pódio - 27 de julho de 2014

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MANAUS, DOMINGO, 27 DE JULHO DE 2014 [email protected] x Flamengo estreia Luxemburgo como técnico no confro nto contra o B otafo go. Em São Paulo , o Cor inthians ten ta enco star no Cr uzeiro , mas, para isso, precisa bater o rival Palmeiras, na A rena de Itaquera . Pódio E 6 e E 7 Princesa do Solimões enfrenta o Rio Branco (AC) na Colina Pódio E5 Domingo de c lássicos Stand Up Paddle (SUP) ganha adeptos em Manaus Pódio E3

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Pódio - 27 de julho de 2014

MANAUS, DOMINGO, 27 DE JULHO DE 2014 [email protected]

xFlamengo estreia Luxemburgo como técnico no confronto contra o Botafogo. Em São Paulo, o Corinthians tenta encostar no Cruzeiro, mas, para isso, precisa bater o rival Palmeiras, na Arena de Itaquera. Pódio E6 e E7

Pódio E2 e E3DIEGO JANATÃ

Princesa do Solimões enfrenta o Rio Branco (AC) na Colina

Pódio E5

Domingo de clássicosx

Stand Up Paddle (SUP) ganha adeptos em Manaus

Pódio E3

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Page 2: Pódio - 27 de julho de 2014

E2 MANAUS, DOMINGO, 27 DE JULHO DE 2014

Eu acho que o UFC vai acon-tecer aqui sim. Não só os atle-tas, tam-bém toda a população amazonense merece

Casca-grossa, fi nalizador e guerreiro. Esses são alguns dos adjetivos que o lutador amazo-nense de MMA Adriano Martins recebe dos adversários e dos apaixonados pelo esporte. Che-gando ao auge da carreira aos 32 anos, o representante do Estado no UFC, maior evento de luta do mundo, venceu sua última luta após nocautear o mexicano Juan Puing ainda no primeiro round e já começou a planejar seu próximo combate no evento. Adriano treina para aperfeiçoar cada vez mais seu jogo com a equipe da academia Top Life. O atleta, que já conquistou duas vezes o Campeonato Mundial de jiu-jitsu, conversou com o Pódio e relembrou um pouco sobre sua carreira e como foram os primei-ros passos no mundo da luta.

Pódio: Você venceu e está com moral no UFC. Já sabe quando será a próxima luta?

Estamos negociando para voltar o mais rápido possível ao octógono. Quando cheguei, recebi um convite para lutar já em agosto, mas infelizmente machuquei meu ombro no pe-ríodo de treinamento e acabei não aceitando. Estou negociando para lutar no fi nal de setembro. Não posso revelar o nome do adversário, mas é um cara duro que já tem moral no esporte. Fico feliz por saber que meu trabalho está sendo reconhecido e que o evento está me olhando de outra forma. Já garantiram que vou lutar só com os melhores agora. Espero que dê tudo certo.

Pódio: Como foi o seu

primeiro contato com o es-porte?

Comecei a praticar judô por causa da minha mãe. Eu era muito chorão e apanhava na escola. Meu primo Marlon levou eu e meu irmãos para treinar na Vila Olímpica. Tinha 12 anos na época. Gostei da luta logo no começo e soube na hora que era aquilo que gostaria de fazer para

sempre. Em seguida, descobri que estava com hepatite e fi quei dois meses parado, mas ia para os treinos apenas assistir. Quando voltei, rapidamente comecei a aprender e fui ganhando vários campeonatos e prêmios.

Pódio: Depois do judô, você conheceu o jiu-jitsu. Como foi essa transição?

Com 16 anos já era campeão amazonense de judô. Eu mora-va no Conjunto Ajuricaba e lá tem muitas academias. Decidi ir treinar com o mestre Cristia-no Carioca. Não senti muitas difi culdades na transição. Tanto que nos primeiros meses fui cam-peão de um torneio ainda como faixa branca. Continuei lutando e graças a Deus deu tudo certo e hoje estou aqui. Consegui ser campeão mundial duas vezes e terceiro na faixa preta. Foi no jiu-jitsu que tive reconhecimento. Por causa do esporte, viajei para vários lugares e essa arte abriu as portas do mundo da luta.

Pódio: Após fazer sucesso no jiu-jitsu, você entrou no MMA. Sua primeira luta foi aos 17 anos. Como foi entrar na nova modalidade?

Na época, o Carioca recebeu um convite para lutar, mas se ma-chucou. Começaram a procurar um substituto e topei o desafi o.Ainda era estilo Vale-Tudo. Não tinha protetor bucal, nem luvas. Era na cara e na coragem. Entrei no ringue, com muito medo, mas acabei vencendo rápido. Percebi que dava para lutar e ganhar um dinheiro. Lutei várias vezes em Boa Vista (RR) ainda como ama-dor. Cheguei a lutar um evento aqui em Manaus parecido com um comitê. Não tinha categorias e fui campeão após fazer três lutas. Depois disso que fui convidado para participar do Jungle Fight. Foi o pontapé inicial na minha carreira. Foi justamente para essa luta que comecei a fazer a tran-sição para o MMA. Lembro que treinei muito para o combate e na hora, com dois minutos estava exausto. Não entendia o porque. Logo após o evento, conheci o

Gimmy Sales (Nutricionista) que até hoje me atende e descobri-mos que estava em overtraining (excesso de treino). Poderia ter sofrido uma lesão grave ou até morrido. A partir daí, comecei a ver a importância do medico e da preparação física adequada.

Pódio: Qual o lutador que te inspirou no seu começo de carreira?

Sempre acompanhei lutas do K1 e do antigo PRIDE. Um cara que sempre admirei e até hoje uso como exemplo é o Vítor Belfort. Ele é um ícone no MMA. Tive a felicidade de logo na minha estréia no UFC dividir o tatame com ele e sua equipe. Logo de cara, o Vitor mostrou ser um cara humilde e pediu para tirar um foto para guardar como recordação. Isso pra mim foi uma honra. Ele teve altos e baixos e mostrou que nunca é tarde para nada nessa vida. Sempre temos que procurar fazer o melhor e é isso que me faz todos os dias treinar e provar que nada é impossível na nossa vida.

Pódio: Você tem mais de 30 lutas no cartel. De todas, qual foi a mais marcante?

Todas as lutas têm sua im-portância, mas uma luta que me marcou foi contra o Ronys Torres. Ele é um cara casca grossa e já ganhou de muita gente dura. Perdi por nocaute e fi quei com aquilo na cabeça, cheguei até pensar em desistir do esporte pelas difi culdades. Porém, ele aceitou uma revan-che e acabei vencendo. Essa vitória foi importante porque levantou minha moral e acabei lutando em outros eventos.

Pódio: Até chegar ao UFC, você passou por vários even-tos menores. Qual a impor-tância dessas vitrines para os atletas que desejam chegar ao topo como você?

Esses eventos têm muita im-portância porque são portas que se abrem. Querendo ou não, os lu-tadores vivem da luta. Os atletas precisam sempre estar lutando,

trabalhando, ganhando seu di-nheiro, mesmo que seja pouco, mas ajuda bastante. Eu já cheguei a fazer três lutas no espaço de dois fi nais de semana. Graças a Deus, hoje existem muitos even-tos, mas, na minha época não era assim. Importante é estar sempre lutando, preparado e focado. Um dia as portas vão se abrir como aconteceu comigo.

Pódio: O Amazonas é um celeiro de lutadores. Quais atletas do estado, em sua opi-nião, poderiam estar também em grandes eventos?

Tem o Ronys Torres que já passou pelo UFC e deve-ria estar lutando em grandes eventos. O Mario Israel é ou-tro que tem muita qualidade. Rivaldo Junior é outro que já está mais que tarimbado no mundo da luta e não está em nenhum grande evento.

Pódio: Se fala muito sobre uma futura edição do UFC em Manaus, como você vê isso?

Eu acho que o UFC vai aconte-cer aqui sim. Não só os atletas, também toda a população ama-zonense merece. Hoje ando pe-las ruas da cidade e muita gente chega me dando parabéns e pedindo para tirar foto. Vejo que as pessoas acompanham mesmo o evento e estão torcen-do pelos lutadores locais. Até falei para o nosso prefeito que seria um sonho trazer uma edi-ção para Manaus. Realmente, espero que isso aconteça.

Pódio: Mesmo no UFC, você continuou treinando em Manaus. A cidade pro-porciona uma boa estrutura para os atletas?

A estrutura que temos na cida-de é muito boa. O que falta são pessoas que apóiem o esporte. Muitos lutadores não vivem só do esporte. Eu era um exemplo disso. Há três anos, trabalhava durante o dia e treinava a noite. Isso atrapalha a preparação. Meu condicionamento físico era pior do que é hoje. Faltam patrocínios para os atletas do MMA.

Adriano MARTINS

Consegui CHEGAR AO topo

Estou negociando para lutar no fi nal de setembro. Não posso revelar o nome do adversário, mas é um cara duro que já tem mo-ral no esporte. Fico feliz por saber que meu traba-lho está sendo reconhecido e que o evento está me olhando de outra forma. Já garantiram que vou lutar só com os melhores agora

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

IONE MORENO

Um cara que sempre admirei e até hoje uso como exem-plo é o Vítor Belfort. Ele é um ícone no MMA. Tive a felicidade de logo na mi-nha estréia no UFC divi-dir o tatame com ele e sua equipe

DIEGO JANATÃ

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E3MANAUS, DOMINGO, 27 DE JULHO DE 2014

Em pleno século 21, as pessoas sofrem com a rotina agitada das grandes cidades.

Muitos trabalham, estudam e sofrem com o trânsito caóti-co das metrópoles brasileiras no dia a dia. Em Manaus não é diferente. Mesmo encravada no centro da Floresta Amazô-nica, a metrópole explode em crescimento a cada 24 horas. Para fugir dessa rotina, al-guns manauenses decidiram fazer do Stand Up Paddle um hobbie e um momento de relaxamento. O esporte, que carinhosamente é chamado de SUP, chegou à capital do Amazonas em 2008. O res-ponsável pela novidade foi o advogado Jurandir Toledo que no mesmo ano abriu a empresa Amazon SUP, que até hoje se localiza na marina Rio Negro. Buscando uma maior conexão com a natu-reza e relaxar corpo e mente, os praticantes, que pela pri-meira vez se aventuram na modalidade, se deslumbram com a beleza do rio Amazo-nas e acabam se surpreen-dendo com a facilidade de

praticar o esporte. “Quando os praticantes

de primeira viagem che-gam, ficam um pouco re-ceosos, mas logo entendem como é tranquilo praticar o SUP. Muitos voltam outras vezes para utilizar a modali-dade como atividade física regular”, disse o instrutor do Amazon SUP e atleta, Jaime Mota, 30.

Outro aspecto que diferen-cia o esporte dos demais é o fato dele não ter uma faixa etária determinada. O SUP é recomendado para todos por ter seus benefícios físicos comprovados por especialis-tas. Ele trabalha os músculos superiores e, diferente do que muitos pensam, até os inferiores porque são justa-mente eles que ajudam di-recionar a prancha. Alguns pesquisadores já utilizaram a modalidade, com suces-so, no processo de cura da depressão e na fi sioterapia de idosos. Segundo Jaime, a empresa não tem um publico alvo, porem, nos últimos me-ses, muitos grupos formados por fa-mílias estão procu-ran-

do informações sobre o esporte, fato que qualifi ca o SUP como uma ótima su-gestão de lazer para os fi nais de semanas e feriados.

“Não existe restrição de idade para praticar a moda-lidade. O SUP é um esporte para todos. Alguns pratican-tes que já têm experiência na modalidade levam os seus fi lhos ainda bebês para pra-ticar. Essa é a prova que para praticar, só precisa ter força de vontade e prote-tor solar”, explicou o atleta que atualmente está na se-gunda colocação do cam-peonato brasileiro de Stand Up Paddle. Ele fez questão de lembrar que para remar sozinho, é preciso ter mais de 10 anos, por motivo de segurança. A procura pelo esporte aumentou tanto que nos fi nais de semana, cerca de 350 pessoas praticam o SUP no lago do Tarumã. De terça a sexta, a média é de 40 praticantes por dia.

Segurança Sempre pensando na se-gurança dos praticantes,

durante o percurso eles são acom-

panhados de

perto por instrutores que ajudam a tiram as dúvidas. Fora isso, na própria pran-cha tem um item chamando Leash, mais conhecido como cordinha, que fi ca preso no tornozelo do atleta. Ele é de uso obrigatório e garan-te que a prancha sempre esteja perto do praticante mesmo em caso de queda ou mergulho para aproveitar o rio. Outro item opcional é o colete salva-vidas.

Primeira experiência Para comprovar tudo o que

os amigos falavam sobre o esporte, a fi sioterapeuta Mônica Araújo, 38, decidiu praticar o SUP pela primeira vez e não se arrependeu. A profi ssional de saúde afi r-mou que a modalidade mexe com todos os músculos do corpo e o gasto de caloria é alto durante as duas horas de aula, fora que é super relaxante e encantador.

“Foi gratifi cante praticar o esporte pela primeira vez. Começamos a remar e pensamos que não con-seguiremos, porem, quando chegamos ao meio do rio, sentimos uma sensação de liberdade, Conseguimos

sentir a pre-sença de Deus muito pró-xima. Volto mais vezes com certeza”, afi rmou Mônica.

Campanha socialNo próximo dia 17 de

agosto, o Amazon SUP lan-çará uma campanha que busca a conscientização so-bre a importância de preser-var a natureza. Neste dia, será feito um multirão para limpar a lagoa do Tarumã. A equipe terá o reforço de duas engenheiras ambien-tais que explicarão para os presentes a importância de cuidar dos rios da região.

“ E s t a -remos de braços abertos para receber quem quiser praticar o esporte e ainda ajudar nessa campanha. Só precisam reservar antes sua prancha. Todos vão receber uma camisa da campanha, um par de luvas biodegradá-veis e uma sacola para fazer a coleta”, concluiu Jaime.

Para reservar sua vaga em alguma turma, os inte-ressados podem ligar para os números 8141-3365, 9502-8164 e 8117-8089 e falar com um dos represen-tantes do Amazon SUP.

Simplesmente SUPO esporte que tem origem nos países da Oceania conquistou o público manauense nos últimos dois anos e se tornou uma das melhores opções de lazer na cidade. Muitas famílias estão aderindo à modalidade praticada nos rios da região

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

Muitos manauenses fizeram do esporte um hobbie

Praticante se conec-ta com a natureza e relaxa corpo e alma

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E4 MANAUS, DOMINGO, 27 DE JULHO DE 2014

Os jogadores do futebol amazonense não perderam tempo e também embarcaram na febre das selfies

FACEball club

REFÉM DOCELULAR

Twitter, facebook, you-tube, instagram, what-sApp... Hoje as pessoas não conseguem mais

viver sem as redes sociais e o celular se tornou quase que uma extensão do corpo humano. En-tre os jogadores de futebol não é diferente. Na Copa do Mundo, foi possível constatar a força que a internet exerce em meio ao esporte. Brasileiros, argen-tinos e alemães exageraram nas publicações de imagens durante o torneio.

Com os jogadores locais não é diferente. Atletas do Prince-sa do Solimões, única equipe amazonense com calendário no segundo semestre, também entraram na onda das selfi es. Mas, junto com a internet veio a exposição. Há jogadores que, apesar de terem perfi s nas redes sociais, preferem não ter tanto acesso ao mundo virtual.

“Eu tenho. Mas só que de vez em quando a gente fi ca chateado, porque quando a gente perde o jogo, a torcida cai em cima do jogador, né? Começa a falar mal de jogador, que ele não presta, que é isso e que é aquilo. Então é um clima muito chato. Eu evito entrar um pouco. Quando eu en-

tro e vejo as mensagens fi co um pouco chateado, porque torcedor que é torcedor tem que apoiar na hora das vitórias e das derrotas”, afi rma o zagueiro do Tubarão do Norte, Clayton He-Man.

xxcxcxcxcxcPara o zagueiro, independente

do resultado da partida o torce-dor deve apoiar os jogadores. Contudo, He-Man ressalta que o importante mesmo é os atle-tas terem personalidade e não dar ouvidos para o que se diz ou se publica nas redes sociais.

“A gente entra para ver se tem alguma mensagem de apoio, quando vamos ver é só gente

te criticando. Você já está para baixo e vai fi cando mais ainda olhando as mensagens. É por isso que eu evito olhar o face (face-book), porque você vai fi car mais chateado ainda. Torcedor de ver-dade, aquele que torce mesmo, ele apoia o jogador. Então a gente fi ca meio chateado com isso. Eu evito dar uma olhada”, disse o beque alvirrubro.

Artilheiro do Campeonato Amazonense com 11 gols, o meia Michell Parintins também é um dos boleiros que utilizam as redes sociais. Para ele, os jogadores de futebol devem fi car em alerta para que a internet não interfi ra

no desempenho den-tro das quatro linhas.

“Olha, as redes sociais hoje

em dia a gente não pode fugir. O mundo está mudando e você tem que mudar junto. E com a gente não é diferente. A gente sabe que isso pode estragar você, porque no dia do jogo se a gente fi car na internet perde muito o foco da partida. Eu prefi ro no dia do jogo escutar umas músicas, pen-sar nas coisas positivas, conver-sar, contar piada e esquecer um pouco a internet, porque aquele dia ali se entrar na internet você já vê uma critica, você já vê um elogio, você já ouvi uma coisa que não gosta”, aponta Michell.

De acordo com o meia, isso acaba mexendo com o brio dos jogadores e atrapalha na concentração para a parti-da. Segundo ele, a principal vantagem da redes sociais é o fato de que você pode conversar com os seus fa-miliares e amigos que estão distantes.

“A internet é muito boa para você conversar com a família, com os amigos, mas também é um pouco traiçoeira, porque no face, às vezes o torcedor está te elogiando, você fi ca achando que já é o bam-bam-bam, às vezes você não está bem e acaba recebendo uma crítica, então aquilo te bota mais para baixo”, avalia o armador.

ANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO

A gente sabe que isso pode estragar você, porque no dia do jogo se a gente

fi car na internet perde muito o foco

da partida.

Michell Parintins, Meia do Princesa do Solimões

Jogador de futebol nas décadas de 80 e 90, o atu-al técnico do Tubarão do Norte, Charles Guerreiro, vê alguns aspectos posi-tivos com o surgimento das novas tecnologias. De acordo com ele, a úni-ca forma de aparecer na época em que jogava era a televisão, mas, hoje em dia, tudo mudou.

“É a modernidade, né? Pelo menos na época em que eu jogava não tinha isso. Não tinha nem ce-lular. A gente aparecia mais na televisão e no jornal. Hoje você é bem mais divulgado, o atleta fica mais conhecido e as

notícias correm mais rá-pidas. Isso tudo faz parte da modernidade de hoje e para o atleta é importante, porque às vezes até para ele se empregar, você pode colocar na internet o seu

currículo, o seu trabalho, e facilita para todo mundo”, pontua Guerreiro.

Para o comandante al-virrubro, a relação com as redes sociais exige cuida-dos, pois o jogador não pode se expor de maneira irresponsável. “Tem que ter cuidado. Às vezes, o atleta que é casado está com a namorada, bate uma foto e postar na internet. Isso dá problema e você acaba se prejudicando. Tem que ter muito cuidado. O jogador de hoje já está esperto. Se você sempre fizer as coisas certas vai ficar a vontade e não vai ter problema”, finaliza o técnico.

Guerreiro destaca maior visibilidadeYOUTUBEAtualmente, os joga-dores disponibilizam vídeos de partidas no site Youtube. Por lá, olheiros de clubes avaliam as qualidades dos atletas, e muitos já foram contratados por meio dessa ferramenta

Atacante Branco e volante Amaralzinho fazem selfi e durante viagem pelo Princesa do Solimões

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Foto da Capa do Face-book do zagueiro Clayton He-man

MANAUS

Os jogadores do futebol amazonense não perderam tempo e também embarcaram na febre das selfies

FACEball clubFACEball clubtro e vejo as mensagens fi co um pouco chateado, porque torcedor que é torcedor tem que apoiar na hora das vitórias e das derrotas”, afi rma o zagueiro do Tubarão do

Para o zagueiro, independente do resultado da partida o torce-dor deve apoiar os jogadores. Contudo, He-Man ressalta que o importante mesmo é os atle-tas terem personalidade e não dar ouvidos para o que se diz ou

“A gente entra para ver se tem alguma mensagem de apoio, quando vamos ver é só gente

te criticando. Você já está para baixo e vai fi cando mais ainda olhando as mensagens. É por isso que eu evito olhar o face (face-book), porque você vai fi car mais chateado ainda. Torcedor de ver-dade, aquele que torce mesmo, ele apoia o jogador. Então a gente fi ca meio chateado com isso. Eu evito dar uma olhada”,

Artilheiro do Campeonato Amazonense com 11 gols, o meia Michell Parintins também é um dos boleiros que utilizam as redes sociais. Para ele, os jogadores de futebol devem fi car em alerta para que a internet não interfi ra

no desempenho den-tro das quatro linhas.

“Olha, as redes sociais hoje

em dia a gente não pode fugir. O mundo está mudando e você tem que mudar junto. E com a gente não é diferente. A gente sabe que isso pode estragar você, porque no dia do jogo se a gente fi car na internet perde muito o foco da partida. Eu prefi ro no dia do jogo escutar umas músicas, pen-sar nas coisas positivas, conver-sar, contar piada e esquecer um pouco a internet, porque aquele dia ali se entrar na internet você já vê uma critica, você já vê um elogio, você já ouvi uma coisa que não gosta”, aponta Michell.

De acordo com o meia, isso acaba mexendo com o brio dos jogadores e atrapalha na concentração para a parti-da. Segundo ele, a principal vantagem da redes sociais é o fato de que você pode conversar com os seus fa-miliares e amigos que estão distantes.

“A internet é muito boa para você conversar com a família, com os amigos, mas também é um pouco traiçoeira, porque no face, às vezes o torcedor está te elogiando, você fi ca achando que já é o bam-bam-bam, às vezes você não está bem e acaba recebendo uma crítica, então aquilo te bota mais para baixo”, avalia o armador.

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Page 5: Pódio - 27 de julho de 2014

E5MANAUS, DOMINGO, 27 DE JULHO DE 2014

Princesa encara Rio Branco com mudanças no time

DIE

GO

JAN

ATÃ

Zagueiro Leandro Ca-milo (centro) deve ser titular no Princesa

Técnico Charles Guerreiro fará três alterações em relação ao time que começou a partida diante do Santos, em Macapá

Neste domingo, às 16h, o Princesa do Solimões enfrenta o Rio Branco-AC pela

segunda rodada do Grupo A1, do Campeonato Brasileiro da Série D. A equipe de Manaca-puru terá três mudanças em relação ao time que começou a partida diante do Santos-AP. Na lateral esquerda, Alberto co-meça o jogo no lugar de Clayton He-Man; na cabeça-de-área, Rondinelli ocupa o posto de Deurick, e no setor de armação das jogadas, Flamel vai para o banco e Renato Medeiros faz a sua estreia.

As mudanças foram testa-das no último treino coletivo do time antes da partida, na sexta-feira (25), na Colina. O técnico Charles Guerreiro aproveitou a ocasião para testar situações de jogos que o time pode encontrar no duelo. O comandante ini-ciou a movimentação com Paulo Wanzeler; Magno, Lí-dio, Bruno, Alberto; Cleiton

Amaral, Rondinelli, Michell Parintins, Renato Medeiros; Branco e Somália. O primeiro tempo terminou

com o placar de 1 a 0 para os titulares, com gol de Somália de cabeça após receber cruza-mento preciso de Alberto. “O Alberto pega bem na bola. Ele é um jogador um pouquinho tímido, marca bem, só precisa se soltar um pouquinho e ir mais vezes ao fundo. Quan-do ele fez isso saiu um belo cruzamento para o Somália”, avalia Guerreiro.

Na volta para o segundo tempo do coletivo, o treina-dor alvirrubro fez algumas mudanças. O zagueiro Bruno deu lugar a Leandro Camilo e Delciney ocupou a vaga de Magno. Mas quem chegou ao gol foram os reservas. Em bela troca de passes, Lourinho lançou Edinho Canutama. O atacante chutou cruzado e Marinelson balançou a rede.

Em seguida, Guerreiro fez novas mudanças na equipe. Flamel entrou no lugar de Re-nato Medeiros e Edinho Canu-tama substitui Branco e Nando

ocupou o posto de Somália. E foram eles que deram números fi nais ao coletivo. Primeiro Mi-chell passou para Edinho, que driblou o goleiro e marcou o segundo para os titulares.

“Gostei muito do Edinho. Ele fi cou quatro dias fora com problemas no tornozelo. Você vê que é um jogador com qua-lidade e de muita velocidade. Então, para o segundo tempo nós já temos um trunfo para buscar o resultado. Até porque a gente sabe que o Rio Branco é um time alto, não é rápido, mas tem muita qualidade”, explicou o comandante alvirrubro.

No último gol do coletivo, Flamel cruzou para Nando, de carrinho, empurrar para o fun-do do gol. A movimentação acabou 3 a 1 para os titula-res, mas com dois gols dos atacantes reservas.

“Muda a característica, o time fi ca com mais velocidade, e são atletas que já começam a marcação lá na frente. A gente sabe que o Somália é um jogador mais de área. Tan-to Nando como o Edinho são jogadores de mais velocidade,

assim como o Marinelson. En-tão, lá na frente temos boas opções. No meio-campo temos também a opção do Lourinho e do Flamel, e nós temos que estar fortes aqui atrás para não errar”, disse Guerreiro.

Considerado por todos os jogadores e comissão técnica como uma partida de “seis pon-tos”, o Princesa do Solimões enfrenta o Rio Branco-AC nes-te domingo, às 16h, no e s t á -dio da Colina, b a i r -ro São Raimun-do, Zona Oeste da C a p i t a l . Os ingres-sos para a partida podem ser encontrados na bilheteria do palco da par-tida, por R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

Após treinar bem e transmitir segurança para os companheiros de defesa na segunda parte do coletivo, o zagueiro Leandro Camilo deixou o comandante alvirrubro com uma boa dor de ca-beça para o jogo deste domin- go.

“Gos-

t e i também

do Cami-lo. Entrei

com ele no lugar

do Bruno e ali no meio-

campo o Re-nato Me-

d e i r o s já vai iniciar o

jogo. A úni-ca dúvida é

entre o Camilo e o Bru-no para a gente defi nir quem vai jogar”, revela o treinador.

Acionado por Guerrei-ro na segunda parte do coletivo, Camilo pode ser mais uma novidade para o jogo de hoje. Ele entrou no lugar de Bruno e desempenhou bem o seu papel. Sobre a pos-sibilidade de começar jogando, o beque avisa que está próximo das condições físicas ideais.

“Já estou melhor. Não vou falar para vocês que estou 100%, porque só jogando mesmo para você ir pegando o ritmo, mas já estou bem me-lhor do que cheguei, bem fi sicamente, estou com mais força na perna e espero fazer uma boa es-treia”, detalha Camilo.

Guerreiro tem uma dúvidaANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO

enfrenta o Rio Branco-AC nes-te domingo, às 16h, no e s t á -dio da Colina, b a i r -ro São Raimun-do, Zona Oeste da C a p i t a l . Os ingres-sos para a partida podem ser encontrados na bilheteria do palco da par-tida, por R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

com uma boa dor de ca-beça para o jogo deste domin-

também do Cami-lo. Entrei

com ele no lugar

do Bruno e ali no meio-

campo o Re-nato Me-

d e i r o s

jogo. A úni-ca dúvida é

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Page 6: Pódio - 27 de julho de 2014

E6 MANAUS, DOMINGO, 27 DE JULHO DE 2014

Flamengo estreia Luxa no clássico contra BotafogoEm meio à crise, o Rubro-Negro espera iniciar uma reação no campeonato com uma vitória sobre o rival alvinegro

FICHA TÉCNICAFLAMENGO-RJBOTAFOGO-RJ

Local:

Horário:

Árbitro:

Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)17h30 (de Ma-naus)

Wilton Pereira Sampaio (Fifa-GO)

Flamengo: Felipe, Leonardo Moura, Wallace, Fernando e João Paulo; Recife, Mário Araújo, Luiz Antonio e Lucas Mugni; Paulinho e AlecsandroTécnico: Vanderlei Luxemburgo

Botafogo: Jéff erson, Lucas (Edil-son), Bolívar, Dória e Julio Cesar; Aírton, Mário Bolatti, Daniel (Car-los Alberto) e Edilson (Wallyson); Pablo Zeballos e Emerson SheikTécnico: Vagner Mancini

Um jogo que promete muito. Assim será o duelo entre Flamen-go e Botafogo, hoje

(27), às 17h30 (de Manaus), no Maracanã, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. Além da grande rivalidade, o triunfo é fun-damental para dar tranquilidade a ambos os times.

O Botafogo respira ares mais tranquilos após a vitó-ria de 1 a 0 sobre o Coritiba, que afastou o time da zona de rebaixamento. Porém, um novo tropeço, aliado ao atraso dos salários do elenco, pode esquentar novamente Gene-ral Severiano. Já o Ninho do Urubu se transformou em um verdadeiro caldeirão após a goleada de 4 a 0 para o Inter-nacional, que manteve o Fla-mengo na lanterna com sete pontos. O técnico Ney Franco caiu e Vanderlei Luxemburgo, que o substituiu, vai estrear. O lateral-esquerdo André San-tos, agredido por torcedores, deve ter o contrato rescindido. A pressão política sobre o pre-sidente Eduardo Bandeira de Mello também é enorme.

Diante desse cenário, Luxem-burgo tenta tirar a pressão de seus jogadores.

“Sabemos que é um clássico, que é importante ganhar do Bo-

tafogo e vamos trabalhar para isso. Mas ainda faltam vinte e sete rodadas e precisamos de tranquilidade. Quando assumi em dois mil e dez faltavam ape-nas onze rodadas, o quadro era bem pior e reagimos”, lembrou.

Tranquilidade também é a pa-lavra de ordem no Botafogo.

“Acho que será um jogo deci-dido no detalhe, como a maio-ria dos clássicos. Os dois times sabem que não podem perder. O Flamengo quer sair de qual-quer maneira da zona de rebai-xamento e nós não queremos encostar na parte de baixo da tabela. Portanto, os dois en-tram pressionados, sem poder errar. Equilíbrio e tranquilidade serão fundamentais”, analisou o zagueiro Dória.

Escalações Os dois treinadores abusam do

mistério. Vanderlei Luxemburgo não terá o zagueiro Chicão, ex-pulso contra o Internacional, e o volante Amaral, com três cartões amarelos. André Santos está tra-tando da rescisão de contrato.

S a m i r , machu -cado, fi ca de fora e

desfalca a zaga. No meio, Luiz Antonio deve ganhar a vaga de Amaral. Recuperado de dores na perna direita, Paulinho ganha a vaga de Nixon. Já o volante argentino Héctor Canteros e o atacante Eduardo da Silva, que tiveram a documentação regula-rizada, devem fi car no banco.

No Botafogo, Mancini contará com reforços importantes. O la-

teral direito Edilson e o atacante Emerson Sheik, que cumpriram suspensão diante do Coritiba, fi cam à disposição, assim como o meia Carlos Alberto, preservado na rodada passada por conta de desgaste muscular. O primei-ro disputa posição com Lucas. Já Emerson entra no posto de Yuri Mamute, que não agradou. O lateral esquerdo Julio Cesar assume a vaga de Junior Cesar, suspenso.

A partida deste domingo vai marcar a reabertu-ra do Mara-canã para os clubes depois de o estádio ter sediado jo-gos da Copa do Mundo.

Alecssandro (à esq.) e Edilson (à dir.) começam jo-gando o clássico

Atlético-PR e Fluminense fazem duelo de seis pontos

Sem desfalques, sem mudanças. Assim será o Furacão do técnico Doriva, que durante a semana teve mais tempo para acertar o time. Outra vantagem de não ter problemas para es-calar o time está na manu-tenção do entrosamento. Sem um grande destaque individual, o Rubro-Negro tem mostrado força em todos os setores, aliando obediência tática e força física, fator que sobres-sai no segundo tempo das partidas, quando marcou a maioria dos gols.

Pelo lado do Fluminense, o técnico Cristóvão Bor-ges deve mudar o esque-ma tático da equipe. O atacante Walter, que vive um jejum de gols, deve dar lugar ao volante Valencia. O treinador destacou que a substituição não servirá para colocar os tricolores mais defensivos. Ele res-saltou a vocação ofensiva dos jogadores.

“Desde que cheguei ao Fluminense é a primeira vez que jogo com volante de marcação. Nossa equipe é ofensiva, mas defende bem mesmo sem jogado-res dessa característica. O Valencia faz isso bem também. Tem outros jo-gadores que podem fazer

essa função”, disse.Rafael Sóbis será o

único atacante escalado entre os titulares. No en-tanto, Jean e Cícero terão mais liberdade de chegar a frente e ajudar Wagner e Conca na criação. Outra mudança será o retorno do lateral esquerdo Carlinhos após cumprir suspensão contra o Santos.

NO G-4

FICHA TÉCNICAATLÉTICO-PRFLUMINENSE–RJ

Local:

Horário:

Árbitro:

Arena da Baixa-da, Curitiba (PR)

15h (de Ma-naus)Luiz Flavio de Oliveira (SP)

Atlético-pr: Weverton; Sue-liton, Cleberson, Léo Pereira e Natanael; Deivid, Otávio e Marcos Guilherme; Marcelo, Douglas Coutinho e Ederson.Técnico: Doriva

Fluminense: Diego Cava-lieri, Bruno, Gum, Henri-que e Carlinhos; Valencia, Jean, Cícero, Wagner e Conca; Rafael SóbisTécnico: Cristóvão Borges

Valência é a novidade do Fluminense para o jogo

De ressaca, Galo visita SportNA ILHA

Os jogadores do Atléti-co-MG ainda comemoram o título da Recopa, mas terão que dar uma pausa na festa para pensar no Campeonato Brasileiro. O Galo visita o Sport, hoje (27), às 15h (de Manaus), na Ilha do Retiro e precisa vencer para não perder con-tato com os líderes.

O desgaste pela sequência de jogos preocupa e o téc-nico Levir Culpi irá poupar jogadores para o jogo. O atacante Diego Tardelli, por exemplo, reclamou de can-saço muscular no jogo con-tra os argentinos na última quarta-feira, e deve fi car de fora. Luan, que se recuperou de contusão, vai ao jogo.

Ronaldinho Gaúcho

deverá dar lugar a Gui-lherme. O capitão Réver também desfalcará o time contra o Sport.

“O tempo para treinar foi de 15 a 20 dias (durante a parada da Copa do Mundo), e nem foi treino, porque fomos à China jogar. Com viagem no meio. Então, foi nessa parada da Argentina que fi zemos alguns traba-lhos técnicos e táticos. Mas é muito pouco para a grandeza do Atlético-MG. A qualidade do jogador que permite a vitória. Então, ainda está faltando o tra-balho do técnico, encaixar o time”, observou Culpi.

Logo após ser eliminado da Copa do Brasil pelo Pay-sandu, o técnico do Leão,

Eduardo Baptista, já mira novamente a Série A. O ar-mador Renan Oliveira e o atacante Leonardo perten-cem ao Galo e, por questões contratuais, não poderão en-trar em campo. O lateral-direito Patric e o volante Rithely não jogam.

“Vitor entra no lugar de Patric. Ele teve uma pequena lesão, apenas um problema muscular, mas vinha em ple-na evolução física Isso está defi nido”, disse Baptista, prevendo difi culdades con-tra o Galo. “O Atlético-MG é complicado. Ronaldo não vem, mas entra o Guilherme. Se não vem, o Diego Tardelli, joga o Luan. A gente não enfrenta uma equipe e sim elenco”, concluiu.

Atacante Luan começa entre os titulares na vaga de Ronaldinho Gaúcho, que será poupado

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Page 7: Pódio - 27 de julho de 2014

E7 MANAUS, DOMINGO, 27 DE JULHO DE 2014

Corinthians e Palmeiras fazem derby na arenaA quase centenária história do maior clássico de São Paulo terá um capítulo importante na tarde de domingo

A partir das 15h (de Manaus), Corin-thians e Palmeiras se enfrentarão pela

primeira vez no Arena de Itaquera, a casa alvinegra, e os arquirrivais querem muito “manchar de verde” a festa dos donos da casa.

“Será o rival eterno”, re-sumiu Elias, que, torcedor corintiano na infância e jo-gador alviverde nas catego-rias de base, sabe bem o que signifi ca o confronto. Mano Menezes não tem a mes-ma percepção, mas admite o apelo diferente que este clássico tem para a Fiel.

“O torcedor sempre par-ticipa desse tipo de jogo e quer sempre ganhar. Pela tradição, pela história e pelo simbolismo, é um jogo espe-cial. A gente enxerga isso, sabe a importância que o torcedor vê. Também temos que buscar esse apetite”, comentou o treinador.

O outro treinador tem visão semelhante. Ainda se habituando ao Palmei-ras, o argentino Ricardo Gareca apontou “um jogo muito particular em rela-

ção aos outros”. Ele não faz questão de calar os torcedores da casa, desde que a pequena parcela visi-tante do público termine a partida festejando.

“Não penso em calar tor-cedores. Às vezes, posso ga-nhar a partida e a torcida de-les cantar da mesma forma,

mesmo perdendo. Não sei o que pode acontecer. Por isso, o que me interessa é ganhar. Sabemos a importância do jogo e a responsabilidade que temos. Mas estamos tranqüilos”, disse.

O Palmeiras realmente

ganhou alguma tranquili-dade na última quarta-feira ao conquistar a primeira vitória sobre o comando de Gareca. Mas a equipe será bem diferente da que bateu o Avaí, já que vários jogadores foram poupados em Santa Catarina.

Lúcio e Eguren, machu-cados, e William Matheus, liberado para acertar com o Toulouse, não estão à disposição. Wellington vai entrar na zaga, deslocando Marcelo Oliveira para a lateral esquerda. A dúvi-da está na formação, que pode ser um 4-3-3 com Mouche na frente ou um 4-4-2 com Josimar reforçan-do a marcação no meio.

O Corinthians não tem propriamente dúvidas no esquema, com repetição do que deu certo contra o Bahia. Renato Augusto substituirá o suspenso Jadson, arman-do o jogo pela direita, com Petros na esquerda. Romero é o principal candidato a formar dupla de ataque com Guerrero, mas Romarinho, que costuma castigar o Pal-meiras, pode ser acionado.

Não sei o que pode acontecer. Por isso, o que me interessa é ganhar. Sabemos a importância do

jogo e a responsabi-lidade que temos

Ricardo Gareca, técnico do Palmeiras

FICHA TÉCNICACORINTHIANS-SPPALMEIRAS-SP

Local:

Horário:

Árbitro:

Estádio de Itaquera, em São Paulo (SP)

15h (de Manaus)

Sandro Meira Ricci (PE)

Corinthians: Cássio; Fagner, Cleber, Gil e Fábio Santos; Ralf, Elias, Petros e Renato Augusto; Romero e Guerrero Técnico: Mano Menezes

Palmeiras: Fábio; Wendel, Tobio, Wellington e Marcelo Oliveira; Renato, Wesley e Feli-pe Menezes; Mouche (Josimar), Diogo e Henrique Técnico: Ricardo Gareca

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O paraguaio Ángel Romero deve ganhar a vaga de Romarinho no ataque Alvinegro

Na reestreia de Kaká, São Paulo busca reação

O meia Kaká faz ofi cial-mente seu primeiro jogo no retorno ao São Paulo hoje (27), às 15h (de Ma-naus), diante do Goiás. O jogador volta a defender a camisa do clube depois de 11 anos e já carrega a responsabilidade de ajudar o time a se reerguer nes-te Campeonato Brasileiro, depois da derrota em casa para a Chapecoense.

O técnico Muricy Rama-lho reorganizou a equipe para encontrar um espa-ço ao meia e considera natural a cobrança sobre ex-atleta do Milan.

“Isso é uma coisa natural do futebol e da nossa vida, vai de acordo com seu peso. O cara tem um gran-de nome, e as pessoas cobram pelo que ele pode dar. Jogadores diferentes, como Kaká e Ronaldinho, são cobrados mesmo, mas estão acostumados com isso”, falou o técnico.

Com a entrada de Kaká,

Osvaldo perde a posição no time, e o Tricolor deixa de atuar com três ata-cantes. Assim, a linha de frente passa a ser for-mada por Ademilson e Alan Kardec, enquanto Alexandre Pato segue no banco de reservas, e Luis Fabiano está vetado pelo departamento médico.

Outra novidade na equi-pe é a entrada de Rafael Toloi, que voltou ao São Paulo depois de um pe-ríodo emprestado para a Roma (ITA). Com a entrada do defensor, Muricy Ra-malho recolocou Rodrigo Caio no meio-campo e ti-rou Maicon do time.

O Goiás tenta mesmo aproveitar a oportunida-de de atuar em casa e tem mudanças nesta partida. O lateral-direito Moisés e os atacante Erik e Bruno Mineiro devem começar entre os titulares, des-bancando Liniker, Tiago Real e Assuério.

BRASILEIRÃO

Grêmio reencontra Roth no duelo contra o Coxa

Sem vencer em casa há dois jogos, o Grêmio entra em campo hoje (27) pensando na vitória não apenas para acabar com o jejum, mas para não deixar o líder Cruzeiro disparar. Com 19 pontos, o Tricolor Gaúcho já está há seis do primeiro colocado do Campeonato Brasileiro. O ad-versário na Arena será o deses-perado Coritiba, atual penúltimo colocado, que terá no banco de reservas um velho conhecido: Celso Roth, técnico gremista em quatro oportunidades.

O Grêmio tentará voltar a marcar gols em casa, algo que não ocorreu nos últimos dois jogos como mandante (empates em 0 a 0 com Palmeiras e Goiás). O fraco desempenho ofensivo, no entanto, é compensado com a melhor defesa do campeonato: em 11 jogos, o Grêmio sofreu apenas cinco gols.

Lá atrás, o Tricolor terá todo mundo à disposição. Riveros chegou a sentir dores mus-culares, mas vai para o jogo. Quem não poderá atuar é o meia Alán Ruiz, contundido. Sua

ausência abre espaço para a estreia de Fernandinho, que já está regularizado junto à CBF e iniciará o jogo ao lado de Luan e Giuliano, na trinca de meias que tem como objetivo abastecer o centroavante Barcos.

Arrancar pontos fora de casa virou uma missão obrigató-ria para o Coritiba, que desde a quarta rodada amarga um lugar na zona de rebaixamen-to, com apenas uma vitória conquistada na competição. A maior difi culdade é mesmo o setor de ataque. Enquanto Keirrison mostra difi culdades físicas, Zé Love e Júlio César tecnicamente estão devendo e o argentino Martinuccio, que chegou a pouco tempo, está fora de forma e de ritmo.

“Nós temos que nos fortale-cer e acreditar tem muita coisa para acontecer ainda. Essa confi ança e a credibilidade de olhar na cara dos companhei-ros e ver que todo mundo está dando o melhor vai nos tirar dessa situação”, observou o volante Germano.

NA ARENAKaká jogará centra-lizado atrás do dois atacantes do São Paulo

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Atacante Fernandinho faz sua estreia pelo Tricolor Gaúcho

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Page 8: Pódio - 27 de julho de 2014

E8 MANAUS, DOMINGO, 27 DE JULHO DE 2014

Hamilton tenta recorde e encostar em Niko RosbergA temporada 2014 da F-1 se prepara para as férias de verão, e fará sua última etapa antes da parada neste domingo, na Hungria

Com características que se assemelham ao circuito de rua de Mônaco, Hunga-

roring é uma pista sinuosa e técnica, onde se usa o máximo de pressão aerodinâmica e as oportunidades de ultrapassar são reduzidas. Disputada des-de 1986, a prova é especial para os brasileiros, já que seu GP inaugural e o seguinte foram vencidos por Nélson Piquet. Ayrton Senna venceu a prova em três ocasiões (1988, 1991 e 1992), e Rubens Bar-richello subiu ao lugar mais alto do pódio em 2002.

Foi também na Hungria que Felipe Massa quase teve o fi m de sua carreira decretado em 2009. Num grave acidente, o brasileiro foi atingido na cabe-ça por uma peça do carro de Barrichello, e teve de passar por longa recuperação antes de retornar às pistas.

Do grid atual, apenas quatro pilotos já venceram o GP da Hungria. Lewis Hamilton está empatado com Michael Schu-macher com o maior número de vitórias no circuito, quatro (2007, 2009, 2012 e 2013). Os outros são Jenson Button (2 vitórias), e a dupla da Ferrari, Fernando Alonso e Kimi Rai-kkönen, com uma vitória.

O retrospecto de quatro vitórias em seis anos de carreira na categoria, e o atual momento da Mercedes, colocam Hamilton como o grande favorito para a cor-rida deste domingo.

“Eu não tenho uma explica-ção para as coisas terem ido tão bem aqui ao longo dos anos. É um grande circuito, e eu realmente gosto de guiar nele. Talvez meu estilo de pilo-tar se adapte melhor a ele do que em alguns outros circui-tos. Talvez seja sorte, eu não sei. Vamos ver neste fi nal de semana. Como vocês sabem eu não tenho tido muita sorte este ano. Se eu ainda estiver na frente então saberemos que não é sorte, mas sim meu estilo de direção”, disse Hamil-ton durante a semana.

O britânico teve problemas com os freios dianteiros no classifi catório do GP da Ale-manha, na semana passada, o que lhe custaram um lugar nas primeiras fi las do grid de largada. Hungaroring é uma pista exigente na questão da refrigeração dos freios, o que tem sido um problema recor-rente na Mercedes.

Williams crescendoAs características do circui-

to devem amenizar a vanta-gem dos motores Mercedes sobre os demais, o que coloca a Red Bull, com motor Re-nault, e a Ferrari como for-tes concorrentes. Mas quem vem despontando nas última etapas tem sido a Williams. Depois de um início de tempo-rada decepcionante, a equipe parece ter ‘acertado a mão’ com o carro e os resultados estão aparecendo.

O fi nlandês Valteri Bottas já ocupa a quinta colocação no mundial de pilotos, e, entre os construtores, a Williams deixou a Ferrari para trás em quarto e sonha com uma dis-puta com a Renault pelo se-gundo lugar na temporada.

Para o brasileiro Felipe Mas-sa, entretanto, a boa fase ainda não se traduziu em re-sultados. Com 30 pontos (61 a menos do que Bottas) e em décimo lugar na tabela, Massa se envolveu em acidentes na primeira volta dos últimos dois GPs, na Grã-Bretanha e Ale-manha, e não marcou pontos. Bottas, por sua vez, conquis-tou um terceiro e um segundo lugares, respectivamente. O brasileiro, porém, está con-fi ante nos progressos da equi-pe e acredita em um bom resultado já na Hungria.

Britânico Lewis Hamilton, da Mercedes, na pista da Hungria, durante os treinos de sexta-feira

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“Esta é uma pista onde um bom motor é um pouco menos importante. A ae-rodinâmica tem um papel maior e conseguir uma boa pressão para as curvas é vi-tal. Nós trabalhamos duros para colocar o carro pronto

para este tipo de circuito, e se tudo funcionar nós ainda devemos ser competitivos. Eu espero conseguir marcar muitos pontos neste fi nal de semana”, afi rmou o brasilei-ro ao site ofi cial da F1.

A largada do GP da Hun-

gria será às 8h (de Manaus). A previsão indica tempo instável neste domingo, com boas chances de chuva forte durante a prova, o que pode alterar signifi -cativamente o equilíbrio de forças.

Felipe Massa fala sobre a pista

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