ações do NUCA serão conferidas no Plano de Ação Municipal pelos Direitos de Crianças e Adolescentes do Selo UNICEF 2021-2024. Desta forma, o Plano de Participação Cidadã de Adolescentes deve fazer parte do documento cita-do acima e seguir as atualizações do mesmo, conforme tabela abaixo.

21 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

PRAZOS

até 15/3/2022

CRIAÇÃO OU RENOVAÇÃO do NUCA via inscrições de adolescentes (no mínimo 8 meninas e 8 meninos e/ou outros gêneros) no U-Report.

até 15/3/2022

PLANO DE PARTICIPAÇÃO CIDADÃ DE ADOLESCENTES inserido no Plano de Ação Municipal pelos Direitos de Crianças e Adolescentes do Selo UNICEF 2021-2024.

até 31/12/2022

1ª ATUALIZAÇÃO do Plano de Participação Cidadã de Adolescentes inseri-do no Plano de Ação Municipal pelos Direitos de Crianças e Adolescentes do Selo UNICEF 2021-2024.

até 31/12/2023

2ª ATUALIZAÇÃO do Plano de Participação Cidadã de Adolescentes inseri-do no Plano de Ação Municipal pelos Direitos de Crianças e Adolescentes do Selo UNICEF 2021-2024.

até 30/6/2024

ATUALIZAÇÃO FINAL do Plano de Participação Cidadã de Adolescentes inserido no Plano de Ação Municipal pelos Direitos de Crianças e Adoles-centes do Selo UNICEF 2021-2024.

2 Saiba mais sobre a PCJ na seção específica do Guia Metodológico do Selo.

Page 21: Guia de Participação

VALE LEMBRAR: as atualizações do Plano de Participação Cidadã de Adolescentes também precisam fazer parte do processo de acompanhamento e avaliação do Plano de Ação Municipal pelos Direitos de Crian-ças e Adolescentes, refletindo as ações que estão sendo implementadas pelo NUCA. Os prazos propostos acima seguem os que estão determinados no Guia Me-todológico do Selo UNICEF 2021-2024 em relação ao 1° Fórum Comunitário, às reuniões de acompanhamento e avalição e ao 2° Fórum Comunitário. Entretanto, é essencial que o NUCA esteja previamente organizado e com o Plano e suas atualiza-ções prontos antecipadamente aos prazos destes eventos.

22 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 22: Guia de Participação

TEMÁTICA 16 EMPODERAMENTO DE MENINAS E PROMOÇÃO DA IGUALDADE DE GÊNERO

Meninas, adolescentes mulheres enfrentam desafios diários no Brasil, principalmente porque estão mais expostas às diversas for-mas de violência, além de situações como gravidez não-intencional na adolescência e casamento precoce. A desigualdade de gênero é estrutural em nossa sociedade, que foi formada dando mais poder e oportunidades aos homens do que às mulheres. Preste atenção em quantas mulheres você conhece que exercem posições de liderança e decisão, com acesso aos meios econômicos, políticos e educacionais. Mulheres costumam ganhar menos, estar em menor número em posições de chefia, além de assumir muito mais responsabilidade pelo trabalho doméstico e cuidado com as outras pessoas da casa. Há uma injustiça aí.

Os homens, por sua vez, também são impactados por essa norma social que, embora não esteja escrita em nenhum lugar, acaba valorizando um perfil masculino muito restrito, com características tradicionalmente ligadas a agressividade, rispidez e pouco espaço para demonstrar sentimentos e afetos.

Em busca de uma sociedade mais equilibrada, que celebre a diversidade e garanta que as decisões sejam tomadas sob diversas perspectivas (não apenas a do perfil tradicional dos homens que estiveram historicamente no poder), é funda-mental desnaturalizar essa desigualdade e buscar a igualdade de gênero, eliminando todas as formas de discriminação contra meninas, mulheres e outros gêneros.

O UNICEF tem desen-volvido estratégias para apoiar o enfrentamento às desigualdades de gênero com iniciativas de empoderamento de meninas. Ao abordar temas como respeito às diferenças, superação das masculinidades tóxicas, enfrenta-mento da violência contra mulher, participação

23 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 23: Guia de Participação

cidadã, liderança, entre outras temáticas, fortalece-se o lugar de fala das participantes. Os resultados são o fortalecimento da autoestima, da capacidade de expressão e da comunicação, além da ampliação dos objetivos de vida das meninas.

Os meninos são envolvidos para repensar o seu papel, se permitir ex-pressar com cuidado, afeto, se apropriar de uma atitude de colaboração mais igualitária e apoiar as meninas na reivindicação dos seus direitos. Diversas instituições governamentais e da sociedade civil também vêm investindo na promoção dos direitos de meninas e mulheres no âmbito da proteção social, autoestima, dignidade menstrual, capacitação para o mercado de trabalho e outros direitos. A seguir, você encontra links para conhecer mais sobre essas iniciativas inspiradoras.

24 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 24: Guia de Participação

• Que não tivéssemos que nos preocupar com a falta de educação sexual.

• Que não houvesse estereótipos, por exemplo, de beleza.

• Que houvesse total participação das meninas, que o mundo soubesse que estamos aqui, que estamos presentes.

• Que possamos nos expressar livremente e ser ouvidas.

• Que não sejamos escolhidas pelo nosso corpo, cor do cabelo, a maneira como falamos ou nos expressamos.

• Que não tenhamos que pensar em casamento.

• Que o que fosse escrito no papel fosse refleti-do na realidade.

• Que as políticas públicas tivessem uma pers-pectiva de gênero.

• Que profissionais do setor público recebessem capacitação em temas ligados à igualdade de gênero.

• Que as escolas desempenhassem um papel importante na defesa dos direitos das meninas.

• Que o movimento feminista incluísse a infância e a juventude ao falar sobre feminismo.

• Que a sociedade aceitasse as meninas como elas são, deixando de lado o machismo, o racismo e a homofobia.

• Que a igualdade de gênero fosse alcançada e acabasse com a discriminação contra meninas e mulheres e pessoas LGBTQIA+.

• Que cada menina, adolescente e jovem fosse respeitada.

• Que as meninas tivessem acesso à justiça.

• Que pudéssemos decidir sobre nossos corpos.

• Que formássemos uma sociedade sem machis-mo.

• Que houvesse respeito pela diversidade, pois somos diferentes como pessoas.

• Que não houvesse medo do Estado e tivésse-mos confiança nele.

• Que melhorasse a situação das meninas negras caribenhas.

• Que tratássemos as pessoas com igualdade.

• Que respeitassem os direitos das crianças.

• Que não houvesse os problemas pelos quais estamos passando agora.

• Que houvesse menos discriminação.

• Que houvesse menos crianças na rua.

• Que houvesse menos poluição.

“Em 30 anos, imagino um mundo governa-do por mulheres e meninas.”

Em 2021, o UNICEF lançou um estudo sobre os Direitos das Meninas no Brasil, na América Latina e Caribe, com informa-ções relevantes que podem direcionar estratégias, políticas e ações de atuação com meninas adolescentes mulheres. Vamos conhecer e nos inspirar na lista dos desejos das meninas? Você vai ver que os desejos nada mais são do que exigir respeito e oportunidades:

LISTA DE DESEJOS DAS MENINAS

TEMÁTICA 1

25 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 25: Guia de Participação

26 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

VOCÊ SABIA? Em 2020 foi celebrado os 25 anos da Plataforma de Ação de Pequim. Criada durante a Quarta Conferência Mundial sobre a Mulher, na cidade de Pequim, China, esse documento estabeleceu uma agenda de compromissos para promoção e garantia dos direitos das mulheres e meninas. A iniciativa permi-te mensurar os avanços e retrocessos nos compromissos firmados. Mais de 25 anos depois, os objetivos da Plataforma de Ação de Pequim continuam válidos. Houve avanços em relação às leis, às tarefas de cuidado cada vez mais adotadas por homens e à progressiva participação de meninas e de mulheres em espaços de decisão. Problemas antigos, no entanto, tornaram-se ainda mais complexos, e novas questões, como a violência contra meninas no ambiente virtual, foram adi-cionadas. É por causa disso que devemos atuar por um tratamento sem discrimi-nação e com respeito em casa, na internet, nos relacionamentos, na comunidade e nos espaços de tomada de decisão.

Page 26: Guia de Participação

TEMÁTICA 1

27 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

QUE TAL CONHECER MAIS ALGUNS PERFIS, VÍDEOS E CONTEÚDOS PARA SABER MAIS E SE INSPIRAR?

Site do UNICEF Brasil – Empoderamento de Meninas https://uni.cf/3al20NX

Campanha ElaDecide – UNFPA Brasil http://www.eladecide.org/

Campanha Geração Igualdade – ONU Mulheres https://bit.ly/3lr8LEp

Declaração e Plataforma de Pequim https://bit.ly/3oZ28LN

Direitos das Meninas para um Futuro com Igualdade: Compromis-sos na América Latina e no Caribe – Pesquisa, UNICEF, 2021

https://uni.cf/3DrDffl

Eliminando a discriminação contra crianças e pais baseada em orientação sexual e/ou identidade de gênero – documento de posi-cionamento do UNICEF

https://uni.cf/3uYzbjN

Empodera: Hoje Menina, Amanhã Mulher – A Experiência do Empode-ramento de Meninas em Recife

https://uni.cf/3BUAItK

Por Ser Menina – projeto Plan https://bit.ly/3lHcDBh

Projeto Uma Vitória Leva a Outra https://bit.ly/3BHLjID

Projeto Menina Cidadã https://uni.cf/3aiUkvt

Projeto Ativa 27https://www.unicef.org/brazil/

projeto-ativa-027

Relatório: Contra minha vontade: desafiando as práticas que prejudi-cam mulheres e meninas e, impedem a igualdade – UNFPA, 2020

https://bit.ly/3j1PUhE

Trilha de Empoderamento de Meninas – Projeto Minhas Escolhas - Plan e UNICEF

https://uni.cf/3iFS4mI

Você não está sozinha - Guia para entender a violência de gênero, 2021 (UNFPA)

https://bit.ly/3DlJem4

MC Soffia (@mcsoffia) • Instagram Página Instagram: @mcsoffia

Malala (@malala) . Instagram Página Instagram: @malala

Festival Flow Delas (@unicefbrasil) Página Instagram: @unicefbrasil

Page 27: Guia de Participação

CALENDÁRIO TEMÁTICO

MÊS DIA EVENTO

Fevereiro 24 Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil

Março 8 Dia Internacional da Mulher

Maio

18Dia Nacional de Combate ao Abuso e Explo-ração Sexual Infantojuvenil

28Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mu-lher/Dia de Combate à Mortalidade Materna

Julho

25Dia Internacional da Mulher Negra Latino--Americana e Caribenha

15Adoção pela ONU da Declaração e Platafor-ma de Ação de Pequim, 1995

23Dia Internacional contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças

Agosto 1º a 31

AGOSTO LILÁS – Mês de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher, alusivo à promulgação da Lei Maria da Penha – Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006

Outubro 11 Dia da Menina

Novembro

20Dia Nacional da Consciência Negra //Início da Campanha “16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres no Brasil”

25Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres

Dezembro

6Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres/Campanha do Laço Branco

10

Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos/Fim da Campanha “16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres no Brasil”

TEMÁTICA 1

28 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 28: Guia de Participação

TEMÁTICA 26 PREVENÇÃO DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E PROMOÇÃO DOS DIREITOS À SAÚDE SEXUAL E À SAÚDE REPRODUTIVA

A adolescência é marcada por diversas descobertas, entre elas a da afetividade, da sexualidade, do autoconhecimen-to e tantas outras emoções que fazem parte do desenvol-vimento do ser humano.

Falar sobre direitos sexuais e direitos reprodutivos com acesso a informações confiáveis sobre o tema garante que essa fase da vida seja vivenciada com proteção, sem dramas, respeitando a capacidade de compreensão e de decisão de cada pessoa, de acordo com sua idade e seus valores. Vamos entender esses conceitos.

DIREITOS SEXUAIS: referem-se ao direito de viver a sexualidade com respeito pelo próprio corpo e do(a) parceiro(a), de escolher o(a) parceiro(a) sexual sem medo, culpa, vergonha ou falsas crenças, de escolher se quer ou não ter uma relação sexual sem fins reprodutivos, de expressar livremente sua orientação sexual, de ter acesso à informação e à educação sexual e reprodutiva, entre outros temas que possibilitam a livre expressão da sexualidade.3

DIREITOS REPRODUTIVOS: referem-se ao direito das pessoas de decidirem, de forma livre e responsável, se querem ou não ter filhos, quantos filhos desejam ter e em que momento de suas vidas. Compreendem o direito de acessar informações, meios, métodos e técnicas para ter ou não ter filhos, e o direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre de discriminação, coerção e violência.4

3 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretri-zes nacionais para a atenção integral à saúde de adolescentes na promoção, proteção e recuperação da saúde. Brasília, 2010.4 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Proteger e cuidar da saúde de adolescentes na atenção básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. – 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018.

29 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 29: Guia de Participação

Em nossa sociedade, não é muito comum que as famílias tenham abertura para discutir as primeiras sensações, dúvidas e angústias sobre relações afetivas, desejos e sentimentos por parte de adoles-centes. Vale lembrar que educação sexual não é ensinar ou incentivar adolescentes a ter uma vida sexual. Educação Sexual é ensinar como cuidar do corpo, como protegê-lo de possíveis violências e, principalmente, orientar sobre as mudanças que acontecem em cada fase da vida, seja no aspecto físico, social e psicológico, respeitando a capacidade de compreensão de cada faixa etária.

É importante reforçar as redes de apoio para orientar com segurança e tranquilidade as dúvidas, inquietações e inseguranças ao falar de direitos sexuais e direitos reprodutivos. É preciso garantir a confiança, a confidencialidade, o respeito e o fornecimento de informações con-fiáveis para que todas as pessoas possam vivenciar sua sexualidade de modo saudável.

30 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 30: Guia de Participação

O fato é que existe a curiosidade, e o despertar dessa curiosi-dade prescinde de uma abordagem adequada e acesso a infor-mações confiáveis, objetivas e com linguagem compreensível, aproveitando os espaços, seja dentro da escola, nos grêmios estudantis, nas organizações juvenis, nos centros de saúde ou nas rodas de conversa mediadas por profissionais capacitados para o tema. Hoje, temos a internet em nossas mãos, mas é preciso orientação para selecionar as fontes adequadas e evitar a disseminação de informações falsas ou mitos que podem ge-rar confusão e prejudicar o desenvolvimento de adolescentes.

Todo esse papo sobre direitos sexuais e direitos reprodutivos já foi reconhecido como Direitos Humanos, tanto em leis nacionais como em documentos internacionais, e indica a importância de aceitar a individualidade e a autonomia da população adolescente. Por exemplo, você sabia que adolescentes têm, sim, direito a con-sulta em um posto de saúde sem acompanhamento? Estes são direitos conquistados ao longo dos anos, graças à inquietação, às dúvidas, à necessidade de proteger contra violências sexuais e de gênero e à vontade de reafirmar os compromissos firmados nas agendas internacionais pela garantia de direitos.

TEMÁTICA 2

31 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 31: Guia de Participação

COMO REAFIRMAR ESSES COMPROMISSOS?

É importante entender quais cenários de articulação temos disponíveis hoje para fomentar práticas educativas. É preciso utilizar a escola como um espaço de promoção da saúde e de disseminação de informações para que adolescentes se sintam em segurança para falar e acessar os serviços de saúde.

6 Devemos estimular a utilização de ferramentas e canais de comunicação livres de tabus ou preconceitos. Por meio de pesquisas com fontes confiá-veis, adolescentes podem produzir conhecimento sobre o tema por meio de podcasts, encenação teatral ou rodas de conversa entre pares. O acesso à informação é um direito de todos e todas.

6 Organizar diálogos sobre projetos de vida nas escolas, nos grêmios estudan-tis, no CRAS, CREAS ou na unidade de saúde, com uma linguagem adequa-da e respeitosa, livre de racismo, discriminação, machismo ou sexismo.

6 Orientar sobre os sinais de violência sexual, assédio, abuso ou exploração. Também orientar sobre os canais de denúncia e de encaminhamento para as redes de proteção.

6 Orientar sobre o uso de contraceptivos, a responsabilidade de meninos e meninas em relação a eles, seus riscos e garantias.

6 Promover diálogos sobre responsabilidade afetiva e enfrentamento do aban-dono parental.

32 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 32: Guia de Participação

QUE TAL CONHECER MAIS ALGUNS PERFIS, VÍDEOS E CONTEÚDOS PARA SABER MAIS E SE INSPIRAR?

Caderneta de Saúde da Adolescente – Ministério da Saúde do Brasil

https://bit.ly/3ApgCGG

Caderneta de Saúde do Adolescente – Ministério da Saúde do Brasil

https://bit.ly/3uUkMVS

Competências para a Vida (UNICEF) https://uni.cf/3aq7Z3S

Gravidez na Adolescência no Brasil – Vozes de Meninas e de Especialistas – publicação, UNICEF, 2017

https://uni.cf/3uVg8Hc

Menstruação e outras coisinhas – folder, UNICEF https://uni.cf/2YGvymO

Planejamento Reprodutivo, Gravidez e Lactação, 2021 - cartilha, UNFPA)

https://bit.ly/3lotZT9

Pobreza Menstrual no Brasil – Relatório UNICE/UNFPA 2021

https://uni.cf/3lqzCR2

Proteger e Cuidar de Adolescentes na Atenção Básica, 2018

https://bit.ly/3Aq6OfJ

Que Corpo é Esse – Série Canal Futura e UNICEF (dis-ponível em Libras)

https://glo.bo/3Fvl7mL

Saúde sexual e Infecções Sexualmente Transmissíveis, 2021 (UNFPA)

https://bit.ly/3oJPnV3

Trajetórias Plurais - Práticas que contribuem para a redução da gravidez não intencional na adolescência - UNICEF 2018

https://uni.cf/3FrBLUl

Trilha de Empoderamento de meninas https://uni.cf/309ltiR

Viva Melhor Sabendo Jovem – relatório do projeto https://uni.cf/3FuNRMw

Perfil – Cleyton Página Instagram – @primomedico

Perfil – Felipe Fortes Página Instagram – @medicosdejovens

TEMÁTICA 2

33 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 33: Guia de Participação

CALENDÁRIO TEMÁTICO

MÊS DIA EVENTO

Janeiro 29 Dia Nacional da Visibilidade Trans

Fevereiro 1Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência

Março 31 Dia Internacional da Visibilidade Trans

Maio

17 Dia Internacional de Combate à Homofobia

18Dia Nacional de Combate ao Abuso e Explo-ração Sexual Infantojuvenil

28Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mu-lher/Dia de Combate à Mortalidade Materna

Junho 28 Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+

Agosto 29 Dia Nacional da Visibilidade Lésbica

Setembro 23 Dia da Visibilidade Bissexual

Outubro 26 Dia da Visibilidade Intersexual

Novembro 8 Dia da Solidariedade Intersexual

Dezembro

1 Dia Mundial de Luta contra Aids

8 Dia da Pansexualidade

10 Dia dos Direitos Humanos

TEMÁTICA 2

34 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 34: Guia de Participação

TEMÁTICA 36 ENFRENTAMENTO AO RACISMO E OUTRAS VIOLÊNCIAS

O que entendemos sobre racismo? Será que falar de racismo deve ser de responsabilidade apenas de pessoas negras e indígenas? Nesta edição do Selo UNICEF, queremos estimular boas práticas de enfrentamento ao racismo e a todas as formas de violência que afe-tam constantemente o desenvolvimento de crianças e adolescen-tes, impactam a vida escolar, o ambiente social e a saúde mental.

O Brasil é um país reconhecido por sua diversidade de culturas, raças, etnias, sotaques, crenças e costumes, o que nos leva a pensar na riqueza de nossas características. Entretanto, também somos marcados por processos históricos violentos que segregam e violam direitos a alguns grupos específicos.

De fato, é preciso reconhecer que todo o processo histórico do Brasil, geralmente, é contado por um único ponto de vista, o olhar de pesquisadores, historiadores, príncipes e reis – todos brancos. Bom, mas como essa informação interfere no nosso dia a dia? Com a história do Brasil sendo ensinada dessa forma, acabamos perden-do os outros olhares da cultura, de outros sujeitos, como Anastácia, Zumbi dos Palmares, Mario Juruna, Ailton Krenak e Joenia Wapichana, entre tantos outros que foram tão importantes quanto as figuras bran-cas históricas que conhecemos. Assim, passamos a negar sistemati-camente as histórias dos povos indígenas e da população negra. Como resgatar a importância desses personagens na nossa história?

Durante os últimos anos, inúmeros esforços vêm sendo feitos por populações negras e indígenas para visibilizar suas histórias, falar de suas culturas e, principalmente, enfrentar o racismo. Sabemos que 55,8% das pessoas negras se autodeclaram preta e parda, e poderíamos pensar: como essa é a maior parte da população brasi-leira, a garantia a acessos e direitos deveria ser proporcional, mas não é o caso no Brasil. Pelo contrário, a população negra apresenta os maiores índices de analfabetismo, menor acesso a oportunida-des, maiores taxas de desemprego, além de jovens negros serem as maiores vítimas de homicídio.

Com a população indígena não é diferente. Segundo o IBGE (2010), ela representa 0,47% da população brasileira, mas são mais de 350 povos, falantes de 274 idiomas indígenas e com a presença, inclusi-ve, de indígenas isolados na região amazônica (aqueles que nunca tiveram contato com outros povos ou a sociedade não-indígena).

35 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 35: Guia de Participação

Os dados são importantes para mostrar que o racismo leva às desigualdades, e as maiores vítimas são a população negra e os povos e comunidades tradicionais, pois são historicamente mais vulnerabilizadas. Agora, o mais importante: o que o que estamos fazendo para mudar esse cenário? Como o NUCA pode contri-buir para isso? Veja ao lado uma lista de questões que você deve saber para apoiar a luta antirracista:

1. As Leis 10.639/2003 e 11.645/2008 tornaram obrigatório o ensino da História e da Cultura Afro-brasileira e Indígena em todas as esco-las brasileiras, sejam públicas ou privadas. A sua escola está ensinan-do a partir dessas diretrizes escolares? O que está faltando para isso?

2. Racismo é crime inafiançável no Brasil. As Leis 7.716/1989 e 9.459/2013 foram criadas para penalizar as condutas preconceituosas devido a cor, raça ou etnia. É importante que adolescentes e toda a sociedade conheçam essas leis, pois também devemos pensar a luta antirracista de maneira coletiva.

36 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 36: Guia de Participação

TEMÁTICA 3

37 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

3. Relembre que não existe racismo reverso. O Dia da Consciência Negra não é o Dia da Consciência Humana, tá? Trata-se de uma data que procura dar visibilidade a um grupo populacional histori-camente esquecido, relegado e discriminado. É uma oportunidade para gerar reflexão e respostas antirracistas, que deveriam fazer parte de nossas vidas durante todo o ano.

4. Vamos apoiar e acompanhar influencers, canais em redes sociais, pesquisadores, autores(as) negros(as), indígenas e referências de povos tradicionais como quilombolas ou indígenas.

5. Vamos estimular a luta antirracista, dar voz a crianças e ado-lescentes negros(as), indígenas e quilombolas, afinal temos que superar mitos e situações como a de quem:

Page 37: Guia de Participação

6. Fazer declarações racistas não é liberdade de expressão, mas crime.

7. Discutir desigualdades, racismo, equidade racial dentro dos espaços do NUCA é construir a nossa própria agenda antirracista para a escola, para as nossas redes, nossos amigos e familiares.

8. Mobilizar e engajar adolescentes negros(as) e indígenas para participa-ção no NUCA.

9. Mobilizar o município a participar de campanhas como: Por uma Infân-cia sem racismo e Vidas Negras Importam.

10. Incentivar a realização de campanhas, vídeos e podcasts e criar espa-ços na rádio comunitária para falar sobre a importância do enfrenta-mento ao racismo.

11. Estimular a produção artística de adolescentes por meio da criação de poemas, músicas e atos teatrais para ser compartilhada com a comunida-de, mas vale lembrar sempre que: fantasiar alguém de indígena, negro, cigano e outros gêneros e raças não é legal, sendo essas práticas chama-das de apropriação cultural, especificamente de redface (quando se trata de indígenas) e blackface (quando se trata de pessoas negras). Essas situações são ofensivas, racistas e substituem a real representativida-de por uma espécie de fantasia, mantendo o protagonismo de pessoas brancas pintadas ou com peruca black power.

12. Utilizar os meios de comunicação local para divulgação das ações, seja em rádio comunitária, imprensa local ou grupos de WhatsApp. É importante lembrar que precisamos da autorização do uso de imagem de cada adolescente que aparece em fotos e vídeos.

13. Identificar coletivos, redes, movimentos e organizações negras e indígenas no seu município, e convidá-los para participação em lives ou outras estratégias de comunicação.

14. Não permitir qualquer tipo de discriminação, seja por gênero, raça ou etnia. Crescer com bullying não é legal e pode configurar crime!

15. Criar rodas de conversa sobre o tema do racismo e, assim, identificar as microagressões (aquelas que, embora não tão visíveis, machu-cam muito) que algum(a) colega, vizinho(a) ou amigo(a) pode estar enfrentando.

6 TUDO ISSO PARA DIZER QUE É POSSÍVEL SE ENVOLVER NA LUTA ANTIRRACISTA NÃO SENDO UMA PESSOA NEGRA OU INDÍGENA. NÃO BASTA NÃO SER RACISTA, É PRECISO SER ANTIRRACISTA!

TEMÁTICA 3

38 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 38: Guia de Participação

É preciso oportunizar espaços de diálogo e de acolhimento, e também gerar oportunidades iguais para que cada adolescente negra/negro e indí-gena possa crescer com direito a educação, segurança, assistência social e saúde, bem como a garantia de oportunidade de formação e empregabi-lidade.

6 Podemos desenvolver campanhas de conscientização e respeito a partir do calendário de ativação em nossas escolas, prefeitura, comuni-dade ou vizinhança.

6 Utilizar das redes sociais em favor da luta antirracista, promovendo lives e produção de conteúdo para a internet, assim como campanhas midiáticas.

6 Buscar sempre ter representatividade com a inclusão de toda a diversi-dade nos espaços de diálogo, formação e oportunidades.

39 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 39: Guia de Participação

TEMÁTICA 3

40 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

QUE TAL CONHECER MAIS ALGUNS PERFIS, VÍDEOS E CONTEÚDOS PARA SABER MAIS E SE INSPIRAR?

Campanha Por Uma Infância sem Racismo – UNICEF https://uni.cf/3iKB0ff

Crescer com Proteção – Guia para mobilização de adoles-centes e jovens - UNICEF

https://uni.cf/3mSZIM3

Crescer sem Violência – página do projeto – Canal Futura, Childhood e UNICEF

https://glo.bo/3Fx02sj

Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) - Portal

https://coiab.org.br/

GELEDÉS Instituto da Mulher Negra desenvolve ações e projetos que buscam a erradicação do racismo e do sexis-mo – Portal

https://www.geledes.org.br/

Meninas em rede: Um guia para fortalecimento de redes de proteção e apoio contra a violência online - Safernet/UNI-CEF, 2020

https://bit.ly/3loAaqj

Por que não existe racismo reverso (contra brancos)? – página da USP

https://bit.ly/3iJoWuV

Você não está sozinha - Guia para entender a violência de gênero, 2021 (UNFPA)

https://bit.ly/3lm1FRw

Canal do projeto Àwúre Página Instagram: @canal_awure

Djamila Ribeiro Página Instagram: @djamilaribeiro1

Fatou Ndiaye Página Instagram: @fatouoficial

Gabi Oliveira Página Instagram: @gabidepretas

Luciano Martins Página Instagram: @martinn

Ludimila Carsantos Página Instagram: @ludimila.carsantos

MC Soffia Página Instagram: @mcsoffia

Mídia India - Oficial Página Instagram: @midiaindiaoficial

Nátaly Neri Página Instagram: @natalyneri

Rede de Juventude Indígena Página Instagram: @rejuind

Samela Awiá Página Instagram: @sam_satemawe

Zica Pires Página Instagram: @zkpires

Dia Internacional dos Povos Indígenas – vídeo, YouTube UNFPA

https://bit.ly/2Yz6Rs3

Grandes Guerreiros e Guerreiras - vídeo, COIAB https://bit.ly/3oGwpi9

Não fale a língua do racismo – Vídeo YouTube UNFPA https://bit.ly/3iLqUe7

Tour pelo Meu Rosto – Gabi Oliveira, Youtube https://bit.ly/3mEobUT

Wariu – canal sobre os povos indígenas - Youtube https://bit.ly/3ApBqxC

Page 40: Guia de Participação

CALENDÁRIO TEMÁTICO

MÊS DIA EVENTO

Janeiro 9Lei 10.639/03 – Inclui no currículo oficial da rede de ensino a obriga-toriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”.

Fevereiro2

Plenária da Constituinte aprovou a emenda que estabelece o racis-mo como crime inafiançável e imprescritível.

7 Dia Nacional de Lutas dos Povos Indígenas

Março8 Dia Internacional da Mulher

21 Dia Internacional da Luta contra a Discriminação Racial

Abril 19 Dia do índio

Maio13 Dia da Reflexão e Luta contra a Discriminação

13 Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo

Julho

3Aprovada a Lei Afonso Arinos, colocando a discriminação racial como contravenção penal (1951)

15Primeira Conferência sobre a Mulher Negra nas Américas, Equador (1984)

17 Dia da Proteção das Florestas

25 Dia da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha

Agosto 9 Dia Internacional dos Povos Indígenas

Setembro

5 Dia Internacional da Mulher Indígena

13Aniversário da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas

Novembro20 Dia da Consciência Negra

25 Dia Nacional das Baianas

41 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 41: Guia de Participação

TEMÁTICA 46 PROMOVER A MITIGAÇÃO DOS RISCOS E IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS SOBRE AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES

O tema Mudanças Climáticas é um dos maiores desafios da atu-alidade e que necessita do engajamento de todos para minimizar seus efeitos no nosso cotidiano. Mas, antes da gente começar a falar disso, você sabe o que é essa tal Mudança Climática?

As mudanças climáticas são as alterações no clima ou nos padrões climáticos percebidas ao longo dos últimos anos. Elas acontecem por fenômenos naturais ou pela ação humana. Cientistas e pesqui-sadores acreditam que, até 2100, já teremos um aumento de 2 a 4,2 graus Celsius na temperatura do ambiente.

Diante desse cenário, basta ir ligando alguns pontos para perce-ber os efeitos dessas alterações no nosso dia a dia – que vão da sensação de mais calor, as cheias e secas dos rios e o processo de desertificação (quando há um aumento do desmatamento, das queimadas e da redução de chuvas no semiárido) até a poluição do

42 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 42: Guia de Participação

solo e o aumento no nível do mar, entre outros impactos.

A boa notícia é que atualmente existem coletivos e organiza-ções de jovens e instituições que dão suporte à mobilização e ao engajamento social de governos e sociedade em relação à ação climática, o que nos permite avançar no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e dos objetivos para a ação climática global definidos internacio-nalmente, como o Acordo de Paris.

Outro destaque positivo é o engajamento de adolescentes na temática, a exemplo da marcante atuação da sueca Greta Thunberg que, com apenas 11 anos, iniciou o movimento Fridays for Future (Sextas pelo Futuro), protestando em frente ao parlamento do seu país contra os incêndios, fortes ondas de calor e para que os governantes adotassem medidas para salvar o clima do planeta.

No Brasil, várias organizações têm engajado adolescentes, re-alizando formações, compartilhando informações e empode-rando meninas e meninos na preservação do meio ambiente e em busca da justiça climática. No entanto, ainda é necessário trazer o tema das Mudanças Climáticas para o nosso cotidiano, engajando as escolas, os coletivos e as nossas famílias para que possamos compartilhar as responsabilidades pelo meio ambiente e as mudanças climáticas no local onde vivemos e

43 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 43: Guia de Participação

nos relacionamos. É importante reconhecer as habilidades e as competências de adolescentes ativistas climáticos, e proporcio-nar ambientes de participação cidadã e o engajamento de outros e outras adolescentes em nível local.

Vejam que, com pequenos hábitos, podemos fazer muito pelo meio ambiente!

O que fazemos com os livros, gibis e revistas que não usa-mos mais? É possível enviar para organizações que fazem reciclagem, podemos doar para outras pessoas e elas podem reutilizar/reaproveitar. Com isso já reduzimos o lixo que acu-mulamos.

Podemos também identificar organizações, redes, coletivos e escolas que apoiam o tema da sustentabilidade. Caso elas ainda não apoiem, que tal incentivá-las?

O QUE MAIS PODEMOS FAZER

1. Reduzir a quantidade de lixo que produzimos todos os dias.

2. Reduzir o consumo de energia que utilizamos em casa (sim, ajuda na redução dos gases de efeito estufa).

3. Reaproveitar os potes de margarina, maionese, copos de molho de tomate, garrafas de vidro e garrafas pet.

4. Separar o lixo (orgânico, seco, plástico, vidro).

5. Reduzir a quantidade no consumo de água durante o banho e ao escovar os dentes. Podemos reaproveitar a água de lavar roupa para lavar o pátio e a calçada.

6. Reutilizar as sacolas de compras, seja para utilizar como sacolas de lixo ou para levá-las novamente ao mercado e à feira.

TEMÁTICA 4

44 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 44: Guia de Participação

QUE TAL CONHECER MAIS ALGUNS PERFIS, VÍDEOS E CONTEÚDOS PARA SABER MAIS E SE INSPIRAR?

Caderno de atividades de Educação para Susten-tabilidade – Fundação Espaço Eco

https://bit.ly/3Fuqm6h

Competências para a Vida: Ficha 14. Adotar Ati-tude Ambiental responsável – UNICEF, 2018

https://uni.cf/2YEszvl

Escolas Pelo Clima - Movimento https://bit.ly/3uUWQl4

Engajamundo – mudamos nós mesmos para mudar nossa realidade

https://www.engajamundo.org

Jovem | Greve pelo Clima – página do movimen-to no Brasil (#FridaysForFuture)

https://www.fridaysforfuturebrasil.org

Pacote de Ferramentas para Jovens Ativistas Climáticos (material disponível em espanhol e inglês) – UNICEF

https://uni.cf/3mAAp0P

Empodera Clima Página do Instagram: @empoderaclima

Ame o Tucunduba Página do Instagram: @ameotucunduba

Articulação Semiárido – ASA Página do Instagram: @articulacaosemiarido

Eco Maré Página do Instagram: @ecomareoficial

Hamangai Kariri Sapuy Página do Instagram: @hamangai.pataxo_hahahae

Projeto Clima de Eleicão Página do Instagram: @climadeleicao

Agora é com você: Explore a criatividade, desperte o senso crítico de adolescentes, apoie a criação de conteúdo para a rádio comunitária, redes sociais e muito mais.

45 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 45: Guia de Participação

CALENDÁRIO TEMÁTICO

MÊS DIA EVENTO

Janeiro 11 Dia do Combate da Poluição por Agrotóxicos

Março

14 Dia Mundial de Luta dos Atingidos por Barragens

16 Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas

21 Dia Mundial Florestal

22 Dia Mundial da Água

Abril

15 Dia da Conservação do Solo

19 Dia do Índio

22 Dia da Terra

28 Dia da Caatinga

Maio

3 Dia do Solo e do Pau-Brasil

5 Dia do Campo

22 Dia Internacional da Biodiversidade

27 Dia da Mata Atlântica

Junho

5 Dia Mundial do Meio Ambiente

8 Dia Mundial dos Oceanos

17 Dia Mundial de Combate à Desertificação

Julho 17 Dia da Proteção das Florestas

Agosto9 Dia Internacional dos Povos Indígenas

14 Dia do Controle da Poluição Industrial

Setembro

5 Dia da Amazônia

11 Dia Nacional do Cerrado

16 Dia Internacional para a Prevenção dos Desastres Naturais

19 Dia Mundial pela Limpeza da Água

20 Dia Internacional da Limpeza de Praia

21 Dia da Árvore

Outubro

4 Dia Mundial dos Animais

5 Dia das Aves

12 Dia Mundial para a Prevenção de Desastres Naturais e Dia do Mar

15 Dia do Consumo Consciente

16 Dia Mundial da Alimentação

TEMÁTICA 4

46 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 46: Guia de Participação

ANEXO6 MODELO DO PLANO DE PARTICIPAÇÃO CIDADÃ DE ADOLESCENTES

O PPCA deve compor o Plano de Ação Municipal pelos Direitos de Crianças e Adolescentes - até 15 de março de 2022

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47 Selo UNICEF – Guia de Participação Cidadã de Adolescentes

Page 47: Guia de Participação

DEPOIMENTOS

“Quando entrei no NUCA compreendi que o papel do jovem dentro da sociedade é tentar fazer a diferença e dar o seu melhor para que injustiças não sejam cometidas e para que a agressão à diferença do outro não se torne normal. Entendi também que participação social é lutar pelo que faz bem para a gente e para a nossa comunidade. No NUCA, percebi que queria uma cidade que incentivasse seus jovens a conquistarem os seus sonhos. Queria uma cidade que valorizasse os sonhos das pessoas, o seu esforço para realizar mudanças e o compromisso com suas promessas.” Gilvan Pereira dos Santos Divisa Alegre, Minas Gerais

“O NUCA veio para me mostrar que o jovem consegue mudar o mundo em que

ele vive. Ele consegue replicar ações e mudar pensamentos. O jovem persiste

no que ele quer. Se ele tem uma visão de que a realidade dele pode ser outra, ele vai

lutar até conseguir, mesmo que ninguém acredite.” Rinka Brito, Guaraí, Tocantins

Page 48: Guia de Participação

“Nos encontros do NUCA percebo que posso aprender novas coisas e ainda mudar o pensamento. A mobilizadora nos ensinou a superar desafios. E a cooperação no grupo é essencial. Muita coisa mudou, tornei-me mais forte.” Valeriana Santos, do povo Sateré-Mawé, comunidade indígena Waraná, Manaquiri, Amazonas

“Participar do NUCA foi transformador. Eu tive voz e pude falar o que sentia em relação ao racismo, por exemplo. Passei

meus conhecimentos e também pude aprender com outros jovens coisas que

eu não sabia. Eu realmente me encontrei, aprendi, pude transformar a minha e a vida

de adolescentes em meu município.” Maria Eduarda Silva, Bonito,

Pernambuco

Page 49: Guia de Participação

“Desde que ingressei no NUCA eu venho lutando por mim e pelos meus, e vendo cada vez mais adolescentes conhecendo seus direitos e lutando por eles. Participação, protagonismo e transformação são as três palavras que sempre penso ao falar do NUCA.” Isabele Vitória, Itaberaba, Bahia

“É meio que impossível não criar amizades no Núcleo, mas também descobri a importância das políticas públicas para crianças e adolescentes, além de termos criados um laço de confiança com os adolescentes do município.” Allan Rodrigues, Paranaíta, Mato Grosso.

“É importante nos educarmos, uns aos outros, entre pares. É diferente

aprender com alguém que vive a mesma fase que você. A linguagem

se torna mais fácil e livre da culpa ou do sermão. Hoje, com o NUCA, a vida

mudou muito”. Letícia Gomes, João Câmara, Rio

Grande do Norte

Page 50: Guia de Participação

“No início eu nem queria participar do NUCA, mas agora percebo que me fez crescer em tudo. A voz do adolescente

está ganhando força. Meu NUCA é arretado. A gente cresce como pessoa.

Poder discutir como fazer uma ação ajuda a entender quais as necessidades

dos nossos jovens e fica com o compromisso de fazer a diferença.”

Jamilly Varão, Igarapé Grande, Maranhão

“Vi uma oportunidade nova de mostrar a cultura indígena e a representação de adolescentes através do NUCA. Fui muito bem acolhida, sempre tive muito apoio do mobilizador e dos adolescentes do meu grupo. Eu acho superimportante a diversidade nesses espaços para que a gente possa ensinar e repassar o conhecimento sobre as nossas origens, nossa identidade, nossa cultura e espiritualidade. O NUCA abriu as portas para mim e para outros adolescentes, e tenho certeza de que vai abrir para os novatos também.” Thaís Aimará Pitaguary, território indígena de Pacatuba, Ceará

Page 51: Guia de Participação