8 criterios de seleleccao de antibioticos 2014.ppt

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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE FACULDADE DE MEDICINA FACULDADE DE MEDICINA Alda Mariano Alda Mariano Maputo, Março 2014 CRITÉRIOS DE SELECÇÃO CRITÉRIOS DE SELECÇÃO ANTIBIÓTICA ANTIBIÓTICA

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  • UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANEFACULDADE DE MEDICINAAlda Mariano

    Maputo, Maro 2014

    CRITRIOS DE SELECO ANTIBITICA

  • Correlao entre os dados clnicos e o espectro de aco do antibitico

    Implica o conhecimento do agente infeccioso e da sua sensibilidade aos antibiticos

  • Quadro infeccioso

    A escolha do antibitico imediata ao diagnstico

    Agente infeccioso tem correlao uniforme com o quadro e no h conhecimento de estirpes resistentes

    Escolha simples desde que se conhea o espectro dos antibiticos disponveis

    Ex: amigdalite, erisipela, sfilis

  • A escolha do antibitico baseada, sempre que possvel em estudos bacteriolgicos:

    impossvel identificar o agente infeccioso a partir do diagnstico clnico

    Ex. endocardite, septicemia, empiema, meningite

    possvel determinar o agente infeccioso mas sensibilidade varivel

  • Agente infeccioso ou sensibilidade desconhecida

    impossvel recorrermos aos dados laboratoriais

    Usar critrios probabilsticos

    Queimaduras: Estafilococos ou Pseudomonas

    Bronquite crnica: Pneumococos e H.Influenzae

    Bacterimia ou septicmia anaerbia:B. fragilis

    Osteomielite: Estafilococos aureus

  • A clnica no permite estabelecer um diagnstico etiolgico provvel

    Evacuar o doente para um centro melhor apetrechado

  • Gravidade do quadro desaconselha protelar o Tto (suspeita de meningite, septicemia)

    Iniciar Tto com antibitico de amplo espectro (aminopenicilina, cefalosporina)

    ou

    Associao cobrindo vrias possibilidades (aminoglicsido penicilina ou cefalosporina de 3 gerao)

  • O apoio laboratorial possvel mas a gravidade do caso exige a instituio do Tto

    Fazer a colheita de produtos para anlise laboratorial (sangue, pus, liquor, urina)

    Iniciar antibioterapia de acordo com critrios probabilsticos e a situao clnica

    Reavaliar o Tto inicial ao obter resultados de laboratrio, modificar se necessrio

  • O Tto pode ser retardado para se fazer exames simples de modo que a escolha se faa de acordo com o microrganismo e o espectro do antibitico

    Testes de sensibilidade so indispensveis com microrganismos de sensibilidade imprevisvel ou varivel (estafilococos, klebsiella, enterobacter, proteus,shigella e outros Gram )

    No esquecer que h erros no processo de diagnstico

  • Erros no processo de diagnstico:

    Tcnica incorrecta de colheita do material infectado

    Condies em que se realiza a cultura e o antibiograma

    Ter presente as limitaes do antibiograma

    Resultados falsos positivos ou falsos negativos

    Interpretar os resultados com ponderao

  • Toxicidade e efeitos adversos

    Avaliao do risco teraputico

    Ter em conta a toxicidade dos antibiticos que so activos em relao ao agente infeccioso em causa.

    Ex. Benzilpenicilina e Kanamicina

    Caractersticas do doente

    Ex. idade, gravidez, insf. renal e heptica

  • Toxicidade e efeitos adversos

    Orgos alvo preferencial de efeitos txicos

    rim, ouvido, medula ssea.

    Aminoglicsidos (ototxicos, nefrotxicos)Tetraciclinas (insuf., grvidas e menores de 12 anos)Rifampicina (teratogenicidade)Cloranfenicol (sndrome do bb cinzento)

  • Tipo de aco (bactericida ou bacteriosttica)

    Preferir um bactericida sempre que se pretenda um efeito rpido ou quando as defesas do organismo so deficientes

    Doentes idosos, malnutridosTeraputica com imunossupressores, citostticos ou radiaesDoentes com leucoses, anemia grave, agranulocitoseErradicao da doena (endocardite, osteomielite)

  • Tipo de aco (bactericida ou bacteriosttica)

    Penicilinas, cefalosporinas, aminoglicsidos so bactericidas

    Tetraciclinas, cloranfenicol e macrlidos so bacteristticos

  • Caracteristicas Farmacocinticas

    Via de administrao, intervalo entre as doses, relao com as refeies

    Preo

    No ignorar quando se faz a escolha entre dois antibiticos equiactivos (Penicilina G e Cefoxitina)

    Preferir o mais caro s quando h razes que definam a sua superioridade teraputica

  • Riscos resultantes do uso de antibiticos

    Superinfeces

    Sensibilizao alrgica

    Infeco Hospitalar

    Desprezo pelo diagnstico clnico e/ou bacteriolgico

    Menor importncia dada ao estudo dos mecanismos de defesa

    Relaxamento na adopo de medidas de asspsia e anti-spsia

  • Causas de falncia teraputica

    Escolha errada do antibitico

    Uso de dose ou via de administrao inapropriada

    Intervalo demasiado longo entre as administraes

    Tratamento demasiado longo

    superinfeces, resistncias

  • Causas de falncia teraputica

    Tratamento demasiado curto

    recidivas

    No adopo de medidas complementares

    drenar abcesso, retirar corpos estranhos

    No deteco de uma mudana no quadro clnico

    complicao bacteriana de uma infeco viral

  • Causas de falncia teraputica

    Uso em situaes em que no se definiu a sua utilidade

    febre de origem desconhecida

    No penetrao do antibitico atravs de determinadas barreiras

    barreira hematoenceflica

  • Causas de falncia teraputica

    Defesas reduzidas por doena

    aglobulinemia, reticulocitose, leucemias, diabetes Defesas reduzidas por imunossupresso

    frmacos anticancerosos, corticoesteroides

    Automedicao

  • Critrios de associao antibitica

    Tambm se associam os efeitos adversos, o que aumenta o seu risco

    Reforo do efeito teraputico

    adio ou potenciao

    Prevenir ou retardar o aparecimento de resistncia bacteriana

  • Critrios de associao antibitica

    Obteno de xito teraputico em infeces mistas

    bronquiectasias, abcessos pulmonares,peritonites Tratamento de infeces graves

    endocardite, pneumonia, brucelose, septicemia

  • Durao do tratamento

    impossvel estabelecer regras fixas para a durao do Tto pois este depende da natureza e gravidade da doena

    No ser inferior a 5 dias na amigdalite

    Pode atingir os 15 dias na Pneumonia ou meningite

    Um ms para a septicemia

    Seis semanas para a endocardite

    Seis ou mais meses na tuberculose

  • Durao do tratamento

    A interrupo do Tto faz-se quando o doente est curado

    Critrios de cura clnicos

    ausncia de febre e outros sintomas

    Critrios de cura bacteriolgicos

    negatividade dos exames

  • Durao do tratamento

    Aos critrios anteriores junta-se o tempo

    a interrupo do Tto deve sempre ser seguida de um perodo de observao

  • PRINCPIOS BSICOS

    Alm de seleccionar antibiticos ter em conta:

    O Tto de zonas protegidas da infeco: retirar corpos estranhos, drenar material purulento e aliviar a obstruo

    Os transtornos predisponentes: diabetes, insuf. renal, cardaca e heptica, DPOC e doenas malignas que guiam a eleio do antibitico

  • A funo renal e heptica deve ser avaliada antes do Tto pois as vezes necessrio ajustar a posologia (dose e horrio de administrao).

    O Tto de suporte: manuteno da estabilidade hemodinmica, a oxigenao, o equlbrio hidroelectroltico e nutrio adequada

    A imunizao passiva: recomendada na hepatite A e B, raiva, ttano e difteria e reduz o risco de infeco em doentes com dfice de imunoglobulinas e leucemia linfoctica crnica.

  • Tto da febre: complicaes febris, possibilidade de insuficincia respiratria, risco de leso do SNC

    No usar anti-pirticos de forma indiscriminada

    Tcnicas de isolamento: as doenas contagiosas assintomticas ou no so diagnosticadas

  • Considerar os lquidos corporais contagiosos usar luvas e mscaras protectoras

    Os doentes com infeces que se transmitem pelo do ar (TB, sarampo, meningite meningocciaca) requerem precaues especiais (sala com ventilao e uso de mscaras protectoras).

    O Tto emprico deve considerar a prevalncia de determinados patgenos numa regio especfica e os padres de sensibilidade.

  • Avaliao do tratamento Algumas infeces respondem lentamente ao Tto

    A alterao prematura do Tto pode causar confuso

    Quando no se observa a mudana no Tto, verificar:

    O germen isolado realmente o causador da infeco?

  • Quando no se observa a mudana esperada ao Tto, verificar:

    Est sendo administrado o tto antibitico adequado (antibitico apropriado nas doses e vias de administrao recomendada)?

    O antibitico penetra no local de infeco ( necessria a drenagem)?

  • Quando no se observa a mudana esperada ao Tto, verificar:

    Surgiram microorganismos resistentes ou existesobreinfeco?

    Observa-se febre persistente como resultado de outro processo, uma complicao iatrognica (flebite) ou uma reaco adversa ?

  • OBRIGADA