pódio - 2 de julho de 2014

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MANAUS, QUARTA-FEIRA, 2 DE JULHO DE 2014 [email protected] GUILHERME DIONIZIO/GAZETAPRESS Pódio E7 Bélgica vence EUA e está nas quartas DI MARÍA O salvador Meia-atacante fez o gol da classificação da Albiceleste aos 12 minutos do segundo tempo da prorrogação. Com passe de Messi, o jogador do Real Madrid teve a frieza de chutar no canto do goleiro e furar o ferrolho suíço. Agora a Argentina enfrenta a Bélgica nas quartas de final Pódio E6 Pódio E12 Mundial do Brasil já tem mais 150 gols

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Pódio - 2 de julho de 2014

MANAUS, QUARTA-FEIRA, 2 DE JULHO DE 2014 [email protected], QUARTA-FEIRA, 2 DE JULHO DE 2014 esportes

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Pódio E7

Bélgica vence EUA e está nas quartas

DI MARÍAO salvador

Meia-atacante fez o gol da classifi cação da Albiceleste aos 12 minutos do segundo tempo da prorrogação. Com

passe de Messi, o jogador do Real Madrid teve a frieza de chutar no canto do goleiro e furar o ferrolho suíço. Agora a

Argentina enfrenta a Bélgica nas quartas de fi nal Pódio E6

Pódio E12

Mundial do Brasil já tem mais 150 gols

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Page 2: Pódio - 2 de julho de 2014

E2 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 2 DE JULHO DE 2014

CHARGE

HERÓIS DA COPA* MARCUS VINÍCIUS PESSOA

Mário Kempes é unanimi-dade na Argentina.

Foi um dos líderes no primeiro título da Argen-tina na Copa do Mundo, em 1978, realizada na própria Argentina.

A imagem do garoto de 23 anos e cabelos compri-dos irrompendo no Monu-mental de Núñez pela grande área neerlandesa na prorrogação da fi nal,

marcando o gol que reco-locou a Albiceleste à frente, está na memória do torce-dor argentino.1

Em clubes, marcou época no Rosario Central e, prin-cipalmente no Valencia, onde exibiu seu repertório de arrancas fulminantes em direção ao gol.

Jogou 18 partidas em Copas e fez seis gols, em “ape nas” três jogos. Quatro

desses gols levaram a Ar-gentina à fi nal do Mundial de 1978 e dois (além de uma assistência para Ber-toni) deram à Albiceleste seu primeiro mundial, atu-ação que gravou o nome de Kempes no coração do país. Graças a Kempes, a Argentina já era grande antes de Maradona.

Kemps hoje é comentaris-ta esportivo da ESON.

Mário KEMPS

* MARCUS VINÍCIUS PESSOA É REDATOR PUBLICITÁRIO

ARTILHARIA

Tabela da Copa do Mundo

5GOLS

OITAVAS DE FINAL OITAVAS DE FINAL

54

SEGUNDA30/0617h00Porto Alegre - Beira-Rio

ALEMANHA

ARGÉLIA

2

1

53

SEGUNDA 30/0613h00Brasília - Mané Garrincha

FRANÇA

NIGÉRIA

2

049

SÁBADO 28/0613h00Belo Horizonte - Mineirão

BRASIL

CHILE

1

1

50

SÁBADO 28/0617h00Rio de Janeiro - Maracanã

COLÔMBIA

URUGUAI

2

0

52

DOMINGO 29/0617h00Recife - Arena Pernambuco

COSTA RICA

GRÉCIA

1

1

51

DOMINGO 29/0613h00Fortaleza - Castelão

HOLANDA

MÉXICO

2

155

TERÇA 01/0713h00São Paulo - Itaquerão

ARGENTINA

SUÍÇA

1

0

56

TERÇA 01/0717h00Salvador - Fonte Nova

BÉLGICA

ESTADOS UNIDOS

2

1

60

SÁBADO 05/0713h00Brasília - Mané Garrincha

________________

________________

58

SEXTA 04/07 13h00Rio de Janeiro - Maracanã

FRANÇA

ALEMANHA

QUARTAS DE FINAL

57

SEXTA 04/07 17h00Fortaleza - Castelão

BRASIL

COLÔMBIA

59

SÁBADO 05/07 17h00Salvador - Fonte Nova

HOLANDA

COSTA RICA

62

QUARTA 09/07 17h00São Paulo - Itaquerão

VENCEDOR JOGO 59

VENCEDOR JOGO 60

SEMIFINAL

61

TERÇA 08/07 17h00Belo Horizonte - Mineirão

VENCEDOR JOGO 57

VENCEDOR JOGO 58

3º LUGAR FINAL

64

DOMINGO 13/07 16h00Rio de Janeiro - Maracanã

VENCEDOR JOGO 61

VENCEDOR JOGO 62

63

SÁBADO 12/07 17h00Brasília - Mané Garrincha

PERDEDOR JOGO 61

PERDEDOR JOGO 62

PÊNALTIS: BRASIL 3 X 2 CHILE

JAMES RODRÍGUEZCOLÔMBIA

PÊNALTIS: COSTA RICA 5 X 3 GRÉCIA

JUCA KFOURI

Mirar a glória

DE REPENTE, o que era óbvio se tornou urgente: a imaturidade da seleção brasileira transformou a euforia da Copa das Con-federações em medo na Copa do Mundo.

Medo que paralisa, que faz a pernas pesarem, tremerem, que faz tropeçar na bola, fugir dela ou mandá-la para bem longe.

Daí a necessidade de mudar o discurso, procurar outro caminho para atingir o objetivo.

Jogar sem medo de ser feliz significa tirar o peso do receio,

trocar o temor pela alegria da conquista da taça.

A rota para o Santo Graal é tortuosa, movediça, reple-ta de barreiras, conhecidas e surpreendentes.

Quantos são os vilões na his-tória do futebol brasileiro? Na verdade verdadeira só um, o goleiro Barbosa, e injustamente, assim como injusta é a lenda de que Bigode se acovardou perante Obdulio Varela.

Porque depois, por mais que houvesse quem tentasse fazer

de Toninho Cerezo o culpado da derrota de 1982, não colou por muito tempo. Como não colou em Zico a de 1986 e aí por diante, embora Júlio César tenha pa-decido até o sábado passado o amargor da eliminação em 2010. Mas também já passou. Porque hoje em dia tudo passa, tudo é consumido muito rapidamente, o vilão de ontem é logo substituído pelo de hoje, que será trocado pelo de amanhã.

E o heróis? O que acontece com eles?

Estes ficam para sempre, como estão todos os que se destaca-ram nas cinco Copas vencidas, e enumerá-los aqui é impossível por falta de espaço.

Se os meninos da seleção fo-rem convencidos disso, é bem possível que o quadro mude e que a alegria de jogar reapareça quando a Colômbia chegar.

Alguém precisa dizer para eles que quatro times campeões mun-diais já foram embora, mas que campeões como Pirlo, Xavi e Iniesta ficarão para sempre

COLUNISTA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO

O medo de ser vilão será mais forte que o desejo de ser herói? Eis a questão posta para a seleção Quantos são os vi-

lões na história do futebol brasileiro? Na verdade verda-deira só um, o go-leiro Barbosa.

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Page 3: Pódio - 2 de julho de 2014

E3MANAUS, QUARTA-FEIRA, 2 DE JULHO DE 2014

França no topo sob a batuta de Zinedine ZidaneComo anfi triã, seleção francesa conseguiu conquistar seu primeiro título mundial diante de uma apática seleção brasileira

A Copa do Mundo de 1998, na França, abriu mais oportuni-dades para o sonho

de várias nações de disputar um Mundial. Em vez de 24 participantes, o torneio foi organizado com 32 equipes. Por isso, África do Sul, Japão e Jamaica conseguiram se classificar pela primeira vez na história. O regulamento dividiu os participantes em oito grupos, com quatro ti-mes em cada. Os dois melho-res de cada chave passariam para as oitavas de final.

Mesmo com as mudan-ças, as zebras continuaram a aparecer. A Espanha, por exemplo, despediu-se de for-ma precoce depois de perder da Nigéria e empatar com o Paraguai. Mas foi a Croácia de Davor Suker que se tornou a maior surpresa da Copa. Separados da Iugoslávia, pela primeira vez os cro-atas jogavam como nação independente. E a seleção comandada pelo técnico Miroslav Blažević mostrou muita força ofensiva.

Na primeira fase, vitórias sobre Jamaica e Japão, que garantiram o segundo lugar do grupo, atrás apenas da Argentina. Nas oitavas de final, os croatas despacha-ram a Romênia, com vitória por 1 a 0, gol de Suker. Mas foi nas quartas de final que a Croácia conseguiu o resultado mais impressio-nante. Diante da tricampeã Alemanha, os croatas não se intimidaram e venceram por

incontestáveis 3 a 0.Na semifinal, no entanto,

os croatas tiveram que enca-rar a anfitriã França. Suker ainda conseguiu abrir o pla-car, marcando seu sexto gol na competição e garantindo a artilharia, mas o fran-cês Lilian Thuram escolheu justamente aquela partida para desencantar. Ele nunca havia marcado com a camisa da seleção francesa. E, logo na semifinal, fez dois de uma vez, para decretar a vitória dos franceses.

Depois de verem a gera-ção de Michel Platini ser eliminada duas vezes nas semifinais, os franceses viam a própria seleção com alguma desconfiança. Zine-dine Zidane, que antes do Mundial chegou a dizer “eu vou ganhar essa Copa”, teve atuações apagadas até a final e chegou a por em risco a classificação na primeira fase ao pisar em um adversá-rio, ser expulso e pegar dois jogos de suspensão. Mesmo assim, os franceses vence-

ram os três primeiros jogos e avançaram em primeiro lugar do grupo.

Nas oitavas de final, no entanto, o sufoco foi grande. Sem Zidane, a França teve de suar muito para supe-rar a retranca do Paraguai, que contava com o polêmico goleiro Jose Chilavert e o excepcional zagueiro Carlos Gamarra. O gol da vitória só veio na prorrogação, graças ao zagueiro Laurent Blanc.

Zidane voltou nas quartas de final, diante da Itália, e ajudou a França a vencer nos pênaltis. A semifinal, contra a Croácia, também foi emo-cionante: Thuram precisou marcar seus dois primeiros gols com a camisa da se-leção francesa para que o time vencesse e avançasse à final da Copa.

Contra o Brasil, campeão em 1994, Zidane finalmente mostrou seu futebol exube-rante. Já no primeiro tempo, o camisa 10 marcou dois gols e abriu 2 a 0 no pla-car. Perdido em campo, os brasileiros não tiveram for-ças para reagir e coube a Emmanuel Petit a tarefa de fechar o placar, antes do apito do árbitro marroqui-no Said Belqola, o primeiro africano a comandar uma decisão de Copa do Mundo. A França era campeã pela primeira vez na história e a festa tomou conta de todo o país, com destaque para os cerca de um milhão de torcedores que lotaram a avenida Champs Élysées.

Como campeão da Copa de 1994, o Brasil nem precisou disputar as eliminatórias para o Mundial da França. A prepa-ração teve de ser feita por meio de amistosos. Mesmo assim, a confi ança era alta, já que a seleção contava com Ronaldo, eleito pela Fifa nos dois anos anteriores o melhor jogador de futebol do mundo.

Os problemas, no entanto, começaram antes mesmo da Copa. Romário, ídolo na cam-panha do tetra, foi cortado por contusão pelo técnico Zagallo pouco antes do Mundial.

Sem o baixinho, o Brasil contava com Ronaldo, Bebeto

e Rivaldo. Mas, na primeira fase, o melhor jogador do apático time foi o volante César Sampaio. Nas duas primeiras partidas.

Uma goleada fácil sobre o Chile nas oitavas de fi nal ani-mou a torcida. Nas quartas de fi nal, Rivaldo brilhou e marcou dois gols na vitória por 3 a 2 sobre a Dinamarca. Na semifi -nal, diante da Holanda, a glória coube ao goleiro Taff arel que se consagrou ao defender duas cobranças e colocar o Brasil em mais uma fi nal.

A decisão, no entanto, foi um verdadeiro balde de água fria para os torcedores bra-

sileiros, que viram o time ser totalmente dominado pela França e perder por 3 a 0.

Um episódio ocorrido antes do jogo e até hoje não escla-recido totalmente entraria de vez para as lendas das Copas do Mundo. O atacante Ronal-do sofreu uma convulsão ho-ras antes da partida decisiva. Depois de ser avaliado por médicos, Ronaldo foi libera-do para jogar e entrou em campo. Os companheiros do atacante, preocupados com a saúde do craque, teriam jogado sem foco. E o próprio Ronaldo mostrou-se irreco-nhecível em campo.

Alguém viu o craque Ronaldo?

CURIOSIDADEIrã e EUA, ferrenhos inimigos políticos, caíram no mesmo grupo. Os iranianos venceram por 2 a 1 e ambos deram exem-plo de esportividade ao posaram para fotos abraçados

Melhor jogador do Mundo à época, Ronaldo viu Zidane ser o maestro do time francês

Craque Zidane ao lado de Desailly e Blanc segu-rando a inédita taça de campeão do Mundo

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Page 4: Pódio - 2 de julho de 2014

E4 E5MANAUS, QUARTA-FEIRA, 2 DE JULHO DE 2014

Tostão

Vapt VuptNa coluna anterior, escrevi

que a seleção poderia melho-rar com três no meio-campo e três mais adiantados (Fred, Neymar e Hulk). Fernandinho se-ria o volante mais recuado, com um armador de cada lado, com funções defensivas e ofensivas, como atuam Pogba e Matuidi, na França, Kroos e Schweinstei-ger, na Alemanha. Como Hulk e Neymar são artilheiros, agres-sivos, o Brasil não precisa de

um centroavante tático, apenas finalizador. Os dois poderiam atuar livres, mais próximos ao gol, auxiliados por um meia ofen-sivo (Oscar ou Willian).

A história se repete. Não sei se o fi m será o mesmo. Na Copa de 2002, o time também não tinha meio-campo. Jogava com três za-gueiros, dois alas encostados às laterais, um meia ofensivo (Juninho Paulista), três na frente (Ronaldo, Ronaldinho e Rivaldo) e apenas

Gilberto Silva no meio-campo. Na segunda fase, Felipão aceitou as críticas e trocou Juninho por um volante-armador (Kléberson). O time cresceu. Parece que Felipão gosta mais do vapt vupt, da bola para frente e das jogadas em velo-cidade. Para ele, ter posse de bola e trocar passes no meio-campo é um jogo bonitinho.

Felipão disse que a natureza não dá saltos. Essa é uma das frases mais usadas por Parreira em suas

palestras. Segundo o Google, a frase é de um fi lósofo alemão, dita no século XVII. Felipão e Parreira querem dizer que tudo precisa ser programado. Nem sempre. As coisas mais espetaculares são as que surgem sem avisar, sem serem ensaiadas. É preciso ter talento e coragem para perceber e mudar.

Alemanha, Argentina e Bélgica se classifi caram na prorrogação. Três belíssimas partidas. Duro será assistir ao Brasileirão

COLUNISTA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO

Alemanha, Ar-gentina e Bélgica se classificaram na prorrogação. Três belíssimas partidas. Duro será assistir ao Brasileirão

Felipão conta com setor ofensivo

Felipão comandou treino com os reser-vas da seleção na tarde de ontem

Uma das principais dúvidas do trei-nador para o jogo contra a Colômbia,

na próxima sexta-feira (4) é quanto ao substituto de Luiz Gustavo, suspenso pelo segundo amarelo.

Responsável pela proteção defensiva que oferece, o vo-lante é um dos personagens centrais da equipe, sendo o principal responsável pela marcação no meio-campo. Sua ausência é lamentada, mas o elenco tem várias opções à disposição para substituí-lo no duelo válido pelas quartas de final da Copa do Mundo. A começar por Fernandinho, que ganhou a vaga de segundo volante de Paulinho, mas se oferece a recuar um pouco.

“Fui convocado como pri-meiro volante também. As-sim é que venho jogando na Inglaterra. Joguei a tem-porada passada toda como primeiro volante. Não tem segredo nenhum”, disse.

Outras alternativas são Ramires e Hernanes, que já tiveram experiências atuan-do à frente dos zagueiros. Já o zagueiro Henrique, usado no meio-campo por Felipão na última passagem de am-bos pelo Palmeiras, corre por fora na luta pela vaga.

“Cada jogador tem sua maneira de jogar, um es-tilo próprio. Se o Felipão

optar por colocar outro ali, não tem problema nenhum também. O mais impor-tante é que a gente en-contre equilíbrio. Quem entrar, tem que estar bem para a gente segurar esse meio-campo da Colômbia”, comentou Fernandinho.

O volante falou ainda so-bre o meia James Rodríguez, principal articulador das jo-

gadas colombianas.“Cheguei a enfrentar o Ja-

mes na Europa. Ele ainda não era o titular, acabou entrando no decorrer do jogo, mas, desde, já vinha mostrando sua qualidade técnica. Ele tem um contro-le muito bom com a perna esquerda, finaliza muito bem também. Mostrou para todo o mundo que o dinheiro que o Monaco pagou foi muito bem investido. Temos que dar o mínimo de espaço para ele”, declarou.

Sem contar Luiz Gustavo, jogador responsável pela marcação no meio da campo, Luiz Felipe Scolari vai cobrar que todos os jogadores do Brasil tenham função defensiva no time

PUNIÇÃOApós Rodrigo Paiva, Fred também é alvo de investigação do Comitê Disciplinar da Fifa e se comprovado envolvimento na con-fusão no jogo contra o Chile, também pode ser supenso

Felipão conta com setor ofensivoProcurando se precaver

de polêmicas antes do jogo contra o Brasil pelas quartas de fi nal da Copa do Mundo, na próxima sex-ta-feira, a Colômbia teve seu último treino antes de embarcar para Fortaleza aberto durante apenas 15 minutos. Além disso, o téc-nico Jose Pekerman deci-diu mandar dois jogadores reservas para a entrevista coletiva ontem (1) no CT do São Paulo, em Cotia.

Vargas, que é o terceiro goleiro, e o lateral reserva Valdez falaram por cerca de 20 minutos e o discurso foi padrão para não dar armas ao inimigo:

“Nossa seleção está pronta para fazer um grande jogo. Sabemos das difi culdades que vamos enfrentar, principalmente porque a torcida contrá-ria será muito grande. Mas nossa preparação foi muito boa, sabemos o que temos de fazer e vamos trabalhar

para isso”, falou Valdez.Em campo, as únicas

imagens feitas, por de-terminação da delegação colombiana, foram dos jo-gadores realizando traba-lho físico. A delegação che-gou por volta das 18h30

(de Manaus) em Fortale-za (CE). Hoje (2), James Rodríguez e companhia treinarão no Estádio Pre-sidente Vargas, enquanto amanhã (3), os jogadores farão reconhecimento do gramado do Castelão.

Colômbia faz treino fechado

LETALO ataque da sele-ção colombiana é a principal arma da equipe. Tem 11 gols em quatro jogos e o artilheiro da competição, James Rodríguez, com cinco tentospara ajudar

na marcaçãoJogadores em

treinamento físico no Centro de Treinamento

do São Paulo

A despeito das seque-las que a partida contra o Chile deixou na coxa esquerda e no joelho di-reito de Neymar, o técni-co da seleção brasileira não tem a menor dúvi-da de que contará com seu principal jogador na sexta-feira (4), diante da Colômbia.

O camisa 10 do Bra-sil e os demais titulares não foram ao campo da Granja Comary ontem (1), ficando na acade-mia aprimorando a parte física. Com um equipa-mento que emite cho-ques e alivia dor, Ney-mar apareceu andando de bicicleta ao lado do lateral Marcelo.

“Ele está usando a ban-dagem porque faz parte do tratamento. Ele tem um trauma no local e está em tratamento para que possa ficar bem, mas vai treinar amanhã (quarta-feira) e vai para o jogo”, assegurou José Luiz Runco, médico da seleção brasileira.

Na segunda-feira, Ney-mar se reapresentou com dores não apenas no joelho, mas também na coxa esquerda. Apesar de ser liberado pelo cor-po médico para treinar com bola a partir de hoje (2), o atacante continu-ará em tratamento até o dia do confronto em

Fortaleza, a exemplo do zagueiro David Luiz e do meia Oscar, outros dois jogadores que se queixaram de incômodo na volta aos trabalhos em Teresópolis.

O caso de David Luiz vem sendo observado desde antes do jogo con-tra os chilenos, do qual ele

participou, inclusive, com dores na região dorsal.

“Foi um mau jeito, como se diz popularmente. Pelo esforço do jogo, ainda não pode sanar comple-tamente o problema, o que vai acontecer agora, com tempo”, comentou Runco, negando preo-cupação também com a infl amação na coxa es-querda do meia Oscar.

“Todos fizeram o tra-balho que tinha que ser feito e treinarão normal”, declarou.

Neymar aparece combandagem no joelho

A cena do capitão da se-leção brasileira Thiago Silva isolado dos companheiros chorando sentado em cima de uma bola, antes da disputa dos pênaltis contra o Chile, está tendo desdobramentos no ambiente da equipe. Luiz Felipe Scolari chamou nova-mente ontem (1), a psicóloga Regina Brandão à Granja Co-mary. O treinador entendeu

que a presença da profi s-sional era necessária diante do descontrole emocional de alguns jogadores. “Faz parte do futebol. Tivemos uma con-versa normal, de grupo, para melhorar”, disse Ramires.

A conversa ocorreu antes do treino. Regina Brandão trabalha com Felipão desde 1993. Assim como na Copa de 2002, ela foi convidada pelo

treinador para traçar o perfi l psicológico do grupo atu-al, no início da preparação em Teresópolis, juntamente com duas colegas. Pouco mais de um mês depois, está de volta ao local para tentar administrar o equilí-brio emocional dos atletas.

“Está se colocando essa questão como um peso. Não vejo dessa forma. Vejo que os

jogadores estão vivendo essa Copa de uma forma muito intensa. Às vezes, isso acaba extravasando pelo choro. Não acho que seja ruim, é uma for-ma de se motivar. Prova disso é o Júlio (César), que, antes da disputa, também acabou cho-rando e, depois, fez o que fez. Vejo (o choro) como orgulho de representar a nação”, opinou o goleiro Victor.

Psicóloga volta à Granja Comary para reunião

Ele está usando a bandagem porque faz parte do tratamento. Ele tem um trauma no local e está em

tratamento para que possa fi car bem

José Luiz Runco, médico da seleção brasileira

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E4 E5MANAUS, QUARTA-FEIRA, 2 DE JULHO DE 2014

Tostão

Vapt VuptNa coluna anterior, escrevi

que a seleção poderia melho-rar com três no meio-campo e três mais adiantados (Fred, Neymar e Hulk). Fernandinho se-ria o volante mais recuado, com um armador de cada lado, com funções defensivas e ofensivas, como atuam Pogba e Matuidi, na França, Kroos e Schweinstei-ger, na Alemanha. Como Hulk e Neymar são artilheiros, agres-sivos, o Brasil não precisa de

um centroavante tático, apenas finalizador. Os dois poderiam atuar livres, mais próximos ao gol, auxiliados por um meia ofen-sivo (Oscar ou Willian).

A história se repete. Não sei se o fi m será o mesmo. Na Copa de 2002, o time também não tinha meio-campo. Jogava com três za-gueiros, dois alas encostados às laterais, um meia ofensivo (Juninho Paulista), três na frente (Ronaldo, Ronaldinho e Rivaldo) e apenas

Gilberto Silva no meio-campo. Na segunda fase, Felipão aceitou as críticas e trocou Juninho por um volante-armador (Kléberson). O time cresceu. Parece que Felipão gosta mais do vapt vupt, da bola para frente e das jogadas em velo-cidade. Para ele, ter posse de bola e trocar passes no meio-campo é um jogo bonitinho.

Felipão disse que a natureza não dá saltos. Essa é uma das frases mais usadas por Parreira em suas

palestras. Segundo o Google, a frase é de um fi lósofo alemão, dita no século XVII. Felipão e Parreira querem dizer que tudo precisa ser programado. Nem sempre. As coisas mais espetaculares são as que surgem sem avisar, sem serem ensaiadas. É preciso ter talento e coragem para perceber e mudar.

Alemanha, Argentina e Bélgica se classifi caram na prorrogação. Três belíssimas partidas. Duro será assistir ao Brasileirão

COLUNISTA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO

Alemanha, Ar-gentina e Bélgica se classificaram na prorrogação. Três belíssimas partidas. Duro será assistir ao Brasileirão

Felipão conta com setor ofensivo

Felipão comandou treino com os reser-vas da seleção na tarde de ontem

Uma das principais dúvidas do trei-nador para o jogo contra a Colômbia,

na próxima sexta-feira (4) é quanto ao substituto de Luiz Gustavo, suspenso pelo segundo amarelo.

Responsável pela proteção defensiva que oferece, o vo-lante é um dos personagens centrais da equipe, sendo o principal responsável pela marcação no meio-campo. Sua ausência é lamentada, mas o elenco tem várias opções à disposição para substituí-lo no duelo válido pelas quartas de final da Copa do Mundo. A começar por Fernandinho, que ganhou a vaga de segundo volante de Paulinho, mas se oferece a recuar um pouco.

“Fui convocado como pri-meiro volante também. As-sim é que venho jogando na Inglaterra. Joguei a tem-porada passada toda como primeiro volante. Não tem segredo nenhum”, disse.

Outras alternativas são Ramires e Hernanes, que já tiveram experiências atuan-do à frente dos zagueiros. Já o zagueiro Henrique, usado no meio-campo por Felipão na última passagem de am-bos pelo Palmeiras, corre por fora na luta pela vaga.

“Cada jogador tem sua maneira de jogar, um es-tilo próprio. Se o Felipão

optar por colocar outro ali, não tem problema nenhum também. O mais impor-tante é que a gente en-contre equilíbrio. Quem entrar, tem que estar bem para a gente segurar esse meio-campo da Colômbia”, comentou Fernandinho.

O volante falou ainda so-bre o meia James Rodríguez, principal articulador das jo-

gadas colombianas.“Cheguei a enfrentar o Ja-

mes na Europa. Ele ainda não era o titular, acabou entrando no decorrer do jogo, mas, desde, já vinha mostrando sua qualidade técnica. Ele tem um contro-le muito bom com a perna esquerda, finaliza muito bem também. Mostrou para todo o mundo que o dinheiro que o Monaco pagou foi muito bem investido. Temos que dar o mínimo de espaço para ele”, declarou.

Sem contar Luiz Gustavo, jogador responsável pela marcação no meio da campo, Luiz Felipe Scolari vai cobrar que todos os jogadores do Brasil tenham função defensiva no time

PUNIÇÃOApós Rodrigo Paiva, Fred também é alvo de investigação do Comitê Disciplinar da Fifa e se comprovado envolvimento na con-fusão no jogo contra o Chile, também pode ser supenso

Felipão conta com setor ofensivoProcurando se precaver

de polêmicas antes do jogo contra o Brasil pelas quartas de fi nal da Copa do Mundo, na próxima sex-ta-feira, a Colômbia teve seu último treino antes de embarcar para Fortaleza aberto durante apenas 15 minutos. Além disso, o téc-nico Jose Pekerman deci-diu mandar dois jogadores reservas para a entrevista coletiva ontem (1) no CT do São Paulo, em Cotia.

Vargas, que é o terceiro goleiro, e o lateral reserva Valdez falaram por cerca de 20 minutos e o discurso foi padrão para não dar armas ao inimigo:

“Nossa seleção está pronta para fazer um grande jogo. Sabemos das difi culdades que vamos enfrentar, principalmente porque a torcida contrá-ria será muito grande. Mas nossa preparação foi muito boa, sabemos o que temos de fazer e vamos trabalhar

para isso”, falou Valdez.Em campo, as únicas

imagens feitas, por de-terminação da delegação colombiana, foram dos jo-gadores realizando traba-lho físico. A delegação che-gou por volta das 18h30

(de Manaus) em Fortale-za (CE). Hoje (2), James Rodríguez e companhia treinarão no Estádio Pre-sidente Vargas, enquanto amanhã (3), os jogadores farão reconhecimento do gramado do Castelão.

Colômbia faz treino fechado

LETALO ataque da sele-ção colombiana é a principal arma da equipe. Tem 11 gols em quatro jogos e o artilheiro da competição, James Rodríguez, com cinco tentospara ajudar

na marcaçãoJogadores em

treinamento físico no Centro de Treinamento

do São Paulo

A despeito das seque-las que a partida contra o Chile deixou na coxa esquerda e no joelho di-reito de Neymar, o técni-co da seleção brasileira não tem a menor dúvi-da de que contará com seu principal jogador na sexta-feira (4), diante da Colômbia.

O camisa 10 do Bra-sil e os demais titulares não foram ao campo da Granja Comary ontem (1), ficando na acade-mia aprimorando a parte física. Com um equipa-mento que emite cho-ques e alivia dor, Ney-mar apareceu andando de bicicleta ao lado do lateral Marcelo.

“Ele está usando a ban-dagem porque faz parte do tratamento. Ele tem um trauma no local e está em tratamento para que possa ficar bem, mas vai treinar amanhã (quarta-feira) e vai para o jogo”, assegurou José Luiz Runco, médico da seleção brasileira.

Na segunda-feira, Ney-mar se reapresentou com dores não apenas no joelho, mas também na coxa esquerda. Apesar de ser liberado pelo cor-po médico para treinar com bola a partir de hoje (2), o atacante continu-ará em tratamento até o dia do confronto em

Fortaleza, a exemplo do zagueiro David Luiz e do meia Oscar, outros dois jogadores que se queixaram de incômodo na volta aos trabalhos em Teresópolis.

O caso de David Luiz vem sendo observado desde antes do jogo con-tra os chilenos, do qual ele

participou, inclusive, com dores na região dorsal.

“Foi um mau jeito, como se diz popularmente. Pelo esforço do jogo, ainda não pode sanar comple-tamente o problema, o que vai acontecer agora, com tempo”, comentou Runco, negando preo-cupação também com a infl amação na coxa es-querda do meia Oscar.

“Todos fizeram o tra-balho que tinha que ser feito e treinarão normal”, declarou.

Neymar aparece combandagem no joelho

A cena do capitão da se-leção brasileira Thiago Silva isolado dos companheiros chorando sentado em cima de uma bola, antes da disputa dos pênaltis contra o Chile, está tendo desdobramentos no ambiente da equipe. Luiz Felipe Scolari chamou nova-mente ontem (1), a psicóloga Regina Brandão à Granja Co-mary. O treinador entendeu

que a presença da profi s-sional era necessária diante do descontrole emocional de alguns jogadores. “Faz parte do futebol. Tivemos uma con-versa normal, de grupo, para melhorar”, disse Ramires.

A conversa ocorreu antes do treino. Regina Brandão trabalha com Felipão desde 1993. Assim como na Copa de 2002, ela foi convidada pelo

treinador para traçar o perfi l psicológico do grupo atu-al, no início da preparação em Teresópolis, juntamente com duas colegas. Pouco mais de um mês depois, está de volta ao local para tentar administrar o equilí-brio emocional dos atletas.

“Está se colocando essa questão como um peso. Não vejo dessa forma. Vejo que os

jogadores estão vivendo essa Copa de uma forma muito intensa. Às vezes, isso acaba extravasando pelo choro. Não acho que seja ruim, é uma for-ma de se motivar. Prova disso é o Júlio (César), que, antes da disputa, também acabou cho-rando e, depois, fez o que fez. Vejo (o choro) como orgulho de representar a nação”, opinou o goleiro Victor.

Psicóloga volta à Granja Comary para reunião

Ele está usando a bandagem porque faz parte do tratamento. Ele tem um trauma no local e está em

tratamento para que possa fi car bem

José Luiz Runco, médico da seleção brasileira

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E6 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 2 DE JULHO DE 2014

Foi suado, mas a Argentina está nas quartas de fi nalCom gol de Di María nos minutos fi nais da prorrogaçao, hermanos bateram a retranca suíça na Arena Corinthians

A Argentina atingiu 100% de aproveitamento na fase de grupos da Copa do Mundo sem conven-

cer, claramente dependendo de Lionel Messi. Ontem (1), deve agradecer a outro astro: Angel Di María. O meia atacante do Real Madrid superou a própria má atuação e fez o gol da vitória por 1 a 0 sobre a Suíça no fi m do segundo tempo da prorrogação.

Messi, como já tinha ocorrido neste Mundial, tentou carregar sua pouco inspirada seleção durante toda a partida. Aos 12 minutos do último perío-do da partida, o craque foi abrindo espaço até encontrar Di María completamente livre para balançar as redes. Nos acréscimos, o suíço Dzemaili ainda acertou a trave.

No sufoco, a bicampeã mundial está nas quartas de fi nal da Copa do Mundo. Tentará encerrar jejum de 28 anos e manter o sonho do terceiro título às 12h (de Manaus) de sábado, quando encara no Mané Garrincha a Bélgica.

O jogo Do time que venceu a Nigé-

ria, o técnico Alejandro Sabella só trocou Aguero, machucado, e não inventou ao colocar La-vezzi. A estratégia era simples: Gago era um volante que mais parecia um quinto defensor e cabia a Mascherano, zagueiro no Barcelona, levar a bola ao quarteto ofensivo.

Ficou fácil para a Suíça encaixar sua marcação com duas linhas de quatro, afastando Mascherano dos homens da frente. Shaqiri e

Drmic eram os únicos soltos e, quando o time tinha a bola, Xhaka e Mehmedi se juntavam para não descuidar da parte defensiva.

Amarrada, a Argentina não conseguia jogar mesmo com Lavezzi voltando com frequên-cia para buscar a bola com Mascherano. Messi também se mexia bastante, mas sempre era seguido de perto por um ou dois suíços e não encontra-va espaço para dar arrancadas. Passou a tocar de primeira na bola e buscar as tabelas, mas só conseguia gerar algo quando encontrava Di María.

Desorganizados, os sul-ameri-canos se espalhavam em campo e, quando perceberam, encon-traram os europeus tocando a bola perto de Romero. Só faltava qualidade para entrar na área e

até para desarmar, tanto que não pouparam os rivais de faltas. Em uma delas, sofrida por Di María, aos 24 minutos, Messi cobrou na área para Higuain cabecear por cima do travessão.

Com um minuto de segundo tempo, Lavezzi encontrou Hi-guain prensado, e o centroa-vante, enfi m, apareceu. Messi acertou os dribles que costuma e levava a Argentina à frente. Só não podia poupar Romero, que falhou duas vezes ao tentar defender cobrança de falta aos quatro minutos, mas os suíços entenderam que não podiam fa-zer nada além de se fechar.

Nervosos, os argentinos pas-saram a cometer faltas e Gago acabou dando à Suíça a chance de sonhar nos acréscimos, quando até danifi cou a chuteira de Inler

com entrada dura. Na cobrança, os sul-americanos, ao menos, tiveram sorte ao ver Schaer ca-becear por cima do travessão. A prorrogação era inevitável.

Durante os três primeiros mi-nutos da prorrogação, a Suíça foi salva por Benaglio, goleiro que evitou cabeçada perigosa de Garay e ainda apareceu bem em fi nalização de Palacio.

Para o segundo tempo da pror-rogação, Sabella gastou suas duas substituições restantes, trocando os cansados Rojo e Gago por Basanta e Biglia. A Suíça, por sua vez, voltou a atuar para não deixar o rival jogar, fi cando na área e só le-vando susto em fi nalização de Di María, aos três minutos.

Quando os pênaltis pare-ciam inevitáveis, Messi abriu

espaço até encontrar Di Ma-ría completamente livre para balançar as redes, aos 12 minutos do segundo tempo. Já nos acréscimos, Dzemaili acertou a trave e, pouco de-pois, Di María perdeu a chance de espantar o sufoco quando tinha o gol vazio. A falta que Shaqiri cobrou na barreira argentina aos 20 minutos da etapa final da prorrogação, contudo, garantiu a festa ar-gentina em Itaquera.

FICHA TÉCNICAARGENTINA SUÍÇA

Local:

Árbitro:

Arena Corinthians, em São Paulo (SP)

Jonas Eriksson (Suécia)

ARGENTINA: Romero; Zabaleta, Garay, Fernández e Rojo (Basanta); Maschera-no, Gago (Biglia) e Di María; Messi, Higuaín e Lavezzi (Palacio)Técnico: Alejandro Sabella

SUÍÇA: Benaglio, Lichtsteiner, Schar, Djourou e Rodríguez; Behrami, Inler, Shaqiri, Xhaka (Gelson Fernandez) e Mehmedi (Dzemaili); Drmic (Seferovic) Técnico: Ottmar Hitzfeld

Gols: ARGENTINA: Di Maria

Cartões: amarelos: Rojo (Argentina). Xhaka, Fernandes (Suíça)

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Goleiro Benaglio pu-lou, mas não conse-guio chegar na bola

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Lateral Lichtsteiner elogia campanha suíça

Por muito pouco a Suíça não segurou a Argentina. Até os últimos minutos da prorrogação, os europeus interceptaram todas as ações ofensivas do adver-sário, mas a desatenção nos lances fi nais custou a clas-sifi cação. Apesar da falha na jogada que resultou no gol de Di María, o lateral Lichtsteiner faz questão que elogiar a postura de sua seleção na partida.

“Preciso parabenizar o time, porque de qualquer forma fi zemos tudo o que poderíamos ter feito”, garan-tiu, admitindo tristeza, mas lembrando a boa atuação defensiva da Suíça.

“Estamos decepcionados, mas fi zemos realmente um

bom trabalho. Jogamos bas-tante e estamos muito can-sados. Mas acho que enfren-tamos um dos melhores times do mundo, então isso é algo que nos enche de orgulho”, afi rmou o defensor.

Lichtsteiner foi uma das peças essenciais para a contenção do ím-peto argentino durante o tempo regulamentar.

A seleção deixa o Mundial após vencer dois e perder ou-tros dois jogos. A classifi cação às oitavas de fi nal foi conquis-tada devido aos triunfos sobre Equador e Honduras, tendo o revés para a França rendido a segunda colocação do grupo E. Com a desclassifi cação, a Suíça segue sem chegar às quartas de fi nal desde 1954.

CABEÇA ERGUIDAAlejandro Sabella compara jogo com sofrimento de 1998

Foi nos últimos instantes, mas a Argentina venceu por 1 a 0 e está entre as oito melhores seleções desta Copa do Mun-do. Visivelmente emocionado após o apito fi nal, o técnico Alejandro Sabella demonstrou alívio ao ser entrevistado na saída do gramado da Are-na Corinthians. Ele chegou a comparar a classifi cação sobre a Suíça ontem (1) com as oitavas de fi nal de quatro Mundiais atrás.

“Estive nos pênaltis contra a Inglaterra, em 1998, como assistente. Mas agora, como treinador, tem um peso maior. Por sorte conseguimos ven-cer ainda nos 120 minutos”, comparou o técnico argentino, exaltando o poder de decisão de seus comandados.

Mas a classifi cação para as quartas de fi nal poderia ter

sido muito menos sofrida. A Albiceleste foi superior prati-camente por todo o jogo e obri-gou o goleiro Benaglio a fazer pelo menos quatro grandes defesas. Mas o ímpeto dimi-nuiu no tempo extra, quando a Suíça aproveitou o melhor condicionamento físico para sair da pressão adversária.

O gol de Di María só saiu em contragolpe aos 12 minutos do segundo tempo da prorro-gação. Assim, Sabella admite que os argentinos poderiam ter roído menos as unhas.

“Sim (poderíamos ter feito o gol antes). O primeiro tem-po foi parelho, tivemos só duas oportunidades claras, mas depois a partida foi toda nossa “, completou o treina-dor, que volta a comandar a Albiceleste neste sábado, nas quartas de fi nal.

EMOÇÃOTécnico argentino em

entrevista coletiva

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Bélgica volta às quartas do Mundial após 28 anos Apontada por muitos como a sensação da Copa do Brasil, a Bélgica, pela primeira vez na competição, vence e convence

A atual ‘geração belga’ chegou muito bada-lada ao Brasil, não se apresentou bem

nos primeiros jogos, mas já recolocou o país de volta às quartas de fi nal da Copa do Mundo após 28 anos. Ontem, na Arena Fonte Nova, em Salvador (BA), a Bélgica fi nal-mente fez uma apresentação convincente. Com velocidade, o time europeu dominou os Estados Unidos, mas perdeu muitos gols ao longo dos 90 minutos e precisou da prorro-gação para vencer por 2 a 1 e avançar na competição.

A salvação veio apenas no início do tempo extra. Lukaku saiu do banco de reservas, começou a joga-da pela esquerda e cruzou rasteiro para De Bruyne. O meia teve habilidade para sair da marcação e chutar ao fundo do gol, vencendo o goleiro Howard, que iria se consagrando até então. De-pois de desencantar, ainda sobrou tempo para Lukaku também deixar sua marca. Já no fi nal da prorrogação, Green conseguiu descontar para os Estados Unidos.

Com a vitória sofrida on-tem, a badalada “geração belga” consegue recolocar o país nas quartas de fi nal da Copa do Mundo, feito que não era conquistado desde 1986, ano de melhor cam-panha da seleção (4º lugar). Na próxima fase, o adversário será a Argentina, que também precisou da prorrogação para eliminar a Suíça com uma vitória por 1 a 0. O duelo está marcado para o próximo sábado, às 12h (de Manaus),

no Estádio Mané Garrincha.

Bela defesaLogo no lance inicial de ata-

que, De Bruyne descolou belo passe para Origi no lado direito, o atacante invadiu a área, bateu cruzado rasteiro e o goleiro Howard fez bela defesa. Era possível perceber, portanto, que não seria tão difícil envolver os zagueiros norte-americanos,

que se atrapalhavam ao ten-tarem marcar o trio de meias belgas que se movimentavam na intermediária.

Sem a mesma habilidade do adversário, os Estados Unidos eram mais objetivos quando chegavam ao ataque, procurando defi nir as jogadas de forma rápida. Sendo as-sim, aos 21 minutos, Bradley escapou em velocidade, foi desarmado pela zaga, mas a bola fi cou com Dempsey, que, usado como centroavante na partida, bateu colocado e viu Courtois fazer boa defesa.

O primeiro tempo seguia movimentado, com maior domínio dos belgas, mas os norte-americanos ainda con-seguiam chegar com perigo em lances isolados.

PRESSÃODispostos a garantir a classifi cação ainda no tempo normal, os belgas realizaram sua melhor partida neste Mundial. Com velocidade e uma envolvente troca de passes, os europeus fi nalizaram 38 vezes

Atacante Romelu Lukaku entrou na seleção da Bélgica no primeiro tempo da prorrogação e decidiu a partida para os europeus. O centroavante do Everton ainda anotou o segundo gol de sua seleçãoFO

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A etapa complementar co-meçou de forma semelhante ao que pôde ser visto no início do jogo. Com maior responsabilidade de balan-çar as redes, a Bélgica teve mais uma grande chance no primeiro minuto. De Bruyne recebeu na direita, fez o cruzamento com efeito para o meio da área, Mertens desviou de cabeça e qua-se encobriu Howard, mas o goleiro se recuperou e fez bela defesa.

Se o time norte-americano mostrou reação na primeira etapa, o cenário foi comple-tamente diferente no segun-do tempo. Melhor em campo, a Bélgica seguiu no campo de ataque e quase marcou aos

10, porém Origi furou ao ten-tar completar o cruzamento de Verthongen. Um minuto depois, o atacante teve a chance de se redimir, mas o desvio de cabeça carimbou o travessão de Howard.

Para tentar aliviar a pres-são, Dempsey fez jogada individual no ataque nor-te-americano, arriscou de fora da área e Courtois fez boa defesa. A resposta da Bélgica não demorou. Mi-rallas recebeu lindo passe de Origi, invadiu a área com liberdade, bateu cruzado e Howard usou os pés para mandar à linha de fundo. Os Estados Unidos não mos-travam reação e pareciam rezar pelo fi m do jogo.

Tanto bate até que...Depois de ver sua equipe

abusar de perder gols, Marc Wilmots resolveu trocar o seu centroavante para a prorrogação. Lukaku pas-sou a ocupar a vaga de Origi e ajudou a resolver o jogo com apenas três minutos em campo. O ata-cante escapou pela direita, fez o cruzamento rasteiro para De Bruyne, que saiu do marcador, bateu cruza-do e finalmente venceu o goleiro Howard.

Mesmo com o gol mar-cado, a Bélgica seguiu no campo de ataque, voltou a perder mais duas oportu-nidades, mas o inspirado Lukaku ainda conseguiu dei-

xar sua marca. Responsável por mudar o jogo, o atacante inverteu de papeis com De Bruyne, recebeu o passe do meia e fi nalizou para o fundo das redes. O gol deixava o time europeu muito perto das quartas de fi nal.

No início da segunda eta-pa da prorrogação, porém, os Estados Unidos quiseram dar mais emoção ao con-fronto na Fonte Nova. Em seu primeiro toque na bola, Green foi acionado dentro da área e teve categoria para colocar ao fundo das redes. A torcida então pas-sou a acreditar, o jogo fi cou ainda mais movimentado e o fi nal, com os dois times cansados, foi eletrizante.

Nem o paredão Howard parou os belgas

O goleiro norte-americano bem que tentou parar a avalanche belga, mas Lukaku e De Bruyne furaram o bloqueio dos EUA

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E8 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 2 DE JULHO DE 2014

Volante se machuca e não joga mais a Copa do Mundo

O anúncio foi feito na ma-nhã de ontem (1) pela fe-deração holandesa. Ele tem uma contusão muscular na virilha que o deixará de duas a quatro semanas afastado do futebol. No jogo com o México, no domingo (29), ele deixou o campo aos nove mi-nutos do primeiro tempo.

Com 29 anos e 75 parti-das pela seleção holandesa,

o jogador, que defende o Milan, continuará no Brasil com a equipe, fazendo aqui seu tratamento.

“É uma grande perda para nós”, afirmou o ata-cante Robben, principal nome da Holanda. “Mas qualquer um que venha do banco tem mostrado que pode ter impacto no jogo”, afirmou o jogador.

HOLANDA

Federação camaronesa apura casos de fraude

MANIPULAÇÃO

A Federação de Futebol de Camarões (Fecafoot) afi rmou que vai investigar denúncias de que sete de seus jogado-res estiveram envolvidos na combinação de resultados de jogos da Copa do Mundo.

A federação já instruiu seu comitê de ética a investigar as denúncias do que descre-veu como uma “fraude” nas três partidas, em particular na

derrota para a Croácia por 4 a 0, em Manaus.

As denúncias contra Cama-rões vieram do fraudador con-denado Wilson Raj Perumal, que previu em um debate com a revista alemã “Der Spiegel” o resultado e a expulsão de um jogador. Song, um meia de Camarões, foi expulso no primeiro tempo da partida contra os croatas.

Jogador holandês não poderá ajudar sua seleção na Copa

Luis Suárez tem proposta de time da liga do Kosovo

Suspenso por nove jogos da seleção uruguaia e afas-tado por quatro meses de atividades ligadas ao fute-bol, o atacante Luis Suárez não poderá entrar em cam-po por qualquer campeona-to ligado à Fifa. Por isso, um time da Liga do Kosovo fez uma proposta ao Liverpool para contar com o jogador nesse período.

O jornal inglês The Tele-

graph, fazendo referência a uma reportagem de Ko-sovo, ressalta que o clu-be Hajvalia, que disputa o campeonato do país ainda não fi liado à Fifa, fez uma proposta de empréstimo. No contrato, o Liverpool ganharia 30 mil euros para ceder o jogador pelos qua-tro meses, com um salário de 1200 libras esterlinas por semana.

NOVA CASA?

Atacante uruguaio pode aceitar a oferta para não fi car parado

FERNANDO DANTAS/GAZETAPRESS

DIVULGAÇÃO

NUNO GUIMARÃES/STR/GAZETA PRESS

Ribery é o principal nome do futebol fran-

cês e fi cou fora da Copa por lesão

Ribéry não vem ao BrasilMeia-atacante recusou convite da Federação Francesa e não virá à Copa

Cortado às vésperas da Copa do Mundo por conta de uma lombal-gia, o meia-atacante

francês Franck Ribéry recusou um convite da Federação Fran-cesa de Futebol (FFF) para assistir ao jogo das quartas de fi nal contra a Alemanha, na próxima sexta-feira. A infor-mação é do jornal Le Fígaro.

“Franck Ribéry não colo-cará os pés no Brasil. Gran-de ausência francesa desta Copa do Mundo em razão de uma contusão nas costas, o jogador recusou o convite

da FFF que lhe ofereceu a possibilidade de vir ao Brasil para as quartas de fi nal diante da Alemanha, sexta-feira”, diz o texto do jornal francês.

A presença de Ri-béry foi um pedido de Deschamps, já que na visão do treina-dor, o experiente atleta do Bayern de Munique seria uma importante fonte de apoio aos jogadores que irão para a decisão.

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da FFF que lhe ofereceu a possibilidade de vir ao Brasil para as quartas de fi nal diante da Alemanha, sexta-feira”, diz o texto do jornal francês.

A presença de Ri-béry foi um pedido de Deschamps, já que na visão do treina-dor, o experiente atleta do Bayern de Munique seria uma importante fonte de apoio aos jogadores que irão para a decisão.

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E9MANAUS, QUARTA-FEIRA, 2 DE JULHO DE 2014

Torcedores de outras nacionalidades que viram suas seleções fi carem pelo meio do caminho adotam o Brasil para

continuarem torcendo no Mundial

Apenas oito seleções ainda sonham com o título da Copa do Mundo 2014. Vinte

e quatro países já voltaram para a casa e deixaram seus torcedores com uma pergun-ta na cabeça: para quem torcer nas fases fi nais? Pelo o que é visto pelas ruas de Ma-naus, essa dúvida não existe mais para muitos turistas que fi caram órfãos durante este Mundial. Eles acabaram adotando o Brasil como time e empurrarão Neymar e com-panhia no restante do cam-peonato. Exemplo disso é a

japonesa Angelina Kaori, 18. Ela tor-

cerá pela seleção brasileira, mesmo

achando que a favo-rita para a competição

é a Holanda.“O Japão superou as mi-

nhas expectativas. Ele foi muito além do que eu espe-

rava. Lembrando que há uns anos ele sequer participava das Copas. Nesse contexto, foi uma grande evolução”, disse a estudante de jorna-lismo que lamentou o fato de ter visto seus compatriotas tristes com a eliminação da Copa do Mundo.

O português Nelson Fer-reira, 63, admite que fi cou decepcionado com a fraca campanha feita pela seleção de Portugal, que tinha como grande astro o craque Cris-tiano Ronaldo, considerado o melhor jogador de futebol do Mundo em 2013. Porém, sabe que até os grandes jogadores precisam da ajuda de uma boa equipe para obter su-cesso. “O Cristiano precisava do apoio de bons jogadores. Infelizmente não aconteceu isso com os atletas portu-gueses. A partir de agora, torcerei pelo selecionado brasileiro”, afi rmou o apo-sentado que mora no Brasil há mais de 40 anos.

Outro português que tor-cerá pelo sucesso da seleção

comandada pelo treinador Luiz Felipe Scolari será o aposentado José Fernando Ferreira, 67, irmão mais velho de Nelson. “Vivo há muito tempo aqui (Manaus) e me já me considero brasileiro. Tinha esperança que Por-tugal fosse bem mais longe nessa Copa, porém o trope-ço contra os Estados Uni-dos atrapalhou. Torcerei pelo Brasil e acredito no Hexa”, falou José.

Segundo o equatoriano Emerson Bastos, 34, sua torcida não vai apenas para uma seleção, mas sim para o continente americano. “Minha seleção já voltou para casa e o jeito agora é torcer pelas outras equipes do continente. Queria muito que a fi nal fosse entre duas equipes latinas. Colômbia e Costa Rica correm por fora nas quartas de fi nais, po-rém estão mostrando muita qualidade e vontade dentro de campo. Mesmo com tudo isso, acredito que Brasil e Ar-gentina tem mais chances”, argumentou o torcedor que afi rmou que se as duas gran-des rivais da América do Sul se enfrentarem na fi nal, sua torcida vai ser pela seleção brasileira devido ele e seus amigos terem sido muito bem recebidos nas cidades por onde já passaram nesse período da Copa do Mundo.

Torcedores estrangeiros adotam o Brasil nas quartas

Thiago FernandoEquipe EM TEMPO

FOTOS RICARDO OLIVEIRA

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E10 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 2 DE JULHO DE 201410

Grande público para às quartasO prefeito Arthur Virgílio

Neto se juntou a torcida ar-gentina e suíça para conferir, nesta terça-feira, 1º de julho, a penúltima partida pelas oitavas de fi nal da Copa do Mundo. Apesar do público pequeno que compareceu ao Complexo Turístico Pon-ta Negra, onde acontece a Fifa Fan Fest, não faltou alegria. “Nunca vi uma Copa tão disputada. Os times es-tão precisando dar o seu melhor, incluindo o Brasil. O jogo entre Argentina e Suíça foi muito duro e, até o fi nal da partida, as duas seleções

estavam muito bem, até que o Messi decidiu mais uma vez no lance para o Di Maria. Es-tamos felizes com a presen-ça de turistas estrangeiros em Manaus, mesmo com a cidade já tendo encerrado sua participação no Mun-dial”, avaliou o prefeito.

Natural de Manaus, mas vivendo na Suíça desde a infância, Suziane Kaufmann assistiu à partida na Ponta Negra ao lado da família. Há seis anos sem visitar a capi-tal amazonense, ela afi rmou estar muito feliz com a nova cidade que encontrou.

“Manaus está mais bonita, bem cuidada. Não foi à toa que os estrangeiros se apai-xonaram pela nossa capital. Mesmo com a eliminação da Suíça, estou muito feliz de estar aqui e ver que a cidade mudou para melhor”, disse.

Suziane, seu esposo e as duas fi lhas do casal almo-çaram com o prefeito Arthur Neto e com o argentino Er-nesto Diaz, que atualmente vive nos Estados Unidos, onde nasceu seu fi lho Da-niel, também presente no encontro. Num clima de “ri-validade saudável”, todos

agradeceram pela hospita-lidade do prefeito e do povo manauara.

“Chegamos hoje (terça) e essa é a nossa primeira vez no Brasil. Não acreditei no quanto a cidade é grande e organizada. Sempre tive curiosidade em conhecer o Amazonas e fi quei impres-sionado com a infraestrutu-ra encontrada aqui. Manaus é linda e não deixa nada a desejar, se comparada a outras capitais do mundo”, comentou Ernesto, que con-fi rmou que pretende voltar mais vezes à cidade.Prefeito tem prestigiado todas as fases da Copa na Fan Fest

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Fan Fest com programação normal nesta sexta-feiraNa sexta-feira a atração nacional será a dupla sertaneja Maria Cecília e Rodolfo. A Fifa Fan Fest fi cará aberta até as 22h

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É esperando um grande público nes-ta sexta-feira

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Após o resultado das oitavas de fi nal e com os intervalos dos jo-gos da Copa do Mun-

do, a Fifa Fan Fest Manaus fechará os portões hoje e amanhã, dias 2 e 3 respec-tivamente. A programação voltará na sexta-feira, a par-tir de 10h e com transmissão ao vivo do jogo entre Brasil e Colômbia, às 16h, direta-mente da Arena Castelão, em Fortaleza (CE).

Mais cedo, ao meio-dia, haverá decisão do jogo en-tre França e Alemanha, que ocorrerá no Maracanã, Rio de Janeiro (RJ).

Após a disputa, os melho-res do rock clássico fi cam por conta da Echoes Band,

grupo formado por jovens amazonenses que tem como estilo o hard rock.

Já a grande atração da noite é a dupla sul mato-grossense Maria Cecília e Rodolfo, que tocará os maio-res sucessos da música ser-taneja para fechar o 23° dia da Fan Fest.

O show promete animar o público com os sucessos ‘Presente de Deus’ e ‘Você de Volta’.

Festa na Zona LesteA transmissão pública na

avenida Itaúba, bairro Jor-ge Teixeira, na Zona Les-te de Manaus continua. Nesta sexta-feira, o evento começa-

rá às 10h e contará com o agito do DJ Marcos Tu-barão, Frutos do Pagode, a cantora ama-zonense Márcia Novo e a banda Forró na Cara. A festa promovida pela prefeitura de Manaus vai até às 22h.

Horário de funcionamento

te de Manaus continua. Nesta sexta-feira, o evento começa-

normal nesta sexta-feiranormal nesta sexta-feiraNa sexta-feira a atração nacional será a dupla sertaneja Maria Cecília e Rodolfo. A Fifa Fan Fest fi cará aberta até as 22h

Após o resultado das oitavas de fi nal e com os intervalos dos jo-gos da Copa do Mun-

do, a Fifa Fan Fest Manaus fechará os portões hoje e amanhã, dias 2 e 3 respec-tivamente. A programação voltará na sexta-feira, a par-tir de 10h e com transmissão ao vivo do jogo entre Brasil e Colômbia, às 16h, direta-mente da Arena Castelão, em Fortaleza (CE).

Mais cedo, ao meio-dia, haverá decisão do jogo en-tre França e Alemanha, que ocorrerá no Maracanã, Rio de Janeiro (RJ).

Após a disputa, os melho-

grupo formado por jovens amazonenses que tem como estilo o hard rock.

Já a grande atração da noite é a dupla sul mato-grossense Maria Cecília e Rodolfo, que tocará os maio-res sucessos da música ser-taneja para fechar o 23° dia da Fan Fest.

O show promete animar o público com os sucessos ‘Presente de Deus’ e ‘Você de Volta’.

Festa na Zona LesteA transmissão pública na

avenida Itaúba, bairro Jor-ge Teixeira, na Zona Les-te de Manaus continua.

rá às 10h e contará com o agito do DJ Marcos Tu-barão, Frutos do Pagode, a cantora ama-zonense Márcia Novo e a banda Forró na Cara. A festa promovida pela prefeitura de

Horário de funcionamento

O show promete animar o público com os sucessos ‘Presente de Deus’ e ‘Você

Festa na Zona LesteA transmissão pública na

avenida Itaúba, bairro Jor-ge Teixeira, na Zona Les-te de Manaus continua.

pela prefeitura de Manaus vai até às 22h.

O jogo das quartas de fi nal entre Brasil e Colômbia pro-vocará alteração no horário de funcionamento dos shop-pings da capital. O Shopping Ponta Negra abrirá as portas normalmente às 10h e fecha-

rá uma hora antes do jogo, às 15h. A partir des-

te horário e durante

a partida que ocorrerá às 16h, o funcionamento da praça de alimentação será facultativo. Enquanto alguns restaurantes e lanchonetes poderão optar por permane-cer atendendo, outros estarão fazendo uma pausa na hora do jogo.

O encerramento de todas as atividades no Shopping Ponta Negra continua normalmen-te até às 22h. O Manauara Shopping também funciona-rá em horário especial nesta sexta-feira. A abertura do

centro de compras se dará às 10h e o fechamento às 15h30. A reabertura está pre-vista para 18h30. Em caso de prorrogação e pênaltis, o shopping abrirá apenas às 19h30. Excepcionalmente, o fechamento das lojas será opcional até às 23h.

O Amazonas Shopping fe-chará às 15h30 e reabrirá meia hora após o término da partida. O shopping abri-rá normalmente às 10h. O encerramento das atividades do será às 22h.

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Page 11: Pódio - 2 de julho de 2014

E11MANAUS, QUARTA-FEIRA, 2 DE JULHO DE 2014

Pinilla tatua ‘quase gol’ do ChileO atacante chileno Mau-

ricio Pinilla tatuou em suas costas o lance que por pouco não eliminou o Brasil nas oitavas de fi nal da Copa do Mundo. Aos 14 min do se-gundo tempo da prorrogação, quando a partida entre Brasil e Chile estava empatada por 1 a 1, o jogador recebeu a bola na entrada da área e chutou forte acertando o travessão do goleiro Júlio César. Com o empate, o jogo foi para os pênaltis e a seleção brasileira venceu por 3 a 2.

A jogada foi eternizada também na pele de Pinilla. O atacante tatuou o lance

em suas costas com a frase “Um centímetro da glória” logo abaixo do desenho e divulgou a tatuagem pelas redes sociais. Além do lan-

ce fatídico, Pinilla tatuou também a palavra “Aben-çoado” e a frase “Para avida” na cabeça.

O jogo contra o Brasil fi cou marcado também por uma confusão envolvendo o ata-cante. Ele se envolveu em uma briga durante o intervalo da partida com o diretor de comunicação da CBF, Rodrigo Paiva. A Fifa suspendeu o brasileiro por um jogo por ter dado um soco no rosto do jogador. Pinilla pertence ao Cagliari, da Itália, e caso ti-vesse feito o gol, teria tornado a campanha brasileira a pior da história em Mundiais.

Copa deve aumentar a confi ança O ministro da Fazenda,

Guido Mantega, disse que o sucesso do Brasil na Copa do Mundo deve melhorar a confi ança do consumidor. “Os analistas achavam que a Copa seria um fracasso e ela está se revelando um sucesso. A população está satisfeita e isso pode mudar a confi ança”, ressal-tou após anunciar a ma-nutenção da desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis.

Na avaliação do minis-tro, já há indícios de que a disposição da população para comprar está melho-rando, após quedas con-secutivas dos indicadores. “Na questão da confi ança, nós tivemos o primeiro ín-

dice positivo de confi ança do consumidor. Depois de alguns meses com queda na confi ança, vemos uma mudança”, destacou.

O Índice de Confi ança do Consumidor (ICC) subiu 1% de maio para junho deste ano, passando de 102,8 para 103,8 pontos. O resultado positivo no mês, porém, é insufi ciente para alterar a tendência de queda do indicador, iniciada em no-vembro do ano passado. Os dados foram divulgados na última quinta-feira (26.06) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Funda-ção Getulio Vargas (FGV).

Mantega também acre-dita que a infl ação perderá força nos próximos meses. Como exemplo, o ministro

citou a informação de que os 35 itens mais consumidos em supermercados tiveram infl ação de apenas 4,23% nos últimos 12 meses. “Isso mostra que a infl ação está caindo, e continuará caindo nos próximos meses. En-tão, essa queda reconstitui o poder aquisitivo da popu-lação”, enfatizou.

A partir desse cenário, o ministro prevê um cresci-mento mais forte do va-rejo na segunda metade do ano. “Este ano, após a Copa, com a infl ação mais baixa e maior confi ança, nós poderemos ter um com-portamento semelhante ao do ano passado, ou uma expansão um pouco maior do comércio no segundo semestre”, avaliou.

Para Mantega, há indícios de que a disposição da população para comprar está melhorando

ELZA

FIÚ

ZA/A

BR

CRÉDITO

NA TRAVE

BRIGAO jogo contra o Brasil fi cou marcado tam-bém por uma confusão envolvendo o atacante. Ele se envolveu em uma briga durante o inter-valo da partida com o diretor de comunicação da CBF, Rodrigo Paiva

Pinilla tatuou nas costas lance que por pouco não eliminou o Brasil

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Jogos defi nidos na prorrogaçãoNa história das Copas do Mundo, mais de 30 partidas foram decididas na prorrogação, sem a necessidade de cobrança de pênaltis. Em pelo menos três ocasiões, o Brasil usou os 30 minutos adicionais para defi nir sua permanência

Na história das Copas do Mundo, 36 parti-das foram decididas na prorrogação sem a

necessidade de chegar nos pê-naltis. A última delas foi ontem, quando a Bélgica derrotou os Estados Unidos, em Salvador, por 2 a 1. Das 34 seleções que já disputaram o tempo extra, nenhuma tem desempenho su-perior a Argentina.

Os argentinos tiveram seu destino em Mundiais decidido três vezes em prorrogações. Em todas elas, a equipe saiu vitoriosa. Antes de despachar a Suíça, ontem, a Argentina já havia derrotado o México

nas oitavas de fi nal de 2006 e conquistado o título de 1978, com vitória de 3 a 1 sobre a Holanda, em casa.

BrasilEm três ocasiões, a seleção

brasileira usou os 30 minutos adicionais para defi nir a sua permanência em uma Copa. A única vitória foi na primeira prorrogação. Em 1938, o time dirigido por Adhemar Pimenta empatou com a Polônia em 4 a 4 no tempo regulamentar, de-pois de estar ganhando por 3 a 1 no intervalo. No tempo extra, Leônidas da Silva marcou duas vezes na vitória de 6 a 5.

Na fase seguinte, o Brasil encarou a Tchecoslováquia. Empate de 1 a 1 nos 90 minutos. Mais 30 minutos e nenhum gol. Então, era dis-

putado um novo jogo, como determinava o regulamento da época.

A terceira prorrogação bra-sileira também acabou em empate. Foi em 1954, na Su-íça. O Brasil fi cou em 1 a 1 diante da Iugoslávia na fase de grupos. Após empate no tempo normal, foi necessário tempo extra. Nenhum gol e as duas equipes avançaram para a próxima fase, com um ponto a mais do que os franceses.

Nesta Copa, o Brasil já levou um jogo para a prorrogação, nas oitavas, contra o Chile, mas só conseguiu superar o adversário nos pênaltis.

Os italianos são os maiores vencedores de prorrogação. São cinco vitórias, uma der-rota e um empate. Foram os primeiros a conquistar um Mundial dessa forma, em 1934. No tempo normal, 1 a 1. No período prolongado deu Itália: 2 a 1. Depois disso, os italianos eliminaram a No-ruega (1938), Alemanha Oci-dental (1970), Nigéria (1994) e Alemanha (2006). A única

queda aconteceu em 2002, para os sul-coreanos.

Ninguém se deu tão mal em prorrogações quanto os holandeses. A equipe laran-ja nunca ganhou no tempo extra, mas já perdeu três vezes. Dois desses insuces-sos foram em decisões. Em 1978, empatou em 1 a 1 no tempo normal, mas perdeu por 3 a 1 da Argentina no tempo extra.

Os maiores vencedoresATÉ AGORAA Copa do Mundo 2014 já viu três se-leções saírem clas-sificadas ainda na prorrogação. Além da Argentina e Bélgica, a Alemanha eliminou a Argélia, na segunda (30), em Porto Alegre

Os argentinos tiveram seu destino em Mundiais decidido três vezes em prorrogações, incluindo a partida de ontem

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E12 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 2 DE JULHO DE 2014

Três Copas tiveram mais de 150 golsMundial no Brasil já é o terceiro, pois com os jogos de ontem chegou a 154 gols

Ex-zagueiro dos EUA exalta o BrasilUm veterano em Copas

do Mundo da Fifa, o norte-americano Marcelo Balboa participa do evento pela sex-ta vez. Balboa jogou três Copas do Mundo (Alemanha 1990, Estados Unidos 1994 e França 1998) como zaguei-ro. Depois da aposentadoria, virou comentarista do canal Univision e participou de ou-tras três edições (Alemanha 2006, África do Sul 2010 e agora Brasil 2014).

Ontem (1), esteve em Salva-dor, na Arena Fonte Nova, para transmitir a partida entre Bél-gica e Estados Unidos, pelas oitavas de fi nal. A transição, ele garante, não é fácil. Depois de estar no campo tantas vezes, é difícil comentar das cabines de imprensa e não poder ajudar os norte-americanos. “Quer sa-ber a verdade? É uma droga”, riu o ex-defensor. “Você sem-pre quer jogar, especialmente quando chega ao estádio, vê o campo, sente a atmosfera e vê como os brasileiros estão re-

cebendo bem a todos. Sempre dá saudades”, admitiu.

Para ele, a Copa do Mundo no Brasil tem sido um sucesso em campo e fora. “Tivemos alguns voos atrasados, mas quando você vem a uma Copa e tanta gente vem ao seu país, você espera coisas as-sim. Mas não acho que isso tenha incomodado tanto a ninguém. A aventura tem sido divertida. Não tenho nada a não ser excelentes coisas a dizer sobre a experiência”, revelou o norte-americano, impressionado com o volume de carros nas ruas brasileiras. “É muito maluco o número de pessoas dirigindo. Mas não é nada que não vemos também em Nova York”.

FavoritoMarcelo Balboa disse ainda

que o Mundial no Brasil é o seu favorito como especta-dor. Para ele, somente a Copa de 1994 supera a experiência no Brasil. “Eu vivi e respirei

a Copa de 1994”, lembrou, dizendo que jogar em casa é um diferencial. “Tenho cer-teza que os jogadores brasi-leiros estão se sentindo da mesma forma. Poder jogar no seu país, na frente de todo mundo, é especial”.

Balboa também lembrou da partida entre Brasil e Estados Unidos na Copa de 1994. Ele esteve em campo contra o time de Romário e Bebeto. O duelo, disputado em um 4 de julho, dia da inde-pendência norte-americana, é lembrado até hoje.

“Foi divertido. Os brasileiros tinham mais a perder. Nós passamos de fase e as pessoas fi caram surpresas. Eu lembro de falar com o Bebeto e ele me disse que estavam nervosos por nos enfrentar naquele dia. E a gente pôde ver isso quando ele fez aquele gol e o jeito como comemoraram. Foi um grande jogo. Infelizmente per-demos, mas perdemos para os campeões”, afi rmou.

MARCELO BALBOA

Marcelo Balboa comentarista (à esquerda), em 2014, e zagueiro (à direita), em 1994

VAGNER DANTAS/PORTAL DA COPA

Apenas três Copas ti-veram mais de 150 gols até hoje em 20 edições. A terceira a

entrar na lista é justamente o Mundial no Brasil, que an-tes mesmo do confronto entre Estados Unidos e Bélgica, já somava 151 gols.

A seleção que lidera a ar-

tilharia é a Holanda com 12 gols em quatro partidas, sendo cinco justamente na estreia contra a campeã Espanha. Depois aparece a Colômbia, com 11. O Brasil é o quinto na lista, com 8.

O recorde na história perten-ce à Copa de 1998, na França, quando foram feitos 171 gols

em 64 partidas. Aquela compe-tição foi, inclusive, a primeira a contar com 32 seleções.

A equipe anfi triã acabou com o melhor ataque e foi respon-sável por 15 gols, sendo três deles justamente na decisão contra o Brasil, que até en-tão liderava no quesito, mas acabou com 14 gols.

Em segundo lugar vem a Copa disputada na Coreia do Sul e no Japão, em 2002: 161 gols. Naquela edição, o Brasil conquistou o pentacampeo-nato com o melhor ataque: 18 gols, sendo 8 apenas do atacante Ronaldo. Rivaldo e o alemão Klose fi zeram mais 5 gols cada um.

O Mundial no Brasil já supe-rou, em menos jogos (55 até agora), inclusive, as edições da Alemanha-2006 (147) e África do Sul-2010 (145). Nas edições em que a Copa teve 24 países, de 1982 até 1994, o recorde de gols pertence ao disputado na Espanha, em 82, quando foram marcados 146

gols, em 52 jogos.Nas edições com 16 países

(de 1954 a 1978), a edição com mais gols foi a de 54, na Suíça: 140 em 26 parti-das. Pertence justamente aos suíços a Copa com a melhor média de gols por partida: 5,4. A pior, na média, é de 1990, na Itália: 2,2.

A seleção que lidera a artilharia é a Holanda, com 12 gols em quatro partidas. Depois aparece a Colôm-bia, com 11. O Brasil é o quinto na lista, com 8

RICARDO STUCKERT/CBF

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