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FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT A Serviço das Comunidades Impresso Especial 9912259129/2005-DR/MG CORREIOS MITRA JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXXII - 324 | NOVEMBRO DE 2016

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A Serviço das Comunidades

ImpressoEspecial

9912259129/2005-DR/MG

CORREIOSMITRA

JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXXII - 324 | NOVEMBRO DE 2016

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Dom José Lanza Neto

2 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Editorial

A Voz do Pastor

Jornalista responsável ALEXANDRE ANTONIO DE OLIVEIRA - MTB: MG 14.265 JPProjeto grá�co e editoração BANANA, CANELA E DESIGN - bananacanelaedesign.com.br (35) 3713-6160ImpressãoGRÁFICA SÃO SEBASTIÃOTiragem3.950 EXEMPLARES

ExpedienteDiretor geralDOM JOSÉ LANZA NETO EditorSÉRGIO BERNARDES - MTB - MG14.808Equipe responsávelJANE MARTINS e JULIANNE BATISTARevisãoJANE MARTINS

RedaçãoRua Francisco Ribeiro do Vale, 242 – Centro CEP: 37.800-000 – Guaxupé (MG)Telefone(35) 3551.1013E-mail [email protected] Artigos assinados não representam necessariamente a opinião do Jornal.Uma Publicação da Diocese de Guaxupéwww.guaxupe.org.br

Prezados irmãos e irmãs, paz e bem!

A partir de agora já brota, em nós, a expectativa do final de ano, aceleramos praticamente tudo. Queremos concluir bem nossas atividades e programações. É tempo de muita luz e de esperança. A alegria surge espontaneamente, festas, confraternizações, férias, viagens....

Nestes dois meses finais ainda te-mos muito a construir, pois serão re-cheados de intensa programação.É preciso, ainda, pararmos para avaliar, pois nos esquecemos desta palavra quase mágica, que nos transporta para outras realidades, necessidades e com-

promissos. Cada um, a seu modo, além de fazer uma bela avaliação junto da comunidade, deve fazer sua autoava-liação, se propondo a vislumbrar novos horizontes.

No penúltimo mês do ano estare-mos encerrando o tempo litúrgico com a Solenidade de Cristo Rei do Universo e, neste dia, lembramos de todos os leigos e leigas de nossas comunidades.Dentro da Igreja são eles e elas que dão o tom mais bonito e empreendedor, co-locando em destaque o serviço desin-teressado e evangélico. Em nossas

comunidades paroquiais, homens e mulheres puxam à frente a evangeliza-ção e toda ação pastoral. É impressio-nante a força e a coragem com que se dispõem. Em todo canto e lugar cos-tumam “primeirear”, expressão criada pelo papa Francisco na exortação apos-tólica AAlegria do Evangelho (EG 24).

A eles e elas nossas orações e agra-decimentos, recebam de nossa parte respeito e apoio, incentivo e gratidão.Peçamos ao Pai misericordioso que continue confirmando nossa Igreja com a presença e a ação de tantos em-

preendedores. Deus seja louvado por tanto bem

provindo desses nossos irmãos e irmãs. Quero dirigir uma última palavra

a todos os que estão comprometidos com as Semanas Missionárias: acredite-mos na força do Espírito que nos tem revelado transformações na vida de tantas pessoas e mesmo nas comuni-dades. O Espírito supera nossos dons e estruturas, vai além do esperado. Obri-gado, Senhor, continue nos enviando seu Espírito!

Quando se trata de analisar o impac-to que a fé causa em homens e mulhe-res por todo o mundo, é fundamental ponderar as nuances que os valores professados na tradição religiosa po-dem comprometer satisfatoriamente as ações dos fiéis. Para o moralista Ber-nhard Haering, a saída é precisar o olhar num dado bastante decisivo: a opção fundamental. Segundo o teólogo, há que se perceber as intenções básicas que perpassam todo o agir do indiví-duo, pois mesmo que pareça distante dos pilares da sua fé, pode ele manifes-tar uma dinâmica que impregna plena-mente todas as suas decisões e ações.

Nesta edição, o Jornal Comunhão lança questionamentos e luzes sobre uma questão fundamental que orbita na vivência moral dos cristãos: o poder.

E como instrumento de aperfeiçoa-mento dessas realidades tão definido-ras, surgem dois processos contínuos, a catequese e a educação. Ambas podem ser compreendidas como meios de ca-pacitar homens e mulheres desde os primeiros anos de vida a se abrirem a uma realidade menos autocentrada e obtusa ao autêntico sentido da vida.

É necessário ressaltar que todos nós erramos, tropeçamos e pecamos, mas o que nos garante nossa constante per-manência num caminho ético é a opção constitucional, sustentada em elemen-tos essenciais de nossa personalidade. E isso só ocorre diante de uma liberda-de pessoal, que permite ao homem se comprometer com toda humanidade ao estabelecer relações cooperativas baseadas na mútua confiança e no

“A opção básica, como realização da liberdade básica, só pode ser considerada numa unidade indivisível com o conhecimento profundo do bem. O conhecimento básico e a liberdade básica são interrelacionados. Uma vez que a pessoa tenha alcançado a

sua identidade e assumido o autocompromisso total com o bem e finalmente com Deus, é-lhe dada nova forma de conhecer o bem e de conhecer a Deus.”.

Bernhard Haering

amor, frutos da autotranscendência.Diante das situações sociais, ainda

marcadas pelo pecado, o fiel deve ins-taurar uma batalha pela virtuosidade, utilizando a liberdade de escolha para construir sua capacidade de responder a todas as esferas de valores, repercutin-do sua fé como compromisso confiante no amor de Deus e resposta a este amor.

A consciência de ser finito deve, portanto, ajudar este homem e esta mulher de hoje a manterem-se coe-rentes com aquilo que professam, pois, um real processo de justificação se dará nesta atração do Transcendente que anseia a união com sua criatura. Diante das atribulações da vida, o ser humano persegue, guiando-se pela opção fun-damental de cada dia, exercendo sua liberdade rumo à Terra Prometida.

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3NOVEMBRO/2016

Opinião

Algumas reflexões sobre a relação do cristão com o dinheiro

Encontramos na Bíblia certa am-bivalência quando se diz sobre o di-nheiro e seu uso. Há passagens em que é apresentado de modo positivo e como sinal da bênção de Deus. O livro dos Provérbios diz: “é a bênção do Senhor que faz os ricos” (Pr 10,22). Mas também condena os que colo-cam sua confiança somente em suas riquezas e posses e se esquecem de Deus (Cf. Sl 52).

Certa vez, disse Jesus: “Ninguém pode servir a dois senhores. Pois vai odiar a um e amar o outro, ou se ape-gar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16,13). Aqui, Jesus não está di-zendo sobre o dinheiro que nós te-mos na carteira e que usamos para nossa subsistência e de nossa família. Jesus fala daquele que transforma o dinheiro e o poder econômico numa religião, servindo-os com toda a sua vida e de todo seu coração.

Sobre esse versículo citado, o te-ólogo José Antônio Pagola diz que Jesus usa de uma lógica arrasadora e desconcertante para seus ouvin-tes. Diz Pagola: “se alguém vive sub-jugado pelo dinheiro, pensando só

em acumular bens, não pode servir a esse Deus que quer uma vida mais justa e digna para todos, a começar pelos últimos. Para ser de Deus não basta fazer parte do povo eleito nem prestar-lhe culto no templo. É neces-sário manter-se livre diante do di-nheiro e ouvir o chamado a trabalhar por um mundo mais humano”.

Este é o cuidado que se deve ter. De não transformar o poder econô-mico ou o dinheiro numa fonte de segurança que é falsa e não traz a verdadeira alegria ao cristão. Torna--se impossível ser fiel ou servir a Deus se, ao mesmo tempo, for escravo do dinheiro. E, às vezes, as pessoas não percebem que o dinheiro está subs-tituindo Deus em suas vidas, devido ao grande poder que ele exerce so-bre elas. E este somente busca seus interesses próprios, enquanto Deus nos ensina a solidariedade e a preo-cupação com o outro. “O coração do indivíduo que caiu na armadilha do dinheiro se endurece, não havendo lugar para um Deus Pai de todos”.

Nesse sentido, o Catecismo da Igreja Católica diz no parágrafo 2424: “Uma teoria que faça do lucro a regra

exclusiva e o fim último da atividade econômica é moralmente inaceitável. O apetite desordenado do dinheiro não deixa de produzir os seus efei-tos perversos e é uma das causas dos numerosos conflitos que perturbam a ordem social. Um sistema que ‘sa-crifique os direitos fundamentais das pessoas e dos grupos à organização coletiva da produção’ é contrário à dignidade humana. Toda a prática que reduza as pessoas a não serem mais que simples meios com vista ao lucro escraviza o homem, conduz à idolatria do dinheiro e contribui para propagar o ateísmo”.

O papa Francisco alerta como o dinheiro entra nas famílias, subju-gando-as e separando seus integran-tes, que buscam avidamente por ele em detrimento das relações pessoais. Ele disse também que “o dinheiro é necessário para que as coisas pros-sigam, mas, quando o coração só pensa nisso, destrói a pessoa como também a família. O convite não é es-colher a pobreza em si mesma, mas utilizar as riquezas que Deus nos dá para ajudar quem precisa. “A primeira consequência dessa atitude de dese-

jar o dinheiro: destrói. Quando uma pessoa só pensa no dinheiro, destrói a si mesma, destrói a família”. Na ca-tequese de 16 de setembro de 2015, ele lembra também que a família pode ajudar o ser humano a supe-rar a “colonização do dinheiro”. “Pro-priamente a família está no início, na base desta cultura mundial que nos salva; nos salva de tantos ataques, destruições, colonizações, como a do dinheiro e a das ideologias, que tanto ameaçam o mundo. A família é a base para defender-se”, disse o Papa.

No fundo, o ser humano busca a felicidade. Mas não pode encontrá--la em valores falsos e que somente destroem as relações humanas. “A felicidade não é algo que se alcan-ça possuindo coisas, mas algo que começamos a intuir e experimentar quando nosso coração vai se liber-tando de tantas ataduras e escravi-dões”, afirma Pagola. A verdadeira felicidade se encontra em Deus, que nos dá liberdade de filhos e filhas muito amados.

Por Pe. Lucas de Souza Muniz, vigário paroquial na Basílica Nossa

Senhora da Saúde, em Poços de Caldas

Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, contrasta com os condomínios beira-mar

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4 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Entre os dias 22 e 25 de setembro, o Conselho Missionário do Regional Les-te 2 promoveu seu primeiro Congresso Missionário, em Ipatinga (MG), com 120 representantes de 22 dioceses dos esta-dos de Minas Gerais e do Espírito Santo.

A temática “Missão: Fruto da Mise-ricórdia” foi apresentada pelo assessor da Comissão Episcopal para a Ação Mis-sionária e Cooperação Intereclesial da CNBB, padre Sidnei Marco Dornelas, CS.

O evento contou com a presença de Dom Esmeraldo Barreto de Farias, pre-sidente da Comissão para a Ação Mis-sionária, Dom José Lanza Neto, bispo referencial no Leste 2 para a Ação Mis-sionária, Dom Marco Aurélio Gubiotti, bispo de Itabira – Coronel Fabriciano, e do padre Maurício da Silva Jardim, das

Entre os dias 28 e 30 de setembro, os futuros diáconos e o futuro presbítero da Diocese de Guaxupé participaram de um período de reflexão e oração, ante-rior às suas ordenações diaconais e pres-biteral, respectivamente.

O retiro espiritual foi realizado no Rancho São José, em Paraguaçu. O es-paço é mantido pelos Irmãos do Sagra-do Coração. Escolhido como assessor, padre José Augusto da Silva, professor na Faculdade Católica de Pouso Alegre e pároco em Poços de Caldas, destacou a importância da busca interior como mo-

No dia 6 de outubro, memória litúr-gica de São Bruno, sete seminaristas do Seminário Diocesano Santo Antônio fo-ram instituídos leitores, durante a Santa Missa, presidida pelo bispo diocesano, dom José Lanza, e concelebrada por al-guns padres das dioceses de Guaxupé e Campanha.

“Toda a nossa Igreja deveria ser mi-nisterial, nós deveríamos fazer a experi-ência da Palavra a cada dia, quando so-mos provocados pela misericórdia, pelo perdão. Deveríamos tomar posse da Pa-lavra para que ela nos molde, nos aper-

Entre os dias 8 e 16 de outubro foi rea-lizada uma semana pastoral missionária na Paróquia São Sebastião em Areado, com a presença de 16 seminaristas da Diocese de Guaxupé. Distribuídos pelas comunidades urbanas e rurais, alguns em dupla e outros sozinhos, visitaram enfermos, idosos, crianças e famílias.

Durante a semana, além de visitas, aconteceram encontros com os jovens, missãozinha com as crianças, adoração, oração do terço e celebração da Palavra nas Capelas e nas casas do povo. Na ci-dade estava acontecendo a tradicional festa em louvor a Nossa Senhora do Rosário e, todos os dias, um seminarista

Pontifícias Obras Missionárias (POM).Além das conferências, o congresso

proporcionou aos participantes grupos de estudo distribuídos por eixos temá-ticos: Missão Ad Gentes; Cuidar da Casa Comum é nossa missão; Infância, Adoles-cência e Juventude Missionária; Comuni-cação e Missão; Missionários Presbíteros para uma Igreja Misericordiosa em saída; Missionários Leigos; e Igreja Misericordio-sa em estado permanente de missão.

Representando a Diocese de Gua-xupé, além de dom Lanza, estiveram padre Henrique Neveston, que assesso-rou um dos grupos de estudo, o semi-narista José Eduardo da Silva e os esta-giários pastorais, Michel Pires e Sérgio Bernardes.

Por Assessoria de Comunicação

tivação para a missão cristã, através do ministério ordenado.

O espaço escolhido, à beira da repre-sa de Furnas, proporciona o silêncio, o contato com a natureza e a integração do grupo, além do retiro fundamentar--se na abertura à ação do Espírito Santo e no contato com a Sagrada Escritura.

Os estagiários pastorais, Dione Piza, Michel Pires, Paulo Sobral, Sérgio Ber-nardes e Vinícius Pereira Silva, além do diácono Leandro Melo, serão ordenados em novembro deste ano.

Por Assessoria de Comunicação

feiçoe”, disse o bispo em sua homilia.Os seminaristas recebem este minis-

tério no terceiro ano de teologia. Este ano, receberam o ministério os semi-naristas JhoniBruschi, Matheus Júnior, Luciano Nascimento, Hudson Ivan, Gui-lherme Ribeiro, Reginaldo Vieira e José Eduardo. A instituição ao leitorato faz parte do processo formativo do candi-dato ao sacerdócio que, depois de al-guns anos de formação, vai dando pas-sos significativos ao futuro exercício do ministério presbiteral.

Por Douglas Ribeiro

ficou responsável para celebrar na co-munidade.

A Missa de encerramento foi marca-da pela grande presença das comunida-des rurais e, devido ao grande número de pessoas, foi celebrada na quadra da Escola Estadual João Lourenço. Em sua homilia, o padre ressaltou a importância da semana missionária e disse que “a for-ça do batismo nos torna todos missioná-rios, por isso, somos todos responsáveis por dar continuidade à missão, anun-ciando a verdade da Boa Nova do Reino de Deus em todos os lugares”.

Por Douglas Ribeiro

Notícias

Regional Leste 2 promove1° Congresso Missionário

Retiro Espiritual valoriza chamadopessoal e consciência eclesial

Seminaristas são instituídosno Ministério de Leitor

Paróquia de Areadopromove semana pastoral missionária

Foto: Assessoria de Comunicação

Foto: Sérgio Bernardes

Foto: Douglas Ribeiro

Foto: Assessoria de Comunicação

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5NOVEMBRO/2016

“Aquilo que nós cultivamos gera re-sultados”.Esse pode ser um resumo da experiência vivida por mais de 50 secre-tários paroquiais de toda a Diocese de Guaxupé nos dias 15 e 16 de outubro, no Seminário São José, em Guaxupé. A assessoria foi do psicólogo ÉdioKessler, que já desenvolve cursos de desenvol-vimento pessoal e relacionamento há cerca de 20 anos.

“Precisamos cultivar, dentro de nós, raízes profundas e saudáveis (…). Nós somos pessoas fantásticas, mas nossas vidas foram machucadas e precisamos aprender a curar essas feridas internas”. Assim, o assessor qualifica a importân-cia do trabalho realizado com grupos e instituições por todo o país. A iniciativa busca um aperfeiçoamento contínuo, impulsionado pela realização do encon-tro.

Para a participante Míria Nogueira da Silva Ferreira, de Passos, a valorização do autoconhecimento é um dos destaques do curso. “Nós precisamos aprender a lidar conosco, nos conhecer em primei-

Nos dias 18 e 19 de outubro, ocorreu o 2º Encontro Setorial de Articulação Provincial da Província Eclesiástica de Pouso Alegre no Seminário Diocesano São José, em Guaxupé.

Além dos bispos, dom José Luís Ma-jella e dom José Lanza, padres coorde-nadores das três dioceses (Campanha, Guaxupé e Pouso Alegre) que com-põem a província estiveram reunidos para discutir a catequese, seus desafios e suas perspectivas pastorais.

Na tarde de terça-feira (18), os pa-dres assessores de Catequese de cada uma das dioceses partilharam as reali-dades particulares e lançaram luzes so-bre os projetos desenvolvidos. À noite, os participantes participaram de missa

Lançado há 25 anos, o informativo ‘O Paroquial’ da Paróquia Senhor Bom Jesus dos Passos, em Passos, celebra o seu jubileu e preparou uma edição co-memorativa. Motivado pelo objetivo de integrar a comunidade, formando e informando os leitores, o veículo resga-ta momentos importantes da história recente.

O Paroquial foi criado há 25 anos. Ao longo desse tempo vem fazendo um registro despretensioso dos principais acontecimentos da Paróquia Senhor Bom Jesus dos Passos, movimentos e pastorais, partilhando vivências e ex-periências cotidianas dos paroquianos, fiéis e leigos.

No início, com o objetivo de integrar a paróquia, divulgou e deu ênfase à es-truturação das várias dimensões pasto-rais, divulgou o organograma funcio-nale as principais atividades. Registrou eventos que marcaram a comunidade como a morte do Monsenhor Messias, a polêmica construção da nova Igreja São Francisco, discutiu os novos desa-fios do segundo milênio, celebrou e co-memorou os aniversários da Paróquia,

ro lugar, para melhorarmos e também transmitir coisas boas para as pessoas que nos procuram”.

Idealizadora do encontro, Ana Maria Cardoso, ecônoma da diocese, explica a motivação para a escolha da temáti-ca para a formação dos secretários pa-roquiais e colaboradores da Cúria Dio-cesana, que também participaram do evento. “É fundamental ter consciência de que, para servir, nós precisamos estar bem, pois se não estivermos bem, não saberemos cuidar do outro. O cuidado com o ser humano em qualquer circuns-tância, em qualquer local de trabalho ou da vida, vale a pena”.

Os participantes são incentivados a não interromperem o aprendizado que receberam durante o curso. Para Kes-sler, o constante treino da mente e o conhecimento dos processos humanos podem contribuir muito para alcançar resultados satisfatórios. “Pessoas saudá-veis contagiam outras pessoas de forma saudável, quem cuida precisa se cuidar”.

Por Assessoria de Comunicação

na Catedral Diocesana Nossa Senhora das Dores com a presença da comuni-dade local.

Na manhã de quarta-feira (19), o assessor do encontro, padre Vanildo de Paiva, estudioso do tema, destacou a temática catequética com ênfase no modelo catecumenal. A catequese nesse estilo já existe desde o fim do primeiro século da Igreja e intensifica o caráter de encontro iniciático e intro-dução da pessoa no mistério de Cristo, com objetivos bastante claros: acolher na comunidade cristã pessoas adultas convertidas; instruí-la por certo tempo; e incluí-la na experiência sacramental.

Por Assessoria de Comunicação

as festas dos padroeiros (Senhor Bom Jesus e São Francisco), destacou pesso-as da comunidade, movimentos como o Apostolado da Oração, Mãe Rainha, os Corais, Crisma, Catequese, EAC, en-tre outros.

Acompanhou e registrou com emo-ção e pesar a morte do Papa João Paulo II. Destacou as eleições de Bento XVI e Papa Francisco que, com carisma e co-ragem, chegou para renovar nossa fé e esperança.

No cenário regional, refletiu a alegria e a avalanche que foi a meteórica pas-sagem de dom Mauro, nosso carismá-tico bispo, pela Diocese de Guaxupé, bem como sua morte trágica. Acolheu e deu as boas vindas a Dom José Lanza, nosso atual e estimado bispo. Mostrou, ainda, que por lá passaram vários pa-dres, deixando uma valiosa contribui-ção: Braz, Pimenta, Robervan, Luiz Tava-res e Luiz Gonzaga Lemos, com quem a comunidade teve o prazer de conviver e comemorar seu Jubileu Sacerdotal, dos quais 47 anos foram dedicados à Paróquia Senhor Bom Jesus dos Passos.

Divulgação

Secretários paroquiaissão motivados em encontro diocesano

2º Encontro Provincial de Articulação Pastoral é realizado em Guaxupé

Informativo ‘O Paroquial ’completa 25 anos em Passos

Foto: Assessoria de Comunicação

Foto: Assessoria de Comunicação

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6 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Fé e Sociedade

No tempo da Bíblia, ainda não havia a separação de hoje entre economia, ética e religião. Na Bíblia, Deus fala do ser humano integral. Se no Êxodo o povo era escravo do poder do Faraó, Deus manifesta-se ouvindo o clamor do povo, des-cendo acompanha um processo de libertação. Foi a primeira Páscoa, onde descobrimos que Deus não tolera a escravidão. Nos profetas do Antigo Testamento, por diversas vezes temos duras palavras em de-fesa dos mais fracos, dos órfãos e das viúvas, dos estrangeiros e dos pobres famintos. Os profetas nos dizem que Deus deseja a Justiça e a Paz. Jesus, na plenitude da revela-ção, afirma que quer a misericórdia e não o sacrifício. Propõe que seja-mos julgados por dar pão ao famin-to, por acolher o estrangeiro, visitar o preso...

Mas por que esta breve recor-dação de momentos da História da Salvação ajuda a entender as ques-tões da economia moderna? De fato, oferece critérios de análise e julgamento. Permite que olhemos para a realidade e avaliemos se a sociedade que construímos atende ao critério básico mais importante de nossa tradição cristã: Que todos tenham vida e vida em abundância!

Por isto, os cristãos só podem julgar a nossa economia moderna a partir da vida dos pobres. Como vivem os pobres na economia de hoje? Para o Papa S. João Paulo II, em nossa época domina a econo-mia neoliberal que “apoiada numa concepção economicista do ho-mem, considera o lucro e as leis de mercado como parâmetros absolu-tos em prejuízo da dignidade e do respeito da pessoa e do povo. Por vezes, este sistema transformou-se numa justificativa ideológica de al-gumas atitudes (...) que provocam a marginalização dos mais fracos. De fato, os pobres são sempre mais numerosos, vítimas de determina-das políticas e estruturas frequen-temente injustas” (Ecclesia in Ame-rica). O Papa Francisco compartilha esta opinião, chamando-a de “ido-latria do mercado”!

O Ensino Social dos Bispos do Brasil, seguindo este espírito, diz que a economia deveria cuidar da produção das condições da vida humana, mas se torna perversa ao se reduzir aos interesses finan-ceiros egoístas da minoria domi-nante. Nossos bispos dizem que “o mercado e o lucro não podem ser o principal critério das decisões e, sim, a dignidade da pessoa huma-na e a promoção dos direitos civis, políticos e sociais que daí derivam”.

Economia solidária: que a vida do povo seja mais importante que o lucro

Enquanto houver uma pessoa que passe fome, é imoral negociar lu-cros especulativos.

No pensamento social dos bis-pos católicos, a exclusão social é a maior condenação da economia vi-gente. Eles dizem que “cresce o nú-mero de excluídos e descartáveis; a concorrência desenfreada e antiéti-ca dificulta a fraternidade e a paz; onde a injustiça e a corrupção che-gam a impor-se como normais, as comunidades deverão destacar-se como referencial de vida e esperan-ça, sobretudo para os mais pobres”. Os neoliberais não acreditam que toda pessoa humana possui uma dignidade fundante de filho e filha de Deus. Por isto, esta economia “incentiva o egoísmo e reduz a pes-soa a mero consumidor, impõe-se o revigoramento da solidariedade entre todos os cidadãos”.

Desejando colaborar com uma autêntica justiça social, a Igreja de-fende valores éticos fundamentais na construção de uma sociedade solidária. Na busca de alternativas, os marginalizados se organizam contra a lei que beneficia o mais forte. Esta organização passa pela vivência, mesmo que simbólica, de projetos comunitários e solidários, numa cultura da simplicidade. É o que incentivamos como “economia solidária”. Quer dizer que garantir dignidade às vítimas da globali-

zação neoliberal não é apenas um socorro imediato de suas necessi-dades, na assistência social que re-alizamos nas paróquias (que é um importante testemunho!). É tam-bém tentar “promover a cidadania de cada pessoa e garantir condi-ções dignas de vida, como compete a filhos de Deus”.

Nossa tarefa é resgatar da digni-dade dos pobres na transformação da sociedade e da economia, numa nova ordem voltada para o bem co-mum. Por isto são fundamentais as iniciativas de economia solidária. São diferentes lógicas. Enquanto que a economia que predomina se pauta pelos valores da competição, concorrência, acúmulo, lucro, ló-gica dos mais fortes e de geração de excluídos, a economia orientada pelo evangelho buscará a solidarie-dade, a partilha do pão, a acolhida, a inclusão e a defesa das vítimas, além do princípio da misericórdia. A economia alternativa coloca a vida como critério, não o lucro. É uma recusa a Mamon, optando por cuidar da vida ameaçada.

Por isto, esta economia deve ser solidária com quem vive em sua co-munidade, mas também com a na-tureza e com as próximas gerações. A natureza não é apenas um local de extrair riquezas. É fonte da vida. O consumo de bens deve ser repen-sado. Os recursos não renováveis

devem ser partilhados. Na mira da economia solidária está a redistri-buição da riqueza e a distribuição do lucro, com critérios de justiça e equidade. Também está a demo-cratização do acesso aos recursos produtivos, como os créditos. As finanças serão apoio à produção das coisas que são necessárias para a vida humana, e não mais simples instrumentos com os quais algu-mas poucas pessoas acumulam e concentram as riquezas.

Muitas vezes, a economia soli-dária surge como meio de sobre-vivência de certa população exclu-ída, que às margens do mercado financeiro e de trabalho, reinven-tam um sistema econômico para que não morram de forme. As ló-gicas de moedas locais, a organi-zação da produção e do consumo dentro da própria comunidade e de seu bairro expressam as tentativas dos excluídos sobreviverem! Resta pensar algo importante: até que ponto nossas comunidades sabem ser apoio a iniciativas econômicas alternativas em favor dos pobres, quando o mercado tenta anular seus esforços?

Por Allan da Silva Coelho, licenciado em Filosofia e doutor em Ciências da Religião. É professor da área de Filo-sofia da Educação no PPGE-UNIMEP

em Piracicaba-SP

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7NOVEMBRO/2016

Catequese

Falar de uma Catequese com o com-promisso de inserir o cristão na reali-dade atual é falar de uma nova evan-gelização.É identificar a realidade do tempo de crise de modernidade. É re-fletir o caminho de uma sociedade que exclui as pessoas com muita facilidade. É tentar entender qual é o jogo das for-ças principais que atuam em nossa rea-lidade e lançar um olhar para uma crise ética que torna inviável a convivência harmoniosa entre as pessoas. Neste contexto, os desafios dos tempos ques-tionam profundamente o modo como educamos na fé. Chamaremos esta ten-tativa de resposta aos novos tempos (tempos de nova evangelização) de catequese evangelizadora. Isto implica compreender a catequese como uma ação impregnada de ardor missionário, visando à adesão mais plena a Jesus Cristo: “Nossa realidade pede uma nova evangelização”. A “Catequese coloca-se dentro desta perspectiva evangeliza-dora, mostrando uma grande paixão pelo anúncio do Evangelho” (DNC 29).

É importante, porém, frisar que a relação entre catequese e evangeliza-ção não se resume ao fato de a ação catequética ser o segundo momento da ação evangelizadora.Oquerigma e a inserção na comunidade caminham juntos com o ato catequético, desse modo,a catequese deve ser evangeli-zadora e não mais poderá ser apenas o momento de instrução, mas um verda-deiro ato que inclui os demais elemen-tos que compõem a nossa sociedade.

Catequese da Inserção do Cristão na realidade Atual

Faz parte do nosso fazer catequético a capacidade de pôr-nos no lugar dos ou-tros, sentindo suas dores e necessida-des sociais, tendo a sensibilidade para respeitar lágrimas visíveis, percebendo aquelas que nunca foram choradas.

Em sua Exortação Apostólica, Evan-gelliGaudium – A Alegria do Evangelho -, o papa Francisco deu o tom de seu pontificado ao dizer “não a uma eco-nomia da exclusão e da desigualdade”. Desigualdade essa que nos afasta do sonho de Deus. “O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abun-dância” (Cf. Jo 10,10).

Quando analisamos o mundo e seus habitantes, notamos a perda de princípios e o desuso da ética nas rela-ções sociais.Sem ética, uma sociedade torna-se corrupta, desonesta, injusta, desigual e imoral. Não é difícil perceber o contexto no qual vivemos, nas suas mais variadas dimensões. A todo mo-mento estamos enxergando tantas rea-lidades que desafinam com a proposta de Jesus e seu projeto de libertação. Convivemos com um sistema sócio-e-conômico excludente que privilegia um grupo muito pequeno de pessoas e muitos irmãos nossos são condenados às mais duras situações de sofrimento. Podemos dizer que muitos são trans-formados em objetos de manipulação. Chamamos isso de desumanização.

O cenário econômico atual não dá a possibilidade da escolha, simplesmen-te impõe-se, somos obrigados a viver

dentro dele anulando em nós o desejo de pensar em estratégias de resistên-cia. “De maneira dura, Jesus critica a avareza dos ricos, o acúmulo e a falta de compaixão e solidariedade com os pobres”.

O Concílio Vaticano II nos lembra que a esperança de “uma nova terra” não deve levar as pessoas a se confor-marem com situações difíceis do mun-do. Pelo contrário, tal esperança nos in-centiva a transformar o mundo, a lutar pelo progresso, pela justiça e pelos va-lores da dignidade humana (cf. GS 39).

O Catequista fiel a Jesus Cristo e à Igreja não pode admitir que o povo brasileiro seja tratado como objeto, e muito menos tornar-se um objeto. Precisa reagir e assumir seu lugar de sujeito social e erguer sua voz proféti-ca. Nosso querido frei Bernardo Cansi, profeta brasileiro da catequese, já dizia “Que maravilha seria se todos pudes-sem ouvir a voz de Deus nessa reali-dade em que nos encontramos! Que discursos fortes, cheios de ardor, não faria Cristo sobre os que deixam os po-bres morrerem de fome, enquanto um pequeno grupo arranca das mãos dos pequeninos um pedaço de pão!”

Conforme o Diretório Nacional de Catequese afirma, “a Igreja não ignora que, neste momento da história, im-pera a hegemonia ideológica do neo-liberalismo e de sua expressão maior, a feroz lei do mercado explorador”. A humanidade fez progressos, sem dúvi-da: há empenho na defesa dos direitos

humanos que antes eram ignorados, cresce uma consciência ecológica, há tendências pacifistas e certo engaja-mento em trabalho voluntário e solidá-rio. Valoriza-se o simbólico, o artístico, o lúdico, o estético e o ecológico. Apesar disso, ainda estamos sob o domínio da tirania do lucro, da guerra e de outros tipos de violência. “Isso desafia o cristia-nismo, como um todo, e cada discípulo de Jesus carrega o propósito de uma sociedade, justa, solidária e de paz”(D-NC 87).

Umas das tarefas essenciais da ca-tequese, conforme o Diretório Nacio-nal de Catequese, é a formação Moral, educar consciência, atitudes, espírito e projeto de vida, seguindo Jesus. As bem-aventuranças e os mandamentos, lidos e praticados à luz do Evangelho. É pertinente lembrar que a Catequese começa com a vida e termina com a morte, sendo assim, perpassa por toda a vida em todos os campos da forma-ção humana.

Para tanto, no testemunho pessoal dos (as) catequistas é fundamental que a Palavra brote do coração de quem a proclama. A relação que se estabelece com o mensageiro já é mensagem e vida de quem proclama, é sinal de cre-dibilidade para que o anúncio tenha força de transformação, sem despre-zarmos o mistério e a ação do Espírito Santo. Hoje se escutam mais as “teste-munhas do que os mestres (...) ou então se escuta os mestres, é porque eles são testemunhas”. (EN 41)

A fala de dom Eugênio Rixen em sua homilia de encerramento da 2ª Sema-na Brasileira de Catequese afirma toda a missão e a vocação da catequese: “A catequese de hoje deve ser imbuída de uma mística. Não se trata de melhorar as técnicas, mas de qualificar o teste-munho dos catequistas e da comunida-de. Reafirmamos que a catequese deve ser global, indo muito além dos meros e rápidos encontros catequéticos. Para isso, deverá ser de responsabilidade de toda comunidade que se propõe a ser comunidade evangelizadora – uma comunidade que oferece espaço onde quem acolher a proposta do Evangelho deverá inserir-se e viver a alegria de ser cristão. (...) Para que se responda aos novos tempos de Nova Evangelização, a catequese precisa ser mais vivencial, mais bíblica, mais litúrgica,celebrativa e mais comprometida”.

Uma proposta de gesto concretoNo grupo de catequistas, fazer um

levantamento dos trabalhos sociais existentes na comunidade que buscam promover uma vida digna para todos.

Maria Inês Santos Moreira,catequista de Poços de Caldas

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8 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Retrato Missionário

Semanas missionárias modificam cenários paroquiais Há três meses, uma experiência marcante tem movimentado muitas comunidades por toda a Diocese. Várias paróquias já realizaram e estão realizando as Semanas

Missionárias. Assim, nesta edição do Jornal Comunhão, você vai perceber alguns depoimentos de pessoas que deixaram se envolver nesta grande onda missionária.

“A Palavra de Deus precisa impregnar e marcar as nossas vidas e as nossas casas. Que tudo venha a colabo-rar para nossa conversão e nossa coragem de irmos até as outras pessoas”. Dom José Lanza, bispo de Guaxupé

“A Igreja, em sua sabedoria, nos incen-tiva a abraçarmos a causa missionária, a levar o Evangelho de Jesus a toda criatu-ra, a rezar constantemente por todos e a praticar obras de misericórdia e convida a todos a nos colocarmos à disposição do serviço eclesial e dos irmãos e irmãs necessitados. As Santas Missões popula-res nos despertam para esta consciência, lembrando-nos que a missão deve ser con-tínua e permanente, pois a vida é missão e a missão é vida”.

Missionários de Alterosa

“As visitas emocionaram as famílias, que aguardavam nas ruas a chegada dos missionários. Eu participei de algumas visitas e pude perceber como as famílias escutavam atentas as mensagens dadas pelos missionários e missionárias. Tenho incentivado as Santas Missões Populares para que continuem como missão permanen-te e que a Grande semana missionária renove a Paróquia. Foi uma semana de muitas bençãos”.

Padre Benedito Clímaco, pároco de Fama

“A Semana Missionária nos faz sair de nós e ir ao encontro dos irmãos e irmãs espalhados no territó-rio paroquial. Sem dúvida é um trabalho árduo, mas extremamente gratificante para os missionários que se comprometem com as visitas. Toda a paróquia foi visitada, casa por casa, comunidades rurais e condomínio. Ficamos emocionados ao vermos a colaboração das diversas paróquias que compõe o setor missionário. De fato, entendemos que todos nós precisamos uns dos outros para alcançarmos o objetivo.Isso é missão!”

Sirley Aparecida Avelino, Paróquia São Judas Tadeu, São Sebastião do Paraíso

“Solidariedade, fé e devoção mariana marcaram as ativida-des da Semana Missionária em Ibiraci, de 10 a 18 de setem-bro. Além das visitas, os momentos de oração motivaram os fiéis a realizarem um gesto concreto de generosidade, a doação de alimentos a famílias carentes. A missa de en-cerramento valorizou o trabalho missionário e a gratidão pela colheita do café, atividade que sustenta a economia da cidade. “Foi um ano de bênçãos e graças em nossa co-munidade”, expressou o padre Norival Sardinha nos agra-decimentos

“Queridos irmãos missionários dentre as visitas que eu tenho feito, a que mais me toca é o fato das pessoas estarem se sentindo tão abandonadas por seus familiares, pela sociedade e por um mundo moderno. Muitas famílias tem que trabalhar muito para garantir o pão de cada dia, mas se esquecem do alimento emocional tão importante também. Que tenhamos um coração aberto para ouvir a todos. Deus abençoe aos missionários!” Padre Darci Donizeti da Silva, Nossa Senhora do Rosário, Poços de Caldas

“É um momento muito bom com a comunidade onde podemos falar do sentido da Semana Missionária, mo-mento rico de nossa diocese! As semanas estão bem organizadas, os leigos das paróquias e de outras visi-tando o povo, os padres participando nas visitas, pa-dres de outras paróquias ajudando e celebrando missa nos setores” padre Henrique Neveston, avaliando as pa-róquias que já realizaram a Semana Missionária

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9NOVEMBRO/2016

Irmã Miria Therezinha Kolling é re-ligiosa da Congregação do Imaculado Coração de Maria. Nesta vocação, teve a oportunidade de aprofundar seus es-tudos musicais. Nascida em Dois Irmãos, Rio Grande do Sul, desde cedo apren-deu,com a família, a amar e cultivar a música.

Como compositora de música litúr-gica e religiosa, é conhecida sobretudo peloscantos litúrgicos para as celebra-ções. São mais de 700 obras musicais, abrangendo missas, cantos de mensa-gem, catequese, hinos diversos e outras canções.

A religiosa exerce suas atividades litúrgico-musicais pelo Brasil todo, mi-nistrando Encontros de Liturgia e Canto Pastoral, como o que vai acontecer na Diocese de Guaxupé entre os dias 18 e 20 de novembro, em Itaú de Minas.

Em entrevista para o Comunhão, Irmã Miria fala sobre seu trabalho e a música litúrgica na vida da Igreja.

Como começou sua história com a mú-sica?

Bem, sempre tive uma inclinação para a música religiosa. Mas foi mais após a re-alização do Concílio Vaticano II, quando a Igreja do Brasil também se renovou e começaram a surgir os novos cantos na língua vernácula, a acontecer os Cursos de Canto e Liturgia pelo Brasil afora... Eu participei desde o início, e fui descobrin-do aos poucos esse meu dom musical, colocando-o a serviço da liturgia. Fui me apaixonando cada vez mais e nunca mais parei. De modo que, mais do que música católica (geral, ampla, abrangente), Deus

foi me conduzindo para esta música mais específica, ritual, em função da Palavra e do Mistério Pascal de Cristo, que celebra-mos na liturgia, sobretudo na Celebração Eucarística.

Qual foi o trabalho que mais marcou sua carreira?

Difícil dizer... Cada época tem sua marca, cada canto tem sua história, cada Missa tem seu porquê. Mas, de fato, as primeiras Missas que compus, no início, logo ultrapassaram fronteiras e alcança-ram diversos países, além do Brasil. Como exemplo: Missa da Amizade, da Alegria, dos Bem-Aventurados, do Espírito Santo, da Noite Feliz (Natal), e algumas Missas com crianças, cantos a Nossa Senhora (Maria, ó Mãe cheia de graça...), da CF (É bom estarmos juntos...) Ultimamente, “A Força da Eucaristia”, o Hino do Congres-so Eucarístico de Campinas – “Venham, venham todos, para a Ceia do Senhor”... E outras mais.

Como é o processo de inspiração e com-posição das letras e melodias? Como a vivência da fé influencia esse trabalho?

- É um dom especial compor letra e música, texto e melodia. Mas não é fácil explicar como acontece o processo de composição. Não há regra nem receita pronta. Acontece quando o Senhor nos inspira. Nós apenas fazemos espaço, nos colocamos à disposição, atentos à Palavra, aos acontecimentos da vida, ao mistério de Deus... Por outro lado, o dom recebi-do do céu precisa ser desenvolvido, cul-tivado, aprofundado, através do estudo e técnica. Pois a inspiração é um lampejo

de luz, algo inexplicável, mas que depois deve ser trabalhado. É experiência de Deus que se faz música.

Qual a importância da música nas cele-brações litúrgicas e na evangelização?

- Os documentos da Igreja nos dizem que a música é um tesouro de inestimável valor; é parte integrante e indispensável da liturgia, porque ajuda a expressar e a mergulhar no mistério celebrado. Portan-to, é de importância fundamental que a música esteja vinculada à ação litúrgica, expressando o que celebramos. A música não é enfeite, e não pode ser uma músi-ca qualquer,mas, sim, aquela que está a serviço da Palavra, do tempo litúrgico, do momento celebrativo, traduzindo, na voz e nos gestos, o mistério de Cristo. Deve expressar a fé cristã e, de preferência, ter como fontes inspiradoras a Sagrada Escri-tura e a própria liturgia. Um ponto impor-tante é favorecer a participação de toda a assembleia, fazer o povo todo cantar.

Por que nem toda música católica é apropriada para a liturgia?

- Exatamente porque a música chama-da católica, ou de mensagem, é mais am-pla, geral e abrangente, cantando valores da vida, servindo à evangelização, à cate-quese. E a música litúrgica é mais restrita, tem uma função específica, está a serviço da Palavra, do mistério, da ação litúrgica, é música ritual. Quanto mais geral for o canto, menos litúrgico, pois este só serve a determinado rito, tempo litúrgico, mo-mento celebrativo. Saber fazer essa dife-rença é fundamental para os ministros do canto – analisar o canto e perceber a que

ele se destina, escolher o canto certo para cada rito, momento certo da celebração. O que se canta na liturgia, na igreja, não se canta no palco, em outro lugar... e vi-ce-versa. Há uma música apropriada para celebrar a liturgia cristã.

Como o músico católico precisa aper-feiçoar a técnica musical em harmonia com a espiritualidade?

- Importante investir na formação li-túrgica e litúrgico-musical. Uma vez que a música litúrgica está a serviço da liturgia, é preciso conhecer e aprofundar os docu-mentos da igreja, estudar liturgia, procu-rar compreender e aprofundar o mistério da nossa fé que celebramos na liturgia, para então compor, escolher, cantar ade-quadamente os cantos que traduzem a ação litúrgica. Completando, deve haver um empenho para se estudar teoria mu-sical, instrumento, solfejo, trabalho coral, enfim, não podemos nos contentar com pouco, pois Deus merece o melhor, o mais belo, digno e santo. Música santa para uma liturgia santa, sagrada, divina!... Às ve-zes, nós, católicos, nos contentamos com muito pouco... A verdadeira liturgia da terra deve nos elevar ao céu, antecipando a liturgia celeste... A voz, o instrumento, a escolha adequada dos cantos, tudo deve estar em harmonia, em sintonia com a ce-lebração, para que o povo experimente o desejo do céu e faça profunda experiên-cia de encontro com Deus. Nós, ministros da liturgia e do canto, devemos favorecer este encontro, a começar por nós mes-mos, como participantes.

Por Filipe Zanetti, seminarista

IRMÃ MIRIA: “A verdadeira liturgia da terra deve nos elevar ao céu”

Entrevista

As inscrições para o encontro serão feitas através das fichas encaminhadas para a secretaria de cada paróquia. As vagas são limitadas, porém, caso você queira conhecer ainda mais o trabalho da Irmã Míria, acesse o site www.irmamiria.com.br; ou entre em contato pelo e-mail [email protected].

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10 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

A Educação como aposta numa humanidade fraterna

Responda rápido: você já viu algu-ma vez um número dois ou um núme-ro cinco ou 10 ou 1000 ou qualquer outro, circulando por aí? Você já os viu participarem de missas e brincadeiras? Imagino que não. Mas, mesmo assim, acreditamos que eles têm vigor de existência, porque ordenamos nosso mundo concreto de acordo com eles.

Não vemos, não sentimos e, no entanto, acreditamos cegamente na lógica da existência dos números. De-positamos atos de fé nos números. Como nos ensinou Santo Agostinho: “crer para compreender e compreen-der para crer”.

Educação é, portanto, um ato de fé, de acreditação, que gera exis-tência no mundo humano. Olhemos para a história. O Apóstolo Lucas, ao escrever seu evangelho, baseia-se na história de seus predecessores, cuja mensagem evangélica ele classificou de dois modos: a dos grupos de tes-temunhos visuais e os denominados ministros da palavra, que formaram a fonte preciosa da tradição evangeliza-dora. Ou seja, fez da história passada

visual e oral, abstrata como número, uma ação evangelizadora existente, concreta. Da fé e da crença na história passada visual ou oral testemunhal, o apóstolo Lucas tornou existente a ação evangelizadora. Deu ordena-mento à ação e à missão de comunhão da sociedade cristã. Educou-se pela fé da existência dos testemunhos orais e visuais dos antepassados.

Foi o educar, com metodolo-gia evangelizadora, que a fé extraída de testemunhos e de predecessores da história cristã lhe permitiu realizar uma ação concreta de existência, e de geração de pessoas e povos, até então destituídos de fé educativa cristã.

Na ciência, há duas tradições cientí-fico-filosófico-educativas marcantes: a essência e a existência. A essência se refere cientificamente a objetos inani-mados, sendo a substância que os de-fine; e a existência se debruça sobre a vida humana, reconhecendo-a como a capacidade de ser mais do que é, em cada momento. Mas como isso é possí-vel, o ser humano ser sempre mais do que pode ser? Ora, isso só é possível

porque a finalidade do ser humano é se humanizar cada vez mais, recom-pondo-se de suas imperfeições em proximidade a algo sempre melhor. Mas o que é algo sempre melhor? É uma crença, uma fé, naquilo que pode nos mover em existência humana, em atos concretos, cotidianos e vivenciais. Só assim podemos ter a fé de nos tor-narmos algo ainda maior do que so-mos hoje. É pura fé.

Mas a pergunta crucial é: qual é o ordenamento dessa fé? Qual é a ló-gica que anima a transformação de um ato de fé em ato existencial educativo? A fé precisa de um recheio que vita-mine e direcione nossas motivações em viver como pessoa humana, como ser em comunidade. Eis que o recheio depende da educação que recebemos e aceitamos. Educação cristã é a lógi-ca de nossa vitamina de viver, de nos empolgarmos, de fazer nossa trajetó-ria histórica desafiadora, um bálsamo para nossas necessidades de motiva-ções e de solidariedade humana. Ela que nos torna maiores a cada dia. Mas esse recheio de fé cristã só se obtém

com a adesão de uma ética do bem e uma prática moral de atitudes espiri-tuais, que nos levem, a partir do amor ao próximo, à plena busca de contato com o mistério da Trindade.

Trindade é muito maior que os números: neles nós cremos, temos fé de sua existência por lógica de orde-namento da natureza; já na Trindade, nós somos a existência, porque acei-tamos e buscamos a educação da fé cristã, uma fé que educa pela evange-lização, motivada pelo amor e pela ca-ridade ao próximo. E assim, da fé, nos educamos com o outro. E com o outro nos tornamos ainda maiores, porque juntamos “fés”, ordenadas a partir de Deus. A fé é educação transcendente. Basta se abrir a ela, como o apóstolo Lucas o fez em busca de sua identida-de e de seu povo, através da história.

Prof. Dr. Reginaldo Arthus, economista, filósofo, mestre em Economia Social,

doutor em Filosofia e História da Edu-cação. Atua como Docente e Reitor do

Unifeg

Fé e Educação

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11NOVEMBRO/2016

Esperança: do verbo “esperar” ao “esperançar”

O mês de novembro começa com duas datas que evocam o tema da espe-rança: no primeiro dia do mês celebram--se todos os santos e no dia seguinte, os fiéis defuntos. Ao fazer memória de to-dos os santos, recorda-se esperançoso a condição de bem-aventurança que o ser humano busca; ao celebrar finados, a fé convida a reconhecer a finitude da vida e a abertura à eternidade. São datas que fazem pensar no sentido da existência e, ao olhar para todos os que nos prece-deram, antecipa-se a trajetória esperada para cada fiel. É olhar para o passado e contemplar o futuro no tempo presen-te. O cristão sempre faz esse itinerário: “Toda vez que se come deste pão; toda vez que se bebe deste vinho (tempo presente), se recorda a paixão de Jesus Cristo (tempo passado) e se fica espe-rando a sua volta (tempo futuro)”.

Há aqueles que buscam a Deus na expectativa de “garantir” a eternidade; como se o fato de praticar gestos bons o ingressasse entre os eleitos. Assim, a ressurreição seria simples recompensa dos que vivem moralmente. Mas para aquele que crê é importante recordar que o ser humano é vocacionado à san-tidade, ou seja, chamado a praticar o que é bom, não para chegar ao mérito simplesmente, mas porque Deus os fez assim. Se Deus, que é bom, criou o mun-do em sua bondade e fez o ser humano à sua imagem e semelhança, é essencial

não perder de vista essa condição de imago Dei. A própria vinda de Cristo é uma forma de recordar que, se Deus se fez humano, é preciso que o homem se sinta de Deus. Na humanização divina se tem a divinização da humanidade.

A esperança acontece nesse proces-so da busca pela imagem e semelhança de Deus. A esperança não é, portanto, a busca do fim, como atitude passiva de quem espera que as coisas aconteçam, que o mundo seja melhor, que o amor impere e as pessoas sejam felizes. De-ve-se ter cuidado de não confundir es-perança com espera. A espera parte da expectativa que algo aconteça, mas isto vem de fora e não do sujeito que tem esperança. Um dicionário traz como sinônimo de esperar o verbo “confiar”. Porém, de maneira simplista, quem tem confiança também pode assumir uma atitude passiva de quem cruza os bra-ços e aguarda acontecer. Contudo, se a pessoa tem a confiança de que Deus a aguarda no paraíso, que o mundo irá mudar, que as guerras cessarão, que a maldade desaparecerá, e assim por diante, ela tem que tomar cuidado para que, o que ela chama de esperança não seja uma espécie de “otimismo desen-carnado”.

A verdadeira esperança tem que ser mais incômoda e comprometedora. Ela não parte do verbo esperar, mas do ver-bo “esperançar”, que está ligado àquilo

que se busca, sonha e planeja, ou seja, é gesto ativo que leva a fazer algo. A pessoa não simplesmente confia pas-sivamente, mas ela confia e busca, pois acredita na meta almejada. Aristóteles dizia que a “esperança é o sonho do ho-mem acordado”, que não parte de fan-tasias, mas de realidade. E como sonho acordado, sabe-se o que quer e busca-se chegar até lá.

Deste modo, para se ter esperança são necessárias duas atitudes: saber para onde quer ir e colocar-se a caminho. “Sa-ber para onde quer ir” é vislumbrar a meta, mas também o caminho para se chegar a ela. “Colocar-se a caminho” é o propósito do verdadeiro esperançoso, pois parte da decisão e da convicção do mesmo. No caminho aparecerão os desafios e os medos e estes deverão ser enfrentados. Assim se constrói a verda-deira esperança.

O Catecismo da Igreja Católica diz que “a esperança é a virtude teologal pela qual desejamos como nossa felici-dade o Reino dos Céus e a Vida Eterna, pondo nossa confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos não em nossas forças, mas no socorro da graça do Espí-rito Santo” (CIC, 1817). A afirmação traz expressões como felicidade, Reino dos Céus, Vida Eterna, promessas de Cristo e graça do Espírito Santo. Tudo isso é uma conquista! E para que haja conquista é necessário que se tenha a capacidade

Escatologia

de lutar para tal. Quando se celebram exéquias nas

comunidades cristãs, também chama-do de “Celebração da Esperança”, não se oferecem simples preces pelo fale-cido para que Deus o acolha no festim da eternidade, mas se confia na bon-dade de Deus que a todos ama e se re-flete sobre o sentido da vida, para que, aqueles que lá estão a sepultar seus en-tes queridos não se esqueçam de que é preciso continuar a luta diária. O poeta Victor Hugo dizia que “a esperança se-ria a maior das forças humanas, se não existisse o desespero”. Portanto, a cele-bração da esperança é a forma de se pôr diante de Deus e pedir em prece que o livre do desespero. Se a vida continua para quem jaz, para os que ficam tam-bém continuam: o sonho não acabou!

Por fim, oxalá que os cristãos apren-dam a transformar sua espera passiva em verdadeira esperança. Somente assim pode-se vislumbrar um mundo melhor, onde as pessoas se amem mais e onde a eternidade é ofertada a todos, não simplesmente porque Deus quer assim, mas porque o ser humano, que é imagem de Deus, deseja que isto acon-teça e cumpre sua parte neste proces-so. Como dizia Fernando Pessoa: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”.

Por Padre Renato César, pároco da Paróquia Sagrada Família em Carmo do Rio Claro

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12 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Comunicações

Agenda Pastoral de Novembro

Comemorações de Novembro

Atos da Cúria

2 Finados3 Reunião do Conselho de Presbíteros - Guaxupé Encontrão de Coordenadores Paroquiais – Setores Pastorais – Comemoração dia do Catequista5 Ordenação Diaconal – Catedral Diocesana Nossa Senhora das Dores6 Dia Nacional da Juventude (DNJ) – Setores/Paróquias8 – 9 Assembleia Regional de Pastoral - Belo Horizonte10 Reunião dos Presbíteros – Setor Guaxupé – Muzambinho11 – 13 6º Encontro de Casais com Cristo – 3ª Etapa - Paróquia Nossa Senhora das Graças - Passos Cursilho Masculino – Setor Guaxupé:12 – 13 Encontro Vocacional – Seminário São José – Guaxupé14 Reunião dos Presbíteros dos Setores Alfenas e Areado – Conceição Aparecida16 Reunião dos Presbíteros do Setor Poços de Caldas - Campestre

Natalício2 Padre Bruce Éder Nascimento 3 Monsenhor José dos Reis4 Padre Luiz Gonzaga Lemos5 Padre Darci Donizetti da Silva

6 Padre Paulo Sérgio Barbosa7 Padre Norival Sardinha Filho13 Padre Jorge Eugênio da Silva13 Padre Juliano Borges Lima20 Padre Henrique Neveston da Silva

23 Padre Antônio Garcia

Ordenação9 Padre João Batista da Silva14 Padre Maurício Marques da Silva21 Padre Claudionor de Barros 25 Padre Antônio Carlos Maia

16 Reunião dos Presbíteros – Setor Passos – São José da Barra17 Reunião dos Presbíteros dos Setores Cássia e São Sebastião do Paraíso - Paróquia Nossa Senhora da Abadia – São Sebastião do Paraíso18 – 20 Cursilho Feminino – Setor Guaxupé19 Reunião da Coordenação Diocesana da Catequese - Guaxupé Reunião do Setor Famílias – Guaxupé Reunião da Coordenação Diocesana dos Grupos de Reflexão - Guaxupé Reunião da Equipe Diocesana de Comunicação em Guaxupé20 Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo 12º Cenáculo Diocesano da RCC23 Reunião do Conselho de Formação Presbiteral - Guaxupé26 Reunião do Conselho Diocesano do Encontro de Casais com Cristo (ECC) – Conceição Aparecida27 Ultreia Diocesana do Cursilho - Guaxupé

• Provisão nº 07/45- Livro nº 12 –Folha 27- Concedendo a Provisão de Pároco ao Re-vmo. Pe. Arnoldo Lourenço Barbosa, no dia 10 de outubro de 2016, da paróquia N. Sra. Imaculada Conceição em Monte Belo - MG.

• Provisão nº 08/46- Livro nº 12 –Folha 27- Concedendo a Provisão de Pároco

ao Revmo. Frei Marcelo Marins Gonçalves, no dia 10 de outubro de 2016, da paróquia São Félix de Nicosia – Poços de Caldas-MG.

• Provisão nº 05/47- Livro nº 12 –Folha 27.- Concedendo a Provisão de Admi-

nistrador Paroquial ao Revmo. Frei Evandro Moreira de Melo, no dia 10 de outubro de 2016, da paróquia São Félix de Nicosia, Poços de Caldas – MG.

• Provisão nº 06/48- Livro nº 12 –Folha 27.- Concedendo a Provisão de Uso de

Ordens ao Revmo. Frei Sebastião Donizetti de Carvalho, no dia 10 de outu-bro de 2016, da paróquia São Félix de Nicosia, Poços de Caldas – MG.

• Provisão nº 09/51- Livro nº 12 –Folha 27v.- Concedendo a Provisão de Pároco ao Revmo. Pe. Francisco Clovis Nery, no dia 19 de outubro de 2016, da paró-quia São Francisco de Paula em Monte Santo de Minas – MG.

• Provisão nº 06/52- Livro nº 12 –Folha 27v.- Concedendo a Provisão de Admi-nistrador paroquial ao Revmo. Pe. Francisco Clovis Nery, no dia 19 de outu-bro de 2016, da paróquia N. Sra. dos Milagres em Milagre – MG.

A Diocese de Guaxupé demonstra sua gratidão pelo profícuo trabalho evangeli-zador realizado pela Província Camiliana Brasileira nas comunidades paroquiais de Monte Santo de Minas e Milagres. Louvamos a Deus pelo carisma e pela voca-ção dos religiosos camilianos que, por mais de 30 anos, marcaram a história desta diocese com sua presença e, desses, quase 20 anos dedicados às paróquias cita-das. Por decisão da congregação, os religiosos se dedicarão a outros trabalhos de evangelização em outras localidades.