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FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT A Serviço das Comunidades Impresso Especial 9912259129/2005-DR/MG CORREIOS MITRA JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXX - 295 | JUNHO DE 2014 PAPAS E SANTOS

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A Serviço das Comunidades

ImpressoEspecial

9912259129/2005-DR/MG

CORREIOSMITRA

JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXX - 295 | JUNHO DE 2014

PAPAS E SANTOS

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Dom José Lanza Neto

2 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Editorial

A Voz do Pastor

ExpedienteDiretor geralDOM JOSÉ LANZA NETOEditor e Jornalista Responsável PE. GILVAIR MESSIAS DA SILVA - MTB: MG 17.550 JPRevisãoMYRTHES BRANDÃOProjeto grá�co e editoração BANANA, CANELA E DESIGN - www.bananacanelaedesign.-com.br - (35) 3713-6160Tiragem3.950 EXEMPLARES

ImpressãoGRÁFICA SÃO SEBASTIÃO

IlustraçãoMARCELO A. VENTURA

RedaçãoPraça Santa Rita, 02 - Centro CEP. 37860-000, Nova Resende - MGTelefone(35) 3562.1347E-mail [email protected] Artigos assinados não representam necessariamente a opinião do Jornal.Uma Publicação da Diocese de Guaxupéwww.guaxupe.org.br

A realização da Assembleia Anual da CNBB em Aparecida, que reúne mais de trezentos bispos de todo território na-cional, é sempre um momento especial de expressão máxima da Igreja. Mesmo um grupo de reflexão de círculo bíblico ou uma pequena comunidade que se reúne para rezar, deve buscar esta ex-pressão de Igreja.

Nossa Assembleia possui algumas características que lhe são próprias. Sempre há um tema central e temas prioritários, além de notas e mensa-gens concernentes a algumas situa-ções especiais que merecem atenção. De maneira incansável, a Amazônia nos é apresentada com seus desafios e exi-gências. Este ano, foi aprovado o tema central – Comunidade de Comunida-des: Uma Nova Paróquia, bem como os documentos: a questão da reforma agrária com o tema - A Igreja e a ques-tão agrária brasileira no início do século

XXI; e o Diretório de Comunicação. O tema prioritário – Cristãos Leigos

e Leigas na Igreja e na Sociedade - con-tinua a ser objeto de estudo e que vol-tará na próxima assembleia. Enquanto isso, as bases deverão estar envolvidas em reflexão, para que deem sua cola-boração.

Durante todos os trabalhos, sem-pre num final de semana, nosso retiro é uma parada estratégica, momento de reflexão e silêncio. O orientador foi Dom Bruno Forte, teólogo renomado em Roma e em toda a Europa. O tema do retiro – O Caminho da Fé: Abraão, nosso Pai na Fé; Maria, a crente, plas-mada pela graça; Pedro, a fé de quem aprende a não ser nada; Na escola de Paulo, para viver de Cristo. Sem dúvida, constituiu um momento privilegiado de oração, reflexão pessoal, confissão e aconselhamento.

Atitude que chamou-nos atenção foi

a presença de Dom Giovanni D’Aniello, Núncio Apostólico, que ficou entre nós durante todo período da Assembleia e atendeu a mais de 100 bispos. Sua ati-tude mostrou a disposição e serviço do verdadeiro discípulo. Essa proximidade ajudou a criar ainda mais um bom cli-ma no evento.

Dom Leonardo, secretário da CNBB, pediu-nos que fizéssemos um levan-tamento de todas as obras sociais re-alizadas nas dioceses e comunidades. Precisamos colocar em evidência esses trabalhos. Disse que somos cobrados constantemente: o que a Igreja tem fei-to de concreto?

Nossa assembleia é importante, pois navegamos em todos os níveis da Igre-ja, da sociedade e do mundo. Só com o olhar mais profundo da realidade, podemos evangelizar. Ainda foi-nos perguntado a respeito das novas Dire-trizes da Ação Evangelizadora no Brasil.

Decidiu-se que continuaremos com as mesmas Diretrizes (2011-2015), com acréscimos, levando em conta o mo-mento especial da Igreja, trazido pelo Papa Francisco e com sua Exortação Apostólica “A Alegria do Evangelho”, a respeito do anúncio do Evangelho no mundo atual.

Mereceram destaque nossas cele-brações no Santuário Nacional, juntos da Mãe Aparecida e de nosso querido povo devoto. As celebrações foram marcantes, levando em conta dias e datas, bem como as comissões epis-copais, bispos falecidos durante o ano que passou e outras situações.

Deixamos nosso abraço fraterno, na esperança de que nossa Igreja Particu-lar também acolha este novo ar trazido pelo Papa Francisco e as Santas Missões Populares, que todos assumimos.

Que a alegria do Senhor, seja nossa força!

52º Assembleia Geral dos Bispos do Brasil :Só com o olhar mais profundo da realidade, podemos evangelizar

Um dos aspectos mais belos da Igreja é a sua universalidade. Uma Igreja que ce-lebra a mesma liturgia em todos os cantos do mundo, que professa a mesma fé em diferentes línguas, que carrega os mes-mos sinais sacramentais em povos de cul-turas variadas. Tudo isso é prolongamen-to do Pentecostes.

O Apóstolo Paulo, ao ser perguntado sobre o que pode separar os fiéis do amor de Cristo, responde que nem a morte poderá separá-los deste amor (Cf Rm 8, 38-39). Quando a assembleia chega à eu-caristia, que é a celebração do encontro com Jesus Cristo e da espera de sua vinda gloriosa, aclama logo de início: “Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cris-to!” A Igreja inteira, de todos os lugares do mundo, está reunida em cada missa ce-lebrada. Segundo o teólogo Teilhard de Chardin, o altar é o mundo sobre o qual cada missa é celebrada. Daí a razão de, durante as preces eucarísticas, rezar-se pela Igreja do mundo inteiro, pelo papa, pelos bispos e por todos os ministros, até

por aqueles que estão dispersos e pelos irmãos que já partiram desta vida.

A Igreja, enquanto Corpo Místico de Jesus Cristo, não é simplesmente um gru-po religioso. Ela é a Assembleia dos que creem, dos que foram para sempre incor-porados ao Senhor da Vida. Deste modo, a Igreja é da Terra e do Céu, isto constitui sua vocação primeira e íntima no seio da Trindade.

É magnífico como a Igreja lembra-se das pessoas que fizeram de sua vida um verdadeiro itinerário cristão. Ao chamar alguém de santo, ela realiza o que o Sal-mo 111 proclama: “Feliz o homem que teme o Senhor. Permanece para sempre o bem que fez.” Em tempos nos quais a sociedade desqualifica as pessoas pela idade avançada ou pela improdutividade, a Igreja segue seu caminho lembrando--se de todos aqueles que fizeram o bem sobre a terra. São mais de 2000 anos de memórias vivas, mártires e santos da fé.

Como não considerar a importância dos santos na vida da Igreja? Seria perder

a memória do bem que fizeram se os des-considerássemos? Como não amar Maria Santíssima? Como não querê-la bem se a quem seguimos inteiramente, Jesus Cris-to, amou-a até o fim?

Uma Igreja que caminha para o céu, que conta com os exemplos e a interces-são dos que já chegaram até a plenitude da fé. Uma Igreja que caminha para a ressurreição e guia-se na luz do Ressusci-tado, com aqueles que, Nele, já ressusci-taram. São João XXIII e São João Paulo II fizeram um caminho de santidade pelas vias humanas e pastagens verdejantes da Igreja. Hoje, rogam no céu, junto ao Cor-deiro e Pastor Supremo, por aqueles que ainda continuam peregrinos no mundo.

Que o testemunho dos novos santos inspire a Igreja na luta pela justiça, paz, solidariedade! Este é o sentido maior de chamar alguém de santo ou santa, pelo fato único de ter participado, em sua vida, da santidade de Deus.

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3Junho/2014

Opinião

Estamos vivendo o tempo mais rico da vida da Igreja, o Tempo Pas-cal. Tempo de graça, de alegria, tempo de esperança, tempo de exultação, pois Jesus está vivo. Ele ressuscitou. Esta é a grande notí-cia que dá razão e sentido à nos-sa fé, que “Ele, o Senhor, vive, não permaneceu na morte”, mas saiu vencedor. A morte não tem poder sobre Ele.

Deus está vivo, não é o Deus da morte, mas é o Deus da vida. É nes-te contexto pascal que o Senhor nos deixa a Eucaristia.

Sacramento da unidadeA Eucaristia nasce do amor e

gera amor. Os caminhos que os homens seguem na vida são bem diferentes e até desencontrados, mas a meta única que todos procu-ram alcançar é a mesma: a felicida-de, que só existe onde há fraterna comunhão no amor. Cristo sabia disso. O seu mais ardente desejo é fazer de todos os homens uma só família, na qual todos sejam irmãos. Um novo mandamento, o meu mandamento eu vos dou: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” Para fundamentar e faci-litar esta comunhão fraterna entre os homens, Ele instituiu o Sacra-mento da Eucaristia, sacramento da unidade e do amor.

A Eucaristia é o lugar sacramental em que Cristo atualiza sua presença e sua entrega em meio à comunidade cristã, fazendo com que esta, nos sinais do pão e do vinho, entre em comunhão com o corpo e o sangue de Cristo, parti-cipando assim da força salvadora de sua morte pascal. Trata-se do sacramento que, de maneira mais direta, torna pre-sente em nossa história o acontecimen-to central da salvação – “O mistério da morte e ressurreição de Cristo” – cele-brando, assim, o encontro entre Deus e o homem em Cristo, na nova aliança que selou para sempre na cruz.

Ela é também o sacramento que afe-ta de modo mais profundo a comuni-dade eclesial. É realizada por esta, mas ao mesmo tempo, vai construindo a própria Igreja, comprometendo-a com a urgente tarefa de salvação de toda a humanidade. Nenhuma comunidade cristã poderá edificar-se se não tiver sua raiz e seu centro na celebração do sacrifício eucarístico. As próprias espé-cies usadas na Eucaristia indicam para todos nós o amor fraterno e a perfeita união de paz e justiça.

Muitos grãos de trigo formam uma hóstia e muitas uvas espremidas ofere-cem o vinho da consagração, para que hóstia e vinho consagrados façam de muitos um só corpo e uma só família, a família de Cristo, a Igreja.

A EUCARISTIA NA VIDA DA IGREJA

A dimensão escatológica da Ceia do Senhor

A Eucaristia tem sua origem e sua permanência na vida da Igreja, graças a uma ordem precisa dada por Cristo a seus discípulos, no decorrer da última ceia pascal: “Façam isto em minha me-mória” (Lc 22, 19; Mc 14, 17, Mt 26, 20). As palavras da instituição se encontram no grande contexto do conjunto da vida e ação de Jesus.

Jesus fazia refeições com seus discí-pulos, mas também com pessoas con-sideradas marginais e pecadoras. Não eram apenas refeições habituais, para saciar a fome. Elas estavam em estrei-ta conexão com a mensagem central de Cristo e da vinda do Reino de Deus (Mc 1, 14). As ceias de Jesus eram uma celebração prévia da prometida ceia es-catológica no novo Reino (Mc 2, 15s; Lc 15, 1s).

A última ceia de Jesus foi uma ceia pascal (Mc 14, 12-16). Nela, ele não ape-nas lança um olhar retrospectivo para a salvação de Israel no Egito, como narra o Antigo Testamento. Também antevê a salvação e a vinda definitivas do Reino de Deus, para além de sua morte imi-nente e violenta. “Em verdade eu vos digo, não mais bebereis do fruto da vi-deira até o dia em que o beber de novo, no Reino de Deus” (Lc 22, 16; Mt 26, 29;

Mc 14, 25).A celebração da Páscoa no Antigo

Testamento foi instituída como cele-bração memorial da libertação da ser-vidão no Egito e da travessia do Mar Vermelho (Ex 12, 14; 13, 3.9; Dt, 16, 3). Agora, com as palavras “fazei isto em memória de mim”, Jesus instituiu a cele-bração memorial de uma nova Páscoa, sua libertação dos grilhões da morte e de sua travessia pela morte para a vida nova.

Eucaristia e ComunidadeCristo nos deu a Eucaristia na última

ceia, durante a qual se orientou à entre-ga total de si mesmo na cruz. Jesus to-mou o pão e o cálice e os entregou aos seus discípulos. Pão e vinho se tornam uma nova realidade, cujo significado é dado pelo próprio Jesus. Quanto ao pão, afirma: “Isto é o meu corpo que é dado por vós.” E quanto ao vinho, diz: “Esta taça é a nova aliança em meu san-gue, que é derramado por vós” (Lc 22, 19s). Ele escolheu a forma mais simples e comum a todos nós: comer e beber, ações vitais para a nossa vida. Por isso, a força e os frutos da ceia pascal do Se-nhor alcançam o hoje da comunidade. Ao anunciar a morte e proclamar a res-surreição de Cristo, a comunidade de fé o acolhe, presente “agora” sobre o altar: o Deus-conosco. Isso se dá no cumpri-

mento do mandamento do próprio Je-sus: “fazei isto em minha memória” (Lc 22,19). Cada fiel é, então, alimentado com a vida de Jesus vitorioso sobre o pecado, vitorioso sobre a separação en-tre os homens e Deus, sobre toda divi-são entre os homens e seus irmãos.

Cristo nos deu a Eucaristia, esco-lhendo a forma de comida em família, pois o encontro da família ao redor de uma mesa, na hora da refeição, favo-rece o relacionamento interpessoal, o melhor conhecimento mútuo, o diálo-go fraterno.

Assim nos diz o Concílio (LG 7): “Ao participar na fração do pão eucarístico, somos elevados à comunhão com Ele e entre nós.” Sendo um só pão, todos que participamos deste único pão forma-mos um só corpo. Os cristãos, alimenta-dos pelo corpo de Cristo na Eucaristia, manifestam visivelmente a unidade do povo de Deus, que, neste Sacramento, é perfeitamente significada e admira-velmente realizada.

A comunhão eucarística constitui, pois, o sinal da união de todos os fiéis. Na mesma eucaristia, desaparece toda diferença racial e social, permanecen-do somente a participação de todos no mesmo alimento sagrado.

Por Pe. Norival Sardinha Filho, Pároco da Paró-

quia Nossa Senhora das Dores de Ibiraci-MG.

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4 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

No sábado, 17 de maio, foi realizado na Cúria, em Guaxupé, o Encontro Dio-cesano da Pastoral da Comunicação. Mais de 80 pessoas, vindas dos sete se-tores, participaram das atividades.

O evento teve como tema o 48º Dia Mundial das Comunicações Sociais : “Comunicação a serviço de uma au-têntica cultura do encontro.” Os partici-pantes puderam se aprofundar sobre o chamado pessoal, o papel da PASCOM dentro das paróquias, também em rela-ção ao Centenário da Diocese de Gua-xupé e às Santas Missões Populares.

Estiveram presentes padre Henri-que Neveston, coordenador diocesa-no de pastoral; padre Gilvair Messias, coordenador diocesano da PASCOM; padre Gladstone Miguel da Fonseca, da Paróquia São José de São Sebastião do Paraíso; padre Sandro Henrique Almei-da dos Santos, da Paróquia Santa Rita de Cássia; padre João Batista da Silva, da Paróquia São Sebastião de Areado, além de vários seminaristas e vocacio-nados. Profissionais e comunicadores representantes da PASCOM, movimen-tos e comunidades da diocese também marcaram presença.

Um dos momentos mais importan-tes do encontro foi a divisão dos parti-

A Paróquia São Sebastião de Poços de Caldas promoveu, no dia 18 de abril, Sexta Feira Santa, no Estádio Municipal “Dr. Ronaldo Junqueira”, a segunda edi-ção da “Encenação da Paixão e Morte de Jesus na Cruz.”

Em cinco palcos, recriaram-se am-bientes (Santa Ceia, Horto das Oliveiras, Casa de Caifás, Palácio de Pilatos e o Gólgota) onde Jesus passou suas últi-mas horas. O elenco foi composto por mais de 100 integrantes, todos da co-

O Papa Francisco no-meou, no dia 28, dom José Luiz Majella Delgado, CSSR, como novo arcebispo da Arquidiocese de Pouso Ale-gre (MG). Desde 2009, dom Majella era bispo da Dioce-se de Jataí (GO).

Sucede a dom Ricardo Pedro Chaves Pinto Filho, O.Praem, que teve sua renún-cia aceita pelo Santo Padre, por causa da idade, conforme prevê o cânon 401 §1º.Biografia

Mineiro de Juiz de Fora, dom José Luiz Majella Delgado, nasceu no dia 19 de ou-tubro de 1953. Aos dois anos, mudou-se com a família para a cidade de Volta Re-donda, no estado do Rio de Janeiro. Fez o ensino fundamental em Volta Redonda e Aparecida-SP.Cursou o ensino médio no Seminário Redentorista Santo Afonso. Na faculdade Salesiana de Filosofia, em Lo-rena-SP, licenciou-se em Estudos Sociais e em Filosofia. Em 1977, fez sua profissão re-ligiosa e iniciou, no mesmo ano, o curso de Teologia no Instituto Teológico São Paulo (ITESP), concluído em 1980.

No dia 14 de março de 1981, ordenou--se sacerdote, em Volta Redonda-RJ e, dez anos depois, especializou-se em teologia litúrgica na Pontifícia Faculdade de Teolo-gia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo. No ano 2000, foi para Roma onde

cipantes em grupos, de acordo com o Setor e a partilha sobre as realidades de cada paróquia e cidade. Foi também momento de falar das dificuldades e sugerir melhorias para que a pastoral cresça em nível diocesano e cumpra sua missão de integrar todas as outras pastorais da Igreja.

Cada um dos sete setores elegeu

Notícias

Encontro Diocesano de Comunicação reúne mais de 80 pessoas em Guaxupé

Grandioso evento foi promovido pela Paró-quia São Sebastião de Poços de Caldas

Papa Francisco nomeia novo arcebispo para Pouso Alegre

Objetivo do encontro foi reunir comunicadores pastorais e estudar a mensagem do papa para o Dia Mundial das Comunicações

Teatro da Paixão contou com número de aproximadamente 3000 pessoas

Foto: PASCOM Diocese

Foto: PASCOM São Sebastião de PoçosFoto: Divulgação CNBB

uma pessoa que será representante da PASCOM. Este coordenador terá parti-cipação no Conselho Setorial de Pasto-ral e também na equipe diocesana da PASCOM.

João Vitor Calvelli é responsável pela comunicação da Comunidade Mariana Resgate, de Alfenas e foi um dos parti-cipantes. Contou que gostou muito do

evento e que é belo ver a Igreja se mo-bilizando e utilizando todos os meios para levar o nome de Cristo. “O que mais me marcou foi a reflexão do padre Gilvair sobre a carta do Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações. Fez-me repensar em como temos nos comunicado. Será que estamos só le-vando informações ou estamos levan-do o amor de Cristo verdadeiramente? Precisamos promover esse encontro com o nosso próximo”, frisou ele.

Jane Martins faz parte da PASCOM da paróquia São Sebastião de Areado, desde a criação, há cerca de um ano. Para ela, poder trocar experiências com outros agentes foi muito útil e gratifi-cante. “Nós aprendemos e ensinamos novas formas de propagar boas notí-cias”, destacou.

A PASCOM voltará a reunir-se em nível diocesano no mês de novembro, quando serão realizadas oficinas práti-cas. As paróquias que ainda não pos-suem a Pastoral da Comunicação for-mada e desejam iniciar esse trabalho, podem entrar em contato através da página da diocese no Facebook.

Por Julianne Batista

munidade paroquial. Recursos de som e iluminação também colaboraram para a grandiosidade do evento que emocionou as mais de três mil pessoas que lotaram as arquibancadas cobertas do estádio. Após a encenação, foi rea-lizada a Procissão do Enterro, ao redor do estádio, encerrada com a bênção das ervas medicinais que foram distri-buídas ao público.

Por Rosilene Mantovani

estudou Espiritualidade Redentorista na Academia Alfonsiana.

Como padre, dedicou grande parte de seu mi-nistério ao magistério. Foi professor no Seminário Re-dentorista de Aparecida e

no Centro de Evangelização Missionária, em São Paulo. Foi também superior e di-retor dos Seminários Redentoristas em Sacramento-MG e em Aparecida-SP; se-cretário da Organização dos Seminários e Institutos do Brasil (OSIB) no Regional Leste 2 da CNBB; secretário da Associa-ção dos Liturgistas do Brasil; prefeito do Santuário Nacional de Aparecida; vigário paroquial em Sacramento e na Basílica de Aparecida; secretário executivo local para a 5ª Conferência Geral do Episcopado Lati-no-americano e Caribenho, em Aparecida, no ano de 2007, tornando-se, em seguida, subsecretário adjunto geral da CNBB, em Brasília, até a sua nomeação episcopal.

Dom Majella foi nomeado bispo pelo Papa Bento XVI, em 16 de dezembro de 2009 e ordenado bispo em 27 de fevereiro de 2010 no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida por Dom Geraldo Lyrio Rocha. Foi empossado na Diocese de Jataí no dia 6 de março de 2010. Tem como lema episcopal: “Servir por amor.”

Por Clayton Bueno Mendonça

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5Junho/2014

“Nós temos esta missão: defender a vida e proclamar esse anúncio aos co-rações de todas as crianças do mundo e suas famílias, para que tenham a alegria de um encontro com o Senhor da vida.” A afirmação é de dom Sergio A. Braschi,

Entre os dias 16 e 18 de maio, aconteceu o Simpósio Vocacional da Pastoral Vocacio-nal/Serviço de Animação Vocacional (PV/SAV) dos Regionais Leste I e II, na Casa de Retiro São José, em Belo Horizonte. Organi-zado pela Comissão Episcopal de Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida, em parceria com a Pastoral Vocacional e com o Instituto de Pastoral Vocacional (IPV), o encontro teve o tema “Ide e anunciai! Vo-cações diversas para uma grande missão!”, e os objetivos de “fomentar a cultura voca-cional na ação evangelizadora da Igreja no Brasil e avançar no discipulado missionário como legado batismal, na comunhão e complementaridade de vocações e minis-térios na comunidade eclesial.”

O evento contou com a assessoria de dom João Justino de Medeiros Silva, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, que abordou a missão do anúncio vocacio-nal à luz da exortação apostólica Evangelli Gaudium, do papa Francisco. Em suas pon-derações, dom Justino ressaltou a grande novidade da nova etapa evangelizadora, inaugurada pela Conferência do Episcopa-do Latino-Americano em Aparecida (2007)

Congresso Americano da IAM acontece em Aparecida

Simpósio PV/SAV discute “Missão Vocacional”

Dom José Lanza participou do evento, primeiro continental que contou com 654 assessores

Diocese foi representada pelo padre Ademir e pelos seminaristas Dione e Hudson

Atividade teve como assunto principal “San-tas Missões Populares”

Foto: www.guaxupe.org.br

Foto: www.guaxupe.org.br

presidente da Comissão para a Ação Mis-sionária e Cooperação Intereclesial da CNBB, durante missa que inaugurou na sexta-feira, 23 de maio, o 1º Congresso Americano da Infância e Adolescência Missionária (IAM), evento que se esten-

deu até domingo, dia 25, no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo.

Ao refletir à luz das leituras, o bispo destacou a importância da missão na vida da Igreja, “a começar pelos peque-ninos e pelos jovens” e convidou a olhar para os 170 anos de história da Obra da IAM, “que nasceu de um gesto de amor pelas crianças da China.”

“Desde o começo, foi um olhar em de-fesa da vida das crianças. Hoje estamos aqui e somos chamados por Jesus – re-ferindo-se ao Evangelho – para sermos defensores da vida da infância.”

Participaram do encontro continental, 654 assessores e coordenadores da IAM, vindos de 17 países, sendo 523 do Brasil.

Além disso, mais de 80 voluntários prestaram serviços nos diversos setores da organização. Promovido pelas Pontifí-cias Obras Missionárias (POM) em parceria com as POM do continente americano, o Congresso teve como tema “IAM da Amé-rica, a serviço da missão” e como lema “Vo-cês são meus amigos!” (Jo 15-14).

Ao abrir os trabalhos, o diretor das

POM, padre Camilo Pauletti, destacou que o Congresso deseja “impulsionar o espírito e a animação missionária.”. Recor-dou que o evento acontece no mesmo auditório que, em 2007, reuniu os bispos da América e Caribe para a V Conferência do CELAM cujo Documento final eviden-cia a missão.

“No Brasil, a IAM é nossa jóia. É a Obra Pontifícia mais visível e com maior pre-sença na Igreja e na sociedade. Como Continente Americano, queremos ex-pressar nossa esperança e confiança nas crianças e adolescentes que são as lide-ranças hoje e amanhã”, finalizou.

A Obra da IAM (Santa Infância) foi fundada por dom Carlos Forbin-Janson, bispo de Nancy, França, em 19 de maio de 1843. Tornada Pontifícia pelo papa Pio XI em 1922, hoje a IAM está presente em todos os continentes, em mais de 130 pa-íses.

Dom José Lanza Neto, que participa do projeto “O Brasil na Missão Continen-tal”, esteve no evento.

Da Redação, com fonte: POM e A12.com

e reforçada pelo pontificado de Francisco, marcada pela simplicidade de anunciar o óbvio, “a novidade é a mesma: a boa nova do Evangelho.”

Várias temáticas foram abordadas, in-clusive o perigo de se viver uma pastoral acomodada e indiferente à conversão e à missão: “envolver-se é não ir para missão com luvas” afirmou dom João Justino. A missão foi amplamente tratada e, ao final

dos trabalhos em grupos e das conferên-cias, ressaltou-se que a PV/SAV tem que encarnar esta realidade, rompendo com os rótulos ou estereótipos, enfrentando as dificuldades (sombras) e persistindo no seu intento de promover a vocacionaliza-ção eclesial. Esta tarefa será conquistada através do diálogo, da atitude cristã crítica e profética e, ainda, do testemunho, até o martírio, se necessário: “o jeito que estou

vivendo é testemunho para os outros ou sinal de desânimo”, questionou dom Dario Campos, bispo de Cachoeiro do Itapemi-rim, que possui um papel referencial para a PV/SAV Leste II, “que as pessoas possam ver em nós o contentamento!”

A Diocese de Guaxupé foi representada pelo padre Ademir da Silva Ribeiro e pelos seminaristas Dione Piza e Hudson Ivan, membros da equipe diocesana da PV/SAV, que avaliaram positivamente o simpósio. “O saldo final é positivo, pois além da parti-lha de experiências, reflexões e atualização das pistas da ação pastoral, a diocese se fez presente, em um permanente exercício de comunhão com as ações da CNBB e do re-gional”, afirma Dione.

Em uma iniciativa inédita, o simpósio aconteceu de forma simultânea em cinco capitais nacionais, congregando todos os 18 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, contando com videocon-ferências e produzindo, como resultado concreto, uma carta documento que será enviada a todos os bispos, párocos e supe-riores dos institutos de vida consagrada.

Por Dione Piza

Manhã de Unidade Paroquial acontece na Basíl ica Nossa Senhora da SaúdeNo sábado, 24 de maio, na parte da ma-

nhã, os agentes de pastoral da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, em Poços de Caldas, reu-niram-se para mais um Dia de Unidade Paro-quial. Essas manhãs de encontro e estudo na comunidade, que acontecem regularmente, visam justamente a fortalecer a dimensão da comunhão e do alegre serviço entre os mem-bros das pastorais, grupos, serviços e movi-mentos existentes na Paróquia.

Neste último encontro, o assunto tratado

foram as Santas Missões Populares, assumidas pela Diocese de Guaxupé, na perspectiva das celebrações do centenário de sua criação, em 2016. Com a participação de mais de 80 leigos e leigas, religiosas e o padre, a manhã iniciou-se com a celebração eucarística às 7h, na Igreja Matriz. Reunidos no Colégio Jesus Maria José, após um alegre café da manhã, cantou-se o Ofício Divino das Comunidades e, nos traba-lhos em grupos, foi debatida a proposta, o pro-cesso, a metodologia e a importância das visi-

tas missionárias nas Santas Missões Populares.Todos saíram motivados e cientes de que

só uma Igreja missionária é viva e criativa, fiel a si mesma e a Jesus Cristo. Um lema foi rezado e assumido como vivência da espiritualidade missionária: “Todos, tudo e sempre em missão.”

Em julho, acontecerá o próximo dia de Unidade Paroquial, quando serão estudados alguns capítulos do livro, “A Vida é Missão”, do padre Luis Mosconi.

Por PASCOM Basílica

Foto: PASCOM Basílica

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6 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Por dez dias intensos de estudos e reflexões, aconteceu a 52ª Assem-bleia Geral da CNBB, que reuniu mais de 350 bispos dos 18 regionais, no período de 30 de abril a 9 de maio, no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho, em Aparecida (SP).

Com programação que incluiu ce-lebração diária de missas, reuniões e retiro de oração, o episcopado brasi-leiro dedicou-se ao estudo da temáti-ca central da “Comunidade de comu-nidades: uma nova paróquia”, além

A peregrinação ecumênica do papa Francisco à Terra Santa teve início na sexta-feira, 24 de maio, com visita ao Santo Sepulcro e Muro das Lamenta-ções, onde Francisco rezou pela paz no mundo, meditando a oração do Pai--Nosso.

No domingo, 25, o papa chegou a Je-rusalém para celebrar o 50º aniversário do encontro de Paulo VI e Antenágoras, marco histórico do diálogo ecumênico da Igreja. Na chegada, foi recebido pelo patriarca greco-ortodoxo, Bartolomeu de Constantinopla e pelos chefes das igrejas em Jerusalém.

A agenda encerrou-se no dia 26, marcando o terceiro dia da peregrina-ção, com visita ao grão-mufti de Jeru-salém, a dois grão-rabinos de Israel no centro Heichal Shlomo e ao presidente de Israel, Shimon Peres.

No período da tarde deste último dia, o papa se reuniu com o patriarca Bartolomeu I, no edifício diante da igre-ja ortodoxa, no Horto das Oliveiras. O roteiro da visita à Terra Santa encerrou--se com missa na Sala do Cenáculo. Em seguida, o papa retornou a Roma.

Ao todo, houve 14 intervenções, entre homilias, discursos e a assinatura de uma declaração conjunta com o pa-triarca da Igreja Ortodoxa de Constan-tinopla.

Pela paz

Presidência da CNBB avalia a 52ª Assembleia Geral

Peregrinação do papa à Terra Santa é marcada por acordos de paz e diálogo

Notícias

Além de momentos de espiritualidade e reflexão, bispos fizeram decisões de grande impor-tância para a Igreja no Brasil

Papa Francisco reúne esforços espirituais e políticos para busca do entendimento entre povos divergentes

Foto: Divulgação CNBB

Foto: Divulgação - CNBB

de temas prioritários sobre a questão agrária, laicato e liturgia. Outros as-suntos também estiveram em pauta, como evangelização da juventude, eleições 2014, campanha contra a fome, copa do mundo, entre outros.

Na avaliação do arcebispo de Apa-recida (SP) e presidente da CNBB, car-deal Damasceno Assis, a Assembleia terminou com resultados positivos, deixando testemunho da unidade e comunhão entre os bispos do Brasil. “Os trabalhos transcorreram em clima

de muita fraternidade, oração e par-tilha. Conseguimos concluir os temas previstos na pauta. Estou feliz com os resultados”, ressalta.

O arcebispo de São Luís (MA) e vi-ce-presidente da CNBB destaca que a Assembleia encerra-se com orienta-ções práticas para a continuidade da missão da Igreja no Brasil e já anteci-pa os trabalhos do próximo ano. “Te-remos um trabalho muito importante que é a revisão das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Por decisão do episcopado, as diretrizes serão atualizadas na próxi-ma Assembleia”, comenta dom Belisá-rio.

ResultadosEntre os textos estudados e avalia-

dos pelo episcopado brasileiro, foram aprovados dois documentos e um es-tudo. Um documento trata a Renova-ção Paroquial e outro,a Questão Agrá-ria no Brasil.

O documento “Comunidades de Comunidades: uma nova paróquia”, aprovado na Assembleia, discute a renovação das paróquias. De acordo com o bispo auxiliar de Brasília e se-

cretário geral da CNBB, dom Leonar-do Steiner, o texto quer contribuir para dinamizar a vida de comunida-de. “Vai nos ajudar a sermos presença do Evangelho de maneira fecunda e samaritana, no anúncio do Reino de Deus”, disse.

Outro documento, esperado pela sociedade e aprovado pelos bispos, discute a questão agrária brasileira no início do século XXI. “É uma reflexão sobre a realidade do campo e ajudará a compreender a necessidade do cui-dado pela terra e também com nossa agricultura familiar”, explica dom Le-onardo.

O tema prioritário “Os cristãos lei-gos e leigas” estudado na Assembleia, após diversas reflexões do plenário, foi aprovado como Estudo da CNBB. O texto será enviado às dioceses do Brasil para reflexão e debate nas pa-róquias e comunidades, a fim de re-ceber contribuições dos leigos. No próximo ano, a temática volta a ser avaliada para possível aprovação como documento oficial sobre o lai-cato.

Da Redação, com fonte de: CNBB

A Jordânia foi a primeira etapa da peregrinação que teve como tema “Que todos sejam um.” Em Amã, o papa reuniu-se com o rei Abdullah e Rania. Após o encontro, seguiu de helicóptero para Belém, onde discursou para auto-ridades locais, comunidades palestinas da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Fran-cisco expressou solidariedade aos po-vos que sofrem em consequência dos conflitos e convocou para a paz.

“Chegou a hora de se demonstrar coragem, generosidade e criatividade, em prol do bem comum; a coragem de se construir a paz, alicerçada no re-conhecimento, por parte de todos, do direito da coexistência de dois Estados que gozem da paz e da segurança, en-tre os confins internacionalmente reco-nhecidos”.

Na ocasião, o papa falou ao presi-dente do Estado da Palestina, Mah-moud Abba, a quem chamou de “ho-mem da paz”, desejando que a aliança entre os cristãos seja permanente.

Declaração Comum Em encontro na Basílica do Santo

Sepulcro, em Jerusalém, o papa Fran-cisco e o patriarca Bartolomeu assina-ram declaração comum, a qual pede progresso na aproximação entre as igrejas católica e ortodoxa, quase dez séculos depois. Ajoelhados na entrada da basílica, onde, de acordo com a tra-

dição cristã, Jesus foi crucificado e res-suscitou, os líderes selaram a unidade.

Francisco e Bartolomeu se com-prometeram a respeitar “as legítimas diferenças, pelo bem de toda a huma-nidade” e em trabalhar para que “todas as partes, independentemente de suas convicções religiosas, favoreçam a re-conciliação dos povos.”

“Desejo renovar o desejo, expresso pelos meus predecessores, de manter

diálogo com todos os irmãos em Cristo, para encontrar uma forma de exercer o ministério próprio do Bispo de Roma que, em conformidade com a sua mis-são, possa se abrir a uma nova situação e ser, no contexto atual, um serviço de amor e de comunhão reconhecido por todos”, disse Francisco na assinatura da Declaração.

Da Redação, com fonte de: CNBB

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7Junho/2014

Acabou de comungar e isso não lhe significou gran-de coisa. Tocou com a mão no ostensório, que o padre carregava solenemente e isso lhe provocou lágrimas de emoção. Por quê? Porque no ostensório estava uma hós-tia consagrada. Mas ele não acabava de pegar uma hóstia também consagrada, colo-cá-la na boca e engolir, sem tanta emoção? Alguma coisa deve estar errada, muito erra-da!

Como começouNa Europa, há mais de

setecentos anos, quando a Missa era rezada de costas para o povo e em latim, só o padre comungava. Sim, é verdade que Jesus mandou comer, não adorar, o pão que é sacramento ou sinal do seu corpo entregue por nós, mas naquele tempo ninguém co-mungava.

Colocaram o povo muito distante de Jesus. Mas o povo inventou uma coisa: comun-gar pelo olhar! Se não podia engolir a hóstia, o povo po-dia, pelo menos, olhar. E, na hora da Consagração, tocava o sino e a cidade inteira cor-ria para a igreja a fim de ver a hóstia consagrada, que o pa-dre, de costas, levantava até acima da sua cabeça. Havia até uma superstição: a pessoa que visse a hóstia, naquele dia ela não morreria. Para que todos pudessem ver, tocavam não só uma campainha, mas até o sino da igreja. Foi nesse tempo e nesse ambiente que surgiu a Procis-são de Corpus Christi, as bênçãos com o Santíssimo e todo o culto à Eucaris-tia.

O que Jesus disseNo capítulo 6 do Evangelho de

João, Jesus fala em comer a sua car-ne. Os judeus perguntam; “Como é que ele vai nos dar a sua carne para comer?” É a pergunta tola do enten-dimento literal das palavras de Jesus que o evangelista gosta de colocar nos lábios de um personagem, para que o leitor não caia no mesmo erro. É semelhante à de Nicodemos: “Para nascer de novo será preciso ficar pe-quenino, entrar na barriga da mãe e nascer novamente?” E gastamos tan-to tempo e bestunto procurando res-ponder à pergunta dos judeus!

Depois da pergunta tola, o evan-gelista muda o vocabulário. Em vez de dizer comer, alimentar-se de mim,

Jesus passa a dizer “engolir a minha carne” (Jo 6,53, diante no texto gre-go). Lembra o Zagalo: “Vocês vão ter de me engolir!” Depois que Jesus diz isso, muitos discípulos se afastam, até os doze vacilam. Engolir a mor-te vergonhosa de Jesus não é fácil. É preferível colocá-lo num pedestal e adorá-lo.

O que Jesus queriaEra muito perigoso para Jesus en-

trar à noite, em Jerusalém, depois da sua entrada triunfal na cidade e do que fez no templo na segunda feira. Queriam prendê-lo e crucificá-lo. Por isso, não dormia em Jerusalém. Ao entardecer, saía da cidade. Naquela noite, ele ia entrar na cidade, saben-do e prevendo o que aconteceria. Se as autoridades ficassem sabendo, ele seria preso imediatamente. Sabia que havia um traidor entre os discípulos, por isso, nem eles podiam saber com antecedência em que casa iriam cele-

brar a Páscoa. Marcos 14,12-16 deixa entender bem o clima que havia.

Jesus desejava ardentemente cele-brar aquela Páscoa com os discípulos em Jerusalém. Seria ele o cordeiro da nova Páscoa. Só a sua morte poderia livrar a humanidade da raiz de toda e qualquer escravidão. Mas ele não queria ser preso antes de celebrar essa Páscoa, a fim de mostrar aos dis-cípulos o significado da sua morte. Comparada com a do cordeiro pascal, a morte dele liberta a humanidade in-teira de todo tipo de escravidão.

Cordeiro que tira o pecadoTodo tipo de escravidão vem do

pecado do mundo. Pecado do mun-do é a cobiça (Rm 7,7-8) de ser igual a Deus (Gn 3,5), o maior de todos e o dono do mundo. Jesus faz o contrá-rio, sacrifica-se inteiramente pelos outros, aceita o último lugar, a morte de cruz (Dt 21,22-23).

Todos comiam do mesmo pão do

qual cada qual tirava seu pe-daço. Quem presidia a mesa, depois de fazer a oração de ação de graças pelo alimen-to, partia o pão e passava aos outros, para que cada um também se servisse.

Foi assim que Jesus, de-pois da ação de graças, ao entregar o pão partido para que cada qual tirasse o seu pedaço, disse: “Esse pão sou eu, é a minha pessoa, o meu corpo, que se entrega à mor-te por vocês e pela multidão, o povão sofredor.” Cada um ia tirar um pedaço daquele pão. Jesus estava dizendo: “Po-dem tirar pedaços de mim!”

O vinho era bebido por todos na mesma taça. Qua-tro vezes, segundo o ritual da Páscoa, a taça de vinho passa de mão em mão, para que cada qual beba um gole. Na última rodada, ao passar a taça para que cada qual to-masse seu gole, Jesus diz que aquele vinho é o seu sangue. Sangue, no modo de falar bíblico, significa assassinato, morte violenta especialmen-te. Beber o sangue de Jesus, então, é beber a sua morte violenta, o seu assassinato na cruz.

Em minha memóriaJesus mandou repetir seu

gesto em sua memória. Será que ele mandou apenas pe-gar um pão e um pouco de vinho e dizer as mesmas pa-lavras que ele disse? Basta lembrar? Celebrar a memória

é apenas isso?Fazer memória significa bem mais:

significa tornar atual a grandeza do gesto de entregar-se àquela mor-te humilhante e significa também o compromisso de fazer o mesmo, dei-xar tirar pedaços de si, dar o sangue em favor dos outros.

Eu gostava de perguntar às crian-ças que iam fazer a primeira comu-nhão: ‘Vocês têm coragem de deixar tirar pedaços de vocês? Têm coragem de dar o sangue pelos outros?’ Os olhares e as cabecinhas diziam que não. E eu lançava o desafio: ‘Então, por que estão querendo comungar?’ Ficavam sem respostas. Mas um dia, um menino me respondeu: “Por isso mesmo!”

Por Pe. José Luiz Gonzaga do Prado, professor de Teologia Bíblica no Centro

de Estudos Superiores da Arquidiocese de Ribeirão Preto e na Faculdade Católica de

Pouso Alegre (FACAPA). Reside em Nova Resende

Bíblia

COMO COMEÇOU O CULTO EUCARÍSTICO

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8 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Reportagem

O ENCONTRO DOS PAPAS

27 de abril de 2014, uma data que ficou marcada na história da Igreja Ca-tólica. Às 10 horas da manhã, na Praça de São Pedro, no Vaticano, aconteceu a Santa Missa de canonização de João XXIII e João Paulo II, celebrada pelo Papa Francisco e concelebrada pelo Papa Emérito, Bento XVI, e acompa-nhada por cardeais, bispos, padres, seminaristas, religiosos e por milha-res de fiéis. Isso fez com que quatro Papas se encontrassem em uma mes-ma Celebração.

“Declaramos e definimos como santos os beatos João XXIII e João Paulo II e os inscrevemos no Catálo-go dos Santos, e estabelecemos que em toda a Igreja sejam devotamente honrados entre os Santos”, foi a fór-mula pronunciada pelo Papa Francis-co, após a qual a multidão na praça rompeu em aplausos.

As relíquias dos dois novos san-tos, uma ampola de sangue de João Paulo II e um pedaço de pele de João XXIII, extraída durante sua exumação no ano 2000, foram colocadas ao lado do altar. A costarriquenha Floribeth Mora, cuja cura inexplicável permitiu elevar aos altares João Paulo II, levou a relíquia do Papa polonês, enquanto a de João XXIII foi entregue por seu sobrinho.

Em sua homilia, o Santo Padre des-tacou a importância destes dois gran-des homens para a Igreja: “João XXIII e João Paulo II tiveram a coragem de contemplar as feridas de Jesus, tocar as suas mãos chagadas e o seu lado trespassado. Não tiveram vergonha da carne de Cristo, não se escandali-zaram d’Ele, da sua cruz; não tiveram vergonha da carne do irmão (cf. Is 58, 7), porque em cada pessoa atribulada,

viam Jesus. Foram dois homens cora-josos, cheios da parresia do Espírito Santo e deram testemunho da bon-dade de Deus, da sua misericórdia à Igreja e ao mundo.”

Da Diocese de Guaxupé, dois pa-dres se fizeram presentes neste gran-de acontecimento para a Santa Igreja, Gilvair Messias e Robison Inácio. Ao findar o dia da esperada canonização, padre Gilvair, através do facebook da diocese, disse que “O dia foi de can-saço, no entanto, dia de emoção e fé. Que bênção participar, com povos distantes e diferentes em um só cora-ção, desta festa pascal. É uma alegria sem comparação viver este santo mo-mento, no qual a Igreja se rejuvenes-ce com o testemunho de dois santos pontífices. Papa Francisco chamou João XXIII de o papa da sensibilidade e João Paulo II, o papa da família. A

partir do evangelho deste segundo domingo da Páscoa, pediu-nos não temer as chagas de Cristo.”

Em breves palavras, padre Robison relata a sua emoção de ter participa-do de perto deste grande encontro de fé: “Em 27 de abril, estive em Roma para a canonização dos Papas Beatos João XXIII e João Paulo II. Estes são dois grandes dons de Deus para a Igreja, no tempo contemporâneo. Os dois homens elevados às honras dos altares foram tirados da ordinarieda-de da vida e conduzidos por Deus ao governo supremo da Igreja, na quali-dade de Sumos Pontífices. Governa-ram a Igreja com fé ínclita e ousadia apostólica em contextos marcados por adversidades. O dia 27 de abril de 2014 entrou para os anais da Igre-ja Católica como dia do encontro de quatro Papas. Uma missa de canoni-zação de dois Papas, os Beatos João XXII e João Paulo II, presidida pelo Papa Francisco e concelebrada pelo Papa Emérito Bento XVI. O encontro dos quatro Papas aconteceu em um momento no qual o mundo enfrenta uma profunda crise de referência. In-serida neste contexto, a Igreja gover-nada pelo Papa Francisco aposta em um novo florescimento missionário. O encontro dos quatro Papas foi um encontro de quatro carismas, de qua-tro dons que Deus concedeu à Igre-ja na atualidade: João XXIII, o Papa da Bondade; João Paulo II, o Papa da Esperança; Bento XVI, o Papa da Fé; Francisco, o Papa da Caridade. Nos dias que precederam a missa de cano-nização, os meios de comunicação na Europa enfatizaram a importância do evento para a Igreja e para o mundo. Tive a graça de presenciar esse acon-tecimento histórico e quão grande foi minha alegria ao constatar que a mul-tidão que tomou as ruas de Roma era formada, majoritariamente, por jo-vens! Na Itália é primavera, na Igreja é primavera! Os campos da Igreja estão floridos e exalam o perfume suave da santidade!”

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em 1958, nomeado pelo Papa Pio XII. Diante de muitos trabalhos e dedicação à Igreja, chega a ser elei-to papa em 16 de outubro de 1978 e assume o nome de João Paulo II.

João de Deus fez a sua primeira visita ao Brasil em 1980 e, um ano depois, sofreu o grande atentado enquanto percorria a Praça de São Pedro no papamóvel, antes da Ca-tequese.

Durante o seu pontificado, aju-dou a derrotar as ditaduras socia-listas do Leste Europeu; criticou as injustiças e desigualdades pro-movidas pelo capitalismo; pediu a paz no Oriente Médio; condenou os atentados terroristas e opôs-se à invasão do Iraque, classificando-a de “imoral e injusta”, atitudes que caracterizaram sua postura social como progressista.

João Paulo II foi o papa que mais beatificou (1 338 proclamados), mais canonizou (482 santos) e mais realizou encontros oficiais (982) na história. Em seu pontificado, reali-zou-se a alteração do rosário, pela primeira vez em nove séculos, ao qual foi acrescentado mais um blo-co de cinco mistérios (luminosos), ligados à vida pública de Jesus. Criou a Jornada Mundial da Juven-tude e os Encontros Mundiais da Família.

O Papa Bento XVI dispensou o tempo de cinco anos de espera de-pois da morte, para o inicio da cau-sa da beatificação e canonização. O milagre que o fez ser beatificado é o da cura da religiosa francesa, Marie Simon-Pierre, que sofria do mal de Parkinson. Para a sua canonização, foi a cura de Floribeth Mora, da Cos-ta Rica, que tinha um coágulo no cérebro. A mulher acabou não pas-sando por uma cirurgia, pois o co-águlo sumiu milagrosamente. Esse caso foi escolhido entre as mais de 200 possíveis curas atribuídas à in-tercessão de João Paulo II.

Por Douglas Ribeiro

João XXIII, O Papa da bondade

O papa João XXIII convocou o Con-cílio Vaticano II e entrou para a His-tória aclamado como o “Papa bom”, que inaugurou uma nova primavera para a Igreja.

Sucessor de Pio XII, João XXIII nasceu Angelo Giuseppe Roncalli, no dia 25 de novembro de 1881, em Sotto il Monte, na província italiana de Bérgamo. Aos 11 anos, ingressou no seminário local, onde estudou e se formou em teologia. Foi ordena-do sacerdote no dia 10 de agosto de 1904, em Roma. Assumiu vários trabalhos pastorais, entre eles, se-cretário do bispo de Bérgamo. Em 1953, foi nomeado cardeal por Papa Pio XII e enviado como Patriarca de Veneza aonde conduziu com sabe-doria o seu pastoreio.

Com a morte de Pio XII, foi eleito

Sumo Pontífice no dia 28 de outu-bro de 1958, assumindo o nome de João XXIII em homenagem ao pai e

escolheu como lema papal “Obedi-ência e Paz”. Em pouco tempo, re-velou ser um pastor atento, manso, afável e dotado de uma admirável firmeza no enfrentamento dos inú-meros desafios da Igreja, imersa no ambiente pós-guerra. O povo viu nesse pontífice um reflexo da bondade de Deus e o chamou de o “Papa bom”.

Durante o seu pontificado, que durou menos de cinco anos (1958-1963), nomeou 37 cardeais, publi-cou as Encíclicas Mater ET Magis-tra (1961) e Pacem in Terris (1963), sendo esta última um documento papal inédito, por exortar sua men-sagem de paz ao mundo inteiro.

O fato que mais marcou seu pa-pado e causou comoção em seu rebanho foi o anúncio do Concílio Ecumênico Vaticano II, solenemen-te inaugurado em 11 de outubro de 1962. Segundo os vaticanistas, ao convocar o Vaticano II, o Papa seguiu sua intuição profética com o objetivo de “atualizar a doutrina cristã” e acabou por abrir a janela de uma nova primavera para o ca-tolicismo.

Não conseguindo ver o fim do Concílio, o papa morre em 03 de junho de 1963, aos 83 anos. Desde então, muitos fiéis começaram a pe-dir sua intercessão a Deus, em uma amostra de que acreditavam se tra-tar de “um Papa santo”.

O milagre da cura da freira, Ir. Caterina, ocorreu na cidade italiana de Nápoles, depois de ter sido cura-da de um hematêmese ou vômito de sangue, após ter uma visão de João XXIII, que lhe disse: “Irmã Ca-terina, eu orei e muitas irmãs têm feito (...) Rasgou-me o próprio cora-ção esse milagre (...) faça o raio X”, e recomendou a recitação do Rosá-rio. Pouco tempo depois, as irmãs e os mesmos médicos reconheceram o desaparecimento instantâneo da fístula e dos sinais da doença.Ir.Ca-terina recuperou a saúde, da qual usufruiu até a data de seu faleci-mento, em 2010.

João Paulo II – O Papa do povo

Também conhecido como “João de Deus” e “Papa dos Jovens”, João Paulo II deixou um legado de 26 anos à frente da Igreja, marcado pela em-patia e pelo apoio popular.

Nascido na Polônia, em 18 de maio de 1920, Karol Josef Wojtyla teve um dos pontificados mais lon-gos da história do catolicismo, en-cerrado com a sua morte, em 02 de abril de 2005.

Em 1942, Karol começou seus es-tudos no seminário. Foi ordenado padre quatro anos mais tarde, em 1° de novembro, na Cracóvia e bispo

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10 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

A Caminho do Centenário

DOM JOSÉ DE ALMEIDA BAPTISTA PEREIRA,5º BISPO DA DIOCESE DE GUAXUPÉ

Primeiros anos e vocaçãoJosé de Almeida Baptista Pereira

nasceu em São Gonçalo, no Estado do Rio de Janeiro, em 26 de julho de 1917. Seus pais foram Balthazar Bernardino Baptista Pereira Júnior e Maria Carolina de Oliveira (Almeida) Baptista Pereira. Era o irmão mais novo de dom José Newton de Al-meida Baptista, arcebispo de Brasília (DF), falecido em 2001.

Em 1929, com apenas 11 anos, ini-ciou seus estudos (Ensino Médio) no Seminário de São José de Niterói, em Niterói (RJ). Cursou Filosofia (1934 a 1936) e Teologia (1937 a 1940) no Se-minário Central de Ipiranga (SP).

Sacerdócio e EpiscopadoNo dia 22 de dezembro de 1940,

ordenou-se sacerdote. Foi professor nos Seminários de São Paulo, Rio de Janeiro e Niterói; reitor do Seminário São José de Niterói. De 1951 a 1953, exerceu a função de vigário ecôno-mo da paróquia São Lourenço, tam-bém em Niterói (RJ).

Dom João da Matha de Andrade e Amaral, bispo da então Diocese de Niterói (1948-1954), no seu último ano de vida, devido o agravamento de sua saúde, pediu à Santa Sé um bispo auxiliar. Com apenas 36 anos de idade, o então vigário de São Lou-renço, padre José de Almeida, foi no-

meado bispo pelo Papa Pio XII, em 22 de dezem-bro de 1953, como bispo titular de Baris in Pisidia e bispo auxiliar da Dio-cese de Niterói. Foi orde-nado bispo no dia 2 de fevereiro do ano seguin-te. Adotou como lema episcopal Ipsa Conteret (Ela esmagará), à luz de Gn 3, 15b.

Permaneceu na referi-da diocese até o ano de 1955, quando foi nome-ado, pelo mesmo Papa, primeiro bispo residen-cial da recém-criada Diocese de Sete Lagoas (MG), em 7 de novembro de 1955.

Enquanto bispo resi-dencial de Sete Lagoas, participou da Primeira (1962) e Segunda (1963) Sessão do Concílio Ecu-mênico Vaticano II, em Roma.

Bispo de GuaxupéNo dia 2 de abril de

1964, o Papa Paulo VI nomeou-o bis-po residencial de Guaxupé. A notícia da nomeação foi recebida com espí-rito de fé e de sincera alegria, pois se tratava de um bispo muito estimado e já conhecido de todo o clero dio-cesano, para o qual pregou um retiro espiritual.

Na sexta-feira, 1º de maio do mes-mo ano, Sua Excelência tomou posse canônica. Segundo consta nos arqui-vos da Diocese de Guaxupé, a data da posse, memória litúrgica de São José Operário, foi escolhida por dom José de Almeida com o intuito de de-monstrar, juntamente com seu amor pela beatíssima Virgem Maria, fixado em seu brasão episcopal (Ipsa Con-teret), o sentido de seu apostolado na diocese, que seria eminentemen-te social.

Sua Excelência chegou às 17 ho-ras, na sede episcopal de Guaxupé, vindo de Pouso Alegre (MG), acom-panhado pelo arcebispo metropo-litano da Arquidiocese daquela ci-dade, dom José D’Angelo Neto. Foi recebido nos limites da Diocese de Guaxupé (estrada Guaxupé/Tapirati-ba). Em frente ao Palácio Episcopal, esperavam-no o colendo cabido, o clero diocesano, os seminaristas, re-presentantes de vários bispos e dom Tomás Vaquero, bispo da Diocese de São João da Boa Vista (SP). Após ca-lorosas aclamações, formou-se um

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cortejo rumo à Catedral, onde se realizou a cerimônia de posse. Dom José de Almeida, paramentado, de mitra e báculo, sob o pálio, dirigiu--se à Catedral. As escadarias estavam literalmente tomadas pelo povo. Chegando à Catedral, Sua Excelên-cia dirigiu-se à capela do Santíssimo, onde rezou pela diocese por alguns minutos. Em seguida, fez uma devo-ta visita ao túmulo de dom frei Inácio João Dal Monte, na cripta, enquanto o coro entoava o Te Deum. Depois, dirigiu-se à cátedra e foi lida a bula de sua nomeação. Na homilia, disse das suas disposições essencialmente espirituais, dentro de um plano es-tritamente sobrenatural, na diocese, que deve ser uma comunidade de fé autêntica (a fé sem obras é mor-ta) e uma comunidade de caridade. À noite, foi servido um jantar no Se-

minário, onde mais uma vez o bispo recém-empossado recebeu homena-gens do clero. Na ocasião, dom José de Almeida disse do seu desejo de uma união de fé e caridade entre o bispo e o clero.

Dom José de Almeida, enquanto bispo residencial de Guaxupé, par-ticipou da Terceira (1964) e Quarta (1965) Sessão do Concílio Ecumênico Vaticano II, em Roma.

Sobre sua ação pastoral na Dio-cese de Guaxupé, padre José Luiz Gonzaga do Prado afirma: “Foi uma época muito difícil. Foi um clima de abertura e de mudança, mudar tudo. Ele (dom José de Almeida) repetia: ‘o que não se renova, morre. Tem que renovar a Igreja’. Havia uma questão bem clara: reforma (externa): mu-dança, imagens, altar, português; renovação (interna): mentalidade,

espírito. Isso era muito forte. A pas-toral no tempo dele era referência no Regional Leste 2 da CNBB. Material de catequese da Diocese de Guaxu-pé foi vendido para o Brasil inteiro. Houve um trabalho árduo. Outros fi-cavam só com a reforma, foi um pro-blema. Os mais velhos sofreram por isso. Houve um período forte de in-centivar o Ensino Religioso no primá-rio. Ele preparou um material. A ideia era a própria professora trabalhar o material na escola.”

Ainda segundo o padre José Luiz, “dom José de Almeida incentivava o clero a estudar. Foi ele que criou os quatro primeiros setores na Diocese: Guaxupé, Passos, Poços e Alfenas.”

Segundo Maria do Carmo Noro-nha, dom José de Almeida era um homem de grande personalidade, simples, convicto de sua fé. Ela, que trabalhou na equipe central de cate-quese, afirma que o referido bispo mostrava grande interesse pela cate-quese em toda a diocese.

Renúncia, novas atuações e últimos anos

Embora não tivesse completado 75 anos de idade, dom José de Al-meida pediu renúncia ao Papa Paulo VI. Seu pedido foi aceito em 16 de janeiro de 1976.

Emérito, continuou solícito e co-laborou de forma admirável com a Diocese de Nova Friburgo (RJ), onde passou a residir. Assumiu por vários anos a paróquia de São José do Ri-beirão, distrito de Bom Jardim. Ao completar 75 anos, deixou a paró-quia e foi residir em Nova Friburgo. Escreveu algumas obras: “O Homem, desafio de hoje e sempre”; “Cate-quese bíblica do rosário da Virgem”; “Introdução à sociologia” (pro ma-nuscripto); “História de São José do

Ribeirão (RJ).”Dom José de Almeida Baptista Pe-

reira faleceu numa sexta-feira, 30 de janeiro de 2009, por volta das 18h, no Hospital Unimed, em Nova Fribur-go, vítima de câncer nos pulmões. Estava com 91 anos.

O seu corpo foi velado na Catedral Diocesana São João Batista, em Nova Friburgo e o sepultamento ocorreu no dia seguinte, na mesma Catedral, após a Missa de Exéquias.

Foi um bispo que participou, acre-ditou e vivenciou o espírito do Con-cílio Vaticano II. Por mais de onze anos de seu apostolado na Diocese de Guaxupé, persistiu com sabedoria e inteligência, coragem e determi-nação para que os ensinamentos do Vaticano II fossem aplicados e, para isso, incentivou a execução de um Plano de Ação Pastoral. Monsenhor Hilário Pardini confirma isso: “Dom José cumpriu com fidelidade essa grandiosa missão de orientar na dio-cese a aplicação do Concílio Vaticano II. Agiu sempre com firmeza e man-sidão, com decisão e paciência, com determinação e respeito pelas pesso-as. Sem ferir ninguém, sem provocar dissensões e sem quebrar a unidade, as modificações foram introduzidas, a mentalidade mudou, a Igreja dio-cesana tomou outro aspecto, mais de acordo com os ideais do Evange-lho explicitados pelo Concílio.”

Era um homem que lia muito. Mesmo com a idade avançada, esta-va lúcido e atualizado.

Foi exemplo de um pastor dedica-do que soube amar e servir na gra-tuidade, seja como bispo auxiliar de Niterói, seja nas dioceses mineiras de Sete Lagoas e Guaxupé.

Por Clayton Bueno Mendonça, seminaris-ta em Ano Pastoral na Paróquia Sagrada

Família e Santos Reis de Guaxupé

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12 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Comunicações

Agenda Pastoral de Junho

Comemorações de Junho

1 Ascensão do Senhor – Dia Mundial das Comunicações Sociais Diocese: Encontro Vocacional no Seminário São José em Guaxupé Cursilho Feminino em Poços de Caldas3-5 Assembleia Regional de Pastoral em Belo Horizonte - MG7 Diocese: Reunião do Conselho Diocesano de Pastoral em Guaxupé Reunião da Coord. Diocesana de CEBs em Jacuí12 Diocese: Reunião da Pastoral Presbiteral14 Setores: Reunião dos Conselhos de Pastoral dos Setores (CPSs)

Natalício14 Pe. Tadeu dos Reis Ávila14 Pe. Sidney da Silva Carvalho14 Pe. Adivaldo Ferreira Antônio

19 Pe. Wellington Cristian Tavares22 Pe. Donizete Miranda Mendes 29 Pe. Pedro Alcides Sousa

Ordenação26 Pe. Bruce Éder Nascimento29 Pe. Olavo Amadeu de Assis30 Pe. Luiz Caetano de Castro

18 Diocese: Encontro com os Presbíteros até 05 anos de ministério20-22 Visita Pastoral na Paróquia Sagrada Família em Carmo do Rio Claro21 Reunião da Equipe Diocesana dos MECEs em Guaxupé Reunião do Setor Famílias em Guaxupé 22 Reunião preparatória para o cursilho de jovens em Alpinópolis26 Diocese: Reunião Geral do Clero em Guaxupé27 Dia de Oração pela Santificação dos Presbíteros28 Setor Cássia: Reunião do Conselho Diocesano do ECC

FAZEMOS PARTE DESTA HISTÓRIA

Se sua paróquia tiver bons registros que marcaram os 100 anos da Diocese de Guaxupé, envie-nos para que possamos juntos recontar os passos deste caminho.

E por falar em caminho... Preparamo-nos para as esperadas Santas Missões Populares! É tempo de Assembleias Paroquiais Missionárias. O Secretariado de Pastoral solicita inscrever o quanto antes os missionários de sua paróquia, para organização do evento.

Se é tempo de re�etir a missionariedade de nossa Igreja, também é tempo de rezar, de cantar o centenário. Adquira em www.guaxupe.org.br a oração e o hino das comemorações jubilares e divulgue-os em sua comunidade.