pódio - 4 de julho de 2014

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FOTOS: FIFA Pódio E7 Alemanha e França fazem duelo de europeus nas quartas da Copa Pódio E12 Torcedores terão mais linhas de ônibus para irem ao Fan Fest A PROVA DOS 10 MANAUS, SEXTA-FEIRA, 4 DE JULHO DE 2014 [email protected] Jogo decisivo entre Brasil e Colômbia colocará frente a frente Neymar e James Rodríguez, que usam a mística camisa 10 de suas seleções. Para o jogador brasileiro o adversário é um craque, mas afirmou que o ciclo do colombiano acaba hoje, na Arena Castelão. Pódio E4 e E5

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Pódio - 4 de julho de 2014

FOTO

S: F

IFA

Pódio E7

Alemanha e França fazem duelo de europeus nas quartas da Copa

Pódio E12

Torcedores terão mais linhas de ônibus para irem ao Fan Fest

A PROVA DOS 10

MANAUS, SEXTA-FEIRA, 4 DE JULHO DE 2014 [email protected]

Jogo decisivo entre Brasil e Colômbia colocará frente a frente Neymar e James Rodríguez, que usam a mística camisa 10 de suas seleções. Para o jogador brasileiro o adversário é um craque, mas afi rmou que o ciclo do colombiano acaba hoje, na Arena Castelão. Pódio E4 e E5

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Page 2: Pódio - 4 de julho de 2014

E2 MANAUS, SEXTA-FEIRA, 4 DE JULHO DE 2014

CHARGE

HERÓIS DA COPA* MARCUS VINÍCIUS PESSOA

Frio, seguro e arrojado, Tafaff arel sempre foi um goleiro contestado. Começou a carreira em 1983 no pequenino Tupi de Crissiumal, do interior gaúcho. Mas foi no Interna-cional que ele despontou profi ssion-almente. Porém, mesmo adorado no Inter, Taff arel não conseguiu conqui-star títulos expressivos pelo clube.

Nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, Taff arel foi um dos melhores jogadores. Na Copa América de 1989, disputada no Brasil, o goleiro levou apenas um gol em sete jogos, ajudando a seleção a O conquistar o título depois de 40 anos, ga-

rantindo uma transferência para o Parma da Itália em 1990. Na Copa de 1990 levou apenas dois gols, mas um deles valeu a eliminação para a Argentina.

Mas a sua redenção viria em 1994. Depois de passar por elimi-natórias complicadas, o Brasil em-barcava para os Estados Unidos com a desconfi ança da torcida. Taff arel levou apenas um gol na fase de grupos e a confi ança que era recuperada aos poucos, levou a Seleção até a fi nal contra um velho conhecido: a Itália.

Na decisão por pênaltis, ele fez

história ao ser o primeiro e único goleiro a defender uma cobrança em um jogo fi nal de Copa do Mundo. Era a consagração de Taff arel, que após o mundial voltou para o Brasil para jogar Atlético Mineiro. Em 1998, Taff arel fechou sua transferência para o Galatasaray, da Turquia, onde levantou sete troféus.

Em 2001, Taff arel voltou para o Parma e ainda teve tempo de vencer um último título, de campeão da Copa da Itália, em 2002. Em 2003, aos 37 anos, Taff arel deu adeus ao futebol, como um dos mais carismáticos e brilhantes goleiros que o futebol.

Taffarel

* MARCUS VINÍCIUS PESSOA É REDATOR PUBLICITÁRIO

ARTILHARIA

Tabela da Copa do Mundo

5GOLS

OITAVAS DE FINAL OITAVAS DE FINAL

54

SEGUNDA30/0617h00Porto Alegre - Beira-Rio

ALEMANHA

ARGÉLIA

2

1

53

SEGUNDA 30/0613h00Brasília - Mané Garrincha

FRANÇA

NIGÉRIA

2

049

SÁBADO 28/0613h00Belo Horizonte - Mineirão

BRASIL

CHILE

1

1

50

SÁBADO 28/0617h00Rio de Janeiro - Maracanã

COLÔMBIA

URUGUAI

2

0

52

DOMINGO 29/0617h00Recife - Arena Pernambuco

COSTA RICA

GRÉCIA

1

1

51

DOMINGO 29/0613h00Fortaleza - Castelão

HOLANDA

MÉXICO

2

155

TERÇA 01/0713h00São Paulo - Itaquerão

ARGENTINA

SUÍÇA

1

0

56

TERÇA 01/0717h00Salvador - Fonte Nova

BÉLGICA

ESTADOS UNIDOS

2

1

60

SÁBADO 05/0713h00Brasília - Mané Garrincha

ARGENTINA

BÉLGICA

58

SEXTA 04/07 13h00Rio de Janeiro - Maracanã

FRANÇA

ALEMANHA

QUARTAS DE FINAL

57

SEXTA 04/07 17h00Fortaleza - Castelão

BRASIL

COLÔMBIA

59

SÁBADO 05/07 17h00Salvador - Fonte Nova

HOLANDA

COSTA RICA

62

QUARTA 09/07 17h00São Paulo - Itaquerão

VENCEDOR JOGO 59

VENCEDOR JOGO 60

SEMIFINAL

61

TERÇA 08/07 17h00Belo Horizonte - Mineirão

VENCEDOR JOGO 57

VENCEDOR JOGO 58

3º LUGAR FINAL

64

DOMINGO 13/07 16h00Rio de Janeiro - Maracanã

VENCEDOR JOGO 61

VENCEDOR JOGO 62

63

SÁBADO 12/07 17h00Brasília - Mané Garrincha

PERDEDOR JOGO 61

PERDEDOR JOGO 62

PÊNALTIS: BRASIL 3 X 2 CHILE

JAMES RODRÍGUEZCOLÔMBIA

PÊNALTIS: COSTA RICA 5 X 3 GRÉCIA

JUCA KFOURI

No que é feito para poucos, restam muitos ciumentos

Um mês e meio atrás, por convite da presidente da Repú-blica, dez jornalistas da área de esportes jantaram com ela no Palácio da Alvorada, em Brasília. Na pauta, a Copa do Mundo.

Dilma Rousseff mais ouviu do que falou e teve um compor-tamento primoroso, sem pedir nada a ninguém.

Tanto bastou, por incrível que pareça dadas as biografi as de pelo menos alguns dos comensais, para uma saraivada de críticas feitas por quem de jornalismo nada en-

tende, mas está sufi cientemente envenenado pelo Fla-Flu PT-PSDB que cega o país.

“Venderam-se por um prato de comida”, escreveu um leitor desta Folha, que fi cou sem resposta sim-plesmente por não merecê-la.

Eis que de certa forma, e guarda-das as devidas proporções, o fenô-meno se repetiu agora, depois do encontro de meia dúzia de jornalistas com o técnico da seleção, na Granja Comary, em Teresópolis.

Por sorte, ou azar, o acima signatá-rio esteve em ambos os encontros.

“Vendeu-se ao PT e à CBF”, haverá de pensar o leitor sem resposta, embora, desta vez, não tenham sido poucos os “jornalistas” que não gos-taram -e as aspas se justifi cam apenas porque jornalistas de ver-dade jamais recusaram, recusam ou recusarão um convite deste porte seja de quem for, até do diabo apesar de ele, como Deus, não existir.

Ontem, Scolari foi ao ponto. Disse não ter se arrependido do en-contro mesmo com a repercussão invejosa, horrorizou-se com ciúmes de homens, anunciou que o próxi-

mo encontro será com repórteres mulheres e ainda teve a coragem de dizer que fala até com quem a CBF não gosta e vice-versa, caso, de novo, do signatário.

Finalizou por dizer, bem ao seu estilo, gauchesco, na base do joe-lhaço típico do Analista de Bagé, criado por Luis Fernando Verissimo textualmente: “Gostou, gostou, não gostou vai para inferno...”.

Talvez não precisasse chegar a tanto, mas o que tem de gente sem noção por aí, de fato, lotaria muitos hospícios.

COLUNISTA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO

Finalizou por dizer, bem ao seu estilo, gauchesco, na base do joelhaço típico do Analista de Bagé, criado por Luis Fer-nando Verissimo tex-tualmente: “Gostou, gostou, não gostou vai para inferno...

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Page 3: Pódio - 4 de julho de 2014

E3MANAUS, SEXTA-FEIRA, 4 DE JULHO DE 2014

Na reinauguração do estádio Ismael Be-nigno, o convidado de honra para a

partida, Sul-América, jogou “água no chope” da torcida do São Raimundo que fez questão de lotar a sua arena. Vencendo por 1 a 0, o Sulão entrou para a história como o primeiro vencedor da nova Colina. O autor do gol da vitória foi o atacante Hudson “Pimenta”. O atleta, que tem 27 anos, foi formado nas categorias de base do clube, mas foi lançado no futebol pelo São Raimundo.

“Foi incrível marcar o pri-meiro gol da nova Colina. Entrei para a história do clube e do futebol ama-zonense”, disse o jogador, que jogou no Fast Clube em 2010 e estava no Central de Caruaru ano passado.

Presente na inauguração, o prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto acredita que o novo estádio Ismael Benigno vem para somar e ajudar o futebol amazonense. Achan-

do que já passou da hora dos clubes locais começarem a andar com suas próprias pernas, Arthur monta es-tratégias para alavancar os clubes estaduais.

“A colina tem capacidade para 10,2 mil pessoas e pode sediar grandes jogos. Temos que fazer agora os clubes se sustentarem, viabilizan-do patrocínios ao invés de fi car enfi ando dinheiro pú-blico para ajudar, tipo uma mesada. Temos que ajudar os clubes. Eles devem criar um orçamento e começar a montar times dentro de suas realidades. Fazer em escala menor o mesmo que o Real Madrid faz em escala maior”, disse o prefeito, que afi rmou ter fé no futebol local.

Cara novaO torcedor que frequentava

o antigo estádio do São Rai-mundo fi cou surpreso quando entrou pela primeira vez na nova Colina. A praça esporti-va passou por uma reforma total que durou cerca de dois

anos e hoje está totalmen-te modernizada e adaptada para receber até partidas in-ternacionais. Contando com vestiários, centro médico e academias de primeira linha, o estádio deverá ser usado pelo Tufão como centro de treinamento e também jogos no campeonato amazonense. Outro clube que também pre-tende utilizar o estádio é o Sul-América. “Vamos fazer uma parceria para utilizar o novo estádio. Temos que agrade-cer tanto o prefeito quanto o governador por fazer essa re-forma que vem para melhorar o campeonato amazonense”, afi rmou o vice-presidente do Sul-América, Alex Costa.

Antes da partida, o gover-nador José Melo e o prefeito Arthur Virgílio Neto partici-param da cerimônia de aber-tura que premiou os bene-méritos do São Raimundo. Entre eles, os ex-jogadores Delmo e Santarém também foram homenageados. Ído-los da torcida alviceleste, os jogadores estavam visivel-

mente emocionados durante a homenagem.

“Eu ajudei a plantar o gra-mado da antiga Colina. Ajudei a levantar os muras e a arqui-bancada. Antigamente todos os jogadores eram amadores e jogavam por amor ao time. Dei minha vida para esse clube que amo de todo coração. Deu vontade de jogar nessa festa. Infelizmente não tenho mais condições. Estou emociona-do”, disse Santarém, o maior artilheiro da história do São Raimundo, que lamentou o time não estar nas principais divisões nacional.

Para Delmo, ídolo da gera-ção que levou o São Raimun-do a Série B do campeonato Brasileiro, o que precisa a partir dessa reinauguração é conscientização. Acreditando que a nova casa do Tufão pode ajudar o time a retornar a elite do Estado, o ex-atacan-te espera mais organização dos dirigentes nessa nova etapa na história do clube que fi ca sediado no bairro do São Raimundo.

Aprovado por todosA Colina surpreendeu até

mesmo os atuais jogadores do Estado. Tendo participa-do de muitos clássicos “Galo Preto” no antigo campo, o volante Emerson, que atuou no Manaus FC no amazonen-se deste ano, não conseguia esconder a felicidade por ter participado da festa. “Iniciei minha carreira pelo Sul-Amé-rica e estou feliz por ter sido lembrado para essa reaber-tura da Colina. Ela é muito importante para o futebol local e nada melhor que um

Galo-Preto para dar o pon-tapé nessa nova era”, disse o atleta. Outro que também participou foi seu ex-com-panheiro de clube, o ata-cante Marinho que coleciona gols e títulos pelo Tufão da Colina. “É sensacional par-ticipar desse evento. Tenho uma história no São Rai-mundo. Fico feliz por ter sido lembrado. Acredito que com esse novo estádio, vamos levantar novamente o clube. Joguei aqui cinco anos e aca-bei criando uma identidade”, fi nalizou o atleta.

Contando com jogadores que fi zeram história no São Raimundo e Sul-América, o clássico atraiu quase sete mil torcedores

Ídolos da torcida do Tufão, Delmo e Santarém participaram da festa

FOTOS: DIEGO JANATÃ

Colina reabre com clássico Galo-Preto

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Page 4: Pódio - 4 de julho de 2014

E4 E5MANAUS, SEXTA-FEIRA, 4 DE JULHO DE 2014

Brasil encara a Colômbia com Paulinho de volta ao timeDuelo marca o primeiro confronto entre os sul-americanos em uma Copa do Mundo. Felipão está otimista com a classifi cação da seleção para as semi

Paulo Vinícius Coelho

É hoje!

Oscar trabalha para Neymar brilhar. O conceito não está erra-do. Um dos dois tem de marcar o lateral e é de Oscar essa missão. Mas seu papel quando a seleção recupera a bola é outro. “Tem de vir quinze metros para dentro e se aproximar dos que sabem jogar”, diz Parreira.

Oscar, Paulinho, Neymar, Fred... todos sabem trocar passes. O dia de mostrar que sabem é hoje!

Thiago Silva estendeu a mão e deu um sorriso ontem, ao ouvir de um torcedor a frase:

“Bom jogo!” Parecia mais leve que semana passada. O relato de que ele temia fi car marcado por mais uma derrota depois da Olimpíada é importante. Tanto quanto a informação de que já entendeu que uma coisa não tem a ver com a outra.

O Brasil pode ganhar a Copa. Mas tem de ser com calma e aproximação em campo de seus talentos. O ponto de partida não foi contra o Chile. Então, é hoje!

Francisco Maturana, técnico fa-moso por ter montado a Colômbia

de Rincón, Valderrama e Asprilla que goleou a Argentina por 5 x 0 em 1993, tem razão ao afi rmar que o Brasil perderá se jogar como contra o Chile. Então o dia de jogar bem... é hoje!

Felipão julga que a Colômbia não jogará com Jackson Martínez e Téo Gutierrez juntos. Vai reforçar um lado do campo para liberar o ponta Cuadrado do outro. Faz sentido. Ibarbo ou Quintero po-dem fechar a esquerda, porque a Colômbia respeita o Brasil.

O técnico argentino da Colôm-

bia é José Pékerman, que venceu o Brasil duas vezes em Mundiais sub-20. Nos profi ssionais, perdeu no Pré-Olímpico de 2000 e levou 4 x 1 na decisão da Copa das Con-federações de 2005. A Colômbia e Pékerman têm mais razões para temer o Brasil do que o Brasil para temer a Colômbia.

O Brasil não perde em casa há 40 jogos, doze anos. Contra a Colômbia, jogou 25 vezes e perdeu só duas, nunca aqui dentro. Hoje é o dia de o Brasil lembrar a si e ao mundo quem é o Brasil.

COLUNISTA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO

A Colômbia têm mais razões para temer o Brasil do que o Brasil para temer a Colômbia O Brasil pode ga-nhar a Copa. Mas tem de ser com calma e aproxima-ção em campo de seus talentos. O ponto de partida não foi contra o Chile. Então, é hoje!

Com apoio da torcida cearense, a seleção brasileira encara a Co-lômbia hoje (4), às 16h

(de Manaus), na arena Castelão, em Fortaleza, pelas quartas de fi nal da Copa do Mundo. Ontem (3), mais de cinco mil pessoas foram ao treinamento realizado no estádio Presidente Vargas e fi zeram um ensaio do caldeirão em que o estádio se tornará durante a partida decisiva.

O técnico Luiz Felipe Scola-ri não ousou e escalará Pauli-nho na vaga do supesnso Luiz Gustavo. Resta saber como os atletas chegam psicologi-camente para o compromis-so diante dos colombianos, que estão jogando o melhor futebol do torneio e passa-ram sem maiores problemas pelo Uruguai com um triunfo por 2 a 0.

Com poucos treinos táticos e físicos, o comandante da sele-ção focou o trabalho no aspecto psicológico dos jogadores, que se mostraram fracos emocional-mente diante dos chilenos.

“Não adianta pedir para os jogadores não sentirem o peso de estarem disputando uma Copa do Mundo no Brasil. Até os mais experientes sentem. O que não podemos é deixar que isso nos prejudique. Temos que trabalhar ainda mais para não repetirmos os erros do Chile, pois nem sempre a sorte vai nos sorrir”, disse.

O atacante Neymar, principal estrela da companhia, garantiu que está tirando de letra a pressão e acredita na classifi -cação, mesmo reconhecendo as virtudes da Colômbia.

“Sei que existe a pressão, mas tiro de letra, pois sempre sonhei com este momento. O nosso grupo está preparado sim, pois estamos jogando no quintal de casa. Sabemos das difi culda-des, teremos pela frente um dos melhores times da competição. A Colômbia ganhou todos os jogos que disputou até aqui. Tem o James Rodríguez, que é um craque. Assim como eu tem vinte e dois anos e não está sentindo a pressão. Mas vou trabalhar para que o ciclo dele acabe neste jogo”, disse Neymar.

Os jogadores canarinhos não escondem o desejo de que a par-tida seja defi nida ao longo dos noventa minutos, para que as-sim não aconteça a pressão que existiu diante dos chilenos.

“Outra disputa de pênaltis é algo que a gente não deseja, pois o sofrimento é muito gran-

de, não apenas para nós, mas também para os nossos amigos, parentes e para os torcedores de uma maneira geral. Sabemos que o jogo contra a Colômbia tende a ser ainda mais compli-cado, mas espero que a seleção brasileira consiga ganhar ao longo dos 90 minutos”, disse o goleiro Julio Cesar.

Pelo lado da Colômbia, existe um clima de mistério. O técnico José Pekerman tem fugido das entrevistas e pedido que os re-servas falem nos contatos com a imprensa. Tudo para proteger um elenco que virou o centro das atenções ao cruzar o caminho do Brasil. O treinador é ciente dos problemas que estão esperando os colombianos no duelo.

“Vamos enfrentar a seleção brasileira, que é forte em qual-quer ocasião e ainda mais forte jogando em casa, diante de seus torcedores. Nós, porém, esta-mos credenciados por um tra-balho que está rendendo frutos, que começou há muito tempo e que não queremos que chegue ao fi m agora. Podemos avançar

e vamos lutar muito para que nossa história não acabe aqui neste Mundial”, disse.

Herói do futebol colombiano na vitória sobre os uruguaios, marcando dois gols, James Ro-dríguez tem discurso semelhan-te ao do treinador.

“O Brasil vai ser difícil, mas sabemos que podemos ganhar se colocarmos em prática tudo o que trabalhamos para esta Copa do Mundo. Confi amos em nosso potencial”, disse o arti-lheiro da Copa.

Pekerman, sem proble-mas, vai repetir a formação do jogo contra a Celeste. Já Felipão não pode fazer o mesmo, já que Luiz Gustavo está suspenso. Paulinho será o escolhido para a vaga, embora ao longo da semana o treinador tenha testado até mesmo o esquema com três zagueiros.

Na véspera do confronto com a Colômbia, o técnico Luiz Felipe Scolari adotou um discurso otimista an-tes de decidir a classifica-

ção para as semifinais do Mundial.Ao ser questionado se

o time permanecia com um mão na taça da

Copa do Mundo, como declarara o coor-denador técnico

Carlos Alber-to Parreira

no início do perí-odo de prepa-ração, F e l i -

pão foi direto.“Continua. Os jogadores

continuam com o mesmo discurso. O Parreira foi mui-to feliz naquelas declarações e segue tudo igual. Estamos no quinto passo. São sete”, disse o treinador.

Até agora, a seleção ainda não empolgou no torneio, coleciona duas vitórias e dois empates.

“Conversei com o Paulinho, e ele me garantiu que não tem problema nenhum com pressão. Eles estão acostu-mados”, acrescentou.

Na broncaFelipão não escondeu o

descontentamento quan-

do foi questionado sobre um encontro com seis jornalistas na última se-gunda-feira (30), dois dias depois da classifi cação contra os chilenos.

“Não tenho como descer para conversar com todo mundo. Tem alguns que são mais meus amigos, gos-to mais, e vou fazer isso, como fazia em 2002 no Japão, sentava com sete, oito ou dez e conversava. Não pode existir ciúme de homem, pelo amor de Deus, é brabo. Sempre fi z isso. Eu vou fazer as coisas do meu jeito. Não gostou? Vai para o inferno”, disse o técnico da seleção.

Felipão crê em hexecampeonato

FICHA TÉCNICABRASILCOLÔMBIA

Local:

Horário:

Árbitro:

Arena Castelão, em Fortaleza (CE)

16h (de Manaus)

Carlos Velasco Carballo (Espanha)

BRASIL: Julio Cesar, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Fernandinho, Paulinho, Oscar e Hulk; Ney-mar e FredTécnico: Luiz Felipe Scolari

COLÔMBIA: David Ospina, Juan Zúñiga, Cristián Zapata, Mario Yepes e Pablo Armero; Abel Aguilar, Carlos Sánchez, Juan Cuadrado e James Rodríguez; Jackson Martínez e Teófilo Gutiér-rez Técnico: José Pekerman

UNIFORME A Fifa defi niu que o Bra-sil jogará de amarelo e a Colômbia vestirá ca-misa e meias vermelhas e calções azuis. Além da camisa canarinho, a se-leção brasileira entrará em campo com calções e meias brancas.

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Arena Castelão, em Fortaleza (CE)

16h (de Manaus)

Carlos Velasco Carballo (Espanha)

BRASIL: Julio Cesar, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Fernandinho, Paulinho, Oscar e Hulk; Ney-mar e FredTécnico: Luiz Felipe Scolari

COLÔMBIA: David Ospina, Juan Zúñiga, Cristián Zapata, Mario Yepes e Pablo Armero; Abel Aguilar, Carlos Sánchez, Juan Cuadrado e James Rodríguez; Jackson Martínez e Teófilo Gutiér-

Técnico: José Pekerman

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AÇÃO

A Colômbia costuma ser um ad-versário de lembranças históricas para o Brasil. Embora nunca te-nham se enfrentado em Copas do Mundo, o duelo marcou momentos importantes, como o milésimo jogo ofi cial da seleção e a reinaugura-ção do estádio Vivaldo Lima.

O domínio verde e amarelo é grande. Dos 25 jogos disputados, são 15 vitórias, oito empates e apenas duas derrotas. Os ca-narinhos anotaram 55 gols e sofreram apenas 11.

Um dos fatos mais marcantes do duelo aconteceu em 23 de março de 1957, pela Copa América, no Estádio Nacional, em Lima, no Peru. Os brasileiros golearam por 9 a 0, com cinco gols do atacante Evaristo de Macedo, até hoje o atle-ta que mais marcou em um único jogo com a camisa canarinha.

“Aquele jogo é sempre de grande memória, pois foi uma marca que persiste até hoje. Era uma época em que a gente entrava em campo contra a Colômbia querendo saber de quanto ia ser. Agora a coisa está mais equilibrada”, disse.

O último encontro entre os dois times também pode ser considera-do histórico. No amistoso do dia 14 de novembro de 2012, no MetLife Stadium, em Nova Jersey, nos EUA, a seleção brasileira disputou o mi-lésimo jogo ofi cial de sua história. A partida terminou em 1 a 1 com gols de Cuadrado e Neymar.

Como um presente de Natal antecipado, Brasil e Colômbia se enfrentaram no dia 12 de dezembro de 1995 em Manaus. O amistoso que terminou com a vitória da seleção brasileira por 3 a 1, marcou a reinaugu-ração do estádio Vivaldo Lima, o Vivaldão.

EquilíbrioSe o Brasil leva amplo

domínio sobre os co-lombianos, nos últimos anos o duelo tem sido marcado pelo equilíbrio. As últimas quatro partidas terminaram empatadas, sendo que três delas sem abertura de contagem.

A última vitória dos brasileiros

sobre os colombianos aconte-ceu em 7 de setembro de 2003, na cidade de Barranquilla, na Colômbia, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Os canarinhos ganharam por 2 a 1. Já os co-lombianos não batem o Brasil desde 13 de julho de 1991, quando fizeram 2 a 0 pela fase de grupos da Copa América do Chile. Em território brasileiro os colombianos jamais conseguiram bater os anfitriões.

Brasil e Colômbia têm jogos históricos

Neymar comemoran-do o gol do milési-mo jogo da seleção brasileira

Paulinho terá uma nova chance entre os titulares e ao lado de Fernandinho e Oscar formará o meio de campo brasileiro

Comandante verde e amarelo acredita no título do Brasil

Na véspera do confronto com a Colômbia, o técnico Luiz Felipe Scolari adotou um discurso otimista an-tes de decidir a classifica-

ção para as semifinais do Mundial.Ao ser questionado se

o time permanecia com um mão na taça da

Copa do Mundo, como declarara o coor-denador técnico

Carlos Alber-to Parreira

no início do perí-

Felipão crê em hexecampeonato

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Page 5: Pódio - 4 de julho de 2014

E4 E5MANAUS, SEXTA-FEIRA, 4 DE JULHO DE 2014

Brasil encara a Colômbia com Paulinho de volta ao timeDuelo marca o primeiro confronto entre os sul-americanos em uma Copa do Mundo. Felipão está otimista com a classifi cação da seleção para as semi

Paulo Vinícius Coelho

É hoje!

Oscar trabalha para Neymar brilhar. O conceito não está erra-do. Um dos dois tem de marcar o lateral e é de Oscar essa missão. Mas seu papel quando a seleção recupera a bola é outro. “Tem de vir quinze metros para dentro e se aproximar dos que sabem jogar”, diz Parreira.

Oscar, Paulinho, Neymar, Fred... todos sabem trocar passes. O dia de mostrar que sabem é hoje!

Thiago Silva estendeu a mão e deu um sorriso ontem, ao ouvir de um torcedor a frase:

“Bom jogo!” Parecia mais leve que semana passada. O relato de que ele temia fi car marcado por mais uma derrota depois da Olimpíada é importante. Tanto quanto a informação de que já entendeu que uma coisa não tem a ver com a outra.

O Brasil pode ganhar a Copa. Mas tem de ser com calma e aproximação em campo de seus talentos. O ponto de partida não foi contra o Chile. Então, é hoje!

Francisco Maturana, técnico fa-moso por ter montado a Colômbia

de Rincón, Valderrama e Asprilla que goleou a Argentina por 5 x 0 em 1993, tem razão ao afi rmar que o Brasil perderá se jogar como contra o Chile. Então o dia de jogar bem... é hoje!

Felipão julga que a Colômbia não jogará com Jackson Martínez e Téo Gutierrez juntos. Vai reforçar um lado do campo para liberar o ponta Cuadrado do outro. Faz sentido. Ibarbo ou Quintero po-dem fechar a esquerda, porque a Colômbia respeita o Brasil.

O técnico argentino da Colôm-

bia é José Pékerman, que venceu o Brasil duas vezes em Mundiais sub-20. Nos profi ssionais, perdeu no Pré-Olímpico de 2000 e levou 4 x 1 na decisão da Copa das Con-federações de 2005. A Colômbia e Pékerman têm mais razões para temer o Brasil do que o Brasil para temer a Colômbia.

O Brasil não perde em casa há 40 jogos, doze anos. Contra a Colômbia, jogou 25 vezes e perdeu só duas, nunca aqui dentro. Hoje é o dia de o Brasil lembrar a si e ao mundo quem é o Brasil.

COLUNISTA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO

A Colômbia têm mais razões para temer o Brasil do que o Brasil para temer a Colômbia O Brasil pode ga-nhar a Copa. Mas tem de ser com calma e aproxima-ção em campo de seus talentos. O ponto de partida não foi contra o Chile. Então, é hoje!

Com apoio da torcida cearense, a seleção brasileira encara a Co-lômbia hoje (4), às 16h

(de Manaus), na arena Castelão, em Fortaleza, pelas quartas de fi nal da Copa do Mundo. Ontem (3), mais de cinco mil pessoas foram ao treinamento realizado no estádio Presidente Vargas e fi zeram um ensaio do caldeirão em que o estádio se tornará durante a partida decisiva.

O técnico Luiz Felipe Scola-ri não ousou e escalará Pauli-nho na vaga do supesnso Luiz Gustavo. Resta saber como os atletas chegam psicologi-camente para o compromis-so diante dos colombianos, que estão jogando o melhor futebol do torneio e passa-ram sem maiores problemas pelo Uruguai com um triunfo por 2 a 0.

Com poucos treinos táticos e físicos, o comandante da sele-ção focou o trabalho no aspecto psicológico dos jogadores, que se mostraram fracos emocional-mente diante dos chilenos.

“Não adianta pedir para os jogadores não sentirem o peso de estarem disputando uma Copa do Mundo no Brasil. Até os mais experientes sentem. O que não podemos é deixar que isso nos prejudique. Temos que trabalhar ainda mais para não repetirmos os erros do Chile, pois nem sempre a sorte vai nos sorrir”, disse.

O atacante Neymar, principal estrela da companhia, garantiu que está tirando de letra a pressão e acredita na classifi -cação, mesmo reconhecendo as virtudes da Colômbia.

“Sei que existe a pressão, mas tiro de letra, pois sempre sonhei com este momento. O nosso grupo está preparado sim, pois estamos jogando no quintal de casa. Sabemos das difi culda-des, teremos pela frente um dos melhores times da competição. A Colômbia ganhou todos os jogos que disputou até aqui. Tem o James Rodríguez, que é um craque. Assim como eu tem vinte e dois anos e não está sentindo a pressão. Mas vou trabalhar para que o ciclo dele acabe neste jogo”, disse Neymar.

Os jogadores canarinhos não escondem o desejo de que a par-tida seja defi nida ao longo dos noventa minutos, para que as-sim não aconteça a pressão que existiu diante dos chilenos.

“Outra disputa de pênaltis é algo que a gente não deseja, pois o sofrimento é muito gran-

de, não apenas para nós, mas também para os nossos amigos, parentes e para os torcedores de uma maneira geral. Sabemos que o jogo contra a Colômbia tende a ser ainda mais compli-cado, mas espero que a seleção brasileira consiga ganhar ao longo dos 90 minutos”, disse o goleiro Julio Cesar.

Pelo lado da Colômbia, existe um clima de mistério. O técnico José Pekerman tem fugido das entrevistas e pedido que os re-servas falem nos contatos com a imprensa. Tudo para proteger um elenco que virou o centro das atenções ao cruzar o caminho do Brasil. O treinador é ciente dos problemas que estão esperando os colombianos no duelo.

“Vamos enfrentar a seleção brasileira, que é forte em qual-quer ocasião e ainda mais forte jogando em casa, diante de seus torcedores. Nós, porém, esta-mos credenciados por um tra-balho que está rendendo frutos, que começou há muito tempo e que não queremos que chegue ao fi m agora. Podemos avançar

e vamos lutar muito para que nossa história não acabe aqui neste Mundial”, disse.

Herói do futebol colombiano na vitória sobre os uruguaios, marcando dois gols, James Ro-dríguez tem discurso semelhan-te ao do treinador.

“O Brasil vai ser difícil, mas sabemos que podemos ganhar se colocarmos em prática tudo o que trabalhamos para esta Copa do Mundo. Confi amos em nosso potencial”, disse o arti-lheiro da Copa.

Pekerman, sem proble-mas, vai repetir a formação do jogo contra a Celeste. Já Felipão não pode fazer o mesmo, já que Luiz Gustavo está suspenso. Paulinho será o escolhido para a vaga, embora ao longo da semana o treinador tenha testado até mesmo o esquema com três zagueiros.

Na véspera do confronto com a Colômbia, o técnico Luiz Felipe Scolari adotou um discurso otimista an-tes de decidir a classifica-

ção para as semifinais do Mundial.Ao ser questionado se

o time permanecia com um mão na taça da

Copa do Mundo, como declarara o coor-denador técnico

Carlos Alber-to Parreira

no início do perí-odo de prepa-ração, F e l i -

pão foi direto.“Continua. Os jogadores

continuam com o mesmo discurso. O Parreira foi mui-to feliz naquelas declarações e segue tudo igual. Estamos no quinto passo. São sete”, disse o treinador.

Até agora, a seleção ainda não empolgou no torneio, coleciona duas vitórias e dois empates.

“Conversei com o Paulinho, e ele me garantiu que não tem problema nenhum com pressão. Eles estão acostu-mados”, acrescentou.

Na broncaFelipão não escondeu o

descontentamento quan-

do foi questionado sobre um encontro com seis jornalistas na última se-gunda-feira (30), dois dias depois da classifi cação contra os chilenos.

“Não tenho como descer para conversar com todo mundo. Tem alguns que são mais meus amigos, gos-to mais, e vou fazer isso, como fazia em 2002 no Japão, sentava com sete, oito ou dez e conversava. Não pode existir ciúme de homem, pelo amor de Deus, é brabo. Sempre fi z isso. Eu vou fazer as coisas do meu jeito. Não gostou? Vai para o inferno”, disse o técnico da seleção.

Felipão crê em hexecampeonato

FICHA TÉCNICABRASILCOLÔMBIA

Local:

Horário:

Árbitro:

Arena Castelão, em Fortaleza (CE)

16h (de Manaus)

Carlos Velasco Carballo (Espanha)

BRASIL: Julio Cesar, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Fernandinho, Paulinho, Oscar e Hulk; Ney-mar e FredTécnico: Luiz Felipe Scolari

COLÔMBIA: David Ospina, Juan Zúñiga, Cristián Zapata, Mario Yepes e Pablo Armero; Abel Aguilar, Carlos Sánchez, Juan Cuadrado e James Rodríguez; Jackson Martínez e Teófilo Gutiér-rez Técnico: José Pekerman

UNIFORME A Fifa defi niu que o Bra-sil jogará de amarelo e a Colômbia vestirá ca-misa e meias vermelhas e calções azuis. Além da camisa canarinho, a se-leção brasileira entrará em campo com calções e meias brancas.

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BRASIL: Julio Cesar, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Fernandinho, Paulinho, Oscar e Hulk; Ney-mar e FredTécnico: Luiz Felipe Scolari

COLÔMBIA: David Ospina, Juan Zúñiga, Cristián Zapata, Mario Yepes e Pablo Armero; Abel Aguilar, Carlos Sánchez, Juan Cuadrado e James Rodríguez; Jackson Martínez e Teófilo Gutiér-

Técnico: José Pekerman

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A Colômbia costuma ser um ad-versário de lembranças históricas para o Brasil. Embora nunca te-nham se enfrentado em Copas do Mundo, o duelo marcou momentos importantes, como o milésimo jogo ofi cial da seleção e a reinaugura-ção do estádio Vivaldo Lima.

O domínio verde e amarelo é grande. Dos 25 jogos disputados, são 15 vitórias, oito empates e apenas duas derrotas. Os ca-narinhos anotaram 55 gols e sofreram apenas 11.

Um dos fatos mais marcantes do duelo aconteceu em 23 de março de 1957, pela Copa América, no Estádio Nacional, em Lima, no Peru. Os brasileiros golearam por 9 a 0, com cinco gols do atacante Evaristo de Macedo, até hoje o atle-ta que mais marcou em um único jogo com a camisa canarinha.

“Aquele jogo é sempre de grande memória, pois foi uma marca que persiste até hoje. Era uma época em que a gente entrava em campo contra a Colômbia querendo saber de quanto ia ser. Agora a coisa está mais equilibrada”, disse.

O último encontro entre os dois times também pode ser considera-do histórico. No amistoso do dia 14 de novembro de 2012, no MetLife Stadium, em Nova Jersey, nos EUA, a seleção brasileira disputou o mi-lésimo jogo ofi cial de sua história. A partida terminou em 1 a 1 com gols de Cuadrado e Neymar.

Como um presente de Natal antecipado, Brasil e Colômbia se enfrentaram no dia 12 de dezembro de 1995 em Manaus. O amistoso que terminou com a vitória da seleção brasileira por 3 a 1, marcou a reinaugu-ração do estádio Vivaldo Lima, o Vivaldão.

EquilíbrioSe o Brasil leva amplo

domínio sobre os co-lombianos, nos últimos anos o duelo tem sido marcado pelo equilíbrio. As últimas quatro partidas terminaram empatadas, sendo que três delas sem abertura de contagem.

A última vitória dos brasileiros

sobre os colombianos aconte-ceu em 7 de setembro de 2003, na cidade de Barranquilla, na Colômbia, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Os canarinhos ganharam por 2 a 1. Já os co-lombianos não batem o Brasil desde 13 de julho de 1991, quando fizeram 2 a 0 pela fase de grupos da Copa América do Chile. Em território brasileiro os colombianos jamais conseguiram bater os anfitriões.

Brasil e Colômbia têm jogos históricos

Neymar comemoran-do o gol do milési-mo jogo da seleção brasileira

Paulinho terá uma nova chance entre os titulares e ao lado de Fernandinho e Oscar formará o meio de campo brasileiro

Comandante verde e amarelo acredita no título do Brasil

Na véspera do confronto com a Colômbia, o técnico Luiz Felipe Scolari adotou um discurso otimista an-tes de decidir a classifica-

ção para as semifinais do Mundial.Ao ser questionado se

o time permanecia com um mão na taça da

Copa do Mundo, como declarara o coor-denador técnico

Carlos Alber-to Parreira

no início do perí-

Felipão crê em hexecampeonato

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E6 MANAUS, SEXTA-FEIRA, 4 DE JULHO DE 2014

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Pekermanquer eliminar donos da casa

O jogo contra o Brasil tem um sabor espe-cial para o técnico José Pekerman, 64.

Além de já ser o treinador com o melhor desempenho colombiano em Copas, o ar-gentino tem a possibilidade de reverter uma situação adversa em seu currículo.

Caso supere o Brasil, Pekerman pode eliminar um time anfitrião em Copas do Mundo, algo que ele esteve bem perto de realizar em 2006, na Alemanha.

Naquela Copa, também nas quartas, a Argentina de Péker-man chegou a estar vencendo por 1 a 0 até os 35 minutos do segundo tempo, quando sofreu o empate e, nos pênaltis, foi eliminada do torneio.

“Lembrar a história é algo importante. É o que nos defi ne e o mostra o caminho que de-vemos seguir. Mas a história é feita todo dia. Então temos o compromisso de jogar bem e dar nossa parte na construção a ela. É isso que temos que fazer”, disse o argentino.

Durante toda a semana que antecedeu a preparação colombiana, o treinador op-tou pelo mistério. Os treinos foram fechados para a im-prensa desde a concentra-ção em São Paulo (SP).

Em Fortaleza foram duas atividades. Ontem (3), em obediência ao protocolo da Fifa, apenas os últimos 15 minutos foram liberados para imagem e fotografi a.

O único momento de contato dos atletas com os torcedores aconteceu na saída do hotel. “Saber que temos esse apoio nos fortalece, mas também nos dá uma responsabilidade extra. Esse é um momento que vai representar um passo importante para a Colômbia”, disse o lateral Zuniga.

‘Armeration’O técnico da seleção co-

lombiana, José Perkerman, foi questionado, durante a coleti-va realizada ontem, se lhe cau-sava algum incômodo as dan-ças nas comemorações de seus atletas quando marcam gols, em especial o “Armeration”, feita pelo lateral Armero.

Pekerman, que é argenti-no, disse aprova esse tipo de celebração mesmo não

sendo de um país em que as danças são usadas para comemorações dos gols.

“Não, não tem nada a ver isso (de não gostar de dança). Co-nheço muito bem a Colômbia, joguei lá e vivi anos por lá (antes de ser treinador). Me sinto parte de todo o ambiente da Colôm-bia e é uma alegria sincera. É uma forma de se comunicar com os amigos”, falou.

“É bom quando se faz o gol, se tem energia e eles desfrutam, sempre com respeito. Respeito ao rival, a todos. É como um abraço. É uma alegria que não atrapalha a ninguém”, conti-nuou o treinador.

A Colômbia ganhou os qua-tro jogos que fez até agora no Mundial, contra Grécia, Costa do Marfi m, Japão e Uruguai, sempre com danças divertidas e muita descon-

tração dos jogadores nos momentos de celebrar.

História é passadoPara José Pekerman, da se-

leção colombiana, disse que é preciso enfrentar o Brasil como fez com Costa do Mar-fi m, Grécia, Japão e Uruguai. O treinador falou sobre o duelo e disse que é preciso deixar o passado de lado.

“Acho que o segredo é não pensar em situações anterio-res, tem de olhar pra frente. Para a Colômbia cada jogo é um novo desafi o, não podemos pensar no que já passou, no que diz respeito a nós e ao Brasil. É sempre preciso acreditar no Brasil, tem um grande futebol, temos que jogar nosso jogo e seguir, esse é o ponto crucial, não partir de que o jogo tem um favorito. É preciso enfrentá-los como todos os outros adversá-rios”, disse o treinador.

Em 2006, o treinador argentino comandou a seleção albiceleste no Mundial da Alemanha, mas caiu para os anfi triões nas quartas de fi nal e deu adeus à competição

O estádio Castelão esta-rá com as arquibancadas amarelas para o duelo en-tre Brasil e Colômbia, mas dentro de campo apenas os brasileiros poderão vestir a camisa amarelinha. Sendo “visitantes” no confronto, os colombianos entrarão em campo com o segundo uni-forme, que nesta temporada é vermelho. Há 24 anos a seleção do país não joga uma partida de Copa do Mundo com a coloração rubra.

Durante a primeira fase da competição, os coman-dados do técnico argentino José Pekerman enfrentaram Grécia, Costa do Marfi m e Japão vestindo combinação

amarela e branca, conse-guindo os nove pontos que estavam em jogo.

A última vez que os co-lombianos ostentaram a cor vermelha foi em 1990, quando empataram por 1 a 1 com a Alemanha durante a primeira fase do Mundial da Itália. O autor do gol sul-americano foi o meia Freddy Rincón, que na época defendia a camisa do América de Cali, já nos acréscimos da partida.

O vermelho foi a principal cor da seleção da Colômbia de 1971 a 1992, sendo do-minante no uniforme titular da equipe. A partir de 1993, a tonalidade foi deixada de lado, sendo substituída pelo

amarelo e azul. Em 2014, o vermelho tomou novamente o espaço do azul.

Feriado nacionalA confi ança no futebol co-

lombiano é tanta que o pre-sidente do país sul-americano virá ao Brasil para assistir ao confronto entre os donos da casa e seu país. E mais: Juan Manuel Santos decretou feriado nacional hoje, data da partida pelas quartas de fi nal da Copa do Mundo.

“Gostaria de anunciar a todos os ofi ciais públicos que decretamos um feriado de meio expediente na sexta-feira (hoje) para que todos possam assistir ao jogo”,

declarou o “torcedor” presi-dente da Colômbia.

Santos ainda reforçou. “O dia cívico começa às 13h, e já alerto a todos que come-morem com calma e em paz”, disse o presidente em comu-nicado. A presidente do Brasil, Dilma Rouseff , não divulgou se comparecerá ao confronto.

De acordo com o Portal Bra-sil, ofi cial do governo federal, Juan Manuel Santos chegará ao Brasil momentos antes da partida, que será disputada em Fortaleza. A Colômbia voltou a disputar uma Copa do Mundo após 16 anos, e a participação é histórica. Pela primeira vez, ‘Los Cafetones’ chegaram às quartas de fi nal.

Seleção colombiana jogará de vermelho

Jogadores comemoram com o tradicional “armeration”, dança ensinado para os demais jogadores pelo lateral-esquerdo Armero

Treinador da Colômbia afirma não ter medo de encarar os donos da casa, mas prega respei-ta à seleção canarinho

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Jose Pekerman,técnico da Colômbia

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Page 7: Pódio - 4 de julho de 2014

E7 MANAUS, SEXTA-FEIRA, 4 DE JULHO DE 2014

Alemanha e França duelam por vaga na semiCom quatro títulos mundiais em campo, o estádio do Maracanã deve receber uma das melhores partidas desta Copa

O primeiro choque en-tre campeões mun-diais no mata-mata da Copa do Mundo

de 2014 acontece hoje, quan-do França e Alemanha abrem as quartas de fi nal medindo forças a partir das 12h (de Manaus), no Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ). Ambas avança-ram em primeiro lugar em seus respectivos grupos, as duas não tiveram facilidades nas oitavas de fi nal. Os franceses elimina-ram a Nigéria com um triunfo por 2 a 0, mas com os gols acontecendo apenas na parte fi nal do segundo tempo. Já os alemães precisaram de uma desgastante prorrogação para bater a Argélia por 2 a 1 em uma partida épica. Deste jogo sairá o rival do Brasil nas semifi nais, caso os canarinhos consigam eliminar a Colômbia.

Alemanha e França chegam em climas bem diferentes para este jogo. Os franceses estão sendo bem elogiados pela im-prensa internacional por apre-sentarem um futebol envol-vente, algo que tem deixado o técnico Didier Deschamps em estado de graça.

“Acredito que a nossa equipe encontrou uma química muito boa nesta Copa do Mundo e nos-sa confi ança apenas aumenta de partida para partida, mesmo a gente sabendo que o grau de difi culdade vai ser maior a cada dia. Teremos um grande jogo contra a Alemanha, um dos melhores times da Copa do Mundo, mas estamos confi an-tes porque podemos ganhar se colocarmos em prática o que foi pensado para este jogo”, disseDidier Deschamps.

Se a França chega em cli-ma positivo, a Alemanha vem recheada de críticas, já que alguns problemas estão im-pedindo o técnico Joachim Löw de encontrar a formação considerada ideal. As recla-mações aumentaram após a

difícil vitória sobre a Argélia. O cenário torna o jogo contra a França muito importante para a afi rmação dos alemães.

“Penso que muitos acham que devemos estar tristes porque chegamos até aqui, já que encontramos difi culdades. Brasil, Argentina, Holanda, en-fi m, todo mundo sofreu para conseguir continuar na dispu-ta. Não somos um ponto fora da curva. Essa Copa está sendo desgastante fi sicamente, mas ao mesmo tempo com jogos disputados em ritmo alucinan-te. Portanto, o importante aca-ba sendo sempre o resultado que se consegue e até aqui estamos cumprindo nossos ob-jetivos. Tenho esperanças de ganharmos da França, mas já alerto que isso não será nada tranquilo”, disse Löw.

Em termos de escalação os dois treinadores estão tendo que quebrar a cabeça. O za-gueiro Mamadou Sakho, re-cuperado de uma distensão muscular na coxa direita, vai a campo. Ele recupera o posto de Laurent Koscielny. No ataque, Antoine Griez-mann ganha a posição de Olivier Giroud. Tudo porque Karim Benzema prefere um homem de velo-cidade ao seu lado, que caia pelos cantos do campo.

A Alemanha coleciona proble-mas. Líder dentro de campo e principal organizador das joga-das da equipe, o volante Bastian Schweinsteiger vem sentindo o desgaste dos jogos, mas vai para o sacrifício. O lateral direito Shkodran Mustafi , com lesão na coxa direita, é prati-camente carta fora do baralho. Assim, Philipp Lahm volta a sua posição de origem e deixa a vaga no meio de campo com Sami Khedira. O artilheiro Tho-mas Müller, mesmo tendo sido poupado dos treinos da semana por conta de uma forte gripe, atuará sem problemas.

O histórico negativo contra a Alemanha em Copas do Mundo não preocupa o técnico da França, Didier Deschamps, às vésperas de um novo en-contro. Mas ele, obviamente, gostaria que a página a ser escrita hoje, no Maracanã, seja mais bonita do que as das derrotas nas semifi nais de 1982 e 1986.

“Meus jogadores não estão sob pressão, a não ser pelo fato de ser uma partida de quartas de fi nal. O que acon-teceu no passado fi cou para a história. Será escrita uma nova página. Esperamos que

seja a página mais bela pos-sível para nós”, disse, ontem, logo depois de comandar o último treinamento da equipe, no palco da partida.

Deschamps avisou que per-cebeu um gramado seco no trabalho de reconhecimento – no qual os franceses já atuaram neste Mundial, na última rodada da primeira fase –, mas não demonstrou preocupação com o assunto, tendo em conta que o está-dio carioca já recebeu cinco partidas na competição. Seu único foco, neste momento, é preparar bem a França.

Alemães gripadosSete jogadores da Ale-

manha apresentaram sin-tomas de gripe, mas não preocupam Joachim Low. Ao menos foi o que disse o treinador na véspera da partida contra a França.

Tudo começou com Mats Hummels. Poucas horas antes do duelo com a Argélia, pelas oitavas de fi nal, o zaguei-ro acordou com febre alta e não teve condições de atuar, sendo poupado pela comissão técnica. Garantida a classifi -cação, porém, ele já estaria apto novamente a entrar em

campo no Maracanã.“O contágio se deve talvez

ao ar condicionado. O Hum-mels fi cou ruim no terceiro dia, com um pouco de febre, mas, desde ontem (quarta-feira), todos já conseguiram treinar. Ainda estão um pouco resfriados, mas não há exaus-tão. Espero que permaneçam estáveis e não tenhamos pio-ra”, disse Low, que também fez elogios aos meio-campis-tas Sami Khedira e Bastian Schweinsteiger, dois jogado-res que não se apresentaram em totais condições físicas para este Mundial.

Histórico não preocupa Didier Deschamps

ganharmos da França, mas já alerto que isso não será nada tranquilo”, disse Löw.

Em termos de escalação os dois treinadores estão tendo que quebrar a cabeça. O za-gueiro Mamadou Sakho, re-cuperado de uma distensão muscular na coxa direita, vai a campo. Ele recupera o posto de Laurent Koscielny. No ataque, Antoine Griez-mann ganha a posição de Olivier Giroud. Tudo porque Karim Benzema prefere um homem de velo-cidade ao seu lado, que caia pelos cantos do campo.

A Alemanha coleciona proble-mas. Líder dentro de campo e principal organizador das joga-das da equipe, o volante Bastian Schweinsteiger vem sentindo o desgaste dos jogos, mas vai para o sacrifício. O lateral direito Shkodran Mustafi , com lesão na coxa direita, é prati-camente carta fora do baralho. Assim, Philipp Lahm volta a sua posição de origem e deixa a vaga no meio de campo com Sami Khedira. O artilheiro Tho-mas Müller, mesmo tendo sido poupado dos treinos da semana por conta de uma forte gripe, atuará sem problemas.

nova página. Esperamos que preparar bem a França.

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Joaquim Löw e Didier Deschamps travarão duelo tático no estádio do Maracanã

Karim Benzema e Thomas Müller são as principais

esperanças de gol da partida

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E8 MANAUS, SEXTA-FEIRA, 4 DE JULHO DE 2014

Federação russa garante permanência de Capello

O maior salário entre os técnicos da Copa do Mundo fez a pressão sobre Fabio Capello aumentar após a eli-minação ainda na primeira fase do torneio. Mas mesmo com o vexame no grupo H, o presidente da Federação de Futebol do país, Nikolai Tolstikh, garante a permanência do italiano no comando da seleção.

“Quando falamos do período do contrato de Capello, não há cláusulas de rescisão. Portanto precisamos falar de outras coisas”, explica sucintamente o mandatário.

O vínculo do treinador com a seleção russa estende-se até 2018, ano em que a Copa do Mundo será disputada exatamente no país europeu.

Corinthians calcula prejuízos do último jogo no seu estádio

O Corinthians anunciou nesta quinta-feira o balanço do estrago causado em seu estádio durante a partida entre Argentina e Suíça, na terça, pelas oitavas de fi nal da Copa do Mundo. De acordo com comunicado ofi cial emitido pelo Alvinegro, 282 assentos foram danifi cados durante a partida que marcou a classifi -cação da equipe de Alejandro Sabella.

Ainda na nota, o Corinthians informou que, por contrato, tudo o que é quebrado em seu estádio tem de ser reembolsado pelo Comitê Organizador Local e pela Fifa. O clube vem fazendo registro em fotos e vídeos para o relatório que enviará ao COL.

Futebol bate recorde de audiência nos Estados Unidos

Mais de 24,6 milhões de norte-americanos viram o duelo contra a Bélgica, na última terça-feira, pelas oitavas de fi nal da Copa do Mundo. O jogo que foi decidido só na prorrogação, com vitória belga por 2 a 1, alcançou o número mais expressivo quando o assunto é audiência televisiva no futebol. Dados que mostram o crescimento do esporte em um país, que antes era visto como berço de outras modalidades, como basquete, futebol americano e beisebol.

Após queda de cartola argelino, membro da Fifa, Polícia Civil do Rio de Janeiro investigará Júnior Baiano e Assis, irmão e empresário de Ronaldinho Gaúcho

Após a prisão do franco-argelino Mo-hamadou Lamine Fofana, membro da

Fifa acusado de liderar um esquema ilegal de venda de ingressos da Copa do Mundo, a Polícia Civil do Rio de Janei-ro está investigando supos-tas ligações do cartola com ex-jogadores brasileiros.

De acordo com informa-

ções da Folha de S. Paulo, Júnior Baiano e Assis, ex-jogador, irmão e empresá-rio de Ronaldinho Gaúcho, são os principais alvos da investigação. O ex-zagueiro alugou um apartamento no Rio para o acusado, em um acordo de R$ 12 mil reais. Já Assis teria sido flagrado em uma escuta negociando com Fofana detalhes do esquema

ilegal de ingressos.A dupla deve ser convocada

nos próximos dias para pres-tar depoimento à Polícia. Ou-tros ex-atletas, no entanto, também devem ser ouvidos por terem tido contato re-cente com o franco-argelino, caso de Dunga, Jairzinho e Carlos Alberto Torres, que teriam participado de uma festa organizada por Fofana

em um bar no Rio, com tudo pago pelo membro da Fifa.

O caso levou até mesmo suspeitas a Bebeto e Romá-rio, que participaram de um amistoso na Chechênia em 2011, também organizado por Fofana. Já Neymar da Sil-va Santos, pai do craque da seleção brasileira, foi men-cionado por um suspeito em um telefonema grampeado.

Ex-jogadores serão investigados no Rio

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SSPolícia Civil do Rio de Janeiro investigará se ex-atletas do fu-tebol brasileiro têm algum tipo de ligação com argelino preso

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Page 9: Pódio - 4 de julho de 2014

E9MANAUS, SEXTA-FEIRA, 4 DE JULHO DE 2014

Abstinência da Copa atinge muitos torcedoresFicar dois dias sem jogos do Mundial para os amantes de futebol foi um “suplício”. Hoje tem bola em campo novamente

A Copa do Mundo 2014 está chegando aos seus minutos fi nais. Hoje começa o mata-mata

das quartas de fi nal com duas partidas que, provavelmente, le-varão os fanáticos por futebol ao delírio. O Mundial, que come-çou no dia 12 do mês passado é realizado pela segunda vez no Brasil e nesta edição está fi cando marcado pelos grandes confrontos. Em muitos jogos, a zebra fez questão de passear pelos gramados canarinhos.

O maior exemplo disso é a surpreendente campanha feita até o momento pela seleção ca-ribenha da Costa Rica. A equipe, que tem como grande destaque o meio campista Bryan Ruiz, que atua no clube holandês do PSVEindhoven, eliminou as tra-dicionais Inglaterra e Itália em sua caminhada. Outro fator que deixou os torcedores vidrados nas partidas foi a elevada mé-dia de gols desse mundial. Até o momento a média é de 2,75 gols por partida. Várias golea-das contribuiram para que essa média subisse, a principal foi a aplicada pela Holanda sobre a atual campeão do Mundo, Espanha, por 5 a 1 na primeira rodada do Grupo B.

Até o momento foram realiza-das 56 partidas, com jogos em praticamente todos os dias des-de o pontapé inicial do torneio. Porém, nos últimos dois dias a pelota não rolou e isso fez com que os torcedores sentissem saudades da competição. “Já estava mal acostumado porque sempre podia acompanhar dois ou três jogos por dia. Para quem é apaixonado por futebol, a Copa do Mundo é o melhor presente que se pode receber. Foi difícil fi car esses dias sem jogos”, disse o estudante universitário, Anilton Junior, 22.

Para o estudante de jornalis-mo, o maior problema será após o fi nal do Mundial. Para quem se

acostumou a acompanhar par-tidas disputadas em alto nível técnico, ter que assistir os jogos do Brasileirão será complicado. “Não vai ser fácil quando a Copa acabar. Terei que me reacostu-mar com os jogos disputados no Brasil. Geralmente o nível técnico do campeonato brasi-leiro é baixo e a vontade acaba sendo maior que a qualidade”, explicou Anilton.

Manaus sem jogosA participação da represen-

tante da região norte na Copa do Mundo foi curta e já acabou. Sediando somente quatro jogos do torneio, a Arena da Amazô-nia Vivaldo Lima foi utilizada apenas na fase de grupos do Mundial. Porém, os manauenses aproveitaram cada momento. Em todas as partidas, a Arena esteve lotada e a festa foi total na cidade. Alguns desses con-frontos fi caram para sempre na história do esporte do Estado. O principal foi o super clássico entre Inglaterra e Itália, que aconteceu dia 14 do mês pas-sado. A última partida disputada em Manaus foi entre Suíça e Honduras, no dia 25. “Poderia ter mais jogos da Copa na cidade. Nosso estádio é um dos mais bonitos do país e merecia pelo menos uma partida das oitavas de fi nal”, opinou o economista Alberto Noronha, 24 que confi r-ma estar sentindo falta do clima que tomou conta da cidade no começo da competição.

Mais dias sem jogosAté chegar a grande final

da Copa do Mundo que será realizada no próximo dia 13 no Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro, os torcedores fi-carão mais quatro dias sem jogos da competição. Dias 6, 7, 10 e 11 o Mundial do Brasil ficará parado para que os jogadores se recuperem e comecem a preparação para as últimas e decisivas parti-das da 20ª edição da Copa do Mundo.

Torcedores manauenses acham que mais jogos deveriam ser realizados em Manaus durante esta Copa do Mundo

Seleção brasileira joga hoje contra a colombiana na Arena Castelão, em Fortaleza, às 16h

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

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tidas disputadas em alto nível técnico, ter que assistir os jogos do Brasileirão será complicado. “Não vai ser fácil quando a Copa acabar. Terei que me reacostu-mar com os jogos disputados no Brasil. Geralmente o nível técnico do campeonato brasi-leiro é baixo e a vontade acaba sendo maior que a qualidade”, explicou Anilton.

Manaus sem jogosA participação da represen-

tante da região norte na Copa do Mundo foi curta e já acabou. Sediando somente quatro jogos do torneio, a Arena da Amazô-nia Vivaldo Lima foi utilizada apenas na fase de grupos do Mundial. Porém, os manauenses aproveitaram cada momento. Em todas as partidas, a Arena esteve lotada e a festa foi total na cidade. Alguns desses con-frontos fi caram para sempre na história do esporte do Estado. O principal foi o super clássico entre Inglaterra e Itália, que aconteceu dia 14 do mês pas-sado. A última partida disputada em Manaus foi entre Suíça e Honduras, no dia 25. “Poderia ter mais jogos da Copa na cidade. Nosso estádio é um dos mais bonitos do país e merecia pelo menos uma partida das oitavas de fi nal”, opinou o economista Alberto Noronha, 24 que confi r-ma estar sentindo falta do clima que tomou conta da cidade no começo da competição.

Mais dias sem jogosAté chegar a grande final

da Copa do Mundo que será realizada no próximo dia 13 no Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro, os torcedores fi-carão mais quatro dias sem jogos da competição. Dias 6, 7, 10 e 11 o Mundial do Brasil ficará parado para que os jogadores se recuperem e comecem a preparação para as últimas e decisivas parti-das da 20ª edição da Copa do Mundo.

Torcedores manauenses acham que mais jogos deveriam ser realizados em Manaus durante esta Copa do Mundo

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Page 10: Pódio - 4 de julho de 2014

E1010 E11MANAUS, SEXTA-FEIRA, 4 DE JULHO DE 2014

Hotéis lotados durante a Copa em ManausFOTOS: RICARDO OLIVEIRA

EMERSON QUARESMAEquipe EM TEMPO

A média de ocupação dos leitos da rede hoteleira de Manaus durante o período dos

jogos da Copa do Mundo 2014, na Arena da Amazônia Vivaldo Lima, entre 12 a 26 de junho, foi de 85% a 86%. O bom resultado apresentado pelos dados preliminares da Asso-ciação Brasileira da Indústria de Hotéis do Amazonas (Abih-AM), segundo o presidente da entidade, Roberto Simão Bulbol, são próximos aos da

média nacional, que também ainda não estão fechados.

O principal momento para os empresários do setor, con-forme Bulbol, se deu durante o período da terceira partida na Arena da Amazônia, entre Estados Unidos e Portugal, quando a ocupação dos apar-tamentos alcançou o percen-tual de 94%. O segundo lugar no ranking da Abih-AM foi da primeira partida, entre Itália e Inglaterra, quando a ocupação alcançou a média de 92% dos leitos da rede.

Na avaliação de Bulbol, as outras duas partidas foram

boas, se levar em conta as seleções que não têm tanta tradição no mundo do futebol. Durante a segunda partida,

entre Camarões e Croácia, a média de ocupação dos apar-tamentos foi de 84%, enquan-to, no último jogo, entre Suíça e Honduras, cerca de 80% dos leitos estavam ocupados.

Tempo Segundo ele, a média de

permanência dos visitantes estrangeiros e brasileiros nos hotéis foi 2,6 dias. “A maioria veio mesmo para acompanhar as suas seleções. Eles chega-vam a Manaus para assistir à partida do seu país e no dia se-guinte partiam para outro Esta-do. Alguns foram fazer passeio

na selva, no rio. Mas o número de turistas que fi caram hospe-dados mais dias em Manaus não foi representativo. Num hotel de cem apartamentos, por exemplo, apenas cinco fi caram por mais tempo”, explicou.

De acordo com o presidente da Abih-AM, no começo de junho, até o dia 12, a média de ocupação dos leitos era de 33% a 35%. Depois, de 26 a 30, a queda foi brusca, com médias diárias de 22% a 24%. “Hoje, os hotéis estão pra-ticamente vazios. O próprio amazonense está saindo de Manaus, principalmente para

Fortaleza (CE), para seguirem acompanhando os jogos da Copa do Mundo”, apontou.

Um dos motivos da queda acentuada, segundo Bulbol, se dá pelo fato de que, enquanto os jogos de Manaus já aca-baram outros continuam nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul, o que afeta a vida do pessoal de negócios das indús-trias que é o principal mercado da rede. “Eles não voltaram à vida normal e o pessoal de negócios não voltou a sua carga de trabalho, o que di-minui muito a frequência das viagens”, disse.

Os quatro jogos recebidos pela capital do Amazonas, durante a Copa do Mundo Fifa 2014, atraíram milhares de turistas, especialmente estrangeiros. Os hotéis da cidade chegaram a registrar 94% de ocupação

A média de ocupação dos leitos da rede hoteleira de Manaus durante o período dos jogos foi de 86% com picos de 94%

OCUPAÇÃOO principal momento para os empresários do setor se deu duran-te o período da tercei-ra partida na Arena da Amazônia, entre Esta-dos Unidos e Portugal, quando a ocupação alcançou pico de 94%

Um dos hotéis mais tra-dicionais de Manaus, o Tro-pical, superou as suas ex-pectativas durante a Copa na cidade, ultrapassando a média histórica para o mês, quando em vários dias alcançou 100% de ocupa-ção dos leitos. De acor-do com assessoria, como todas as reservas nesse período foram garantidas previamente, não houve cancelamentos inespera-dos, bem como o hotel foi surpreendido com reservas adicionais.

Os principais hóspedes da

rede foram os turistas es-trangeiros, que em termos proporcionais ocuparam a média de 80% dos leitos. A nacionalidade, segundo assessoria, variou muito durante os jogos, mas os principais clientes foram os norte-americanos, in-gleses e portugueses.

O dado mais recente pre-ocupa o dirigente da entida-de representativa da rede hoteleira. Para ele, o mês de julho deve ser encarado por empresários e gesto-res públicos do turismo de Manaus e do Amazonas

como momento de articu-lar motivos para ocupação da rede hoteleira, princi-palmente porque a oferta de apartamentos cresceu muito nos últimos anos.

“Precisamos trabalhar em cima de ideias de como ocupar os hotéis de Ma-naus daqui para a frente. Temos de articular grandes eventos. Em setembro, por exemplo, teremos o Con-gresso das Cooperativas de Crédito para 1,5 mil pessoas. Mas, precisamos de mais alternativas”, ob-servou Bulbol. (EQ)

Estrangeiros foram a maioria Os proprietários de alber-

gues da cidade também co-memoraram os resultados das hospedagens durante o período da Copa do Mundo em Manaus. No Local Hostel Manaus, por exemplo, a mé-dia de ocupação dos leitos que começou com 64% e se manteve até o fi nal da temporada, segundo o pro-prietário Matheus Andra-de, que abriu o negócio há quatro meses, na busca de ter – com o evento mundial – uma oportunidade de ala-vancar o empreendimento e recuperar o investimento.

O percentual divulgado que Matheus considera bom por pouco não foi de mal a pior. Segundo ele, dias an-tes da primeira partida na Arena da Amazônia ocorre-ram muitos cancelamentos de reservas que tinha sido feitas com muita antecipa-ção. Contudo, no decorrer de junho, novas procuras resultaram numa quantida-de de pouco mais de 500 hospedes durante o mês. “Um resultado muito bom, principalmente no período dos jogos”, disse.

De acordo com o em-

presário, desse número de hóspedes, assim como na rede hoteleira dos grandes hotéis, os norte-america-nos foram maioria, seguido por ingleses. Em terceiro lugar, segundo ele, foram os australianos, que o sur-preenderam, uma vez que a seleção desse país não tinha partida marcada em Manaus. “Percebemos que muitos hóspedes que vieram da Austrália eram imigrantes. Muitos desses imigrantes eram da Europa e foram para a Austrália”, explicou. (EQ)

Investimentos valeram a pena

O amazonense não tem dúvida de que a presen-ça estrangeira mais mar-cante durante as partidas da Copa do Mundo, em Manaus, foi a dos ingle-ses. Mas, de acordo com dados da Empresa Esta-dual de Turismo do Ama-zonas (Amazonastur), em quantidade, os súditos da rainha Elizabeth fi caram em segundo lugar com aproximadamente 15 mil turistas. Na frente, em disparada, os norte-americanos que vieram a Manaus com mais 35 mil torcedores.

O balanço da Amazo-nastur sobre as naciona-lidades dos turistas es-trangeiros que passaram por Manaus durante os jogos da Copa na capital amazonense para acom-panhar as suas seleções, segundo assessoria, só será fechado após a úl-tima partida do evento.

Contudo, no levanta-mento preliminar o órgão aponta que italianos e su-íços marcaram presença com aproximadamente 2,5 mil pessoas – cada uma das nacionalidades. Já os croatas chegaram a 2 mil, enquanto os camaroneses não tive-ram número levantado. A empresa estadual de turismo informou que, fora aqueles estrangei-ros que tinham motivo real para vir a Manaus, países sul-americanos como a Colômbia, Vene-zuela e Argentina mar-caram forte presença na cidade. (EQ)

35 mil visitantes dos EUA

60 mil desembarcaram para a CopaA Empresa Brasileira de

Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informou que, en-tre os dias 6 e 25 de junho, período considerado como de movimentação da Copa, aproximadamente 260 pes-soas passaram pelos ter-minais de passageiros do aeroporto internacional de Eduardo Gomes. Número que representa um aumento no volume de passageiros de 45% em relação ao mesmo período do ano passado.

Desse total, durante os jogos, aproximadamente 60 mil passageiros internacio-

nais embarcaram e desem-barcaram em Manaus, o que representou um aumento de 500% em relação ao mesmo período de 2013, quando fo-ram registrados cerca de 10 mil passageiros.

Segundo a Infraero, em média, diariamente 11 mil passageiros embarcavam e desembarcavam no aeropor-to de Manaus, em aproxima-damente 200 voos diários que ligavam a capital ama-zonense a diversos pontos do Brasil e do mundo.

Os passageiros de destinos nacionais que passaram pelo

aeroporto de Manaus foram cerca de 200 mil pessoas, um aumento de 25% em relação ao mesmo período do ano

passado (150 mil pessoas).Ao todo, foram realiza-

dos 3,7 mil voos, incluindo voos regulares, fretados e executivos, além de táxis-aéreos, helicópteros e voos militares durante o Mun-dial. Esse número represen-ta um aumento de 25% no número de operações de pousos e decolagens em relação ao mesmo período do ano passado.

A quantidade de voos do-mésticos passou de 2,7 mil em 2013 para 3 mil em 2014 no período de 6 a 25 de junho, que representa um aumento

de 15%. Já os voos interna-cionais aumentaram 50%. Em 2013, foram realizados 350 e, em 2014, 700, jus-tifi cados pela realização da Copa do Mundo na cidade.

“A Copa do Mundo em Ma-naus foi um importante teste para aferir a capacidade da Infraero em coordenar gran-des eventos. E é com grande satisfação que afi rmo que fi zemos o trabalho benfeito, graças ao empenho de todos os envolvidos”, destacou a superintendente do aero-porto de Manaus, Socorro Pinheiro. (EQ)

ESTRANGEIROSDurante os jogos, 60 mil estrangei-ros embarcaram e desembarcaram em Manaus, o que repre-sentou um aumento de 500% em relação ao mesmo período de 2013

MICHAEL DANTAS/AGECOM

No Tropical Hotel, todas as reservas neste período foram garantidas previa-mente, não houve cance-

lamentos inesperados

Inglaterra enviou 15 mil tu-ristas para assistir ao clás-sico entre Inglaterra e Itália, na Arena da Amazônia

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Page 11: Pódio - 4 de julho de 2014

E1010 E11MANAUS, SEXTA-FEIRA, 4 DE JULHO DE 2014

Hotéis lotados durante a Copa em ManausFOTOS: RICARDO OLIVEIRA

EMERSON QUARESMAEquipe EM TEMPO

A média de ocupação dos leitos da rede hoteleira de Manaus durante o período dos

jogos da Copa do Mundo 2014, na Arena da Amazônia Vivaldo Lima, entre 12 a 26 de junho, foi de 85% a 86%. O bom resultado apresentado pelos dados preliminares da Asso-ciação Brasileira da Indústria de Hotéis do Amazonas (Abih-AM), segundo o presidente da entidade, Roberto Simão Bulbol, são próximos aos da

média nacional, que também ainda não estão fechados.

O principal momento para os empresários do setor, con-forme Bulbol, se deu durante o período da terceira partida na Arena da Amazônia, entre Estados Unidos e Portugal, quando a ocupação dos apar-tamentos alcançou o percen-tual de 94%. O segundo lugar no ranking da Abih-AM foi da primeira partida, entre Itália e Inglaterra, quando a ocupação alcançou a média de 92% dos leitos da rede.

Na avaliação de Bulbol, as outras duas partidas foram

boas, se levar em conta as seleções que não têm tanta tradição no mundo do futebol. Durante a segunda partida,

entre Camarões e Croácia, a média de ocupação dos apar-tamentos foi de 84%, enquan-to, no último jogo, entre Suíça e Honduras, cerca de 80% dos leitos estavam ocupados.

Tempo Segundo ele, a média de

permanência dos visitantes estrangeiros e brasileiros nos hotéis foi 2,6 dias. “A maioria veio mesmo para acompanhar as suas seleções. Eles chega-vam a Manaus para assistir à partida do seu país e no dia se-guinte partiam para outro Esta-do. Alguns foram fazer passeio

na selva, no rio. Mas o número de turistas que fi caram hospe-dados mais dias em Manaus não foi representativo. Num hotel de cem apartamentos, por exemplo, apenas cinco fi caram por mais tempo”, explicou.

De acordo com o presidente da Abih-AM, no começo de junho, até o dia 12, a média de ocupação dos leitos era de 33% a 35%. Depois, de 26 a 30, a queda foi brusca, com médias diárias de 22% a 24%. “Hoje, os hotéis estão pra-ticamente vazios. O próprio amazonense está saindo de Manaus, principalmente para

Fortaleza (CE), para seguirem acompanhando os jogos da Copa do Mundo”, apontou.

Um dos motivos da queda acentuada, segundo Bulbol, se dá pelo fato de que, enquanto os jogos de Manaus já aca-baram outros continuam nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul, o que afeta a vida do pessoal de negócios das indús-trias que é o principal mercado da rede. “Eles não voltaram à vida normal e o pessoal de negócios não voltou a sua carga de trabalho, o que di-minui muito a frequência das viagens”, disse.

Os quatro jogos recebidos pela capital do Amazonas, durante a Copa do Mundo Fifa 2014, atraíram milhares de turistas, especialmente estrangeiros. Os hotéis da cidade chegaram a registrar 94% de ocupação

A média de ocupação dos leitos da rede hoteleira de Manaus durante o período dos jogos foi de 86% com picos de 94%

OCUPAÇÃOO principal momento para os empresários do setor se deu duran-te o período da tercei-ra partida na Arena da Amazônia, entre Esta-dos Unidos e Portugal, quando a ocupação alcançou pico de 94%

Um dos hotéis mais tra-dicionais de Manaus, o Tro-pical, superou as suas ex-pectativas durante a Copa na cidade, ultrapassando a média histórica para o mês, quando em vários dias alcançou 100% de ocupa-ção dos leitos. De acor-do com assessoria, como todas as reservas nesse período foram garantidas previamente, não houve cancelamentos inespera-dos, bem como o hotel foi surpreendido com reservas adicionais.

Os principais hóspedes da

rede foram os turistas es-trangeiros, que em termos proporcionais ocuparam a média de 80% dos leitos. A nacionalidade, segundo assessoria, variou muito durante os jogos, mas os principais clientes foram os norte-americanos, in-gleses e portugueses.

O dado mais recente pre-ocupa o dirigente da entida-de representativa da rede hoteleira. Para ele, o mês de julho deve ser encarado por empresários e gesto-res públicos do turismo de Manaus e do Amazonas

como momento de articu-lar motivos para ocupação da rede hoteleira, princi-palmente porque a oferta de apartamentos cresceu muito nos últimos anos.

“Precisamos trabalhar em cima de ideias de como ocupar os hotéis de Ma-naus daqui para a frente. Temos de articular grandes eventos. Em setembro, por exemplo, teremos o Con-gresso das Cooperativas de Crédito para 1,5 mil pessoas. Mas, precisamos de mais alternativas”, ob-servou Bulbol. (EQ)

Estrangeiros foram a maioria Os proprietários de alber-

gues da cidade também co-memoraram os resultados das hospedagens durante o período da Copa do Mundo em Manaus. No Local Hostel Manaus, por exemplo, a mé-dia de ocupação dos leitos que começou com 64% e se manteve até o fi nal da temporada, segundo o pro-prietário Matheus Andra-de, que abriu o negócio há quatro meses, na busca de ter – com o evento mundial – uma oportunidade de ala-vancar o empreendimento e recuperar o investimento.

O percentual divulgado que Matheus considera bom por pouco não foi de mal a pior. Segundo ele, dias an-tes da primeira partida na Arena da Amazônia ocorre-ram muitos cancelamentos de reservas que tinha sido feitas com muita antecipa-ção. Contudo, no decorrer de junho, novas procuras resultaram numa quantida-de de pouco mais de 500 hospedes durante o mês. “Um resultado muito bom, principalmente no período dos jogos”, disse.

De acordo com o em-

presário, desse número de hóspedes, assim como na rede hoteleira dos grandes hotéis, os norte-america-nos foram maioria, seguido por ingleses. Em terceiro lugar, segundo ele, foram os australianos, que o sur-preenderam, uma vez que a seleção desse país não tinha partida marcada em Manaus. “Percebemos que muitos hóspedes que vieram da Austrália eram imigrantes. Muitos desses imigrantes eram da Europa e foram para a Austrália”, explicou. (EQ)

Investimentos valeram a pena

O amazonense não tem dúvida de que a presen-ça estrangeira mais mar-cante durante as partidas da Copa do Mundo, em Manaus, foi a dos ingle-ses. Mas, de acordo com dados da Empresa Esta-dual de Turismo do Ama-zonas (Amazonastur), em quantidade, os súditos da rainha Elizabeth fi caram em segundo lugar com aproximadamente 15 mil turistas. Na frente, em disparada, os norte-americanos que vieram a Manaus com mais 35 mil torcedores.

O balanço da Amazo-nastur sobre as naciona-lidades dos turistas es-trangeiros que passaram por Manaus durante os jogos da Copa na capital amazonense para acom-panhar as suas seleções, segundo assessoria, só será fechado após a úl-tima partida do evento.

Contudo, no levanta-mento preliminar o órgão aponta que italianos e su-íços marcaram presença com aproximadamente 2,5 mil pessoas – cada uma das nacionalidades. Já os croatas chegaram a 2 mil, enquanto os camaroneses não tive-ram número levantado. A empresa estadual de turismo informou que, fora aqueles estrangei-ros que tinham motivo real para vir a Manaus, países sul-americanos como a Colômbia, Vene-zuela e Argentina mar-caram forte presença na cidade. (EQ)

35 mil visitantes dos EUA

60 mil desembarcaram para a CopaA Empresa Brasileira de

Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informou que, en-tre os dias 6 e 25 de junho, período considerado como de movimentação da Copa, aproximadamente 260 pes-soas passaram pelos ter-minais de passageiros do aeroporto internacional de Eduardo Gomes. Número que representa um aumento no volume de passageiros de 45% em relação ao mesmo período do ano passado.

Desse total, durante os jogos, aproximadamente 60 mil passageiros internacio-

nais embarcaram e desem-barcaram em Manaus, o que representou um aumento de 500% em relação ao mesmo período de 2013, quando fo-ram registrados cerca de 10 mil passageiros.

Segundo a Infraero, em média, diariamente 11 mil passageiros embarcavam e desembarcavam no aeropor-to de Manaus, em aproxima-damente 200 voos diários que ligavam a capital ama-zonense a diversos pontos do Brasil e do mundo.

Os passageiros de destinos nacionais que passaram pelo

aeroporto de Manaus foram cerca de 200 mil pessoas, um aumento de 25% em relação ao mesmo período do ano

passado (150 mil pessoas).Ao todo, foram realiza-

dos 3,7 mil voos, incluindo voos regulares, fretados e executivos, além de táxis-aéreos, helicópteros e voos militares durante o Mun-dial. Esse número represen-ta um aumento de 25% no número de operações de pousos e decolagens em relação ao mesmo período do ano passado.

A quantidade de voos do-mésticos passou de 2,7 mil em 2013 para 3 mil em 2014 no período de 6 a 25 de junho, que representa um aumento

de 15%. Já os voos interna-cionais aumentaram 50%. Em 2013, foram realizados 350 e, em 2014, 700, jus-tifi cados pela realização da Copa do Mundo na cidade.

“A Copa do Mundo em Ma-naus foi um importante teste para aferir a capacidade da Infraero em coordenar gran-des eventos. E é com grande satisfação que afi rmo que fi zemos o trabalho benfeito, graças ao empenho de todos os envolvidos”, destacou a superintendente do aero-porto de Manaus, Socorro Pinheiro. (EQ)

ESTRANGEIROSDurante os jogos, 60 mil estrangei-ros embarcaram e desembarcaram em Manaus, o que repre-sentou um aumento de 500% em relação ao mesmo período de 2013

MICHAEL DANTAS/AGECOM

No Tropical Hotel, todas as reservas neste período foram garantidas previa-mente, não houve cance-

lamentos inesperados

Inglaterra enviou 15 mil tu-ristas para assistir ao clás-sico entre Inglaterra e Itália, na Arena da Amazônia

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Page 12: Pódio - 4 de julho de 2014

E12 MANAUS, SEXTA-FEIRA, 4 DE JULHO DE 2014

Fiscais da SMTU estarão desde as primeiras horas da manhã monitorando a quantidade de passageiros para colocar em circulação mais coletivos, conforme a necessidade observada nos pontos de embarque

Frota de ônibus reforçada hoje para a Fan Fest

É grande a expectativa do manauense para o jogo de hoje entre Brasil e Colômbia,

e como deve ser intenso o público na Fifa Fan Fest, a frota de coletivos para o com-plexo da Ponta Negra será reforçado. Além da circulação de mais ônibus nas linhas, o planejamento operacional da Superintendência Munici-pal de Transportes Urbanos (SMTU) prevê a utilização de uma frota reserva composta por veículos convencionais e

articulados que fi carão a postos na área de estacio-namento do condomínio Al-

phaville, para que entrem em operação nos horários demaior procura.

A quantidade de ôni-bus que serão acres-

centados à frota dependerá da

demanda de passageiros. A frota operante normal das linhas que atendem a Fan Fest é de 87 ônibus. Nos dias com registro de maior público na Fan Fest são incluídos à frota normal, em média, 20

ônibus. Fiscais de transporte da SMTU acompanharão a frota, frequência e demanda dos veículos des-

de às 7h nos terminais de integração T3, T4 e T5 e nos pontos de parada próximos ao evento para determinar em quais linhas os ônibusreservas circularão.

CirculaçãoComo a avenida Coronel

Teixeira estará interditada no sentido Ponta Negra/ Cen-tro, os ônibus entrarão na alameda Alaska, depois irão virar à esquerda na alameda Líbia e passarão pela aveni-da Cel. Teixeira, em contra-fl uxo, para que possam sair do evento. A partir de 14h, os ônibus não circularão no perímetro próximo à praia. O embarque e desembarque de passageiros será feito na avenida Coronel Teixeira, a partir da avenida do Turis-

mo, em pontos de parada sinalizados.

TERMINAISOs coletivos com des-tino direto à Fan Fest sairão dos terminais T1, T2, T3, T4, T5 e nos pontos considerados estratégicos, onde há grande concentração de torcedores com destino para a Ponta Negra

Lappa BarO Lappa Bar recebe hoje, a

partir de 14h, o público para fazer o esquenta da partida que tem início às 16h. Após o apito fi nal, as bandas lo-cais Marrakesh e Calçada do Samba darão continuidade à festa. A entrada custa R$ 25. Mais informações 3584-3567/ 8234-4993.

Carioca bar A banda tudo e + 1 pou-

co e o DJ Brau animam a torcida durante a transmis-são do jogo entre Brasil x Colômbia no Cariocar Bar (rua Rio Madeira, 465, Loja 1, Vieiralves). A casa abre às 14h com bebida (cho-

pe e caipirinha) liberada até as 18h. O couvert cus-ta R$ 20. Informações pelo fone 9494-3291.

Buteko da PiscinaO Buteko da Piscina (rua

Acre, 366, Vieiralves) terá chope librado durante a par-tida, o couvert custa R$ 20 (individual). O esquenta para o jogo fi ca sob o comando do Grupo Cacildis. Informações pelo fone 8100-3466.

Locais que exibirão os jogos

Linhas que atenderão a Fan Fest

120 - P. NEGRA / T1 / CENTRO

126 - SIPAM / AV. BRA-SIL / T1 / CENTRO

308 – AEROPORTO/ AV. BRASIL/ CENTRO

450 - T3 / REDENÇÃO / P. NEGRA

542 - OURO VERDE / T2 / P. NEGRA

641 - T4 - T3 / AERO-PORTO / P. NEGRA

678 - T4 / V-8 / P. NEGRA

Piores da Copa do Mundo até aquiNo ranking de performance

dos jogadores da Copa, a Fifa coloca o zagueiro David Luiz como o melhor atleta da com-petição até as oitavas de fi nal. No fi m da lista, 46 jogadores dividem o infeliz posto de pior do Mundial, com nota de 4,14. O grupo conta com um brasileiro,

o meia Hernanes. Ele atuou por 27 minutos na vitória de 3 a 1 do Brasil sobre a Croácia. Nesse período, ele roubou uma bola, mas teve apenas 55,6% de acerto nos passes.

Todas as seleções presentes nas quartas de fi nal contam com um jogador na relação.

Adversário do Brasil hoje, a Colômbia tem o zagueiro Éder Balanta, titular na partida contra o Japão. Na lista, sete equipes possuem três repre-sentantes: Argélia, Camarões, Costa do Marfi m, Gana, Nigé-ria, Portugal e Suíça. Abaixo, alista completa.

Faz então três semanas que eu estou em Manaus e eu já sinto parte do signifi -cado das diferenças entre a civilizações europeia e la-tina... Mas, portanto, como podemos falar de “choque cultural”? E para quem?

Uma série de hábitos sur-preendem, à primeira vista, como o impacto da religião na sociedade. O Brasil é conhe-cido por ser o primeiro país católico do mundo. Poucas pessoas são ateus e a maioria das famílias são praticantes. Pode-se, por exemplo, conhe-cer os símbolos religiosos em instituições públicas, ambien-tes jurídicos, o que pode não funcionar na França.

É ainda mais surpreendente quando a religião está envol-vida na política. Atualmente, fala-se sobre as eleições para

governador do Amazonas. Du-rante a campanha, pode-se ver que os partidos religiosos têm um lugar importante na esfera política. E muitos can-didatos mostram claramente sua fi liação religiosa.

Há “choque cultural” na sociabilidade brasileira. Isto pode, à primeira vista, sur-preendem e até mesmo inti-midam os turistas.

Um grupo escocês encon-trou no Flutuante, no Tarumã, às margens do rio Negro, e disse: “Os brasileiros não são tímidos, ao contrário, são mui-to sociáveis”. Durante todo o dia, as pessoas estão abraçan-do ou beijando para cumpri-mentar-se, conhecer uns aos outros. A maioria dos habi-tantes de Manaus é amigável, sorridente e agradável.

Isso é muito bom porque em

nenhum lugar da agitação que é Paris - ainda menos no metrô e outros transportes públicos - uma pessoa desconhecida se arriscaria a aproximar de você e iniciar uma conversa. Aqui, todos os lugares que eu fui, as pessoas sempre recebem muito bem. Isso traz aos europeus refl exões sobre um modo melhor de agir na sociedade.

Parece ainda bastante difícil para os brasileiros planejar algo com antecedência. As pessoas costumam trocar pro-grama até o último minuto. É um modo de vida completa-mente diferente do continente europeu (onde tudo é cro-nometrado e calculado com antecedência). Esse pode ser o motivo para que pessoas pa-reçam ter o tempo para viver, parecem menos estressadas.

LISTA FIFA

FaLoic Koutana, 19 anos, é estudante de jornalismo na Sorbonne, em Paris, uma das mais conceituadas instituições do setor. O parisiense inicia uma maratona de colaborações com o jornal Amazonas EM TEMPO, onde cumpre seu estágio

ArtigoChoque cultural: Ideologia ou colisão?

NA LISTA, SETE EQUIPES POSSUEM TRÊS REPRESENTANTES: MEIO-CAMPISTASHernanes, BrasilCarlos Peña, MéxicoJean Makoun, CamarõesJames Troisi, AustráliaMathis Bolly, Costa do Marfi mIsmaël Diomandé, Costa do Marfi mJerry Palacios, HondurasGelson Fernandes, SuíçaReza Haghighi, IrãReuben Gabriel, NigériaEjike Uzoenyi, NigériaChristoph Kramer, AlemanhaMubarak Wakaso, GanaAlbert Adomah, GanaAfriyie Acquah, GanaSaphir Taïder, Argélia

GOLEIROSJoe Hart, InglaterraEduardo, PortugalDEFENSORESHenri Bedimo, CamarõesDany Nounkeu, CamarõesGerard Piqué, EspanhaÉder Balanta, ColômbiaJorge Fucile, UruguaiSebastián Coates, UruguaiJohnny Acosta, Costa RicaMichael Lang, SuíçaPhilippe Senderos, SuíçaJosé María Basanta, ArgentinaFábio Coentrão, PortugalDeAndre Yedlin, Estados UnidosNicolas Lombaerts, BélgicaHwang Seok-ho, Coreia do Sul

ATACANTESEduardo da Silva, CroáciaRaúl Jiménez, MéxicoKlaas-Jan Huntelaar, HolandaHiroshi Kiyotake, JapãoGiovanni Sio, Costa do Marfi mRickie Lambert, InglaterraLoïc Rémy, FrançaJoão Rojas, EquadorKarim Ansarifard, IrãUche Nwofor, NigériaHugo Almeida, PortugalNabil Ghilas, ArgéliaRiyad Mahrez, ArgéliaJi Dong-won, Coreia do Sul

A frota normal de coleti-vos para atender a Fifa Fan Fest é de 87 ônibus

Os dias dos jogos do Brasil são quando mais pessoas vão à Fan Fest

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