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COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Rua Macuru, 470 Conjunto Habitacional Flamingos CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104 e-mail: [email protected] [email protected] ARAPONGAS- PARANÁ ________________________________________________________________________ PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Precisamos contribuir para criar a escola que é aventura, que marcha, que não tem medo do risco, por isso que recusa o imobilismo. A escola em que se pensa, em que se atua, em que se cria, em que se fala, em que se ama, se advinha, a escola que apaixonadamente diz sim à vida. (Paulo Freire) julho de 2012

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COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

[email protected]

ARAPONGAS- PARANÁ

________________________________________________________________________

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Precisamos contribuir para criar a escola que é aventura, que marcha, que não

tem medo do risco, por isso que recusa o imobilismo. A escola em que se

pensa, em que se atua, em que se cria, em que se fala, em que se ama, se

advinha, a escola que apaixonadamente diz sim à vida. (Paulo Freire)

julho de 2012

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO 007

2. IDENTIFICAÇÃO 008

2.1 Localização e Diagnóstico da Comunidade 008

2.2 Histórico 008

2.3. Filosofia da Escola 010

2.4. Funcionamento 011

2.4.1. Horário de Funcionamento 011

2.5. Quadro Geral 012

2.6. Ensino Fundamental Manhã/Tarde 012

2.7. Ensino Médio Noite 012

2.8. Recursos 013

2.8.1. Recursos Humanos 013

2.8.1.1. Quadro Demonstrativo 014

2.8.2. Condições Físicas e Materiais 016

3. OBJETIVOS GERAIS 017

4. MARCO SITUACIONAL 018

4.1. Alunado 020

5. MARCO CONCEITUAL 021

5.1. Sociedade 021

5.2. Homem 021

5.3. Educação 022

5.4. Cidadania 022

5.5. Tecnologia 023

5.6. Ciências 023

5.7. Cultura e trabalho 024

5.8. Currículo 025

5.9. Conhecimento 026

5.10. Escola 027

5.11. Avaliação 029

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5.12. Alfabetização e Letramento 028

5.13. Concepções de Infância e Adolescência 030

5.14. Ensino e Aprendizagem 031

5.15. Gestão Democrática e Ação Colegiada 033

5.16. Educação Inclusiva 034

5.17. Educação do Campo 035

5.18. História e Cultura Afro Brasileira 036

6. MARCO OPERACIONAL 036

6.1. Resultado Final de 2010 037

6.2. Relação de trabalho na escola 038

6.3. Segurança 038

6.4. Projetos e Metas 039

6.5. Organização do espaço e tempo escolar 041

6.6. Plano de Ação – Direção 042

6.6.1. Fundamentação 042

6.6.2. Objetivos Gerais 042

6.6.3. Plano de Ação e Metas 043

6.6.4. Projetos, Atividades Culturais, Sociais e Cívicas 043

6.6.5. Metas na parte física 043

6.6.6. Cronograma 044

6.6.7. Avaliação do Plano de Ação 044

6.7. Plano de Ação - Equipe Pedagógica 2011 045

6.8. Plano de Ação – Funcionários 2011 047

6.9. Formação continuada dos profissionais da Educação 048

6.10. Associação de Pais, Mestres e Funcionários – A.P.M.F. 049

6.10.1. Diretoria Fiscal 050

6.10.1.1. Presidente 050

6.10.1.2. Vice Presidente 050

6.10.1.3. 1º Tesoureiro 050

6.10.1.4. 2º Tesoureiro 050

6.10.1.5. 1º Secretário 050

6.10.1.6. 2º Secretário 050

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6.10.2. Conselho Deliberativo Fiscal 050

6.10.2.1. Representante dos Professores 050

6.10.2.2. Representante dos Funcionários 050

6.10.2.3. Representante dos Pais 050

6.11. Conselho Escolar 051

6.11.1. Composição 051

6.11.1.1. Presidente 051

6.11.1.2. Vice Presidente 051

6.11.1.3. Representante da Equipe Pedagógica 051

6.11.1.4. Repres. do Agente Educacional I 051

6.11.1.5. Repres. do Agente Educacional II 052

6.11.1.7. Rep. Docente 052

6.11.1.6. Repres. dos Pais 052

6.11.1.8. Repres. da APMF 052

6.11.1.8. Repres. dos Alunos 052

6.11.1.9. Repres. do Seguimento da Sociedade 052

6.12. Conselho de Classe 052

6.13. Grêmio Estudantil 052

6.14. Avaliação 053

6.15. Avaliação Institucional 055

6.16. Referências 056

7. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO ENSINO FUNDAMENTAL

E ENSINO MÉDIO 057

7.1. PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL 058

7.1.1. Artes 059

7.1.2. Ciências 071

7.1.3. Educação Física 079

7.1.4. Ensino Religioso 089

7.1.5. Geografia 096

7.1.5.1. Ensino Fundamental

7.1.5.2. Ensino Médio

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7.1.6. História 111

7.1.7. L.E.M. Inglês 123

7.1.8. Língua Portuguesa 153

7.1.8.1. Ensino Fundamental

7.1.8.2. Ensino Médio

7.1.9. Matemática 171

7.1.9.1. Ensino Fundamental

7.1.9.2. Ensino Médio

8. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PROGRAMA DE ATIVIDADE

COMPLEMENTAR CURRICULAR EM CONTRATURNO 182

8.1. PROPOSTA CURRICULAR DO PROGRAMA DE ATIVIDADE

COMPLEMENTAR CURRICULAR EM CONTRATURNO 183

8.1.1.2. Voleibol, Tênis de Mesa, Xadrez

8.1.1.3. Futsal

9. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO ENSINO MÉDIO 189

10. PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO 190

10.1. Arte 191

10.2. Biologia 200

10.3. Educação Física 210

10.4. Filosofia 219

10.5. Física 228

10.6. História 236

10.7. L.E.M. – Espanhol 246

10.8. L.E.M. Inglês 261

10.9. Sociologia 275

10.10. Química 285

11. ANEXO I 289

14.1. MATRIZ CURRICULAR

12.1.2. Ensino Fundamental e Médio

12. ANEXO II 294

12.1. ADENDO REGIMENTAL

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12.1.2. L.E.M – Celem

13. ANEXO III 300

13.1. ADENDO REGIMENTAL

13.1.2. Oferta do Ensino Fundamental de 9 anos

14. ANEXO IV 14.1. PLANO DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO 304

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1. APRESENTAÇÃO

Educação é a base e exerce um papel fundamental na formação dos sujeitos e

conseqüentemente na transformação da sociedade. Trata-se de pensar no aluno como

sujeito historicamente construído capaz de transformar a realidade em seu entorno, nesse

sentido a Educação sistematizada tem como objetivo principal dar condições a esse

sujeito ter ciência de seu papel social, desenvolva senso crítico e seja capaz de realmente

exercer seu direito à cidadania e a transformar sua realidade.

Para tanto, se faz necessário pensar a Educação como prática democrática e

formadora de senso crítico, pensando no aluno como ser inserido na sociedade,

construído historicamente permeado pela ideologia dominante e transformador de sua

realidade. Faz-se necessário um levantamento da realidade do alunado atendida pela

escola, a maneira como a comunidade vê a mesma e a utiliza, não somente como

instituição que educa seus filhos, mas como uma instituição de referência à família, ao

mundo do trabalho e até mesmo atendendo a programas assistenciais.

A partir dessas questões, tem–se o cuidado de elaborar planejamentos, conteúdos

e prática educativa, levando em conta a historicidade, cultura, sociedade da realidade da

escola e do aluno, sempre buscando conteúdos contemporâneos que sejam inerentes e

significativos para o aluno.

O Projeto Político Pedagógico, aqui apresentado é portanto um documento

construído coletivamente, que buscou ouvir todos os sujeitos envolvidos direta e

indiretamente com a escola e a comunidade de seu entorno. Não é um documento

acabado, visto que a prática educacional, política e filosofias que o permeiam levam em

conta o constante movimento de fatos e prática modificadora e formadora de opinião, se

faz necessário para tanto um documento que possa atender a mudanças e especificidades

do aluno, atendendo inclusive demandas de alunos com necessidades especiais

cumprindo práticas inclusivas das políticas atuais.

A escola, com sua função precípua que é ensinar, dar acesso ao conhecimento,

assegurando uma formação básica ao cidadão, se utiliza das Diretrizes Curriculares

Estaduais, que fundamentam o trabalho pedagógico.

Sendo o aluno, o centro de todo o processo educativo, este PPP foi construído

coletivamente observando as especificidades da comunidade atendida.

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2. IDENTIFICAÇÃO

2.1. LOCALIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO DA COMUNIDADE

O Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha-Ensino Fundamental e Médio

situada à Rua Macuru nº 470, localiza-se no Conjunto Habitacional Flamingos, na zona

industrial do município de Arapongas, paralela a BR 369, com distância aproximada de

(05) quilômetros em relação `a zona urbana central, conta atualmente com o Curso de

Ensino Fundamental –Regular 5ª a 8ª séries, com 14 (quatorze) turmas e Ensino Médio

Regular com 07 turmas.

A partir do ano de 2012 o Ensino Fundamental Regular que ofertará do 6º ao 9º

ano, 14 turmas nos períodos da manhã e tarde, conforme a instrução nº. 008/2011-

SUED/SEED, que implanta a oferta do Ensino Fundamental de 9 anos.

O Colégio funciona nos períodos: manhã, tarde e noite. Foi criado pela

Resolução nº 208/97, D.O.E. de 20/02/97, pertencente a Administração Estadual e

funciona em prédio próprio, construído pela Fundepar, numa área de 3.600 m2

.

Resolução nº 1414/2000-D.O.E. de 22/05/2000 o Reconhecimento do

Estabelecimento e do Ensino Fundamental de 5ª a 8ªséries, da Escola Estadual Profª

Nadir Mendes Montanha- Ensino Fundamental.

Resolução nº 1441/2000- D.O.E. de 19/05/2000 a Autorização de

Funcionamento do Ensino Médio e mudança de nomenclatura para Colégio Estadual

Profª Nadir Mendes Montanha-Ensino Fundamental e Médio.

Resolução nº 3721/02 – D.O.E de 11/11/2002 – Reconhecimento do Ensino

Médio.

Resolução nº 1513/05 - D.O.E. de 07/07/2005 – Reconhecimento do Ensino

Fundamental.

A comunidade escolar do Ensino Fundamental e Médio, na faixa de 10 a 20

anos, oriunda dos núcleos habitacionais: Conjunto Habitacional Flamingos, Del Condor,

Flamingos III, Nossa Senhora das Graças, Ilha Bela, Andorinhas, Águias, Jardim San

Raphael, Jardim San Raphael II, Jardim San Raphael III, Jardim Novo Flamingos,

Jardim Monte Carlo, Jardim São Carlos, Jardim São Carlos II da zona rural, é

constituída por famílias em média de 02 a 04 filhos. O nível sócio- econômico de 03 a 06

salários, sendo a fonte de renda proveniente do trabalho assalariado das

indústrias ( industriário) com as seguintes profissões: operário, motorista, marceneiro,

vendedor, operador de máquinas, mecânico, costureira industrial, domésticas, de

pequenos comerciantes e outros. Possuímos também alunos com problemas de saúde,

temporário e definitivo, gestantes, alunos prestando serviço militar e com necessidades

especiais que recebem atendimento diferenciado conforme legislativo vigente.

2.2. HISTÓRICO

O Colégio Estadual Professora Nadir Mendes Montanha-Ensino Fundamental e

Médio teve sua origem como Escola Estadual do Conjunto Habitacional Flamingos-

Ensino de 1º Grau, sito `a Rua Macuru nº 470 – Conjunto Habitacional Flamingos,

Arapongas- Paraná, localizado na periferia da cidade, na zona industrial de Arapongas-

foi criada pela Resolução nº 3.803/82 de 30/12/82, pertencente a Administração

Estadual e funciona em prédio próprio construído pela FUNDEPAR numa área de 3.000

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m2, terreno doado pela Prefeitura Municipal com o objetivo de atender inicialmente a

comunidade local num total aproximado de 400 casas do Conjunto Habitacional

Flamingos.

Em 1983, iniciou suas atividades com duas dependências administrativas,

cozinha, dois sanitários, e quatro salas de aula funcionando em dois turnos com 250

alunos de 1ª a 4ª séries, tendo como diretora a Professora, Maria Creuza Vicentino,

funcionando em convênio com a Prefeitura Municipal de Arapongas durante o período de

dois anos, estando sob administração municipal.

Com a Resolução nº 1057 de 17/03/86, sob nova administração estadual

assumiu a Direção a Professora Margarida Saeko Miyake Misse com seu corpo docente e

funcionários, continuando o atendimento com o Ensino de 1º Grau de 1ª a 4ª séries de

1º Grau.

Pela Resolução nº 817/89, a diretora foi reeleita ao cargo e com as Portarias nº

466/91 – 3805/93- 4566/95 e as Resoluções nº 4271/97- 001/01- 1415/01 e 3069/01

continuou na Direção até novembro de 2005.

Através da Resolução nº 5.726/93 de 21/10/93, a Escola Estadual do Conjunto

Habitacional Flamingos- Ensino de 1º Grau passa a denominar-se Escola Estadual

Professora Nadir Mendes Montanha. A Professora Nadir Mendes Montanha, foi uma das

pioneiras no ensino municipal e, grande parte de sua vida foi dedicada a ensinar crianças

no início de suas vidas escolares, contribuindo significativamente em benefício e prol da

Educação.

Em decorrência da expansão demográfica repentina e em função do

crescimento dos núcleos habitacionais e não havendo oferta deste nível de Ensino,

necessário se fez a implantação do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries em função da

demanda.

Com a Resolução nº 208/97 de 20 de fevereiro de 1997, foi criada e autorizada o

funcionamento da Escola Estadual Professora Nadir Mendes Montanha –Ensino

Fundamental de 5ª a 8ª séries, mantida pelo Governo do Estado do Paraná , em 2000,

com a Resolução nº 1441/2000 de 19 de maio de 2000, é autorizado o funcionamento do

Ensino Médio no Colégio Estadual Professora Nadir Mendes Montanha e posteriormente

o Reconhecimento do Curso pela Resolução nº 3721/02 de 11/11/02.

Portanto, com a Implantação do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries e o Ensino

Médio, a administração, em parceria com a A.P.M. tem executado melhorias na estrutura

física e materiais como: ampliação de 03 salas de aula, laboratório de Ciências,

iluminação do pátio externo, acervo bibliográfico, construção da cozinha e construção da

Quadra Poli esportiva no terreno de 600 m² anexo a escola no terreno doado pela

Prefeitura Municipal e o Reconhecimento de Curso e do Estabelecimento através da

Resolução nº 1414/2000 de 22/05/2000 com o objetivo de proporcionar condições

necessárias para atender a atual demanda dos 15 núcleos habitacionais e população

estimada em 20.000 habitantes.

No ano de 2003, foram inauguradas mais 02 salas de aulas e a “quadra

poliesportiva”, sendo esta, construída com os recursos da APMF e parceria com a

prefeitura.

Em 2005 foi realizada a cobertura do pátio da cantina, com 41,89 m2.

Em 2006, com resolução nº.058/06 DOE 16/01/2006, assume a direção a

Profª.Luciene Ricoldi e como Diretora Auxiliar Profª. Tânia Cristina Cruz.

No ano de 2006, o Colégio recebeu o Paraná Digital, contendo 24 computares

para apoio pedagógico aos professores para melhor atender seu alunado.

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Foram realizadas várias reforma tanto na parte física como pedagógica com o

intuito de atender a comunidade escolar.

Em 2009 através de nova eleição para diretores a comunidade, assume seu

segundo mandato a Diretora Luciene Ricoldi. Auxiliar Tânia Cristina da Cruz. Neste

segundo mandato além da manutenção do prédio escola, como grafiato, jardins,

construção de muros e passarelas , foram reformados o telhado da secretaria, forros

administrativos e salas de aulas, como forma de propiciar mais segurança aos alunos foi

instalado dez câmeras no pátio do colégio.

No ano de 2009 e 2010 atendemos entre outros programas o Viva Escola, que

por 2 anos foi um programa que deu um bom resultado no desempenho dos alunos, onde

a meta do IDEB estabelecida para 2009 era de 4,5 foi atingido 5,5, meta estabelecida para

2017, esta conquista fruto do comprometimento dos profissionais da educação que aqui

trabalham.

Em 2011 diante de várias conquistas pedagógicas foi proporcionado, atividades

em contra turno de Espanhol (CELEM), vôlei, tênis de mesa e xadrez (atividade

curricular complementar) e futsal (hora treinamento). Com relação a parte física foram

realizadas várias instalações tais como: porta de blindex na entrada do administrativo,

duas câmeras de monitoramento, lixeiras seletivas em salas de aula e pátio, nove

ventiladores distribuídos em salas de aula e laboratórios e placas indicativas.

O nosso trabalho é coletivo e em equipe, propiciando aos alunos o

conhecimento, formação crítica e uma visão de mundo.

2.3. FILOSOFIA DA ESCOLA

A escola está inserida em um contexto, onde o sujeito necessita ser participativo,

solidário, crítico e responsável por transformar a história ao seu entorno.

Nessa perspectiva entende-se a escola como o espaço de conquista da formação

do cidadão dotado de conhecimento, capaz de oferecer contribuição pessoal para a

sociedade em que vive. Esse cidadão deve compreender-se como ser pensante, reflexivo e

crítico, participativo de seus direitos e deveres políticos atuando ativamente na

construção de uma sociedade mais justa e humana.

O aluno deve perceber-se integrante desta sociedade interagindo como ser

transformador. Para tanto, a escola é o local onde o conhecimento formal possibilita

passagem do conhecimento empírico, para o conhecimento científico historicamente

construído, proporcionando domínio de diferentes fontes de informação e recursos

científicos tecnológicos.

A escola preocupa-se com o desenvolvimento da capacidade crítica de

compreensão da abrangência dos fatos e fenômenos e na medida do possível aborda os

conhecimentos de forma interdisciplinar em que se permite o desenvolvimento do

pensamento abstrato e da sistematização do conhecimento.

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2.4. FUNCIONAMENTO

2.4.1. HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

Ano: 2011

Período Manhã 7h e 30min às 11h e 55min

Período Tarde 13h ás 17h e 25min

Período Noite 19h ás 23h

2011

2012

SÉRIE TURMA Nº ALUNOS

TURNO ANO TURMA Nº ALUNOS

TURNO

7ª “A” 34 MANHÃ 7º “A” - MANHÃ

7ª “B” 35 MANHÃ 8º “A” - MANHÃ

7ª “C” 33 MANHÃ 8º “B” - MANHÃ

8ª “A” 33 MANHÃ 9º “A” - MANHÃ

8ª “B” 35 MANHÃ 9º “B” - MANHÃ

8ª “C” 33 MANHÃ 9º “C” - MANHÃ

8ª “D” 36 MANHÃ 9º “D” - MANHÃ

5ª “A” 38 TARDE 6º “A” - TARDE

5ª “B” 37 TARDE 6º “B” - TARDE

5ª “C” 35 TARDE 6º “C” - TARDE

5ª “D” 37 TARDE 6º “D” - TARDE

6ª “A” 40 TARDE 7º “B” - TARDE

6ª “B” 40 TARDE 7º “C” - TARDE

7ª “D” 35 TARDE 7° “D” - TARDE

1º “A” 36 NOITE 1º “A” - NOITE

1º “B” 38 NOITE 1º “B” - NOITE

1º “C” 35 NOITE 1º “C” - NOITE

2º “A” 37 NOITE 2º “A” - NOITE

2º “B” 36 NOITE 2º “B” - NOITE

3º “A” 36 NOITE 3º “A” - NOITE

3º ”B” 34 NOITE 3º ”B” - NOITE

Espanhol Básico

(Celém)

“A” 24 TARDE - - - -

Atividade Compleme

ntar Curricular

“A”

20

TARDE - - - -

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2.5. QUADRO GERAL

MANHÃ 239

TARDE

262

NOITE

253

TOTAL DE ALUNOS

754

TOTAL DE TURMAS

21

2.6. ENSINO FUNDAMENTAL MANHÃ E TARDE

O Ensino Fundamental Regular de 6º a 9º (nono ano), seriada, com duração de 4

(quatro) anos será ofertada:

carga horária total de 3200 horas, distribuídas em 800 horas anuais;

4 (quatro) horas diárias de efetiva atividade escolar;

módulos de 40 (quarenta) semanas anuais, totalizando 200 dias letivos;

Matriz Curricular composta da Base Nacional Comum e Parte Diversificada, de

acordo com a LDB Nº 9394/96.

2.7. ENSINO MÉDIO NOITE

O Ensino Médio Regular, por Série, com duração de 3 (três) anos será ofertado:

Carga horária total de 2400 horas, distribuídas em 800 horas anuais totalizando

200 dias letivos;

04 (quatro) horas diárias de efetiva atividade escolar;

Matriz Curricular composta da Base Nacional Comum e Parte Diversificada, de

acordo com a LDB Nº 9394/96.

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2.8. RECURSOS

2.8.1. RECURSOS HUMANOS

A equipe escolar envolvida no processo administrativo- pedagógico que atende a

este Estabelecimento de Ensino é composto pelas funções:

Direção: 01

Direção Auxiliar: 01

Secretário: 01

Equipe Pedagógica: 04

Técnicos Administrativos: 06

Auxiliares de Serv. Gerais: 07

Docentes: 42

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2.8.1.1. QUADRO DEMONSTRATIVO - RECURSOS HUMANOS

Nº. FUNCIONÁRIOS / PROFESSORES CARGO-FUNÇÃO

DISCIPLINA VÍNCULO

1 LAUDEMIR DE SOUZA Diretor QPM

2 TANIA CRISTINA DA CRUZ Diretora Auxiliar QPM

3 CARLOS CESAR TRISLCHTZ Secretário QFEB

4 CARLOS ALBERTO FERREIRA Agente Educacional II QFEB

5 CLEUZA APARECIDA PEREIRA DA SILVA Agente Educacional II QFEB

6 CLEIDE APARECIDA FERREIRA Agente Educacional II QFEB

7 ANIVA GRIZOSTE DE OLIVEIRA Agente Educacional I QFEB

8 EUNICE DOLORES DE OLIVEIRA Agente Educacional I QFEB

9 EUNICE DOS SANTOS Agente Educacional I QFEB

10 MARCIA LOBATO Agente Educacional I QFEB

11 MARLI GONÇALVES DE MATOS Agente Educacional I QFEB

12 PATRICIA MARA MAGALHÃES CARREIRA Agente Educacional II QFEB

13 ROSMARY APARECIDA LIMA DA SILVA Agente Educacional II QFEB

14 RUTE FONSECA DE LIMA Agente Educacional I QFEB

15 ZILDA PINETTI Agente Educacional I QFEB

16 CECILIA SANAE HIGACHI NISIOKA Pedagoga QPM

17 CLAUDILAINE TOMITÃO Pedagoga QPM

18 CLEIDE APARECIDA BASSO Pedagoga QPM

19 DENIZE PEREIRA Pedagoga REPR

20 MARIA ESTELA CARIGNATO Pedagoga PNI-54

21 SANDRA RIBEIRO ARRUDA Pedagoga QPM

22 AILA PRICILA RODRIGUES SALLA Língua Portuguesa REPR

23 ANGELA SANGUINO RAMÃO L.E.M. - Inglês QPM

24 ANGELICA CRISTINA A. DE OLIVEIRA Matemática QPM

25 CARLOS ALBERTO NOGUEIRA DINIZ História REPR

26 CARLOS EDUARDO MARIANO DA SILVA Educação Física QPM

27 CLAUDETE SARGENTIN Matemática QPM

28 CLAUDIA BROETTI DOS SANTOS L.E.M. Inglês QPM

29 CLAUDIA REGINA CABRAL SPINATTO Arte QPM

30 DIEGO HENRIQUE ALEXANDRINO Ciências REPR

31 EDER JONAS PEREIRA DA SILVA L.E.M. Espanhol REPR

32 EDIMAR MONTEIRO COSTA História/Ens. Religioso REPR

33 FABIANA BOMBESSI Geografia QPM

34 IEDA SANTOS BORGES L.E.M. - Inglês SC02-75

35 IRENE GALUCH Física PN11-54

36 IRENE ROCHA Matemática PN12-66

37 IVANI MARIA DOS SANTOS Educação Física QPM

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38 JANE JOSÉ DE SOUZA Língua Portuguesa QPM

39 JOCELISE MARTINS DA SILVA Ciências / Biologia QPM

40 KATIA ROSSETTI SUGIHARA Arte QPM

41 KEISA SILVA Química QPM

42 LEISE RUTH LIMA DE OLIVEIRA Arte QPM

43 LIDIA BENVINDO DOS SANTOS Língua Portuguesa QPM

44 LUCIA HELENA ALVES CASIMIRO Língua Portuguesa PNI1-54

45 LUCIANA TERESA QUINHONE Geografia QPM

46 LUCIENE RICOLDI História QPM

47 MANOEL SIMÕES NETO Filosofia SC02

48 MARCELO POCHWATKA Geografia REPR

49 MÁRCIO ROBERTO NOGUEIRA DINIZ Ensino Religioso REPR

50 MARIELE SANTOS DUARTE REPR

51 MARILDA GONÇALVES DE FREITAS Lin.Port./L.E.M-Inglês QPM

52 MARISA NOGAROTO Língua Portuguesa QPM

53 MARLENE DE MARQUIORI L.E.M. Inglês PNI1-54

54 PAULO GUILHERME DOS SANTOS Ciências / Matemática QPM

55 PAULO JOSÉ ZANETTI Sociologia SC02

56 RODRIGO DE ABREU Sociologia REPR

57 ROSELI APARECIDA VECCHIA Língua Portuguesa SC02

58 ROSIMAR LIMA Educação Física PN12-75

59 SANDRA REGINA LOURENÇO Matemática QPM

60 SEBASTIÃO PEREIRA DOS SANTOS Ciências QPM

61 SIMONE FORCATO Ciências REPR

62 SUZETE DA SILVA História REPR

63 VALÉRIA APARECIDA ORTIZ GIMENEZ História REPR

64 VÂNIA REGINA ZANETTI MANOSSO Língua Portuguesa SC02

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2.8.2. CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS

Colégio Estadual Professora Nadir Mendes Montanha, oferta atualmente o

Ensino Fundamental Regular diurno de 5ª a 8ª séries, com 14 turmas e o Ensino Médio

Regular noturno com 07 turmas .

Na sua organização espacial, dispõe de 3.000 m2 dos quais 900 m

2 ocupada pelo

prédio escolar distribuída em 07 salas de aulas, administração, direção e secretaria, sala

da equipe pedagógica, biblioteca, laboratório, sala do professor, banheiros feminino e

masculino, cozinha, corredor interno e externo, pátio coberto e o restante da área

calçada e gramado com jardim. Atualmente, acrescida a área de 600 m2

com a doação

do terreno pela Prefeitura municipal, anexa ao estabelecimento, construída a quadra

poliesportiva.

A organização do espaço físico disponível compatibiliza-se com o número total

de alunos atendidos, proporcionando ambiente agradável e acolhedor. Porém, necessário

se faz um salão para fins de atendimento aos pais nas palestras, reuniões e demais

ocasiões em que a comunidade se faz presente uma vez que o espaço (sala de aula 48 m2)

é incompatível e inadequada para a ocasião. Necessário também se faz de área coberta

maior (atual com 36 m²) para atender os alunos no recreio prioritariamente em ter sua

merenda em local coberto, considerando os transtornos nos dias chuvosos.

Para o atendimento da demanda da comunidade local, o espaço físico é

insuficiente, porém o alunado presente atualmente com a capacidade de ocupação

estabelecida pela Secretaria Estadual da Educação, assim como as carteiras em cada sala

suficiente e distribuída adequadamente á sua capacidade. As salas de aula, arejadas, todas

com ventilação artificial no verão, devido ao número de alunos, com serviço de limpeza e

higiene constante e diário, mantendo-as num ambiente agradável, favorecendo ao

processo ensino/aprendizagem.

As demais dependências físicas, administrativas e outras, dispõem de materiais

básicos mínimos necessários e condizentes a cada espaço físico.

O espaço físico para recreação, pátio externo aberto, é gramado e calçado,

arborizado o suficiente como área de lazer e recreação aos alunos para o momento da

merenda e atividades extra-classe, disponibilizando também da Quadra Poliesportiva

descoberta para a recreação e, as aulas de Educação Física e demais atividades externas a

sala de aula.

A Biblioteca, não tem espaço próprio, é um espaço adaptado sem condições para

funcionamento pleno como sendo a Biblioteca local de extensão das atividades de sala de

aula, de alto índice de freqüência pelos alunos e comunidade, depara-se com a dificuldade

em oferecer melhor qualidade ao seu atendimento, devido à disponibilidade de espaço

físico.

O grande desafio do momento, para a gestão escolar, é a liberação da construção

de mais salas de aula e uma biblioteca conforme protocolo: 9.427.710-8 área coberta, e a

expectativa da cobertura da quadra esportiva. Atualmente a organização do espaço físico

distribui-se de forma a tornar o ambiente escolar agradável e acolhedor, porém com

pretensões futuras visando à educação de qualidade através do atendimento do espaço

físico condizente com a realidade do acréscimo da demanda atual.

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3. OBJETIVOS GERAIS

Pautados na Lei Federal 9394/96, temos por finalidade o desenvolvimento do

educando, assegurando-lhe a formação indispensável para o exercício da cidadania e

fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores proporcionando a

formação básica do cidadão, que é objetivo do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

Amparados por essa Lei, traçamos coletivamente os objetivos a seguir:

Promover a interação escola/comunidade no processo educacional de eventos

diversificados, visando a participação dos pais e comunidade na gestão

democrática;

Estar, a equipe escolar, constantemente avaliando seu trabalho repensando e

refletindo no processo ensino/aprendizagem e no encaminhamento da escola

como um todo;

Repensar sobre o papel e a função da educação escolar e suas finalidades;

Respeitar a diversidade do alunado a ser atendido e buscar formas de acolhimento,

como vivem, o que pensam, sentem e fazem;

Exercer o convívio social no âmbito escolar, favorecendo a construção de uma

identidade pessoal;

Instrumentalizar os alunos através do conhecimento científico no mundo das

relações sociais e dos avanços tecnológicos (conhecimento científico)

Formar cidadãos capazes de atuar com competência e dignidade na sociedade;

Discutir e avaliar sobre a sistemática de planejamento, definindo metas a serem

atingidas, prevendo recursos necessários e disponíveis, definindo um

acompanhamento por meio de uma avaliação contínua e sistemática;

Discutir e implementar novos conteúdos, metodologias, organização no processo

de ensino e métodos de avaliação;

Utilizar metodologias capazes de priorizar as estratégias de verificação e

comprovação de hipóteses na construção do conhecimento;

Articular propostas com vistas a garantir a aprendizagem significativa pelos

alunos dos diferentes conteúdos selecionados, em função dos objetivos que se

pretende atingir;

Usar estratégias de atuação que garantam a participação dos alunos em diferentes

projetos a serem desenvolvidos, criando condições para que possam manifestar

suas preocupações, seus problemas e seus interesses;

Utilizar diferentes fontes de informação e recursos para adquirir e construir

conhecimento.

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4. MARCO SITUACIONAL

A escola pública em nosso país responde pelo atendimento da grande maioria da

população em idade escolar.

Os estudos internacionais sobre qualidade de ensino apontam que, se deve dar

atenção ao composto da educação no Brasil. Embora o resultado do teste PISA/2010

(Programa Internacional de Avaliação de Alunos) demonstra evolução, continuamos a

ocupar as últimas posições no ranking mundial. A educação brasileira evoluiu 33 pontos

entre os exames do PISA/2000 e 2009 (Programa Internacional de Avaliação de Alunos),

ocupando o 53º lugar no ranking geral num total de 65 países que fizeram o exame. A

UNESCO também aponta a necessidade de investimentos na educação brasileira, uma

vez que apresentam dados que destacam como a educação ajuda no combate à pobreza

capacitando as pessoas com conhecimento que precisam para construir um futuro melhor.

A taxa de analfabetismo caiu 1,8% de 2004 a 2009, segundo pesquisa do

IBGE/PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), entre pessoas de 15 anos

ou mais, o índice ficou em 9,7% em 2009, e a meta é chegar a 6,7% em 2015. E o Estado

do Paraná se encontra na região com menor nível de analfabetismo (5,5%), mesmo assim,

é preciso assumir o compromisso com todo cidadão paranaense na busca da erradicação

do analfabetismo no estado.

Analisando os resultados do ENEN/2010 (Exame Nacional do Ensino Médio),

verificamos que ainda é preciso investir na melhoria da qualidade de ensino com

projetos, metodologias e capacitação dos profissionais da Educação, porém, há que se

considerar que a oferta do Ensino Médio em nossa escola é exclusivamente no período

noturno e que a grande maioria dos alunos estão inseridos no mercado de trabalho.

A partir das discussões, produzimos síntese coletiva analisando as principais

características e problemáticas da prática educativa atual e chegamos a algumas

conclusões quanto à escola que temos. Ao analisarmos novamente esses aspectos na

semana pedagógica em 2011, verificamos que não houve grandes alterações nas

conclusões, são elas:

Sociedade: A nossa sociedade caracterizada pelo capitalismo não é organizada de forma

justa, pois existe má distribuição de renda, portanto insuficiente para viver dignamente.

Escola: O espaço físico insuficiente, infra-estrutura inadequada, biblioteca com espaço

físico precário e sem acervo bibliográfico atualizado e insuficiente, materiais de

laboratório insuficiente, excesso de alunos por turma.

Alunos: Auxiliam na renda familiar de forma remunerada ou desempenhando uma

função doméstica, oriundos da classe operária. São unidos, vivem o hoje e alguns tem

pouco interesse em estudar

Professores: Com formação superior, sendo a maioria com pós-graduação, tem domínio

nas suas áreas de formação/ bom nível de formação, desenvolvem juntos projetos

especiais, conscientes que devem formar cidadãos críticos, alguns trabalham na linha

pedagógica tradicional com sobrecarga de trabalho para melhorar o salário.

Funcionários: A maioria dos nossos funcionários possui pós-graduação, outros são

acadêmicos, e todos participam da Formação continuada, curso pró-funcionário, grupos

de estudo com o coletivo da escola.

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No ano de 2009 o Colégio ofertou Sala de Apoio à Aprendizagem de Matemática e

Língua Portuguesa com a finalidade de atender as defasagens de aprendizagem

apresentada pelos alunos de 5º série do ensino fundamental. As aulas aconteceram no

contra turno duas vezes por semana, com quatro aulas de Língua Portuguesa e quatro de

matemática por meio de atividades diferenciadas. Ao superar a defasagem e dominar

conteúdos nos quais o aluno tinha dificuldade, este recebeu dispensa da Sala de Apoio à

Aprendizagem e imediatamente foi substituído por outro aluno, havendo um maior

número de alunos sendo beneficiado pelo programa. Durante o ano, foram atendidos no

total, 26 alunos da disciplina de Língua Portuguesa e 22 alunos da disciplina de

Matemática, fazendo a rotatividade conforme a superação das dificuldades.

Nos anos de 2010 e 2011, foram pontuadas diversas situações a respeito da estrutura

física para funcionamento da Sala de Apoio à Aprendizagem, e de forma consensual entre

direção, equipe pedagógica e professores, decidiram por não ofertar Sala de Apoio por

falta do espaço físico adequado para seu atendimento.

Ainda durante o ano de 2010, aconteceram vários projetos e atividades culturais

e cívicas. Em parceria com o Sesi e Senai na Indústria Itinerante foi proporcionado aos

alunos de 7º e 8º séries atividades de orientação profissional, valores, tecnologia,

empreendedorismo e bem estar, visando produzir ideias novas e conceitos que edifiquem

a formação dos adolescentes, que pelo processo de aprendizagem estabelece uma cultura

empreendedora e mais humanizada. Esse projeto tem sua continuidade em 2011

Em parceria com o Lions e Rotary, houve cerimonial para o Aluno Padrão do

Ensino Médio e Aluno Nota 10 do Ensino Fundamental, que foram destaque durante os

estudos nas respectivas modalidades de ensino. Salientamos que o destaque não se refere

a alunos com melhor nota, mas a alunos com maior dedicação nos estudos de forma geral,

não sendo privilegiado aluno com facilidade na aprendizagem, mas, aluno que se dedicou

cumprindo com suas responsabilidades nos estudos e frequência superando suas

dificuldades em razão de seu esforço.

A saída de campo, de confraternização entre alunos e professores ao Ody Park

aconteceu ao final do ano letivo de 2010 com alunos das 8º séries. Essa saída de campo

foi muito esperada, pois, é tradição do Colégio proporcionar esse momento agradável e

descontraído após um ano de estudos e dedicação.

A proposta Curricular Pedagógica: Atividade Complementar Curricular em

Contraturno está sendo oferecido aos alunos e membros da comunidade. O Programa

focando jogos de tabuleiro e tênis de mesa têm como objetivos, resgatar o aluno faltoso e

com baixo rendimento escolar, elevar a auto-estima, interação com a comunidade escolar,

desenvolver o raciocínio lógico, dentre outros. Este programa, em parceria com o Colégio

Universitário de Londrina, proporciona aos alunos um intercambio sobre o jogo de

xadrez.

Contemplando a Lei 10.639/03 e Lei 11.645/08, foram ministrados ao longo do

ano conteúdos referentes a cultura Afro e cultura Indígena incluindo aspectos da história

e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira no âmbito de todo

currículo escolar, sendo que nas disciplinas de História, Língua Portuguesa e Artes essa

temática assume caráter obrigatório, e terá sua continuidade nos anos seguintes.

Os conteúdos de História do Paraná, em atendimento ao Lei nº 13381/01, serão

trabalhados de forma interdisciplinar, objetivado a formação de cidadãos conscientes da

identidade, potencial e valorização do nosso Estado.

Em parceria com a UEM, o Colégio participou do PAS (Processo de Avaliação

Seriada). Nesse programa os alunos realizam provas com conteúdos específicos para cada

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série do Ensino Médio, e participam do processo de seleção para ingresso na

universidade. Em 2009, o Colégio contou com a participação de vinte alunos, sendo que

dez foram classificados para a fase seguinte que aconteceu no ano de 2010, e estão

aguardando o resultado para a 3ª etapa que acontecerá em 2011.

O Colégio proporcionou a Saída de Campo com os alunos do Ensino Médio, que

fizeram uma excursão para Foz do Iguaçu. Este passeio tem seu ponto alto na visita as

Cataratas do Iguaçu, Parque das Aves e na Usina Hidroelétrica de Itaipu com a finalidade

levar o aluno a verificar concretamente as paisagens naturais que ainda existem em nosso

estado, e as paisagens modificadas pelo ser humano. O aluno é levado a refletir sobre as

causas, consequências e benefícios que tais modificações apresentam para a população, e

tirar sua própria conclusão sobre a validade dessas modificações. Nessa Saída de Campo,

os alunos perceberam a necessidade de estudar outras línguas, pois a comunicação na

fronteira se tornou difícil, visto que muitos alunos têm apenas uma base de Inglês e

Espanhol. No parque das aves, com o guia e com a professora de Biologia, foram sanadas

várias curiosidades entre as quais se observou a organização, a riqueza e a beleza da

fauna e da flora que possuímos no Brasil.

O Colégio desenvolve simulado com o material Eureka durante o ano letivo, em

todas as disciplinas, onde os professores procuram motivar os alunos colocando a

importância da participação no ENEM. O técnico administrativo, responsável pelo

Laboratório de Informática, em parceria com a direção e equipe pedagógica, auxilia os

alunos na inscrição do ENEM. No ano de 2009, não houve o resultado esperado,

entretanto, houve um esforço em conjunto entre professores, direção e equipe pedagógica

para superação das metas no ano de 2010. O resultado do ano de 2010 ainda não foi

disponibilizado, entretanto, o esforço em conjunto continua para que, as metas sejam

superadas independentemente de seu resultado.

4.1. ALUNADO

A comunidade escolar do Ensino Fundamental e Médio, na faixa de 10 a 20

anos, oriunda dos núcleos habitacionais: Conjunto Habitacional Flamingos, Del Condor,

Flamingos III, Nossa Senhora das Graças, Ilha Bela, Andorinhas, Águias, Jardim San

Raphael, Jardim San Raphael II, Jardim San Raphael III, Jardim Novo Flamingos,

Jardim Monte Carlo, Jardim São Carlos, Jardim São Carlos II da zona rural, é

constituída por famílias em média de 02 a 04 filhos. O nível sócio- econômico de 03 a 06

salários, sendo a fonte de renda proveniente do trabalho assalariado das indústrias (

industriário) com as seguintes profissões: operário, motorista, marceneiro, vendedor,

operador de máquinas, mecânico, costureira industrial, domésticas, de pequenos

comerciantes e outros. Possuímos também alunos com problemas de saúde, temporário e

definitivo, gestantes, alunos prestando serviço militar e com necessidades especiais que

recebem atendimento diferenciado conforme legislativo vigente.

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5. MARCO CONCEITUAL

A educação é a base e exerce papel essencial no desenvolvimento das pessoas e

da sociedade. A escola busca um ensino de qualidade capaz de formar cidadãos que

interfiram criticamente na realidade para transformá-la e não apenas para que se integrem

ao mundo de trabalho. Trata-se de ter em vista a formação dos estudantes para o seu

desenvolvimento global, em função de novos saberes, que produzem e que demandam

um novo tipo de cidadão. Compreendemos a educação como um processo político-social,

que tem como objetivo formar homem como agente transformador da sociedade que seja

um elemento crítico e participativo para a construção de uma sociedade melhor,

consciente dos direitos e deveres adquiridos e através da prática social impulsionar o

exercício da cidadania.

Portanto, para analisar e propor novas atuações em educação é preciso

considerar aspectos sociais, políticos, antropológicos e psicológicos, considerando os

distintos aspectos que concorrem para a formação do aluno, e que, o processo de

escolarização pode passar de fato a colaborar para a atuação dos alunos, na construção de

uma sociedade democrática. É imprescindível conhecer melhor os alunos, elaborar novos

programas, redefinir objetivos, buscar conteúdos significativos e novas formas de avaliar

que resultem em propostas metodológicas inovadoras, adequadas e satisfatórias com

intuito de viabilizar a qualificação do ensino e aprendizagem dos alunos.

E para isso, cabe ao educador, enquanto sujeito da ação pedagógica, articular os

conteúdos e Temas Contemporâneos através da interdisciplinaridade, objetivando a

construção de um saber não fragmentado, possibilitando ao aluno uma relação com o

mundo e consigo mesmo, com personalidade própria e ao mesmo tempo coletivo,

solidário, tolerante e flexível frente à mudanças.

5.1. SOCIEDADE

Não é possível conceber uma ação educacional que queira se constituir como

alternativa do projeto hegemônico se ela não constitui em um projeto coordenado de

ação. E um projeto educacional tem que ter uma perspectiva política clara.

É preciso saber que impacto quer-se causar na sociedade com a ação educacional

que temos. Que tipo de pessoas, estamos formando? O que esperamos da nossa atuação

na sociedade? Alguns dirão que isto já é feito na maioria das escolas. Algumas escolas

têm, de fato, isso escrito em seus planos globais. O que importa, no entanto, é que

pouquíssimas escolas tratam de coordenar todas as suas ações educacionais na direção da

formação de um aluno com capacidade de analisar a sociedade em que vive e de

constituir novo conhecimento crítico.

5.2. HOMEM

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-se

segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele

envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumular

experiência e em decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é intencional e

planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-materiais que são

apropriados de diferentes formas pelo homem, conforme Saviani (1992):

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“O homem necessita produzir continuamente sua própria existência. Para tanto,

em lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é transformá-la

pelo trabalho”.

A base biológica do funcionamento psicológico é o cérebro, visto como órgão

principal da atividade mental. Este cérebro é um sistema aberto, de grande plasticidade,

que poderá ser moldado, ao longo do processo educativo. O desenvolvimento da

atividade mental se processará através da mediação dos seres humanos entre si e deles

com o mundo, com a utilização de instrumentos técnicos e sistemas de signos,

destacando-se entre eles a linguagem.

À escola, como instituição social de educação, compete propiciar meios para o

desenvolvimento intelectual do homem, na busca de sua autonomia e realização pessoal

em toda plenitude. Autonomia que conduz diretamente à cidadania. Autônomo não é o

indivíduo isolado. Autônomo é o sujeito ativo, sujeito de práxis. E uma sociedade

autônoma é uma sociedade auto controlada, auto dirigida, auto gestada, onde suas

instituições, como a escola, promovem e desenvolvem a autonomia individual.

Tendo em vista que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se necessário

compreendê-lo em suas relações inerentes à natureza humana. O homem é, antes de tudo,

um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a realidade.

5.3. EDUCAÇÃO

Ao longo do desenvolvimento da humanidade, o homem, diferente dos outros

animais necessita produzir continuadamente sua própria existência. Adapta a natureza,

fazendo transformações através de ações intencionais e planejadas. Destas, o homem

produz e transforma bens materiais e não materiais. Desenvolve e transforma conceitos,

valores e hábitos constituindo formas de desenvolvimento superiores que através da

prática criativa vão continuamente se integrando no presente.

A compreensão da natureza da educação permite situar a especificidade referida

aos conhecimentos, idéias, conceitos, valores, hábitos, símbolos sob o aspecto de

elementos necessários à formação da humanidade em cada indivíduo. O trabalho

educativo é o ato de produzir direta e intencionalmente o conhecimento elaborado e

sistematizado produzido histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens.

A escola é o espaço por excelência, entendido como via de acesso de

apropriação do saber sistematizado, o conhecimento que se firmou como fundamental e

essencial para que o cidadão compreenda o mundo e atue nele, sendo sujeito da história e

não, mero expectador.

A educação pensada desta forma assume uma dimensão formadora que oriente

as possibilidades do cidadão, proporcionando subsídios para que atue de forma crítica e

reflexiva no contexto histórico a qual está inserido.

5.4. CIDADANIA

“A cidadania é um processo histórico-social que capacita a massa humana a forjar

condições de consciência, de organização e elaboração de um projeto e de práticas no

sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo, como sujeito histórico, plasmador

de seu próprio destino” (Boff, 2000, p.51).

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Reafirmando a citação de Boff, (Martins, 2000, ps3) diz”... a construção da

cidadania envolve um processo ideológico de formação de consciência pessoal e social e

de reconhecimento desse processo em termos de direitos e deveres”.

Podemos então dizer que o grande desafio histórico é dar condições ao povo

brasileiro de se tornar cidadãos conscientes, organizados e participativos do processo de

construção político-social e cultural.

A cidadania não se limita a uma palavra, idéia ou discurso, tão pouco está

distante da vida de cada pessoa. Ela está presente em todas as relações do homem, a

começar consigo mesmo, alcançando o outro e ampliando-se para o contexto social no

qual todos nós estamos inseridos.

Quando falamos em exercício da cidadania, apontamos para uma nova forma de

ver,ordenar e construir o mundo. Uma ação concreta e consciente tendo à frente os

princípios básicos dos direitos humanos, da responsabilidade pessoal e o compromisso

social na realização do destino coletivo.

A cidadania não se limita à reflexão intelectual. A ação cidadã se manifesta nas

pequenas tarefas cotidianas, abrangendo não apenas os direitos, mas também os deveres.

Na luta pela cidadania, a educação deve combater a dominação política e

cultural afirmando uma cultura popular que subverte o capitalismo, o machismo, o

racismo e outras formas autoritárias de poder no cotidiano, bem como avançar na luta

pela instituição de direitos legais de interesse popular ao mesmo tempo em que combate

as leis que defendem interesses das elites dominantes.

A educação é um dos principais instrumentos de formação da cidadania, deve ser

entendida coma concretização dos direitos que permitem ao indivíduo, sua inserção na

sociedade.

5.5. TECNOLOGIA

Tecnologia é o conhecimento que permite alterar nossas relações com o

ambiente e com outros seres humanos.

As tecnologias da informação aceleram a produção do conhecimento científico

produzindo grandes transformações em diferentes campos da atividade humana. Nesse

contexto o conhecimento torna-se atividade chave na economia, acelerando o processo de

inovação técnica e de desenvolvimento econômico.

A utilização da tecnologia na sala de informática e TV Pendrive, TV Paulo

Freire atual momento deve estar direcionado, ao sistema educacional e a organização

escolar para realizar uma democratização plena da educação destinada à emancipação

humana dos cidadãos.

5.6. CIÊNCIAS

Escolher o seu candidato em uma urna eletrônica, enviar um fax de um

documento para algum órgão, telefonar de um celular e enviar mensagem na Internet,

esses são alguns exemplos de fatos que já fazem parte do cotidiano, e que muito têm

facilitado a vida do cidadão moderno.

Não só a era da comunicação, tem transformado a vida do cidadão, como muitas

outras revoluções tecnológicas que têm levado a uma crescente globalização como

também os meios de transporte diminuíram distâncias permitindo conferências para

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decidir problemas mundiais. O desenvolvimento da medicina, da psicologia e da

educação tem proporcionado cada vez mais a participação na sociedade, de grupos antes

excluídos, como os deficientes físicos.

No entanto, vivemos em uma sociedade marcada pela supervalorização do

conhecimento científico e com a crescente intervenção da tecnologia no dia-a-dia, onde

recebemos informações controladas pela mídia por interesses econômicos e políticos que

têm nos limitado no que se refere à clareza dos direitos do cidadão e reduzindo a sua

participação em processos decisórios.

Nesse sentido, até que ponto a ciência tem servido, mais à escravidão do

cidadão, do que a garantia do seu exercício da cidadania? E até que ponto a educação tem

sido instrumento de dominação, ou instrumento de desenvolvimento das potencialidades

para o exercício consciente da cidadania? Qual a finalidade da ciência? A quem a ciência

tem servido atualmente? Para quem temos educado nossos alunos?

Discutir ciência e educação para a cidadania significa refletir sobre como elas

estão influenciando a vida do indivíduo e qual o papel social que lhes compete.

Dessa forma não é possível pensar na formação do cidadão à margem do saber

científico, há a necessidade de uma Proposta Pedagógica capaz de desvendar as

verdadeiras relações entre Ciência, Tecnologia e Sociedade.

Portanto, a escola tem a função social de garantir o acesso de todos os saberes

científicos, mostrando como o conhecimento colabora para a compreensão do mundo e

suas transformações e para reconhecer o ser humano como parte do Universo e como

indivíduo.

Nesta perspectiva a apropriação do conhecimento científico deve contribuir para

questionar o que vê e ouve, para ampliar as explicações sobre os fenômenos da natureza,

para refletir sobre aspectos sociais, econômicos e ambientais existentes na relações da

Ciência, Sociedade e Tecnologia. Também é importante considerar que a educação para a

cidadania pressupõe uma educação da consciência humana dos seus valores éticos e

morais, valores esses que devem ser fundamentados no princípio do respeito à vida e da

igualdade, para que sejam assim garantidos os direitos fundamentais do homem.

Para tanto, segundo Nereide Saviani, “a ciência merece lugar de destaque no

ensino como meio de cognição e enquanto objeto de conhecimento”, ou seja, ao elevar o

nível de pensamento dos educandos, permite-lhes o conhecimento da realidade, o que é

indispensável para interpretar o mundo para nele atuar e transformá-lo com

responsabilidade e compromisso com a sociedade.

5.7. CULTURA E TRABALHO

Na produção histórica de sua existência, os homens produzem conhecimentos,

instrumentos, técnicas, valores, crenças, comportamentos, tudo enfim que se configura na

cultura humana. A apropriação dessa cultura pelos indivíduos é que constitui a educação.

Esta é entendida, assim,como atualização histórico-cultural do homem,porque é pela

apropriação da cultura (produção histórica) que o indivíduo se faz homem (no sentido

histórico, não meramente biológico), diferenciando-se da natureza (que é o nível do qual

ele se encontra no momento do nascimento) e transcendendo-a, ou seja, a cultura se

transmite não por hereditariedade biológica, mas historicamente. Em qualquer época e em

qualquer sociedade, os indivíduos nascem igualmente desprovidos de qualquer atributo

cultural. É pela educação que cada indivíduo integra-se ao estágio de desenvolvimento

histórico do meio sócio-cultural onde nasce e cresce.

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A educação se dá por meio da ação pedagógica que,como atividade adequada a

um fim,constitui trabalho especificamente humano, passível de avaliações como todo

trabalho humano. Mas o processo pedagógico, ou ensino, embora como trabalho que é,

possui todos os elementos característicos deste,tem também sua especificidade que

importa considerar antes de tudo: o objeto de trabalho do ensino, o educando, é ao mesmo

tempo objeto e sujeito. É objeto porque, como objeto de trabalho, é matéria sobre a qual

se aplica o trabalho e cuja transformação se busca, não certamente a transformação física,

mas a transformação em sua personalidade viva por meio da aquisição da cultura (novos

conhecimentos, valores, crenças, competências etc). Mas é também sujeito, pois o

objetivo central da educação é precisamente a atualização histórica do homem. Este,

como ser ético, provido de vontade, se firma como ser histórico, precisamente por sua

condição de sujeito, de autor, condição esta que não pode ser negada sem que se segue

sua própria condição humano-histórica.

É através do trabalho coerente que a nova geração de brasileiros deposita suas

esperanças de freqüentar uma escola mais viva, mais atualizada e mais significativa; uma

escola rica de conhecimentos sistematizados e preparada para prover a sua formação

cultural, isto é, para conduzir a nova geração ao domínio da cultura, letrada, aquela que

domina a sociedade em que vivemos.

5.8. CURRÍCULO

Segundo Saviani (1997, p.20), “currículo é o conjunto das atividades nucleares

desenvolvidas pela escola”. A expressão “nuclear” restringe as questões, que devem ser

tratadas ou abordadas como currículo, caso contrário, incorreremos no perigo de

tornarmos o mesmo como algo extremamente abrangente, vago e genérico, onde tudo que

se faz na escola tem o mesmo peso. Na medida em que as ações não ganham uma

importância diferenciada corremos o risco de secundarizar o essencial e priorizar o que é

acessório.

Portanto, nesse cenário de múltiplos desafios que se apresentam à escola atual,

destaca-se o da necessidade de um currículo que apresente resposta condizente a um

projeto educacional articulado a um projeto de sociedade. Isso não significa que o aluno

deva aceitar e adaptar-se à realidade onde está inserido; mas sim, que o processo

pedagógico leve em conta o aluno nessa sua realidade para que possa tentar compreendê-

la e modificá-la.

Pois o conhecimento é uma construção cultural, social e histórica, resultante de

um processo dialético complexo e é importante que a organização do currículo escolar

garanta esta construção e reconstrução permanente, a escola é o espaço cultural

privilegiado de produção- circulação de conhecimentos.

O currículo, portanto, deve ser dinâmico e flexível, é o movimento integrador da

política intelectual e da organização do pensamento e da prática política. São alguns

delineamentos dessa dinâmica:

O princípio da historicidade para o entendimento da origem dos saberes e das

práticas sociais e culturais historicamente determinadas;

A contemporaneidade do conhecimento em suas dimensões de

complementaridade e de transversalidade;

A relevância social do conhecimento referido à constatação/ compreensão/

explicação/ intervenção das e nas práticas sociais;

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A superação da fragmentação das disciplinas postas sempre em relações de inter

complementaridade, exigindo-se umas às outras;

A referência dialética à diversidade das abordagens teórico/metodológicas e

ideológicas;

A ruptura do etapismo, através de conceitos que se ampliem recorrentes de

acordo com as possibilidades cognitivas e o grau de elaboração do pensamento

do aluno;

A simultaneidade entre as práticas sociais e educativas e a fundamentação

teórica, entre a organização do pensamento e as competências comunicativas;

A apresentação do conhecimento na perspectiva dialética do movimento da

totalidade, das contradições, dos saltos qualitativos;

A clara percepção das dimensões todas do trabalho educativo, de forma que a

dinâmica curricular incorpore as idéias- força da gestão democrática e do

compromisso social da escola;

Na medida em que o currículo contribui para a produção do nosso conhecimento

sobre o mundo e sobre nós mesmos, podemos dizer que ele é homogeneizador, negando

certas identidades culturais, étnicas, de classe.

As reflexões e discussões sobre os currículos em ação, constituem-se em

importantes referenciais para as análises sobre as relações de poder, sobre as vozes e

culturas silenciadas, os excluídos, sobre a abordagem epistemológica assumida, sobre as

teorias e metodologias educacionais indicadas e, enfim,para quem se orientam os

currículos.

O currículo escolar necessita de análise reflexiva, crítica e contextualizada. Ele

deve ser o elemento básico das reformas educacionais em que se concentram e se

desdobram as lutas entre o social, o cultural e o político.

Nesse sentido, é fundamental aos educadores, discutir e refletir sobre o que e

como estão ensinando, e sobre a importância ou relevância desses conteúdos e formas de

atuação para a compreensão do mundo dos seus alunos. Só assim os professores podem

planejar sua ação na sala de aula com maior clareza dos pontos de partida e de chegada.

5.9. CONHECIMENTO

O conhecimento é o centro da atividade em uma escola. Problematizá-lo, discutir

sua utilidade, sua constituição e a melhor forma de fazer com que os alunos construam

seu próprio conhecimento, deveria ser a principal ação das escolas.

Construir uma nova relação com o conhecimento é perceber que informação não é

conhecimento. Informação é matéria-prima; mas só se torna o conhecimento se for

transformada pelo sujeito cognoscente, se fizer sentido para este e se relacionar com

outros conhecimentos já construídos e incorporados.

No que se refere ao conhecimento e especificamente ao currículo escolar, há

algumas questões que deveriam ser sempre feitas pelos professores e pela escola como

um todo. O professor Henry Giroux resume assim estas questões:

O que conta como conhecimento escolar?

Como tal conhecimento é produzido?

Como tal conhecimento é transmitido em sala de aula?

Que tipos de relacionamentos sociais em sala de aula, servem para espelhar e

reproduzir os valores e normas incorporadas nas relações sociais aceita de

outros lugares sociais dominantes?

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Quem tem acesso a formas legítimas de conhecimentos?

Dos interesses de quem este conhecimento está a serviço?

Como são mediadas as contradições e tensões políticas e sociais através de

formas aceitáveis de conhecimento escolar e relacionamentos sociais?

Como os métodos de avaliação predominante servem para legitimar as formas

de conhecimento existentes?

Estas perguntas nos ajudam a ver que o que chamamos de conteúdo na escola,

na verdade é um recorte de um universo muito maior de conhecimentos constituídos.

Entender isto ajuda a dar aos alunos a ideia de que o conhecimento é sempre uma

construção social, influenciada paras visões de mundo. Esta noção desnaturaliza o

conhecimento, o social e a ciência e mostra que aquilo que parece ser lógico, que se

apresenta como a melhor saída, na verdade é uma construção específica de uma visão de

mundo.

5.10. ESCOLA

A escola, como a conhecemos, é herança da sociedade industrial e como tal serve

às necessidades do sistema produtivo da vida urbana nas democracias modernas, como

letramento para todas e distintas qualificações para diferentes categorias sociais e

profissionais. Por isso, nunca pretendeu dar a todos uma formação humanista e científica,

mas sim selecionar para reproduzir a pirâmide produtiva.

A escola do passado recente já não é a de hoje, e esta, se transforma rapidamente.

E a atual escola não encontrou sua nova natureza diante de uma sociedade que convive

com o rápido desenvolvimento tecnológico e crescente exclusão econômica, ela, ainda

prepara uns pouco para a efetiva vida social e produtiva com alta qualificação.

Por isso, falar de escola hoje significa pensar para que serviu, para que serve e

para que servirá a escola?

Precisamos da escola como lugar para aquisição do conhecimento sistematizado.

Contudo, a novidade é que a escola hoje não é o único lugar onde essa função pode ser

realizada.

Necessitamos mudar a escola, pois seu modelo esgotado já não permite sujeitos

escreverem projeto de vida em um mundo com outras demandas, possibilidades e

recursos. Nessa linha de pensamento, de percepção pedagógica da aprendizagem em que

ela acontece na escola e não no mundo, e que não considera os progressos realizados

sobre entendimento de como se produz a aprendizagem, nem o saber nas diferentes

maneiras de ensinar. Assim, a escola deve ser centrada nos alunos, no conhecimento, na

avaliação e na comunidade, que é a escola que queremos.

Portanto, para construirmos essa escola, podemos buscar inspiração nas idéias dos

“educadores progressistas”, o que significa transpor e superar valores criados e

reforçados pela sociedade capitalista (submissão, competição, individualismo) e no

estímulo e esforço de valores universais que possam contribuir por uma educação que

torna as pessoas mais livres, responsáveis, criativas e com autonomia de pensamento.

5.11. AVALIAÇÃO

Um dos elementos mais destacados nas situações escolares é a avaliação. Muitas

vezes o professor considera “a prova’’ o principal estímulo através do qual consegue

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chamar a atenção de seus alunos. Na verdade, o modo de trabalhar com a avaliação

demonstra concepções do professor acerca do ensino/aprendizagem. No caso de acreditar

que ensinar significa transmitir conhecimentos, as avaliações serão elaboradas visando

descobrir se os alunos assimilaram os conteúdos e se estão aptos para reproduzi-los como

foram apresentados. Por outro lado, concebendo a aprendizagem como construção do

conhecimento, na avaliação, o professor terá como objetivo, a análise do conhecimento

elaborado e propiciar mais um momento de aprendizagem.

Em termos motivacionais, esta etapa do processo ensino/aprendizagem pode

acenar para o que é valorizada e deverá ser assumida como um instrumento de

compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista

tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu processo de

aprendizagem. Se, é importante aprender aquilo que se ensina na escola, a função da

avaliação será possibilitar ao educador condições de compreensão do estágio em que o

aluno se encontra, tendo em vista poder trabalhar com ele para que saia do estágio

defasado em que se encontra e possa avançar em termos dos conhecimentos necessários.

Desse modo, a avaliação não pode ser vista como um instrumento para a aprovação ou

reprovação dos alunos, mas sim um instrumento de diagnóstico de sua situação, tendo em

vista a definição de encaminhamentos adequados para a sua aprendizagem. Para que a

avaliação assuma seu caráter de diagnóstico e possibilite a tomada de decisões que

favoreçam o processo ensino aprendizagem, serão estabelecidos o mínimo de 2 ou 3

instrumentos diversificados em regime trimestral.

5.12. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

A necessidade de conceituar letramento surgiu no mesmo momento histórico e

em sociedades distantes geograficamente e diferentes culturalmente e

socioeconomicamente em meados dos anos 80.

Ao final dos anos 70, a UNESCO propôs ampliação do conceito literate para

functionally literate, desta, as avaliações internacionais fossem além do domínio da

leitura e da escrita.

As causas da necessidade de conceituar as práticas sociais da literatura e da

escrita são diferentes nos países desenvolvidos e nos países em desenvolvimento como o

Brasil. Nos países desenvolvidos e nos países em desenvolvimento como o Brasil. Nos

países desenvolvidos as práticas sociais da leitura e da escrita é relevante ao constatar que

a população, apesar de alfabetizada, não tinha domínio das habilidades necessárias nas

práticas sociais e profissionais que se utilizavam da escrita de forma competente.

Em pesquisas nestes países, a questão do não domínio da leitura e da escrita

necessária para as práticas sociais e profissionais, e o processo de aprendizagem do

sistema de escrita não apresentam relação, sendo tratados de forma distinta.

Segundo Magda Soares, no Brasil esse movimento ocorreu ao inverso: “o

despertar para a importância e necessidade de habilidades para o uso competente da

leitura e da escrita tem sua origem vinculada à aprendizagem inicial da escrita,

desenvolvendo-se basicamente a partir de um conceito de alfabetização”, p.7.

A alfabetização no Brasil se encontra nas discussões sobre o tema, em um

conceito de domínio de habilidades do uso da leitura e da escrita, se mesclando com

conceito de letramento que se superpõem e com freqüência se confundem.

O conceito de letramento no conceito de alfabetização tem suas raízes nos

censos demográficos. Até 1940 considerava-se alfabetizado o cidadão que tinha

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capacidade de escrever o próprio nome. A partir de 1950, o conceito de alfabetizado

caracterizava-se por aquele capaz de ler e escrever bilhetes simples e com entendimento

básico. Atualmente, o censo apresenta resultados em função dos anos de escolarização

que se caracteriza em alfabetização funcional da população, que após alguns anos de

escolarização, além de aprender a ler o indivíduo deverá fazer uso da leitura e da escrita.

Desta forma, Magda Soares aponta que “verifica-se uma progressiva, embora cautelosa,

extensão do conceito de alfabetização em direção ao conceito de letramento: do saber ler

e escrever em direção ao ser capaz de fazer uso da leitura e da escrita”. A mídia contribui

para a aproximação do conceito de alfabetização com e letramento, com matérias sobre

leitura e escrita e terminologias, como semi-analfabeto, iletrados, analfabetos funcionais,

além de críticas de analfabetismo baseando-se apenas nos critérios censitários do saber

ler e escrever um bilhete simples.

Magda Soares afirma que embora exista relação entre os termos alfabetização e

letramento, é preciso caracterizar a especialidade de cada um. A perda da especialidade

do conceito de alfabetização se deve em sua maior parte pelo fracasso na aprendizagem

do ensino da língua escrita de nossas escolas, que há muito vem acontecendo, porém, tem

sido evidenciado e divulgado depois que passou a ser avaliado em nível estadual nacional

e até internacional.

A área da alfabetização sofreu alterações profundas na concepção do processo de

representação da língua escrita. Nos métodos “tradicionais”, com seus pressupostos

teóricos, a criança deveria estar “pronta”, e se utilizavam de material produzido para

“aprender a ler”. Atualmente, com a introdução da perspectiva construtivista a criança

passa a ser sujeito ativo, interagindo na construção do sistema de representação da língua

escrita utilizando-a em práticas sociais, interagindo com material “para ler”.

Essa alteração na área de alfabetização teve suas contribuições, mas há que se

reconhecer que provocou equívocos que caracterizaram a alfabetização que foi

obscurecida pelo letramento.

Magda Soares defende a reinvenção da alfabetização, põem, alerta para o não

radicalismo, que é mais político do que conceitual, pois estudos e pesquisas em diversos

países, e que é preocupação também no Brasil, postulam a necessidade de recuperar o

pleno domínio da língua escrita sem antagonismos de concepções como que já se

mostram no movimento denominado a “volta ao fônico”. Magda explica que a diferença

entre as propostas está em que o tradicional “considera que as relações entre o sistema

fonológico e os sistemas alfabéticos e ortográficos devem ser objeto de instrução direta,

explícita e sistemática com certa autonomia em relação ao desenvolvimento das práticas

de leitura e escrita”. (p.14.). Na proposta construtivista “considera-se que essas relações

não constituem propriamente objeto de ensino, pois sua aprendizagem deve ser

incidental, implícita, assistemática, no pressuposto de que a criança é capaz é de

descobrir por si mesma as relações fonema-grafema”. (p.14). Nestes casos, percebe-se a

dissociação equivocada da alfabetização e letramento, que podem ser tratadas

isoladamente, pois no quadro das concepções psicológicas e psicolinguísticas atuais da

leitura e da escrita, a entrada da criança e do adulto analfabeto acontece simultaneamente

por esses dois processos, a alfabetização em que se adquire o sistema convencional da

escrita com suas facetas, que se constituem na consciência fonológica e fonêmica, relação

fonema-grafema habilidades de codificação e decodificação da língua escrita,

conhecimento e reconhecimento dos processos de tradução da forma sonora da fala para a

forma gráfica da escrita e o letramento, desenvolvimento de habilidades de uso desse

sistema em atividades e experiências variadas que envolvam leitura e escrita,

conhecimento e interação com diferentes tipos e gêneros de material escrito.

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Desta forma, entende-se que alfabetização e letramento, estão interligados,

porém, não se pode perder a especialidade de cada um.

5.13. CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

As concepções de que ser criança é ser feliz, ser alegre, despreocupada e que sua

ocupação se resume em brincar, devem ser superadas. Nem sempre é ou foi desse modo.

Na contemporaneidade, infância se quer pode ser vivida por todas as crianças.

Se olharmos atentamente ao redor, nos deparamos com crianças, meninos e

meninas de rua embarcados em uma vida de prostituição, drogas, esmolando, exercendo

trabalho infantil, quando não, sendo molestados por aqueles que deveriam ter a missão

precípua de defender e preservar suas vidas e sua integridade. Assim, é urgente que

repensemos o conceito de: ”o que é ser criança?” “O que é ser criança no Brasil?”

Talvez não consigamos definir o que é ser criança, mas temos a certeza de que

ser criança não é viver em um mundo de sonhos e fantasias, permeados por brinquedos,

brincadeiras e guloseimas.

O conceito padronizado de criança produzido pela humanidade, não levou em

consideração as características próprias de cada sociedade, bem como seu contexto

histórico.

Nem todas as crianças podem ter uma vida privilegiada, cercada por cuidados

maternais, com qualidade de vida no que tange a moradia, saúde, educação e alimentação,

embora sejam direitos constitucionais da criança desde o seu nascimento.

Observamos relatos frequentes da mídia com a dura realidade na periferia das

grandes cidades, ou nos sertões brasileiros, porém, se estivermos bem atentos, podemos

perceber que essa realidade está presente também em nossos municípios, onde crianças

dormem ao relento, ou em barracos, onde a indigência e miséria perpassam pela fome,

frio, doença, droga, falta de higiene e educação. É uma grotesca realidade em toda

sociedade brasileira.

No mundo contemporâneo, as crianças têm assegurado seu direito a moradia,

saúde, educação e boa alimentação, porém, embora se apresentem com famílias

constituídas, muitas vezes não tem a presença de seus familiares, que em muitos casos

substituem sua presença por bens materiais e permissividade, deixando a imposição de

limites que é tão importante na formação da criança.

O mesmo se passa com adolescentes, onde num senso comum, se configura

como um estágio da vida onde a sua missão é aborrecer. Há quem tem o conceito de que

são todos “aborrecentes”. Um ser que está sempre em crise, sempre mal humorado e com

hormônios aflorados. Porém nem sempre é assim. Muitos são tranquilos, e fogem de

longe ao conceito estabelecido ao longo da história.

Devemos ter um olhar para a adolescência, como sendo um período de

mudanças físicas, cognitivas e sociais mais acentuadas, não pode ser vista como uma fase

estanque em que podemos determinar seu início e seu fim. A puberdade, palavra derivada

do latim pubertas-atis refere-se ao conjunto de transformações fisiológicas que acontece

entre a infância e a adolescência. Adolescência vem do latim adolescência, adolescer, e

compreende uma parte da vida, entre a puberdade e a vida adulta. Nem sempre é

necessário que o sujeito, nesse espaço de tempo tenha distúrbios comportamentais, ou

explosões hormonais, é muito comum encontrarmos sujeitos, tranqüilos e doces mesmo

estando nesse período considerado crítico em suas vidas.

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Desta forma, o importante é tentar uma compreensão a partir de sua

historicidade, sobrepondo à busca de compreensões e classificações de que estágio da

vida se encontra o sujeito.

A conquista e o reconhecimento de si é algo que se constrói ao longo da vida,

iniciando pelo nascimento, em uma caminhada que se encerra com a morte.

Na expectativa de assegurar os direitos fundamentais que contribuam para seu

desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social em condições de liberdade e

dignidade, foi instituído o ECA “Estatuto da Criança e do Adolescente”, pela Lei 8.069

de 1990 regulamentando os direitos das crianças e dos adolescentes.

Esta Lei considera criança a pessoa até doze anos de idade incompletos, e

adolescente pessoa entre doze e dezoito anos de idade. Com o advento da Constituição de

1988 e do Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990, a criança e o adolescente

passaram a serem sujeitos de direitos a quem deve assegurar mecanismos de proteção

integral.

Entendendo ser um dever da família, da comunidade, da sociedade e do poder

público assegurar com absoluta prioridade a efetivação dos direitos referentes à vida, à

saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à

dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, a escola,

segmento que hoje se torna fundamental na vida do sujeito em desenvolvimento, deve

oferecer as condições necessárias para que este desenvolvimento seja pleno, fazendo

valer os direitos e deveres estabelecidos em lei.

A escola tem a difícil tarefa de cumprir e exigir o cumprimento da Lei, não

podendo de forma alguma compactuar com a difícil realidade a qual se depara nossa

sociedade em casos frequêntes de crianças e adolescentes abandonados, morando nas

ruas, deixados em casa sozinhos por longo período de tempo, sendo nestes casos expostos

as mais cruéis formas de violência.

Com a implantação do Ensino Fundamental de nove anos a partir do ano de

2012, a escola precisa refletir sobre suas práticas educativas permitindo ao educando

liberdade para criar, vivenciar e refazer a infância. Na família a criança adquire, ou

deveria adquirir conceitos, valores, bem como vivenciar a infância sendo criança de

verdade e de fato.

Deste modo, é imprescindível que haja integração entre família e escola, é como

Paulo Freire diz: “A escola tem que ser democrática e a união da família, corpo

acadêmico e comunidade é fundamental”. Nossa responsabilidade enquanto escola é a de

enfrentar os desafios para que a nossa função seja desempenhada vislumbrando mudanças

necessárias para acolher o aluno, respeitando a diversidade cultural que dá diferentes

significados à infância.

5.14. ENSINO E APRENDIZAGEM

A escola ocupa um espaço que contribui de forma significativa no processo de

desenvolvimento do ser humano. É na escola que a criança e o adolescente passa boa

parte de sua vida, desta forma, a escola assume papel importante na formação do ser

humano. É através do conhecimento que o sujeito poderá exercer os seus direitos e

deveres com propriedade, segundo Kant,o homem só pode se tornar homem através da

educação. Significa que pessoas estão condenadas a aprender, ou seja, em um processo de

interação com o contexto e por mediação social, a construir uma visão do mundo e

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intervir nele. Dessa forma, a pessoa humana constitui-se como único ser existente no

universo que busca permanentemente conhecê-lo.

Na produção histórica de sua existência, os homens produzem conhecimentos,

instrumentos, técnicas, valores, crenças, comportamentos, tudo enfim que se configura na

cultura humana.

A apropriação dessa cultura pelos indivíduos é que constitui a educação. Esta é

entendida assim, como atualização histórico-cultural do homem, porque é pela

apropriação da cultura (produção histórica) que o indivíduo se faz homem (no sentido

histórico, não meramente biológico), diferenciando-se da natureza (que é o nível no qual

ele se encontra no momento do nascimento) e transcendendo-a. Ou seja, a cultura se

transmite não por hereditariedade biológica, mas historicamente. Em qualquer época e em

qualquer sociedade, os indivíduos nascem igualmente desprovidos de qualquer atributo

cultural. É pela educação que cada indivíduo integra-se ao estágio de desenvolvimento

histórico do meio sócio-cultural onde nasce e cresce. È pela aprendizagem que se

possibilita e movimenta o processo de desenvolvimento.

Quando o educando entra na instituição educativa, o que lhe é ensinado torna-se

constitutivo de sua pessoa, modificando-se continuamente (e, por isto sendo ele próprio,

conteúdo, modificado). Isto significa que todo e qualquer processo de ensino-

aprendizagem se insere em um contexto mais amplo da constituição do indivíduo, porque

a aprendizagem na escola não se efetua como um processo paralelo, dissociado de outras

instâncias de apreensão e compreensão da realidade.

A vivência na escola e fora dela, são constituídas por ações e interações que

configuram, todas elas, o desenvolvimento.

O aprendizado se processa informalmente fora da escola, no entanto é na escola

que se introduzem elementos novos no desenvolvimento do ser humano de forma

sistematizada. As aprendizagens que os alunos realizam na escola, serão significativas na

medida em que eles consigam estabelecer relações entre os conteúdos escolares e os

conhecimentos previamente construídos, que atendam as expectativas, intenções e

propósitos de aprendizagens do aluno.

O pressuposto é de que a escola, entendida como um coletivo inteligente,

precisa aprender a partir de experiências educativas não-escolares. O objetivo seria que

cada constituição pudesse transformar-se em um centro de educação permanente,

profundamente enraizada no contexto local e capaz de interagir múltiplos tipos de

aprendentes para que todos possam aprender e se tornem habituais situações de

reversibilidade dos papéis de ensinar e aprender.

O ponto central da aprendizagem significativa é estabelecer o máximo de

relações entre os conhecimentos prévios dos educandos com os novos conteúdos. Os

conhecimentos prévios podem estar relacionados a conceitos, princípios, fatos,

procedimentos, normas, atitudes e valores bem ou mal elaborados, mais ou menos

coerentes, adequados ou inadequados em relação ao conteúdo em estudo. Entre os

educandos de um mesmo grupo podem existir diferenças na quantidade de conhecimento,

organização, coerência e validade, o que deve ser compreendido como veículos para a

aprendizagem e não como obstáculo. Para Freire a valorização do conhecimento que o

educando traz, deve ser ponto de partida e não ponto de chegada do processo educativo.

“Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades

para a sua própria produção ou a sua construção. Este saber necessário ao professor - que

ensinar não é transferir conhecimento, não apenas precisa ser aprendido por ele e pelos

educandos nas suas razões de ser: ontológica, política, ética, epistemológica, pedagógica,

mas também é necessário ser constantemente testemunhado, vivido”. PAULO FREIRE

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Nesse sentido, ensinar não se esgota no tratamento do objeto ou do conteúdo,

superficialmente feito, mas se alonga à produção das condições em que aprender

criticamente é possível.

Dessa forma, as verdadeiras condições de aprendizagem ocorre onde os

educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do

saber ensinado ao lado do educador, igualmente sujeito do processo, assim, podemos

dizer que o saber ensinado, em que o objeto ensinado é aprendido na sua razão de ser e,

portanto, aprendido.

Quanto mais penso sobre a prática educativa, reconhecendo a responsabilidade

que ela exige de nós, tanto mais me convenço do dever nosso de lutar no sentido de que

ela seja realmente respeitada. (Freire)

Concordamos com Paulo Freire que a percepção do homem e da mulher como

seres “programados, mas para aprender” e, portanto, para ensinar, para conhecer, para

intervir, que a prática educativa é tida como exercício constante em favor da produção e

do desenvolvimento da autonomia de educadores e educandos.

5.15. GESTÃO DEMOCRÁTICA E AÇÃO COLEGIADA

A Lei de Diretrizes e Bases da Educacional Nacional nº 9394/96, estabelece

como princípio “gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e das

legislações dos sistemas de ensino” ( Inciso VIII, Art. 3º). E no art. 15, inciso II, define

um dos princípios da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo

com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios (...) II – participação das

comunidades escolar e local em Conselhos de Escola ou equivalentes”.

Nesse sentido, a gestão democrática da escola implica que a comunidade, os

usuários da escola, sejam seus dirigentes e gestores, não apenas seus fiscalizadores ou

meros receptores dos serviços educacionais. Assim, pais, alunos, professores e

funcionários assumem sua parte de responsabilidade na escola. A gestão democrática faz

parte da própria natureza do ato pedagógico, ela exige uma mudança de mentalidade de

todos os membros da comunidade escolar.

A escola deve formar para a cidadania, para isso, ela deve dar o exemplo, pois é

um passo importante no aprendizado da democracia.

A gestão democrática pode melhorar o que é específica da escola, isto é, o seu

ensino. A participação na gestão da escola, proporcionará um melhor conhecimento do

funcionamento da mesma, propiciando um contato permanente entre professores e

alunos, um conhecimento mútuo, aproximando também as necessidades dos alunos aos

conteúdos ensinados.

Reconhecemos na ação colegiada uma condição de possibilidade para sustentar

uma prática pedagógica progressista, na escola pública, na medida que, cabe a ela o

exercício das funções normativas e deliberativas, no que se refere à prática pedagógica a

ser efetivada pela escola.

A comunidade escolar está sendo chamada a participar na tomada de decisões

por várias razões. Uma delas é o próprio processo de democratização da sociedade,

ampliando os canais de participação. Outra razão é que a escola não está ilhada, mas

inserida numa comunidade concreta, cuja população tem expectativas e necessidades

específicas que ela precisa levar em conta. Na busca de soluções, combinam-se as

contribuições e fortalece-se a interação do grupo.

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Realizar uma gestão democrática significa acreditar que todos juntos tem mais

chances de encontrar caminhos para atender às expectativas da sociedade, a respeito da

atuação da escola. Ampliando o número de pessoas que participam da vida escolar,

estabelecer relações mais flexíveis e menos autoritárias entre educadores e alunos.

5.16. EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A inclusão de estudantes com deficiência nas classes regulares representam

avanços histórico em relação ao movimento de integração, que pressupunha algum tipo

de treinamento do deficiente para permitir sua participação no processo educativo

regular. A inclusão postula uma reestruturação do sistema de ensino, com objetivo de

fazer com que a escola se torne aberta às diferenças e competente para trabalhar com todo

os educandos sem distinção de raça, classe ou gênero.

Mais do que criar condições para os deficientes, a inclusão é um desafio que

implica mudar a escola como um todo, no projeto pedagógico, na postura diante dos

alunos, na filosofia... Também implica no reconhecimento e atendimento às diferenças de

qualquer aluno que, seja por causas endógenas ou exógenas, temporárias ou

permanentes,apresenta dificuldades de aprendizagem.

A inclusão é um processo sem fórmulas prontas e que exige aperfeiçoamento

constante, portanto, cabe ao corpo diretivo buscar orientação e suporte das associações de

assistência e das autoridades médicas e educacionais. A construção desse modelo implica

transformar a escola, no que se refere ao currículo, à avaliação e, principalmente, às

atitudes e construir nova filosofia educativa.

Na educação inclusiva não se espera que o aluno com necessidade educacional

especial se adapte à escola, mas que esta se transforme de forma a possibilitar a inserção

daquela. Para tanto, algumas medidas que garantem o sucesso da proposta inclusiva são

imprescindíveis, tais como: estímulos para que as escolas elaborem sua proposta

pedagógica, diagnosticando a demanda por atendimento especial, criação de um currículo

que reflita o meio social e apoio à descentralização da gestão administrativa.

Em relação aos procedimentos a serem adotados, destacam-se: o trabalho em

grupo e atividades diversificadas que possam ter diversos níveis de compreensão e

desempenho; predomínio experimentação, da descoberta, debates e pesquisas.

Nesse sentido, busca-se que o processo de inclusão educacional seja efetivo,

assegurando o direito à igualdade com eqüidade de oportunidades.

Esse processo de inclusão educacional, exige planejamento e mudanças

sistêmicas político-administrativas na gestão educacional, que envolvem desde a alocação

de recursos governamentais até a flexibilização curricular que ocorre em sala de aula,

conforme é preceituado na Deliberação nº 02/03-CEE.

A garantida da escola pública para todos significa dar acesso àqueles que a ela se

reportam. Apenas a matrícula não garante a permanência do aluno na escola. Pois a

inclusão, é um processo cheio de imprevistos, sem fórmulas prontas e que exige

aperfeiçoamento constante.

Levando-se em consideração a política de inclusão orientada pela política de

inclusão adotada pelo estado do Paraná, pretendemos permear todas as etapas, pois tais

questões serão abordadas no sentido de promover ações práticas para que os professores,

equipe pedagógica e funcionários tenham subsídios para atender esta demanda, seja com

recursos físicos e humanos necessários, seja na capacitação continuada, para que

realmente seja possível a prática inclusiva em nossa escola.

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Na escola contamos com 2 casos de alunos com deficiência auditiva leve. Os

mesmos foram colocados nas primeiras carteiras no centro da sala e os professores

procuram falar direcionando a eles.

A escola não possui sala de recurso. Há sala de apoio que dá atendimento aos

alunos com dificuldade em Português e Matemática. Esse atendimento e feito com os

alunos de 5ª séries.

Uma inclusão responsável, neste caso, busca resgatar valores humanos de

solidariedade, de colaboração e, sobretudo, de assegurar o direito à igualdade de direitos.

5.17. EDUCAÇÃO DO CAMPO

A educação do campo traz uma grande lição e um grande desafio para o

pensamento educacional: entender os processos educativos na diversidade de dimensões

que os constituem como processos sociais, políticos e culturais; formadores do ser

humano e da própria sociedade.

Não basta ter escolas “no” campo, é preciso ajudar a construir escolas “do”

campo, ou seja, escolas com um projeto político pedagógico vinculado às causas, aos

desafios, aos sonhos, a história e a cultura do povo trabalhador, articulando a um projeto

político e econômico de desenvolvimento local e sustentável, a partir da perspectiva dos

interesses dos povos que nele vive.

O que caracteriza os povos do campo é o jeito peculiar de se relacionarem com a

natureza, o trabalho na terra, utilização de mão de obra dos membros da família, cultura,

valores, valorização de festas comunitárias, etc, sem a necessidade do vinculo com o

relógio mecânico.

Observa-se a importância do entendimento do campo como modo de vida social

que contribui para a auto-formação da identidade dos povos dos campos, no sentido da

valorização do trabalho, da sua história, do seu jeito de ser, suas crenças, sua resistência

no campo. é necessário que a educação do campo tenha a construção de um modelo de

desenvolvimento que valorize o seu Ser Humano como fundamental, vindo de um modo

de agricultura capitalista, produção de agro-negócio, utilização de insumos, agrotóxicos,

transgênicos, desmatamento, pesca predatória, etc..., tudo isso usado em debate que farão

emergir hábitos errados e introduzindo conteúdos específicos, que favorecerão o meio

ambiente. Deve-se ainda tirar a idéia errônea da marginalização do campo, como local de

pessoas “atrasadas” que apenas poluem o meio ambiente.

Nesse sentido, a escola deve ser local de ampliação dos conhecimentos,

portanto, terá como de partida a realidade do aluno para o processo pedagógico, mas não

como ponto de chegada.

Quanto aos conteúdos e metodologias, cabe aos professores investigar conteúdos

históricos já determinados pela cultura do aluno, para só após aplicar os conhecimentos

dos educandos.

Em relação à avaliação, deve ser um processo contínuo e realizado em função

dos objetivos propostos, pode ser realizada de diversas maneiras: trabalhos individuais,

atividades em grupo, elaboração de textos, atividades de campo, visitas.

É importante a “escuta”, ato essencial para construir a educação, escutar os

povos do campo, sua sabedoria, observações, crenças, como construção do conhecimento

e como “diagnóstico” para o desenvolvimento do processo pedagógico.

Pensar em uma proposta em uma escola de campo, hoje, não é pensar num ideal

pedagógico pronto e fechado, mas, ao contrário, é pensar num conjunto de

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transformações que a realidade vem exigindo para a escola (educação básica) neste

espaço social, e neste momento histórico.

5.18. HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA

Conforme determina a Lei Federal nº 10.639 de 09 de janeiro de 2003 e Lei

Federal nº. 11.645 de 10 de março de 2008, que estabelece nas Diretrizes e Bases da

Educação Brasileira a inclusão ao Currículo Oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade

da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” para que o tema seja trabalhado nas

disciplinas de Língua Portuguesa, Literatura, Arte, História sendo o conteúdo

programático a respeito da História da África, dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a

cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando

concomitantemente a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política,

incluindo no calendário escolar o dia 20 de novembro ”Dia Nacional da Consciência

Negra”.

Neste contexto fica a critério de cada disciplina e professor, na

interdisciplinaridade, planejar as atividades a serem desenvolvidas relacionadas ao tema

instituído.

6. MARCO OPERACIONAL

Mediante reflexão, análise e avaliação da prática pedagógica, a comunidade

escolar reelaborou o Projeto Político Pedagógico, com o objetivo de nortear, traçar metas

e registrar o Plano de Ação que será desenvolvido para atingir os objetivos coletivamente

propostos.

Considerando as experiências anteriores acumuladas da prática pedagógica,

respeitando os valores, expectativas, costumes, tradições, necessidades e anseios,

considerando o contexto social dos alunos, este foi proposto a fim de definir as ações

educativas necessárias e adequar à realidade. Interesse num espírito de interação,

cooperação e respeito à diversidade, disponibilidade para a aprendizagem, envolvendo os

fatores políticos, sociais, culturais e psicológicos, para que os alunos possam exercer a

cada momento a sua verdadeira cidadania.

O Ensino Fundamental e Médio, contemporâneo, no mundo em transformação

acelerada imposta pela nova geração política do planeta, globalização econômica e

revolução tecnológica – precisa formar cidadãos com criatividade, autonomia e

capacidade para solucionar problemas.

Conscientes das leis que direcionam a política educacional brasileira e da

proposta curricular escolar, planejamos a proposta em ação, juntamente com os

professores que atuam nas séries do Ensino Fundamental e Médio, para uma atuação

integrada entre as diversas áreas e disciplinas.

A gestão, as normas e padrões que regulam a convivência escola, deverão ser

inspirados pela política da igualdade, favorecendo a formação de hábitos democráticos e

responsáveis da vida civil.

Essa gestão democrática faz parte da natureza do ato pedagógico, fazendo com

que cada segmento da comunidade escolar assuma sua responsabilidade na escola, na

busca de soluções e contribuições para fortalecer a interação dessa comunidade.

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Além das atribuições que compete aos funcionários, colaboram na

responsabilidade social, desenvolvendo ações educativas, zelando pelo patrimônio

cultural e o compromisso de educar.

Para que essa participação se efetive realmente, é imprescindível capacitação que

promova leitura e reflexão de textos, bem como oportunidade de expressar opiniões.

Quanto a relação entre o pedagógico e o administrativo há um bom

entrosamento, pois todos trabalham no sentido de favorecer o bom andamento da escola e

a aprendizagem dos alunos.

6.1. RESULTADO FINAL DE 2010

Série

Total

AP

Rep.

Transf.

Desist.

5ª 71 53 18 02 02

6ª 141 111 30 02 -

7ª 137 126 11 03 -

8ª 135 117 18 05 01

1ª 58 43 15 18 01

2ª 73 60 13 14 -

3ª 82 76 06 11 02

Analisando o Relatório Final de 2010, verificamos que hánecessidade de

contunuar um esforço em conjunto entre direção, equipe pedagógica e professores, a fim

de reduzir o índice de reprovação nas quintas e sextas séries do Ensino Fundamental e

primeiro ano do Ensino Médio.

A distorção idade/série foi constatada em todas as séries do Ensino Fundamental

e do Ensino Médio. Realizou-se análises e reflexões acerca desse problemas e são

diversos os fatores em que interferiram nesa distorção.

Na tentativa de minimizar a situação à direção e corpo docente, decidiram pela

adesão ap P.P.A. (Plano Personalizado de Atendimento Para Distorção Idade/Série).

Inicialmente serão atendidos 21 alunos que estão nas 5ª e .6ª séries do ano letivo de 2011,

com pespectiva de oferecer continuidade no próximo ano.

O P.P.A. consiste de um planejamento de conteúdos básicos de cada série/ ano

com envolvimento dos pais, professores e equipe pedagógica em que os anos se

submeterão a avaliação por série e posteriormente ao Conselho de Classe Extraordinário

dos alunos que obtiveram resultados satisfatórios na série.

Em relação ao Ensino Médio, ante aos resultados obtidos, a direção, equipe

pedagógica e corpo docente sentem a necessidade de um trabalho pedagógico

diferenciado, pois o alunado do Ensino Médio são, na grande maioria, trabalhadores da

indústria e comércio local. Esse alunado trabalhador tem perspectiva de futuro e percebe

a necessidade de dar continuidade aos estudos, chegando ao Ensino Superior.

Desta forma, tendo em vista a melhoria da qualidade do ensino, os professores

estão fazendo aprofundamentos teórico-metodológicos na perspectiva progressista,

participando dos cursos de formação continuada, grupos de estudo, GTR, leituras de

aprofundamento e PDE com a perspectiva de obter resultados mais satisfatórios no que

tange a aprendizagem.

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6.2. RELAÇÕES DE TRABALHO NA ESCOLA

Entendemos que a escola para desempenhar sua real função precisa estar

integrada à comunidade. As dinâmicas entre escola e comunidade possibilitam a

aquisição de subsídios para resgatar e transformar o ensino público.

Somos todos agentes transformadores da realidade e entendemos que a gestão

participativa, centrada no trabalho coletivo e na dinâmica das relações entre a

comunidade escolar interna e externa ajuda a conquistar e manter uma educação de

qualidade.

Nesse sentido é preciso reconhecer que as práticas educacionais são realizadas

por diversos agentes. O aprendizado de idéias e condutas entre familiares pode tornar

mais, vigorosas e produtivas as atividades escolares, essas ações, devem ser

complementares à ação escolar.

Participar é estar presente para decidir os rumos da instituição escolar, é

possibilitar que todos se sintam construtores dos encaminhamentos pedagógicos de uma

escola e, assim, entender que a escola lhes pertence. Reconhecendo que a participação

dos pais nos diferentes momentos resultará em contribuição para efetivar o trabalho

educativo, é importante que a escola seja receptiva e convidativa a todas as famílias, pois

o envolvimento das mesmas requer uma parceria, os pais devem estar cientes das

políticas escolares e ajudar seus filhos a compreendê-las.

A questão da participação está centrada na busca da justiça, da liberdade, de

democracia e do coletivismo nas decisões. Dessa forma, a participação dos funcionários

no desenvolvimento das melhorias da Escola, acontece a partir da conscientização dos

mesmos, viabilizando sua capacidade e importância de cada indivíduo, como seres

pensantes, críticos e ativos.

A manutenção de um ambiente bem cuidado e agradável faz parte desse

processo. O envolvimento da comunidade, dos pais, alunos, professores, funcionários e

direção, proporcionam educação de qualidade, preocupação com todos os aspectos

didático-pedagógicos, cuidado com a segurança e com um ambiente escolar limpo e

acolhedor. Para estreitar tais relações, são desenvolvidos os seguintes projetos e metas.

6.3. SEGURANÇA

Estamos vivenciando momentos em que a violência e as catástrofes naturais se

encontram presentes em todos os locais, inclusive na escola e seu entorno. Para isso,

entendemos que escola deve estar alerta a todo tipo de situação que vá para além de seus

muros.

Na questão de segurança dos alunos em relação às pessoas estranhas, são

tomados cuidados básicos de manter portões trancados, não permitir acesso e

permanência de pessoas estranhas nos espaços comuns aos alunos (pátio, refeitório,

quadra), sendo que pais responsáveis e familiares só entram em contato com os alunos

após entrarem em contato com a direção ou equipe pedagógica, e sempre acompanhado

por esse profissional.

Na parte interna do Colégio, contamos com 12 câmeras de segurança, que

auxiliam na segurança dos alunos, sendo que 04 estão centradas na parte externa do

Colégio a fim de monitorar situações estranhas ao cotidiano. Todos os professores e

funcionários do Colégio estão orientados a comunicarem quaisquer tipo de movimento

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incomum que perceberem dentro ou fora do estabelecimento para a direção do Colégio a

fim de tomar as medidas necessárias de acordo com a situação apresentada.

A PEC- Patrulha Escolar Comunitária tem um papel importante na segurança

interna e externa fazendo visitas periódicas e se apresentando toda vez que solicitada nas

mais diversas situações.

A poda das árvores é periódica para que haja iluminação adequada permitindo

maior visibilidade no período noturno coibindo a presença de pessoas alheias a

comunidade escolar.

A manutenção dos extintores de incêndio é constante, e palestras com

profissionais do corpo de Bombeiros com exercícios de alerta no combate a situações

emergenciais de qualquer ordem.

6.4. PROJETOS E METAS

Atendendo às necessidades da comunidade escolar e às demandas atuais da

sociedade, paralelamente aos conteúdos programáticos serão abordadas as questões

sociais em relação à prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação

ambiental, educação fiscal, enfrentamento à violência, direito da criança e do adolescente,

ética e saúde, na vivência do cotidiano escolar através de palestras, debates, encontros,

seminários, simpósios e outros eventos programados pela escola e entidades públicas ou

privadas, com a participação de toda a equipe, alunos, APMF, Conselho Escolar,

envolvimento e participação dos segmentos da sociedade civil e religiosa, favorecendo

todos os temas do desenvolvimento sócio educacional.

1. Semana Cultural (anualmente)

Coletar dados através de pesquisa de campo, habilidades manuais e artísticas dos

alunos/comunidade, valorizando sua cultura e aptidões artísticas;

Valorização das atividades curricular e extra curricular desenvolvidas durante o

ano letivo, cooperação e solidariedade no trabalho, respeito e responsabilidade nas

tomadas de decisões coletivas;

Integração família/escola conhecimento e aprendizagem do convívio social e

acompanhamento do trabalho desenvolvido.

2. Torneio Inter-Classe de Futsal e Handebol (semestral)

Com o objetivo de interação entre as classes, através da prática esportiva,

valorizando a importância e benefício do esporte em si, favorecendo um clima de

confraternização, espírito esportivo, lazer e cidadania.

3. Jogos Escolares (fase Municipal)

Proporcionar o intercâmbio entre escolas com a finalidade para seleção da fase

regional.

4. Encontro Periódico (no decorrer do ano letivo)

Direção, equipe pedagógica, professores, alunos e comunidade escolar, visando

analisar o processo pedagógico, administrativo e coletando sugestões objetivando

a melhoria nos aspectos pedagógicos, extra- curricular, relação humana.

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5. Palestras aos pais e verificação do Rendimento Escolar

As palestras são oportunizadas no início do ano letivo e após o fechamento de

cada bimestre, onde são informados aos pais/responsáveis, assuntos a respeito do

Regimento Escolar, sistema de avaliação, prestação de contas, rendimento escolar

e outros. Estes momentos são oportunos para reflexão de temas levantados

segundo as necessidades diagnosticadas com o objetivo de contribuir e esclarecer

a comunidade escolar.

5. Participação em Campanhas – Órgãos Governamentais, não governamentais e

Privadas (durante o ano)

Conscientização em nível de sala de aula;

Palestras com Agentes da Fundação da Saúde/Meio Ambiente;

Levantamento de dados com pesquisa de campo na comunidade local;

Distribuição de folders e visita “in loco”;

Elaboração de gráficos e divulgação dos resultados.

Participação dos alunos no Programa de Atividade Complementar Curricular em

Contraturno;

6. Participação em comemorações, eventos e concursos (no decorrer do ano letivo)

Promovidos pelos órgãos: MEC, SEED, ROTARY, CORREIOS, FIAT,

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA MUNICIPAL, entre outros,

objetivando o acesso e o vínculo de informações e oportunizando os alunos

aprimorar suas habilidades e conhecimentos.

7. Palestras aos alunos (no decorrer do ano)

Proporcionado por pessoas da comunidade objetivando complementar

conhecimento/informações dos conteúdos programáticos e esclarecimentos

promovendo interdisciplinaridade, integrando os Temas do Desenvolvimento

Sócio Educacional de acordo com as necessidades de cada momento.

8. Reuniões com Funcionários (Auxiliar Administrativos e Auxiliar de Serviços Gerais)

Objetivando a qualificação e melhoria no desempenho das atividades assim como

nas relações humanas, diante das dificuldades e falhas diagnosticadas, como

orientações preventivas e reivindicações dos funcionários, sendo uma reunião por

bimestre.

9. Serviço de Orientação – Equipe Pedagógica (decorrer do ano)

Aconselhamento e acompanhamento ao aluno/família no atendimento para

conscientização e prevenção sobre a importância da permanência, assiduidade,

qualidade e rendimento escolar - orientação educacional;

Orientação profissional para qualidade do processo ensino aprendizagem,

qualificação profissional, acompanhamento e parceria nas atividades pedagógicas

curricular e extra curricular – Supervisão Escolar.

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6.5. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO E TEMPO ESCOLAR

As décadas finais do século XX marcaram o surgimento de uma revolução no

pensamento administrativo. Atualmente, o nosso mundo é marcado pela emergência de

novas estruturas de organizações que são, significativamente, mais democráticas e

criativas. Níveis maiores de educação, o crescimento do espírito democrático e o

crescente reconhecimento da interdependência do local de trabalho, têm levado à

percepção de que a chave para um ambiente de trabalho está em se alcançar uma

cooperação mais eficaz de organização que concentre esforços em liberar energia das

escolas pela construção de equipes participativas e dessa forma superar o modelo

autocrático.

Para superação desta perspectiva, a estratégia consiste em organizar tempos e

espaços coletivos com todos os profissionais da educação por meio de trocas de

experiências, reuniões para estudos, elaboração de projetos, planejamento e avaliação. As

atividades coletivas de planejamento, e avaliação, compreendem as atividades definidas

no Projeto Político Pedagógico, bem como a utilização do tempo escolar para:

Elaboração do quadro da escola e distribuição de aulas;

Reuniões pedagógicas;

Conselho de Classe;

Hora atividade;

Reuniões de pais;

Reuniões de colegiado, assembléia.

A hora-atividade é inegável e intrínseca na vida profissional do professor que

precisa ir além dos conteúdos que desenvolve em sala de aula. De acordo com a LDB,

vários aspectos da Lei de Diretrizes e bases da Educação, mostram que o professor

necessita de espaço/tempo para se dedicar aquilo, que, a princípio, antecede o estar em

sala de aula, que é planejamento e o preparar a avaliação. Outras são as atividades

relacionadas à função docente como reuniões de professores e o atendimento a pais e

alunos.

Essa forma de organização tem garantido tempos/espaços nos desenvolvimentos

de atividades com alunos, pais e comunidade, dentro das intenções educativas criando

possibilidades de práticas que atendam as demandas de formação dos alunos.

A hora atividade é organizada de forma a favorecer o trabalho coletivo dos

professores, priorizando-se professores que atua na mesma área do conhecimento .

Entretanto, há que se salientar que nem sempre é possível organizar desta forma, uma vez

que os professores atuam em vários colégios, mas na medida do possível esta é a

organização priorizada na hora atividade.

Após vários momentos de discussão, reflexão e análise o coletivo de professores,

direção e equipe pedagógica optaram pela alteração do regime bimestral para o regime

trimestral. Chegou-se ao consenso de que o regime trimestral proporcionará maiores

condições de trabalho para o professor e de estudos para o aluno em função do tempo que

a organização trimestral oferece.

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6.6. PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO

6.6.1. FUNDAMENTAÇÃO:

Eleger um conceito de educação que atenda às necessidades de formação dessa

sociedade não é coisa fácil. Justo que é a educação é uma atividade criadora que envolve

todos os seres humanos. Para tanto entendemos que o Gestor Escolar deve ser o elo mais

forte desta corrente. Sendo assim compreendemos que será pela integração de todas as

pessoas preocupadas com a importância do papel da Escola na vida do indivíduo é que

será o caminho a ser trilhado.

Uma educação nesses moldes é claro, ainda está longe do ideal, porém não nos

impede de sonharmos, e é através desse sonho que poderemos oferecer o melhor que

temos.

Assim, o nosso plano de trabalho na Escola, será pautado nos princípios de:

Gestão democrática;

Valorização dos profissionais da educação;

Qualidade de Ensino;

Parceria entre escola e comunidade;

Autonomia e democratização do acesso e permanência do aluno na escola.

Pretendemos desenvolver nosso trabalho embasado em valores como:

Comprometimento, pois acreditamos no potencial de nossa comunidade escolar,

por isso buscaremos o envolvimento de todos para o sucesso de nossos alunos; inovação,

incentivando formas diversificadas para o desenvolvimento de ações que favoreçam uma

aprendizagem significativa; integração escola-família-comunidade para alcançarmos

efetivamente uma gestão participativa centrada no desenvolvimento do aluno buscando

uma formação integral para o pleno exercício da cidadania.

6.6.2. OBJETIVOS GERAIS:

Possibilitar ao educando condições para o desenvolvimento de suas

potencialidades, nos diferentes aspectos de sua personalidade e na busca da auto-

realização;

Favorecer o desenvolvimento da capacidade de observar, de refletir, de criar, de

julgar, de decidir e de agir;

Promover a eficiência pelo ajustamento do educando a seu meio e pelo

conhecimento do meio físico, econômico, político, histórico e social de seu país e

de outros povos;

Participação ativa dos alunos nas atividades em datas cívicas e festivas;

Propiciar estímulos para que o clima de trabalho da escola seja agradável,

proporcionando sempre um bom relacionamento entre todos através de

confraternizações;

Participação do colégio em eventos tais como: desfiles, reuniões, danças, aluno

padrão e aluno nota dez, promovido pelo Rotary outros;

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Comprometimento com o bem estar dos alunos, mantendo a ordem, a disciplina

dentro do pátio do colégio, bem como procurando soluções para que esta ordem

seja mantida.

6.6.3. PLANO DE AÇÃO E METAS:

Elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas e

submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar e APMF

Supervisionar as atividades dos órgãos de apoio, administrativo e pedagógico do

estabelecimento;

Implementar uma gestão participativa, estimulando o desenvolvimento das

responsabilidades individuais promovendo o trabalho coletivo;

Gerenciar toda a equipe escolar, tendo em vista a racionalização e eficácia dos

resultados;

Coordenar a equipe pedagógica para a coleta e análise dos indicadores

educacionais, para a elaboração e implementação, do Plano de Trabalho;

Administrar os serviços de apoio às atividades escolares, de modo a estimular a

participação desses serviços nos processos decisórios da escola.

6.6.4. PROJETOS, ATIVIDADES CULTURAIS, SOCIAIS E CÍVICAS.

A programação das atividades culturais deverá constar no Calendário Escolar;

sendo propostas a serem desenvolvidas durante a gestão 2011 a 2014. Segue abaixo os

eventos propostos:

Gincana esportiva, social e cultural;

Saída de Campo com alunos do Ensino Fundamental e Médio;

Apresentação e divulgação do Programa de Atividade Complementar Curricular

em Contraturno;

PAS- UEM;

ENEN;

Desenvolver durante o ano letivo, atividades sobre Cultura Africana afro-

brasileira;

Parceria entre Sesi/Senai Setman (Escola Aberta);

Aluno Padrão (Ensino Médio) e aluno nota 10 do Rotary/ Lions;

Oldy Park (confaternização entre alunos e professores).

Parceria com o Sesumar (Maringá).

P.P.A

6.6.5. METAS NA PARTE FÍSICA

Cobertura da quadra conforme protocolo;

Construção de 02 salas de aulas;

Construção de mais banheiros para alunos;

Construção de um banheiro para os professores;

Painel com o nome do colégio no portão de entrada;

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Instalação da rádio do colégio;

Construção de biblioteca informatizada;

Construção de central de gás;

Construção de muros ao redor do colégio;

Construção de Passarelas

Calçamento na área do “cantinho do xadrez”

Nona pintura no Colégio

Reforma na sala dos professores

6.6.6. CRONOGRAMA

As metas deverão ser cumpridas no período compreendido entre janeiro de 2011

a dezembro de 2014.

6.6.7. AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO

O plano de metas aqui apresentado deverá ser avaliado semestralmente pela

equipe escolar – É um plano pensado para integrar o Projeto Político Pedagógico da

Escola, portanto está atualizado. A avaliação será realizada periodicamente, com análise e

reflexão das ações, seus limites e possibilidades, sendo flexível e de suma importância

para apontar a direção, avançar ou recuar, pensando sempre no bem estar do coletivo do

colégio e nos serviços que ela presta. Terá a periodicidade de trimestral, ou em caráter

extraordinário sempre que se fizer necessário com a possibilidade de prosseguir ou

retroceder dependendo do resultado da análise.

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6.7. PLANO DE AÇÃO - EQUIPE PEDAGÓGICA - 2011

CRONOGRAMA 2011

OBJETIVOS AÇÃO /

ATIVIDADE

DESCRIÇÃO DA

AÇÃO

RESPONSABILIDADE

1) Implementar e re-

estruturar o PPP

2) Coordenar, orientar,

incentivar e

acompanhar as

ações pedagógicas e

atividades

administrativas,

visando a melhoria

da Educação

3) Assessorar

encontros de diretor,

equipe pedagógica,

pais e alunos,

objetivando a

melhoria da

aprendizagem

1) Organização da

Semana de

Capacitação

2) Redefinição dos

conceitos que

fundamentem ações

da escola:

Estudo das

concepções

teórico-

metodológicos.

3) Encontros através de

reuniões com pais e

alunos e professores.

1) Grupos de Estudo:

Discussão da

realidade

Educacional da

Escola.

Acompanham

ento da

implementação do

PPP e Proposta

Curricular por

Disciplina

2)Leitura e reflexão

de textos:

Reuniões e

Grupos de

Estudos.

Assessoramento da

práticas

pedagógicas e

avaliativas,

intervindo quando

necessário.

3)Reuniões para

apresentação e

discussão das

normas do

Regimento que

abordam;

aprendizagem,

freqüência,

disciplina,

aproveitamento e

outros.

1)Equipe Técnico

Pedagógico:

Professores

Comunidade

escolar

Direção

Funcionários

2)Pedagogos

3).Todos os profissionais

da Educação.

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46

4) Acompanhar,

orientar e incentivar o

Processo Educativo

5) Re-educar para as

relações étnico-

raciais:

- Conscientizar

e politizar o

Processo

Eleitoral

- Contextualizar

os

acontecimento

s mundiais

4)Reunião e

convocação de pais

e alunos

5) Articulação entre os

processos:

educativos, políticos,

sociais e profissional

6) Encontros periódicos

7)Avaliação

Institucional.

4)Através de reuniões,

sessões de

aconselhamento

coletivo e individual:

Participação e

envolvimento

de pais, alunos

e professores.

5)Projetos a serem

desenvolvidos:

(afro-

descendentes,

profissionalizaç

ão, processo

eleitoral, Copa

do Mundo)

debates

encontros,

palestras.

7) Estudo e reflexão:

Teóricos,

metodológicos.

Reuniões com

acompanhamen

to técnico-

pedagógico

para análise e

reflexão do

trabalho

.desenvolvido

pela escola.

8).

4)Todos os

profissionais da

Educação

5) Comunidade Escolar

6) Pedagogas

7) Direção e equipe

pedagógica.

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6.8. PLANO DE AÇÃO - FUNCIONÁRIOS - 2011

CRONOGRAMA 2011

OBJETIVOS AÇÃO/ATIVIDADE DESCRIÇÃO DA

AÇÃO

RESPONSABILIDA

DE

1. Viabilizar e apoiar

inovações que

tragam melhorias

às necessidades da

escola;

2. Colocar em prática

o conhecimento

adquirido no Curso

de Capacitação;

3. Colocar-se à frente

dos problemas

diários buscando

soluções com

coerência e

responsabilidade;

4. Atender dentro das

possibilidades os

pedidos feitos

pelos professores,

desde que seja para

melhor andamento

do estabelecimento

de ensino;

5. Agilizar os

trabalhos de

limpeza,otimizand

o o tempo de

trabalho,

respeitando

individualidades e

limitações de cada

um.

1. Seguir e

respeitar

normas, não se

limitando ao

individualismo;

2. Estar preparado

para troca de

mudanças e

experiências.

1.Todo funcionário

deverá estar apto em

opinar, aceitar ou não

as novas mudanças,

criticando com ética

e responsabilidade,

de forma que não

prejudique o

desempenho de cada

pessoa em sua área

profissional.

1. A responsabilidade

cabe a cada

profissional,

sabendo dos seus

direitos e deveres,

aplicando-os no seu

dia a dia:

*Secretário;

*Agente I;

* Agente II;

* Agente de Execução.

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6.9. FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Impossível falar em qualidade de ensino, sem falar da formação do professor,

questões que estão intimamente ligadas.

Há algumas décadas, acreditava-se que, quando terminada a graduação, o

profissional estaria apto para atuar na sua área o resto da vida. Hoje a realidade é

diferente, principalmente para o profissional docente. Este deve estar consciente de que

sua formação é permanente, integrada no seu dia a dia nas escolas.

O professor não deve se abster de estudar, o prazer pelo estudo e a leitura deve

ser evidente, caso contrário, não irá conseguirá passar esse gosto para seus alunos. “O

professor que não aprende com prazer, não ensinará com prazer”. (Snyders 1990)

Estudos apontam que existe a necessidade de que o professor seja capaz de

refletir sobre sua prática e direcioná-la segundo a realidade em que atua, voltada aos

interesses e as necessidades dos alunos.

Nesse sentido, Freire (1996) afirma que: “É pensando criticamente a prática de

hoje ou de ontem é que se pode melhorar a próxima prática”.

Para maior mobilização do conceito de reflexão na formação do professor, é

necessário criar condições de trabalho entre os professores. Sendo assim, isso sugere que

a escola deve criar espaço para esse crescimento. Nessa perspectiva o desenvolvimento

de uma prática reflexiva eficaz tem que integrar o contexto institucional. E os

responsáveis escolares que queiram encorajar os professores a tornarem-se profissionais

reflexivos devem criar espaços de liberdade tranquila onde a reflexão seja possível.

Portanto, aprender a ouvir os alunos e aprender a fazer da escola um lugar no qual, seja

possível ouvir os alunos – devem ser olhados como inseparáveis.

Uma nova maneira de perceber a educação passa necessariamente por

compreender o que ocorre diante das especificidades relativas às áreas do currículo, a

rápida implantação das novas tecnologias da informação, à integração escolar dos

educandos como necessidades educativas especiais, ou ao fenômeno intercultural.

As novas experiências para a escola diferente, devem buscar alternativas na

linha de ensino mais participativo, em que o conhecimento com outras instâncias

socializadoras situadas fora da escola. E, igualmente, novas alternativas à formação

permanente dos professores, de modo a torná-la mais dialógica, mais participativo, mais

ligada a projetos de inovação.

Inverter os papel dos docentes de uma posição passiva para um lugar

protagonista implica tratar ao menos três aspectos fundamentais: o primeiro refere-se à

necessidade de aprofundar a compreensão renovada acerca da função dos docentes e de

suas dimensões; o segundo remete à concepção sobre o desempenho profissional e os

fatores que o influenciam; o terceiro volta-se ao desenvolvimento profissional docente

como um conflito integrador da formação inicial e da formação em serviço em seus

diversos momentos.

Para tanto, a formação de professores não é parte da solução, e sim parte do

problema de qualidade da educação básica.

O desempenho docente, a partir de uma visão progressista, pode ser entendido

como o “processo de mobilização de suas capacidades profissionais, sua disposição

pessoal e sua responsabilidade social para articular relações significativas entre os

componentes que influenciam a formação dos alunos.

Assim, entende-se o desenvolvimento profissional como o processo de

aprendizagem dos docentes ao longo da vida profissional que se articula em quatro

momentos: a formação inicial, a formação em serviço (entendida como programas

formais), a superação permanente em nível local, entre pares nas equipes ou nos grupos

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docentes, e a auto formação dos professores para o desenvolvimento de competências

sociais, éticas e técnicas no âmbito de uma profissão em permanente construção.

Essas considerações marcam a necessidade de abordar a formação inicial e

permanente a partir não só de uma reflexão mais ampla, mas também de um processo

integrado ao projeto educativo de país. Isso ajuda a pensar em algumas tarefas que

precisam ser abordadas. Assinalamos algumas:

Posicionamento do desenvolvimento profissional como um conceito

estratégico para a qualidade da educação e, portanto, como tema de política e

não como “competente” de algum projeto, no qual os docentes são

considerados “insumos” no mesmo nível que a infra-estrutura, os equipamentos

ou os textos escolares.

Fortalecimento de alianças pela educação permanente dos docentes, tarefas que

demandam um grande esforço de atuação nos países para construir mecanismos

e sistemas de desenvolvimento profissional que articulem e dêem sentido ao

trabalho dos responsáveis pela formação.

Compreensão do desenvolvimento profissional como fator fundamental, mas

não o único. Uma visão que permite, por um lado, destacar a importância da

formação permanente dos docentes e, por outro, colocá-la em diálogo com os

outros fatores de desempenho, tais como as condições de trabalho, a carreira

profissional, a avaliação de desempenho, etc.

Fortalecimento do protagonismo docente nos espaços de tomada de decisões.

Sem desconhecer que o foco central da profissão docente é a aprendizagem dos

estudantes, é obvio reconhecer os outros espaços nos quais deve atuar o

docente como ator fundamental. por exemplo, na construção coletiva do

projeto educativo escolar, na definição do modelo de gestão escolar, no

desenho de projetos pedagógicos, na definição de política, etc

Revalorização intelectual e social da profissão com o propósito de contribuir

para recuperar o espaço e o prestígio público dos docentes associada aos

melhores resultados, as maiores compromissos com a educação, aos mais altos

níveis de preparação. Em síntese, uma revalorização que passa por uma nova

imagem da profissão e de quem atua como docente.

Esforços como estes podem ajudar-nos a “(...) romper esse mais ou menos a

que estamos eternamente condenados. Hoje sabemos que é possível melhorar, é

possível fazer coisas de maneira distinta e melhor, independentemente do

ponto de partida e do contexto concreto”.

6.10. ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS - A.P.M.F.

A Associação de Pais e Mestres e Funcionários (A.P.M.F) do Colégio possui

estatuto próprio registrado, diretoria constituída, controle de receitas e despesas com

conta bancária, dando atendimento às necessidades prioritárias. Administra os recursos

oriundos dos órgãos governamentais e não governamentais nas melhorias sobre aspectos

físico, material, humano e pedagógico, paralelamente, a associação envolvendo a

comunidade escolar investe em benefícios do processo ensino- aprendizagem dos

educandos. Participa e colabora em atividades diversificadas: sociais, cívicas, festivas,

religiosas ,esportivas, acompanhamento do desenvolvimento pedagógico, assessoria todas

as atividades e necessidades do Colégio compartilhando com a equipe escolar.

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A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (A.P.M.F) atua como um “elo”

entre o Estabelecimento de Ensino e a Comunidade Escolar, representando de forma

significativa os reais interesses de cada segmento. Deve demonstrar de forma

transparente, o que se espera da gestão. Para tanto, cada membro precisa ser participativo,

consciente e engajado em sua função.

Cabe à A.P.M.F: acompanhar o desenvolvimento da Proposta Pedagógica,

buscar a integração da comunidade em que está inserida, assegurar melhores condições

da escola e gerir os recursos financeiros de acordo com as prioridades estabelecidas em

reunião conjunta com Conselho Escolar.

A formação da A.P.M.F. é realizada bienalmente, através de eleição onde são

escolhidos seus representantes legais: presidente, vice-presidente, 1º secretário, 2º

secretário, 1º tesoureiro, 2º tesoureiro, 1º diretor sócio-esportivo e 2º diretor sócio-

esportivo. Os mesmos reúnem-se mensalmente ou sempre que fizer necessário. A pauta

das reuniões volta-se para acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica do

Estabelecimento, promover ações direcionadas a alunos, pais e professores nos âmbitos,

sócio-cultural, familiar, esportivo e de formação humana. Através dessas ações, a

A.P.M.F. pretende atingir o seu objetivo maior: a integração entre família, educadores e

escola, oferecendo assim, um ensino de qualidade.

6.10.1. DIRETORIA FISCAL

6.10.1.1. PRESIDENTE:..........................Valdecir Roman

6.10.1.2. VICE PRESIDENTE:................Silvia Regina HernandesAlves

6.10.1.3. 1º TESOUREIRO:......................Simone Miranda Lopes

6.10.1.4. 2º TESOUREIRO:......................Jorge da Silva

6.10.1.5. 1º SECRETÁRIO:......................Carlos César Trislchtz

6.10.1.6. 2º SECRETÁRIO:......................Ilza de Lima Pereira

6.10.2. CONSELHO DELIBERATIVO FISCAL

6.10.2.1. REPRESENTANTE DOS PROFESSORES:

Fabiana Bombessi

Jocelise Martins da Silva

6.10.2.2. REPRESENTANTE DOS FUNCIONÁRIOS:

Carlos Alberto Ferreira

Zilda Pinetti

6.10.2.3. REPRESENTANTE DOS PAIS:

Valdelice Leite Pereira Covre

Aurea Celina Bello de Senna

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Railda Teixeira Rocha

Elis Cristina Ostapechen

6.11. CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar foi instituído no Paraná através da Deliberação 020/91, do

Conselho Estadual de Educação, estabelecendo no seu Artigo 6º que todas as escolas

devem ter um órgão máximo de decisões coletivas, o colegiado, que deve abranger

representações de toda a comunidade escolar, reforçando o princípio constitucional da

democracia.

A Resolução 4839/94, da Secretaria de Estado da Educação, legitima as normas

contidas na Deliberação 020/91 – CEE, aprovando os regimentos escolares da Rede

pública Estadual, que normalizam o funcionamento dos Conselhos Escolares no Estado

do Paraná. Posteriormente, revogadas e substituídas pela Deliberação 16/99 – CEE e

Resolução 2122/00 – SEED em vigor.

Com a proposta de reformulação do Estatuto do Conselho Escolar, foi aprovada

a nova Resolução 2124/05 – SEED, publicada em 15/08/05, que orienta a análise e

aprovação do novo Estatuto do Conselho Escolar para a Rede Pública Estadual.

Para que a gestão democrática se realize de fato, não basta a implementação do

Estatuto. É necessário que todos se expressem com liberdade sobre a atuação da escola,

propiciando relações mais dinâmicas, mais solidárias e menos autoritária no cotidiano

escolar.

O Conselho Escolar foi formado através de eleições realizadas com cada

segmento da escola, onde os representantes ficaram cientes de seus deveres. Os mesmos

se reúnem bimestralmente ou sempre que se fizer necessário, atendendo as atribuições

contidas no Art.43 do Capítulo III do estatuto do Conselho escolar, aprovado através da

Resolução nº 2124/05 – SEED.

O Conselho Escolar, um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e

fiscal, é constituído segundo as disposições contidas no Parecer nº 051/96, homologado

pelo Ato Administrativo nº 099/03 do Núcleo Regional da Educação, e tem por finalidade

efetivar a gestão escolar na forma de colegiado, com a tomada de decisão conjunta no

planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das questões administrativas e

pedagógicas, promovendo a articulação entre os segmentos da comunidade escolar e os

setores do Colégio, constituindo-se como órgão parceiro da Direção.

6.11.1. COMPOSIÇÃO

6.11.1.1. PRESIDENTE:.....................................Luciene Ricoldi

6.11.1.2. VICE PRESIDENTE:..........................Carlos Cesar Trislchtz

6.11.1.3. REPRES. EQUIPE PEDAGÓGICA:.Sandra Ribeiro Arruda

..............................................................Cecilia Sanae Higachi

6.11.1.4. REPRES. AGENTE EDUCACIONAL I:.

..............................................................Carlos Cesar Trislchtz

..............................................................Carlos Alberto Ferreira

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6.11.1.5. REPRES. AGENTE EDUCACIONAL II:

...............................................................Eunice D.de Oliveira

6.11.1.6. REPRES. CORPO DOCENTE:

...............................................................Laudemir de Souza

................................................................Marilda G. Freitas

6.11.1.7. REPRES. DOS PAIS:.........................Aniva G. de Oliveira

Rosilene D.Benevenuto

6.11.1.8. REPRES. DA A.P.M.F.:................ ...Valdelice L. P. Covre

.............................................................Aurea Celina B.de Senna

6.11.1.9. REPRES. DOS ALUNOS:................Luana Marielli da Silva

6.11.1.10.REPRES.DOSEGMENTO DA SOCIEDADE:........................

..........................................................Satoe Yamamoto Peixoto

.............................................................. Silvia Regina H.Alves

6.12. CONSELHO DE CLASSE

Os conselhos de classe deverão possibilitar a inter-relação de profissionais e

alunos, propiciar o debate sobre o processo de ensino e de aprendizagem, favorecer a

integração e sequência dos conteúdos curriculares de cada série/classe e orientar o

processo de gestão de ensino, tornando-se uma importante instância de reflexão da

escola.

O conselho de classe é realizado com o corpo docente, direção e equipe

pedagógica, sem a participação de pais e alunos; entendemos que estes fazem parte do

processo democrático, no entanto, tal participação exige reflexão, conscientização e

preparação. É realizado trimestralmente, registrado em livro próprio. Tem caráter

decisivo e está diretamente ligado ao desenvolvimento da aprendizagem dos alunos,

quanto ao desempenho do aproveitamento escolar a decisão fica em torno do processo

educativo com prevalência nos aspectos qualitativos. Sua função é de propor mudanças,

revendo situações de baixo rendimento escolar, novas alternativas pedagógicas e formas

de avaliação, além de estratégias que possibilitem o avanço e o desenvolvimento do

educando, garantindo melhorias na qualidade de ensino.

6.13. GRÊMIO ESTUDANTIL

A Lei Federal nº 7.398, de 04/11/85, no seu Artigo 1º, assegura a organização do

Grêmio Estudantil como entidade autônoma representativa dos interesses dos estudantes

secundaristas, com finalidades educacionais, culturais, cívicas, desportistas e sociais.

O Grêmio Estudantil é um órgão composto somente de estudantes. Ele deve estar

sempre preocupado em tornar realidade as aspirações da maioria daqueles que estudam

num Estabelecimento de Ensino. É composto por uma diretoria eleita pelos estudantes

que deverá trabalhar com diversos departamentos através de uma gestão colegiada.

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A organização, o funcionamento e as atividades do Grêmio estão estabelecidos

no seu estatuto, aprovado em assembléia geral do corpo discente do estabelecimento de

ensino, convocado para esse fim.

O diretor da escola da rede estadual de ensino deverá colaborar com a

organização do Grêmio, propiciando aos alunos, condições de realização de reuniões as

quais devem ser realizadas mensalmente e/ou eventualmente sempre que se fizer

necessário. Respeitando-se as normas disciplinares da escola, será permitido o acesso dos

membros do Grêmio às salas de aulas e o uso das dependências para informes e

esclarecimentos das finalidades do Grêmio.

O Grêmio Estudantil denomina-se Grêmio Estudantil Albert Einsten. No

momento, embora a direção do Colégio tenha estipulado a composição, o Grêmio

Estudantil no Colégio, inclusive com a intervenção do Núcleo Regional de Apucarana -

NRE no sentido de incentivar a eleição de novos membros do Grêmio, não houve

interesse por parte dos alunos.

O Grêmio Estudantil Albert Einsten conta apenas com dois membros, Caroline

Gomes Rodrigues e Giovani Paganini de Oliveira, que estarão representando o Colégio

em Brasília no congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – UBES,

ainda em 2011.

6.14. AVALIAÇÃO

A avaliação tem uma função permanente de diagnóstico e acompanhamento do

processo pedagógico; avalia-se, portanto, o educando, a escola e o sistema escolar. O

resultado obtido deverá indicar o ponto em que o conteúdo deve ser retomado e em que

aspecto o processo pedagógico deve ser reformulado.

O clima de trabalho instalado, na presença de que avaliação é um instrumento

para ajudar o aluno a aprender, assegura espaço para os alunos arriscarem. E, ao arriscar-

se, podem errar. O erro nessas classes não configura, portanto, pecado ou ameaça, mas

uma pista valiosa; permite investigar quais problemas os alunos enfrentam e por quê. E, a

partir daí, orientá-los melhor e transformar eventuais erros de percurso em situações de

aprendizagem, resultando em avanços e eliminação de dificuldades.

Sempre que se observa a organização da sociedade, não deixa de vir à tona uma

questão crucial: como é possível tão poucos dominarem a tantos?

A classe dominante para manutenção do status, precisa contar com um certo

consenso junto às classes dominadas, para isto, lança mão da inculcação ideológica.

A avaliação escolar colabora neste processo de dominação, pois faz uso da

avaliação como instrumento de discriminação e seleção social, na medida que assume a

tarefa de separar os “aptos” dos “inaptos”, os “capazes” dos “incapazes”, além disso

cumpre a função de legitimar o sistema dominante.

Por uma avaliação crítica, transformadora, a serviço da educação que se pretende

indutora de avanços e melhoria no processo educacional, pressupõe sintonizar o processo

de avaliação com a finalidade do objeto avaliado. Assim, numa perspectiva

emancipadora, educar nossos alunos para que sejam autônomos em sua aprendizagem e

em seu desenvolvimento humano, produtores de conhecimento crítico e significativo,

conscientes e comprometidos com o coletivo. Se é nesta perspectiva que se educa, é com

esta mesma perspectiva que a avaliação deve ser praticada. Assim a avaliação deve ser

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concebida para auxiliar o aluno a aprender e, é por meio dela que o professor deverá rever

os procedimentos utilizados na prática diária, permitindo ao aluno perceber seus avanços

e suas dificuldades. Dessa forma, a avaliação tem função permanente de diagnóstico e de

acompanhamento da prática pedagógica, constituindo-se assim, segundo Luckesi/2003

como um ato amoroso, no sentido de que o processo de avaliação tem por base acolher

uma situação para, então, ajuizar a sua qualidade com vistas às mudanças, com o objetivo

de diagnosticar e incluir o educando, pelos mais variados meios no curso da

aprendizagem satisfatória.

Para avaliar, é preciso que o professor utilize diversos instrumentos, também

deve considerar estreita relação existente entre o conteúdo e a metodologia aplicada.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB nº 9394/96, em seu

artigo 24, inciso V, prevê que a avaliação deve ser contínua e cumulativa do desempenho

do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A Lei prevê

ainda a obrigatoriedade dos estudos de recuperação, preferencialmente paralelos ao

período letivo, para o aluno com baixo rendimento escolar. No estado do Paraná, a

Resolução 3794/04, estabelece a nota 6,0 (seis vírgula zero) como média de aprovação

para os alunos da rede Pública Estadual de Educação Básica. Sendo assim, o aluno deverá

manter média mínima trimestral 6,0 (seis vírgula zero), a fim de ser aprovado. Para o

aluno que não atingir a média mínima para aprovação, deverá ser submetido a apreciação

do Conselho de Classe que fará uma análise do mesmo, para posteriormente emitir o

resultado final do aluno.

A sistemática da Avaliação da aprendizagem do aluno deverá incidir sobre o

desempenho do mesmo em diferentes situações de aprendizagem, com diversificação de

técnicas e instrumentos dando ênfase à atividade crítica e a capacidade de síntese,

respeitando a individualidade do aluno.

No decorrer do ano letivo, os pais dos alunos com baixo desempenho são

convocados individualmente para ciência e acompanhamento da vida escolar de seus

filhos.

Quanto a promoção do aluno ao término do ano letivo, deverá considerar os

resultados obtidos durante o período letivo, incluída a recuperação de estudos, considerar

como rendimento mínimo o aluno que obtiver a Média Anual igual a 6,0 (seis vírgula

zero) resultante da média aritmética dos 3 bimestres em cada disciplina, garantindo o

mínimo de 3 instrumentos por bimestres.

Por uma avaliação formativa emancipadora, avaliar a prática pedagógica,

também se faz necessário nesse processo. Para tanto, propõe-se algumas reflexões que

poderão auxiliar o professor a refletir sobre a sua prática pedagógica:

a) Toma-se como ponto de partida para o desenvolvimento do trabalho seguinte, os

elementos de ensino-aprendizagem originados e detectados no trabalho individual e

em grupos?

b) No trabalho em grupos, possibilita-se as discussões e os debates, conduzindo-os de

forma democrática e incentivando o exercício da cidadania com vistas à organização

necessária ao desenvolvimento do trabalho?

c) O trabalho está direcionado para que o processo ensino-aprendizagem aconteça com a

participação de todos os alunos nas atividades do grupo, de forma que eles se tornem

mais responsáveis e compreendam o papel que desempenham nesse processo?

d) Os alunos participam ativamente das atividades, expondo pontos de vista, dúvidas,

descobertas e propondo soluções?

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e) Propicia-se os alunos a pesquisar, produção, formulação de conceitos e a utilização de

diferentes tipos de registros (oral, escrito e outros)?

f) Tem-se a preocupação de valorizar os acertos e progresso dos alunos no seu

desempenho escolar, buscando promover sua aprendizagem

Outras reflexões se fazem necessárias a partir do confronto teórico- prático que

ocorre durante o processo de ensino- aprendizagem, de acordo com cada realidade.

6.15. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A auto- avaliação é um processo de criação de cultura, de busca contínua de

atualização e de auto- superação dos educadores e da instituição, ao nível das estruturas

de poder e do sistema, assegurando assim, sintonia com as mudanças sociais, culturais,

econômicas, científicas e tecnológicas. Assim, pressupõe-se o envolvimento e a

disposição de cada ator educativo em busca da excelência no processo educativo.

Trata-se, portanto, de um processo de mudança e de melhoria gradual, com

avanços e retrocessos, de não acomodação, de compromisso com o futuro, que se traduz

na reorientação da prática pedagógica.

Dessa forma, avaliar a educação pública é também avaliar a função social da

educação e seu significado social. É preciso construir uma cultura de avaliação na qual a participação seja

efetivamente a palavra-chave no processo de reconstrução e de resgate do

papel da escola básica junto à sociedade local, regional e nacional. A avaliação

deve possibilitar ao sistema educacional a construção de um projeto de

desenvolvimento sustentado por princípios como a democracia, a autonomia, a

pertinência e a responsabilidade social. (ZAINKO, 2004)

O desafio de avaliar dentro de uma perspectiva emancipadora, democrática e

formativa busca, dentre outras, algumas finalidades comuns de ensino como: constituir

significado ao conhecimento científico e cultural; contribuir para a formação de cidadãos

críticos, autônomos e participativos; trabalhar na perspectiva da formação integral;

estimular a atitude investigativa e de pesquisa.

Neste sentido, a auto-avaliação, como instrumento para qualificar a gestão

democrática e o ensino, servirá como parâmetro para tomada de decisão diante da

realidade para reformulação do Projeto Político Pedagógico – P.P.P, como também para

superação das fragilidades, assim como para consolidar as potencialidades da instituição

para elevação da qualidade da aprendizagem, ampliando-se assim a apropriação do saber

de forma que o educando se constitua cidadão autônomo e sujeito crítico.

Dessa forma é imprescindível que a avaliação institucional e a avaliação do

P.P.P, seja realizada de forma sistemática e anual, investigando a instituição escolar,

principalmente nos processos de avaliação de aprendizagem, não apenas para tomada de

consciência, mas com o objetivo de corrigir os rumos e o compromisso com as ações

inovadoras que visem ao avanço da melhoria da Educação Básica.

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56

6.16. REFERÊNCIAS

SOARES, Magda. Universidade Federal de Minas Gerais. Centro de Alfabetização,

Leitura e Escola.

INSTRUÇÃO Nº 008/201 – SUED/SEED. - Lei nº 9394/96 Diretrizes e Bases da

Educação Nacional. Resolução nº 7/2010-CNE/CEB Diretrizes Curriculares Nacionais

para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Deliberação nº 03/2006-CEE/CEB.

Parecer nº 407/2011-CEE/CEB que responde a Consulta da SEED quanto à

implantação do 6º ao 9º anos e a obrigatoriedade da oferta do 6º ano do Ensino

Fundamental em 2012.

O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. Lei nº 8.069, de 13 de julho de

1990.

FROTA, Ana Maria Monte Coelho. Diferentes Concepções da Infância e

Adolescência: A importância da historicidade para sua construção. Professora

Adjunta do Departamento de Economia Doméstica da Universidade Federal do Ceará –

UFC.

KRAMER, S, Infância, cidadania e educação.

PAIVA, A, Evangelista, A, Paulino, Ge Vesianin, 7 (Org) e KRAMER, S.Direitos da

Criança e Projetos Políticos Pedagógico de Educação infantil.

BASÍLIO, L e KRAMER, S, Infância Educação e Direitos Humanos. São Paulo, Ed.

Cortez, 2003. 2003.p.51-81.

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57

COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

_____

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

DO

ENSINO FUNDAMENTAL

E

ENSINO MÉDIO

É um direito público subjetivo obrigatório e gratuito. Devem levar em

consideração o perfil dos alunos atendidos, a faixa etária, as séries/anos em que

encontram maiores dificuldades de se adaptarem à escola e de se apropriarem dos

conteúdos, além de suas condições sócio-econômicas, culturais e sociais. Deve estar a

serviço do coletivo da escola, cujo desafio é o zelo pela aprendizagem de todos os seus

alunos, independente das condições econômicas e culturas.

Oportunizar a todos os alunos conhecimentos específicos das diferentes

linguagens, superando assim as práticas excludentes. Para tanto, é preciso que o coletivo

dos professores tenham consciência de que a escola pública é uma instituição que faz a

diferença significativa na vida da comunidade, tenha responsabilidade política de

contribuir para o enfrentamento das desigualdades sociais.

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58

COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

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ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

PROPOSTA CURRICULAR

DO

ENSINO FUNDAMENTAL

E

ENSINO MÉDIO

“As Propostas Curriculares do Ensino Médio: L.E.M Inglês, Língua Portuguesa

e Matemática, diante da similiaridade de contextualização com o Ensino

Fundamental. Foram contempladas juntamente com a Proposta Curricular do

Ensino Fundamental.”

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COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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_____________________________________________________________________________________

A R T E

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NRE: APUCARANA

ENSINO FUNDAMENTAL

DISCIPLINA: ARTE

PROFESSORAS: CLÁUDIA REGINA C. SPINATTO BORDINHÃO

LEISE RUTH LIMA DE OLIVEIRA ASCENCIO

KÁTIA ROSSETTI SUGIHARA

1. APRESENTAÇÃO

A interação entre conhecimento estético, conhecimento artístico e conhecimento

contextualizado é de fundamental importância dentro do trabalho docente, servindo como

proposta para o desenvolvimento e articulação entre as quatro áreas de arte (artes visuais,

teatro, música e dança).

Dentro do conhecimento estético usamos o conhecimento teorizado sobre a arte,

produzido pela arte e as ciências humanas como a filosofia, sociologia, psicologia,

antropologia e literatura.

Através do conhecimento artístico usufruímos o fazer artístico e do processo

criativo servindo como forma de organização e estruturação do trabalho artístico.

No conhecimento contextualizado prima-se pelo conhecimento estético e

artístico do aluno e da comunidade em que está inserido através do resultado de

experiências sociais e suas relações com o conhecimento sistematizado em arte.

Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, a congregação

católica denominada Companhia de Jesus desenvolveu, para grupos de origem

portuguesa, indígena e africana, uma educação de tradição religiosa cujos registros

revelam o uso pedagógico da arte. Esse contexto foi importante na constituição da matriz

cultural brasileira e manifesta-se na cultura popular paranaense, como por exemplo, na

música caipira em sua forma de cantar e tocar a viola (guitarra espanhola); no folclore,

com as Cavalhadas em Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e segundo planalto; a

Congada da Lapa, entre outras que permanecem com algumas variações.

No mesmo período em que os jesuítas atuaram no Brasil – século XVI ao XVIII

– a Europa passou por transformações de diversas ordens que se iniciaram com o

Renascimento e culminaram com o Iluminismo. Nesse contexto, o governo português do

Marquês de Pombal expulsou os Jesuítas do território do Brasil e estabeleceu uma

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reforma na educação e em outras instituições da Colônia. A chamada Reforma Pombalina

fundamentava-se nos padrões da Universidade de Coimbra, que enfatizava o ensino das

ciências naturais e dos estudos literários.

Em 1808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, uma série de

obras e ações foram iniciadas para atender, em termos materiais e culturais, a corte

portuguesa. Entre essas ações, destacou-se a vinda de um grupo de artistas franceses

encarregado da fundação da Academia de Belas-Artes, na qual os alunos poderiam

aprender as artes e ofícios artísticos.

Esse grupo ficou conhecido como Missão Francesa, cuja concepção de arte

vinculava-se ao estilo neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica. Em termos

metodológicos, propunham exercícios de cópia e reprodução de obras consagradas, o que

caracterizou o pensamento pedagógico tradicional de arte. No Paraná, foi fundado o

Liceu de Curitiba (1846), hoje Colégio Estadual do Paraná, que seguia o currículo do

Colégio Pedro II, e a Escola Normal (1876), atual Instituto de Educação, para a formação

em magistério.

Nas primeiras décadas da República, por exemplo, ocorreu a Semana de Arte

Moderna de 1922, um importante marco para a arte brasileira, associado aos movimentos

nacionalistas da época. O sentido antropofágico do movimento era de devorar a estética

europeia e transformá-la em uma arte brasileira, valorizando a expressão singular do

artista, rompendo com os modos de representação realistas. Esses artistas direcionaram

seus trabalhos para a pesquisa e produção de obras a partir das raízes nacionais.

O movimento modernista valorizava a cultura popular, pois entendia que desde

o processo de colonização a arte indígena, a arte medieval e renascentista europeia e a

arte africana, cada qual com suas especificidades, constituíram a matriz da cultura

popular brasileira.

O ensino de Arte passou a ter, então, enfoque na expressividade, espontaneísmo

e criatividade.

Entretanto, somente com o trabalho do músico e compositor Heitor Villa Lobos,

o ensino de Arte se generalizou e uma mesma metodologia foi adotada na maioria das

escolas brasileiras. Como Superintendente de Educação Musical e Artística do Governo

de Getúlio Vargas, Villa Lobos tornou obrigatório o ensino de música nas escolas por

meio da teoria e do canto orfeônico, numa política de criação de uma identidade nacional.

A música foi muito difundida nas escolas e conservatórios e os professores trabalhavam

com o canto orfeônico, com o ensino dos hinos e com o canto coral, realizando

apresentações para grandes públicos.

Esse trabalho permaneceu nas escolas com algumas modificações até meados

da década de 1970, quando o ensino de música foi reduzido ao estudo de leitura rítmica e

execução de hinos ou outras canções cívicas.

O ensino de Arte e os cursos oficiais públicos se estruturaram de acordo com a

classe social à qual se destinavam, como por exemplo, a corporação de músicos e a

corporação de artesãos em Vila Rica, no século XVIII; as aulas particulares de piano das

senhoritas burguesas do século XIX; nos circos com atores, músicos e malabaristas e de

diversos outros grupos sociais.

No Paraná, houve reflexos desses vários processos pelos quais passou o ensino.

A partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos se

intensificaram: nas artes plásticas, com as Bienais e os movimentos contrários a elas; na

música, com a Bossa Nova e os festivais; no teatro, com o Teatro Oficina e o Teatro de

Arena de Augusto Boal e no cinema, com o Cinema Novo de Glauber Rocha. Esses

movimentos tiveram forte caráter ideológico, propunham uma nova realidade social e,

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gradativamente, deixaram de acontecer com o endurecimento do regime militar. Com o

Ato Institucional n. 5 (AI-5), em 1968, esses movimentos foram reprimidos e vários

artistas, professores, políticos e intelectuais que se opunham ao regime foram perseguidos

e exilados. Em 1971, foi promulgada a Lei Federal n. 5692/71, cujo artigo 7° determinava

a obrigatoriedade do ensino da Arte nos currículos do Ensino Fundamental (a partir da 5a

série) e do Ensino Médio, na época denominados de 1º e 2º Graus, respectivamente.

A partir de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social pela

redemocratização e elaborou-se a nova Constituição, promulgada em 1988. Nesse

processo, os movimentos sociais realizaram encontros, passeatas e eventos que

promoviam, entre outras coisas, a discussão dos problemas educacionais para propor

novos fundamentos políticos para a educação.

Dentre os fundamentos pensados para a educação, destacam-se a pedagogia

histórico-crítica elaborada por Saviani da PUC de São Paulo e a Teoria da Libertação,

com experiências de educação popular realizadas por Organizações e movimentos

sociais, fundamentados no pensamento de Paulo Freire. Essas teorias propunham oferecer

aos educandos acesso aos conhecimentos da cultura para uma prática social

transformadora.

A pedagogia histórico-crítica fundamentou o Currículo Básico para Ensino de 1o

grau, publicado em 1990, e o Documento de Reestruturação do Ensino de 2o grau da

Escola Pública do Paraná, publicado em seguida. Tais propostas curriculares pretendiam

fazer da escola um instrumento para a transformação social e nelas o ensino de Arte

propôs a formação do aluno pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo

trabalho artístico.

Após quatro anos de trabalho de implementação das propostas, esse processo foi

interrompido em 1995 pela mudança das políticas educacionais que se apoiavam em

outras bases teóricas. O Currículo Básico ainda estava amparado por resolução o

Conselho Estadual, mas foi, em parte, abandonado como documento orientador a prática

pedagógica. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados no período de

1997 a 1999, foram encaminhados pelo MEC diretamente para as escolas e residências

dos professores e tornaram-se os novos orientadores do ensino.

Questiona-se, também, a pouca participação dos professores na produção dos

PCN, que foram escritos e distribuídos antes da elaboração das Diretrizes curriculares

Nacionais (DCN) que, segundo a LDB n. 9394/96, deveriam ser a base legal para a

formulação dos PCN. Tanto as DCN quanto os PCN do Ensino Fundamental e do Ensino

Médio, tomaram o conceito de estética sob os fundamentados da estética da sensibilidade,

da política da igualdade e da ética da identidade.

Na década de 1990, as empresas de capacitação de executivos e demais profissionais

passaram a ver a arte e os conceitos de estética como meio e princípio nos seus cursos.

Em 2003, iniciou-se no Paraná um processo de discussão com os professores da

Educação Básica do Estado, Núcleos Regionais de Educação (NRE) e Instituições de

Ensino Superior (IES) pautado na retomada de uma prática reflexiva para a construção

coletiva de diretrizes curriculares estaduais. Tal processo tomou o professor como sujeito

epistêmico, que pesquisa sua disciplina, reflete sua prática e registra sua práxis. As novas

diretrizes curriculares concebem o conhecimento nas suas dimensões artística, filosófica e

científica e articulam-se com políticas que valorizam a arte e seu ensino na rede estadual

do Paraná.

Ainda no ano de 2008, foi sancionada a lei n. 11.769 em 18 de agosto, que

estabelece a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica, reforçando a

necessidade do ensino dos conteúdos desta área da disciplina de Arte.

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Reconhece-se que os avanços recentes podem levar a uma transformação no

ensino de Arte. Entretanto, ainda são necessárias reflexões e ações que permitam a

compreensão da arte como campo do conhecimento, de modo que não seja reduzida a um

meio de comunicação para destacar dons inatos ou a prática de entretenimento e terapia.

Assim, o ensino de Arte deixará de ser coadjuvante no sistema educacional para se

ocupar também do desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída

historicamente e em constante transformação.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

2.1 Elementos Formais

São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na natureza; são

matéria-prima para produção artística e o conhecimento em arte. Esses elementos são

usados para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em cada uma delas.

2.2 Composição

Composição é o processo de organização e desdobramento dos elementos

formais que constituem uma produção artística.

Com a organização dos elementos formais, por meio dos conhecimentos de

composição de cada área de Arte, formulam-se todas as obras, sejam elas visuais, teatrais,

musicais ou da dança, na imensa variedade de técnicas e estilos.

2.3 Movimentos e períodos

Este conteúdo estruturante deve estar presente em vários momentos do ensino,

para facilitar a aprendizagem do aluno e para que ele tenha uma ampla compreensão do

conhecimento em arte. Esse conteúdo revela aspectos sociais, culturais e econômicos

presentes numa composição artística, e explicita as relações internas ou externas de um

movimento artístico em suas especificidades, gêneros, estilos e correntes artísticas.

2.4. CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

ARTES

VISUAIS

O ponto

A linha (tipos e posições)

Cores (primárias,

secundárias, monocromia

e policromia)

Composições

bidimensionais

Desenho (figurativo,

estilizado, abstrato,

geométrico)

Pintura (técnicas/artistas)

Colagem (técnicas/artistas,

Arte na pré-história

Arte brasileira

Cultura afro-brasileira

Impressionismo

Expressionismo

Arte indígena

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Textura

Formas e estilos

Composições

bidimensionais e

tridimensionais

Superfície

Volume

Luz

simetria)

Composições

tridimensionais

-Montagens

-Escultura

-Arquitetura

Gêneros: Cenas da

Mitologia

MÚSICA

Elementos sonoros:

timbre, intensidade,

altura, duração

Instrumentos musicais

(densidade)

Produção de ritmo

Experimentação de

instrumentos musicais

alternativos na composição

de melodia e improvisação

Arte na pré-história

Arte brasileira

Cultura afro-brasileira

Modernismo

DANÇA

Ritmo, coreografia,

movimento corporal

Tempo e espaço

Movimentos Articulares

Ponto de apoio

Dimensões (grandes e

pequenos)

Rápido e Lento

Técnica: improvisação

Gêneros: cirandas

Arte brasileira

Cultura afro-brasileira

Folclore brasileiro

Modernismo

TEATRO

Elementos da ação

dramática (personagem,

ação e espaço)

Jogos Teatrais e

Improvisação teatral

Enredo e Roteiro

Gêneros: Comédia

Arte brasileira

7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

ARTES

O ponto

A linha (tipos e posições)

Cores (quentes, frias,

neutras e

complementares)

Textura (própria ou

Composições

tridimensionais

Desenho

(figura/fundo/abstrato)

Pintura

Colagem

Arte na pré-história

Arte brasileira

Cultura afro-brasileira

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65

VISUAIS orgânica, produzida ou

gráfica)

Formas e estruturas

Superfície e Volume

Luz

Gravura

Gêneros: paisagem, retrato,

natureza morta

MÚSICA

Altura

Duração

Timbre

Melodia

Experimentação de ritmos

Escalas

Gêneros: popular e étnico

Técnicas: improvisação

Arte na pré-história

Arte brasileira

Cultura afro-brasileira

DANÇA

Movimento Corporal

Tempo e espaço

Coreografia

Ponto de Apoio

Lento e rápido

Formação

Gênero: Folclórica e

popular

Arte brasileira

Cultura afro-brasileira

Folclore brasileiro

Modernismo

TEATRO

Elementos da ação

dramática (personagem,

ação e espaço)

Expressão corporal e

improvisação teatral, jogos

teatrais, mímica

Arte grega

8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

ARTES

VISUAIS

Linhas

Formas

Texturas

Volume

Superfície

Cor

Luz

Desenho (estilização e

deformação)

Ritmo Visual

Arte na pré-história,

Egito e Grécia e

Renascimento

Arte brasileira

Arte bizantina

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66

MÚSICA

Duração

Altura

Densidade

Timbre

Intensidade

Experimentação de ritmos

(células rítmicas)

Confecção de instrumentos

de percussão (técnica

instrumental e harmonia)

Composição sonora

(melodia)

Arte contemporânea

Cultura afro-brasileira

DANÇA

Movimento Corporal

Tempo e espaço

Improvisações

Composição coreográfica

Direção

Sonoplastia

Cultura afro-brasileira

Arte contemporânea

Modernismo

TEATRO

Personagem

Expressão corporal,

gestual, vocal e facial

Ação e espaço cênicos

Representação

Maquiagem

Adereços

Sonoplastia

Roteiro

Teatro de Sombras

Arte medieval

Renascimento

Barroco

Arte africana

Arte afro-brasileira

9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

ARTES

VISUAIS

Linha

Superfície

Textura

Volume

Cor

Forma

Luz

Figurativo

Ritmo Visual

Bidimensional e

tridimensional

Figura e fundo

Gêneros e técnicas (grafite,

paisagens urbanas)

Arte neoclássica

Arte afro-brasileira

Arte africana

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67

MÚSICA

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Melodia

Ritmo

Gêneros (popular)

Técnicas (vocal e

instrumental)

Arte afro-brasileira

Arte moderna

Arte brasileira

DANÇA

Movimento corporal

Tempo e espaço

Deslocamento

Coreografia

Quedas, saltos, giros

Gêneros e técnicas

Arte neoclássica

Arte brasileira

Arte afro-brasileira

TEATRO

Personagem

Expressão corporal,

gestual, vocal e facial

Ação e espaço

cênicos

Sonoplastia

Iluminação

Cenografia

Figurino

Jogos Teatrais

Arte moderna

Arte brasileira

Arte paranaense

3. METODOLOGIA

Do ponto de vista metodológico, o ensino da arte priorizará a interação da

percepção, identificação do gerir da forma de organização e interpretação de signos

verbais e não verbais manifestos nos bens culturais, materiais e imateriais.

Buscar-se-á formas originais e interdisciplinares de expressar ideias com o

grupo, promovendo observações, experimentações, discussões e análises para que se

possa entrar em contato, não só com as formas de linguagens técnicas, mas também com

idéias e reflexões propostas pelas diferentes linguagens artísticas.

Devemos contemplar na metodologia do ensino da arte, três momentos da

organização pedagógica, o sentir e perceber que são as formas de apreciação e

apropriação, o trabalho artístico que é a prática criativa, o conhecimento, que fundamenta

e possibilita ao aluno um sentir/perceber e um trabalho artístico mais sistematizado,

direcionando o aluno a formação de conceitos artísticos.

Entende-se que aprender arte envolve não apenas uma atividade de produção

artística, mas também compreender o que faz e o que os outros fazem pelo

desenvolvimento da percepção estética, no contato com o fenômeno artístico, visto como

objeto de cultura na história, política e social e com o conjunto das relações.

Sabe-se que ao fazer e conhecer arte, o aluno percorre os trajetos da

aprendizagem que proporcionam conhecimentos específicos sobre sua relação com o

mundo. Tal percepção possibilita leituras da realidade, permitindo uma reflexão mais

ampla a respeito da sociedade em que o sujeito está inserido e de outras com as quais ele

estabelece relações.

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68

Sempre que oportuno, conscientizar para a importância da educação ambiental,

sua conservação, valores sociais e qualidade de vida. A partir dessa conscientização,

trabalhar com material reciclado dentro dos conteúdos da disciplina.

Dentro dos conteúdos elencados, contemplar as Leis nº 10.639/03 e Lei nº

11.648/08 que valoriza a cultura afro-brasileira e indígena resgatando as suas

contribuições nas áreas social, econômica, política e artística, tendo em vista que tais

culturas caracterizam a formação da população brasileira.

No processo de ensino-aprendizagem, o trabalho será direcionado para a

estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos, relacionando

o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Também

enfocará o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas,

abordando as mídias e os recursos tecnológicos na arte além de dar ênfase na arte como

ideologia e fator de transformação social, tanto nas artes visuais como na música, dança e

teatro.

Para tanto, utilizar-se-á de várias abordagens como: produção e execução de

instrumentos rítmicos, trabalhos de composição musical, prática coral e cânones;

produção de trabalhos de artes visuais; produção de trabalhos com teatro, composição

teatral; produção de trabalhos com dança.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação deverá ser diagnóstica por ser referência do professor para planejar

as aulas e avaliar os alunos; e processual por pertencer a todos os momentos da prática

pedagógica. A Avaliação é contínua e cumulativa do desempenho do aluno, visando os

aspectos qualitativos sobre os quantitativos durante todo o ano letivo.

A Avaliação deverá ser criadora de estratégias que possibilitem o

entrelaçamento do conceito com a construção cultural, deverá ser feita através da

observação e registro, sem parâmetros comparativos entre alunos por meio de provas

escritas e orais, auto-avaliação dos alunos, seminários, atividades práticas, obedecendo a

proposta do projeto político da escola.

A escola deve procurar garantir aos seus alunos a produção do saber científico

historicamente acumulado, sem esquecer as experiências de vida e a realidade social

daqueles a quem deve educar. Este aspecto tem o mérito de elevar o nível de consciência

crítica dos alunos e de introduzi-los na atualidade histórico social de sua época,

possibilitando-lhes uma atuação consistente e competente na transformação da sociedade.

A avaliação é um ato social em que a sala de aula e a escola devem refletir o

funcionamento de uma comunidade de indivíduos pensantes e responsáveis, que

conhecem sua posição em relação a outras comunidades.

Na busca de valorizar o conhecimento trazido pelo aluno em suas experiências

anteriores, para a compreensão de novos conceitos e aprofundamento de outros, a

avaliação na disciplina de artes no ensino fundamental será diagnóstica e processual, sem

estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, considerando sempre a produção

individual com suas dificuldades e progressos pessoais, com peso sempre em parâmetros

qualitativos do que quantitativos.

O planejamento deve ser constantemente redirecionado, considerando a

avaliação do professor, dos alunos, do desenvolvimento das aulas e a auto-avaliação dos

alunos.

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69

O sistema de avaliação será composto da seguinte somatória: 4,0 (quatro vírgula

zero), referente às atividades diversificadas, e 6,0 (seis vírgula zero), referente às provas

escritas e/ou orais.

A recuperação de estudos acontecerá de forma permanente e concomitante,

contemplando os preceitos do Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar deste

estabelecimento. Para possibilitar essa avaliação individual, é necessário utilizar vários

instrumentos de avaliação, como diagnóstico inicial, durante o percurso e no final do ano

letivo por meio de trabalho em grupo, trabalhos artísticos, provas teóricas e práticas,

auto-avaliação, e exercícios realizados no caderno. A recuperação de estudos é paralela

aos conteúdos durante todo o trimestre e a recuperação de notas será ofertada no valor

10,0 (dez vírgula zero), possuindo valor substitutivo, valendo sempre a maior, sendo que

aos alunos que atingiram a média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) esta será

optativa.

Espera-se com a avaliação em arte que o aluno seja capaz de atingir os seguintes

objetivos:

Utilizar-se do conhecimento estético na compreensão das diferentes

manifestações culturais;

Produzir material artístico tanto individual ou coletivamente em todas as

linguagens artísticas;

Posicionar-se criticamente na tomada de atitudes, segundo sua compreensão e

percepção;

Compreender o homem como um todo e a realidade em que vive, sendo capaz de

transformá-la através de atos criativos.

Refletir e posicionar-se com relação à indústria cultural, arte erudita e popular;

Apreciar a arte de modo criativo, com consciência estético-crítica.

Instrumentos de Avaliação: Para efeitos de avaliação, poder-se-á utilizar instrumentos

como seminários, produção artística, elaboração de eventos, provas escritas e orais,

trabalhos teóricos e práticos, simulados, debates, palestras, sempre interligados à proposta

do projeto político da escola.

O sistema de avaliação ditado pelo Estabelecimento de Ensino é Trimestral,

composto pela somatória de 60% da nota em provas e 40% da nota em trabalhos, sendo

que o professor terá que fazer no mínimo dois trabalhos e uma prova através de diversos

instrumentos.

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5. REFERÊNCIAS ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna, 1987.

AZEVEDO, F. de. A. - Cultura Brasileira. 5ª edição, revista e ampliada. São Paulo:

Melhoramentos, Editora da USP, 1971.

BARBOSA, Ana Mae. História da Arte Educação – A experiência de Brasília – I

Simpósio Internacional de História da Arte Educação – ECA – USP, 1ª Ed, SP. Editora

Mas Limonade, 1986.

BENJAMIM, T. Walter. Magia e Técnica, Arte e Política. Obras escolhidas. Volume I

São Paulo: Brasiliense, 1985.

BOSSI, Alfredo. Reflexões sobre Arte;

CADERNOS TEMÁTICOS> Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-

brasileira nos currículos escolares/Paraná. SEED. Superintendência de Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. Curitiba.

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação

Básica – Arte. Paraná, 2008.

DUARTE JÚNIOR, J. F. Fundamentos Estéticos da Educação. 4ª Ed. Campinas, SP:

Papirus, 1993.

DUARTE JÚNIOR, J. F. Por que arte educação? 8ª Ed. Campinas, SP: Papirus, 1996.

ENCICLOPÉDIA – A Arte nos Séculos – Abril Cultural.

FERREIRA, A. B. H. Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa. RJ: Nova

Fronteira, 1995.

HANSEDALG, Ricardo. Raça e Gênero no sistema de ensino: os limites das políticas

universalistas na educação. Brasília, 2002.

OSTROWER, Faiga. Universos da Arte, Campus, 1997.

PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e Grande Público: a distância a ser extinta.

Campinas: Autores Associados, 2003 (coleção polêmica do nosso tempo, 84).

PENTEADO, José de Arruda. Comunicação Visual e Expressão. Ed. Nacional, 1998.

PROENÇA, Graça. História da Arte. Ed. Ática. São Paulo, 1995.

SCHAFER, M. O ouvido pensante. SP: brasiliense, 1987.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Col. Est. Profª Nadir Mendes Montanha

REGIMENTO ESCOLAR - Col. Est. Profª Nadir Mendes Montanha Col. Est. Profª Nadir

Mendes Montanha

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OLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

C I Ê N C I A S

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COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

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ARAPONGAS – PARANÁ

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NRE: APUCARANA

ENSINO FUNDAMENTAL

DISCIPLINA: CIÊNCIAS

PROFESSORES: DIEGO HENRIQUE ALEXANDRINO

PAULO GUILHERME DOS SANTOS

SEBASTIÃO PEREIRA DOS SANTOS

SIMONE FORCATO

1. APRESENTAÇÃO

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico

que resulta da investigação da natureza. A natureza enquanto conjunto de elementos que

constituem o universo, em toda sua complexidade, apresenta uma dinâmica (causalidade)

que rege as relações entre esses elementos, possibilitando ao homem uma interpretação

racional sobre os fenômenos observados a partir dessas relações.

A ciência, entendida como construção humana e coletiva, representou

/interpretou/modelou historicamente elementos que passaram a ser conceituados e

apropriados culturalmente. No momento historicamente atual, apontar para este

documento, conceitos fundamentais e integradores, a saber: energia, tempo, espaço

campo, matéria, movimento, força, ser vivo, célula.

Essa natureza apresenta-se como uma das principais formas de legitimação do

objeto de estudo e ensino da disciplina de Ciências e, segundo Lopes (2007), a própria

adjetivação de uma dada ciência como natural é uma das maneiras de enunciar tal forma

de legitimação, além de ser capaz de constituir as ciências naturais como um saber

distinto das chamadas ciências sociais e do saber cotidiano.

As relações entre os seres humanos, com os demais seres vivos e com a natureza

ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Ao relacionar com a

natureza, o homem diferencia-se dos outros seres por se humanizar, característica que se

origina essencialmente na atividade do trabalho, buscando a satisfação de suas

necessidades.

Mas a ação do homem sobre a natureza não se restringe somente para a

necessidade de sobrevivência. Ele ultrapassa seu limite animal e incorpora experiências,

conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitendos culturalmente.

Sendo assim, as novas gerações não precisam votar ao ponto de partida, tão somente

biológico e instintivo, para garantir sua adaptação ao meio. A educação e a cultura

garante a circulação e a elaboração do conhecimento e o estabelecimento de novas formas

de pensar.

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As novas formas de pensar deve estar ligada diretamente a História da Ciência

em que busca a possibilidade de interpretar as atividades humanas das quais influências e

sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas, pois a

mesma não revela a verdade, mas propõe modelos aplicativos, visando sempre os

modelos científicos que com o tempo são superados com explicações e superações de

idéias, nesse sentido a reflexão sempre se faz presente, pois implica em considerá-la

como uma construção coletiva produzida por grupos de pesquisadores e instituições num

determinado contexto histórico, num cenário sócio-econômico, tecnológico, cultural,

religioso, ético e político, pois é imprescindível determiná-la no tempo e no contexto de

realizações humanas, que também são historicamente determinadas, por isso faz-se

necessário investigar a história da construção do conhecimento científico.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

6º ANO

ASTRONOMIA: universo, sistema solar, movimentos celestes e terrestres, astros

MATÉRIA: constituição da matéria

ENERGIA: formas de energia, conversão de energia, transmissão de energia.

BIODIVERSIDADE: organização dos seres vivos, ecossistemas, evolução dos seres

vivos.

SISTEMAS BIOLÓGICOS: níveis de organização

7º ANO

ASTRONOMIA: movimentos celestes e terrestres, astros

MATÉRIA: constituição da matéria

ENERGIA: formas de energia, transmissão de energia.

BIODIVERSIDADE: organização dos seres vivos, sistemática, origem da vida

SISTEMAS BIOLÓGICOS: célula, morfologia e fisiologia dos seres vivos

8º ANO

ASTRONOMIA: origem e evolução dos seres vivos

MATÉRIA: constituição da matéria

ENERGIA: formas de energia

BIODIVERSIDADE: evolução dos seres vivos

SISTEMAS BIOLÓGICOS: célula, morfologia e fisiologia dos seres vivos

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9º ANO

ASTRONOMIA: astros e gravitação universal

MATÉRIA: propriedades da matéria

ENERGIA: formas de energia e conservação de energia.

BIODIVERSIDADE: interações ecológicas

SISTEMAS BIOLÓGICOS: morfologia e fisiologia dos seres vivos e mecanismos de

herança genética

3. METODOLOGIA

O ensino de Ciências deve ser um meio para que o professor e aluno,

compreendam criticamente a ciências dentro de cinco conteúdos estruturantes

fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para a

disciplina de Ciências no Ensino Fundamental, prevendo ainda a abordagem da cultura e

história afro-brasileira (Lei 10.639/03), história e cultura dos povos indígenas (Lei

11.645/08) e educação ambiental (Lei 9.795/99). Os cinco conteúdos estruturantes são:

1. Astronomia

2. Matéria

3. Sistemas biológicos

4. Energia

5. Biodiversidade

É necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos em sua

complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de conhecimento em

áreas de conhecimento físico, químico e biológico; estabelecem relações

interdisciplinares e sejam abordados a partir dos contextos tecnológicos, social, cultural,

ético e político que os envolvam. Entende-se como extremamente relevante não

desvincular três aspectos importantes, a saber: a história da ciência, a divulgação e

atividade experimental.

É fundamental importância propiciar ao aluno, situações em que ele possa

explorar o mundo que o cerca, reelaborar os seus caminhos, ampliando-os e

aperfeiçoando-os, adotando uma postura de reflexão diante da realidade. É de vital

importância de que o aluno tenha condições de aumentar suas possibilidades da

abstração, partindo de experiências do seu cotidiano. No desenvolvimento do

planejamento o emprego de múltiplas modalidades didáticas e fundamentais para

dinamizar as aulas e sobre tudo motivar e facilitar a aprendizagem dos alunos:

Aulas expositivas

Aulas dialogadas;

Leitura e interpretação de textos;

Discussão dos exercícios realizados pelos alunos;

Trabalho em grupo, utilizando as diversas técnicas de dinâmica de grupo;

Entrevistas feitas pelos alunos com especialistas em diferentes áreas;

Realização de atividade de campo;

Realização de experimentos;

Dramatizações;

Jogos;

Utilização de materiais áudio visual;

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Pesquisas bibliográficas;

Painéis;

Debates;

Mostra de trabalhos;

Livro didático.

4. AVALIAÇÃO:

A avaliação deve-se utilizar de instrumentos de avaliação que investiguem a

máxima transformação de conhecimento apropriado pelo estudante, que ele consiga

compreender o real significado dos conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo

de Ciências, visando uma aprendizagem realmente significativa para sua vida.

Enfim, adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento analítico do

processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de ações pedagógicas

pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e alunos tornam-se

observadores dos avanços e dificuldades a fim de superarem os obstáculos existentes.

O sistema de avaliação trimestral será composto pela somatória da nota 4,0

(quatro) referente a atividades diversificadas, mais a nota 6,0 (seis vírgula zero) resultante

de provas oral e escrita.

4.1. Critérios de Avaliação

6º ANO

O entendimento das ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza.

O reconhecimento das características básicas de diferenciação entre estrelas,

planetas, planetas anões, satélites naturais, cometas, asteróides, meteoros e

meteoritos.

O conhecimento da história da ciência, a respeito das teorias geocêntricas e

heliocêntricas.

A compreensão dos movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes

do sistema solar.

O entendimento da constituição e propriedades da matéria, suas transformações,

como fenômenos da natureza.

A compreensão da constituição do planeta Terra, no que se refere a atmosfera e

crosta, solos, rochas, minerais, manto e núcleo.

O conhecimento dos fundamentos teóricos da composição da água presente no

planeta Terra.

O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um

todo integrado.

O reconhecimento das características gerais dos seres vivos.

A reflexão sobre a origem e a discussão a respeito da teoria celular como modelo

explicativo da constituição dos organismos.

O conhecimento dos níveis de organização celular;

A interpretação do conceito de energia por meio da análise das suas mais diversas

formas de manifestação.

O conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia em outra.

A interpretação do conceito de transmissão de energia.

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O reconhecimento das particularidades relativas a energia mecânica, térmica,

luminosa, nuclear, no que diz respeito a possíveis fontes e processos de

irradiação, convecção e condução.

O entendimento dessas formas de energia relacionadas aos ciclos de matéria na

natureza.

O reconhecimento da diversidade das espécies e sua classificação.

A distinção entre ecossistema, comunidade e população.

O conhecimento a respeito da extinção de espécies.

O entendimento a respeito da formação dos fosseis e sua relação com a produção

contemporânea de energia não renovável.

A compreensão da ocorrência de fenômenos metereológicos e catástrofes naturais

e sua relação com os seres vivos.

7º ANO

A compreensão dos movimentos celestes a partir do referencial do planeta Terra.

A comparação dos movimentos aparentes do céu, noites e dias, eclipses do Sol e

da Lua, como base no referencial da Terra.

O reconhecimento dos padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os

movimentos celestes no tocante à observação de regiões do céu e constelações.

O entendimento da composição físico-química do Sol e a respeito da produção de

energia solar.

O entendimento da constituição do planeta Terra primitivo, antes do surgimento

da vida.

O conhecimento dos fundamentos da estrutura química da célula.O conhecimento

dos mecanismos de constituições da célula e as diferenças entre os tipos celulares.

A compreensão do fenômeno da fotossíntese e dos processos de conversão de

energia na célula;

As relações entre os órgãos e sistemas de animais e vegetais a partir do

entendimento dos mecanismos celulares.

O entendimento do conceito de energia luminosa.

O entendimento da relação entre a energia luminosa solar e sua importância para

os seres vivos.

A identificação dos fundamentos da luz, as cores, e a radiação ultravioleta e

infravermelha.

O entendimento do conceito de calor com energia térmica e suas relações como os

seres vivos, o ecossistema e os processos evolutivos.

O conhecimento a respeito da classificação dos seres vivos, as categorias

taxonômicas, filogenia.

O entendimento das interações e sucessões ecológicas, cadeia alimentar, seres

autótrofos e heterótrofos.

O conhecimento a respeito das eras geológicas e das teorias sobre a origem da

vida, geração espontânea e biogênese.

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8º ANO

- A reflexão sobre modelos científicos que abordam a origem e a evolução do

universo.

- A relação entre as teorias e a evolução histórica.

- A diferenciação das teorias que consideram um universo inflacionário e teorias

que considerem cíclico.

- O conhecimento dos fundamentos da classificação cosmológica (galáxias,

aglomerados, nebulosas, buracos negros, Lei de Hubble, idade do universo, escala

do universo).

- O conhecimento sobre o conceito de matéria e sua constituição, com base nos

modelos atômicos.

- O conceito de átomo, íons, elementos químicos, substâncias, ligações químicas,

reações químicas.

- O conhecimento das Leis da conservação da Massa.

- A relação dos fundamentos da energia química com a célula (ATP e ADP).

O conhecimento dos compostos orgânicos e relações destes com a constituição

dos organismos vivos.

Os mecanismos celulares e sua estrutura, de modo a estabelecer um entendimento

de como esses mecanismos se relacionam no trato das funções celulares.

O conhecimento da estrutura e funcionamento dos tecidos.

O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório,

cardiovascular, respiratório, excretor e urinário.

Os fundamentos da energia química e suas fontes, modos de transmissão e

armazenamento.

O entendimento dos fundamentos da energia mecânica e suas fontes, modos de

transmissão e armazenamento.

Os fundamentos da energia química e suas fontes, modos de transmissão e

armazenamento.

O entendimento das teorias evolutivas.

9º ANO

- O entendimento das Leis de Kepler para as órbitas dos planetas.

- O entendimento das leis de Newton no tocante a gravitação universal.

- A interpretação de fenômenos terrestres relacionadas à gravidade, como as marés.

- A compreensão das propriedades da matéria, massa, volume, densidade,

compressibilidade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade,

impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade, permeabilidade,

dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor.

- A compreensão dos fundamentos teóricos que descrevem o sistema nervoso,

sensorial, reprodutor e endócrino.

- A compreensão dos sistemas conversores de energia, as fontes de energia e sua

relação com a Lei da conservação da energia.

- As relações entre sistemas conservativos.

- O entendimento dos conceitos de movimento, deslocamento, velocidade,

aceleração, trabalho e potência.

- O entendimento do conceito de energia elétrica e sua relação com o

magnetismo.O entendimento dos fundamentos teóricos que descrevem os ciclos

biogeoquímicos, bem como, as relações interespecíficas e intraespecíficas.

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5. RECUPERAÇÃO

A recuperação é um processo que serve para recuperar notas e conceitos, levar o

aluno a um aprendizado significativo.

A recuperação paralela de conteúdos se faz a cada tema trabalhado, detectando

assim a dificuldade do aluno e deve ser entendida como uma consequência do processo

de avaliação continuada, de forma a permitir que o aluno, tenha oportunidade de se

aprimorar e sanar as dificuldades, pois a recuperação paralela objetiva a efetiva

aprendizagem do aluno.

A avaliação de recuperação será no valor de 10,0 (dez vírgula zero), possuindo

valor substitutivo, valendo sempre a maior, sendo que está será organizada com

atividades significativas, por meio de procedimentos didáticos metodológicos

diversificados.

6. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

Serão propostas diversas atividades: provas, oral e escrita, participação,

pesquisas, trabalhos, debates, seminários, palestras, relatórios de atividades, produção de

texto, atividades diversas e também experimentais.

7. REFERÊNCIAS

-SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes

Curriculares da -Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Ciências. Curitiba, 2009.

-LIVRO DIDÁTICO: GEWANDSZNAJDER, 4 º. Edição – São Paulo : Ática, 2009.

-SEED, GOVERNO DO PARANÁ. Como trabalhar a Lei nº. 10.639/2003 e as

Diretrizes -Curriculares para a Educação das relações Étnicos-raciais e História e

Cultura Afro-brasileira e Africana na escola. Curitiba. 2006,

-PPP – Projeto Político Pedagógico.

-Regimento Escolar.

-Cadernos temáticos sobre os desafios educacionais contemporâneos.

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COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

E D U C A Ç Ã O

F Í S I C A

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COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

NRE: APUCARANA

ENSINO FUNDAMENTAL

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA

PROFESSORES: IVANI MARIA DOS SANTOS

CARLOS EDUARDO MARIANO DA SILVA

1. APRESENTAÇÃO

A Educação Física passou e passa por uma transformação, desde que foi

constituída (Rui Barbosa - l.882), até os dias atuais. As tendências da disciplina,

conforme seu momento histórico, foram, HIGIENICISTA - (formação de homens

saudáveis), MILITARISTA -(formação para servir a Pátria), PEDAGOGISTA - (Proj.

Educativo), COMPETITIVISTA - (formação de atletas), POPULAR-(trabalhadores

passaram a influenciar a prática de atividades lúdicas). Nestas mudanças, conferiu - se a

Educação Física características que a reconhecia a partir de uma proposta biológica e

fisiológica, onde o desenvolvimento físico e motor (aptidão física) eram entendidos

como capazes de promover uma educação integral do ser humano, sem dar, porém,

significado as ações culturalmente produzidas ao longo da história.

Por ser a Educação Física uma disciplina que tem como objeto de estudo a

cultura corporal de movimento, como tal, deve provocar nos educandos reflexões sobre o

significado do que é “seu corpo” no mundo moderno, através de suas manifestações

diferenciadas. Neste sentido, dá-se importância os signos sociais que se expressam por

meio do preconceito social, da sexualidade, da diferenciação entre gêneros, da violência,

da exacerbação, da vaidade, do excesso de consumo, etc.

2. CONTEÚDOS

2.1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Esporte

Jogos e brincadeiras

Ginásticas

Lutas

Danças

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2.2. CONTEÚDOS BÁSICOS

2.2.1. MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS

Fundamentos técnicos;

Regras;

Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;

Esporte como fenômeno de massa;

Jogo;

Análise crítica das regras;

O sentido da competição esportiva;

Modelo da sociedade que os produziram;

Influência nos esportes dos diferentes modelos da sociedade;

Possibilidades dos esportes como atividade corporal;

Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.

Táticas

Para que e quem serve

Incorporação pela sociedade brasileira

O esporte na sociedade capitalista

Profissionalização do esporte

2.2.2. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

6º ANO

Esporte:

Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como: sua origem, sua evolução, seu

contexto atual. Propor a vivência de atividades pré desportivas no intuito de possibilitar o

aprendizado dos fundamentos básicos dos esportes e possíveis adaptações às regras.

Jogos e brincadeiras:

Abordar e discutir a origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras. Possibilitar

a vivência e confecção de brinquedos, jogos e brincadeiras com e sem materiais

alternativos.

Ensinar a disposição e movimentação básica dos jogos de tabulei

Dança:

Pesquisar e discutir a origem e histórico das danças. Contextualizar a dança. Vivenciar

movimentos em que envolvam a expressão corporal e o ritmo.

Ginástica:

Estudar a origem e histórico da ginástica e suas diferentes manifestações. Aprender e

vivenciar os Movimentos Básicos da ginástica (ex: saltos, rolamento, parada de mão,

roda)

Construção e experimentação de materiais utilizados nas diferentes modalidades

ginásticas.

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Pesquisar a Cultura do Circo. Estimular a ampliação da Consciência Corporal.

Lutas:

Pesquisar a origem e histórico das lutas. Vivenciar atividades que utilizem materiais

alternativos relacionados as lutas. Experimentar a vivência de jogos de oposição.

Apresentação e experimentação da música e sua relação com a luta. Vivenciar

movimentos característicos da luta como: a ginga, esquiva e golpes.

7º ANO

Esporte:

Estudar a origem dos diferentes esportes e mudanças ocorridas com os mesmos, no

decorrer da história. Aprender as regras e os elementos básicos do esporte. Vivência dos

fundamentos das diversas modalidades esportivas. Compreender, por meio de discussões

que provoquem a reflexão, o sentido da competição esportiva

Jogos e brincadeiras:

Recorte histórico delimitando tempos e espaços nos jogos, brinquedos e brincadeiras.

Reflexão e discussão acerca da diferença entre brincadeira, jogo e esporte. Construção

coletiva dos jogos, brincadeiras e brinquedos. Estudar os Jogos, as brincadeiras e suas

diferenças regionais.

Dança:

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança. Experimentação de

movimentos corporais rítmico/expressivos. Criação e adaptação de coreografias.

Construção de instrumentos musicais.

Ginástica:

Estudar os aspectos históricos e culturais da ginástica rítmica e geral. Aprender sobre as

posturas e elementos ginásticos. Pesquisar e aprofundar os conhecimentos acerca da

Cultura Circense.

Lutas:

Pesquisar e analisar a origem das lutas de aproximação e da capoeira, assim como suas

mudanças no decorrer da história. Vivenciar jogos adaptados no intuito de aprender

alguns movimentos característicos da luta, como: ginga, esquiva, golpes, rolamentos e

quedas.

8º ANO

Esporte:

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte. Estudar as diversas

possibilidades do esporte enquanto uma atividade corporal, como: lazer, esporte de

rendimento, condicionamento físico, assim como os benefícios e os malefícios do mesmo

à saúde. Analisar o contexto do Esporte e a interferência da mídia sobre o mesmo.

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Vivência prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas. Discutir e refletir

sobre noções de ética nas competições esportivas.

Jogos e brincadeiras:

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brincadeiras e brinquedos.

Organização de Festivais. Elaboração de estratégias de jogo.

Danças:

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança. Análise dos elementos e

técnicas de dança.Vivência e elaboração de Esquetes (que são pequenas seqüências

cômicas).

Ginástica:

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na ginástica. Vivência prática das

posturas e elementos ginásticos. Estudar a origem da Ginástica com enfoque específico

nas diferentes modalidades, pensando suas mudanças ao longo dos anos. Manuseio dos

elementos da Ginástica Rítmica. Vivência de movimentos acrobáticos.

Lutas:

Organização de Roda de capoeira. Vivenciar jogos de oposição no intuito de aprender

movimentos direcionados à projeção e imobilização.

9º ANO

Esporte:

Recorte histórico delimitando tempos e espaços. Organização de festivais esportivos.

Analise dos diferentes esportes no contexto social e econômico. Pesquisar e estudar as

regras oficiais e sistemas táticos. Vivência prática dos fundamentos das diversas

modalidades esportivas. Elaboração de tabelas e súmulas de competições esportivas

Jogos e brincadeiras:

Organização e criação de gincanas e RPG (Role-Playing Game, Jogo de Interpretação de

Personagem), compreendendo que é um jogo de estratégia e imaginação, em que os

alunos interpretam diferentes personagens, vivendo aventuras e superando desafios.

Diferenciação dos jogos cooperativos e competitivos.

Dança:

Recorte histórico delimitando tempos e espaços na dança. Organização de festivais de

dança.

Elementos e técnicas constituintes da dança.

Ginástica:

Estudar a origem da Ginástica: trajetória até o surgimento da Educação Física.

Construção de coreografias. Pesquisar sobre a Ginástica e a cultura de rua (circo,

malabares e acrobacias). Análise sobre o modismo relacionado a ginástica. Vivência das

técnicas específicas das ginásticas desportivas. Analisar a interferência de recursos

ergogênicos (doping).

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Lutas:

Pesquisar a Origem e os aspectos históricos das lutas.

ELEMENTOS ARTICULADORES

O corpo que brinca e aprende (manifestações lúdicas); O desenvolvimento corporal e a

construção da saúde; O corpo no mundo do trabalho.

DESENVOLVIMENTO SÓCIO EDUCACIONAL

Ética; Cultura da paz; Prevenção de entorpecentes; Cidadania; Mídia Saúde; Meio

ambiente; Estética corporal; O lazer e Adversidade (ético-racional, sexual, indígena,

alunos com necessidades especiais),

3. JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA

A Educação Física passou e passa por uma transformação, desde que foi

constituída (Rui Barbosa - l.882), até os dias atuais. As tendências da disciplina,

conforme seu momento histórico foram HIGIENICISTA - (formação de homens

saudáveis), MILITARISTA -(formação para servir a Pátria), PEDAGOGISTA - (Proj.

Educativo), COMPETITIVISTA - (formação de atletas), POPULAR-(trabalhadores

passaram a influenciar a prática de atividades lúdicas). Nestas mudanças, conferiu - se a

Educação Física características que a reconhecia a partir de uma proposta biológica e

fisiológica, onde o desenvolvimento físico e motor (aptidão física) eram entendidos

como capazes de promover uma educação integral do ser humano, sem dar, porém,

significado as ações culturalmente produzidas ao longo da história.

Por ser a Educação Física uma disciplina que tem como objeto de estudo a

cultura corporal de movimento, como tal, deve provocar nos educandos reflexões sobre o

significado do que é “seu corpo” no mundo moderno, através de suas manifestações

diferenciadas. Neste sentido, dá-se importância os signos sociais que se expressam por

meio do preconceito social, da sexualidade, da diferenciação entre gêneros, da violência,

da exacerbação, da vaidade, do excesso de consumo, etc.

Diante destas considerações a Educação Física, possibilita ao educando “um

pensar” crítico sobre suas experiências corporais, bem como os princípios e valores

inerentes ao ser humano. Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física

tratado nestas Diretrizes, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos

Estruturantes propostos, segue descrito abaixo a contribuição de cada um dos conteúdos

para a formação do educando:

3.1. ESPORTE

Garantir aos alunos o direito de acesso e de reflexão sobre as práticas esportivas,

além de adaptá-las à realidade escolar, devem ser ações cotidianas na rede pública de

ensino. Nesse sentido, a prática pedagógica de Educação Física não deve limitar-se ao

fazer corporal, isto é, ao aprendizado única e exclusivamente das habilidades físicas,

destrezas motoras, táticas de jogo e regras.

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3.2. JOGOS E BRINCADEIRAS

No caso do jogo, ao respeitarem seus combinados, os alunos aprendem a se

mover entre a liberdade e os limites, os próprios e os estabelecidos pelo grupo. Além de

seu aspecto lúdico, o jogo pode servir de conteúdo para que o professor discuta as

possibilidade de flexibilização das regras e da organização coletiva.

3.3. GINÁSTICA

Espera-se que os alunos tenham subsídios para questionar os padrões estéticos, a

busca exacerbada pelo culto ao corpo e aos exercícios físicos, bem como os modismos

que atualmente se fazem presentes nas diversas práticas corporais, inclusive na ginástica.

3.4. LUTAS

Ao abordar esse conteúdo, deve-se valorizar conhecimentos que permitam

identificar valores culturais, conforme o tempo e o lugar onde as lutas foram ou são

praticadas.

3.5. DANÇA

A dança é a manifestação da cultura corporal responsável por tratar o corpo e

suas expressões artísticas, estéticas, sensuais, criativas e técnicas que se concretizam em

diferentes práticas, como nas danças típicas (nacionais e regionais), danças folclóricas,

danças de rua, danças clássicas entre outras.

4. METODOLOGIA

Tanto na aprendizagem quanto no ensino da Educação Física, o método é um

processo que associa a dinâmica da sala de aula à intenção prática do aluno para uma

maior compreensão da realidade, fazendo-o formular conceitos próprios a partir dos

temas apresentados.

Discutir, previamente, sobre o que, como, quando e por que tal ação é

importante, provocando no aluno(a), a reflexão, formulando sua opinião, interpretação e

explicação sobre o que está acontecendo, com base nos objetivos pautados.

A ação pedagógica da Educação Física, pode ser de variada, tornando os

conteúdos mais interessantes e significativos, utilizando recursos dos mais diversos, onde

o aluno passa a perceber a inter-relação entre o conhecimento crítico-teórico e volta

novamente para a prática social concreta.

A inclusão de temas sócio-culturais no currículo transcende o âmbito das

diversas disciplinas e corresponde aos Desafios Educacionais contemporâneos,

preconizados pelas DCEs e serão agregados, sempre que possível, a temática que

evidenciem os contextos da comunidade onde a Escola está inserida.

Na metodologia crítico-superadora, o conhecimento é transmitido, levando-se

em conta o momento político, histórico, econômico e social em que está inserido,

seguindo as estratégias, práticas sociais, problematização, instrumentalização, cartase e

retorno à prática social.

A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação (aluno) para a

construção do conhecimento escolar.

A PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio, é o momento em que a prática social

é colocada em questão, analisada e interrogada.

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A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo

sistematizado é colocado à disposição dos alunos para que assimilem e o recriem, ao

incorporá-lo, transforme-lo em instrumentos de construção pessoal e profissional

(Gasparim, 2002 pg53).

A CARTASE é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que

assimilou.

O RETORNO À PRÁTICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo

pedagógico na perspectiva histórico-crítica.

5. AVALIAÇÃO

O processo de avaliação da disciplina da Educação Física, individual ou coletiva,

será contínua, incluindo o aluno(a) como participante e contribuindo para o

desenvolvimento da responsabilidade e compreensão na construção do conhecimento

teórico e prático. No decorrer das aulas, o conteúdo programado pode ser reavaliado e

alterado de acordo com as dificuldades encontradas nas avaliações que foram feitas, para

melhor aproveitamento do educando.

Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo e cumulativo que servirá

para requisitar o processo desenvolvido, para identificar lacunas na aprendizagem, bem

como planejar e propor outros encaminhamentos que vise a superação das dificuldades

constatadas nas diversas manifestações corporais, evidenciadas nas brincadeiras, jogos e

brinquedos, manifestações ginásticas, manifestações esportivas, danças e teatro.

A avaliação será distribuída da seguinte maneira: 2,0 (dois vírgula zero) para

trabalhos individuais, 2,0 (dois vírgula zero) para trabalhos em grupo, 3,0 (três vírgula

zero) para prova teórica e 3,0 (três virgula zero) para prova prática, totalizando 10,0 (dez

virgula zero). Durante o trimestre será realizada recuperação paralela, com retomada de

conteúdos todas as vezes que se fizer necessário, a fim de que os alunos se apropriem

efetivamente dos conteúdos teóricos e práticos com direito a novas avaliações de

recuperação conforme artigo 112 do Regimento Escolar.

5.1. Critérios de Avaliação:

Espera-se que o aluno conheça dos esportes:

O surgimento de cada esporte com suas primeiras regras;

Sua relação com jogos populares.

Seus movimentos básicos, ou seja, seus fundamentos.

Com difusão e diferença de cada esporte, relacionando-as com as

mudanças do contexto histórico brasileiro.

Conhecimento das noções básicas das regras das diferentes

manifestações esportivas

Entender que as práticas esportivas podem ser vivenciadas no

tempo/espaço de lazer, como esporte de rendimento ou como meio para

melhorar aptidão física e saúde.

Reconhecer os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas.

Apropriação acerca das regras de arbitragem, preenchimento de

súmulas e confecção de diferentes tipos de tabelas.

Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos

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brinquedos e brincadeiras bem como diferentes formas de jogar em relações

existentes entre si.

Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir de

construção coletiva ou individual de jogos brinquedos com materiais

alternativos.

Desenvolver atividades coletivas a partir de diferentes jogos conhecidos

adaptados ou criados seja cooperativos, competitivos ou de tabuleiros a partir

dos seguintes elementos:

- visão do jogo;

- objetivo;

- o outro;

- relação;

- resultado;

- consequência;

- motivação.

- Conhecimento sobre a origem e alguns significados das diferentes

danças.

- Criação e adaptação tanto das cantigas de rodas quanto das diferentes

sequências de movimentos, criação e adaptação de coreografia rítmica e

expressiva.

- Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da

construção de instrumentos musicais.

- Reconhecer a importância das diferentes manifestações presentes nas

danças e seu contexto histórico; ritmos passos posturas, conduções,

deslocamentos.

- Conhecer os aspectos históricos da ginástica e das práticas, corporais

circenses

- Conhecer os aspectos históricos da ginástica ritmica, o aprendizados

dos movimentos, fundamentos básicos, e elementos da GR como: salto, pirueta,

equilíbrio, rolar, girar e trepar, balançar, embalar e malabares.

- Manusear diferentes elementos da GR como: corda, fita, bola e arco.

- Reconhecer e vivenciar as técnicas das ginásticas ocidentais e orientais

e relação existente entre a ginástica artística e os elementos presentes no circo,

assim como a influência da ginástica na busca do corpo perfeito.

- Apropriação dos aspectos históricos, filosóficos e as características das

diferentes manifestações das lutas, assim alguns de seus movimentos

característicos.

- Conhecer a história do judô, karatê, taekawondo, capoeira e alguns de

seus movimentos básicos.

- Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização

de materiais alternativos e dos jogos de oposição.

5.2 . Recursos Didáticos

Utilização do laboratório de informática para trabalho de pesquisas;

TV Multimídia para apresentação de filmes e vídeos sobre os esportes;

Biblioteca para pesquisa e Leitura;

Data-show para apresentação de trabalhos;

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Rádio para apresentação de trabalhos com dança;

Livro de apoio;

Projeto Helena Kolody.

5.3. Instrumentos de Avaliação

Essas avaliações si dará através dos seguintes instrumentos:

- Atividades com recursos Audiovisuais;

Trabalho em grupo;

Trabalho individual;

Debate;

Seminário;

Relatório;

Pesquisa de campo;

Avaliações teóricas;

Avaliações práticas;

6. REFERÊNCIAS

BRACHT, Valter, A Constituição das Teorias Pedagógicas da Educação Física.

Cadernos CEDES, vol.19 n. º 48. Campinas-1999.

Depart. De Ensino Médio julho. 2008

MARCOS CORDIOLLI, Diversidade e Pertinência na Construção Curricular.

SEED - Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de

Educação Básica do Estado do Paraná. Educação Física - Curitiba-2008

Orientações Curriculares

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha

Regimento Escolar do Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha

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COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

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E N S I N O

R E L I G I O S O

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COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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NRE: APUCARANA

ENSINO FUNDAMENTAL

DISCIPLINA: ENSINO RELIGIOSO

PROFESSORES: EDIMAR MONTEIRO COSTA

1. APRESENTAÇÃO

O Ensino Religioso é uma disciplina que tem como objeto de estudo o Sagrado

dentro das diversas crenças existentes, exige uma reflexão que compreenda a relação com

o sagrado, com finalidade de valorizar e propiciar o respeito a religiosidade da pessoa

humana dentro de seu contexto sócio cultural em harmonia consigo, com a natureza, com

a sociedade.

Visa analisar e compreender o Sagrado como cerne da experiência religiosa do

cotidiano que nos contextualiza no universo cultural, vivenciar os conceitos fundamentais

da vida, através da materialidade fenomênica, lógica simbólica e reconhecimento dos

textos sagrados. Assim sendo, no espaço escolar justifica-se este estudo por ser uma

disciplina que trata do enfoque religioso como conhecimento, sem privilegiar nenhum

credo.

2. CONTEÚDOS

2.1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Paisagem Religiosa é a materialidade fenomênica do Sagrado, a qual é

apreendida através dos sentidos. É a exterioridade do Sagrado e sua concretude, os

espaços Sagrados.

Universo Simbólico Religioso é apreensão conceitual através da razão, pela

qual concebe-se o Sagrado pelos seus predicados e reconhece-se a sua lógica simbólica. É

entendido como sistema simbólico e projeção cultural.

Texto Sagrado é a tradição e à natureza do Sagrado enquanto fenômeno. Neste

sentido é reconhecido através das Escrituras Sagradas, das Tradições Orais Sagradas e

dos Mitos.

Tais conteúdos não devem ser abordados isoladamente, pois são referências que

se relacionam intensamente, contribuem para a compreensão do objeto de estudo e

orientam a definição dos conteúdos básicos e específicos de cada série.

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2.2. CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ANO

Organizações Religiosas: As organizações religiosas estão baseadas nos princípios

fundacionais legitimando a intenção original do fundador e os seus preceitos. Assim

estabelecem fundamentos, normas e funções a fim de compor elementos mais ou menos

determinados que unem os adeptos religiosos e definem o sistema religioso.

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos de modo

institucionalizado. Serão tratadas como conteúdos, sob a ênfase das principais

características, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as

diferentes formas de compreensão e de relações com o Sagrado. Poderão ser destacados:

os fundadores e/ou líderes religiosos;

as estruturas hierárquicas.

Ao tratar dos líderes ou fundadores das religiões, o professor enfatizará as

implicações da relação que eles estabelecem com o Sagrado, quanto a sua visão de

mundo, atitudes, produções escritas, posições político-ideológica, etc.

Entre os exemplos de organizações religiosas mundiais e regionais e seus

respectivos líderes estão: o budismo (Sidarta Gautama), o cristianismo (Cristo),

confucionismo (Confúcio), o espiritismo (Allan Kardec), o taoísmo (Lao Tsé), etc.

Lugares Sagrados: Lugar é o espaço familiar para o sujeito, é o local onde se dão suas

relações diárias. Constrói-se o entendimento de lugar na relação de afetividade e de

identidade onde o particular e histórico acontecem.

O que torna um lugar Sagrado é a identificação e o valor atribuído a ele, ou seja,

onde ocorreram manifestações culturais religiosas. Assim, os Lugares Sagrados são

simbolicamente onde o Sagrado se manifesta. Destacam-se:

lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.;

lugares construídos: templos, cidades sagradas, cemitérios, etc.

No processo pedagógico, professor e aluno podem identificar Lugares Sagrados

para as diferentes tradições religiosas em função de fatos considerados relevantes, tais

como morte, nascimento, pregação, milagre, redenção ou iluminação de um líder

religioso. A peregrinação, a reverência, o culto e as principais práticas de expressão

religiosa também consagram porções do espaço e as tornam lugares Sagrados. Os

templos, as sinagogas, as igrejas, as mesquitas, os cemitérios, as catacumbas, as criptas e

os mausoléus, assim como elementos da natureza quando consagrados, constituem

igualmente Lugares Sagrados. Para as culturas indígenas e aborígines, por exemplo, os

rios, as montanhas, os campos, etc são extensões das divindades e, por essa razão, são

Sagrados.

Textos Sagrados orais ou escritos: São ensinamentos Sagrados, transmitidos de forma

oral ou escrita pelas diferentes culturas religiosas, como em cantos, narrativas, poemas,

orações, pinturas rupestres, tatuagens, histórias da origem de cada povo contadas pelos

mais velhos, escritas cuneiformes, hierógrifos egípcios, etc. Entre eles, destacam-se os

textos grafados tal como o dos Vedas, o Velho e o Novo Testamento, o Torá, o Al Corão

e também os textos Sagrados das tradições orais das culturas africana e indígena.

Símbolos Religiosos: Os Símbolos Religiosos são linguagens que expressam sentidos,

comunicam e exercem papel relevante para a vida imaginativa e para a constituição das

diferentes religiões no mundo. Neste contexto, o símbolo é definido como qualquer coisa

que veicule uma concepção; pode ser uma palavra, um som, um gesto, um ritual, um

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sonho, uma obra de arte, uma notação matemática, cores, textos e outros que podem ser

trabalhados conforme os seguintes aspectos:

dos ritos;

dos mitos;

do cotidiano.

Entre os exemplos a serem apontados, estão: a arquitetura religiosa, os mantras,

os paramentos, os objetos, etc.

7º ANO

Temporalidade Sagrada: O que diferencia o tempo Sagrado do tempo profano é a falta

de homogeneidade e continuidade. Enquanto o homem, em sua vida profana, experimenta

a passagem do tempo em que, basicamente, um momento é igual ao outro, na vida

religiosa, o homem experimenta momentos qualitativamente diferentes. Os momentos das

atividades ordinárias como o trabalho, a alimentação e o estudo são – apesar da

possibilidade de serem sacralizados –, de maneira geral, semelhantes e podem

seguramente ser substituídos uns pelos outros. O tempo da revelação do Sagrado

constitui, por outro lado, o momento privilegiado em que o humano se liga ao divino.

Nos ritos, nas festas, nas orações, o homem experimenta um momento especial

que pode ser sempre recuperado em outra ocasião. Por essa razão, os ritos são,

predominantemente, periódicos. O tempo profano, por sua vez, não pode nunca ser

recuperado, pois é entendido segundo a ideia de uma sucessão de “agoras”. O passado

nunca pode ser, nesse sentido, revivido. Ele dá lugar constantemente ao presente em que

se está.

O tempo profano está ligado, essencialmente, à existência humana. Inicia-se com

o nascimento do homem e tem seu fim com a morte. O tempo do divino está, por outro

lado, além da vida simplesmente animal do homem e, por isso, se caracteriza geralmente

pela ideia de eternidade. Ao homem religioso está sempre aberta a possibilidade de parar

a duração temporal profana e, por meio de ritos e celebrações, entrar em contato com o

Sagrado. Essa ideia de tempo sagrado é justamente no que fundamenta a perspectiva de

vida após a morte que marca, essencialmente, as religiões.

Pode-se trabalhar a Temporalidade Sagrada apresentando nas aulas de Ensino

Religioso o evento da criação nas diversas tradições religiosas, os calendários e seus

tempos Sagrados (nascimento do líder religioso, passagem de ano, datas de rituais, festas,

dias da semana, calendários religiosos). Entre os exemplos podemos citar o Natal

(cristão), Kumba Mela (hinduísmo), Losar (passagem do ano tibetano) e outros.

Festas Religiosas: Festas Religiosas são os eventos organizados pelos diferentes grupos

religiosos, com objetivo da reatualização de um acontecimento primordial:

confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes. Entre eles,

destacam-se:

peregrinações;

festas familiares;

festas nos templos;

datas comemorativas.

Entre os exemplos a serem apontados, estão: Festa do Dente Sagrado (budista),

Ramadã (islâmica), Kuarup (indígena), Festa de Iemanjá (afro-brasileira), Pessach

(judaica), Natal (cristã).

Ritos: Ritos são celebrações das tradições e manifestações religiosas que possibilitam um

encontro interpessoal. Essas celebrações são formadas por um conjunto de rituais. Podem

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ser compreendidas como a recapitulação de um acontecimento sagrado anterior; servem à

memória e à preservação da identidade de diferentes tradições e manifestações religiosas,

e podem remeter a possibilidades futuras decorrentes de transformações contemporâneas.

Os ritos são um dos itens responsáveis pela construção dos espaços sagrados.

Dentre as celebrações dos rituais nem todos possuem a mesma função. Destacam-se:

os ritos de passagem;

os mortuários;

os propiciatórios, entre outros.

Entre os exemplos a serem apontados, estão: a dança (Xire), o candomblé, o kiki

(kaingang, ritual fúnebre), a via sacra, o festejo indígena de colheita, etc.

Vida e morte: As religiões procuram dar explicações aos seus adeptos para a vida além

da morte, as respostas elaboradas nas diversas tradições e manifestações religiosas e sua

relação com o Sagrado podem ser trabalhadas sob as seguintes interpretações: o sentido

da vida nas tradições e manifestações religiosas; a reencarnação: além da morte,

ancestralidade, espíritos dos antepassados que se tornam presentes, e outras; ressurreição;

apresentação da forma como cada cultura/organização religiosa encara a questão da morte

e a maneira como lidam com o culto aos mortos, finados e dias especiais para tal relação.

Dentro dos conteúdos serão contemplados os desafios contemporâneos com

destaque para a cultura afro-brasileira e indígena, valorizando assim sua religiosidade,

sua cultura e concepção de mundo.

3. METODOLOGIA

O contato com esta diversidade cultural e religiosa possibilita ao aluno perceber

as diferentes temporalidades e realidades existentes simultaneamente e/ou ao longo da

história, reconhecendo também sua realidade como múltipla, conflituosa e complexa.

Desta forma, o aluno passa a ter uma dimensão mais ampla e significativa dos

conteúdos específicos da área, enriquecendo o seu conhecimento e passando a ter

subsídios para construir o seu próprio saber e rompendo assim com o preconceito e

qualquer tipo de intolerância religiosa.

A reflexão sobre a relação entre os acontecimentos e os grupos, tanto os do

presente quanto os do passado, a prática da pesquisa e a convivência com diferentes

métodos de abordagem favorecem a formação de um aluno crítico, reflexivo e consciente

do seu papel enquanto cidadão.

As atividades que deverão ser realizadas pelos alunos e que constituem a

estrutura do curso são: leitura e análise de textos; resumos, pesquisas, desenhos,

dinâmicas, brincadeiras, discussões em painéis, vídeos e seminários.

4. AVALIAÇÃO

Por trabalhar o Sagrado e a disciplina não ser objeto de reprovação, solicita

formas particulares de avaliação e não assume caráter classificatório, mas deve ter uma

função diagnóstica. Isto significa que a avaliação em Ensino Religioso contempla sempre

a auto avaliação do educando. O processo avaliativo é identificar em que medida os

conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do sagrado

pelos educandos, torna-se concreta quando verificamos atitudes de respeito e

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compreensão, permitindo que cada indivíduo possa expressar seu credo, no entanto não

deve impor aos demais.

A avaliação é um elemento integrante do processo educativo na disciplina do

Ensino Religioso. Cabe, então, ao professor implementar práticas avaliativas e construir

instrumentos de avaliação que permitam acompanhar e registrar o processo de

apropriação de conhecimentos pelo aluno em articulação com a intencionalidade do

ensino explicitada no Plano de Trabalho Docente. O que se busca, em última instância,

com o processo avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam a ser

referenciais para a compreensão das manifestações do Sagrado pelos alunos.

Diante da sistematização dos resultados da avaliação, o professor terá elementos

para planejar as necessárias intervenções no processo pedagógico, bem como para

retomar as lacunas identificadas na aprendizagem do aluno. Terá também elementos

indicativos dos níveis de aprofundamento a serem adotados em conteúdos que

desenvolverá a posteriori e da possível necessidade de reorganização do trabalho com o

objeto de estudo e os conteúdos estruturantes.

Para a avaliação do conhecimento na disciplina de Ensino Religioso, deve-se

levar em conta as especificidades de oferta e frequência dos alunos nesta disciplina que

todo professor ao ministrá-la deve estar ciente, pois tal disciplina está em processo de

implementação nas escolas e, por isso, a avaliação pode contribuir para sua legitimação

como componente curricular.

Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem aprovação ou

reprovação do aluno, recomenda-se que o professor registre o processo avaliativo por

meio de instrumentos que permitam à escola, ao aluno, aos seus pais ou responsáveis a

identificação dos progressos obtidos na disciplina.

A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do conteúdo,

como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de concepção da

realidade social e, como, enfim, ampliou o seu conhecimento em torno do objeto de

estudo do Ensino Religioso, o Sagrado, sua complexidade, pluralidade, amplitude e

profundidade.

Para efetivar o processo de avaliação no Ensino Religioso, é necessário

estabelecer os instrumentos e definir os critérios que explicitem o quanto o aluno se

apropriou do conteúdo específico da disciplina e foi capaz de relacioná-lo com as outras

disciplinas. A avaliação pode revelar também em que medida a prática pedagógica,

fundamentada no pressuposto do respeito à diversidade cultural e religiosa, contribui para

a transformação social.

5. REFERÊNCIAS

ARON, R. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes,2003.

BRASIL, Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, 1934.

BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, 1967.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394, de 20 de

dezembro de 1996.

BRASIL, Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961.

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95

BRASIL, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

BRASIL, Lei nº 9.475, de 22 de julho de 1997.

CALLAI, H. C. Estudar o lugar para compreender o mundo. in: CASTROGIOVANNI,

A. C. (org.) Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre:

Mediação, 2003.

CLASTRES, P. A fala sagrada: mitos e cantos Sagrados dos índios guarani.Tradução

Nícia Adan Bonatti. Campinas, SP: Papirus, 1990.

COSTELLA, D. O fundamento epistemológico do ensino religioso. In: JUNQUEIRA,

S.; WAGNER, R. (Orgs.) O ensino religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004.

ELIADE, M. O Sagrado e o profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

______. Tratado de História das Religiões. trad N. Nunes & F. Tomaz, Lisboa:Cosmos,

1977.

ESPINOSA, B. Tratado Teológico-Político. Brasília: Imprensa Nacional – Casa da

Moeda. 1988.

FERRATER MORA, J. F. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2001.

FEUERBACH, L. A essência do Cristianismo. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,

2002.

FRANCA, L. O Método Pedagógico Jesuítico. O “Ratio Studiorium”: Introdução

Tradução. Rio de Janeiro: Agir, 1952.

GEERTZ, C. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989.

GIL FILHO, S. F. Espaço de Representação e Territorialidade do Sagrado: Notas

para uma teoria do fato religioso. Ra’e Ga O Espaço Geográfico em Análise:Curitiba, v. 3

n. 3, p 91-120, 1999.

GIL FILHO, S. F. ; ALVES, Luis Alberto Sousa . O Sagrado como foco do

FenômenoReligioso. In: Sergio Rogério Azevedo Junqueira; Lílian Blanck de Oliveira.

(Org.). Ensino Religioso: Memórias e perspectivas. 1 ed. Curitiba: Editora

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HÖFFE, O. Immanuel Kant. Tradução Christian Viktor Hamm, Valério Rohden. São

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KANT, I. A religião nos limites da simples razão. Tradução Ciro Mioranza. São Paulo:

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_______ Crítica da razão pura. Tradução de Valério Rohden e Udo Baldur

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LARAIA, R. de B. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar

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MARX, K. Contribuição à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel - Introdução.

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RANCIÈRE, J. O dissenso. In: NOVAES, A. (orgs.) A crise da razão. São Paulo:

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SAVIANI, D. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez, 1991.

WEBER, M. A ética protestante e o “espírito” do capitalismo. Tradução José Marcos

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Consulta on line: DECLARAÇÃO universal dos direitos humanos.

(http://www.mj.gov.br/sedh/dpdh/gpdh/ddh_bib_inter_universal.htm).

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COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

G E O G R A F I A

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97

COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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NRE: APUCARANA

ENSINO FUNDAMENTAL

DISCIPLINA: GEOGRAFIA

PROFESSORES: FABIANA BOMBESSI

LUCIANA TERESA QUINHONE

MARCELO POCHWATKA

ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA: GEOGRAFIA

PROFESSORES: LUCIANA TERESA QUINHONE

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Cada vez mais se fala, do mundo em transformação, do crescente impacto da

sociedade sobre o meio ambiente, da influência de uma cultura sobre as outras culturas,

da interdependência cada vez maior dos povos e das nações. Sabe-se que hoje, mais do

que nunca, os eventos de uma parte do mundo têm impactos diretos e imediatos sobre

outras; mas pouca gente conhece esses impactos.

É importante ressaltar que assim como as relações da sociedade

com a natureza foram se modificando ao longo dos anos, os conhecimentos geográficos

também passaram por transformações adquirindo amplitudes e complexidades maiores.

A relação homem-natureza acontecia inicialmente como uma das

estratégias de sobrevivência, pois os povos caçadores e coletores, através de observação

da dinâmica natural, obtinham conhecimentos que os auxiliam na exploração dos

recursos naturais.

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Na Antiguidade ocorreram muitos avanços na elaboração dos

saberes geográficos, resultantes do processo de exploração de novos territórios, a partir

do desenvolvimento das navegações pelos mares Mediterrâneo e Vermelho e do

desenvolvimento do comércio. Nesse sentido foram elaborados estudos descritivos das

áreas conquistadas, tais como localização, características e acesso; bem como a

elaboração de mapas, discussões sobre a forma e o tamanho da Terra, distribuição das

águas e de terras, entre outros.

Na Idade Média os conhecimentos geográficos foram influenciados

pela visão de mundo imposta pelo poder dominante – a Igreja – e pelo interesse

comercial. Assim sendo, vários assuntos passaram a ser discutidos, tais como a forma da

Terra e distribuição das águas e das terras, pois era fundamental representar o espaço

com detalhes para registrar as rotas marítimas, a localização e a distância entre os

continentes e assim facilitar a atividade comercial.

É importante ressaltar que foi somente a partir do século XVII que

os temas observados e registrados pelos viajantes colonialistas passaram a ter um caráter

científico, embora os estudos ainda estavam dispersos em obras diversas, pois a

Geografia ainda não existia enquanto ciência.

Foi a partir do século XIX que a Geografia se constitui enquanto

ciência, através do surgimento das escolas de pensamento geográfico, principalmente a

alemã e a francesa. A escola alemã teve como precursores Humboldt, Ritter e Ratzel que

é considerado o fundador na Geografia sistematizada, institucionalizada e considerada

científica. Já a escola francesa teve como principal representante Vidal de La Blache.

De acordo com MORAES, 1987, tanto a escola alemã como a

francesa, embora utilizassem argumentos diferentes, desenvolveram ideias e teorias que

justificavam a colonização dos povos que desenvolveram gêneros de vida muito simples,

fortalecendo a ideia de missão civilizadora europeia. Além disso os métodos

desenvolvidos nesse período enfatizavam somente a observação e a descrição minuciosa

do espaço em estudo vinculando-a com o positivismo.

No contexto brasileiro a institucionalização da Geografia

consolidou-se apenas a partir da década de 1930, quando as pesquisas desenvolvidas

buscavam compreender e descrever o território brasileiro como o objetivo de servir aos

interesses políticos do Estado. No entanto anteriormente as ideias geográficas já haviam

sido inseridas no currículo escolar brasileiro e apareciam de forma indireta nas escolas de

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primeiras letras. Essa inserção tinha como objetivo enfatizar a descrição do território, sua

dimensão e suas belezas naturais.

Essa forma de abordagem da Geografia, que ficou conhecida como

Geografia Tradicional, seguiu as bases do positivismo e se caracteriza pela memorização

dos fatos e informações sem ocorrer necessariamente a compreensão do espaço.

Foram desenvolvidas novas abordagens teórico-conceituais, no

âmbito da produção do conhecimento geográfico, tendo destaque no Brasil a Geografia

Teorética ou Quantitativa e a Geografia da Percepção, correntes que se desenvolveram

nos meados do século XX, após a Segunda Guerra Mundial, e que em virtude das

mudanças que estavam ocorrendo, foram mais significativas para a pesquisa e o

planejamento espacial ( urbano e rural ) do que para o ensino de Geografia na escola

básica.

Entretanto dentro deste contexto de mudanças conceituais, a que

chegou ao ensino de mais significativa, contrapondo-se radicalmente ao método da

Geografia Tradicional e propondo uma análise mais crítica do espaço geográfico foi a

chamada Geografia Crítica.

No Brasil essa nova abordagem ocorreu mais tardiamente em

função das mudanças provocadas pelo golpe militar de 1964, que através de novas leis

atrelavam à Educação à formação de mão-de-obra para suprir a demanda que o surto

industrial geraria tanto no campo como na cidade; além disso instituíram área de Estudos

Sociais no 1º grau envolvendo os conteúdos de História e Geografia, contribuindo para o

empobrecimento dessas disciplinas.

É importante relatar que a partir dos anos 80 ocorreram

movimentos visando o desmembramento da disciplina de Estudos Sociais e o retorno na

Geografia e da História , sendo que após o encontro de História e Geografia ocorrido no

Paraná, resultou o Parecer 332/84 do Conselho Estadual de Educação, permitindo que as

escolas pudessem optar por ensinar Estudos Sociais ou as disciplinas de Geografia e

História separadamente, desde que respeitado o princípio de integração que

fundamentava o currículo da época. Entretanto o desmembramento em disciplinas

autônomas só ocorreu após a resolução nº 06 de 1986 do Conselho Federal de Educação.

( PENTEADO, 1994; MARTINS, 2002 ).

Nesse período também estava emergindo no Brasil o Movimento da

Geografia Crítica, marcado por fatos e precursores, como o Encontro Nacional dos

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Geógrafos Brasileiros em 1978 e a volta do professor Milton Santos ao Brasil que trouxe

como principal tema de discussão nesse encontro a Geografia Crítica.

A Geografia Crítica deu novas interpretações ao quadro conceitual

de referência e ao objeto de estudo, valorizou os aspectos históricos e a análise dos

processos econômicos, sociais e políticos constitutivos do espaço geográfico, utilizando

para isso o método dialético.

A partir desses princípios a Geografia têm a responsabilidade de

ensinar sobre os lugares, os espaços, as estruturas e conexões e todas as inter-relações do

mundo no qual vivemos, visando à ampliação das capacidades dos alunos de observar,

conhecer, explicar, comparar e representar as características do lugar em que vivem, de

diferentes paisagens e espaços geográficos sempre levando em conta o conhecimento

para a intervenção na realidade social.

O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como o espaço

produzido e apropriado pela sociedade ( LEFEBVRE, 1974), composto pela inter-relação

entre os objetos - naturais, culturais e sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos

– e sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS,

1996).

O objeto aqui – espaço geográfico – é entendido como interdependente do

sujeito que o constrói. Trata-se de uma abordagem que não nega o sujeito do

conhecimento nem supervaloriza o objeto, mas antes, estabelece uma relação entre eles,

entendendo-os como dois polos no processo do conhecimento. Assim, o sujeito torna-se

presente no discurso geográfico (SILVA, 1995).

Portanto, para a compreensão desse espaço a ciência geográfica deve levar em

consideração os conceitos de lugar, paisagem, território, redes, região, sociedade e

natureza possibilitando a análise desses espaços sob diversas abordagens: natural,

histórica, econômica, cultural e política em escala local, regional, nacional e mundial.

Ao longo do ensino fundamental os alunos devem construir um conjunto de

conhecimentos que lhes permitam formar conceitos, procedimentos e atitudes que os

possibilite a identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade; conhecer o

funcionamento da natureza em suas múltiplas relações; analisar e compreender a

paisagem, o território e o lugar, seus processos de construção, identificando suas relações

problemas e contradições, de forma que ele (o aluno) possa pensar, agir e compreender

as inter-relações entre estes diversos elementos que compõe o espaço geográfico.

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2. CONTEÚDOS

2.1. ENSINO FUNDAMENTAL

6º ANO

Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço

geográfico

Dimensão socioambiental do espaço

geográfico

Formação e transformação das paisagens

naturais e culturais.

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo

emprego de tecnologias de exploração e

produção.

A formação, localização, exploração e

utilização dos recursos naturais.

A distribuição espacial das atividades

produtivas e a (re) organização do espaço

geográfico.

As relações entre o campo e a cidade na

sociedade capitalista.

A evolução demográfica, a distribuição

espacial da população e os indicadores

estatísticos.

A mobilidade populacional e as manifestações

socioespaciais da diversidade cultural.

As diversas regionalizações do espaço

geográfico.

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7º ANO

Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço

geográfico

Dimensão socioambiental do espaço

geográfico

A formação e a mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração do território brasileiro

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo

emprego da tecnologia de exploração e

produção.

As diversas regionalizações do espaço

brasileiro

As manifestações socioespaciais da diversidade

cultural.

A transformação demográfica, a distribuição

espacial da população e os indicadores

estatísticos

Movimentos migratórios e sua motivações.

O espaço rural e a modernização da

agricultura.

A formação, o crescimento das cidades, a

dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.

A distribuição espacial das atividades

produtivas, a (re) organização do espaço

geográfico.

A circulação de mão-de-obra, das mercadorias

e das informações.

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8º ANO

Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço

geográfico

Dimensão socioambiental do espaço

geográfico

As diversas regionalizações do espaço

geográfico.

A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios do continente

americano.

A nova ordem mundial, os territórios

supranacionais e o papel do Estado.

O comércio em suas implicações

socioespaciais.

A circulação da mão-de-obra, do capital, das

mercadorias e das informações.

A distribuição espacial das atividades

produtivas, a (re) organização do espaço

geográfico.

As relações entre o campo e a cidade na

sociedade capitalista.

O espaço rural e a modernização da

agricultura.

A evolução demográfica, a distribuição

espacial da população e os indicadores

estatísticos.

Os movimentos migratórios e sua motivações.

As manifestações socioespaciais da

diversidade cultural.

Formação, localização e utilização dos

recursos naturais.

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9º ANO

Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço

geográfico

Dimensão socioambiental do espaço

geográfico

As diversas regionalizações do espaço

geográfico.

A nova ordem mundial, os territórios

supranacionais e o papel do Estado.

A revolução técnico-científico-informacional e

os novos arranjos no espaço da produção.

O comércio mundial e as implicações

socioespaciais.

A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios.

A evolução demográfica,a distribuição espacial

da população e os indicadores estatísticos.

As manifestações socioespaciais da

diversidade cultural.

Os movimentos migratórios mundiais e suas

motivações.

A distribuição das atividades produtivas, a

transformação da paisagem e a (re)

organização do espaço geográfico.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo

emprego de tecnologias de exploração e

produção.

O espaço em rede: produção, transporte e

comunicação na atual configuração territorial.

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2.2. ENSINO MÉDIO

Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço

geográfico

Dimensão socioambiental do espaço

geográfico

Formação e transformação das paisagens

naturais e culturais.

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo

emprego de tecnologias de exploração e

produção.

A formação, localização, exploração e

utilização dos recursos naturais.

A distribuição espacial das atividades

produtivas e a (re) organização do espaço

geográfico.

As relações entre o campo e a cidade na

sociedade capitalista.

A transformação demográfica, a distribuição

espacial da população e os indicadores

estatísticos.

As diversas regionalizações do espaço

geográfico.

A revolução técnico-científica-informacional

e os novos arranjos no espaço da produção.

O espaço rural e a modernização da

agricultura.

O espaço em rede: produção, transporte e

comunicação na atual configuração territorial.

A circulação de mão-de-obra, do capital, das

mercadorias e das informações.

Formação e mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios.

A formação, o crescimento das cidades, a

dinâmica dos espaços urbano e a urbanização

recente.

Os movimentos migratórios e suas

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motivações.

As manifestações socioespaciais da

diversidade cultural.

O comércio e as implicações socioespaciais.

As implicações socioespaciais do processo de

mundialização.

A nova ordem mundial, os territórios

supranacionais e o papel do Estado.

3. METODOLOGIA

A metodologia de ensino permitirá que os alunos se apropriem dos conceitos

fundamentais da Geografia e compreendam o processo de produção e transformação do

espaço geográfico. Para isso os conteúdos da Geografia serão trabalhados de forma

crítica e dinâmica, interligados com a realidade próxima e distante dos alunos, em

coerência com os fundamentos teóricos propostos. Assim sendo, será feita, sempre que

possível uma abordagem dos conteúdos no contexto paranaense relacionando-os com

âmbito global.

No ensino de Geografia é importante considerar o conhecimento espacial que os

alunos possuem para relacioná-lo com o conhecimento científico. Cabe a escola ensinar

o conhecimento científico e que os alunos ultrapassem o senso comum e ampliem suas

condições de análise e interpretação da realidade socioespacial.

Antes da apresentação dos conteúdos serão criadas situações problematizadoras

que leve o aluno a se defrontar com o problema para resolver envolvendo o conteúdo em

estudo e seus conhecimentos.

A problematização inicial tem por objetivo mobilizar o aluno para o

conhecimento. Por isso deve se constitui de questões que estimulem o raciocínio, a

reflexão e a crítica, delegando-lhe o papel de sujeito do seu processo de aprendizagem.

A contextualização do conteúdo será outro passo metodológico importante.

Contextualizar o conteúdo é mais do que relacioná-lo à realidade vivida do aluno, é,

principalmente, situá-lo historicamente e nas relações políticas, sociais, econômicas e

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culturais, em manifestações especiais concretas, nas diversas escalas geográficas.

Serão feitas também relações interdisciplinares para que os alunos aprendam os

conteúdos e possam posicionar-se de forma crítica frente à realidade social. O professor

ainda conduzirá o processo de aprendizagem de forma dialogada, possibilitando o

questionamento e a participação dos alunos para que a compreensão dos conteúdos e a

aprendizagem crítica aconteçam.

Os conteúdos estruturantes, como dimensões geográficas da realidade,

fundamentam as abordagens dadas aos conteúdos específicos. Então, cada conteúdo

específico deve ser abordado nas dimensões econômica, cultural- demográfica, política e

socioambiental, todas constituidoras do espaço geográfico. Em algumas situações a

depender do enfoque que o professor considerar necessário, um dos conteúdos

estruturantes poderá ser mais enfatizado na abordagem do conteúdo específico em estudo.

É importante destacar que relacionado aos conteúdos específicos que serão

trabalhados em sala de aula, será abordado temas como: História e Cultura Afro-

Brasileira ( Lei nº 10.639/03 ), História e Cultura dos Povos Indígenas ( Lei nº 11.645/08

), Educação Ambiental ( Lei nº 9795/99 ) , cidadania e direitos humanos, enfrentamento à

Violência, prevenção ao uso indevido de drogas e diversidade em todos os seus âmbitos.

Tais abordagens são extremamente importantes pois, além de fazerem parte do aspecto

cultural e social do nosso país, contribuem para a formação integra dos nossos educandos,

uma vez que nosso objetivo não é somente acadêmico ou conteudista, mas sim contribuir

com a formação de cidadãos conhecedores e atuantes da sociedade, e acima de tudo que

compreendam e respeitem as diversidades.

Outras estratégias serão utilizadas na medida do possível de acordo com as

necessidades surgidas no decorrer das aulas.

A aula de campo é um rico encaminhamento metodológico para que o aluno

analise a área em estudo, partindo de uma realidade local, bem delimitada para uma

investigação de sua constituição histórica e das relações que estabelece com outros

lugares próximos e distantes.

Serão utilizados filmes, trechos de filmes, programas de reportagens e imagens

em geral ( fotografias, slides, charges, ilustrações ) para a contextualização dos conteúdos

da Geografia dando dessa forma ao recurso audiovisual o papel de problematizador,

estimulador para pesquisas mais aprofundadas sobre os assuntos que, podem desvelar

preconceitos e leituras rasas, ideológicas ou estereotipadas sobre os lugares e os povos.

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O uso de imagens não animadas (fotografias, posteres, cartões -postais, outdoors)

auxiliarão o trabalho com a formação de conceitos geográficos, diferenciando paisagem

de espaço e, dependendo da abordagem dada ao conteúdo, desenvolverá os conceitos de

região, território e lugar.

A cartografia será utilizada como instrumento para que os alunos sejam capazes

de interpretações, problematizações e análises críticas dos mapas e seus conteúdos, indo

além das utilizações dos mesmos como mero instrumento de localização dos eventos e

acidentes geográficos.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação faz parte do do processo de ensino-aprendizagem, sendo assim deve

ser formativa, contínua, diagnóstica e processual. Ela deve tanto acompanhar

aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor.

Deve se constituir numa contínua ação reflexiva sobre o fazer pedagógico. Nessa

perspectiva, ela deixa de ser um momento terminal do processo educativo (como hoje é

concebida) para se transformar na busca incessante de compreensão das dificuldades do

educando e na dinamização de novas oportunidades de conhecimento.

Nessa concepção de avaliação, considera-se que os alunos têm diferentes ritmos

de aprendizagem, identificando dificuldades e isso possibilita a intervenção pedagógica a

todo o tempo. O professor pode, então, procurar caminhos para que todos os alunos

aprendam e participem das aulas.

Assim, a avaliação em Geografia é mais do que a definição de uma nota ou um

conceito. Desse modo, as atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo devem

possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e posicionamento crítico frente aos

diferentes contextos sociais.

O processo de avaliação deve considerar, na mudança de pensamento e atitude do

aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de ensino/ aprendizagem,

quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o questionamento e a participação dos

alunos.

A avaliação será, através de trabalhos, pesquisas, relatórios, debates, participação

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em aulas, leituras, resumos, produção de textos, seminários, provas e testes.

O sistema de avaliação do Estabelecimento de Ensino é trimestral e será composto

da seguinte somatória dos instrumentos específicos: 4,0 (quatro vírgula zero) referente a

atividades diversificadas e 6,0 (seis vírgula zero) referente a provas escritas e/ou orais.

É importante destacar que será proporcionado a recuperação de estudos a todos os

alunos de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. A

recuperação de notas será com uma avaliação no valor 10,0 (dez vírgula zero), sendo

optativa aos alunos que atingiram média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero)

possuindo valor substitutivo, prevalecendo sempre a maior nota.

Ressalta-se que a avaliação seguirá os seguintes critérios:

Reconhecer conceitos e categorias, tais como formação socioespacial,

território, região, paisagem e lugar, e operar com eles, identificando-os com a

área.

Saber utilizar procedimentos da pesquisa geográfica.

Saber fazer leituras de imagens, de dados e de documentos de

diferentes fontes de informação.

Saber utilizar a linguagem gráfica para obter informações e

representar a espacialidade dos fenômenos geográficos.

Saber desenvolver pesquisas sobre temáticas geográficas.

Construir, por meio da linguagem escrita e oral, um discurso

articulado sobre as diferenças entre o seu lugar e a pluralidade de lugares que

constituem o mundo.

Ler diferentes cartas em diferentes escalas, apropriando-se da

representação cartográfica em seu cotidiano.

Agir e reagir diante de questões sociais, culturais e ambientais de

modo propositivo e participativo.

Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a pluralidade cultural,

reconhecendo-os como direitos dos povos e indivíduos e elementos de

fortalecimentos da democracia.

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5. REFERÊNCIAS

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ASARI, Alice Y; ANTONELLO. I.T.; TSUKAMOTO. R.Y. (org). Múltiplas geografias:

ensino-pesquisa-reflexão. Londrina. Edições humanidades, 2004.

BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental. Brasília: Ministério

da Educação, 2002.

CHRSITOFOLETTI. A. (org.) Perspectivas da geografia. São Paulo: Difel, 1982.

COLÉGIO ESTADUAL PROFª NADIR MENDES MONTANHA. Projeto Político

Pedagógico, 2010.

COLÉGIO ESTADUAL PROFª NADIR MENDES MONTANHA. Regimento escolar,

2009.

CORREA, R.L. Região e organização espacial. São Paulo. Ática, 1986.

HARVEY, David. A Condição Pós-Moderna,. Edições Loyola, 2ª edição. S.P. 1993

HOFFMANN. J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola á

universidade. Porto Alegre: Educação e relaidade, 1993.

LUCCI, Elian Albi. Geografia- O homem no espaço global- Saraiva- 1999

MENDONÇA, F. Geografia sócio-ambiental. In: Revista Terra Livre, nº 16, AGB

Nacional, 2001, p. 113.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. DCE Geografia. Curitiba, Memvavmem

editora. 2008.

SANTOS, Milton. A aceleração contemporânea: tempo mundo e espaço mundo, O Novo

mapa do Mundo, Fim de Século e Globalização, Editora Hucitec- Anpur. São Paulo,

1994.

SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço. Técnica e tempo. Razão e Emoção,

São Paulo: Hucitec, 1996

SENE, Eustáquio. Espaço Geográfico e Globalização- Scipione. 1999. S.P:

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111

COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

H I S T Ó R I A

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COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

NRE: APUCARANA

ENSINO FUNDAMENTAL

DISCIPLINA: HISTÓRIA

PROFESSORES: CARLOS ALBERTO NOGUEIRA DINIZ

MÁRCIO ROBERTO NOGUEIRA DINIZ

VALÉRIA APARECIDA HORTIZ GIMENEZ

1- Apresentação da disciplina

A História como disciplina escolar trabalhar, através de aula expositiva, os tópicos

principais do texto que possibilitará ao aluno maior interação e dinamismo no processo de

aprendizagem, ligando o conhecimento e o conteúdo com sua realidade, percebendo assim as relações

políticas, sociais e de poder abordadas no conflito ocorrido nesse período histórico.

Captar as diferentes formas como os homens concebem o espaço e transformam-no em

diversos momentos históricos, como se relacionam entre si e com a natureza são objetivos do ensino

da história, que permite ao aluno ter uma maior compreensão da sua realidade, pelo confronto com as

demais, percebendo as rupturas e permanências e reconhecendo-se como sujeito histórico, ativo no

processo de aprendizagem.

2- Conteúdos Estruturantes e Básicos da disciplina

2.1 Conteúdos Estruturantes

Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande amplitude que

identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais

para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino.

Como constructos atrelados a uma concepção crítica de educação, os Conteúdos

Estruturantes da História constituem-se como a própria materialidade do pensamento histórico. Deles

derivam os conteúdos básicos/temas históricos. Nestas Diretrizes, entende-se por conteúdos básicos os

conhecimentos fundamentais a serem trabalhados em cada ano da Educação Básica. Deles, o professor

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selecionará conteúdos específicos que serão elencados em seu Plano de Trabalho Docente. Os

conteúdos básicos são considerados aqui como sinônimos dos temas históricos, os quais

problematizam as carências de orientação no tempo. Secretaria de Estado da Educação do Paraná e

específicos que compõem o trabalho pedagógico e a relação de ensino/ aprendizagem no cotidiano da

escola, e devem ser trabalhados de forma articulada entre si.

Nestas Diretrizes, consideram-se Conteúdos Estruturantes da disciplina de História:

• Relações de trabalho;

• Relações de poder;

• Relações culturais.

Estes Conteúdos Estruturantes apontam para o estudo das ações e relações humanas que

constituem o processo histórico, o qual é dinâmico. Nestas Diretrizes, as relações culturais, de trabalho

e de poder são consideradas recortes deste processo histórico.

Por meio destes Conteúdos Estruturantes, o professor deve discorrer acerca de

problemas contemporâneos que representam carências sociais concretas. Dentre elas, destacam-se, no

Brasil, as temáticas da História local, História e Cultura Afro- Brasileira, da História do Paraná e da

História da cultura indígena, constituintes da história desse país, mas, até bem pouco tempo, negadas

como conteúdos de ensino.

No Ensino Fundamental, os Conteúdos Estruturantes – Relações de Trabalho, Relações

de Poder e Relações Culturais –, tomados em conjunto, articulam os conteúdos básicos e específicos a

partir das histórias locais e do Brasil e suas relações ou analogias com a História Geral, e permitem

acesso ao conhecimento de múltiplas ações humanas no tempo e no espaço. Por meio do processo

pedagógico, busca-se construir uma consciência histórica que possibilite compreender a realidade

contemporânea e as implicações do passado em sua constituição.

2.2 Conteúdos Básicos para o 6º ano

Conteúdos Básicos para o 6º ano

A experiência humana no tempo.

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.

As culturas locais e a cultura comum

Conteúdos Básicos para o 7º ano

As relações de propriedade.

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.

A relações entre o campo e a cidade.

Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.

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Conteúdos Básicos para o 8º ano

História das relações da humanidade com o trabalho.

O trabalho e a vida em sociedade.

O trabalho e as contradições da modernidade.

O trabalhadores e as conquistas de direito

Conteúdos Básicos para o 9º ano

A constituição das instituições sociais.

A formação do Estado.

Sujeitos, Guerras e revoluções

Conteúdos Específicos para o 6º ano

História, Cultura e Tempo

História e fontes históricas

Cultura e Tempo

Pré-História Também é História

Sobre a origem do ser humano

Os primeiros povoadores da Terra

A Pré-História brasileira

Civilizações da África e do Oriente

Mesopotâmia

Egito

A Núbia e o Reino de Kush

Hebreus, fenícios e persas

China

Civilizações do Ocidente: Grécia Antigo

O mundo grego e a democracia

Mitologia Grega

Religião Grega

A cultura grega

Helenismo

Civilizações do Ocidente Roma Antiga

Roma antiga

O Império Romano

O Cristianismo

Povos Germânicos

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A crise de Roma e o Império Bizantino

Conteúdos Específicos para o 7º ano

Os germânicos entram no mundo romano

Os germânicos e a Idade Média

Os francos e o Império Cristão

O feudalismo na Europa

A economia feudal

O ensino e a cultura na Europa feudal

A Arábia e os árabes

O nascimento e a expansão do Islã

Mudanças no campo e nas cidades

As cruzadas

A formação dos Estados europeus modernos

O saber e as artes

Os sinais da crise: a peste e a grande fome

As revoltas no campo e nas cidades

A cultura humanista do Renascimento

A arte do Renascimento

A Reforma Protestante

A Contra-reforma

A expansão marítima portuguesa

A expansão marítima espanhola

América: terra de grandes civilizações

A civilização asteca

A civilização inca

A conquista espanhola

A colonização espanhola na América

As atividades econômicas na colônia

O nascimento das monarquias nacionais

A colonização inglesa na América

Franceses e holandeses na América do Norte

As conquistas portuguesas

A colonização portuguesa na América

A administração da América portuguesa

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116

A economia açucareira

A ocupação do Nordeste pelos holandeses

A vida nos engenhos

Escravidão e resistência

Conteúdos Específicos para o 8º ano

A crise portuguesa no século XVII

A conquista do sertão

As missões jesuítas

Crise e rebeliões na colônia

A descoberta do ouro

A exploração de ouro e diamante

O crescimento do mercado interno e da vida urbana

A vida cotidiana nas cidades mineiras

As Revoluções Inglesas do século XVII

O desenvolvimento econômico da Inglaterra

A Revolução Industrial

As cidades industriais e a vida operária

As lutas operárias e os sindicatos

A era da Ilustração

A independência dos Estados Unidos

A França antes da Revolução

O inicio da revolução

Do Terror á reação termidoriana

Napoleão Bonaparte no poder

O império Napoleônico

Os americanos lutam por liberdade

México livre

O Brasil sob as regras do pacto colonial

A crise do antigo sistema colonial

A independência do Brasil

O Primeiro Reinado

O fim do Primeiro Reinado

A Europa das revoluções

A unificação da Itália e da Alemanha

Estados Unidos: a conquista oeste

A Guerra civil americana

Socialismo, Marxismo e Anarquismo

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117

O período regencial

A crise do governo regencial

O governo de D. Pedro II

A expansão cafeeira no Brasil

A abolição do tráfico negreiro

Os imigrantes no Brasil

Conteúdos Específicos para o 9º ano

Segunda Revolução industrial

As novas tecnologias

A era dos Impérios

O surgimento da sociedade de massas

Arte Moderna: entre a cultura popular e a cultura erudita

A questão escravista no Brasil imperial

A proclamação da república no Brasil

A guerra de Canudos

A industrialização e o crescimento das cidades

O movimento operário na Primeira República

Reformas e revoltas na capital

Antes de guerra

A guerra e seus resultados

A Rússia dos czares

A revolução socialista na Rússia

A arte e a cultura na Europa dos anos 1920

A grande Depressão, crise de 1929

Regimes totalitários

A ascensão do nazismo e do fascismo

Segunda Guerra Mundial

A era Vargas

A guerra fria

Revolução Chinesa

O Estado de bem-estar social ( Welfare State)

A descolonização da África

Guerra do Vietnã

A questão judaico-palestina

Revolução e ditadura na América latina

O Brasil depois de 1945

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118

Os “anos dourados”

Golpe de 1964

Anos de Chumbo, ditadura militar no Brasil

Repressão e abertura

A redemocratização e o governo Sarney

O fim da União Soviética

O fim do socialismo no Leste Europeu

Globalização e seus efeitos

Reflexões sobre o Brasil contemporâneo

As potências emergentes

O mundo virtual e o novo capitalismo

Novos movimentos sociais e ambientais

3- Metodologia da disciplina

Entendendo por sujeitos históricos indivíduos, grupos, classes sociais, participantes de

acontecimentos de repercussão coletiva ou situações cotidianas na busca pela transformação ou

continuidade de suas realidades, valoriza-se o indivíduo ou os grupos anônimos, enquanto

protagonistas da construção de seu espaço.

Por isso, a disciplina de História não pode e não irá reduzir-se unicamente a

informações sobre datas ou fatos, mas:

Passar aos alunos a concepção de mundo, a visão de realidade que imperava nas

diversos espaços geográficos;

Fazer os alunos entenderem que as relações sociais de produção, as relações de trabalho

e as relações com o mundo, são responsáveis por impulsionar uma determinada época na busca de

alternativas;

Fazer com que percebam que foram as condições da época que permitiram determinadas

ações;

Captar as conseqüências dos fatos históricos em termos do desdobramento do

conhecimento científico e técnico que o mundo conheceu a partir destas ações construiu o contexto

histórico atual.

Tendo em vista tal proposta, o intercâmbio com conceitos trabalhados por outras

disciplinas torna-se imprescindível para que o aluno, em confronto com novos procedimentos de

reflexão e análise, desenvolva a capacidade de interpretar características da sua realidade e relacione-

as com o conhecimento geográfico.

Desta forma, o aluno passa a ter uma dimensão mais ampla e significativa dos

conteúdos específicos da área, enriquecendo o seu conhecimento e passando a ter subsídios para

construir o seu próprio saber.

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A reflexão sobre a relação entre os acontecimentos e os grupos, tanto os do presente

quanto os do passado, a prática da pesquisa e a convivência com diferentes métodos de abordagem

favorecem a formação de um aluno crítico, reflexivo e consciente do seu papel enquanto cidadão.

A metodologia empregada procura dar condições para que a formação de nossos alunos

saibam exercer cidadania e sejam assegurados seus direitos humanos no que se refere à proteção

individual, educação, saúde e bem estar. Assim, em todas as oportunidades serão debatidos assuntos

ligados ao Desenvolvimento Socioeducacional da comunidade escolar, oferecendo subsídios teórico-

metodológicos e propondo ações interdisciplinares para conscientizar e garantir os direitos de nossos

alunos.

Cidadania e Direitos Humanos – procura fazer que nossos alunos sejam inseridos

em programas que os fazem com permanecer na escola evitando a evasão escolar, repetência e,

assim, elevar a autoestima dos alunos. Para tanto, a Educação Fiscal ; Programa Bolsa Família,

Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI, Programa Saúde na Escola contribuem para

resgatar a dignidade humana de nossos alunos.

a) Programa Bolsa Família – Programa de transferência direta de renda que beneficia

famílias em situação de vulnerabilidade social mediante certos condicionantes legais, realizando o

acompanhamento da frequência dos alunos beneficiados.

b) Educação Fiscal, estimula o cidadão a refletir sobre a função socioeconômica dos

tributos, dando condições para que haja uma relação harmoniosa entre Estado e Cidadão.

c) Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI cuja as ações visam a

retirada de crianças e adolescentes de até 16 anos de idade das práticas de trabalho infantil por meio de

atividades culturais, esportivas e de lazer em período complementar.

d) Programa Saúde na Escola, no que se refere à saúde, tem a função de promover

a intersetorialidade entre os Ministérios da Educação e Saúde sendo a sua finalidade contribuir para a

formação integral dos estudantes da rede pública da Educação Básica por meio de ações de prevenção

e atenção à saúde.

Atendendo à Lei nº 10.639/03, que trata das Relações Étnico-Raciais e História e

Cultura Afro-Brasileira e Africana na escola, serão desenvolvidas atividades que propiciem o

contato com a cultura africana dentro da disciplina de História, documentários, filmes com temáticas

sobre o racismo e preconceito, costumes e hábitos africanos e afrodescendentes, procurando destacar a

contribuição da cultura dos povos negros para a História.

Em nossa proposta, a Educação Ambiental, Lei Federal nº9795/99- Dec. nº4201/02,

procura estimular a reflexão e tomada de consciência quanto aos aspectos que envolvem as questões

ambientais emergentes, locais e mundiais, para que sejam desenvolvidos uma compreensão crítica por

parte dos educandos, numa perspectiva social, histórica, cultural e econômica. Desta forma, a

participação nas atividades propostas da Agenda 21 é de fundamental importância para que os alunos

tenham essa compreensão.

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O professor engajado nessa proposta metodológica pode promover uma reflexão,

juntamente com o aluno, de forma a desvendar os valores subjacentes aos textos, abordando

criticamente uma leitura do mundo e, ao mesmo tempo, contemplando a diversidade regional e cultural

do seu país, do seu Estado e da sua comunidade.

Será atendida igualmente a Lei 11645/08, com textos e discussões sobre os problemas

que afligem os indígenas no Estado do Paraná e no Brasil, de modo geral.

Em todas as oportunidades serão debatidos assuntos ligados à Política Nacional de

Educação Ambiental.

No que se refere a Sexualidade – NGDS, serão organizados momentos de estudos e

reflexões sobre as questões de gênero e sexualidade, violência, aborto, doenças sexualmente

transmissíveis, discriminação e preconceito aos LGTB ( gays, lésbicas, bissexuais, travestis e

transexuais)

Quanto ao Enfrentamento à Violência, ao trabalhar esse desafio, busca-se a ampliação

da compreensão dos problemas gerados pela violência, formando uma consciência crítica que

transforme a escola em espaço onde o conhecimento tome o lugar da violência e suas manifestações.

Em nossa escola a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, é realizado ações

preventivas e investigativas, considerando as informações trazidas pelos alunos a fim de confrontá-las

com o saber sistematizado, permitindo, assim, maior reflexão e críticas sobres as questões que

envolvem as drogas. Para que a prevenção aconteça, os alunos são estimulados a discutir os aspectos

sociais, econômicos, políticos, históricos, éticos e culturais envolvidos na problemática das drogas são

propiciados encontros com os pais, professores, alunos, psicólogos, médicos, Patrulha Escolar, que

ministram palestras com intuito de prevenir e promover a autoestima dos alunos e das famílias.

4- Avaliação

Avaliar se as escolhas e propostas didáticas alcançaram o resultado objetivo desejado de

promover uma compreensão do contexto e construção do espaço geográfico em que se deflagra o

processo histórico, suas causas, desdobramentos e consequências para o mundo atual.

As atividades que deverão ser realizadas pelos alunos e que constituem a estrutura do

curso são: leitura e análise de textos; resumos, pesquisas e redações; discussões em painéis;

transposições de linguagem; testes de revisão e avaliações.

Mantendo a perspectiva curricular de integração sistemática com disciplinas afins, o

curso de História tem como objetivo levar o aluno a desenvolver as seguintes habilidades:

Analisar a época em que vive, situando-se diante dos problemas atuais, com base numa

visão de transformação econômica, política, social e cultural da humanidade;

Identificar o sentido dos diversos aspectos de nossa herança cultural;

Aplicar os conhecimentos adquiridos à realidade brasileira, a fim de melhor interpretá-

la, e nela atuando.

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Expor ideias de forma clara e compreensível nas atividades e avaliações propostas.

Utilizaremos como instrumentos de avaliação: provas escritas, e orais, produção de textos, trabalhos,

trabalho em grupo, pesquisas, pesquisas de campo, seminários, debates e simulados. Estes deverão ser

oportunizados no mínimo de 03 (três) instrumentos durante o trimestre. O sistema de avaliação seguirá

os critérios estabelecidos no Regimento Escolar, tendo como resultado as somatórias 4,0 (quatro

vírgula zero) referente a atividades diversas e 6,0 (seis vírgula zero) referentes as provas escritas e/ou

orais. A escola proporcionará a recuperação de estudos a todos os alunos de forma contínua e

simultânea ao processo ensino aprendizagem com os seguintes critérios: terá peso 10,0 (dez vírgula

zero), possuindo valor substantivo, valendo sempre a nota maior, conforme Art. 112 do Regimento

Escolar.

5- Referências

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da explicação histórica. Braga: Universidade do Minho, 2000.

BARROS, J. D’. O campo da história: especialidades e abordagens. 2. ed. Petrópolis: Vozes,

2004.

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FOUCAULT, M. A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.

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______. A era do capital: 1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Col. Est. Profª Nadir Mendes Montanha – E.F.M.

REGIMENTO ESCOLAR - Col. Est. Profª Nadir Mendes Montanha – E.F.M.

SEED. Orientações Pedagógicas para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental de Nove Anos.

SEED. Curitiba. Paraná.

SEED. História do Paraná. (Lei nº 13.381/01).

SEED. Cultura Afro (Lei nº 11645/08).

SEED. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

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Paraná. Curitiba: SEED, 1990.

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______. Razão histórica: teoria da história: os fundamentos da ciência histórica.

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123

COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

L. E. M.

I N G L Ê S

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124

COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

____________________________________________________________________________

NRE: APUCARANA

ENSINO FUNDAMENTAL

DISCIPLINA: L.E.M. INGLÊS

PROFESSORES: ANGELA SANGUINO RAMÃO

CLAUDIA BROIETTI DOS SANTOS

IEDA SANTOS BORGES

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

MODERNA.

O ensino das línguas estrangeiras modernas começa a ser valorizado depois da

chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.

Em 1837, o Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário no Brasil,

apresentava em seu currículo sete anos de francês, cinco de inglês e três de alemão. Em

1916, com a publicação de Cours de Lingüistic Générale por Ferdinand Saussure,

inauguram-se os estudos da linguagem em caráter científico, sendo a língua objeto de

estudo para a Lingüística.

Em 1942, a Reforma Capanema atribui ao ensino secundário um caráter

patriótico e as línguas privilegiadas são o francês, o inglês e o espanhol, que é introduzido

no lugar do alemão.

Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do

Brasil, em relação aos Estados Unidos, intensificou-se e, com isso, a necessidade de

aprender inglês tornou-se cada vez maior.

Como tentativa de rompimento com a hegemonia de um único idioma ensinado

nas escolas, criou-se, em 1982, o Centro de Línguas Estrangeiras, no Colégio Estadual do

Paraná que, posteriormente, expandiu-se em todo o Estado.

Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional, nº 9394,

determinou no Ensino Fundamental a oferta obrigatória de pelo menos de uma Língua

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Estrangeira Moderna, escolhida pela comunidade escolar. Em relação ao Ensino Médio, a

Lei determina que seja incluída uma Língua estrangeira moderna como disciplina

obrigatória, e uma segunda, em caráter optativo, dependendo das disponibilidades da

instituição.

Uma das argumentações utilizadas para justificar a pluralidade da oferta de

Línguas Estrangeiras é que sua aprendizagem propicia um espaço de reflexão sobre a

língua como “discurso e prática social”, de forma a refletir os sentidos oferecidos pelas

múltiplas culturas inseridas em cada sociedade. E levar em conta o objeto de estudo da

Língua estrangeira que, segundo as DCEs se apresenta:

O Objeto de estudo da Língua estrangeira contempla as relações com a cultura,

o sujeito e a identidade. Torna-se fundamental que os professores

compreendam o que se pretende com o ensino da Língua Estrangeira na

Educação Básica, ou seja: ensinar e aprender línguas é também ensinar e

aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar

subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes

propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido

(DCE: 2008, p.55).

Por outro lado, se considerarmos que a expansão de uma Língua Estrangeira é

também a expansão de um conjunto de discursos ideológicos, é fundamental observar se

o ensino dessa segunda língua corrobora para a perpetuação de idéias, de dominação ou

emancipação. O ensino de língua estrangeira deve garantir que os alunos não se tornem

consumidores passíveis de cultura e de conhecimento, e sim, criadores ativos. Assim

sendo, a aprendizagem de uma língua estrangeira adquire um caráter político como forma

de ação para transformar o mundo.

Nessa perspectiva, a responsabilidade do ensino da língua estrangeira amplia-

se e exige uma reflexão ampla do educador sobre o modo como se ensina e para que se

está ensinando. Somente assim haverá uma apropriação crítica e histórica do

conhecimento para uma maior compreensão da realidade sócio-cultural do aluno,

tornando-o um agente transformador e democrático do seu ambiente de convívio.

2. JUSTIFICATIVA

A disciplina de Língua Inglesa se justifica ao possibilitar que o aluno realize

leitura compreensiva dos textos, identificando as ideias principais, as informações

explícitas e implícitas, identificando as características de cada gênero. Sendo capaz, a

partir desses estudos, de produzir textos escritos e orais articulando as informações acerca

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dos conhecimentos linguísticos presentes em cada texto, a fim de interagir com o mundo

que o cerca, sendo capaz de entendê-lo e modificá-lo quando necessário.

As diretrizes curriculares da disciplina de tradição curricular apresentam o

fundamento teórico-metodológico, a partir dos quais definem os rumos da disciplina, seja

no que se refere ao tratamento a ser dado aos conteúdos por meio dos procedimentos

metodológicos e avaliativos.

O ensino da Língua Estrangeira está embasado nos conteúdos estruturantes

que são fundamentais para a compreensão do objeto do estudo da Língua, que estão

divididos em Leitura, Oralidade, Escrita e Análise Linguística. Levando-se em conta a

unidade teórico-metodológica fundamentada nas Diretrizes Curriculares de Língua

Estrangeira.

Dessa forma, os conteúdos básicos, a abordagem teórico-metodológica e a

avaliação precisam ser contínuas e integradas. Assim como a diversidade de gêneros

discursivos precisa estar presente ao longo de todas as séries do Ensino Fundamental, não

se limitando apenas aos gêneros indicados aqui. Ressalta-se que a diferença significativa

entre as séries está no grau de complexidade dos textos e de sua abordagem, tendo em

vista a realidade do aluno e o seu processo de aprendizagem.

3. OBJETIVOS GERAIS.

O Ensino Fundamental de Língua Inglesa deve ser voltado para a formação

básica de cidadão, além de fornecer subsídios para se progredir no trabalho e estudos

posteriores, possibilitando a apropriação de conhecimento da “Língua Estrangeira” com

uma compreensão crítica da sociedade, tornando-os mais conscientes, críticos.

Ensinar e aprender línguas são, também, ensinar e aprender percepções de

mundo e maneiras de construir sentidos; é formar subjetividades, independentemente do

grau de proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas de

ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de

construir sentidos do e no mundo.

A língua estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar a inclusão

social, o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade; o

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reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das identidades

transformadoras.

O contato com os diversos gêneros textuais, manifestados em forma de

diferentes linguagens inseridas no mundo globalizado, busca ampliar a compreensão de

várias culturas; ativar procedimentos interpretativos, tornando possível a construção de

significados, aumentando as possibilidades de entendimento de mundo do aluno como

um instrumento de comunicação universal para contribuir na transformação e

crescimento do cidadão.

Assim, ao final do Ensino Fundamental e, espera-se que o aluno seja capaz de:

- Usar a língua estrangeira em situações de comunicação oral e escrita;

- Vivenciar formas de participação que possibilitem estabelecer relações entre

ações individuais e coletivas;

- Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e

passíveis de transformação na prática social;

- Conscientizar sobre o papel das línguas na sociedade, possibilitando o acesso

à informação, ao conhecimento e o entendimento do mundo;

- Ativar procedimentos interpretativos proporcionando a construção de

significados e possibilidades para que o aluno entenda o mundo e contribua para a

transformação da sociedade.

- Reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento do país.

4. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS.

A língua, entendida como interação verbal e produtora de sentidos, marcada

por relações pragmáticas e contextuais de poder, terá como conteúdo estruturante: o

“discurso” como “prática social”, realizada por meio das práticas discursivas: prática de

leitura, prática de escrita, prática de oralidade que envolve a compreensão auditiva, a

leitura de mundo, a escrita nas múltiplas formas e a interação verbal como processo

comunicativo.

O trabalho com diferentes gêneros textuais deve levar o aluno a perceber a

gama de discursos existentes nos mais variados contextos, bem como, as vozes que

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permeiam as relações sociais e as relações de poder. É preciso que os níveis de

organização lingüística sirvam para a compreensão da linguagem, na produção escrita,

oral, verbal e não verbal.

Considerando a diversidade de textos em circulação na sociedade e a

especificidade do tratamento da língua estrangeira na prática pedagógica, os critérios

norteadores para o ensino de Língua Estrangeira estão pautados no “discurso”, pois estes

serão consequentes e inerentes aos textos trabalhados. Seguem os conteúdos básicos de

acordo com cada ano.

6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Conteúdo Estruturante: Discurso Como Pratica Social.

Conteúdo Básico: GÊNEROS DISCURSIVOS.

Quadro de informações on-line

Apresentações

História em quadrinhos

Charada

Cartaz de sala de aula

Sequência de fatos

Cartaz

Informações em murais

Horário Escolar

Organizações de arquivos em Tela de computador

Painel de exposição

Álbum de retrato

Entrevista

Conversa Informal

Caça palavras

Informações nutricionais em alimentos

Pôster

Informações sobre pessoas em revistas

Reportagem de revistas de celebridades

Panfleto de promoção turística

Texto informativo

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129

Texto promocional

E-mail

Imagem

Cartão Postal

Letra de música

LEITURA

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

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• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica;

ORALIDADE

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Pronúncia.

ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA

LEITURA

É importante que o professor:

• Propicie práticas de leitura de textos e diferentes gêneros;

• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;

• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

• Encaminhe discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;

• Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época;

• Relacione o tema com o contexto atual;

• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

ESCRITA

É importante que o professor:

• Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, do gênero, da

finalidade;

• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

• Acompanhe a produção do texto;

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131

• Encaminhe e acompanhe e a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos

elementos que compõem o gênero;

• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se

atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

• Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

ORALIDADE

É importante que o professor:

• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos;

• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu

uso formal e informal;

• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de

desenhos, etc..

7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Conteúdo Estruturante: Discurso Como Pratica Social.

Conteúdo Básico: GÊNEROS DISCURSIVOS.

Páginas principais de Website

História em quadrinhos

Descrição pessoal

Blog – Estratégias de leituras

Conversa informal

Pôster

Newsletter eletrônico

Diálogo.

Diário sobre consumo de legumes

Classificação de vídeos game

Entrevista

Cartaz com preferências pessoais

Questionário de revistas

Cartaz informativo sobre celebração

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132

Carta formal

Games

Desenho de moda

Carta Informal (descritiva)

Rotina diária

Descrição de rotina

Recomendações de segurança

Conversa informal

Lista de estratégias de escritas

Comentários de fotos

Tabela

Pôster informativo

Questionários

LEITURA

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

• Variedade lingüística;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

Page 133: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - … · advinha, a escola que ... PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PROGRAMA DE ATIVIDADE ... A partir do ano de 2012 o Ensino Fundamental Regular que

133

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

• Variedade lingüística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica;

ORALIDADE

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Pronúncia.

ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA

LEITURA

É importante que o professor:

• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também o léxico;

• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;

• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

• Encaminhe discussões sobre tema e intenções;

• Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época;

• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos, fotos,

imagens, mapas e outros;

• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.

Page 134: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - … · advinha, a escola que ... PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PROGRAMA DE ATIVIDADE ... A partir do ano de 2012 o Ensino Fundamental Regular que

134

ESCRITA

É importante que o professor:

• Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero,

da finalidade;

• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e os gêneros propostos;

• Acompanhe a produção do texto;

• Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos

elementos que compõe o gênero;

• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se

atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

• Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

ORALIDADE

É importante que o professor:

• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos;

• Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;

• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Prepare apresentações que explorem as Marcas linguísticas típicas da oralidade em seu

uso formal e informal;

• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de

desenhos, etc

8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Conteúdo Estruturante: Discurso Como Pratica Social.

Conteúdo Básico: GÊNEROS DISCURSIVOS.

Notícia de jornal

Reportagens

Textos informativos

Blog

Pôster

MSN

História descrevendo ações

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135

Planos

Legendas de fatos

Diálogo

Diálogo com imagens

Discrição de hábitos relativos à TV

Material de referência online

História em quadrinhos

Mensagem em código

Receitas

Menu

Narrativa com imagens

Entrevista

Texto de referência

Censo

Narrativa histórica

Pôster informativo com resultado de pesquisa

Jogo de computador

Jogo projeto virtual

Diário

Narrativa de acontecimentos passados

Linha do tempo

Resenha

Propaganda

Cartas descrevendo problemas

Entrevista de radio

LEITURA

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

Page 136: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - … · advinha, a escola que ... PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PROGRAMA DE ATIVIDADE ... A partir do ano de 2012 o Ensino Fundamental Regular que

136

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

• Vozes sociais presentes no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica.

ORALIDADE

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

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137

• Vozes sociais presentes no texto;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

• Adequação da fala ao contexto;

• Pronúncia.

ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA

LEITURA

É importante que o professor:

• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;

• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

• Encaminhe discussões e reflexões sobre tema, intenções, intertextualidade,

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade;

• Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época;

• Utilize textos não-verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos,

fotos, imagens, mapas e outros;

• Relacione o tema com o contexto atual;

• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

• Instigue a identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou

expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam

ironia e humor.

ESCRITA

É importante que o professor:

• Planeje a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero,

da finalidade;

• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;

• Acompanhe a produção do texto;

• Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos

elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de aventura,

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138

observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a

uma aventura, etc.);

• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se

atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

• Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem

como de expressões que denotam ironia e humor;

• Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

ORALIDADE

É importante que o professor:

• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a:

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu

uso formal e informal;

• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos

extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;

• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de

desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

• Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas

exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos;

• Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,

entrevistas, reportagem, entre outros.

9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Conteúdo Estruturante: Discurso Como Pratica Social.

Conteúdo Básico: GÊNEROS DISCURSIVOS.

Entrevista online

Apresentação – Palestra

Blog

Ficha

Linha do tempo

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139

Filmes e fotos

Diário

Texto em Camiseta

Fact File

Texto informativo

Discussão online

Artigos de Jornal

Entrevista

Poema

Cartum

Textos informativos para referência

Sites

Quiz

Texto contendo diferentes pontos de vista.

História em quadrinhos

Diálogo

Placa informativa

Faixa – Banner

Carta (e respostas) sobre problemas pessoais

Cartão

Roteiro de Teatro

Peça de Teatro

Resenha

LEITURA

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

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140

• Discurso direto e indireto;

• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística.

• Acentuação gráfica;

• Ortografia.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

• Vozes sociais presentes no texto;

• Discurso direto e indireto;

• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica.

ORALIDADE

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141

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

• Adequação da fala ao contexto;

• Pronúncia.

5. ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA

5.1. LEITURA

É importante que o professor:

• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;

• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

• Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade,

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e

ideologia;

• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

• Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;

• Relacione o tema com o contexto atual;

• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

• Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou

expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam

ironia e humor;

• Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes

gêneros;

• Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência

entre as partes e elementos do texto.

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142

5.2. ESCRITA

É importante que o professor:

• Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, intenções,

intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e

ideologia;

• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e os gêneros propostos;

• Acompanhe a produção do texto;

• Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos

elementos que compõem o gênero;

• Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem

como de expressões que denotam ironia e humor.

• Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

5.3. ORALIDADE

É importante que o professor:

• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu

uso formal e informal;

• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos

extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;

• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de

desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

6. METODOLOGIA DA DISCIPLINA .

O que sustenta este documento é uma abordagem que valoriza a escola como

um espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento

enquanto instrumento de compreensão da realidade social e da atuação crítica e

democrática para a transformação da realidade. A escolarização tem o compromisso de

prover aos alunos meios necessários para que não apenas assimilem o saber enquanto

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143

resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua

transformação. Conforme DCEs:

Partindo desses princípios, a pedagogia crítica é o referencial teórico que

sustenta este documento de Diretrizes Curriculares, por ser esta a tônica de

uma abordagem que valoriza a escola como espaço social democrático,

responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento como

instrumento de compreensão das relações sociais e para a transformação da

realidade. Ancorada nos pressupostos da pedagogia crítica, entende-se que a

escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários para

que não apenas assimilem o saber como resultado, mas apreendam o processo

de sua produção, bem como as tendências de sua transformação. A escola tem

o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas para que

sejam seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas.

Inspirando-se nas palavras de Simon (apud JORDÃO, 2004a, p. 164), (DCE:

2008, p.52).

O estudo da Língua Estrangeira será realizado através da Abordagem

Comunicativa “que favorece o uso da língua pelos alunos, mesmo de forma limitada, e

evidencia uma perspectiva utilitarista de ensino, na qual a língua e concebida como um

sistema para a expressão do significado, num contexto interativo.” (DCE 2008).

A proposta metodológica a ser trabalhada, possibilita a análise e reflexão

sobre os fenômenos Linguísticos e culturais como realizações discursivas, as quais se

revelam na/pela história dos sujeitos que fazem parte deste processo.

As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira

com o texto. Isto não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento às demais

no trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, há uma simultânea

utilização de todas as práticas discursivas: leitura, escrita, oralidade e compreensão

auditiva. É nesta abordagem que leitura, escrita e oralidade se interagem. Texto e leitura

são indissociáveis. Referem-se às estratégias de compreensão, discussão, organização e

produção de textos, bem como ao contexto social, aos papéis que leitores e escritores

exercem em seus grupos sociais e seus propósitos.

A proposta do Ensino de L.E.M. considera a leitura como interação entre os

múltiplos gêneros e ocorrem na relação entre o leitor, texto, autor e outros leitores. A

leitura ancorada numa perspectiva crítica promove a construção e a percepção de mundo

do sujeito leitor, tornando-o capaz de criar significados e sentidos que contribuam para

uma maior compreensão diante do texto. Esse processo de construção de sentido, apoiado

na bagagem cultural e com acesso permanente a língua inglesa, são fundamentais para a

prática social do cidadão e interpretação dos discursos de sua comunidade.

Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de

conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o

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144

uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. Serão selecionados a partir

das necessidades de cada gênero textual.

Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao

contrastar a sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico-crítico e

socialmente constituído e, assim, elabore a consciência da própria identidade. Em relação

à escrita, não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma atividade

sóciointeracional, ou seja, significativa.

Os Gêneros do discurso organizam nossa fala da mesma maneira que dispõem

as formas gramaticais. Aprendemos a moldar nossa fala às formas do gênero. "Se não

existissem gêneros e se não os dominássemos, tendo que criá-los pela primeira vez no

processo da fala, a comunicação verbal seria quase impossível". (Bakhtin, 1998).

Portanto, é fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes gêneros textuais,

mas sem categorizá-los.

O objetivo da língua será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de

interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais.

Apresentar ao aluno textos pertencentes a vários gêneros: publicitários, jornalísticos,

literários, informativos, de opinião, etc., ressaltando as suas diferenças estruturais e

funcionais, a sua autoria, bem como o caráter do público a que se destina e, sobretudo,

aproveitar o conhecimento que ele já tem das suas experiências com a língua materna, é

imprescindível.

Os textos literários serão apresentados aos alunos de modo que provoquem

reflexão e façam com que os percebam como uma prática social de um determinado

contexto sócio-cultural particular.

O ensino de língua estrangeira estará articulado com as demais disciplinas do

currículo, objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa

obrigatoriamente, desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer com

que o aluno perceba que conteúdos com disciplinas distintas podem, muitas vezes, estar

relacionados entre si.

A princípio, é preciso levar em conta o processo de continuidade, ou seja, a

“manutenção de uma progressão entre as séries, considerando as especificidades da

língua estrangeira ofertadas, as condições de trabalho existentes na escola, o projeto

político-pedagógico, a articulação com as demais disciplinas do currículo e o perfil dos

alunos” (DCE: 2008, p. 62).

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145

Ao se trabalhar os textos, propõe-se uma análise linguístico-discursivos dos

elementos não só de natureza linguística, mas, principalmente, os de fins educativos,

visando a abordagem de assuntos polêmicos, adequados à faixa etária, conforme os

interesses dos alunos. Vale ressaltar a importância de se trabalhar os diversos tipos de

texto, com diferentes graus de complexidade da estrutura lingüística.

Propõe-se a participação do aluno na escolha temática dos textos, visto que

um dos objetivos é possibilitar a participação do mesmo, permitindo, assim, a construção

de relações entre ações individuais e coletivas. A prática de tal experiência permite que

os alunos compreendam os interesses do grupo e escolham conteúdos mais significativos

promovendo a participação de todos os alunos.

Vale atentar para a escolha de textos que não priorizem uma “visão monolítica

e estereotipada de cultura” (DCE: 2008, p. 51). Assim, os conteúdos poderão dar ao

aluno indicativos para perceber os avanços nos estudos, na medida em que forem

baseados no planejamento estabelecidos entre professores ao longo do ano.

É importante destacar que os conteúdos gramaticais serão definidos a partir

das escolhas textuais, enfatizando o conteúdo e não a forma. O uso do texto é

fundamental para o desenvolvimento da compreensão da leitura, da escrita e da oralidade.

Serão observados os diferentes níveis de aprendizagem e bagagem de

conteúdos diagnosticados no início do ano, bem como suas peculiaridades, sendo assim, a

Língua Estrangeira deve contemplar os discursos sociais que a compõem, ou seja, aqueles

manifestados em forma de textos diversos efetivados nas práticas discursivas

(BAKHTIN, 1988).

A língua será trabalhada como um todo sem privilegiar as práticas discursivas

de leitura, oralidade e escrita já que elas não são segmentadas, e na interação com o texto

pode haver uma mistura complexa da linguagem escrita, visual e oral. Além disto, as

práticas discursivas não se separam em situações concretas de comunicação, e a análise

linguística será trabalhada a partir dos textos, de forma articulada e contextualizada,

interagindo com os gêneros do discurso.

Os recursos didáticos apoiam-se no uso do livro didático de Língua Inglesa

Links, e outros livros de apoio tais como: Let's Speak English, Steps, Read, Read

Practical English, Take your time, Insights Into English e outros. Além desse material,

serão utilizados dicionários, textos variados (de revistas e jornais, visuais e não visuais)

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146

vídeos, DVDs, fitas de áudio, CD-ROM, Internet, TV multimídia e outros materiais

pedagógicos.

Serão promovidas reflexões, juntamente com o aluno, de forma a desvendar os

valores subjacentes, abordando criticamente uma leitura do mundo e, ao mesmo tempo,

levá-lo a contemplar a diversidade regional e cultural.

A Lei nº 10.639/03, que trata das Relações Étnico-Raciais e História e

Cultura Afro-Brasileira e Africana na escola, será trabalhado através de ações que

propiciem o contato com a cultura africana e afro-descendente, dentro da Língua Inglesa,

culminando em exposições de obras literárias de escritores negros, documentários, filmes

com temáticas sobre o racismo e preconceito, costumes e hábitos, procurando destacar a

contribuição da cultura dos povos negros, falantes da língua inglesa.

A Lei nº 9795/99, que afirma “Que a educação Ambiental é um componente

essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma

articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e

não formal.” Sendo assim serão trabalhas nas

diferentes disciplinas através da interdisciplinaridade onde deverá ser uma prática

integrada, contínua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos. Sendo

assim serão adotadas metodologias diversificadas, para despertar em todos à consciência

de que o ser humano faz parte do meio ambiente, lembrando que os problemas ambientais

refletem com a consciência que atinge a todos nós.

A Lei nº 11645/0o8, que trata da História e Cultura dos Povos Indígenas por

fazer parte da nossa história e da cultura de outros países. Além

desses temas serão trabalhados o Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e

direitos Humanos; Enfrentamento à Violência; Prevenção ao uso indevido de Drogas;

Gênero e Diversidade Sexual; Educação do campo e outros temas contemporâneos de

acordo com a necessidade dos alunos, escola e comunidade.

7. AVALIAÇÃO

A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino e,

portanto, deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende. É um

elemento de reflexão continua do professor sobre sua prática educativa e revela aos

alunos suas dificuldades, progressos e possibilidades.

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147

A avaliação deve fornecer dados sobre o desenvolvimento das capacidades do

educando e o grau de desenvolvimento intelectual, aplicabilidade dos objetivos de

conhecimentos ensinados que orientarão os ajustes e intervenções pedagógicas visando à

aprendizagem da forma mais adequada para o aluno.

A relevância e a adequação dos conteúdos está atrelada, ainda, às

características psicossociais dos alunos, capacidade para estabelecer relações entre os

conteúdos, às necessidades de seu dia-a-dia e com o contexto cultural.

Além disso, é importante nesse processo o feedback das avaliações aos alunos

com os devidos comentários, para que eles possam entender o processo de aprendizagem

e, assim, buscar a superação das suas dificuldades.

As informações obtidas através da avaliação devem revelar os resultados da

aprendizagem para que essa possa fluir em bases consistentes, apoiando-se em

conhecimentos teóricos que necessitam ser solidificados.

O papel da avaliação é diagnosticar o avanço do conhecimento,

caracterizando-se como um processo contínuo de comprometimento com o saber

científico, cultural e social.

Nesse sentido, é necessário que o professor tenha uma visão de conjunto no

processo de avaliação levando em conta que:

- Para que um processo de aprendizagem seja efetivo, ele deve contemplar a

avaliação diagnóstica, contínua, formativa e reflexiva;

- O processo de ensino-aprendizagem do conteúdo deve contemplar o

acompanhamento metodológico e avaliativo;

- Na avaliação contínua, é necessário que o professor e os alunos analisem

quanto e como conseguiram aproximar-se dos objetivos propostos;

- O registro e a observação do desempenho do aluno devem ser feitos pelo

professor de forma contínua e reflexiva;

- A avaliação pressupõe um clima de cooperação e confiança entre professor

e aluno, o que favorece a prática de auto-avaliação entre ambos;

- As aprendizagens dos alunos devem ser consideradas como parâmetros

para realimentação dos encaminhamentos adotados.

Nessa proposta avaliativa, a língua é concebida como prática social

e discursiva. A avaliação formativa, na sua condição contínua e diagnóstica deve ser

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148

privilegiada, a fim de promover a análise e reflexão no encaminhamento das intervenções

pedagógicas.

A avaliação de determinado dado de produção em língua estrangeira considera

o erro como efeito da própria prática, ou seja, o vê como resultado do processo de

aquisição de uma nova língua. Portanto, na avaliação o erro precisa ser visto como um

passo para que a aprendizagem se efetive e não como um entrave no processo. É preciso

lembrar que o processo de aprendizagem não é linear, não acontece da mesma forma e, ao

mesmo tempo, para diferentes pessoas. Cabe ao professor, avaliar, priorizar o processo de

crescimento do aluno e não apenas mensurar o conhecimento por ele alcançado.

A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, fazer com que o

professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as

necessidades de seus alunos. E, através dela, é possível perceber quais são os

conhecimentos linguísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais – e as práticas –

leitura, escrita e oralidade – que ainda não foram suficientemente trabalhadas e que

precisam ser abordadas mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno

com os discursos em língua estrangeira.

Para que essa avaliação aconteça com êxito, faz-se necessário que a mesma

deixe de ser utilizada, segundo Luckesi (2005, p. 166) como “recurso de autoridade e

assuma papel de auxiliadora”.

O sistema de avaliação do colégio Estadual Professora Nadir Mendes

Montanha está em consonância com o Art. 24 da LDB – Art. 116. Diz que: A avaliação é

continua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e

considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares,

com preponderância dos componentes qualitativos sobre os quantitativos.

Segundo o professor Cipriano Carlos Luckesi, citado por LIBÂNEO (1991;

p196) “a avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de

ensino e aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho”.

Para isto vamos utilizar múltiplos instrumentos na avaliação escolar, que vão

garantir maior confiança nos resultados. O uso de instrumentos variados auxiliará o

professor a analisar facetas diferenciadas do desempenho do aluno, favorecerá

orientações para a tomada de decisão.

Provas orais e escritas;

Pesquisa bibliográfica;

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149

Pesquisa em grupo;

Pesquisa em dupla;

Produção de textos;

Análise de textos, mapas e documentos;

Seminários;

Leitura e interpretação de texto;

Dinâmicas em grupo;

Leitura, escrita, desenho;

Elaboração de painéis;

Elaboração de murais;

Debates;

Discussão em grupo;

Resolução de exercícios propostos;

Produção de resenhas, relatórios, resumos;

Teatro e outros.

O sistema de avaliação contido no Regimento Escolar do Estabelecimento de

Ensino é Trimestral, composto pela somatória de 60% da nota em provas e 40% da nota

em trabalhos, sendo que deverá ser oportunizado ao aluno, no mínimo dois trabalhos e

uma prova, através de diversos instrumentos.

A recuperação de conteúdos será paralela ao processo ensino e aprendizagem, com

a retomada dos conteúdos não apropriados pelos alunos, e de 100% da nota, sendo

aplicado um instrumento para todos os alunos com menos de 60 pontos e optativa para os

demais alunos, prevalecendo a nota maior.

7.1. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

7.1.1. LEITURA

Espera-se do aluno:

• Identifique o tema;

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

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• Identifique a ideia principal do texto.

• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.

• Localize informações explícitas e implícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Analise as intenções do autor;

• Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;

• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ ou expressões no sentido

conotativo e denotativo.

7.1.2. ESCRITA

Espera-se que o aluno:

• Expresse as ideias com clareza;

• Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo:

- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);

- à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo,

pronome, numeral, substantivo, etc.

• Empregue palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de

expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto.

• Use de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, intertextualidade,

etc.;

• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

• Apresente suas ideias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna.

• Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos, etc.;

• Respeite os turnos de fala.

7.1.3. ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

• Apresente suas ideias com clareza;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro;

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151

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou

nos gêneros orais trabalhados;

• Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;

• Exponha seus argumentos;

• Organize a sequência da fala;

• Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc., mesmo que em língua

materna;

• Exposição objetiva de argumentos;

• Análise de recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,

filmes, etc.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ACKERT, Patrícia; LEE, Linda; BUSHBY, Bárbara. Thoughts and Notions. Boston:

Heinle & Heinle, 2000.

ACKERT, Patrícia; NAVARRO, Nicki Giroux de; BERNARD, Jean. Facts & figures. 3.

ed. Boston: Heinle & Heinle, 1999.

ALMEIDA FILHO, José Carlos P. de (Org.). O Professor de Língua Estrangeira em

Formação. 2ª Edição. Campinas: Pontes, 2005.

COLÉGIO ESTADUAL NADIR MENDES MONTANHA. Regimento Escolar.

Arapongas, 2012.

Língua Estrangeira em Formação. 2. ed. Campinas: Pontes, 2005.

Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / Vários autores. Curitiba: SEED –

Paraná, 2006.

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152

BRASIL. Lei – n° 10639, 09 de Janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de

Educação. Cadernos Temáticos História da Cultura Afro-brasileira e Africana.

Ministério da Educação – Ministério Nacional de Educação, 2004.

DONATO, Hernani. Coleção Povos do Passado. São Paulo: Melhoramentos, 1998.

LEFA, Vilson J. O Ensino das Línguas Estrangeiras no Contexto Nacional. Universidade

Católica de Pelotas – 2004.

______. A Interação na Aprendizagem das Línguas. Pelotas: Educat, 2006.

______. Professor de Línguas Estrangeiras: construindo a profissão. Pelotas: Educat,

2006.

MÜLLER, Simone Sargento Vera (Orgs.). O Ensino do Inglês como Língua Estrangeira:

estudos e reflexões. Porto Alegre: Editora Apirs, 2004.

PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e. Ensino de Língua Inglês: reflexões e

experiências. 3ª ed. Campinas: Pontes, 2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira

Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

SANTOS, Denise MARQUES, Amadeu. Links – English for teens. 1 ed. São Paulo:

Ática, 2009.

SARMENTO, S. MULLER, V. (Orgs.) O Ensino de Inglês como Língua Estrangeira:

Estudos Reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.

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153

COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

L Í N G U A

P O R T U G U E S A

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COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

NRE: APUCARANA

ENSINO FUNDAMENTAL

DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA

PROFESSORES: AILA PRICILA RODRIGUES SALLA

JANE JOSÉ DE SOUZA

LÚCIA HELENA ALVES CASIMIRO

VÂNIA REGINA ZANETTI MANOSSO

NRE: APUCARANA

ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA

PROFESSORES: MARIZA NOGAROTO

ROSELI APARECIDA VECCHIA

1. APRESENTAÇÃO

Com a democratização da escola pública, nos fins da década de 60, o ensino da

língua portuguesa passou por uma nova dimensão pedagógica. Se antes apenas a língua

padrão era admitida na escola, agora com o advento dos alunos das classes sociais

populares outros falares são introduzidos no meio escolar.

Nesse contexto, faz-se necessário um novo olhar sobre o ensino da língua. As

variedades linguísticas precisam ser consideradas tendo em vista as novas relações sociais

que acontecem no interior da escola.

A busca da superação do modelo normativo busca nos estudos linguísticos a

fundamentação para uma nova postura no ensino da língua. Bakhtin traz novas luzes com

a teoria da análise do discurso. Concebe o ensino da língua baseado na elocução, ou seja,

que o ser humano é produtor de discurso mediado pela prática social. Esse novo enfoque

tem como base de ensino da

língua o texto em seus múltiplos sentidos. O texto, como preconiza as DCES, é o

cerne do ensino da língua, pois é nele que se percebem as várias vozes dos sujeitos

sociais, o que lhe concerne um caráter polifônico. Nessa perspectiva, o aluno precisa ter

acessos aos mais diversos gêneros textual, compreendendo a sua especificidade e seu uso

de acordo com o entorno social em que ele é veiculado. Tendo em vista a concepção de

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155

linguagem como discurso que se efetiva nas diferentes práticas sociais, o processo de

ensino-aprendizagem na disciplina de língua, busca:

- Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada

contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano

e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

- Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas

sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do

contexto de produção;

- Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie

seus conhecimentos linguístico-discursivos;

- Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura

e da escrita;

- Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às

ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando

ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais,

apropriando-se, também, da norma padrão.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

As diretrizes Curriculares do estado do Paraná assumem a concepção de

linguagem como prática que se efetiva nas diferentes esferas sociais, o objeto de estudo

da disciplina é a Língua, portanto o conteúdo estruturante é o DISCURSO COMO

PRÁTICA SOCIAL.

3. CONTEÚDOS BÁSICOS

Os conteúdos básicos contemplam três práticas discursivas: ORALIDADE,

LEITURA E ESCRITA.

O ensino da língua visa propiciar ao educando o uso adequado da língua nos

mais variados contextos de uso. O processo ensino-aprendizagem deve ter como premissa

a ampliação e o aperfeiçoamento da competência comunicativa, levando o educando a

comunicação tanto escrita quanto oral, adequando a comunicação ao seu contexto de uso.

Sendo assim, o objetivo principal é que o aluno possa compreender e usar os

diferentes discursos em suas múltiplas manifestações. Ler e compreender textos verbais e

não – verbais em situações reais de uso da língua. Aprimorar a competência comunicativa

na leitura, na oralidade e na escrita. Entender os diferentes falares considerando grupos

sociais e sua situação de produção. Perceber o caráter polissêmico dos textos e as

ideologias a eles subjacentes, levando o aluno a uma reflexão crítica sobre sua própria

realidade. Trabalhar com os mais variados gêneros textuais, analisando sua especificidade

e seu contexto de uso e produção. Utilizar os mais variados códigos e sub-códigos

atualizando o seu uso de acordo com a situação comunicativa.

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4. CONTEÚDOS

4.1. ENSINO FUNDAMENTAL

6º ANO

GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS:

Adivinhas

Anedotas

Bilhetes

Cantigas de roda

Cartão

Convites

Aviso

Biografias

Autobiografia

Contos de Fadas

Tirinhas

Lendas

Cartazes

Músicas

Piadas

Quadrinhas

Receitas

Trava Línguas

Poemas

Cartum

Tiras

Classificados

Regras do jogo

Rótulos/embalagens

Fábulas

História em quadrinhos

Narrativas de enigmas

PRÁTICAS DISCURSIVAS: ESCRITA, LEITURA E ORALIDADE

ANÁLISE LINGUÍSTICA:

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade;

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157

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA

Tema do texto ;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Argumentatividade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Divisão do texto em parágrafos;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Argumentatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações lingüísticas;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

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7º ANO

GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS:

Narrativa de aventura/fantástica/míticas

Narrativas de humor

Crônica de ficção

Fábulas

Músicas/ Letras de música

Paródias

Lendas

Diário

Exposição Oral

Debate

Causos

Comunicado

Provérbios

Notícia

Reportagem

Horóscopo

Manchete

Classificados

Fotos

Placas

Pinturas

Propagandas/slogans

Histórias em quadrinhos

Bulas

PRÁTICAS DISCURSIVAS: ESCRITA, LEITURA E ORALIDADE,

ANÁLISE LINGUÍSTICA:

LEITURA:

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Aceitabilidade;

Situacionalidade;

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159

Intertextualidade;

Informações explícitas e implícitas;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Repetição proposital de palavras;

Léxico;

Ambigüidade;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações lingüísticas;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.

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160

8º ANO

GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS:

- Contos populares

- Contos

- Memórias

- Resumo

- Debate

- Palestras

- Pesquisa

- Relatório

- Exposição oral

- Mesa redonda

- Abaixo-assinado

- Entrevista

- Seminário

- Carta ao leitor

- Carta do leitor

- Depoimento

- Artigo de opinião

- Cartum

- Charge

- Classificados

- Anúncios

- Crônicas

- Diálogos/discussão argumentativa

- Cartazes

- Comercial de TV

- Filmes

- Resenha crítica

- Sinopses

- Vídeo Clip

- Blog

- Chat

- Fotoblog

PRÁTICAS DISCURSIVAS: ESCRITA, LEITURA E ORALIDADE,

ANÁLISE LINGUÍSTICA

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

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161

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito).

Semântica:

operadores argumentativos;

ambiguidade;

sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Concordância verbal e nominal;

Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto;

Semântica:

- Operadores argumentativos

- ambiguidade

- significado das palavras;

- sentido conotativo e denotativo;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

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9º ANO

GENEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS

Crônica de ficção

Literatura de cordel

Memórias

Pinturas

Romances

Poesias

Músicas

Resumo

Paródias

Relatório

Cartazes

Resenha

Seminário

Texto de opinião

Diálogo/discussão argumentativa

Carta ao leitor

Editorial

Entrevista

Notícia/reportagem

E-mail

Carta de reclamação

Carta de solicitação

Depoimentos

Ofício

Procuração

Leis

Requerimento

Telejornal

Telenovela

PRÁTICAS DISCURSIVAS: ESCRITA, LEITURA E ORALIDADE

ANÁLISE LINGUÍSTICA:

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

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163

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Discurso ideológico presente no texto;;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectivas do texto;

Progressão referencial no texto;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Semântica:

1 operadores argumentativos;

2 polissemia;

3 sentido conotativo e denotativo;

4 expressões que denotam ironia e humor no texto;

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectivas do texto;

Progressão referencial no texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.);

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de regência;

Processo de formação de palavras;

Vícios de linguagem;

Semântica:

operadores argumentativos;

modalizadores;

polissemia.

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164

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas ...

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;

Semântica:

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

4.2. ENSINO MÉDIO

5. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES : DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

Conteúdo temático

Elementos composicionais

Marcas linguísticas

Variedades linguísticas

Intencionalidade do texto

Papel do locutor e do interlocutor

Participação e cooperação

Turnos de fala

Particularidades de pronúncia de algumas palavras

Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação,repetições,

pausas...)

Finalidade do texto oral

Materialidade fônica dos textos poéticos.

Conteúdos decorrentes da leitura em função da reflexão e do uso, a prática da

análise linguística na leitura.

Interpretação textual, observando:

Conteúdo temático

Interlocutores

Fonte

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165

Intencionalidade

Ideologia

Informatividade

Situacional idade

Marcas linguísticas

Identificação de argumento principal e dos argumentos secundários.

Inferências

As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro

formal e informal.

As vozes sociais presentes no texto

Relações dialógicas entre textos

Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc

Estética do texto literário

Contexto de produção da obra literária

Diálogo da literatura com outras áreas

Conteúdos decorrentes da produção escrita em função da reflexão e do uso: a

prática da análise linguística na escrita.

Adequação ao gênero:

Conteúdo ao gênero

Elementos composicionais

Marcas linguísticas

Argumentação

Coesão e coerência textual

Finalidade do texto

Paragrafação

Paráfrase de textos

Resumos

Diálogos textuais

Refacção textual

Análise linguística perpassando as práticas da leitura, escrita e oralidade.

1º ANO

Conotação e denotação

Figuras de pensamento e linguagem

Vícios de linguagem

Operadores argumentativos e os efeitos de sentido

Expressões modalizadoras ( que revelam a posição do falante em relação ao que

diz, como:felizmente.

Semântica

Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no

texto;

Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto.

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166

2º ANO:

Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto.

Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto.

3º ANO:

Coordenação e subordinação nas orações do texto:

A pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico.

Acentuação gráfica, gírias, neologismos, estrangeirismos.

Procedimentos de concordância verbal e nominal.

Particularidades de grafia de algumas palavras.

6. DOMÍNIO DA ESCRITA

A produção de texto se dará a partir da delimitação do tema, do interlocutor e da

finalidade, ampliando a leitura sobre o tema e o gênero propostos. O aluno terá

oportunidade de analisar seu texto observando se está de acordo com o gênero quanto à

escolha lexical, adequando-a de acordo a situação comunicativa. Propiciar a reescrita

textual fazendo a revisão dos fatos que melhor direcionem a produção textual. Na

refacção do texto será atualizado o emprego dos recursos linguísticos. As questões

linguísticas serão trabalhadas dentro do próprio texto. Levando em consideração que a

língua escrita e a língua oral são realidades diferentes, deverá ser adequada a situação de

uso. A partir do falar informal, cotidiano, o aluno será levado a se apropriar da norma

padrão.

7. AVALIAÇÃO

A avaliação é considerada um instrumento auxiliar indispensável no processo

ensino-aprendizagem. Dever ser entendida como um instrumento de compreensão do

nível de apropriação do conhecimento do aluno. A partir disso, o professor poderá

interferir caso a apropriação não tenha ocorrida. Será, portanto, diagnóstica como

subsídio para revisão do processo ensino-aprendizagem.

O aluno deverá compreender e usar os diferentes discursos em suas múltiplas

manifestações. Ler e compreender textos verbais e não – verbais em situações reais de

uso da língua. Aprimorar a competência comunicativa na leitura, na oralidade e na

escrita. Entender os diferentes falares considerando grupos sociais e sua situação de

produção. Perceber o caráter polissêmico dos textos e as ideologias a eles subjacentes,

levando o aluno a uma reflexão crítica sobre sua própria realidade.

Compreender os mais variados gêneros textuais, analisando sua especificidade e

seu contexto de uso e produção. Utilizar os mais variados códigos e sub-códigos

atualizando o seu uso de acordo com a situação comunicativa.

O instrumento maior não será a nota, mas o domínio gradativo das atividades

verbais por parte do aluno que será proporcionado, o mínimo de 03 (três) instrumentos,

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167

durante o processo de ensino. O valor dos instrumentos serão de 6,0 (seis vírgula zero)

para provas orais e escritas e 4,0 (quatro vírgula zero) para trabalhos.

A recuperação de conteúdos será simultânea e oferecida para que todos os

alunos tenham a oportunidade de se apropriar dos conteúdos selecionados para aquele

nível de ensino. A recuperação de notas será ofertada a todos os alunos, com um

instrumento no valor 10,0 (dez vírgula zero) prevalecendo a nota maior, sendo optativa

para o aluno que tiver média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) segundo os

critérios estabelecidos no Regimento Escolar.

Instrumentos de Avaliação

Provas objetivas e subjetivas

Prova oral

Pesquisas individuais e em grupo

Escutas orais

Seminários

Cartazes

Produção de textos nos diferentes gêneros

Entre outros

Recursos didáticos

Dramatizações

Livros, revistas, jornais, enciclopédias, dicionários.

Contos de histórias

Fantoches

Jornal-mural

TVE

TV Paulo Freire

Laboratório de informática

DVD

Documetários

Pendrive

Músicas

Filmes

Histórias em quadrinhos

Fotografias

8. TABELA DE GÊNEROS CONFORME AS ESFERAS DE COMUNICAÇÃO

Adivinhas

Álbum de Família

Anedotas

Bilhetes

Diário

Exposição Oral

Fotos

Músicas

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168

Cantigas de Roda

Carta Pessoal

Cartão

Cartão Postal

Causos

Comunicado

Convites

Curriculum Vitae

Parlendas

Piadas

Provérbios

Quadrinhas

Receitas

Relatos de Experiências Vividas

Trava-Línguas

Autobiografia

Biografias

Contos

Contos de Fadas

Contos de Fadas Contemporâneos

Crônicas de Ficção

Escultura

Fábulas

Fábulas Contemporâneas

Haicai

Histórias em Quadrinhos

Lendas

Literatura de Cordel

Memórias

Letras de Músicas

Narrativas de Aventura

Narrativas de Enigma

Narrativas de Ficção Científica

Narrativas de Humor

Narrativas de Terror

Narrativas Fantásticas

Narrativas Míticas

Paródias

Pinturas

Poemas

Romances

Tankas

Textos Dramáticos

Artigos

Conferência

Debate

Palestra

Pesquisas

Relato Histórico

Relatório

Resumo

Verbetes

Ata

Cartazes

Debate Regrado

Diálogo/Discussão Argumentativa

Exposição Oral

Júri Simulado

Mapas

Palestra

Pesquisas

Relato Histórico

Relatório

Relatos de Experiências Científicas

Resenha

Resumo

Seminário

Texto Argumentativo

Texto de Opinião

Verbetes de Enciclopédias

Agenda Cultural

Anúncio de Emprego

Artigo de Opinião

Caricatura

Carta ao Leitor

Carta do Leitor

Cartum

Charge

Classificados

Crônica Jornalística

Editorial

Fotos

Horóscopo

Infográfico

Manchete

Mapas

Mesa Redonda

Notícia

Reportagens

Resenha Crítica

Sinopses de Filmes

Tiras

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169

Entrevista (oral e escrita)

Anúncio

Caricatura

Cartazes

Comercial para TV

E-mail

Folder

Fotos

Slogan

Músicas

Outdoor

Paródia

Placas

Publicidade Comercial

Publicidade Institucional

Publicidade Oficial

Texto Político

Abaixo-Assinado

Assembléia

Carta de Emprego

Carta de Reclamação

Carta de Solicitação

Debate

Debate Regrado

Discurso Político “de Palanque”

Fórum

Manifesto

Mesa Redonda

Panfleto

Boletim de Ocorrência

Constituição Brasileira

Contrato

Declaração de Direitos

Depoimentos

Discurso de Acusação

Discurso de Defesa

Estatutos

Leis

Ofício

Procuração

Regimentos

Regulamentos

Requerimentos

Bulas

Manual Técnico

Placas

Regras de Jogo

Rótulos/Embalagens

Blog

Chat

Desenho Animado

E-mail

Entrevista

Filmes

Fotoblog

Home Page

Reality Show

Talk Show

Telejornal

Telenovelas

Torpedos

Vídeo Clip

Vídeo Conferência

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170

9. REFERÊNCIAS

ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola

Editorial, 2003.

_____. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho.

São Paulo: Parábola, 2007.

BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os gêneros do discurso: uma

perspectiva enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em

Linguística) Aplicada ao Ensino de Línguas, Pontifícia Universidade Católica de São

Paulo, São Paulo, 2001.

BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de Michel

Lahud e

Ernani & Floriana .Projeto Radix.São Paulo :Scipione,2010.

Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.

_____. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

CASTRO Maria da Conceição e DELMANTO Dileta.

s. São Paulo: Saraiva 2007.

DCES. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná. 2008.

FARACO, Carlos Alberto e TEZA, Cristóvão. Oficina de Texto. Petrópolis RJ, Vozes,

KOCH, Ingedore G. Villaça. Desvendando os Segredos do Texto. São Paulo, Cortez,

2002.

MESERANI, Samir. Redação Escolar: Criatividade. São Paulo, Ática, 1998.

SARGENTIM, Hermínio. Língua Portuguesa. São Paulo. IBEP, 1999.

SILVA, RENÉ Marc da Costa. Cultura Popular e Educação - Salto para o Futuro.

Brasília, MEC, 2008.

TERRA, Ernani. Gramática e Literatura. São Paulo: Scipione, 1993.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes

Montanha

REGIMENTO ESCOLAR - Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha

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171

COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

___________________________________________________________________________

MATEMÁTICA

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172

COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

_________________________________________________________________________

NRE: APUCARANA

ENSINO FUNDAMENTAL

DISCIPLINA: MATEMÁTICA

PROFESSORES: ANGÉLICA CRISTINA DA CRUZ

IRENE ROCHA

CLAUDETE SARGENTIN

PAULO GUILHERME DOS SANTOS

SANDRA REGINA LOURENÇO

NRE: APUCARANA

ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA: MATEMÁTICA

PROFESSORES: CLAUDETE SARGENTIN

PAULO GUILHERME DOS SANTOS

SANDRA REGINA LOURENÇO

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Para se iniciar uma explanação sobre a importância da disciplina

Matemática na vida do estudante, deve-se levar em conta que os conteúdos devem levá-

lo a se apropriar desse conhecimento de forma que “ compreenda os conceitos e

princípios matemáticos, raciocine claramente e comunique ideias matemáticas, reconheça

suas aplicações e aborde problemas matemáticos com segurança”(LORENZATO e VILA,

1993, p.41).

O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção,

porém, está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a

aprendizagem e o conhecimento matemático (FIORENTINO & LORENZATO, 2001), e

envolve o estudo de processos que investigam como estudante compreende e se apropria

da própria Matemática” concebida como conjunto de resultados, métodos,

procedimentos, algoritmos etc.”(MIGUEL & MIORIM,2004,p.70).

A Ciência Matemática veio se desenvolvendo desde os tempos antigos

em consonância com os processos econômicos e culturais, buscando acompanhar as

necessidades de cada época. Assim também a própria disciplina sofreu transformações

para atender às exigências sociais.

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173

É fato inquestionável que a matemática está presente em nossas vidas, é

reconhecida como uma disciplina útil que ajuda a organizar, compreender e explicar

problemas da realidade. Hoje a Matemática é uma das mais importantes ferramentas da

sociedade moderna, portanto é um direito do educando, apropriar-se dos conceitos e

procedimentos matemáticos básicos que contribuirão para a sua formação como futuro

cidadão.

Para exercer plenamente a cidadania, e se engajar no mundo do

trabalho, das relações sociais, culturais e políticas é preciso saber contar, comparar,

medir, calcular, resolver problemas, construir estratégias, comprovar e justificar

resultados, argumentar logicamente, conhecer formas geométricas, organizar, analisar e

interpretar criticamente as informações, localizar, representar, etc. Perceber isso é

compreender o mundo à nossa volta e poder atuar nele.

Podemos observar pelos motivos expostos acima que a Matemática

contribui para a formação global do aluno, auxiliando-o na conquista de sua cidadania.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

2.1. Conteúdos estruturantes e seus desdobramentos (conteúdos básico)

para o ensino fundamental

2.1.1. Números e Álgebra

Para compreender nossa realidade e interpretar informações, precisamos conhecer

os números, suas relações, operações e também compreender seus diferentes significados,

inclusive no campo da Álgebra, onde as letras cumprem muitas funções: podem

representar um número qualquer, um número desconhecido, uma variável, uma relação

entre conjuntos de números ou símbolos arbitrários de uma estrutura estabelecida por

certas propriedades.

2.1.2. Grandezas e Medidas

Em Grandezas e Medidas propõe-se estabelecer relações com a

proporcionalidade, os conceitos geométricos, os trabalhos numéricos e as representações

gráficas, vinculando, assim, grandezas e medidas com números, com Geometrias e

Tratamento da informação, de modo que o trabalho com esses quatro temas se dê

simultaneamente.

2.1.3. Geometrias

Os conteúdos propostos em Geometrias foram estruturados de modo

a articular percepção e concepção, construção e representação, considerando a

importância de uma inter-relação entre esses aspectos.

A integração e a aplicação das Geometrias em outros campos do

conhecimento permitem instigar ideias e propor aplicações práticas para que possamos

enfrentar problemas reais, que são, em geral, de natureza interdisciplinar.

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174

2.1.4. Funções

As funções devem ser vistas como construção histórica e dinâmica,

capaz de provocar mobilidade às suas explorações matemáticas, por conta da

variabilidade e da possibilidade de análise do seu objeto de estudo e por sua atuação

em outros conteúdos específicos da Matemática. Tal mobilidade oferece ao aluno a

noção analítica de leitura do objeto matemático.

2.1.5. Tratamento da Informação

Os conteúdos abordados em Tratamento da Informação são

reconhecidos hoje nos mais diversos campos, das pesquisas científicas e sociais ao

mundo dos negócios, constituindo, assim, ferramenta para outras disciplinas.

Esse tema permite que se traga para a sala de aula o cotidiano

presente nos diferentes meios de comunicação, na vida dos alunos e da escola. Propõe-

se o uso de conceitos e métodos para coletar, organizar, interpretar e analisar dados,

que permitem ler e compreender uma realidade, trabalhando temas atuais como

Cultura Afro e Meio Ambiente.

3. CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ano

Números e Álgebra.

Sistemas de numeração;

Números naturais;

Múltiplos e divisores;

Potenciação e radiciação;

Números fracionários;

Números decimais.

Grandezas e Medidas

Medidas de comprimento;

Medidas de massa;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de tempo;

Medidas de ângulos;

Ssitema monetário.

Geometrias

Geometria plana;

Geometria espacial.

Tratamento da Informação

Dados, tabelas e gráficos;

Porcentagem.

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175

7ºano

Números e Álgebra.

Números Inteiros;

Números Racionais;

Equação e inequação do 1º grau;

Razão e proporção;

Regra de três simples.

Grandezas e Medidas

Medidas de temperatura;

Medidas de ângulos.

Geometrias

Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometrias não- euclidianas.

Tratamento da Informação

Pesquisa estatística;

Média aritmética;

Moda e mediana;

Juros simples.

8ºano

Número e Álgebra.

Números inteiros;

Números Racionais;

Equações e inequação do 1º grau;

Razão e proporção;

Regra de três simples.

Grandezas e Medidas Medidas de temperatura;

Medidas de ângulos.

Geometrias Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometrias não- euclidianas.

Tratamento da Informação Pesquisa estatística;

Média aritmética

Moda e mediana

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176

9ºano

Números e Álgebra

Números reais;

Propriedades dos radicais;

Equação do 2º grau;

Teorema de Pitágoras;

Equações irracionais;

Equações biquadradas;

Regra de três composta.

Grandezas e Medidas Relações métricas no triângulo retângulo;

Trigonometria no triângulo retângulo.

Funções

Noção intuitiva de função afim;

Noção intuitiva de função quadrática.

Geometrias Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometria analítica;

Geometrias não- euclidianas.

Tratamento da Informação

Noções de Análise Combinatória;

noções de probabilidade;

Estatística;

Juros compostos.

ENSINO MÉDIO

4. Conteúdos estruturantes /Básicos

4.1. Conteúdos estruturantes e seus desdobramentos (conteúdos básico)

para o ensino fundamental

4.1.1. Números e Álgebra

Para compreender nossa realidade e interpretar informações, precisamos conhecer

os números, suas relações, operações e também compreender seus diferentes significados,

inclusive no campo da Álgebra, onde as letras cumprem muitas funções: podem

representar um número qualquer, um número desconhecido, uma variável, uma relação

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177

entre conjuntos de números ou símbolos arbitrários de uma estrutura estabelecida por

certas propriedades.

4.1.2. Grandezas e Medidas

Em Grandezas e Medidas propõe-se estabelecer relações com a

proporcionalidade, os conceitos geométricos, os trabalhos numéricos e as representações

gráficas, vinculando, assim, grandezas e medidas com números, com Geometrias e

Tratamento da informação, de modo que o trabalho com esses quatro temas se dê

simultaneamente..

4.1.3. Geometrias

Os conteúdos propostos em Geometrias foram estruturados de modo

a articular percepção e concepção, construção e representação, considerando a

importância de uma inter-relação entre esses aspectos.

A integração e a aplicação das Geometrias em outros campos do

conhecimento permitem instigar ideias e propor aplicações práticas para que possamos

enfrentar problemas reais, que são, em geral, de natureza interdisciplinar.

4.1.4. Funções

As funções devem ser vistas como construção histórica e dinâmica,

capaz de provocar mobilidade às suas explorações matemáticas, por conta da

variabilidade e da possibilidade de análise do seu objeto de estudo e por sua atuação

em outros conteúdos específicos da Matemática. Tal mobilidade oferece ao aluno a

noção analítica de leitura do objeto matemático.

4.1.5. Tratamento da Informação

Os conteúdos abordados em Tratamento da Informação são

reconhecidos hoje nos mais diversos campos, das pesquisas científicas e sociais ao

mundo dos negócios, constituindo, assim, ferramenta para outras disciplinas.

Esse tema permite que se traga para a sala de aula o cotidiano

presente nos diferentes meios de comunicação, na vida dos alunos e da escola. Propõe-

se o uso de conceitos e métodos para coletar, organizar, interpretar e analisar dados,

que permitem ler e compreender uma realidade, trabalhando temas atuais como

Cultura Afro e Meio Ambiente.

NÚMEROS E ÁLGEBRAS

Números reais;

Números Complexo;

Sistemas lineares;

Matrizes e determinantes;

Polinômios;

Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas e Área;

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178

Medidas de volume;

Medidas de Grandezas vetoriais

Medidas de Informática;

Medidas de Energia

Trigonometria

FUNÇÕES

Função Afim;

Função Quadrática

Função Exponencial

Função Logarítmica

Função Trigonométrica

Função Modular

Progressão Aritmética

Progressão Geométrica

GEOMETRIAS

Geometria Plana

Geometria Espacial

Geometria Analítica

Geometria não-euclidianas

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Análise Combinatória

Binômio de Newton

Estudo das Probabilidades

Estatística

Matemática Financeira

5. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O homem faz uso da matemática independente do conhecimento

escolar, nas mais diversas atividades humanas, isto é, utiliza-se da matemática não

sistematizada. Nem sempre esta “matemática” permite solucionar e conhecer todos os

problemas, sendo em muitas situações, necessários conhecimentos sistematizados.

A construção de um conceito matemático deve ser iniciada valorizando

os conhecimentos sincréticos do educando e a partir deste promover a aquisição do

conhecimento científico adquirindo assim o conhecimento sintético. É preciso que o

conhecimento matemático seja selecionado, organizado e transformado em saber escolar,

o qual deverá ser expresso pelos conteúdos.

A definição dos conteúdos é considerada fator fundamental para que o

conhecimento matemático, anterior/fragmentado seja agora visto em sua totalidade. Daí,

a necessidade do desenvolvimento conjunto e articulado das questões relativas aos

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179

números, operações, geometria, tratamento de informações e o papel que as medidas

desempenham ao permitir uma maior aproximação entre matemática e a realidade.

As atividades diárias deverão ser planejadas de forma a valorizar o

trabalho em grupo, para que os alunos desenvolvam o hábito de discutir e validar

resultados. O professor deve ter consciência de seu papel como mediador.

Os conceitos básicos poderão ser desenvolvidos a partir das Tendências

em Educação Matemática: resolução de problemas, etnomatemática, modelagem

matemática, mídias tecnológicas , história da matemática e investigação matemática.

Como forma de abordar os conteúdos, de modo a torná-los mais

significativos e de importância sócio-cultural, poderão ser feitas contextualizações das

atividades com os seguintes temas: Direitos Humanos, Educação Ambiental, Educação

Fiscal, Prevenção ao uso Indevido de Drogas, Sexualidade, Enfrentamento da Violência

na Escola, História e Cultura afro-brasileira, Africana e Indígena.

Para que os alunos alcancem os objetivos, os recursos didáticos e as

estratégias de ensino visam multiplicar as oportunidades para os alunos construírem o

conhecimento matemático e refletirem sobre o conhecimento adquirido. Os principais

recursos que poderão ser utilizados para isso são:

- diálogo e troca de idéias entre alunos e entre estes e o professor;

- atividade de pesquisa;

- jogos em sala de aula;

- livro didático e paradidáticos;

- vídeos, jornais e revistas;

- quadro e giz;

- trabalhos em grupo;

- computador e calculadora;

- TV multimídia.

6. AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser diagnóstica , contínua, diversificada, processual,

formativa, priorizando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e ocorrer ao

longo da aprendizagem, proporcionando ao aluno múltiplas possibilidades de expressar

e aprofundar a sua visão do conteúdo trabalhado, não perdendo de vista o

conhecimento apropriado pelo aluno e sendo coerente com a proposta pedagógica da

escola e com a metodologia utilizada pelo professor. É um instrumento fundamental para

repensar e reformular os métodos e fornecer informações sobre como está sendo

realizado o processo de ensino como um todo, tanto para o professor e a equipe

pedagógica conhecer e analisar os resultados de seu trabalho, como para o aluno verificar

seu desempenho. A avaliação também servirá para nortear novos encaminhamentos

metodológicos do processo de recuperação dos conteúdos.

O professor deve explorar questões que envolvam conceitos e algoritmos de

forma a permitir o questionamento e alargamento das ideias, oportunizando a fixação e

automação de elementos já dominados. Para isto o professor deve utilizar-se de diversos

instrumentos de avaliação, tais como: trabalhos, exercícios, provas individuais, prova

com consulta entre outros instrumentos.

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180

Ela deve ser entendida pelo professor como processo de acompanhamento e

compreensão dos limites e das dificuldades dos alunos para assimilarem os conteúdos

propostos. Se os resultados não forem satisfatórios, é preciso buscar as causas e

determinar os fatores do insucesso, visando o sucesso escolar.

A função da avaliação é proporcionar aos alunos novas oportunidades para

aprender, melhorar a refletir sobre seu próprio trabalho, bem como fornecer dados sobre

dificuldades de cada aluno.

Portanto, a avaliação deve ser ancorada em encaminhamentos metodológicos que

abram espaço para a interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o

conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele.

Para isso serão utilizados os seguintes instrumentos de avaliação: observação,

intervenção, revisão de noções e subjetividades, procurando explorar diversos métodos

(formas escritas, orais, demonstração) além das provas.

As exposições orais e registros escritos (testes, lições de casa, pesquisas)

mostrarão como o aluno expressa seu conhecimento, o grau de entendimento alcançado,

tanto em profundidade quanto em organização mental e aplicação da linguagem

matemática.

As provas deverão ser instrumentos que contenham elementos de análise e

reflexão que possibilite ao professor a análise dos erros para que haja uma retomada do

trabalho com alguns conteúdos.

Quanto à atribuição de valores dados a cada avaliação, deve ser o proposto no

Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino , sendo 6,0 (seis vírgula zero) para

prova oral e escrita e 4,0 (quatro vírgula zero) para trabalhos diversificados.

É necessário que o professor leve em consideração se o aluno:

* Sabe se comunicar matematicamente, oral ou por escrito.

* Participa nos trabalhos realizados em grupo.

* Compreende, por meio de leitura, o problema matemático.

* Elabora um plano que possibilite a solução do problema.

* Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático.

* Realiza o retrospecto da solução de um problema.

Dessa forma, certas atitudes devem ser cultivadas pelo aluno sob a orientação do

professor e se caracterizam por:

*partir de situações-problema internas ou externas à matemática;

*pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos problemas;

*elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;

*perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;

*sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada, generalizando,

abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares;

*Socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada;

*argumentar a favor ou contra os resultados.

A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os

conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é

preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda.

Essa recuperação dar- se- á durante o processo de ensino, com retomada dos conteúdos

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181

sempre que se fizer necessário.

Os trabalhos terão a sua recuperação na medida em que forem sendo

desenvolvidos, sendo atribuída a nota ao final da última intervenção do professor..

Quanto à recuperação das notas, será ofertado um instrumento de avaliação no valor 10,0

(dez vírgula zero) a todos os alunos, sendo optativa aos alunos com média igual ou

superior a 6,0 (seis vírgula zero), prevalecendo a maior, conforme os critérios

estabelecidos no Regimento Escolar e Projeto Político Pedagógico deste estabelecimento

de ensino .

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DANTE, Luiz Roberto. Tudo é matemática. 1ª edição. São Paulo: Ática, 2004.

GIOVANNI, José Ruy. Matemática fundamental, 2º grau: volume único / José Ruy

Giovanni, José Roberto Bonjorno, José Ruy Giovanni Jr. São Paulo: FTD, 1994.

NETTO, Scipione Di Pierrô. Matemática em atividades. 1ª edição. São Paulo: Scipione,

2002.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da educação .

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica-

matemática. Curitiba,2008.

__________. Matemática – ensino médio. Curitiba, 2008.

YOUSSEF, Antônio Nicolau. Matemática: ensino médio,volume único/ Antônio

Nicolau Youssef, Elizabeth Soares, Vicente Paz Fernandez. São Paulo: Scipione, 2005.

PPP do Colégio Est.. Profª Nadir Mendes Montanha

Regimento Escola do Col. Est. Profª Nadir Mendes Montanha.

Page 182: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - … · advinha, a escola que ... PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PROGRAMA DE ATIVIDADE ... A partir do ano de 2012 o Ensino Fundamental Regular que

182

COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO

PROGRAMA

DE

ATIVIDADECOMPLEMATAR

CURRICULAR EM CONTRATURNO

O Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno na

Educação Básica na Rede Estadual de Ensino é constituído de atividades com quatro

horas semanais para serem realizadas em contraturno e pautadas na necessidade da

comunidade escolar.

São atividades vinculadas ao currículo da escola, respeitando a realidade da

comunidade. Pertence ao macrocampo Esporte e Lazer com atividades esportivas de

Tênis de mesa, Xadrez, Voleibol e Futsal atendendo alunos dos turnos da manhã e da

tarde.

O programa visa despertar no educando a importância do esporte para seu

desenvolvimento físico e intelectual buscando mudança de hábitos. O programa ainda

tem por objetivos resgatar a baixa auto-estima, busca a melhoria da assiduidade e

proporciona socialização dos alunos levando-os a maior integração, respeitando suas

diferenças intelectuais, raça e idade, dentre outras.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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PROPOSTA CURRICULAR

DO

PROGRAMA DE ATIVIDADE

COMPLEMENTAR CURRICULAR

EM

CONTRATURNO

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NRE: APUCARANA

ENSINO FUNDAMENTAL

DISCIPLINA: ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM

CONTRATURNO

MODALIDADE: XADREZ. TÊNIS DE MESA, VOLEIBOL

PROFESSOR: MARIELE SANTOS DUARTE

1. Apresentação do Programa

A Atividade Complementar Curricular atenderá os alunos em contra turno, criando

condições de participação em atividades do seu interesse, viabilizando o acesso e

permanência dos alunos na escola, criando maior integração entre a escola e a

comunidade. Desta forma essa Atividade Complementar Curricular possibilitará o

desenvolvimento integral do aluno, uma vez que os jogos: tênis de mesa, xadrez e em

especial o Voleibol, desenvolve a atenção, concentração, socialização, disciplina e

principalmente o cumprimento de regras. O tênis de mesa o xadrez e o voleibol são

modalidades esportivas que exigem dos atletas um nível de condicionamento físico,

tático, técnico e emocional aprimoradíssimo de um treinamento integral e uma

preparação metódica, contínua, sempre planejada, vem ganhando destaque em nível

nacional e internacional, isto graças ao empenho dos jogadores e treinadores em tornar o

esporte mais dinâmico e competitivo.

2. Fundamentação Teórica

A Atividade Complementar Curricular desenvolverá o aprendizado através de

atividades lúdicas, considerando a vivência, experimentação, criatividade e o jogo, sejam

eles cooperativos ou competitivos, priorizando o cumprimento de regras, a

contextualização dos conceitos presentes nos jogos de voleibol, tênis de mesa e xadrez, a

criação e a adaptação de novas formas de se jogar.

O processo é em longo prazo, denominado treinamento esportivo, é de grande

complexidade quanto aos seus componentes e durante todo ele o aluno passa por etapas,

cada qual tendo sua importância no contexto global da preparação desportiva; tanto assim

que, se uma delas falta é pouco enfatizada, o desportista provavelmente não alcançará o

grau ótimo de rendimento que deveria.

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3. Objetivos

- Possibilitar o reconhecimento, por avaliação de habilidades, conhecimentos e

competências do aluno, inclusive adquiridas fora;

- Proporcionar aos educandos a capacidade de utilizar os seus conhecimentos no dia

a dia, interagindo com os demais em grupo;

- Mostrar a origem dos jogos, principalmente o voleibol, bem como, a finalidade

com que foi criado;

- Descrever a trajetória desde as suas origens até os dias de hoje (voleibol);

- Identificar as questões sociais e políticas presentes no jogo de voleibol, tênis de

mesa e xadrez;

- Resgatar alunos que se encontram em situação de vulnerabilidade social, bem

como as necessidades socioeducativas, considerando o contexto sócio descrito no PPP da

Escola;

- Proporcionar intercâmbio entre os colégios;

- Melhorar o rendimento escolar dos participantes nessa Atividade Complementar

Curricular, através do trabalho interdisciplinar;

- Envolver a comunidade escolar nos jogos de voleibol, através de torneios e

competições.

4. Conteúdos Específicos

- Desenvolvimento das qualidades físicas requeridas;

- Desenvolvimento das qualidades físicas de base;

- Resistência aeróbica;

- Força explosiva;

- Resistência muscular;

- Resistência física;

- Velocidade de deslocamento;

- Flexibilidade;

- Deslocamento;

- Força dinâmica estética;

- Teoria do treinamento;

- Aprendizagem motora;

- Fundamentos específicos das modalidades;

- Jogos treino.

5. Resultados Esperados

5.1. Para o Aluno:

- Melhorar o rendimento escolar;

- Prepará-los para novos desafios;

- Fazer com que aprendam a diferença entre normas e regras;

- Fazer com que os educandos possam saber respeitar regras;

- Superação de desafios contemporâneos;

- Resgatar os alunos com problemas em sala de aula, principalmente, com baixo

autoestima e problemas de socialização.

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5.2. Para a Escola:

- Proporcionar novos conhecimentos para nossos educandos;

- Proporcionar aulas diferentes e atrativas;

- Melhorar o rendimento escolar;

- Tornar a Escola, espaço prazeroso, para a comunidade escolar;

- Cumprir a função social através de ações que garantam o acesso e permanência,

possibilitando a construção de cidadania.

5.3. Para a Comunidade:

- Maior integração e participação da família na vida dos educandos;

- Atuação permanente e organizada de todos os segmentos envolvidos neste

processo.

6. Critérios de Participação

Alunos do Ensino Fundamental (6º a 9º ano), matriculados nos períodos matutino e

vespertino, respeitando a faixa etária de 10 a 17 anos de idade, que apresentam problemas

de socialização e baixa autoestima, bem como aqueles que despertam interesse em

aprender a modalidade ofertada.

7. Critérios e Instrumentos de Avaliação

Os educandos serão avaliados de acordo com a participação e comprometimento

com as atividades apresentadas, não somente pelo professor responsável, mas por todos

os professores do Estabelecimento de Ensino, uma vez que o objetivo principal é a

interdisciplinaridade, fazendo com que o aluno apresente um melhor rendimento escolar.

Referência Bibliográfica

Diretrizes Curriculares Nacionais

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná

Projeto Político Pedagógico – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha

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NRE: APUCARANA

ENSINO FUNDAMENTAL

DISCIPLINA: ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM

CONTRATURNO

PROFESSOR: IVANI MARIA DOS SANTOS

MACROCAMPO: Esporte e Lazer

MODALIDADE ESPORTIVA: Futsal

TURNO: Intermediário da tarde das 17:15hs às 18:55hs

1. CONTEÚDO:

- Fundamentos

- Sistemas de jogo

- Regras

- Táticas

- Relação entre o futsal e questões tais como: violência, drogas,doping, esporte e a sua

relação com a mídia, a profissionalização esportiva, e o bem estar físico, mental,

emocional e social.

2. OBJETIVO:

- Oportunizar as alunas uma atividade física como alternativa de lazer

e fuga do ócio.

- Aprender as regras e os elementos básicos do futsal, vivenciando seus

fundamentos técnicos e táticos.

- Compreender o sentido da competição esportiva através de discussões

que provoquem reflexão acerca dos temas propostos.

- Promover a sociabilidade, o amadurecimento emocional e psicomotor

do indivíduo, favorecendo o aprendizado do saber ganhar e saber perder, do repartir, do

organizar, do liderar, do persistir e do ser responsável.

- Desenvolver através da prática esportiva, uma consciência

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participativa, cooperativa e solidária, portanto cidadã.

3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

Iniciação: Jogos lúdicos e divertidos, que levarão as alunas a um primeiro contato

prazeroso com o esporte.

Preparação Física: Treinamento físico, visando melhorar a qualidade física das

alunas: Circuito.

Preparação Técnica: Elementos técnicos básicos para aprender o jogo como: como

conduzir a bola, passar e receber, o drible, a finta, o chute etc.

Preparação Tática: Quais esquemas táticos elas utilizarão durante as partidas.

4. AVALIAÇÃO:

A avaliação será usada como instrumento diagnóstico da aprendizagem das regras,

fundamentos e táticas. Deverá acontecer pela observação do professor e dos resultados

obtidos mediante a participação em jogos.

5. RESULTADOS ESPERADOS:

5.1. Para o aluno:

Que ele esteja preparado para agir e concretizar planos que objetivam o bem

estar social e pessoal.

5.2. Para a escola:

Participação nos Jogos Escolares em suas respectivas fases. Valorização do

âmbito escolar, pelas alunas, como ambiente prazeroso.

5.3 Para a comunidade:

Promoverá uma maior interação entre pais, filhas e escola visto que os pais

sempre acompanham as filhas quando estas vão participar de jogos para incentiva-las.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Diretrizes Curriculares Nacionais

Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes

Montanha

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PRINCIPAIS CARACTERÍSCTICAS

DO

ENSINO MÉDIO

Considerando as principais características do Ensino Médio no processo de

escolarização, concordamos com Ramos:

(...) é preciso que o ensino médio defina sua identidade como ultima etapa da

educação básica mediante um projeto que, conquanto seja unitário em seus princípios e

objetivos, desenvolva possibilidades/ formativas que contemplem as múltiplas

necessidades sócio-culturais e econômicas dos sujeitos que o constituem – adolescentes,

jovens e adultos -, reconhecendo-os não como cidadãos e trabalhadores de um futuro

indefinido, mas como sujeitos de direitos no momento em que cursam o ensino médio

( RAMOS apud \ CIAVATA,2004, p. 41)

Assim, o Ensino Médio não pode ter, na dicotomia da preparação para o

vestibular ou mercado de trabalho, uma única possibilidade de escolha, é preciso que o

currículo dê um significado mais amplo. Diante disso, o conhecimento deve ter a

especificidade de tratar as dimensões dos saberes em sua totalidade, o que implica

trabalhar numa abordagem teórica – metodológica que considere a interdependência das

dimensões cientifica, artística e filosófica do conhecimento, nos conteúdos de cada uma

das doze disciplinas do Ensino Médio, contextualizando-as a partir da realidade onde a

escola está inserida chegando à universalização do conhecimento.

Para tanto, há que se repensar na questão do currículo inserida no aspecto dos

“Conteúdos Estruturantes”, cuja necessidade é evidente, haja visto, serem os saberes

constituídos historicamente.

Pensar em Currículo que contribua para a formação crítica dos sujeitos,

enfocando a construção da história do conhecimento cientifico, explicitando os interesses

sociais e políticos, estimulando a reflexão filosófica e a criação e interpretação artística.

Dessa forma, a dimensão interdisciplinar e a contextualização, devem ser

tomadas a partir de uma visão em que o currículo é um constructo, isto é, passa por

transformações sociais, culturais, econômicas e políticas emergentes.

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PROPOSTA CURRICULAR

DO

ENSINO MÉDIO

“As Propostas Curriculares do Ensino Médio: L.E.M Inglês, Língua Portuguesa

e Matemática, diante da similiaridade de contextualização com o Ensino

Fundamental. Foram desagrupadas do Ensino Médio, passando a contemplar

portanto, juntamente com a Proposta Curricular do Ensino Fundamental.”

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A R T E

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NRE: APUCARANA

ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA: ARTE

PROFESSORES: KÁTIA ROSSETTI SUGIHARA PEREIRA

1. APRESENTAÇÃO

Durante o período colonial, a Companhia de Jesus desenvolveu o uso

pedagógico da arte por meio da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura,

escultura e artes manuais, ensinava-se a arte ibérica da Idade Média e renascentista,

valorizando também as manifestações artísticas locais. Esse contexto foi importante na

constituição da matriz cultural brasileira e manifesta-se na cultura popular paranaense,

por exemplo, nas Cavalhadas, na Folia de Reis e na Congada. Entre o século XVI e XVIII

a Europa passou por transformações, o ensino passa a dar enfatize as ciências naturais e

dos estudos literários, incluíam em seus currículos estudos do desenho associado à

matemática e da harmonia na música como forma de priorizar a razão na educação e na

arte.

Em 1808, com a vinda da família real para o Brasil, ocorre a vinda de um grupo

de artistas franceses encarregado da fundação da Academia de Belas-Artes, na qual os

alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos, a chamada missão francesa, cuja

concepção de arte vinculava-se ao estilo neoclássico, fundamentado no culto à beleza

clássica. Esse padrão estético entrou em conflito com a arte colonial e suas

características, como o Barroco presente na arquitetura, escultura, talhe e pintura. Em

1846 foi fundado no Paraná o Liceu de Curitiba e em 1886 a Escola de Belas Artes e

Indústrias que desenvolve as artes plásticas e a música na cidade, já em 1917 a Escola

Profissional Feminina oferecia desenho e pintura, cursos de corte costura, arranjos de

flores e bordados. Em 1890, ocorreu a primeira reforma educacional do Brasil

republicano, e foi marcada pelos conflitos de idéias positivistas e liberais. Os positivistas

defendiam a valorização do desenho geométrico, enquanto os liberais defendiam um

ensino voltado para o trabalho, com a vitória dos positivistas, o ensino da arte passou a

abordar somente as técnicas e artes manuais. No entanto, as políticas educacionais

voltadas ao mercado de trabalho têm sido uma constante, como, por exemplo, no período

do Governo de Getúlio Vargas, na ditadura militar.

Em 1922 ocorre a Semana de Arte Moderna, um importante marco para a arte

brasileira, associado aos movimentos nacionalistas da época. Esses artistas direcionaram

seus trabalhos para a pesquisa e produção de obras a partir das raízes nacionais. O

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movimento modernista valorizava a cultura popular, pois entendia que desde o processo

de colonização a arte indígena, a arte medieval e renascentista européia e a arte africana,

cada qual com suas especificidades, constituíram a matriz da cultura popular brasileira. O

ensino de Arte passou a ter enfoque na expressividade, espontaneísmo e criatividade.

Pensada inicialmente para as crianças, essa concepção foi gradativamente incorporada

para o ensino de outras faixas etárias. Apoiou-se muito na pedagogia da Escola Nova,

fundamentada na livre expressão de formas, individualidade, inspiração e sensibilidade, o

que rompia com a transposição mecanicista de padrões estéticos da escola tradicional. A

Escola Nova centrava sua ação no aluno e na sua cultura, em contraposição às formas

anteriores de ensino impostas por modelos que não correspondiam ao universo cultural

dos alunos. No Governo de Getúlio Vargas, Villa Lobos tornou obrigatório o ensino de

música nas escolas por meio da teoria e do canto orfeônico, numa política de criação de

uma identidade nacional, expressavam a música erudita e popular de forma integrada. No

Paraná, com a chegada dos imigrantes e, entre eles, artistas, que vieram com novas idéias

e experiências culturais diversas, como a aplicação da Arte aos meios produtivos e o

estudo sobre a importância da Arte para o desenvolvimento da sociedade. As

características da nova sociedade em formação e a necessária valorização da realidade

local estimularam movimentos a favor da Arte se tornar disciplina escolar. Entre as

inovações, abriu espaço para o ensino artístico e profissional, associando a técnica com a

estética, num contexto histórico em que o trabalho artesanal era substituído pela técnica

industrial. Em 1937, é criada a Escolinha de Arte do Ginásio Belmiro César, cuja

proposta era a de oferecer atividades livres em período alternativo às aulas dos alunos,

adotava correntes teóricas e pedagógicas fundamentadas na liberdade de expressão. A

partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos se intensificaram: com as

Bienais e os movimentos contrários a elas; a Bossa Nova e os festivais; o Teatro Oficina

e o Teatro de Arena; e o Cinema Novo. Esses movimentos tiveram forte caráter

ideológico, propunham uma nova realidade social. Com o AI-5, em 1968, esses

movimentos foram reprimidos, e foi nesse momento que a disciplina de Educação

Artística tornou-se obrigatório no Brasil. Entretanto, seu ensino foi fundamentado para o

desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que minimizou o conteúdo, o trabalho

criativo e o sentido estético da arte. Cabia trabalhar somente o domínio dos materiais que

seriam utilizados na sua expressão.

A partir de 1980, inicia-se uma mobilização social pela redemocratização e

discussão dos problemas educacionais, e as novas teorias propunham oferecer ao

educando acesso aos conhecimentos da cultura para uma prática social transformadora.

Em 1990 foi publicado o Currículo Básico para Ensino de 1o grau e em seguida. o

Documento de Reestruturação do Ensino de 2o grau da Escola Pública do Paraná. De

1997 a 1999 foram publicados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), tornando-se

os novos orientadores do ensino. Em 2003, iniciou-se no Paraná um processo de

discussão pautado na retomada de uma prática reflexiva para a construção coletiva de

diretrizes curriculares estaduais. As novas diretrizes curriculares concebem o

conhecimento nas suas dimensões artística, filosófica e científica e articula-se com

políticas que valorizam a arte e seu ensino na rede estadual do Paraná. Um exemplo

dessas políticas resultou no aumento do número de aulas de Arte e a retomada dos

concursos públicos para professores. A distribuição de material didático e do Livro

Didático Público de Arte; o acesso a equipamentos e recursos tecnológicos e a

oportunidade de formação continuada, buscam estimular os estudos do professor

pesquisador. Neste contexto de mudanças e avanços no ensino de Arte, a lei que

estabelece a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro- Brasileira e Indígena”,

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busca romper com uma hegemonia da cultura européia, ainda presente em muitas escolas.

Ainda no ano de 2008, foi sancionada a lei que estabelece a obrigatoriedade do ensino da

música na educação básica. Reconhece-se que os avanços recentes podem levar a uma

transformação no ensino de Arte. Entretanto, ainda são necessárias reflexões e ações que

permitam a compreensão da arte como campo do conhecimento, de modo que não seja

reduzida a um meio de comunicação para destacar dons inatos ou a prática de

entretenimento e terapia. Assim, o ensino de Arte deixará de ser coadjuvante no sistema

educacional para se ocupar também do desenvolvimento do sujeito frente a uma

sociedade construída historicamente e em constante transformação.

Importância da disciplina

O estudo da arte favorece aos estudantes a análise, reflexão e troca de idéias

sobre as práticas artísticas e a contextualização das mesmas, no mundo regional, nacional,

e internacional tomando um posicionamento. Enfim, a Arte é desde o início, a

comunicação visual de toda nossa história. Conhecer arte no Ensino Médio significa

apropriarem-se de saberes culturais e estéticos inseridos na sociedade, nas práticas de

produção e nas apreciações artísticas, que são fundamentais para a formação e

desempenho social do cidadão. Por ser um conhecimento humano articulado no âmbito

sensível-cognitivo, através da arte se manifestam significados, modos de criação e

comunicação sobre o mundo da natureza e da cultura, essa dimensão social das

manifestações artísticas revela modos de perceber, sentir e articular significados e valores

que orientam os diferentes tipos de relações entre os indivíduos da sociedade.

A inovação e a inventividade são necessidades humanas, assim, o ensino de artes

tem também a função de fazer a ponte para a aplicação do conhecimento das línguas

artísticas, aliado a percepção de contexto e conhecimentos práticos próprios de cada

individuo, para a criação artística e desenvolvimento da identidade do individuo. Busca

analisar o espaço da arte a partir de uma perspectiva histórica, procurando desenvolver no

estudante uma percepção ativa em relação à realidade.

2. OBJETIVOS:

2.1. Análise e compreensão

Observar, analisar, pensar e compreender critérios culturalmente construídos na

sociedade, de caráter filosófico, histórico, sociológico, antropológico, científico e

tecnológico, entre outros.

Analisar, discorrer e compreender os diferentes processos da Arte, seus

diferentes instrumentos materiais e ideais, suas manifestações socioculturais e históricas.

2.2. Observar e interagir

Apreciar a arte, em suas várias linguagens, desenvolvendo tanto prazer, quanto a

crítica estética a produtos das várias linguagens da arte.

Realizar produções artísticas, individuais e/ou coletivas nas várias linguagens da

arte.

2.3. Preservação e contextualização sócio-cultural

Analisar, refletir, preservar e respeitar as diversas manifestações de Arte - em

suas múltiplas funções - utilizadas por diferentes grupos sociais e étnicos, interagindo

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com o patrimônio nacional e internacional, que se deve conhecer e compreender em sua

dimensão sócio-histórica.

Para a formação social do cidadão, faz-se necessário os conhecimentos

artísticos, que leva ao exercício e à prática da sensibilidade expressiva, estética,

comunicativa, que é presença urgente na história da aprendizagem cultural dos jovens de

nosso País, humanizando-os e assim ajudando a humanizar mundo contemporâneo.

3. CONTEÚDOS

3.1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Conteúdos estruturantes são conhecimentos de grande amplitude, conceitos que

se constituem em fundamentos para a compreensão de cada uma das áreas de Arte. Os

conteúdos estruturantes são apresentados separadamente para um melhor entendimento

dos mesmos, no entanto, metodologicamente devem ser trabalhados de forma articulada e

indissociada um do outro. Os conteúdos estruturantes da disciplina de artes são:

Elementos formais;

Composição;

Movimentos e períodos.

Embora tempo e espaço tenha sido, inicialmente, considerado também conteúdo

estruturante da disciplina, sua relação com os demais e com os conteúdos específicos de

cada área de Arte revelou que ele é, antes, uma categoria que articula os conteúdos

estruturantes das quatro áreas de Arte, além de ter um caráter social.

3.2 CONTEÚDOS BÁSICOS

ARTES VISUAIS: Elementos Formais

Ponto, linha, forma, textura, superfície, volume, cor e luz.

COMPOSIÇÃO

Proporção, tridimensional, figura e fundo e perspectiva.

Figurativo e abstrato, simetria-assimetria, deformação e estilização.

Gênero: Paisagem, natureza morta, histórica, religiosa e da mitologia,

cenas do cotidiano, meio ambiente e ecologia.

Técnica: Pintura, desenho, escultura e gravura.

MOVIMENTOS / PERÍODOS

Arte Ocidental.

Arte Oriental.

Muralismo e Arte Latino-Americana.

Modernismo no Brasil.

Arte indígena.

Arte africana.

Arte Popular.

Arte urbana.

Arte contemporânea.

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Indústria Cultural.

Arte Brasileira e Paranaense.

Preservação do meio ambiente.

TEATRO: Elementos Formais

Personagens, expressões corporais.

COMPOSIÇÃO

Gênero: Cenografia, figurino, direção, produção.

Técnica: Roteiro, leitura dramática, mímica.

MOVIMENTOS / PERÍODOS

Teatro Greco-Romano.

Teatro Popular.

Indústria Cultural.

Teatro Paranaense.

Violência na escola.

MÚSICA: Elementos Formais

Altura, duração, timbre, intensidade, densidade.

COMPOSIÇÃO

- Gênero: erudito, popular, pop.

- Técnica: vocal, instrumental, eletrônica.

MOVIMENTOS / PERÍODOS

Latino-Americana.

Arte Ocidental.

Arte Oriental.

Africana.

Popular.

Indústria Cultural.

Brasileira e Paranaense.

Violência na escola.

DANÇA: Elementos Formais

Movimentos corporais, tempo e espaço.

COMPOSIÇÃO

Técnica: Lento, rápido, moderado, direções, movimentos.

MOVIMENTOS / PERÍODOS

Pré-história.

Dança clássica.

Dança popular.

Africana.

Indígena.

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197

Indústria Cultural.

Brasileira e Paranaense.

Latino-Americana.

Hip-Hop.

4. METODOLOGIA

A metodologia do ensino da Arte priorizará a interação da leitura da produção de

arte com a familiarização cultural e com o exercício artístico. Buscar-se-á formas

originais e interdisciplinares de expressar idéias com o grupo, promovendo observações,

experimentações, discussões e análises para que se possa entrar em contato, não só com

as área social, histórica e artística para a formação cultural brasileira, rompendo com

uma

hegemonia cultural européia vigente. Também inserir no transcorrer do curso debates

sobre temas contemporâneos, como à preservação do meio ambiente e violência escolar,

expressos através de pinturas, músicas e teatro. Entende-se que aprender arte envolve não

apenas uma atividade de produção artística pelos alunos, mas também compreender o que

fazer e o que os outros fazem; pelo desenvolvimento da percepção estética, por contato

com o fenômeno artístico, visto como objeto de cultura na história humana e como

conjunto das relações. Sabe-se que ao fazer e conhecer arte, o aluno percorre os trajetos

de aprendizagem que proporcionam conhecimentos específicos sobre a sua relação com o

mundo. Além disso, desenvolvem potencialidades que podem contribuir para a

consciência de seu lugar no mundo, e para compreensão de conteúdos das outras áreas do

conhecimento.

Dentro dos conteúdos elencados, contemplar as Leis nº 10.639/03 e Lei nº

11.645/08 que valoriza a cultura afro-brasileira e indígena resgatando as suas

contribuições nas áreas social, econômica, política e artística, tendo em vista que tais

culturas caracterizam a formação da população brasileira.

Também procura-se trabalhar a Lei 9795/99 da Educação Ambiental buscando

metodologias que conscientizem os alunos enquanto integrantes do meio ambiente e sua

responsabilidade para com o mesmo.

A partir dos conteúdos básicos da disciplina, sempre que houver a possibilidade,

serão trabalhados os conteúdos referentes ao Desenvolvimento Sócio-Educacional:

Cidadania e Direitos Humanos; Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso Indevido

de Drogas; Educação Ambiental; Diversidade (Relações Étnico-Raciais e Afro-

descendência; Educação Escolar Indígena; Gênero e Diversidade Sexual e Educação do

Campo).

A criação de um clima de parceria e construção coletiva, o respeito e a

valorização das idéias do aluno, facilitam a construção de uma relação interpessoal e

comunicação construtiva, sendo um elemento de grande motivação para a aprendizagem.

Também a utilização de toda forma de tecnologia presente na escola para auxiliar na

absorção de conhecimento pelo aluno, através do uso de imagens, vídeos e filmes,

buscando a memorização e construção de uma aprendizagem significativa. Hoje, a

existência da rede de internet favorece infinitamente a pesquisa de qualquer tema, assim,

é importante que os alunos tenham acesso a esta tecnologia, mas também se faz

necessário o auxilio aos alunos para que façam a pesquisa da maneira mais correta e ágil.

Na apresentação dos conteúdos serão utilizados vários elementos para alcançar todos os

meios de comunicação do aluno: como a escrita, mesmo que resumida, explicação verbal

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198

e debate sobre os temas, apresentação de imagens e vídeos, leitura de material, seja de

imagens, textos, revistas ou jornais, maquetes ou modelos, também a produção de

trabalhos práticos ou de pesquisa, tudo buscando contextualizar através da associação

com temas contemporâneos ou do cotidiano dos alunos.

5. AVALIAÇÃO

A avaliação será diagnóstica e processual, se dará através de um processo

contínuo e cumulativo do desempenho do aluno, deverá levar em conta as relações

estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciados

tanto no processo, quanto na produção individual e coletiva, desenvolvidas a partir desse

saberes, permitindo ao aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos estudados e

produzidos. Quanto aos instrumentos de avaliação deverão ser oportunizados, no mínimo

de 03 (três) avaliações, composto por seminários, debates, trabalhos teóricos e práticos,

individuais ou em grupos, discussões e pesquisas, provas com questões objetivas e

dissertativas. O sistema da avaliação consistirá também na observação e registro dos

caminhos percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os

avanços e dificuldades percebidas em suas criações/produções. O sistema de avaliação

será composto da seguinte somatória: 4,0 (quatro vírgula zero), referente às atividades

diversificadas, e 6,0 (seis vírgula zero), referente às provas escritas e/ou orais.

A recuperação de estudos acontecerá de forma permanente e concomitante,

contemplando os preceitos do Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar deste

estabelecimento. Para possibilitar essa avaliação individual, é necessário utilizar vários

instrumentos de avaliação, como diagnóstico inicial, durante o percurso e no final do ano

letivo por meio de trabalho em grupo, trabalhos artísticos, provas teóricas e práticas,

auto-avaliação, e exercícios realizados no caderno. A recuperação de estudos e de notas

será ofertada a todos os alunos no valor 10,0 (dez vírgula zero), possuindo valor

substitutivo, valendo sempre a maior, sendo que a de notas será optativa ao aluno com

média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero). Espera-se que com a avaliação em arte,

o aluno seja capaz de:

Utilizar o conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações

culturais.

Observar as relações entre a arte e a realidade, investigando, indagando,

exercitando a discussão, a sensibilidade, argumentando e apreciando a arte de

modo criativo.

Ler o mundo de maneira mais crítica e eficiente nos seus posicionamentos e em

suas tomadas de atitudes.

Entender o homem como um todo: razão e emoção, pensamento e percepção,

imaginação e reflexão, possibilitando a compreensão da realidade e um modo de

transformá-la.

Conhecer tanto o erudito como o popular, através dos movimentos artísticos,

patrimoniais e seus precursores.

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6. REFERÊNCIAS

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AZEVEDO, F. de. A. - Cultura Brasileira. 5ª edição, revista e ampliada. São Paulo:

Melhoramentos, Editora da USP, 1971.

BARBOSA, Ana Mae. História da Arte Educação – A experiência de Brasília – I

Simpósio Internacional de História da Arte Educação – ECA – USP, 1ª Ed, SP. Editora

Mas Limonade, 1986.

BENJAMIM, T. Walter. Magia e Técnica, Arte e Política. Obras escolhidas. Volume I

São Paulo: Brasiliense, 1985.

BOSSI, Alfredo. Reflexões sobre Arte;

CADERNOS TEMÁTICOS> Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-

brasileira nos currículos escolares/Paraná. SEED. Superintendência de Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. Curitiba.

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação

Básica – Arte. Paraná, 2008.

DUARTE JÚNIOR, J. F. Fundamentos Estéticos da Educação. 4ª Ed. Campinas, SP:

Papirus, 1993.

DUARTE JÚNIOR, J. F. Por que arte educação? 8ª Ed. Campinas, SP: Papirus, 1996.

ENCICLOPÉDIA – A Arte nos Séculos – Abril Cultural.

FERREIRA, A. B. H. Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa. RJ: Nova

Fronteira, 1995.

HANSEDALG, Ricardo. Raça e Gênero no sistema de ensino: os limites das políticas

universalistas na educação. Brasília, 2002.

NONELL, J. Bassegoda. Atlas de Historia da Arte, 3ª Edição, Barcelona: Ediciones

Jover, 1980.

MONTANER, Josep Maria As Formas do Século XX, 2ª Edição, Barcelona: Gustavo

Gili, 2002.

OSTROWER, Faiga. Universos da Arte, Campus, 1997.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Livro Didático Público de Arte, 2ª

Edição, Curitiba: SEED-PR, 2006.

PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e Grande Público: a distância a ser extinta.

Campinas: Autores Associados, 2003 (coleção polêmica do nosso tempo, 84).

PENTEADO, José de Arruda. Comunicação Visual e Expressão. Ed. Nacional, 1998.

PROENÇA, Graça. História da Arte. Ed. Ática. São Paulo, 1995.

SCHAFER, M. O ouvido pensante. SP: brasiliense, 1987.

PROJETO POLÉTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes

Montanha

REGIMENTO ESCOLAR - Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha

COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

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200

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

B I O L O G I A

COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

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CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

NRE: APUCARANA

ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA: BIOLOGIA

PROFESSORA: JOCELISE MARTINS DA SILVA

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA

A Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno vida em toda a sua

diversidade de manifestação.

Ao longo da história a interpretação do fenômeno vida sofreu muitas mudanças sempre

acompanhando a evolução e as necessidades da sociedade no momento histórico vivido.

Na idade média, a igreja tornou-se uma instituição poderosa, tanto no aspecto

religioso quanto no social, político e econômico. O conhecimento sobre o universo

vinculado em um Deus criador, foi oficializado pela igreja católica que o transformou em

dogma.

Essa concepção teocêntrica permeou as explicações sobre a natureza e

considerava que “para tudo que não podia se explicado, visto ou reproduzido, havia uma

razão divina; Deus era o responsável.” (RAW, SANT’ANNA, 2002.p 13).

A necessidade de organizar, sistematizar e agrupar o conhecimento produzido

pelo ser humano fez surgir as primeira universidade medievais, nos séculos IX e X ,

como as de Bolonha e Paris. Nessas universidades, mesmo sob a influência da Igreja, as

divergências relativas aos estudos dos fenômenos naturais prenunciaram mudanças de

pensamentos em relação ás concepções, até estão hegemônicas, sobre aqueles fenômenos.

Com o rompimento da visão teocêntrica e da concepção filosófico-teologica

medieval, os conceitos sobre o ser humano passaram para o primeiro plano, iniciando

uma nova perspectiva para a explicação dos fenômenos naturais.

Os estudos de zoologia desenvolveram-se mais rapidamente a partir dos avanços

tecnológicos, posteriores a 1800, com o desenvolvimento das técnicas de conservação

dos animais que permitiram estudos anatômicos comparativos.

Neste período surgiram novos conhecimentos biológicos, como por exemplo, a

classificação dos seres vivos numa escala hierárquica.

Enquanto a zoologia, a botânica e a medicina trataram de explicar a natureza de

forma descritiva, no contexto filosófico discutia-se a proposição de um método cientifico

a ser adotado para compreender a natureza. Em meio às contradições desse período

histórico, o pensamento do filosofo Francis Bacon (1561-1626) contribui para uma nova

visão de ciência, pois recuperou o domínio do ser humano sobre a natureza.

Os debates teóricos tornaram-se mais evidente com o questionamento sobre a

origem da Vida. As ideias sobre a geração espontânea, aceitas pelos naturalistas até o

século XIX, começaram a ser contrariadas no século XVII, quando o físico italiano

Francesco Redi (1626-1698), entre outros, apresentou estudos sobre a biogênese.

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O pensamento mecanicista reafirmou-se com a invenção e aperfeiçoamento de

instrumentos que permitiram ampliar a visão anatômica e fisiológica. Para entender o

funcionamento da Vida, a Biologia fracionou os organismos vivos em partes cada vez

mais especializadas e menores, com o propósito de compreender as relações de causa e

efeito no funcionamento de cada uma delas.

Entretanto as modificações nas estruturas sociais, políticas e econômicas,

concretizadas no Estado moderno europeu, favoreceram mudanças filosóficas e

cientificas.

Evidências sobre a extinção de espécies forjaram, no pensamento cientifico

europeu, à luz dos novos achados, proposições para a teoria da evolução em confronto

com as ideias anteriores. A ideia de mundo estático, que não admitia a evolução

biológica, cada vez mais foi confrontada.

No inicio do século XIX, o naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882)

apresentou sua ideias sobre a evolução das espécies. As espécimes coletadas Por ele nas

Ilhas Galápagos começaram a lhe oferecer evidencias de um mundo mutável. Com

Darwin a concepção teológica criacionista, que compreendia as espécies como imutáveis

desde sua criação, deu lugar á reorganização temporal dessas espécies, inclusive a

humana.

Em 1865, Mendel apresentou sua pesquisa sobre a transmissão de características

entre os seres vivos. Ainda não se conheciam os mecanismos de divisão celular e de

transmissão de caracteres hereditários. No entanto Mendel, baseado em conhecimentos

desenvolvidos por outros pesquisadores, acrescidos de sua formação matemática e com

cuidados especiais no planejamento e na execução das experiências realizou diversos

cruzamentos utilizando diferentes organismos. Destaque para as ervilhas (Pisum

sativum).

No século XX, a nova geração de geneticista confirmou os trabalhos de Mendel e

provocou uma revolução conceitual na Biologia que contribui para a construção de um

modelo explicativo dos mecanismos evolutivos, vinculados ao material genético, sob

influencia do pensamento biológico evolutivo.

Organizar os conhecimentos biológicos construídos ao longo da historia da

humanidade e adequá-los ao sistema de ensino requer compreensão dos contextos em

que a disciplina de Biologia é contemplada nos currículos escolares.

O sistema de ensino brasileiro sofreu mudanças significativas com a promulgação

da Lei n.5.692/71 que reformulou o ensino (básico) estruturando o primeiro e o segundo

graus. Essa lei trazia, dentre outras alterações, o estabelecimento de um ensino tecnicista

e a formação técnica compulsória para o segundo grau, visando atender o regime vigente,

voltado para o ideologia do nacionalismo desenvolvimentista.

Na década de 1990, as discussões sobre os processos de ensino-aprendizagem em

ciências foram “prioritariamente desenvolvidas a partir dos modelos de mudança

conceitual. [...] visando a construção de metodologias que (permitiam) a apropriação de

conceitos científicos por parte dos alunos, a partir de diferentes enfoques construtivistas”

(LOPES, 1999, p.201).

Ao final da década de 1980 e inicio da seguinte, no Estado do Paraná, a Secretaria

de estado da Educação propôs o Programa de Reestruturação do Ensino de Segundo Grau

sob o referencial teórico da pedagogia histórico-critica, na qual o conteúdo é visto como

produção histórica e social, a educação escolar tem a obrigação de oferecer e o aluno tem

o direito de conhecer. A abordagem desses conteúdos deve se dar na interação com a

realidade concreta do aluno. Esse novo programa analisava as relações entre escola,

trabalho e cidadania.

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Em 1998, foram promulgadas as diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino

Médio (DCNEM – Resolução CNE/CEB n.03/98), para normatizar a LDB n.9.394/96. O

ensino passou a ser organizado por áreas de conhecimento, ficando a Biologia disposta na

área de ciências da Natureza , Matemática e suas Tecnologias.

De modo geral, os PCN promoveram um esvaziamento dos conteúdos formais

nas disciplinas, o que também ocorreu no ensino de Biologia, com a presença de temas

geradores e criação de subsistemas, em que valores , conhecimentos e capacidades, e até

mesmo a ciência, estariam continuamente em transformação, mas orientados por uma

sociedade aberta e controlados pela competência individual.

O mundo moderno é palco de uma grande revolução científica e tecnológica que

está levando o ser humano a repensar sua postura perante o planeta e sua relação com ele,

implicando diretamente mudanças no ser, agir, pensar e conviver, cujos reflexos

começam a atingir, também, a educação.

Os conhecimentos de Biologia devem servir para que se entenda o mundo vivo,

pois só o compreendendo podemos respeitá-lo. Assim, o ensino de Biologia deve ter,

antes de qualquer objetivo, a finalidade de tornar o aluno um ser que respeita a vida. Toda

forma de vida.

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das

diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA , buscou-se, na história da ciência, os

contextos históricos nos quais influências religiosas, econômicas, políticas e sociais

impulsionaram essa construção., ora um pensamento biológico descritivo, ora

mecanicista ou evolutivo e mais recentemente o pensamento embasado nas

manipulações genéticas.

A disciplina de Biologia para o Ensino Médio está dividida em quatro eixos ou

conteúdos estruturantes que não resultam da apreensão contemplativa da natureza em

si, mas dos modelos teóricos elaborados pelo ser humano, que evidenciam o esforço

de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais. Estes conteúdos devem

ser trabalhados de forma interligada para garantir uma aprendizagem eficaz do

fenômeno vida.

Assim como as demais ciências a Biologia não é um saber neutro, mas sim, um

conjunto de fatos científicos socialmente produzidos numa sociedade historicamente

determinada. Com crescente valorização do conhecimento e a capacidade de inovar

exige pessoas capazes de aprender continuamente. Para tanto, a Biologia deve

permitir a compreensão dos avanços tecnológicos, considerando a Bioética, a

diversidade cultural, ética-racial e o desenvolvimento sustentável, visando bens

coletivos priorizando a conservação da vida e do ambiente, usufruindo sem destruir.

2.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DE BIOLOGIA

Conteúdos estruturantes são os saberes, conhecimentos de grande amplitude, que

identificam e organizam os campos de estudo,são fundamentais para as abordagens

pedagógicas dos conteúdos específicos e consequente compreensão de seu objeto de

estudo e ensino.Os conteúdos estruturantes foram assim definidos

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2.1. A organização dos seres vivos: Deve-se ampliar a discussão para além da

comparação das características anatômicas e comportamentais dos seres, abordando a

classificação dos seres vivos como uma tentativa de conhecer e compreender a

diversidade biológica propiciando a compreensão sobre como o pensamento humano,

partindo da compreensão de mundo imutável, chegou ao modelo de mundo em

constante mudança.

2.2. Os mecanismos biológicos não deve basear-se na análise dos

conhecimentos biológicos sob uma perspectiva fragmentada, pois este conhecimento

isoladamente, é insuficiente para permitir ao aluno compreender as relações que se

estabelecem entre os diversos mecanismos para manutenção da vida que constituem

os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a

respiração, até o estudo dos componentes celulares e suas respectivas funções.

É importante que o professor considere o aprofundamento, a especialização, o

conhecimento objetivo como ponto de partida para que se possa compreender os

sistemas vivos como fruto da interação entre seus elementos constituintes e da

interação deste sistema com os demais componentes do seu meio.

2.3. Biodiversidade: Pretende-se caracterizar a diversidade da vida como um

conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um

indivíduo, ou, ainda , de organismos no seu meio. Fundamenta-se na superação das

concepções alternativas do aluno com a aproximação das concepções científicas,

procurando compreender os conceitos da genética, da evolução e da ecologia, como

forma de explicar a diversidade dos seres vivos.

2.4.Manipulação Genética: o trabalho pedagógico, neste conteúdo estruturante,

deve abordar os avanços da biologia molecular; as biotecnologias aplicadas e os

aspectos bioéticos dos avanços biotecnológicos que envolvem a manipulação

genética, permitindo compreender a interferência do ser humano na diversidade

biológica.

Estes problemas relacionam os conteúdos da Biologia ao cotidiano do aluno para

ele busque compreender e atuar na sociedade de forma crítica.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

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ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS

MECANISMOS BIOLÓGICOS

BIODIVERSIDADE

MANIPULAÇÃO GENÉTICA

- Classificação dos seres vivos; critérios

taxônomicos e filogenéticos;

- Sistemas biológicos: anatomia, fisiologia e

morfologia

- Mecanismos do desenvolvimento

embriológico;

- Mecanismos celulares biofísicos e

bioquímicos;

- Teorias evolutivas;

- Transmissão das características hereditárias;

- Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os

seres vivos e interdependência com o ambiente.

- Organismos geneticamente modificados.

3.METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA

No ensino de Biologia, valoriza-se a construção histórica dos

conhecimentos biológicos, articulados à cultura científica, socialmente valorizada a

formação do sujeito crítico,reflexivo e analítico, em que o professor compartilha com os

alunos a afirmação e a produção de saberes científicos a favor da compreensão do

fenômeno VIDA.

Para as teorias críticas, nas quais as diretrizes curriculares se fundamentam,

o conceito de contextualização propicia a formação de sujeitos históricos – alunos e

professores –que, ao se apropriarem do conhecimento, compreendem que as estruturas

sociais são históricas, contraditórias e abertas. É na abordagem dos conteúdos e na

escolha dos métodos de ensino que as inconsistências e as contradições presentes nas

estruturas sociais são compreendidas. Essa compreensão se dá num processo de luta

política em que estes sujeitos constroem sentidos múltiplos em relação a um objeto, a

um acontecimento, a um significado ou a um fenômeno. Assim, podem fazer

escolhas e agir em favor de mudanças nas estruturas sociais.

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Críticos como Michael Apple (2006) e Henry Giroux (1983) propõem como

alternativa o fortalecimento de lutas contra-hegemônicas e de currículos que partam

das desigualdades e da diversidade, que valorizem e incorporem as culturas vividas

pelos alunos, respeitando seus saberes e suas experiências, e que possam desconstruir

as tradicionais fronteiras entre a cultura popular, a cultura erudita e a cultura de

massa.

A metodologia de ensino da Biologia, nessa concepção, envolve o conjunto de

processos organizados e integrados, quer no nível de célula, de indivíduo, de

organismo no meio, na relação ser humano e natureza e nas relações sociais,

políticas, econômicas e culturais.

Segundo GASPARIN (2002); e SAVIANI (1997); o ensino dos conteúdos

específicos de Biologia apontam para os seguintes processos pedagógicos:

Prática social: caracteriza-se por ser o ponto de partida onde se observa o

senso comum dos alunos a respeito do conteúdo a ser trabalhado.

Problematização: fase de detecção e apontamento das questões que

precisam ser resolvidas.

Instrumentalização: e a apresentação sistematizada dos conteúdos.

Catarse: é a fase em que o aluno confronta o conhecimento adquirido

com o problema em questão.

Retorno à prática social: É o retorno ao ponto de partida, mas agora com

um saber concreto e pensado de maior clareza e compreensão voltado

para o âmbito social.

Compreendendo a proposta dos Conteúdos Estruturantes o professor em suas

aulas pode contemplar os mais variados recursos como:

Exposição oral feita pelo professor, acompanhado de discussões onde o aluno

emita opiniões, levante hipóteses e construa novos conhecimentos.

Pesquisas, entrevistas, relatórios, resolução de atividades que explorem a

interpretação de gráficos, mapas e charges.

Debates em grupos e seminários

Aulas práticas

Visitas de estudo para buscar informações em outros ambientes

Jogos didáticos

Uso da TV multimídia

Todos esses recursos devem propiciar o encontro e o confronto das diferentes

idéias propagadas pela sala de aula.

As aulas de Biologia devem, segundo LIBÂNEO,(1983) propiciar ao educando a

compreensão da prática social, pois revelam a realidade concreta de forma crítica e

explicitam as possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de transformação

desta realidade.

Dessa forma visa-se a formação de um cidadão crítico, reflexivo e atuante em

seu meio.

Ainda com relação a abordagem metodológica, é importante que o professor de

biologia ao elaborar seu plano de trabalho docente, garanta o previsto na Lei

n.10.639/03 que torna obrigatório a presença de conteúdos relacionados a história e

cultura afro-brasileira e africana.igualmente deve ser resguardado o espaço para

abordagem da história e cultura dos povos indígenas, em concordância com a Lei

n.11.645/08.

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Quanto ao trabalho envolvendo a educação ambiental, em concordância com a Lei

n.9.795/99 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, este deverá ser

uma pratica educativa integrada, contínua e permanente no desenvolvimento dos

conteúdos específicos. Portanto é necessário que o professor contextualiza esta

abordagem em relação aos conteúdos estruturantes, de tal forma que os conteúdos

sobre as questões ambientais não sejam trabalhados isoladamente na disciplina de

Biologia.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação é uma prática inerente ao processo ensino-aprendizagem tanto

como meio de diagnóstico do processo quanto como instrumento de investigação da

prática pedagógica. Adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento analítico

do processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de ações

pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e

alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superarem os

obstáculos existentes.

A avaliação deve ser pensada de forma democrática e emancipadora que garanto

acesso ao conhecimento por parte do aluno e não visar a promoção ou a

exclusão do educando (KUENSER,2005). O termo avaliação está diretamente

ligado a intencionalidade do ensino de um determinado conteúdo, bem como

com o objetivo de acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos. De

acordo com Depresbiteris (2007), “ os critérios são os princípios que servirão

de base para o julgamento da qualidade dos desempenhos, compreendidos

aqui, não apenas como execução de uma tarefa, mas como mobilização de

uma série de atributos que para ela convergem.”

Considera-se a avaliação em Biologia um instrumento de aprendizagem que

forneça um feedback adequado para promover o avanço dos alunos, e não apenas uma

classificação de quanto cada um sabe.

No processo educativo, a avaliação assume uma dimensão formadora, uma

vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também

permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.

Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa

dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Logo assumir

fundamentos teórico-metodológicos que garantam uma abordagem crítica para o ensino

de Biologia, propõe-se um trabalho pedagógico em que se perceba o processo cognitivo

contínuo, inacabado, portanto, em construção.

Nesta perspectiva, a avaliação como momento do processo ensino aprendizagem,

abandona a ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos impostos à continuidade

do processo. Ao contrário, o aparecimento de erros e dúvidas dos alunos constituem

importantes elementos para avaliar o processo de mediação desencadeado pelo professor

entre o conhecimento e o aluno. A ação docente também estará sujeita a avaliação e

exigirá observação e investigação visando à melhoria da qualidade do ensino.

Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o

desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as

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208

práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir

novas práticas educativas (LIMA, 2002).

Enfim, adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento analítico do

processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de ações

pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e

alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superarem os

obstáculos existentes.

No ensino de Biologia para os alunos do Ensino médio espera-se que o aluno:

• Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;

• Estabeleça relações entre as características específicas dos micro-organismos, dos

organismos vegetais e animais, e dos vírus;

• Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular),

tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia

(autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);

• Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e

molecular) dos seres vivos;

• Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas

biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular,

esquelético, excretor, sensorial e nervoso);

• Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;

• Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que

ocorrem no interior das células;

• Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução,

respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;

• Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais

frequentes nos sistemas biológicos (histologia);

• Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das

espécies;

• Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade dos

seres vivos;

• Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os seres

vivos;

• Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as

relações existentes entre estes;

• Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção do

equilíbrio dos ecossistemas;

• Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o meio

em que vivem;

• Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados

decorrentes de sua aplicação/utilização;

• Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos

aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas sócio-

ambientais;

• Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem

na diversidade biológica;

• Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da

pesquisa científica que envolve a manipulação genética.

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209

O sistema de avaliação é trimestral e será composto pela somatória do valor

4,0(quatro) referente a atividades diversificadas, mais o valor 6,0(seis) resultante de

provas oral e escrita escrita, somando-se assim 10.0 pontos.

Caso o aluno não tenha se apropriado dos conteúdos propostos pelo professor,

será ofertado a recuperação do conteúdo, paralelamente aos estudos e a oportunidade de

realizar a recuperação de notas através de um instrumento com valor 10,0 (dez vírgula

zero), a todos os alunos, sendo optativa aos alunos que apresentam média igual ou

superior a 6,0 (seis vírgula zero).

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SEED. Diretrizes curriculares de educação básica Biologia. 2008. Paraná

GASPARIN,J.L.Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores

Associados, 2002.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico- crítica: primeiras aproximações. Campinas/ SP:

Autores Associados , 1997.

COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA NADIR MENDES MONTANHA. Regimento

escolar. Arapongas, 2011.

COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA NADIR MENDES MONTANHA. Projeto

Político Pedagógico. Arapongas, 2011.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

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E D U C A Ç Ã O

F Í S I C A

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NRE: APUCARANA

ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA

PROFESSORES: ROSIMAR LIMA

1. APRESENTAÇÃO

A Educação Física passou e passa por uma transformação, desde que foi

constituída (Rui Barbosa - l.882), até os dias atuais. As tendências da disciplina,

conforme seu momento histórico foram HIGIENICISTA - (formação de homens

saudáveis), MILITARISTA -(formação para servir a Pátria), PEDAGOGISTA - (Proj.

Educativo), COMPETITIVISTA - (formação de atletas), POPULAR-(trabalhadores

passaram a influenciar a prática de atividades lúdicas). Nestas mudanças, conferiu - se a

Educação Física características que a reconhecia a partir de uma proposta biológica e

fisiológica, onde o desenvolvimento físico e motor (aptidão física) eram entendidos

como capazes de promover uma educação integral do ser humano, sem dar, porém,

significado as ações culturalmente produzidas ao longo da história.

Por ser a Educação Física uma disciplina que tem como objeto de estudo a

cultura corporal de movimento, como tal, deve provocar nos educandos reflexões sobre o

significado do que é “seu corpo” no mundo moderno, através de suas manifestações

diferenciadas. Neste sentido, dá-se importância os signos sociais que se expressam por

meio do preconceito social, da sexualidade, da diferenciação entre gêneros, da violência,

da exacerbação, da vaidade, do excesso de consumo, etc.

Diante destas considerações a Educação Física, possibilita ao educando “um

pensar” crítico sobre suas experiências corporais, bem como os princípios e valores

inerentes ao ser humano. Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física

tratado nestas Diretrizes, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos

Estruturantes propostos, segue descrito abaixo a contribuição de cada um dos conteúdos

para, a formação do educando.

1.1. OBJETIVO GERAL

Fazer do educando um cidadão crítico, sujeito às ações e movimentos,

consciente que o corpo age, brinca, aperfeiçoa, dança, segue modelos, adoece,

socializa-se;

Termos corporais, onde possa respeitar as diferenças Intensificar a compreensão

do aluno (a), sobre a diversidade, cultural em;

Vivenciar e explorar sua corporalidade por meio de atividades e experiências

orientados pelo professor

Superar na Educação Física o caráter de mera atividade de “prática pela prática”;

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212

Adotar hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais,

refletindo sobre sua própria saúde e da comunidade;

Conhecer e discutir o papel da “mídia”, na sua vida: saúde, beleza, consumismo,

preconceitos etc.

Organizar e interferir no espaço, bem como reivindicar locais adequados para

atividades físicas e lazer, em busca de uma melhor qualidade de vida;

Conhecer, valorizar e respeitar pluralidade cultural de um povo;

Proporcionar atividades ao educando, de modo que ele possa dar continuidade a

esta aprendizagem no seu dia a dia;

Domínio de corpo de conhecimentos acadêmicos; adquirir habilidades para a

vida de trabalho;

Adquirir capacidade de tomar decisões e posições, a partir de análises;

Adquirir habilidades de síntese e aplicação de conhecimentos;

Compreensão e uso de tecnologias;

Formação de juízos de valor a partir da vivência no ambiente social;

Adquirir leitura e escrita e uso competente de tais habilidades;

Cooperação individual e coletiva em situações particulares, locais e globais;

Compreensão de deveres e direitos de cidadania.

2. CONTEÚDOS

2.1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ESPORTE

Garantir aos alunos o direito de acesso e de reflexão sobre as práticas esportivas,

além de adaptá-las à realidade escolar, devem ser ações cotidianas na rede pública de

ensino.

Nesse sentido, a prática pedagógica de Educação Física não deve limitar-se

ao fazer corporal, isto é, ao aprendizado única e exclusivamente das habilidades físicas,

destrezas motoras, táticas de jogo e regras.

JOGOS E BRINCADEIRAS

No caso do jogo, ao respeitarem seus combinados, os alunos aprendem a se

mover entre a liberdade e os limites, os próprios e os estabelecidos pelo grupo. Além de

seu aspecto lúdico, o jogo pode servir de conteúdo para que o professor discuta as

possibilidade de flexibilização das regras e da organização

coletiva.

GINÁSTICA

Espera-se que os alunos tenham subsídios para questionar os padrões estéticos, a

busca exacerbada pelo culto ao corpo e aos exercícios físicos, bem como os modismos

que atualmente se fazem presentes nas diversas práticas corporais, inclusive na ginástica.

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LUTAS

Ao abordar esse conteúdo, deve-se valorizar conhecimentos que permitam

identificar valores culturais, conforme o tempo e o lugar onde as lutas

foram ou são praticadas.

DANÇA

A dança é a manifestação da cultura corporal responsável por tratar o corpo e

suas expressões artísticas, estéticas, sensuais, criativas e técnicas que se concretizam em

diferentes práticas, como nas danças típicas (nacionais e regionais), danças folclóricas,

danças de rua, danças clássicas entre outras.

2.2. CONTEÚDOS BÁSICOS

MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS

Fundamentos técnicos;

Regras;

Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;

Esporte como fenômeno de massa;

Jogo;

Análise crítica das regras;

O sentido da competição esportiva;

Modelo da sociedade que os produziram;

Influência nos esportes dos diferentes modelos da sociedade;

Possibilidades dos esportes como atividade corporal;

Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.

Táticas

Para que e quem serve

Incorporação pela sociedade brasileira

O esporte na sociedade capitalista

Profissionalização do esporte

MANIFESTAÇÕES GINÁSTICAS

Origem da ginástica e sua mudança no tempo;

Diferentes tipos de ginásticas;

Princípios básicos de diferentes ginásticas;

Cultura da rua, cultura do circo: malabares, acrobacia, etc.

Práticas ginásticas.

JOGOS, BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS.

A construção coletiva de jogos e brincadeiras;

Por que brincamos?

Oficina de construção de brinquedos;

Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e cirandas;

Diferentes manifestações e tipos de jogos;

Jogos e brincadeiras com ou sem materiais;

Diferenças entre jogos e esportes.

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214

DANÇA

A dança como possibilidades de manifestação corporal;

Diferentes tipos de dança;

Por que dançamos;

Danças tradicionais e folclóricas;

Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;

Expressão corporal com e sem matérias.

4- ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

ESPORTE

Recorte histórico delimitando tempos e espaços.

Esporte de rendimento X qualidade de vida.

Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.

Regras oficiais e sistemas táticos.

Súmulas, noções e preenchimento.

Conhecimento popular X conhecimento científico.

Relação Esporte e Lazer.

Função social.

Esporte e mídia.

Esporte e ciência.

Doping e recursos ergogênicos.

Nutrição, saúde e prática esportiva.

Organização de campeonatos, montagem de tabelas, formas de disputa.

Apropriação do Esporte pela Indústria Cultural.

JOGOS E BRINCADEIRAS

Apropriação dos Jogos pela Indústria Cultural.

Organização de eventos.

Dinâmica de grupo.

Jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e tempos de

lazer.

Recorte histórico delimitando tempo e espaço.

DANÇA

Dança e expressão corporal e diversidade de culturas.

Diversidade de manifestações, ritmos, dramatização, danças temáticas.

Interpretação e criação coreográfica.

Alongamento, relaxamento e consciência Corporal.

Apropriação da Dança pela Indústria Cultural.

Diferentes tipos de dança.

Organização de Festival de Dança.

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215

GINÁSTICA

Função social da ginástica.

Fundamento da ginástica.

Ginástica no mundo do trabalho (ex. (Laboral).

Ginástica X sedentarismo e qualidade de vida.

Correções posturais.

Grupos musculares, resistência muscular ,

Diferença entre resistência e força; tipos de força; fontes energéticas.

Diferentes métodos de avaliação e análise com testes físicos e planejamento

de treinos.

Festival de ginástica.

Frequência cardíaca.

Fonte metabólica e gasto energético.

Composição corporal.

Ergonomia, DORT e Lesão por Esforço

Repetitivo (LER).

Construção cultural do corpo.

Desvios posturais.

Apropriação da Ginástica pela Indústria Cultural.

LUTAS

Histórico, filosofia e características das diferentes artes marciais.

Lutas X Artes Marciais.

Histórico, estilos de jogo/luta/dança,

Musicalização e ritmo gingam, confecção de instrumentos, movimentação, roda

etc.

Artes marciais, histórico, técnicas, táticas/estratégias.

Apropriação da Luta pela Indústria Cultural.

5. ELEMENTOS ARTICULADORES.

O corpo que brinca e aprende - manifestações lúdicas;

O desenvolvimento corporal e a construção da saúde;

O corpo no mundo do trabalho.

6. DESENVOLVIMENTO SÓCIO EDUCACIONAL

Ética

Cultura da paz

Sexualidade

Prevenção de entorpecentes

Cidadania

Mídia

Saúde

Meio ambiente

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Estética corporal

O lazer

A diversidade (étnico-racial, sexual, indígena, alunos portadores de necessidades

especiais).

6. METODOLOGIA

Tanto na aprendizagem quanto no ensino da Educação Física, o método é um

processo que associa a dinâmica da sala de aula à intenção prática do aluno para uma

maior compreensão da realidade, fazendo-o formular conceitos próprios a partir dos

temas apresentados.

Discutir, previamente, sobre o que, como, quando e por que tal ação é

importante, provocando no aluno (a), a reflexão, formulando sua opinião, interpretação e

explicação sobre o que está acontecendo, com base nos objetivos pautados.

A ação pedagógica da Educação Física, pode ser de variada, tornando os

conteúdos mais interessantes e significativos, utilizando recursos dos mais diversos, onde

o aluno passa a perceber a inter-relação entre o conhecimento crítico-teórico e volta

novamente para a prática social concreta.

A inclusão de temas sócio-culturais no currículo transcende o âmbito das

diversas disciplinas e corresponde aos Desafios Educacionais contemporâneos,

preconizados pelas DCEs e serão agregados, sempre que possível, a temática que

evidenciem os contextos da comunidade onde a Escola está inserida.

Na metodologia crítico-superadora, o conhecimento é transmitido, levando-se

em conta o momento político, histórico, econômico e social em que está inserido,

seguindo as estratégias, práticas sociais, problematização, instrumentalização, cartase e

retorno à prática social.

A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação (aluno) para a

construção do conhecimento escolar.

A PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio, é o momento em que a prática social

é colocada em questão, analisada e interrogada.

A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo

sistematizado é colocado à disposição dos alunos para que assimilem e o recriem, ao

incorporá-lo, transformá-lo em instrumentos de construção pessoal e profissional

(Gasparim, 2002 pg53).

A CARTASE é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que

assimilou.

O RETORNO À PRÁTICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo

pedagógico na perspectiva histórico-crítica.

Recursos Didáticos

Utilização do laboratório de informática para trabalho de pesquisas;

TV Multimídia para apresentação de filmes e vídeos sobre os esportes

Biblioteca para pesquisa e Leitura;

Data-show para apresentação de trabalhos;

Rádio para apresentação de trabalhos com dança

Livro de apoio

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217

7. AVALIAÇÃO

O processo de avaliação da disciplina da Educação Física, individual ou coletiva,

será contínua, incluindo o aluno(a) como participante e contribuindo para o

desenvolvimento da responsabilidade e compreensão na construção do conhecimento

teórico e prático. No decorrer das aulas, o conteúdo programado pode ser reavaliado e

alterado de acordo com as dificuldades encontradas nas avaliações que foram feitas, para

melhor aproveitamento do educando.

Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo e cumulativo que servirá

para requisitar o processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem, bem

como planejar e propor outros encaminhamentos que vise a superação das dificuldades

constatadas nas diversas manifestações corporais, evidenciadas nas brincadeiras, jogos e

brinquedos, manifestações ginásticas, manifestações esportivas, danças e teatro.

7.1. Critérios de avaliação:

Expressar as ideias com clareza (coerência e coesão);

Espera-se que o aluno conheça a origem dos diferentes esportes;

Vivenciar e conhecer o contexto, históricos dos jogos, brinquedos e brincadeiras;

Criação e adaptação de diferentes sequências de movimentos;

Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico através dos aspectos

históricos dos conteúdos estruturantes;

A recuperação de conteúdos é um direito de todos os educandos, e será paralela ao

processo ensino e aprendizagem. A recuperação de notas será oferecida a todos os alunos,

através de um instrumento no valor 10,0 (dez virgula zero) sendo optativa aos alunos que

atingiram a média trimestral mínima 6,0 (seis vírgula zero), será oferecida outra avaliação

no valor 10,0 (dez vírgula zero),lembrando que possui valor substitutivo, prevalecendo

sempre a maior nota

.

7.2. Instrumentos de Avaliação:

Essas avaliações se darão através dos seguintes instrumentos:

Observação direta nas atividades

Atividades com recursos Audiovisuais

Trabalho em grupo

Trabalho individual

Debate

Seminário

Relatório

Pesquisa de campo

Avaliações teóricas

Avaliações práticas

Projeto

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218

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRACHT, Valter, A Constituição das Teorias Pedagógicas da Educação Física.

Cadernos CEDES, vol.19 n. º 48. Campinas-1999.

Depart. de Ensino Médio julho. 2008

Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná.

Diretrizes Curriculares - Julho 2008

MARCOS, Cordiolli Diversidade e Pertinência na Construção Curricular.

SEED. Educação Física - Secretaria de Estado da Educação. Curitiba-2006.

Orientações Curriculares.

Projeto Político Pedagógico – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha

Regime Escolar- Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha

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COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

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F I L O S O F I A

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NRE: APUCARANA

ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA: FILOSOFIA

PROFESSORES: MANOEL SIMÕES NETO

1. APRESENTAÇÃO:

Compreender importância do ensino da Filosofia no Ensino Médio é entendê-la

como um conhecimento cuja especificidade contribui para a formação do aluno. Cabe a

ela indagar a realidade, refletir sobre as questões que são fundamentais para os homens,

em cada época.

A Filosofia torna possível ao homem compreender a significação do mundo, da

cultura, da história: o sentido das criações humanas nas artes, na ciência, e na política.

Possibilita uma compreensão do homem e do mundo que incita o indivíduo à não se

deixar levar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos. Permite

engendrar o abandono da ingenuidade e dos preconceitos do senso comum.

A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, mas rigorosa,

sistemática e deve sempre pensar o problema em relação à totalidade, para

alcançar a radicalidade do problema, isto é, ir à sua raiz. Isso é uma resposta à

necessidade – apontada pelas Diretriz Curricular da Educação Básica para a

disciplina de Filosofia – de preparar os alunos para ler filosoficamente textos de

outras naturezas, levando-os a perceber que as discussões filosóficas não têm

interesse restrito e se encontram disseminadas em outras áreas do saber.

Tendo a tarefa de reflexão e de crítica da estrutura social, a partir da tomada de

consciência de nossos problemas e das principais questões elaboradas pela história do

pensamento filosófico – mediante a linha condutora dos conteúdos estruturantes

propostos na Diretriz Curricular de Filosofia do Estado do Paraná – é possível que a

Filosofia cumpra seu papel de reflexão teórico-crítica de problemas que são colocados

pelas próprias relações humanas com a natureza e com o momento histórico em que nos

encontramos.

Assim, é necessário deixar claro que a Filosofia enquanto disciplina curricular

do Ensino Médio, deve se desenvolver sobre as bases de um conteúdo cuja especificidade

não pode ser relegado a segundo plano, a saber, os conceitos e problemas historicamente

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desenvolvidos no corpo da própria Filosofia, bem como a problematização, a

investigação e a criação de conceitos.

Contribuir para a aquisição de conhecimento da própria atividade pensante, que

permite contribuir-lhe na forma de valor de julgamento ético-moral.

Formar o hábito da reflexão sobre a própria experiência possibilitando a

formação de juízos de valor autônomos que subsidiem a conduta do sujeito

dentro da escola e fora dela.

Desenvolver o senso de liberdade e responsabilidade na sociedade em que vive,

considerando a escola como parte da vida do aluno.

Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico, apreensão de

conceitos, argumentação e problematização.

Articular teorias filosóficas e o tratamento de temas e problemas científicos,

tecnológicos éticos e políticos, sócio-culturais com as vivências pessoais.

Trabalhar com textos que incluam termos e conceitos cotidianos que facilitem a

interação no contexto social;

Realizar atividades que levem o aluno a perceber a multiplicidade de pontos de

vista e articulações possíveis entre os mesmos; estimular a atitude de respeito

mútuo e cidadania participativa;

Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros;

Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo;

Conteúdos Estruturantes

Os conteúdos apresentados nesse planejamento seguem as orientações da DCE

de Filosofia, o qual organizou-se também o livro didático público de Filosofia, a partir de

conteúdos denominados conteúdos estruturantes, ou seja, conteúdos que se constituíram

historicamente e são basilares para o ensino de filosofia.

2. CONTEÚDOS

2.1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

MITO E FILOSOFIA

A compreensão histórica de como surgiu o pensamento racional/conceitual entre

os gregos foi decisiva no desenvolvimento da cultura da civilização ocidental. Entender a

conquista da autonomia da racionalidade diante do mito marca o advento de uma etapa

fundamental do pensamento e do desenvolvimento de todas as concepções científicas

produzidas ao longo da História.

TEORIA DO CONHECIMENTO

A teoria do conhecimento se ocupa de modo sistemático com a origem, a

essência e a certeza do conhecimento humano. Em contato com as questões acima e ao

deparar-se com a realidade que o cerca, o estudante do Ensino Médio pode exercer a

atividade filosófica ao tentar encontrar caminhos e respostas diferentes para elas. Além de

evidenciar para o educando os limites do conhecimento

ÉTICA

No Ensino Médio, importa chamar a atenção para os novos desafios da ética na

vida contemporânea, quando enfrentamos, por exemplo, a contradição entre projeto de

construção de sociedades livres e democráticas e o crescimento dos fundamentalismos

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222

religiosos e do pragmatismo político que busca reordenar os espaços privados e públicos.

FILOSOFIA POLÍTICA

No Ensino Médio, a Filosofia Política, por meio dos textos filosóficos, tem por

objetivo problematizar conceitos como o de cidadania, democracia, soberania, justiça,

igualdade e liberdade, dentre outros, de maneira a preparar o estudante para uma ação

política consciente e efetiva.

FILOSOFIA DA CIÊNCIA

A Filosofia da Ciência se oferece como um conteúdo capaz de questionar o

momento que vivemos de ufanismo à ciência. No Ensino Médio, portanto, importa

estudar a Filosofia da Ciência na perspectiva da produção e do produto do conhecimento

científico, problematizar o método e possibilitar o contato com o modo como os cientistas

trabalham e pensam. A partir dos conteúdos estruturantes, adaptamos os conteúdos

específicos e complementares que irão ser trabalhados com os alunos no decorrer do ano

letivo.

ESTÉTICA

Aos estudantes do Ensino Médio, a Estética possibilita compreender a apreensão

da realidade pela sensibilidade, perceber que o conhecimento não é apenas resultado da

atividade intelectual, mas também da imaginação, da intuição e da fruição, que

contribuem para constituir sujeitos críticos e criativos.

2.2 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

MITO E FILOSOFIA

1. O que é mito; O nascimento da Filosofia ou Surgimento da Filosofia

2. Os deuses da Mitologia grega;

3. As funções do Mito / A consciência mítica

4. Filosofia, mito e senso comum;

5. O que é Filosofia

6. Do mito para o logos;

7. Mitos contemporâneos;

8. Do senso comum ao pensamento filosófico: Ironia e maiêutica;

9. A filosofia e o conhecimento em si

10. Cosmogonia e Cosmologia (Filósofos pré-socráticos);

11. Diferentes modos de conhecer;

12. A filosofia e o conhecimento de si

TEORIA DO CONHECIMENTO

1. O problema do conhecimento

2. Filosofia e método

3. Perspectiva do conhecimento

4. Da possibilidade do conhecimento;

5. O valor do conhecimento

6. A verdade;

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7. A extensão do conhecimento;

8. Entre a teoria e a prática;

9. O relativismo antropológico dos sofistas;

10. Os socráticos e a busca de um saber universalmente válido;

11. A filosofia medieval e a questão dos universais;

12. Racionalismo cartesiano;

13. Empirismo inglês;

14. O criticismo kantiano;

15. O positivismo de comte;

16. O idealismo hegeliano e o materialismo marxista.

ÉTICA

1 Concepções éticas;

2. Os problemas da ação ética;

3. A existência da ética

4. O objeto da ética;

5. Doutrinas éticas

a) Concepção grega;

b) Ética Cristã (patrística e medieval);

c) O problema ético na modernidade;

d) Ética contemporânea;

6. A responsabilidade moral, determinismo e liberdade.

FILOSOFIA POLÍTICA

1. Invenção da Política/ Introdução à Política

2. Antiguidade grega e Política normativa;

3. A ágora e a assembleia: igualdade nas leis e no direito à palavra

4. Platão e a República;

5. O pensamento político de Aristóteles e as formas de governo;

6. Idade Média: a vinculação da Política à Religião;

7. Estado e Igreja : A cidade de Deus (Santo Agostinho).

8. Hobbes e o poder absoluto;

9. A teoria política de Locke

10. Rousseau e a democracia direta;

11. A política em Maquiavel

FILOSOFIA DA CIÊNCIA

1. Concepções de ciência;

2. Do Senso comum e ciência

3. Pensar a ciência;

4. Progresso da ciência;

5. A tecnologia a serviço de objetivos humanos e os riscos da tecnocracia;

6. O mito da neutralidade científica;

7. Características do método cientifico;

8. A ciência antiga e Medieval;

9. A revolução científica do século XVII

10. O método da ciência e da natureza;

11. Bioética;

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224

12. Atitude científica.

13. Cientificismo;

14. Caráter provisório da ciência.

15. Clonagem.

ESTÉTICA

1. Concepções de Estética

2. Pensar a Beleza;

3. A poética é mais verdadeira que a história;

4. A beleza da cultura afro e indígena;

5. A Universidade do gosto;

6. O universo da arte;

7. Necessidade ou fim da arte;

8. Os diversos tipos de valores e funções da arte: Cinema e uma nova percepção;

9. A arte como forma de conhecer o mundo;

10. Arte e sociedade;

11. Arte e Filosofia

12. Estética e desenvolvimento da sensibilidade e da imaginação

13. A indústria cultural e a cultura de massa;

14. Os problemas da ação estética;

15. Necessidade ou fim da arte.

16. A questão da arte e da indústria cultural (Benjamim e Adorno).

3. METODOLOGIA

Tendo em vista os objetivos propostos para o Ensino Médio, a saber, a

contribuição para a formação do caráter, do raciocínio crítico e criativo, cujo resultado é

em última instância a cidadania participativa, as práticas pretendidas na disciplina de

Filosofia serão no sentido de levar o aluno a questionar sua realidade, analisar, comparar,

decidir, planejar e expor idéias, bem como ouvir e respeitar as de outrem. O trabalho com

os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos básicos dar-se-á em quatro

momentos:

A mobilização para o conhecimento;

A problematização;

A investigação;

A criação de conceitos.

As atividades nas aulas ocorrerão conforme o tema tratado exigir: aulas

expositivas (com abertura ao debate), estudo e reflexão de textos de caráter filosófico –

ou que possam dar margem à reflexão de cunho filosófico – redação e apresentação de

trabalhos, bem como atividades de pesquisa, por exemplo, a consulta ao acervo da

Biblioteca do Professor e à Antologia de Textos Filosóficos, disponíveis em todas as

escolas de Ensino Médio do Estado do Paraná, além de outras fontes. Ou, ainda,

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pesquisas e exploração dos recursos de estudo e pesquisa disponíveis no Portal Dia-a-dia

Educação.

Dessa forma, cremos estar caminhando em direção ao desenvolvimento de

valores importantes para a formação do estudante do ensino médio: espírito crítico e

criativo, solidariedade, responsabilidade e compromisso pessoal.

Recursos didáticos:

Como recursos didáticos para efetivação do trabalho serão utilizados:

Laboratório de informática;

Softwares para elaboração de aulas, trabalhos etc;

Portal Dia a Dia Educação;

Domínio Público;

Biblioteca do Professor e do Aluno;

TV e DVD;

TV/Pen Drive;

Datashow;

Retroprojetor;

Mecanismos de Armazenamento (pen drive, cd-r, cd-rw, dvd-r, dvd-rw);

4. AVALIAÇÃO

A avaliação será trimestral e ocorrerá no sentido de contribuir tanto para o

professor, possibilitando avaliar a própria prática, como para o desenvolvimento do

aluno; permitindo-lhe perceber seu próprio crescimento e sua contribuição para a

coletividade, mediante a criação de conceitos.

Será, portanto, de caráter diagnóstico e somativo, conforme o desempenho

individual e/ou coletivo. Quanto aos instrumentos avaliativos, serão adotados no mínimo

de 03 (três) instrumentos, conforme o descrito no Regimento Escolar sendo 4,0 (quatro

vírgula zero) para atividades diversificadas e 6,0 (seis vírgula zero) para provas oral ou

escrita.

Textos produzidos pelos alunos;

Participação em sala de aula;

Atividades e exercícios realizados em classe ou extraclasse, de pesquisa;

Testes escritos;

Apresentação dos temas (oral ou escrita) em estudo;

Registro das aulas, conforme a necessidade;

Debates

Seminários

Prova oral e escrita

Auto avaliação

A recuperação de estudos será paralela ao processo ensino e aprendizagem

assegurando a apropriação dos conteúdos pelos alunos. A recuperação de notas será

ofertada a todos os alunos, com novos instrumentos de avaliação no valor de 10,0 (dez

vírgula zero) possuindo valor substitutivo valendo sempre a maior nota, sendo optativa

aos alunos que atingiram média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) conforme Art.

112 do Regimento Escolar.

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226

1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

_________. História da Filosofia. Lisboa: Editorial Presença, 1970.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:

Introdução à filosofia. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 1993.

BUZZI, Arcângelo. Filosofia para principiantes: a existência humana no mundo. 6ª

ed. Petrópolis: Vozes, 1997.

CHÂTELET, F. História da Filosofia, idéias e doutrinas – o século XX. Rio de

Janeiro: Zahar, s/d, 8 vol.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995.

CORDI, Cassiano et all. Para Filosofar. São Paulo: Scipione,2000.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2005.

DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO. Diretriz Curricular de Filosofia. Curitiba:

junho, 2006.

FOLSCHEID, Dominique; WUNEMBURGER, Jean-Jacques. Metodologia Filosófica.

São Paulo: Martins Fontes, 1999.

NOVA CULTURAL. Coleção Os Pensadores. São Paulo, 1999.

REGIMENTO ESCOLAR – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes

Montanha

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227

COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

F Í S I C A

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COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

NRE: APUCARANA

ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA: FÍSICA

PROFESSORES: IRENE GALUCH

1. APRESENTAÇÃO

A Física representa uma produção cultural, construída pelas relações

sociais e que está em constante evolução. É a parte da ciência que estuda os fenômenos

da natureza, despertando o interesse do educando, levando-o a questionar, refletir e

estudar o mundo que o rodeia, preparando-o para o exercício da cidadania.

É uma ciência voltada ao desenvolvimento tecnológico e social, portanto

torna-se indispensável a compreensão de suas leis e da sua história, para uma melhor

compreensão do meio em que vivemos.

O ensino da Física terá um significado real quando a aprendizagem partir

das idéias e fenômenos que façam parte do contexto do aluno, possibilitando analisar o

senso comum e fortalecer os conceitos científicos na sua experiência de vida. Também é

preciso que o mesmo entenda a relação existente entre o desenvolvimento dessa ciência

com o conseqüente progresso tecnológico.

A Física deve estar voltada para a formação do educando, proporcionando-

lhe conhecimento para a vida, independente da sua escolaridade futura. Deve possibilitar

aos jovens adquirir instrumentos para a vida, para o raciocínio, para a compreensão das

causas e razões das coisas, para exercer seus direitos, para cuidar da sua saúde, para

participar das discussões em que estão envolvidos, para atuar, para transformar; enfim,

para realizar-se, para viver. Sendo assim, uma educação para a cidadania.

Esta disciplina, portanto, atua como um campo estruturado de

conhecimentos que permite a compreensão dos fenômenos físicos que cercam o mundo

macroscópico e microscópico. O Universo em toda a sua complexidade é o objeto de

estudo da Física, considerando sua evolução, suas transformações e as interações que se

apresentam, devendo ser estudada como construção humana, nos aspectos de sua história

e relações nos contextos cultural, social, ambiental, político e econômico.

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2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O estudo da Física se baseia nas três teorias unificadoras, que estabelecem

os conteúdos estruturantes: Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo. Desses

estruturantes derivam os conteúdos básicos a serem desenvolvidos de forma a garantir

uma cultura científica o mais abrangente possível, do ponto de vista da Física.

Movimento:

O estudo dos movimentos constitui uma base para a compreensão de

conceitos a respeito de energia e momentum; colisões; impulso; força e gravitação

universal de Newton, pois em todos esses assuntos existe a idéia de mudança de posição.

Termodinâmica:

As Leis da Termodinâmica contribuem para a elaboração de conceitos,

como: temperatura; calor; trabalho; conservação de energia, levando o educando a

compreender a evolução dos sistemas físicos.

Eletromagnetismo:

O trabalho sobre o eletromagnetismo contempla conteúdos relacionados a

circuitos elétricos e eletrônicos, hoje presentes na vida de quase todos. Também, o

trabalho com o efeito fotoelétrico e a compreensão que a descoberta dos quanta de luz

deu início à mecânica quântica e à imutabilidade da velocidade da luz, como um dos

princípios da relatividade.

2.1. Movimento

Momentum (quantidade de movimento) e inércia;

Conservação da quantidade de movimento;

Variação da quantidade de movimento: impulso;

2ª Lei de Newton;

3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio;

Energia e o Princípio da conservação de energia;

Gravitação.

Termodinâmica

Lei zero da termodinâmica;

1ª lei da termodinâmica;

2ª lei da termodinâmica.

2.3. Eletromagnetismo

Carga, corrente elétrica e campo;

Força eletromagnética;

Equações de Maxwell: Lei de Coulomb, Lei de Ampère e Lei de Faraday;

Ondas eletromagnéticas;

A natureza da luz e suas propriedades.

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Por fim, contemplando: a) a inclusão da cultura afro-brasileira e africana;

b) Políticas de Educação Ambiental, os conteúdos ministrados na disciplina de Física

possibilitarão desenvolver temas como:

Radiação solar na pele negra;

Efeito estufa;

Destruição da camada de ozônio;

Produção de energias alternativas (hidrelétrica, solar, eólica, das marés e

biocombustível).

3. METODOLOGIA

O planejamento do trabalho de sala de aula é a base da construção do

processo de ensino-aprendizagem. Pois assim, tem-se a possibilidade de saber exatamente

o ponto de partida e o de chegada para cada tema abordado em seu curso.

Sendo o ensino-aprendizagem um processo ativo e coletivo, deve-se levar

em consideração as interações aluno-aluno, aluno-professor e professor-aluno, objetivo

do conhecimento. É necessário considerar o mundo vivencial dos alunos, sua realidade

próxima ou distante, os objetivos e fenômenos com que movem sua curiosidade.

As Diretrizes buscam construir um ensino de física centrado em conteúdos

e metodologias capazes de levar os estudantes a uma reflexão sobre o mundo das

ciências, sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da racionalidade científica. É

preciso ver o ensino da física “com mais gente e com menos álgebra, a emoção dos

debates, a força dos princípios e a beleza dos conceitos científicos”(MENEZES, 2005).

O processo pedagógico, no ensino de física, parte do conhecimento prévio

dos estudantes, no qual se incluem as concepções alternativas ou concepções

espontâneas. O estudante desenvolve suas concepções espontâneas sobre os fenômenos

físicos no dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência e

as traz para a escola quando inicia seu processo de aprendizagem. Cabe, então, ao

professor levar o conhecimento científico socialmente construído e sistematizado ao

aluno, para que este supere os limites do conhecimento vulgar; destacando que não há

conhecimento definitivo.

Como forma de abordar os conteúdos, de modo a torná-los mais

interessantes e de importância sócio-cultural, poderão ser feitas contextualizações das

atividades com os seguintes temas: Direitos Humanos; Educação Ambiental (conforme

Lei 9795/99), Educação Fiscal; Prevenção ao uso de Drogas; Sexualidade; Enfrentamento

da Violência na Escola; História e Cultura afro-brasileira (conforme Lei 10.639/03;

Africana e Indígena (conforme Lei 11.645/08) e este ano, excepcionalmente, será

implementado o projeto “2012 – Centenário da Poetisa Paranaense Helena Kolody”.

Sendo assim, a disciplina de Física também auxiliará com pesquisa de haikais e outras

atividades para que o projeto seja concretizado.

Os recursos que poderão ser utilizados são: aulas expositivas sobre temas

centrais; aulas práticas e no laboratório; uso de vídeos; sites da internet; leituras de

jornais com temas abordando notícias científicas e, também com caráter histórico,

econômico, político e social; textos de divulgação científica ou literários que abordem

questões científicas; interpretação de textos; resolução de situações problema.

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231

4. AVALIAÇÃO

O resultado, a observância e a concepção do conhecimento devem ser

diagnosticados na avaliação. A avaliação deve ser um processo contínuo e cumulativo,

levando-se em conta os pressupostos teóricos da disciplina. Deve estar presente tanto

como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de

investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão formadora,

uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também

permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.

Quanto aos critérios de avaliação em Física, deve-se verificar:

A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e

aprendizagem planejada;

A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;

A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;

A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e

as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os

conhecimentos da Física.

O critério a ser utilizado no estabelecimento será: o sistema de avaliação

que será composto pela somatória da nota 4,0 (quatro vírgula zero) referente a atividades

diversificadas, mais a nota 6,0 (seis vírgula zero) para provas oral e escrita sendo no

mínimo de 03 (três) instrumentos totalizando nota final 10,0 (dez vírgula zero).

São instrumentos de avaliação que poderão ser utilizados: relatórios de

aulas em laboratórios, apresentação de trabalhos em grupo, leitura e interpretação de

textos, pesquisas bibliográficas, produção de textos, resolução de exercícios, prova escrita

individual e outros.

A recuperação de estudos é direito de todos os alunos, no sentido do

aperfeiçoamento da aprendizagem e não apenas no alcance da média. O estabelecimento

proporcionará a recuperação com um instrumento no valor 10,0 (dez vírgula zero) a

todos os alunos sendo optativa aos alunos que atingiram média igual ou superior a

6,0 (seis vírgula zero). Quanto ao registro quantitativo, caso o aluno tenha obtido um

valor acima daquele anteriormente atribuído, no processo de recuperação, a nota deverá

ser substitutiva, uma vez que a legislação é clara quanto ao caráter cumulativo, ou seja, a

melhor nota expressa o melhor momento do aluno em relação à aprendizagem.

4.1. Critérios de Avaliação: Movimentos

Compreenda as grandezas físicas que determinam a quantidade de movimento de um

corpo (massa e velocidade), bem como suas unidades de medida e desenvolva a

capacidade em realizar cálculos da quantidade de movimento de um corpo.

Identifique as grandezas físicas que envolvem o conceito de força, suas unidades e a

capacidade de efetuar cálculos.

Associe a variação da quantidade de movimento (Impulso) de um corpo à força externa

que age sobre ele e ao intervalo de tempo gasto nessa variação, identificando as

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232

grandezas físicas envolvidas, bem como suas unidades de medidas e a capacidade de

efetuar cálculos envolvendo essas grandezas (Força, Impulso e intervalo de tempo).

Identifique as diferentes forças (atrito, normal, peso, centrípeta, ação e reação, etc)

atuando sobre um ou mais objetos em condições dinâmicas ou estáticas.

Interprete textos básicos ou originais da física, considerando as ideais, conceitos e leis

fundamentais da física, estabelecendo seus limites de validade, por exemplo, a

impossibilidade de explicar o movimento de partículas em movimento com velocidades

próximas à velocidade da luz pelo newtoniano.

Compreenda o movimento dos planetas em torno do sol, interpretando-os através de

leis empíricas, as Leis de Kepler.

Compreenda o peso de um corpo como uma força de atração gravitacional que depende

da localização desse corpo, mas, não é uma propriedade do corpo, bem como a Lei da

Gravitação Universal, entendendo-a como uma síntese clássica que unifica os fenômenos

celestes e terrestres, e, associando-a com as Leis de Kepler.

Compreenda a energia mecânica como uma soma de dois tipos de energia: a energia

cinética, que depende da velocidade do objeto e a energia potencial, que depende da

posição que este objeto ocupa e utilize corretamente a formulação matemática para os

cálculos de energia cinética e potencial.

4.2. Critérios de Avaliação: Termodinâmica

- Compreender a Teoria Cinética dos Gases como um modelo construído e válido para

o contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e fundamental

para o desenvolvimento das idéias na termodinâmica;

- Formular o conceito de pressão de um fluido, seja ele um líquido ou um gás, e

extrapole o conceito a outras aplicações físicas;

- Entender o conceito de temperatura como um modelo baseado nas propriedades de

um material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um sistema;

- Diferenciar e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das formas

de energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da termodinâmica;

- Compreender a primeira lei como a manifestação do Princípio da Conservação de

Energia, bem como a sua construção no contexto da termodinâmica e a sua importância

para a Revolução Industrial a partir do entendimento do calor como forma de energia;

- Associar a primeira lei à ideia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor.

- Compreender os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como

propriedade de um material identificável no processo de transferência de calor. Da

mesma forma, o conceito de calor latente;

- Identificar dois processos físicos: a) os reversíveis e b) os irreversíveis, que vêm

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acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei. Esse princípio

físico deve ser compreendido como tão universal quanto o de conservação de energia e

sugere um estudo da entropia;

- Compreender a entropia, uma grandeza que pode variar em processos espontâneos e

artificiais, como uma medida de desordem e probabilidade.

4.3. Critérios de Avaliação: Eletromagnetismo

Compreender a teoria eletromagnética, suas ideias, definições, leis e conceitos que a

fundamentam.

Compreender a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo, pois

todos os efeitos eletromagnéticos estão ligados a alguma propriedade da carga.

Compreender que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o

campo de uma carga não se altera na presença de outra carga. Assim, a ideia de campo

deve ser entendida como um ente que é inseparável da carga. Deseja-se que o estudante

entenda essa ideia de campo como uma entidade teórica criada no eletromagnetismo, pois

ele é básico para a teoria e mediador da interação entre cargas;

Compreender as leis de Maxwell como um conjunto de leis que fornecem a base para

a explicação dos fenômenos eletromagnéticos;

Entenda o campo como uma entidade física dotado de energia;

Apreender o modelo teórico utilizado para explicar a carga e o seu movimento (a

corrente elétrica), a partir das propriedades elétricas dos materiais;

Associar a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica;

Conhecer as propriedades elétricas dos materiais, como por exemplo, a resistividade e

a condutividade;

Conhecer as propriedades magnéticas dos materiais;

Entender corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao

campo;

Reconhecer as interações elétricas como, as responsáveis pela coesão dos sólidos,

pelas propriedades apresentadas pelos líquidos (viscosidade, tensão superficial) e

propriedades dos gases;

Compreender a força magnética como o resultado da ação do campo magnético sobre

a corrente elétrica;

Entender o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos

constituintes;

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Conceber a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de manifestação

de energia, como a nuclear e a eólica.

Compreender a potência elétrica como uma medida de eficiência de um sistema

elétrico;

Perceber o trabalho elétrico como uma grandeza física relacionada à transformação/

variação de energia elétrica.

Por fim, reitera-se, aqui, que a escola deve oportunizar a construção do

conhecimento pelos estudantes e desempenhar seu papel na democratização deste

conhecimento. Como ato educativo, a avaliação potencializa o papel da escola quando

cria condições reais para a condução do trabalho pedagógico.

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235

REFERÊNCIAS

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares

de Física. 2009.

GREF, Física 1, 2 e 3. Edusp: 1991.

MÁXIMO Antonio. Curso de Física. São Paulo: Scipione, 1997.

TOSCANO Carlos, FILHO Aurelio Gonçalves. Física. São Paulo: Scipione, 2008.

PENTEADO Paulo Cesar M., TORRES Carlos Magno A. Física – Ciência e

Tecnologia. São Paulo: Moderna, 2005.

ROCHA, J. F. (Org.) Origens e evolução das idéias da Física. Salvador: EDUFRA,

2002.

XAVIER Cláudio & BENIGNO Barreto, FÍSICA - aula por aula – São Paulo – 2010 –

FTD

TORRES Carlos Magno A., FERRARO Nicolau Gilberto, SOARES Paulo Antonio de

Toledo, FÍSICA – CIÊNCIA E TECNOLOGIA - São Paulo – 2010 - Moderna

Revista Eletrônica de Ensino de Ciências.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes

Montanha

REGIMENTO ESCOLAR – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha

www.sbfísica.org.br/rbef

www.fsc.ufsc.br/ccef/

www.ufsem.br/cienciaeambiente

www.ifi.unicamp.br/ghtc/

www.scielo.br

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236

COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

H I S T Ó R I A

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COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

NRE: APUCARANA

ENSINO MEDIO

DISCIPLINA: HISTÓRIA

PROFESSORA: CARLOS ALBERTO NOGUEIRA DINIZ

EDIMAR MONTEIRO COSTA

LUCIENE RICOLDI

SUZETE DA SILVA FERREIRA

1. APRESENTAÇÃO

A História permanece um campo de batalha, o lugar de confrontos primordiais

onde se joga não tanto o passado enquanto tal, mas as grandes escolhas do presente. È

muito importante que o aluno e o professor estejam conscientes de que toda narrativa é na

verdade uma leitura do mundo. Não existem verdades absolutas, puritanismos,

neutralidades, imparcialidades. Todo observador honesto e científico é também um

intérprete e um avaliador da realidade sob um determinado ponto de vista, essa visão

objetiva da história, não pode nos levar a uma via totalmente subjetivista da história, isso

poderia levar a falsa idéia de que todas as versões se equivalem, portanto, pensar assim

seria facilitar manipulações.

Dessa forma, a História aqui apresentada utilizasse das contribuições mais

recentes do pensamento histórico, a saber: Nova História, Nova História Cultural, Nova

Esquerda Inglesa, sem esquecer as importantes contribuições do pensamento marxista. A

História apresenta como seu objeto de estudo a ação transformadora do homem - sujeito

ativo, todos os seres humanos, não apenas os grandes nomes – no tempo, na sua relação

passado/presente. Entender o processo histórico ajuda-nos a pensar como poderemos

transformar a nossa realidade.

A apropriação desses conteúdos e conceitos produzidos historicamente pelo

conjunto da humanidade é fundamental para a formação dos estudantes, como sujeitos

ativos e críticos da realidade. É importante ressaltar que os conteúdos selecionados abrem

a possibilidade de abordagem de temas antes colocados como secundários e que na

atualidade estão sendo revisados e revisitados com um olhar mais crítico, procurando

corrigir erros do passado, trazendo nova luz para os mesmo, e merecendo um trabalho

todo especial de acordo com as DCE de História: os temas que serão abordados tratam da

história dos povos nativos das Américas e em especial do Brasil, sua contribuição em

todos os aspectos, a história afro-brasileira e temas atuais de caráter social e relevante

para a sociedade brasileira, que sob uma perspectiva de inclusão social, estas Diretrizes

consideram a diversidade cultural e a memória paranaenses, de modo que buscam

contemplar demandas em que também se situam os movimentos sociais organizados e

destacam os seguintes aspectos:

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O cumprimento da Lei n. 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino

Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do

Paraná;

O cumprimento da Lei n. 10.639/03, que inclui no currículo oficial a

obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira, seguidas das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o

ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;

O cumprimento da Lei n. 11.645/08, que inclui no currículo oficial a

obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos indígenas do Brasil.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO

2.1 – ESTRUTURANTES

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações Culturais

2.2 – BÁSICOS

Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.

Urbanização e Industrialização

O Estado e as relações de poder

Os sujeitos, as revoltas e as guerras

Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções

Cultura e Religiosidade

2.3. Conteúdos Específicos

1ª ano do Ensino Médio

A Revolução Agrícola e as primeiras civilizações do Oriente Próximo

Antiguidade Clássica

As primeiras civilizações da América

História medieval

Feudalismo para o capitalismo

O Renascimento

A Reforma protestante

O Absolutismo

A conquista da América pelos europeus

Colonização da América

O empreendimento canavieiro no Brasil

A formação da sociedade colonial brasileira

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239

2°ano do Ensino Médio

A Europa no século XVII

A expansão territorial e o ciclo minerador no Brasil

O século da razão:iluminismo e liberalismo

A independência dos Estados Unidos

A revolução francesa

A revolução industrial

A independência do Brasil

O primeiro reinado

A regência e o segundo reinado

A abolição da escravidão no Brasil

A proclamação da república

Socialismo, anarquismo e marxismo

Movimento operário

A comuna de Paris

Revoltas no Brasil republicano

3° ano do Ensino Médio

A primeira Guerra Mundial

A Revolução Russa

Conflitos no Brasil república

Revolução de 1930

A crise de 1929

A ascensão do nazismo e do fascismo na Europa

O período Vargas

A Segunda Guerra Mundial

A Guerra Fria

O fim do Estado Novo

O governo Dutra

A morte de Vargas

Anos dourados no Brasil

A revolução Cubana

O golpe de 1964

A guerra do Vietnã

A Contra-cultura no Brasil e no mundo

A ditadura no Brasil e na América Latina

A redemocratização do Brasil

O fim da Guerra Fria e do bloco soviético

Conflitos e questões do mundo atual

3. METODOLOGIA

Serão relacionados os conteúdos da história nacional com a história geral,

levando em consideração a abordagem da história das culturas nativas na América e em

especial do Brasil, assim como, a história das sociedades africanas e a cultura afro-

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240

brasileira, respeitando as necessárias sequências espaço-temporais. A proposta utilizará

para o ensino os temas históricos, com a finalidade de incentivar o debate democrático e a

busca de soluções para os problemas apresentados pela História. Todo esse trabalho tem

como objetivo pedagógico a formação do pensamento histórico dos educandos, que será

realidade no momento em que o professor e os estudantes possam utilizar no trabalho em

sala os métodos de investigação histórica, dessa forma, os alunos perceberão que a

narrativa histórica utiliza-se de várias fontes, desde as tradicionais às mais modernas

fontes disponibilizadas pela tecnologia atual.

Com essa perspectiva de ensino-aprendizagem, os alunos perceberão que no

encaminhamento das aulas, utilizaremos autores diversos, interpretações múltiplas,

manuais didáticos, documentos, mapas, com a certeza de que os alunos entendam que a

história não pode ser um conhecimento dogmático, uma verdade definitiva, que ela é

construída por interpretações produzidas a partir de evidências, contextualizadas social,

política e culturalmente, respeitando cada momento histórico particular. Esse tipo de

processo, principalmente na História, jamais poderá alcançar os resultados aqui

propostos, sem a prática e o ensino expositivo, explicativo, teórico em sala, que faz parte

dos métodos de ensino da História, fundamentais para a formação de uma capacidade

intelectual reflexiva, racional e crítica, que buscamos propiciar para os nossos estudantes.

Além das aulas expositivas, teóricas, serão utilizados instrumentos de

multimídia, TV, Pen Drive, internet, músicas, filmes, documentários, textos

especializados de história, livro didático da disciplina, com o objetivo de ampliar as

possibilidade de ensino e aprendizagem dos conteúdos e uma melhor interação e

participação dos alunos e do professor.

A reflexão sobre a relação entre os acontecimentos e os grupos, tanto os do

presente quanto os do passado, a prática da pesquisa e a convivência com diferentes

métodos de abordagem favorecem a formação de um aluno crítico, reflexivo e consciente

do seu papel enquanto cidadão.

A metodologia empregada procura dar condições para que a formação de nossos

alunos saibam exercer cidadania e sejam assegurados seus direitos humanos no que se

refere à proteção individual, educação, saúde e bem estar. Assim, em todas as

oportunidades serão debatidos assuntos ligados ao Desenvolvimento Socioeducacional

da comunidade escolar, oferecendo subsídios teórico-metodológicos e propondo ações

interdisciplinares para conscientizar e garantir os direitos de nossos alunos.

Cidadania e Direitos Humanos – procura fazer que nossos alunos sejam

inseridos em programas que os fazem com permanecer na escola evitando a evasão

escolar, repetência e, assim, elevar a autoestima dos alunos. Para tanto, a Educação

Fiscal ; Programa Bolsa Família, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI,

Programa Saúde na Escola contribuem para resgatar a dignidade humana de nossos

alunos.

a) Programa Bolsa Família – Programa de transferência direta de renda que

beneficia famílias em situação de vulnerabilidade social mediante certos condicionantes

legais, realizando o acompanhamento da frequência dos alunos beneficiados.

b) Educação Fiscal, estimula o cidadão a refletir sobre a função

socioeconômica dos tributos, dando condições para que haja uma relação harmoniosa

entre Estado e Cidadão.

c) Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI cuja as ações

visam a retirada de crianças e adolescentes de até 16 anos de idade das práticas de

trabalho infantil por meio de atividades culturais, esportivas e de lazer em período

complementar.

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241

d) Programa Saúde na Escola, no que se refere à saúde, tem a função de

promover a intersetorialidade entre os Ministérios da Educação e Saúde sendo a sua

finalidade contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública da Educação

Básica por meio de ações de prevenção e atenção à saúde.

Atendendo à Lei nº 10.639/03, que trata das Relações Étnico-Raciais e História

e Cultura Afro-Brasileira e Africana na escola, serão desenvolvidas atividades que

propiciem o contato com a cultura africana dentro da disciplina de História,

documentários, filmes com temáticas sobre o racismo e preconceito, costumes e hábitos

africanos e afrodescendentes, procurando destacar a contribuição da cultura dos povos

negros para a História.

Em nossa proposta, a Educação Ambiental, Lei Federal nº9795/99- Dec.

nº4201/02, procura estimular a reflexão e tomada de consciência quanto aos aspectos que

envolvem as questões ambientais emergentes, locais e mundiais, para que sejam

desenvolvidos uma compreensão crítica por parte dos educandos, numa perspectiva

social, histórica, cultural e econômica. Desta forma, a participação nas atividades

propostas da Agenda 21 é de fundamental importância para que os alunos tenham essa

compreensão.

O professor engajado nessa proposta metodológica pode promover uma reflexão,

juntamente com o aluno, de forma a desvendar os valores subjacentes aos textos,

abordando criticamente uma leitura do mundo e, ao mesmo tempo, contemplando a

diversidade regional e cultural do seu país, do seu Estado e da sua comunidade.

Será atendida igualmente a Lei 11645/08, com textos e discussões sobre os

problemas que afligem os indígenas no Estado do Paraná e no Brasil, de modo geral.

Em todas as oportunidades serão debatidos assuntos ligados à Política Nacional

de Educação Ambiental.

No que se refere a Sexualidade – NGDS, serão organizados momentos de

estudos e reflexões sobre as questões de gênero e sexualidade, violência, aborto, doenças

sexualmente transmissíveis, discriminação e preconceito aos LGTB ( gays, lésbicas,

bissexuais, travestis e transexuais)

Quanto ao Enfrentamento à Violência, ao trabalhar esse desafio, busca-se a

ampliação da compreensão dos problemas gerados pela violência, formando uma

consciência crítica que transforme a escola em espaço onde o conhecimento tome o lugar

da violência e suas manifestações.

Em nossa escola a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, é realizado ações

preventivas e investigativas, considerando as informações trazidas pelos alunos a fim de

confrontá-las com o saber sistematizado, permitindo, assim, maior reflexão e críticas

sobres as questões que envolvem as drogas. Para que a prevenção aconteça, os alunos

são estimulados a discutir os aspectos sociais, econômicos, políticos, históricos, éticos e

culturais envolvidos na problemática das drogas são propiciados encontros com os pais,

professores, alunos, psicólogos, médicos, Patrulha Escolar, que ministram palestras com

intuito de prevenir e promover a autoestima dos alunos e das famílias.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação em História não deve apenas buscar a classificação dos alunos,

embora, ainda esse seja o critério para a passagem de uma etapa para outra, a nota. O que

deveremos buscar nessa proposta de avaliação, é a possibilidade de realizar diagnósticos

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do ensino-aprendizagem, que deveriam permitir o reordenamento constante das práticas e

dos resultados em sala de aula.

A avaliação deverá ser permanente, contínua, no processo, paralela, buscando a

participação efetiva dos alunos, criando neles a responsabilidade na construção desse

processo de ensinar e aprender, portanto, a avaliação deverá ser: diagnóstica, formativa e

somativa. Deve-se avaliar aquilo que foi trabalhado em sala, valorizando as idéias

apreendidas pelos alunos, sua capacidade de pensar historicamente, sua capacidade de

sintetizar, produzir textos coerentes, avaliar o que ele sabia e o que ela sabe depois da

apresentação e estudo dos temas, sua capacidade de leitura e interpretação dos temas

históricos e a utilização das diversas formas de comunicação e linguagens

contemporâneas.

Nesse sentido e de acordo com os temas estruturantes e básicos para o Ensino

Médio, ao avaliar esperamos que os alunos:

- A seleção dos conteúdos específicos, articulados a temática, conteúdos

estruturantes estabelecidos, e a abordagem metodológica possibilitarão aos

alunos a compreensão das ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos

sujeitos históricos;

Pretende perceber como os estudantes compreendem: o conceito de trabalho; o

trabalho livre nas sociedades do consumo produtivo (primeiras sociedades,

indígenas, africanas, nômades, seminômades); o trabalho escravo e servil; a

transição do trabalho servil e artesanal para o assalariado; o sistema industrial,

Taylorismo, Fordismo e Toyotismo; o sindicalismo e legislação trabalhista; as

experiências do trabalho livre nas sociedades revolucionárias; a mulher no

mundo do trabalho (…);

- Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos

avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos

estudantes.

- No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos

históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de

documentos de diferentes naturezas;

- Pretende perceber como os estudantes compreendem as cidades na História

(neolíticas, antigüidade greco-romana, da Europa Medieval, pré-colombianas,

africanas e asiáticas); ocupação do território brasileiro e formação de vilas e

cidades; urbanização e industrialização no Brasil; urbanização e industrialização

nas sociedades ocidentais, africanas e orientais; urbanização e industrialização

no Paraná no contexto da expansão do capitalismo; modernização do espaço

urbano (…);

- Pretende perceber como os estudantes compreendem: os Estados teocráticos;

os Estados na antigüidade clássica; o poder descentralizado e a igreja católica na

sociedade medieval; a formação dos Estados Nacionais; as metrópoles

européias, as relações de poder sobre as colônias na expansão do capitalismo; o

Iluminismo e os processos de independência da América Colonial; o Paraná no

contexto da sua emancipação; o Estado e as doutrinas sociais (anarquismo,

socialismo, positivismo); o nacionalismo nos Estados ocidentais; o populismo e

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as ditaduras na América Latina; o Estado e as relações de poder na segunda

metade do século XX; o Estado na América Latina no contexto da Guerra Fria; o

Estado ideologia e cultura; a independência das colônias africanas e asiáticas;

- Pretende perceber como os estudantes compreendem: as relações de

dominação e resistência nas sociedades grega e romana na Antiguidade:

(mulheres, crianças, estrangeiros e escravos); as guerras e revoltas na

Antiguidade Clássica: Grécia e Roma; relações de dominação e resistência na

sociedade medieval: (camponeses, artesãos, mulheres, hereges e doentes); as

relações de resistência na sociedade ocidental moderna; as revoltas indígenas,

africanas na América portuguesa; os quilombos e comunidades quilombolas no

território brasileiro; as revoltas sociais na América portuguesa; as revoltas e

revoluções no Brasil no século XVII e XIX; […];

- Pretende perceber como os estudantes compreendem: as revoluções

democrática-liberais no Ocidente: Inglaterra, França e EUA); as guerras

mundiais no século XX; As revoluções socialistas na Ásia, África e América

Latina; os movimentos de resistência no contexto das ditaduras da América

Latina; os Estados africanos e as guerras étnicas; a luta pela terra e a organização

de movimentos pela conquista do direito a terra na América Latina; a mulher e

suas conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas;

- Pretende perceber como os estudantes compreendem: os rituais, mitos e

imaginários dos povos (africanos, asiáticos, americanos e europeus); os mitos e a

arte greco-romanos e a formação das grandes religiões (hinduísmo, budismo,

confucionismo, judaísmo, cristianismo, islamismo); os movimentos religiosos e

culturais na passagem do feudalismo para o capitalismo; o modernismo

brasileiro; representação dos movimentos sociais, políticos e culturais por meio

da arte brasileira; as etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas,

culturais e religiosas; as festas populares no Brasil: congadas, cavalhadas,

fandango, folia de reis, boi de mamão, romaria de São Gonçalo e outras;

- Serão utilizados como instrumentos de avaliação: provas escritas, e orais,

produção de textos, trabalhos, trabalho em grupo, pesquisas, pesquisas de

campo, seminários, debates e simulados. Estes deverão ser oportunizados no

mínimo de 03 (três) instrumentos durante o trimestre. O sistema de avaliação

seguirá os critérios estabelecidos no Regimento Escolar, tendo como resultado as

somatórias 4,0 (quatro vírgula zero) referente a atividades diversas e 6,0 (seis

vírgula zero) referentes as provas escritas e/ou orais. Será proporcionado a

recuperação de estudos a todos os alunos de forma contínua e simultânea ao

processo ensino aprendizagem. A recuperação de nota terá peso 10,0 (dez

vírgula zero) e será oferecida a todos os alunos, sendo optativa aos alunos com

média igual ou superior a 10,0 (dez vírgula zero), possuindo valor substitutivo,

valendo sempre a nota maior, conforme Art. 112 do Regimento Escolar.

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244

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária,

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GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes

Montanha

REGIMENTO ESCOLAR – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha

RÜSEN, Jörn. Studies in metahistory. Pretoria: HRSC Publishers, 1993a.

______. Razão histórica: teoria da história: os fundamentos da ciência histórica.

Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.

______. Didática da História: passado, presente e perspectivas a partir do caso

alemão. In.: Práxis educativa, v. 1, n.2. Ponta Grossa: UEPG, 2006.

SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar história. São Paulo:

Scipione, 2004. (Pensamento e ação no magistério).

SCHMIDT, Maria Auxiliadora Moreira dos Santos; GARCIA, Tânia Maria F. Braga. A

formação da consciência histórica de alunos e professores e o cotidiano em aulas de

história. Caderno Cedes, Campinas, v. 25, n. 67, p. 297-308, set./dez., 2005.

THOMPSON, Edward P. A miséria da teoria ou um planetário de erros. Rio de

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______. A formação da classe operária inglesa: a árvore da liberdade. Rio de Janeiro:

Paz e Terra, 2004. v. 1.

WILLIAMS, Raymond. La larga revolución. Buenos Aires: Nueva Visión, 2003

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246

COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

L. E. M.

ESPANHOL

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247

COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

NRE: APUCARANA

CURSO BÁSICO

DISCIPLINA: L.E.M. ESPANHOL

PROFESSORES: EDER JONAS PEREIRA DA SILVA

1. APRESENTAÇÃO

O ensino das línguas estrangeiras modernas começa a ser valorizado depois da

chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.

Em 1837, o Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário no Brasil,

apresentava em seu currículo sete anos de francês, cinco de inglês e três de alemão. Em

1916, com a publicação de Cours de Linguístic Génerele por Ferdinand Saussure,

inauguram-se os estudos da linguagem em caráter científico, sendo a língua objeto de

estudo para a Linguística.

Em 1942, a Reforma Capanema atribui ao ensino secundário um caráter

patriótico e as línguas privilegiadas são o francês, o inglês e o espanhol, que é introduzido

no lugar do alemão.

Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do Brasil,

em relação aos Estados Unidos, intensificou-se e, com isso, a necessidade de aprender

inglês tornou-se cada vez maior.

Como tentativa de rompimento com a hegemonia de um único idioma ensinado

nas escolas, criou-se, em 1982, o Centro de Línguas Estrangeiras, no Colégio Estadual do

Paraná que, posteriormente, expandiu-se em todo o Estado.

Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional, nº 9394,

determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma Língua Estrangeira Moderna,

escolhida pela comunidade escolar, no Ensino Fundamental. Com relação ao Ensino

Médio, a Lei determina que seja incluída uma Língua estrangeira moderna como

disciplina obrigatória, e uma segunda, em caráter optativo, dependendo das

disponibilidades da instituição.

Uma das argumentações utilizadas para justificar a pluralidade da oferta de

Línguas Estrangeiras é que sua aprendizagem propicia um espaço de reflexão sobre a

língua como “discurso e prática social”, de forma a refletir os sentidos oferecidos pelas

múltiplas culturas inseridas em cada sociedade.

Por outro lado, se considerarmos que a expansão de uma Língua Estrangeira é

também a expansão de um conjunto de discursos ideológicos, é fundamental observar se

o ensino dessa segunda língua corrobora para a perpetuação de ideias, de dominação ou

emancipação. O ensino de língua estrangeira deve garantir que os alunos não se tornem

consumidores passíveis de cultura e de conhecimento, e sim, criadores ativos.

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Assim sendo, a aprendizagem de uma língua estrangeira adquire um caráter

político como forma de ação para transformar o mundo. Nessa perspectiva, a

responsabilidade do ensino da língua estrangeira amplia-se e exige uma reflexão ampla

do educador sobre o modo como se ensina e para que se está ensinando. Somente assim

haverá uma apropriação crítica e histórica do conhecimento para uma maior compreensão

da realidade sócio-cultural do aluno, tornando-o um agente transformador e democrático

do seu ambiente de convívio.

2. OBJETIVOS

Ensinar e aprender línguas são, também, ensinar e aprender percepções de

mundo e maneiras de construir sentidos; é formar subjetividades, independentemente do

grau de proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas de

ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de

construir sentidos do e no mundo.

A língua estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar a inclusão social,

o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade; o reconhecimento

da diversidade cultural e o processo de construção das identidades transformadoras.

O contato com os múltiplos gêneros textuais, manifestados em forma de

diferentes linguagens inseridas no mundo globalizado, busca ampliar a compreensão de

várias culturas; ativar procedimentos interpretativos, tornando possível a construção de

significados, aumentando as possibilidades de entendimento de mundo do aluno como

um instrumento de comunicação universal para contribuir na transformação e

crescimento do cidadão. Assim, ao final do curso Básico De Espanhol, espera-se que o

aluno seja capaz de:

Usar a língua estrangeira em situações de comunicação oral e escrita;

Vivenciar formas de participação que possibilitem estabelecer relações

entre ações individuais e coletivas;

Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos

e passiveis de transformação na prática social;

Conscientizar sobre o papel das línguas na sociedade, possibilitando o

acesso à informação, ao conhecimento e o entendimento do mundo;

Compreender a diversidade lingüística cultural;

Ativar procedimentos interpretativos proporcionando a construção de

significados e possibilidades para que o aluno entenda o mundo e contribua para a

transformação da sociedade.

3. CONTEÚDO

3.1. CONTEÚDO ESTRUTURANTE

A língua, entendida como interação verbal e produtora de sentidos, marcada por

relações pragmáticas e contextuais de poder, terá como conteúdo estruturante: o

“discurso” como “prática social”, realizada por meio das práticas discursivas de onde

advém os conteúdos básicos: a compreensão auditiva, a leitura de mundo, a escrita nas

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múltiplas formas e a interação verbal como processo comunicativo.

3.2. CONTEÚDOS BÁSICOS

1º ANO

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise

linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas

esferas sociais de circulação.

Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de

acordo com o Projeto

Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica

Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com

as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das

séries.

Esfera Cotidiana:

Exposição oral;

Músicas/ cantigas;

Cantigas:

Álbum de família;

Exposição oral;

Fotos;

Cartão pessoal;

Trava línguas;

Receitas;

Esfera Literária/artística:

Autobiografia;

Biografias;

Histórias em quadrinhos;

Lendas;

Letras de músicas;

Narrativas básicas;

Poemas.

Esfera escolar:

Exposição oral;

Cartazes;

Diálogo/discussão;

Mapas;

Resumo.

Esfera da imprensa:

Artigo de opinião:

Charge;

Entrevista (oral e escrita);

Fotos;

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Horóscopo;

Manchete;

Notícia;

Reportagens;

Sinopses de filmes;

Tiras.

Esfera publicitária:

Anúncios;

Cartazes

Comercial para TV;

E-mail;

Folder;

Fotos;

Slogan;

Músicas;

Paródia;

Placas;

Publicidade comercial.

Esfera de produção e consumo:

Bulas;

Regras de jogos;

Placas;

Rótulos/embalagens;

Esfera midiática:

Chat;

Desenho animado;

E-mail;

Entrevista;

Filmes;

Telejornal;

Telenovelas;

Torpedos;

Video Clip;

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Referência textual;

Partículas conectivas do texto;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

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251

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

Polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Léxico.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Referência textual;

Partículas conectivas do texto;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

Polissemia.

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

nformatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e

gestual, pausas;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

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252

2º ANO

Gêneros Discursivos:

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise lingüística, serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de

circulação. Segue uma possível relação de gêneros a serem trabalhados:

Esfera Cotidiana:

Exposição oral;

Artigo de opinião;

Carta do leitor;

Cartão social;

Sinopses de filme;

Adivinhas, anedotas;

Embalagens;

Mapas;

Currículo Vitae;

LITERÁRIA/ARTÍSTICA

Autobiografia

Biografias

Contos

Contos de Fadas

Contos de Fadas Contemporâneos

Crônicas de Ficção

Escultura

Fábulas

Fábulas Contemporâneas

Haicai

Histórias em Quadrinhos

Lendas

Literatura de Cordel

Memórias

Letras de Músicas

Narrativas de Aventura

Narrativas de Enigma

Narrativas de Ficção Científica

Narrativas de Humor

Narrativas de Terror

Narrativas Fantásticas

Narrativas Míticas

Paródias

Pinturas

Poemas

Romances

Tankas

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Textos Dramáticos

CIENTÍFICA

Artigos

Conferência

Debate

Palestra

Pesquisas

Relato Histórico

Relatório

Resumo

Verbetes

IMPRENSA

Agenda Cultural

Anúncio de Emprego

Artigo de Opinião

Caricatura

Carta ao Leitor

Carta do Leitor

Cartum

Charge

Classificados

Crônica Jornalística

Editorial

Entrevista (oral e escrita)

Fotos

Horóscopo

Infográfico

Manchete

Mapas

Mesa Redonda

Notícia

Reportagens

Resenha Crítica

Sinopses de Filmes

TirasSF

POLÍTICA

Abaixo-Assinado

Assembleia

Carta de Emprego

Carta de Reclamação

Carta de Solicitação

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Debate

Debate Regrado

Discurso Político “de Palanque”

Fórum

Manifesto

Mesa Redonda

Panfleto

JURÍDICA

Boletim de Ocorrência

Constituição Brasileira

Contrato

Declaração de Direitos

Depoimentos

Discurso de Acusação

Discurso de Defesa

Estatutos

Leis

Ofício

Procuração

Regimentos

Regulamentos

Requerimentos

PRODUÇÃO E CONSUMO

Bulas

Manual Técnico

Placas

Relato Histórico

Relatório

Relatos de Experiências

Científicas

Resenha

Resumo

Seminário

Texto Argumentativo

Texto de Opinião

Verbetes de Enciclopédias

4. METODOLOGIA

O que sustenta este documento é uma abordagem que valoriza a escola como um

espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento enquanto

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instrumento de compreensão da realidade social e da atuação crítica e democrática para a

transformação da realidade. A escolarização tem o compromisso de prover aos alunos

meios necessários para que não apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas

apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.

Assim, a proposta metodológica a ser trabalhada, possibilita a análise e reflexão

sobre os fenômenos Linguísticos e culturais como realizações discursivas, as quais se

revelam na/pela história dos sujeitos que fazem parte deste processo.

As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira com

o texto. Isto não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento às demais no

trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, há uma simultânea utilização

de todas as práticas discursivas: leitura, escrita, oralidade. É nesta abordagem que leitura,

escrita e oralidade se interagem. Texto e leitura são indissociáveis. Referem-se às

estratégias de compreensão, discussão, organização e produção de textos, bem como ao

contexto social, aos papéis que leitores e escritores exercem em seus grupos sociais e seus

propósitos.

A proposta do ensino de L.E.M no Celem considera a leitura como interação

entre os múltiplos textos e ocorre na relação entre o leitor, texto, autor e outros leitores.

A leitura ancorada numa perspectiva crítica promove a construção e a percepção de

mundo do sujeito leitor, tornando-o capaz de criar significados e sentidos que contribuam

para uma maior compreensão diante do texto. Esse processo de construção de sentido,

apoiado na bagagem cultural e com acesso permanente a língua espanhola, são

fundamentais para a prática social do cidadão e interpretação dos discursos de sua

comunidade.

Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de

conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o

uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. Serão selecionados a partir

dos erros das necessidades surgidas com cada gênero textual trabalhado.

Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao contrastar a

sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico-crítico e socialmente

constituído e, assim, elabore a consciência da própria identidade. Em relação à escrita,

não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma atividade interacional e

significativa.

Os gêneros publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc

serão abordados pelo professor, visando não só a compreensão linguística, mas a prática

discursiva. Aprendemos a moldar nossa fala às formas textuais. Os textos literários serão

apresentados aos alunos de modo que provoquem reflexão e façam com que os percebam

como uma prática social de um determinado contexto sócio-cultural particular.

Se não existissem as múltiplas linguagens e se não as dominássemos, tendo que

criá-los pela primeira vez no processo da fala, a comunicação verbal seria quase

impossível (Bakhtin, 1998).

O objetivo da Língua Espanhola será o de proporcionar ao aluno a possibilidade

de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. O

ensino de língua estrangeira estará articulado com as demais disciplinas do currículo,

objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa obrigatoriamente,

desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer com que o aluno

perceba que conteúdos com disciplinas distintas podem, muitas vezes, estar relacionados

entre si.

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Leitura:

Serão propiciadas práticas de leitura de textos de diferentes gêneros,

considerando os conhecimentos prévios dos alunos;

O trabalho com os textos escolhidos serão encaminhados a partir de discussões e

reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade,

informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia.

Escrita:

A produção textual será planejada a partir da delimitação do tema, do interlocutor,

intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,

temporalidade e ideologia, estimulando a ampliação de leituras sobre o tema e o

gênero propostos;

A produção do texto terá as orientações do professor de modo a auxiliar o aluno,

não só na escrita como na reescrita textual, fazendo a revisão dos argumentos das

idéias, dos elementos que compõem o gênero; além de conduzir o educando a uma

reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos;

Será estimulada a produção escrita em diferentes gêneros;

Oralidade:

Serão organizadas formas de apresentar os textos produzidos pelos alunos,

observando-se o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

Serão preparadas apresentações orais de modo a explorar as marcas linguísticas

típicas da oralidade em seu uso formal e informal;

Será estimulada a cotação de histórias de diferentes gêneros.

Análise Linguística:

A análise linguística não se dará de forma isolada, nem tão pouco será o ponto de partida

das aulas de Língua Espanhola do CELEM. Ela acontecerá tendo em vista a necessidade de cada

texto apresentado ao aluno, acompanhando todo o trabalho pautado pelos gêneros textuais.

Diante de tudo isso, podemos entender que à medida que o aluno se aproxima de outra

língua e de outra cultura, ele compreenderá a língua como algo que se constrói e é construído por

uma determinada comunidade. Dessa forma, o conhecimento de outra cultura colabora para

elaboração da consciência da própria identidade, pois o aluno consegue perceber-se também

como sujeito histórico e socialmente constituído.

A Lei nº 9795/99, que afirma “Que a educação Ambiental é um componente essencial e

permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis

e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal.” Sendo assim serão

trabalhas nas diferentes disciplinas através da interdisciplinaridade onde deverá ser uma

prática integrada, contínua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos.

Sendo assim serão adotadas metodologias diversificadas, para despertar em todos à

consciência de que o ser humano faz parte do meio ambiente, lembrando que os problemas

ambientais refletem com a consciência que atinge a todos nós.

A Lei nº 11645/08, que trata da História e Cultura dos Povos Indígenas por fazer parte

da nossa história e da cultura de outros países. Além desses temas serão trabalhados o

Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e direitos Humanos; Enfrentamento à Violência;

Prevenção ao uso indevido de Drogas; Gênero e Diversidade Sexual; Educação do campo e

outros temas contemporâneos de acordo com a necessidade dos alunos, escola e comunidade.

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5. RECURSOS DIDÁTICOS:

Essa proposta metodológica apoia-se no uso de livros didáticos e paradidático.

Além desse material, serão utilizados dicionários, textos variados (de revistas e jornais,

visuais e não visuais) vídeos, DVDs, fitas de áudio, CD-ROM, Internet e outros materiais

pedagógicos.

Leitura de diversos textos, explorando a época histórica e o estilo do autor;

Dramatizações;

Debates;

Pesquisas em jornais, revistas e enciclopédias;

Discussão de assuntos contemporâneos e polêmicos;

Painéis abertos;

Projetos interdisciplinares;

Pendrive

TVE;

TV pendrive;

Laboratório de Informática;

Fitas de Vídeo.

O professor engajado nessa proposta metodológica pode promover uma reflexão,

juntamente com o aluno, de forma a desvendar os valores subjacentes, abordando

criticamente uma leitura do mundo e, ao mesmo tempo, levá-lo a contemplar a

diversidade regional e cultural.

6. AVALIAÇÃO

A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino e,

portanto, deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende. É um

elemento de reflexão continua do professor sobre sua prática educativa e revela aos

alunos suas dificuldades, progressos e possibilidades e deve contemplar o Projeto Político

Pedagógico e o Regimento Escolar.

A avaliação deve fornecer dados sobre o desenvolvimento das capacidades do

educando e o grau de desenvolvimento intelectual, aplicabilidade dos objetivos de

conhecimentos ensinados que orientarão os ajustes e intervenções pedagógicas visando à

aprendizagem da forma mais adequada para o aluno.

A relevância e a adequação dos conteúdos estão atreladas, ainda, às

características psicossociais dos alunos, capacidade para estabelecer relações entre os

conteúdos, às necessidades de seu dia-a-dia e com o contexto cultural.

Além disso, é importante nesse processo o feedback das avaliações aos alunos

com os devidos comentários, para que eles possam entender o processo de aprendizagem

e, assim, buscar a superação das suas dificuldades.

As informações obtidas através da avaliação devem revelar os resultados da

aprendizagem para que essa possa fluir em bases consistentes, apoiando-se em

conhecimentos teóricos que necessitam ser solidificados.

O papel da avaliação é diagnosticar o avanço do conhecimento, caracterizando-

se como um processo contínuo de comprometimento com o saber cientifico cultural e

social.

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Nesse sentido, é necessário que o professor tenha uma visão de conjunto no

processo de avaliação levando em conta que:

Para que um processo de aprendizagem seja efetivo, ele deve contemplar a

avaliação diagnóstica, contínua, formativa e reflexiva;

O processo de ensino-aprendizagem do conteúdo deve contemplar o

acompanhamento metodológico e avaliativo;

Na avaliação contínua, é necessário que o professor e os alunos analisem

quanto e como conseguiram aproximar-se dos objetivos propostos;

O registro e a observação do desempenho do aluno devem ser feitos pelo

professor de forma contínua e reflexiva;

A avaliação pressupõe um clima de cooperação e confiança entre professor

e aluno, o que favorece a prática de auto-avaliação entre ambos;

As aprendizagens dos alunos devem ser consideradas como parâmetros

para realimentação dos encaminhamentos adotados.

Nessa proposta avaliativa, a língua é concebida como prática social e

discursiva. A avaliação formativa, na sua condição contínua e diagnóstica deve ser

privilegiada, a fim de promover a análise e reflexão no encaminhamento das intervenções

pedagógicas.

A avaliação de determinado dado de produção em língua estrangeira

considera o erro como efeito da própria prática, ou seja, o vê como resultado do processo

de aquisição de uma nova língua. Portanto, na avaliação o erro precisa ser visto como um

passo para que a aprendizagem se efetive e não como um entrave no processo. É preciso

lembrar que o processo de aprendizagem não é linear, não acontece da mesma forma e, ao

mesmo tempo, para diferentes pessoas. Cabe ao professor, avaliar, priorizar o processo de

crescimento do aluno e não apenas mensurar o conhecimento por ele alcançado.

A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, fazer com

que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as

necessidades de seus alunos. E, através dela, é possível perceber quais são os

conhecimentos linguísticos, discursivos, sócio pragmáticos ou culturais – e as práticas –

leitura, escrita e oralidade – que ainda não foram suficientemente trabalhadas e que

precisam ser abordadas mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno

com os discursos em língua estrangeira.

6.1. Instrumento de Avaliação:

Assim, para a avaliação serão utilizadas as provas objetivas e discursivas;

leitura de textos de diversos gêneros textuais; debates, seminários e interpretações de

textos; seminários; diálogos orais e escritos; elaboração de narrações, dissertações,

resumos, poesias; trabalhos individuais e em grupos; músicas; teatros; filmes, jogos e

outras atividades. A nota será distribuida em 4,0 (quatro vírgula zero) para atividades

diversificadas e 6,0 (seis vírgula zero) para provas orais e escrita totalizando 10,0 (dez

vírgula zero)

Recuperação de conteúdos será ofertada a todos os alunos, com retomada

dos mesmos na medida em que for necessário.

Quanto à recuperação de notas será ofertada a todos os alunos na forma

de caráter optativo para o aluno que atingir média igual ou superior a 6,0 conforme os

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critérios estabelecidos no Art. 112 ( Parágrafo 1º, inciso II) do Regimento Escolar deste

estabelecimento de Ensino.

De acordo com a abordagem teórico-metodológica, a avaliação se dará em cada uma das

práticas discursivas, procurando observar os itens abaixo, levando-se em consideração o grau de

profundidade a ser exigido em cada um deles, de acordo com a realidade da turma.

Leitura

Espera-se que o aluno:

Realize leitura compreensiva do texto

Identifique o tema

Identifique a idéia principal do texto

Localize informações implícitas e explícitas no texto

Deduza o sentido das palavras e/ou expressões a partir do contexto

Perceba o ambiente e o argumento no qual circula o gênero

Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto

Compreenda as diferenças ocorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido

conotativo e denotativo

Analise as intenções do autor

Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto

Posicione-se argumentativamente

Amplie seu léxico

Escrita

Espera-se que o aluno:

Expresse as idéias com clareza

Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor

Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal

Use recursos textuais como: coesão, coerência, informatividade etc.

Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo,

pronome, numeral, substantivo etc.

Use apropriadamente os elementos discursivos textuais, estruturais e normativos

Oralidade

Espera-se que o aluno:

Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal)

Apresente suas ideias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna.

Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos etc.

Organize a sequência de sua fala

Exponha argumentos

Compreenda os argumentos no discurso do outro

Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário na

língua materna.

Utilize conscientemente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e

entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Colégio Estadual Professora Nadir Mendes Montanha, Projeto Político Pedagógico

Colégio Estadual Professora Nadir Mendes Montanha, Regimento Escolar.

BRASIL. Lei- n° 10639, 09 de Janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de

Educação. Cadernos Temáticos História da Cultura Afro-brasileira e Africana.

Ministério da Educação – Ministério Nacional de Educação, 2004.

Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / Vários autores. Curitba: SEED –

Paraná, 2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a

Educação Básica, Secretaria do Estado do Paraná – Superintendência da Educação,

Curitiba-Pr., 2009.

Instrução Normativa nº 019/2008.Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM).

Curitiba, 2008.22p.: Disponível em:

<http://diaadia.Pr.Gov.Br/sued/arquivos/File/Instrucao_2008/Instrucao_019_CELEM.Pdf>

Acesso em 23 de março de 2009.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Resolução nº

3904/2008.Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba, 2008. 01 p.

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261

COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

___________________________________________________________________________________

L. E. M.

INGLÊS

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262

COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

NRE: APUCARANA

ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA: L.E.M. INGLÊS

PROFESSORES: MARLENE DE MARQUIORI

1. APRESENTAÇÃO

O ensino das línguas estrangeiras modernas começa a ser valorizado depois da

chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.

Em 1837, o Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário no Brasil,

apresentava em seu currículo sete anos de francês, cinco de inglês e três de alemão. Em

1916, com a publicação de Cours de Linguístic Génerele por Ferdinand Saussure,

inauguram-se os estudos da linguagem em caráter científico, sendo a língua objeto de

estudo para a Linguística.

Em 1942, a Reforma Capanema atribui ao ensino secundário um caráter

patriótico e as línguas privilegiadas são o francês, o inglês e o espanhol, que é introduzido

no lugar do alemão.

Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do Brasil,

em relação aos Estados Unidos, intensificou-se e, com isso, a necessidade de aprender

inglês tornou-se cada vez maior.

Como tentativa de rompimento com a hegemonia de um único idioma ensinado

nas escolas, criou-se, em 1982, o Centro de Línguas Estrangeiras, no Colégio Estadual do

Paraná que, posteriormente, expandiu-se em todo o Estado.

Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional, nº 9394,

determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma Língua Estrangeira Moderna,

escolhida pela comunidade escolar, no Ensino Fundamental. Com relação ao Ensino

Médio, a Lei determina que seja incluída uma Língua estrangeira moderna como

disciplina obrigatória, e uma segunda, em caráter optativo, dependendo das

disponibilidades da instituição.

Uma das argumentações utilizadas para justificar a pluralidade da oferta de

Línguas Estrangeiras é que sua aprendizagem propicia um espaço de reflexão sobre a

língua como “discurso e prática social”, de forma a refletir os sentidos oferecidos pelas

múltiplas culturas inseridas em cada sociedade.

Por outro lado, se considerarmos que a expansão de uma Língua Estrangeira é

também a expansão de um conjunto de discursos ideológicos, é fundamental observar se

o ensino dessa segunda língua corrobora para a perpetuação de ideias, de dominação ou

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emancipação. O ensino de língua estrangeira deve garantir que os alunos não se tornem

consumidores passíveis de cultura e de conhecimento, e sim, criadores ativos.

Assim sendo, a aprendizagem de uma língua estrangeira adquire um caráter

político como forma de ação para transformar o mundo. Nessa perspectiva, a

responsabilidade do ensino da língua estrangeira amplia-se e exige uma reflexão ampla

do educador sobre o modo como se ensina e para que, se está ensinando. Somente assim

haverá uma apropriação crítica e histórica do conhecimento para uma maior compreensão

da realidade sócio-cultural do aluno, tornando-o um agente transformador e democrático

do seu ambiente de convívio.

2. OBJETIVOS:

Ensinar e aprender línguas são, também, ensinar e aprender percepções de

mundo e maneiras de construir sentidos; é formar subjetividades, independentemente do

grau de proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas de

ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de

construir sentidos do e no mundo.

A língua estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar a inclusão social,

o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade; o reconhecimento

da diversidade cultural e o processo de construção das identidades transformadoras.

O contato com os múltiplos gêneros textuais, manifestados em forma de diferentes

linguagens inseridas no mundo globalizado, busca ampliar a compreensão de várias

culturas; ativar procedimentos interpretativos, tornando possível a construção de

significados, aumentando as possibilidades de entendimento de mundo do aluno como

um instrumento de comunicação universal para contribuir na transformação e

crescimento do cidadão. Assim, ao final do Ensino Fundamental e Médio, espera-se que o

aluno seja capaz de:

Usar a língua estrangeira em situações de comunicação oral e escrita;

Vivenciar formas de participação que possibilitem estabelecer relações entre

ações individuais e coletivas;

Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e

passiveis de transformação na prática social;

Conscientizar sobre o papel das línguas na sociedade, possibilitando o acesso à

informação, ao conhecimento e o entendimento do mundo;

Compreender a diversidade lingüística cultural;

Ativar procedimentos interpretativos proporcionando a construção de significados

e possibilidades para que o aluno entenda o mundo e contribua para a

transformação da sociedade.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÀSICOS

A língua, entendida como interação verbal e produtora de sentidos, marcada por

relações pragmáticas e contextuais de poder, terá como conteúdo estruturante: o

“discurso” como “prática social”, realizada por meio das práticas discursivas de onde

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advém os conteúdos básicos: a compreensão auditiva, a leitura de mundo, a escrita nas

múltiplas formas e a interação verbal como processo comunicativo.

O trabalho com diferentes gêneros textuais deve levar o aluno a perceber a gama

de discursos existentes nos mais variados contextos, bem como, as vozes que permeiam

as relações sociais e as relações de poder. É preciso que os níveis de organização

lingüística sirvam para a compreensão da linguagem, na produção escrita, oral, verbal e

não verbal.

Entretanto, os conteúdos específicos para o Ensino Fundamental e Médio, por

série, serão desdobrados a partir de textos (verbais e não-verbais), considerando seus

elementos lingüístico-discursivos (fonético-fonológicos, léxico-semânticos e sintáticos),

manifestados nas práticas discursivas (leitura, escrita, oralidade e compreensão auditiva).

Portanto, os textos escolhidos para o trabalho pedagógico definirão os conteúdos

estruturantes, bem como as práticas discursivas a serem trabalhadas.

Diante da dificuldade de estabelecer os conteúdos por série, considerando a

diversidade de textos em circulação na sociedade e a especificidade do tratamento da

língua estrangeira na prática pedagógica, cumpre estabelecer alguns critérios norteadores

para o ensino de Língua Estrangeira, já que os conteúdos estruturantes estão pautados no

discurso, pois estes serão consequentes e inerentes aos textos trabalhados.

A Lei nº 10.639/03, que trata das Relações Étnico-Raciais e História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana na escola, será trabalhado através de ações que propiciem o

contato com a cultura africana e afrodescendente, dentro da Língua Inglesa, culminando

em exposições de obras literárias de escritores negros, documentários, filmes com

temáticas sobre o racismo e preconceito, costumes e hábitos, procurando destacar a

contribuição da cultura dos povos negros, falantes da língua inglesa.

A princípio, é preciso levar em conta o processo de continuidade, ou seja, a

“manutenção de uma progressão entre as séries, considerando as especificidades da

língua estrangeira ofertadas, as condições de trabalho existentes na escola, o projeto

político-pedagógico, a articulação com as demais disciplinas do currículo e o perfil dos

alunos” (DCE: 2006, p. 37).

Ao se trabalhar os textos, propõe-se uma análise lingüístico-discursivos dos

elementos não só de natureza lingüística, mas, principalmente, os de fins educativos,

visando a abordagem de assuntos polêmicos, adequados à faixa etária, conforme os

interesses dos alunos. Vale ressaltar a importância de se trabalhar os diversos tipos de

texto, com diferentes graus de complexidade da estrutura lingüística.

Propõe-se a participação do aluno na escolha temática dos textos, visto que um

dos objetivos é possibilitar a participação do mesmo, permitindo, assim, a construção de

relações entre ações individuais e coletivas. A prática de tal experiência permite que os

alunos compreendam os interesses do grupo e escolham conteúdos mais significativos

promovendo a participação de todos. alunos.

Vale atentar para a escolha de textos que não priorizem uma “visão monolítica e

estereotipada de cultura” (p. 38). Assim, os conteúdos poderão dar ao aluno indicativos

para perceber os avanços nos estudos, na medida em que forem baseados no

planejamento estabelecidos entre professores ao longo do ano.

È importante destacar que os conteúdos gramaticais serão definidos a partir das

escolhas temáticas e textuais, enfatizando o conteúdo e não a forma. O uso do texto é

fundamental para o desenvolvimento da compreensão da leitura, da escrita, da oralidade e

da compreensão auditiva. Além disso, o texto será enriquecido por músicas, filmes,

debates, pesquisas, jogos, teatros, danças entre outros.

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CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,

serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas

esferas sociais de circulação.

Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo

com o Projeto

Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica

Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as

características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das

séries.

LEITURA (vide relação dos gêneros ao final deste documento)

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Referência textual;

Partículas conectivas do texto;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

Polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Léxico.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Referência textual;

Partículas conectivas do texto;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

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Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

Polissemia.

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

formatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

EXEMPLOS DE GÊNEROS

Adivinhas

Álbum de Família

Anedotas

Bilhetes

Cantigas de Roda

Carta Pessoal

Cartão

Cartão Postal

Causos

Comunicado

Convites

Curriculum Vitae

Diário

Exposição Oral

Fotos

Músicas

Parlendas

Piadas

Provérbios

Quadrinhas

Receitas

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267

Relatos de Experiências Vividas

Trava-Línguas

LITERÁRIA/ARTÍSTICA

Autobiografia

Biografias

Contos

Contos de Fadas

Contos de Fadas Contemporâneos

Crônicas de Ficção

Escultura

Fábulas

Fábulas Contemporâneas

Haicai

Histórias em Quadrinhos

Lendas

Literatura de Cordel

Memórias

Letras de Músicas

Narrativas de Aventura

Narrativas de Enigma

Narrativas de Ficção Científica

Narrativas de Humor

Narrativas de Terror

Narrativas Fantásticas

Narrativas Míticas

Paródias

Pinturas

Poemas

Romances

Tankas

Textos Dramáticos

CIENTÍFICA

Artigos

Conferência

Debate

Palestra

Pesquisas

Relato Histórico

Relatório

Resumo

Verbetes

ESCOLAR

Ata

Cartazes

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268

Debate Regrado

Diálogo/Discussão Argumentativa

Exposição Oral

Júri Simulado

Mapas

Palestra

Pesquisas

Relato Histórico

Relatório

Relatos de Experiências

Científicas

Resenha

Resumo

Seminário

Texto Argumentativo

Texto de Opinião

Verbetes de Enciclopédias

IMPRENSA

Agenda Cultural

Anúncio de Emprego

Artigo de Opinião

Caricatura

Carta ao Leitor

Carta do Leitor

Cartum

Charge

Classificados

Crônica Jornalística

Editorial

Entrevista (oral e escrita)

Fotos

Horóscopo

Infográfico

Manchete

Mapas

Mesa Redonda

Notícia

Reportagens

Resenha Crítica

Sinopses de Filmes

Tiras

ÇÃO EXEMPLOS DE GÊNEROS

PUBLICITÁRIA

Anúncio

Caricatura

Cartazes

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269

Comercial para TV

E-mail

Folder

Fotos

Slogan

Músicas

Paródia

Placas

Publicidade Comercial

Publicidade Institucional

Publicidade Oficial

Texto Político

POLÍTICA

Abaixo-Assinado

Assembleia

Carta de Emprego

Carta de Reclamação

Carta de Solicitação

Debate

Debate Regrado

Discurso Político “de Palanque”

Fórum

Manifesto

Mesa Redonda

Panfleto

JURÍDICA

Boletim de Ocorrência

Constituição Brasileira

Contrato

Declaração de Direitos

Depoimentos

Discurso de Acusação

Discurso de Defesa

Estatutos

Leis

Ofício

Procuração

Regimentos

Regulamentos

Requerimentos

PRODUÇÃO E CONSUMO

Bulas

Manual Técnico

Placas

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270

Relato Histórico

Relatório

Relatos de Experiências

Científicas

Resenha

Resumo

Seminário

Texto Argumentativo

Texto de Opinião

Verbetes de Enciclopédias

MIDIÁTICA

Blog

Chat

Desenho Animado

E-mail

Entrevista

Filmes

Fotoblog

Home Page

Reality Show

Talk Show

Telejornal

Telenovelas

Torpedos

Vídeo Clip

Vídeo Conferência

4. METODOLOGIA:

O que sustenta este documento é uma abordagem que valoriza a escola como um

espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento enquanto

instrumento de compreensão da realidade social e da atuação crítica e democrática para a

transformação da realidade. A escolarização tem o compromisso de prover aos alunos

meios necessários para que não apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas

apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.

Assim, a proposta metodológica a ser trabalhada, possibilita a análise e reflexão

sobre os fenômenos Linguísticos e culturais como realizações discursivas, as quais se

revelam na/pela história dos sujeitos que fazem parte deste processo.

As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira com

o texto. Isto não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento às demais no

trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, há uma simultânea utilização

de todas as práticas discursivas: leitura, escrita, oralidade. É nesta abordagem que leitura,

escrita e oralidade se interagem. Texto e leitura são indissociáveis. Referem-se às

estratégias de compreensão, discussão, organização e produção de textos,bem como ao

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271

contexto social, aos papéis que leitores e escritores exercem em seus grupos sociais e seus

propósitos.

A proposta da Língua Estrangeira Moderna na Educação Básica considera a

leitura como interação entre os múltiplos textos e ocorre na relação entre o leitor, texto,

autor e outros leitores. A leitura ancorada numa perspectiva crítica promove a

construção e a percepção de mundo do sujeito leitor, tornando-o capaz de criar

significados e sentidos que contribuam para uma maior compreensão diante do texto.

Esse processo de construção de sentido, apoiado na bagagem cultural e com acesso

permanente a língua inglesa, são fundamentais para a prática social do cidadão e

interpretação dos discursos de sua comunidade.

Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de

conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o

uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. Serão selecionados a partir

dos erros das necessidades surgidas com cada gênero textual trabalhado.

Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao contrastar a

sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico-crítico e socialmente

constituído e, assim, elabore a consciência da própria identidade. Em relação à escrita,

não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma atividade interacional e

significativa.

Os gêneros publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc

serão abordados pelo professor, visando não só a compreensão linguística, mas a prática

discursiva. Aprendemos a moldar nossa fala às formas textuais. Os textos literários serão

apresentados aos alunos de modo que provoquem reflexão e façam com que os percebam

como uma prática social de um determinado contexto sócio-cultural particular.

Se não existissem as múltiplas linguagens e se não as dominássemos, tendo que

criá-los pela primeira vez no processo da fala, a comunicação verbal seria quase

impossível (Bakhtin, 1998).

O objetivo da Língua Inglesa será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de

interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. O

ensino de língua estrangeira estará articulado com as demais disciplinas do currículo,

objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa obrigatoriamente,

desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer com que o aluno

perceba que conteúdos com disciplinas distintas podem, muitas vezes, estar relacionados

entre si.

4.1 Recursos Didáticos:

Essa proposta metodológica apóia-se no uso de livros didáticos e paradidático.

Além desse material, serão utilizados dicionários, textos variados (de revistas e jornais,

visuais e não visuais) vídeos, DVDs, fitas de áudio, CD-ROM, Internet e outros materiais

pedagógicos.

Leitura de diversos textos, explorando a época histórica e o estilo do autor;

Dramatizações;

Debates;

Pesquisas em jornais, revistas e enciclopédias;

Discussão de assuntos contemporâneos e polêmicos;

Painéis abertos;

Projetos interdisciplinares abordando os temas transversais;

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272

Pendrive;

TVE;

TV pendrive;

Laboratório de Informática;

Fitas de Vídeo.

O professor engajado nessa proposta metodológica pode promover uma reflexão,

juntamente com o aluno, de forma a desvendar os valores subjacentes, abordando

criticamente uma leitura do mundo e, ao mesmo tempo, levá-lo a contemplar a

diversidade regional e cultural.

5. AVALIAÇÃO

A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino e,

portanto, deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende. É um

elemento de reflexão continua do professor sobre sua prática educativa e revela aos

alunos suas dificuldades, progressos e possibilidades e deve contemplar o Projeto Político

Pedagógico e o Regimento Escolar.

A avaliação deve fornecer dados sobre o desenvolvimento das capacidades do

educando e o grau de desenvolvimento intelectual, aplicabilidade dos objetivos de

conhecimentos ensinados que orientarão os ajustes e intervenções pedagógicas visando à

aprendizagem da forma mais adequada para o aluno.

A relevância e a adequação dos conteúdos está atrelada, ainda, às características

psicossociais dos alunos, capacidade para estabelecer relações entre os conteúdos, às

necessidades de seu dia-a-dia e com o contexto cultural.

Além disso, é importante nesse processo o feedback das avaliações aos alunos

com os devidos comentários, para que eles possam entender o processo de aprendizagem

e, assim, buscar a superação das suas dificuldades.

As informações obtidas através da avaliação devem revelar os resultados da

aprendizagem para que essa possa fluir em bases consistentes, apoiando-se em

conhecimentos teóricos que necessitam ser solidificados.

O papel da avaliação é diagnosticar o avanço do conhecimento, caracterizando-

se como um processo contínuo de comprometimento com o saber científico, cultural e

social.

Nesse sentido, é necessário que o professor tenha uma visão de conjunto no

processo de avaliação levando em conta que:

- Para que um processo de aprendizagem seja efetivo, ele deve contemplar a

avaliação diagnóstica, contínua, formativa e reflexiva;

- O processo de ensino-aprendizagem do conteúdo deve contemplar o

acompanhamento metodológico e avaliativo;

- Na avaliação contínua, é necessário que o professor e os alunos analisem quanto e

como conseguiram aproximar-se dos objetivos propostos;

- O registro e a observação do desempenho do aluno devem ser feitos pelo

professor de forma contínua e reflexiva;

- A avaliação pressupõe um clima de cooperação e confiança entre professor e

aluno, o que favorece a prática de auto-avaliação entre ambos;

- As aprendizagens dos alunos devem ser consideradas como parâmetros para

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273

realimentação dos encaminhamentos adotados.

- Nessa proposta avaliativa, a língua é concebida como prática social e discursiva.

A avaliação formativa, na sua condição contínua e diagnóstica deve ser

privilegiada, a fim de promover a análise e reflexão no encaminhamento das

intervenções pedagógicas.

- A avaliação de determinado dado de produção em língua estrangeira considera o

erro como efeito da própria prática, ou seja, o vê como resultado do processo de

aquisição de uma nova língua. Portanto, na avaliação o erro precisa ser visto

como um passo para que a aprendizagem se efetive e não como um entrave no

processo. É preciso lembrar que o processo de aprendizagem não é linear, não

acontece da mesma forma e, ao mesmo tempo, para diferentes pessoas. Cabe ao

professor, avaliar, priorizar o processo de crescimento do aluno e não apenas

mensurar o conhecimento por ele alcançado.

- A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, fazer com que o

professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as

necessidades de seus alunos. E, através dela, é possível perceber quais são os

conhecimentos linguísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais – e as

práticas – leitura, escrita e oralidade – que ainda não foram suficientemente

trabalhadas e que precisam ser abordadas mais exaustivamente para garantir a

efetiva interação do aluno com os discursos em língua estrangeira.

5.1. Instrumento da Avaliação

Assim, para a avaliação serão utilizadas as provas objetivas e discursivas; leitura

de textos de diversos gêneros textuais; debates, seminários e interpretações de textos;

seminários; diálogos orais e escritos; elaboração de narrações, dissertações, resumos,

poesias; trabalhos individuais e em grupos; músicas; teatros; filmes, jogos e outras

atividades. Estes deverão ser propostos, no mínimo de 03 (três) intrumentos de

avaliações, durante o trimestre sendo 4,0 (quatro vírgula zero) para atividades

diversificadas e 6,0 (seis vírgula zero) para provas orais e escritas totalizando 10,0 (dez

vírgula zero).

A recuperação de conteúdos será paralela ao processo ensino e aprendizagem

ofertada a todos os alunos, com retomada dos mesmos na medida em que for necessário

alterando a metodologia utilizada.

Quanto à recuperação de notas, será ofertado um instrumento no valor de 10,0

(dez vírgula zero), sendo optativo ao aluno que atingiu média igual ou superior a 6,0 (seis

vírgula zero)com valor substitutivo prevalecendo a nota maior, conforme descrito no Art

112 do Regimento Escolar.

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274

6. REFERÊNCIAS

Colégio Estadual Professora Nadir Mendes Montanha, Projeto Político Pedagógico

Colégio Estadual Professora Nadir Mendes Montanha, Regimento Escolar.

BRASIL. Lei- n° 10639, 09 de Janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de

Educação.

Cadernos Temáticos História da Cultura Afro-brasileira e Africana. Ministério da

Educação – Ministério Nacional de Educação, 2004.

Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / Vários autores. Curitba: SEED –

Paraná, 2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a Educação

Básica, Secretaria do Estado do Paraná – Superintendência da Educação, Curitiba-Pr.,

2009.

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275

COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

___________________________________________________________________________________

SOCIOLOGIA

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276

COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

NRE: APUCARANA

ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA: SOCIOLOGIA

PROFESSOR: CARLOS ALBERTO NOGUEIRA DINIZ

PAULO JOSÉ ZANETTI

RODRIGO DE ABREU

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O estudo objetivo e sistemático da sociedade e do comportamento humano pode

ser considerado relativamente como recente, em fins do século XVIII. Passa-se a utilizar

a ciência na compreensão do mundo, ocasionando uma mudança na forma de

entendimento das questões naturais e humanas através da abordagem científica. As

explicações que antes eram tradicionais e pautadas pelo pensamento religioso foram

suplantadas por tentativas de conhecimento racionais e críticas.

A necessidade de se pensar intrinsecamente tanto a sociedade quanto a ciência

resulta do processo histórico e social, no qual as grandes transformações sociais

ocorreram. Assim sendo, a Sociologia nasce com o papel de focalizar os problemas

existentes na sociedade, questionando e buscando respostas que apontem para a

construção de caminhos viáveis para a convivência coletiva. Ou seja, é o saber voltado

para a compreensão da vida social humana, das regras existentes entre os grupos e dos

fundamentos da sociedade.

Como ciência, a Sociologia delineou-se no rastro do pensamento positivista,

vinculada a ordem das Ciências Naturais. O caráter científico, tão buscado e valorizado

no século XVI estava ligado à lógica das ciências ditas “experimentais”. Quer seja para

ascender, o estatuto das ciências deveria atender pré-requisitos e seguir métodos

“científicos” que pretendiam também a neutralidade e estabelecimento de regras.

São representantes desse pensamento Augusto Comte (1798-1857), o primeiro a

usar o termo Sociologia, relacionando-o como Ciência da Sociedade e Émile Durkheim

(1858-1917), que adotou conceitos elaborados por Comte, especialmente o de ordem

social para delinear uma das correntes representativas do pensamento sociológico.

Ambos os pensadores procuram buscar soluções para os graves problemas sociais

gerados pelo modo de produção capitalista, isto é: miséria, desemprego e as consequentes

greves e rebeliões operárias. Cada um desses sintomas sociais foi analisado por

pensadores como desvio ou anomalias da sociedade, que poderiam ser corrigidas ou

mesmo solucionadas por resgate de valores morais - como a sociedade - os quais

restabeleceriam relações estáveis entre as pessoas, independente da classe social a que

pertencem.

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277

Tais pensadores analisaram a Sociologia sob um determinado ponto de vista e

preconizaram a manutenção do status quo, da ordem vigente e, de alguma forma, pelo

elogio à sociedade capitalista.

Apesar de sua origem conservadora e de sua proposta inicial conformista, a

Sociologia desenvolveu também um olhar crítico e questionador sobre as sociedades. O

pensador alemão Karl Marx (1818-1883), trouxe a baila importante contribuição ao

pensamento sociológico porque desnudara as relações de exploração que se

estabeleceram a partir do momento em que uma determinada classe social apropriou-se

dos meios de produção e passou a deter sozinho o mecanismo das ações da sociedade.

De acordo com o pensamento de Karl Marx não há soluções conciliadoras numa

sociedade cujas relações se baseiem na exploração do trabalho e na crescente espoliação

da maioria. Para Marx, a única possibilidade de superar a desigualdade e a opressão está

na construção de uma nova sociedade, que pressuponha a inexistência de classes sociais,

que, portanto, de dominação de uma minoria sobre uma maioria. No pensamento marxista

teoria apenas tem sentido se transformada em práxis, ou seja, em ação fundamentada

politicamente para transformar estruturas de poder vigente e construir novas relações

sociais, fundadas na igualdade de condições a todos os indivíduos.

Outra importante contribuição ao pensamento sociológico, crítico e revolucionário

pode ser encontrada nos escritos do pensador italiano Antonio Gramsci (1891-1937),

cujas análises foram incorporadas principalmente às pesquisas sociológicas e

educacionais. Criados por Gramsci os conceitos de hegemonia, intelectual orgânico, e

escola única auxiliam no processo de repensar as estruturas educacionais.

A Sociologia como disciplina pertencente ao conjunto dos demais ramos da

ciência, especialmente das Ciências Sociais, não se produz de forma independente do

trabalho pedagógico. São intercomunicantes os caminhos dos estudos e pesquisas

acadêmicas e atividades curriculares presentes no magistério.

Fazer ciência mediante a reflexão acadêmica com base na pesquisa científica, e

esta alimentar a dimensão da formação do indivíduo são faces de um mesmo problema.

Pensando em ambas que se realiza a dimensão histórica da ciência, e assim, situamos a

Sociologia no Brasil. Tanto as idéias conformistas quanto as revolucionárias exerceram

forte influência na formação do pensamento sociológico brasileiro.

Após a instalação da República, autores como Sílvio Romero (1851-1914),

Euclides da Cunha (1866-1909) e Oliveira Viana (1883-1951), considerados

conservadores, configuravam uma tradição ensaísta, sem uma preocupação

especificadamente científica – ou seja, sem estar preocupada em pensar o que seria a

identidade cultural nacional.

Inicialmente no Brasil, a Sociologia reproduz os primeiros apontamentos da

análise positivista, paralelamente à divulgação da obra de Comte no cenário europeu.

Florestan Fernandes (1920-1995), ao traçar três períodos de desenvolvimento da reflexão

sociológica na sociedade brasileira, considera aquele momento como a primeira época,

uma conexão histórica entre o direito e a sociedade, a literatura e o contexto histórico. A

segunda época, as primeiras décadas do século XX, é caracterizada pelo pensamento

racional como forma de consciência social das condições da sociedade. E a terceira

época, em meados do século XX, é marcada pela subordinação do estudo dos fenômenos

sociais aos padrões de cientificidade do trabalho intelectual com influência das tendências

metodológicas dos países europeus e principalmente dos Estados Unidos.

Os anos de 1930 foram de fundamental importância para a história do ensino da

Sociologia no Brasil, graças a um conjunto de iniciativas na área da educação, no campo

da pesquisa e editoração. A criação dos Cursos Superiores de Ciências Sociais na Escola

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Livre de Sociologia e Política de São Paulo e da própria Universidade de São Paulo

possibilitou não apenas o desenvolvimento da pesquisa sociológica, como também a

conseqüente formação de quadros intelectuais e técnicos pensantes do país e para dar

suporte às políticas públicas em execução. Isto ocorreu justamente durante o Ensino

Secundário, o que veio a colaborar para a consolidação da Sociologia como disciplina

escolar.

O clima de democracia política que o país respirava na década de 50 e no início da

década de 60, favoreceu a disseminação das faculdades de filosofia, ciências e letras pelo

Brasil e a sociologia passa a fazer parte não só dos currículos dos cursos de ciências

sociais como também de outros cursos superiores, especialmente o das áreas das ciências

humanas. No período da ditadura militar, anos 70, especialmente a sociologia permanece

excluída das grades curriculares dos cursos secundários, inclusive dos cursos de formação

para magistério, constantemente sendo substituída pela disciplina de fundamentos da

educação.

A trajetória do ensino da Sociologia foi marcada por freqüentes interrupções

trazendo lhe marcas que não podem ser ignoradas relativamente a sua inserção no cenário

educacional. Algumas conseqüências originadas dessas interrupções dificultaram a

Sociologia se firmar como disciplina em muitas escolas o que acarretou, entre outras

coisas, na falta de tradição da disciplina dificulta seu espaço nas grades curriculares; na

carência de materiais didáticos adequados limita o ensino aos alunos de Ensino Médio,

além da carência de pesquisa e metodologia para esse nível de ensino implica, de algum

modo, a reprodução de métodos do ensino superior.

A promulgação da Lei de diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96) abriu

novas perspectivas para a inclusão da sociologia nas grades curriculares, uma vez que

dita no Art. 36 e inciso 3, a importância do domínio de Filosofia e Sociologia são

necessários ao exercício da cidadania. No estado do Paraná, especificamente a partir de

2004, uma série de políticas públicas foram estruturadas e ações implementadas pela

Secretaria de Educação, no sentido de promover a conscientização da comunidade escolar

a respeito da importância do conhecimento sociológico para o aluno de Ensino Médio.

A sociologia, disciplina curricular do Ensino Médio, de acordo com a instrução

01/2004, sendo esta pautada nos documentos oficiais: LDB, DCN e PCNs. A importância

de trabalhar a disciplina com os educandos tem como finalidade, segundo a LDB:

“Desenvolver no educando, assegurando-lhe a formação indispensável para o exercício

da cidadania e fornecendo-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos

posteriores.” Quando a lei trata do exercício da cidadania, é necessário definir o espaço

da disciplina perante o Ensino Médio, definindo qualquer concepção de cidadania que

deve estar implícita em todos os professores e alunos. Ainda de acordo com o que

preconiza a LDB 9394/96, art. 36 &1º, inciso III, o aluno tem que ter o domínio dos

conhecimentos filosóficos e sociológicos necessários ao exercício da cidadania.

Partindo deste princípio, é preciso que a sociologia garanta ao educando do

Ensino Médio que, a partir do senso comum e de situações vivenciadas no cotidiano,

busque superar esse nível de compreensão de mundo, desenvolvendo assim uma

concepção científica qualquer atenda às exigências do homem contemporâneo, crítico e

transformador, por meio do qual se possa analisar a complexidade da sociedade

contemporânea.

Os conteúdos devem ser abordados de modo claro, dialógico, diferenciados do

senso comum, tendo, por parte do aluno, a incorporação de uma linguagem sociológica

permitindo perceber a realidade e através de conceitos explicar tal realidade. Permitindo

ao educando agir como indivíduo ativo, participante das dinâmicas sociais, fornecendo,

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279

para isto, elementos necessários para a formação de um cidadão consciente de um mundo

social, econômico, político, de suas potencialidades, capaz de agir e reagir diante desse

mundo.

Espera-se da disciplina de Sociologia que ela contribua para que os sujeitos -

nesse contexto, os envolvidos no processo pedagógico tenham recursos para desconstruir

e desnaturalizar conceitos tomados historicamente como irrefutáveis, de maneira que

melhorem seu senso crítico e também possam transformar a realidade e conquistar mais

participação ativa na sociedade.

Nesse papel investigativo e questionador a Sociologia tem contribuído para

ampliar os conhecimentos dos homens sobre a própria condição de vida e,

fundamentalmente, para análise das sociedades ao compor, consolidar e alargar um saber

especializado pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos problemas da vida

social.

Dessa forma os grandes problemas nos dias de hoje provenientes do acirramento

de forças do capitalismo mundial e do desenvolvimento industrial desenfreado, entre

outras causas, exigem sujeitos capazes de refutar a lógica neoliberal da destruição social e

planetária. É tarefa inadiável da escola e da Sociologia a formação de novos valores, de

uma nova ética e de novas práticas que indiquem a possibilidade de construção de novas

relações sociais.

Pretende-se que ao final do Curso os alunos de Ensino Médio possam:

Desenvolver uma análise da Sociologia vislumbrando o contexto histórico de seu

surgimento.

Entender o objeto de estudo da Sociologia.

Buscar o entendimento da Sociologia enquanto ciência e desenvolver a

imaginação sociológica.

Entender dentro de uma análise sociológica o desenvolvimento e a consolidação

do modo de produção capitalista.

Conhecer as principais correntes teóricas da Sociologia, bem como seus

precursores.

Compreender a sociedade enquanto expressão dos fenômenos sociais e sua

complexidade.

Perceber as diferentes manifestações culturais presentes nas sociedades.

Compreender a indústria cultural e sua relação com o complexo econômico.

Compreender conceitos como: trabalho, sociedade, ideologia, classe social

considerando o contexto econômico e político.

Desenvolver uma visão crítica a respeito da relação política e sociedade, com

considerando as formas do Estado.

Entender os que são os movimentos sociais.

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Relacionar os conhecimentos teóricos com as práticas sociais.

Identificar nas suas práticas sociais os conhecimentos dos direitos e deveres no

exercício da cidadania.

Reflexão e sensibilidade para as questões sociais do mundo em que este inserido

observando os temas que fazem parte da sua vivência, como: desigualdades

sociais, exclusão social, violência, família e política.

2. CONTEÚDOS

1ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico

Processo de Socialização

e as Instituições Sociais

· O Surgimento da Sociologia e as Teorias

Sociológicas;

· Processo de Socialização;

· Instituições sociais: Familiares, Escolares,

Religiosas;

· Instituições de Reinserção (prisões, manicômios,

educandários, asilos, etc).

2ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico

Cultura e Indústria

Cultural

- Desenvolvimento antropológico do conceito de

cultura e sua contribuição na análise das diferentes

sociedades;

- Diversidade Cultural;

- Identidade;

- Indústria Cultural;

- Meios de comunicação de massa;

- Sociedade de Consumo;

- Indústria cultural no Brasil;

- Questões de Gênero;

- Cultura afro brasileira e africana;

- Culturas Indígenas;

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Trabalho, Produção e

Classes Sociais

- O conceito de trabalho nas diferentes sociedades;

- Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes

sociais;

- Organização do trabalho nas sociedades

capitalistas e suas contradições.

- Globalização e neoliberalismo;

- Relações de trabalho;

- Trabalho no Brasil

3ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico

Poder, Política e

Ideologia;

- Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

- Democracia, Autoritarismo e Totalitarismo;

- Estado no Brasil;

- Conceitos de Poder;

- Conceitos de Ideologia;

- Conceitos de Dominação e Legitimidade;

Direito, Cidadania e

Movimentos Sociais

- Direitos civis, políticos e sociais;

- Direitos Humanos;

- Conceitos de Cidadania;

- Movimentos Sociais;

- Movimentos Sociais no Brasil;

- A questão ambiental e os movimentos

ambientalistas;

- A questão das ONG's.

3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

No ensino da Sociologia, é fundamental a adoção de múltiplos instrumentos

metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a exposição, a

leitura e esclarecimentos do significado dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos,

temáticos, literários), a análise, a discussão, a pesquisa de campo e bibliografia entre

outros.

Assim como os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos deles

derivados, os encaminhamentos metodológicos e o processo de avaliação ensino-

aprendizagem também devem estar relacionados à própria construção histórica da

Sociologia crítica, caracterizada, portanto, por posições teóricas e práticas favorecedoras

do desenvolvimento de um pensamento criativo e instigante (DCE- pg. 35).

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Dessa forma, as aulas serão expositivas e desenvolvidas numa sequência de

discussões onde serão utilizados, entre outros, fóruns, debates, seminários, trabalhos em

grupo, oficinas e pesquisas na escola (biblioteca) e em casa, trabalhos e avaliações

escritas.

Procurar-se-á desenvolver capacidades, possibilitando ao educando criar

condições para resolver exercícios, interpretar e analisar textos, registrar sínteses,

produzir textos, ilustrar, formular perguntas orais e escritas, ler imagens e gráficos,

realizar entrevistas, apresentar trabalhos oralmente, confeccionar cartazes, montar painéis

e murais, participar de exposições, analisar filmes e músicas, com o auxílio e a utilização

da TV Multimídia e do Laboratório de Informática do Paraná Digital.

A correção de textos propiciando reforço ao aluno na escrita da Língua

Portuguesa e suas expressões, estará presente, bem como a forma de interagir o ensino da

Sociologia com as demais disciplinas inseridas na Grade Curricular do Ensino Médio.

4. AVALIAÇÃO

A prática avaliativa que se pautará na “desnaturalização” dos conceitos tomados

historicamente como irrefutáveis, propiciando o melhoramento do senso crítico e a

conquista de uma maior participação na sociedade. Através dos diálogos realizados em

sala de aula, sempre com a base teórica fundamentada no pensamento sociológico, a

avaliação da disciplina será em um processo contínuo de crescimento da percepção da

realidade à volta do aluno e faz do professor, um pesquisador.

De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando

aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas, e também as que apresentaram

dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado. Assim, a avaliação será

contínua, processual e presente em todas as etapas da prática pedagógica, possibilitando

uma constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentam para a construção da

autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da

disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os

textos ou filmes; participação nas pesquisas de campo; produção de textos que

demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática.

Várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-

las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão,

compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo, expressão oral ou escrita

da sua percepção de mundo. Assim, a avaliação em Sociologia busca servir como

instrumento diagnóstico da situação, tendo em vista a definição de encaminhamentos

adequados para uma efetiva aprendizagem.

Os critérios de avaliação serão debatidos no início do período letivo, podendo ser

debatidos, conforme o processo de aprendizagem se altere. Serão avaliadas as apreensões

de alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social; a capacidade de

argumentação fundamentada teoricamente; a clareza e coerência na exposição das idéias,

sejam no texto oral ou escrito, são alguns critérios possíveis de serem verificados no

decorrer do curso. Também a mudança na forma de olhar para os problemas sociais assim

como iniciativa e a autonomia para tomar atitudes diferenciadas e criativas, que rompam

com a acomodação e o senso comum.

A compreensão do aluno sobre o processo histórico de constituição da Sociologia

como ciência; como as teorias clássicas relacionam-se com o mundo contemporâneo;

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como o pensamento sociológico constrói diferentes conceitos para a compreensão da

sociedade e dos indivíduos; a forma com que os conceitos sociólogos contribuem para a

capacidade de análise da realidade social que os cerca; as múltiplas formas de ser analisar

a mesma questão ou fato social que refletem as diversidades interesses existentes na

sociedade.

A avaliação é trimestral num processo contínuo levando sempre em conta o

conhecimento assistemático do aluno, transformando-o em conhecimento sistematizado e

deste para a realidade. Será uma avaliação de caráter diagnóstico, isto é, verifica não só o

aproveitamento do aluno como a eficácia pedagógica desenvolvida. O aluno será avaliado

com diferentes instrumentos: participação e interesse, produção de textos, paródias,

pesquisa, debates, confecção de mapas, livros, gibis, cartazes e painéis, exposição de

trabalhos orais e seminários, testes e provas, respeitando o contigo no Art. 112 do

Regimento Escolar que estabelece 4,0 (quatro vírgula zero) para as atividades

diversificadas e 6,0 (seis vírgula zero) para provas ora e escrita.

Será considerada na avaliação a participação discente nas atividades programadas

e desenvolvidas em sala de aula, bem como o desenvolvimento de trabalhos pedagógicos,

orais e escritas, entre eles provas dissertativas e objetivas, visando sempre identificar se o

aluno alcançou os objetivos específicos e gerais.

A avaliação contínua cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os

de eventuais provas finais.

Obrigatoriamente a recuperação de estudos acontece a todos os alunos de forma

paralela aos conteúdos propostos, e a recuperação de notas será conforme o disposto no

Regimento Escolar sendo apresentado um instrumento no valor 10,0 (dez vírgula zero),

ofertado a todos os alunos, porém optativo aos alunos com média igual ou superior a 6,0

(seis vírgula zero) prevalecendo a nota maior.

5. RECURSOS DIDÁTICOS

Para o desenvolvimento destas propostas serão utilizados recursos como:

O espaço da sala de aula e o quadro.

Livro de Sociologia

Diretrizes Curriculares da Rede Pública (DCE´s) SEED-PR.

O espaço físico externo à sala de aula.

Pesquisa de campo (quando possível).

Visita a prédios públicos e privados: Câmara Municipal, Prefeitura, Indústrias etc.

(quando possível)

A Bibliografia pertinente ao curso, e o uso da biblioteca.

Laboratório de Informática.

Audiovisuais, Computação Gráfica etc.

CDs, Vídeos (DVD), TV Multimídia, Retro-projetor etc.

Revistas, Jornais e Cartazes.

Textos avulsos tirados de outros livros, revistas, internet e de apostilas.

Letras de músicas, poesias, filmes utilizando –se do recurso da TV Pendrive.

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6. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

Prova escrita

Prova oral

Trabalho em grupo e individuai

Análise de textos com discussão, questões e relatórios.

Seminário

Pesquisa

7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

DURKHEIM, E. SOCIOLOGIA. São Paulo: Ática,1902.

COSTA, C. Sociologia: Introdução à Ciência da Sociedade. São Paulo: Ed. Moderna,

1997.

CUNHA, E. Os Sertões. São Paulo. Á, 1902.

GIDDENS, A. Sociologia. 6ª Ed. Porto Alegre: Armed, 2005.

MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo: Martins Fonte, 1990.

MARX, K. Manifesto do Partido Comunista. URSS: Edições Progresso, 1987.

MUNDO JOVEM - Um Jornal de Idéias.

(SEED), Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares de Sociologia Para a Educação

Básica. 2009.

WEBER, M. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979.

WEFFORT, F. (Org). Os Clássicos da Política: 13 ª Ed. São Paulo: Ática, 2003. V.2.

JHONSON, Allan G. Dicionário de Sociologia. Zahar Editora. Rio de Janeiro, 1995.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes

Montanha

REGIMENTO ESCOLAR – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha

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COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

Q U Í M I C A

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286

COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos

CEP 86703-440 FAX: (43) 3276-2104 – FONE: (43) 3276-1930

e-mail: [email protected]

ARAPONGAS – PARANÁ

______________________________________________________________________________________

NRE- APUCARANA

ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA: QUÍMICA

PROFESSORA: KEISA SILVA

1. APRESENTAÇÃO:

A Química participa das diferentes áreas das ciências e colabora no

estabelecimento de uma cultura cientifica cada vez mais enraizada no capitalismo e

presente na sociedade, e, por conseguinte, na escola.

A Química no ensino médio deve possibilitar ao aluno que se aproprie dos

conhecimentos químicos e seja capaz de refletir criticamente sobre o meio em que esta

inserido. Para isso um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina

de Química é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do

pensamento na ciência Química.

Aprender significa relacionar (Maldamer, 2000, p. 199).

A Química, trabalhada como disciplina deve apresentar-se como propiciadora da

compreensão de uma parcela dos resultados obtidos a partir da Química como ciência.

É fundamental aproveitar no primeiro momento, a vivência dos alunos, os fatos

do dia-a-dia, a tradição cultural e a mídia, buscando com isso reconstruir os

conhecimentos químicos para que o aluno possa refazer a leitura do seu mundo

(Bernsdelli, 2004 p. 2). Considerando seu objeto de estudo: Substâncias e Materiais,

serão apontados os Conteúdos Estruturantes da Química para o Ensino Médio.

2. CONTEÚDOS

Todos os conteúdos estruturantes devem permear as três séries.

Matéria e sua natureza – estuda aspectos macro e microscópicos da matéria, bem como

sua essência.

Estrutura da matéria

Substância, mistura, métodos de separação

Fenômenos físicos e químicos

Estrutura atômica, distribuição eletrônica

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Tabela periódica

Ligações químicas

Funções químicas

Radioatividade

Biogeoquímica – caracterizado pelas interações entre a hidrosfera, litosfera e atmosfera.

Soluções

Termoquímica

Cinética química

Equilíbrio químico

Ciclos globais

Química sintética – caracterizada pela síntese de novos produtos (farmacêuticos,

alimentícios, fertilizantes, agrotóxicos, etc.), avanços tecnológicos, materiais artificiais.

Química de carbono;

Funções orgânicas;

Funções oxigenadas;

Funções nitrogenadas;

Polímeros;

Isomeria.

3. METODOLOGIA

Para que o aluno possa dar sentido ao que apreende, o professor precisa

contemplar as formas de pensar do aluno possibilitando que ele compare sua visão de

mundo com as do professor, colegas, livros etc.

Uma sala de aula reúne pessoas com diferentes costumes, tradições, preconceitos

e ideias, isso dificulta a adoção de um único encaminhamento metodológico para todos os

alunos.

A experimentação deve ser uma forma de problematizar a construção dos

conceitos químicos, sendo ponto de partida para que os alunos construam sua própria

explicação das situações observadas por meio da prática experimental.

Os números, os resultados quantitativos não devem ser menosprezados, contudo

podem ser melhor compreendidos por outros vias não somente a dos cálculos

matemáticos.

Em todas as séries serão abordados os conteúdos referentes ao Desenvolvimento

sócio-educacional, relacionando-os aos conteúdos estruturantes de modo contextualizado:

educação ambiental com base na Lei 9795/99, enfrentamento à violência,prevenção ao

uso indevido de drogas, sexualidade, cultura e história Afro-Brasileira e Africana (Lei n.

10.639/03 ) e história e cultura dos povos indígena respaldado pela Lei n. 11.645/08.

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4. AVALIAÇÃO

Todas as atividades realizadas sobre determinado conteúdo ensinado devem ser

avaliadas, de forma processual e formativa, sendo parte integrante do dia-a-dia em sala de

aula, sujeita a alterações no seu desenvolvimento.

Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados dos

conceitos científicos” (Maldaner, 2003, p. 144), permitindo ao professor indicar falhas

durante o processo e retomar um determinado conteúdo.

O sistema de avaliação do Estabelecimento de Ensino é trimestral, como

critérios de avaliação, podemos citar: o sistema de avaliação será composto pela

somatória da nota 4,0 (quatro vírgula zero) referente a atividades diversificadas, mais a

nota 6,0 (seis vírgula zero) resultante de provas oral ou escrita sendo no mínimo, 03 (três)

instrumentos, totalizando nota final 10,0 (dez vírgula zero).

A recuperação de estudos é direito de todos os alunos, no sentido do

aperfeiçoamento da aprendizagem e não apenas no alcance da média, desta forma será

paralela aos conteúdos propostos durante todo o trimestre. Será proporcionada a

recuperação de notas no valor 10,0 (dez vírgula zero) a todos os alunos que não atingirem

nota mínima 6,0 (seis) exigida e optativa para o aluno que atingir média igual ou superior

a 6,0 (seis). O cálculo da média anual será aplicada a seguinte fórmula matemática para o

resultado final: 1ºT + 2ºT + 3º T / 3. Quanto ao registro quantitativo, caso o aluno tenha

obtido um valor acima daquele anteriormente atribuído, no processo de recuperação a

nota deverá ser substitutiva, uma vez que a legislação é clara quanto ao caráter

cumulativo, ou seja, a melhor nota expressa o melhor momento do aluno em relação à

aprendizagem.

São instrumentos que poderão ser utilizados: relatórios de aulas em laboratórios,

apresentação de trabalhos em grupo, leitura e interpretação de textos, pesquisas

bibliográficas, produção de textos, resolução de exercícios , prova escrita individual e

outros.

4. REFERÊNCIAS

MORTIMER, Eduardo Fleury; MACHADO, Andréa Horta. Química . 1 . ed. São Paulo:

Scipione, 2007.

PARANÁ, Diretrizes curriculares de química para o ensino médio. Secretaria de

Estado da Educação. Superintendência da Educação. Curitiba:2008

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes

Montanha

REGIMENTO ESCOLAR – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha

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ANEXO I

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MATRIZ CURRICULAR

ENSINO

FUNDAMENTAL

E

MÉDIO

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ANEXO II

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ADENDO REGIMENTAL

L.E.M - CELEM

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ANEXO III

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ADENDO REGIMENTAL

OFERTA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE

9 ANOS

E ALTERAÇÃO DO SISTEMA DE

AVALIAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

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ANEXO IV

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PLANO DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

PARA

ENSINO FUNDAMENTAL

E

MÉDIO

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PLANO DE ESTÁGIO

APRESENTAÇÃO

Estágio é ato educativo escolar desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas

atividades devem ser adequadas às exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento

cognitivo, pessoal e social do educando , de modo a prevalecer sobre o aspecto produtivo.

Segundo a lei nº 11.788, de 25/10/08, estágio é ato educativo escolar

supervisionado e desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa preparar para o trabalho

produtivo do estudante. É uma atividade realizada pelos alunos como parte de sua

formação escolar enriquecendo o currículo e traz experiência profissional.

Assim sendo, o estágio é um instrumento de integração entre a teoria e prática e

que permite aos educandos contato direto com situações que possibilitem aperfeiçoar a

aprendizagem social, cultural e profissional.

Dessa forma o estágio não obrigatório tem por objetivo propiciar experiência e

amadurecimento profissional que facilite o desempenho de futuras atividades e

consequentemente, inserir os jovens no mercado de trabalho.

Identificação: Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha – Ensino Fundamental e

Médio

Identificação do Curso: Ensino Médio

Professor Orientador: Cecília Sanae Higachi Nisioka

1. JUSTIFICATIVA

O Plano de Estágio é um instrumento didático- pedagógico que norteia e

normatiza os estágios não-obrigatórios com objetivos voltados à formação profissional

dos alunos do Ensino Médio de nosso estabelecimento de ensino.

Este Plano visa atender Lei nº 11.788/08, que dispõe sobre o estágio não-

obrigatório dos estudantes, e a Deliberação nº 02/09 do CEE, que estabelece normas para

organização dos Estágios, e definem as atribuições das Instituições de Ensino e da parte

concedente.

Assim, justifica-se a elaboração do Plano de Estágio não-obrigatório visando

oportunizar experiências no desenvolvimento do alunado, com o mundo do trabalho.

2. OBJETIVOS

Contribuir para a formação do aluno no desenvolvimento de atividades relacionadas

ao mundo do trabalho.

Assegurar a relação teoria-prática nos estágios práticos não-obrigatório, a fim de

aperfeiçoar a aprendizagem social, cultural e profissional.

Compreender as relações do mundo do trabalho para que o educando se envolva

nas rotinas afins e, a sua integração social.

3. ATRIBUIÇÕES DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

Incluir no P.P.P. e na Proposta Curricular do Ensino Médio, o Estágio Profissional

para alunos do Ensino Médio, de natureza não-obrigatório e opcional, considerada

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curricular, assim sendo deve ser planejado e avaliado em conformidade com os objetivos

propostos para a formação dos educandos.

O professor orientador deverá zelar pelo cumprimento do Plano de Estágio,

realizar o acompanhamento e avaliação das atividades de estágio e celebrar Termo de

Compromisso com alunos e a parte concedente após ter firmado o termo de convênio

com a mesma.

Elaborar o plano de estágio e orientar sua execução;

Manter permanente contato com os supervisores responsáveis pelo estágio na

parte concedente;

Explicitar a proposta pedagógica da instituição de ensino e do plano de estágio

não-obrigatório à parte concedente;

Realizar avaliações que indiquem se as condições para realização do estágio estão

de acordo

Com o Plano de Estágio e o termo de Compromisso, mediante relatório;

Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;

Solicitar relatórios de estágios da parte concedente e do aluno;

Orientar previamente o estagiário quanto às normas de estágio; aos relatórios que

fará durante o estágio; aos direitos e deveres do estagiário.

4. ATRIBUIÇÕES DA PARTE CONCEDENTE

São considerados partes concedentes de estágio, os dotados de personalidade

jurídica pública ou privada e profissionais liberais, desde que estejam devidamente

registrados em seus conselhos de fiscalização profissional.

A oferta de estágio pela parte concedente será efetivada mediante:

I celebração de Convênio com a entidade mantenedora da instituição de ensino;

II celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o estudante

oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante atividades

de aprendizagem social, profissional e cultural;

III indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou experiência

profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para

orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários simultaneamente;

IV contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário, cuja apólice

seja compatível com valores de mercado, devendo constar no Termo de Estágio nos

casos de estágio não-obrigatório;

V entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por ocasião do

desligamento do estagiário, com indicação resumida das atividades desenvolvidas,

dos períodos e da avaliação de desempenho;

VI relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo funcionário

responsável pela orientação e supervisão de estágio, com prévia e obrigatória vista

do estagiário e com periodicidade mínima de 6 (seis) meses;

VII a remuneração do agente integrador pelos serviços prestados, se houver.

informar imediatamente a instituição de ensino quando do encerramento do

contrato.

5. ATRIBUIÇÕES DO RESPONSÁVEL PELA SUPERVISÃO DE ESTÁGIO

NA PARTE CONCEDENTE

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Acompanhar o plano de atividades do estágio proposto pela parte concedente e a

instituição de instituição de ensino:

Tomar conhecimento do Termo de Compromisso;

Orientar e avaliar as atividades do estagiário em consonância com o Plano de

Estágio;

Preencher relatórios de estágio e encaminhar à instituição de ensino;

Manter contato com o Professor orientador da escola;

Propiciar instalações e ambientes favoráveis à aprendizagem social, profissional e

cultural dos alunos;

Encaminhar relatório de atividades, com prévia e obrigatória vista do estagiário, à

instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 meses.

6. ATRIBUIÇÕES DO ESTAGIÁRIO

Considerando a Concepção de Estágio:

Ter assiduidade e pontualidade, tanto nas atividades desenvolvidas na parte

concedente como na instituição de ensino;

Celebrar Termo de Compromisso com a parte concedente e com a instituição de

ensino;

Respeitar as normas da parte concedente e da instituição de ensino

Associar a prática de estágio com as atividades previstas no plano de estágio;

Realizar e relatar as atividades do plano de estágio e outras, executadas, mas não

previstas no de estágio;

Entregar os relatórios de estágio no prazo previsto;

Dessa forma o Estágio não-obrigatório, permitirá que o aluno desenvolva

durante os estágios satisfatoriamente atividades que possibilitem:

O uso das novas tecnologias;

Produção de textos;

Aperfeiçoamento do domínio do cálculo;

Aperfeiçoamento da oralidade;

Compreensão das relações do mundo do trabalho, tais como: planejamento,

organização e Realização de atividades que envolvam rotina administrativa,

documentação comercial e rotinas afins.

7. FORMA DE ACOMPANHAMENTO

Caso o professor orientador constatando descumprimento do Plano de Estágio e

da legislação, deverá comunicar a irregularidade à parte concedente para

adequação. No caso da parte concedente não cumprir a legislação e o Termo de

Compromisso, a instituição de ensino deverá registrar em relatório, comunicando

ao aluno e seu responsável e aconselhar o estagiário para procurar outro local de

estágio;

O professor orientador solicitará à parte concedente o relatório, que integrará o

Termo de Compromisso, sobre a avaliação dos riscos inerentes às atividades a

serem desenvolvidas pelo estagiário levando em conta: local de estágio; agentes

físicos, biológicos e químicos, equipamento de trabalho e sua utilização; os

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processos de trabalho; as operações e a organização do trabalho; a formação e a

instrução para o desenvolvimento das atividades de estágio;

Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;

Observar se o número de horas estabelecidas para o estágio não-obrigatório

compromete o rendimento escolar do estudante e neste caso, propor uma revisão

do Termo de Compromisso;

8. AVALIÇÃO DO ESTÁGIO

O professor orientador do estágio deve acompanhar e avaliar se o Plano de

Estágio está sendo cumprido mediante:

a) No que se refere ao aluno: avaliar em que medida o estágio não-obrigatório está

contribuindo ou não para o desempenho escolar do aluno, através de documentos do

aluno:

Rendimento e aproveitamento escolar;

Relatório elaborado pelo aluno. (Anexo II)

Relatório de desempenho das atividades encaminhado pela parte concedente

(Anexo III).

b) No que se refere à parte concedente: o professor orientador, mediante visitas às

instituições e análises dos relatórios, tem a incumbência de avaliar as condições de

funcionamento do estágio, recomendando ou não sua continuidade. Aspectos a serem

observados: cumprimento do Artigo 14 da Lei 11.788/98 e Artigos 63, 67 e 69 da Lei

8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente.