normas de prescriçao de antibioticos

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NMERO: 064/2011

DATA: 30/12/2011 ASSUNTO: Prescrio de Antibiticos em Patologia Dentria PALAVRAS-CHAVE: Antibioterapia; Medicina Dentria; Estomatologia PARA: Mdicos e Mdicos Dentistas do Sistema Nacional de Sade CONTACTOS: Departamento da Qualidade na Sade ([email protected])

EM AUDIO E TESTE DE APLICABILIDADE AT 31 DE MAIO DE 2012 Logo_DGS_111anos Logo_Norma Nos termos da alnea c) do n 2 do artigo 2 do Decreto Regulamentar n 66/2007, de 29 d e maio, na redao dada pelo Decreto Regulamentar n 21/2008, de 2 de dezembro, a Direo-Geral da Sade, por proposta do Departamento da Qualidade na Sade e da Ordem dos Mdicos e da Ordem dos Mdicos Dentistas, emite a seguinte

I

NORMA

1. Na pulpite no est indicada a prescrio de antibiticos (Nvel de evidncia A/ Grau de recomendao Ib). 2. No abcesso periapical/dentoalveolar a amoxicilina o antibitico de primeira lin ha (Nvel de evidncia A/ Grau de recomendao Ib). 3. Na pericoronarite a amoxicilina o antibitico de primeira linha (Nvel de evidncia A/ Grau de recomendao Ib). 4. Na periodontite do adulto, sempre que clinicamente necessria a prescrio de antib itico, so frmacos de primeira linha o metronidazol ou a associao metronidazol com amoxicilina (Nvel de evidncia A/ Grau de recomendao Ia). 5. Na gengivite/periodontite ulcerativa necrosante so frmacos de primeira linha o metronidazol ou a associao metronidazol com amoxicilina (Nvel de evidncia A/ Grau de recomendao Ia) .

6. Nas infees graves, com envolvimento das fscias e tecidos profundos da cabea e pes coo, o antibitico de primeira linha a associao amoxicilina com cido clavulnico (Nvel de evid ia B/ Grau de recomendao IIc). 7. Nas situaes clnicas de gengivite, abcesso periodontal e de alveolite fibrinoltica no est indicada a prescrio de antibiticos. 8. Nos casos clnicos de imunossupresso obrigatria a prescrio de antibiticos, sendo es es os adequados a cada patologia (Nvel de evidncia B/ Grau de recomendao IIb). 9. O algoritmo clnico/rvore de deciso referente presente Norma encontra-se em Anexo . 10. As excees presente Norma so fundamentadas clinicamente, com registo no processo clnico.

II

CRITRIOS

a) Princpios gerais de prescrio de antibiticos em patologia infeciosa de origem dentr ia e periodontal: i. o objetivo do tratamento antimicrobiano das infees odontognicas evitar a disseminao da infeo, reduzir o nmero de bactrias no foco infecioso e prevenir as complicaes da disseminao hematognica; ii. o uso de antibiticos na patologia infeciosa dentria e periodontal no substitui o tratamento dentrio/cirrgico, em muitas situaes o procedimento estritamente operatrio (desbridamento radicular, drenagem) pode anular ou diminuir a necessida de de antibitico; iii. existe indicao para antibioterapia sempre que o doente apresente um quadro de infeo odontognica com repercusso sistmica. O uso de antibiticos igualmente justificado em indivduos de risco stico acrescido. b) Regras de prescrio de antibiticos em patologia infeciosa de origem dentria e peri odontal: i. a escolha de um antibitico faz-se em funo do agente etiolgico provvel, do seu espetro antibacteriano e da sua farmacocintica e deve ter em conta os antecedente s do doente (a imunossupresso, o transplante, as comorbilidades) e a gravidade da situ ao clnica; ii. a monoterapia deve ser a regra e o espetro do antibitico deve ser to estreito quanto possvel. Deve evitar-se a prescrio de um antibitico da mesma classe se o doente o tomou recentemente; iii. a antibioterapia deve ser reavaliada e eventualmente alterada, com base na resposta clnica e nos dados microbiolgicos laboratoriais; iv. os antibiticos que so dose dependente, como por exemplo os beta-lactmicos, deve m ser administrados com intervalos curtos. Os antibiticos que so concentrao dependente, como por exemplo os aminoglicosidos, devem ser administrados em dose s altas e com intervalos prolongados; v. a presena de insuficincia renal ou heptica deve ser avaliada e a dose de antibiti co ajustada em funo da via de excreo; vi. a amoxicilina, a associao amoxicilina-cido clavulnico, a associao amoxicilina/metronidazol e a clindamicina cobrem quase na totalidade o espectro dos agentes responsveis pela maioria das infees odontognicas; vii. os derivados beta-lactmicos so os frmacos de primeira linha no combate s infees odontognicas. A amoxicilina deve ser a primeira escolha (se houver presuno de resistncia por produo de betalactamases deve optar-se pela associao amoxicilina/cido clavulnico);

viii. a associao de amoxicilina (ou penicilina) com metronidazol est recomendada na infeo predominantemente anaerbia; ix. a clindamicina possui espetro adequado ao tratamento da infeo odontognica, boa absoro, alta concentrao intrassea e baixas resistncias. o frmaco de primeira linha nos alrgicos aos betalactmicos; x. a eritromicina no um antibitico de primeira linha porque tem pouca atividade co ntra fusobactrias e estreptococos viridans. No doente alrgico aos betalactmicos, a antibioterapia com um macrlido pode ser uma opo mas apenas nas infees de menor gravidade; xi. em periodontologia o uso de tetraciclinas, nomeadamente a doxiciclina, tem s ido advogado.

c) Tratamento das infees comuns de origem dentria e periodontal:

i. infees endodnticas de origem pulpar: o tratamento endodntico deve ser a primeira opo, devendo ser instituda antibioterapia concomitante se existir repercusso sistmica ou se se tratar de doente de risco stico acrescido; ii. abcesso periapical/dentoalveolar:

a. infeo polimicrobiana com aerbios e principalmente anaerbios facultativos ou estritos: estreptococos viridans, prevotella pigmentada, fusobactrias, peptoestreptococos, actinomyces, porfiromonas, entre outros; b. a localizao do abcesso determinada pelo dente envolvido tal como a respetiva relao com locas, planos musculares e fasciais. A sua extenso condicionada pela virulncia do agente e pela imunocompetncia do hospedeiro; c. o abcesso alveolar bem delimitado, contm pus, os sinais inflamatrios para alm da tumefao so praticamente inexistentes, encontrando-se geralmente uma rea de flutuao; a dor localizada e a repercusso sistmica modesta. Trata-se de uma doena local; d. o tratamento baseia-se na eliminao da causa (tratar o dente) e na drenagem/desbridamento cirrgico (transdentria, transmucosa, transcutnea), abordagem que, instituda precocemente, se revela suficiente em muitos casos; e. se for necessria teraputica antibitica (por exemplo febre ou prostrao) esta emprica e o antibitico de primeira linha a amoxicilina; se se suspeitar da presena de beta-lactamases (as resistncias crescem com a durao do tratamento e, nomeadamente, aps as 72 horas, podem ultrapassar os 50%), deve optar-se pela associao amoxicilina/cido clavulnico. Na alergia aos betalactmicos a clindamicina a alternativa.

iii. periodontite:

a. a periodontite uma infeo polimicrobiana e no permite uma abordagem simples. Numa bolsa periodontal podem existir mais de 500 estirpes bacterianas, com sensibilidades muito diferentes; b. periodontite crnica do adulto a entidade mais frequente. Existe indicao para antibioterapia sistmica na periodontite recorrente ou refratria mas tendo sempre em conta os seguintes aspetos: (i) a antibioterapia sistmica s tem indicao como complemento da teraputica mecnica e a qualidade desta, mais do que o antibitico, que condiciona os resultados; (ii) o tratamento operatrio deve preceder a terapia antibitica. O tempo at antibioterapia deve ser reduzido ao mnimo; (iii) no h consenso acerca da melhor antibioterapia. Atendendo flora implicada parece sensato considerar o metronidazol como primeira linha, eventualmente associado amoxicilina; (iv) a clindamicina uma alternativa vlida, especialmente eficaz contra peptoestreptococos, estreptococos beta hemolticos e bacilos gram-negativos anaerbios; (v) as tetraciclinas (ex: minociclina e doxiciclina) so opo, se o agente etiolgico f or o actinobacillus actinomycetemcomitans. Inibem as colagenases, o que representa uma mais-valia; (vi) o insucesso da antibioterapia, combinada com a teraputica operatria, deve alertar o clnico para a necessidade de testes microbiolgicos. iv. abcesso periodontal:

a. tem indicao para antibioterapia, se o abcesso for acompanhado de manifestaes sistmicas, como mal-estar, febre ou linfadenopatia. A antibioterapia deve acompanhar a teraputica operatria; b. o antibitico de primeira linha a amoxicilina, substituda pela clindamicina ou azitromicina em caso de alergia. v. periodontite agressiva do adolescente ou pr pubertria:

a. o agente etiolgico que predomina o actinobacillus actinomycetemcomitans; b. o regime antibitico aconselhado a combinao metronidazol/amoxicilina que, quando institudo precocemente e associado a teraputica operatria, tem resultados muito satisfatrios. As tetraciclinas so uma alternativa vlida. vi. gengivoestomatite ulcerativa necrotizante aguda:

a. causada por anaerbios, caracteriza-se por lceras da mucosa (tipicamente associadas a amputao das papilas), hemorragia, halitose e linfadenopatia;

b. tratamento passa pela eliminao de placa e clculo supra e subgengival associada a desinfeo local de sulcos e bolsas periodontais e teraputica antibitica; c. o antibitico de eleio o metronidazol substituvel por clindamicina ou amoxicilina-cido clavulnico. vii. pericoronarite:

a. infeo dos tecidos moles que envolvem um dente em erupo; b. merece as mesmas consideraes que o abcesso dentoalveolar: inciso, desbridamento e drenagem, desinfeo local e eventualmente antibioterapia; c. pode ser necessria a extrao do dente envolvido. viii. infees graves com envolvimento das fscias e tecidos profundos da cabea e pescoo :

a. celulite: (i) a celulite uma doena sistmica, traduz-se em tumefao com limites e dor difusos, com rubor, calor na sua evoluo e, geralmente, decorre com febre, leucocitose e protena C reativa elevada (a PCR tem valor preditivo quanto gravidade da situao). A teraputica antibitica inicial emprica; (ii) o exame bacteriolgico (incluindo hemoculturas) tem interesse epidemiolgico e est indicado nas infees de maior gravidade. Merece avaliao hospitalar; (iii) a amoxicilina/cido clavulmico ou a clindamicina podem ser usadas em situaes de celulite em que ainda haja condies para iniciar o tratamento em ambulatrio; (iv) o internamento hospitalar deve ser decidido em funo da importncia dos seguintes factores: compromisso submilohioideu; compromisso orbitrio; trismos; disfagia; dispneia; prostrao; febre alta; elevao da PCR/leucocitose; doena sistmica associada; falncia da antibioterapia; (v) a TC um exame de primeira linha nas celulites do tero inferior, importante na determinao da extenso da doena, compromisso da via area e identificao de colees purulentas orientando a drenagem cirrgica; (vi) no internamento, sugere-se, como antibioterapia de primeira linha, a associ ao penicilina G (ou amoxicilina) e metronidazol. A clindamicina uma alternativa vlida; (vii) nas celulites mais graves ou na presena de complicaes, de considerar associar um aminoglicosido, habitualmente a gentamicina. Um outro grupo de antibiticos, os carbepenemes, tem interesse em presena de infees causadas por microrganismos multirresistentes com suscetibilidade conhecida ou provvel. A sua utilizao deve ser restringida ao meio hospitalar;

(viii) o tempo mnimo de tratamento deve ser cinco dias para alm do ponto de melhoria substancial ou resoluo dos sinais e sintomas.

b. fascete necrosante: (i) uma necrose das fscias e tecido celular subcutneo, com eventual formao de gs. Exige internamento prolongado, tem elevada mortalidade e especialmente frequente no doente imunodeprimido (ex: alcoolismo, diabetes, infeo por HIV). (ii) os exames direto e culturais so obrigatrios; (iii) os fatores que influenciam o prognstico so: a. desbridamento precoce; b. circunstncia da doena associada; c. progresso da infeo para os espaos retro farngeo, pr traqueal, bainhas carotdeas e mediastino. (iv) a antibioterapia deve ser tripla, associando um beta-lactmico, metronidazol e aminoglicosido, com expetativa armada de recurso aos carbapenemes. ix. osteomielite supurada: infeo do osso basal da maxila ou mandbula, tendo indicao para antibioterapia orientada para o agente etiolgico. x. no est indicada a teraputica com antibiticos na pulpite reversvel ou irreversvel em pessoas saudveis, na gengivite, no abcesso periodontal sem manifestaes sistmicas e na alveolite fibrinoltica.

III

AVALIAO

a) A avaliao da implementao da presente Norma contnua, executada a nvel local, region l e nacional, atravs de processos de auditoria interna e externa. b) A Direo-Geral da Sade, atravs do Departamento da Qualidade na Sade e da Administrao Central do Sistema de Sade, elabora e divulga relatrios de progresso de monitorizao. c) Enquanto no estiver concluda a parametrizao dos sistemas de informao para a monitorizao e avaliao da implementao e impacte da presente Norma, so utlizados os seguintes indicadores de avaliao: i. % de inscritos com patologia dentria com prescrio de amoxicilina ii. % de inscritos com patologia dentria com prescrio de amoxicilina e cido clavulnic o iii. % do valor da prescrio de amoxicilina no total das prescries de antibioterapia em inscritos com patologia dentria iv. % do valor da prescrio de amoxicilina e cido clavulnico no total das prescries de antibioterapia em inscritos com patologia dentria

IV

FUNDAMENTAO

a) O nmero de espcies de microrganismos, incluindo bactrias, fungos e protozorios, identificados como colonizadores da cavidade oral estimava-se entre as 300 e as 500 aproximadamente. No entanto, estudos mais recentes sobre a caracterizao microbiolgi ca da

placa bacteriana oral j identificaram cerca de 1000 espcies diferentes. Destes ape nas cerca de 10% conseguem ser isolados com regularidade usando tcnicas de cultura convenciona is. b) As infees bacterianas de origem dentria e periodontal so frequentes na prtica clnic a diria e o uso de antibiticos comum, no entanto os critrios de prescrio no so uniformes. A prescrio racional de antibiticos traz benefcios para a pessoa, diminuindo a durao da doena e limitando a repercusso sistmica, e para a comunidade, com diminuio das resistncias e dos custos. c) O uso desnecessrio, inadequado ou prolongado de antibiticos o fator major no desenvolvimento de resistncias. d) A prescrio de antibiticos nas infees orais emprica e baseia-se na presuno do(s) microrganismo(s) causais. As infees odontognicas so sempre polimicrobianas incluindo agentes aerbios, anaerbios facultativos e anaerbios. Deve privilegiar-se o espetro de ao mais estreito e a menor durao teraputica possvel. e) O exame bacteriolgico, incluindo hemocultura(s), relevante nas infees de maior g ravidade, na ausncia de resposta antibioterapia e no conhecimento do perfil microbiolgico da comunidade. f) Na rea dentria os antibiticos esto indicados na teraputica de infees odontognicas agudas, na profilaxia de infees distncia (ex: endocardite bacteriana) ou na profila xia cirrgica. g) A abordagem cirrgica do foco infecioso mandatria e pode anular, ou diminuir, a necessidade de antibitico. V APOIO CIENTFICO

a) A presente Norma foi elaborada pelo Departamento da Qualidade na Sade da Direo-G eral da Sade, pelo Conselho para Auditoria e Qualidade da Ordem dos Mdicos, atravs dos s eus Colgios de Especialidade, ao abrigo do protocolo entre a Direo-Geral da Sade e a Ord em dos Mdicos, no mbito da melhoria da Qualidade no Sistema de Sade e, ainda, pela Ord em dos Mdicos Dentistas. b) Pedro Ferreira Trancoso e Ana Maldonado Fernandes (coordenao cientfica), Carlos Silva Vaz (coordenao executiva), Paulo Melo, Tiago Pires Frazo. c) A presente Norma foi visada pela Comisso Cientfica para as Boas Prticas Clnicas. d) A verso de teste da presente Norma vai ser submetida audio das sociedades cientfi cas. e) Foram subscritas declaraes de interesse de todos os peritos envolvidos na elabo rao da presente Norma. f) Durante o perodo de audio s sero aceites comentrios inscritos em formulrio prprio disponvel no site desta Direo-Geral, acompanhados das respetivas declaraes de interes se.

SIGLAS/ACRNIMOS MD Medicina Dentria

TC Tomografia Computorizada

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Utilizao de Ampicilina, Amoxicilina e Amoxicilina/cido Clavulnico. Orientao n. 25/2011 de 28/6/2011, atualizao 24/8/2011, da Direo-Geral da Sade. Vallano A, Izarra A. Principios de teraputica antimicrobiana. Medicine 2006;9:319 6-203.

Francisco George Diretor-Geral da Sade

ANEXOS Anexo I: Algoritmo clnico/rvore de deciso

* Frmacos de primeira linha (ver texto da Norma). INFEES ODONTOGNICAS odontognicas

Pulpite * Metronidazol

ou

associao metronidazol com amoxicilina * Amoxicilina

No est indicada a prescrio de antibiticos

Abcesso periapical / dentoalveolar

Pericoronarite

Periodontite do adulto

Gengivite / periodontite ulcerativa necrosante

Infeces graves

Gengivite, abcesso periodontal e alveolite fibrinoltica * Amoxicilina * Metronidazol

ou

associao metronidazol com amoxicilina * Associao

amoxicilina com cido clavulnico

No est indicada a prescrio de antibiticos

Anexo II: Quadros, tabelas e grficos Tabela 1: Antimicrobianos mais comuns no tratamento das infees odontognicas (adaptado de Pove da-Roda et al, 2007) Frmaco Via de administrao Posologia mdia (adulto)

Amoxicilina

po*

500mg/8h 1000mg/12h

Amoxilina-cido clavulnico

po ou ev**

500-875mg/8h* 2000mg/12h* 1000-2000mg/8h**

Associao Amoxicilina Metronidazol

po

500mg 8/8h+500mg 8/8h

Azitromicina

po

500mg/24h 3 dias consecutivos

Ciprofloxacina

po

500mg/12h

Claritromicina

po

250mg/12h 500mg/12h

Clindamicina

po ou ev

300mg/8h* 600mg/8h**

Eritromicina

po

250 a 500 mg/6 horas 500 mg a 1 g/12 horas

Gentamicina

im*** ou ev

240mg/24h Metronidazol

po 500-750mg/8h Minociclina po 100mg/24h

Penicilina G

im ou ev

1.2-2.4 milhes U/24h*** At 24 milhes U/24h**

*po: via oral; **ev: endovenosa; ***im: intramuscular

DesignaoDimensoEntidade gestoraACESNormaPerodo aplicvelAnoObjectivoDescrio do indicado Frequncia de monitorizaoUnidade de medidaPercentagem FrmulaA / B x 100OutputPercentagem de inscritosPrazo entrega reportingValor de re fernciaA definir ao fim de um ano de aplicao da normargo fiscalizadorMetaA definir ao fim de um ano de aplicao da normaCritrios de inclusoObservaesFactor crticoVariveis Fonte informao/ S e de medidaA - NumeradorSI USF/UCSPN. de inscritosB - DenominadorSI USF/UCSPN. de inscritosDefinioN. de inscritos com diagnstico de doena dos dentes/gengivas com pelo menos uma prescrio de amoxicilinaN. de inscritos com diagnstico de doena dos dentes/gengivasResponsvel pela monitorizaoACES / ARSDia 25 do ms n+1ARSNumerador: - Denominador; - Ter pelo menos uma prescrio de amoxicilina (GFT 1.1.1.2). Denominador: - Ter inscrio no ACES, no perodo em anlise; - Ter diagnstico de doena dos dentes/gengivas (D82) sinalizado com activo na sua l ista de problemas. Percentagem de inscritos com patologia dentria com prescrio de amoxicilinaEfectivid adeMedicina DentriaAplicar a Norma da DGSIndicador que exprime a capacidade de di agnstico e teraputicaTrimestral Anexo III: Bilhete de identidade dos indicadores

DesignaoDimensoEntidade gestoraACESNormaPerodo aplicvelAnoObjectivoDescrio do indicado Frequncia de monitorizaoUnidade de medidaPercentagem FrmulaA / B x 100OutputPercentagem de inscritosPrazo entrega reportingValor de re fernciaA definir ao fim de um ano de aplicao da normargo fiscalizadorMetaA definir ao fim de um ano de aplicao da normaCritrios de inclusoObservaesFactor crticoVariveis Fonte informao/ S e de medidaA - NumeradorSI USF/UCSPN. de inscritosB - DenominadorSI USF/UCSPN. de inscritosDefinioN. de inscritos com diagnstico de doena dos dentes/gengivas com pelo menos uma prescrio de amoxicilina e cido clavulnicoN. de inscritos com diagnstico de doena dos dentes/gengivasResponsvel pela monitorizaoACES / ARSDia 25 do ms n+1ARSNumerador: - Denominador; - Ter pelo menos uma prescrio de amoxicilina e cido clavulnico (GFT 1.1.5). Denominador: - Ter inscrio no ACES, no perodo em anlise; - Ter diagnstico de doena dos dentes/gengivas (D82) sinalizado com activo na sua l ista de problemas. Percentagem de inscritos com patologia dentria com prescrio de amoxicilina e cido cl avulnicoEfectividadeMedicina DentriaAplicar a Norma da DGSIndicador que exprime a capacidade de diagnstico e teraputicaTrimestral

DesignaoDimensoEntidade gestoraACESNormaPerodo aplicvelAnoObjectivoDescrio do indicado Frequncia de monitorizaoUnidade de medidaPercentagem FrmulaA / B x 100OutputPercentagemPrazo entrega reportingValor de refernciaA defin ir ao fim de um ano de aplicao da normargo fiscalizadorMetaA definir ao fim de um ano de aplicao da normaCritrios de inclusoObservaesFactor crticoVariveis Fonte informao/ S e de medidaA - NumeradorSI USF/UCSP B - DenominadorSI USF/UCSP DefinioValor total da prescrio de amoxicilina a inscritos com diagnstico de doena dos dentes/gengivasValor total da prescrio de antibiticos a inscr itos com diagnstico de doena dos dentes/gengivasResponsvel pela monitorizaoACES / ARSDia 25 do ms n+1ARSNumerador: - Ter inscrio no ACES, no perodo em anlise; - Ter diagnstico de doena dos dentes/gengivas (D82) sinalizado com activo na sua l ista de problemas; - Valor total da prescrio de amoxicilina (GFT 1.1.1.2). Denominador: - Ter inscrio no ACES, no perodo em anlise; - Ter diagnstico de doena dos dentes/gengivas (D82) sinalizado com activo na sua l ista de problemas; - Valor total da prescrio de antibiticos (GFT 1.1). Percentagem do valor da prescrio de amoxicilina no total das prescries de antibioter apia em inscritos com patologia dentriaEficinciaMedicina DentriaAplicar a Norma da DGSIndicador que e xprime a capacidade de diagnstico e teraputicaTrimestral

DesignaoDimensoEntidade gestoraACESNormaPerodo aplicvelAnoObjectivoDescrio do indicado Frequncia de monitorizaoUnidade de medidaPercentagem FrmulaA / B x 100OutputPercentagemPrazo entrega reportingValor de refernciaA defin ir ao fim de um ano de aplicao da normargo fiscalizadorMetaA definir ao fim de um ano de aplicao da normaCritrios de inclusoObservaesFactor crticoVariveis Fonte informao/ S e de medidaA - NumeradorSI USF/UCSP B - DenominadorSI USF/UCSP DefinioValor total da prescrio de amoxicilina e cido clavulnico a inscritos com diagnstico de doena dos dentes/gengivasValor total da prescrio de anti biticos a inscritos com diagnstico de doena dos dentes/gengivasResponsvel pela monitorizaoACES / ARSDia 25 do ms n+1ARSNumerador: - Ter inscrio no ACES, no perodo em anlise; - Ter diagnstico de doena dos dentes/gengivas (D82) sinalizado com activo na sua l ista de problemas; - Valor total da prescrio de amoxicilina e cido clavulnico (GFT 1.1.5). Denominador: - Ter inscrio no ACES, no perodo em anlise; - Ter diagnstico de doena dos dentes/gengivas (D82) sinalizado com activo na sua l ista de problemas; - Valor total da prescrio de antibiticos (GFT 1.1). Percentagem do valor da prescrio de amoxicilina e cido clavulnico no total das presc ries de antibioterapia em inscritos com patologia dentriaEficinciaMedicina DentriaAplicar a Norma da DGSIndicador que exprime a capacidade de diagnstico e teraputicaTrimestr al