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FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT A Serviço das Comunidades Impresso Especial 9912259129/2005-DR/MG CORREIOS MITRA JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXXII - 312 | NOVEMBRO DE 2015 LUTO Superando as perdas

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A Serviço das Comunidades

ImpressoEspecial

9912259129/2005-DR/MG

CORREIOSMITRA

JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXXII - 312 | NOVEMBRO DE 2015

LUTOSuperando as perdas

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Dom José Lanza Neto

2 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Editorial

A Voz do Pastor

Jornalista responsável ALEXANDRE ANTONIO DE OLIVEIRA - MTB: MG 14.265 JPProjeto grá�co e editoração BANANA, CANELA E DESIGN - bananacanelaedesign.com.br (35) 3713-6160ImpressãoGRÁFICA SÃO SEBASTIÃOTiragem3.950 EXEMPLARES

ExpedienteDiretor geralDOM JOSÉ LANZA NETOEditorPADRE CLAYTON BUENO MENDONÇAEquipe responsávelPADRE CLAYTON BUENO MENDONÇA, PADRE SANDRO HENRIQUE ALMEIDA SANTOS, DIÁCONO JEREMIAS NICANOR ALVES MOREIRA, JANE MARTINS E ALESSANDRO CALIXTORevisãoJANE MARTINS E MYRTHES BRANDÃO

RedaçãoRua Francisco Ribeiro do Vale, 242 – Centro CEP: 37.800-000 – Guaxupé (MG)Telefone(35) 3551.1013E-mail [email protected] Artigos assinados não representam necessariamente a opinião do Jornal.Uma Publicação da Diocese de Guaxupéwww.guaxupe.org.br

O tema da misericórdia tem raízes profundas na Igreja e o papa Francisco (homem marcado pela misericórdia), soube captá-las e inserir nessas raízes a proposta do Ano Santo. Levou em conta a intuição do papa são João XXIII que, ao abrir o Concílio Vaticano II, propõe uma Igreja que prefira usar a medicina da mi-sericórdia. Menciona, também, o magis-tério do papa são João Paulo II que, com a Encíclica “Dives in Misericordia”, ensina que a missão da Igreja é proclamar a Mi-sericórdia Divina que abrange a huma-nidade inteira. Por sinal, ele canonizou santa Faustina, “santa da Misericórdia”, como a primeira santa do novo milênio, no início do Jubileu do ano 2000.

No número 2, “Misericordiae Vultus”, faz uma fundamentação trinitária: Mise-ricórdia é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia é o ato último e supremo pelo qual Deus

vem ao nosso encontro. Misericórdia é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa que vê, com olhos since-ros, o irmão com quem encontra no ca-minho da vida. Misericórdia é o caminho que une Deus e o homem porque nos abre o coração da esperança de sermos amados para sempre, apesar da limita-ção do nosso pecado.

Dentre as várias iniciativas para ce-lebrar o Ano Santo proposto, proponho levarmos em conta o Sacramento da Reconciliação, onde o papa Francisco dá grande destaque ao afirmar: “Não me cansarei jamais de insistir com os confessores para que sejam um verda-deiro sinal da misericórdia do Pai. Ser confessor não se improvisa. Tornamo--nos tal quando começamos, nós mes-mos, por nos fazer penitentes em busca do perdão. Nunca esqueçamos que ser confessor significa participar da mesma

missão de Jesus e ser sinal concreto da continuidade de um amor divino que perdoa e salva. Cada um de nós recebeu o dom do Espírito Santo para o perdão dos pecados; disto somos responsáveis. Nenhum de nós é senhor do sacramen-to, mas apenas servo fiel do perdão de Deus. Cada confessor deverá acolher os fiéis como o pai na parábola do filho pró-digo: um pai que corre ao encontro do filho, apesar de lhe ter dissipado os bens. Os confessores são chamados a estreitar a si aquele filho arrependido que volta à casa e a exprimir a alegria por tê-lo reen-contrado. Não nos cansemos de ir, tam-bém, ao encontro do outro filho, que ficou fora, incapaz de se alegrar, para lhe explicar que o seu juízo severo é injus-to e sem sentido diante da misericórdia do Pai que não tem limites. Não hão de fazer perguntas impertinentes, mas, como o pai da parábola, interromperão

o discurso preparado pelo filho pródigo, porque saberão individuar, no coração de cada penitente, a invocação de aju-da e o pedido de perdão. Em suma, os confessores são chamados a ser sempre e por todo o lado, em cada situação e apesar de tudo, o sinal do primado da misericórdia”.

Levemos em conta esta palavra do papa Francisco em nosso dia a dia, mas, especialmente, nos períodos litúrgicos onde temos maior afluência de fiéis em busca deste sacramento. Vale destacar o grande empenho a partir do mutirão de confissões que acontece nos setores todo ano. Que os pastores, especial-mente durante os tempos fortes, adven-to e quaresma, sejam solícitos em convi-dar os fiéis a aproximarem-se “do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e encontrar graça” (Hb 4,16).

O dia de finados é dominado pela sau-dade afetuosa das pessoas falecidas. É justo que os fiéis deem espaço às saudosas lem-branças dessas pessoas queridas, de modo especial nesse dia. Os cristãos creem que os falecidos vivem num sentido bem mais verdadeiro e pleno: vivem em Deus. Frei Ra-niero Cantalamessa afirma que «se vamos

visitar seus túmulos não é só para despertar uma recordação, reviver o momento dolo-roso da separação, mas para estabelecer, através destes sinais sensíveis, um contato real com eles, para aprender com eles algo sobre a grande viagem que também nós, cedo ou tarde, deveremos fazer».

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) ensina que para ressuscitar com Cristo é preciso morrer com Cristo, é preciso deixar a mansão deste corpo para ir morar junto do Senhor (2Cor 5,8). É diante da morte que o enigma da condição humana atinge seu ponto mais alto. A morte é o termo da vida terrestre. A vida é medida pelo tempo ao longo do qual a pessoa passa por mu-danças: envelhece e, como acontece com todos os seres vivos da terra, a morte apare-ce como o fim normal da vida. Este aspecto marca a vida com um caráter de urgência: a lembrança da mortalidade serve também para recordar de que tem-se um tempo li-mitado para realizar a vida: «Lembra-te de teu Criador nos dias de tua mocidade (...) antes que o pó volte à terra donde veio, e o sopro volte a Deus, que o concedeu» (Ecl 12,1.7). Graças a Jesus Cristo, a morte

tem um sentido positivo, conforme afirma Paulo: «se com Ele morremos, com Ele vi-veremos» (2Tm 2,11). A novidade essencial da morte cristã está nisto: pelo Batismo, o cristão já está sacramentalmente morto com Cristo para viver uma vida nova; e, se morrer na graça de Cristo, a morte física consuma este morrer com Cristo e comple-ta, assim, a incorporação a Ele em seu ato redentor. Na morte, Deus chama o homem a si. É por isso que o cristão pode sentir, em relação à morte, um desejo semelhante ao de são Paulo: «o meu desejo é partir e ir es-tar com Cristo» (Fl 1,23) e pode transformar sua própria morte em um ato de obediên-cia e de amor ao Pai, a exemplo de Cristo (cf. CIC 1005-1011).

Os cristãos celebram esse dia com a firme esperança da vida que nasce da morte, a partir do Mistério Pascal de Jesus. Nele, abre-se uma nova perspectiva, onde a morte já não é mais o fim fatídico e de-sesperador, mas a passagem para uma rea-lidade nova de plenitude de vida em Deus. Nos dizeres de frei Alberto Beckhäuser: «a fé no Cristo ressuscitado transforma a vida do cristão. A morte já não é mais o fim de

« Senhor, para os que creem em Vós, a vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível»

Missal Romano, Prefácio dos fiéis defuntos

todas as coisas. Ela é, antes, uma porta, uma passagem para uma realidade nova. O Cris-to vivo garante a vida para sempre».

Ainda afirma o CIC: «A morte é o fim da peregrinação terrena do homem, do tem-po de graça e de misericórdia que Deus lhe oferece para realizar a sua vida terrena se-gundo o plano divino e para decidir o seu destino último. Quando acabar nossa vida sobre a terra, que é só uma, não voltaremos a outras vidas terrenas. Os homens morrem uma só vez (Hb 9, 27). Não existe reencarna-ção depois da morte» (1013).

Para entender isso é preciso ter fé, crer que a morte foi vencida, uma vez por todas, no momento em que Jesus passou por ela e ressuscitou. Ressurreição de Jesus: sem ela, a fé seria vã (cf. 1Cor 15,14) e não se po-deria fazer outra coisa, diante da morte, do que «afligir-se como os outros que não têm esperança» (1Ts 4,13).

Que os textos do jornal COMUNHÃO deste mês ajudem você, caro leitor, a refletir sobre sua vida. Boa leitura!

Jubileu Extraordinário da Misericórdia

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3Novembro/2015

Opinião

Orar por aqueles que já se foram

A experi-ência amorosa nos faz compre-ender os moti-vos pelos quais rezamos por aqueles que já não vivem mais em nosso meio. Nosso cora-ção se inquieta pelo desejo de revê-los, fa-lar-lhes sobre nossas alegrias, nossas dores; contar-lhes so-bre nosso ama-durecimento e também sobre nosso retroces-so. Desejo de ouvir novamen-te sua voz, sua risada, seu cari-nho que tanto nos acalentou nos dias frios e cinzentos. A oração, sempre dirigida ao Se-nhor, fonte de todo amor, nos coloca em comunica-ção, mesmo que indireta com aqueles que, por graça de Deus, marcaram em profundidade nossas vidas.

Esta experiência, íntima, pessoal, profundamente humana, nos impul-siona a uma outra perspectiva, porém, não menos humanizadora. Para além da saudade, flor que desabrocha na ausência, temos para com nossos fale-cidos algo que vai muito além de nos-sos laços de bem querer. Afinal, não re-zamos apenas pelos mortos de nossas famílias, pessoas queridas, amigas que tanto marcaram nossas vidas. Nossa prece, a prece da Comunidade Cristã, vai além de nossos afetos e inclusive de nossos desafetos. Trata-se de uma con-sequência teológica de nosso ser cris-tão, incrustrada em nossas almas por ocasião de nosso batismo crisma.

Naquele dia fomos incorporados na Igreja de Jesus Cristo e, quer por inter-médio de nossos pais e padrinhos, quer por nós mesmos, nos comprometemos em viver a paridade fraternal vivida e proposta por Jesus. Conforme nos lembra o Apóstolo – já não sois nem escravos, nem livres, nem pagãos, nem crentes, nem homens, nem mulheres, mas um só em Cristo (Gl 3,28). Esta no-vidade originada no desejo do Senhor, de sermos um com Ele, nos comprome-te uns com os outros, independente-mente dos laços de sangue ou de afeto.

Mais que uma união afetiva, formamos uma união efetiva. E mais! Além de re-zarmos uns pelos outros, como povo sacerdotal formamos uma nova família, somos convidados a rezar por todos os homens e mulheres, mesmo não os conhecendo. É decorrência natural de nossa pertença ao novo povo de Deus.

Rezar pelos falecidos, portanto, é uma atitude profundamente cristã. Sig-nifica se sentir solidário, corresponsável e cúmplice da felicidade daqueles com os quais convivemos e também com aqueles que, ao menos por enquanto, ainda não conhecemos. E rezamos pe-los falecidos não só em Finados. Reza-mos sempre. Como?

Rezamos uns pelos outros: rezamos pela Igreja peregrina na história para que viva sua vocação de Servidora do Reino. Rezamos por todos os homens e mulheres, mesmo sem conhecê-los pessoalmente, para que se empenhem de verdade na construção do Mundo novo. De igual modo rezamos pela Igre-ja padecente, realidade que açambarca todos os falecidos que vivem a realida-de do purgatório. Rezamos, em comu-nhão com a Igreja triunfante, realidade que traduz o ambiente dos anjos, dos santos e a Bem-Aventurada Virgem Ma-ria, para que os fiéis falecidos, na expe-riência purgatorial, aceitem a Bondade e a Misericórdia do Senhor.

A experiência da Celebração da Eu-

caristia retrata e elucida esta verdade. A Ceia do Senhor, memorial de Sua pai-xão, morte e ressureição, ápice e cume da vida cristã, nos coloca em profundo consórcio com as três dimensões da Igreja de Jesus acima elencadas. Nes-sa belíssima e mais completa oração, com nossos pés teológicos, vamos do calvário à parusia; fazemos anamnese da entrega, do sacrifício e da vida nova inaugurada por Jesus. A partir dessa re-alidade misteriosa, central de nossa fé, a páscoa do Senhor, rezamos, em co-munhão com todos os homens e mu-lheres, pela paz no mundo, pela santi-ficação dos povos, pela vivacidade da missão, pela comunhão entre os pas-tores, pelos fiéis falecidos e por todos os que morreram. Não rezamos apenas pelos batizados crismados falecidos. Rezamos, com toda a Igreja, por todos os falecidos.

Cesare Giraudo, grande teólogo italiano, com obras traduzidas aqui no Brasil, propõe, em Redescobrindo a Eu-caristia, que durante o canto do sanc-tus os fiéis pensem, rezem pelos fale-cidos. Ele argumenta que durante esse hino nos unimos (Igreja peregrina) com a multidão dos céus (Igreja triunfante) para proclamar a santidade de Deus. Ao fazê-lo, reconhecemos a bondade de Deus que deseja a salvação de to-dos. Ocasião melhor, portanto, não ha-veria, para sugerir aos falecidos (Igreja

padecente) que aceitem a mise-ricórdia do Se-nhor.

Santo! San-to! Santo! É o Senhor Deus criador. O céu e a terra pro-clamam vossa glória! Hosa-na nas alturas – cantam os Querubins, Se-rafins e os San-tos aureolados e sem auréolas! Unamos nossas vozes àqueles que nos prece-dem e já gozam da visão plena do Deus justo e verdadeiro. Que a oração em memória dos fiéis falecidos nos conduza a uma verdadei-ra metanoia: busquemos o Reino de Deus

e tudo mais nos será acrescentado (cf. Lc 12,31).

Finalmente, é oportuno relembrar: rezamos pelos falecidos conhecidos porque com eles estabelecemos aqui, na história, laços de amizade e bem querer. Aqui, tivemos a oportunidade de amá-los e por eles sermos amados. Também, rezamos pelos falecidos não conhecidos porque, impelidos pela graça batismo crismal, sonhamos com a salvação de todos os homens e mu-lheres. Mas, não menos verdade, reza-mos pelos falecidos não conhecidos porque, em breve, teremos a oportuni-dade de conhecê-los. São muitos, mi-lhões de pessoas – objeta a mente cal-culista. Mas, fiquemos tranquilos. Aqui, no tempo e no espaço, conhecemos poucas pessoas, pois nossa existência é reduzida. Na vida que não conhece ocaso, aquela que há de vir, teremos a eternidade para conhecermos todos aqueles para quem rezamos e também conheceremos todos aqueles, futuros irmãos e irmãs, que rezarão por nós.

A oração, colóquio com Deus, no seu sentido mais profundo, nos ante-cipa aquela realidade pela qual tanto esperamos: a plena e feliz comunhão eterna.

Por padre José Augusto da Silva, pároco da Paróquia São Domingos

(Poços de Caldas) e Professor na FACAPA (Pouso Alegre)

Felizes aqueles que acreditam e pautam suas vidas na esperança operosa do Céu! As suas vidas estão marcadas pelo selo do Espírito e, como missionários da ressurreição, antecipam a felicidade eterna nas contradições da história. São aqueles que alvejaram suas vestes no sangue do Cordeiro (cf. Ap 7,14)!

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4 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Na manhã de sábado, 17, acontece-ram as reuniões dos 7 Conselhos Pasto-rais Setoriais da Diocese de Guaxupé, nas quais os conselheiros puderam ele-ger os novos coordenadores de cada setor. Os eleitos assumirão a função por dois anos, iniciando em 2016.

Os padres eleitos/reeleitos para cada setor, são:

Aconteceu na Cúria Diocesana de Guaxupé, dia 15, Reunião Geral do Cle-ro com participação de dom José Lan-za, mais de 60 padres e seminaristas em estágio pastoral. O encontro teve início com uma oração inspirada no texto bí-blico da carta São de Pedro (2Pd 1,3-11) e na homilia proferida pelo papa Fran-cisco nos Estados Unidos, em setembro deste ano. Enfatizou-se a necessidade de reafirmar sempre o chamado ini-cial feito por Deus a cada um de seus eleitos no exercício de suas atividades pastorais. Não há outro caminho efi-caz a não ser a plena comunhão de

O bispo Diocesano, dom José Lanza Neto, presidiu no dia 5 de outubro, Ce-lebração Eucarística de apresentação do novo administrador paroquial da Paró-quia São Pedro, em Alfenas. Quem assu-me a administração da paróquia é padre Eder Carlos de Oliveira, que já atuou na comunidade como seminarista. Acolhido com muito carinho pela comunidade pa-roquial, o padre recebeu a presença dos padres das paróquias de Alfenas, familia-res e amigos que participaram deste mo-mento especial para o presbítero e para a comunidade. Padre Eder iniciou sua mis-são com palmas intensas e cumprimen-tos dos paroquianos. Durante a homilia, dom Lanza destacou São Benedito, o san-to celebrado no dia, convidando o padre a se espelhar sempre em seu exemplo de simplicidade em sua ação pastoral. “Deus é amor, Deus é simples”, destacou.

Com informações da Pascom – São Pedro

• Padre Alexandre José Gonçalves – reeleito coordenador – Alfenas

• Padre Marcelo Nascimento dos Santos – reeleito coordenador – Areado

• Padre Aloísio Miguel Alves – ree-leito coordenador – Cássia

• Padre Reginaldo da Silva – reeleito coordenador – Guaxupé

• Padre Alessandro de Oliveira Faria

Notícias

Setores Pastorais elegem novos coordenadores para o biênio 2016/2017

Reunião do clero prioriza dimensão catequética na evangelização

Padre Eder assume a administração paroquial na São Pedro de Alfenas

vida com Cristo, conformando a pró-pria vida com aquilo que se celebra em cada Eucaristia. “Dessa forma, os minis-tros ordenados poderão consolidar os seus chamados e as suas eleições sem jamais tropeçarem” (2Pd 1,10). Após a oração inicial, padre Luciano Campos Cabral, assessor diocesano de cateque-se, juntamente com o casal Edon Fon-seca e Maísa Borges, coordenadores diocesanos da mesma pastoral, apre-sentaram os caminhos percorridos pela catequese diocesana desde que assu-miram suas respectivas funções no final do ano passado (2014).

De maneira sintética, recordaram aquilo que os documentos da Igreja dizem sobre essa dimensão salutar e essencial da vida eclesial. Em seguida, destacou-se a representatividade de cada setor na estrutura diocesana, com o mínimo de quatro representantes, mas que estarão representados tam-bém nos Conselhos Pastorais Setoriais. Por fim, apresentou-se o resultado de uma pesquisa feita pela coordenação diocesana em paróquias de 5 setores da diocese, apontando os pontos posi-tivos e negativos de cada setor. De ma-neira geral, são raras as paróquias que possuem uma coordenação geral de catequese. “Precisamos nos abrir para essa nova mentalidade, quebrar pre-conceitos e barreiras quanto à presença de um coordenador geral de catequese em nossas paróquias”, afirmou Edon.

Após o intervalo, dom Lanza abor-dou brevemente como se dará o Ano Santo da Misericórdia na diocese. A par-tir da explanação do papa sobre a mi-sericórdia na bula “Misericordiae Vultus”, não há outra maneira de manifestar a misericórdia divina se não assumindo com propriedade, convicção, doação e amor o Sacramento da Reconciliação.

Segundo dom Lanza, nossa diocese, nesse ano santo da misericórdia, dará um acento sobre Sacramento da Re-conciliação. Não visto como um peso, mas como um verdadeiro exercício da misericórdia, e completa: “deveremos despertar no nosso povo o sentido do pecado e a importância da reconcilia-ção, não como condenação, mas como remédio. Portanto, cada padre deverá propiciar. em sua paróquia, momentos oportunos para a valorização desse sa-cramento”.

Finalizando o encontro , padre Hen-rique Neveston, Coordenador Dioce-sano de Pastoral, transmitiu algumas orientações: sobre o 3º Retiro Diocesa-no das Santas Missões Populares que acontecerá nos dias 28 e 29 de novem-bro; quanto às festividades do Cente-nário, no dia 31 de janeiro de 2016, na Catedral de Nossa Senhora das Dores; e também sobre a formação e instituição pelo bispo dos conselheiros paroquiais do Conselho Pastoral Paroquial, do Conselho Administrativo e Econômico Paroquial e tesoureiros das paróquias.

Por Júlio César Agripino, seminarista estagiário em Ano Pastoral

Foto: Arquivo da Diocese de Guaxupé

Foto: Pascom – São Pedro

Bispo diocesano, cerca 60 padres e 5 seminaristas em ano pastoral participaram da Reunião Geral do Clero

Padre Eder Carlos de Oliveira foi apresentado à comunidade pelo bispo diocesano durante Celebração

– coordenador – Passos• Padre José Maria de Oliveira – co-

ordenador – Poços de Caldas• Padre Gladstone Miguel Fonseca

– coordenador – São Sebastião do Paraíso

O trabalho de coordenação pasto-ral exige a atuação dos conselhos, assim como o Conselho Setorial, mas também

nos níveis diocesano e paroquial, valori-zando a integração de clérigos e leigos. Em cada conselho deve sempre haver uma equipe de coordenação para encami-nhar os trabalhos do Conselho, preparar as reuniões, dentre outros assuntos. Cada ação pastoral precisa ser planejada, co-ordenada e avaliada para contribuir com uma evangelização eficaz e coerente com a proposta da Diocese e de toda a Igreja.

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5Novembro/2015

Foram instituídos 6 seminaristas do Seminário Diocesano Santo Antônio, como leitor e acólitos, durante a Santa Missa, presidida pelo bispo Diocesano, dom José Lanza Neto, e concelebra-da pelos padres Ronaldo, Alexandre e Valdenísio. As instituições ao leitorato e acolitato fazem parte do processo formativo do candidato ao sacerdócio que, depois de alguns anos de forma-ção, vai dando passos significativos ao futuro exercício do ministério presbite-ral. Em sua fala aos seminaristas, o bispo destacou a importância dos ministérios dizendo que os novos ministros devem ser grandes colaboradores do Reino de Deus no meio do povo, anunciando, por meio de palavras, mas sobretudo

Aconteceu em Guaxupé, no domin-go (27/09), o 4º encontrão diocesano do movimento TLC (Treinamento de Lide-rança Cristã). O encontro começou com uma caminhada da Praça da Saudade ao Ginásio Poliesportivo com aproxima-damente 550 jovens de toda a Diocese, contanto também com 5 jovens da Dio-cese de São João da Boa Vista-SP.

Durante todo o dia, os jovens foram animados pela banda do TLC de Mu-zambinho, além de momentos de pre-gação e reflexão com os padres José Maria, Claudemir e Maurício, sendo este o diretor espiritual do movimento. O en-contro contou também com as palestras dos leigos José Carlos e Matheus.

O momento Mariano foi preparado pelos jovens da cidade de Botelhos, re-cordando a devoção à padroeira do mo-vimento, Nossa Senhora de Guadalupe. Para encerrar o encontro, uma Missa foi presidida por padre Maurício. A cidade escolhida para o 5º encontrão, em 2016, foi Poços de Caldas.

Com informação de Alex Silva

Entre os dias 22 de setembro e 1 de outubro, a Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus de Itaú de Minas ce-lebrou, com muita alegria e fé, a festa de sua padroeira. Os temas da novena, do dia 22 a 30 de setembro, foram ins-pirados nas Santas Missões Populares, projeto de toda a Diocese de Guaxupé, parte da preparação para as comemo-rações para o seu centenário.

A novena contou com a presença de padres da Diocese e a participação dos setores missionários da cidade, organi-zando a liturgia e preparando homena-gens. Também rezaram e refletiram so-bre os diversos setores da sociedade e a missão transformadora de cada um na fé em Jesus Cristo, olhando para a vida de Santa Teresinha e aprendendo com ela o caminho da pequena via, o amor. A festa teve uma dimensão social com várias atrações: música ao vivo, serviço

Seminaristas são instituídos nos ministérios de leitorato e acolitato

TLC se reúne em Guaxupé para 4º Encontrão Diocesano

Itaú de Minas celebra Santa Teresinha, padroeira das Missões

Foto: Pascom Seminário

Foto: Alex Silva

Foto: Pascom Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus

Seminaristas do 4º Ano de Teologia foram instituídos acólitos em Celebração Eucarística presidida por Dom José Lanza Neto

Aproximadamente 550 jovens de toda a diocese marcaram presença no evento

Grande número de paroquianos, fiéis devotos de santa Teresinha, participaram do novenário de sua padroeira

por ações, a Boa Nova. Os seminaristas recebem estes ministérios no terceiro e quarto anos de teologia. Este ano, recebeu o ministério de leitorato o se-minarista Antônio Batista e o ministé-rio de acolitato, os seminaristas Dione Piza, Michel Pires, Paulo Sobral, Sérgio Bernardes e Vinícius Pereira. “Ser insti-tuído no ministério de acólito significa uma exigência maior na caminhada vo-cacional. Deus nos chama novamente, nos aproxima da sua mesa, para, nutri-dos pelo seu Corpo e sua Palavra, servir com mais afinco o seu povo”, comentou Vinícius. Logo após a Celebração, foi realizada uma recepção no seminário para convidados.

Por Pascom diocesana de bar com praça de alimentação e a grande novidade, o 1º Festival de Mú-sica Missionária. No dia 1º de outubro, dia de Santa Teresinha e feriado muni-cipal, pela manhã, foi celebrada uma Missa seguida de uma carreata que conduziu a imagem da santa até a ca-pela de Nossa Senhora Aparecida, onde os veículos foram abençoados. À tarde, por volta das 17h, os fiéis participaram de uma procissão que conduziu a ima-gem da padroeira até à Praça Nossa Senhora das Graças, onde aconteceu a celebração da Santa Missa campal, pre-sidida pelo bispo Diocesano, dom José Lanza, com a participação dos padres César e Alessandro, além de um grande número de paroquianos, fiéis devotos de Santa Teresinha.

Com informações da Rádio Boa Nova de Itaú de Minas

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6 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

missas, inclusive com o padre Jorge em uma tribo/aldeia ao longo do Rio Negro. Foi uma experiência de vida que guar-darei para sempre na lembrança. A ci-dade é linda, mas nada se compara com

a beleza da fé, do amor e da esperança deste povo que nos ensina a construir um Novo Céu e uma Nova Terra a partir dos ensinamentos de Jesus”. Finaliza.Com informações de padre Francisco Albertin

Notícias

O Conselho Missionário Regional (Comire) Leste 2, que corresponde aos estados de Minas Gerais e Espíri-to Santo, realizou, nos dias 25 a 27 de setembro, em Belo Horizonte (MG), na casa das Irmãs Sacramentinas, a 29ª Assembleia. O objetivo do encontro foi reunir representantes das 32 dioceses do Regional para apontar caminhos da missão e fazer valer as palavras do papa Francisco em sua mensagem para o Dia Mundial das Missões, celebrado em ou-tubro. Para contribuir nas reflexões, a assembleia contou com a presença do assessor da Comissão Episcopal Pasto-ral para a Ação Missionária da CNBB, padre Sidnei Márcio Dornelas, CS. Par-ticiparam coordenadores de Conselhos Missionários Diocesanos (Comidis), res-ponsáveis pela animação missionária

No dia 26 de setembro aconteceu, na cidade de Guaxupé, o encontro dio-cesano das equipes paroquiais do SAV (Serviço de Animação Vocacional) com a participação de padres, seminaristas, leigos (as) e religiosos (as) que atuam diretamente no trabalho de animação vocacional em diversas cidades da Dio-cese. Animados pelos jovens músicos de Jacuí, o encontro se deu num espí-rito de alegria e partilha fraterna. Aco-lhidos no auditório da Cúria, iniciaram com um momento de oração e reflexão da Palavra de Deus, conduzido pelo padre Danilo Silva Bártolo, RCJ. Com a passagem do Evangelho de Mateus, o padre ressaltou a necessidade de se rezar pelas vocações: “Pedi ao Senhor da messe que envie operários para sua messe” (Mt 9, 32-38). Em seguida, padre Éder Carlos, assessor diocesano do SAV, convidou o padre José Milton dos Reis para falar a respeito da criação de uma “cultura vocacional” como contribuição para a evangelização nas comunida-des. Em um terceiro momento, padre Éder Carlos fez alguns apontamentos práticos para orientar os trabalhos rea-

De 31 de julho a 10 de agosto, o padre Francisco Albertin, pároco em Campestre, junto com o padre Jorge de Oliveira, natural de Alpinópolis, desen-volveu uma formação bíblica na Diocese de São Gabriel da Cachoeira, no Amazo-nas, território sob os cuidados de dom Edson Damian, que assessorou o retiro do clero da Diocese de Guaxupé deste ano. Durante o retiro, o bispo comentou a organização da sua diocese, a neces-sidade de formação, principalmente a formação bíblica e os desafios de uma diocese tão distante poder contar com padres e leigos para colaborar neste processo. A missão contou com o apoio de dom Edson e de dom José Lanza, cujo objetivo foi a formação bíblica com mais de 130 participantes, a maioria de origem indígena. “Fiquei maravilhado e emocionado com a participação e inte-resse deste povo que tem fome e sede

Assembleia Missionária reúne dioceses de Minas Gerais e Espírito Santo

Padre Francisco Albertin desenvolve experiência missionária no Amazonas

SAV promove Encontro Diocesano das Equipes Paroquiais

nas dioceses e representantes da Infân-cia e Adolescência Missionária (IAM), Juventude Missionária (JM), Conselhos Missionários de Seminaristas (Comi-ses), Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e congregações religiosas. A Dio-cese de Guaxupé esteve representa-da pelo bispo, dom José Lanza, e pelo coordenador diocesano de pastoral, padre Henrique Neveston. A coorde-nadora do Comire – Leste 2, Cida Al-ves, avaliou: “Esperamos intensificar a reflexão sobre a animação missionária realizada por meio dos conselhos dio-cesanos e grupos de animação . Outro aspecto importante é fortalecer a ar-ticulação entre as diversas instâncias missionárias” .

Com informações do Comire Leste 2

lizados pelas equipes paroquiais. Pros-seguiu apresentando a nova equipe diocesana e dando breves explicações a respeito das funções de cada um. A equipe apresentada contará com padre Eder Carlos de Oliveira (assessor dioce-sano), seminarista Dione Piza (produ-tor de subsídios), Irmã Sandra Regina Rizzoli (representante dos religiosos e religiosas) e Kelly Cristina Silva (secre-tária). O último momento do encontro foi reservado para uma avaliação dos trabalhos realizados pelas equipes pa-roquiais e também para um encontro do assessor com todos os religiosos e religiosas para traçarem algumas metas de ação que visem comunhão dos tra-balhos vocacionais da Diocese e das vá-rias congregações religiosas presentes na mesma, sobretudo com atenção às vocações femininas à vida religiosa. O encontro encerrou-se com uma confra-ternização. Foi marcante a expectativa e o ânimo de todos para fazer crescer o trabalho da animação vocacional na Diocese de Guaxupé.

Com informações de Richard Oliveira

Foto: Comire Leste 2

Foto: Arquivo da Diocese de Guaxupé

Foto: Arquivo pessoal do padre Francisco Albertin

Representantes das 32 dioceses do Regional Leste 2 participaram da 29ª Assembleia do Comire em Belo Horizonte (MG)

Encontro de equipes de animação vocacional paroquias reúne padres, seminaristas, leigos(as) e religio-sos(as) na Cúria Diocesana

Cerca de 130 fiéis da Diocese de São Gabriel da Cachoeira participaram de formação bíblica com o padre Francisco Albertin e padre Jorge de Oliveira

da palavra de Deus. Uma índia de 70 anos me disse: ‘Padre, eu estou muito feliz por ter aprendido as histórias da bí-blia e os ensinamentos de Jesus. Achei que fosse morrer sem nunca aprender a bíblia. Que bom que o senhor veio lá do sul (sic) para poder mostrar para nós como é linda a bíblia’”, relatou pa-dre Francisco Albertin, que ainda com-plementa a experiência conquistada com sua atividade missionária com um depoimento inspirador: “Jesus nos aler-ta: ‘Ide pelo mundo inteiro e anunciai o evangelho’ (Mc 16,15). Que bom se outros padres de nossa diocese e até mesmo leigos pudessem reservar uma semana, geralmente a primeira de cada mês, e aprender com a cultura, a fé viva, o testemunho do evangelho, o carinho, a luta e as conquistas deste povo ma-ravilhoso do Norte do Brasil. Conversei muito com os índios no porto, celebrei

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7Novembro/2015

Em 5 de outubro foi publicado pela OmniScriptum Gmbh & Co.KG da Ale-manha, através de seu selo no Brasil, Novas Edições Acadêmicas, o novo livro do padre Francisco Albertin: O Juízo Fi-nal: Jesus e os pequeninos. Na primeira parte, o livro contextualiza o evangelho de Mateus (25,31-46). Na segunda parte, há uma exegese completa com todos os seus passos e normas já na terceira par-te, a atualização da mensagem do juízo final e sua importância no mundo de hoje, quando os mais pequeninos ain-da clamam pelas obras de misericórdia e Jesus continua dizendo: “Todas as ve-zes que vocês fizeram isso a um desses meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizeram” (Mt 25,40). A ne-gociação iniciou-se com um e-mail em que a editora alemã se dispunha a abrir

Editora alemã publica livro do padre Francisco AlbertinFoto: Arquivo pessoal do padre Francisco Albertin

Com o título “O Juízo Final: Jesus e os pequeninos”, novo livro do padre Francisco Albertin foi publicado pela editora OmniScriptum Gmbh & Co.KG da Alemanha

um novo campo literário de publicação de teses e de dissertações de autores brasileiros. Após uma análise e pesquisa do trabalho do padre Francisco: “E quan-do vier o Filho do Homem... O Juízo Final em Mateus 25,31-46”. Elaborado como conclusão de mestrado em Ciências da Religião, pela Universidade Católica de Goiás (atual PUC-Goiás), o trabalho foi selecionado para a publicação. O livro “O Juízo Final: Jesus e os pequeninos” está à venda, através de grandes sites de ven-da de livros. Para adquirir, acesse: www.amazon.com www.morebooks.es. Por ser uma editora da Alemanha, o preço é em euro (33,90€). Possui 144 páginas. Se houver dificuldade na compra via inter-net, entre em contato pelo telefone: (35) 3743-1296.Com informações de padre Francisco Albertin

Aconteceu, nos dias 25 e 26 de setembro, no Auditório São José, no Centro Diocesano de Pastoral, em Divinó-polis, o 10º Encontro de Estudos do Código de Direito Canônico, pro-movido pelo Tribunal Eclesiástico da Diocese de Divinópolis. No dé-cimo encontro foi abor-dado o tema “Aspectos gerais da Psicopatolo-gia”, e teve como pales-trante o psicólogo Ra-mon Silva Campos, que atualmente também co-labora com os trabalhos

Tribunal Eclesiástico promove Encontro de Estudos de Direito CanônicoFoto: Diocese de Divinópolis

Tribunal Eclesiástico promoveu formação sobre os “Aspectos gerais da Psicopatologia”

do Tribunal Eclesiástico de Divinópolis. Aproxi-madamente 25 pessoas participaram do encon-tro. Representando a Diocese de Guaxupé, estiveram os padres Rei-naldo Marques Rezen-de, Claudemir Lopes e Paulo Sérgio Barbosa, que já atuam como ju-ízes auditores nas cida-des de Alfenas, Campes-tre e Poços de Caldas, respectivamente.

Com informações da Diocese de Divinópolis

No início do mês de outubro, mês missionário, a Paróquia Sagrado Cora-ção de Jesus e Nossa Senhora das Gra-ças, em Fama, realizou vários eventos missionários. No dia primeiro, as ati-vidades de outubro começaram com a bênção de três imagens de Nossa Senhora Aparecida que percorrerão o bairro rural Pontinha. Os moradores se reuniram para rezar o terço missionário ao longo do mês. O objetivo é que esta iniciativa se concretize em outras co-munidades rurais e urbanas. Já no dia 3 de outubro, o evento foi a Caminhada pela Paz, direcionado às crianças da co-munidade que percorreram as ruas da cidade com bastante animação e com o tradicional “bate-latas”. O encontro foi realizado com o apoio do pároco, padre Benedito Clímaco, pais e catequistas. A mensagem das crianças aos moradores foi de desejar a manifestação da “Paz de Deus”.

Por padre Benedito Clímaco dos Passos

Fama realiza eventos no início do ‘mês missionário’Foto: Arquivo pessoal do padre Benedito Clímaco dos Passos

Em Fama, fiéis se reúnem para benção e envio de imagens peregrinas de Senhora Aparecida que percorreram o bairro rural Pontinha

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8 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

ENTREVISTA

APÓS A MORTE, COMO SEGUIR EM FRENTE

A Igreja celebra anualmente um dia especial pelos mortos, o Dia de Fina-dos, em 2 de novembro. O JORNAL CO-MUNHÃO, por ocasião da data, entre-vistou, nesta edição, o bispo da Diocese de Uruaçu-GO, dom Messias dos Reis Silveira. A partir de vivências pessoais e nos anos como religioso, dom Mes-sias escreveu e publicou, pela Paulinas Editora, o livro “Superar a dor do luto”. A publicação, lançada em outubro de 2014, tem a finalidade de confortar as pessoas que sofrem por estarem vi-venciando o sentimento do luto. Nesta entrevista, vamos entender que o livro também tem o objetivo de auxiliar as pessoas que desejam ajudar os enlu-tados e queiram, por isso, aprofundar a espiritualidade da vida, morte e res-surreição de Jesus. Composto por trinta meditações a partir da Bíblia, que são concluídas com um diálogo amoroso com Deus e se prolongam pelas per-guntas que ajudam o leitor a aprofun-dar no mistério da vida e de Deus, o livro torna-se um bálsamo para a dor, pois o leitor se sentirá acolhido pela bonda-de de Deus e encontrará caminhos de compreensão para o significado cristão do momento do luto e a sua impor-

tância para o crescimento pessoal. Sua leitura orante possibilitará o ânimo ne-cessário para prosseguir neste tempo, fortalecido pelas meditações edificadas na Palavra de Deus. dom Messias foi no-meado bispo Diocesano de Uruaçu em 3 de janeiro de 2007 e ordenado para a mesma diocese no dia 11 de março do mesmo ano, sendo sagrante princi-pal dom José Geraldo Oliveira do Valle, C.S.S, bispo Emérito da nossa diocese. Leia, a seguir, a entrevista com o agora também escritor dom Messias.

dom Messias, como surgiu esta vo-cação para a escrita?

Eu sempre escrevi pequenos arti-gos para jornais. Quando estava no se-minário estudando, nas paróquias por onde passei, como reitor do seminário, sempre escrevia. Chegando à Diocese de Uruaçu e, mesmo antes, enquanto padre, as pessoas me procuravam para pedir um conforto espiritual. Sempre fui procurado para dar um reforço espiritu-al no momento do luto. Em uma visita a uma senhora na cidade de Itumbiara, ela me falou de um livro pequeno que a confortou. Por não ter total disponi-bilidade em atender a todas as pessoas

que me procu-ravam na hora do luto, pensei em escrever uma mensagem para entregar nesta ocasião. E da mensagem acabou surgin-do um livro. São 30 meditações na linha orante, com textos bíbli-cos e reflexões não muito lon-gas que levam ao encontro da dor, mas que também têm um olhar para frente, para a alegria do Cristo ressusci-tado, para a ple-nitude da vida que o Senhor apresenta. Então se torna um livro para ser lido, me-ditado e rezado. Enquanto escre-via o livro, passei pela situação do luto com a morte do meu pai. Es-crito o livro, ele ficou um tempo

guardado, e eu meditando se seria uma publicação independente ou não. Re-solvi enviá-lo para as Paulinas Editora. Eles pediram 6 meses para análise, mas em 3 meses deram resposta positiva e foi publicado. Inicialmente, havia suge-rido o titulo “Alívio para a Dor do Luto”. Mas sugeriram “Superar a Dor do Luto”. Creio que o livro seja como um bálsa-mo para a dor espiritual para quem o lê. Já foi para a Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, e foi publicado também em Portugal com o titulo “Assumir a Dor do Luto”.

E como se enfrenta o luto?Algumas vezes, a pessoa pode pre-

ver o luto através da velhice ou da en-fermidade. Mas o luto também vem de forma muito rápida, através de uma informação que muda a vida brusca-mente. A primeira atitude é acolher este momento que faz parte da pró-pria trajetória humana, pois não existe certeza maior na vida de que todos va-mos morrer. Inclusive o filho de Deus, Jesus, passou pela morte. Não existe uma fórmula para escapar da morte. Éntão, é deixar que ela seja iluminada pela fé. Não dá para negar a morte nem a sua dor. O livro não é uma espécie de anestesia, que a pessoa, ao ler algum capítulo, se sinta sem dor. Pelo contrá-rio, eu convido o leitor a entrar na dor, a mergulhar nesta experiência da dor. Se der vontade de chorar, que chore, não negue esta situação que está vi-venciando. Mas, ao mesmo tempo, eu o convido para abrir os olhos e olhar para frente e deixar que a vida seja ilu-minada pela fé. Deus é a plenitude da vida e Ele oferece a vida para todos os seus filhos e filhas. Falo da experiência de Deus que é Pai e que assiste à morte milhares e milhares de vezes. Se Deus tivesse a nossa compreensão limitada, Ele seria um eterno sofredor porque vê seus filhos morrerem.

A morte é o fim?Não. Como disse, Deus tem uma

compreensão diferente da vida. A mor-te não é o fim, é uma transformação, uma oportunidade para o encontro com a plenitude da vida. E nós, que es-tamos neste mundo como peregrinos, se pudermos preparar este encontro com Deus, será muito bom, será grati-ficante.

Por que o ser humano valoriza a vida quando se depara com a morte?

Quando perdemos algo ou alguém que não dávamos valor, a morte faz com que reorganizemos nossa vida e passamos a dar valor a ela. Quantas

famílias não se organizaram, na dimen-são espiritual, a partir da morte? Pes-soas que não tinham a busca de Deus passaram a rezar mais, a vir mais para a Igreja. Mas pode também acontecer o contrário se o coração estiver apenas posto nas coisas do mundo, como bri-gas por causa de herança. Mas a morte é uma oportunidade para reorganizar a vida que está presente. E não somente esta vida, pois cremos na vida eterna.

As pessoas são chamadas a con-solar umas às outras no momento da morte de um ente querido. Há uma orientação da Igreja?

A solidariedade é muito importan-te nesses momentos. No dia da mor-

Livro escrito por dom Messias traz reflexões sobre a morte, a perda e o luto.

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te, muitas pessoas vão ao velório e há pessoas que querem dizer algo. Mas acredito que não seja o momento mais oportuno para tal. A família precisa de alguém que esteja presente em silên-cio, mas, ao mesmo tempo, precisa de pessoas que rezem em silêncio. A fa-mília precisa de pessoas orantes, para compreender o momento. Visitas, o tra-balho e o dia a dia vão se encarregando de colocar as coisas no lugar. Existem os estágios. Num primeiro momento, as pessoas ficam normais. Mas, depois, “cai a ficha”, aí vem o isolamento e a pessoa se fecha em si, nega o ocorrido, cria um mecanismo de defesa de tal for-ma que há um bloqueio e nem lágrimas caem. Mas tem outro estágio que é um

momento de raiva, quando a pessoa pergunta por que aconteceu isso e se volta até contra Deus, contra pessoas próximas ou contra um médico. E, por último, vem um estágio de negociação. Após ter se revoltado, passa a se utilizar inconscientemente de algo como uma barganha, como acordos religiosos, fa-zendo promessas, geralmente no silên-cio do seu coração e pode vir também uma tristeza profunda, depressão, até se chegar ao estágio da aceitação. Às vezes, os momentos estão misturados. Mas o tempo sempre é essencial.

O questionamento do porquê é muito pessoal. Existe uma receita?

Não, não existe. Vale lembrar que o próprio Jesus, filho de Deus, vivenciou o luto. Quando Lázaro morreu, Ele es-teve na casa de Marta e Maria, diante do túmulo. Jesus estava vivenciando o luto. Com fé em Deus, Ele permitiu que o Pai agisse. Então não é apenas indi-vidual, no momento do luto é quando devemos permitir que Deus e a Igreja nos ajudem a aceitar, com a graça dos sacramentos, das orações, da presença humana e da solidariedade. Não é so-mente pessoal no sentido de que se a dor chegou para mim, ela é somente para mim. Há de se vivenciá-la, buscan-do meios para isso, pois outra pessoa não sentirá a dor por mim.

Qual a importância da missa de 7º

dia? Por que se celebra?A missa de 7º dia tem a importância

de um conforto espiritual e de se ter uma unidade com a pessoa falecida, que agora foi chamada para estar dian-te de Deus. Houve uma época em que quando as pessoas ficavam sabendo da morte de alguém, já havia aconteci-do o sepultamento. A missa era, então, uma espécie de segundo velório, mas iluminado pela fé. Um segundo sepul-tamento, um passo a mais, uma entre-ga da pessoa nas mãos de Deus. Esta entrega é importantíssima. No livro, eu digo que existem dois sepultamentos. O primeiro é aquele sepultamento no cemitério. O segundo é o sepultamen-to existencial que é a entrega da pessoa nas mãos de Deus, pois o fato é definiti-vo, não tem retorno, e a pessoa precisa viver a plenitude da vida que Deus nos oferece e nós temos que seguir nossa vida aqui. Nas missas de sétimo dia, trinta dias, um ano, os parentes já se sentem mais aliviados. Com o tempo, passam a se lembrar sem sofrer tanto, mas não se esquecem jamais.

O Senhor acredita que a partir daí a pessoa consegue uma nova maneira

de viver sem o ente querido?Sim. Depende de como a pessoa

aceita e acolhe esse momento e busca uma nova compreensão. Pode crescer na fé, em humanidade. Pode compre-ender que a vida é um mistério e tudo depende de Deus. Pode crescer e sabe,r que a vida deve ser iluminada pelo mis-tério da ressurreição. No passado eu di-zia, hoje, não mais: para tudo tem jeito neste mundo, menos para a morte. É claro que tem jeito para a morte. Jesus ressuscitou e Ele é a certeza da nossa ressurreição, por isso, em Cristo, a vida se ilumina.

Qual a mensagem, dom Messias, para os leitores do Comunhão?

Em um capitulo do livro, eu cito uma crônica que se chama “os brinquedos que Deus oferece”. Quando eu subir, eu quero ir brincando com as estrelas, com o que eu for encontrando no caminho. Surpresas que Deus oferece. Então, que não fiquemos presos somente nos mo-mentos difíceis, no passado, mas que sejamos capazes de olhar para frente. A morte tenta muitas vezes encolher as pessoas. Deus está oferecendo pesso-

as, o mundo, graças e mais graças para que possamos seguir. Ás vezes, após uma perda, lamentamos que perdemos o pai, a mãe, o filho, o sentido da vida, mas temos que nos lembrar de quantas pessoas ainda estão ao nosso lado, pre-cisam de nós e são presentes de Deus. E esta pessoa que morreu não se per-deu, mas está junto de Deus. Então, va-mos subir com os presentes que Deus nos dá. Afinal, são muitas as graças que Deus nos oferece em nossa caminhada.

SERVIÇO:Para comprar o livro, acesse o site : http://www.paulinas.org.br/loja/su-perar-a-dor-do-luto• SAC: 0800 70 100 81• Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8:00 às 18:30• E-mail: [email protected]• Diocese de Uruaçu : (62) 3357 – 1230

Por Alessandro Calixto

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10 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Atualidade

Em defesa da vidaA guerra na Síria é a “maior crise hu-

mana da nossa era”, segundo a ONU. Ao longo dos últimos quatro anos e meio, mais de 250 mil sírios perderam suas vidas no conflito entre tropas le-ais ao presidente Bashar al-Assad e as forças de oposição. A violenta guerra já destruiu bairros e cidades inteiras e deixou 11 milhões de desabrigados de uma população total de cerca de 23 milhões de pessoas. Metade dos atin-gidos pela guerra são crianças. Famí-lias chegam a campos de refugiados exaustas, desesperadas, desampara-das e com medo, disse a ONU. Algu-mas pessoas contam histórias de te-rem passado mais de um ano se mudando entre vilarejos dentro da Sí-ria. Acontecimentos e ocorrências ab-solutamente insanas, inacreditáveis, difíceis de serem assimiladas até mes-mo pelos mais sensíveis olhos e cora-ções humanos! Mas o combate entre o governo e a oposição não para. A aju-da humanitária, insuficiente, chega es-poradicamente a alguns lugares. Mi-lhares de sírios permanecem presos em suas cidades, agora sitiadas. A cen-telha que deu estímulo ao fogaréu da guerra atual foram as duras e mortífe-ras repressões do governo Bashar al--Assad nos protestos populares de março de 2011 na cidade de Deraa, no sul da Síria, depois da prisão e da tor-tura de jovens estudantes que grafita-ram slogans em prol de liberdade e democracia no muro de uma escola, no ânimo dos acontecimentos das fa-mosas manifestações da “Primavera Árabe”. As manifestações populares da Primavera Árabe começaram quase que simultaneamente no final de 2010 na Tunísia, Egito, Líbia e depois Síria. Elas foram fortemente disseminadas e divulgadas de forma on line pela onda tecnológica democrática digital da in-ternet e suas redes sociais, e realizadas massivamente contra as permanên-cias das ditaduras governistas apoia-das em forças militares repressoras, também clamando pelo fim da corrup-ção sistêmica, por democracia e liber-dade civil, política e eleitoral e pelo combate à grave crise econômica e so-cial (1/3 da população desempregada e com quatro em cada cinco sírios vi-vendo na pobreza - 30% deles na po-breza extrema), e pela promoção de políticas públicas de apoio à popula-ção. A iniciativa do governo Bashar a-Assad de bloquear e vigiar a internet e as redes sociais como forma de con-ter o ímpeto das manifestações piora-ram ainda mais suas já depreciadas imagem e liderança junto à popula-ção, particularmente entre os jovens e pessoas de meia-idade. Quando as for-ças repressivas militares de segurança do governo sírio abriram fogo contra os manifestantes, em 2011, matando dezenas e ferindo centenas deles, ain-

da mais sírios foram para as ruas. Hou-ve manifestações em escala nacional pedindo a saída, por renúncia, do pre-sidente Bashar al-Assad (no poder há 15 anos, desde 2000, quando sucedeu a seu pai que esteve no núcleo do po-der desde 1946). O governo usou, en-tão, sua força militar para tentar aca-bar com a dissidência, como sempre fez, mas o ambiente das manifestações populares reagiu e serviu para aumen-tá-las vigorosamente. O país entrou em estado de guerra civil, com milícias rebeldes lutando contras forças milita-res governamentais pelo controle de cidades, povoados e zonas rurais. A empolgação dos manifestantes pela luta democrática aumentou com a queda dos dirigentes tunisianos, egíp-cios (derrubada do líder decano Osni Mubarack) e líbios (destituição e mor-te do poderoso general Muammar Ka-dafi). Em 2012, a violência na Síria che-gou à capital Damasco e à segunda metrópole mais importante do país, Aleppo. Mas, agora, a batalha já vai muito além de ser contra ou favor de Assad, pois as operações bélicas inclui-rão as participações de países vizinhos e de potências militares globais (EUA, Rússia, China, Alemanha, França, In-glaterra). Até mesmo os grupos jiha-distas do “Estado Islâmico - EI”, deram uma outra dimensão ao confronto, muito mais cruel e bárbara, incluindo dezenas de execuções públicas, tortu-ras e decapitações. Em um dos maio-res êxodos da história recente, estima--se que cerca de 11 milhões de pessoas fugiram de seus habitats desde o iní-cio do conflito, a maioria delas mulhe-res e crianças. Ao fugirem da guerra, para onde estão indo os refugiados sí-rios ? Qual a rota da imigração ? Esti-ma-se, com base em diversas fontes jornalísticas, que pelo menos 2, 3 mi-lhões foram para o Líbano, 1,2 milhões para a Turquia, 700 mil para Jordânia, 300 mil estão no Iraque, 180 mil no Egito, 40 mil no Norte da África e cerca

de 6,5 milhões estão desalojados den-tro da Síria (quase a metade da popu-lação do Estado de Minas Gerais, que é de 21 milhões de pessoas e a segunda maior população estadual do Brasil). O êxodo se acelerou dramaticamente depois do início de 2013, quando as condições de vida no país se deteriora-ram de forma drástica. O drama dos refugiados sírios chama atenção com a chegada de milhares deles às ilhas gregas, o que desencadeou uma crise na União Européia. A crise da imigra-ção síria acendeu um grande debate na Europa devido o número gigantes-co de refugiados que desembarcam diariamente no continente. Mas não é uma coincidência o fato dos refugia-dos estarem se decidindo pela Europa como destino. Eles acreditam que, de-sembarcando em terras europeias, te-rão oportunidades e escolhas sobre onde e qual país vão escolher para fi-car, com base no Tratado de Schengen (cidade de Luxemburgo) de 1985. Mui-tos países europeus assinaram esse Tratado como parte das ações do so-nho da integração europeia. Ali, repre-sentantes europeus concordaram em tornar mais fácil e livre a circulação de pessoas entre as fronteiras dos países da região. Imigrantes que chegam à Europa sabem que eles podem come-çar a jornada na costa da Itália ou da Grécia e seguir viagem para outros pa-íses, sem enfrentarem severas restri-ções de fronteiras. O Reino Unido, a Ir-landa, a Bulgária, a Croácia, o Chipre e a Romênia não assinaram o tratado de Schengen. Há ainda um outro texto di-plomático, na União Europeia, conhe-cido como “Regulamento de Dublin”, que prevê que os refugiados devem pedir asilo no primeiro país onde eles chegam. No entanto, alguns países como Grécia, Itália e Croácia, que por sua localização litorânea são porta de entrada para migrantes, têm permiti-do que estes (incluso refugiados) dei-xem seus territórios e atravessem suas

fronteiras, sem registros. E muitos des-ses refugiados, obviamente, também evitam fazer os primeiros registros ofi-ciais nos países onde eles não querem ficar, continuando seus percursos em cruzamentos de novas fronteiras de novos países, para então decidirem se registrar como refugiados e gozar das leis que os protegem. O destino mais desejado por eles é a Alemanha. Cola-boram com isso os países vizinhos da Síria, como a Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos (todos eles são países ricos e que ficam geografi-camente bem mais próximos à Síria do que o continente europeu), dificultan-do a entrada dos refugiados em suas fronteiras, pois as autoridades não aceitam, supostamente, internalizar o conflito sírio em seus territórios. O go-verno brasileiro, através de iniciativa do Itamaraty e da Presidenta Dilma Roussef, dá um exemplo ao mundo ao abrir as portas para recepcionar os re-fugiados, e não apenas sírios, mas também haitianos, inclusive com aten-dimento e oferta de inclusão deles em políticas públicas. É o mais livre acolhi-mento de imigrantes por iniciativa de um país que se tem notícia neste trági-co momento histórico, em termos de políticas migratórias para refugiados. Os últimos dados da ONU indicam que mais de dois terços dos imigrantes sí-rios são homens jovens e de meia ida-de. Dos 23 milhões de sírios, estima-se que 90% são árabes, mas também há curdos (9%) e pequenas comunidades armênias, circassianas e turcomanas. Em termos de religião, a subdivisão é mais complicada: 74% dos sírios são muçulmanos sunitas, 16% são muçul-manos xiitas (entre alauitas, drusos e ismaelitas) e 10%, cristãos (ortodoxos, maronitas ou latinos). Desconsideran-do os milênios de História, que edifica-ram etnias distintas e antagônicas na Síria, os franceses, após a Primeira Guerra, dividiram o país em três regi-ões autônomas, com áreas específicas para alauitas e drusos. Em 1946, a Síria proclamou sua independência. Mas as divisões étnicas, religiosas e políticas internas nunca acabaram. Espólio des-sa instabilidade política e social, emer-giu uma ditadura sangrenta e mortífe-ra que promoveu uma estabilidade política sufocante por 30 anos, apoia-da em crescimento econômico conti-nuado, que minguou, a partir de 2008, com a crise imobiliária (hipotecária) global dos Estados Unidos, que abar-cou o mundo todo. E agora vivem uma guerra civil em que não restarão ven-cedores a festejar. Sem nenhuma das partes com capacidade para se impor de forma definitiva, a comunidade in-ternacional concluiu, faz tempo, que o conflito só terminará com uma ampla e efetiva negociação. No entanto, já fracassaram várias tentativas de ces-

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11Novembro/2015

Liturgia

Em Cristo a certeza da vida eternaDia repleto de sentimento religioso,

unido ao afeto e recordações familiares. Este é o dia de finados, mas nunca pode-remos nos esquecer da fé e da esperan-ça cristã.

Esta comemoração litúrgica data do século XIV e em sua origem influiu a es-piritualidade dos monges de Cluny, não obstante, a recordação dos fiéis defun-tos sempre estar presente na oração eu-carística desde os primórdios da Igreja.

Nesta festa, sim, dizemos festa, não comemoramos ou cultuamos a morte mas, a vida. Tudo isso é ressaltado nas leituras e orações da Celebração Euca-rística. O conjunto litúrgico nos fala de ressurreição e vida; e a referência é a onipresença de Cristo, o ressuscitado. Dela, participamos pela fé e pelos sacra-mentos.

Não deve ser um dia nostálgico, tris-te, melancólico, mas dia cheio de espe-rança que expressa a continua comu-nhão com os nossos irmãos já falecidos (GS 18,2).

A visita ao cemitério, que nada mais quer significar etimologicamente: “dor-mitório”, nos lembre daqueles que “dor-miram no Senhor”, ou seja, não deve causar em nós amargura, e sim, doce esperança.

Ao celebrarmos a memória dos fiéis falecidos unimos a Igreja celeste à Igreja peregrina até que: “o Senhor venha em sua majestade e com Ele todos os anjos (cf. Mt 25,31) e, destruída a morte, to-das as coisas lhe forem sujeitas (cf.1Cor 15,26-27), alguns dentre seus discípulos peregrinam na terra, outros, terminada esta vida, são glorificados, vendo ‘clara-

mente o próprio Deus trino e uno, as-sim como é’; todos, contudo, em grau e modo diverso, participamos da mesma caridade de Deus e do próximo e canta-mos o mesmo hino de glória ao nosso Deus” (LG 49).

Continua a nos dizer a Constituição Dogmática Lumen Gentium no seu número seguinte: “reconhecendo esta comunhão de todo o corpo místico de Cristo, a Igreja Celeste e a Igreja terrestre desde os seus inícios venerou a memória dos fiéis defuntos”, “para que sejam per-doados de seus pecados” (2Mc 12,45), sempre lhes oferecendo sufrágios. E por sua vez, os apóstolos e mártires de Cristo que com a efusão de seu sangue deram testemunho supremo de fé e caridade, a Igreja sempre acreditou estarem mais

intimamente unidos conosco com Cris-to, portanto à sua intercessão. A estes acrescentou logo a imitação provinda de Cristo. Tudo isso nos leva à busca da vida futura.

“Nele brilhou para nós a esperança da feliz ressurreição. E aos que a certe-za da morte entristece, a promessa da imortalidade consola” (Missal Roma-no). São os ecos da Páscoa, com toda a sua força. No Batismo, participamos da Páscoa do Senhor. Não podemos agora negar a fé que um dia professamos. Ou melhor, durante toda uma vida assim o fizemos.

Quando batizados, trazemos por meio de nossos padrinhos, o simbolis-mo da luz. Luz esta que foi multiplicada a partir do círio pascal aceso no fogo

santo. Coluna luminosa que representa o próprio Cristo em nosso meio e agora será por nós ostentado. Diz o rito: “A vós, pais e padrinhos, é confiada à tarefa de acrescentar esta luz. Que vossos filhos, iluminados por Cristo, caminhem sem-pre como filhos da luz.”

E mesmo que a água seja o sinal central do Batismo, a luz não deixa de acrescentar a sua expressividade. Afinal, desde o inicio da Igreja, também se de-nominava o Batismo ou catecumenato como tempo de iluminação. Por isso, é forte essa relação que queremos fazer com o grande momento de entrega do ser humano ao Criador. Nas exéquias, novamente acendemos o círio pascal. A pessoa que conheceu o caminho à luz de Cristo glorioso, essa luz agora chega ao seu “fim”. O Batismo a incorporou à Páscoa e a morte a introduziu definitiva-mente na luz sem fim.

A morte para nós não deve ser um peso, mas como nos diz santo Ambró-sio: “Cristo, se quisesse, poderia não ter morrido; mas não julgou dever fugir da morte como coisa inútil.” “... é sacramen-to, é solenidade anual do mundo.”

Temos que considerar essa realidade como remédio: uma vez, a morte a prin-cípio não tendo sido da natureza huma-na, porém, pelo pecado a ela incorpora-do, agora seria necessário dar fim a esse mal. Como? Morrendo para de fato viver na graça, na misericórdia de Deus.

Por padre Gentil Lopes de Campos JúniorPároco da Paróquia Santa Bárbara,

em Guaranésia

sar-fogo e de diálogo envolvendo a Liga Árabe e a ONU. Com efeito e pro-posta, o cristianismo católico no Oriente Médio levanta o estandarte “Dignitatis humanae”, a declaração do Vaticano II sobre liberdade religiosa e sua correlata concepção de secularis-mo democrático que ela manifesta. Em outubro de 2010, poucas semanas antes que os movimentos pró-demo-cracia irrompessem na Tunísia e no Egito, os bispos católicos da região se reuniram em Roma para o Sínodo para o Oriente Médio, manifestando: “Jun-tos, vamos construir as nossas socie-dades civis com base na cidadania, na liberdade religiosa e na liberdade de consciência. Queremos oferecer ao Oriente e ao Ocidente um modelo de coexistência entre religiões diferen-tes”, como contribuição cristã em orientação a seus fiéis bem como

como contribuição às propostas da “Primavera Árabe”. Contra esta desas-trosa marca da miséria humana, da fal-ta de amor, de solidariedade e tolerân-cia, da desmesura do poder pelo poder, é necessário construirmos am-bientes e consensos emergenciais, inadiáveis, imediatos, salvíficos e de proteção em prol do povo sírio e de-mais povos, mas de forma que a “nova música não continue a cair em ouvidos que se fazem surdos!” “Dignitatis hu-manae” já!

Prof. Dr. Reginaldo Arthus – Economis-ta, Licenciado em Filosofia, Mestre em

Economia Social e do Trabalho/UNI-CAMP e Doutor em Filosofia e História

da Educação/UNICAMP, é Reitor do Cen-tro Universitário UNIFEG de Guaxupé

Page 12: JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ - guaxupe.org.brguaxupe.org.br/.../2015/11/Jornal-Comunhao-_-novembro-de-2015.pdf · faz uma fundamentação trinitária: Mise-ricórdia é a palavra

12 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Comunicações

Agenda Pastoral de Novembro

Comemorações de Novembro

3-5 Assembleia Regional de Pastoral do Regional Leste II em Belo Horizonte5 Setor Guaxupé: Reunião dos Presbíteros na Paróquia Mãe Rainha em Guaranésia 7 Diocese: Reunião da Coordenação Diocesana da Formação de Leigos em Guaxupé Reunião da Coordenação Diocesana dos Grupos de Reflexão em Guaxupé Reunião da Coordenação Diocesana da equipe do TLC em Guaxupé Reunião da Coordenação Diocesana da Catequese em Guaxupé Reunião do Setor Famílias em Guaxupé8 Dia Nacional da Juventude – setores pastorais9 Setores Alfenas e Areado: Reunião dos Presbíteros em Fama11 Setor Passos: Reunião dos Presbíteros 12 Diocese: Reunião do Conselho de Presbíteros em Guaxupé

Natalício02 - Padre Bruce Éder Nascimento 03 - Monsenhor José dos Reis04 - Padre Luiz Gonzaga Lemos05 - Padre Darci Donizetti da Silva

06 - Padre Paulo Sérgio Barbosa07 - Padre Norival Sardinha Filho13 - Padre Jorge Eugênio da Silva13 - Padre Juliano Borges Lima20 - Padre Henrique Neveston da Silva

23 - Padre Antônio Garcia Ordenação09 - Padre João Batista da Silva14 - Padre Maurício Marques da Silva21 - Padre Claudionor de Barros 25 - Padre Antônio Carlos Maia

13-15 Diocese: Encontro Vocacional no Seminário São José em Guaxupé14 Diocese: Reunião do Setor Juventude em Guaxupé Encontro Diocesano de Comunicação em Guaxupé Reunião Diocesana do Serviço de Animação Litúrgica em Guaxupé18 Setor Poços: Reunião dos Presbíteros em Campestre19 Setores Cássia e Paraíso: Reunião dos Presbíteros na Paróquia São Sebastião em São Sebastião do Paraíso21 Diocese: Encontro Diocesano para Animadores da CF 2015 Setores Missionários: Reunião com os formadores das SMP Reunião do Conselho Diocesano do ECC em Conceição da Aparecida22 Diocese: Ultréia Diocesana do Cursilho em Guaxupé 11º Cenáculo Diocesano da RCC em Guaxupé25 Diocese: Reunião do Conselho de Formação Presbiteral em Guaxupé28-29 Diocese: III Retiro Diocesano das SMP em Guaxupé

Cúria

Atos da CúriaSetembro e Outubro de 2015

• Provisão nº 16/58 – Livro nº 12 – Folha 18v – Nomeamos o Revmo. padre Eder Carlos de Oliveira, vigário paroquial da Paróquia São Benedito na ci-dade de Passos (MG), no dia 02 de setembro de 2015.

• Provisão nº 15/54 – Livro nº 12 – Folha 18v – Nomeamos o Revmo. padre Benedito Valerio, vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora de Sion na cidade de São Sebastião do Paraíso (MG), no dia 03 de setembro de 2015.

• Provisão nº 16/55 – Livro nº 12 – Folha 19 – Nomeamos o Revmo. padre Be-nedito Valerio, vigário paroquial da Paróquia Senhor Bom Jesus em Guar-dinha, distrito de São Sebastião do Paraíso (MG), no dia 03 de setembro de 2015.

• Provisão nº 13/56 – Livro nº 12 – Folha 19 – Nomeamos o Revmo. padre Eder Carlos de Oliveira, administrador paroquial da Paróquia São Pedro Apóstolo da cidade de Alfenas (MG), no dia 05 de outubro de 2015.

• Provisão nº 14/57 – Livro nº 12 – Folha 19 – Nomeamos o Revmo. padre Heraldo de Freitas Lamim, administrador paroquial da Paróquia Nossa Se-nhora da Esperança da cidade de Poços de Caldas (MG), no dia 05 de ou-tubro de 2015.

• Provisão nº 15/58 – Livro nº 12 – Folha 19 – Nomeamos o Revmo. padre Paulo do Carmo Pereira, administrador paroquial da Paróquia São Pedro Apóstolo da cidade de São Pedro da União (MG), no dia 05 de outubro de 2015.

• Provisão nº 17/60 – Livro nº 12 – Folha 19 – Nomeamos o Revmo. padre João Pedro de Faria, vigário paroquial da Paróquia São Sebastião na cidade de Alpinópolis (MG), no dia 08 de outubro de 2015.

• Provisão nº 14/63 – Livro nº 12 – Folha 19v – Nomeamos o Revmo. padre Ademir da Silva Ribeiro, Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Esperança da cidade de Poços de Caldas (MG), no dia 30 de outubro de 2015.

• • Provisão nº 15/64 – Livro nº 12 – Folha 19v – Nomeamos o Revmo. padre José Ronaldo Neto, pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia em Palmeiral, distrito de Botelhos (MG), no dia 30 de outubro de 2015.