o ano da fÉ -...

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2013 O ANO DA CENTENÁRIO REDE DE RENÚNCIA DE BENTO XVI CHEGADA DE JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE GRUPOS DE ORIENTAÇÕES PARA O FRANCISCO DA DIOCESE REFLEXÃO MATRIMÔNIO DIMENSÃO SOCIAL MISSÃO CAMINHADA BOTE FÉ COMUNIDADES ESPIRITUALIDADE PERSEVERANÇA ALEGRIA EVANGELIZAÇÃO ENCONTROS HUMILDADE FORMAÇÃO CRISTÃ FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT A Serviço das Comunidades Impresso Especial 9912259129/2005-DR/MG CORREIOS MITRA JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXX - 289 | DEZEMBRO DE 2013

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ImpressoEspecial

9912259129/2005-DR/MG

CORREIOSMITRA

JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXX - 289 | DEZEMBRO DE 2013

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Dom José Lanza Neto

2 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Editorial

A Voz do Pastor

ExpedienteDiretor geralDOM JOSÉ LANZA NETOEditor e Jornalista Responsável PE. GILVAIR MESSIAS DA SILVA - MTB: MG 17.550 JPRevisãoMYRTHES BRANDÃOProjeto grá�co e editoração BANANA, CANELA E DESIGN - www.bananacanelaedesign.-com.br - (35) 3713-6160Tiragem3.950 EXEMPLARES

ImpressãoGRÁFICA SÃO SEBASTIÃO

IlustraçãoMARCELO A. VENTURA

Conselho editorialPADRE JOSÉ AUGUSTO DA SILVA, PADRE HENRIQUE NEVESTON DA SILVA, IR. MÁRCIO DINIZ, MARIA INÊS MOREIRA E NEUZA MARIA DE OLIVEIRA FIGUEIREDO.

RedaçãoPraça Santa Rita, 02 - Centro CEP. 37860-000, Nova Resende - MGTelefone(35) 3562.1347E-mail [email protected] Artigos assinados não representam necessariamente a opinião do Jornal.Uma Publicação da Diocese de Guaxupéwww.guaxupe.org.br

Chega o Natal... Como luz que desperta a manhã, que acende o mundo, que clareia a realidade, que ilumina os corações.

O Natal que chega não é mais um Natal como os outros que já chega-ram. Não é uma lembrança litúrgica apenas. É a liturgia da memória. É iluminar a vida ante a luz da presen-ça de Deus, Sol Nascente que vem ao mundo visitar.

O Natal chega para tornar presen-te a misericórdia de Deus. Ele quer renovar sua aliança. Ano após ano,

É nesta certeza que apostamos tudo em vista do que somos e sere-mos na construção da nova história e do nosso destino final, isto é, a vida eterna, vida definitiva com Deus. Es-tamos prestes a celebrar mais uma vez o Natal do Senhor. Isto nos moti-va à reflexão de que Ele está no meio de nós. Temos quatro vias a conside-rar:

A primeira é a concretização da própria escritura sagrada: chegada à plenitude dos tempos, nascerá para toda humanidade o Filho de Deus, nascido de uma mulher. Jesus se faz um de nós, torna-se nossa carne, nossa humanidade, assume tudo o que significa estar no tempo e no espaço. Seu nascimento é provoca-

geração após geração, celebra-se a grandeza de Deus que veio habitar no meio de seu povo.

Chega o Natal para as crianças, para a juventude, para os adultos, os idosos. Chega o Natal para todos! Deus vem e diz que quer continuar...

O Natal que chega traz a criança, necessária e urgente para o mun-do cansado. Coloca-a nos braços do mundo e simplifica a vida, para des-complicar os “nós” e refazer os laços.

O Natal chega para a Igreja, para a Diocese de Guaxupé, para todas as

paróquias, para todo o povo, para a gente que luta e crê. Chega para fa-zer a memória de que Jesus é o prin-cípio, meio e fim de todas as coisas. Chega para renovar as estruturas, para tornar Belém todo lugar, para apontar a luz à gruta escondida, para revelar o que não se viu ao longo do caminho.

COMUNHÃO de dezembro faz me-mória dos fatos de 2013 e, como Ma-ria, proclama a bondade que Deus fez ao seu povo.

“Minha alma engrandece o Senhor,E meu espírito exulta em Deus, meu Salvador,

Pois o Todo-Poderoso fez grandes coisas em meu favor.Seu nome é Santo

E sua misericórdia perdura de geração em geração,Para aqueles que o temem.”

(Lc 1, 46-50)

dor, já é proposta de uma sonhada sociedade renovada, pensada a par-tir do pequeno dos últimos. Sua vida foi concretizar a misericórdia do Pai. Acolhia a todos de forma indiscrimi-nada, especialmente os pecadores, os marginalizados, os últimos. Pre-sença que contagiava a todos.

A segunda via é sua palavra: o evangelho. Quem é que não se deixa encantar, incomodar e perguntar-se diante de tais ensinamentos? Ele fala com autoridade, Ele tem uma palavra especial, blindada e revestida da for-ça e da sabedoria de Deus, portanto, é mais do que uma palavra humana, incerta, frágil e limitada. A Palavra de Jesus não pode passar pelo crivo da palavra humana, ao contrário, é a

palavra humana que deve e precisa passar pelo crivo da Palavra do Sal-vador. Só Ele tem a última palavra, palavra de vida eterna.

A terceira via é a Eucaristia, centro e ápice de toda vida de fé e de ação da Igreja. Jesus se dá por inteiro, é imolado, o sacrifício vivo, salvador e reparador. Ele está no meio de nós! Presença confortadora, o grande sol que nos ilumina, nos abastece diante de tantas escuridões. Seu brilho ja-mais será tirado, tem luz própria.

A quarta via – os grandes fatos e acontecimentos. Quem não conse-gue ler através das três primeiras, certamente se incomodará diante daquilo que acontece à sua volta. Só a insensibilidade levará o insensato

a pensar de maneira ofuscada, vesga e inútil. Olhar para o próprio umbi-go é ignorar a si mesmo e imaginar que tudo mais é sombra, fantasia e ilusão. Ele está no meio de nós! Ele está presente nos grandes flagelos da humanidade: na guerra, na fome, na exploração, na injustiça, no des-respeito para com a pessoa humana e com a natureza. É preciso ver com lentes microscópicas da fé, do amor e da compaixão.

Natal, presença constante de Je-sus, a contagiar-nos sempre! Que nosso coração e nossa vida se reno-vem!

Feliz e Santo Natal!

ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS!

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3Dezembro/2013

Opinião

Quando nasce alguma pessoa ou alguma coisa, os ares se enchem da esperança de que o nascente seja bom e bonito. Quando alguma coisa acaba, certamente muitos sentimentos po-dem aflorar: tristeza... satisfação... reali-zação... saudade... O que sentir em rela-ção a 2013 que está fazendo as malas para partir e não mais voltar?

É nesse sentido que se pode olhar para ele e perceber que no período de um ano, tão extenso e também tão cur-to, quanta coisa foi vivida. Ele mostrou que vários fatos acontecidos vieram de processos de mudanças constantes e profundas que interferem na ordem social. Entretanto, só agora muita gente está dando conta de que os problemas mudaram juntamente com os tempos. Por que será? Será porque antes se pre-ocupava apenas com o concorrente do outro lado da rua e agora a concor-rência está num site dentro de muitas casas? Será por que antes a segurança das casas se baseava em portõezinhos de grade que ficavam encostados e em baixos muros com cacos de vidro em cima e agora são portões grandes, fe-chados e as casas estão sendo monito-radas com câmeras de segurança? Será por que antes se dizia que os dias eram imensos e agora há sintomas de que eles precisavam ter mais horas para que as obrigações fossem saudadas? Será por que antes os motoristas care-ciam ficar atentos aos pedestres idosos e às crianças e agora ficar mais espertos porque muita gente anda distraída com os celulares, i-phones, tablets e com os olhos neles colados?

Há ainda um movimento crescente de mudança nas práticas de consumo, seguido de preocupações cada vez maiores com a melhoria da qualidade de vida do indivíduo e da sociedade. Experiências locais com sucessos ou fracassos têm sido acompanhadas, cri-ticadas ou copiadas a distâncias longín-quas, em tempos instantâneos. O fenô-meno é local e a sua consequência é global. Lá e aqui já não existe distância. Agora é já e daqui a pouco é muito tar-

2013: MUDANÇAS.. . REPETIÇÕES. . . LEMBRANÇAS.. . INOVAÇÕES.. . MARCAS.. .

de. Isso é um pouquinho de nosso 2013 que vai embora.

O céu não é o limite!O dito popular afirma: “o céu é o li-

mite”. Acontece que ninguém fica pen-sando o tempo todo no que está acima deste céu azul. Daí, num determinado dia, um pedacinho do universo veio ao chão. Foi um meteorito que caiu nas terras nevadas da Rússia, causan-do perturbação e prejuízos a muitos e ferimentos a outras tantas pessoas. No mesmo dia, um asteroide deixou o mundo alerta para a possibilidade, mesmo remota, de um desastre global.

Por olhar para o alto e avante, a Ín-dia lançou seu primeiro foguete para Marte, com pretensões de que ele fique em órbita até o início de dezembro; o Japão, durante a contagem regressiva, suspendeu e adiou o lançamento de um foguete porque havia falhas téc-nicas; um sapo ganhou as manchetes porque pulou durante um lançamento feito pela NASA.

Até aqui tudo normal, tudo comum. Foram saltos grandes e pequenos que entraram para a história de 2013. Quem acompanhou se recorda agora.

Será o re-cangaço?Há 75 anos, em Sergipe, os últimos

cangaceiros morreram junto com Lam-pião e Maria Bonita. Degolados, suas cabeças foram colocadas em barris de pinga e sal para serem conservadas. Foi o meio de amedrontar que aquela época conseguiu impor contra o can-gaço que ora era caracterizado por Ro-bin Hood, ora por um questionamento subversivo da ordem.

Há 30 anos, o Brasil viveu um mo-vimento civil que reivindicou eleições presidenciais diretas. Depois de muita insistência, aconteceu a vitória parcial, sendo Tancredo Neves eleito Presiden-te da República pelo Colégio Eleitoral.

Em 2013, o Brasil reviveu situações que, de certo modo, lembram esses episódios passados. As manifestações populares em diversos centros urbanos

mexeram com os ânimos de muitos grupos que se sentiram no direito de exprimir seus sentimentos e reivindicar direitos. Alguns se arrogaram o dever de ser novos cangaceiros quando sa-quearam e foram violentos. Houve a vitória dos manifestantes, mas sobre a impunidade ainda se pergunta.

Um novo tempo. Quando?Jesus, ao passar pela morte, trouxe a

ressurreição. A morte dói, sente, arde e seca. Ela é triste, mas o que pode vir de-pois dela é muito maior. É a vida alegre, segura e ativa em Deus. Isso é o que en-sinou Jesus.

Vendo por esse prisma pascal, há de lembrar-se que novos gestores e le-gisladores assumiram seus postos nos municípios. Esperança e desconfiança entraram de mãos dadas e ouvindo muitos falatórios. Apareceram dívidas deixadas para serem assumidas, obras inconclusas e muitos olhares sobre os que chegaram. Opositores nem sem-pre facilitam as coisas e demonstram ciúmes. Nunca é fácil começar.

A saúde brasileira ligou a sirene pe-dindo vitamina. Até parece que está no CTI. Ela mostrou sinais de fraqueza quando ficou público que faltam pro-fissionais zeladores do bem-estar do povo adoentado. Se a decisão tomada foi a melhor, ainda não se sabe. Sabe-se, porém, que o governo imigrou mé-dicos cubanos para trabalhar no inte-rior do Brasil.

O trágico incêndio na boate gaúcha, Kiss, foi considerado o mais mortífero no país, desde o Gran-Circus Norte-A-mericano que, em 1962, vitimou 503 pessoas na cidade de Niterói (RJ). As tragédias fomentam dores, reflexões e conclusões.

Esses sinais de colapso não param em si mesmos. Eles pedem transparên-cias maiores nas ações a fim de introdu-zirem novos tempos. A quem são exigi-das a cristalinidade e a segurança há de se esforçar bastante para conseguir. Há reclamações sobre isso, mas os frutos desses esforços são maiores, melhores

e os primeiros beneficiados são os in-vestidores.

E o Papa? Como ele é?Sobre Pedro, Jesus edificou uma

Igreja. Em 2013, Pedro, intitulado Bento XVI, pegou a todos de surpresa quando renunciou ao seu múnus por sentir-se impossibilitado de corresponder às plurais exigências do tempo presente. Foi uma sensação estranha, entendida e aceita com o passar dos dias. Coube ao mundo compreender as fragilidades de um ancião preocupado. Bento XVI passou a ser lembrado de certa manei-ra como um “avô” que o mundo possui e reza por ele, enquanto ele reza por seus “netos”.

Em seguida, o conclave “trouxe” Francisco para estar à frente da Igreja. As pessoas mudam, mas Pedro é sem-pre o mesmo. Muitas indagações sobre quem é ele, como pensa e age e como enfrentará os percalços que já estão à sua frente.

O Brasil rezou na Campanha da Fra-ternidade com a juventude e se prepa-rou para não só receber, mas estar com o Papa Francisco na JMJ-Rio. Quem não foi à Cidade Maravilhosa se manteve conectado com os MCS. Havia curiosi-dade, entusiasmo, alegria e juventude. O Papa conquistou o Brasil, o brasileiro e o mundo.

Já está quase na hora de dizer adeus a 2013 e acolher 2014 que está para de-sembarcar. Viram-se no palco deste ano muitos sinais de morte que marcaram vidas. Viram-se também muitos esfor-ços para que a vida trouxesse a boa surpresa que só ela pode trazer. Para lembrar 2013 positivamente, é preciso buscar sentir o perfume que ele exalou. Esse exercício é cristão! A busca somen-te pelos odores ruins que um ano deixa não expressa o olhar de Deus e não ins-pira a vontade de vencer a vida pelos anos que estão para aportar.

Por Pe. Sidney da Silva Carvalho, páro-co Paróquia Nossa Senhora das Graças de

Poços de Caldas

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4 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

viva que fortalece as vidas, os co-rações e dá energia para a firmeza na caminhada, visando concretizar o plano que o Senhor quis para a Humanidade.

Por Mauro Martins

Com o tema: ‘Juventude e Mis-são’, o Dia Nacional da Juventude (DNJ) reuniu mais de 2 000 jovens de toda a Diocese, em Guaxupé. Em sintonia com a Jornada Mundial da Juventude - Rio 2013, os jovens fo-ram divididos por setores nas qua-tro paróquias da cidade.

Para começar o dia, eles parti-ciparam de uma catequese com o lema: ‘Jovem: levanta-te, seja fer-mento’, que os levou a refletir so-bre a importância de sua atuação na Igreja e da disposição para sair em missão e ser fermento em todo o mundo. Houve também um mo-mento mariano, Vigília Eucarística e momentos de animação.

Depois do almoço, os jovens fize-ram uma peregrinação até a Praça da Catedral para participar da Santa Missa, presidida pelo bispo diocesa-no, dom José Lanza Neto e concele-brada por alguns padres da diocese.

O bispo, em sua homilia, des-tacou a importância de se buscar

No dia 26 de outubro, foi ce-lebrada na Igreja Matriz de Nova Resende missa do Jubileu de Ouro da irmã Aparecida dos Santos, na-tural de Nova Resende. A religiosa pertence à Congregação das Irmãs Paulinas, cujo carisma é a divulga-ção da palavra de Deus através dos mais diversos meios de comunica-ção. Formada em jornalismo em Porto Alegre-RS, a mesma já atuou em diversas capitais do País, resi-dindo atualmente em São Paulo, capital, sempre com exemplar de-dicação a essa sagrada vocação.

A celebração contou com a pre-sença de dom José Lanza, além dos padres Gilvair, José Luiz, José Ronaldo e o seminarista Luciano. Além deles, também estiveram presentes várias outras Irmãs Pau-linas, com a brilhante apresen-tação do grupo musical “Chama”, também composto por irmãs da mesma Congregação.

A comunidade de Nova Resende também se fez presente em gran-de número, além dos familiares da Irmã Aparecida.

Foi um momento de extrema alegria e gratidão a Deus por ha-ver proporcionado a esta e a tan-tas outras comunidades em que já atuou e continua atuando, a exis-tência da religiosa que, em seu meio século de vida consagrada, vem semeando amor, paz, solida-riedade e, sobretudo, a palavra

a santidade e o amor a Deus, prin-cipalmente nos dias em que vive-mos. Disse também que o jovem é fermento para a Igreja e para todo o mundo. Dom Lanza incentivou os

jovens a continuarem nesta cami-nhada de ser Igreja, pois ‘Cristo bota fé nos jovens’ (Papa Francisco). Após a celebração, a banda ‘Myron’ ani-mou ainda mais a juventude, até o

anoitecer.O jovem Raphael Montipó, de São

Sebastião do Paraíso, que participa dos grupos JUMAS e AFLA, fez uma avaliação positiva do DNJ: “Pra mim, que não fui à JMJ, foi uma experiên-cia muito boa. Tivemos muitos mo-vimentos envolvidos para que tudo pudesse acontecer. Isso nos ajuda a ver como nossa Igreja é bonita. Gostaria de agradecer à Diocese por estar proporcionando este evento para toda a juventude.” A jovem, Ka-ren Cristina Alonso Moraes, que par-ticipa do grupo JUSA de Pratápolis, opinou: “O DNJ é muito importante para todos os jovens. Muitas vezes, dentro da Igreja, os jovens não pa-ram para ouvir a Palavra de Deus e, este encontro pode ser propício para que isso aconteça e assim eles comecem a descobrir o tanto que Deus é essencial para todos nós.”

Por Douglas Ribeiro

Notícias

Em 2014, Seminário acolheránovos propedeutas

Guaxupé celebra o Dia Nacional da Juventude

Paróquia comemora jubileu de ourode religiosa paulina

O Seminário Diocesano São José acolherá no próximo ano, 10 novos propedeutas. Entre os dias 08 e 10 de novembro, aconteceu no Seminário o terceiro e último encontro vocacional de 2013 que se iniciou na sexta-feira (08), com um jantar. Depois os vocacio-nados participaram de uma dinâmica de apresentação e Vigília Eucarística, com temática vocacional.

O sábado começou com a Santa Missa, presidida pelo bispo diocesano, Dom José Lanza Neto. Na festa da Dedi-cação da Basílica de Latrão, o bispo, em sua homilia, destacou a importância de ser Igreja, ‘templos vivos do Senhor’ onde quer que se esteja. Manifestou sua alegria em ver tantos jovens dispostos a doar sua vida pelo Reino de Deus. Du-rante todo o dia, os vocacionados par-ticiparam de palestras, conversas com o padre Alexandre José Gonçalves, res-

ponsável pelo acompanhamento voca-cional (SAV) e com a psicóloga, Neuza Figueiredo. Houve também momentos de lazer, esportes e filmes.

No domingo, rezaram o Ofício de Laudes, juntamente com os semina-ristas e de uma reunião com os voca-cionados aprovados para ingressar no seminário. Logo em seguida, foi rezada a Santa Missa, presidida pelo padre Ale-xandre. Em sua homilia, o padre disse que em todos os momentos da vida é preciso discernir, “Discernir combina com santidade, por isso, sejamos san-tos.” Quem recebe o chamado de Deus deve despojar-se do homem velho, dei-xar para trás a bagagem que atrapalha, seguir o Mestre, revestir-se do homem novo e abraçar verdadeiramente a vida sacerdotal. Logo depois, foi servido um almoço para encerrar o encontro.

Por Douglas Ribeiro

Aproximadamente 2000 jovens estiveram no DNJ

Durante encontro vocacional, 10 vocacionados decidiram discernir sua vocação

Irmã Aparecida é natural de Nova Resende

Foto: www.guaxupe.org.br

Foto: Seminário São José

Foto: Irmãs Paulinas

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5Dezembro/2013

Cerca de quatro mil pessoas foram testemunhas de toda graça e bênçãos derramadas sobre a Renovação Caris-mática Católica da Diocese de Guaxu-pé. Todas estas pessoas participaram do IX Cenáculo Diocesano, realizado no domingo, 24 de novembro, no Po-liesportivo Municipal de Juruaia.

O Cenáculo é o maior evento da RCC da diocese e envolveu centenas de pessoas na organização durante vários meses. A ideia, segundo o co-ordenador do Movimento na Diocese de Guaxupé, Claudio Cardoso, é fazer uma grande festa da unidade, reunin-do os católicos para louvar a Deus por todo ano de atividades.

Nessa edição, o evento contou com a presença da Banda Arkanjos, de Osasco-SP e de Lázaro Praxedes,

mano e, em todos os tempos, há sinais de esperança, através dos quais o amor clama por verdade e justiça, as ações se tornam efetivas. Assim, a solidariedade e o resgate dos direitos fundamentais de toda pessoa serão respeitados.

Dom José Lanza reforça a necessidade de fazer com que a Campanha frutifique. A diocese tem a cafeicultura e a crise atual afeta a mesma. Certamente os trabalhado-res que já se encontram em situação precá-ria, sofrerão ainda mais. É função da Igreja olhar com atenção e solidariedade para es-ses irmãos e irmãs.

Os setores, ao final, partilharam possí-

veis ações que no início de 2014 serão ana-lisadas e assumidas como gesto concreto pela diocese, bem como traçar o direcio-namento dos projetos para serem contem-plados com o Fundo Diocesano de Solida-riedade. Serão escolhidos representantes setoriais para formarem uma Equipe Dio-cesana, com a finalidade de encaminhar todas as Campanhas promovidas ao longo do ano, ou seja, a Coleta da Solidariedade (gesto concreto da CF), Campanha Missio-nária (realizada em outubro) e a Campanha da Evangelização (realizada em dezembro).

Por Otavia Cristine Pereira

Aos 23 de novembro, aconteceu no prédio da Cúria Diocesana de Guaxupé, o Encontro Diocesano para Animadores da Campanha da Fraternidade 2014 (CF 2014). O mesmo é promovido anualmente pela Diocese, com a finalidade de capacitar os leigos que posteriormente articularão e dinamizarão a Campanha da Fraternidade em suas Paróquias. Contou-se com a pre-sença de 90 leigos e padres representando todos os setores da Diocese.

A apresentação foi preparada em con-junto por Ana Rita Cardoso Maia Silveira e Otavia Cristine Pereira, da Paróquia São Benedito de Passos bem como padre Henrique Neveston da Silva, coordenador diocesano de pastoral, utilizando o Texto Base da CF 2014, material produzido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A CF 2014 tem como lema: “É para a Liberdade que Cristo nos Libertou” (Gl 5,1) e tema: Fraternidade e Tráfico Huma-no. Objetivo Geral: Identificar as práticas de tráfico humano em suas várias formas e denunciá-las como violação da dignidade e da liberdade humana, mobilizando cristãos e a sociedade brasileira para erradicar esse mal, com vista ao resgate da vida dos filhos e filhas de Deus.

A competição num mercado de eco-

Animadores se encontram para estudo da CF 2014

Foto: Secretariado Pastoral

Foto: Ministério de Comunicação RCC

nomia globalizada aproveita de pessoas mais vulneráveis devido a situação social e econômica, as quais se tornam vítimas fá-ceis para o aliciamento ao Tráfico Humano, desde as crianças até os adultos e, assim, são explorados nas diversas frentes de tra-balho como a construção, a confecção, o entretenimento, o sexo, em serviços agrí-colas e domésticos. Há também o tráfico de crianças para adoções ilegais. O tráfico de órgãos por doadores involuntários ou que vendem seus órgãos em circunstâncias eti-camente questionáveis. O índice de denún-cias não é grande, por receio das vítimas. O tráfico humano é um dos modos atuais da escravidão.

“É para a liberdade que Cristo nos liber-tou” (Gl 5,1). Cristo, por sua morte na cruz, conquistou para os filhos e filhas de Deus a liberdade da vida plena. O homem e a mu-lher são criados “à imagem e semelhança de Deus” (Gn 1,26). Ele confere ao ser hu-mano a dignidade e a grandeza, colocan-do-o como o ponto alto da criação. Tudo que amarra e impede a liberdade desfigura a pessoa humana. É inaceitável que ela seja objeto de exploração ou de compra e ven-da.

Os profetas, no Antigo Testamento, de-nunciavam tudo o que oprimia o ser hu-

RCC reúne cerca de 4 mil pessoas em Cenáculo Diocesano

Em Juruaia, evento destacou a fé e a força da Palavra na vida do cristão

Sobre tráfico humano, Campanha da Fraternidade é preparada na diocese

que conduziu momentos de oração e pregações. Pessoas dos sete setores estiveram presentes, participando de cada momento.

A primeira pregação do dia teve como tema: “Senhor, eu não sou dig-no que entreis em minha morada mas dizei uma só palavra e eu serei salvo”. O tema da segunda pregação foi o mesmo trabalhado pela RCC em todo Brasil durante 2013: “Esta é a vitória que vence o mundo: A nossa fé”. Láza-ro fundamentou sua pregação nos atos que violam as virtudes e os va-lores do evangelho. Como exemplo, ele cita a teoria da prosperidade, pre-gada em muitas igrejas evangélicas. Por isso, explica que vencer o mundo não significa derrotá-lo, mas sim lutar para transformá-lo: “Quanto maior a

sua luta maior será a sua vitória”, sa-lientou.

“As pregações atingiram todos os participantes, fazendo-os reconhecer a fé que existe em cada um. Participei dos Cenáculos anteriores e este foi o melhor”, frisou Vânia Lúcia da Silva, da paróquia São Sebastião, de Alfenas.

Os participantes do Cenáculo Dio-cesano vivenciaram um momento de Adoração ao Santíssimo Sacramento, conduzido pelo diretor espiritual da RCC na Diocese de Guaxupé, Padre Donizetti de Brito. Inspirada pela pa-lavra de Cristo: “deixai vir a mim as criancinhas”, a procissão com o San-tíssimo Sacramento foi realizada pe-las crianças, filhos dos participantes do encontro.

A novidade desse ano foi o Cená-culo Kids. Centenas de crianças par-ticipam desse espaço que teve obje-tivo transmitir a palavra de Deus aos

pequenos através de dinâmicas, mú-sica e animação, enquanto os pais e responsáveis participavam do encon-tro.

Às 16h, dom José Lanza Neto ce-lebrou a Santa Missa de encerramen-to. O bispo destacou a Solenidade de Cristo Rei do Universo e também o encerramento do Ano da Fé. Afir-mando que a RCC tem trabalhado de forma obediente e em sintonia com os projetos diocesanos de evangeli-zação, o bispo convidou a todos a te-rem consciência de sua fé. “É preciso conhecer a fé, sair das periferias da fé e vivenciá-la conforme o que a Igreja e a Palavra de Cristo ensinam”.

Claudio Cardoso, coordenador dio-cesano do movimento, encerrou o en-contro fazendo os agradecimentos a toda equipe de serviço que trabalhou para que o evento fosse realizado.

Por Julianne Batista

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6 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Entrevista

O ano de 2013 teve fisionomia jovem. Um ano repleto de mudanças, de movimentos, de surpresas, de alegrias e de-cisões, de angústia e coragem. A Diocese de Guaxupé não só participou como favoreceu este cenário. E abriu as co-memorações de seu centenário. Inicialmente, sem saber ao certo como celebrar. Depois, mais segura no caminho a ser feito. Chega ainda um novo coordenador de Pastoral. Com sonhos e experiências, prosseguiu o trabalho e trouxe suas marcas. Diz que sonha com uma Igreja cada vez mais de unidade e participação. Prioriza a ação missionária e social para a urgente conversão pastoral. Padre Henrique Neves-ton da Silva é o entrevistado deste mês, para avaliar a cami-nhada e apresentar seu programa de trabalho.

Fale um pouco sobre sua nova expe-riência como coordenador diocesano de pastoral. O que o surpreendeu? Quais foram os maiores desafios do começo deste trabalho?

Pe. Henrique: Acredito que a convi-vência de mais de 10 anos como par-ticipante no Conselho Diocesano de Pastoral e 05 anos como coordenador do setor Poços de Caldas, deram-me uma visão, ainda que limitada, do que é a coordenação Diocesana de Pastoral,

luzes para este novo serviço na Igreja. Esta experiência é desafiante, mas mui-to gratificante. Desafiante porque você passa a ser o responsável em nome do Bispo, de toda a ação evangelizado-ra da Igreja Diocesana, animador dos animadores. Mas quando eu penso que cada um dá sua contribuição no caminho que fazemos com o Cristo, a tarefa se torna mais fácil. O que mais me surpreendeu foi perceber que nos-sa diocese deu muitos passos e, nesta história pastoral, tivemos avanços sig-nificativos, desde o trabalho com o pa-dre Pimenta, passando pela Lucimara e com a valorosa contribuição do Padre Carlinhos. A surpresa é que toda essa caminhada estava em minhas mãos e precisando agora de uma releitura do Plano de Pastoral e dos projetos de nossa Assembleia, em sintonia com a CNBB e nosso Regional Leste II.

O grande desafio foi que assumi o trabalho já na organização do cente-nário, sem ter feito parte do início do processo de elaboração do mesmo,

com a abertura das comemorações, no mês de fevereiro. Corremos contra o tempo com aqueles que podiam aju-dar, mas acredito que ficou a desejar, fazendo com que acordássemos. Pesa-va também a Diocese elaborar grandes celebrações diocesanas, mas foi bom porque durante o ano, tivemos vários encontros e celebrações com signifi-cativo número de pessoas, principal-mente com a Juventude que nos deu o grande incentivo no trabalho pastoral.

O senhor assumiu um trabalho quan-do a diocese se prepara para celebrar seu cinquentenário. Quais os senti-mentos de participar desta história? Como caminham os preparativos des-se momento?

Pe. Henrique: Sou apaixonado por nossa diocese.Enquanto seminarista, ajudamos a escrever no informativo do seminário Santo Antônio a história de nossa Diocese, que provocou encan-tamento por ela. O sentimento é o me-lhor possível. Por isso, estamos fazendo todo esforço para articular e preparar esta celebração especial.O que mais chama minha atenção é que, enquanto coordenador de pastoral, preciso pen-sar e articular com a diocese e a anu-ência de nosso Bispo, não só uma festa de 100 anos de história, mas uma ação pastoral que seja capaz de estabelecer neste processo do centenário uma con-versão pastoral na linha de uma nova paróquia para favorecer o florescimen-to de comunidades de comunidades.

Lançando redes, gerando Comunidades.

Diocesede Guaxupé

1916 - 2016

sonho com uma Igreja Diocesana que tenha um perfil social, que nos ajude ainda mais a dar testemunho vivo de nossa evangelização para

com os pobres e marginalizados.“

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7Dezembro/2013

Os preparativos caminham bem, mas os passos são lentos porque são 04 anos de celebrações e ações. Por isso, articulamos equipes e, principalmente, a Pastoral da Comunicação.

Em 2009, ocorreu a última assembleia de pastoral. Projetos foram feitos. Qual seu olhar sobre este caminho? O que já se concretiza e o que falta?

Pe. Henrique: Nossa assembleia estava em concomitância com o Do-cumento de Aparecida e creio que pu-demos elaborar naquele momento os projetos que responderam à nossa re-alidade e aos anseios de Aparecida, so-bretudo em sintonia com a CNBB, nas novas Diretrizes da Ação Evangelizado-ra da Igreja no Brasil 2011- 2015. Contu-do, como os prazos para elaboração e condução destes projetos terminaram, precisaremos fazer uma releitura da-queles que estão no Plano Diocesano, bem como se fazem necessárias algu-mas emendas, prolongando sua execu-ção até o ano de 2015.

Avançamos muito na Formação de Leigos, nos setores Família e Juventu-de, significativo trabalho na pastoral orgânica, uma alegria no impulso dos Grupos de Reflexão. Ainda requerem cuidados e precisam de maior entu-siasmo o trabalho Bíblico-Catequético, a Liturgia e a Comunicação. Dois proje-tos estão sendo enfatizados e ganharão prioridade dentro do centenário, o pro-jeto Missionário com as Santas Missões Populares e o Projeto Social. Estamos levantando o que temos e priorizare-mos as pastorais sociais, sobretudo a pastoral da Criança, da Sobriedade, da Saúde e também um trabalho em con-junto com as associações, como os Vi-centinos.

Neste ano, muitos fatos ocorreram na Igreja, de grande importância para o mundo. Como o senhor visualiza 2013?

Pe. Henrique: Visualizo estas mu-danças com grande esperança. Preci-samos aprender ler os sinais do Espíri-to do Senhor: um Papa que renuncia, mostrando a grandeza da missão que não está no poder do pontificado, mas no serviço que este pode favorecer à comunidade. O sucessor Francisco que chega com idade já avançada, mas traz a experiência do pastor simples, dócil, amável e duro com aqueles que escan-dalizam a comunidade, chamando a atenção com seu exemplo, dando uma

nova esperança ao povo e impulso à nossa ação pastoral. Nesta perspectiva, vejo 2013 como o grande despertar de um sono que estávamos vivendo, dei-xando o bonde da história passar. Gra-ças a Deus, estamos acordando e nos-sa Igreja de Guaxupé o faz de um jeito antigo e novo, retomando a caminhada à luz destes quase 100 anos. Acredito que a Juventude nos fez olhar em outra dimensão, com um olhar para trabalhar com o povo nos grandes encontros e nas pequenas comunidades, na dimen-são social e missionária, lembrando sempre de nossa identidade: uma Igre-ja em estado permanente de Missão.

Os setores pastorais avaliaram a ca-minhada pastoral do ano. De maneira geral, o que disseram?

Pe. Henrique: Avaliaram alguns as-pectos positivos: retomada dos Grupos de Reflexão, com o estudo da cartilha e esforço de algumas paróquias; trabalho com a juventude: trabalho dos respon-sáveis, sobretudo na criação do Espaço da Juventude no setor, para trabalhar a pluralidade bem como a participação na Jornada e celebrações nas paró-quias, abrindo perspectivas; Curso de Formação de Leigos nos Setores com as escolas teológicas e extensões em Faculdades - oportunidade oferecida, bem discutida e avaliada no CPS; tra-balho da Pastoral da Criança no Setor - perseverança e crescimento.

Alguns pontos precisam ser melho-rados: a assiduidade de alguns padres e representações leigas nos conselhos e maior compromisso com as decisões ali tomadas; trabalhar a dinâmica das reuniões para ampliar a participação dos leigos - os padres se pronunciam, os leigos mais escutam; o trabalho com a juventude precisa ser mais integra-do, ainda é muito isolado (embora os avanços acima descritos); elaborar uma agenda setorial - ou calendário comum com as principais atividades das pas-torais estruturadas no setor; incentivar mais a participação dos leigos nos Cur-sos de Formação - falta divulgação nas paróquias dos cursos que a Igreja dio-cesana e setorial oferecem.

Cada pessoa dá um tom a uma mes-ma música. Seu trabalho pastoral, possivelmente, também tem seus destaques. Desde sua chegada à co-ordenação de pastoral, quais são suas intuições e prioridades?

Pe. Henrique: Desde que comecei o trabalho, estabeleci uma meta de que enquanto Coordenador de Pasto-ral deveria estar presente a tudo que a pastoral da diocese, sejam pastorais, movimentos e eventos diocesanos fa-vorecesse. Esta tarefa foi difícil, mas consegui com muito esforço. Estive pre-sente em todas as reuniões na cúria e eventos de pastorais e movimentos em toda a Diocese, sempre levando uma palavra de incentivo pastoral. Outra questão importante foi estar presen-te a todas as reuniões dos presbíteros nos setores e nos conselhos, nos quais pude participar e ouvir o clero. Foi mui-to importante, uma vez que acredito que tudo na Igreja passa pela Pastoral.

Como prioridades deste ano, colo-camos a Juventude e os Grupos de Re-flexão, bem como um olhar carinhoso para a organização diocesana do Cursi-lho de Cristandade, além de conhecer, de maneira geral, a realidade pastoral da Diocese. Devo destacar aqui que todo o trabalho e conquistas se devem ao diálogo constante com dom José Lanza. Ele nos dá liberdade. Conversa-mos e decidimos juntos para o bem dos caminhos da Pastoral. Tenho aprendido

muito com ele, já que tem muito cari-nho para com a Igreja de Guaxupé, en-quanto Pastor do Rebanho e primeiro responsável.

Quais são seus sonhos para a Diocese de Guaxupé?

Pe. Henrique: Meus sonhos, em primeiro lugar, é ser útil para o Reino de Deus neste serviço evangelizador; depois, seria tentar fazer a ponte en-tre os planos e as diretrizes pastorais para se tornarem realidade, através de uma ação conjunta com o clero. Aliás, o grande sonho de todo coordenador é contar com um presbitério unido, parti-cipante e entusiasmado com a Pastoral, para que Jesus, através de nosso traba-lho, apareça e que seu reino seja cada dia mais conhecido.

Que consigamos adentrar na di-mensão missionária pela porta das San-tas Missões Populares, para que nossas paróquias assumam essa vocação iti-nerante. E finalizando, sonho com uma Igreja Diocesana que tenha um perfil social, que nos ajude ainda mais a dar testemunho vivo de nossa evangeliza-ção para com os pobres e marginaliza-dos.

Por Pe. Gilvair Messias

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8 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Liturgia

Novamente a Igreja singra os mares do advento na expectativa da festa do Natal. Por que celebrar todos os anos o mesmo evento do nascimento do Deus Menino? Para que os cristãos não per-cam de vista o evento salvador que foi a encarnação de Deus e para deixar claro que o Natal de Jesus não é algo específi-co de uma época e um povo, mas é um acontecimento que marca toda a histó-ria humana e continua a acontecer, pois Cristo não deixou de estar presente na humanidade, conforme o texto: “Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28,20).

O cristão vive da esperança. Espera-se que depois de toda cruz, venha a luz; que após toda dor, venha a alegria; que apesar de todo mal, Deus ainda perma-neça. É a esperança que leva a contem-plar a dimensão da morte não como fim, mas como porta de entrada para a eternidade. Se as pessoas friamente vis-sem a realidade sem acreditar em uma força maior que conduz à plenitude, certamente não teriam esperança, pois lhes faltaria o sonho, a meta, a luz para clarear o dia de hoje. A esperança vem acompanhada da palavra perseverança, que faz com que a pessoa não se desani-me, apesar dos ventos contrários.

Neste período, no início do ano litúr-gico, começa-se a preparar novamente a casa interior para o nascimento do Menino Deus. Ele já nasceu e continua a nascer sempre! Adornam-se as resi-

A esperança no olhar daquela criança

dências e todo o aparato que se cria diz que o tempo é diferente. Infelizmente, grande parte desses enfeites são utiliza-dos simplesmente para estimular o con-sumo, mas não se deve perder de vista que o tempo é de espera de uma grande novidade: Deus outra vez quer nascer e encher a vida das pessoas de luz interior, muito mais reluzente que aquelas colo-cadas nas casas e árvores neste período.

O que se vê na Igreja?

Chega-se na Igreja e percebe-se que predomina a cor roxa. Por quê? Roxo é a cor da penitência! É tempo penitencial? Sim, é tempo de rever a vida e buscar novamente o caminho. É tempo de dei-xar-se guiar pela estrela de Belém que conduz ao Deus Menino e, ao contem-plar o rosto daquela criança, retomar o caminho iluminado e conduzido por sua lembrança. Na Igreja, também se vê um círculo com ramos verdes e com quatro velas de cores diferentes, chamado co-roa do advento. Esta coroa tem como intenção ser uma “contagem regressiva” para a grande festa e, ao mesmo tempo, ser um caminho de luz, indicando que a grande Luz está chegando. Não se per-cebe papais-noéis na Igreja, nem bolas coloridas, nem árvores com pisca-piscas. Por quê? Não é Natal? Sim, mas o maior símbolo do Natal para a comunidade cristã não são os símbolos ricos do con-sumo, mas a cena pobre apresentada

pelo presépio, em que, numa estrebaria, espera-se o nascimento da criança que veio simples e pobre, sem nenhuma ri-queza material a oferecer. Os participan-tes daquele ato, além de seus pais, são pastores e animais. E os magos, quando chegam diante do menino, depositam suas riquezas e suas esperanças, pois descobrem naquele rosto e naquela cena a maior fortuna para suas vidas e a resposta para tudo o que procuravam. Voltam para casa de mãos vazias, mas com o coração cheio. São Francisco de Assis, o idealizador do presépio, fez bem em mostrar a cena simples e pobre do nascimento de Jesus, a razão deste tem-po do Natal, enquanto o comércio quer faturar com imagens e cenas natalinas que nada expressam daquilo experi-mentado por Jesus em seu nascimento.

O Menino-Crucificado

A liturgia da Igreja neste tempo é só-bria. Ela reflete um tempo penitencial de preparação do coração para a cele-bração das festas maiores. Resguarda-se o canto do glória para a grande fes-ta, até mesmo porque o canto se inicia com as palavras do anjo diante de Jesus nascido: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade.” A Igreja lembra que, mesmo que se cele-brem os preparativos para o nascimen-to, já se anuncia a morte e proclama-se a ressurreição do Mestre. Toda missa

lembra esse grande acontecimento: Je-sus que dá sua vida,morre e ressuscita. Por isso que, mesmo no tempo do nasci-mento de Jesus, a Igreja deixa em lugar de destaque a imagem do Crucificado. Não é tempo de esconder a vida de Je-sus, trocando a imagem da cruz pela imagem do Menino, mas lembrar passo a passo a história daquele ressuscita-do, que foi crucificado e que um dia foi criança e que, desde os preparativos de seu nascimento, já trazia um grande en-sinamento à humanidade - a humildade e a fraternidade são o caminho que deve ser percorrido por todos.

Portanto, é tempo de advento, de es-pera e expectativa. É tempo de preparar as casas, sobretudo a interior, para con-templação dessa cena tão antiga e que continua tão nova: Deus nasceu! É uma criança pobre, filho de um carpinteiro com uma jovem simples e temente a Deus. O lugar de seu nascimento é onde se criam animais. Seu primeiro berço foi um cocho. Os primeiros a verem esta cena foram pastores que estavam a tra-balhar no local e animais. Este é o Deus dos cristãos e, por isso, deve-se renovar a esperança de que esta cena tão bela continue a encantar a todos os homens e mulheres de boa vontade.

Por Pe. Renato César Gonçalves, coorde-nador diocesano do SAL e pároco na Paróquia

Sagrada Família de Carmo do Rio Claro

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9Dezembro/2013

Bíblia

João não tem Natal! O Evan-gelho segun-do João, assim como o Evange-lho de Marcos, não registra o nascimento de Jesus. Aliás, a nenhum dos dois Evange-lhos interessa-va apresentar Jesus como “o Filho de Davi”, nascido em Be-lém.

Ao contrá-rio, no Evange-lho de João, a hipótese é que ele não tenha nascido em Be-lém. Em Jo 7,27 lemos: Nós sa-bemos de onde vem esse Jesus, mas, quando chegar o Mes-sias, ninguém saberá de onde ele vem. E, no v. 41c e 42 do mesmo capítu-lo, temos: Mas o Messias virá da Galileia? A Es-critura não diz que o Messias será descendente de Davi e que virá de Belém, o povoado de Davi?

Jesus é nazareno, como consta no letreiro da cruz que só se lê em João. Jesus, aquele de quem as es-crituras falam, como disse Felipe a Natanael, é de Nazaré. Natana-el, o israelita verdadeiro, que não engana, disse: E de Nazaré pode sair alguma coisa que preste! (Jo 1,46). Afinal, de onde é Jesus?

Uma pergunta do Evangelho

De onde é Jesus? Esta pergun-ta percorre todo o Evangelho de João. Já desde o início, dois discí-pulos de João vão procurá-lo e lhe perguntam simplesmente “Onde moras?”. – Venham e vejam! Fo-ram, viram e resolveram ficar com ele. Como é isso, bastou ver onde Jesus mora para decidirem ficar com ele? Jesus não tem, como se diz em outro Evangelho, nem uma pedra onde reclinar a cabeça. Por que foi tão importante saber onde Jesus morava?

Nicodemos, mestre de Israel,

O Natal de João

representando alguns mestres do judaísmo que chegaram a enten-der um pouco quem era Jesus, vai procurá-lo à noite e diz-lhe: Sabe-mos que vieste de Deus! Mas fica nisso.

Mais de uma vez, em todo o Evangelho de João, Jesus diz: “Eu sou lá de cima, vocês são aqui de baixo!” Ou então: “Eu vim de junto do Pai.”

No clima de conflito com os “judeus” ou dizem esses saber de onde Jesus é, isto é, da Galileia ou de Nazaré, ou dizem não saber. Característico é o diálogo dos fa-riseus com o ex-cego de nascença (9,29-30) “Nós sabemos que Deus falou com Moisés, mas esse aí, nós não sabemos de onde ele é”. O ex-cego retruca: “É engraçado vocês não saberem de onde ele é e, no entanto, ele me abriu os olhos.”

Quando Pilatos, finalmente, lhe pergunta de onde ele é, Jesus não lhe dá resposta, como que a dizer que ele não a merece. Quando Pi-latos diz que tem poder para cru-cificá-lo como também para liber-tá-lo, Jesus fala: “Não terias esse

poder se ele não te fosse dado do Alto!” Isso ele sabia.

A resposta

Na Missa do dia de Natal, o Evangelho (há três Missas no Na-tal, a da noite, a da manhã e a do dia) é o Prólogo do Evangelho se-gundo João (Jo 1,1-18) O prólogo, um poema conhecido na comu-nidade e que faz a abertura do Evangelho, vai fundo na resposta à pergunta “de onde é Jesus?”

Ele é a Palavra, a Mensagem, o Projeto, a Sabedoria eterna de Deus, que se fez carne, fez-se pobreza, fraqueza humana. Veio para os seus (os judeus? a huma-nidade toda?), mas os seus não o acolheram.

O poema é construído na retó-rica semita, no estilo próprio da Bíblia, em forma de sanduiche. No início e no fim, duas fatias de pão: versículos 1 e 2: A Sabedoria eterna era Deus e estava voltada para Deus; versículo 18: o Filho, sentado à direita e com a cabeça voltada para o peito do Pai, ele é

que nos mostra quem é o Deus invisível.

As duas fatias de queijo são o v. 3: tudo foi fei-to pela Palavra e o v. 17, Moisés deu a Lei, mas o amor e a fi-delidade foram feitos por Jesus Cristo.

Os versículos 4 e 5: “A Sabe-doria era a vida e a luz dos ho-mens”, de um lado e, do ou-tro, o versícu-lo 16: “Da sua plenitude todos nós recebemos”, seriam as duas fatias de toma-te ou duas fo-lhas de alface.

As duas refe-rências a João Batista não fa-ziam parte do poema da co-munidade e fo-ram colocadas aí pelo autor do Evangelho.

Antes do re-cheio, ainda viriam duas fatias de ovo: versículos 10 e 11: a Palavra no mundo e versículo 14, a Pala-vra se fez carne e acampou com a gente.

O recheio, o miolo do sandui-che, o centro de tudo, está nos versículos 12 e 13: Ele nos torna filhos de Deus.

A mensagem de Prólogo

João não fala do nascimento de Jesus, mas vai fundo no enten-dimento de sua pessoa e do seu nascimento. O menino pobre que, segundo Lucas, nasceu numa es-trebaria, teve por berço um cocho e por primeiros visitantes os po-bres e discriminados pastores é a Sabedoria eterna de Deus que fez o mundo e nos revela quem é Deus, fazendo-se pobreza huma-na, acampado com a gente, a ca-minho da Terra.

Por Pe. José Luiz Gonzaga do Prado, pro-fessor de Teologia Bíblica no Centro de Estu-dos Superiores da Arquidiocese de Ribeirão Preto. Reside em Nova Resende.

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Janeiro Março Maio

Fevereiro Abril

Junho

Julho

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro

01 - Padre Henrique Neveston da Silva assume coordenação diocesana de pastoral | A diocese de despede dos padres Onofre (01) , Ornelas (23) e Benedito José (12)

06 - Clero se encontra para conversar sobre R e v i t a l i z a ç ã o Paroquial

23-28 - Papa Francisco visita o Brasil para a Jornada Mundial da Juventude

14 - Diocese lança logomarca o�cial do Centenário

03 - Dia Nacional da Juventude Diocesano acontece com dinâmica JMJ

03 - Diocese abre comemorações centenárias | 11 - Bento XVI renuncia ao Ponti�cado | 08 - Glauco, Pedro, Wellington, Claudemir e Gilmar são ordenados diáconos

03 - Acontece o Bote Fé | 13 - Jorge Mario Bergoglio é eleito papa e escolhe ser Francisco, o primeiro pontí�ce das Américas

10-19 - Acontece a 51ª Assembleia dos Bispos em Aparecida, com o tema “Comunidade de Comunidades, uma nova paróquia” | 26-28 PASCOM E CEBs realizam encontros com temática sobre juventude

10 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

PONTO DE VISTA TEOLÓGICO

Nasceu-nos hoje um menino!

Amanhã, e nos demais dias, inebriados seremos pela sua presença...

Todo o universo se rejubila com a chegada de seu acabamento!

Agora tudo pode ser mudado, aprimorado e recuperado: é libertação.

Lágrima não mais haverá: está entre nós o divino humanado!

Deus se faz criança Maior surpresa não há! Dispen-

sam-se os raciocínios metafísicos, aca-bam-se as arquiteturas sofisticadas da dogmática: Deus é criança. Chora em busca do leite, do leite materno da humana Maria. Chora pelo desconfor-to de não mais estar mergulhado no aconchego do ventre santíssimo da Virgem pia. Agora precisa acostumar-se com o regaço cósmico que é a mãe terra...

De tão humano assim só podia ser divino

Da raça adâmica, o filho de Maria é fruto da ação misteriosa e paradoxal do Espírito. Uma moça virgem con-cebe e dá à luz. O concurso e a força masculina ficam obsoletos diante da presença inefável do Altíssimo. Deus subverte a hegemonia cultural e, in-clusive, a lógica da natureza: Jesus vem ao mundo por ação divina e aco-lhimento da humana Maria. Os pastores contemplam o rebento de Jessé

Emanuel é seu nome. Príncipe da paz. A noite de Natal é a noite da contemplação. Um filho nos foi dado.

É preciso fazer trégua! Deus nos sur-preende com sua generosidade. Mais fulgurante que as luzes dos bazares e dos shoppings é a luz que emana do presépio. A força da fraqueza. A fragili-dade de uma criança que aponta para novos tempos, realização do sonho isaiano:“Um ramo surgirá do tronco de Jessé, e das suas raízes brotará um re-novo. O Espírito do Senhor repousará sobre ele, o Espírito que dá sabedoria e entendimento, o Espírito que traz con-selho e poder, o Espírito que dá conhe-cimento e temor do Senhor. E ele se inspirará no temor do Senhor. Não jul-gará pela aparência, nem decidirá com base no que ouviu; mas com retidão julgará os necessitados, com justiça tomará decisões em favor dos pobres. Com suas palavras, como se fossem um cajado, ferirá a terra; com o sopro de sua boca matará os ímpios. A reti-dão será a faixa de seu peito, e a fideli-dade o seu cinturão.O lobo viverá com o cordeiro, o leopardo se deitará com o bode, o bezerro, o leão e o novilho

Com muita alegria, festejamos a data do nascimento de Jesus, nosso Salvador, na gruta de Belém. É o Amor do Pai que nos oferece esta maravilho-sa Encarnação do Verbo, do Verbo de Deus para viver conosco a nossa hu-manidade e nos salvar.

Ele quis nascer na gruta, no meio dos pobres, dos animais, com a pre-sença da estrela que guiou os reis vin-dos de longe para saudar o Menino. Como podemos louvar o Senhor no seu nascimento? Sabemos que as qua-tro semanas precedentes – Advento - nos ajudam a preparar o coração para essa vinda.

Montamos o presépio que é a lem-

gordo pastarão juntos; e uma criança os guiará.A vaca se alimentará com o urso, seus filhotes se deitarão juntos, e o leão comerá palha como o boi. A criancinha brincará perto do esconde-rijo da cobra, a criança colocará a mão no ninho da víbora. Ninguém fará ne-nhum mal, nem destruirá coisa algu-ma em todo o meu santo monte, pois a terra se encherá do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar. Naquele dia as nações buscarão a Raiz de Jessé, que será como uma bandeira para os povos, e o seu lugar de descan-so será glorioso” (Is 11,1-10).

Um feliz e santo Natal a todos os leitores do COMUNHÃO! Acolhamos 2014 na firme certeza do Deus conos-co!

Por Pe. José Augusto da Silva, pároco da Matriz São Domingos de Poços de Caldas e professor da Faculdade Católica de Pouso Alegre

PAIS E FILHOS

Caminhamos para o Natalbrança de Belém para nossa oração, nosso encontro com Jesus.

Será que vocês sabem como sur-giu o primeiro presépio? Foi a oração do nosso grande São Francisco que pôde contemplar o Senhor naquele ambiente de pastores e animais bem como o cantinho onde Maria e José prepararam o nascimento de Jesus. São Francisco viveu no coração cada momento da vinda de Jesus. Leu e me-ditou Isaías e outros profetas... Isaías escreveu: “O Senhor vos dará um sinal: A Virgem conceberá e dará à luz um filho, Emmanuel” (Is 7,1.16/700 a.c). Ele diz ainda “um filho nos foi dado, conselheiro admirável, Deus forte, Pai

eterno, Príncipe da paz.” Para a Bíblia, o Jardim do Éden, que significa “lugar de delícias”, é onde se pode distinguir bem o natural e o sobrenatural, o hu-mano e o divino, o efêmero e o eterno.

Entre nós, não conseguimos acabar com a fome, a desigualdade e a injus-tiça. Quase tudo ao poder do dinheiro, exceto o que mais carecemos: um sen-tido para a vida.

Vamos nos conduzir à inefável ex-periência da presença de Deus, mudar o Natal em nós próprios. Descobrir a presença do Menino em nosso cora-ção e, como sugeriu Jesus a Nicode-mos, buscar renascer em gestos de carinho e justiça, de solidariedade e

alegria. Dobrar os joelhos junto à man-jedoura que abriga excluídos, imagens vivas do menino de Belém.

Aprendamos melhor aquela oração espontânea em que não só falamos com nosso Deus e, no silêncio, tenta-mos ouvi-Lo em nosso coração onde ele habita com sua imensa, infinita mi-sericórdia!

Olhemos para Maria, educadora da fé, como luz para uma evangelização renovada, exemplo a seguir para que o Evangelho penetre profundamente em nossa vida, na vida de todos os po-vos.

Por Maria do Carmo Noronha, reside de Guaxupé.

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Janeiro Março Maio

Fevereiro Abril

Junho

Julho

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro

01 - Padre Henrique Neveston da Silva assume coordenação diocesana de pastoral | A diocese de despede dos padres Onofre (01) , Ornelas (23) e Benedito José (12)

06 - Clero se encontra para conversar sobre R e v i t a l i z a ç ã o Paroquial

23-28 - Papa Francisco visita o Brasil para a Jornada Mundial da Juventude

14 - Diocese lança logomarca o�cial do Centenário

03 - Dia Nacional da Juventude Diocesano acontece com dinâmica JMJ

03 - Diocese abre comemorações centenárias | 11 - Bento XVI renuncia ao Ponti�cado | 08 - Glauco, Pedro, Wellington, Claudemir e Gilmar são ordenados diáconos

03 - Acontece o Bote Fé | 13 - Jorge Mario Bergoglio é eleito papa e escolhe ser Francisco, o primeiro pontí�ce das Américas

10-19 - Acontece a 51ª Assembleia dos Bispos em Aparecida, com o tema “Comunidade de Comunidades, uma nova paróquia” | 26-28 PASCOM E CEBs realizam encontros com temática sobre juventude

Retrospectiva - Os fatos que marcaram 2013

11Dezembro/2013

Comunicações

Agenda Pastoral de Dezembro

Comemorações de Dezembro

3 Confraternização Anual dos Presbíteros da Diocese7 Diocese: Reunião Geral de Pastoral em Guaxupé

Natalício01 Mons. Enoque Donizetti de Oliveira01 Pe. Vítor Aparecido Francisco03 Dom José Geraldo Oliveira do Valle06 Pe. Alexandre José Gonçalves09 Pe. Luis Januário dos Santos11 Pe. Célio Laurindo da Silva11 Pe. Marcelo Nascimento dos Santos12 Pe. Adirson Costa Morais15 Pe. José Natal de Souza17 Pe. Valdenísio Justino Goulart21 Pe. Francisco Albertin Ferreira21 Pe. Gladstone Miguel da Fonseca21 Pe. Moisés Campos Gonçalves25 Dom Messias dos Reis Silveira31 Pe. Heraldo de Freitas Lamim31 Dom José Lanza Neto31 Pe. Maurício Marques da Silva

Ordenação05 Pe. José Milton Reis

06 Côn. Walter Maria Pulcinelli08 Pe. Álvaro Alves da Silva08 Pe. Carlos Miranda08 Pe. Mário Pio de Faria08 Pe. Pedro Meloni Neto10 Pe. José Pimenta dos Santos10 Pe. Pedro Bauer12 Pe. João Pedro de Faria12 Pe. Gilgar Paulino Freire14 Pe. Gledson Antônio Domingos15 Pe. Juliar Nava, MI18 Pe. José Ronaldo Rocha20 Pe. Antonio Garcia20 Mons. Hilário Pardini22 Pe. Luiz Gonzaga Lemos 22 Pe. Vicente Pinto Ribeiro 26 Pe. Ailton Goulart Rosa26 Pe. Nelson Fernandes de Oliveira28 Pe. Gentil Lopes de Campos Júnior29 Pe. Jorge Eugênio da Silva

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12 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Passamos toda nossa existência acumulando informações e experi-ências que, no decorrer do tempo, serão arquivadas em nossa memó-ria e, vez ou outra, se tornam cons-cientes.

Estas lembranças são responsá-veis pelas nossas dores e também pelas saudades. São as experiên-cias, as responsáveis diretas do nosso aprendizado e da transferên-cia deste para nossos descenden-tes, colegas, amigos e familiares, melhor dizendo, são as experiên-cias vividas que registram os fatos no mundo.

Com a aproximação do Natal, é quase impossível não retornar ao passado, recordando as noites ce-lebradas em família, as missas do “galo”, as trocas de presentes, o beijo roubado do namorado, a noi-

EDUCAÇÃO E VIDA

A importância de se ter um tempo para “memória”

te que podia se estender um pouco mais sem “broncas” dos pais e tan-tas outras lembranças que cada um traz dentro de si.

Pergunto-lhes, qual a impor-tância de se ter memória? Sem ela, nosso dia seria apenas um dia, sem brilho, sem choro, sem risos, sem emoções. Um dia sempre igual ao outro. Os fatos guardados na me-mória permitem a transformação e a evolução da pessoa e do mundo.

A linguagem humana fala de me-mória cognitiva, esta citada até ago-ra, representada pela assimilação e gravação dos fatos. Mas há também a memória histórica, alimentada pelas emoções e transformações ocorridas pós-acontecimento. A memória his-tórica fica como que impregnada em cada ser que viveu o momento histó-rico, pode ser individual ou grupal.

São muitas as lembranças e, com o passar do tempo, é importante não perdê-las, pois muitas vezes são alimentos para a alma e o es-pírito, guardadas no mais profundo de cada um dos que vivenciaram o fato e com intensidades diferentes.Cito, como exemplo, o nascimento de um filho – somente a mãe é ca-paz de explodir em prazer ao tocá-lo pela primeira vez, porque foi ela que durante nove meses interpre-tou, deu formas e amou aquele ser desconhecido.

A importância de ter um tempo para “memória” é que, recordando, podemos viver duas vezes.Uma vez, a experiência do fato e a outra, visualizando as consequências do mesmo.

Ter um tempo para “memória” é fazer uma revisão de vida, ter opor-

tunidades de estreitar rela-

ções, de perdoar e de ser perdoa-do, de rever entes queridos,manter os amigos, as tradições, não repe-tir atitudes que foram desumanas, aperfeiçoar, edificar, transformar e, principalmente, sentir se você cresceu ou continuou criança nas ações.

Ter um tempo para a “memória” é descobrir que quando a memória falta, recorremos no erro ou con-tinuamos cegos às consequências dos fatos. Quem tem memória não quer repetir o holocausto, os assas-sinatos em massa, a corrupção e outras tragédias humanas.

Mas quem tem memória tem também a oportunidade de recor-dar as festas familiares, as pesca-rias entre amigos, formaturas, ca-samentos, reconciliações, curas, as primeiras palavras de uma criança, os tombos e as reerguidas. Lem-bra-se das noites mal dormidas, mas também dos risos nas baladas, do primeiro beijo, dos “dorme com Deus” ditos pelos pais, do bolo da vovó, do dinheiro dado às escondi-das pelo vovô para comprar doces.

Lembram-se da máquina de escre-ver, da máquina fotográfica e de tantas outras memórias...

Neste final de ano, vamos re-correr a nossa memória e ver quantas vezes não estendemos a mão ao nosso irmão; quantos deveres de casa ajudamos nos-sos filhos fazerem sem apressá-los, porque tínhamos pressa; quantos mais tarde, ou, quem sabe, demos como desculpas; qual o último abraço que de-mos em nossos pais, filhos e es-posos...

Qual visita deixei de fazer porque já tinha passado muito tempo, qual foi o último neces-sitado de minhas orações, qual pastoral estou ajudando e tan-tas outras lembranças guarda-das e esquecidas na memória.

Escrevendo este artigo, pu-xei pela memória e descobri que não é a primeira vez que tenho a oportunidade de de-sejar aos leitores do jornal Co-munhão votos de Boas Festas e Feliz Ano Novo. Espero que em 2014, o mundo tire mais

tempo para “memória” e perceba que os sinais do tempo são rápidos e que cabe a nós modificar-

mos nosso EU para a melhoria do NÓS.

Feliz Natal!Por Neusa Maria

Figueiredo, psicóloga em Cabo Verde, Botelhos

e Guaxupé