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PROCESSO CIVIL
1. O juiz recebeu uma petição inicial, com pedido de tutela
provisória, instruída com prova documental suficiente dos
fatos constitutivos do direito do autor à qual o réu não
opôs prova capaz de gerar dúvida razoável. A tutela
provisória a ser deferida é:
A) tutela de evidência.
B) tutela cautelar antecedente.
C) tutela cautelar incidental.
D) tutela antecipada.
2. Jose é advogado. Em 14.10.2019 recebeu a intimação
eletrônica de uma sentença de um processo judicial do
qual era o único patrono. Em 15.10.2019, ocorreu o
nascimento do filho de José. Considerando o
entendimento da Jurisprudência recente do Superior
Tribunal de Justiça, pode-se corretamente afirmar que o
prazo para a apresentação do recurso
A) corre normalmente, salvo se, mediante comprovação
do nascimento do filho, José comprovar que não tem
condições de atender ao prazo, quando então o juiz
poderá deferir um prazo razoável de suspensão.
B) é suspenso, desde que seja imediatamente comunicado
ao juízo o nascimento do filho do advogado e notificado o
cliente, devendo a prova do nascimento ser feita por meio
de certidão de nascimento, mediante juntada do
documento aos autos do processo.
C) é suspenso, a partir da data do nascimento, ainda que
outra seja a data da comprovação nos autos, que pode ser
feita no momento da interposição do recurso, desde que
antes de operada a preclusão.
D) é suspenso, desde que seja comunicado ao juízo, em
até 5 dias, o nascimento do filho do advogado, devendo a
prova do nascimento ser feita por meio de certidão de
nascimento, mediante juntada do documento aos autos
do processo.
3. Nos termos do Código de Processo Civil (Lei nº
13.105/2015), é certo dizer que não dependem de prova
os fatos:
A) Notórios; afirmados por uma parte e confessados pela
parte contrária; admitidos no processo como
incontroversos; e fatos, em cujo favor milita presunção
legal de existência ou de veracidade.
B) Notórios; afirmados por uma parte e negados pela
parte contrária; admitidos no processo como
incontroversos; e fatos em cujo favor milita presunção
legal de existência ou de veracidade.
C) Notórios; afirmados por uma parte e negados pela
parte contrária; admitidos no processo como
controversos; e fatos em cujo favor milita presunção legal
de existência ou de veracidade.
D) Notórios; afirmados por uma parte e confessados pela
parte contrária; admitidos no processo como
controversos; e fatos, em cujo favor milita presunção legal
de existência ou de veracidade.
4. De acordo com o Código de Processo Civil, na
contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para
manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal
ou com o fundamento da defesa. Sobre a reconvenção,
julgue os itens a seguir:
I – A desistência da ação ou a ocorrência de causa
extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao
prosseguimento do processo quanto à reconvenção;
II – Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na
pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no
prazo de 10 (dez) dias;
III – A reconvenção pode ser proposta contra o autor e
terceiro;
IV – A reconvenção sempre deve ser acompanhada da
contestação, nunca pode ser oferecida sem contestação;
V – A reconvenção não pode ser proposta pelo réu em
litisconsórcio com terceiro.
Dos itens acima:
A) Os itens II e IV estão corretos
B) Os itens I e III estão corretos.
C) Os itens IV e V estão corretos.
D) Os itens II e III estão corretos.
5. O ordenamento jurídico brasileiro é claro no sentido de
que a petição inicial deve indicar o pedido com as suas
especificações. Quanto ao mencionado requisito da
petição inicial, é correto afirmar que
A) são compreendidos no principal os juros legais, a
correção monetária e as verbas de sucumbência, excluídos
os honorários advocatícios, cujo pedido deve ser expresso.
B) a existência de conexão é requisito para que se entenda
lícita a cumulação de vários pedidos, em um único
processo, contra o mesmo réu.
C) é permitido ao autor formular mais de um pedido em
ordem alternativa, ou seja, estabelecendo preferência
entre os pedidos, a fim de que o juiz conheça do posterior,
quando não acolher o anterior.
D) é permitida a cumulação de pedidos, mesmo quando,
para cada pedido, corresponder procedimento diverso,
devendo para tanto o autor empregar o procedimento
comum, sendo-lhe permitido inclusive adotar as técnicas
processuais diferenciadas previstas nos procedimentos
especiais respectivos, desde que não sejam incompatíveis
com as disposições sobre o procedimento comum.
6. De acordo com a configuração atribuída pelo Código de
Processo Civil ao instituto da denunciação da lide, é
correto afirmar sobre tal modalidade de intervenção de
terceiros que
A) é admissível, requerida pelo réu, dos demais devedores
solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o
pagamento da dívida comum.
B) é vedada mais que uma denunciação sucessiva, ficando
preservado ao denunciado sucessivo direito de regresso a
ser exercido por ação autônoma.
C) é causa de extinção da denunciação da lide sem
resolução de mérito a hipótese de o denunciante ser
vencido, pois a lide secundária não terá seu pedido
examinado.
D) é vedado, uma vez feita a denunciação pelo autor, que
o denunciado assuma a posição de litisconsorte do
denunciante.
7. No que diz respeito às regras que tratam da
competência, assinale a alternativa CORRETA, conforme o
Código de Processo Civil em vigor.
A) As partes podem modificar a competência em razão do
valor, do território ou da pessoa, elegendo o foro onde
será proposta a ação oriunda de direitos e obrigações.
B) A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz
litispendência e obsta que a autoridade judiciária
brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são
conexas, ressalvadas as disposições em contrário de
tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no
Brasil.
C) A execução fiscal será proposta obrigatoriamente no
foro de domicílio do réu.
D) Compete à autoridade judiciária brasileira, com
exclusão de qualquer outra, proceder à partilha de bens
situados no Brasil, ainda que o titular seja de
nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do
território nacional, em ações de divórcio, separação
judicial ou dissolução de união estável.
8. Margarida ajuizou ação de indenização por danos
morais e materiais em face da Empresa de ônibus
Transporte Legal. Na inicial alegou que a empresa não
apenas extraviou suas bagagens, como a expôs a
constrangimento e humilhação. Citada, a Empresa ré
deixou correr o prazo para contestação in albis.
Considerando o caso narrado, assinale a alternativa
incorreta:
A) Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos
autos fluirão da data de publicação do ato decisório no
órgão oficial.
B) A empresa ré poderá intervir no processo em qualquer
fase, mas deverá recebe-lo no estado em que se
encontrar.
C) A empresa ré será considerada revel e presumir-se-ão
verdadeiras as alegações de fato formuladas por
Margarida, à exceção, entre outras hipóteses, se o litígio
versar sobre direitos disponíveis.
D) matéria de ordem pública, no entanto, reconhecível de
ofício, poderá ser alegada pela empresa ré, mesmo após a
decretação da revelia.
9. Maria das Dores, brasileira, casada, do lar, residente em
Campo Grande/RJ, por si e representando seu filho
Marcos com 5(cinco) anos de idade, propôs Ação de
Alimentos em face de Caio, com quem é casada pelo
regime da comunhão parcial de bens, sob a alegação de
que o mesmo não vem contribuindo para a mantença do
lar e da prole. Anexou na petição inicial toda a
documentação comprobatória e necessária para a
demonstração do binômio: necessidade/ possibilidade, de
que trata a Lei 5.478/68, pleiteando a condenação de Caio
a pagamento mensal de um salário mínimo, sendo 50%
para cada autor. Atribuiu à causa o valor de R$ 1.000,00
(um mil reais). Ao receber a petição inicial, o juiz
competente determinou que a mesma fosse emendada no
prazo de 15(quinze) dias, sob pena de indeferimento.
Diante da situação hipotética narrada, é correto dizer que:
A) o pedido alimentar formulado na petição inicial, por ser
certo e determinado, não implica na retificação do valor
da causa correspondendo à pretensão autoral.
B) a determinação do juízo é incorreta, porque não há
previsão legal que defina o valor da causa nas ações de
alimentos, deixando a critério do autor essa prerrogativa.
C) o juiz agiu corretamente ao determinar a emenda uma
vez que o valor da causa nas ações de alimentos
corresponde a soma de 12 (doze) prestações mensais
pedidas pelo autor.
D) o juiz não agiu corretamente, porque o valor da causa a
ser atribuído nas petições iniciais relativas às ações de
alimentos não é considerado como requisito formal para
que a mesma seja recepcionada pelo Poder Judiciário,
sendo considerada mera faculdade do Autor apresentá-la.
10. Marcos propôs ação indenizatória, pelo procedimento
comum, em face da Companhia de Transportes Vila Velha
Ltda. sob a alegação de que sofrera danos de ordem
pessoal, bem como materiais em seu veículo, em
decorrência da falta de cuidados objetivos do preposto da
empresa de transportes quando conduzia o coletivo. O
feito processual tramitou regularmente na 1ª. Vara Cível
de Itaboraí/ RJ, tendo àquele juízo julgado improcedente a
ação indenizatória sob a alegação de que Marcos não teria
demonstrado o nexo de causalidade que unisse o dano
que experimentou à conduta culposa da Ré. A sentença de
improcedência foi publicada na própria Audiência de
Instrução e Julgamento, após a colheita das provas e das
alegações finais orais, tendo Marcos peticionado ao juízo,
no dia subsequente à prolação do “decisum”,
manifestando o seu conformismo com o mesmo. No
entanto, decorridos três dias da apresentação da referida
petição de concordância Marcos arrependeu-se, tendo
interposto recurso de apelação objetivando a reforma do
julgado. Diante do caso narrado, é correto afirmar que:
A) o recurso de apelação interposto por Marcos é o
adequado, devendo ser recebido pelo juízo cível em que o
feito tramitou em respeito aos princípios do contraditório
e da ampla defesa.
B) o recurso interposto contra o “decisum” não irá no
mérito, pelo fato de ter ocorrido verdadeira preclusão
lógica.
C) o recurso interposto é tempestivo, posto que Marcos
ainda se encontrava dentro do prazo legal para recorrer.
D) o recurso interposto não deve ser acolhido porquanto,
quando Marcos peticionou concordando com a sentença,
operou-se a figura da perempção.
11. João ingressou com ação de indenização contra Maria.
A ação foi julgada procedente. As partes não interpuseram
recurso contra a sentença, razão pela qual, após o
transcurso do prazo legal, foi certificado o trânsito em
julgado. Após 01 (um) ano do trânsito em julgado, quando
já havia se iniciado o cumprimento de sentença, Maria
descobre que a sentença proferida pelo juiz violou
manifestamente norma jurídica. Diante desse fato, é
correto afirmar sobre a ação rescisória que:
A) O direito de Maria à rescisão se extingue em 2 (dois)
anos contados do trânsito em julgado da sentença que
julgou procedente a ação de indenização.
B) Maria poderá propor ação rescisória, porém o
cumprimento de sentença não poderá ser suspenso,
tendo em vista que não cabe a concessão de tutela
provisória nesse procedimento.
C) Maria poderá propor ação rescisória, devendo
depositar a importância de 5% (cinco por cento) sobre o
valor da causa, que se converterá em multa caso a ação
seja, por maioria simples de votos, declarada inadmissível
ou improcedente.
D) Maria não poderá propor a ação rescisória com
fundamento na manifesta violação de norma jurídica, se a
sentença tiver sido baseada em enunciado de súmula.
12. O Código de Processo Civil estabelece que todos os
sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se
obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e
efetiva. Em relação às normas fundamentais do processo
civil, assinale a alternativa correta de acordo com o
referido diploma legal:
A) Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz não atenderá
aos fins sociais e às exigências do bem comum,
resguardando e promovendo a dignidade da pessoa
humana e observando a proporcionalidade, a
razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.
B) É assegurada às partes paridade de tratamento em
relação ao exercício de direitos e faculdades processuais,
aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação
de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo
efetivo contraditório.
C) O juiz pode decidir, em qualquer grau de jurisdição,
com base em fundamento a respeito do qual não se tenha
dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que
se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
D) Aquele que de qualquer forma participa do processo
não deve comportar-se de acordo com a boa-fé.
13. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição
ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre
os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo,
poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por
meio de embargos de terceiro. Considera-se terceiro para
efeitos da lei o seguinte:
A) quem sofre constrição judicial de seus bens por força
de desconsideração da personalidade jurídica, que tenha
sido parte no incidente.
B) o credor sem garantia para obstar expropriação judicial
do objeto de direito real de garantia, caso tenha sido
intimado, nos termos legais dos atos expropriatórios
respectivos.
C) o adquirente de bens cuja constrição decorreu de
decisão que declara a ineficácia da alienação realizada em
fraude à execução.
D) O devedor que figura no processo de execução como
executado.
14. Na improcedência liminar do pedido, regulada pelo
CPC (Código de Processo Civil), nas causas que dispensem
a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação
do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que
contrariar determinadas situações elencadas pelo CPC.
Nesse sentido, é CORRETO afirmar que, interposta a
apelação, o juiz poderá retratar-se em:
A) 30 (trinta) dias.
B) 10 (dez) dias.
C) 05 (cinco) dias.
D) 02 (dois) dias.
15. Citado regularmente, o réu ofereceu contestação no
quinto dia do prazo de que dispunha para tanto. Mas,
depois de protocolizada a sua peça de bloqueio, lembrou-
se ele de outra tese defensiva que lhe seria aproveitável,
não suscitada em sua contestação e tampouco sendo
cognoscível ex officio pelo juiz. Assim, optou o
demandado por ofertar nova contestação, o que fez no
décimo segundo dia após o da juntada do mandado de
citação. Nesse cenário, deve o juiz:
A) deixar de receber a segunda contestação, em razão da
preclusão temporal;
B) deixar de receber a segunda contestação, em razão da
preclusão lógica;
C) deixar de receber a segunda contestação, em razão da
preclusão consumativa;
D) receber a segunda contestação, já que apresentada
dentro do prazo legal.
16. De acordo com o Código Processual Civil em vigor, se
um dos polos do processo for ocupado por quem não tem
capacidade de ser parte, ter-se-á:
A) Declaração de nulidade do processo e remessa dos
autos ao juízo competente, pois há casos em que a falta
de um pressuposto processual de validade ensejará a
nulidade do processo, mas não a sua extinção.
B) Extinção do processo sem resolução do mérito, uma vez
que a falta de um pressuposto processual constitui
matéria de ordem pública, devendo ser declarada de
ofício pelo juiz a qualquer tempo e grau de jurisdição.
C) Prazo dado pelo juiz para regularização, pois há
pressupostos processuais cuja inobservância pode
acarretar a extinção do processo, mas antes deve o juiz
permitir a sua regularização.
D) Homologação da desistência da ação, que não se
confunde com a renúncia ao direito em que ela se funda.
17. Os artigos 21 e 22 do CPC enumeram as ações que a lei
atribui à justiça brasileira, sem afastar eventual jurisdição
concorrente da justiça estrangeira. São ações que, se
aforadas no Brasil, serão conhecidas e julgadas. Assim, a
autoridade judiciária brasileira tem jurisdição concorrente
em diversas hipóteses, EXCETO se:
A) o réu, qualquer que seja sua nacionalidade, estiver
domiciliado no Brasil.
B) no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação.
C) a ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado
no Brasil.
D) as ações decorrentes de relação de consumo, quando o
consumidor tiver domicílio ou residência no seu país de
origem.
18. A intervenção de terceiros consiste em permissão legal
para que um sujeito alheio à relação jurídica processual
originária ingresse em processo já em andamento,
transformando-se em parte. Com relação ao tema, analise
as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso
(F):
( ) A decisão do juiz ou relator sobre o ingresso de amicus
curiae é irrecorrível.
( ) O incidente de desconsideração da personalidade
jurídica, enquanto modalidade de intervenção de
terceiros, não se aplica ao processo de competência dos
juizados especiais, dada a existência de vedação legal
expressa.
( ) No chamamento ao processo, a citação daqueles que
devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida
pelo réu na contestação e deve ser promovida no prazo de
30 (trinta) dias, sob pena de extinção do feito.
( ) Demonstrado o desvio de finalidade ou a confusão
patrimonial, será acolhido o pedido de desconsideração
da personalidade jurídica para tornar ineficaz a alienação
ou a oneração de bens, havida em fraude de execução, em
relação a todos os possíveis credores prejudicados, ainda
que não tenham intervindo nos autos.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta
de cima para baixo.
A) V, V, V, V
B) V, F, F, V
C) V, F, F, F
D) F, F, F, F
19. A interposição de recurso face à uma decisão judicial
gera determinados efeitos.
Com relação aos efeitos recursais no Direito Processual
Civil e sua classificação em cinco espécies, assinale a
alternativa incorreta.
A) Por efeito obstativo entende-se o ingresso de qualquer
recurso que impeça a geração da preclusão temporal, com
o consequente trânsito em julgado, que somente se
verificará após o devido julgamento do recurso.
B) Por efeito translativo entende-se a transferência ao
órgão ad quem do conhecimento de matérias que já
tenham sido objeto de decisão no juízo a quo.
C) O chamado efeito expansivo objetivo interno refere-se
a capítulos não impugnados da decisão recorrida que
serão atingidos pelo julgamento do recurso.
D) Como corolário do efeito substitutivo, a substituição da
decisão recorrida pelo julgamento do recurso somente
ocorre na hipótese de julgamento do mérito recursal.
20. A respeito da ação monitória, pode-se corretamente
afirmar:
A) O contrato de abertura de crédito em conta corrente,
mesmo acompanhado do demonstrativo de débito, não
constitui documento hábil para o ajuizamento da ação
monitória.
B) Cabe a citação por edital em ação monitória, mas não é
admissível a ação monitória fundada em cheque prescrito.
C) A reconvenção é cabível na ação monitória, após a
conversão do procedimento em ordinário, bem como o
oferecimento de reconvenção à reconvenção.
D) Cabe ação monitória para haver saldo remanescente
oriundo de venda extrajudicial de bem alienado
fiduciariamente em garantia.
21. Conforme rol taxativo do CPC, no cumprimento de
sentença, a Fazenda Pública poderá impugnar a execução,
mas não poderá arguir
A) nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o
processo correu à revelia.
B) ilegitimidade de parte.
C) inexequibilidade do título ou inexigibilidade da
obrigação.
D) penhora incorreta ou avaliação errônea.
22. De acordo com o código de processo civil, o autor
poderá aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir
A) até o saneamento do processo, com consentimento do
réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade
de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze)
dias.
B) a qualquer tempo do processo, com consentimento do
réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade
de manifestação deste no prazo mínimo de 20 (vinte) dias.
C) até a citação do réu, com consentimento do réu,
assegurado o contraditório mediante a possibilidade de
manifestação deste no prazo mínimo de 30 (trinta) dias.
D) a qualquer tempo do processo, sem consentimento do
réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade
de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze)
dias.
23. Considere as seguintes situações: (i) Joaquim ajuizou
ação requerendo o pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil
reais) a título de danos morais em face do Hospital X em
razão de uma infecção hospitalar; o juiz julgou a ação
parcialmente procedente e condenou o Hospital X ao
pagamento de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). (ii) Fernando
ajuizou ação de reintegração de posse em face de uma
escola particular; o juiz julgou procedente a ação,
condenando a escola a desocupar o imóvel e a pagar a
Fernando indenização em danos morais e materiais no
valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). (iii) Júlia ajuizou ação
requerendo a condenação da empresa Y ao pagamento de
danos morais no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e o
juiz julgou a ação procedente, condenando a empresa ao
pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Diante das
situações hipotéticas apresentadas, quanto às sentenças
proferidas, é correto afirmar, nessa ordem:
A) são citra, extra e ultra petita.
B) são citra, ultra e extra petita.
C) não possui defeito, são extra e ultra petita.
D) não possui defeito, são ultra e extra petita.
24. Caso haja precedente judicial firmado por tribunal
superior em julgamento de caso repetitivo, a distinção
(distinguishing), técnica processual por meio da qual o
Poder Judiciário deixa de aplicar o referido precedente a
outro caso concreto por considerar que não há
semelhança entre o paradigma e o novo caso examinado,
poderá ser realizada
A) por decisão de qualquer órgão jurisdicional.
B) somente por decisão colegiada ou monocrática de
tribunal.
C) somente por decisão colegiada de tribunal.
D) somente por decisão colegiada ou monocrática do
tribunal superior que firmou o precedente.
25. Alexandre possui contrato de plano de saúde com uma
empresa e, em razão da negativa de autorização para
realização de determinada cirurgia, ajuizou ação contra
ela. Em sua petição inicial, deduziu pedido único principal
objetivando a referida autorização e requereu a concessão
de tutela provisória de urgência satisfativa, em caráter
incidental. O juiz concedeu a tutela provisória,
determinando seu cumprimento imediato. Realizada a
cirurgia, foi marcada audiência inicial de conciliação,
oportunidade em que o autor apresentou pedido de
desistência da ação, sob o argumento de que houvera
perda de objeto. Por esse motivo, o magistrado prolatou
sentença terminativa, sem resolução de mérito.
Posteriormente, a empresa apresentou, no mesmo
processo, pedido de ressarcimento referente ao valor
gasto com a cirurgia. Nessa situação hipotética, a empresa
A) tem direito ao ressarcimento pleiteado: a
responsabilidade do autor pelo prejuízo do réu é de
natureza objetiva e, se possível, a indenização deverá ser
liquidada no processo em que a medida havia sido
concedida.
B) tem direito ao ressarcimento pleiteado: a
responsabilidade do autor pelo prejuízo do réu é de
natureza subjetiva e, se possível, a indenização deverá ser
liquidada no processo em que a medida havia sido
concedida.
C) tem direito ao ressarcimento pleiteado: a
responsabilidade do autor pelo prejuízo do réu é de
natureza objetiva, sendo vedada a cobrança da
indenização no mesmo processo em que a medida havia
sido concedida.
D) tem direito ao ressarcimento pleiteado: a
responsabilidade do autor pelo prejuízo do réu é de
natureza subjetiva, sendo vedada a cobrança da
indenização no mesmo processo em que a medida havia
sido concedida.
26. Em determinada seção do STJ, durante julgamento de
recurso especial repetitivo acerca de discussão referente
ao custeio de medicamento por plano de saúde, questão
que se reflete em diversas demandas de consumidores
economicamente vulneráveis, foi admitido o ingresso da
Defensoria Pública da União na qualidade de guardião dos
vulneráveis (custos vulnerablis).
Nessa hipótese, de acordo com a jurisprudência atual do
STJ, a atuação como guardião dos vulneráveis
A) não possui fundamento no ordenamento jurídico
brasileiro, motivo pelo qual a decisão é nula e a
Defensoria Pública deve ser excluída do feito.
B) está eivada de nulidade relativa, por ausência de
fundamento para essa forma de intervenção, e a
participação da Defensoria Pública deve ser convertida em
atuação como amicus curiae.
C) é adequada desde que se restrinja ao mero
acompanhamento do processo, sendo vedada a prática de
atos processuais pela Defensoria Pública.
D) representa uma forma interventiva da Defensoria
Pública em nome próprio e em favor de seus interesses
institucionais, sendo-lhe permitida a interposição de
recurso.
27. No julgamento de um recurso de apelação em órgão
colegiado de tribunal de justiça, o relator votou no sentido
de não conhecer do recurso por ausência de requisito de
admissibilidade recursal. Posteriormente, houve
divergência entre os outros dois desembargadores que
participavam do julgamento: um deles acompanhou o
voto do relator; o outro discordou quanto à
admissibilidade porque entendeu pelo conhecimento da
apelação.
Nessa situação hipotética, de acordo com o previsto no
CPC e com a jurisprudência do STJ, a técnica de ampliação
do colegiado com a participação de outros julgadores
A) não deverá ser aplicada, porque o CPC expressamente
veda a ampliação do colegiado para debater questão de
natureza processual.
B) não deverá ser aplicada, porque somente é cabível
quando há divergência quanto ao mérito e quando a
apelação é provida por maioria.
C) somente será aplicada caso haja expressa manifestação
do interessado pelo prosseguimento do julgamento com a
convocação de novos julgadores.
D) deverá ser aplicada de ofício, sendo possível o
prosseguimento do julgamento, na mesma sessão do
tribunal, caso estejam presentes outros julgadores do
órgão colegiado aptos a votar.
28. Nos Juizados Especiais, o processo orienta-se pelos
critérios da oralidade, simplicidade, informalidade,
economia processual e celeridade.
Ao tratar das intimações e das citações no âmbito dos
Juizados Especiais Cíveis, a Lei nº 9.099/95 estabelece
que:
A) a citação não se fará por edital;
B) a citação é feita exclusivamente por oficial de justiça;
C) o comparecimento espontâneo não suprirá a falta ou
nulidade da citação;
D) dos atos praticados na audiência, considerar-se-ão
cientes as partes presentes após intimação por oficial de
justiça.
29. Determinadas sentenças proferidas contra o poder
público estão sujeitas ao duplo grau de jurisdição, não
produzindo efeito senão depois de confirmadas pelo
tribunal. Conforme os contornos conferidos pelo
ordenamento jurídico brasileiro, é verdadeiro afirmar que
não haverá remessa necessária:
A) quando a sentença estiver fundada em entendimento
coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito
administrativo do próprio ente público, consolidada em
manifestação, parecer ou súmula administrativa.
B) quando o valor da condenação for inferior a 600
(seiscentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito
Federal e as respectivas sociedades de economia mista.
C) quando a sentença estiver fundada em súmula do
Supremo Tribunal Federal, desde que seja vinculante.
D) quando o polo passivo for constituído por Municípios e
respectivas autarquias e fundações de direito público,
independentemente do valor da condenação.
30. O instituto da improcedência liminar do pedido foi
significativamente alterado pelo Código de Processo Civil
de 2015. Quanto ao regime jurídico a ele atualmente
conferido, é correto afirmar que
A) se o pedido contrariar enunciado de súmula do
Superior Tribunal de Justiça, poderá ser proferida
sentença de improcedência liminar após a produção de
prova testemunhal essencial para a demonstração dos
fatos alegados pelo autor.
B) pode ser julgado liminarmente improcedente o pedido
quando este for indeterminado, ressalvadas as hipóteses
legais em que se permite o pedido genérico.
C) o juiz, sem citar o réu, poderá julgar liminarmente
improcedente o pedido que contrariar entendimento
firmado em assunção de competência, quando a causa
dispensar a fase instrutória.
D) não interposta apelação, os autos serão imediatamente
arquivados, sendo dada baixa no distribuidor.
31. Determinado indivíduo, réu em processo que tramita
no primeiro grau de juizado especial cível, deseja impetrar
mandado de segurança contra decisão interlocutória
teratológica prolatada pelo magistrado.
Considerando-se essa situação hipotética e o
entendimento sumulado do STJ, o mandado de segurança
deve ser processado e examinado
A) pelo próprio órgão judicial prolator da decisão.
B) por vara cível da justiça comum.
C) por turma recursal.
D) pelo tribunal de justiça.
32. O Código de Processo Civil disciplina os atos
processuais que podem ser praticados pelas partes e os
que devem ser praticados pelo juiz. A respeito dos atos
processuais, assinale a opção correta.
A) São exemplos de atos bilaterais das partes a petição
inicial e a conciliação.
B) São exemplos de atos processuais das partes a
contestação e a mediação.
C) O ato processual do juiz que está apto a por fim ao
processo é a decisão interlocutória.
D) Despacho é todo pronunciamento judicial de natureza
decisória que não põe fim ao processo.
33. Em cumprimento de sentença que reconhece a
exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa movido
em face da Fazenda Pública, considerando-se as previsões
do CPC/15 sobre o tema, assinale a alternativa correta:
A) Se o STF considerar inconstitucional a lei sobre a qual o
título executivo judicial se fundou, para que se considere
inexigível a obrigação fundada no referido título, é
necessário que a decisão do STF tenha sido proferida
antes de prolatada a decisão exequenda.
B) Se o STF considerar inconstitucional a lei sobre a qual o
título executivo judicial se fundou, caberá ação rescisória
se a decisão do STF for proferida após o trânsito em
julgado da decisão exequenda, cujo prazo será contado do
trânsito em julgado da decisão exequenda.
C) Somente a decisão do STF proferida em controle
concentrado de constitucionalidade toma inexigível a
obrigação contida no título.
D) A multa pelo não pagamento voluntário, prevista no
cumprimento definitivo de decisão para pagar quantia
certa, não se aplica à Fazenda Pública.
34. Proposta ação de obrigação de pagar quantia certa
contra o município Bela Vista na vara da Fazenda Pública
da comarca, a sentença de primeiro grau proveu
integralmente os pedidos autorais, mas a decisão não foi
cumprida voluntariamente pela administração pública.
Resta à parte vencedora, então,
A) nos mesmos autos, juntar petição inicial requerendo a
abertura de processo de execução fiscal contra o
município vencido por não pagar a quantia determinada
na sentença.
B) em processo autônomo, pedir a execução do valor
arbitrado na sentença condenatória imposta ao município
de Bela Vista, que deverá garantir o juízo da execução
caso apresente defesa.
C) nos mesmos autos, juntar simples petição informando
ao juízo o descumprimento do município vencido e
requerendo a abertura da fase de cumprimento de
sentença.
D) em processo autônomo, pedir a dependência à ação
principal e executar a quantia arbitrada em sentença
imposta ao município de Bela Vista, que não precisará
garantir o juízo da execução caso apresente defesa.
35. A Municipalidade foi condenada em primeira instância
por decisão de juiz singular. A decisão não observou tese
jurídica fixada em incidente de resolução de demandas
repetitivas julgado no Tribunal de Justiça ao qual o juiz
encontra-se vinculado. A medida judicial especificamente
prevista no Código de Processo Civil para o caso retratado
e que deveria ser apresentada pela Municipalidade é:
A) reclamação.
B) embargo de divergência.
C) correição parcial.
D) apelação.
36. Caio ajuizou uma ação pretendendo obter a
condenação de Tício ao pagamento de quantia constante
de um cheque, emitido há mais de 30 anos, respaldado
por uma confissão de dívida, datada de um mês atrás.
Tício foi ao cartório e analisou pessoalmente os autos e
pôde constatar que a confissão de dívida apresentada por
Caio é falsa. O cheque, porém, foi realmente emitido por
Tício. O advogado de Tício alegou falsidade do documento
na contestação e requereu a produção de prova pericial,
mas esqueceu de alegar a ocorrência de prescrição da
dívida representada pelo cheque. Sobre o caso hipotético,
assinale a alternativa correta.
A) A falsidade será resolvida como questão incidental,
sendo vedado à parte requerer que o juiz a decida como
questão principal.
B) O ônus da prova da falsidade documental será de quem
produziu o documento, no caso, de Caio.
C) Não se procederá ao exame pericial se Caio concordar
em retirar a confissão de dívida do processo.
D) Poderá ser reconhecida de ofício a prescrição pelo juiz
independentemente de prévia manifestação das partes.
37. Maria procurou um advogado para ajuizar demanda,
visando à revisão de obrigação decorrente de empréstimo
obtido junto à instituição financeira. O advogado
A) poderá propor a ação no foro de eleição, no domicílio
da autora ou em outro foro que entender adequado ao
autor para pleitear seus direitos.
B) poderá fazer pedido genérico postulando a revisão de
todo o contrato, sendo que, após o deferimento do
pedido, em liquidação por arbitramento, será quantificado
o quanto deverá ser pago por Maria à instituição
financeira.
C) deverá atribuir à causa o valor correspondente ao valor
do contrato de empréstimo, incluindo a parte controversa
e incontroversa, limitada ao valor máximo de 12
prestações mensais.
D) deverá, sob pena de inépcia, discriminar na petição
inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que
pretende controverter, além de quantificar o valor
incontroverso do débito que deverá continuar a ser pago
no tempo e modo contratados.
38. José apresentou uma petição inicial onde se limitou a
requerer a antecipação de tutela em caráter antecedente
para que seu plano de saúde fosse obrigado a custear uma
cirurgia bariátrica (redução de estômago). O juiz deferiu o
pedido de tutela de urgência. O réu, plano de saúde, não
recorreu da decisão, mas apresentou contestação dentro
do prazo do recurso se insurgindo contra a pretensão do
autor. Pode-se corretamente afirmar que
A) a tutela de urgência sofreu o fenômeno da
estabilização, tendo em vista a não apresentação de
recurso, fazendo a decisão coisa julgada, passível de ser
revista somente em ação rescisória.
B) não ocorreu a estabilização, tendo em vista que a
oposição inequívoca do réu por meio da contestação
impede a estabilização.
C) o autor deverá aditar a petição inicial, com a
complementação de sua argumentação, a juntada de
novos documentos e a confirmação do pedido de tutela
final, em 5 (cinco) dias ou em outro prazo menor que o
juiz fixar.
D) em razão da não apresentação de recurso, a tutela
antecipada é convertida em sentença de mérito e o autor
não mais precisará aditar a inicial, devendo o processo ser
extinto, fazendo coisa julgada a decisão proferida.
39. Sobre a audiência de conciliação ou de mediação no
procedimento comum, nos termos do Código de Processo
Civil de 2015, assinale a alternativa CORRETA:
A) Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e
não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz
designará audiência de conciliação ou de mediação com
antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser
citado o réu com pelo menos 15 (quinze) dias de
antecedência.
B) Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da
audiência manifestado por um dos litisconsortes aproveita
aos demais.
C) É vedada a realização por meio eletrônico da audiência
de conciliação ou de mediação.
D) O não comparecimento injustificado do autor ou do réu
à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à
dignidade da justiça e será sancionado com multa de até
dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do
valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.
40. A intervenção de terceiros é o fato jurídico processual
em que um terceiro, alheio à relação jurídica processual
originária, ingressa no processo já em andamento. Nesse
ínterim, com base no CPC/15, assinale a alternativa
INCORRETA sobre a denunciação da lide:
A) É admissível a denunciação da lide, promovida por
qualquer das partes, aquele que estiver obrigado, por lei
ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o
prejuízo de quem for vencido no processo.
B) Feita a denunciação pelo réu, se o denunciado
contestar o pedido formulado pelo autor, o processo
prosseguirá tendo, na ação principal o denunciado, sendo
defeso o litisconsórcio entre denunciante e denunciado.
C) Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá
assumir a posição de litisconsorte do denunciante e
acrescentar novos argumentos à petição inicial,
procedendo-se em seguida à citação do réu.
D) O direito regressivo será exercido por ação autônoma
quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser
promovida ou não for permitida.
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