pódio - 8 de julho de 2014

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MANAUS, TERÇA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2014 [email protected] TODOS POR NEYMAR Em entrevista coletiva realizada ontem, no Mineirão, Felipão afirmou que Neymar já havia feito a parte dele no Mundial e que, de agora em diante, será a vez dos demais jogadores fazerem de tudo para que a sele ção canarinho se torne campeã do mundo no dia 13, no Maracanã . Pódio E 4 e E5 Pódio E11 Confiança em alta sem Neymar Pódio E6 Alemães querem rigor do árbitro

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Pódio - 8 de julho de 2014

MANAUS, TERÇA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2014 [email protected]

TODOS POR NEYMAR

Em entrevista coletiva realizada ontem, no Mineirão, Felipão afi rmou que Neymar já havia feito a parte dele no Mundial e que, de agora em diante, será a vez dos demais jogadores fazerem de tudo para que a seleção canarinho se torne campeã do mundo no dia 13, no Maracanã. Pódio E4 e E5

Pódio E11

Confiança em alta sem Neymar

Pódio E6

Alemães querem rigor do árbitro

se se torne campeã do mundo no dia 13, no Maracanãtorne campeã do mundo no dia 13, no Maracanã. . Pódio EPódio E4 4 e E5e E5

Pódio E11

Confiança em alta sem Neymar

Pódio E6

Alemães querem rigor do árbitro

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Page 2: Pódio - 8 de julho de 2014

E2 MANAUS, TERÇA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2014

CHARGE

HERÓIS DA COPA* MARCUS VINÍCIUS PESSOA

Zagalo é um dos nomes mais respeitados do futebol brasileiro. Foi campeão mundial como jogador e técnico da seleção brasileira. Como jogador, além de ter sido bicampeão pelo Botafogo (1961/62), foi tricam-peão pelo Flamengo (1953/54/55). Foi bicampeão mundial pela seleção brasileira nas Copas de1958 e 1962.

Como treinador, conquistou a Copa do México em 1970, o Campeonato Carioca de 1972 pelo Flamengo e o bicampeonato pelo Botafogo (1967/68). O velho Lobo também

conquistou o tetra campeonato em 1994, como coordenador técnico. Zagalo foi o recordista no comando da seleção, com 102 jogos, nos quais obteve 74 vitórias, 23 empates e cinco derrotas.

Mário Jorge Lobo Zagalo nasceu em Maceió, Alagoas, e mudou-se para o Rio de Janeiro aos oito meses de idade. Em 1943 entrou para o América como sócio contribuinte. O primeiro título foi o 1º Campeonato Brasileiro de Amadores, em 1949, defendendo a seleção carioca. No início da década de 50, transferiu-se para o Flamengo,

conquistando o tricampeonato numa linha de ataque que contava também com Joel, Moacir, Índio e Dida.

Com fama de pão-duro e supersti-cioso, Zagalo cerca-se de amuletos e manias, incluindo uma fixação pelo número 13.

Zagalo foi o primeiro jogador do país com passe livre, numa época em que a relação dos atletas com os clubes era de extrema dependência. Também foi treinador nos Emirados Árabes e clas-sifi cou essa seleção para o Mundial na Itália em 1990. Zagalo e Parreira conquistaram o tetra em 1994.

Zagallo: o velho Lobo

* MARCUS VINÍCIUS PESSOA É REDATOR PUBLICITÁRIO

ARTILHARIA

Tabela da Copa do Mundo

6GOLS

JAMES RODRÍGUEZCOLÔMBIA

OITAVAS DE FINAL OITAVAS DE FINAL

54

SEGUNDA30/0617h00Porto Alegre - Beira-Rio

ALEMANHA

ARGÉLIA

2

1

53

SEGUNDA 30/0613h00Brasília - Mané Garrincha

FRANÇA

NIGÉRIA

2

049

SÁBADO 28/0613h00Belo Horizonte - Mineirão

BRASIL

CHILE

1

1

50

SÁBADO 28/0617h00Rio de Janeiro - Maracanã

COLÔMBIA

URUGUAI

2

0

52

DOMINGO 29/0617h00Recife - Arena Pernambuco

COSTA RICA

GRÉCIA

1

1

51

DOMINGO 29/0613h00Fortaleza - Castelão

HOLANDA

MÉXICO

2

155

TERÇA 01/0713h00São Paulo - Itaquerão

ARGENTINA

SUÍÇA

1

0

56

TERÇA 01/0717h00Salvador - Fonte Nova

BÉLGICA

ESTADOS UNIDOS

2

1

60

SÁBADO 05/0713h00Brasília - Mané Garrincha

ARGENTINA

BÉLGICA

1

0

58

SEXTA 04/07 13h00Rio de Janeiro - Maracanã

FRANÇA

ALEMANHA

0

1

QUARTAS DE FINAL

57

SEXTA 04/07 17h00Fortaleza - Castelão

BRASIL

COLÔMBIA

2

1

59

SÁBADO 05/07 17h00Salvador - Fonte Nova

HOLANDA

COSTA RICA

0

0

62

QUARTA 09/07 17h00São Paulo - Itaquerão

ARGENTINA

HOLANDA

SEMIFINAL

61

TERÇA 08/07 17h00Belo Horizonte - Mineirão

BRASIL

ALEMANHA

3º LUGAR FINAL

64

DOMINGO 13/07 16h00Rio de Janeiro - Maracanã

VENCEDOR JOGO 61

VENCEDOR JOGO 62

63

SÁBADO 12/07 17h00Brasília - Mané Garrincha

PERDEDOR JOGO 61

PERDEDOR JOGO 62

PÊNALTIS: BRASIL 3 X 2 CHILE

PÊNALTIS: COSTA RICA 5 X 3 GRÉCIA

PÊNALTIS: HOLANDA 5 X 3 COSTA RICA

Paulo Vinícius Coelho

Espionagem

O relatório dos observadores Roque Júnior e Gallo indica preo-cupação com a movimentação de Thomas Müller. Por isso, Felipão testou os três volantes, forma-ção com a qual pode começar a semifi nal contra a Alemanha. “Não se esqueça que nós temos uma equipe e ela conta com ob-servadores como Gallo e Roque Júnior”, disse Felipão.

Eles indicam a escalação do terceiro volante. Fernandinho vai fechar um pouco mais o lado di-reito, Paulinho mais perto de Luiz

Gustavo, vão marcar Toni Kroos e esperar a subida de Thomas Müller toda vez que sair da área.

Com bola recuperada, veloci-dade de Hulk e troca de passes. E Oscar!

O meia do Chelsea até agora teve que marcar a lateral e se tornar campeão dos desarmes. Agora, é sua vez de criar.

Felipão vai lembrá-lo de seus me-lhores momentos. Um deles, a fi nal do Mundial sub-20 de 2011, contra Portugal. Até a decisão, Oscar não havia marcado nenhum gol.

Naquele dia, fez três.Felipão mudará o posicionamen-

to de Oscar e ele jogará como meia-armador, centralizado. Exa-tamente como atuou na decisão daquele Mundial sub-20.

A lembrança daquele dia de pro-tagonista pode ser usada como ar-tifício para Oscar se lembrar de que pode ser ele o substituto de Neymar, mesmo sem ser o herdeiro de sua posição no time. A lembrança de que estreou na Champions League metendo bola no meio das pernas de Andrea Pirlo e fi nalizando de fora

da área para fazer dois gols pelo Chelsea contra a Juventus.

Pode ser perigosa a opção de Felipão, se signifi car renúncia à troca de passes. Só será bom se Oscar, Paulinho e Fernandinho conseguirem trocar a bola de pé em pé e também marcar a movi-mentação de Thomas Müller.

Com Willian e um volante a menos, o Brasil teria mais velocidade. A provável opção por Luiz Gustavo, Paulinho e Fer-nandinho não pode servir para atrair os alemães. Tem de funcionar para controlar o passe. Não será fácil.

COLUNISTA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO

Se usar três volantes, a seleção não poderá atrair os alemães, terá de controlar o passe. Não será fácil Com Willian e um volante a menos, o Brasil teria mais velocidade. A prová-vel opção por Luiz Gustavo, Paulinho e Fernandinho não pode servir para atrair os alemães

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Page 3: Pódio - 8 de julho de 2014

E3MANAUS, TERÇA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2014

A Espanha, enfi m, chega láApós “amarelar” em Mundiais anteriores, a Espanha finalmente consegue erguer o troféu mais importante do mundo do futebol ao bater, na fi nal do torneio, a seleção holandesa com um gol no último minuto da prorrogação

A primeira Copa do Mundo em solo afri-cano também contou com um campeão

inédito. Depois de boas cam-panhas que invariavelmen-te acabavam frustradas em Mundiais, a Espanha enfi m pode comemorar o título e entrar para o seleto grupo de campeões da Copa. Em 19 edi-ções do torneio, apenas oito seleções conseguiram chegar ao topo: Brasil, Argentina, Uru-guai, Itália, Alemanha, Ingla-terra, França e Espanha.

A Fúria, como é conhecida a

seleção espanhola, se tornou o primeiro time a conseguir vencer a Copa depois de per-der a partida de estreia. Com uma equipe mesclada entre jogadores do Barcelona e do Real Madrid, dois dos maiores times do planeta, os espa-nhóis chegaram à África do Sul como um dos favoritos. Mas, logo na primeira partida, amargaram uma inesperada derrota para a Suíça.

Muitos colocaram o time espanhol em xeque, mas, aos poucos, a Fúria foi se ajeitan-do. Ainda na primeira fase,

vitórias sobre Honduras e Chi-le garantiram a classifi cação para a segunda fase. Nas oi-tavas de fi nal, um adversário duro: o vizinho Portugal. O clássico ibérico foi bastante equilibrado, mas um gol de Da-vid Villa colocou os espanhóis nas quartas de fi nal.

O Paraguai e seu sempre complicado sistema defensi-vo foram os adversários se-guintes. E, novamente, coube a David Villa se tornar o herói da partida, dessa vez com um gol marcado a sete minutos do fi m do tempo regulamentar.

Na semifi nal, os espanhóis pegaram os alemães. A reju-venescida seleção germâni-ca foi a maior sensação do Mundial. Com jogadores habi-lidosos como Mesut Özil, Bas-tian Schweinsteiger e Thomas Müller ao lado dos veteranos Lukas Podolski e Miroslav Klo-se, o time treinado por Joachim Löw mostrou uma velocidade impressionante e deu show nos gramados sul-africanos. Antes de enfrentar a Espanha, os alemães fi zeram 4 a 1 na Inglaterra, nas oitavas, e 4 a 0 na Argentina, nas quartas.

Mas a Fúria não se intimidou. De novo, os espanhóis preci-saram apenas de um gol para avançar. Dessa vez, o herói foi o defensor Carles Puyol.

DebutanteA Espanha chegava para

uma fi nal de Copa do Mundo pela primeira vez em sua história. Do outro lado, a Holanda. Ou seja, a primeira Copa em solo africano teria também um campeão inédi-to, qualquer que fosse o resul-tado do jogo. Os holandeses também chegaram com mo-

ral, já que tinham eliminado o Brasil, nas quartas de fi nal, e o surpreendente Uruguai, na semi. Mas era a vez da Espanha. E, depois de um 0 a 0 no tempo regulamentar, o craque Andres Iniesta, do Barcelona, fez o gol mais importante da história do futebol espanhol. As ruas da Espanha foram tomadas pela torcida enlouquecida e o fu-tebol de toque de bola ideali-zado pelo técnico Vicente Del Bosque, inspirado no próprio Barcelona, virou referência em todo o planeta.

Bicampeã mundial na primeira metade do sé-culo passado, a seleção do Uruguai penou no fi m do século 20 e início do século 21. Na América do Sul, passou a ser a terceira força, atrás de Brasil e Argentina. Às vezes, nem isso. Mas a excelente cam-panha no Mundial de 2010 simbolizou o resgate do futebol uruguaio. Liderada por Diego Forlán, a seleção celeste se classifi cou em um grupo que tinha França, a anfi triã África do Sul e o México. Depois, ainda despachou a Coreia do Sul

e Gana até ser eliminada pela Holanda na semifi nal. O quarto lugar foi o melhor resultado do Uruguai des-de a Copa de 1970.

Outra surpresa foram os eslovacos. Na primeira participação em uma Copa como país independente, a Eslováquia conseguiu se classifi car para a segunda fase, batendo a Itália no último jogo da etapa de gru-pos e obrigando a Azzurra dar adeus ao Mundial. Nas oitavas de fi nal, no entanto, os eslovacos acabaram eli-minados, com uma derrota para a Holanda.

O ressurgimento da Celeste

Time contou com o melhor jogador da Copa: Diego Forlán

Depois da preparação ex-cessivamente festiva e o consequente fracasso em 2006, Dunga foi escolhido para ser o treinador do Brasil no ciclo para a Copa de 2010. Tetracampeão em 1994 e com fama de disciplinador, o gaúcho não tinha experiência como técnico, mas conseguiu uma série de resultados po-sitivos antes de embarcar para a África do Sul. Sob o comando de Dunga, a sele-ção brasileira venceu a Copa

América de 2007 e a Copa das Confederações de 2009.

O treinador formou um grupo de jogadores de sua confi ança e conseguiu colocar o Brasil mais uma vez como favorito. Tudo deu certo até o segundo tempo das quartas de fi nal. Na primeira fase, o Brasil ganhou da Coreia do Norte e da Costa do Marfi m, além de ter empatado com Portugal. Classifi cado em primeiro do grupo, enfrentou o Chile nas oitavas de fi nal. Resultado:

vitória tranquila por 3 a 0.Contra a Holanda, a sele-

ção brasileira fez um primei-ro tempo quase perfeito e foi para o intervalo vencendo por 1 a 0, gol de Robinho com passe de Felipe Melo. Ninguém poderia imaginar o que viria no segundo tempo. A Holanda empatou já aos sete minutos. A zaga falhou, o goleiro Julio Cesar saiu mal e a bola, que tinha sido cruzada por Wesley Sneijder, desviou de leve em Felipe

Melo antes de entrar.Desestabilizado, o Brasil

se perdeu em campo e viu a Holanda virar. Dessa vez, Kuyt desviou uma cobran-ça de escanteio e a bola caiu na cabeça do baixinho Sneijder, que só mandou para as redes. A situação ainda piorou quando, des-controlado, Felipe Melo fez falta e deu um pisão em Robben, recebendo o cartão vermelho. Uma melancólica despedida para o Brasil.

Dunga comandou o time que caiu nas quartas

Júlio César falhou no gol de empate da Ho-landa, nas quartas

FOTO

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Meia Andres Iniesta chu-tou cruzado para marcar o gol do título espanhol

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Page 4: Pódio - 8 de julho de 2014

E4 E5MANAUS, TERÇA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2014

FICHA TÉCNICABRASILALEMANHA

Local:

Horário:

Árbitro:

Mineirão, em Belo Horizonte (MG)

16h (de Manaus)

Marcos Rodríguez (México)

BRASIL: Julio Cesar, Daniel Alves (Maicon), Dante, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Fernandinho, Paulinho (Willian), Oscar e Hulk; Fred Técnico: Luiz Felipe Scolari

ALEMANHA: Manuel Neuer, Philipp Lahm, Jérôme Boateng, Mats Hummels e Benedikt Höwedes; Bastian Schweins-teiger, Sami Khedira, Thomas Müller, Toni Kroos e Mesut Özil; Miroslav Klose Técnico: Joachim Löw

Tostão

Não há favoritoAlém da garra que têm todos

os atletas, de todos os países, de jogar uma Copa, tenho a esperança de que a ausência de Neymar ilumine e provoque, em todos os outros, sentimentos de superação, de orgulho, de ambição, de mostrar, para eles mesmos e ao mundo, que po-dem também ser protagonistas e que a seleção não depende tanto de Neymar.

Hoje, quero ver Oscar ser mais que um bom coadjuvante e um bom prestador de serviços. Quero ver Hulk ameaçar, como

tem feito, e também acertar o gol. Quero ver Fred ser muito mais do que um cone, um si-mulador de faltas e de pênaltis. Ele precisa jogar bem, mesmo se não fizer o gol. Se marcar, melhor ainda. Quero ver Willian (se entrar) mostrar que o gaú-cho de bigode estava certo em convocá-lo. Quero ver todos se agigantarem.

A Alemanha possui também problemas. O time comanda o jogo, mas finaliza pouco, pois só tem um atacante agressi-vo, artilheiro, Müller. Os dois

que atuam pelos lados marcam pouco os laterais. Marcelo e Daniel Alves (ou Maicon) podem se aproveitar disso. Indepen-dentemente do esquema tático e da escalação, o Brasil precisa pressionar os ótimos armado-res alemães. Os três marcam e avançam, trocando passes. Como os zagueiros alemães atuam adiantados, seria bom explorar os espaços nas costas dos defensores.

No coletivo, a Alemanha é superior. É um time mais co-eso, mais harmônico, com um

princípio e um fim. Já o Brasil é mais passional. Vive de sobres-saltos, de espasmos individuais e coletivos. Se fosse um torneio de pontos corridos, a Alema-nha, certamente, chegaria à frente. Já em uma partida de mata-mata, é frequente pre-dominar o imponderável, os lances isolados, aéreos (os três últimos gols do Brasil), o envolvimento emocional maior de quem atua em casa e, pa-rafraseando Chico Buarque, o que não tem explicação nem nunca terá.

COLUNISTA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO

No coletivo, a Ale-manha é superior. É um time mais coe-so, mais harmônico, com um princípio e um fi m. Já o Brasil é mais passional. Vive de sobressaltos

Brasil encara Alemanha para mostrar que há vida sem Neymar

Ainda abalada pela perda do atacante Neymar, que sofreu uma lesão na coluna na vitória de 2

a 1 sobre a Colômbia, a seleção brasileira tenta mostrar que

há vida sem sua principal

estrela hoje (8), quando enfrenta a Alemanha às 16h (de Manaus), no Minei-

rão, em Belo Horizonte (MG). Os brasileiros terão

pela frente uma potência do futebol mundial, acostumada a esta fase do torneio e que ganhou mais moral ao eliminar a França por 1 a 0.

Luiz Felipe Scolari, técnico do Brasil, mais uma vez se viu com a missão de trabalhar o emocional do grupo. Se antes do jogo contra a Colômbia o tema era o choro contra o Chile, agora a discussão é como sobreviver sem Ney-mar. O treinador apela para a

união do conjunto

para acreditar que é possível ganhar.

“Em qualquer catástrofe surge a oportunidade de se fazer algo diferente. Perdemos a nossa referência. O grupo sentiu que perdeu algo que não poderia ter perdido. Mas ao mesmo tempo o sentimento de todos é que a luta precisa ser ainda maior dentro de cam-po, que a entrega será ainda maior e que todos vão jogar para chegar a esta fi nal, que também é o sonho do Neymar, mesmo estando do lado de fora do gramado”, afi rmou.

A seleção alemã também lamentou a ausência do ata-cante Neymar.

“Nós estamos muito tristes com a ausência do Neymar, pois entendemos que os me-lhores têm que estar dentro de campo. Agora, analisando friamente a ausência dele, en-tendo que ela pode nos causar mais problemas, pois o Brasil se sentirá menos pressionado e os jogadores estarão ainda

mais

unidos em busca da vitó-ria”, disse o volante Bastian Schweinsteiger.

Apesar da ausência de Ney-mar, o técnico Joachim Löw es-pera um grande espetáculo.

“Não existe nada mais lin-do do que enfrentar o Brasil, como anfi trião de uma Copa do Mundo, em uma semifi nal. Nós esperamos muito por isso e trabalhamos demais para conseguirmos chegar até aqui. Agora o desafi o será ainda maior, mas meu grupo quer muito a decisão”, analisou.

Em termos de escalação o mistério impera dos dois lados. Sem maiores proble-mas, Joachim Löw deverá manter a base que venceu a França, mas alguma me-xida pode acontecer, pois o treinador tem se mostrado parceiro de alterações inde-pendentemente do resultado do confronto anterior.

Pelo lado do Brasil, o substi-tuto de Neymar é uma incógni-ta, embora as maiores chances estejam com Willian. Paulinho

também chegou a treinar entre os titulares e tem chance. A vaga do capitão Thiago Silva, suspenso por acúmulo de car-tões amarelos, deverá ser do zagueiro Dante. A boa notícia é o retorno do volante Luiz Gus-tavo, que cumpriu suspensão diante da Colômbia e retorna na vaga de Paulinho.

Pelo regulamento, se a se-mifi nal desta terça-feira ter-minar empatada no tempo re-gulamentar, acontecerá uma prorrogação de trinta minu-tos. Persistindo a igualdade, o classifi cado será conhecido nas cobranças de pênaltis. Os alemães precisaram do tempo extra para eliminarem a Argélia por 2 a 1 nas oitavas de fi nal. Pela mesma etapa os brasileiros só conseguiram eliminar os chilenos nas dis-putas de penalidades, após 1 a 1. O classifi cado vai duelar na fi nal com Argentina ou Ho-landa, que duelam amanhã (9), também às 16h (de Manaus), na arena Corinthians, em São Paulo (SP).

A Fifa divulgou um comu-nicado ofi cial no qual reitera que não haverá punição ao lateral direito da Colôm-bia Juan Camilo Zúñiga, que desferiu uma joelhada nas costas do atacante da seleção brasileira Neymar. Além disso, o pedido da CBF para a anulação do cartão amarelo de Thiago Silva também foi negado e o zagueiro e capitão não poderá participar da semifi -nal contra a Alemanha.

Segundo informou a en-tidade, o defensor colom-biano não pode ser punido

já que o lance não deve ser avaliado pela consequência que teve – deixar Neymar fora da Copa – mas sim pela gravidade dentro de cam-po. Segundo o árbitro da partida, o espanhol Carlos Velasco, Zúñiga nem cartão amarelo mereceu.

“Sobre o requerimento da CBF para a anulação do cartão amarelo de Thia-go Silva, o comitê disci-plinar decretou que não será possível acatá-lo, em virtude da punição ser le-gítima de acordo com as regras do jogo”, disse.

Fifa descarta punir Zúñiga

Momento exato em que o colombiano acerta Neymar

DIV

ULG

AÇÃO

História é favorável ao BrasilO técnico da seleção

brasileira, Luiz Felipe Sco-lari, concedeu coletiva na tarde de ontem (7), no Mi-neirão, na véspera da se-mifi nal da Copa do Mundo contra a Alemanha, e falou abertamente pela primei-ra vez sobre a lesão que tirou o atacante Neymar da Copa do Mundo.

“A motivação adicional nós temos que acrescen-tar, é a passagem a cada jogo, de uma etapa. O Neymar, ao nos deixar, deixou muito dele conos-co e levou muito de nós com ele. Nós já termina-mos essa fase de envolvi-mento desse aspecto que nós ficamos tristes e tudo mais, desde o momento

que sabíamos que não te-ríamos mais o Neymar. E ele, nas manifestações, fez com que os jogadores entendessem que a par-te dele ele tinha feito. A gora é a nossa parte que a gente tem que fazer”, disse o técnico.

‘Agora é nossa vez’, diz Felipão

AUSÊNCIADesfalcados de Neymar, a seleção brasileira ganhou motivação extra. Agora jogadores querem dar tudo para premiar o ata-cante do Barcelona com o título mundial

Luiz Felipe Scolari disse que já decidiu qual será o time titular contra a Alema-nha, hoje (8), pela semifi nal da Copa do Mundo, mas não revelou o substituto de Neymar. A escalação só será divulgada poucas horas antes da partida.

No treinamento realiza-do na manhã de ontem (7), ainda na Granja Comary, Felipão testou o time com três volantes: Luiz Gusta-vo, Paulinho e Fernandinho e também com Willian na vaga de Neymar.

“Se eu jogar com três volantes, uma das condi-ções é que vou dar mais

liberdade aos laterais, e se jogar com dois homens, vou dar menos liberdade. Penso sempre em alguma situação diferente, algum prejuízo para causar para a Alemanha”, disse o trei-nador Joaquim Löw.

Se jogar com três volan-tes, Felipão deve escalar Daniel Alves, que avança com qualidade mas tem tido problemas na mar-cação. Se optar por dois volantes, que seriam Luiz Gustavo, retornando de suspensão, e Fernandinho, jogaria Maicon, que tem uma marcação mais efi -ciente do que Daniel.

Mais volantes e laterais soltos

O histórico de confrontos entre a seleção basileira e a Alemanha traz boas lem-branças para o Brasil, que leva ampla vantagem no duelo. Além disso, ganhou o jogo mais importante entre os dois times, na final da Copa do Mundo de 2002, quando os comandados de Felipão garantiram a con-quista do pentacampeona-to mundial. Porém, no duelo mais recente, os europeus levaram a melhor.

O primeiro duelo entre as seleções aconteceu em 1963, quando a Alemanha ainda carregava Ocidental em seu nome por conta do muro de Berlim. Os brasi-leiros, mesmo atuando em Hamburgo, ganharam por 2

a 1 aquele amistoso. Em torneios oficiais a primeira vez foi apenas em 1981, no Uruguai, pela Copa de Ouro dos Campeões Mundiais. Goleada dos canarinhos por 4 a 1.

Pela Copa das Confedera-ções os dois times se encon-traram em duas ocasiões. A primeira foi em 1999, em Guadalajara, no México. Ambos estavam poupando seus principais jogadores e a variedade de talentos do Brasil fez a diferença com uma expressiva goleada por 4 a 0. Seis anos mais tarde, em 2005, em torneio organizado pelos próprios alemães, os anfitriões pa-raram nas semifinais jus-tamente diante dos canari-

nhos. Em um dia inspirado de Adriano, que mar-cou duas vezes, o Brasil ganhou por 3 a 2. Ronaldinho Gaú-cho fez o outro gol. Podolski e Ballack anotaram os gols dos europeus. O Brasil se sagraria campeão, ba-tendo a Argentina por 4 a 1 na final. Será a combinação se repetirá em 2014?

No histórico do duelo foram 21 jogos, com 12 vitórias do Brasil, qua-tro triunfos alemães e cinco empates. A sele-ção brasileira fez 39 golse sofreu 24.

História é favorável ao Brasila 1 aquele amistoso. Em torneios oficiais a primeira vez foi apenas em 1981, no Uruguai, pela Copa de Ouro dos Campeões Mundiais. Goleada dos canarinhos por 4 a 1.

Pela Copa das Confedera-ções os dois times se encon-traram em duas ocasiões. A primeira foi em 1999, em Guadalajara, no México. Ambos estavam poupando seus principais jogadores e a variedade de talentos do Brasil fez a diferença com uma expressiva goleada por 4 a 0. Seis anos mais tarde, em 2005, em torneio organizado pelos próprios alemães, os anfitriões pa-raram nas semifinais jus-tamente diante dos canari-

nhos. Em um dia inspirado de Adriano, que mar-cou duas vezes, o Brasil ganhou por 3 a 2. Ronaldinho Gaú-cho fez o outro gol. Podolski e Ballack anotaram os gols dos europeus. O Brasil se sagraria campeão, ba-tendo a Argentina por 4 a 1 na final. Será a combinação se repetirá em 2014?

No histórico do duelo foram 21 jogos, com 12 vitórias do Brasil, qua-tro triunfos alemães e cinco empates. A sele-ção brasileira fez 39 golse sofreu 24.

Seleção aposta na força do conjunto e Felipão afi rma que jogadores farão a parte deles, já que Neymar deu tudo quando teve condições de atuar com a amarelinha

E4

Brasil encara Alemanha para que há vida sem NeymarBrasil encara Alemanha para que há vida sem NeymarBrasil encara Alemanha para que há vida sem Neymar

Ainda abalada pela perda do atacante Neymar, Ado atacante Neymar, Aque sofreu uma lesão Aque sofreu uma lesão Ana coluna na vitória de 2

a 1 sobre a Colômbia, a seleção brasileira tenta mostrar que

há vida sem sua principal

estrela hoje (8), quando enfrenta a Alemanha às 16h (de Manaus), no Minei-(de Manaus), no Minei-

rão, em Belo Horizonte (MG). Os brasileiros terão

pela frente uma potência do futebol mundial, acostumada a esta fase do torneio e que ganhou mais moral ao eliminar a França por 1 a 0.

Luiz Felipe Scolari, técnico do Brasil, mais uma vez se viu com a missão de trabalhar o emocional do grupo. Se antes do jogo contra a Colômbia o tema era o choro contra o Chile, agora a discussão é como sobreviver sem Ney-mar. O treinador apela para a

união do conjunto

para acreditar que é possível ganhar.

“Em qualquer catástrofe surge a oportunidade de se fazer algo diferente. Perdemos a nossa referência. O grupo sentiu que perdeu algo que não poderia ter perdido. Mas ao mesmo tempo o sentimento de todos é que a luta precisa ser ainda maior dentro de cam-po, que a entrega será ainda maior e que todos vão jogar maior e que todos vão jogar para chegar a esta fi nal, que também é o sonho do Neymar, mesmo estando do lado de fora do gramado”, afi rmou.

A seleção alemã também lamentou a ausência do ata-cante Neymar.

“Nós estamos muito tristes com a ausência do Neymar, pois entendemos que os me-lhores têm que estar dentro de campo. Agora, analisando friamente a ausência dele, en-tendo que ela pode nos causar mais problemas, pois o Brasil se sentirá menos pressionado e os jogadores estarão ainda

Seleção aposta na força do conjunto eSeleção aposta na força do conjunto e Felipão afi rma Felipão afi rma que que jogajogadores farão adores farão a parte parte parte parte deles, já que Neymar deu deles, já que Neymar deu tudo tudo quandoquando teve condições de atuar com a teve condições de atuar com a aamarelinhamarelinha

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Page 5: Pódio - 8 de julho de 2014

E4 E5MANAUS, TERÇA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2014

FICHA TÉCNICABRASILALEMANHA

Local:

Horário:

Árbitro:

Mineirão, em Belo Horizonte (MG)

16h (de Manaus)

Marcos Rodríguez (México)

BRASIL: Julio Cesar, Daniel Alves (Maicon), Dante, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Fernandinho, Paulinho (Willian), Oscar e Hulk; Fred Técnico: Luiz Felipe Scolari

ALEMANHA: Manuel Neuer, Philipp Lahm, Jérôme Boateng, Mats Hummels e Benedikt Höwedes; Bastian Schweins-teiger, Sami Khedira, Thomas Müller, Toni Kroos e Mesut Özil; Miroslav Klose Técnico: Joachim Löw

Tostão

Não há favoritoAlém da garra que têm todos

os atletas, de todos os países, de jogar uma Copa, tenho a esperança de que a ausência de Neymar ilumine e provoque, em todos os outros, sentimentos de superação, de orgulho, de ambição, de mostrar, para eles mesmos e ao mundo, que po-dem também ser protagonistas e que a seleção não depende tanto de Neymar.

Hoje, quero ver Oscar ser mais que um bom coadjuvante e um bom prestador de serviços. Quero ver Hulk ameaçar, como

tem feito, e também acertar o gol. Quero ver Fred ser muito mais do que um cone, um si-mulador de faltas e de pênaltis. Ele precisa jogar bem, mesmo se não fizer o gol. Se marcar, melhor ainda. Quero ver Willian (se entrar) mostrar que o gaú-cho de bigode estava certo em convocá-lo. Quero ver todos se agigantarem.

A Alemanha possui também problemas. O time comanda o jogo, mas finaliza pouco, pois só tem um atacante agressi-vo, artilheiro, Müller. Os dois

que atuam pelos lados marcam pouco os laterais. Marcelo e Daniel Alves (ou Maicon) podem se aproveitar disso. Indepen-dentemente do esquema tático e da escalação, o Brasil precisa pressionar os ótimos armado-res alemães. Os três marcam e avançam, trocando passes. Como os zagueiros alemães atuam adiantados, seria bom explorar os espaços nas costas dos defensores.

No coletivo, a Alemanha é superior. É um time mais co-eso, mais harmônico, com um

princípio e um fim. Já o Brasil é mais passional. Vive de sobres-saltos, de espasmos individuais e coletivos. Se fosse um torneio de pontos corridos, a Alema-nha, certamente, chegaria à frente. Já em uma partida de mata-mata, é frequente pre-dominar o imponderável, os lances isolados, aéreos (os três últimos gols do Brasil), o envolvimento emocional maior de quem atua em casa e, pa-rafraseando Chico Buarque, o que não tem explicação nem nunca terá.

COLUNISTA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO

No coletivo, a Ale-manha é superior. É um time mais coe-so, mais harmônico, com um princípio e um fi m. Já o Brasil é mais passional. Vive de sobressaltos

Brasil encara Alemanha para mostrar que há vida sem Neymar

Ainda abalada pela perda do atacante Neymar, que sofreu uma lesão na coluna na vitória de 2

a 1 sobre a Colômbia, a seleção brasileira tenta mostrar que

há vida sem sua principal

estrela hoje (8), quando enfrenta a Alemanha às 16h (de Manaus), no Minei-

rão, em Belo Horizonte (MG). Os brasileiros terão

pela frente uma potência do futebol mundial, acostumada a esta fase do torneio e que ganhou mais moral ao eliminar a França por 1 a 0.

Luiz Felipe Scolari, técnico do Brasil, mais uma vez se viu com a missão de trabalhar o emocional do grupo. Se antes do jogo contra a Colômbia o tema era o choro contra o Chile, agora a discussão é como sobreviver sem Ney-mar. O treinador apela para a

união do conjunto

para acreditar que é possível ganhar.

“Em qualquer catástrofe surge a oportunidade de se fazer algo diferente. Perdemos a nossa referência. O grupo sentiu que perdeu algo que não poderia ter perdido. Mas ao mesmo tempo o sentimento de todos é que a luta precisa ser ainda maior dentro de cam-po, que a entrega será ainda maior e que todos vão jogar para chegar a esta fi nal, que também é o sonho do Neymar, mesmo estando do lado de fora do gramado”, afi rmou.

A seleção alemã também lamentou a ausência do ata-cante Neymar.

“Nós estamos muito tristes com a ausência do Neymar, pois entendemos que os me-lhores têm que estar dentro de campo. Agora, analisando friamente a ausência dele, en-tendo que ela pode nos causar mais problemas, pois o Brasil se sentirá menos pressionado e os jogadores estarão ainda

mais

unidos em busca da vitó-ria”, disse o volante Bastian Schweinsteiger.

Apesar da ausência de Ney-mar, o técnico Joachim Löw es-pera um grande espetáculo.

“Não existe nada mais lin-do do que enfrentar o Brasil, como anfi trião de uma Copa do Mundo, em uma semifi nal. Nós esperamos muito por isso e trabalhamos demais para conseguirmos chegar até aqui. Agora o desafi o será ainda maior, mas meu grupo quer muito a decisão”, analisou.

Em termos de escalação o mistério impera dos dois lados. Sem maiores proble-mas, Joachim Löw deverá manter a base que venceu a França, mas alguma me-xida pode acontecer, pois o treinador tem se mostrado parceiro de alterações inde-pendentemente do resultado do confronto anterior.

Pelo lado do Brasil, o substi-tuto de Neymar é uma incógni-ta, embora as maiores chances estejam com Willian. Paulinho

também chegou a treinar entre os titulares e tem chance. A vaga do capitão Thiago Silva, suspenso por acúmulo de car-tões amarelos, deverá ser do zagueiro Dante. A boa notícia é o retorno do volante Luiz Gus-tavo, que cumpriu suspensão diante da Colômbia e retorna na vaga de Paulinho.

Pelo regulamento, se a se-mifi nal desta terça-feira ter-minar empatada no tempo re-gulamentar, acontecerá uma prorrogação de trinta minu-tos. Persistindo a igualdade, o classifi cado será conhecido nas cobranças de pênaltis. Os alemães precisaram do tempo extra para eliminarem a Argélia por 2 a 1 nas oitavas de fi nal. Pela mesma etapa os brasileiros só conseguiram eliminar os chilenos nas dis-putas de penalidades, após 1 a 1. O classifi cado vai duelar na fi nal com Argentina ou Ho-landa, que duelam amanhã (9), também às 16h (de Manaus), na arena Corinthians, em São Paulo (SP).

A Fifa divulgou um comu-nicado ofi cial no qual reitera que não haverá punição ao lateral direito da Colôm-bia Juan Camilo Zúñiga, que desferiu uma joelhada nas costas do atacante da seleção brasileira Neymar. Além disso, o pedido da CBF para a anulação do cartão amarelo de Thiago Silva também foi negado e o zagueiro e capitão não poderá participar da semifi -nal contra a Alemanha.

Segundo informou a en-tidade, o defensor colom-biano não pode ser punido

já que o lance não deve ser avaliado pela consequência que teve – deixar Neymar fora da Copa – mas sim pela gravidade dentro de cam-po. Segundo o árbitro da partida, o espanhol Carlos Velasco, Zúñiga nem cartão amarelo mereceu.

“Sobre o requerimento da CBF para a anulação do cartão amarelo de Thia-go Silva, o comitê disci-plinar decretou que não será possível acatá-lo, em virtude da punição ser le-gítima de acordo com as regras do jogo”, disse.

Fifa descarta punir Zúñiga

Momento exato em que o colombiano acerta Neymar

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AÇÃO

História é favorável ao BrasilO técnico da seleção

brasileira, Luiz Felipe Sco-lari, concedeu coletiva na tarde de ontem (7), no Mi-neirão, na véspera da se-mifi nal da Copa do Mundo contra a Alemanha, e falou abertamente pela primei-ra vez sobre a lesão que tirou o atacante Neymar da Copa do Mundo.

“A motivação adicional nós temos que acrescen-tar, é a passagem a cada jogo, de uma etapa. O Neymar, ao nos deixar, deixou muito dele conos-co e levou muito de nós com ele. Nós já termina-mos essa fase de envolvi-mento desse aspecto que nós ficamos tristes e tudo mais, desde o momento

que sabíamos que não te-ríamos mais o Neymar. E ele, nas manifestações, fez com que os jogadores entendessem que a par-te dele ele tinha feito. A gora é a nossa parte que a gente tem que fazer”, disse o técnico.

‘Agora é nossa vez’, diz Felipão

AUSÊNCIADesfalcados de Neymar, a seleção brasileira ganhou motivação extra. Agora jogadores querem dar tudo para premiar o ata-cante do Barcelona com o título mundial

Luiz Felipe Scolari disse que já decidiu qual será o time titular contra a Alema-nha, hoje (8), pela semifi nal da Copa do Mundo, mas não revelou o substituto de Neymar. A escalação só será divulgada poucas horas antes da partida.

No treinamento realiza-do na manhã de ontem (7), ainda na Granja Comary, Felipão testou o time com três volantes: Luiz Gusta-vo, Paulinho e Fernandinho e também com Willian na vaga de Neymar.

“Se eu jogar com três volantes, uma das condi-ções é que vou dar mais

liberdade aos laterais, e se jogar com dois homens, vou dar menos liberdade. Penso sempre em alguma situação diferente, algum prejuízo para causar para a Alemanha”, disse o trei-nador Joaquim Löw.

Se jogar com três volan-tes, Felipão deve escalar Daniel Alves, que avança com qualidade mas tem tido problemas na mar-cação. Se optar por dois volantes, que seriam Luiz Gustavo, retornando de suspensão, e Fernandinho, jogaria Maicon, que tem uma marcação mais efi -ciente do que Daniel.

Mais volantes e laterais soltos

O histórico de confrontos entre a seleção basileira e a Alemanha traz boas lem-branças para o Brasil, que leva ampla vantagem no duelo. Além disso, ganhou o jogo mais importante entre os dois times, na final da Copa do Mundo de 2002, quando os comandados de Felipão garantiram a con-quista do pentacampeona-to mundial. Porém, no duelo mais recente, os europeus levaram a melhor.

O primeiro duelo entre as seleções aconteceu em 1963, quando a Alemanha ainda carregava Ocidental em seu nome por conta do muro de Berlim. Os brasi-leiros, mesmo atuando em Hamburgo, ganharam por 2

a 1 aquele amistoso. Em torneios oficiais a primeira vez foi apenas em 1981, no Uruguai, pela Copa de Ouro dos Campeões Mundiais. Goleada dos canarinhos por 4 a 1.

Pela Copa das Confedera-ções os dois times se encon-traram em duas ocasiões. A primeira foi em 1999, em Guadalajara, no México. Ambos estavam poupando seus principais jogadores e a variedade de talentos do Brasil fez a diferença com uma expressiva goleada por 4 a 0. Seis anos mais tarde, em 2005, em torneio organizado pelos próprios alemães, os anfitriões pa-raram nas semifinais jus-tamente diante dos canari-

nhos. Em um dia inspirado de Adriano, que mar-cou duas vezes, o Brasil ganhou por 3 a 2. Ronaldinho Gaú-cho fez o outro gol. Podolski e Ballack anotaram os gols dos europeus. O Brasil se sagraria campeão, ba-tendo a Argentina por 4 a 1 na final. Será a combinação se repetirá em 2014?

No histórico do duelo foram 21 jogos, com 12 vitórias do Brasil, qua-tro triunfos alemães e cinco empates. A sele-ção brasileira fez 39 golse sofreu 24.

História é favorável ao Brasila 1 aquele amistoso. Em torneios oficiais a primeira vez foi apenas em 1981, no Uruguai, pela Copa de Ouro dos Campeões Mundiais. Goleada dos canarinhos por 4 a 1.

Pela Copa das Confedera-ções os dois times se encon-traram em duas ocasiões. A primeira foi em 1999, em Guadalajara, no México. Ambos estavam poupando seus principais jogadores e a variedade de talentos do Brasil fez a diferença com uma expressiva goleada por 4 a 0. Seis anos mais tarde, em 2005, em torneio organizado pelos próprios alemães, os anfitriões pa-raram nas semifinais jus-tamente diante dos canari-

nhos. Em um dia inspirado de Adriano, que mar-cou duas vezes, o Brasil ganhou por 3 a 2. Ronaldinho Gaú-cho fez o outro gol. Podolski e Ballack anotaram os gols dos europeus. O Brasil se sagraria campeão, ba-tendo a Argentina por 4 a 1 na final. Será a combinação se repetirá em 2014?

No histórico do duelo foram 21 jogos, com 12 vitórias do Brasil, qua-tro triunfos alemães e cinco empates. A sele-ção brasileira fez 39 golse sofreu 24.

Seleção aposta na força do conjunto e Felipão afi rma que jogadores farão a parte deles, já que Neymar deu tudo quando teve condições de atuar com a amarelinha

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Brasil encara Alemanha para que há vida sem NeymarBrasil encara Alemanha para que há vida sem NeymarBrasil encara Alemanha para que há vida sem Neymar

Ainda abalada pela perda do atacante Neymar, Ado atacante Neymar, Aque sofreu uma lesão Aque sofreu uma lesão Ana coluna na vitória de 2

a 1 sobre a Colômbia, a seleção brasileira tenta mostrar que

há vida sem sua principal

estrela hoje (8), quando enfrenta a Alemanha às 16h (de Manaus), no Minei-(de Manaus), no Minei-

rão, em Belo Horizonte (MG). Os brasileiros terão

pela frente uma potência do futebol mundial, acostumada a esta fase do torneio e que ganhou mais moral ao eliminar a França por 1 a 0.

Luiz Felipe Scolari, técnico do Brasil, mais uma vez se viu com a missão de trabalhar o emocional do grupo. Se antes do jogo contra a Colômbia o tema era o choro contra o Chile, agora a discussão é como sobreviver sem Ney-mar. O treinador apela para a

união do conjunto

para acreditar que é possível ganhar.

“Em qualquer catástrofe surge a oportunidade de se fazer algo diferente. Perdemos a nossa referência. O grupo sentiu que perdeu algo que não poderia ter perdido. Mas ao mesmo tempo o sentimento de todos é que a luta precisa ser ainda maior dentro de cam-po, que a entrega será ainda maior e que todos vão jogar maior e que todos vão jogar para chegar a esta fi nal, que também é o sonho do Neymar, mesmo estando do lado de fora do gramado”, afi rmou.

A seleção alemã também lamentou a ausência do ata-cante Neymar.

“Nós estamos muito tristes com a ausência do Neymar, pois entendemos que os me-lhores têm que estar dentro de campo. Agora, analisando friamente a ausência dele, en-tendo que ela pode nos causar mais problemas, pois o Brasil se sentirá menos pressionado e os jogadores estarão ainda

Seleção aposta na força do conjunto eSeleção aposta na força do conjunto e Felipão afi rma Felipão afi rma que que jogajogadores farão adores farão a parte parte parte parte deles, já que Neymar deu deles, já que Neymar deu tudo tudo quandoquando teve condições de atuar com a teve condições de atuar com a aamarelinhamarelinha

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E6 MANAUS, TERÇA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2014 TÍTULO: SUTIÃ:

FOTO:

O treinador da seleção alemã, Joachim Löw, disse que a ausência de Neymar pode incen-

tivar os jogadores brasileiros na semifi nal da Copa do Mundo.

“Os golpes geralmente des-pertam forças adicionais”, dis-se o técnico de acordo com publicação no site da Federa-ção Alemã de Futebol (DFB). “Ninguém deve imaginar que a nossa tarefa se tornou mais fácil com a ausência de Neymar, pelo contrário”, acrescentou.

Além de Neymar, que sofreu uma fratura na terceira vértebra do lado esquerdo, o zagueiro Thiago Silva recebeu o segundo cartão amarelo na partida contra a Colômbia, pelas quartas de fi nal, e também vai desfalcar o Brasil no jogo contra a Alemanha. Mas Löw fez questão de ressaltar a qualidade dos jogadores reser-vas da seleção brasileira.

“Para os brasileiros é lamen-tável ter que se apresentar sem dois de seus melhores jogadores, mas eles vão saber compensar”, disse Löw. “A sus-pensão de Thiago Silva mostra o tamanho da seleção. (Luiz) Felipe Scolari poderá trazer jogadores como o Dante, e eu não consigo ver uma perda de qualidade”, considerou.

O treinador da Alemanha tam-bém expressou solidariedade com Neymar e o desejou uma rápida recuperação.

“É um grande jogador, sua lesão é dolorosa e uma grande falta de sorte para ele, para a sua equipe, para toda a nação”, afi rmou Joachim Löw. “Espero que ele possa estar de volta nos campos o mais rápido possível e que ele possa superar este revés. Em uma Copa do Mundo, queremos ver os melhores joga-dores, e os jogadores também querem competir sempre com o melhor”, concluiu.

Arbitragem preocupaO técnico da Alemanha, Joa-

chim Löw, criticou duramente o jogo de 54 faltas - o mais faltoso da Copa-14 até aqui - entre Brasil e Colômbia pelas quartas de fi nal e defi niu a partida como

tendo sido uma “luta”, não um jogo de futebol. Löw tentou co-locar pressão ao pedir rigor do juiz mexicano Marco Rodríguez, que apitará Brasil e Alemanha hoje (8), no Mineirão, em Belo Horizonte (MG).

“Foram faltas brutais. Esse tipo de combate foi um pouco exagerado. Se isso continuar, não teremos mais os Neymares e os Messis. Isso não pode pros-seguir”, afi rmou o alemão.

Löw disse que tanto o Brasil quanto a Colômbia exageraram nas faltas e que, com uma partida muito faltosa, foram apenas 39 minutos de jogo.

“Foram muitas faltas, faltas por trás, carrinhos por trás e laterais, faltas perigosas para os jogadores. Precisamos proteger os nossos atacantes”, disse ele, que completou: “Espero que o árbitro Rodríguez possa agir. Essa energia física não pode ir além dos limites”.

As declarações do técnico da Alemanha foram dadas na en-trevista ofi cial da Fifa, sempre realizada no dia que antecede a partida. Juntamente a Löw esta-va o defensor Jérôme Boateng, que fez coro com o seu treinador. “Nunca vimos tanta falta. Foi além do limite”, afi rmou.

O treinador alemão abriu a sua entrevista dizendo que todos na delegação alemã estavam muito sentidos com o que acon-teceu com o atacante Neymar. “É uma situação terrível, isso é ruim para o futebol. Gostaria de desejar pronta recuperação para o Neymar”, afi rmou.

Sobre o jogo, ele espera um Brasil muito aguerrido em cam-po, mas disse que a Alemanha não pode se concentrar nos jo-gadores brasileiros, deve se ater ao jogo desenvolvido pela sua seleção, que, conforme disse, tem muitas variações.

Ele também diz não se pre-ocupar com o jogador que en-trará para substituir Neymar, seja um volante, um meia ou um atacante. “Antes do jogo vamos ver a escalação, e nós também temos as nossas variações. Es-taremos prontos para enfren-tar o Brasil”, afi rmou Löw.

Löw acredita que Brasil está ainda mais motivado

Técnico alemão prevê um Brasil mais forte por conta da lesão de Neymar e descarta facilidade durante a partida

RAIO-X DO DUELOO QUE O BRASIL DEVE TEMER?- O goleiro Neuer é um dos melhores do mundo em sua posição- As jogadas de bola parada, muito utilizadas pelos alemães, que contam com jogadores altos- A troca de passes no meio de campo, que tende a aumentar a posse de bola alemã

O QUE A ALEMANHA DEVE TEMER?- A velocidade pelos lados do campo, tanto com os laterais como com os meias- Os lançamentos longos do Brasil, que exploram as costas da última linha defensiva- A marcação forte da seleção brasileira, a mais faltosa do Mundial

DESEMPENHO DA BRASIL NA COPAGols de bola parada 3Finalizações 82Impedimentos 11Assistências 7Desarmes 82Faltas cometidas 96Faltas sofridas 95Passes 2.471Passes completados 1.816 (73%)Cruzamentos 113Cruzamentos completados 32 (28%)

DESEMPENHO DA ALEMANHA NA COPAGols de bola parada 2Finalizações 74Impedimentos 14Assistências 6Desarmes 69Faltas cometidas 57Faltas sofridas 74Passes 3.577Passes completados 2.938 (82%)Cruzamentos 111Cruzamentos completados 29 (26%)

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E7MANAUS, TERÇA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2014 E7

Atacante argentino disse que prefere levantar a taça de campeão do mundo do que se tornar artilheiro do torneio

Messimira título Mundial

O capitão da Argentina, Lionel Messi, assegurou que seu maior objetivo é levar sua seleção à

conquista do Mundial e que não se preocupa com a Chuteira de Ouro, prêmio dado ao artilheiro da Copa do Mundo. Segundo ele, ajudar seus companheiros com os gols é o mais importante.

“Prefi ro o Mundial à Chuteira de Ouro. Sempre. Como jogador, ganhar uma Copa é o melhor que existe. É algo com que se sonha desde pequeno, e o sonho nun-ca acaba. Eu perguntei aos meus companheiros do Barcelona, Xavi, Iniesta e Piqué o que se sente levantando a taça, mas não se pode explicar. Faremos de tudo para tornar esse sonho realidade”, revelou em entrevista à Adidas.

Além disso, o jogador declarou que tenta não se preocupar com o que dizem dele.

“Concentro-me na equipe. Nós focamos nas táticas, então o nosso futebol dará a resposta. Se eu se-guir marcando gols e isso permitir à Argentina chegar à fi nal, será o mais importante”, declarou.

Messi afi rmou que uma fi nal contra o Brasil seria especial para todos os sul-americanos.

“Os fãs estão cheios de paixão e animarão a sua equipe. Jogar uma final de Copa no Maracanã é o sonho de todo jogador. Mas primeiro temos que vencer a semifinal”, afirmou.

Ele mostrou que sabe lidar

com a cobrança.“Estou sentindo uma pressão

positiva. É uma grande honra ser capitão da Argentina e converter qualquer pressão extra em boas atuações para o meu país. Quero devolver essa confi ança depositada em mim para liderar a Argentina à conquista do Mundial”, comentou.

Jogador do Barcelona, o argen-tino ainda tentou amenizar o ve-xame espanhol no torneio devido ao grupo muito difícil, ao lado de Holanda, Chile e Austrália.

“Este Mundial está cheio de surpresas e algumas grandes equipes perderam de seleções menos conhecidas. A Espanha tem grandes jogadores, que vol-tarão a ser fortes e mais seguros no próximo torneio”, fi nalizou.

Sonho de DemichelisApós a vitória da Argentina sobre

a Suíça, Martín Demichelis falou quatro vezes a palavra “revanche”.

O termo era previsível porque a seleção não chegava à semifi nal da Copa do Mundo desde 1990. Agora enfrenta a Ho-landa, carrasco de 1998. Mas não era disso que o zagueiro estava falando. Tratava-se de uma questão pessoal.

“Por tudo o que ele passou nos últimos anos, pelas vaias e críticas, Martín merecia esse retorno”, resumiu o go-leiro Sergio Romero.

Nem Demichelis acredita-va que estaria no torneio. Ele passou quase três anos sem ser convocado por Alejan-dro Sabella. “Se isso é um sonho, por favor, não me acorde. Não imaginei que estaria aqui no Mundial. Era a última coisa que passava pela minha ca-beça há dois meses”, disse depois de a Ar-gentina ter passa-do pelas quartas de fi nal pela primeira vez em 24 anos.

Demichelis confes-sa que já tinha planos para sair de férias du-rante o Mundial. Exatamente como o banido Carlos Tevez, que foi para a Disney com a família. O descanso fi cou para depois porque o beque do Manchester City (ING) voltou a tempo de ser titular na semifi nal, nesta quarta (9), em São Paulo (SP).

DESFALQUEO técnico argentino Alejandro Sabella não terá a sua disposição o meia-atacante Angel Di María. Com uma lesão muscular, o atleta tenta se recuperar para disputar uma eventual fi nal de Copa do Mundo

Vlaar pode desfalcar HolandaCONTUSÃO

Depois da perda do jo-gador De Jong por lesão, o técnico da Holanda, Louis Van Gaal, pode ter outra dor de cabeça para enfrentar a Argentina amanhã, às 16h (de Manaus), na Arena Co-rinthians. O zagueiro Vlaar deixou o hotel na manhã de ontem com uma proteção no joelho esquerdo.

Apesar de ter embarcado junto com o restante do grupo para São Paulo (SP), a imprensa holandesa tra-ta o jogador como dúvida para a partida.

Vlaar já tinha reclamado de dores no local depois do jogo de sábado, quando atuou os 120 minutos do empate sem gols contra a Costa Rica. Caso o zagueiro seja vetado, a escolha de Van Gaal deve ser Janmaat, titular nos três duelos da fase de grupos. Em-bora venha apresentando um esquema com três zagueiros, o técnico pode alterar a tá-tica da seleção.

A seleção da Holanda che-gou a São Paulo no começo da tarde de ontem, às 17h, fará um treino fechado no Pacaembu. Os jogadores

foram recebidos por pou-cos torcedores no hotel na região do Ibirapuera e não falaram com a imprensa.

Olho no adversárioDepois de reclamar do

calendário da véspera dos jogos, a seleção holandesa vai poder assistir ao due-lo Brasil x Alemanha, pela primeira semifi nal da Copa, nesta hoje (8).

Nas quartas de fi nal, o técnico da Holanda, Louis van Gaal, alfi netou a Fifa por não poder assistir a dois outros duelos. Ele foi escalado para dar entre-vista durante Alemanha x França, e seu time treinou enquanto Brasil e Colômbia se enfrentavam.

Coincidência ou não, desta vez será diferente. A equipe da Holanda, que enfrenta a Argentina amanhã (9), vai treinar e dar entrevista an-tes da partida do Brasil.

O treinamento foi mar-cado para as 10h30 e a entrevista para as 13h de hoje (8). Brasil e Alemanha se enfrentam a partir de 16h. Uma das duas equipes

será adversária da Holanda no fi nal de semana, seja na fi nal, seja na disputa pelo terceiro lugar.

Em relação ao Brasil, a coincidência de horários de treinos e entrevistas acom-panhou a Holanda durante quase toda a Copa. Quatro das cinco partidas da equipe foram na véspera do jogo da seleção brasileira.

Nesta passagem por São Paulo, a seleção holandesa nem irá até o Itaquerão, lo-cal do jogo com a Argentina, antes da partida. As duas atividades da véspera es-tão marcadas para o Paca-embu, onde os holandeses também treinaram ontem (7), de portões fechados - inclusive à imprensa.

A Holanda já fez um jogo no Itaquerão, o último da primeira fase, quando ven-ceu o Chile por 2 a 0.

Já a Argentina não es-capou da coincidência de horários. Seu treinamento no Itaquerão está marcado para começar às 17h30 de hoje (8), coincidindo com a parte fi nal do segundo tem-po de Brasil x Alemanha.

CÉLIO MESSIAS/GAZETA PRESS

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Vlaar sentiu dores no joelho e pode fi car de fora da partida decisiva diante da Argentina

Lionel Messi já decidiu duas partidas nesta Copa do Mundo, mas o atacante quer o título

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E8 MANAUS, TERÇA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2014

Texto: Thiago Botelho

Título: Copa do lutoSutiã: Lendário Alfredo Di Stéfano

morreu ontem em Madrid (ESP) e deixa órfãos os fãs do futebol. Desde que a preparação para o Mundial iniciou em maio, além dele, quatro ex-jogadores e mais seis pessoas ligadas ao esporte morreram.

O ídolo do Real Madrid e artilheiro da seleção argentina e espanhola, Alfre-do Di Stéfano faleceu ontem (7), aos 88 anos, em Madrid (ESP). O lendário ex-jogador estava internado desde o último sábado (5), quando sofreu uma parada cardíaca e teve que ser internado. Dois dias depois ele não reagiu como os médicos esperavam e acabou não resistindo.

Com a morte do ‘Flecha Loira’ sobe para cinco o número de ex-jogadores que foram a óbito desde que a prepa-ração para a Copa do Mundo iniciou em maio. Antes dele, Washington integrante do Casal 20 do Flumi-nense morreu vítima de esclerose lateral, uma doença degenerativa. Nesta semana, 40 dias depois, seu parceiro inseparável de ataque As-sis, também deixou o futebol órfão ao morrer aos 61 anos por falência múltipla dos órgãos.

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O ídolo do Real Ma-drid e artilheiro da seleção argentina e espanhola, Alfredo

Di Stéfano, faleceu ontem (7), aos 88 anos, em Madrid (ESP). O lendário ex-jogador estava internado desde o último sá-bado (5), quando sofreu uma parada cardíaca e teve que ser internado. Dois dias depois ele não reagiu como o esperado e acabou não resistindo.

Com a morte do “Flecha Loira” sobe para cinco o número de ex-jogadores que foram a óbito des-de que a preparação para a Copa do Mundo iniciou em maio. Antes dele, Washington integrante do Casal 20 do Fluminense morreu vítima de esclerose lateral, uma doença degenerativa. Nesta se-mana, 40 dias depois, seu parcei-ro inseparável de ataque, Assis, também deixou o futebol órfão ao morrer aos 61 anos por falência múltipla dos órgãos.

O ex-lateral esquerdo da sele-

ção brasileira na Copa de 1974 e do Botafogo por cinco tempo-radas, Marinho Chagas, integra a triste lista. Morreu aos 62 anos, por hemorragia digestiva em João Pessoa (PB). Passada apenas uma semana, o capitão do título Mundial do Internacional em 2006, Fernandão, sofreu um acidente de helicóptero em Goiás e faleceu aos 36 anos. Ele se preparava para comentar a Copa do Mundo no Brasil em um canal de esportes na TV fechada.

Se não bastassem jogadores, a lista fúnebre da Copa do Mundo tem dois jornalistas esportivos. O experiente Luciano do Valle mor-reu aos 66 anos, vítima de morte súbita, quando se preparava para trabalhar na cobertura de um Mundial de futebol pela 11ª vez. Curiosamente, o locutor nasceu antes da Copa de 1950, disputada em solo brasileiro, e faleceu a poucos dias da atual edição.

O apresentador da TV Record, Mauricio Torres, foi desfalque também na transmissão do maior evento de futebol do pla-neta. Ele faleceu no dia 31 de

maio aos 43 anos por conta de uma arritmia cardíaca.

Parentes O luto se estendeu ao am-

biente das seleções que estão e estiveram no Brasil para a Copa do Mundo. O técnico do Brasil, Luiz Felipe Scolari, teve dois baques. Primeiro o cunhado, Nei Canabarro, que morreu em Canoas em decorrência de um câncer. Passados apenas 14 dias, o comandante canarinho perdeu o sobrinho Tarcísio Schneider, 48, em acidente de carro.

Os jogadores Yaya e Kolo Tou-ré, que disputaram a Copa pela seleção da Costa do Marfi m, não puderam se despedir do irmão Ibrahim, que morreu em Man-chester (ING), no último dia 20 de junho. Um dia antes, a poucas horas de começar a partida dos marfi nenses contra a Colômbia, o lateral Serge Aurier foi informado da morte de seu pai.

Marcelo, perdeu seu avô, Pe-dro Filho, na manhã de sábado (5). Ele foi o maior incentivador do lateral esquerdo.

Desde que a preparação para o Mundial iniciou em maio, cinco ex-jogadores e mais seis pessoas ligadas ao esporte morreram

THIAGO BOTELHOEquipe EM TEMPO

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E9MANAUS, TERÇA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2014

A MÚSICA DE CHUTEIRAS“Mostra Tua Força Brasil” cai na boca do povo e vira hino da Copa de 2014, desbancando a música sem sal e sem swing da Fifa

Jair Rodrigues e Wilson Simonal que já estão no paraíso celestial, abenço-ado por Deus e bonito por

natureza, devem estar ado-rando. É que música que embala a Copa do Mundo do Brasil é de autoria de seus fi -lhotes, Jairzinho e Simoninha. interpretada pelo Titã Paulo Miklos e Fernanda Takai, a canção ganhou força nas últimas semanas e passou a ser o grito de guerra da tor-cida brasileira, principalmete o refrão que caiu na boca e na alma do povo:

“Mostra tua força Bra-sil/ E amarra o amor na chuteira/ Que a garra da torcida inteira/

Vai junto com você Brasil...” diz um trecho da canção, na verdade um apelo publicitá-rio encomendado pelo banco Itaú à agência de publici-dade África. O sucesso pode ser comprovado em núme-ros. São mais 18 milhões de visualizações do clipe no Youtube, 350 mil dowloands e 500 diferentes versões da música criadas e enviadas pelos internautas.

Na verdade, a música ofi cial da Copa do Mundo 2014, lan-çada pela Fifa é “We Are One” (Ole, Ola), que não decolou por-que foi considerada “ insossa” pela mídia. Mesmo trazendo a brasileira Claudia Leitte como intérprete e a megaestrela portoriquenha Jennifer López e seus ousados shortinhos.

Copa do Mundo sem música não existe. Quem não lembra do “Voa Canarinho” , gravada pelo lateral Júnior não Mundial de 1982, na Espanha? A músi-ca foi composta com o título de “Povo Feliz”, mas acabou fi cando mais conhecida como “Voa Canarinho”. Apesar de cair no gosto da torcida não deu muita sorte ao Brasil. Naquela Copa, jogamos por um empate contra a Itália e Paolo Rossi marcou três vezes, sepultando nossos sonhos de tetra. Restou ao canarinho voar para casa.

A eliminação fi cou conhe-cida como “Tragédia de Sar-riá”, mas a música fi cou para

sempre na alma da torcida brasileira. “Voa, canarinho, voa/ Mostra pra esse povo que és um rei/ Voa, canarinho, voa/ Mostra na Espanha o que eu já sei”.

A tradição de se compor uma música para a Copa do Mundo começou por vota de 1958, na Copa da Suécia, quando o Brasil ergueu seu primeiro “caneco” embalado por “A taça do mundo é nossa”, de autoria de Wagner Mau-geri, Lauro Müller, Maugeri Sobrinho e Victor Dagô. Foi composta para as comemo-rações após a conquista seu primeiro título mundial e é to-cada até hoje. Lembram disso: “O brasileiro lá no estrangeiro/ Mostrou o futebol como é que é/ Ganhou a taça do mun-do/ Sambando com a bola no pé Goool!!!”

Quando a seleção é boa, a música emplaca. E quando a seleção e a música são boas, o sucesso chega mais rápi-do ainda. É o caso de “Pra Frente Brasil”, que virou hino

na Copa de 1970, no México, chegando até ser usada pela ditadura militar no embalo da propaganda ufanista. Escrita por Miguel Gustavo, a canção surgiu em um concurso orga-nizado pelos patrocinadores das transmissões dos jogos da Copa. A música era tocada nas rádios, em solenidades e catada nas ruas pelo povo. Segundo os publicitários de hoje, “Pra Frente, Brasil’ nada mais é do que um jingle con-tagiante que se eternizou e virou o maior hino de todas as Copas, com os emblemáticos versos como esses: “Noventa milhões em ação/ Pra frente, Brasil/ Do meu coração/ To-dos juntos vamos/ Pra frente, Brasil/ Salve a seleção!”

MÁRIO ADOLFOEquipe EM TEMPO

PRA FRENTE BRASILHino da conquista do tri, na Copa de 70, se eternizou no coração do povo chegando até a ser usada pela di-tadura no embalo da propaganda ufanista

Mostra Tua Força Brasil JAIRZINHO E SIMONINHA

Vamos soltar o grito do peitoDeixar o coração no jeitoQue aí vem mais uma emoção

Vamos torcer e jogar todos juntosMostrar novamente pro mundoComo se faz um campeão

Pois só a gente tem as cinco estrelas na alma verde-amarelaE só a gente sabe emocionar cantando o hino à capela

Mostra tua força BrasilE amarra o amor na chuteiraQue a garra da torcida inteiraVai junto com você Brasil

Mostra tua força BrasilE faz da nação sua bandeiraQue a paixão da massa inteiraVai junto com você Brasil

Mostra tua força BrasilE amarra o amor na chuteiraQue a garra da torcida inteiraVai junto com você Brasil

CANTE COM A TORCIDA

Depois de “Pra Frente Brasil”, produtores musicais andaram tentando acertar novamente uma música que empolgasse a torcida bra-sileira como no México 70. Mas nem sempre acertaram. Em 1986, por exemplo, o Mundial era novamente em terras mexicanas e grava-doras lançaram “O Mundo é Verde Amarelo”.

A tentativa causou o maior fuzuê porque os jogadores da seleção exigiram dos di-rigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) uma porcentagem maior na comercialização do disco. Na pressão, a gravadora acabou cedendo.

Naquela mesma Copa a Rede Globo lançou um ál-bum relembrando grandes sucessos de outros mundiais e criou também uma canção nova. A competente dupla Michael Sullivan e Paulo Massadas, juntamente com Luís Campos, compuseram “Mexe Coração”. A música fez sucesso na televisão quando surgiu o persona-gem Arakém, o Show man. “Mexe, mexe, mexe cora-ção/vamos que vamos esta bola vai rolar...” ou “Ginga lá, ô, ginga cá, Brasil/Vamos reviver mais uma vez a emo-

ção/Copa do Mundo o Brasil é campeão...”.

Em 1994, quando fi nal-mente o Brasil conquistou o tetra – venceu, mas não convenceu –, o “Coração verde e amarelo”, outra can-ção criada pela Globo, que, ao lado do “Tema da Vitória”, música que homenageava o piloto Ayrton Senna, morto naquele ano, consagrou o time do técnico Carlos Al-berto Parreiras na Copa dos Estados Unidos.

Você, leitor, que está lendo esta matéria deve ter can-tado – e canta até hoje – o refrão: “Eu sei que vou/ Vou do jeito que eu sei/ De gol em gol / Com direito a “replay”/ Eu sei que vou/ Com o coração batendo a mil/ É taça na raça, Brasil!!! —

Outro hit de Mundial que deixou lembrança amar-gas foi o da Copa de 1998, na França. Ricky Martin fez o mundo sacudir o es-queleto com a canção “La Copa De La Vida”, um dos maiores sucessos de sua carreira e primeiro lugar em diversos países, apesar de ser gravado em inglês, a torcida aprendeu rapidi-nho o “Go, go, go. Olé, olé, olé!”, que virou o grito de guerra da Copa.

Em 1998 Ricky Martinfez o mundo dançar

“Voa canarinho”, o compacto de Júnior foi sucesso de vendas

Porto riquenho Rick Martin embalou a Copa do Mundo da França

MANAUS, TERÇA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2014 E9

A MÚSICA DE CHUTEIRASA MÚSICA DE CHUTEIRASA MÚSICA DE CHUTEIRAS

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E10 MANAUS, TERÇA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 201410

Alemanha terá torcida extra para o jogo de hojeAlguns torcedores do Flamengo apoiarão a seleção alemã no jogo desta tarde contra o Brasil, por causa das cores da camisa

Pensando em conquis-tar a torcida do Fla-mengo, a maior do Brasil segundo algu-

mas pesquisas, a empresa de materiais esportivos Adidas, patrocinadora ofi cial da se-leção da Alemanha, lançou antes do começo da Copa do Mundo 2014 um uniforme em homenagem ao clube da Gávea. O segundo uniforme alemão tem como caracterís-tica predominante as listras horizontais vermelhas e pretas, semelhantes ao do clube cario-ca. O fato mais interessante é que a jogada de marketing da empresa funcionou muito bem. A camisa caiu nas graças da torcida rubro-negra que pro-curou o uniforme e em menos de 15 dias esgotou o material nas lojas especializadas por todo o país.

“A camisa da seleção alemã que homenageia o Flamengo foi bastante procurada, tanto em Manaus como nas outras cidades do Brasil. Inclusive, foi mais procurada aqui do que na própria Alemanha. Muitos clientes estão reservando o material porque não temos mais. Os torcedores sempre

vêm atrás e falam que querem porque é em homenagem ao clube carioca e que vão tor-cer pela Alemanha por isso”, disse o vendedor responsável pela loja da Adidas que fi ca no Manaus Plaza Shopping, Thiago Tadeu.

Bobagem que motivaJá o embaixador ofi cial do

Flamengo em Manaus, Raul Barros, admite que nunca tor-cerá para outra seleção que não seja a brasileira mesmo que equipe tenha um unifor-me parecido com a do seu clube de coração. “Alguns tor-cedores estão falando isso na internet. Acho isso uma bobagem porque se você é um rubro-negro deve torcer pelo Brasil. Sou Brasil até morrer. Os alemães jogaram esse marketing sabendo que nossa torcida não é só a maior do Brasil, mas também do mundo”, disse Raul, que afi rma achar o segundo uniforme do nosso adversário desta tarde, muito bonito.

Segundo o próprio rubro-negro fanático, ele só torceria por um adversário da seleção brasileira se ele fosse o Fla-mengo. “Se o Brasil for enfren-tar o Flamengo, eu torcerei por meu time”, fi nalizou.

Jogo e show do Biquíni Cavadão FIFA FAN FEST

O jogo entre Brasil e Ale-manha, além da banda Bi-quíni Cavadão são atrações da Fifa Fan Fest de hoje, 8, após dois dias de pausa nos jogos da Copa do Mundo. Os portões do evento abrem às 11h. A primeira atração do dia é a Zumba Manaus, seguida por apresentação de teatro sob o comando de Hely Pinto. Às 14h, o som

terá o comando da banda local Offi cial 80 com reper-tório composto por sucessos do pop e rock nacional e in-ternacional. Às 16h, começa a transmissão da disputa entre Brasil e Alemanha. O jogo será em Belo Hori-zonte (MG) e vale vaga na fi nal do Mundial.

Após a partida, fãs de Biquíni Cavadão poderão

conferir sucessos da banda que acumula 30 anos de estrada e sucessos como “Vento Ventania”, “Timidez”, “Roda-Gigante”, “Quando eu te encontrar”, “Dani”, “Jana-ína”, “Tédio”, “Impossível” e “Chove Chuva”. Os interva-los entre as atrações serão preenchidos com som de DJ local. O evento é gratuito e vai até as 20h.

FOTOS: ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

SEMCOM

Público promete lotar mais uma vez o espaço do complexo da Ponta Negra

Conhecidos pela calma que mostram dentro de campo e por não demonstrarem emo-ções durante as partidas, os jogadores da seleção co-mandada pelo estrategista Joachim Löw estão desde o começo do Mundial conquis-tando o carinho e a admira-ção dos torcedores brasilei-ros. Diferentemente do que

acontece com a maioria das seleções, a equipe da Alema-nha abriu seus treinamentos para que o público possa chegar próximo aos atletas e membros da comissão téc-nica. Alguns jogadores como o goleiro Manuel Neuer e o atacante Lukas Podolski postaram fotos nas redes sociais vestindo as camisas

dos clubes brasileiros do Fla-mengo e Bahia.

O meio-campista, Bastian Schweinsteiger, principal jo-gador da seleção e ídolo do Bayern de Munique – ALE, fez questão de passear pelo entorno dos hotéis em que a Alemanha fi cou hospedada durante a Copa do Mundo. Sem se preocupar com o

assédio dos fãs, Schweins-teiger não vê problema em atender todos torcedores que pedem para tirar fotos ou autógrafos. O próprio jo-gador também apareceu em um vídeo que foi postado no Youtube cantando o hino do Esporte Clube Bahia abraça-do com dois torcedores da equipe tricolor baiana.

Simpatia alemã conquista torcedores

Só não torceria pela se-leção brasileira se ela jo-gasse contra o Flamengo

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

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E11MANAUS, TERÇA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2014

Força da torcida e de Neymar pelo hexa Torcedores da seleção brasileira acreditam que a equipe do Brasil jogará pelo camisa 10, que se lesionou durante a partida contra a Colômbia, no último dia 4

O Brasil fi cou triste após saber que o principal jogador da seleção brasileira Neymar, se

machucou gravemente devido uma entrada sofrida no segundo tempo da partida contra a Co-lômbia e que acabou quebrando a terceira vértebra do atleta, em jogo válido pelas quartas de fi nal da Copa do Mundo. Algumas ho-ras depois do término do duelo foi confi rmado que o camisa 10 da seleção não terá mais condições de atuar pela sele-ção nesse Mundial. No momen-to, uma perguntou surgiu em todo o Brasil: como será agora sem o Neymar?

O craque brasileiro que foi revelado pelo Santos em 2011 e que atualmente veste a ca-misa 11 do Barcelona – ESP estava sendo o principal jo-gador da equipe comandada pelo treinador Luiz Felipe Sco-lari no torneio. Artilheiro do time com quatro gols, Neymar, para muitos torcedores, seria fundamental para que o Brasil conquistasse o tão desejado hexacampeonato. Com sua le-são, a responsabilidade pas-sou para as costas do restante dos jogadores, que pretendem provar que podem ser cam-peões mesmo sem astro. “Em qualquer catástrofe surge a

oportunidade de se fazer algo diferente. Perdemos a nossa referência. O grupo sentiu que perdeu algo que não poderia ter perdido. Mas ao mesmo tempo o sentimento de todos é que a luta precisa ser ainda maior dentro de campo, que a entrega será ainda maior e que todos vão jogar para chegar a esta fi nal, que também é o sonho do Neymar, mesmo estando do lado de fora do gramado”, afi rmou Felipão na entrevista coletiva que deu ontem (7).

A confi ança demonstrada pelos jogadores da seleção também chegou aos torcedo-res brasileiros que continuam confi ando no sucesso do time na competição. “Acho que temos tudo para ganhar, a Alemanha não tem condições de nos vencer. Sem o Neymar vai fi car difícil, porém temos mais elenco que o adversário”, disse o auxiliar de cozinha, Nel-son Brito, 22. Para o motoboy Junior Silva, 21, o Brasil tem tudo para ganhar essa Copa do Mundo. A confi ança con-tinua a mesma, mesmo sem o Neymar. “O Felipão saberá escolher o melhor substituto. Se Deus quiser vamos para a fi nal. Estou aproveitando todos os jogos com a família. Esperando esse hexa”, afi rmou o torce-dor que disse que colocaria o meio campista Willian no lugar do camisa 10.

“Lamentável a lesão que ele sofreu. Acho que apesar dis-so, temos tudo para ganhar, a Alemanha não tem condi-ções de nos vencer. Analiso isso pelos jogos que vi deles na Copa. Sem o Neymar vai fi car difícil, porém, temos mais elenco que nosso adver-sário da semifi nal”Ana Silva, auxiliar de cozinha

Torcida na rua

THIAGO FERNANDO Equipe EM TEMPO

“O Brasil tem tudo para ganhar essa Copa do Mundo. Minha confi ança continua a mesma com ou sem o Ney-mar. O Felipão saberá esco-lher o melhor substituto que, na minha opinião, é o Willian. Se Deus quiser vamos para a fi nal. Esperando esse Hexa”

Junior Silva, 21, motoboy

“Somos brasileiros e não desistimos dos nossos so-nhos. Acredito que a partir de agora a equipe começará a jogar com mais raça e vontade. Vamos encarar a Alemanha sem medo. Pre-tendo comemorar mais um título de Copa do Mundo e o Neymar será campeão com os outros”

Irenice Pequeno, 35, esteticista

“É hora de jogar pelo Ney-mar, espero que esse título venha para ele. Talvez essa lesão tenha acontecido para que o grupo começasse a jogar mais coletivamente. Antes tudo passava pelos pés dele. Agora a seleção deve correr mais atrás e demonstrar que está no Mundial para ganhar”

Cíntia dos Santos, 30, manicura

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E12 MANAUS, TERÇA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2014

Chefão de esquema milionário está presoPolícia do Rio de Janeiro prende o chefe do esquema de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo no Brasil

A polícia do Rio de Ja-neiro prendeu, na tar-de de ontem, no hotel Copacabana Palace, o

britânico Ray Whelan, dire-tor executivo da Match, úni-ca empresa autorizada pela Fifa para venda de pacotes de ingressos e camarotes da Copa. Segundo a polícia, Whe-lan seria o chefe do esquema milionário de venda ilegal de ingressos da Copa, pelo qual já foram presas 11 pessoas na terça (1º).

O delegado responsável pela investigação, Fábio Ba-rucke, da 18ª DP (Praça da Bandeira), disse que chegou

ao nome do diretor da Ma-tch com a colaboração do advogado José Massih, um dos 11 presos sob suspeita de integrarem a quadrilha. “Ele foi imprescindível para chegarmos nessa pessoa. A Fifa enviou a lista dos cre-denciados, que bateu com as declarações dele”, disse o delegado.

Entre os 11 presos está o franco-argelino Lamine Fofa-na, que inicialmente foi apon-tado como chefe da quadrilha. Segundo a polícia, Whelan se-ria o dono do celular ofi cial da Fifa, que recebia ligações de Fofana interceptadas em cen-

tenas de gravações autoriza-das pela Justiça na operação batizada de “Jules Rimet”.

A reportagem tentou entrar em contato com a Fifa para questionar a entidade sobre a prisão de Whelan, mas não obteve resposta até as 16h30 (hora de Brasília) de ontem. Ray Whelan é diretor execu-tivo da Match Services, braço da empresa responsável por gerenciar as acomodações e a venda de ingressos VIPs da entidade. Entre as funções de Whelan estava a de vis-toriar e credenciar os hotéis ofi ciais da Copa e a venda de pacotes VIPs.

O diretor passou os últi-mos anos correndo o Brasil, visitando as possíveis aco-modações que seriam usa-das nas subsedes e também

nas cidades que receberam centros de treinamento das seleções.

Blatter e Valcke se calam Os dois principais dirigentes

da Fifa se calaram sobre a prisão do diretor executivo da Match, o britânico Ray Whelan, suspeito de comandar o esque-ma de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo. A Match é parceira comercial da entidade e detém a exclusividade dos direitos de comercialização de camarotes, áreas VIPs e pacotes de hospitalidade do Mundial.

“Cavalheiros, hoje estive no

Football for Hope, no Caju. Foi maravilhoso. Por favor, falem de futebol”, disse o presidente da Fifa, Joseph Blatter, na saída do Sofi tel, em Copacabana.

O dirigente suíço partici-pou ontem do primeiro dia de competições do “Football for Hope”, um campeonato internacional de comunidades carentes apoiadas por proje-tos sociais da instituição. Já o secretário-geral da entidade que controla o futebol, Jérôme Valcke, limitou-se a dizer que soube da prisão pela impren-sa e prometeu que a Fifa irá emitir um “comunicado ofi cial sobre o caso”.

O ACUSADOWhelan é diretor execu-tivo da Match Services, braço da empresa res-ponsável por gerenciar venda de ingressos VIPs. Entre as funções dele estava a de vistoriar e credenciar os hotéis e a venda de pacotes VIPs

Ray Whelan, no momento em que chegava à 18ª DP, na praça da Bandeira, no Rio

REPRODUÇÃO

ECONOMIA

A Copa do Mundo Fifa Brasil 2014 deve somar cerca de R$ 30 bilhões à economia brasileira, segundo pesqui-sa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) encomendada pelo Ministé-rio do Turismo.

A projeção da Fipe foi feita a partir de um estudo sobre o impacto econômico da Copa das Confederações, realizada em junho de 2013 nas cidades de Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Rio de Ja-neiro e Salvador.

De acordo com a pesquisa, o torneio do ano passado adicionou R$ 9,7 bilhões ao PIB brasileiro. A expectativa é de que a Copa do Mundo gere cerca de três vezes este valor, podendo chegar a R$ 30 bilhões.

O estudo analisa os impac-

tos iniciais, diretos, indire-tos e induzidos na economia. Como base para o cálculo, utilizou-se a soma dos in-vestimentos públicos e pri-vados em infraestrutura (R$ 9,1 bilhões), dos gastos dos turistas nacionais (R$ 346 milhões) e estrangeiros (R$ 102 milhões) e dos investi-mentos do COL no evento (R$ 311 milhões). Desses valores, obteve-se o efeito multiplica-dor na cadeia produtiva. Para a pesquisa, foram ouvidas 17 mil pessoas e analisados os gastos e investimentos para a realização do evento.

EmpregosO Ministério do Turismo

estima que Copa do Mun-do está gerando cerca de 1 milhão de empregos no país. O número de postos de

trabalho criados pelo Mundial equivale a mais de 15% dos 4,8 milhões de empregos for-mais registrados ao longo do governo da presidente Dilma Rousseff . “É um número ex-tremamente signifi cativo que nós estamos comemorando nesse momento. É um legado humano extraordinário”, diz o presidente da Embratur, Vicente Neto.

O levantamento faz a com-paração entre a projeção dos impactos da Copa do Mundo pela Fipe e as informações do Cadastro Geral de Em-pregados e Desempregados (Caged) sobre o histórico de janeiro de 2011 a março de 2014. Do total de vagas de emprego relacionadas à Copa, 710 mil são fi xas e 200 mil são temporários (todos com carteira assinada).

Projeção da Fipe anali-sa os impactos iniciais, diretos, indiretos e induzidos na economia

DIVULGAÇÃO

trabalho criados pelo Mundial equivale a mais de 15% dos 4,8 milhões de empregos for-mais registrados ao longo do governo da presidente Dilma Rousseff . “É um número ex-governo da presidente Dilma Rousseff . “É um número ex-governo da presidente Dilma

tremamente signifi cativo que nós estamos comemorando nesse momento. É um legado humano extraordinário”, diz o presidente da Embratur,

O levantamento faz a com-paração entre a projeção dos impactos da Copa do Mundo pela Fipe e as informações do Cadastro Geral de Em-pregados e Desempregados (Caged) sobre o histórico de janeiro de 2011 a março de 2014. Do total de vagas de emprego relacionadas à Copa, 710 mil são fi xas e 200 mil são temporários (todos

Copa deve ter impacto de R$ 30 bilhões

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E13MANAUS, TERÇA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2014

Ciocs fi zeram 1,3 mil atendimentos Em 28 dias, a prefeitura e o

governo, por meio do Centro In-tegrado de Operações Conjun-tas da Saúde (Ciocs Manaus), registraram 1.394 atendimen-tos e ocorrências médicas. Os registros foram contabilizados até ontem, e o monitoramento está relacionado aos eventos da Copa do Mundo no Brasil, incluindo os quatro jogos na Arena da Amazônia.

As informações são compar-tilhadas com o Ministério da Saúde e integram as ações de vigilância e atenção à saúde. Nos hospitais públicos foram realizados 1.276 atendimen-

tos (cerca de 91,54%) e nas unidades privadas 118 (cerca de 8.04%).

Do total de atendimentos, 916 foram clínicos. As prin-cipais causas foram cefaleia e mal-estar. Foram registra-dos 461 traumas. Os motivos mais frequentes foram que-das, agressões e acidentes de trânsito. Os locais com maior incidência foram o PMA Ponta Negra com 288 atendimentos; a Arena da Amazônia com 279 atendimentos; hospital João Lúcio com 131; SPA Alvorada com 94; hospital Platão Araújo com 79 atendimentos e hospi-

tal Santa Júlia, 77.O perfi l dos usuários dos

serviços de saúde foram es-pectadores e participantes dos eventos. Do total, 56,8% foram homens e 43,2% mulheres da faixa-etária de 20 a 39 anos, o que representa 59,2%. Cer-ca de 85,5% são brasileiros e desses 95,05% amazonenses. Entre os estrangeiros atendi-dos o destaque foi para os in-gleses, com 31 atendimentos, seguidos por norte americanos (30), venezuelanos (23) e co-lombianos (13). É importante ressaltar que aproximadamen-te 94,02% foram atendidos nos

serviços públicos e apenas 5,9 % na rede particular, dentre os atendimentos 76,3% foram de queixas clínicas.

Segundo a coordenadora do Ciocs, Liane Souza, o indicador de destaque do monitoramen-to foi a preferência pelos aten-dimentos nas unidades públi-cas, inclusive com estrangeiros, apesar do seguro saúde. “Mais de 90% dos atendimentos fo-ram nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e isso demonstra a acessibilidade aos serviços de saúde, com maior resolutividade do pro-blema”, explica.Atendimentos foram realizados em 28 dias, durante a Copa

KARLA VIEIRA/SEMCOM

SAÚDE

O Grupo ABC, que tem entre clientes gran-des patrocinadores da Copa como Itaú,

Brahma, Bud e Vivo, lançou uma corrente para dar uma força para Neymar. O grupo, liderado por Nizan Guanaes, criou a campanha #somosto-dosneymar, que disponibiliza uma máscara do camisa 10 para download e convoca os torcedores a usarem a más-cara para assistir ao jogo. A ideia é que como Neymar não pode entrar em campo, a torcida entra por ele.

Neymar fraturou uma das vértebras no fi nal da vitória por 2 a 1 sobre a Colômbia, sexta (4), no Castelão, em For-taleza. Na ocasião, ele acabou sendo substituído depois de sofrer uma entrada do lateral direito Zúñiga.

Por conta da lesão, o de-partamento médico da sele-ção disse que o jogador não pode atuar nos dois próxi-mos confrontos. Hoje contra a Alemanha, pela semifi nal, no Mineirão. E no fi m de

semana, seja na disputa do terceiro lugar (sábado) ou da decisão (domingo).

Grupo de publicitáriosA campanha foi idealizada

por publicitários de três agên-cias do grupo: Pereira &O’Dell, Africa e DM9DDB. O Grupo ABC também foi responsável, por meio da agência Loducca, pela campanha #somostodos-macacos, feita em parceria com o próprio Neymar em apoio a Dani Alves.

Além de grandes patroci-nadores da Copa, a agência África tem como cliente a Lupo. Foi usando e mostrando a cueca da marca que Neymar encarou uma das maiores po-lêmicas desde que trocou o Santos pelo Barcelona.

O #somostodosmacacos foi um movimento iniciado horas depois de o lateral direito brasileiro Daniel Alves ter sido alvo de uma banana atirada por torcedor do Villarreal du-rante confronto do Barcelona pelo Campeonato Espanhol na temporada passada.

Em meio ao movimento de jornalistas em frente ao condomínio Acapulco, no Guarujá, onde Neymar tem residência particular, três meninas tentavam uma for-ma de entrar no local e fazer uma foto com o atacante da seleção brasileira.

Elas vieram de Limeira, in-terior de São Paulo e distante

a cerca de 240 quilômetros da cidade litorânea.

Como somente morado-res podem entrar e sair do condomínio, as meninas paravam os carros que se aproximavam da portaria para pedir carona.

As três garotas estavam acompanhadas de Cristia-ne Patrícia Mendes, mãe de

duas delas e tia da terceira - todas na faixa de 13 anos. O grupo chegou ao local por volta das 13h de ontem.

Neymar está em repouso em casa após sofrer uma fratura na terceira vértebra lombar na última sexta (4). A fratura ocorreu durante o jogo contra a Colômbia pe-las quartas de fi nal da Copa

do Mundo. A recomendação dos mé-

dicos é que Neymar fi que deitado, sem fazer qualquer esforço físico por conta das dores. O jogador também está tomando medicação.

O movimento na porta de entrada do condomínio reúne jornalistas, curiosos e moradores.

Fãs tentam entrar em condomínio

Campanha publicitária para ‘animar’ Neymar

Ideia é fazer com que os torcedores sintam-se como se estivessem levando o atacante para o campo

Neymar, pai do atacante da seleção, tem agradecido aos

fãs que todos os dias demonstram carinho e

apoio ao jogador

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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E14 MANAUS, TERÇA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2014

‘Maior legado da Copaé autoestima elevada’Em um bate-papo com internautas, a presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil sai da Copa com a autoestima lá em cima

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ULG

AÇÃO

A cinco dias do fi nal da Copa do Mundo no Brasil, a presiden-te Dilma Rousseff

disse ontem que o maior legado do campeonato é a “renovação da confi ança do povo brasileiro no país e na sua capacidade”.

Em bate-papo com inter-nautas, a presidente afi r-mou que o país sai da Copa com a “autoestima mais ele-vada”. Em reposta a uma internauta, Dilma ressaltou o sucesso do Mundial. “Bia (Sport), sem dúvida, a partir de agora, o Ministério do Esporte tem os requisitos para trazer competições in-ternacionais para o Brasil. Até porque não há nenhuma competição internacional que tem uma complexidade maior do que a da Copa”, disse a presidente.

Sobre as ações do governo federal em relação ao desa-bamento de um viaduto em Belo Horizonte, ocorrido na quinta-feira (3), Dilma disse que aguarda a entrega do laudo com as causas do desmoronamento.

Segundo ela, a prefeitura de Belo Horizonte é respon-sável pela execução da obra e também pela fi scalização da empresa contratada. O empreendimento faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobi-lidade Urbana e consumiu, até o momento, R$ 713 milhões, dos quais R$ 311

milhões do PAC.“O governo federal aguar-

da que a prefeitura entregue o laudo pericial sobre as razões da queda do viadu-to. Com o relatório pericial avaliaremos as responsabi-lidades sobre este trágico acidente e as medidas ne-cessárias”, disse.

Sem pessimismoDilma disse que, assim

como “os pessimistas” er-

raram sobre o sucesso da Copa, também estarão equi-vocados os que estão pre-vendo um desempenho ruim da economia para 2014.

“O mesmo pessimismo que anteciparam para a Copa e que se mostrou equivocado, ocorre quando falam sobre o PIB (Produ-to Interno Bruto) de 2014. Nós acreditamos na força da economia brasileira para se superar diante das difi -culdades derivadas da crise internacional”, respondeu

Dilma a um internauta.Para a presidente, apesar

de os atrasos nas obras para a Copa não terem prejudicado a realização do campeonato, o mesmo não poderá ocorrer na preparação das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

“Não é verdade que houve brigas políticas que atrasa-ram as obras da Copa. Não concordo que houve qualquer prejuízo para a Copa do Mun-do com obras atrasadas. Não podemos repetir na Olimpí-ada o indevido pessimismo que houve na preparação da Copa. Isso é algo que deve-mos aprender. A Prefeitura do Rio informa que 60% das obras do Complexo Deodo-ro estão prontas, restando 40%”, disse a presidente a um internauta.

Antes do início do bate-papo com internautas, que ocorreu por meio do Facebook, na conta do Palácio do Planalto na rede social, o perfi l da c a n d i d a t a Dilma Rous-seff anunciou a conversa por meio da internet. Minutos depois, o per-fi l político da presidente apagou o post. A as-sessoria da presidên-cia disse não ser res-ponsável pelo perfi l Dilma Rousseff .

OLIMPÍADASPara a presidente, ape-sar de os atrasos nas obras para a Copa não terem prejudicado a rea-lização do campeonato, o mesmo não poderá ocorrer na preparação das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro

Ontem, em conversa via Facebook com inter-nautas, Dilma aceitou um pedido de sua sósia, Dilma Bolada, para homenagear Neymar

Competição enfatiza ‘fair play’AÇÃO SOCIAL

A Fifa deu, ontem, o ponta-pé inicial do festival “Football for Hope”, na Vila Olímpica do Caju, no Rio de Janeiro. Até quinta-feira (10), 32 equi-pes formadas por líderes comunitários de 25 países disputam uma competição esportiva em que meninos e meninas jogam no mes-mo time e vencer é um dos aspectos menos esperados pelos competidores.

“Dizem que a Copa do Mun-do tem 12 estádios. Não é verdade. Esta é a 13ª arena do Mundial. E neste jogo não há árbitros e, por consequ-ência, críticas à arbitragem. Os próprios participantes jogam no limite do “fair play” (boa-fé). Esta é uma face diferente do futebol, é a sua essência”, afi rmou o presidente da Fifa, Jo-seph Blatter. Ele enalteceu o fato de que os próprios times decidem as regras do jogo antes da partida – podem defi nir que todos os gols tenham participação das meninas, que ambas as equipes comemorem os gols e, além disso, cada falta é defi nida pelo diálogo.

“Cem anos atrás muitas

dessas bandeiras que estão aqui lutavam na 1ª Guerra Mundial. Hoje estão aqui para um evento que promo-ve a paz”, disse o secretário executivo do Ministério do Esporte, Luiz Fernandes. “O Caju era uma região domi-

nada pelo tráfi co de drogas e esse evento se soma a todos os benefícios sociais que o lugar recebeu nos últimos anos com a paci-fi cação. É uma celebração muito simbólica”.

Atividades Do dia 2 até o dia 6, o

programa contou com uma

série de atividades culturais e educacionais de integra-ção das delegações. O ex-jogador Ronaldo, membro do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo, foi o responsável por dar o pontapé inicial do evento e também compartilhar um pouco da sua história com as crianças do festival.

“O futebol mudou minha vida. Estudei até onde eu pude e depois quem me en-sinou as coisas foi a escola da vida dentro do futebol. Aproveitem esta oportuni-dade maravilhosa que vocês estão tendo de fazer parte de uma Copa do Mundo”, falou o pentacampeão mundial.

A Fifa lançou o “Football for Hope” em 2005 e desde então já investiu mais de US$ 36 milhões em 426 pro-gramas de 78 países. A ini-ciativa atualmente incentiva 26 projetos no Brasil, não apenas com capacitação e treinamento, mas também com educação sobre HIV/ Aids, resolução de confl i-tos, igualdade de gêneros, integração social, promoção da paz, liderança jovem e habilidades para a vida.

O futebol mudou minha vida. Estudei até onde eu pude e depois quem me ensinou as coisas

foi a escola da vida dentro do futebol

Ronaldo, ex-jogador

Trinta e duas equipes de 25 países dão pontapé inicial no festival Football for Hope no Rio

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um internauta.Antes do início do bate-

papo com internautas, que ocorreu por meio do Facebook, na conta do Palácio do Planalto na rede social, o perfi l da c a n d i d a t a Dilma Rous-seff anunciou a conversa por meio da internet. Minutos depois, o per-fi l político da presidente apagou o post. A as-sessoria da presidên-cia disse não ser res-

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E15MANAUS, TERÇA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2014

Sonho de ver a Copa se torna realidadeNo Amazonas, estudantes da rede estadual de ensino compartilham a experiência de assistir aos jogos do Mundial

Alunos que integram o programa Mais Educação receberam o passaporte para assistir aos jogos na Arena da Amazônia

A Copa do Mundo está chegando à reta fi nal e já deixa no ar um sentimen-

to de saudade. Manaus, que recebeu quatro partidas do Mundial na primeira fase, se despediu do campeona-to no dia 25 de junho com o jogo na Arena da Ama-zônia, entre as seleções de Honduras e Suíça.

Quem teve a oportunida-de de conferir de perto es-ses jogos foram os alunos de 36 escolas – municipais e estaduais –, benefi ciados com o repasse de ingres-sos feito pelo Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). No total, 1,9 mil alunos que integram o programa Mais Educação receberam o pas-saporte para assistir aos jogos realizados na Arena da Amazônia.

Contemplado com um dos ingressos, o estudante

Ramaikel Silva, 16, contou que a experiência em assis-tir a um jogo do Mundial foi indescritível. “Foi algo único e impressionante. Sempre assisti aos jogos de futebol pela televisão, mas nunca tive a oportuni-dade de ir a um estádio. Eu me diverti muito, conheci pessoas de outros lugares e pude perceber a alegria delas. Agradeço muito à escola e às pessoas que me proporcionaram essa expe-riência”, afi rma o aluno da escola estadual Professor Samuel Benchimol.

EuforiaTambém de Samuel Ben-

chimol, o aluno Rafael Bar-bosa Queiroz, 16, comentou a euforia que sentiu ao ser premiado com a entrada para uma partida da Copa do Mundo. “Simplesmente foi um jogo inesquecível. Eu já tinha ido a um jogo no Maracanã, mas uma

partida aqui tem um peso muito maior, afi nal é Copa do Mundo. Eu não esperava ser um dos sorteados, mas fi quei muito feliz com a oportunidade”, contou.

A professora de matemá-tica da rede estadual, Eli-vânia Batista da Cruz, que recebeu o ingresso para acompanhar sua neta em um jogo do Mundial, afi r-mou que vivenciou outra realidade. “Foi uma experi-ência muito boa. Outra re-alidade. Como educadora, tive a oportunidade de ver muitos dos meus alunos no estádio. O semblante deles era de repleta alegria, in-teragindo, acompanhando. Para eles foi algo muito importante”, mencionou.

Sorteio Cada aluno sorteado

recebeu dois ingressos e deveriam assistir aos jogos acompanhados por um res-ponsável maior de 18 anos.

Os ingressos eram intrans-feríveis para terceiros, de acordo com o regulamento do MEC. Conforme a dire-tora do departamento de gestão escolar da Seduc, Kátia Menezes, alguns cri-térios foram estabelecidos antes do sorteio.

“Participaram os alunos devidamente matriculados nas escolas cujo programa tenha tido o mínimo de 200 matrículas, em 2013, além de estar posteriormente in-seridos no programa Bolsa Família”, explicou Kátia.

O sorteio foi realizado pela Caixa Econômica Fe-deral no dia 3 de maio, a partir de combinações de números geradas pelo resultado da extração da Loteria Federal em con-formidade com a adesão dos alunos cadastrados no banco de dados do Sis-tema Integrado de Mo-nitoramento Execução e Controle (Simec).

O programa Escola na Copa faz parte da ação conjunta entre Ministé-rio do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em parceria com o Ministério da Educa-ção (MEC), Ministério dos Esportes (ME) e secre-tarias de Educação em todo o país.

O programa tem por objetivo ampliar a jorna-da dos alunos nas esco-las públicas, em até sete horas diárias, articulando as disciplinas curriculares com diferentes campos de conhecimento e prá-ticas socioculturais.

Em 2013, 49 mil esco-las no Brasil participaram do programa Mais Edu-cação, sendo que quase 32 mil possuíam a maio-ria de alunos benefici-ários do Bolsa Família. Para o desenvolvimento das atividades, o governo federal repassa recursos

para ressarcimento de transporte e alimenta-ção de monitores, ma-teriais de consumo e de apoio.

As unidades de ensino

também recebem conjun-tos de instrumentos musi-cais e rádio escolar, entre outros, e referência de va-lores para equipamentos e materiais que podem ser adquiridos pela própria escola com os recursos repassados.

Referência na educação

INGRESSOSCada aluno sorteado recebeu dois ingres-sos e deveriam assis-tir aos jogos acom-panhados por um responsável maior de 18 anos. Os ingressos eram intransferíveis para terceiros

Ramaikel disse que a experiência foi indescritível

FOTOS: AGECOM

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E16 MANAUS, TERÇA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2014E16

ESPECIAL COPA 2014EDIÇÃO Michele GouvêaTricia Cabral

REPORTAGENS DE HOJEMário AdolfoThiago Fernando e agências

REVISÃO Dernando MonteiroGracycleide Drumond

DIAGRAMAÇÃOKleuton Silva, Leonardo Cruz, Mario Henrique Silva e Pablo Filard

TRATAMENTO DE IMAGENSAdriano Lima

Caso o Brasil não avance hoje, o árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci é cotado para apitar a fi nal do Mundial

Pode isso, Arnaldo?A Fifa anunciou on-

tem a relação de 15 árbitros que podem ser utili-

zados nos quatro jogos finais da Copa do Mun-do. O brasileiro Sandro

Meira Ricci está na lista e, caso o Brasil

não se classifique para a decisão,

é candidato a apitar a final do Mundial.

A lista conta com o mexica-no Marco Antôn io R o d r í -guez, já

escalado para a se-

mifi nal entre Brasil e Alemanha, que será realizada hoje, em Belo Horizonte. Com isso, restam 14 nomes para três partidas.

Sandro Meira Ricci tem chances de se tornar o ter-ceiro árbitro brasileiro a dirigir uma final de Mun-dial. Arnaldo César Coelho

foi o primeiro não europeu a dirigir uma decisão, em 1982. Na ocasião, a Itália ganhou da Alemanha por 3 a 1, em Madri. Quatro anos mais tarde foi a vez de Ro-mualdo Arppi Filho. Ele foi o árbitro da vitória de 3 a 2 da Argentina sobre a Alemanha, na Cidade do México.

Na relação segue o inglês Howard Webb, que dirigiu a final de 2010, e o uzbe-que Ravshan Irmatov, recor-dista em número de jogos de Copa, com nove. Outro que permanece é o japonês Yuichi Nishimura, escalado para o jogo de abertura. Na oportunidade, apitou um pênalti inexistente na vitória do Brasil sobre a Croácia por 3 a 1.

SEU JUIZSandro Meira Ricci tem chances de se tornar o terceiro árbitro brasi-leiro a dirigir uma fi nal de Mundial. Arnaldo César Coelho foi o primeiro não europeu a dirigir uma decisão, em 1982

VEJA OS ÁRBITROS QUE PERMANECEM NA COPA

Mark Geiger (Estados Unidos)

Nicola Rizzoli (Itália)

Noumandiez Doue (Costa do Marfi m)

Pedro Proença (Portugal)

Ravshan Irmatov (Uzbequistão)

Sandro Meira Ricci (Brasil)

Yuichi Nishimura (Japão)

Carlos Vellasco (Espanha)Carlos Vera (Equador)Cüneyt Çakir (Turquia)Djamel Haimoudi (Argélia)Enrique Osses (Chile)Howard Webb (Inglaterra)Jonas Eriksson (Suécia)Marco Antonio Rodríguez (México)

Apesar de estar cotado, é óbvio que a torcida brasileira prefere Ricci bem distante da fi nal

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ULG

AÇÃO

Mais voos até o fi m do MundialAEROPORTOS

A Aeronáutica vai criar cor-redores exclusivos de aviões diante da expectativa de maior fl uxo de voos na reta fi nal da Copa do Mundo da Federação Internacional de Futebol (Fifa) no Brasil. O chefe do Centro de Gerenciamento da Nave-gação Aérea (CGNA), coronel Ary Rodrigues Bertolino, disse ontem que a estratégia cons-ta em mexer nos limites dos espaços aéreos, de modo a dividir mais as rotas existentes, diante do aumento previsto do fl uxo de voos nos últimos jogos da Copa.

“Ou seja, onde eu teria quatro controladores, terei seis. Com isso, aumento em 50% minha capacidade de gerenciamen-to do espaço aéreo”, explicou. Ele salientou que a medida servirá para otimizar o fl uxo de aeronaves, preparando os aeroportos para maior capaci-dade. “É como se eu estivesse colocando uma faixa reversível para poder escoar mais carros”, comparou Bertolino.

Para a grande fi nal da Copa, no próximo domingo (13), o aeroporto internacional do Rio de Janeiro/Galeão-Antô-nio Carlos Jobim, deverá ter 600 movimentos de pouso e decolagem. Em dias normais, a média na unidade aeroportu-ária são 420 movimentos por dia. “Nós estamos esperando

600. Ou seja, um aumento de 50% no movimento do aero-porto do Galeão”.

DomingoO chefe do CGNA acredita

que a saída mais forte de aviões do aeroporto do Galeão será domingo e segunda-feira (14). “A gente calcula 600 mo-vimentos no domingo e mais 600 ou 700 na segunda-feira,

porque muitas pessoas vão pernoitar no Rio de Janeiro”. Com base no aprendizado das últimas copas do Mundo – Áfri-ca do Sul (2010) e Alemanha (2006) – há expectativa de au-mento do fl uxo no dia da fi nal, mas que o maior movimento ocorre no dia seguinte ao en-cerramento do Mundial.

Bertolino esclareceu que a duplicação dos espaços das aerovias já foi aplicada nas

etapas anteriores, e vai vigorar também nas próximas. Havia um planejamento prévio, que está sendo aplicado à medida que os países vão deixando o Mundial, disse ele. O planeja-mento especial para o caso de o Brasil disputar a fi nal também foi estudado e será aplicado: “Estamos lançando mão do planejamento a cada edição dos jogos”.

ReforçoEquipes da Aeronáutica

serão deslocadas para Belo Horizonte e São Paulo, onde ocorrerão as partidas das semifi nais da Copa, hoje e amanhã, respectivamente, para reforçar o gerenciamento do tráfego aéreo. O esquema será repetido na fi nal, quan-do se prevê um movimento intenso de aeronaves no Rio de Janeiro e no aeroporto de Guarulhos (SP).

Enquanto na primeira fase da Copa, as áreas de exclusão foram ativadas uma hora antes do jogo e desativadas três horas depois, e nas eliminató-rias, uma hora antes e quatro horas depois, na fi nal elas serão ativadas três horas antes e desativadas quatro horas de-pois do início da partida. “Isso foi mantido no planejamento inicial. Nada foi alterado”, sa-lientou o chefe do CGNA. Corredores do espaço aéreo serão alterados com o aumento de voos no fi nal da Copa

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MOVIMENTOPara a grande fi nal da Copa, no próximo domingo (13), o ae-roporto internacional do Rio de Janeiro/Ga-leão-Antônio Carlos Jobim, deverá ter 600 movimentos de pouso e decolagem

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