pódio - 10 de julho de 2014

12
Após 14 ano s, a seleção argentina volta a disputar uma final de Copa do Mundo. Essa é a primeira deci são desde que os hermanos contavam com o futebol de Maradona. Agora, Messi vai em busca de decretar uma nova era e igualar a marca do ídolo . Pódio E 4 e E5 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2014 [email protected]

Upload: amazonas-em-tempo

Post on 01-Apr-2016

219 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

TRANSCRIPT

de

Após 14 anos, a seleção argentina volta a disputar uma fi nal de Copa do Mundo. Essa é a primeira decisão desde que os hermanos contavam com o futebol de Maradona. Agora, Messi vai em busca de decretar uma nova era e igualar a marca do ídolo. Pódio E4 e E5

MANAUS, QUINTA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2014 [email protected]

E01 - PÓDIO.indd 8 9/7/2014 23:26:27

E2 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2014

CHARGE

HERÓIS DA COPA* MARCUS VINÍCIUS PESSOA

Considerado um dos atletas mais completos do futebol mundial, Ruud Gullit combinava velocidade, força, técnica e inteligência, sendo um dos primeiros jogadores com a caracter-ística de “Curinga”. Formou, ao lado de Rijkaard e Van Basten, a segunda geração de ouro do futebol holandês.

Jogou pelo Haarlem, Feyenoord e PSV Eindhoven, conseguindoa proeza de ser ídolo e conquistar títulos em todos eles. Após brilhar no futebol holandês durante toda a década de oitenta, Gullit se transferiu para o Milan, em 1987, ano em que ganhou todos os prêmios

individuais possíveis: Esportista do Ano da Holanda, de Jogador Mundial do ano pela Revista WorldSoccer e a Bola de Ouro.

Gullit comandou a Holanda na dis-puta da Eurocopa de 1988 e, ao lado de Van Basten ajudou a Holanda a conquistar o seu primeiro grande tí-tulo no futebol. Pelo Milan, junto com os compatriotas Van Basten e Frank Rijkaard, viveu umas dasfases mais vitoriosas da história de um clube de futebol, conquistando duas Copas dos Campeões da Uefa, duas a Supercopa da Uefa e dois Mundiais Interclubes.

Na seleção viveu duas decepções, sendo eliminado na copa de 90 sem vencer nenhum jogo e fi cando de fora da lista na Copa dos EUA. Em 1994 se transferiu para o Chelsea. No time Londrino atuou como jogador e técnico, levando o time ao título da Copa da Inglaterra de 1996/1997, ano em que anunciaria sua aposentadoria.

Desde então passou a se dedicar à carreira detécnico. Não ter conquistado uma Copa do Mundo foi a única de-cepção de sua carreira, fato que não ofusca o brilho de um dos maiores vencedores do futebol mundial.

RUUD GULLIT

* MARCUS VINÍCIUS PESSOA É REDATOR PUBLICITÁRIO

ARTILHARIA

Tabela da Copa do Mundo

6GOLS

JAMES RODRÍGUEZCOLÔMBIA

OITAVAS DE FINAL OITAVAS DE FINAL

54

SEGUNDA30/0617h00Porto Alegre - Beira-Rio

ALEMANHA

ARGÉLIA

2

1

53

SEGUNDA 30/0613h00Brasília - Mané Garrincha

FRANÇA

NIGÉRIA

2

049

SÁBADO 28/0613h00Belo Horizonte - Mineirão

BRASIL

CHILE

1

1

50

SÁBADO 28/0617h00Rio de Janeiro - Maracanã

COLÔMBIA

URUGUAI

2

0

52

DOMINGO 29/0617h00Recife - Arena Pernambuco

COSTA RICA

GRÉCIA

1

1

51

DOMINGO 29/0613h00Fortaleza - Castelão

HOLANDA

MÉXICO

2

155

TERÇA 01/0713h00São Paulo - Itaquerão

ARGENTINA

SUÍÇA

1

0

56

TERÇA 01/0717h00Salvador - Fonte Nova

BÉLGICA

ESTADOS UNIDOS

2

1

60

SÁBADO 05/0713h00Brasília - Mané Garrincha

ARGENTINA

BÉLGICA

1

0

58

SEXTA 04/07 13h00Rio de Janeiro - Maracanã

FRANÇA

ALEMANHA

0

1

QUARTAS DE FINAL

57

SEXTA 04/07 17h00Fortaleza - Castelão

BRASIL

COLÔMBIA

2

1

59

SÁBADO 05/07 17h00Salvador - Fonte Nova

HOLANDA

COSTA RICA

0

0

62

QUARTA 09/07 17h00São Paulo - Itaquerão

ARGENTINA

HOLANDA

0

0

SEMIFINAL

61

TERÇA 08/07 17h00Belo Horizonte - Mineirão

BRASIL

ALEMANHA

1

7

3º LUGAR FINAL

64

DOMINGO 13/07 16h00Rio de Janeiro - Maracanã

ALEMANHA

ARGENTINA

63

SÁBADO 12/07 17h00Brasília - Mané Garrincha

BRASIL

HOLANDA

PÊNALTIS: BRASIL 3 X 2 CHILE

PÊNALTIS: COSTA RICA 5 X 3 GRÉCIA

PÊNALTIS: HOLANDA 5 X 3 COSTA RICA

Paulo Vinícius CoelhoO tamanho do tombo

José Maria Marin e Marco Polo Del Nero foram os únicos a não aparecer no dia seguinte ao fi asco. Felipão e mais seis integrantes da comissão técnica deram as caras. No total, sete! Nada do que dissesse diminui-ria o impacto do que já é chamado no mundo de o maior vexame da história do futebol.

É preciso criar um fato novo! Ir à procura de Pep Guardiola ou de alguém com experiência na Europa. Alguma coisa precisa acontecer. Verdade que não é só o Brasil quem anda precisando refletir sobre

seu futebol.Qual tombo é maior? O da Itália

eliminada nas duas últimas Copas na primeira fase? Ou o do Brasil, humi-lhado em sua própria casa? A Itália fi cou atrás de Paraguai, Eslováquia e Nova Zelândia, quatro anos atrás, e da Costa Rica em 2014. O Brasil escalou degraus até a semifi nal, como não fazia havia doze anos, e do alto, desabou! O tombo é muito maior! O resultado é melhor, mas a repercussão insuperável!

Sofrer 7 a 1 é como ser pego no ato da infi delidade com batom na

cueca. Não tem o que dizer!Ainda assim é possível detectar

a causa mortis.Felipão e Parreira voltaram a fa-

lar em pane nos seis minutos com quatro gols sofridos. Ah, se não fosse o apagão! Talvez a derrota fosse menos cruel: 3 x 1 para a Alemanha, quem sabe... Eliminação do mesmo jeito.

O apagão teve causas táticas, su-miço de posse de bola, e emocionais, ausência das referências.

A seleção teve outros apa-gões. Alguns pela falta de pas-

ses, de meio-de-campo, outros por puro desespero.

Parreira era o técnico da posse de bola, diz que esta geração não tem passadores, mas admite que Hernanes sabe passar - jogou 35 minutos na Copa.

Felipão sempre foi o treinador da motivação e não conseguiu tirar a afl ição do elenco. Em 2006, o Brasil perdeu a Copa por falta de compro-metimento. Em 2014, com excesso de vontade e overdose de apagões. Sem pôr o pé em cima da bola, o último apagão foi defi nitivo.

COLUNISTA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO

É preciso criar um fato novo! Procurar Guardiola ou alguém com experiência na Europa Parreira era o téc-nico da posse de bola, diz que esta geração não tem passadores, mas admite que Herna-nes sabe passar - jogou 35 minutos na Copa

PÊNALTIS: ARGENTINA 4 X 2 HOLANDA

E02 - PÓDIO.indd 2 9/7/2014 22:56:36

E3MANAUS, QUINTA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2014

Princesa se prepara Técnico Charles Guerreiro realizou mais um coletivo ontem e provável time titular começa a ser desenhado por ele

No mesmo horário em que Argentina e Ho-landa decidiam na Arena Corinthians,

em São Paulo (SP), quem se-ria o adversário da Alema-nha na fi nal, o Princesa do Solimões realizava mais um treinamento. Desta vez, o time de Manacapuru trabalhou no estádio da Colina, localizado no bairro São Raimundo, Zona Oeste de Manaus.

Sob o comando de Charles Guerreiro, o Princesa aprovei-tou o bom gramado da Colina para testar o time que deve estrear no dia 20, em Macapá, contra a equipe do Santos, em partida válida pela pri-meira rodada da Série D. Sem baixas por questões físicas, o treinador alvirrubro teve todos os jogadores a sua disposição e treinou várias situações de jogo com a equipe.

“A gente vem trabalhando, apesar de encontrar um pouco de difi culdade com campo, já que o estádio de Manacapuru está praticamente interdita-do por conta da obra, que era para começar e não começou. Tiraram o gramado e infeliz-mente nós estamos com esse tipo de difi culdade. Tem o desgaste de você vir de lá para cá fazer o treinamento, mas vale a pena pela condição do gramado, que é padrão Fifa”, avaliou Guerreiro.

Sem tempo para lamenta-ções, o treinador já deu indí-cios do time que deve estrear diante Santos-AP e iniciou o coletivo com Paulo Wanzeler, Magno, Lídio, Bruno, Gelvane; Amaral, Deurick, Michell Parin-tins, Flamel; Branco e Somália. No decorrer da movimentação, Guerreiro realizou diversas tro-cas. O time titular venceu por 2 a 1, com gols de Branco e Deurick para os titulares e Bruno marcou contra o único gol dos reservas.

“Estava programado um amistoso contra o Paysandu na sexta-feira e foi cancelado. A programação era a gente fazer um coletivo hoje (ontem) e co-meçar a montar a equipe. Tem jogadores que estão chegan-do, contratamos e mantemos a base daqui. Agora é começar a montar a equipe da estreia diante do Santos-AP, montar um time forte para alcançar o objetivo que é colocar o Princesa na Série C”, apontou

o treinador alvirrubro.O diretor de futebol do Prin-

cesa do Solimões, Raphael Maddy, lamenta as difi culda-des enfrentadas pela equipe. De acordo com ele, o time realizará partidas somente fora de casa, uma vez que o estádio Gilbertão continua interditado por conta da re-forma no gramado.

“A missão do Princesa é difícil, nós tínhamos um pon-to muito favorável que era o Gilbertão, com o apoio da nossa torcida, no calor do nosso estádio, onde estamos acostumados a treinar e isso nos foi tirado. Mas a gente vai procurar esquecer esse lado aí, trabalhar muito e treinar aqui, pois o campo solicitado para ser nossa segunda casa foi a Colina”, disse Maddy, que espera contar com o apoio da torcida de Mana-capuru e de Manaus.

Apesar de já ter contrata-do nove jogadores, Maddy não descarta a possibili-dade de chegarem novos reforços antes da Série D. Na tarde de ontem, ele anunciou a aquisição do zagueiro Leandro Cami-lo, um pedido do técnico Charles Guerreiro ao assu-mir o comando da equipe. Contudo, alguns atletas do atual elenco alvirrubro po-dem deixar o clube.

“Nós temos 29 atletas e se você analisar tem dois por posição, mas a gente precisa de mais qualidade. O Princesa vai disputar uma competição que to-dos os clubes querem o acesso e conosco não é di-

ferente. Independente da nossa situação fi nanceira, que não é muito boa, mas tudo está em dia. Vamos trabalhar, sim, para trazer peças de valores. Agora há pouco acabamos de acertar com o Leandro Ca-milo”, divulgou Maddy.

IndicaçõesSegundo o diretor de

futebol alvirrubro, com a realização dos treinamen-tos, Guerreiro terá condi-ções de detectar algum tipo de carência do elenco e apontar caminhos para solucioná-los. Para Ma-ddy, caberá à diretoria trabalhar para atender o pedido do treinador.

Mais reforços podem chegar

DEBUTANTEEsta é a primeira vez que o time do Princesa do Solimões disputa o Campeonato Brasileiro da Série D. A equipe do interior garantiu vaga ao conquistar o título amazonense de 2013, em cima do Nacional

Nome: Paulo WanzelerPosição: GoleiroIdade: 26Altura: 1,83 cmPeso: 83 kgClubes: Time Negra-PA, Paysandu-PA, América-RJ, River Plate-SE, Braganti-no-SP, Tuna Luso-PA, Pa-ragominas-PA

Nome: DouglasPosição: GoleiroIdade: 20Altura: 1,85 cmPeso: 78 kgClubes: Holanda-AM

Nome: MagnoPosição: Lateral direitoIdade: 28Altura: 1,70 cmPeso: 66 kgClubes: Baraúnas-RN, Ale-crim-RN, Coríntians-RN, ASSU-RN, Paragominas-PA, Gavião Kyikatêjê-PA,

Nome: BrunoPosição: ZagueiroIdade: 26Altura: 1,81 cmPeso: 78 kgClubes: Remo-PA, Ananin-deua-PA, Tuna Luso-PA, Time Negra-PA, Oratório-AP, Ypi-ranga-AP, Santos-AP.

Nome: Leandro CamiloPosição: ZagueiroIdade: 28Altura: 1,90 cmPeso: 86 kgClubes: Marília-SP, Ce-ará-CE, Pelita Bandung Raya-IND, Santa Cruz-PE, Campinense-PB, Paysan-du-PA, São Bernardo-SP, Comercial-SP, Brasiliense-DF, Boa Esporte-MG, Rio Branco-AC, Audax-RJ.

Nome: GelvanePosição: Lateral esquerdoIdade: 28Altura: 1,75 cmPeso: 77 kgClubes: Audax-RJ, Portu-guesa-RJ, Fluminense de Feira-BA, Santa Rita-AL, Boca Júnior-SE, Juazeiren-se-BA, Galícia-BA, Inter de Lages-SC, Sampaio Cor-rêa-MA

Nome: LourinhoPosição: MeiaIdade: 27Altura: 1,63 cmPeso: 66 kgClubes: Paragominas-PA, Castanhal-PA

Nome: FlamelPosição: MeiaIdade: 30Altura: 1,69 cmPeso: 67 kgClubes: Tuna Luso-PA, Ica-sa-CE, Paysandu-PA, Treze-PB, Águia-PA, Ananindeua-PA, Flamengo-RJ, Olaria-RJ, São Raimundo-PA, Santa Helena-GO, Castanhal-PA, Confi ança-SE, Parauape-bas-PA, Santa Cruz-PA, Fer-roviário-CE, Itabaiana-SE

Nome: SomáliaPosição: AtacanteIdade: 37Altura: 1,89 cmPeso: 78 kgClubes: América-MG, Celje-ESL, Feyenoord-HOL, Ex-celsior-HOL, São Caetano-SP, Al Hilal-ARA, Goiás-GO, Grêmio-RS, Busan-COR, Fluminense-RJ, Náutico-PE, Brasiliense-DF, Duque de Caxias-RJ, Figueirense-SC, Boavista-RJ, Ipatinga-MG, Bonsucesso-RJ.

Reforços para a série D

A pouco mais de um mês no Princesa do Solimões, o experiente atacante So-mália ainda está em fase de adaptação no futebol amazonense. Aos 37 anos, Wanderson de Paula Sabi-no, nome de batismo do jogador, disse estar feliz e surpreso com Manaca-puru e Manaus.

“Me surpreendeu, porque a gente que é lá do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo e outros lugares mais, não temos a visão de quando se chega aqui, até porque para nós que moramos lá aqui só tem índio, água e peixe. Pelo contrário, aqui tem muitas

pessoas do bem. Uma coisa que surpreendeu bastante é a capacidade da cidade ser grande, mas ser boa e hospitaleira, então eu es-tou muito bem, graças a Deus estou muito feliz, até mesmo em Manacapuru que me recebeu de braços abertos e me acolheu bem”, relatou Somália.

O centroavante, que já conquistou o campeonato holandês pelo Feyenoord em 1999, o campeonato paulista pelo São Caetano em 2004, promete suar a camisa e fa-zer os gols necessários para colocar o Princesa na Série C do Brasileirão, juntamente com o restante do grupo.

Somália surpreso com cidade

para estreia na Série D

O atacante Somália foi a principal contratação fei-ta pela diretoria do Prin-cesa do Solimões para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série D

ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

E03 - PÓDIO.indd 3 9/7/2014 23:28:59

E4 E5MANAUS, QUINTA, 10 DE JULHO DE 2014

Argentina vence e faz revanchecontra AlemanhaHá 198 anos, a Argentina

proclamou a independên-cia do domínio espanhol. No mesmo 9 de julho, mas em

2014 e em terras brasileiras, o país se tornou independente de quem, na verdade, o orgulha. Na arena Corinthians, a seleção fi cou no 0 a 0 com a Holanda no tempo normal e na prorrogação. Nos pênaltis, che-gou pela primeira vez a uma fi nal de Copa desde a aposentadoria do eterno ídolo Maradona. Agora com Messi, melhor jogador do mundo em quatro oportunidades, pode escrever uma nova história de seu futebol e marcar de vez o nome do camisa 10 da atual seleção na história.

Em 1990, na Itália, Maradona levou o país à decisão. Ontem (9), a Argen-tina não precisou nem de Messi, já que o agora herdeiro da camisa 10 e da faixa de capitão não acertou quase nada no jogo, a não ser ao converter sua penalidade. O golei-ro Romero, porém, foi sufi ciente, defendendo as cobranças de Vlaar e Sneijder e garantindo vitória na disputa por 4 a 2.

Durante os 120 minutos anteriores aos pênaltis, o que se viu foi um duelo tático, cheio de marcação e com pouco espaço para Messi e Robben mostrarem por que são candidatos a craque do torneio. No fi m do tempo normal, contudo, Mascherano virou herói ao dar carrinho e bloquear chute de Robben na pequena área. Como também faltou efi ciência nos pênaltis, cabe a Holanda disputar o terceiro lugar às 16h (de Ma-naus) no sábado, no Mané Garrincha, contra o Brasil.

No domingo, é a vez de os argen-tinos tentarem voltar a ser campe-ões mundiais a partir das 15h, no Maracanã. A divindade atribuída a Maradona é lembrada até hoje em canções das torcidas e explica a presença do país na fi nal de 24 anos atrás diante da Alemanha, que celebrou seu tricampeonato. Agora, diante do mesmo adversário, cabe à seleção de Messi se vingar da frus-tração de Maradona na Itália.

O jogo Argentina e Holanda escolheram

estratégias diferentes para anular o astro adversário. Enquanto Louis Van Gaal ordenou a De Jong que não fi casse nunca a mais de dois metros de Messi, Alejandro Sabella cum-priu sua promessa de aproximar laterais e zagueiros para não dar espaço para as arran-cadas de Robben.

Os coadjuvantes eram exemplos de obediência a esquemas táticos. Os sul-ameri-canos tinham em Mas-cherano o comando da sa-ída de bola. O volante virou terceiro zagueiro diversas vezes para soltar Zabaleta e Rojo como alas. Mesmo quando não tinha a bola, ordena-va aos colegas que adiantassem a marcação e, também, valorizassem a posse, sem se desesperar.

O problema era achar espaço na frente. De Jong, se precisasse, rece-bia a ajuda de mais ou dois compa-nheiros para acompanhar Messi, que não conseguia ser mais efetivo no jogo mesmo com toques de primeira para dar dinâmica à sua seleção, que não tem um meia de criação. Pelos lados, Kuyt e Blind corriam para alternar o esquema do 5-3-2 para o 3-5-2.

Os laranjas, por sua vez, tinham Robben bem anulado e Sneijder só tinha a passagem de Wijnaldum como opção, já que Van Persie se mostrava bem confortável diante da marcação adversária, não se mexendo para aparecer nas costas da zaga, como fez com perfeição

ao fazer um golaço de peixinho na estreia da Copa, sobre a Espanha.

Nesse duelo tático, os times se me-xiam em bloco de uma intermediária a outra, sem conseguir espaço para fi nalizar ou levar perigo. O primeiro perigo só veio aos 12 minutos, quan-do Mascherano errou saída de bola e Kuyt ajeitou para Sneijder fi nalizar perto do gol de Romero. Do outro lado, Romero foi parado com falta e Messi cobrou forte, nas mãos de Cillessen, aos 14.

O goleiro holandês despertou risos ao dar um drible humilhante em Higuaín dentro da área.

Segunda etapa O time laranja voltou do intervalo

com Janmaat, com gás para mar-car e atacar mais. Kuyt passou a jogar na ala esquerda e Blind virou zagueiro. O esquema não mudou, mas as novas peças permitiam à Holanda marcar mais na frente e difi cultar o toque de bola argentino, que já não encontrava mais Lavezzi à disposição para criar problemas pela direita.

Robben não conseguiu arrancar nem Van Persie aparecia, mas os europeus tinham o domínio do jogo por verem que a Argentina só tentava atacar forçando jogadas individuais, e até Messi era desarmado com tran-quilidade. Van Gaal, então, priorizou o toque de bola, trocando o cansado De Jong por Clasie.

Até que, aos 45 minutos, Robben teve a sua primeira chance real. A Holanda tocou a bola até Sneijder tabelar com o atacante e ajeitar de calcanhar para o camisa 11 na área, demorar a fi nalizar e, já de frente para Romero, parar em impressio-nante recuperação de Mascherano, autor de carrinho que salvou seu país na pequena área.

Sabella gastou sua última substi-tuição, trocando o esgotado Lavezzi por Maxi Rodriguez. O meia, contudo, virou um dos sete ou oito jogadores que fi cavam atrás da linha da bola para ver o toque de bola holandês. Os sul-americanos não apostavam em nada além de contra-ataques, todos inefi cientes.

Mas, em meio ao cansaço dos dois times, Palacio aos nove minutos da última etapa do jogo, sozinho na grande área, cabeceou a bola nas mãos de Cillessen.

Nas cobranças, con-tudo, nenhum argentino ajudou o arqueiro europeu, que viu Messi, Garay, Aguero e Maxi Rodriguez balançarem as suas redes. Do outro lado, Romero parou Vlaar e Sneijder para ga-rantir um sul-americano em decisão de Copa pela primeira vez desde 2002, quando o Brasil foi penta-campeão.

Seleção capitaneada por Messi volta a uma final de Mundial após 24 anos e enfrenta o mesmo algoz da Copa de 1990, na Itália contra Alemanhacontra Alemanhaá 198 anos, a Argentina

proclamou a independên-cia do domínio espanhol. No mesmo 9 de julho, mas em

2014 e em terras brasileiras, o país se tornou independente de quem, na verdade, o orgulha. Na arena Corinthians, a seleção fi cou no 0 a 0 com a Holanda no tempo normal e na prorrogação. Nos pênaltis, che-gou pela primeira vez a uma fi nal de Copa desde a aposentadoria do eterno ídolo Maradona. Agora com Messi, melhor jogador do mundo em quatro oportunidades, pode escrever uma nova história de seu futebol e marcar de vez o nome do camisa 10 da atual seleção na história.

Em 1990, na Itália, Maradona levou o país à decisão. Ontem (9), a Argen-tina não precisou nem de Messi, já que o agora herdeiro da camisa 10 e da faixa de capitão não acertou quase nada no jogo, a não ser ao converter sua penalidade. O golei-ro Romero, porém, foi sufi ciente, defendendo as cobranças de Vlaar e Sneijder e garantindo vitória na

Durante os 120 minutos anteriores aos pênaltis, o que se viu foi um duelo tático, cheio de marcação e com pouco espaço para Messi e Robben mostrarem por que são candidatos a craque do torneio. No fi m do tempo normal, contudo, Mascherano virou herói ao dar carrinho e bloquear chute de Robben na pequena área. Como também faltou efi ciência nos pênaltis, cabe a Holanda disputar o terceiro lugar às 16h (de Ma-naus) no sábado, no Mané Garrincha,

No domingo, é a vez de os argen-tinos tentarem voltar a ser campe-ões mundiais a partir das 15h, no Maracanã. A divindade atribuída a Maradona é lembrada até hoje em canções das torcidas e explica a presença do país na fi nal de 24 anos atrás diante da Alemanha, que celebrou seu tricampeonato. Agora, diante do mesmo adversário, cabe à seleção de Messi se vingar da frus-tração de Maradona na Itália.

Argentina e Holanda escolheram estratégias diferentes para anular o astro adversário. Enquanto Louis Van Gaal ordenou a De Jong que não fi casse nunca a mais de dois metros de Messi, Alejandro Sabella cum-priu sua promessa de aproximar laterais e zagueiros para não dar espaço para as arran-

obediência a esquemas táticos. Os sul-ameri-canos tinham em Mas-cherano o comando da sa-ída de bola. O volante virou terceiro zagueiro diversas vezes para soltar Zabaleta e Rojo como alas. Mesmo quando não tinha a bola, ordena-va aos colegas que adiantassem a marcação e, também, valorizassem a posse, sem se desesperar.

O problema era achar espaço na frente. De Jong, se precisasse, rece-bia a ajuda de mais ou dois compa-nheiros para acompanhar Messi, que não conseguia ser mais efetivo no jogo mesmo com toques de primeira para dar dinâmica à sua seleção, que não tem um meia de criação. Pelos lados, Kuyt e Blind corriam para alternar o esquema do 5-3-2

Os laranjas, por sua vez, tinham Robben bem anulado e Sneijder só tinha a passagem de Wijnaldum como opção, já que Van Persie se mostrava bem confortável diante da marcação adversária, não se mexendo para aparecer nas costas da zaga, como fez com perfeição

ao fazer um golaço de peixinho na estreia da Copa, sobre a Espanha.

Nesse duelo tático, os times se me-xiam em bloco de uma intermediária a outra, sem conseguir espaço para fi nalizar ou levar perigo. O primeiro perigo só veio aos 12 minutos, quan-do Mascherano errou saída de bola e Kuyt ajeitou para Sneijder fi nalizar perto do gol de Romero. Do outro lado, Romero foi parado com falta e Messi cobrou forte, nas mãos de Cillessen, aos 14.

O goleiro holandês despertou risos ao dar um drible humilhante em Higuaín dentro da área.

Segunda etapaO time laranja voltou do intervalo

com Janmaat, com gás para mar-car e atacar mais. Kuyt passou a jogar na ala esquerda e Blind virou zagueiro. O esquema não mudou, mas as novas peças permitiam à Holanda marcar mais na frente e difi cultar o toque de bola argentino, que já não encontrava mais Lavezzi à disposição para criar problemas pela direita.

Robben não conseguiu arrancar nem Van Persie aparecia, mas os europeus tinham o domínio do jogo por verem que a Argentina só tentava atacar forçando jogadas individuais, e até Messi era desarmado com tran-quilidade. Van Gaal, então, priorizou o toque de bola, trocando o cansado De Jong por Clasie.

Até que, aos 45 minutos, Robben teve a sua primeira chance real. A Holanda tocou a bola até Sneijder tabelar com o atacante e ajeitar de calcanhar para o camisa 11 na área, demorar a fi nalizar e, já de frente para Romero, parar em impressio-nante recuperação de Mascherano, autor de carrinho que salvou seu país na pequena área.

Sabella gastou sua última substi-tuição, trocando o esgotado Lavezzi por Maxi Rodriguez. O meia, contudo, virou um dos sete ou oito jogadores que fi cavam atrás da linha da bola para ver o toque de bola holandês. Os sul-americanos não apostavam em nada além de contra-ataques, todos inefi cientes.

Mas, em meio ao cansaço dos dois times, Palacio aos nove minutos da última etapa do jogo, sozinho na grande área, cabeceou a bola nas mãos de Cillessen.

Nas cobranças, con-tudo, nenhum argentino ajudou o arqueiro europeu, que viu Messi, Garay, Aguero e Maxi Rodriguez balançarem as suas redes. Do outro lado, Romero parou Vlaar e Sneijder para ga-rantir um sul-americano em decisão de Copa pela primeira vez desde 2002, quando o Brasil foi penta-campeão.

final de Mundial após 24 anos e enfrenta o mesmo algoz da Copa de 1990, na Itália

Romero foi o herói argentino ao defender duas cobranças de pênaltis con-tra a Holanda

FICHA TÉCNICAHOLANDAARGENTINA

Local:

Árbitro:

Estádio de Itaque-ra, em São Paulo (SP) Cuneyt Cakir (Turquia)

Holanda: Cillessen; De Vrij, Vlaar e Martins Indi (Janmaat); Kuyt, De Jong (Clasie), Wijnal-dum, Sneijder e Blind; Robben e Van Persie (Huntelaar)Técnico: Louis Van Gaal

Argentina: Romero; Zabale-ta, Demichelis, Garay e Rojo; Mascherano e Biglia; Pérez (Palacio), Messi e Lavezzi (Maxi Rodríguez); Higuaín (Aguero)Técnico: Alejandro Sabella

Cartões: amarelos: Martins Indi e Huntelaar (HOL); Demi-chelis (ARG)

24

Robben e Kuyt converteram para a Holanda; Vlaar e Sneijder desperdiçaram

Messi, Garay, Aguero e Maxi Rodríguez converteram para a Argentina

Penalidades:

Jogadores comemoram volta à fi nal de Copa após 24 anos de jejum

MAR

CELO

FER

RELL

I/G

AZET

A PR

ESS

FERN

ANDO

SO

UTEL

LO/G

AZET

A

Contestado pelos torcedores

alvicelestes, o go-leiro Sergio Romero teve sua redenção

na tarde ontem (9). O arqueiro defendeu dois pênaltis e ajudou a Argen-

tina a vencer a Holanda. Entretanto, quando ques-tionado sobre o segredo para defender as cobran-ças, Romero mostrou sin-ceridade e bom humor.

“Na verdade, é sorte. Essa é a realidade que as pessoas precisam en-tender. Um goleiro pode acertar o canto e tocar na bola, mas não conseguir defender, como ocorreu hoje (na cobrança de Maxi

Rodríguez, que Cillessen espalmou, mas não evitou o tento). Porém, eu tam-bém tinha muita confian-ça no trabalho e agradeço a Deus por ter corrido tudo bem”, disse.

Em seguida, o arqueiro falou sobre o merecimento dos comandados de Ale-jandro Sabella na cami-nhada até a decisão.

“Nossa esperança está intacta. E sempre disse que nada vem de graça. Aqui na Argentina nos matamos durante os treinamentos e buscamos fazer o mesmo em campo. Agora, vamos desfrutar da vitória, mas amanhã já pensaremos na Alemanha”, resumiu.

Sorte é o segredo para pegar pênaltis

A Argentina vai reen-contrar uma velha conhe-cida na decisão da Copa do Mundo de 2014. É a terceira vez que a seleção sul-americana enfrenta a Alemanha em uma final de Mundial.

Até aqui, o equilíbrio impera, com uma vitória para cada lado. Por isso, o jogo do próximo domingo (13) no Maracanã será um tira-teima .

O primeiro encontro foi no estádio Azteca, na Cidade do México. José Luis Brown colocou a Argentina na fren-

te no primeiro tempo. De-pois do intervalo, Jor-

ge Valdano dobrou a vantagem.

Os alemães não desani-maram e na base da gar-ra, Karl-Heinz Rummenigge e Rudi Völler marcaram em um período de

seis minutos. Entretanto, bastou um momento de descuido para Maradona decidir. Aos 38, ele lançou Jorge Burruchaga nas cos-tas da zaga e o atacante fez o gol do segundo título da Argentina.

A revancheQuatro anos depois, o

destino da Copa foi de-cidido novamente pelas duas equipes. Dessa vez, em Roma. A Argentina não tinha o mesmo brilho, mas ainda contava com Mara-dona. Foi a oportunidade que a Alemanha precisava para dar o troco.

Em um jogo tenso e mais brigado do que jogado, os sul-americanos tiveram dois atletas expulsos. A partida foi decidida ape-nas no fi m, quando o ár-bitro marcou um pênalti polêmico. Andreas Brehme converteu e a Alemanha se igualou a Brasil e Itália como tri.

Argentina e Alemanha é a fi nal mais repetida em Copas do Mundo

Não será desta vez que a Holanda conquistará o seu primeiro título de Copa do Mundo. Apontado como destaque do Mundial, o meia Robben não escondeu a frustração, mas analisou o desempenho holandês com bons olhos.

“Tivemos que fazer mu-danças rápidas durante o jogo, mas nos adaptamos e construímos um bom de-sempenho. É difícil falar, pois todos nós estamos

decepcionados. É chato demais sair assim”, disse.Porém, ao ser perguntado sobre a ausência do golei-ro Krul, grande destaque do triunfo sobre a Cos-ta Rica, na fase interior, também nas penalidades máximas, o camisa 11 pre-feriu se resguardar.

“Não dá para apontar culpados neste momento. A Holanda é muito unida. Se ganhar, todo mundo ganha, e vice-versa”, concluiu.

Robben elogia desempenho laranja

E_04_E05 - PÓDIO.indd 3-4 9/7/2014 23:24:16

E4 E5MANAUS, QUINTA, 10 DE JULHO DE 2014

Argentina vence e faz revanchecontra AlemanhaHá 198 anos, a Argentina

proclamou a independên-cia do domínio espanhol. No mesmo 9 de julho, mas em

2014 e em terras brasileiras, o país se tornou independente de quem, na verdade, o orgulha. Na arena Corinthians, a seleção fi cou no 0 a 0 com a Holanda no tempo normal e na prorrogação. Nos pênaltis, che-gou pela primeira vez a uma fi nal de Copa desde a aposentadoria do eterno ídolo Maradona. Agora com Messi, melhor jogador do mundo em quatro oportunidades, pode escrever uma nova história de seu futebol e marcar de vez o nome do camisa 10 da atual seleção na história.

Em 1990, na Itália, Maradona levou o país à decisão. Ontem (9), a Argen-tina não precisou nem de Messi, já que o agora herdeiro da camisa 10 e da faixa de capitão não acertou quase nada no jogo, a não ser ao converter sua penalidade. O golei-ro Romero, porém, foi sufi ciente, defendendo as cobranças de Vlaar e Sneijder e garantindo vitória na disputa por 4 a 2.

Durante os 120 minutos anteriores aos pênaltis, o que se viu foi um duelo tático, cheio de marcação e com pouco espaço para Messi e Robben mostrarem por que são candidatos a craque do torneio. No fi m do tempo normal, contudo, Mascherano virou herói ao dar carrinho e bloquear chute de Robben na pequena área. Como também faltou efi ciência nos pênaltis, cabe a Holanda disputar o terceiro lugar às 16h (de Ma-naus) no sábado, no Mané Garrincha, contra o Brasil.

No domingo, é a vez de os argen-tinos tentarem voltar a ser campe-ões mundiais a partir das 15h, no Maracanã. A divindade atribuída a Maradona é lembrada até hoje em canções das torcidas e explica a presença do país na fi nal de 24 anos atrás diante da Alemanha, que celebrou seu tricampeonato. Agora, diante do mesmo adversário, cabe à seleção de Messi se vingar da frus-tração de Maradona na Itália.

O jogo Argentina e Holanda escolheram

estratégias diferentes para anular o astro adversário. Enquanto Louis Van Gaal ordenou a De Jong que não fi casse nunca a mais de dois metros de Messi, Alejandro Sabella cum-priu sua promessa de aproximar laterais e zagueiros para não dar espaço para as arran-cadas de Robben.

Os coadjuvantes eram exemplos de obediência a esquemas táticos. Os sul-ameri-canos tinham em Mas-cherano o comando da sa-ída de bola. O volante virou terceiro zagueiro diversas vezes para soltar Zabaleta e Rojo como alas. Mesmo quando não tinha a bola, ordena-va aos colegas que adiantassem a marcação e, também, valorizassem a posse, sem se desesperar.

O problema era achar espaço na frente. De Jong, se precisasse, rece-bia a ajuda de mais ou dois compa-nheiros para acompanhar Messi, que não conseguia ser mais efetivo no jogo mesmo com toques de primeira para dar dinâmica à sua seleção, que não tem um meia de criação. Pelos lados, Kuyt e Blind corriam para alternar o esquema do 5-3-2 para o 3-5-2.

Os laranjas, por sua vez, tinham Robben bem anulado e Sneijder só tinha a passagem de Wijnaldum como opção, já que Van Persie se mostrava bem confortável diante da marcação adversária, não se mexendo para aparecer nas costas da zaga, como fez com perfeição

ao fazer um golaço de peixinho na estreia da Copa, sobre a Espanha.

Nesse duelo tático, os times se me-xiam em bloco de uma intermediária a outra, sem conseguir espaço para fi nalizar ou levar perigo. O primeiro perigo só veio aos 12 minutos, quan-do Mascherano errou saída de bola e Kuyt ajeitou para Sneijder fi nalizar perto do gol de Romero. Do outro lado, Romero foi parado com falta e Messi cobrou forte, nas mãos de Cillessen, aos 14.

O goleiro holandês despertou risos ao dar um drible humilhante em Higuaín dentro da área.

Segunda etapa O time laranja voltou do intervalo

com Janmaat, com gás para mar-car e atacar mais. Kuyt passou a jogar na ala esquerda e Blind virou zagueiro. O esquema não mudou, mas as novas peças permitiam à Holanda marcar mais na frente e difi cultar o toque de bola argentino, que já não encontrava mais Lavezzi à disposição para criar problemas pela direita.

Robben não conseguiu arrancar nem Van Persie aparecia, mas os europeus tinham o domínio do jogo por verem que a Argentina só tentava atacar forçando jogadas individuais, e até Messi era desarmado com tran-quilidade. Van Gaal, então, priorizou o toque de bola, trocando o cansado De Jong por Clasie.

Até que, aos 45 minutos, Robben teve a sua primeira chance real. A Holanda tocou a bola até Sneijder tabelar com o atacante e ajeitar de calcanhar para o camisa 11 na área, demorar a fi nalizar e, já de frente para Romero, parar em impressio-nante recuperação de Mascherano, autor de carrinho que salvou seu país na pequena área.

Sabella gastou sua última substi-tuição, trocando o esgotado Lavezzi por Maxi Rodriguez. O meia, contudo, virou um dos sete ou oito jogadores que fi cavam atrás da linha da bola para ver o toque de bola holandês. Os sul-americanos não apostavam em nada além de contra-ataques, todos inefi cientes.

Mas, em meio ao cansaço dos dois times, Palacio aos nove minutos da última etapa do jogo, sozinho na grande área, cabeceou a bola nas mãos de Cillessen.

Nas cobranças, con-tudo, nenhum argentino ajudou o arqueiro europeu, que viu Messi, Garay, Aguero e Maxi Rodriguez balançarem as suas redes. Do outro lado, Romero parou Vlaar e Sneijder para ga-rantir um sul-americano em decisão de Copa pela primeira vez desde 2002, quando o Brasil foi penta-campeão.

Seleção capitaneada por Messi volta a uma final de Mundial após 24 anos e enfrenta o mesmo algoz da Copa de 1990, na Itália contra Alemanhacontra Alemanhaá 198 anos, a Argentina

proclamou a independên-cia do domínio espanhol. No mesmo 9 de julho, mas em

2014 e em terras brasileiras, o país se tornou independente de quem, na verdade, o orgulha. Na arena Corinthians, a seleção fi cou no 0 a 0 com a Holanda no tempo normal e na prorrogação. Nos pênaltis, che-gou pela primeira vez a uma fi nal de Copa desde a aposentadoria do eterno ídolo Maradona. Agora com Messi, melhor jogador do mundo em quatro oportunidades, pode escrever uma nova história de seu futebol e marcar de vez o nome do camisa 10 da atual seleção na história.

Em 1990, na Itália, Maradona levou o país à decisão. Ontem (9), a Argen-tina não precisou nem de Messi, já que o agora herdeiro da camisa 10 e da faixa de capitão não acertou quase nada no jogo, a não ser ao converter sua penalidade. O golei-ro Romero, porém, foi sufi ciente, defendendo as cobranças de Vlaar e Sneijder e garantindo vitória na

Durante os 120 minutos anteriores aos pênaltis, o que se viu foi um duelo tático, cheio de marcação e com pouco espaço para Messi e Robben mostrarem por que são candidatos a craque do torneio. No fi m do tempo normal, contudo, Mascherano virou herói ao dar carrinho e bloquear chute de Robben na pequena área. Como também faltou efi ciência nos pênaltis, cabe a Holanda disputar o terceiro lugar às 16h (de Ma-naus) no sábado, no Mané Garrincha,

No domingo, é a vez de os argen-tinos tentarem voltar a ser campe-ões mundiais a partir das 15h, no Maracanã. A divindade atribuída a Maradona é lembrada até hoje em canções das torcidas e explica a presença do país na fi nal de 24 anos atrás diante da Alemanha, que celebrou seu tricampeonato. Agora, diante do mesmo adversário, cabe à seleção de Messi se vingar da frus-tração de Maradona na Itália.

Argentina e Holanda escolheram estratégias diferentes para anular o astro adversário. Enquanto Louis Van Gaal ordenou a De Jong que não fi casse nunca a mais de dois metros de Messi, Alejandro Sabella cum-priu sua promessa de aproximar laterais e zagueiros para não dar espaço para as arran-

obediência a esquemas táticos. Os sul-ameri-canos tinham em Mas-cherano o comando da sa-ída de bola. O volante virou terceiro zagueiro diversas vezes para soltar Zabaleta e Rojo como alas. Mesmo quando não tinha a bola, ordena-va aos colegas que adiantassem a marcação e, também, valorizassem a posse, sem se desesperar.

O problema era achar espaço na frente. De Jong, se precisasse, rece-bia a ajuda de mais ou dois compa-nheiros para acompanhar Messi, que não conseguia ser mais efetivo no jogo mesmo com toques de primeira para dar dinâmica à sua seleção, que não tem um meia de criação. Pelos lados, Kuyt e Blind corriam para alternar o esquema do 5-3-2

Os laranjas, por sua vez, tinham Robben bem anulado e Sneijder só tinha a passagem de Wijnaldum como opção, já que Van Persie se mostrava bem confortável diante da marcação adversária, não se mexendo para aparecer nas costas da zaga, como fez com perfeição

ao fazer um golaço de peixinho na estreia da Copa, sobre a Espanha.

Nesse duelo tático, os times se me-xiam em bloco de uma intermediária a outra, sem conseguir espaço para fi nalizar ou levar perigo. O primeiro perigo só veio aos 12 minutos, quan-do Mascherano errou saída de bola e Kuyt ajeitou para Sneijder fi nalizar perto do gol de Romero. Do outro lado, Romero foi parado com falta e Messi cobrou forte, nas mãos de Cillessen, aos 14.

O goleiro holandês despertou risos ao dar um drible humilhante em Higuaín dentro da área.

Segunda etapaO time laranja voltou do intervalo

com Janmaat, com gás para mar-car e atacar mais. Kuyt passou a jogar na ala esquerda e Blind virou zagueiro. O esquema não mudou, mas as novas peças permitiam à Holanda marcar mais na frente e difi cultar o toque de bola argentino, que já não encontrava mais Lavezzi à disposição para criar problemas pela direita.

Robben não conseguiu arrancar nem Van Persie aparecia, mas os europeus tinham o domínio do jogo por verem que a Argentina só tentava atacar forçando jogadas individuais, e até Messi era desarmado com tran-quilidade. Van Gaal, então, priorizou o toque de bola, trocando o cansado De Jong por Clasie.

Até que, aos 45 minutos, Robben teve a sua primeira chance real. A Holanda tocou a bola até Sneijder tabelar com o atacante e ajeitar de calcanhar para o camisa 11 na área, demorar a fi nalizar e, já de frente para Romero, parar em impressio-nante recuperação de Mascherano, autor de carrinho que salvou seu país na pequena área.

Sabella gastou sua última substi-tuição, trocando o esgotado Lavezzi por Maxi Rodriguez. O meia, contudo, virou um dos sete ou oito jogadores que fi cavam atrás da linha da bola para ver o toque de bola holandês. Os sul-americanos não apostavam em nada além de contra-ataques, todos inefi cientes.

Mas, em meio ao cansaço dos dois times, Palacio aos nove minutos da última etapa do jogo, sozinho na grande área, cabeceou a bola nas mãos de Cillessen.

Nas cobranças, con-tudo, nenhum argentino ajudou o arqueiro europeu, que viu Messi, Garay, Aguero e Maxi Rodriguez balançarem as suas redes. Do outro lado, Romero parou Vlaar e Sneijder para ga-rantir um sul-americano em decisão de Copa pela primeira vez desde 2002, quando o Brasil foi penta-campeão.

final de Mundial após 24 anos e enfrenta o mesmo algoz da Copa de 1990, na Itália

Romero foi o herói argentino ao defender duas cobranças de pênaltis con-tra a Holanda

FICHA TÉCNICAHOLANDAARGENTINA

Local:

Árbitro:

Estádio de Itaque-ra, em São Paulo (SP) Cuneyt Cakir (Turquia)

Holanda: Cillessen; De Vrij, Vlaar e Martins Indi (Janmaat); Kuyt, De Jong (Clasie), Wijnal-dum, Sneijder e Blind; Robben e Van Persie (Huntelaar)Técnico: Louis Van Gaal

Argentina: Romero; Zabale-ta, Demichelis, Garay e Rojo; Mascherano e Biglia; Pérez (Palacio), Messi e Lavezzi (Maxi Rodríguez); Higuaín (Aguero)Técnico: Alejandro Sabella

Cartões: amarelos: Martins Indi e Huntelaar (HOL); Demi-chelis (ARG)

24

Robben e Kuyt converteram para a Holanda; Vlaar e Sneijder desperdiçaram

Messi, Garay, Aguero e Maxi Rodríguez converteram para a Argentina

Penalidades:

Jogadores comemoram volta à fi nal de Copa após 24 anos de jejum

MAR

CELO

FER

RELL

I/G

AZET

A PR

ESS

FERN

ANDO

SO

UTEL

LO/G

AZET

A

Contestado pelos torcedores

alvicelestes, o go-leiro Sergio Romero teve sua redenção

na tarde ontem (9). O arqueiro defendeu dois pênaltis e ajudou a Argen-

tina a vencer a Holanda. Entretanto, quando ques-tionado sobre o segredo para defender as cobran-ças, Romero mostrou sin-ceridade e bom humor.

“Na verdade, é sorte. Essa é a realidade que as pessoas precisam en-tender. Um goleiro pode acertar o canto e tocar na bola, mas não conseguir defender, como ocorreu hoje (na cobrança de Maxi

Rodríguez, que Cillessen espalmou, mas não evitou o tento). Porém, eu tam-bém tinha muita confian-ça no trabalho e agradeço a Deus por ter corrido tudo bem”, disse.

Em seguida, o arqueiro falou sobre o merecimento dos comandados de Ale-jandro Sabella na cami-nhada até a decisão.

“Nossa esperança está intacta. E sempre disse que nada vem de graça. Aqui na Argentina nos matamos durante os treinamentos e buscamos fazer o mesmo em campo. Agora, vamos desfrutar da vitória, mas amanhã já pensaremos na Alemanha”, resumiu.

Sorte é o segredo para pegar pênaltis

A Argentina vai reen-contrar uma velha conhe-cida na decisão da Copa do Mundo de 2014. É a terceira vez que a seleção sul-americana enfrenta a Alemanha em uma final de Mundial.

Até aqui, o equilíbrio impera, com uma vitória para cada lado. Por isso, o jogo do próximo domingo (13) no Maracanã será um tira-teima .

O primeiro encontro foi no estádio Azteca, na Cidade do México. José Luis Brown colocou a Argentina na fren-

te no primeiro tempo. De-pois do intervalo, Jor-

ge Valdano dobrou a vantagem.

Os alemães não desani-maram e na base da gar-ra, Karl-Heinz Rummenigge e Rudi Völler marcaram em um período de

seis minutos. Entretanto, bastou um momento de descuido para Maradona decidir. Aos 38, ele lançou Jorge Burruchaga nas cos-tas da zaga e o atacante fez o gol do segundo título da Argentina.

A revancheQuatro anos depois, o

destino da Copa foi de-cidido novamente pelas duas equipes. Dessa vez, em Roma. A Argentina não tinha o mesmo brilho, mas ainda contava com Mara-dona. Foi a oportunidade que a Alemanha precisava para dar o troco.

Em um jogo tenso e mais brigado do que jogado, os sul-americanos tiveram dois atletas expulsos. A partida foi decidida ape-nas no fi m, quando o ár-bitro marcou um pênalti polêmico. Andreas Brehme converteu e a Alemanha se igualou a Brasil e Itália como tri.

Argentina e Alemanha é a fi nal mais repetida em Copas do Mundo

Não será desta vez que a Holanda conquistará o seu primeiro título de Copa do Mundo. Apontado como destaque do Mundial, o meia Robben não escondeu a frustração, mas analisou o desempenho holandês com bons olhos.

“Tivemos que fazer mu-danças rápidas durante o jogo, mas nos adaptamos e construímos um bom de-sempenho. É difícil falar, pois todos nós estamos

decepcionados. É chato demais sair assim”, disse.Porém, ao ser perguntado sobre a ausência do golei-ro Krul, grande destaque do triunfo sobre a Cos-ta Rica, na fase interior, também nas penalidades máximas, o camisa 11 pre-feriu se resguardar.

“Não dá para apontar culpados neste momento. A Holanda é muito unida. Se ganhar, todo mundo ganha, e vice-versa”, concluiu.

Robben elogia desempenho laranja

E_04_E05 - PÓDIO.indd 3-4 9/7/2014 23:24:16

E6 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2014

Após vexame,Técnico campeão mundial com o Corinthians é o favorito para comandar o escrete canarinho ao término da Copa do Mundo

Tite deve assumir a seleçãoO vexame contra a

Alemanha marca o fi m da era Luiz Feli-pe Scolari, 65, como

treinador na seleção brasilei-ra. Antes ele “cumpre”agenda no sábado (12) na disputa de terceiro lugar na Copa contra a Holanda, mas após o apito fi nal do juiz, deixa o cargo.

A direção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deve ofi cializar a saída do treinador nos próximos dias, e o preferido para assumir o posto e comandar o time canarinho na Copa do Mundo de 2018 na Rússia, é Tite.

Após o massacre alemão, Scolari completou 54 jogos no comando do Brasil, contando as duas passagens que teve, de 2001 a 2002 e de 2012 até o atual Mundial. Felipão obte-ve 74,6% de aproveitamento com 38 vitórias, sete empates e nove derrotas. Foram dois títulos. A Copa de 2002 e a Copa das Confederações do ano passado.

O coordenador técnico Carlos Alberto Parreira, tam-bém deixará o cargo na CBF após o Mundial.

Ofi cialmente, Tite não con-fi rma que esteja esperando o

término da Copa para assumir a seleção. No entanto, ele já teria sido informado que é o mais cotado para treinar o escrete nacional.

O nome de Alexandre Gallo, atualmente técnico das ca-tegorias de base do Brasil, também foi cogitado, mas perde força, já que, ao lado

do ex-zagueiro Roque Júnior, ele sugeriu a Felipão o esque-ma que deveria ser utilizado pela seleção no duelo contra a Alemanha.

O novo técnico terá a tarefa de azeitar a “nova seleção” para a disputa da Copa Améri-ca de 2015, que será disputada no Chile e montar a base para o Mundial de 2018. Luiz Felipe Scolari fará sua despedida da seleção no sábado (12)

FOTOS: DIVULGAÇÃO

O técnico da seleção bra-sileira, Luiz Felipe Scolari, não acha que a goleada por 7 a 1 sofrida para a Alemanha seja um sinal de que o futebol nacional está defasado. Derrotado na se-mifi nal da Copa do Mundo, o treinador lamentou a pane sofrida por seu time a partir do primeiro gol dos adversá-rios, em Belo Horizonte.

“O que aconteceu hoje é muito diferente daquilo que tínhamos jogado. Até o primeiro gol, o jogo era praticamente idêntico ou nós estávamos até melhores do que a Alemanha. Mas eles fi ze-ram o primeiro gol no escanteio e, depois, quando chegaram a 5 a 0. Ainda tivemos chances, criamos alguma coisa a mais, mas não estamos atrasados. Nós perdemos um jogo para uma grande seleção, que é a Ale-manha, mas nem eles sabiam como aconteceu”, afi rmou.

Mesmo com a humilha-ção, Felipão crê na presença de muitos atletas do atual

elenco na próxima Copa do Mundo, que será realizada na Rússia, em 2018.

“Dessa equipe que temos, provavelmente 13 ou 14 vão estar no Mundial de 2018. Isso também é um caminho. A equipe da Alemanha jogou o Mundial de 2010, a Eurocopa e foi trabalhada. É uma derrota catastrófi ca, feia, a pior do mundo para a seleção, mas é um caminho e temos que aprender com isso”, concluiu.

Hexa na RússiaDentre os incrédulos com

a derrota sofrida pelo Brasil estava Pelé, que lamentou o resultado antes de “profetizar” a conquista do hexacampeo-nato na Rússia, sede da pró-xima edição do torneio.

“Eu sempre disse que o futebol é uma caixinha de surpresas. Ninguém espe-rava este resultado. Mas a gente vai conquistar o hexa na Rússia”, expôs, em seu perfi l ofi cial no Twitter.

Base para 2018 está pronta

Empresário dos atacan-tes da seleção brasileira Neymar e Hulk, Wagner Ri-beiro não poupou críticas ao técnico Luiz Felipe Sco-lari em sua conta do Twit-ter após a goleada, por 7 a 1, da Alemanha sobre o Brasil, na semifinal da Copa do Mundo. Wagner questionou a competência

do comandante, destacan-do alguns fracassos da carreira de Felipão e, in-clusive, apelou chamando o gaúcho de “asqueroso” e “velho babaca”.

“Ir treinar a seleção de Portugal e não ganhar nada. Voltar ao Brasil, pe-gar um time grande e re-baixá-lo para a Segunda

Divisão (do Brasileirão)”, disse o empresário, refe-rindo-se ao rebaixamento do Palmeiras, em 2012.

Wagner Ribeiro ainda ironizou Luiz Felipe Sco-lari ao escrever uma lista com seis quesitos para um técnico ter requisitos para treinar o time pentacam-peão Mundial.

Empresário de Neymar ataca Felipão 6 QUESITOS PARA SER TÉCNICO DA SELEÇÃO BRASILEIRA

1- Ir treinar seleção de Portugal e não ganhar nada

2- Ir para o Chelsea e ser mandado embora

3- Ir treinar o Uzbequistão

4- Voltar ao Brasil e pegar um time grande e rebaixá-lo para a Segunda Divisão

5- Pedir demissão 56 dias antes do fi nal do campeonato para “escapar” do rebaixamento.

6- Ser velho babaca, arrogante, asqueroso, prepotente e ridículo.”

GAÚCHOSSe Tite realmente as-sumir a seleção brasi-leira, será o quarto téc-nico seguido da escola gaúcha a comandar a equipe canarinha. Antes dele dirigiram o Brasil, Dunga, Mano Menezes e Luiz Felipe Scolari

E06 - PÓDIO.indd 6 9/7/2014 23:38:05

E7MANAUS, QUINTA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2014

JUCA KFOURI

Vaias didáticas

O paulistano que foi ao Mo-rumbi não tinha motivo algum para estar bem-humorado.

Chovia desde cedo, a greve no metrô continuava, os conges-tionamentos de trânsito tradi-cionais nas sextas-feiras eram ainda maiores que os de sempre até pela suspensão do rodízio e chegar ao estádio exigiu boa dose de paciência e sacrifício.

Eram poucos os claros no campo do São Paulo quando o jogo começou com um pontapé sérvio em Neymar nem bem foi dada a saída.

Um tempo inteiro depois, o pri-meiro, quando acabou, mostrava duas grandes chances de gol para a Sérvia, nenhuma para o Brasil, uma trombada indigna da chamada melhor dupla de zaga do mundo e uma reposição de bola indecente de Júlio César.

Neymar se expunha, toma-va paulada, e não encontrava companhia nem em Hulk, nem em Oscar, nem em Fred. Aí, a torcida vaiou. Nada escandaloso, mas vaiou.

De fato, ninguém que estava no

Morumbi merecia ver o que vira no primeiro tempo. Precisava ser oti-mista para acreditar que as coisas melhorariam no segundo tempo, mas, lembremos, era hora de entrar quem ao invés de se poupar queria mesmo era se mostrar.

De cara Willian substitui Os-car, mas foi um passe preciso de Thiago Silva para Fred ma-tar no peito, escorregar e bater deitado de direita para fazer 1 a 0 que animou os mais de 67 mil torcedores. Porque minutos antes a torcida voltara a vaiar,

insatisfeita com o que via.A seleção sustentou a vitória

tocando bola sob vaias, mas, justiça se faça, embora tenha levado bola na trave na tarde em que a defesa inteira foi mal, Hulk marcou gol muito mal-anulado pelo bandeirinha paraguaio.

O único alento é o de pensar que mesmo jogando abaixo do que se espera a seleção venceu e não tomou gol. Além de ter mostrado muito a se corrigir até a estreia. Daí as vaias serem até didáticas.

COLUNISTA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO

A torcida paulista até que foi generosa ao apupar sem raiva a má exibição brasileira no MorumbiA seleção sustentou

a vitória tocando bola sob vaias, mas, em-bora tenha levado bola na trave na tarde em que a defesa foi mal, Hulk marcou gol muito mal-anulado

Depois da goleada his-tórica da Alemanha sobre o Brasil por 7 a 1, o atacante ale-

mão Lukas Podolski publicou em rede social, ontem (9), um texto em que prega apoio e respeito à seleção brasileira.

“Respeite a amarelinha com sua história e tradição, o mundo do futebol deve muito ao futebol brasileiro, que é e sempre será o país do futebol”, escreveu o jo-gador alemão, em português.

Além de enaltecer a história do futebol brasileiro e dizer que se inspira em jogadores do Brasil, Podolski diz que aprendeu a “amar o país”.

“A vitória é consequência do trabalho, viemos determinados, todos nós crescemos vendo o Brasil jogar, nossos heróis que nos inspiraram são todos da-

qui”, escreveu Podolski.“Brigas nas ruas, confusões,

protestos não irão resolver ou mudar nada, quando a Copa acabar e nós formos embora, tudo voltará ao normal, então muita paz e amor para esse povo maravilhoso, um povo hu-milde, batalhador e honesto. Um país que eu aprendi a amar”, acrescentou o atleta.

O atacante não foi o único alemão a manifestar apoio à seleção brasileira. O meia Mesut Özil também enalteceu em uma rede social a história do futebol brasileiro.

“Vocês têm um país lindo, pessoas maravilhosas e joga-dores incríveis -esta partida não pode destruir o seu orgu-lho”, publicou, acompanhado de uma foto de torcedores brasileiros em lágrimas.

‘Respeite a amarelinha’, diz alemão Podolski

Berlim acordou mais tarde ontem (9), mas não menos feliz do que foi dormir.

Depois da goleada épica aplicada sobre a seleção brasileira, pela semifi nal da Copa, os torcedores atra-vessaram a madrugada fes-tejando a ida da Alemanha à decisão do Mundial.

A festa passou das 5h. Foram buzinaços, fogos de artifício e muita música.

De acordo com estima-

tivas da polícia, mais de 20 mil pessoas assistiram à partida na Fan Fest de Berlim, localizada entre o Portão de Brandembugo e o Obelisco da Vitória.

A carreata que tradicio-nalmente ocorre na Kur-fürstendamm, uma das avenidas mais famosas da capital alemã, teve de ser cancelada porque havia muita gente feste-jando pelas ruas.

Multidão comemora em Berlim

A Federação Alemã de Futebol (DFB) manifes-tou em rede social apoio a seleção brasileira após a goleada de 7 a 1, na semifinal da Copa, e diz saber a dor de perder um Mundial em casa.

“Nós sabemos como é doloroso perder uma semifi nal no nosso país desde 2006. Boa sorte no futuro, Brasil”, publicou a

federação, acompanhado de uma montagem com fotos da partida e de torce-dores de ambos os países durante o jogo.

Em 2006, a Alemanha, anfi triã do Mundial, foi eliminada também na se-mifi nal. Naquele ano, os alemães foram derrotados pela Itália por 2 a 0, com gols no segundo tempo da prorrogação.

DFB solidária à seleção brasileira

Atacante do Arsenal (ING) e da seleção germânica falou nas redes sociais da admiração pelo futebol brasileiro e disse que se apaixonou pelo país

Eliminado nas oitavas de fi nal com os EUA, o técnico alemão Jürgem Klinsmann aproveitou para curtir a vi-tória arrasadora da seleção de seu país na semifi nal da Copa.

Ontem (9), pelo Twitter, o treinador publicou uma foto de biscoitos decorados com a inscrição “7:1”, em alusão ao placar aplicado nesta terça (8) pela Alema-nha sobre o Brasil.

Os biscoitos são produzi-dos pela padaria da família de Klinsmann, que fi ca na ci-dade alemã de Stuttgart.

Depois do confronto da semifi nal, o comandante dos EUA, que foi campeão do mundo como jogador em 1990, já havia elogiado o desempenho da Alemanha

e disse que a equipe estava “fazendo história” na Copa do Mundo.

“Estou muito orgulhoso. Esta é a melhor perfor-mance da Alemanha em uma Copa do Mundo. Sim-plesmente fantástico. Ago-ra é pegar a taça”, tuitou o treinador.

Goleada brasileira vira doce

Multidão toma as ruas da capital da Alemanha para comemorar a vi-tória histórica sobre a seleção brasileira pela semifi nal da Copa 2014

Lukas Podolski não participou da goleada alemã sobre o Brasil e após a partida pre-gou respeito ao time canarinho

FOTO

S: P

AULO

PIN

TO/F

OTO

S PÚ

BLI

CAS

E07 - PÓDIO.indd 7 9/7/2014 23:31:38

E8 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2014

Grêmio acerta com atacante Fernandinho, ex-Atlético-MG

O atacante Fernandinho é o novo reforço do Grêmio para a disputa do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. Depois de quase um mês de negociações com o Al-Jazira, dos Emirados Árabes, o clube gaúcho obteve desfecho positivo nas tratativas. O jogador estava no Atlético-MG desde a metade de 2013, mas jogou ape-nas seis partidas no Brasileirão deste ano, o que lhe permite atuar por outro clube na competição.

Fernandinho realizou exames médicos ontem (9) em Porto Alegre e assinou contrato com o Tricolor Gaúcho. O atacante de 28 anos tem passagens também pelo Barueri, onde começou a carreira, e pelo São Paulo.

Bayern apresenta o atacante polônes Robert Lewandowski

O Bayern de Munique apresentou ontem (9) seu prin-cipal reforço para a próxima temporada. O centroavante Robert Lewandowski, ex-Borussia Dortmund, vestiu pela primeira vez a camisa do clube bávaro e se mostrou empolgado com a oportunidade.

O contrato da estrela polonesa é de cinco anos, se encerrando somente em 2019. Na última temporada, o jogador anotou 28 gols em 48 jogos. No ano anterior, quando o clube alcançou a fi nal da Liga dos Campeões, perdendo o título para o próprio Bayern, Lewandowski marcou 36 gols em 49 partidas.

Juventus contrata jovem atacante do Real Madrid

A Juventus encaminhou a contratação de Álvaro Morata, atacante do Real Madrid. Reforçar o setor ofensivo era uma das prioridades do campeão italiano nesta janela de transferências. Como segunda opção ao espanhol, o clube chegou a cogitar trazer Alexandre Pato, do São Paulo.

A transferência, que deve ser ofi cializada nos próximos dias, será de 22 milhões de euros (R$ 66 milhões). O vín-culo do jogador com o time italiano será de quatro anos. Morata viaja ainda nesta semana a Turim para realizar exames médicos e assinar contrato.

Atacante que fez dois gols na Arena da Amazônia, na vitória da Croácia sobre Camarões, deixa o Bayern para jogar no atual campeão espanhol

Mandzukic acerta com o Atlético de Madri

O Atlético de Madri já encontrou um substituto para o hispânico-brasileiro

Diego Costa, que se transferiu para o Chelsea recentemente. O atual campeão espanhol chegou a um acordo com o centroavante croata Mario Mandzukic, que estava no Bayern de Munique (ALE).

“Há um acordo verbal entre Bayern, Atlético e o jogador. Ainda não há nada fi rmado, mas acredito que podemos formalizar o que foi mutua-mente acordado. Agradece-mos a Mandzukic seus esfor-ços no Bayern e desejamos o melhor para seu futuro”, admi-tiu Mathias Sammer, diretor esportivo do clube bávaro.

De acordo com a imprensa espanhola, o acerto gira em torno de 22 milhões de euros (R$ 66 milhões). Além de Mandzukic, Romelu Lukaku, do Everton, Alvaro Negredo, do Manchester City e Jack-son Martinez, do Porto, tam-bém foram sondados pelo clube para a posição.

Ainda enquanto estava com

a seleção da Croácia na Copa do Mundo de 2014, Mandzukic já havia adiantado que não seguiria no clube na próxima temporada. O croata perdeu espaço com a chegada de Pep Guardiola e ainda veria a concorrência aumentar com a chegada do polonês Robert Lewandowski, ex-Borussia Dortmund (ALE).

Jogador não vinha sendo aproveitado pelo técnico do time bávaro e agora será comandado pelo argentino Diego Simeone

ALD

OCA

RNEI

ROCO

STA/

GAZ

ETA

PRES

S

Atacante em treinamento durante a Copa do Mun-do de 2014 no Brasil

E08 - PÓDIO.indd 8 9/7/2014 23:05:11

E9MANAUS, QUINTA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2014

E agora, torcerpara quem?

Depois da derrota da seleção brasileira para a Alemanha, os torcedores estão escolhendo outro time para torcer na fi nal

Sem a seleção bra-sileira na grande fi nal da Copa do Mundo Fifa 2014,

que acontece no próximo domingo, 13, a torcida canarinha já começa a escolher para qual equi-pe torcerá. A dúvida fi ca entre a forte Alemanha, que eliminou o Brasil com a goleada histórica por 7 a 1, e segue em busca do quarto título do torneio, e a arquirrival Argentina, que chegou à decisão após vencer nos pênaltis a seleção da Holanda na outra semifi nal.

Em Manaus, a torcida está dividida. Exemplo dis-so foi visto ontem na Fifa Fan Fest. Durante a partida entre Holanda e Argentina foi possível observar que boa parte do público es-tava torcendo contra os hermanos, porém o públi-co ia ao delírio quando o camisa 10 da Argentina, Leonel Messi, pegava a bola e partia para cima da zaga adversária. “Sou brasileiro e não queria tor-cer pela Argentina, mas é impossível não apoiar e se

alegrar vendo o futebol do Messi. O cara joga muito”, disse a advoga-

da Brunna Parente. Outro que decidiu torcer

pelo vizinho de continente foi o motorista Elmo Cam-pos, 36, que espera que a Argentina honre o futebol da América Latina. “Até agora estou tonto com a derrota sofrida pelo Brasil. Acredito que nenhum tor-cedor conseguiu absorver a goleada. Ela está engas-gada. Meus fi lhos me per-guntaram o que aconteceu e não sei explicar até ago-ra. Foi inédita uma goleada dessa em uma semifi nal da Copa do Mundo. Eu, por ser brasileiro e sul-americano, vou torcer pela Argentina a partir de agora. Abracei o time e espero que eles honrem o futebol latino”, disse Elmo, que estava no evento com sua família.

Futebol bonitoPor outro lado, a estu-

dante Monique Sales, 16, admitiu que apesar de ter vencido o Brasil sem mostrar piedade, a sele-ção da Alemanha ganhou a sua admiração e torci-da. “Parece que estou até agora em um pesadelo.

O Brasil me decepcionou. Agora vou torcer para a Alemanha porque os jo-gadores mostraram que merecem todas as gló-rias. Eles estão jogando o melhor futebol do Mun-dial, fora o fato de sempre torcer contra a Argentina”, afi rmou Monique.

Para o garçom Mario Sil-va, 35, foi uma surpresa boa a derrota do Brasil porque ele teve a oportunidade de conhecer bons jogadores como o meio-campista Bastian Schweinsteiger, que defende as cores do Bayern de Munique, maior clube alemão. A Alemanha, desde a derrota para o Brasil em 2002 na Copa

do Mundo do Japão e da Coréia do Sul, passou por uma grande reformulação no seu futebol. A Bundes-liga, o campeonato alemão de futebol, começou a cres-cer muito nos últimos anos e atraiu grandes nomes do futebol mundial, como o do holandês Arjen Robben e o brasileiro Luiz Gustavo para os clubes do país.

Outro ícone que se mu-dou para a Alemanha foi o treinador espanhol Pep Guardiola, que foi multi-campeão quando coman-dava o Barcelona – ESP. Esse fato também faz com que uma parte da torcida brasileira torça para os eu-ropeus. “O futebol alemão cresceu desde 2006 para cá. A nova geração coman-dada pelo Gotze e Muller está encantando o mundo. Eu torcerei por eles porque admiro a organização da liga nacional de futebol e pelos talentos que vemos em campo. Muito diferen-te da nossa Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O Brasil deveria seguir o exemplo deles para que nunca mais sofra uma der-rota desse tamanho”, disse o administrador, Gustavo Braga, 25.

No dia 23 de junho, a Se-leção Brasileira viveu, em Brasília, sua melhor partida na Copa do Mundo 2014. A goleada por 4 x 1 (com direito a dois gols de Neymar) sobre Camarões foi a maior do Brasil neste Mundial e, após aquele duelo, o time do técnico Luiz Felipe Scolari deixou a capital com dois sentimentos muito bons: a confi ança do torcedor brasileiro, que estava eufórico com a possibilidade da con-quista do hexacampeonato mundial, e a esperança de que a equipe não voltasse mais para a cidade até o dia 13 de julho, data da fi nal, no Rio de Janeiro.

A incrível derrota para a Alemanha, por 7 x 1, entretan-to, subverteu completamente tudo o que foi citado no pará-grafo acima. E, nesse sentido, a Seleção Brasileira não só terá que retornar à capital para a disputa do terceiro lugar, no próximo sábado, 12, às 17h, como vive, agora, uma estranha expectativa: como o time será recebido quando pisar no gramado do Estádio Mané Garrincha diante dos torcedores brasileiros, após um revés tão impactante?

Aos 25 anos, o advogado Rafael Rodrigues Leite ainda não assistiu a nenhuma par-tida da Copa do Mundo do Brasil em um estádio. O único ingresso que ele comprou foi justamente para o confronto do próximo sábado. E, depois dos 7 x 1, ele confessou que ainda não sabe como irá se comportar na próxima partida do Brasil.

“Depois de ontem vai fi car um clima meio esquisito, né?”, desabafou Rafael. “Mas acho que temos que dar o mínimo

de apoio ao time. Acho que depois desse resultado eu vou mesmo mais para viver a experiência de ver um jogo de Copa do Mundo de dentro do estádio do que para torcer. A não ser que seja contra a Argentina, porque aí dá para torcer por conta da rivalida-de”, destacou.

A advogada Vanessa Apare-cida Mendes, 31 anos, esteve nos jogos entre Colômbia x

Costa do Marfi m e França x Nigéria. Agora, se prepara para acompanhar a partida de sábado no Estádio Mané Garrincha ainda sem saber ao certo o que esperar sobre o comportamento da torcida.

“O brasileiro não costuma ser muito receptivo diante das derrotas, ainda mais diante de um 7 x 1 tão hu-milhante como foi”, ressaltou. “Eu não estou muito confi an-te para o placar do próximo jogo e as pessoas com quem conversei também não. O cli-ma de desânimo agora é muito grande. ”, opinou.

Para ela, é difícil prever qual será o comportamento da torcida. Mas ela acredita que haverá vaias. “Gente que vai xingar e vaiar vai ter, com certeza”, fi naliza.

O que esperar do próximo jogo

Alemães de todas as partes do mundo fetejaram a goleada contra o Brasil como se já tivessem ganho a taça da Copa do Mundo

Torcedores argentinos comemoraram em Manaus a classifi cação da Argentina para a fi nal contra a seleção da Alemanha

SENTIMENTOSEmbora o amor pelo país em nada tenha mudado, a confi ança na seleção brasileira praticamente se desfez e agora os torcedores não sabem como en-carar os jogadores no jogo deste sábado

FOTOS: DIVULGAÇÃO

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

IONE MORENO

Sou brasileiro e não queria torcer pela

Argentina, mas é im-possível não apoiar e se alegrar vendo o futebol do Messi. O

cara joga muito

Brunna Parente, advogada

E09 - PÓDIO.indd 9 9/7/2014 23:08:50

E10 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 201410

‘Vocês são o Cantor Nando Reis fez o desabafo ao subir no palco da Fan Fest, na noite de ontem, após a partida entre Argentina e Holanda

Ao contrário do Fifa Fan Fest Rio de Ja-neiro, que registrou um baixo número de

público ao longo do dia de ontem, o evento, que tam-bém é realizado em Manaus, provou que o amazonense gosta mesmo é de diversão. Nem mesmo a vitória da Ar-gentina sobre a Holanda no fi nal da tarde de ontem foi o sufi ciente para afastar as 19 mil pessoas que marcaram presença no local para confe-rir de perto o show do cantor paulista Nando Reis, que se apresentou acompanhado da banda “Os Infernais”.

O relógio marcava 19h, quando o cantor subiu ao palco da Ponta Negra. Após inter-pretar a música “Sou Dela” e ser fortemente aplaudido pelos fãs e admiradores de seu trabalho, ele fez questão de dizer: “Vocês são o nosso verdadeiro time”, alfi netando a seleção brasileira que per-deu a vaga na fi nal da Copa do Mundo para a Alemanha.

A apresentação continuou com sucessos como “O Mun-do é Bão, Sebastião”, “Não Vou Me Adaptar” e, até mes-mo, “Amor Igual ao Teu”, do compositor Mascarenhas, mas regravado pela banda Cidade Negra. Apesar de não ter recebido a imprensa local – com exceção da empresa realizadora do evento – ele se mostrou muito simpático no palco.

Ainda sobre a derrota do Brasil, ele ressaltou que os amazonenses estavam sendo os responsáveis por resga-

tar sua alegria. “Esse “time” é insubstituível. Vocês estão trazendo a nossa alegria novamente. Apesar de tudo, estamos felizes por termos realizado uma grande Copa do Mundo”, disse.

Após interpretar “Relicário”, que mesclou com “Gostava Tanto de Você”, em home-nagem a sua eterna amiga Cássia Eller, ele voltou a falar da perda da seleção fazendo uma analogia com a música. “Diante de uma coisa tão im-pactante, começamos a bus-car sentido nas canções que poderiam facilmente ser de outra forma. Aos 29 minutos do primeiro tempo percebi que o mundo estava ao contrário,

de pernas para o ar”.Clássicos como “A Letra A”,

“Os Cegos do Castelo” e “All Star” fi zeram parte de seu repertório. Sobre esta últi-ma, Reis falou que a compo-sição foi totalmente criada para Cássia Eller, “a maior estrela do Brasil”. “De Ja-neiro a Janeiro”, música que ele regravou com a cantora Roberta Campos e “Segundo Sol”, deram o tom ao fi nal da apresentação que durou cerca de duas horas.

SUCESSOS Nando Reis levou ao palco grandes sucessos de sua carreira e, em uma de suas canções ressaltou sua parceria com a cantora Cássia Eller. O cantor levou o público ao delírio após duas horas de show

BRUNO MAZIERIEspecial EM TEMPO

O Fifa Fan Fest, evento realizado em todas as se-des da Copa do Mundo pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), segue até este domingo, dia 13. No sábado, dia em que o Brasil disputa o terceiro lugar com a Holanda, o público que for

ao local poderá conferir os shows da banda amazonen-se Xote com Pimenta e todo o samba da escola Unidos da Alvorada.

No domingo, dia 13, fi nal do mundial, ao longo de todo o dia vários artistas passarão pelo palco an-

tes e depois do jogo entre Argentina e Alemanha. O sambista Neguinho da Bei-ja-Flor e as bandas Babado Novo e Jammil e Uma Noites – ambas com novos voca-listas -, prometem colocar todo mundo para dançar. O evento é gratuito.

A festa continua até domingoDezenove mil pessoas estiveram na Fifa Fan Fest para conferir o show do cantor Nando Reis

O prefeito Arthur Virgílio voltou à Fifa Fan Fest, no Complexo Turístico Ponta Negra, que nesta quarta-fei-ra, 9, reuniu mais de 12 mil pessoas. Para mostrar toda a hospi-talidade manauara, ele fez questão de assistir à partida da semifi nal ao lado de torcedores ar-gentinos e holandeses e parabenizou os “herma-nos” pela vitória.

“Essa partida foi um espetáculo e foi um prazer muito grande tê-la assistido ao lado desses ilustres torce-dores. As duas seleções estão de parabéns, porque jogaram muito bem”, comentou.

Os argentinos Mário Oscar e Leandro Cerna-das integram um grupo de motociclistas chama-do “Suricatos”. Confor-me Mário, o grupo de amigos já veio ao Brasil diversas vezes, mas pela primeira vez chegaram até Manaus. “Não me senti surpreso, porque tudo o que já tinha ouvido falar, nós comprovamos. O povo brasileiro é um povo muito acolhedor e os manauaras não são diferentes”, afi rmou.

Prefeito acompanhou partida

verdadeiro time’FOTOS: INGRID ANNE

E10 - PÓDIO.indd 10 9/7/2014 23:12:40

E11MANAUS, QUINTA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2014

Jogadores alemães dão apoio à torcida brasileira

Apesar de impor uma derrota impiedosa à sele-ção brasileira na tarde de terça-feira (8), por 7 a 1, alguns jogadores alemães demonstraram solidarieda-de aos colegas brasileiros em declarações nas redes sociais. O meia Podolski pos-tou um longo texto pedindo respeito à seleção brasileira e declarando seu amor ao país-sede da Copa.

“Respeite a amarelinha com sua história e tradição. O mundo do futebol deve muito ao futebol brasilei-ro, que é e sempre será o país do futebol. A vitória é consequência do trabalho, viemos determinados. Todos nós crescemos vendo o Bra-sil jogar; os heróis que nos inspiram são todos daqui”, disse o meia.

Podolski pediu também paz para brasileiro, a quem se referiu como um “povo maravilhoso, um povo hu-milde, batalhador e honesto, e um país que eu aprendi a amar”. O meia Özil mandou mensagem para os brasi-leiros. “Vocês têm um lindo país, pessoas maravilhosas e

futebolistas incríveis”.A Federação Alemã de Fu-

tebol, por meio de uma rede social, publicou mensagem aos brasileiros, na qual agra-dece a recepção que a sele-ção recebeu no Brasil e foi

solidária à derrota brasileira em casa. “(...) desde 2006 sabemos como é doloroso perder uma semifi nal no pró-prio país. Desejamos tudo de bom, e o melhor para o futuro, para vocês”. A exemplo do Brasil, a Alemanha caiu na semifi nal de 2006, quando jogava a Copa do Mundo como anfi triã.

RESPEITO

“Temos que enten-der que perder faz par-te deste esporte pelo qual sou apaixonado e me deu tudo que te-nho hoje. Tenho muito orgulho de fazer parte da seleção brasileira e mais orgulho ainda do meu país, do meu povo... O hexa virá, e eu farei de tudo para estar em campo com a amarelinha no dia que isso acontecer! (...)”.

O atacante Bernard, substituto de Neymar na semifi nal, postou a mesma imagem publi-cada por Marcelo, enal-tecendo seus colegas de seleção. “(...) tam-bém aprendemos com a derrota, estamos tris-tes sim porque não era nada do que nós es-perávamos, mas nada nesta vida é por acaso, tudo tem o seu pro-pósito, e tudo na vida, quando queremos, nós aprendemos”.

Marcelo segue confi ante

A seleção alemã tem se destacado também fora de campo. Concentrados em Santa Cruz Cabrália, na Bahia, os jogadores inte-ragem com os moradores, frequentam a praia próxima ao hotel e têm demonstra-do muita simpatia desde a chegada ao país. Um vídeo chegou a ser veiculado na

internet mostrando a tor-cida dos meias Podolski e Schweisteiger, enrolado em uma bandeira brasileira, tor-cendo pela seleção canari-nho durante uma partida de oitavas de fi nal.

Alguns jogadores brasi-leiros também se manifes-taram após a derrota. O la-teral Marcelo, companheiro

de Özil no Real Madrid, pos-tou montagem com a foto dos jogadores e do treina-dor, Felipão, referindo-se a todos como campeões em campo e fora dele. Ele resu-miu o resultado da partida de ontem como “atípico” e “vexatório”, mas enfatizou que a busca pelo hexacam-peonato continua.

Uma equipe que tem muito foco

Jogadores da Alemanha demonstraram carinho e respeito pelo Brasil após o jogo

MAR

CELL

O C

ASAL

JR.

/AB

R

Respeite a amareli-nha com sua história e tradição. O mundo do futebol deve muito ao futebol brasileiro, que é e sempre será

o país do futebol

Podolski, craque da seleção alemã

Ainda é difícil de acreditarTorcida manauense ainda não conseguiu digerir a goleada sofrida para a Alemanha nas semifi nais da Copa do Mundo

Passados dois dias da fatídica derrota da se-leção brasileira sofrida para a Alemanha por

7 a 1 na semifi nal válida pela Copa do Mundo Fifa 2014, a torcida manauense não conse-guiu entender até agora o que aconteceu na terça-feira (8).

A derrota não apenas foi dolorida por ter acontecido em território brasileiro, mas também entrou para a história sendo a maior já sofrida pela seleção canarinho. O enge-nheiro Fábio Firmo, 27, admite que já tentou, porém não con-seguiu engolir o massacre im-posto por Klose e companhia. “Inacreditável a derrota sofrida pelo Brasil. Não consigo engolir o fato. Não acreditava quando a Alemanha ampliava o mar-cador. Mas jogo é jogo. Eles aproveitaram os seis minutos de apagão e venceram a par-

tida”, disse o torcedor. A seleção comandada por

Luiz Felipe Scolari entrou em campo com os desfalques dos jogadores Thiago Silva e Neymar. Esse fato atrapalhou, porém não foi o que defi -niu o resultado fi nal na opi-nião do fi sioterapeuta Paulo Vinícius de Sá, 22.

“É triste porque nenhum torcedor imaginou que seria tão grande o placar negativo, mesmo sem o capitão Thiago Silva e o camisa 10, Neymar. O sentimento que fi cou foi de tristeza. Faltou vontade e organização. Agora é hora de repensar o futebol brasileiro e bola para a frente”, citou Paulo, que acredita que o trei-nador Felipão não deve conti-nuar no cargo de treinador da seleção brasileira.

Alemães favoritos Um fato que não podemos

esquecer é que a seleção alemã mostrou, ao decorrer da com-

petição, o melhor futebol entre todas as participantes, fora que já vem batendo na trave desde o Mundial de 2006, que aconteceu naquele país.

Segundo a estudante de jornalismo Vitória de Liz, 19, a maior tristeza foi ver a se-leção abatida em campo, sem demonstrar a mesma raça que teve nas partidas anteriores. Para a jovem, o time alemão está de parabéns e merece vencer o torneio e garantir seu quarto título. Já imaginando que a seleção brasileira não conseguiria passar para a fi nal, a corretora de seguros Eliane Brandão, 52, se surpreendeu apenas com a elasticidade do placar. “Está sendo difícil de engolir, mesmo sabendo que a Alemanha desde o começo do campeonato mostrou ser uma equipe muito bem preparada. Até podia se imaginar uma derrota por 3 a 0, mas o que vimos foi uma apatia total. Os jogadores não tiveram reação.

Esse fato fez com que o povo brasileiro fi casse mais decep-cionado”, comentou Eliane.

Outra apaixonada pela se-leção que também concorda que faltou garra foi a tradutora Kátia Caminha, 58. “Não espe-rava ver uma derrota com essa diferença de gols. Faltou garra para nossa equipe”.

Secando os hermanosPara o corretor de imóveis,

Patrik Barata, 25, é hora de o povo brasileiro levantar a cabeça e seguir em frente. Lamentando o ocorrido porque confi ava que o hexacampeo-nato poderia ser conquistado. Patrik já tem a solução para se alegrar: secar a Argentina.

“Nada como um dia após o outro. A derrota faz parte da vida de qualquer um. Agora é hora de levantar a cabe-ça e torcer para a Argenti-na perder. Nossa maior rival não pode vencer a Copa no Brasil”, fi nalizou. Torcedor ainda não acredita no massacre sofrido pelo Brasil

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

Torcedores ainda vivem a “ressaca” da humilhante derrota para a Alemanha, difícil de digerir

FOTO

S: P

AULO

PIN

TO/F

OTO

S PÚ

BLI

CAS

E11 - PÓDIO.indd 11 9/7/2014 23:15:09

E12 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2014

ESPECIAL COPA 2014EDIÇÃO Michele GouvêaTricia Cabral

REPORTAGENS Bruno Mazieri, Thiago Fernando

REVISÃO Dernando MonteiroGracicleide Drummond

DIAGRAMAÇÃOMarcelo Robert, Mario Henrique Silva e Pablo Filard

TRATAMENTO DE IMAGENSAdriano Lima

Verdade ou teoriaDepois de 1998, chegou a vez de Gunther Schweitzer denunciar que Fifa e CBF negociaram a derrota do Brasil para a Alemanha

da conspiração?

12 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2014

Verdade ou teoriaVerdade ou teoria

Um cara chamado Gun-ther Schweitzer que, ao contrário do que muitos dizem, não é

funcionário da Rede Globo de Televisão, voltou a acusar a Fifa e a CBF sobre negociações escusas em torno do resultado dos jogos da seleção brasileira na Copa. Segundo ele, o Brasil vendeu esta Copa do Mundo para a Fifa.

O texto enviado por e-mail informa que os titulares foram avisados, às 13h do dia 8 de julho (dia do jogo contra a Alemanha), em uma reunião que contou com a presença do presidente da CBF, José Maria Marin (na única vez que o pre-sidente da federação brasileira compareceu a uma preleção da seleção), o técnico Luiz Felipe Scolari e o presidente da Fifa, Joseph Blatter.

“Os jogadores reservas per-maneceram em isolamento, em seus quartos ou no lobby do hotel. Em princípio, muito contrariados, os jogadores se recusaram a trocar o hexacam-

peonato mundial para sediar a Copa do Mundo em 2022 novamente”, diz o texto.

A aceitação teria vindo por meio do pagamento total dos prêmios, avaliados em US$ 700 mil para cada jogador,

mais um bônus de US$ 400 mil para todos os jogadores e integrantes da comissão, num total de US$ 23 milhões, através da Fifa. “Além disso, os jogadores que aceitarem o contrato com a empresa FPAR nos próximos 4 anos terão as mesmas bases de prêmios que

os jogadores de elite da empre-sa, como Cristiano Ronaldo e Messi”, comenta.

A “denúncia” continua: “Mes-mo assim, William se recusou a jogar, o que obrigou o técnico Felipão a escalar o jogador Bernard, dizendo que havia es-calado o craque do Chelsea no treino apenas para confundir os jornalistas alemães”.

Assim, teria sido combinado que o Brasil seria derrotado no segundo tempo, “mas a apatia que se abateu sobre os jogadores titulares fez com que a Alemanha, que absolu-tamente não participou dessa negociação, marcasse, em sete falhas simples do time do país sede da Copa”.

Blatter, segundo Gunther, teria garantido que a seleção canarinho terá seu caminho facilitado para o hexacampe-onato de 2018, na Rússia. Se é verdade ou mentira, a história não deixa de ser criativa, mas nem assim serviria de consolo para qualquer cidadão brasilei-ro. Pelo contrário.

SERÁ?Joseph Blatter, segundo Gunther Schweitzer, teria garantido que a seleção canarinho terá seu caminho facilitado para o hexacampeonato de 2018, na Rússia

Foi esse mesmo Gunther Schweitzer que, em 1998, en-viou e-mails afi rmando que o Brasil “vendeu” o título da Copa do Mundo naquele ano. Usando quase o mes-mo texto, ele trocou neste ano o jogador Leonardo por Maxuell, na frase: “Se as pes-soas soubessem o que acon-teceu na Copa do Mundo, fi cariam enojadas”.

O e-mail é visto pela im-prensa como uma daque-las correntes que surgem ninguém sabe de onde, que passam informações duvi-dosas e que ganham ares de verdade.

O problema é que tem gente que jura que Gunther Schweitzer existe e realmen-te denunciou um suposto complô do Brasil para vender a Copa do Mundo de 1998.

Schweitzer seria paulistano, formado em administração de empresas e em educação física. Em 1998, trabalhava para a Volkswagen quando recebeu o conhecido e-mail com a denúncia. Acreditou e repassou a mensagem que, por descuido, foi adiante com sua assinatura.

Gunther mora em Mogi das Cruzes (SP), onde trabalha como personal trainer. Des-de 2012, dá aulas de vôlei no Projeto Vôlei para Brilhar, um braço do Instituto Brilho Brasileiro. Como sua assi-natura acidental virou a de um “informante” da Central Globo de Jornalismo, nem Gunther sabe. Mas desde que a mensagem fi cou famosa na internet, ele se diverte. “Eu era (…) um mero mortal que achou que devia comparti-

lhar a falcatrua. Por esse deslize do meu Outlook na época, a assinatura foi jun-to”, contou Gunther.

Ele ainda brinca ao dizer que, desde que seu nome apareceu vinculado à Rede Globo, seu salário continua o mesmo. “Estou querendo receber os salários da Globo desde 2002 e nada”, ri.

Sobre a teoria das Copas, ele afi rma: “Esporte é jogo, jogo é dinheiro. Dinheiro se remete à empresa e a Fifa junta tudo isso. Não se pode esperar muita coisa”, analisa o professor, que diz ter cer-teza a respeito das suspeitas da Copa de 2014. “É só ana-lisar a coisa politicamente. Os países em crise sempre recebem um ‘incentivo’ mo-tivacional para vivermos no ‘pão e circo’”.

Em 1998 foi a mesma coisa

Whelan devolve credencial à FifaO diretor-executivo da Ma-

tch Services, Ray Whelan, 64, acusado de liderar a quadrilha internacional de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo, anunciou, ontem, a quatro dias da fi nal do torneio, que irá devol-ver à Fifa sua credencial. Segun-do comunicado divulgado pelo Match, a decisão “não é uma confi ssão de que ele fez algo de errado” e o dirigente “lembra que está contribuindo totalmen-te com as investigações que vão atestar sua inocência”.

Sem a credencial, Whelan não terá mais acesso às áreas ofi -ciais do torneio e nem poderá se aproximar dos estádios no momento das partidas (a menos que tenha ingresso para aquele

confronto). Restam apenas dois jogos para o fi m da competição. O empresário gerencia o braço de acomodações do conglome-rado dos irmãos Byrom, grandes parceiros comerciais da Fifa, e trabalha no credenciamento de hotéis ofi ciais nos torneios da entidade.

A reportagem apurou que a devolução da credencial do exe-cutivo aconteceu por pressão da Fifa, que está preocupa-da com os danos de imagem provocados pelo escândalo. Na terça-feira (8), a Match emitiu um comunicado informando que o britânico “continuará traba-lhando nas áreas operacionais de nossa responsabilidade para realizar uma Copa do Mundo

bem-sucedida” depois de ser liberado pela polícia com o pagamento de fi ança e um habeas corpus.

RepercussãoInicialmente, a Federação

Internacional de Futebol havia dito que o empresário era fun-cionário da Match Services e que qualquer decisão sobre o futuro do britânico deveria ser tomada pela companhia. Mas a repercussão negativa do caso fez a Fifa endurecer a pressão pelo afastamento. À imprensa, a entidade não tem criticado Whelan e nem a Match. Diz apenas que tem de esperar o fi m das investigações e que irá punir quem estiver envolvido no

escândalo. O empresário foi in-diciado por associação crimino-sa e por facilitar o recebimento de ingresso a cambistas, artigo 41-G do Estatuto do Torcedor.

As investigações mostraram aos policiais que o grupo li-derado por Whelan desviaria ingressos dos pacotes de hos-pitalidade, de federações na-cionais como a CBF, além de ingressos individuais ou bilhetes adquiridos com operários dos estádios utilizados no Mundial. A Match, empresa dirigida pe-los mexicanos Jaime e Enrique Byrom, cunhados do britânico, detém a exclusividade na venda das entradas de hospitalidade da Copa, do Mundial feminino e da Copa das Confederações.

APÓS PRESSÃO

Devolução da credencial de Whelan ocorreu por pressão da Fifa

DIVULGAÇÃO

E12 - PÓDIO.indd 12 9/7/2014 23:20:41