pódio - 13 de julho de 2014

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QUEM LEVA? MANAUS, DOMINGO, 13 DE JULHO DE 2014 [email protected] Pela terceira vez na história das Copas do Mundo, Argentina e Alemanha disputarão a final do torneio mais cobiçado do futebol. Em 1986, os hermanos levaram a melhor e derrotaram os germânicos, em casa. Quatro anos mais tarde, a seleção europeia bateu os sul-americanos, no Itália. O jogo de hoje servirá de tira-teima. Pódio E4 e E5

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Pódio - 13 de julho de 2014

QUEM LEVA?

MANAUS, DOMINGO, 13 DE JULHO DE 2014 [email protected]

Pela terceira vez na história das Copas do Mundo, Argentina e Alemanha disputarão a fi nal do torneio mais cobiçado do futebol. Em 1986, os hermanos levaram a melhor e derrotaram os germânicos, em casa. Quatro anos mais tarde, a seleção europeia bateu os sul-americanos, no Itália. O jogo de hoje servirá de tira-teima. Pódio E4 e E5

MANAUS, DOMINGO, 13 DE JULHO DE 2014, DOMINGO, 13 DE JULHO DE 2014, DOMINGO, 13 DE JULHO DE 2014 [email protected]

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Page 2: Pódio - 13 de julho de 2014

E2 MANAUS, DOMINGO, 13 DE JULHO DE 2014

CHARGE

HERÓIS DA COPA* MARCUS VINÍCIUS PESSOA

Seria difícil escolher o maior craque da seleção de 70 que conquistou o TRI no México. Mas Tostão, sem dúvida, foi um dos maiores do Brasil e do Mundo. Ao lado de Pelé e Jairzinho infernizava a zaga dos estrangeiros.

Ganhou o apelido de Tostão ainda criança. Quando tinha 7 anos, foi “con-vocado” para reforçar o time de várzea do bairro que enfrentaria os garotos do Atlético-MG. Ele só entrou no segundo tempo, marcou um gol e saiu carregado nos braços pelos companheiros.

Tostão iniciou sua carreira no futebol de salão do Cruzeiro em 1961. Em 1962,

com 15 anos e ainda no Cruzeiro, foi para a equipe júnior de futebol de campo.

Era conhecido internacionalmente como o “Rei Branco” do futebol, já que Pelé era o “Rei Negro”. Estreou na seleção brasileira no dia 15 de maio de 1966, em amistoso no Morumbi, contra o Chile, no empate de 1 a 1.

Aos 19 anos, em 1966, ele foi um dos 47 convocados para a seleção brasileira, que se preparava para a Copa do Mundo da Inglaterra. Conquistou uma vaga entre os 22 e atuou apenas uma vez naquele Mundial relâmpago para o Brasil. O Brasil perdeu de 3 a 1 para a Hungria,

em Liverpool, com gol dele. Em 1969, ao lado de Pelé, era uma

das “feras de Saldanha”. Levou o Brasil à classifi cação para o Mundial do México. Tostão foi o artilheiro das eliminatórias com 10 gols. No ano seguinte, virou o último parceiro de rei com a camisa amarela, 1969 foi o ano de sua consa-gração. Com dez gols, além de artilheiro, foi o craque das eliminatórias que clas-sifi caram o Brasil para o México.

Encerrou a carreira no início de 1973, por causa de um descolamento da retina, depois de uma bolada no olho, que poderia causar a perda da visão.

Tostão: O ‘Rei Branco’ do futebol

* MARCUS VINÍCIUS PESSOA É REDATOR PUBLICITÁRIO

ARTILHARIA

Tabela da Copa do Mundo

6GOLS

JAMES RODRÍGUEZCOLÔMBIA

OITAVAS DE FINAL OITAVAS DE FINAL

54

SEGUNDA30/0617h00Porto Alegre - Beira-Rio

ALEMANHA

ARGÉLIA

2

1

53

SEGUNDA 30/0613h00Brasília - Mané Garrincha

FRANÇA

NIGÉRIA

2

049

SÁBADO 28/0613h00Belo Horizonte - Mineirão

BRASIL

CHILE

1

1

50

SÁBADO 28/0617h00Rio de Janeiro - Maracanã

COLÔMBIA

URUGUAI

2

0

52

DOMINGO 29/0617h00Recife - Arena Pernambuco

COSTA RICA

GRÉCIA

1

1

51

DOMINGO 29/0613h00Fortaleza - Castelão

HOLANDA

MÉXICO

2

155

TERÇA 01/0713h00São Paulo - Itaquerão

ARGENTINA

SUÍÇA

1

0

56

TERÇA 01/0717h00Salvador - Fonte Nova

BÉLGICA

ESTADOS UNIDOS

2

1

60

SÁBADO 05/0713h00Brasília - Mané Garrincha

ARGENTINA

BÉLGICA

1

0

58

SEXTA 04/07 13h00Rio de Janeiro - Maracanã

FRANÇA

ALEMANHA

0

1

QUARTAS DE FINAL

57

SEXTA 04/07 17h00Fortaleza - Castelão

BRASIL

COLÔMBIA

2

1

59

SÁBADO 05/07 17h00Salvador - Fonte Nova

HOLANDA

COSTA RICA

0

0

62

QUARTA 09/07 17h00São Paulo - Itaquerão

ARGENTINA

HOLANDA

0

0

SEMIFINAL

61

TERÇA 08/07 17h00Belo Horizonte - Mineirão

BRASIL

ALEMANHA

1

7

3º LUGAR FINAL

64

DOMINGO 13/07 16h00Rio de Janeiro - Maracanã

ALEMANHA

ARGENTINA

63

SÁBADO 12/07 17h00Brasília - Mané Garrincha

BRASIL

HOLANDA

0

3

PÊNALTIS: BRASIL 3 X 2 CHILE

PÊNALTIS: COSTA RICA 5 X 3 GRÉCIA

PÊNALTIS: HOLANDA 5 X 3 COSTA RICA

PÊNALTIS: ARGENTINA 4 X 2 HOLANDA

Paulo Vinícius Coelho

Heróis e vilõesFinal da Copa-1990, pênalti para

a Alemanha contra a Argentina aos 40 minutos do segundo tem-po. O cobrador ofi cial era Lothar Matthäus, autor do gol de pênalti que deu a vitória por 1 a 0 contra a Tchecoslováquia nas quartas.

Quem cobrou na fi nalíssima e fez o gol do título foi o lateral Andreas Brehme. Estranho! Matthäus tinha um calo no pé direito, causado por sua chuteira nova. Pediu para não cobrar. Matthäus foi o melhor jogador daquela campanha. Copa brilhante. E mesmo assim não

se tornou o vilão por um dedo do goleiro da Argentina, Sergio Goycoechea. Ai, se ele pega a cobrança de Brehme...

Há semelhanças entre a atual campanha argentina e a do vice-campeonato de 24 anos atrás. Sergio Romero é comparado ao goleiro herói de 1990 pelas duas cobranças defendidas contra a Holanda. Em 1990, Goycoechea salvou Maradona. Nas quartas, contra a Iugoslávia, Diego per-deu seu pênalti. Goyco pegou as cobranças de Brnovic e Hadzibe-

gic. Nas semifi nais, de novo no desempate, Goycoechea evitou os gols de Donadoni e Serena. Salvou duas cobranças, como Romero fez em Itaquera. Goyco levou Maradona à decisão, Rome-ro trouxe Messi ao Maracanã.

O craque da Argentina 2014 foi discretíssimo contra a Holanda. Como Diego em 1990, não jogou o que pode. A Argentina confi a num goleiro “tapa-penales” e num craque abaixo de seu melhor nível, exatamente como há 24 anos. Em 1990, a Alemanha começou

bem, piorou durante a Copa e só venceu com um pênalti duvidoso e cobrado pelo coadjuvante. Hoje, os alemães têm o melhor time, melhoraram durante a campanha e chegam impulsionados por uma goleada histórica.

Mas a Argentina será uma rival difícil. Daquela vez nem Marado-na nem a pipocada de Matthäus pararam os alemães. Craque da Copa, o capitão alemão poderia ser vilão na final. Discreto até aqui, Messi sabe que pode ser herói na decisão.

COLUNISTA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO

Discreto até aqui, o craque argentino Lionel Messi sabe que pode ser o herói da decisão Mas a Argentina será uma rival di-fícil. Daquela vez nem Maradona nem a pipocada de Matthäus pararam os alemães. Craque da Copa, o capitão alemão poderia ser vilão na final

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Page 3: Pódio - 13 de julho de 2014

E3MANAUS, DOMINGO, 13 DE JULHO DE 2014

Série D: o campeonato mais democrático do paísO Princesa do Solimões será o representante do Amazonas na competição, que começa no próximo sábado, 19

ANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO

No próximo domingo (20), o Princesa do So-limões começa uma nova caminhada do

futebol amazonense no Cam-peonato Brasileiro da Série D. Campeão estadual em 2013, o time de Manacapuru ganhou a vaga para a última divisão do certame nacional dentro de campo e agora tem a missão de representar o Estado.

A caminhada não será das mais fáceis. O Tubarão do Norte estreia contra o Santos-AP, fora de casa. Para difi cultar, a equipe caiu no único grupo da com-petição com seis equipes, que além do adversário da primeira rodada, conta com Atlético-AC, Ariquemes-RO, São Raimundo-RR e Rio Branco-AC.

A partir de hoje, o PÓDIO apre-sentará um resumo de todos os grupos da Série D e possíveis adversários do representante amazonense na competição. Mas, faremos diferente. Ao in-vés de iniciar pelo grupo A1, onde o Princesa está, começa-remos pela chave A8.

Dividida regionalmente, a quarta divisão nacional tem no último grupo equipes das regiões sul e sudeste. Boavista-RJ, Londrina-PR, Metropolitano-SC, Pelotas-RS e Penapolense-SP compõem a nivelada chave A8, que conta com o campeão paranaense de 2014.

Por conta de difi culda-des fi nanceiras, o Ver-dão de Bacaxá, como é conhecido o time de Saquarema, quase desistiu de disputar o campeonato brasileiro da Série D. Após o sur-preendente quinto lugar no campeonato carioca, o Boavista viu grande parte do seu elenco se desmanchar.

Como alternativa para não deixar de disputar a competição nacional, a diretoria do time carioca fez uma parceria com o Sampaio Corrêa, seu maior rival local. A união das equi-pes de Saquarema vai permitir que o Boavista utilize na Série D a co-missão técnica, o elenco e as dependências do Galinho da Serra para treinamentos.

Os titulares da equipe carioca ainda não foram defi nidos pelo técnico Luiz Antônio. O Boavis-ta-RJ estreia na compe-tição contra o Metro-politano-SC, no dia 20. Esta é a primeira vez que o Verdão de Bacaxá disputa a Série D.

BOAVISTACampeão estadual,

o Londrina chega com moral para a Série D de 2014. A equipe pa-ranaense disputa pela terceira vez a quarta divisão do certame na-cional. Comandada por Claudio Tencati, o Tu-barão esperar ter sor-te melhor. Para isso, a preparação segue em ritmo intenso.

Quatro amistosos já foram realizados. Fo-ram dois empates con-tra Grêmio Prudente e o Grêmio-RS e duas vitó-rias diante da Roma Apu-carana Sports e do Ju-nior Team. Os principais destaques da equipe são o zagueiro Leonardo Dagostini e o atacantecamaronês Joel.

O time base do Tu-barão para a disputa da Série D forma com Vitor; Maicon, Sílvio, Marcondes e Diego Prates; Bidia, Léo Ma-ringá, Rone Dias e Davi Ceará; Joel e Bruno Ba-tata. O Londrina folga na primeira rodada da competição e estreia somente no dia 27 de julho, diante do Metro-politano, em casa.

LONDRINAPela terceira vez em

sua história, o Metro-politano disputa a Série D do Brasileirão. Quarto colocado no campeona-to catarinense, a equipe comandada por Abel Ri-beiro espera subir mais um degrau no cenário nacional e se aproximar dos demais conterrâneos que disputam as princi-pais divisões nacionais.

A equipe vem reali-zando amistosos com equipes de Série A, como o Figueirense e o Internacional. Para o primeiro, perdeu de 2 a 1 após o treinador substituir praticamen-te todo o time titular. Já contra o Internacio-nal, o Verdão conseguiu uma surpreendente vi-tória por 3 a 2.

O time base do ca-tarinense deve formar com Dida; Alessandro, Elton, Junior Fell e Ari; David, Carlos Alberto, Thiago Silva e Geova-ni; Lauro Cesar e Tozin. A equipe catarinense estreia na competição diante do Boavista-RJ, perante a sua torcida, no dia 20.

METROPOLITANO

O time do interior gaúcho garantiu sua vaga para participar da Série D por ter con-quistado o troféu da Super Copa Gaúcha de 2013. O Pelotas junta os cacos e corre para montar uma equipe competitiva para a quarta divisão nacio-nal, já que no estadual a campanha não foi das melhores. A equipe ficou na última posi-ção do grupo B.

A preparação para a Série D continua e a equipe não para de se reforçar. Na últi-ma sexta-feira, os comandados do téc-nico Julinho Camargo foram derrotados pelo Internacional por 2 a 0. O time base tem Matheus; Marcio, Sal-vador, Pedrão e Ander-son; Marcos Rogério, Escobar, Claytinho e Jhonathan; Jefferson e Eber. O Pelotas dá o pontapé inicial rumo à Série C no dia 20, contra a Penapolense, em casa.

PELOTASUm exemplo de ges-

tão a ser seguido. Essa é a Pantera do Noro-este, que para a Série D manteve a base que disputou o Paulistão e fechou a contratação de alguns reforços. No cer-tame estadual, aliás, a Penapolense chegou às semifi nais, eliminando o São Paulo nas penalida-des máximas na fase de quartas de fi nal.

Para a Série D, a di-retoria espera lotar o estádio Tenente Car-riço. O torcedor que quiser assistir a todas as partidas do clube na primeira fase da com-petição poderá adquirir um carnê por R$ 50. Se a compra for feita indi-vidualmente, o ingresso sairá mais caro.

O time base da Pe-napolense deve formar com Samuel Pires, Luiz Gustavo, Odair, João Gabriel, Rômulo; Ferrei-ra, Fernando; Neto, Gua-ru, David Dener e João Paulo Oliveira. A equipe de Penápolis estreia na competição nacional no dia 20, diante do Pelotas-RS, fora de casa.

PENAPOLENSE

disputa a Série D.

ALB

ERTO

CÉS

AR A

RAÚ

JO

Elenco do Princesa segue se preparan-do para a disputa da Série D e treina forte na Colina

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Page 4: Pódio - 13 de julho de 2014

E4 MANAUS, DOMINGO, 13 DE JULHO DE 2014 E5MANAUS, DOMINGO, 13 DE JULHO DE 2014

Maracanã recebe fi nal do MundialEm campo, são cinco títulos mundiais e duas camisas pesadas. O duelo entre Alemanha e Argentina marca o confronto entre América do Sul e Europa

Nada de seleção brasi-leira. Muito menos de fantasma Uruguaio. A grande fi nal da

Copa do Mundo de 2014, hoje, às 15h(de Manaus), no Mara-canã, Rio de Janeiro (RJ), será entre Alemanha e Argentina. Nada que possa surpreender, já que esta será, a partir deste jogo, a fi nal com maior número de repetições em Mundiais. Pela terceira vez eles decidem o título. Em 1986, no México, os argentinos ganharam. Qua-tro anos depois, na Itália, os alemães deram o troco.

Dessa vez a Alemanha chega com mais moral, uma vez que fez um resultado histórico nas semifi nais, goleando e humi-lhando o Brasil com um 7 a 1 que será difícil o mundo do futebol esquecer. Já os argen-tinos precisaram dos pênaltis para despacharem a Holanda após empate sem gols no tem-po normal e na prorrogação.

Apesar de caminharem com favoritismo rumo ao tetra-campeonato, os alemães ado-tam um discurso cauteloso.

“É muito difícil falar em favoritismo quando se joga uma fi nal de Copa do Mundo. São noventa minutos, poden-do variar para cento e vinte e chegar até os pênaltis. Por-tanto, qualquer coisa pode acontecer. São dois gigantes do futebol procurando a con-sagração. A minha expectati-va é de um duelo equilibrado”, analisou Joachim Löw, técni-co da Alemanha.

Alejandro Sabella, coman-dante da seleção argentina, concorda com Löw.

“A Alemanha tem um grande time, joga junto há muitos anos e se preparou como

poucos para esta Copa do Mundo. Mas a Argentina não chegou por acaso a esta de-cisão e também trabalhou muito para pisar no Maracanã domingo (hoje). Para mim a disputa está em aberto e fa-remos de tudo para ganhar”, disse Alejandro Sabella.

A vontade argentina tem um gás a mais para alguns de seus jogadores, que esti-veram em campo na goleada de 4 a 0 para a Alemanha nas quartas de fi nal da edição passada, em 2010. A vingan-ça move alguns deles.

“Realmente existe uma es-pinha engasgada na nossa garganta desde aquela par-tida, pela maneira como dei-xamos a Copa do Mundo. Sei de A a Z o que a Alemanha pode fazer dentro de campo e a presença dela na fi nal não me surpreende, pois a coloquei como favorita antes mesmo de o torneio começar. Mas a nossa equipe está mui-to determinada e disposta a ganhar”, disse o zagueiro Martín Demichelis.

Pelo lado dos alemães, o que aconteceu nas edições passa-das não infl uenciarão no jogo que será disputado hoje.

HISTÓRIAO Maracanã receberá o terceiro duelo entre Alemanha e Argentina válido por uma fi nal de Copa do Mundo. Em 1986 e 1990, as sele-ções também estive-ram na decisão. Cada equipe venceu uma vez

FICHA TÉCNICAALEMANHAARGENTINA

Local:

Horário:

Árbitro:

Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

15h(de Manaus)

Nicola Rizzoli (ITA)

Alemanha: Manuel Neuer, Philipp Lahm, Jérôme Boateng (Mertesacker), Mats Hummels e Benedikt Höwedes; Sami Khedira, Bastian Schweinstei-ger, Thomas Müller, Toni Kroos e Mesut Özil; Miroslav KloseTécnico: Joachim Löw

Argentina: Sergio Romero, Pablo Zabaleta, Ezequiel Garay, Martín Demichelis e Marcos Rojo; Enzo Pérez (Angel Di Ma-ría), Javier Mascherano, Lucas Biglia, Ezequiel Lavezzi e Lionel Messi; Gonzalo HiguaínTécnico: Alejandro Sabella

Se o histórico for levado em consideração no confronto entre Alemanha e Argentina, os sul-americanos têm mais chances de dar a volta olím-pica. Isso porque os platinos têm mais vitórias do que os europeus no choque direto. Porém, quando o assunto se refere a Copas do Mundo o equilíbrio é grande, sendo que os alemães estão rindo mais ultimamente.

Os dois primeiros due-los em Mundiais foram por primeiras fases. Em 1958, na Suécia, os argentinos sentiram a viagem ao Velho Continente e a Alemanha ganhou com facilidade por 3 a 1. O Brasil se sagraria campeão naquela edição. Já em 1966, na Inglaterra, que seria a campeã, ar-gentinos e alemães fi zeram um duelo sem emoções e o empate sem gols foi o resultado mais justo.

Depois de um intervalo de vinte anos disputando ape-nas amistosos, o clássico apareceu pela primeira vez em uma decisão de Copa do

Mundo em 1986, no México. Sob o comando de Diego Maradona os argentinos abriram 2 a 0, mas os ale-mães, que nunca desistem, igualaram o marcador aos 36 minutos do segundo tem-po. Mas a genialidade do camisa 10 sul-americano fez a diferença e no fi m da par-tida ele deu bela assistência para a conclusão certeira de Burruchaga, que assegurou o título argentino.

Quis o destino, e a compe-tência dos times, que Alema-nha e Argentina se reencon-trassem quatro anos depois, na grande decisão da Copa de 1990. A fi nalíssima foi sem muitas emoções, com um jogo truncado e sem mui-tos lances de perigo.

A partida caminhava para um empate sem gols até que aos quarenta mi-nutos do segundo tempo o árbitro mexicano Edgardo Codesal Mendez marcou um polêmico pênalti a fa-vor da Alemanha. Brehme bateu com efi ciência e ga-rantiu o troco alemão.

Argentina leva vantagem

Após nova safra de amis-tosos, os dois times voltaram a duelar por uma competição da Fifa em 2005, na Copa das Confederações, reali-zada pela Alemanha. Pela primeira fase um empate por 2 a 2 garantiu ambos nas semifi nais de uma edi-ção que seria vencida pela seleção brasileira.

Um ano depois novo en-contro com Berlim, capital alemã, sendo o palco. Dessa vez o choque era válido pelas quartas de fi nal. Após um pri-meiro tempo sem emoções, Ayala colocou os argentinos em vantagem no início da segunda etapa. Mas aos 34 minutos Klose decretou a igualdade, que se estendeu até a disputa de pênaltis, vencida pela Alemanha.

Quatro anos depois Argen-tina e Alemanha voltaram a se encontrar pelas quartas de fi nal de 2010, na África do Sul. Mesmo tendo Diego Maradona como técnico, os argentinos se tornaram uma presa fácil, sendo dominados do primeiro ao último minuto.

Muller abriu o marcador logo aos três minutos.

Na segunda etapa Klose duas vezes e Friedrich ga-rantiriam um histórico 4 a 0 aos alemães, que seriam eliminados nas semifi nais pela campeã Espanha.

Depois disso os dois ti-mes duelaram apenas mais uma vez, em 15 de agosto de 2012, em amistoso dis-putado na cidade de Frank-furt, na Alemanha.

Em campo os times co-mandados já pelos seus atuais treinadores. Mes-mo como visitante, a Ar-gentina, de Alejandro Sa-bella, ganhou com gols de Khedira, contra, Messi e Dí Maria. Howedes descon-tou para os europeus.

No total foram vinte con-frontos entre Alemanha e Argentina, com os sul-ame-ricanos levando vantagem, pois venceram nove vezes, sendo a maioria em amisto-sos. Os alemães ganharam seis vezes, enquanto que o empate foi registrado em cinco ocasiões.

Confrontos recentes iguais

Neste período de jejum de títulos, alemães e argenti-nos viram seus rivais terem sucesso. A Alemanha, de 1996 para cá, viu a Itália ganhar o Mundial de 2006, dentro de território alemão, e a Espanha ficar com o

título de 2010. Já os ar-gentinos acompanharam o Brasil, de 1993 para cá, ga-nhar duas Copas do Mundo e quatro Copas Américas, além de três Copas das Confederações. No período o Uruguai ainda ganhou a

Copa América duas vezes, sendo a última, em 2011, na Argentina.

Além de ser recolocada no cenário internacional, Alemanha e Argentina de-fendem seus continentes. Se o primeiro ganhar dará a

11ª conquista para os euro-peus. Já os argentinos farão a América do Sul alcançar o décimo título, empatando com a Europa. O confronto de hoje vale mais do que o título do campeonato mais cobiçado do mundo.

Finalistas querem quebrar jejum de títulos

Lionel Messi pode ser o fator de desequilíbrio pelo lado da seleção alviceleste, que pode ter em campo o meia Dí María

anos e se preparou como que será disputado hoje.

Alemanha e Argentina bus-cam mais do que o título na fi nal da Copa do Mundo de 2014, buscam subir um degrau de importância no cenário do futebol mundial. Atualmente os ale-

mães são tri-cam-

peões e erguendo este troféu, se juntarão aos italianos no seleto bloco de tetracampe-ões, se aproximando do único penta, a seleção brasileira. Para a Argentina a distância

do Brasil está um pou-co maior. O país

tem apenas dois títulos

mundiais e a con-

quis-t a

hoje representaria ser tri, se igualando à Alemanha.

Mais ainda do que entrar no grupo acima na relação de campeões, os dois países tentam retomar o prestígio perdido nos últimos anos. A Alemanha tem se mantido for-te, porém, quem tem dado a volta olímpica são seus clubes. A seleção mesmo não ganha um título importante desde 1996, quando conquistou a Eurocopa dentro da Inglaterra, superando a República Tcheca na fi nal. Dona de três títulos

mundiais, a Alemanha não ganha uma Copa do Mundo desde 1990.

“Para o nosso país esta Copa teria uma importância

muito grande, pois a última referênc ia em termos de conquis-

ta mun-dial foi a minha

g e -

ração”, disse o ex-lateral es-querdo Andreas Brehme, autor do gol que deu o título de 1990, 1 a 0 na fi nal sobre a Argentina. A Alemanha foi campeã ainda em 1954 e 1974.

Curiosamente, a última vez que cada uma das seleções presentes nesta fi nal foi cam-peã, a conquista aconteceu justamente sobre a rival em questão. Se a Alemanha ba-teu a Argentina na fi nal de 1990, quatro anos antes, em 1986, no México, os alemães foram as vítimas na decisão. Isso porque os argentinos, li-derados por Diego Maradona, venceram por 3 a 2. Foi o último Mundial vencido pelos her-manos, que ganharam ainda em 1978. Títulos importantes, por sinal, a Argentina não ga-nha desde a Copa América de 1993, disputada no Equador.

“Esse jejum é algo que realmente incomoda o fu-tebol argentino. Fui técnico da seleção e sei que a pres-são é muito grande”, disse Marcelo Bielsa, que dirigiu a Argentina na péssima cam-panha de 2002, quando o

país chegou como um dos favoritos e deixou o Japão e a Coréia do Sul eliminado ainda na fase de grupos.

Campeão recupera o prestígio e o respeitoBeckenbauer levantou o troféu em 1990, como treinador

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Thomas Müller (centro) quer conquistar o título Mundial e a artilharia da Competição, que está com James Rodrígues

MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

Maradona ergueu o título em 1986, quando os hermanos bateram os alemães na final da Copa do Mundo daquele ano, realizada na Argentina

Ano Campeão Vice Final Sede2010 Espanha Holanda 1x0 África do Sul2006 Itália França 1x1 (5x3 pen) Alemanha2002 Brasil Alemanha 2x0 Coreia do Sul e Japão1998 França Brasil 3x0 França1994 Brasil Italia 0x0 (3x2 pen) Estados Unidos1990 Alemanha Oc. Argentina 1x0 Italia1986 Argentina Alemanha Oc. 3x2 Mexico1982 Italia Alemanha Oc. 3x1 Espanha1978 Argentina Holanda 3x1 Argentina1974 Alemanha Oc. Holanda 2x1 Alemanha Oc.1970 Brasil Italia 4x1 México1966 Inglaterra Alemanha Oc. 4x2 Inglaterra1962 Brasil Tchecoslovaquia 3x1 Chile1958 Brasil Suecia 5x2 Suécia1954 Alemanha Oc. Hungria 3x2 Suíça1950 Uruguai Brasil 2x1 Brasil1938 Italia Hungria 4x2 França1934 Italia Tchecoslovaquia 2x1 Itália1930 Uruguai Argentina 4x2 Uruguai

TÍTULOS POR PAÍSBrasil: 5Itália: 4Alemanha: 3Argentina: 2Uruguai: 2Espanha: 1França: 1Inglaterra: 1

TÍTULOS POR CONTINENTESEuropa: 10América do Sul: 9

Campeões de todas as edições

EDU ANDRADE/GAZETA PRESS

Page 5: Pódio - 13 de julho de 2014

E4 MANAUS, DOMINGO, 13 DE JULHO DE 2014 E5MANAUS, DOMINGO, 13 DE JULHO DE 2014

Maracanã recebe fi nal do MundialEm campo, são cinco títulos mundiais e duas camisas pesadas. O duelo entre Alemanha e Argentina marca o confronto entre América do Sul e Europa

Nada de seleção brasi-leira. Muito menos de fantasma Uruguaio. A grande fi nal da

Copa do Mundo de 2014, hoje, às 15h(de Manaus), no Mara-canã, Rio de Janeiro (RJ), será entre Alemanha e Argentina. Nada que possa surpreender, já que esta será, a partir deste jogo, a fi nal com maior número de repetições em Mundiais. Pela terceira vez eles decidem o título. Em 1986, no México, os argentinos ganharam. Qua-tro anos depois, na Itália, os alemães deram o troco.

Dessa vez a Alemanha chega com mais moral, uma vez que fez um resultado histórico nas semifi nais, goleando e humi-lhando o Brasil com um 7 a 1 que será difícil o mundo do futebol esquecer. Já os argen-tinos precisaram dos pênaltis para despacharem a Holanda após empate sem gols no tem-po normal e na prorrogação.

Apesar de caminharem com favoritismo rumo ao tetra-campeonato, os alemães ado-tam um discurso cauteloso.

“É muito difícil falar em favoritismo quando se joga uma fi nal de Copa do Mundo. São noventa minutos, poden-do variar para cento e vinte e chegar até os pênaltis. Por-tanto, qualquer coisa pode acontecer. São dois gigantes do futebol procurando a con-sagração. A minha expectati-va é de um duelo equilibrado”, analisou Joachim Löw, técni-co da Alemanha.

Alejandro Sabella, coman-dante da seleção argentina, concorda com Löw.

“A Alemanha tem um grande time, joga junto há muitos anos e se preparou como

poucos para esta Copa do Mundo. Mas a Argentina não chegou por acaso a esta de-cisão e também trabalhou muito para pisar no Maracanã domingo (hoje). Para mim a disputa está em aberto e fa-remos de tudo para ganhar”, disse Alejandro Sabella.

A vontade argentina tem um gás a mais para alguns de seus jogadores, que esti-veram em campo na goleada de 4 a 0 para a Alemanha nas quartas de fi nal da edição passada, em 2010. A vingan-ça move alguns deles.

“Realmente existe uma es-pinha engasgada na nossa garganta desde aquela par-tida, pela maneira como dei-xamos a Copa do Mundo. Sei de A a Z o que a Alemanha pode fazer dentro de campo e a presença dela na fi nal não me surpreende, pois a coloquei como favorita antes mesmo de o torneio começar. Mas a nossa equipe está mui-to determinada e disposta a ganhar”, disse o zagueiro Martín Demichelis.

Pelo lado dos alemães, o que aconteceu nas edições passa-das não infl uenciarão no jogo que será disputado hoje.

HISTÓRIAO Maracanã receberá o terceiro duelo entre Alemanha e Argentina válido por uma fi nal de Copa do Mundo. Em 1986 e 1990, as sele-ções também estive-ram na decisão. Cada equipe venceu uma vez

FICHA TÉCNICAALEMANHAARGENTINA

Local:

Horário:

Árbitro:

Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

15h(de Manaus)

Nicola Rizzoli (ITA)

Alemanha: Manuel Neuer, Philipp Lahm, Jérôme Boateng (Mertesacker), Mats Hummels e Benedikt Höwedes; Sami Khedira, Bastian Schweinstei-ger, Thomas Müller, Toni Kroos e Mesut Özil; Miroslav KloseTécnico: Joachim Löw

Argentina: Sergio Romero, Pablo Zabaleta, Ezequiel Garay, Martín Demichelis e Marcos Rojo; Enzo Pérez (Angel Di Ma-ría), Javier Mascherano, Lucas Biglia, Ezequiel Lavezzi e Lionel Messi; Gonzalo HiguaínTécnico: Alejandro Sabella

Se o histórico for levado em consideração no confronto entre Alemanha e Argentina, os sul-americanos têm mais chances de dar a volta olím-pica. Isso porque os platinos têm mais vitórias do que os europeus no choque direto. Porém, quando o assunto se refere a Copas do Mundo o equilíbrio é grande, sendo que os alemães estão rindo mais ultimamente.

Os dois primeiros due-los em Mundiais foram por primeiras fases. Em 1958, na Suécia, os argentinos sentiram a viagem ao Velho Continente e a Alemanha ganhou com facilidade por 3 a 1. O Brasil se sagraria campeão naquela edição. Já em 1966, na Inglaterra, que seria a campeã, ar-gentinos e alemães fi zeram um duelo sem emoções e o empate sem gols foi o resultado mais justo.

Depois de um intervalo de vinte anos disputando ape-nas amistosos, o clássico apareceu pela primeira vez em uma decisão de Copa do

Mundo em 1986, no México. Sob o comando de Diego Maradona os argentinos abriram 2 a 0, mas os ale-mães, que nunca desistem, igualaram o marcador aos 36 minutos do segundo tem-po. Mas a genialidade do camisa 10 sul-americano fez a diferença e no fi m da par-tida ele deu bela assistência para a conclusão certeira de Burruchaga, que assegurou o título argentino.

Quis o destino, e a compe-tência dos times, que Alema-nha e Argentina se reencon-trassem quatro anos depois, na grande decisão da Copa de 1990. A fi nalíssima foi sem muitas emoções, com um jogo truncado e sem mui-tos lances de perigo.

A partida caminhava para um empate sem gols até que aos quarenta mi-nutos do segundo tempo o árbitro mexicano Edgardo Codesal Mendez marcou um polêmico pênalti a fa-vor da Alemanha. Brehme bateu com efi ciência e ga-rantiu o troco alemão.

Argentina leva vantagem

Após nova safra de amis-tosos, os dois times voltaram a duelar por uma competição da Fifa em 2005, na Copa das Confederações, reali-zada pela Alemanha. Pela primeira fase um empate por 2 a 2 garantiu ambos nas semifi nais de uma edi-ção que seria vencida pela seleção brasileira.

Um ano depois novo en-contro com Berlim, capital alemã, sendo o palco. Dessa vez o choque era válido pelas quartas de fi nal. Após um pri-meiro tempo sem emoções, Ayala colocou os argentinos em vantagem no início da segunda etapa. Mas aos 34 minutos Klose decretou a igualdade, que se estendeu até a disputa de pênaltis, vencida pela Alemanha.

Quatro anos depois Argen-tina e Alemanha voltaram a se encontrar pelas quartas de fi nal de 2010, na África do Sul. Mesmo tendo Diego Maradona como técnico, os argentinos se tornaram uma presa fácil, sendo dominados do primeiro ao último minuto.

Muller abriu o marcador logo aos três minutos.

Na segunda etapa Klose duas vezes e Friedrich ga-rantiriam um histórico 4 a 0 aos alemães, que seriam eliminados nas semifi nais pela campeã Espanha.

Depois disso os dois ti-mes duelaram apenas mais uma vez, em 15 de agosto de 2012, em amistoso dis-putado na cidade de Frank-furt, na Alemanha.

Em campo os times co-mandados já pelos seus atuais treinadores. Mes-mo como visitante, a Ar-gentina, de Alejandro Sa-bella, ganhou com gols de Khedira, contra, Messi e Dí Maria. Howedes descon-tou para os europeus.

No total foram vinte con-frontos entre Alemanha e Argentina, com os sul-ame-ricanos levando vantagem, pois venceram nove vezes, sendo a maioria em amisto-sos. Os alemães ganharam seis vezes, enquanto que o empate foi registrado em cinco ocasiões.

Confrontos recentes iguais

Neste período de jejum de títulos, alemães e argenti-nos viram seus rivais terem sucesso. A Alemanha, de 1996 para cá, viu a Itália ganhar o Mundial de 2006, dentro de território alemão, e a Espanha ficar com o

título de 2010. Já os ar-gentinos acompanharam o Brasil, de 1993 para cá, ga-nhar duas Copas do Mundo e quatro Copas Américas, além de três Copas das Confederações. No período o Uruguai ainda ganhou a

Copa América duas vezes, sendo a última, em 2011, na Argentina.

Além de ser recolocada no cenário internacional, Alemanha e Argentina de-fendem seus continentes. Se o primeiro ganhar dará a

11ª conquista para os euro-peus. Já os argentinos farão a América do Sul alcançar o décimo título, empatando com a Europa. O confronto de hoje vale mais do que o título do campeonato mais cobiçado do mundo.

Finalistas querem quebrar jejum de títulos

Lionel Messi pode ser o fator de desequilíbrio pelo lado da seleção alviceleste, que pode ter em campo o meia Dí María

anos e se preparou como que será disputado hoje.

Alemanha e Argentina bus-cam mais do que o título na fi nal da Copa do Mundo de 2014, buscam subir um degrau de importância no cenário do futebol mundial. Atualmente os ale-

mães são tri-cam-

peões e erguendo este troféu, se juntarão aos italianos no seleto bloco de tetracampe-ões, se aproximando do único penta, a seleção brasileira. Para a Argentina a distância

do Brasil está um pou-co maior. O país

tem apenas dois títulos

mundiais e a con-

quis-t a

hoje representaria ser tri, se igualando à Alemanha.

Mais ainda do que entrar no grupo acima na relação de campeões, os dois países tentam retomar o prestígio perdido nos últimos anos. A Alemanha tem se mantido for-te, porém, quem tem dado a volta olímpica são seus clubes. A seleção mesmo não ganha um título importante desde 1996, quando conquistou a Eurocopa dentro da Inglaterra, superando a República Tcheca na fi nal. Dona de três títulos

mundiais, a Alemanha não ganha uma Copa do Mundo desde 1990.

“Para o nosso país esta Copa teria uma importância

muito grande, pois a última referênc ia em termos de conquis-

ta mun-dial foi a minha

g e -

ração”, disse o ex-lateral es-querdo Andreas Brehme, autor do gol que deu o título de 1990, 1 a 0 na fi nal sobre a Argentina. A Alemanha foi campeã ainda em 1954 e 1974.

Curiosamente, a última vez que cada uma das seleções presentes nesta fi nal foi cam-peã, a conquista aconteceu justamente sobre a rival em questão. Se a Alemanha ba-teu a Argentina na fi nal de 1990, quatro anos antes, em 1986, no México, os alemães foram as vítimas na decisão. Isso porque os argentinos, li-derados por Diego Maradona, venceram por 3 a 2. Foi o último Mundial vencido pelos her-manos, que ganharam ainda em 1978. Títulos importantes, por sinal, a Argentina não ga-nha desde a Copa América de 1993, disputada no Equador.

“Esse jejum é algo que realmente incomoda o fu-tebol argentino. Fui técnico da seleção e sei que a pres-são é muito grande”, disse Marcelo Bielsa, que dirigiu a Argentina na péssima cam-panha de 2002, quando o

país chegou como um dos favoritos e deixou o Japão e a Coréia do Sul eliminado ainda na fase de grupos.

Campeão recupera o prestígio e o respeitoBeckenbauer levantou o troféu em 1990, como treinador

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Thomas Müller (centro) quer conquistar o título Mundial e a artilharia da Competição, que está com James Rodrígues

MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

Maradona ergueu o título em 1986, quando os hermanos bateram os alemães na final da Copa do Mundo daquele ano, realizada na Argentina

Ano Campeão Vice Final Sede2010 Espanha Holanda 1x0 África do Sul2006 Itália França 1x1 (5x3 pen) Alemanha2002 Brasil Alemanha 2x0 Coreia do Sul e Japão1998 França Brasil 3x0 França1994 Brasil Italia 0x0 (3x2 pen) Estados Unidos1990 Alemanha Oc. Argentina 1x0 Italia1986 Argentina Alemanha Oc. 3x2 Mexico1982 Italia Alemanha Oc. 3x1 Espanha1978 Argentina Holanda 3x1 Argentina1974 Alemanha Oc. Holanda 2x1 Alemanha Oc.1970 Brasil Italia 4x1 México1966 Inglaterra Alemanha Oc. 4x2 Inglaterra1962 Brasil Tchecoslovaquia 3x1 Chile1958 Brasil Suecia 5x2 Suécia1954 Alemanha Oc. Hungria 3x2 Suíça1950 Uruguai Brasil 2x1 Brasil1938 Italia Hungria 4x2 França1934 Italia Tchecoslovaquia 2x1 Itália1930 Uruguai Argentina 4x2 Uruguai

TÍTULOS POR PAÍSBrasil: 5Itália: 4Alemanha: 3Argentina: 2Uruguai: 2Espanha: 1França: 1Inglaterra: 1

TÍTULOS POR CONTINENTESEuropa: 10América do Sul: 9

Campeões de todas as edições

EDU ANDRADE/GAZETA PRESS

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E6

Nunca uma disputa de terceiro lugar valeu tanto para o Brasil. Humilhada diante

da Alemanha na semifi nal, a seleção precisava de uma vi-tória em seu último jogo na Copa do Mundo para ao menos se despedir com um pouco de dignidade. Mas nem isso conseguiu. Novamente apre-sentou desatenção defensiva, perdeu para a Holanda por 3 a 0, ontem (12), em Brasí-lia, e terminou o Mundial na quarta colocação.

A nova derrota contraria Felipão em sua tese de que o vexame diante dos alemães foi apenas uma “pane inexpli-cável” e de que o “trabalho foi bom”. O Brasil se despediu sem apresentar uma atua-ção convincente em nenhuma partida nesta Copa e com seu prestígio extremamente arra-nhado. Neste adeus melancó-lico, até a arbitragem foi mal. Marcou pênalti inexistente no primeiro gol holandês, não deu impedimento no segundo e deixou de anotar penali-dades para ambos os lados. Nada, porém, que justifi casse mais uma tarde ruim dos anfi -triões. Agora, a defi nição é se o treinador continua ou não no cargo. A comissão técnica deve se reunir com o comando da CBF na próxima semana, quando o futuro de Scolari na seleção será decidido.

O jogo mal começou e o Brasil já estava perden-do. Com 1 minuto de jogo, Robben foi derrubado por Thiago Silva na entrada da área. O árbitro deu pênalti, convertido por Van Persie. Sobrava vontade, mas tam-bém erros táticos e indivi-duais. O lado esquerdo da defesa era uma avenida e os holandeses se aproveita-ram. Blind ampliou aos 15, após bola mal rebatida por David Luiz. Na base da gar-ra, os brasileiros até equili-braram o jogo no restante da etapa inicial. Cillessen, porém, não precisou fazer sequer uma defesa.

A partida caiu de ritmo na etapa fi nal. Recuados, os ho-landeses fi caram à espera de um contra-ataque para am-

pliar o placar. Felipão mexeu no time, mandou Hulk, Hernanes e Fernandinho a campo, tentou pressionar. Mas o Brasil seguiu com problemas para criar boas chances de gol. Foi demais para os torcedores, que suportaram o mau futebol até os 40 do segun-do tempo. As vaias vieram com força e os europeus passaram a tocar a bola sob os gritos de olé das arquibancadas. Wijnaldum, já nos acréscimos, ainda mar-cou o terceiro. Despedida mais melancólica, impossível.

DescontroleAssim como contra a Ale-

manha, o Brasil teve 15 minutos para esquecer na etapa inicial. O meio-cam-po voltou a deixar a defesa desprotegida, mesmo com três volantes. O buraco entre os dois setores foi bem explorado pelos ho-

landeses, que abriram 2 a 0 logo no começo da partida. O Brasil até ten-tou durante todo o res-tante do jogo reverter o prejuízo, mas sucum-biu diante da marcação adversária e pouco criou.

O jogador mais queri-do pela torcida depois de Neymar não foi bem. Com excesso de vontade, este-ve mal postado taticamen-te em diversos momentos e comprometeu a defesa. No primeiro gol holandês, subiu ao meio-campo para dar combate e deixou a zaga descoberta na arran-cada de Robben. No segundo tento, rebateu mal cruza-mento, cabeceando para o meio da área.etapa fi nal. Recuados, os ho-

landeses fi caram à espera de um contra-ataque para am-

meio da área.

Holanda fecha o caixão do BrasilBrasil perde com erros da defesa, é vaiado e dá adeus de forma melancólica à Copa do Mundo em casa

MARCA RUIMO Brasil sofreu o maior vexame da história na Copa do Mundo, fi cou longe da fi nal e agora ainda conquista uma marca negativa: o time de Felipão tem a pior defesa desde 1986, com 14 gols sofridos

José Mourinho na seleção brasileira?Técnico português treina atualmente o Chelsea (ING)

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AÇÃO

FICHA TÉCNICABRASILHOLANDA

Local:

Árbitro:

Estádio Mané Garrincha, Brasília (DF)Djamel Haimound (ARG)

BRASIL: Julio Cesar; Maicon, Thiago Silva, David Luiz e Maxwell; Luiz Gustavo (Fernan-dinho), Paulinho (Hernanes), Ramires (Hulk) e Oscar; Willian e Jô Técnico: Felipão

HOLANDA: Cillessen (Vorm); Kuyt, De Vrij, Vlaar, Martins Indi e Blind (Janmaat); Clasie (Velt-man), Wijnaldum e De Guzman; Van Persie e RobbenTécnico: Van Gaal

HOLANDA: Van Persie, aos 3min do primeiro tempo); Blind, aos 15min do primeiro tempo; Wijnaldum, aos 45min do segundo tempo

Cartões Amarelos: Thiago Silva, Fernandinho e Oscar (Brasil); Robben e Wijnaldum (Holanda)

03

O jornal espanhol “Mar-ca” noticiou que a CBF entrou em contato com José Mourinho para sondar seu interesse em assumir a vaga de Luiz Felipe Scolari na seleção. O português teria se animado, mas avi-sado que só será possível topar o convite em 2017, quando acabará seu con-trato com o Chelsea, da Inglaterra. De acordo com

o periódico, um dos principais dirigentes da CBF falou com o empresário

Jorge Mendes para co-municar o interesse. José Maria Marin, presidente da entidade, teria se coloca-do à disposição para via-jar a Londres e conversar com o treinador.

O ex-jogador Ronaldo é apontado pelo jornal como um dos defensores da contratação de Mou-rinho. Ainda segundo a publicação, o fato de que o português não poderia

assumir agora não é visto como um grande proble-ma. Mas a confederação põe 2016 como limite, não 2017.

Até lá, o treinador po-deria ficar mais próximo de alguns jogadores bra-sileiros. Na temporada europeia que está para começar, Mourinho diri-girá os brasileiros Filipe Luís, Ramires, Oscar e Willian. E enfrentará vá-rios outros atletas com potencial de convocação.

O jornal aponta a pos-sibilidade de a CBF acertar com seu próxi-mo técnico um contrato de dois anos. Ao fim do compromisso, os dirigen-tes poderiam avaliar seu desempenho e checar a disponibilidade de Mou-rinho, que já estará na parte final de seu acordo com o Chelsea.

ADEUS À VISTAO técnico Luiz Felipe Scolari falou após a derrota para a Holanda, que irá colocar o cargo à disposição da CBF. Segundo ele, está nas mãos do presidente José Maria Marin a decisão sobre sua continuidade

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E7MANAUS, DOMINGO, 13 DE JULHO DE 2014

Holanda fecha o caixão do BrasilConsiderado um dos vi-

lões da Copa de 2010 e chamado de herói depois do jogo contra o Chile neste Mundial, Júlio César acaba sua participação no torneio com um recorde negativo. Ele se tornou o goleiro mais vazado do Brasil na competição.

Até a partida contra a Holanda, pela disputa de terceiro e quarto, Júlio César estava empatado com Taffarel, com 15 gols sofridos. No entanto, com os gols que tomou ontem (12) da seleção holande-sa, ele se isolou neste posto com 18.

Os gols sofridos por Júlio César foram 13 nesta edi-ção do Mundial e outros quatro na Copa de 2010. Já Taff arel tinha essa marca dividida em três Copas, sendo duas delas campa-nhas até a decisão. O go-leiro foi vazado duas vezes em 1990, três em 1994 e mais 10 em 1998.

Além de uma Copa, os goleiros têm também seis partidas de dife-rença. Júlio César atuou em 12 jogos contra 18 de Taffarel.

O terceiro colocado des-ta lista é Gilmar dos Santos Neves, que também atuou em três Mundiais. Ele so-freu quatro em 1958, cinco

em 1962 e um em 1966. O ex-goleiro esteve em cam-po em 14 partidas.

Além da marca pes-soal, Júlio César ainda amargou o status de ser o goleiro a mais so-frer gols em uma única edição de Copa. Só no

Mundial do Brasil, ele sofreu 13 gols, ultra-passando a competi-ção de 1938, quando Batatais e Walter Goulart foram vaza-dos 11 vezes.

Marca indesejada de Júlio César

GOL 100Por ironia do desti-no, Júlio César, além de ser o goleiro bra-sileiro mais vazado em Copas, também entra para história por ter tomado o centésimo gol cana-rinho em Mundiais

dividida em três Copas, sendo duas delas campa-nhas até a decisão. O go-leiro foi vazado duas vezes em 1990, três em 1994 e mais 10 em 1998.

em 1962 e um em 1966. O ex-goleiro esteve em cam-po em 14 partidas.

Além da marca pes-soal, Júlio César ainda amargou o status de ser o goleiro a mais so-frer gols em uma única edição de Copa. Só no

Mundial do Brasil, ele sofreu 13 gols, ultra-passando a competi-ção de 1938, quando Batatais e Walter Goulart foram vaza-dos 11 vezes.

Depois de cumprir suspensão, Thiago Silva voltou a defender a seleção brasileira, mas não evitou mais uma derrota. Dessa vez, após perder por 3 a 0 para a Holanda, o time fi cou com o 4º lugar da Copa do Mundo. Por isso, o capitão pediu desculpas.

“Frustração, né? A gente so-nhou com esse momento, passei noites sem dormir e acabar des-sa forma. A gente não merecia um fi nal desse jeito que foi. Mas infelizmente é futebol, temos que pedir desculpas ao povo que nos apoiou no 7 a 1 e no 3 a 0 também. Vaiaram no fi nal porque é normal, tem sentimen-to. Mas nossa tristeza é muito grande. Chegar em casa e falar para família que não conseguiu”, lamentou o atleta do PSG.

Capitão pede desculpas à torcida brasileira

O meia Oscar minimizou o resultado deste sábado. Segundo o jogador, a se-leção brasileira teve uma boa atuação na disputa pelo terceiro lugar.

“Sentimento horrível, não tem nem o que falar. A gente sofreu uma grande derrota contra a Alema-nha, ninguém esperava. E hoje a gente lutou desde o começo, tentou lutar, mas não foi o nosso dia, até que jogamos bem. Não tenho palavras. É ver o que a gente errou e corrigir no futuro”, falou o meia.

Apesar de aprovar a atuação contra a Ho-landa, o jogador falou que todos os atletas saem triste com o fim da Copa de 2014.

‘Até que jogamos bem’, diz Oscar

Após cumprir suspen-são, Thiago Silva voltou ao time titular

Cabisbaixos os jogado-res deixaram o grama-da do Mané Garrincha

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E8 MANAUS, DOMINGO, 13 DE JULHO DE 2014

Fabiana Murer conquista ouro na Diamond LeagueBrasileira venceu o salto com vara na etapa de Glasglow, na Escócia, a nona do ano. O próximo desafi o da atleta será uma prova de rua, em Londres, dia 20

Em mais uma disputa equilibrada, a brasilei-ra Fabiana Murer ven-ceu ontem (12) a prova

do salto com vara do GP Sains-burys Glasgow, na Escócia, nona etapa da Diamond Lea-gue, o principal torneio de com-petições da IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo).

A atleta, campeã mundial da especialidade em pista coberta e ao ar livre, saltou 4,65 m em sua primeira tentativa na altu-

ra. Depois tentou superar 4,76 m, falhando nas três oportuni-dades a que tinha direito.

A medalha de prata da dispu-ta ficou com a grega Katerina Stefanidi, que parou nos 4,65 m, mesma marca da cubana Yarisley Silva, que ficou com o bronze. Apontada como uma das favoritas, a norte-america-na Jennifer Suhr, atual campeã olímpica, terminou em quarto lugar, com 4,55m.

Em ótima fase, Fabiana Mu-rer venceu as últimas competi-

ções disputadas. Em junho, ela emplacou uma sequência de três ouros ao vencer a etapa de Nova York da Liga Diamante, o Meeting de Hof, na Alemanha, e a prova do Folksam Grand Prix Sollentuna, em Estocolmo, na Suécia.

O próximo compromisso da brasileira Fabiana Murer será uma prova de rua, em Londres, na Inlglaterra, com pista mon-tada na frente do tradicional Palácio de Buckingham, no dia 20 de julho.

O Brasil teve um ótimo de-sempenho no primeiro dia de disputas do Grand Slam de Tyu-men, na Rússia. Com a pontua-ção do ranking mundial já va-lendo para o ranking olímpico, o País conquistou seis medalhas, sendo duas de ouro, duas de prata a e duas de bronze. Entre os medalhistas, os campeões foram Sarah Menezes (48 kg) e Charles Chibana (66 kg).

Atual campeã olímpica, Sarah conquistou o ouro deixando pelo caminho as judocas Irina Dolgova (RUS), Valentina Moscatt (ITA) e Emi Yamagishi (JAP).

“Estou muito feliz por che-gar ao meu terceiro ouro em Grand Slams. Essa medalha me dá ainda mais confi ança para ir buscar meu primei-ro título em Mundiais Sênior”, disse Menezes, referindo-se ao Mundial de Judô que será disputado em agosto, também na Rússia.

Já Chibana, que se des-tacou pro ter vencido três das quatro lutas por ippon, derrotou Armen Avagyan (RUS), Sugoi Uriarte (ESP), Masaaki Fukuoka (JAP) e Yuhei Rokugo (JAP).

Brasileiras são ouro na RússiaApós a confi rmação de que Luis Suárez será jogador do Barcelona na próxima temporada, a imprensa espanhola tem divulgado detalhes do vín-culo assinado pelo atacan-te. O principal deles é a cláusula “antimordida”, que prevê duras punições caso o uruguaio volte a morder adversários em campo.

Luis Suárez foi severamen-te punido recente-mente ao morder o zagueiro italia-no Chiellini duran-te uma partida da

Copa do Mundo de 2014. Além de perder o restante do Mundial, o uruguaio levou nove jogos de suspensão em partidas da seleção e quatro meses de banimento total de qualquer atividade rela-cionada ao futebol.

Segundo o Mundo Depor-tivo, a cláusula não é espe-cífi ca quanto a mordidas, mas a qualquer compor-tamento ina-dequa-

do que culmine em uma grande suspensão.

As sanções resguarda-das pela cláusula não foram reve-ladas.

Barça precavido com Luis Suárez

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Fabiana engatou uma boa sequên-cia de vitórias

O Brasil teve um ótimo de-sempenho no primeiro dia de disputas do Grand Slam de Tyu-men, na Rússia. Com a pontua-ção do ranking mundial já va-lendo para o ranking olímpico, o País conquistou seis medalhas, sendo duas de ouro, duas de prata a e duas de bronze. Entre os medalhistas, os campeões foram Sarah Menezes (48 kg) e Charles Chibana (66 kg).

Atual campeã olímpica, Sarah conquistou o ouro deixando pelo caminho as judocas Irina Dolgova (RUS), Valentina Moscatt (ITA) e Emi Yamagishi (JAP).

“Estou muito feliz por che-gar ao meu terceiro ouro em Grand Slams. Essa medalha me dá ainda mais confi ança para ir buscar meu primei-ro título em Mundiais Sênior”, disse Menezes, referindo-se ao Mundial de Judô que será disputado em agosto, também na Rússia.

Já Chibana, que se des-tacou pro ter vencido três das quatro lutas por ippon, derrotou Armen Avagyan (RUS), Sugoi Uriarte (ESP), Masaaki Fukuoka (JAP) e Yuhei Rokugo (JAP).

rasileiras são ouro na Rússia

Sarah Menezes conquistou mais um ouro

Após a confi rmação de que Luis Suárez será jogador do Barcelona na próxima temporada, a imprensa espanhola tem divulgado detalhes do vín-culo assinado pelo atacan-te. O principal deles é a cláusula “antimordida”, que prevê duras punições caso o uruguaio volte a morder adversários em campo.

Luis Suárez foi severamen-te punido recente-mente ao morder o zagueiro italia-no Chiellini duran-te uma partida da

Copa do Mundo de 2014. Além de perder o restante do Mundial, o uruguaio levou nove jogos de suspensão em partidas da seleção e quatro meses de banimento total de qualquer atividade rela-cionada ao futebol.

Segundo o Mundo Depor-tivo, a cláusula não é espe-cífi ca quanto a mordidas, mas a qualquer compor-tamento ina-dequa-

do que culmine em uma grande suspensão.

As sanções resguarda-das pela cláusula não foram reve-ladas.

Barça precavido com Luis Suárez

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Jogador não po-derá morder no novo clube

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E9MANAUS, DOMINGO, 13 DE JULHO DE 2014

Holanda fechou o caixão

Poucos torcedores foram às ruas para torcer pela seleção brasileira que disputava o terceiro lugar da Copa do Mundo

da seleção brasileira

Uma disputa de ter-ceiro lugar na Copa do Mundo e um cli-ma ameno tomado

por nuvens de chuva fez com que poucos amazonenses sa-íssem de casa ou dos seus postos de trabalho para tor-cer pela seleção brasileira. Em nenhum dos pontos da cidade, onde as pessoas se encontravam para assistir e torcer pela seleção, se viu a movimentação e a alegria de poucos dias atrás. Nem mesmo no largo São Se-bastião, que foi eleito pelos torcedores como principal ponto de encontro nos dias do Mundial, atraiu os torce-dores. O local que chegou a receber mais de 30 mil pessoas, ontem, conforme dados da Polícia Militar (PM), não chegou a ter mais de dois mil torcedores.

No início da partida, quan-do o holandês Van Persi já havia marcado o primeiro gol, o aeroviário Leonardo Lima, 27, se mantinha com fé na virada. Paulista, que está em Manaus a passeio e estava pela primeira vez no largo São Sebastião, disse que o brasileiro não deveria perder a alegria de torcer pela seleção canarinho. “Mes-mo perdendo temos que dar força para os caras. O amor à pátria deve ser sempre maior”, comentou.

Vestido com a camisa de cor laranja da seleção ho-landesa, mas com uma ex-pressão de decepcionado, o administrador de empresas Rodrigo Lima, 28, não era um holandês que perdeu o voo, mas mais um amazonense decepcionado com o segun-do gol marcado por Blind, aos 17 minutos do primeiro tempo. “Estou com a cami-sa porque gostei dela. Estou

torcendo pelo Brasil, mas fa-zer o que se a seleção não evoluiu taticamente como as outras?”, salientou.

Antes do terceiro gol mar-cado por Wijnaldun, o casal de vendedores Rodrigo Costa Marques, 24, e Vanessa da Silva preferiram a troca de carinhos ao pé do Teatro Ama-zonas, da mesma forma que outros casais apaixonados. “A seleção está muito devagar. É melhor curtir a namorada e o ambiente”, disse Rodrigo.

Indiferente à partida, do lado de fora do bar do Armando, o pernambucano supervisor de montagem de refratário Adeil-to Bezerra, 40, que saborea-va uma cerveja com amigos, não chegou a presenciar os dias que o bar fi cava tumul-tuado durante as partidas da seleção brasileira.

Há quatro dias em Manaus, aonde chegou para trabalhar por 30 dias, ele disse que o dia de ontem foi daqueles “sem graça” para o torce-dor brasileiro. Assim como Bezerra, os poucos clientes do bar do Armando pre-feriam a conversa com os amigos a assistir à partida. “A seleção está muito ruim. Precisa trocar todos esses jogadores. Mas, gosto do Fe-lipão por ser um treinador campeão”, avaliou.

Fifa Fan FestNo ponto de encontro ofi cial

da Fifa, a Fan Fest da Ponta Negra, Zona Oeste, que che-gou a reunir mais de 40 mil pessoas dessa vez começou com pouco mais de mil tor-cedores e ao fi nal encerrou com aproximadamente 10 mil que, decepcionados com a seleção, que perdeu a disputa para a Holanda por 3 a 0, fi ca-ram para o show do Neguinho da Beija-Flor para aproveitar o penúltimo dia da estrutura montada para receber os tor-cedores em Manaus.

EMERSON QUARESMAEquipe EM TEMPO

Moradores e trabalhado-res da avenida Brasil, Com-pensa, Zona Oeste, viraram as costas para o Brasil que entrava em campo contra a Holanda. Feiras, borra-charias, mercadinhos, dro-garias e lojas funcionavam na hora do jogo. No mo-mento que os torcedores presentes no estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF), cantavam com a seleção o hino brasileiro, o peixeiro Sebastião Tancredo Narci-so, 52, continuava a abanar os tucunarés, tambaquis e

piracurus a venda na sua banca localizada no beco São Pedro, esquina com a avenida Brasil.

Já no beco Campos Sales, esquina com a avenida Bra-sil, o pintor Joaquim Alvez, 48, se preparava para partir para o sítio localizado no ra-mal do Paricatuba, rodovia Manuel Urbano (Manaus/Manacapuru). “A derrota para a Alemanha nos dei-xou muito abatido. Mas, não é isso que vai derrubar os brasileiros. Vamos esperar a próxima”, disse.

Avenida Brasil não parou

Para trabalhadores, o dia foi normal, como se não tivesse Copa

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Poucas pessoas assistiram à disputa pelo terceiro lugar no largo São Sebastião

Na Fan Fest houve quem risse no fi nal da partida, com a vitória da Holanda por 3 a 0

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“A Copa do Mundo da Fifa confi rma o Brasil como lo-cal com condições

de organizar e sediar grandes eventos internacionais, com democracia e participação so-cial”. A afi rmação é do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, em entrevista coletiva no Cen-tro Aberto de Mídia João Salda-nha, no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro.

“Estamos aqui celebrando o que até agora ocorreu”, disse o ministro, lembrando que não houve nenhum grande proble-ma de segurança. “Nosso povo soube, de um lado, mostrar al-tivez, vencendo uma verdadeira barreira que se formou no País num dado momento em que parecia que a Copa seria uma tragédia. E ao mesmo tempo com uma incrível capacidade de receber as pessoas, de serem

bons anfi triões.”Ao falar das manifestações

populares que ocorreram no Brasil em junho do ano passado - e que não se repetiram durante a Copa -, o ministro Gilberto Carvalho lembrou que os bra-sileiros reivindicaram serviços públicos melhores e criticaram a corrupção, mas também pe-diram mais democracia. Por isso houve atenção especial do governo ao diálogo com a sociedade. Nas 12 cidades-sede da Copa, a Secretaria-Geral da Presidência realizou a série de encontros denominados “Diá-logos Governo-Sociedade Civil: Copa 2014” para ouvir reivin-dicações, grande parte delas sem relação direta com a Copa, e apresentar esclarecimentos. Participaram desses encontros 3.101 pessoas representando 808 instituições.

O ministro lembrou que o Ban-co Nacional de Desenvolvimen-

to Econômico e Social (BNDES) fi nanciou R$ 4 bilhões e cidades e estados investiram outros R$ 4 bilhões na construção e refor-ma de estádios entre 2010 e 2014, enquanto o investimento de saúde e educação é de mais de R$ 800 bilhões no mesmo período. “Não havia sentido falar que a Copa estava sendo organizada em detrimento da saúde e da educação. No mesmo período investiu-se 100 vezes mais nestas duas áreas do que os gastos com a Copa”, disse Carvalho. Ele considerou a Copa como uma oportunidade e, nes-se sentido, citou investimentos de R$ 17,5 bi em infraestrutura para o Mundial.

Para Carvalho, o ganho de imagem e estímulo ao turismo são resultados positivos da re-alização da Copa do Mundo. Segundo o ministro, ao decidir sediar a Copa, o Brasil tinha ambição de mostrar ao mundo

um modelo de desenvolvimento com distribuição de renda, que tem uma cultura de paz e uma política econômica que permite que o País cresça de forma consistente, principalmente a renda dos trabalhadores, e uma democracia que se desenvolve para efetiva participação da sociedade. “Não perdemos em nenhum momento a nossa so-berania e nossa independência em relação à Fifa”.

MoradiasO ministro informou ainda

que dados ofi ciais do Governo Federal levantados junto às 12 cidades-sede da Copa do Mun-do da FIfa 2014 indicam que menos de 11 mil famílias, ou cerca de 35 mil pessoas, foram removidas de suas residências por causa de obras relaciona-das à realização do Mundial, anunciou Carvalho. E todas elas, ressaltou receberam assistên-

cia para se realocarem.O número fi cou bem abaixo

de projeções superestimadas de 250 mil pessoas que foram divulgadas durante mais de dois anos pelos Comitês Populares da Copa. Segundo o ministro, a ampla maioria das 35 mil pes-soas afetadas, especialmente as mais de 24 mil pessoas de baixa renda, já recebeu sua indenização ou foi contemplada com uma nova moradia.

Foram atendidas, de acordo com o ministro, principalmen-te por programas habitacionais desenvolvidos pelo Governo Fe-deral em parceria com governos estaduais e municipais. Assim, disse, elas vivem hoje em con-dições bem melhores às que viviam antes da Copa.

O ministro citou grandes eventos realizados recentemen-te no País, com destaque para a participação da sociedade. O primeiro deles foi a Rio+20, o

maior evento da história das Na-ções Unidas, em junho de 2012, que credenciou 45,4 mil pessoas de 193 países e teve o site da conferência acessada por mais de 50 milhões de pessoas inte-ressadas no debate ambiental. Paralelamente à Conferência, o governo brasileiro promoveu os eventos “Diálogos Sustentá-veis” e a “Cúpula dos Povos”.

Jornada MundialEle citou ainda a Jornada

Mundial da Juventude com o Papa Francisco, que reuniu 3,7 milhões de jovens no Rio de Janeiro, em julho de 2013; e a Net Mundial, o encontro Multis-setorial Global Sobre o Futuro da Governança da Internet, que contou com a presença física, além da virtual, de 1.229 par-ticipantes de 97 países, em São Paulo durante a Arena Net Mundial. Lembrou também do carnaval e do Rock in Rio.

‘Estamos aqui celebrando o que até agora ocorreu’ Ministro Gilberto Carvalho ressaltou que Copa do Mundo confi rmou que Brasil tem capacidade para organizar grandes eventos

Apesar da riva-lidade entre as

seleções, não foram registra-dos problemas

em Manaus

Torcidas contrá-rias celebraram nas arquibanca-das da Arena da

Amazônia em todos os jogos

Manaus foi uma das cida-des-sede mais elogiadas pela

participação na Copa do Mundo

FOTOS: ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

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Brasil deve se orgulhar do Mundial Após uma série de críti-

cas feitas nos últimos meses aos atrasos nas obras para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, o presidente do Comitê Olímpico Interna-cional (COI), Thomas Bach, disse ontem (11), depois de audiência com a presiden-te Dilma Rousseff , que está satisfeito com o andamento do cronograma. Bach elogiou também o sucesso da Copa do Mundo no Brasil.

“Pudemos constatar que os preparativos já avançaram bastante, após minha visita à presidente (Dilma) Rous-seff , poucos meses atrás, e agradecemos o nítido com-promisso da presidenta com o sucesso dos Jogos, ao dizer que o sucesso deles será uma grande prioridade para seu governo a partir de segunda-feira (14)”, disse o presidente do COI.

A dois dias da fi nal da Copa do Mundo, Bach disse que os brasileiros devem se orgu-lhar do sucesso do Mundial.

“Quero parabenizar o Brasil pela formidável organização da Copa do Mundo. O Brasil e os brasileiros podem se orgulhar da organização que fi zeram, que está sendo re-conhecida em todo o mundo.

Temos a absoluta certeza de que, daqui a 2 anos, teremos um excelente evento olímpico no Brasil e no Rio de Janeiro”, disse.

Depois de visitar na quinta-feira (10) as obras no Rio de

Janeiro, Thomas Bach classi-fi cou a Vila Olímpica de “fan-tástica”. “Ali será o coração das Olimpíadas, o coração do Brasil, nesses dias de Jo-gos Olímpicos. O que posso dizer é que a Vila Olímpica está mesmo fantástica, fi ca-mos muito empolgados com essa vila, o espaço que ela oferece, a vista que propor-ciona, a proximidade com o Parque Olímpico. Lá, como em vários outros (lugares), pudemos constatar grandes avanços”, afi rmou.

Alemão, o presidente do COI foi político ao falar sobre a fi nal da Copa do Mundo do-mingo (13), entre as seleções da Alemanha e da Argentina. “Vai ser uma grande fi nal. Todo jogo começa 0 a 0. Se eu soubesse isso (o placar), fi caria rico. A expectativa é que presenciemos uma ótima partida, e o melhor time (ven-ça) bem”, disse Bach. Para ele, a seleção alemã terá uma boa torcida no estádio domingo.

THOMAS BACH

Quero parabenizar o Brasil pela formi-dável organização

da Copa do Mundo. O Brasil e os bra-sileiros podem se

orgulhar

Thomas Bach, presidente do COI

Bach acredita que Olimpíadas do Rio também serão um sucesso, a exemplo da Copa

Uma Copa históricaCom a partida de hoje, Alemanha x Argentina será o confronto que mais se repetiu em decisões do Mundial

Além do bom futebol, muitos gols, partidas emocionantes, deci-didas no fi m e com

algumas viradas de placar, a Copa do Mundo de 2014 tam-bém está reservando para os amantes do futebol a quebra de marcas históricas. Após as semifi nais, quando Alemanha e Argentina se classifi caram para disputar o título amanhã (13), no Maracanã, novos re-cordes foram registrados.

Esta será a terceira vez que os dois países se enfrentarão em uma fi nal do torneio, a decisão que mais vezes acon-teceu na história, deixando para trás Brasil x Itália (1970 e 1994). O confronto também desempatará a disputa entre alemães e argentinos, já que em 1986 a taça fi cou com os sul-americanos (vitória por 3 x 2) e em 1990 quem levou a melhor foram os europeus

(1 x 0). Ao se classifi car, a Alemanha se tornou a equipe com mais presença em fi nais de Copas, oito, ultrapassando os brasileiros, que chegaram sete vezes à decisão.

ArtilheiroNa vitória de 7 x 1 sobre o

Brasil, o alemão Miroslav Klo-se se tornou o maior artilheiro da história dos Mundiais, com 16 gols, superando a marca anterior de Ronaldo “Fênome-no”, que anotou 15 vezes no torneio. Ao entrar em campo, o atacante se tornou o segun-do jogador que mais disputou partidas em Mundiais, ao lado do italiano Paolo Maldini, com 23 jogos, e atrás do compa-triota Lothar Matthäus, com 25 jogos. Com o resultado, a Alemanha também passou a ter o ataque mais positivo das Copas, com 223 gols, contra 221 do Brasil.

O placar, aliás, represen-tou vários recordes negativos para a seleção brasileira. Foi a maior goleada em uma semi-fi nal de Copa com formato eli-minatório, a maior que um país anfi trião já sofreu e a maior da história da equipe canarinho. Além disso, a defesa do time de Felipão igualou a pior marca do Brasil em Mundiais, com 11 gols sofridos, como em 1938. Argentina 0 x 0 Holanda tam-bém foi um resultado inédito numa semifi nal de Copa do Mundo. Nunca um placar tinha passado em branco nessa fase da competição.

Ao receber a fi nal da Copa do Mundo de 2014, o Maracanã, no Rio de Janeiro será o segun-do estádio a ter duas decisões de Mundiais – a primeira foi em 1950 – igualando-se ao estádio Azteca, no México, que sediou os duelos fi nais em 1970 e em 1986.

A disputa do terceiro lugar entre Brasil x Holanda hoje (12), em Brasília, será a quarta vez que a seleção brasileira entrará em campo para uma partida desse tipo. Até hoje, foram duas vitórias, 4 x 2 sobre a Suécia em 1938 e 2 x 1 contra a Itália em 1978, e uma derrota de 1 x 0 para a Polônia em 1974. Os holan-deses brigaram uma vez pela terceira colocação e perde-ram de 2 x 1 para a Croácia, em 1998. A Alemanha é o país que mais vezes disputou esta posição, tendo vencido quatro (1934; 1970; 2006 e 2010) dos cinco jogos (perdeu em 1958). Nos outros confrontos deste tipo, levaram a melhor:

Áustria (1954); França (1958); Chile (1962); Portugal (1966); Polônia (1982); França (1986); Itália (1990); Suécia (1994) e Turquia (2002).

Uma marca que durava 24 anos também foi ultrapassa-

da no Brasil. O goleiro colom-biano Faryd Mondragón se tornou o jogador mais velho a disputar uma Copa, com 43 anos e três dias, ao entrar em campo na vitória de seu país por 4 x 1 sobre o Japão, em 24 de junho. A marca anterior era do camaronês Roger Milla.

Em números gerais, a Copa do Mundo no Bra-sil pode ser a com maior número de gols anotados em uma mesma edição do torneio. Nos 62 confrontos do Mundial disputados até o momento, foram marcados 167 gols. Esta é a segunda maior marca, com quatro gols a menos do que a da Copa de 1998, na França.

Curiosidades da competiçãoCONFRONTOEsta será a terceira vez que Alemanha e Argentina se enfren-tarão em uma fi nal do torneio, a decisão que mais vezes aconteceu na história, deixando para trás Brasil x Itá-lia (1970 e 1994)

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Tira-teimas: é a terceira vez que as duas seleções decidem o título, com uma taça para cada lado

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ESPECIAL COPA 2014EDIÇÃO Michele GouvêaTricia Cabral

REPORTAGENS Bruno Mazieri, Deny Câncio, Emerson Qua-resnma, Isabella Siqueira, Raphael Lobato e Thiago Fernando,

REVISÃO Dernando MonteiroGracicleide Drummond

DIAGRAMAÇÃOLeonardo Cruz, Mario Henrique Silvae Marcelo Robert

TRATAMENTO DE IMAGENSAdriano Lima

Surpresa com recepção calorosaCatorze de julho de 1998.

Naquela data, uma terça-feira, a seleção brasileira desembarcou cedo em Bra-sília, por volta das 7h10, após ter vivido outro epi-sódio igualmente trauma-tizante de sua história: a derrota por 3 x 0 para a seleção francesa na fi nal da Copa do Mundo da França. Na capital, o time seria re-cebido no Palácio do Planal-to e, ao deixarem o avião, os jogadores e a comissão técnica notaram que havia dois carros do Corpo de Bombeiros prontos para levá-los ao encontro com o presidente Fernando Hen-rique Cardoso.

Assustados e receosos em relação a como os torcedores poderiam rea-gir após os 3 x 0 para a França, a seleção brasileira optou por seguir para o Pa-lácio do Planalto de ônibus, uma decisão que, depois, os jogadores se arrepen-

deriam. Desde a saída do aeroporto, o trajeto, que passou pelo Eixão Sul e Eixo Monumental, duas das principais vias de Brasília, foi marcado por uma recep-ção incrivelmente calorosa de cerca de 40 mil pessoas. Naquele dia, os brasilien-ses foram às ruas para receber com aplausos os vice-campeões mundiais e apoiar o time em um mo-mento de turbulência.

ImpressionadosA maneira como foram

tratados impressionou e, acima de tudo, marcou pro-fundamente os jogadores. “Confesso que quando vi o carro (aberto), fiquei com certo medo, pois não sabia como o torcedor iria reagir a uma derrota na final. De-pois que saí do aeroporto, me arrependi de ter tido receio de usar o carro aber-to. O que foi feito aqui em Brasília emocionou demais

a gente. Vários jogadores choraram muito. Foi bem mais marcante para mim do que a nossa recepção em 1994”, declarou o goleiro Taffarel, ao jornal “Correio Braziliense” naquele dia.

Quem também se pro-nunciou naquela data foi Dunga, o capitão do títu-lo mundial de 1994, que ressaltou o quão impres-sionado ficou com a ma-neira como a seleção foi recebida em Brasília. “O

receio passou pela cabeça de todos nós. Mas a tor-cida brasiliense deu uma demonstração enorme de carinho conosco. Foi uma forma muito humana de nos apoiar em um momen-to difícil. Quando a gente tiver momentos de crise e dificuldades, é só lembrar dessa torcida”, declarou Dunga à época.

Técnico da seleção bra-sileira na Copa de 1998, Zagallo foi mais longe e naquele 14 de julho resu-miu assim a experiência que viveu na capital: “Bra-sília lavou a nossa alma”. O ex-capitão da seleção brasileira, Cafu, foi um dos jogadores que desembar-caram em Brasília no dia 14 de julho de 1998. Ele re-cordou o carinho demons-trado pela seleção. “O que vivemos em Brasília depois que voltamos da Copa da França foi maravilhoso”, lembrou Cafu.

EM 1998

ÔNIBUSAssustados e receosos em relação a como os torcedores poderiam reagir, a seleção optou por seguir para o Palá-cio do Planalto de ôni-bus, uma decisão que, depois, os jogadores se arrependeriam

Jogadores se impressionaram com o carinho dos torce-dores na capital no dia 14 de julho de 1998

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‘A Alemanha é a equipe mais ajustada’, diz Zico

“Galinho” vai torcer pelos algozes do Brasil, embora admita que Messi

tenha capacidade de dar o título para a Argentina

O ex-craque e atual técnico de futebol Zico ficou chatea-do com a derrota

do Brasil por 7 x 1 para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo, como todo mundo. Mas a mágoa não vai impedi-lo de torcer para os algozes na final da compe-tição. O ídolo do Flamengo afirmou, durante solenidade de entrega do troféu da Copa Social, no Rio de Janeiro, que os alemães têm a melhor equipe do Mundial.

“Foi a primeira vez que tive de torcer contra o Flamengo, mas nem deu tempo”, brin-cou o “Galinho de Quintino” em alusão ao uniforme ru-bro-negro da seleção alemã na partida contra o Brasil. “A Alemanha é a equipe mais ajustada de todas na Copa do Mundo por ter espírito de conjunto e uma base há muitos anos”.

Zico alertou, no entanto, que a Argentina possui um dos maiores jogadores do mundo. E Messi é capaz de desestruturar qualquer defe-sa. “A Argentina só chegou a essa condição de finalista porque tem ele. Não tenho dúvidas de que, se não ti-vesse o Messi, teria sido difícil passar pela primeira fase. Se ele tivesse na Bós-nia, ganhava a Bósnia (no jogo de estreia). Se tivesse na Suíça (nas oitavas de final), ganhava a Suíça. A

Alemanha não tem um Mes-si”, analisou o treinador, que também enalteceu o fato de o time argentino ter ganhado muita capacidade defensiva nos dois últimos jogos.

Jogo duroO “Galinho” acredita que

será uma grande decisão. “Espero que seja um jogo incrível para coroar o que foi essa Copa do Mundo no Brasil. O público merece uma

grande partida e os torcedo-res da Argentina merecem por estarem acompanhando o time em toda parte”.

Para o ex-craque, o povo brasileiro deu uma demons-tração de receptividade ma-ravilhosa durante o evento. “A Copa foi boa muito por causa disso. Os jogadores de todo o mundo estavam muito felizes de estar aqui. Este sentimento vai se alas-trar pelo mundo inteiro, não tenho dúvidas. É um grande legado da Copa do Mundo realizada pelo Brasil”.

Zico ressalta as qualidades da equipe alemã, mas lembra que a Ar-gentina tem Messi

MESSIZico alertou, no en-tanto, que a Argen-tina possui um dos maiores jogadores do mundo. E Messi é ca-paz de desestruturar qualquer defesa

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