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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissionalizante Governo do Estado do Paraná Colégio Estadual José Armim Matte- Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Chopinzinho, agosto de 2010. 1

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paraná

Colégio Estadual José Armim Matte- Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Chopinzinho, agosto de 2010.

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paraná

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 41.1 Identificação 51.2 Aspectos Históricos da Escola 51.2.1 Espaço físico 71.2.2 Oferta de cursos e turmas – 2010 91.2.3 Caracterização da população: alunos, pais, professores, funcionários,

equipe de direção: pedagogos e diretores

10

1.3 Objetivos gerais e específicos 131.3.1 – Objetivo geral 131.3.2 Específicos 131.3.3 Objetivos do Ensino Médio 151.3.4 Objetivos do Curso Formação de Docentes 172 MARCO SITUACIONAL 182.1 Descrição da realidade brasileira, do estado, do município e da

escola

18

2.2 Análise das contradições e conflitos presentes na prática docente:

reflexão teórico-prática

20

3 – MARCO CONCEITUAL 243.1 Concepção de sociedade, homem, educação, conhecimento, escola,

ensino aprendizagem, avaliação e tecnologia.

24

3.1.1.Concepção de Sociedade 253.1.2.Concepção de Homem 263.1.3.Concepção de Educação 273.1.4.Concepção de Conhecimento 273.1.5.Concepção de Escola 283.1.6. Concepção de Ensino-aprendizagem 283.1.7.Concepção de Avaliação 293.1.8. Concepção de Tecnologia 303.2 Critérios de organização interna da escola 313.3 Princípios da gestão democrática: acesso, permanência capacitação

continuada de educadores e qualidade de ensino-aprendizagem

33

3.4 O currículo da escola pública; dinâmica do currículo; reflexão sobre

o trabalho pedagógico

36

3.5 Trabalho coletivo; prática transformadora; o que a escola pretende

do ponto de vista político pedagógico

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paraná3.6. A prática transformadora 413.6.1. Diversidades educacionais a serem contempladas 413.6.1.1. História e Cultura Afro-brasileira e Africana 413.6.1.2. Cultura Indígena 433.6.1.3. Educação Do Campo 443.6.1.4. Gênero e diversidade sexual 463.6.1.5. Educação Inclusiva 483.6.2 Desafios Educacionais Contemporâneos 493.6.2.1. Enfrentamento à violência 503.6.2.2 Prevenção ao uso indevido de drogas 503.6.2.3 Meio Ambiente 513.6.2 4.Educação Fiscal 533.6.2.5. Educação para os Direitos Humanos 554 MARCO OPERACIONAL 564.1 Redimensionamento da organização do trabalho pedagógico 564.2 Tipo de gestão 654.3 Recursos que a escola dispõe e para realizar seu Projeto Político

Pedagógico

67

4.4 Critérios para elaboração do calendário escolar 684.5 Critérios para organização e utilização dos espaços educativos 684.6 Critérios para organização de turmas 684.7 Diretrizes para avaliação do desempenho do pessoal docente: do

currículo, das atividades extracurriculares e do Projeto Político

Pedagógico

69

4.8 Intenção de acompanhamento aos egressos 694.9 Práticas avaliativas 704.10 Programa de trabalho do professor pedagogo 734.11 Programa de trabalho da direção 754.12 Programa de trabalho do Coordenador de Curso 764.13 Programa de trabalho do Coordenador de Estágio 774.14 Programa de trabalho do corpo docente 784.15 Considerações finais 795.REFERÊNCIAS 81

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Profissionalizante Governo do Estado do Paraná

1 INTRODUÇÃO

Ensinar, hoje significa um grande desafio, citando o grande mestre Paulo

Freire (1996) ensinar exige: pesquisa; respeito aos saberes dos educandos;

criticidade; estética e ética; corporeificação das palavras pelo exemplo; risco;

aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação; reflexão crítica

sobre a prática, reconhecimento e a assunção da identidade cultural.

Pensar, hoje, em ensinar significa analisar como essas mudanças têm se

refletido nas áreas do conhecimento, percebendo que estamos diante de um

processo histórico com características, avaliações, questionamentos e respostas

diversas para cada momento.

Entre os obstáculos que a escola tem enfrentado com relação à sua própria

organização estrutural aponta-se ainda os oriundos da sociedade, que adentram ao

âmbito escolar pelos alunos. Estes problemas são de natureza externa, mas

comprometem o trabalho escolar, pois o sujeito é um todo, não existe a separação

do lado humano do racional. Na grande maioria estes percalços são questões

referentes aos valores, jamais a escola poderá ter sucesso no aprendizado sem

envolver-se ou tentar informar sobre certas questões que comprometem a vida em

sociedade.

A educação não se reduz à transmissão de conteúdos, mas trata-se de um

processo de formação que se realiza a partir de experiências vividas pelo aluno nos

diversos espaços educativos e através de outros meios que têm acesso. Família,

escola, cinema, vizinhanças, computador, TV, etc.

Os problemas sociais e a melhora da qualidade de vida de uma determinada

população são conquistados quando há conscientização de que os problemas

começam a ser resolvidos quando a própria comunidade se organiza para solucioná-

los, mostrando a importância da participação na escola, de forma que o

conhecimento aprendido gere maior compreensão, integração e inserção no mundo.

Este projeto visa valorizar os trabalhos dos alunos como produtores,

articuladores, planejadores das práticas educativas e como medidores do

conhecimento socialmente produzido; destacar a importância de que os alunos

possam atuar com diversidade existente entre a sociedade e com seus

conhecimentos prévios, como fonte de aprendizagem e convívio social.

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do ParanáEste Projeto Político Pedagógico, na sua reestruturação traz algumas

possibilidades, entre elas: a construção gradual da autonomia da escola, com uma

gestão competente e democrática que atenda às ações pedagógicas e

administrativas; a valorização dos educandos e educadores para que haja maior

satisfação no ambiente escolar, com um verdadeiro clima educacional; proposição

de ações e projetos que integrem toda a comunidade escolar.

1.1 Identificação

O Colégio Estadual José Armim Matte- Ensino Fundamental, Médio e Normal,

com sede à Rua Voluntários da Pátria, nº 3810, na cidade de Chopinzinho – PR, tem

seu funcionamento garantido pelo Decreto nº 2334/80 de 09/05/80 e foi reconhecido

pela Resolução nº 2749/81 de 29/12/81. O Ensino Médio tem seu reconhecimento

garantido pela Resolução nº 3839/2000 de 05/02/2001.

Em 28/08/2006 foi autorizado o funcionamento do curso Formação de

Docentes da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, na

modalidade Normal, conforme Resolução nº 3781/06.

A instituição é de dependência estadual, ligada ao Núcleo Regional de

Educação de Pato Branco e à Secretaria de Estado da Educação.

1.2 Aspectos Históricos da Escola

O Colégio Estadual José Armim Matte- Ensino Fundamental, Médio e Normal,

recebeu inicialmente o nome de Ginásio Municipal São Francisco de Assis e foi

criado pela Lei Municipal nº 72/61. Em 1967 passou a denominar-se Ginásio

Estadual Paulo Setúbal pelo Decreto nº 8194. A instituição recebeu nova

denominação pelo Decreto nº 2334/80 de 09 de maio de 1980, passando a chamar-

se Escola Estadual José Armim Matte- Ensino de 1º Grau.

O Decreto nº 8170/67 autorizou o funcionamento da Escola Normal , de

acordo com a Lei Federal nº 1987 de 05 de dezembro de 1964, em seu artigo nº 42.

A partir de 1980 este curso passou por mudanças em sua estrutura e organização

tornando-se então o curso de Magistério.

Nos anos de 1971 a 1980 o estabelecimento possuía extensões nas

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Profissionalizante Governo do Estado do Paranácomunidades de São Luiz e Bugre, as quais funcionavam sob autorização do Ofício

nº 331/71 da Secretaria de Educação e Cultura. A Resolução nº 70/81, publicada no

Diário Oficial do Estado tornou independente essas extensões.

Em 1981 a Resolução nº 2749/81 mudou a nomenclatura do estabelecimento

para Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino de 1º e 2º Graus. De 5ª a 8ª séries

ofertava o Ensino Regular e o 2º Grau ofertava o Curso Propedêutico autorizado

pela Resolução nº 2969/83 e pelo Parecer nº 156/83, pelo período de dois anos, isto

é, até 1983, sendo prorrogado o seu funcionamento pela Resolução nº 2442/85 e

sua extinção deu-se em 1988.

O Decreto nº 2969/83 reconheceu o Curso de 2º Grau denominado Básico em

Administração. Em 1993 este curso passou a denominar-se Auxiliar de

Contabilidade.

No ano de 1980 o Decreto nº 2334/80 de 09 de maio de 1980, autorizou o

curso de 1º Grau Regular que foi reconhecido pela Resolução nº 2749/81 de 20 de

dezembro de 1981. Nesta mesma época entrava-se em funcionamento o 2º Grau

Regular e Magistério conforme a Autorização de funcionamento o 2º Grau Regular e

Magistério conforme a Autorização de funcionamento do estabelecimento,

Resolução nº 2790 de 22de novembro de 1982. O Curso de Auxiliar de

Contabilidade entrou em funcionamento com autorização da Resolução nº 444/93 de

02 de fevereiro de 1993.

Com a entrada em vigor da Lei nº 9394/96 o estabelecimento passou a

denominar-se Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental e Médio. O

curso de Magistério foi extinto automaticamente, continuando o curso de Educação

Geral – Preparação Universal, estabelecido em 1997, a partir do ano de 1998

adotou-se o Ensino Médio. Em 2006 foi autorizado o funcionamento do Curso de

Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental,

Resolução nº 3781/2006.

Após muitas tentativas de implantação de um curso técnico, neste ano

através de parcerias com a Casa Familiar Rural de Chopinzinho, iniciou-se o Curso

de Técnico em Gestão Ambiental, utilizando-se da Pedagogia da Alternância.

No ano de 2010 foi implantado no Ensino Médio por Blocos de Disciplinas,

sendo o Bloco 01- Biologia, Ed. Física, Filosofia, História, Língua Portuguesa, Inglês

ou Espanhol e Bloco 02- Arte, Física, Geografia, Matemática, Química e Sociologia,

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranábem como se implantou 01 turma de Formação de Docentes- Subsequente, noturno

e 01 turma de Técnico em Administração, noturno, também subsequente.

Durante esses que 50 anos de existência, a escola desenvolveu e desenvolve

várias atividades e eventos, que facilitam e colaboram para que o processo ensino e

aprendizagem se dê com maior sucesso.

1.2.1 Espaço físico

O Colégio Estadual José Armim Matte- Ensino Fundamental, Médio e Normal

dispõe de um espaço composto por 20 salas de aulas equipadas com o material

básico: lousa, cadeiras e carteiras para os alunos, nos períodos da manhã, tarde e

noite. Com a implantação das salas de aulas de apoio e Sala de Recursos, que

funcionam em sala menor, o espaço está insuficiente, pois no período da manhã não

há nenhuma sala vaga para a realização de um projeto qualquer ou uma reunião por

série, por exemplo, havendo necessidade de construção, pois com a Educação

Inclusiva é vital que as turmas sejam menores, onde há mais alunos inclusos e esse

espaço está faltando.

O ambiente escolar como um todo é bastante arejado, seguindo padrões de

segurança, ventilação e luminosidade. Nos corredores entre as salas existem saídas

de emergência.

A escola conta com uma sala equipada com material de Ciências que é

utilizada como laboratório. O material é diversificado, sendo também utilizado pelas

disciplinas de Física, Química, Ciências Físicas e Biológicas.

A Biblioteca da escola foi construída com recursos do PROEM. Conta com

aproximadamente 12.000 mil volumes, disponíveis para a comunidade escolar. O

espaço da biblioteca é amplo, mas pelo grande fluxo de utilização poderia ser

ampliado para atender melhor os alunos nos três períodos. A biblioteca é equipada

com mesas e cadeiras.

O que se precisa é de um espaço reservado para leitura e ao

desenvolvimento de atividades de incentivo à leitura, e também de outras disciplinas.

Para o ensino da informática a escola dispõe de dois laboratórios, um do

Paraná Digital com 20 computadores mais 04 na secretaria, 10 computadores do

PROINFO e 02 do Programa de Salas Multifuncionais, para a utilização dos alunos

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranádo Curso de Formação de Docentes, demais alunos e professores, que atualmente

funcionam no mesmo espaço físico.

A escola ainda dispõe de outros ambientes como: sala dos professores, sala

de Direção, das Pedagogas, secretaria, almoxarifado, cozinha, depósito de

merenda ( recentemente construído pela APMF), depósito de material de

limpeza, sanitários femininos e masculinos, necessitando no entanto da construção

de mais sanitários ou reforma, pois encontram-se bastante estragados. A escola

construiu com recursos próprios, ou seja da APMF, dois banheiros para a utilização

pelos professores, pois havia só um para mais de 120 pessoas.

Para prática da Educação Física na escola existe um Ginásio Poliesportivo,

que necessita de reformas gerais. Dispõe-se ainda de uma área coberta entre os

blocos das salas e administrativo e três espaços abertos e descobertos que também

são utilizados para a prática de educação física.

No ano de 2006 a comunidade escolar sentiu a necessidade de um espaço

para funcionar a coordenação do Curso de Formação de Docentes, foi então

construído, com verbas da APMF e doações uma sala para essa atividade, que hoje

funciona como sala de aula, pois a coordenação do Curso de Formação de

Docentes e Técnico em Administração funciona na sala onde antes funcionava a

documentação escolar.

No ano de 2009, com recursos da APMF, a escola construiu um espaço

especial para multiuso, mas que também servirá para educação física. Neste ano de

2010, foi construída uma sala de aula, para completar as 20 necessárias.

Listagem das dependências:

- 20 salas de aulas

- laboratório de Ciência

- sala dos professores

- instalações sanitárias para alunos: masculino e feminino

- instalação sanitária para professores e funcionários

- depósito de merenda

- depósito de materiais e ferramentas

- cantina

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paraná- laboratório de informática

- almoxarifado para sala de informática

- biblioteca com instalações sanitárias

- casa de zelador

- área coberta

- sala de direção

- sala de orientação e supervisão

- almoxarifado do administrativo

- cozinha

- ginásio de esportes com arquibancadas, instalações sanitárias, vestiários

- quadra para esportes, em piso de concreto, sem cobertura

- sanitários para professores, dois, sendo um para feminino. e outro masculino

- Coordenação do Curso de Formação de Docentes e Técnico em Administração

- sala de Ed. Física e Arte

- área livre – 2.400 m²

- área total construída – 3.875 m²

1.2.2 Oferta de cursos e turmas – 2010

O Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio e Normal

oferta neste ano letivo de 2010 o Ensino Fundamental – séries finais com 20 turmas;

Ensino Médio com 18 turmas; Curso de Formação de Docentes com 05 turmas; 01

turma de Formação de Docentes, subseqüente, 01 turma de Técnico em

Administração, subseqüente; Curso Técnico em Gestão Ambiental- Casa Familiar

Rural, com 02 turmas, assim distribuídas:

Manhã: 5ª A; 5ª B; 5ª C; 6ª A; 6ª B; 6ª C; 7ª A, 7ª B, 7ª C; 8ª A; 8ª B; 8ª C

1ª A; 1ª B; 1ª C, 2ª A; 2ª B; 2ª C; 3ª A; 3ª B

Tarde: 5ª D; 5ª E; 6ª D; 6ª E; 7ª D; 7ª E; 8ª D; 8ª E

1ª D; 1ª E; 2ª D; 2ª E; 3ª C;

1ª A Normal; 2ª A Normal; 3ª A Normal; 4ª A Normal

Noite: 1ª F, 2ª F; 2ª G , 3ª D, 3ª E

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paraná 4ª B Normal E 1ª A Sub.

1ª A Sub. de Técnico em Administração.

Em regime de alternância oferece 02 turmas do curso Técnico em Gestão

Ambiental no espaço da Casa Familiar Rural de Chopinzinho.

Oferta ainda Sala de Apoio com uma turma no período da tarde. Está também

em funcionamento uma Sala de Recursos na área de Deficiência Mental, nos

períodos da manhã e tarde.

A Escola oferece também oportunidades de aperfeiçoamento aos alunos

através de curso de línguas, tendo implantado o CELEM, com turmas de inglês e

espanhol; Viva Escola – 02 turmas, uma de Artes - Teatro, no período da tarde e

outra de Fórum de Debates, no período da noite. Oferece também o Programa

Segundo Tempo, com atividades diversas de esporte.

1.2.3 Caracterização da população: alunos, pais, professores, funcionários, equipe

de direção: pedagogos e diretores

O Colégio Estadual José Armim Matte – Ensino Fundamental, Médio e

Normal atende alunos oriundos da zona urbana e rural do município de Chopinzinho,

sendo a maioria da cidade e dos bairros. Da área rural são atendidos alunos das

comunidades mais próximas. Os períodos ofertados são matutino, vespertino e

noturno. São atendidos 671 alunos no Ensino Fundamental e 726 alunos no Ensino

Médio, Normal, 50 em Técnico em Gestão Ambiental e 37 -Técnico em

Administração.

A localização da escola é estratégica, no centro da cidade, facilitando o

acesso dos alunos que residem próximos e os demais, dos bairros e zona rural

utilizam o transporte escolar.

O município de Chopinzinho onde se localiza o Colégio Estadual José Armim

Matte - Ensino Fundamental, Médio e Normal tem sua economia baseada na

agricultura e agropecuária, como toda a região sudoeste do Paraná.

Os alunos advêm de realidades bastante diversas no que se refere à

realidade sócio-econômica e cultural, e isso fica visível nas salas de aula onde o

professor se depara com alunos de poucas condições e sem nenhum acesso à

tecnologia e por outro lado alguns alunos que possuem uma relação íntima com os

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranámeios tecnológicos e culturais existentes na região.

Há ainda que se levar em conta que muitos alunos são oriundos da zona rural

com realidade muito diferente dos alunos de zona urbana, sendo os últimos menos

interessados em estudar, pois há um certo abandono por parte dos pais, obrigados a

trabalhar por um período mais longo.

A escola como elemento formador de novas gerações, concentra em si as

expectativas de toda a sociedade para as mudanças que ela anseia.

Uma das grandes dificuldades é atender às diferenças individuais , às

dificuldades, a defasagem de aprendizagem, distúrbios de comportamento e a

inclusão de alunos vindos de APAE e classes de apoio de Centros de Atendimento

de Educação Especial. Muitos desses alunos, além das dificuldades de

aprendizagem estão com a auto-estima em baixa e desmotivados para o estudo,

pois muitos são os atrativos do mundo que muitas vezes a escola não consegue

acompanhar, como afirma Medeiros: “existem muitos atrativos no mundo de hoje

que competem, digamos assim, com o estudo. Por outro lado, não se tem uma

clareza sobre a função do estudo como se tinha à cerca de 20 anos. E isso faz com

que os jovens cheguem na escola muitas vezes desmotivados.”(2005, p11). Por tudo

isso a escola encontra dificuldades em garantir que o estudo é uma preparação para

a vida, para o trabalho, pois o estudo não é devidamente valorizado.

Um dos grandes nós do Ensino Fundamental, detectado por pais e

professores é adaptação da 5ª série, pois os alunos vêm de uma realidade diferente,

mais aconchegante, com mais interdisciplinaridade e se deparam com dificuldades

com a organização escolar, horário e aumento de disciplina. Outro problema que se

depara é a falta de vínculos afetivos, pois professores e alunos têm pouca

convivência, as turmas são grandes, o ideal seria 25 alunos, e o professor trabalha

em muitas escolas, não conseguindo criar laços com seus alunos.

Nas séries subsequentes as dificuldades são outras, também de difícil

convivência, como: dificuldades de convivência com colegas e professores, fase de

mudanças físicas e psicológicas que geram conflitos de auto-afirmação e baixa auto-

estima, alunos com defasagem de conteúdos e idade/série.

O Ensino Médio também traz conflitos, pois há um crescimento físico muito

grande ficando inadequado o mobiliário e o espaço de sala de aula torna-se

pequeno, necessitando de mais espaço e menos alunos, a falta de objetivos na sua

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranávida de estudante, não havendo ligação com uma iniciação para o trabalho e se

precisaria de uma orientação vocacional, havendo ainda algumas dificuldades de

ordem material como: curso profissionalizante, falta de verbas para laboratório de

ciências, informática e outros.

Os pais ainda pensam a escola como um espaço de conhecimento restrito

aos professores e alunos, não participando de atividades que muitas vezes são mais

reflexivas e de compromisso com os próprios filhos.

A família passa por crises de valores e de identidade, função de todas as

mudanças pelas quais a sociedade passou e passa. Sociedade esta que gera

desigualdades, individualismo e desestrutura familiar. Com isso, não se tem diálogo,

afetividade, solidariedade, justiça, situação essa reproduzida na escola e na família.

Há ainda uma falta de responsabilidade muito grande com relação do

processo ensino e aprendizagem, bem como omissão da família nos casos que

demandam mais atenção por parte da escola, por dificuldades de aprendizagem e

desinteresse.

Fora os problemas exteriores que dificultam a educação, existem ainda e

talvez sejam os maiores, os problemas que vêm de dentro da escola, ou seja, da

estrutura que é bastante arcaica e extremamente burocrática, bem como

dificuldades no que se refere à gestão escolar, ao quadro de professores e

funcionários.

A gestão democrática da escola enfrenta problemas de autonomia,

principalmente no que se refere ao fator financeiro, pois a escola não se consegue

manter sem a realização de promoções nem sempre bem aceitos por alunos e pais,

que acreditam ser este um dever dos órgãos públicos.

A gestão democrática e a organização do trabalho pedagógico necessitam de

um maior envolvimento de toda a comunidade para que a escola possa assumir a

sua verdadeira função, pois atualmente parece que a escola ainda está distante das

transformações e dos avanços que no mundo estão e, andamento.

A escola ainda tem dificuldades em realizar um trabalho interdisciplinar, pois a

maioria dos professores ainda trabalha de forma individualizada, com as disciplinas

fragmentadas e com dificuldades de realizar a transposição didática. Há também

pouca experimentação e materiais insuficientes para um trabalho de melhor

qualidade.

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do ParanáAcredita-se, porém que as maiores dificuldades estão na questão de

calendário e horários, pois com todas as chamadas de concurso, cursos, eventos, a

escola fica com defasagem de pessoal para que o trabalho de sala de aula se

realize. Há ainda que se registrar a falta de compromisso com a causa da educação

de alguns professores, sendo que esses profissionais até cumprem com os seus

horários, mas falta o diferencial de fazer com compromisso e com amor, se sentindo

pertencendo a aquela escola e aquele trabalho, tudo isso aconteceu também em

função da grande desvalorização que o Magistério vem sofrendo há anos.

Há professores que trabalham em várias escolas dificultando o conhecimento

dos alunos, de suas vidas, de suas dificuldades e com isso as possibilidades dos

professores das mesmas disciplinas se encontrarem diminui muito.

O quadro de funcionários da escola é bastante consciente de suas

responsabilidades, desempenhando suas funções dentro das reais necessidades da

escola, mais ainda se pode crescer em companheirismo, solidariedade e bom

relacionamento.

Outro fator que dificulta o dia-a-dia da escola é o grande número de projetos,

em vários níveis, que “devem” ser desenvolvidos nas salas de aula, além daqueles

que a própria escola já tem no se Planejamento Anual.

1.3 Objetivos gerais e específicos

1.3.1 – Objetivo geral:

Proporcionar uma educação que propicie o desenvolvimento integral do

aluno, tendo em vista a aquisição de conhecimentos, habilidades e valores,

fortalecendo os vínculos com a família, os sentimentos de solidariedade humana e

convivência social.

1.3.2 Específicos:

Oportunizar clima favorável à aprendizagem, bem como instrumentos

necessários à sua execução.

Elaborar e desenvolver projetos extraclasse visando a integração do

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranáeducando ao grupo, aumentando seus conhecimentos através da pesquisa;

Recuperar a defasagem entre faixa etária e série cursada através da

aceleração com a correção de fluxo.

Promover a integração entre alunos, professores, pais e comunidade através

de: reuniões, promoções, palestras, feiras e gincanas.

Melhorar e aprofundar o conhecimento dos professores através de: grupos de

estudo, palestras, cursos de capacitação, seminários, etc.

Proporcionar discussão entre professores da mesma disciplina de diferentes

escolas.

Discutir e inovar a avaliação escolar, sempre que necessário, levando em

consideração a totalidade do desempenho do aluno;

Promover no ambiente escolar a união, harmonia, solidariedade e

responsabilidade, buscando objetivo comum que é a aprendizagem do aluno.

Desenvolver atividades que visem integrar os alunos com suas diferenças

culturais.

É necessário que nosso aluno se beneficie de todos os recursos oferecidos

pela escola e comunidade, e que o professor possa dispor de todo um arsenal de

conhecimentos para que se faça a produção do saber, fruto do trabalho de

professores, alunos e de toda a comunidade escolar. Para que esse trabalho tenha

sucesso são citados os objetivos para o Ensino Fundamental definidos pelas

Diretrizes Curriculares Educacionais do Paraná, como segue:

− compreender a cidadania como participação social e política, assim como

exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia,

atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro

e exigindo para si o mesmo respeito;

− posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes

situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar

decisões coletivas;

− conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais

e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade

nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao país;

− conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sócio-cultural brasileiro, bem

como aspectos sócio-culturais de outros povos e nações, posicionando-se contra

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranáqualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de

crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais;

− perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente,

identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente

para a melhoria do meio ambiente;

− desenvolver o conhecimento ajustado a si mesmo e o sentimento de confiança

em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação

pessoal e de inserção social, para agir como perseverança na busca de

conhecimento e no exercício da cidadania;

− conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos

saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com

responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;

− utilizar as diferentes linguagens verbais, musical, matemática, gráfica, plástica e

corporal – como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias,

interpretar e usufruir as produções culturais, em contextos públicos e privados,

atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação;

− saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para

adquirir e construir conhecimentos;

− questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los,

utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade

de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.

1.3.3 Objetivos do Ensino Médio

Na perspectiva histórica a construção do Ensino Médio tem passado por altos

e baixos, avanços e retrospectivas e até a atual conjuntura. Vale ressaltar as

premissas apontadas pela UNESCO, como eixos estruturais da educação na

sociedade contemporânea:

- aprender a conhecer: é necessário que esta modalidade de ensino proporcione o

aprofundamento do conhecimento em algumas áreas, bem como o domínio, a

compreensão e a apropriação de alguns saberes importantes que favorecem a

curiosidade intelectual, estimulem o senso crítico e permitam a compreensão do

real, mediante a aquisição da autonomia na capacidade de discernir. Aprender a

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Profissionalizante Governo do Estado do Paranáconhecer deve garantir o aprender a aprender ao longo de toda a vida, pois a

educação é meio e fim. Meio, enquanto forma de compreender a complexidade do

mundo, fim, porque deve trazer o prazer de compreender, de conhecer, de

descobrir.

- aprender a fazer: o Ensino Médio deve priorizar o desenvolvimento de habilidades

e o estímulo ao surgimento de novas aptidões essenciais e necessárias ao

enfrentamento de novas situações que se colocam. Deve também privilegiar a

aplicação da teoria na prática enriquecendo a vivência da ciência com o aporte da

tecnologia e assim para o social onde passa a ter um significado especial no

desenvolvimento da atual sociedade.

- aprender a viver: na escola também se deve aprender a viver juntos respeitando e

aceitando o diferente, percebendo as interdependências e as necessidades de

integração, união, diálogo, solidariedade e tolerância na realização de projetos

comuns e principalmente na gestão dos conflitos inevitáveis.

- aprender a ser: o desenvolvimento total do aluno deve ser o compromisso da

escola, pois se entende que a escola prepara o indivíduo para que tenha autonomia

no pensar, agir, julgar e decidir coisas de sua vida. Bem como exercite a liberdade,

os sentimento e a imaginação e tanto quanto possível seja o autor de sue próprio

destino, seja protagonista de sua vida.

- aprender a conhecer e aprender a fazer devem favorecer a toda a comunidade

escolar aprender a viver e a ser, especialmente os educandos que estão se

formando como pessoas e cidadãos.

De acordo com a LDB 9394/96, no artigo 35 o Ensino Médio tem como finalidade:

- Consolidação e os aprofundamentos adquiridos no Ensino Fundamental,

possibilitando o prosseguimento de estudos;

- a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar

aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas

condições de ocupação ou aperfeiçoamentos posteriores;

- o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética

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Profissionalizante Governo do Estado do Paranáe o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;

- a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos

produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

Importante ainda destacar que os alunos do Ensino Médio devem demonstrar,

de acordo com a LDB 9394/96, no artigo 36:

- O domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção

moderna;

- Conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;

- Domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao

exercício da cidadania.

1.3.4 Objetivos do Curso Formação de Docentes

O curso de Formação de Docentes - modalidade Normal terá como objetivos:

- Formar docentes para atuarem na Educação Infantil e nas séries iniciais do

Ensino Fundamental, assegurando-lhes a formação básica nacional comum de

qualidade;

- Formar professores autônomos e solidários, capazes de investigar os

problemas que se colocam no cotidiano escolar, utilizando os conhecimentos,

recursos e procedimentos necessários a suas soluções

A escola tem detectado a necessidade de “implantar” a Educação Profissional

por vários motivos, entre eles oportunizar aos alunos uma preparação para o

trabalho e aprofundamento de conhecimentos, para aqueles que, por vários motivos

não puderam cursar o ensino Superior, pois como prevê a própria Lei 9394/96, no

seu artigo 39, a educação profissional, integrada às diferentes formas de educação,

ao trabalho, à ciência e à tecnologia conduz ao permanente desenvolvimento de

aptidões para a vida produtiva “(43)”.

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2 MARCO SITUACIONAL

2.1 Descrição da realidade brasileira, do estado, do município e da escola

O final do século XIX e o início do século XX constituem inovações

tecnológicas que numerosos pensadores passaram a divulgar a crença no progresso

indefinido. O mundo haveria de progredir sem cessar até chegar o dia em que a

humanidade viveria num verdadeiro paraíso terrestre.

Vale a pena citar alguns exemplos desses avanços tecnológicos: modernos

transatlânticos, automóveis, aviões: nos meios de transporte; o telégrafo, o telefone,

o rádio, a televisão e o cinema que transformaram a vida familiar, a energia elétrica,

a petrolífera e a nuclear, além de outras, trouxeram novas configurações à vida

moderna.

No entanto, a Primeira Guerra Mundial viria a lançar a humanidade numa

grande decepção e numa onda de pessimismo acerca do futuro da espécie humana.

Correntes filosóficas e literárias contribuíram para a reflexão sobre o lado mais

abominável da existência humana: a perseguição, o ódio, a morte, a guerra fazem

parte da nossa vida cotidiana. Os avanços tecnológicos estão a serviço de uns

poucos que detêm o poder e servem de elemento de dominação para com os

demais. A fome, a miséria e a morte campeiam soltas, rindo dos idealistas que as

combatem, fazendo milhões de vítimas a cada ano que passa. E o Brasil não foi e

não é diferente, com muitas famílias e especialmente crianças morrendo pela

desnutrição.

A partir de 1917, com a experiência socialista da União Soviética, o mundo se

divide em dois blocos, com interesses opostos; o bloco capitalista, liderado pelos

Estados Unidos e o bloco socialista, liderado pela União Soviética. Partidos

socialistas surgiram em quase todos os países do mundo, pretendendo transformar

a sociedade, tornando-a mais justa e mais igualitária.

Com toda a situação que estava posta nesta sociedade era impossível a

escola continuar a atuar da mesma forma porque ela se viu colocada no centro de

um vasto movimento de ideias e de propostas, de reforma, visando torná-la mais

adequada aos novos tempos e às novas realidades.

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do ParanáEm nenhuma época a educação passou por tantas mudanças, com

influências de teorias e tendências pedagógicas, isso também se refletiu no Brasil

que passou mudanças políticas como: da monarquia para a República, desta para

no mínimo duas ditaduras, abertura democrática e novamente a democracia, não só

na política, mas também e como consequência na educação.

A partir de 1964, a educação brasileira, da mesma forma que os outros

setores da vida nacional, passou a ser vítima do autoritarismo que se instalou no

país. Muitas reformas foram efetuadas em todos os níveis de ensino, impostas de

cima para baixo, sem a participação dos maiores interessados – alunos, professores

e outros setores da escola e da sociedade.

No início da década de 80 havia sinais de enfraquecimento do regime militar

entrando em curso um lento processo de democratização. A sociedade civil, a classe

política, as organizações estudantis se apresentam de forma mais efetiva contra o

arbítrio, para recuperar os espaços perdidos.

Pessoas e partidos antes na clandestinidade começam a se organizar e

estruturar a sociedade brasileira, dando-lhes outras características, surgindo ou

ressurgindo assim grupos representativos que se transformam em associações,

entidade e ONGs.

Toda essa ação no campo político repercute amplamente no campo social e

econômico gerando um modelo agrário-exportador, o advento de uma burguesia

industrial urbana e as consequentes solicitações de ampliação da oferta de ensino.

O país se urbaniza rapidamente, ocorrendo com bastante ênfase o êxodo

rural. O trunfo de se tornar um dos países mais ricos do mundo, no entanto,

contrasta com o fato de ser um triste recordista em concentração de renda, com

efeitos sociais perversos: conflitos com os sem-terra, os sem-teto, infância

abandonada, morticínio nas prisões, no campo, nos grandes centros. Persiste na

educação e na saúde uma grande defasagem entre o Brasil e os países

desenvolvidos, porque a população ainda não recebeu ensino fundamental de

qualidade.

Na década de 90 aconteceram avanços consideráveis, especialmente na área

de ciência e na tecnologia que vem transformando os usos e costumes dos

habitantes de todo o globo terrestre e consequentemente no Brasil. Destacam-se a

automação e as comunicações, especialmente a Internet que deixa o mundo ligado,

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranásubvertendo o espaço e o tempo do homem contemporâneo aproximando os povos

e alterando a maneira de pensar e trabalhar.

Acontece a globalização da economia, o fortalecimento das multinacionais, a

robotização e a automação nas empresas repercutindo no mundo do trabalho e

consequentemente, na educação.

Todos esses acontecimentos e outros mais deixam o homem perplexo a

respeito de seus valores e da compreensão do mundo em si mesmo, alterando as

formas e maneiras de pensar, sentir e agir.

Todos esses fatos e fatores de uma forma mais ou menos profunda se

fizeram sentir na sociedade paranaense e chopinzinhense, sofrendo principalmente

com o êxodo rural e o consequente inchaço das cidades, onde não há estrutura de

vida digna para todos. O nosso povo se formou com a influência de várias etnias e

consequentemente floresceu uma sociedade rica em manifestações culturais, usos e

costumes.

O sudoeste paranaense recebeu na década de 50 muitos migrantes dos

estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a procura de novas terras, pois as

suas já estavam esvaídas, sem a perspectiva de boas colheitas. Aqui chegados se

encantaram com a terra muito produtiva e especialmente com os pinheirais que

renderam bons lucros aos que conseguiram se estabelecer com serrarias, gerando

empregos e movimentação financeira. Outro momento de mudança foi com a

construção das usinas hidroelétricas, com grandes mobilizações de família, as que

tiveram que se mudar devido o alagamento e outras que vieram trabalhar nestas

obras, gerando um vai e vem de população.

Momentos mais recentes de modificações na sociedade chopinzinhense

foram gerados por acampamentos e assentamentos de sem-terra, fazendo surgir

novas necessidades de consumo e também educacionais.

2.2 Análise das contradições e conflitos presentes na prática docente: reflexão

teórico-prática

No momento atual, a cada dia e em diversos meios, deparamo-nos com

discussões e debates acerca das questões sociais, políticas e econômicas. Os

problemas atingem toda população e, consequentemente, se faz presente a

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranádivergência de ideias a respeito dos encaminhamentos e condições que possam

propiciar a prosperidade nacional.

Nesse contexto, volta o discurso para a melhoria da qualidade de vida de

todos os cidadãos. Nunca os problemas educacionais foram tão candentes, ao

mesmo tempo tão latentes e contaram com a participação efetiva da comunidade

como atualmente. Os problemas no ensino deixaram de ser uma questão dos

gabinetes ministeriais, de um lado, atingiram a dimensão do cotidiano, uma espécie

de dimensão nacional – popular e, de outro, a relevância internacional diante do

processo de globalização da economia e da crescente mobilidade do capital.

Várias modificações que a população não entende (nomes, gestão, etc)

dificultando a compreensão do momento.

A escola, no contexto atual, deixa de ser vista enquanto organização nacional

e planificada que cumpre objetivo burocrático e passa a ser considerada enquanto

organização social, cultural e humana, na qual podem ser tomadas importantes

decisões educativas, curriculares e pedagógicas. Cada personagem presente no seu

interior tem importância fundamental nas decisões a serem tomadas e tudo é

construído através da participação efetiva na construção dos projetos a serem

efetuados.

Pais, alunos, professores, pedagogos, funcionários e diretor, dentre outros,

compõem e fazem o cotidiano escolar acontecer.

De acordo com Libâneo (2004), as instituições escolares vêm sendo

pressionadas a repensar seu papel diante das transformações que caracterizam o

acelerado processo de integração e reestruturação capitalista mundial. Muitos

fatores afetam, interferem e repercutem na qualificação do professor e demais

profissionais da educação, bem como nos sistemas de ensino e nas escolas, entre

eles, o novo paradigma econômico, os avanços científicos e tecnológicos, a

reestruturação do sistema de produção e as mudanças no mundo do conhecimento.

Ainda segundo Libâneo (2004), as instituições escolares vêm sendo

pressionadas a repensar seu papel diante das transformações que caracterizam o

acelerado processo de integração e reestruturação capitalista mundiais. De fato, os

novos paradigmas da economia, os avanços nos campos científicos e tecnológicos,

as mudanças no sistema de produção e o avanço no mundo do conhecimento

interferem e afetam a organização do trabalho e o perfil do trabalhador e por

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranáconsequência alterações profundas devem ser feitas nos sistemas de ensino e nas

escolas e há que se ressaltar ainda o agravamento da exclusão social, aumento da

distância social e econômica entre incluídos e excluídos dos novos processos de

produção e das novas formas de conhecimento.

De acordo com Aranha (1996), os acontecimentos ocorridos no final do século

XX e início do XXI têm provocado perplexidade e desorientação, principalmente em

pais e professores que procuram parâmetros e novos valores que norteiam a

educação na família e na escola. Ainda segundo Aranha:

Nesse momento, é perigosa toda atitude nostálgica de valorizar a velha

ordem. Esse posicionamento favorece a violência, que decorre da tentativa de

enquadrar os jovens * “desencaminhados” e reforça a falta de humildade para

reconhecer o novo “. (238)”.

Para que surja um novo homem, um novo aluno, depende da construção de

seu conhecimento, portanto a educação exige recusa da espontaneidade da ação.

Tem sido difícil para a escola definir o seu papel, bem como o da educação,

pois a sociedade do conhecimento tem apresentado mudanças e opções nunca

antes vistas, e o principal foco tem sido o trabalho, pois ainda se vive no

imperialismo do mesmo, não ocorrendo ideias criativas para que o homem ocupe o

tempo de lazer, sucumbindo muitas vezes ao tédio, ou ainda às formas perversas de

reparação da vida, ou seja, a violência, a delinquência, as drogas e ao alcoolismo.

Há conflitos sobre o que é básico na escola básica, no que se refere à matriz

curricular, seleção de conteúdos, metodologia e principalmente a avaliação, pois de

acordo com Romanoviski e Wachowicz, apud Anastasiou na avaliação, 2004, há

uma diversidade de estratégias técnicas, procedimentos e experiências “... faz parte

desse caldo, que compõe a cultura da prática pedagógica, que se densifica quando

se tornam conscientes o conhecimento e o processo realizado, ou seja, a prática da

auto-avaliação” (p. 123).

Certas mudanças deixam o professor num terreno de insegurança quanto aos

melhores procedimentos avaliativos.

A formação inicial do professor, a formação continuada, a forma de

contratação, Planos de Carreira e Salários são fatores que interferem de forma

negativa ou positiva no processo ensino e aprendizagem.

A grande luta da escola básica pública são os desafios do exercício pleno da

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranácidadania, segundo Kramer:

de como lutar contra a desigualdade assegurando o reconhecimento das diferenças), da cultura (espaço da singularidade e da pluralidade) e do conhecimento (e seu compromisso com a dimensão de humanidade e universalidade), (1998, p. 12).

Apesar de tudo o que foi exposto ainda assim e apesar de tudo lutamos por

uma escola de qualidade para todos, pois a escola é um elemento básico da vida

social e da cultura de Chopinzinho, do Paraná e do Brasil.

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3 – MARCO CONCEITUAL -

3.1 Concepção de sociedade, homem, educação, conhecimento, escola, ensino

aprendizagem, avaliação e tecnologia.

É um grande desafio educar para a cidadania, pois historicamente a

sociedade brasileira foi se constituindo de cima para baixo, sendo importante

pontuar que precisamos construir essa vivência de cidadania a partir da escola e

com isso todos se envolverão nesse processo de formar e viver.

A escola tem função social e a sociedade é mediadora do saber e da

educação, criando novas possibilidades de ações que sejam realmente

democráticas onde todos tenham voz e vez, levando-se em conta que, como diz

Saviani (1992): é necessário compreender as leis que regem o desenvolvimento da

sociedade.

O homem é um ser natural, social e histórico, pois age e interage com a

natureza e com a sociedade estabelecendo relações e realizando mudanças no

espaço onde vive.

A educação é entendida como um processo reflexivo e libertador situado num

contexto social, segundo Martins: “como prática efetiva representa decidido

investimento na construção da cidadania” (1998, pág 155), ainda segundo o mesmo

autor, tornar-se cidadão é muito mais do que a conquista legal de seus direitos, mas

sim novas formas de sociabilidade.

Relações entre os homens e a natureza, enquanto que o conhecimento

escolar e dinâmico, devendo ser significativo e adequado às características dos

alunos. O conhecimento deve ser construído por toda a comunidade, pois a escola é

um espaço de produção de conhecimento e principalmente um lugar para socializá-

lo.

A escola, como escreve Martins... “é o lugar institucional do projeto

educacional. Deve instaurar-se como espaço-tempo, como instância social

mediadora e articuladora de dois projetos: O projeto político da sociedade

envolvente e o projeto pessoal dos sujeitos envolvidos na educação. Considerar a

formação da cidadania como fundamental para consolidação da democracia..” (1998

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranáp 55) . Sabe-se que existe aprendizagem em outros espaços, mas é só na escola

que o processo de construção do conhecimento ganha a forma de sistematização. É

necessário que se deem e se criem as condições necessárias para que isso

aconteça pois a escola deve também construir paralelamente a sua autonomia.

Há um falso pensamento de que a tecnologia salvará a educação, ao

contrário se ela não for utilizada corretamente será mais um instrumento de exclusão

e aumento da desigualdade quando ocorrem o mau uso, com uma pseudo-

educação, relegando somente a tecnologia a função intransferível de educar o ser

humano.

Com outro olhar a tecnologia será uma excelente ferramenta no

enriquecimento do processo escolar, dinamizando as atividades, oportunizando o

contato com o conhecimento atual, real, produzido e acervado pelo homem, mesmo

em locais mais isolados.

O Colégio tentará inserir a tecnologia de uma forma que favoreça a melhoria

do processo educativo e da aprendizagem, oportunizando situações de estudo e

reflexão para os professores assimilarem o melhor uso da tecnologia disponível e

consequentemente a sua extensão do trabalho diário com seus alunos, para isso

tem contado com os laboratórios de informática do Paraná Digital, PROINFO e TV

pendrive, com os quais os professores tem oportunizado melhoria em suas aulas.

Todo o trabalho visará a formação de alunos cidadãos, capazes, criativos,

críticos, para isso, levará em conta as seguintes concepções:

3.1.1.Concepção de Sociedade

“Sociedade, qualquer que seja sua forma, é o produto da ação recíproca dos

homens”. Os homens que produzem as relações sociais no que diz respeito a sua

produção material criam também as idéias, as categorias; Isto é, as expressões

ideais abstratas dessas mesmas relações (Karl Marx).

Sob o nome de globalização reúnem-se fenômenos diversos que refletem

novas formas de organização econômica, política e social. O “mundo gira” numa

velocidade astronômica, sua transformação exige um “novo homem”. É um

constante desafio para os organizadores e instituições que precisam rever seus

propósitos, suas políticas, estruturas e procedimentos.

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do ParanáUm dos objetivos fundamentais da constituição artigo 3º, lê-se (Construir uma

sociedade livre, justa e solidária), erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir

as desigualdades sociais e regionais. Infelizmente não é isso que se tem percebido

na sociedade brasileira, sua trajetória histórica não criou uma tradição democrática.

Como escola, precisamos repensar nossa função social e política. Além de

transmitir os conhecimentos, precisamos nos preocupar com a formação global dos

alunos. Seu papel só será significativo se ela estiver em sintonia com os processos

sociais vivenciados e se ela mesma consegue se constituir como um processo

social.

Segundo Vieira e Matos (2001) “Se a escola for capaz de desenvolver

plenamente os quatro pilares básicos da aprendizagem – aprender a ser, a fazer, a

conviver e a conhecer, independentemente de raça, cor, gênero, religião

seguramente estará cumprindo a função social que dela se espera”.

3.1.2.Concepção de Homem:

O homem é fruto social e são as relações sociais e econômicas e culturais

que o determinam como matéria viva e como provido de uma organização.

A descoberta do homem, a definição do homem, a identidade do novo homem

deve ser construída no ambiente escolar; pois as identidades se formam nos

processos sociais.Portanto existe uma necessidade de tornar a escola um espaço

de formação deste novo homem, sem ter que esperar que as instituições

governamentais determinem as diretrizes de como deve ser pensado este novo

homem. Trata-se de oferecer ao aluno e construir junto com ele um ambiente de

respeito pela aceitação de interesses, pelo apoio a sua expressão de valorização

que compreenda a relatividade de opiniões, preferências, gostos, escolhas e

aprender o respeito ao outro.

“O homem é uma vida que alcança a plenitude do sentido porque ama, sofre,

constrói, zanga-se, surpreende-se, foge da tristeza, anseia a felicidade, cultiva a

simpatia, exibe compaixão, embaraça-se, assusta-se com a culpa, cresce com o

orgulho, fortifica-se com a inveja e por tudo causa espanto e admiração, indignação

ou desprezo”. (Celso Antunes).

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paraná3.1.3.Concepção de Educação:

Segundo Freire, “Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa”, e foi

aprendendo socialmente que historicamente, mulheres e homens descobriram que

era possível ensinar... Aprendendo, precedeu ensinar ou, em outras palavras,

ensinar diluía na experiência realmente fundante de aprender.

Educar é um processo que vai além da transmissão metódica de conteúdos,

trata-se de permitir que o educando torne-se um ser capaz de intervir no mundo, agir

como um crítico e comprometido com as questões sociais.

Pode-se passar informação de várias maneiras, mas, para educar é

necessária uma dose de afeto, demonstrada nos pequenos gestos como: chamar

pelo nome, olhar nos olhos, saber ouvir, respeitar o que o aluno traz de

conhecimento; o aluno tem que se sentir valorizado.

Pedagogia progressista, a escola é condicionada pelos aspectos sociais,

políticos e culturais, mas contraditoriamente existe nela um espaço que aponta a

possibilidade de transformação social; A educação possibilita a compreensão da

realidade histórico-social e explica o papel do sujeito construtor/transformador dessa

mesma realidade.

Paulo Freire, em seu livro Professora Sim Tia Não, aponta algumas

qualidades indispensáveis à prática educativa progressista, quais sejam: bom senso,

postura não autoritária, coragem para lutar pela defesa da justiça e enfrentar o

conflito, tolerância, respeito, disciplina interior, integridade ética, luta contra

preconceitos, capacidade de decisão, segurança, competência profissional, clareza

política e alegria de viver.

3.1.4.Concepção de Conhecimento:

O conhecimento não é algo situado do indivíduo, a ser adquirido por meio de

cópia, tampouco algo que o indivíduo constrói independentemente da realidade

exterior, dos demais indivíduos e de suas próprias capacidades pessoais. É, antes

de mais nada, uma construção histórica e social, na qual interferem fatores de

ordem antropológica, cultural e psicológica, entre outros.

A realidade torna-se conhecida quando se interage com ela, modificando-a

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranáfísica e/ou mentalmente. A atividade de interação permite interpretar a realidade e

construir significados, permite também construir novas possibilidades de ação e de

conhecimentos. Assim, toda escola desenvolve uma proposta educativa que se

realiza mediante um processo contínuo de reflexão sobre a prática pedagógica, em

que os envolvidos discutem, propõem, realizam, acompanham, avaliam e registram

as ações que vão desenvolver para atingir o objetivo que é a construção do

conhecimento. Assim, o conhecimento é apontado por especialistas como recurso

controlador e fator de produção decisivo de inserção social. “Todo conhecimento, na

medida em que se constitui num sistema se significação, é cultural. Além disso,

como sistema de significação, todo o conhecimento está estreitamente vinculado

com relações de poder”.(Tomas Tadeu, 1999).

3.1.5.Concepção de Escola:

A escola, com todas as suas contradições e limites, ocupa um espaço

privilegiado na existência humana, e influi, intencionalmente ou não, na construção

de sua identidade. Dessa forma a função da escola em proporcionar um conjunto de

práticas preestabelecidas tem o propósito de contribuir para que os alunos se

apropriem de conteúdos sociais e culturais de maneira crítica e construtiva.

É fundamental que a escola assuma a valorização da cultura de seu próprio

grupo e, ao mesmo tempo, busque ultrapassar seus limites; que ela favoreça a

produção e a apropriação das múltiplas linguagens das expressões e dos

conhecimentos históricos, sociais, científicos e tecnológicos, sem perder de vista a

formação intelectual e moral do educando.

“A escola de” hoje “deve mudar a visão que a de” ontem “construiu sobre si

mesma, sem esquecer em sua crítica aquilo que continua valioso, apesar dos

imensos desafios de sua consideração na atualidade”.(Lino de Macedo).

A socialização, a construção de uma visão de mundo e o cultivo de

identidades são alguns aspectos que merecem atenção no contexto pedagógico de

cada modalidade de escola.

3.1.6. Concepção de Ensino-aprendizagem:

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do ParanáPor muito tempo a pedagogia valorizou o que deveria ser ensinado, supondo

que, como decorrência, estava valorizando o conhecimento. O ensino, então,

ganhou autonomia em relação à aprendizagem, criou seus próprios métodos e o

processo de aprendizagem ficou relegado o segundo plano.

Os fracassos escolares decorrentes da aprendizagem indicaram que é

necessário ressignificar a unidade entre aprendizagem e ensino, uma vez que, sem

aprendizagem não há ensino.Faz-se necessário que a escolha dos conteúdos de

estudo e a seleção de aprendizados a serem trabalhados em cada momento não

seja aleatória, mas feita dentro de uma estratégia mais ampla de formação humana.

E que se busque coerência entre a teoria e a prática; entre o que se estuda e o

ambiente cultural da escola.

A organização de atividades de ensino e aprendizagem, a relação cooperativa

entre professor e aluno e aluno/aluno, os questionamentos, a dúvida, as

controvérsias de conceitos, influenciam o processo de construção de significado e o

sentido que os alunos atribuem aos conteúdos escolares. Portanto, ao ensinar

procedimentos também se ensina um certo modo de agir, de pensar e de produzir

conhecimento; o que seria para Ausubel: “a teoria da aprendizagem verbal

significativa”.

É sabido que a escola põe em movimento diferentes saberes e esta é

também uma de suas tarefas: socializar e produzir diferentes tipos de saberes e

oportunizar ferramentas de cultivo dos mesmos em seu interior.

Segundo Santo Agostinho: “Não se aprende pelas palavras, que repercutem

exteriormente, mas pela verdade, que ensina interiormente”.

3.1.7.Concepção de Avaliação:

“Avaliação é ponto de referência. É um processo constante de repensar a

prática educacional, em todos os segmentos”. Deve ser tratada como estratégia de

ensino, de promoção do aprendizado, pode assumir um caráter eminentemente

formativo, favorecedor do progresso pessoal e da autonomia do aluno, integrada ao

processo de ensino-aprendizagem, para permitir ao aluno consciência do seu

próprio caminhar em relação ao conhecimento e permitir ao professor controlar e

melhorar a sua prática pedagógica. Uma vez que os conteúdos de aprendizagem

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranáabrangem os domínios dos conceitos, das capacidades e das atitudes, é o objeto da

avaliação o progresso do aluno m todos os domínios. De comum acordo com o

ensino desenvolvido, a avaliação deve dar informação sobre: o conhecimento e

compreensão de conceitos e procedimentos, a capacidade para aplicar

conhecimentos na resolução de problemas cotidianos.

A avaliação deve ser um processo contínuo que sirva à permanente

orientação da prática docente. Como parte do processo de aprendizado, deve incluir

registros e comentários da produção coletiva e individual do conhecimento e, por

isso mesmo, não deveria ser um procedimento aplicado nos alunos, mas um

processo que conte com a participação deles. É pobre a avaliação que se constitua

em cobrança da repetição do que foi ensinado, pois deveria apresentar situações em

que os alunos utilizem e vejam que realmente podem utilizar os conhecimentos,

valores e habilidades que desenvolveram. A avaliação assim conduzida deve

permitir a verificação de lacunas e erros, parte natural do processo, mas deve levar

a constatação do efetivo aprendizado. “Ensinar, aprender e avaliar não são

momentos separados. Formam um contínuo em interação permanente” (Juan M.A.

Méndez).

Mudar a forma de avaliar pressupõe mudar também a relação ensino-

aprendizagem. É necessário ver a aprendizagem como um processo, e as

disciplinas curriculares como um meio para se chegar a ser um cidadão. Segundo

Serafin Antúnez: “O professor que adota métodos didáticos ultrapassados está

enganando seu alunos. Deveria ser punido pelos órgãos de defesa do consumidor

por oferecer um produto obsoleto”.

3.1.8. Concepção de Tecnologia:

A tecnologia é entendida como o estudo das técnicas, isto é, da maneira mais

correta de se executar qualquer tarefa.

O desenvolvimento tecnológico acarretou inúmeras transformações na

sociedade, principalmente nas ultimas duas décadas. Além do convencional rádio,

televisão, jornal, revista, CD-Room, Home Page... basicamente o que mudou foi a

possibilidade de comunicar as informações globalmente, com maior velocidade e

diferentes formatos.

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do ParanáCabe observar, porém que, mesmo o mundo estando interconectado, não há

uma unificação econômica e cultural, e muito menos igualdade no acesso aos

recursos tecnológicos, e isso não só no Brasil, mas em muitos outros países. Há um

falso pensamento de que a tecnologia salvará a educação, ao contrário se ela não

for utilizada corretamente será mais um instrumento de exclusão e aumento da

desigualdade quando ocorrem o mau uso, com uma pseudo-educação, relegando

somente a tecnologia a função intransferível de educar o ser humano.

O domínio da tecnologia só faz sentido, quando se torna parte do contexto

das relações entre homem e sociedade. Assim, ela representa formas de

manutenção e de transformação das relações sociais, políticas e econômicas,

acentuando a barreira entre os que podem e os que não podem ter acesso a ela.

Com outro olhar a tecnologia será uma excelente ferramenta no

enriquecimento do processo escolar, dinamizando as atividades, oportunizando o

contato com o conhecimento atual, real, produzido e acervado pelo homem, mesmo

em locais mais isolados. Com certeza a educação pode contribuir par diminuir

diferenças e desigualdades, na medida em que acompanhar os processos de

mudanças, oferecendo formação adequada às novas necessidades da vida

moderna.

3.2 Critérios de organização interna da escola -

São variadas as formas de organização da escola, mas segundo Veiga, 1998:

A autonomia pedagógica consiste na liberdade ensino e pesquisa. Está estreitamente ligada à identidade, à função social, à clientela, à organização curricular, à avaliação bem como aos resultados e, portanto, à essência do projeto pedagógico da escola. (pág 18).

A autonomia pedagógica se refere às medidas necessárias a

encaminhamento pedagógico e ainda segundo Veiga – 1998; caberá à escola:

- explicitar objetivos filosóficos, pedagógicos, científicos, tecnológicos, artísticos e

culturais;

- selecionar e organizar os conhecimentos curriculares, observadas as diretrizes

gerais do Conselho Nacional de Educação;

- introduzir metodologias inovadoras;

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paraná- avaliar desempenhos docente e discente;

- tomar decisões relativas à concepção, a execução e à avaliação do currículo;

- organizar a pesquisa;

- estabelecer cronogramas, calendários, horários;

- incentivar a formação continuada através do estudo em grupos e a participação

em seminários e outros;

- cumprir a legislação vigente quanto à avaliação e a parte legal de alunos:

matrículas, fichas e boletins, transferências e outros e também quanto a

professores no que se refere às avaliações e registros bem como a

documentação de todos os que atuam na Escola.

A escola oferta e ofertará as séries finais do Ensino Fundamental (5ª a 8ª),

Ensino Médio, Salas de Apoio e Recurso, Formação de Docentes – modalidade

Normal, o curso de Técnico em Gestão Ambiental em parceria com a Casa Familiar

Rural de Chopinzinho, Curso Técnico em Administração, CELEM, Viva Escola- Artes

-Teatro e estamos buscando a implantação de outros Cursos Profissionalizantes.

A avaliação é um dos fatores que, dentro da aprendizagem, mais polimizam,

pois envolve não só avaliação dos alunos, mas de todos aqueles que estão

envolvidos no processo educativo, pois é um processo reflexivo e prático que deve

se situar no contexto social da escola, recebendo e exercendo influências,

esperando-se uma ação transformadora. De acordo com o CEE, na sua deliberação

nº 007/99/ no artigo 1º.

A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o

professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho,

com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos

alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor. Segundo

Lupatini, em palestra (2005) o processo de avaliação visa ao desenvolvimento do

homem na sua pluridimensionalidade, focando no aluno e não na burocracia

existente no sistema. Deve ser reflexivo, pensando e repensando a sua prática,

numa constante autocrítica e uma formação continuada. Deve também auxiliar o

aluno a buscar novos rumos, vencer obstáculos. A avaliação é o ato de acompanhar

a construção do conhecimento do aluno deve ser integral, individual e coletiva,

pensando-se sempre no objetivo maior da escola que é a formação de cidadãos

críticos e atuantes em nossa sociedade.

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do ParanáA avaliação é parte integrante e fundamental do processo educativo. Por meio

dela o professor fica sabendo como está a aprendizagem dos alunos e obtém

indícios para refletir e melhorar a sua própria prática pedagógica. A escola se

organizará de uma forma que, acompanhará os alunos em licença maternidade ou

sob a vigência de atestados médicos, proporcionando-lhes o conteúdo e a avaliação

mais adequada, bem como fará as adaptações necessárias e legais, integrando-se

ao Sareh sempre que algum caso exigir os procedimentos nele previstos.

A organização da escola estará de acordo com a legislação vigente, nos

vários níveis, também pelo Projeto Político Pedagógico e o Regimento Interno.

3.3 Princípios da gestão democrática: acesso, permanência capacitação

continuada de educadores e qualidade de ensino-aprendizagem

A gestão democrática é um recurso importantíssimo para a junção de forças

para o bem comum e pelo sucesso de todos na escola, como diz Lücke. “(...) é da

maior importância à consciência da necessidade de redefinição de

responsabilidades e não a redefinição de funções. Aquelas centram-se no todo,

estas, nas partes isoladas”.(2002, pág 19).

A escola tendo que assumir suas decisões e tendo mais espaço deverá reagir

dinamicamente a questões de ordem pedagógica, de relações com a comunidade,

de projeto institucional, de desenvolvimento profissional dos colaboradores e de

utilização de recursos materiais e financeiros, isso abrirá espaço para uma atuação

adequada e desejada de seus órgãos, ou seja, Conselho Escolar, Conselho de

Classe, Grêmio Estudantil, APMF e outros.

A democracia deve sustentar as relações humanas, tendo o diálogo e a

alteridade como base para a sua edificação. A gestão democrática e um processo

pelo qual a comunidade escolar pensa, planeja, soluciona e avalia as ações que são

colocadas em prática para a efetiva construção dos objetivos propostos, pois a

educação é um direito de todos.

Segundo Veiga apud Veiga:

Podemos considerar que a escola é uma instituição na medida em que a concebemos como a organização das relações sociais entre indivíduos dos diferentes segmentos, ou então como o conjunto de normas e orientações que regem essa organização. (2000 pág 113).

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Profissionalizante Governo do Estado do Paraná

Na vivência da gestão democrática nos deparamos com alguns princípios que

precisam ser evidenciados e respeitados. Um deles é a garantia de acesso e

permanência na escola.

De acordo com um dos itens da Declaração dos Direitos da Criança e do

Adolescente: “A criança tem direito à educação, para desenvolver suas aptidões, as

suas opiniões e o seu sentido de responsabilidade moral e social”. Nesse sentido,

procurou-se identificar as propostas da nova LDB que avançam na busca de uma

educação mais democrática e de melhor qualidade. Sendo assim, a educação é uma

questão de direitos humanos e todos os indivíduos devem ter garantido o acesso, o

ingresso, o regresso e a permanência com sucesso em todo fluxo de escolarização

estabelecido pelo sistema educacional. Por isso a importância da organização e

participação de todos os segmentos da comunidade escolar.

Cremos que a gestão democrática se constrói no processo político e cultural

da escola, pois não há fórmulas prontas de gestão democrática, pois ela supõe

autonomia administrativa, pedagógica e financeira, escrevendo a sua história e a

sua identidade, pois a cultura democrática segundo Cardoso é: “Uma administração

compartilhada preocupa-se com constituir uma forma de organização escolar que

enfrente e supere os problemas” (p 36, 1996).

Há que se ter, por parte da Comunidade Escolar, um conhecimento de toda a

organização escolar e dos problemas e/ou dificuldades que nela se encontram.

Assim, em atendimento à Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 no Título IV que trata

dos Profissionais da Educação, a saber: os professores (Art. 62), que ministram o

ensino e os demais (Art. 64), que apóiam todo o processo de ensino aprendizagem.

Para isso, entendemos, então que a formação continuada deve ser de todos os

profissionais da educação, abrangendo em nossa Escola, professores, direção,

equipe pedagógica, funcionários e instancias colegiadas. Capacitação essa ofertada

através de Grupos De Estudo, palestras com especialistas, cursos promovidos pela

SEED/NRE, CETEPAR, SENAR, CADEP e parcerias com instituições e ONGs.

O exercício da gestão está a serviço da busca dos resultados que devem ser

produzidos pela organização da qual o gestor faz parte, no nosso caso a Escola.

Quando compramos um objeto, julgamos sua qualidade em função de

algumas dimensões, ex: utilidade, preço, durabilidade, beleza, etc, e quando falamos

em Educação? O que é que define sua qualidade?

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do ParanáSegundo Libâneo (2001) qualidade “refere-se tanto a atributos ou

características da sua organização e funcionamento, quanto ao grau de excelência

baseadas numa escala valorativa”.

A educação de qualidade é aquela que promove para todos o domínio de

conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas, operativas e sociais

para o atendimento de necessidades individuais e sociais dos alunos, à inserção no

mundo do trabalho, à construção da cidadania, tendo em vista a construção de uma

sociedade mais justa e igualitária.

Sete indicadores devem ser levados em consideração quando falamos em

qualidade na educação (Gestão em rede, nº 56).

- Ambiente educativo;

- Prática Pedagógica;

- Avaliação;

- Gestão escolar democrática;

- Formação e condições de trabalho dos profissionais da escola;

- Espaço físico escolar;

- Acesso, permanência e sucesso na escola.

Ao compreender seus pontos fortes e fracos, a escola tem condições para

intervir, para melhorar a qualidade de acordo com seus critérios e prioridades.

Assim, a política de inclusão prevista em lei e na PPP do Colégio Estadual

José Armim Matte - EFMNP, não se restringe aos alunos cujos problemas de

aprendizagem são devidos a déficits físicos ou intelectuais (LDB cap IV, Art. 58 e

59), mas é extensiva aos alunos não alfabetizados, àqueles com problemas

disciplinares, aos com altas habilidades, aos hiperativos, etc. Não se restringe às

situações de deficiências ou desvantagem, mas abrange todas as diferenças.

Como educadores, temos consciência que a educação inclusiva é de

responsabilidade de todos do sistema de ensino, e a inclusão não deve ser apenas

educacional, mas também social.

Ainda da revista Gestão em Rede, Paulo Freire afirma: “O diferente de nós

não é inferior. A intolerância é isso: é o gosto irresistível de se opor às diferenças”.

Analisando a evolução histórica dos movimentos para universalizar o acesso

às escolas, conclui-se que o paradigma da inclusão vem caracterizar uma orientação

que, necessariamente, diz respeito à melhoria da qualidade das respostas

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranáeducativas de nossas instituições de ensino-aprendizagem para todos.

Embora este movimento seja predominantemente relacionado ao alunado da

Educação Especial, é um equívoco supor que a proposta diz respeito a esses

sujeitos apenas. Outra abordagem simplista que é observada é a afirmação de que a

inclusão é o inverso da exclusão. Segundo Martins “O avesso da inclusão pode ser

uma inclusão precária, instável e marginal decorrente de inúmeros fatores dentre os

quais a sociedade capitalista que desenraíza, exclui, para incluir de outro modo,

segundo suas próprias regras, segundo sua própria lógica. O problema está

justamente nessa inclusão” (Martins, apud Amaral, 2002, p 32).

Com este propósito, busca-se que o processo de inclusão educacional seja

efetivo, assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades. Isso não

significa um modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e

serviços especializados para que cada um aprenda resguardando suas

singularidades. A partir do exposto a Escola tem ofertado ao longo dos anos Salas

de Atendimento Especializado, ou seja, Salas de Recurso, Apoio Pedagógico,

utilizando-se dos recursos multifuncionais e outros programas para crianças e

adolescentes considerados de risco (Viva Escola, Segundo Tempo, Projovem, PETI

e outros).

3.4 O currículo da escola pública; dinâmica do currículo; reflexão sobre o

trabalho pedagógico -

O currículo da escola deve ser a expressão da verdade de tudo aquilo que se

vivencia na escola, dentro e fora da sala de aula. A origem da palavra currículo –

currere (do latim), significa carreira. Neste sentido, conforme Gimeno Sacristan,

(1988): “A escolaridade é um percurso para os alunos/as, e o currículo é seu

recheio, seu conteúdo, o guia de seu progresso pela escolaridade”. (p. 125).

É de suma importância trazer para a sala de aula a nossa cultura local, o

estudo de problemas cotidianos, a aplicação do conhecimento aos problemas que os

alunos enfrentam no dia-a-dia, com isso a escola se liberta da obrigação “antiga” de

seguir e cumprir uma lista de conteúdos anteriormente considerados obrigatórios, já

que não há um currículo nacional único, havendo somente as sugestões dos

Parâmetros Nacionais, sendo uma forma de definição das disciplinas e a distribuição

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranádos conteúdos entre os componentes curriculares.

No currículo está implícita a nossa concepção de aprendizagem, pois implica

diferentes formas de apropriação que os alunos têm a respeito do conhecimento,

somando às suas vivências, desta forma pode-se dizer que se trata de uma

reconstrução individual, portanto, diferenciada a cada aluno/aluna. Com isso fica

cada vez mais evidente a necessidade de que a escola seja inclusiva.

Para que nossa escola se torne realmente inclusiva é necessário remover

barreiras, não só as arquitetônicas, mas principalmente as que dizem respeito às

concepções e atitudes, valorizando a diversidade como elemento enriquecedor para

o desenvolvimento pessoal e social. A condição mais importante para o

desenvolvimento de uma educação inclusiva e que a sociedade em geral, e a

comunidade educativa em particular, tenham uma atitude de aceitação, respeito e

valorização das diferenças.

O direito à educação não significa somente acesso a ela, como também, que

essa seja de qualidade e garanta que os alunos aprendam. O direito à educação é

também o direito a aprender e a desenvolver-se plenamente como pessoa. Para que

isso seja possível é fundamental assegurar a igualdade de oportunidades,

proporcionando a cada um o que necessita, em função de suas características e

necessidades individuais.

A inclusão na educação é um meio para garantir uma maior equidade e o

desenvolvimento de sociedades mais inclusivas.

O princípio fundamental do Marco de ação da Conferência Mundial sobre

Necessidades Especiais (Salamanca, 1994) é que todas as escolas devem acolher a

todas as crianças independentemente de suas condições pessoais, culturais ou

sociais; crianças deficientes e superdotadas/ altas habilidades, crianças de rua,

minorias étnicas, linguísticas ou culturais, de zonas desfavorecidas ou

marginalizadas, o qual traça um desafio importante para os sistemas escolares. As

escolas inclusivas representam um marco favorável para garantir a igualdade de

oportunidades e a completa participação, contribuem para uma educação mais

personalizada, fomentam a solidariedade entre todos os alunos e melhora a relação

custo benefício de todo o sistema educacional.

3.5 Trabalho coletivo; prática transformadora; o que a escola pretende do

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranáponto de vista político pedagógico

A construção coletiva de um Projeto Político Pedagógico é mais do que uma

prática transformadora pressupõe uma gestão participativa e inovadora, um bom

clima na escola, e ainda segundo Abramovay (2004) a valorização do aluno, do

professor e da escola; o exercício do diálogo, o trabalho coletivo; a participação da

família e da comunidade, a re-significação do espaço físico, o incremento da

sociabilidade e a construção do sentimento de pertencer e ser também responsável

por esta construção.

Segundo Paro (2001), apud Abramovay, uma gestão participativa e

descentralizada resultante do compromisso de todos pressupõe uma prática de

discussão coletiva, que envolve desde a divisão de responsabilidades até

encaminhamentos de ações concretas, dentro de uma coesão de todos.

Trabalhar coletivamente não é fácil, é necessário superar barreiras,

interesses, afinidades pessoais e profissionais, é algo que se vai construindo no

decorrer da caminhada, criando assim um ambiente favorável que se vai

conquistando dia após dia, viabilizando espaços de encontro, diálogo e afetividade.

A melhoria do relacionamento na escola passa pelo envolvimento direto de todos,

mesmo os não diretamente envolvidos como os moradores das redondezas da

escola, lideranças e a comunidade maior.

A participação da família necessita de um incremento, através da utilização de

estratégias de participação mais efetiva, no dia-a-dia da escola, em motivos de

pequenas reformas, eventos esportiva, culturais, exposições, feiras e promoções

que mostrem tudo o que é produzido pela escola e também que se consigam

recursos financeiros para melhora-la cada vez mais.

A prática do diálogo deve ser incentivada, pois não é como alguns pensam

que ele nivela, reduz um ao outro, ao contrário, como diz Freire (1992) implica um

respeito fundamental dos sujeitos nele engajados. É necessário interesse pelo

jovem, pelos alunos vontade de aprender e de entrar num universo diferente e

distante, às vezes dos educadores. É bom destacar que, quando há diálogo na

escola, há também abertura para sugestões de todos os que convivem na

comunidade escolar, para que ocorram as mudanças necessárias ao melhor

aproveitamento de todos.

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do ParanáRe-significar o espaço físico da escola significa utilizá-lo melhor, otimizá-lo

para que sirva mais e mais à ação pedagógica. Neste fazer se insere a questão

também da conservação do patrimônio, tendo em vista as dificuldades de se

conseguirem verbas para construções, reformas e afins. Isso implica parcerias e

compromissos com alunos, pais, professores, funcionários e a comunidade em torno

da escola, todos trabalhando com o objetivo comum de tomar melhor a escola e a

educação. É necessário implantar uma cultura de Paz em nossa escola, melhorando

assim a convivência entre todos, com tolerância, alteridade, solidariedade, justiça e

muito diálogo.

É necessário transformar não só o espaço físico, mas principalmente a ação

administrativa e especialmente a pedagógica buscando uma nova escola que forme

um ser humano mais humano, mais gente, mais comprometido consigo, sua

qualidade de vida, seus irmãos, seus vizinhos, seus colegas, a natureza e por

extensão o planeta Terra; incluindo e acolhendo a todos. No dizer de Caetano

Veloso, a escola não deve ser um parque de diversões, mas também não deve ser

uma cadeia. Essa inovação se dá também através de bons projetos dentro e fora da

sala de aula, como: Construindo valores da equipe pedagógica desenvolvida nas

disciplinas.

Grande parte do debate sobre os pressupostos da educação atual e a

aprendizagem gira em torno do construtivismo. No Brasil se tornou conhecido

através das obras de Jean Piaget, Emília Ferreiro, privilegiando os aspectos

psicológicos que deveriam ser aproveitados pelos pedagogos e professores. Outro

sócio - construtivista, o russo Vigotsky, em época diferente também dá a sua

contribuição, chamando a atenção para a “zona de desenvolvimento proximal” que

favorece o trabalho do educador, porque o auxilia a enfrentar mais eficazmente os

desafios da aprendizagem. Mais que isso, essa fase de colaboração traz a

vantagem de estimular o trabalho coletivo, necessário para transformar uma ação

interpessoal, isto é a internalização. Ainda segundo Vigotsky o aluno começa com as

interações cotidianas até alcançar a formulação de conceitos. O francês Henri

Wallon e a argentina Emilia Ferreiro também trouxeram contribuições ao processo

construtivista da educação.

Numa comparação mais simplista, a tendência racionalista, que vem de

Descartes, prevalece o inatismo, pelo qual o sujeito que conhece (professor) seria o

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranápolo mais importante no processo de conhecimento. Na tendência empirista iniciada

por Bacon e Lücke, o sujeito cognoscente seria passivo, recebendo de fora, da

experiência, os elementos para a elaboração do conteúdo moral. O construtivismo

pretende superar essa dicotomia, explicando o conhecimento como uma construção

contínua, entremeada pela invenção e descoberta, e por isso nem é inato, nem

apenas dado pelo objeto, mas sim da interação de ambos. Daí o construtivismo ser

visto como uma concepção interacionista.

Dentre tantas Pedagogias que o mundo já viu cremos ser a mais condizente

com a nossa realidade, a Pedagogia histórico-crítica, surgida na década de 70, por

iniciativa de um grupo de filósofos e pedagogos interessados em rever a nossa

educação, iniciando assim uma teoria que ainda se encontra em formulação. Os

principais representantes desta tendência são: Dermeval Saviani, José Carlos

Libâneo, Guiomar Namo de Mello, Carlos Roberto Jamil Cury e outros, com apoio no

materialismo de Marx, Makarenko e Gramsci, na teoria progressista de Georges

Snyders e Charlot e Suchodolski.

A tarefa da pedagogia histórico-crítica, segundo Arruda: “se insere na

tentativa de reverter o quadro de desorganização que torna uma escola excludente,

com altos índices de analfabetismo, evasão, repetência e, portanto de seletividade”.

(1996, pg 219).

A escola deve ser um espaço de inclusão, de acolhimento de solidariedade,

do sentimento de pertencer e principalmente do respeito e tolerância às culturas

locais e nacionais e por que não mundial. Tornar o ser humano mais humano,

buscar a formação integral do ser humano e ainda como diz Kornhauser apud

Delors, 1999, é também urgente relacionar a educação com o mundo do trabalho,

pois assim melhorará a qualidade da educação dada para formação profissional e

Suchodolski, apesar das grandes dificuldades de se institucionalizá-la nesta

sociedade capitalista.

No Brasil, o grande nome da Tendência Progressista Libertadora foi e é Paulo

Freire, com vários escritos e especialmente o método de alfabetização de adultos. A

Pedagogia Libertadora afirma que o homem é “sujeito da história”. O ato educativo é

um ato político e o educador deve ser um “humanista revolucionário”, colocando sua

ação político-pedagógica a serviço da transformação da sociedade e da criação do

“homem novo”.

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do ParanáSegundo FREIRE (1996), o educador progressista deve:

- Ser comprometido politicamente com a socialização do conhecimento científico e

cultural;

- Buscar sua competência técnico-pedagógica;

- Ser mediador entre o conhecimento do aluno e o conteúdo historicamente

construído; e preocupar-se com a sua própria formação.

3.6. A prática transformadora

Com uma prática transformadora se busca uma aprendizagem de maior

qualidade,

atingindo o maior número possível de alunos, especialmente com a implantação no

Ensino Médio dos blocos por disciplinas, com maior concentração de estudo em

menos disciplinas. Buscar-se-á sempre contemplar mais temas interessantes e

necessários, seguindo a legislação e as especificidades locais, com o PPP como

lema para a construção dos demais instrumentos de trabalho.

3.6.1. Diversidades educacionais a serem contempladas

3.6.1.1. História e Cultura Afro-brasileira e Africana

Na história social brasileira, não se destacam a presença de africanos e afro-

descendentes na cultura e na história do Brasil. Esta ausência se dá devido ao não

reconhecimento da contribuição da África ao conhecimento da humanidade.

Deveriam africanos e afro-descendentes, estarem presentes em todos os momentos

da história brasileira dando a sua participação em todos os setores da produção.

Entende-se que a essência do trabalho histórico no Brasil é negra. Eles

constituíram a massa trabalhadora durante a colonização brasileira, porém,

confundimos a figura do escravo, com a do africano e do negro. Os africanos e afro-

descendentes foram escravizados e livres no sistema de produção do escravismo

criminoso. Faz-se necessário, uma ampliação conceitual que explique as inter-

relações entre a cultura e a história social, que leve em conta a base cultural

africana.

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do ParanáO sistema de educação é considerado universal e deveria transmitir a

essência da cultura humana na sua diversidade. No entanto, funciona, com uma

visão eurocêntrica de mundo, marcada pelos preconceitos e por concepções

racistas, anulando as expressões de africanos e afro- descendentes nas culturas

ocidentais.

As ideologias da cultura brasileira tendem a colocar os africanos no campo do

exótico ou do precário. Nestas ideologias, os afro-descendentes são representados

como espécime em extinção.

1º- A presença da cultura e da história, de africanos e afro-descendentes, na

educação brasileira, hoje, é devido à compreensão política dessa importância;

2º- A educação transmite a cultura e se reserva o direito de dizer o que é

cultura. Faz a seleção de temas por uma por um critério ideológico e político e se

ampara nas ciências para justificar as escolhas;

A falta de conhecimentos sobre a história e a cultura africana forma uma

barreira intelectual que impede a compreensão completa da história e da cultura

brasileira. A educação deve combater as desigualdades. Para isso precisa teorizar e

praticar práticas efetivas e específicas que modifiquem concretamente a situação

dos afro-descendentes.

A partir de preocupações de educadores e de movimentos sociais,

comprometidos com a questão racial na educação. O Brasil começa incorporar

essas preocupações na política educacional. Em janeiro de 2003, o Presidente

assinou a Lei 10639/03 que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-

brasileira nos Estabelecimentos da Educação Básica no Brasil. Em março de 2004,

o Conselho Nacional de Educação aprova parecer 03/04 instituindo as Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o

Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.

Desta forma, as ações, tem sido direcionadas, para a implementação da Lei

10639/03. No Paraná entre as ações estão: Grupo de trabalho para o

acompanhamento da implementação da lei; realização de seminários de formação; a

constituição do Fórum Estadual da Diversidade; encontros de Educadores negros;

aquisição de livros para as escolas relacionados a temática; elaboração de caderno

temático sobre a Lei; atividades de formação para professores e funcionários das

escolas públicas; campanhas educativas e de valorização das etnias e

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranáimplementação de políticas de inclusão social, uma vez que todos devem educar-se

enquanto cidadãos atuantes na sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de

construir uma nação democrática.

Aos Estabelecimentos de Ensino está sendo atribuída responsabilidade de

acabar com o modo falso de tratar a contribuição dos africanos e seus descendentes

para a construção da nação brasileira assumir esta responsabilidade é compromisso

com o entorno sociocultural da escola, com a formação de cidadãos atuantes e

democráticos, capazes de compreender as relações sociais e étnico-raciais que

participam. Para isso, faz-se necessário assumir o desafio e executar propostas

educacionais, compatíveis com a diversidade local, valorizando as diferenças, a

criatividade, a solidariedade, incentivando a cooperação, proporcionando o respeito

e a preservação de ideias e patrimônio cultural e reelaboração de novas práticas

sociais. Capacitando a cada um individual e coletivamente, proporcionando

condições necessárias de progresso e desenvolvimento.

O Brasil tem uma dívida histórica e cultural com os povos africanos,

como uma imensa familiaridade de gostos, músicas, comidas e jeito de ser.

Da população brasileira, 47% são afro-descendentes, por isso, refazer

relações mais solidárias com a África é nos relacionarmos com nossas raízes

e respeitar nossa história.

3.6.1.2. Cultura Indígena

Passaram-se mais de 500 anos, onde houve escravidão, catequização,

miscigenação e quase a dizimação do indígena brasileiro, então vale ressaltar que,

qualquer coisa que se diga sobre os índios do Brasil será pouco. A dívida do branco

civilizado para com o indígena é alta e pesada, por tudo que esses verdadeiros

donos da terra já viveram sob o domínio dos brancos.

Como sabemos os indígenas tem costumes bem diferentes dos costumes

bem diferentes dos nossos, é nesse sentido que a escola precisa fazer um trabalho

de valorização, respeito e estudo da cultura indígena, especialmente nós que temos

em nosso município uma grande reserva, onde moram os guaranis e kaygangs.,

pois assim como qualquer cidadão eles merecem total respeito de todos nós.

È necessário que esses temas sejam trabalhados dentro das disciplinas para

que se atinja o nível de conhecimento desejado.

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3.6.1.3. Educação Do Campo

Entendemos por Educação do Campo o disposto na Resolução CEB/CNE nº

2, de 28 de abril de 2008:

A Educação do Campo compreende a educação básica em suas etapas de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação Profissional Técnica de nível médio integrada com o Ensino Médio e destina-se ao atendimento às populações rurais em suas mais variadas formas de produção da vida – agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados da Reforma Agrária, quilombolas, caiçaras, indígenas e outros.

Considerações e princípios:

A Educação do Campo é uma política pública pensada mediante a ação do

governo e sociedade organizada; apresentada também como expressão de uma

política nacional, caracterizada do campo o resgate da divida histórica social, aos

sujeitos do campo, uma vez que os modelos pedagógicos, muitas vezes ignoram a

diversidade sociocultural do povo brasileiro.

No final dos anos de 1990 os movimentos sociais conquistaram espaço na

agenda política e as questões socioculturais são discutidas e faz-se necessário

apontar algumas diretrizes, com caráter de contribuições, para a educação do

campo. Nestas diretrizes estão incorporadas demandas da sociedade civil e

preocupações governamentais com a educação do campo, além de experiências

expressas em documentos produzidos coletivamente.

As Diretrizes Curriculares da Educação do Campo tem como objetivo,

contribuir para a gestão e a prática pedagógica nas escolas do campo e, destina-se

a todos os educadores das escolas do campo e gestores da educação. Ela esta

organizada em três subitens: Histórico da educação do campo; Concepção de

educação do campo; Eixos temáticos e Encaminhamentos metodológicos,

apresentando sugestão de conteúdos e alternativas para a educação do campo.

A Escola do Campo é pensada a partir das particularidades dos povos do

campo. A sua definição está referendada no parágrafo único do art.2.º das Diretrizes

Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo. É definida pela

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Profissionalizante Governo do Estado do Paranávinculação às questões inerentes a sua realidade. Deve corresponder à necessidade

da formação integral dos povos do campo e garantir o acesso a todos os níveis e

modalidades de ensino, de acordo com o artigo 6º. Das referidas Diretrizes.

A educação do campo também faz parte dos temas contemporâneos agora

incluídos nos conteúdos a serem ministrados aos alunos atendendo ao desejo da

comunidade escolar de atualização e de aprofundamento de conceitos formulados

em diferentes campos de conhecimento.

O momento atual nos parece propício para avanços, ao mesmo tempo em

que revela maior complexidade para a atuação dos movimentos sociais. O desafio

que se impõe é o de práxis: avançar na teoria para poder dar um salto de qualidade

na luta política e nas praticas produzidas até aqui. É preciso significar o nome que

criamos, e constituir teórica e politicamente a nova bandeira. Este desafio nos exige

um permanente retorno a uma questão de origem: o que é mesmo a Educação do

Campo e quais são seus fundamentos principais?

O desafio teórico atual é o de construir o paradigma da Educação do Campo;

ou, pelo menos, avançar na elaboração de uma teoria da Educação do Campo:

clarear, construir, consolidar e disseminar nossas concepções, ou seja, os conceitos,

o modo de ver, as ideias que conformam nossa compreensão e tomada de posição

diante da realidade que se constitui pela relação entre campo e educação. Trata-se,

ao mesmo tempo, de socializar/quantificar a compreensão do acúmulo teórico e

prático que já temos, e de continuar a elaboração e o planejamento dos próximos

passos.

A Educação do Campo assume sua particularidade, que é o vinculo com

sujeitos sociais concretos, mas sem se desligar da universidade: antes (durante e

depois) de tudo ela é educação, formação de seres humanos. Ou seja, a Educação

do campo faz o diálogo com a teoria pedagógica desde a realidade particular dos

camponeses, ou mais amplamente da classe trabalhadora do campo, e de suas

lutas. E, sobretudo, trata de construir uma educação do povo do campo e não

apenas com ele, nem muito menos por ele.

Pensar a educação desde ou junto com uma concepção de campo significa

assumir uma visão de totalidades dos processos sociais; significa no campo da

política pública, por exemplo, pensar a relação entre uma política agrária e uma

política pública; por exemplo, pensar a relação entre uma política agrária e uma

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranápolítica de educação; entre política agrícola, política de saúde, e política de

educação, e assim por diante. E na dimensão da reflexão pedagógica significa

discutir a arte de educar, e os processos de formação humana, a partir dos

parâmetros de um ser humano concreto e historicamente situado.

A Educação do Campo tem se desenvolvido em muitos lugares por meio de

programas de práticas comunitárias, de experiências pontuais. Não se trata de

desvalorizar ou de ser contra essas iniciativas porque elas tem sido uma das marcas

de nossa resistência. Mas é preciso ter clareza de que isto não basta. A educação

somente se universaliza quando se torna um sistema, necessariamente público. Não

pode ser apenas soma de projetos e programas. Por isso nossa luta é no campo das

políticas públicas, porque esta é a única maneira de universalizar o acesso de todo o

povo do campo à educação.

Compreender o lugar da escola na Educação do Campo é ter claro que o ser

humano ela precisa ajudar a formar, e como pode contribuir com a formação dos

novos sujeitos sociais que se constituem no campo, hoje. A escola precisa cumprir a

sua vocação universal de ajudar no processo de humanização, com as tarefas

específicas que pode assumir nesta perspectiva. Ao mesmo tempo, é chamada a

estar atenta à particularidade dos processos sociais do seu tempo histórico e ajudar

na formação das novas gerações de trabalhadores e de militantes sociais.

Na Educação do Campo é preciso refletir sobre como se ajuda a construir

desde a infância uma visão de mundo crítica e histórica; como se aprende e como

se ensina nas diferentes fases da vida a olhar para a realidade enxergando seu

movimento, sua historicidade, e as relações que existem entre uma coisa e outra;

como se aprende e como se ensina a tomar posição diante das questões do seu

tempo; como se aprendem e como se ensinam utopias sociais e como se educam

valores humanistas; também como se educa o pensar por conta própria e o dizer a

sua palavra, e como se respeita uma organização coletiva.

3.6.1.4. Gênero e diversidade sexual

A sexualidade é um fenômeno da existência humana, é parte da vida de todas

as pessoas. Ela é um fenômeno cultural, possui historicidade, envolve práticas,

atitudes, simbolizações, e existe enquanto construção social.

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do ParanáA sexualidade tem dimensões: políticas, econômicas, sociocultural, religiosa,

mística e afetiva, além da lógica. O que está ocorrendo hoje é uma absolutização do

sexo e um empobrecimento da sexualidade, sobretudo em termos de afetividade e

ternura. Esta é a grande virtude a ser cultivada num mundo de violência. A ternura é

a expressão de uma sexualidade. Bem integrada, em nível interpessoal ou social. A

violência e a agressividade é sintoma de que algo não está bem no campo da

sexualidade.

Nossa sociedade moderna está enfrentando dificuldades em encarar a

sexualidade, além da dimensão biológica. Isto tem sido um obstáculo para projetos

de educação sexual dentro de uma perspectiva histórica de transformação dos

valores e padrões hoje existentes.

As reflexões sobre sexualidade devem partir do pressuposto de que pessoas

em desenvolvimento, devem usufruir de todos os direitos fundamentais inerentes à

pessoa humana, com todas as oportunidades para seu desenvolvimento físico,

mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade, de respeito e de

dignidade.

O Brasil reconheceu, em lei, a importância de assegurar como prioridade para

as crianças e adolescentes, a efetuação desses direitos fundamentais, onde se

incluem o direito à vida, à saúde, à alimentação e à educação.

Além de ser um direito de todos, a educação sexual pode ajudar os sujeitos a

terem uma visão positiva da sexualidade, a desenvolverem uma comunicação clara

nas relações interpessoais, a elaborarem seus próprios valores a partir de um

pensamento crítico, compreenderem seu comportamento e o de outro e tomarem

decisões responsáveis a respeito de sua vida sexual.

Na história da educação sexual no Brasil, houve momentos em que ela foi

considerada disponível e até condenável. Também registrou momentos, onde foi

considerada necessária. Hoje ao lado de experiências inovadoras, participativas e

bem sucedidas, convivemos ainda com propostas de se utilizar a educação sexual

como veículo transmissor do controle da sexualidade, como as defendidas pela

Igreja, que tem se pronunciado contra propostas de educação sexual.

Nossa sociedade moderna está encontrando dificuldade em encarar a

sexualidade, além da dimensão biológica. Isto tem sido um obstáculo para projetos

de educação sexual dentro de uma perspectiva histórica de transformação dos

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranávalores e padrões hoje existentes.

As reflexões sobre sexualidade devem partir do pressuposto de que pessoas

em desenvolvimento, devem usufruir de todos os direitos fundamentais inerentes à

pessoa humana, com todas as oportunidades para seu desenvolvimento físico,

mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade, de respeito e de

dignidade.

A questão deve ser tratada, a qualquer momento, em qualquer disciplina.

Este é o momento de deixarmos para trás a etapa da educação sexual como

iniciativa isolada e inaugurarmos uma outra etapa a da educação sexual como

direito a ser usufruído nos mais variados espaços da educação formal e informal, de

maneira sistematizada e continuada.

O trabalho de educação sexual, na escola, se faz problematizando,

questionando e ampliando os conhecimentos e opções para que o aluno escolha

seu caminho. Não tem caráter de aconselhamento individual nem psicoterapêutico.

As diferenças temáticas da sexualidade devem ser trabalhadas dentro do limite da

ação pedagógica, sem invadir a intimidade e o comportamento de cada aluno ou

professor. A postura adotada deve auxiliar o indivíduo a identificar o que pode e

deve ser compartilhado no grupo e o que deve ser mantido como vivência pessoal.

Sabemos que as escolas, os meios de comunicação, a família e outros

agentes sociais tem papel determinante no comportamento dos jovens. A família dá

as primeiras noções sobre o que é adequado ou não através de gestos, expressões,

recomendações e proibições. Os meios de comunicação, quando veiculam cenas de

conteúdo erótico, reforçam ideias preconceituosas. Então é a escola que precisa

oferecer um espaço efetivo para que ocorram debates e orientações.

Todos devem ser tratadas com respeito, justiça e equidade, sem

nenhum tipo de discriminação. Afinal a educação se dá não só por meio de

reflexão crítica em relação ao que acontece no entorno social, mas também

pela convivência no cotidiano da própria escola.

3.6.1.5. Educação Inclusiva

Pensar uma sociedade para todos, na qual se respeite a diversidade humana,

atendendo às necessidades da maioria e minoria, é concretizar a realização da

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranásociedade inclusiva, cabendo à educação, a mediação deste processo.

Apesar de todos os esforços e iniciativas, ainda são inúmeras as barreiras

físicas e sociais que impedem o efetivo processo de integração e inclusão de todos

os educandos no universo educacional.

A análise retroativa mostra que houve um tempo em que pessoas portadoras

de deficiências eram sacrificadas por não serem consideradas úteis à sociedade.

Gradativamente, a rejeição transformou-se em compaixão, proteção e filantropia,

que felizmente hoje, vem sendo substituída pela conquista de “dignidade, direito e

cidadania”.

Hoje, vivemos numa cultura que almeja uma ordem social pautada em valores

como a justiça, a igualdade, a equidade e a participação coletiva na vida pública e

política de todos os membros da sociedade, buscando uma vida digna para todos.

Esses valores estão baseados na Declaração Universal dos Direitos Humanos,

consolidado em 1948 no âmbito das Organizações Unidas, assumidos pelos países

democráticos como referência de ética e de valores socialmente desejáveis.

Nas últimas décadas, inúmeros outros documentos vem sendo elaborados

pelo mundo inteiro, na busca de garantir tais direitos e deveres para grupos ou

comunidades específicas, contribuindo para a construção de uma cultura de direitos.

No campo da Educação, para promover uma educação inclusiva, ética e

voltada à cidadania deve-se partir de propostas de ações educacionais e temáticas

significativas, propiciando condições para desenvolver capacidades dialógicas,

tomando consciência de seus próprios sentimentos e emoções e desenvolvendo a

capacidade autônoma, na tomada de decisões em situações conflitantes do ponto

de vista ético e moral.

O consenso mundial reflete a configuração de novas linhas de ações

inspiradas nos princípios de integração, aceitação, tolerância, respeito e no

reconhecimento de assegurar “escola para todos”, que reconheçam e valorizem as

diferenças, promovam a aprendizagem e atendam as necessidades individuais..

3.6.2 Desafios Educacionais Contemporâneos

É necessário que a escola, visando cumprir a sua função social, faça a

discussão dos temas propostos pela SEED, no que se refere aos desafios

educacionais contemporâneos, pois eles estão presentes no dia das escolas, dentro

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranáe fora das salas de aula, envolvendo a todos. Por isso é necessário instrumentalizar

os professores e funcionários para que possam intervir favoravelmente e tentar

manter um clima de harmonia, valorização da vida e um processo de ensino

aprendizagem dinâmico e com sucesso.

3.6.2.1. Enfrentamento à violência

O assunto é extremamente preocupante e envolve muito mais do que a

escola, ou os fatos que nela ocorrem, é toda uma estrutura social problemática,

famílias desestruturadas ou em mudança, falta de valores éticos e legislação

considerada deficitária por parte dos educadores de nossa escola.

Muito se tem falado sobre essa violência ( bullying escolar, agressões,

ameaças a colegas, funcionários e professores...), mas escola tem muita dificuldade

de resolver por não encontrar apoio, principalmente nas famílias.

A SEED, através de seus órgãos tem oportunizado às escolas se

instrumentalizar para enfrentar esses momentos, através de grupos de estudo, de

material impresso e no portal e, a escola tem feito algumas atividades buscando

melhorias como:

- Mobilizar o desenvolvimento de uma prática pedagógica e a investigação

científica com o objetivo de compreender analisar e respaldar ações de

enfrentamento à violência, indisciplina e prevenção ao uso indevido de drogas no

âmbito escolar, através de palestras, debates, trabalhos, com a integração da

disciplina de arte, onde se tem obtido bons resultados.

Esse é um trabalho que deve também abordar a indisciplina e o uso indevido

de drogas, pois caminha paralelo. Para isso temos contado com o Conselho Tutelar,

Secretaria de Saúde, Poder Judicial, Pastoral da Educação e outros.

3.6.2.2 Prevenção ao uso indevido de drogas

Compreende-se que a prevenção se dá pelo conhecimento e, neste sentido, a

escola necessita do acesso a textos e matérias resultantes de pesquisas sérias e de

uma interlocução qualificada sobre o assunto para que, devidamente amparada,

possa contribuir para a formação integral dos nossos alunos.

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do ParanáÉ necessária uma abordagem sobre as drogas – destacam-se os conteúdos

como as ações e os efeitos das drogas, legislação, narcotráfico, influência da mídia,

preconceitos e discriminações aos usuários, trazendo ao debate as relações de

poder e os aspectos sociais, políticos, econômicos, culturais, étnico-raciais,

históricos, religiosos e éticos envolvidos nessas circunstâncias.

Conforme o Caderno Temático da SEED, A sociedade contemporânea tem

como características: o espaço (escassez); o tempo (marcado fundamentalmente

pelo fato social) e a individualização (sujeito busca a satisfação dos seus desejos,

sua segurança e proteção). Essa multiplicidade de fatores favorece a competição, o

consumo de todo tipo de produtos e serviços e a perda do sentido de solidariedade e

de alteridade. Esse fato contribui para que a cidade trace uma fronteira simbólica di-

vidindo o espaço urbano em áreas espetaculares e áreas segregadas, criando mun-

dos heterogêneos - ocupados por grupos sociais diferentes, de acordo com imagens

construídas socialmente - e contribuindo para o surgimento de um estado constante

de tensão propicia à violência. A violência, embora não seja uma forma específica

de expressão na sociedade contemporânea, encontra na atualidade, dispositivos,

ancorados na facilidade de comunicação, para que seja motivada e facilitada.

O jovem disponível para experimentar novas situações e aventuras, forma o

grupo mais vulnerável à violência (vítima) e ocupa o lugar de violento (culpado). As-

sim, é destacado pela mídia, pela sociedade civil, políticas públicas, sistema de con-

trole e repressão. Portanto, discutir a violência juvenil na sociedade contemporânea

exige uma contextualização e uma análise cuidadosa desse grupo social.

No contexto exposto é necessário que a escola se mantenha firme no cuidado

e zelo pelos seus alunos e pela sociedade como um todo, e, realize, em parcerias,

palestras, seminários, exiba filmes educativos, oriente e esclareça seus alunos, sem-

pre com muito cuidado para não despertar, naqueles que ainda não se ¨ligaram¨ no

assunto, o desejo de experimentar. A escola com a ajuda da família e dos órgãos

constituídos tem um grande papel a desempenhar no que se refere a esse assunto.

3.6.2.3 Meio Ambiente

Meio ambiente é o termo que designa os elementos climáticos, geográficos e

biológicos de uma região. É um conjunto de condições existentes, que constitui o

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranálocal onde a vida pode, ou não, se desenvolver.

Quando se consideram somente as condições criadas pela natureza, tem-se

o meio físico, ou meio natural. Ele determina um tipo característico de paisagem; a

paisagem natural.

Quando se leva em conta a presença de grupos humanos, com seu gênero

de vida característico, seus costumes, suas instituições, seu nível de avanço

científico e tecnológico, tem-se o meio humano ou meio social que dá origem a um

tipo diferenciado de paisagem, a paisagem cultural.

O meio ambiente é o resultado das diferentes combinações, em quantidade e

qualidade, dos recursos naturais.

Os seres vivos inclusive os humanos, o mais dependente de todos, só pode

viver e desenvolver-se física, social e intelectualmente e adquirir cultura, quando

esses recursos podem lhe proporcionar a satisfação de suas necessidades básicas

de alimentação e abrigo e também aquelas que seu desenvolvimento intelectual e

cultural exigem. Assim, outros recursos naturais importantes e imprescindíveis

intervêm: As reservas minerais, líquidas, sólidas e de gases.

Devemos preservar os ambientes que sirvam de amostragem do que era a

área de paisagem natural, ou que sirvam como fonte de estudos e pesquisas para a

obtenção de dados que ajudem a sociedade humana. Pois, o ser humano, pessoal e

social, é parte e parcela do meio ambiente, somos compostos pelos mesmos

elementos e sustentados pelas mesmas energias que compõem e movem o

universo inteiro, somos frutos da evolução do universo, da terra e da vida. Temos

sentimentos, pensamentos e amamos.

Em 1972, na conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano,

estabeleceu-se o “Plano de Ação Mundial” e a “Declaração sobre o Ambiente

Humano”. Foi nessa conferência que se definiu, a importância da ação educativa

nas questões ambientais, que gerou o primeiro “Programa Internacional da

Educação Ambiental”.

Em 1987, na conferência Internacional sobre Educação e Formação

Ambiental, realizada em Moscou e convocada pela Unesco, observou-se a

necessidade de se introduzir a Educação Ambiental nos sistemas educativos dos

países.

A inserção da Educação Ambiental nos Currículos Escolares foi estabelecida

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranápela LDB (1996), No art. 26 § 1º. Com o avanço das discussões, foi promulgada a

Lei Federal 9795/99, para instituir Política Nacional de Educação Ambiental e sua

regulamentação ocorreu, por meio do decreto 4281/02. Efetivar a Educação

Ambiental em todos os níveis e modalidades se torna ordem, diante da atual

legislação e da necessidade de dar soluções adequadas aos graves problemas que

afetam o Planeta. São as Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Ambiental,

que apresentam indicativos para que as questões ambientais sejam inseridas no

Currículo Escolar, permeando toda prática educacional. Considerando seus

elementos físicos e biológicos e os modos de interação do homem e da natureza,

por meio do trabalho, da ciência, da arte e da tecnologia.

Os educadores têm a missão de despertar os educandos para si mesmos,

para sua inserção no meio natural, cultural e global, assumindo a responsabilidade

pelo destino comum, Terra e humanidade. É importante estudar juntos, trazer

educandos para dentro da realidade, ver as contradições que fazem pensar

apropriar-se de novas visões e chegar a um novo estado de consciência e de

práticas concretas diante da realidade.

Segundo Leonardo Boff, “nada se muda se não for submetido à pressão”. Por

isso, é importante que os meios de comunicação informem sobre a realidade. Para a

educação, é importante dar caráter de transversabilidade ao discurso ecológico, que

deve estar presente em todas as disciplinas. Todos devem saber em que e como

meu saber e minha disciplina contribuem para regenerar os ecossistemas. Todos

precisamos de uma alfabetização ecológica. Ninguém tem receitas que oferecem

soluções. O importante é assumir o paradigma ecológico, que unifica nossa visão

das coisas, ordena-as numa perspectiva inclusiva, que consiga, reencantar às

pessoas pela valorização da vida.

3.6.2 4.Educação Fiscal

O Programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF, visa provocar mudanças

culturais na relação entre o Estado e o cidadão e, busca contribuir para uma

sociedade comprometida com as suas garantias constitucionais.

A Educação Fiscal pode ser entendida como uma nova prática educacional

que tem como objetivo o desenvolvimento de valores e atitudes, competências e

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranáhabilidades necessárias ao exercício de direitos e deveres na relação recíproca

entre o cidadão e o Estado. Fundamenta-se na conscientização da sociedade sobre

a estrutura e o funcionamento da Administração Pública; a função socioeconômica

dos tributos; a aplicação dos recursos públicos; as estratégias e os meios para o

exercício do controle democrático.

A sociedade mundial vive um momento de transformações estruturais:

globalização, formação de blocos econômicos e revolução tecnológica. Diferentes

linguagens compõem o universo cultural das sociedades contemporâneas. As

mudanças ocorrem muito rapidamente. O observar atento à necessidade de

democratizar os recursos linguísticos, como o empenho para que os diferentes

grupos sociais possam deles fazer uso, são ações que contribuem para uma

educação mais humana e solidária, contemplado reflexões valorização do homem,

da produção irracional à preservação ambiental e da convivência pacífica

respeitando as diferenças.

A causa principal da crise social se prende a forma como as sociedades

modernas se organizaram no acesso, na produção e na distribuição de bens da

natureza e da cultura. Essa forma é profundamente desigual.

Os laços de solidariedade e de cooperação são o desempenho individual e a

competitividade, criadores permanentes de apartação social com muitos excluídos.

A raiz do alarme ecológico reside no tipo de relação que os humanos,

entretiveram com a Terra e seus recursos. Uma relação de domínio, de não-

reconhecimento de sua existência e de falta de cuidado e de respeito necessário.

O projeto da tecno-ciência, só foi possível porque, implícito, havia a vontade

de poder e de estar sobre a natureza e não junto dela. Este implica a destruição da

aliança de convivência harmônica entre os seres humanos e a natureza. Entretanto,

o referido projeto trouxe muitas comodidades para a existência humana.

Desempenhou uma função libertadora inestimável. Hoje, a continuação desse tipo

de apropriação antiecológica poderá ser desastrosa. Atualmente, para conservar o

patrimônio natural e cultural acumulados, devemos mudar. Se não mudarmos de

comportamentos e não reinventarmos relações benevolentes com a natureza e de

maior colaboração entre os vários povos, culturas e religiões, dificilmente

conservaremos a sustentabilidade necessária para realizar os projetos humanos,

abertos para o futuro.

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do ParanáPara resolver os problemas globais se faz necessária uma revolução global.

Muitos avalistas propõem é encontrar uma nova base de mudança, apoiada em algo

que fosse realmente comum e global, de fácil compreensão e viável. Essa base

deve ser ética, a partir da qual se abririam possibilidades de solução e de salvação

da Terra e da humanidade.

A humanidade busca novos paradigmas, é preciso entender a necessidade

de contribuir para a construção de novos espaços de conhecimento que levem às

transformações.

Nossos tempos requerem a formação de cidadãos conscientes e

responsáveis, que sejam capazes de modificar a realidade social. Nesse contexto é

imprescindível que o cidadão compreenda o papel do Estado, seu financiamento e

sua função social, o que lhe proporcionará, o domínio dos instrumentos de

participação e popular e o controle do gasto público. A Educação Fiscal é uma ponte

de saber, uma porta que se abre para construção desse processo.

No momento em que o indivíduo passa a perceber a importância desse

processo para sua vida, opera uma mudança de comportamento.

Assim o plano de Plano Nacional de Educação Fiscal é construído pelas mãos de

cada um a partir de sua visão de mundo e da participação consciente no contexto

das relações humanas, sociais e econômicas, em que cada um é sujeito da sua

história e da história de todos.

3.6.2.5. Educação para os Direitos Humanos

A educação que busca o respeito aos direitos humanos deve ser o objetivo de

todas as escolas, valorizando todos alunos independentemente de credo, cor,

partido político, etnia, classe social, mais ou menos apto, portador ou não de

deficiências ou altas habilidades.

A escola deve ser o ambiente de fomentação dos verdadeiros valores e das

boas ações, visando o bem de todos e aprendizagem dos alunos, seja de qual

modalidade for e, a escola deve oportunizar para que todos tenham acesso e

sucesso na escola.

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4 MARCO OPERACIONAL –

4.1 Redimensionamento da organização do trabalho pedagógico

O desafio de transformar, inovar, redimensionar, reorganizar uma escola é

grande, pois a sociedade do conhecimento e da tecnologia é muito veloz, pois

muitas vezes essas palavras e muito mais as ações por elas propostas causam

preocupação, medo, incertezas nos profissionais que trabalham na educação.

Este Projeto Político Pedagógico quer ser a luz, o leme para uma nova forma

de organização do trabalho pedagógico do Colégio Estadual José Armim Matte- Ens

Fund, Médio e Normal, pois ele é a expressão da vontade de toda a comunidade

escolar, alunos, professores, pais, funcionários, equipe pedagógica, direção e

demais interessados na escola, que participaram de reuniões, responderam

pesquisas, deram opiniões e sugestões e desta forma será dado prosseguimento às

ações da escola, sempre baseadas na gestão democrática e participativa, pois como

afirma Morastoni (2005): uma educação comprometida com a “sabedoria” de viver

junto respeitando as diferenças, comprometida com a construção de um modo mais

humano e justo para todos os que nele habitam, independentemente de raça, cor,

credo ou opção de vida” (p.17). A formação do gestor tem como princípio assegurar

uma atuação que busque “agradar” a maioria.

A escola repensará a sua prática, de forma a garantir que nenhum segmento

se sobreporá ao outro, mas sim que haverá oferta de formação competente dos

alunos, para que sejam realmente capazes de enfrentar, com criticidade e coerência,

os problemas complexos da sociedade. Aos professores, será garantida a

oportunidade de formação continuada, através dos grupos de estudo, participação

em eventos e também o curso de Saberes e Práticas da Inclusão, material este do

MEC, com 240 horas de estudo e outros. Aos funcionários, equipe pedagógica,

Conselho Escolar, Grêmio Estudantil e APMF também será oportunizada a

participação em ações de atualização e ou aperfeiçoamento.

Toda a comunidade escolar permeará em suas ações momentos que

contemplem os temas contemporâneos, com o foco na melhoria da qualidade de

ensino e de vida, dentre eles: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do ParanáEducação Ambiental, a Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade

Humana, o Enfrentamento à Violência e a Educação Fiscal. Alguns desses temas já

são e serão alvo de estudo em aulas diversificadas e ou Projetos, sem se esquecer

da pluralidade atendida pela escola, ou seja, alunos advindos do campo de

comunidades indígenas, da educação especial e do EJA e CEEBJA, população

periférica (cidade oculta), populações que aparecem nas estatísticas mas não fazem

parte do contexto urbano tradicional.

O Plano de Trabalho Docente facilitará a transposição didática para o

atendimento à heterogeneidade apresentada pela escola.

É necessário o envolvimento de todos, equipe pedagógica, professores,

alunos, pais, comunidade externa, pois são os responsáveis pela construção do

ambiente cultural da escola, de acordo com a sua forma de agir e pensar; é a partir

desta visão que será criada a identidade da nossa escola na comunidade, seu real

papel, de acordo com as necessidades da comunidade.

Incluir é a grande necessidade do momento, pois as escolas inclusivas

favorecem o desenvolvimento de atividades de solidariedade e cooperação e o

respeito e valorização das diferenças, o que facilita o desenvolvimento de uma

cultura de paz e de sociedades mais justas e democráticas.

A educação na diversidade é um meio essencial para desenvolver a

compreensão mútua, o respeito e a tolerância, que são os fundamentos do

pluralismo, a convivência e a democracia. Por isso, é fundamental que as escolas,

que são instâncias fundamentais para a socialização dos indivíduos, ofereçam a

possibilidade de aprender e vivenciar esses valores.

Em nossa escola procuraremos valorizar a diversidade como elemento de

desenvolvimento pessoal e social, tendo uma atitude de aceitação, respeito e

valorização das diferenças; através de Projetos Interdisciplinares que proporcionem

atividades que incluam todos os alunos, mas também é objetivo da escola incluir em

todas as atividades, inclusive e especialmente de sala de aula.

A relação entre educação e trabalho é inerente à educação política, pois não

se pode pensar em formação do aluno se, pela ação do trabalho, o cidadão não

contribuir para humanizar as estruturas sociais, econômicas e políticas.

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SEMINÁRIO DE PLURALIDADE EDUCACIONAL

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1 – INTRODUÇÃO

A temática Pluralidade Educacional diz respeito às desigualdades

socioeconômicas as relações sociais discriminatórias e excludentes que permeiam

toda a nossa sociedade.

Atuando em campo social marcado historicamente pela exclusão de grandes

contingentes da população, a escola pode fortalecer sua atuação tanto mais quanto

seja conhecedora dos problemas presentes na estrutura socioeconômica, de como

se dão as relações de dominação, qual o papel desempenhado pelo universo

cultural nesse processo.

A escola pode também oferecer profissionais preparados e especializados,

para atuarem nesse campo, mostrando trabalho eficiente e permeado pela ética.

2 – JUSTIFICATIVA

Tendo em vista que esse conteúdo e trabalhado na disciplina de Estágio

Supervisionado na 2ª serie, justifica-se este seminário, pois assim os alunos do

Curso de Formação de Docentes na Modalidade Normal terão acesso as

informações e praticas realizada nas diferentes vertentes que existem no município,

sendo: Educação Especial, Educação Indígena, Educação de Jovens e Adultos e

Educação do Campo.

3- OBJETIVOS

- Conhecer as realidades educacionais existentes e atuantes no município de

Chopinzinho;

- Relacionar conteúdos teóricos estudados com as praticas que são realizadas

nas diversas modalidades educacionais do município, percebendo as

especificidades da profissão do professor.

4- CONTEÚDO

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do ParanáA Pluralidade Cultural, as diversidades, as desigualdades e a educação.

5- METODOLOGIA

- Estudos teóricos nos grupos de Estágio;

- Pesquisas sobre o contexto educacional existente no município, a respeito

das diversidades e desigualdades educacionais;

- Relatórios sobre os temas estudados;

- Vídeos sobre o conteúdo

- Seminário com a participação de convidados das áreas Educação Especial,

EJA, Ed. Indígena e Ed. Campo

- Visita as escolas e ambientes educacionais onde funcionem essas

modalidades.

6- RECURSOS HUMANOS

- 03 turmas de 2ª serie do Curso de Formação de Docentes

- professores – Estagio Supervisionado, Concep.Nort.da Ed.Especial, O.T.P. e

Fund. Sociol. Da Educação

- professores e diretores de outras modalidades de ensino

7- CRONOGRAMA

Atividades F M A M J A S O NEstudos teóricos X XVídeo X XSeminário XRelatórios XVisitas X X X X

8- AVALIAÇAO

A avaliação dar-se-á através da participação nas aulas de Estagio

Supervisionado, Seminário da Pluralidade Educacional e dos relatórios

apresentados.

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9- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VALENTE, Ana Lucia E.F. Educação e diversidade cultural: um desafio da

atualidade. São Paulo: Moderna, 1999.

MOTA, Lucio Tadeu. As cidades e os povos indígenas: mitologias e visões.

Maringá: EDUEM, 2000.

RIBEIRO, Vera Masagao. Educação de Jovens e Adultos. Novos leitores, novas

leituras. São Paulo: Mercado Letras, 2005.

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SEMINÁRIO DA PEDAGOGIA DA AUTONOMIA

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1- JUSTIFICATIVA

O trabalho justifica-se pela necessidade de os alunos compreenderem o

significado do trabalho do professor e sua dimensão e abrangência como

provocador de mudanças sociais, tendo em vista, também, que os alunos precisam

conhecer as visões de diferentes autores sobre o assunto.

2- OBJETIVOS

- Compreender o significado e amplitude do trabalho do professor:

- Refletir sobre o trabalho do professor, levando em consideração o contexto

cultural e sócio-econômico atual;

- Envolver os alunos das 8ª séries nas atividades para que conheçam o

trabalho realizado pelos alunos do Curso de Formação de Docentes.

3- CONTEUDO

“Os sentidos e significados do trabalho do professor/educador”.

4- METODOLOGIA

- Estudo de textos e livros referentes ao tema;

- Debates e discussões sobre o conteúdo;

- Análise do filme: Sociedade dos Poetas Mortos;

- Apresentação dos temas através de dinâmicas, teatros, paródias, etc...

- Seminário sobre o livro Pedagogia da Autonomia;

- Palestras com profissionais relacionados a área de atuação do

professor/educador;

- Elaboração de relatórios.

5- RECURSOS HUMANOS

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paraná- Professores das disciplinas de Estágio Supervisionado, Fund. Psicológicos da

Educação e Organização do Trabalho Pedagógico;

- Alunos das 1ª series do Curso de Formação de Docentes;

- Alunos das 8ª series dos colégios de nossa cidade;

- Professores palestrantes:

- Diretores e equipe pedagógica.

6- AVALIAÇAO

A avaliação se dará de acordo com a participação e empenho dos alunos na

realização das atividades, bem como, pela apresentação dos trabalhos e pela

elaboração de relatórios.

7-REFERÊNCIAS

ALVES, Rubem. A escola da Ponte – Crônicas: Correio Popular, Caderno C,2000.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa.

Paz e Terra. São Paulo,1996.

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4.2 Tipo de gestão:

A) Papel específico de cada segmento da comunidade escolar;

B) Relação entre aspectos pedagógicos e administrativos;

C) O papel das instâncias colegiadas

Uma gestão democrática passa efetivamente por novos processos de

organização e gestão mais dinâmicos e criativos, que favoreçam as ações coletivas

e participativas de decisão, lembrando que existem várias formas de participação.

Nesse sentido, como afirma Veiga (2000) cabe ao projeto Político Pedagógico

o papel de organizar a diversidade, construir espaços de autonomia, gerar a

descentralização e impulsionar as atitudes democráticas e comunicativas.

Muito válido refletir sobre isso com Nóvoa apud Veiga (1995, p. 35):

A escola tem de ser encarada como uma comunidade educativa, permitindo mobilizar o conjunto dos actores sociais e dos grupos profissionais em torno de um projeto comum. Para tal é preciso realizar um esforço de demarcação dos espaços próprios de accção, pois é só na classificação destes limites se pode alicerçar uma colaboração efetiva.

Com isso compreende-se que, para que a escola funcione com uma boa

organização é necessário enfatizar a importância da estrutura pedagógica

-administrativa da escola e a relação entre todos.

A inter-relação entre as instâncias colegiadas é fator de sucesso para a

escola. Em nossa escola podemos citar: Conselho Escolar, Conselho de Classe,

APMF, Grêmio Estudantil, Conselhos de Representantes de Alunos e professores

que estão atuando e serão normatizados a partir de 2006.

Nesse contexto o gestor atua como articulador das diversidades sociais e

culturais, dando unidade e consistência ao ambiente educacional, sempre

consciente de que todos os esforços devem estar voltados para uma formação cada

vez melhor aos alunos.

De acordo com a normatização interna da escola é este o papel das

instâncias colegiadas do Col.Est. José Armim Matte-EFM e Normal:

Conselho Escolar: Órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e fiscal,

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranácom o objetivo de estabelecer, no plano de ação do colégio, critérios relativos à sua

ação, organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade nos limite

da legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e a política educacional

traçadas pela Secretaria de Estado da Educação.

Conselho de Classe: O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza

consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a

cada classe do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo

ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a

cada caso.

APMF: É um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do

Estabelecimento de Ensino, com o objetivo de discutir, no seu âmbito de ação, sobre

ações de assistência ao educando, de aprimoramento de ensino e integração

família-escola-comunidade, enviando sugestões, em consonância com a proposta

pedagógica para a apreciação do Conselho Escolar e equipe-pedagógica-

administrativa.

Grêmio Estudantil: É a organização dos estudantes na Escola. Tem a finalidade de

desenvolver atividades culturais e esportivas, produzindo jornal, organizando

debates sobre assuntos de interesse dos estudantes, etc.

Gestão Escolar: A gestão escolar é o processo que rege o funcionamento da

escola, compreendendo tomada de decisão conjunta no planejamento, execução,

acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas,

envolvendo a participação de toda a comunidade escolar.

A comunidade escolar é o conjunto constituído pelos profissionais da

educação, alunos, pais ou responsáveis e funcionários que protagonizam a ação

educativa da escola.

Equipe de Direção: A equipe de Direção cabe a gestão dos serviços escolares, no

sentido de garantir o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de

Ensino, definidos no plano de ação do colégio.

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Profissionalizante Governo do Estado do Paraná

Equipe Pedagógica: A equipe pedagógica é o órgão auxiliar na coordenação,

implantação e implementação, no estabelecimento de ensino, das diretrizes

pedagógicas emanadas da Secretaria de Estado da Educação.

Conselho de Classe: O conselho de classe é um órgão colegiado de natureza

consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a

cada classe do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo

ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a

cada caso.

É constituído pelo(a) Diretor(a) e/ou diretor(a) auxiliar, pela equipe pedagógica, por

todos os docentes e os alunos representantes que atuam numa mesma turma e/ou

série, por meio de:

• Pré-Conselho de Classe com toda a turma em sala de aula, sob a coordenação

do professor representante de turma e/ou pelo(s) pedagogo(s);

• Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de direção, da

equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa de alunos e

pais de alunos por turma e/ou série.

A Equipe Administrativa: A equipe administrativa é o setor que serve de suporte

ao funcionamento de todos os setores do estabelecimento de ensino,

proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas reais funções.

Dos Serviços Gerais: Os serviços gerais têm a seu encargo o serviço de

manutenção, preservação, segurança e merenda escolar do estabelecimento de

ensino, sendo coordenados e supervisionados pela direção, direção auxiliar e equipe

pedagógica, ficando a eles subordinados.

4.3 Recursos que a escola dispõe e para realizar seu Projeto Político

Pedagógico

Os recursos que a escola disporá para a execução do Projeto Político

Pedagógico serão providos de verbas oriundas da SEED: Fundo Rotativo, Programa

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do ParanáDinheiro Direto na Escola (PDDE) e também provenientes do MEC através de

convênios com PROEM, eventos e promoções realizados em datas estabelecidas.

4.4 Critérios para elaboração do calendário escolar, horário letivo e não letivo

A escola se organiza de forma a proporcionar oportunidades e satisfação para

a maioria daqueles que aqui trabalham e estudam, pois a totalidade é impossível.

Segundo Pinheiro (2000): Uma prática democrática de gestão tem no planejamento

participativo a forma de integrar interesses individuais e garantir a representação de

aspirações do calendário.

A elaboração do calendário escolar se fará em reuniões com representantes

dos segmentos que atuam na escola e principalmente atendendo a legislação que o

rege.

Os horários escolares e atividades extraclasses serão previstos em reuniões

de planejamento, levando-se em conta os Projetos Interdisciplinares, os da escola e

os de outros níveis, como os do Estado e União. Para elaboração do horário escolar

será utilizado um programa de computador próprio para isso e previamente

adquirido.

O calendário escolar é elaborado conforme Resolução da Secretaria de

Estado da Educação, sempre contemplando início das atividades escolares,

planejamentos, capacitação, período de férias docente e discente, recessos,

feriados e término do ano letivo.

4.5 Critérios para organização e utilização dos espaços educativos

No que se refere à utilização dos espaços educativos, serão feitas reuniões,

mesas-redondas, entre a direção, equipe pedagógica, professores, funcionários,

alunos e pais, algumas já se realizaram por ocasião deste Projeto Político

Pedagógico e da eleição de diretores, onde todos os assuntos referentes à escola

são discutidos e, muitas soluções já estão sendo colocadas em prática.

4.6 Critérios para organização de turmas e distribuição por professor em razão

de especificidades

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As turmas serão organizadas em função dos relatórios da Sala de Recursos e

de Apoio, observações dos professores, direção, equipe pedagógica, pais e alunos,

para que elas possam produzir mais, procurando na heterogeneidade, na

diversidade um sucesso maior. Fatores como idade e disciplina também serão

levados em conta na organização das turmas, o que evitará conflitos de interesses.

A distribuição de aulas acontecerá seguindo a legislação em vigor, mas

também e principalmente se dará especial atenção à prática pedagógica do

professor, com mais afinidade em trabalhar com crianças e pré-adolescentes e até

adultos.

A escola se organizará em séries, trabalhando por disciplinas, ofertando apoio

e Sala de Recursos.

4.7 Diretrizes para avaliação do desempenho do pessoal docente; do currículo,

das atividades extracurriculares e do Projeto Político Pedagógico

O desempenho dos profissionais da educação e da escola como um todo

atenderá sempre a legislação vigente, ou seja: Avaliação Institucional, avaliação

para avanços e outros, mas este Projeto político Pedagógico será avaliado através

de um instrumento próprio (Anexo I), a cada ano, onde todos serão chamados a

opinar, isso se dará por representatividade, ou seja, 10% da população total será

pesquisada. Outro instrumento a ser utilizado será a Caixa de Ideias, Reclames e

Sugestões que estará sempre a disposição da comunidade escolar, podendo versar

sobre qualquer assunto pertinente à escola.

4.8 Intenção de acompanhamento aos egressos

A escola como uma instituição educacional não só acompanhará os seus atuais

alunos como também tentará acompanhar os egressos através de correspondências

pessoais e às instituições onde estiverem estudando e também em reuniões anuais

de confraternização. É importante esse contato pois esses alunos representam a

escola onde estiverem.

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paraná“Estudos têm demonstrado que a evasão escolar pode ocorrer por diversos

motivos e dentre eles estão as repetências constantes, a necessidade do trabalho

infantil para compor a renda familiar, a pobreza e a falta de comida em casa, a longa

distância entre a escola e a casa, a falta de transporte, a falta de uniforme e material

escolar, que dificultam a ida à escola todos os dias, além de motivos de ordem mais

social, como o abuso sexual, dentro e fora de casa, ou até mesmo na escola,

exploração sexual, a violência física e/ou psicológica com a criança ou entre seus

familiares, o abuso físico e/ou psicológico na escola ou em casa, a não valorização

do ensino por parte dos adultos, o casamento e/ou gravidez precoce, o uso e tráfico

de drogas, a falta da segurança na localidade ou próximo à escola, brigas de

gangues e dificuldades no acompanhamento dos conteúdos curriculares”. (FICA,

2005).

A permanência e o crescimento dos alunos não dependem somente da

escola, mas envolvem ações do governo federal, estadual e municipal, da família e

da comunidade onde vivem esses alunos. É um direito garantido por Lei

(Constituição Federal – Artigos 205,206 e 208; LDB – Artigos 5 º , 12 º , 13 º e 24 º ;

ECA – Artigos 53, 54, 55, 56 e 57).

O Governo do Paraná concebeu há alguns anos o PROGRAMA

MOBILIZAÇÃO PARA INCLUSÃO ESCOLAR E VALORIZAÇÃO DA VIDA, com o

objetivo de garantir que nenhuma criança fique fora da escola,e melhorando a

evasão escolar, programa esse que tem seu controle com o FICA( FICHA DE

COMUNICAÇÃO DE ALUNO AUSENTE), sendo um dos instrumentos colocados à

disposição da escola e sociedade. Seu processo de funcionamento tem início na

escola, mais precisamente em sala de aula, podendo chegar até o Poder Judiciário.

4.9 Práticas avaliativas

A avaliação de aprendizagem adquire sentido se está articulada ao Projeto

Político Pedagógico. Toda avaliação é ainda vinculada ao conceito de verificar,

medir e até julgar. Atualmente é objeto de estudos e pesquisas que mostram seus

vários enfoques, como: político, filosófico, social e outros, pois como cita Perrenoud

(1999), “mudar a avaliação significa, provavelmente, mudar a escola”. O ideal

segundo a Revista da Educação (AEC, ano 24, nº 94 – Jan/Mar de 1995, pg. 63-64)

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranáé que: a avaliação da aprendizagem seja um processo contínuo, sistemático e

integral, devendo contemplar as seguintes modalidades:

- Avaliação diagnóstica: é realizada normalmente no início do processo de

ensino e aprendizagem, para verificar a ausência ou presença de pré-

requisitos (conhecimentos e habilidades) necessários para aprender o

novo.

- Avaliação Formativa: feita ao longo do processo de ensino e

aprendizagem, pretende informar se os objetivos foram alcançados,

fornecendo dados para o aperfeiçoamento do mesmo.

- Avaliação Cumulativa: é o conjunto de avaliações realizadas no bimestre,

com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e

com a utilização de instrumentos variados..

A avaliação deve assumir um caráter pedagógico, precisando desvincular-se

do processo classificatório, seletivo e discriminatório, para estabelecer o básico da

sua função que se aplica principalmente ao professor que a utiliza, analisando e

refletindo os resultados dos alunos. A avaliação se dará bimestralmente através de

notas e recuperação paralela. A avaliação será diagnóstica contínua, global,

sistemática, cumulativa.

De acordo com o Regimento Escolar da Escola, a avaliação deve

proporcionar ao professor instrumentos que possibilitem um planejamento de

estratégias que resultem numa melhor aferição dos resultados. O professor utilizará

várias situações em que o aluno demonstrará seu nível de aprendizagem.

Os alunos terão ainda, segundo a legislação vigente, direito a recuperação

paralela, a classificação e reclassificação.

Ainda, de acordo com o Regimento da Escolar a recuperação de estudos e a

promoção se darão da seguinte forma:

SEÇÃO X

Da Avaliação da Aprendizagem, da Recuperação de Estudos e da Promoção

Art. 129 – A recuperação de estudos é direito dos alunos independentemente

do nível de apropriação dos conteúdos básicos.

Art. 130 – A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranáconcomitante ao processo ensino e aprendizagem.

Art. 131 – A recuperação será organizada com atividades significativas, por

meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.

Parágrafo Único – A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a

área de estudos e os conteúdos da disciplina.

Art. 132 – A avaliação de aprendizagem terá os registros de notas expressos

em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).

Art. 133 – Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados às

avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um

componente escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe.

Art. 134 – A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar

do aluno, aliada à apuração da sua frequência.

Art. 135 – Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do

Ensino Fundamental, Ensino Médio e no curso Formação de Docentes da Educação

Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental – na modalidade normal, em nível

médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), observando a

frequência mínima exigida por lei.

Art. 136 – Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental, do Ensino

Médio e no curso Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do

Ensino Fundamental – na modalidade normal, em nível médio, que apresentarem

frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou superior

a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados ao final

do ano letivo.

Art. 137- O cálculo da média para efeito de aprovação seguirá a fórmula

abaixo:

MA = 1 º Bim + 2 º Bim + 3 º Bim + 4 º Bim = 6,0 (seis vírgula zero)

4

Art. 138 - Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental, do Ensino Médio

e no curso Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do

Ensino Fundamental – na modalidade normal, em nível médio , serão considerados

retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do ParanáI. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do

aproveitamento escolar;

II. frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis

vírgula zero) em cada disciplina.

Art. 139 - A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de

retenção do aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.

Art. 140 - Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão

devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição

de documentação escolar.

Segundo Mota (2005) o processo avaliativo ainda não alcançou progressos

no ensino, mantendo-se classificatório e seletivo. A proposta de mudança da postura

educacional é uma questão bastante complexa, como já foi dito sempre que se

abordou esse tema. Mas a postura do professor tem mudado bastante, em função

de estudos, aperfeiçoamento, participação em reflexões, debates e discussões que

buscam mostrar que se existe uma forma melhor de avaliar ela deve levar em conta

a preocupação em não fragmentar o processo, buscando a ação-reflexão e nova

ação de todos os envolvidos no processo, pois a escola é um dos espaços que se

destina à formação de cidadãos, é ela que precisa ser a vanguarda das melhores

ações para formar os melhores cidadãos, mais comprometidos, mais autônomos,

mais preparados, mais críticos e criativos e por que não mais felizes?

4.10 Programa de trabalho do professor pedagogo

O Pedagogo tem papel importante na organização do trabalho pedagógico no

cotidiano da escola pública pois está envolvido em toda a gestão escolar.

De acordo com Machado e Fontana, a construção do Projeto Político

Pedagógico, a implementação do trabalho Pedagógico no cotidiano da escola, a

formação continuada do coletivo dos profissionais da escola, cuidado com as

relações entre a escola e a comunidade, e avaliação do trabalho pedagógico.

Em nossa escola o trabalho do Pedagogo está assim distribuído, de acordo

com o Regimento Escolar:

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paraná- Subsidiar a Direção em todas as atividades que se fazerem necessário,

prestando informações relativas aos serviços de ensino prestado pelo

estabelecimento;

- Assessorar atividades pedagógicas desenvolvidas no estabelecimento,

bem como implementação dos programas de Ensino e dos Projetos

Políticos Pedagógicos desenvolvidos nos estabelecimentos de Ensino.

- Propor à Direção a implementação de Projetos de enriquecimento

curricular a serem desenvolvidos pelo estabelecimento e coordená-los se

aprovados: feira de ciências, concursos, competições, teatro, etc.

- Colocar à disposição do corpo docente os recursos didáticos disponíveis,

aprimorando a qualidade de ensino;

- Acompanhar o processo de ensino atuando junto aos alunos e pais no

sentido de analisar os resultados da aprendizagem com vistas à sua

melhoria, promovendo articulação entre a escola, família e comunidade;

- Promover e coordenar reuniões sistemáticas de estudo e trabalho para

aperfeiçoamento constante de todo pessoal envolvido nos serviços de ensino;

- Auxiliar os professores nas atividades de recuperação a serem

proporcionadas aos alunos que obtiveram desempenho de aprendizagem

abaixo dos desejados;

- Acompanhar a distribuição dos livros didáticos aos professores, bem como

propiciar informações e respeito das obras existentes no estabelecimento;

- Analisar e emitir parecer sobre adaptações de estudo em casos de

transferências recebidas de acordo com a legislação vigente;

- Elaborar com o corpo docente, o Currículo pleno do Estabelecimento de

Ensino, em consonância com as diretrizes pedagógicas da SEED;

- Garantir que a escola cumpra sua função social na construção do

conhecimento;

- Promover a construção de estratégicas pedagógicas que visem superar a

rotulação, discriminação e exclusão dos alunos trabalhados;

- Garantir que cada área do conhecimento recupere seu significado e se

articule com a globalidade do conhecimento historicamente construído;

- Participar da elaboração do Planejamento Curricular, garantindo que a

realidade dos alunos seja o ponto de partida do mesmo;

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paraná- Contribuir para a organização das turmas e do horário escolar,

considerando as condições de vida dos alunos, compatibilizando trabalho

e estudo;

- Estimular a reflexão coletiva de valores, liberdade, justiça, honestidade,

respeito, solidariedade, fraternidade, comprometimento social... a fim de

que se concretize a concepção da sociedade que teremos;

- Encaminhar o aluno com problemas ao profissional competente, quando

necessário.

4.11 Programa de trabalho da direção

Projetar é o ato de projetar, jogar para frente, vindo do latim “projicere”. O

projeto valoriza a realização de um desejo coletivo, consiste em imaginar uma nova

realidade para a comunidade escolar, transformando e melhorando o processo

ensino e aprendizagem.

As atribuições da direção são muitas como destacamos abaixo, mas talvez a

que mais deva ser exercitada é a capacidade de operar eficazmente em situação de

ação – problema, conduzindo as ações da escola de forma que superando as

dificuldades, o processo ensino aprendizagem se dê de forma a que a comunidade

escolar tenha sucesso no processo e no final.

São atribuições do diretor:

- Manter o fluxo de informações entre o estabelecimento e a SEED;

- Administrar o patrimônio escolar de conformidade com a lei vigente;

- Aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas baixadas pela

SEED;

- Coordenar a implementação das diretrizes pedagógicas emanadas da

SEED;

- Propor ao Núcleo Regional de Educação, a implantação de experiências

pedagógicas ou de inovações de gestão administrativas;

- Distribuir e orientar o trabalho de cada funcionário;

- Representar a escola junto ao Núcleo Regional de Educação, reivindicando

quando necessário;

- Propor ao Núcleo regional de Educação alterações nas ofertas de cursos e

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranáserviços de ensino prestados pela escola, ampliando ou reduzindo o número de

turmas;

- Submeter o plano aula de trabalho à aprovação do Conselho Escolar e APM;

- Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, tendo direito a voto,

somente nos casos de empate nas decisões ocorridas em assembleia;

- Elaborar os planos de aplicação financeira, as respectivas prestações de

contas e submetê-las à apreciação e aprovação do Conselho Escolar e APM;

- Elaborar e submeter a aprovação do Conselho escolar as diretrizes

específicas da administração do estabelecimento em consonância com as normas e

organizações gerais emanadas da SEED;

- Instruir grupos de trabalho ou comissões encarregados de estudar e propor

alternativas de soluções para atender os problemas de natureza pedagógica,

administrativa e situações emergenciais;

- Aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas baixadas pela

Secretaria de Estado da Educação;

- Analisar e aprovar regulamentos internos de diversos segmentos escolares e

seu posterior encaminhamento ao Conselho Escolar;

- Manter o fluxo de informações entre o estabelecimento e os órgãos da

administração estadual de ensino;

- Cumprir a legislação em vigor, comunicando ao Conselho Escolar e aos

órgãos da administração, as reuniões, encontros, grupos de estudo e outros

eventos;

- Administrar o patrimônio escolar em conformidade com a lei vigente.

4.12 Programa de trabalho do Coordenador de Curso

A estrutura organizacional do estabelecimento tem a seguinte composição:

I – Conselho Escolar

II – Equipe de direção

a) Direção

b) Direção Auxiliar Pedagógica

III – Equipe Pedagógica

a) Supervisão Escolar

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranáb) Orientação Educacional

c) Coordenador de Curso

d) Coordenador de Estágio

e) Corpo Docente

f) Biblioteca e Videoteca

g) Conselho de Classe

IV – Equipe Administrativa

a) Secretaria

b) Serviços Gerais

V – Órgãos Complementares

a) APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários

Ao Coordenador de Curso compete:

I – Participar, promover e coordenar reuniões periodicamente auxiliando o trabalho

pedagógico;

II – Coordenar e auxiliar os professores nas aulas teóricas/práticas;

III – Participar e auxiliar quando necessário a grupos de estudos, seminários,

reuniões, encontros, cursos e outros eventos da sua área de atuação;

IV – Auxiliar a instituição na avaliação, no PPP, na elaboração do Calendário

Escolar, Matriz Curricular e implantação de novos cursos;

V – Elaborar com o corpo docente os planejamentos/projetos escolares e

extraclasse;

VI – Auxiliar na indicação de material para laboratório e biblioteca;

VII – Promover, buscar parcerias para complementos das aulas, junto as instituições

públicas e privadas;

VIII – Cooperar sempre que necessário com os Coordenadores de Estágio na

organização das apresentações dos relatórios finais de estágio.

4.13 Programa de trabalho do Coordenador de Estágio

I – A responsabilidade pela organização do estágio dos cursos de formação de

Docentes para a Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental;

II – Orientar as escolas e os alunos sobre a finalidade do estágio;

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do ParanáIII – Elaborar o plano de estágio em conjunto com a coordenação pedagógica: curso,

professores e alunos;

IV – Orientar, organizar e acompanhar as atividades desenvolvidas pelos

professores orientadores de estágio;

V – Contatar escolas, firmar termo de compromisso de estágio;

VI – Orientar a empresa quanto a legislação e as normas de realização do estágio;

VII – Solicitar a documentação de estágio;

VIII – Realizar documentos e avaliar o estágio;

IX – Planejar atividades de estágio correlatas às disciplinas, observando o

calendário escolar;

X – Encaminhar programa de estágio para as escolas;

XI – Acompanhar o professor do estágio na orientação quanto às exigências da

escola, as normas de estágio e os relatórios dos estagiários;

XII – Reunir-se periodicamente com os professores orientadores envolvidos com as

atividades de estágio.

4.14 Programa de trabalho do corpo docente

O professor é a mola mestra de todo o processo ensino e aprendizagem, por

isso a importância de que ele assuma com compromisso e competência a sua ação

pedagógica, destacamos:

- Escolher juntamente com a Supervisão, Orientação e Equipe de Direção,

livros e material didático comprometido com a política educacional;

- Desenvolver da melhor forma possível trabalho em sala de aula, tendo em

vista a aquisição do conhecimento pelo aluno;

- Participar cooperativamente de reuniões, grupos de estudos, cursos e outros

eventos, tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento profissional;

- Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, alunos, pais e outros segmentos da sociedade;

- Proceder a processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola

com vistas ao melhor rendimento do processo ensino-aprendizagem;

- Promover um ensino interdisciplinar, visando uma aprendizagem dinâmica e

global;

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paraná- Fazer o planejamento em conjunto com os professores que atuam na

mesma disciplina, promovendo andamento conjunto das turmas;

- Organizar os conteúdos baseados no Currículo Básico, procurando

desenvolver o ensino que venha atender às necessidades sociais, econômicas e

culturais do momento, em consonância com as diretrizes pedagógicas da SEED;

- Assegurar que no ambiente escolar não haja tratamento discriminativo por

cor, raça, sexo, religião e classe social;

- Estabelecer processos de ensino-aprendizagem, resguardando sempre o

respeito humano ao aluno;

- Elaborar planos de recuperação para alunos que obtiveram resultados de

aprendizagem abaixo dos desejados;

- Manter a disciplina e a organização em sala de aula que prejudique o bom

andamento da aula;

- Evitar faltas e atrasos, informando com antecedência quando necessário

para não haver desestrutura no andamento das aulas;

- Manter em ordem e responsabilizar-se pelos materiais utilizados no seu

trabalho diário;

- Comprometer-se no seu trabalho diário para elevação do nível e bom nome

do ambiente escolar onde atua.

4.15 Considerações finais

Fazer uma escola que garanta aos alunos um ensino de qualidade é a nossa

grande meta. Para que isso se realize todos os esforços serão utilizados, no sentido

de proporcionar as melhores condições de trabalho, os materiais mais adequados e

eventos mais envolventes, que ofertem aos alunos possibilidades de experienciar,

construindo assim seu próprio conhecimento. Serão oportunizados atividades

inovadoras, com parcerias e o compromisso de entender a sua realidade e sempre

que possível intervir nela, modificando-a para melhor.

Nossa escola educará seus alunos, inseridos na comunidade com o

compromisso da preservação do meio-ambiente e também motivados para uma

convivência social prazerosa no âmbito escolar e fora dele.

A todos os alunos serão dadas igualdade de oportunidades no

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paranádesenvolvimento de uma aprendizagem ativa e os professores, funcionários, equipe

e direção trabalharão para que todos os objetivos da escola se concretizem.

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Colégio Estadual José Armim Matte - Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante Governo do Estado do Paraná5.REFERÊNCIAS

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ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 1996, p. 219.

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Declaração de Salamanca. Linha de ação sobre necessidades educativas especiais. OREAL/UNESCO. Brasília: CORDE, 1994.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GIMENO SACRISTAN, J.A e PEREZ GOMEZ, A.I. Compreender e Transformar o Ensino. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

LUCK, Heloísa et al. A escola participativa: o gestor escolar. 6ª edição. Rio de Janeiro, DP & A, 2002.

MARASTONI, Josemary. Gestor Educacional. Brasília: Gestão em rede, 2005.

MEDEIROS, Vera Lúcia Cardoso. Por que é bom estudar? Revista Mundo Jovem, p.11, maio 2005.

PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência a regulação das aprendizagens-entre duas lógicas. Porto Alegre: ArtMed, 1999.

VEIGA, Ilma Passos – org. Alencastro. Escola: Espaço do Projeto Político Pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 1998. P. 18.

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