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Publicação do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças – Campinas Nº 143 – julho de 2016 1º Forum Ibef Campinas Em busca por mais qualidade, eficiência e produtividade, o IBEF Campinas propôs o debate dos cenários econômico e político. Páginas 6, 7 e 8. Sucesso - A mulher e a busca pelo êxito no mercado de trabalho. Páginas 4 e 5. Atacama - Uma viagem inesquecível para a região mais árida do planeta. Página 12. A linda Poços de Caldas será o palco da 18º edição do Socioesportivo. Página 8.

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Publicação do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças – Campinas

Nº 143 – julho de 2016

1º Forum Ibef CampinasEm busca por mais qualidade, eficiência e produtividade, o IBEF Campinas propôs o debate dos cenários econômico e político. Páginas 6, 7 e 8.

Sucesso - A mulher e a busca pelo êxito no mercado de trabalho. Páginas 4 e 5.

Atacama - Uma viagem inesquecível para a região mais árida do planeta. Página 12.

A linda Poços de Caldas será o palco da 18º edição do Socioesportivo. Página 8.

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OBrasil foi responsável por apenas 1,3% de contribuição no fluxo global de comércio em 2014, de

acordo com a mais recente publicação da Organização Mundial de Comércio (OMC). Essa inexpressiva participação é resultante, dentre outros entraves, do alto custo logístico e da nítida burocra-cia em processos de desembaraço adu-aneiro, quando comparados com outros players como China, Singapura e Estados Unidos. Com o objetivo de estimular a prática de comércio exterior e aumentar a contribuição do País no fluxo de comér-cio internacional, em meados de 2015 o governo brasileiro anunciou um pacote de medidas, intitulado “Plano Nacional de Exportações”, com destaque ao pilar “Facilitação do comércio: desburocrati-zação e simplificação dos processos adu-aneiros com o objetivo de reduzir prazos e custos”. Esse pilar vai de encontro ao conceito criado pela Organização Mun-dial de Aduanas (OMA), que direciona o foco da fiscalização aduaneira às empre-sas que não apresentam adequada gover-nança da prática de comércio exterior. A primeira tentativa do governo brasileiro

em abstrair as empresas que apresentam conformidade da legislação aduaneira e segurança da cadeira logística do grupo alvo de fiscalizações aduaneiras ocor-reu na década de 90, com a instituição do regime de despacho aduaneiro ex-presso – Linha Azul. No entanto, o alto custo para certificação, a elegibilidade exclusiva para grandes empresas in-dustriais, bem como a não extensão do tratamento prioritário a todos os órgãos anuentes do comércio exterior, tornaram o regime Linha Azul pouco atrativo aos importadores e exportadores brasileiros.

No entanto, em dezembro de 2014, foi instituído no País, um conceito interna-cional, já implementado em quase 80 países, que permite a qualquer interve-niente de comércio exterior (fabricantes, importadores, exportadores, despachan-tes aduaneiros, transportadores, agentes de carga, intermediários, administradores de portos e aeroportos, operadores de terminais, operadores de transporte multi-modal, permissionários e concessionários de recintos alfandegados e distribuidores) solicitar certificação à Receita Federal do Brasil como Operador Econômico Auto-rizado (OEA), desde que demonstre con-formidade das operações aduaneiras e segurança da cadeia logística, de acordo com as normas estabelecidas pela OMA.

As trading companies e empresas comer-ciais importadoras e exportadoras ainda não são elegíveis a esse programa. Porém, alguns desses intervenientes serão convidados para o projeto--piloto a ser lançado pela Receita Federal no segun-do semestre de 2016. De forma geral, o programa brasileiro de OEA, que substituiu o regime Linha Azul no início de março deste ano, possui uma sé-rie de particularidades que o diferencia do programa precursor, dentre os quais o tratamento prioritário concedido pela Receita Federal e pelos demais ór-gãos anuentes no comércio exterior (a partir de 2017) no despacho aduaneiro de exportação e importação.

Com a instituição do programa OEA no País, os importadores e exportadores brasileiros têm apenas duas opções: re alizar um upgrade para a primeira clas-se do comércio exterior, demonstran-do conformidade das práticas aduanei ras por meio da certificação como OEA, ou ignorar o conceito do programa e continuar no time considerado como alvo de fiscalizações na área aduaneira. Tendo em vista ser imperioso para qual-quer companhia brasileira dotar suas es-truturas de mecanismos que aumentam sua competitividade, queremos crer que optarão pela primeira classe, já que, nos dias atuais, participar do comércio inter-nacional é fundamental para se manter no mercado. Acreditamos que o novo regime servirá de alento para as empre-sas da Região Metropolitana de Campi-nas (RMC) que viram as operações de importação e de exportação cair signifi-cativamente no ano de 2015 (18,95% e 22,23%, respectivamente), gerando défi-cit da ordem de US$ 2 bilhões.

EXPEDIENTE

O Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF) é uma entidade sem fins lucrativos, formada por profissionais de finanças que tem como objetivo o desenvolvimento profissional e social, através do intercâmbio de informações.A entidade foi fundada no Rio de Janeiro em 1971. Em Campinas, o IBEF foi constituído em 1985. É uma entidade pública municipal (Lei nº 12.070 de 10/09/2004). No Brasil, o IBEF tem também entidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

CONSELHO DIRETOR – 2015/2017Presidente: Gislaine Heitmann; Primeiro Vice Presidente: Valdir Augusto de Assunção; V.P. de Administração e Planejamento: Flávia Crosara Gomes de Andrade; V.P. de Finanças: Ana Maria Cajueiro Toffolo; V.P. Jurídico: Arthur Pinto de Lemos Netto; V.P. Técnico: Jean Paraskevopoulos Neto; V.P. de Gestão de Expansão: Carina Budin Amaro; V.P. Gestão do Conhecimento: Octávio Teixeira Brilhante Ustra; V.P. de Integração: Marcos de Figueiredo Ebert

CONSELHO FISCAL EFETIVOMembros: João Batista Castelnovo (Presidente), Miguel Arcângelo Ruzene, Adriana Sanfelice Suplentes: Jesus Aparecido Ferreira Pessoa, Roberto Carlos Guize

CONSELHO CONSULTIVOSaulo Duarte Pinto Jr. (Presidente), Amilcar Amarelo, José Roberto Morato, Marcos de Mello Mattos Haalan, Antonio Horácio Klein

DIRETORES VOGAISAdmissão e Frequência: Dines Schaffer; Mídia Televisiva: Antonio Wellington da Costa Lopes; Mídia Impressa: Moacir Teixeira Dias; Comunicação e Mídias: Viviane Sartorato; Indústria: Caio Gonçalves de Moraes; Relacionamento: Renê Augusto Marzagão; Cidadania e Meio Ambiente: F. Edmir Bertolaccini; Produtos e Serviços: Luiz Antonio Furlan; Jurídico: Edimara Iansen Wieczorek; Agronegócio: Rodrigo Bortolini Rezende; Transparência Contábil: José Carlos P. Coimbra; Health Care: Elem Regina Serafim Martins; Governança Corporativa: Marco Antonio Ruzene

GRUPOS E COMITÊSTributário: Ramon Molez Neto, Andrea de Toledo Pierri; Controladoria: Marcelo José Baldove, Tiago Donatti Furigo; Gestão Financeira: Rafael Marques Santos, Luciana J. Cecconello, Rogério Bortoletto; E-Business: Bruno Cajueiro Toffolo, Eduardo Moreira; Empresas Familiares: José Luis Finocchio Jr., Marcos Sponchiado; IBEF Jovem: Alan Santinello, Guilherme Barnabé Mendes Oliveira e Marcelo Landucci; IBEF Mulher: Renata Moyses

IBEF EM REVISTA – www.ibefcampinas.com.brTiragem: 1.200 exemplaresPublicação Bimestral do IBEF CAMPINASRua Barão de Jaguara, 1.481 – 11º andar – conj. 113Campinas/SP – CEP 13015-910Fone (19) 3233.1851Contato: [email protected]

Jornalista Responsável: Mônica Maria Guimarães Pinto

Projeto Gráfico: Caractere – Fone: (19) 99796.5056 / 97405.2734

Caracterefotografia, conteúdo e design

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Voltamos a ser donos do nosso destino

Foi um grande Forum que superou todas as expectativas. Tudo foi ex-celente e feito com muito cuidado

e planejamento. Buscamos selecionar in-formações estratégicas para oferecer aos participantes e o formato bem delineado, com mediador e aberto a participação dos convidados, agregou valor ao debate. Conversamos sobre os desafios criados a partir de momentos incertos na econo-mia – e de como poderíamos aproveitá--los. Fizemos reflexões sobre como aju-dar as empresas serem mais eficientes e práticas. Aprendemos que é preciso sem-pre estar olhando para o futuro, e lutar contra a corrupção. Agradeço os nossos patrocinadores: PwC, Deloitte, Unimed Campinas, Lemos e Associados Advo-cacia, Demarest Advogados e Finoc-chio e Ustra Sociedade de Advogados. Agradeço à imprensa pela seriedade e res-peito. Obrigada especialmente Antonio Wellington da Costa Lopes, da EPTV, Mo-acir Teixeira Dias, do grupo RAC, e Rodri-go Neves, da Band Campinas, associados do IBEF Campinas e apoiadores do Forum. Eu só quero agradecer a oportunidade de aprender, com companhias tão

ilustres. Aprendi muito ouvindo meu co-lega Augusto Assunção, vice-presidente do IBEF Campinas, Alessandro Ribeiro, sócio da PwC Brasil, Murillo de Ara-gão, mestre em Ciência Política e dou-tor em Sociologia, e o cientista político e econômico Marcos Troyjo, doutor em Sociologia das Relações Internacionais, diplomata e integrante do Conselho Con-sultivo do Fórum Econômico Mundial. São de Marcos, aliás, as palavras que escolhi para encerrar esse editorial. “A diferença entre nós sairmos dessa situ-ação, que é indesejável, para onde o Brasil merece, com uma taxa de cresci-mento sustentada superior a 3,5% a 4% durante uma década, o que permitiria ao Brasil chegar daqui a dez anos com uma renda mais parecida com a dos países do Sul da Europa, está nas mãos dos brasileiros agora. Voltamos a ser donos do nosso destino. Tomara que a gente tenha aprendido essas lições para construir o país que a gente quer”. Eu queria agradecer a todos que colabo-raram com o Forum. É um orgulho ser presidente do IBEF Campinas, aqui no interior de São Paulo.

1º Fórum IBEF Campinas Um upgrade para a primeira classe no comércio exterior

Adriana Martins de Souza Barbosa Johnn Deere Brasil LtdaAndre Luiz Martins Kraton Polymers do Brasil Ind. E Com. De Prod. PetroquimicosSergio Costa Pereira Mafra Assessoria ContábilTobias Tele da Silva Gallo Broto Legal Alimentos S/AFabiano Castello de Campos Pereira DeloitteRenata Dias Moysés Marsal PWC Claudio Candido Lima Bongoo Tecnologia da InformaçãoAnderson Moraes Fagundes Rio Verde EngenhariaJosé Augusto Lanzoni Lesaffre do BrasilMeire Angélica Ferreira Mundo do SaberLuis Fernando Gomes de Albuquerque Setpoint AutomaçãoHermes Almeida HMA Consultoria Controladoria e FinançasEduardo Vinicius Fernandes Moreira KPMG

NOVOS ASSOCIADOS

Daniel Maia, Diretor da PwC Brasil

Nelson Alves, Sócio da PwC Brasil

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“A meta do governo é que pelo menos 50% dos players de comércio exterior esteja

habilitado no programa nos próximos anos, o que

resultará em um significativo aumento de análise física

e/ou documental para empresas não certificadas

como OEA.”

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TAconhecimentos. Em 1981, voltei e na Unicamp pude realizar muita coisa.” “Camarão que dorme, a água leva.” Com essa máxima na cabeça, a médi-ca galgou novos caminhos e conseguiu abrir seu laboratório, em Campinas. Pa-ralelamente, continua a estudar e alcan-çou novos espaços em hospitais de São Paulo. “Eu sou admiradora das mulheres. Tive uma mãe sensacional. Me sinto re-alizada em ter ajudado tantas famílias.” Durante sua palestra, a médica rela-tou que muitas mulheres, desde cedo, têm o sonho de ser mãe. “Esse desejo é cada vez mais contido, seja por uma questão cultural, priorizar a carreira e até mesmo por motivos de saúde. E, as-sim, vai ficando cada vez mais comum a gravidez com mais de 30 anos. Ape-sar desta realidade, a partir dos 35 anos, um número considerável de mulheres tem mais de 50% dos seus óvulos alte-rados, o que dificulta e acarreta riscos para uma futura gravidez”, explica. “É muito importante que a mulher tenha consciência do seu próprio corpo e das limitações que surgem com o decorrer dos anos”, alerta.

Mulheres e o sucesso profissional

O Comitê IBEF Mulher vai à luta e mais uma vez coloca em debate uma questão que afeta diretamente o público feminino: mulheres e o sucesso profissional – reflexões polêmicas sobre a mulher no mundo ocidental atual. O tema foi tratado por Edimara Iansen Wieczorek, advogada e sócia sênior responsável pela unidade da Demarest Advogados, em Campinas, e pela ginecologista e PhD em medicina reprodutiva Maria Cristina Santoro Biazotti, proprietária da Clínica Biazotti – uma das mais conceituadas na cidade campineira. O evento aconteceu no dia 16 de maio no New Port Hotel.

Renata

“Eu acho que é importante a mulher se colocar no mercado como mulher, sem um esteriótipo para agregar valor, com diversidade, podendo melhorar o ambiente profissional. As palestrantes fizeram comentários bastante pertinentes, bem próximos à nossa realidade em geral. Foi muito bom.”

“Gostei muito. Foi bom para as mulheres saberem que existem obstáculos para elas mas eles podem ser superados, com muita vontade e disposição. A Edimara nos inspira muito.”

“Achei a palestra fantástica. Foi bárbaro. O debate é super positivo. Elas compartilharam seus conhecimentos e nós aprendemos, crescemos e prosperamos.”

“O evento foi espetacular, porque reuniu uma grande quantidade de mulheres de várias idades. As profissionais se expuseram e mostraram a realidade de uma vida de sucesso que não é fácil de ser alcançada. O sucesso dependa da cabeça das pessoas. São várias receitas para o sucesso e os ingredientes dependem de cada uma.”

C om bom humor, Edimara contou que seu sonho era ser médica, mas que o desejo foi demovido

pelo pai. “Ele disse que, como eu gos-tava muito de falar e de negociar, eu deveria fazer Direito. Com 15 anos, eu negociei com a minha mãe uma me-sada em troca de lavar a louça. Para o meu pai, aquele acordo era prova de minha vocação para a advocacia.” A hoje bem sucedida advogada Edi-mara não tem dúvida de que seu pai estava certo. “Eu adoro a minha carreira. Adoro ser advogada. Acho que há uma realização não só pro-fissional mas também pessoal, por-que você não está advogada, você é advogada o tempo inteiro”, afirmou. Ela comentou que mesmo não tendo elegido a princípio a advocacia como a profissão dos sonhos e ter se apai-xonado por ela depois carreira, nunca o sucesso foi seu objetivo maior. “Eu queria trabalhar e fazer as coisas da maneira mais correta. Eu acreditava e acredito que se você trabalhar com ética, as coisas boas acontecem. Hoje, me considero realizada, porque che-guei muito além do que imaginava.” A profissional afirmou ainda que o jo-vem para conseguir alcançar o sucesso precisa saber o que quer. “Se você quer ter uma vida profissional e familiar jun-tos, você precisa ter consciência de que não vai ser 100% nas duas. Não pode

também se sentir culpada por não con-seguir se realizar plenamente em am-bas. Você precisa saber escolher e ter consciência disso. Não pode também se manter desatualizada, tem sempre que buscar novos conhecimentos.” Em-bora trabalhe em um ambiente predo-minantemente masculino (escritório de advocacia), Edimara garantiu que nun-ca se sentiu deslocada por isso. “Traba-lhando e mantendo a minha integrida-de como pessoa, nunca me senti como sendo uma mulher em um ambiente masculino. Aconselho as mais jovens, entretanto, a nunca abusar de sua sexu-alidade. Se isso acontecer, com certeza ela será desvalorizada como profissio-nal pelos companheiros de trabalho.” Durante sua palestra, Edi-mara citou o pensador Dale Carnegie para quem “Suces-so é conseguir o que você quer, e felici-dade é gostar do que você conseguiu.” Já a médica Maria Cristi-na disse que a sua realização p ro f i s s ional

em nada foi prejudicada pelo fato de ser mulher. Ela contou que a Medici-na sempre foi a profissão que ela quis “abraçar. “Desde pequena tinha na ca-beça que queria curar as pessoas. Nun-ca tive dúvidas do que eu queria ser.” Nascida em Itápolis, a médica disse que saiu cedo da cidade, com 16 anos, para estudar em Ribeirão Preto. Passou por Catanduva, São Paulo e Campinas, em todas fez vários cursos da área médica. Em seu currículo, consta formação em pediatria, ginecologia e obstetrícia. Os estudos também a levaram para França, onde mesmo sendo médica trabalhou como enfermeira. “Como eu sempre fui muito esforçada e me adaptei a di-ferentes realidades para adquirir novos

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TA“O debate foi bastante salutar por-que a conjuntura momentânea traz a oportunidade para a realização de discussões como a que tivemos aqui.

Trouxe ideias que podem se enquadrar na situação que estamos vivendo que é de mudança de governo”, avaliou o economista da ACIC Laerte Martins. Ele também ressaltou o valor das pes-soas convidadas para o fórum por serem reconhecidamente conhece-

doras dos assuntos abordados tanto para o âmbito nacional como para o internacional. “Foram apresenta-das várias soluções salutares para o novo governo”, comentou também. A despeito de todos os problemas vi-vidos pelo Brasil, Laerte reiterou a sua convicção de que o País é uma reali-dade. Com grande capacidade de de-senvolvimento e crescimento. “Somos, inegavelmente, uma potência. Somos o sétimo PIB, a sétima economia do mundo... Apesar da crise que vivemos são trazidas ideias que podem nos ajudar a recuperar o que foi perdido. Agora, é preciso um grande es-forço para recuperarmos o de-senvolvimento industrial, já que a nossa economia ficou obsoleta. ”A maioria dos participantes se mostrou otimista. “Para a gente foi muito bom principalmente com a vi-são econômica que o Marcos Troyjo

trouxe”, avaliou Airton Luiz Rohde, Diretor de Finanças América do Sul da John Deere. Para ele, a orienta-ção sobre os caminhos a seguir tam-bém realçara a importância do fórum. “Temos um momento de dificuldades, mas se tomarmos as medidas certas tenho certeza de que o Brasil volta a crescer. É uma oportunidade para avan-çarmos, se tomarmos as atitudes certas.”

N a ocasião a presidente do IBEF Campinas, Gislaine Heitmann, aproveitou para destacar que

o momento atual sugere debates como o que foi promovido pelo ins-tituto. Segundo ela, hoje, apesar da cautela, há movimentação para in-vestimentos. O amplo debate, deno-minado “Perspectivas dos cenários econômico e político brasileiro” com-posto de três palestras e um painel de debates teve como mediador Augus-to Assunção, vice-presidente do IBEF Campinas, também sócio da PwC. Coube a Alessandro Ribeiro, sócio da PwC Brasil, abordar o cenário de fu-sões e aquisições nacional. Para falar do ambiente político do País foi con-vidado o advogado Murillo de Aragão, mestre em Ciência Política e doutor em Sociologia, autor de livros e cola-borador de alguns jornais brasileiros. O cenário econômico foi destacado

pelo cientista político e econômico Marcos Troyjo, doutor em Sociologia das Relações Internacionais, diploma-ta e integrante do Conselho Consul-tivo do Fórum Econômico Mundial. Aragão afirmou que o cenário políti-co atual é melhor do que o anterior, pelo menos em tese. “Porque o go-verno tem um a base parlamentar me-lhor, mais disposta e consciente das dificuldades fiscais que o País atra-vessa. Então caberá ao Michel Temer explicar à sua base política a gravi-dade do momento e a gravidade das decisões que precisam ser tomadas. Acredito que a resposta será positiva”. Segundo ele, os 180 dias são o perí-odo de consolidação que o governo tem e esse tempo implica que o pre-sidente em exercício tome medidas que aumentem sua credibilidade ins-titucional, a saber corte de cargos, economia de despesas do governo. “A

sociedade está cansada de pagar o pato sozinha. O Mi-chel Temer terá que condu-zir o governo nesta direção. Não vejo sentido de vingan-ça, nem da retaliação. Mas quando abrir a caixa preta fiscal do País, teremos sur-presas desagradáveis. Nós temos que ter a clareza de que o governo do Michel Te-mer é de transição. Se isso ficar claro e consolidado, o mundo político vai apoiá-lo.”

O conselheiro do Fórum Econômico Mundial Marcos Troyjo falou sobre a necessidade do Brasil entrar no mer-cado globalizado. “Me parece que o que existe hoje é a consolidação não em linhas ideológicas mas a de uma América Latina de duas re-alidades. Você tem esta América Latina que é a Venezuela, Cuba, Equador, com sentimentos antiame-ricanismo e a aquela América La-tina da Aliança do Pacífico, que é o México, Colômbia, Peru e Chile. É grande que proporcionalmen-te é do tamanho do Brasil e que está se conectando com o mundo. O Brasil é uma espécie de Ham-let, ser ou não ser, vamos nos unir ao mundo ou ficar sós”, enfatiza.

1º Fórum do IBEF trouxe o debate nacional para Campinas

Reforma da Previdência Social, regras padronizadas e maior dinamismo para as concessões e parcerias público-privadas na área de infraestrutura, responsabilidade fiscal como prioridade e equilíbrio entre as demandas políticas e econômicas são algumas das principais expectativas dos executivos de Campinas e região para a gestão de Michel Temer. Essas foram as principais reinvindicações dos participantes do fórum de debate sobre questões de relevância para a sociedade brasileira, que o Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF) Campinas promoveu, no dia 16 de maio, no Royal Palm Plaza.

IBEF1º FORUM

CAMPINAS

“Não vejo o Temer buscar a reeleição. Não vejo um candidato forte por parte do PT, nem mesmo o Lula. Eu acho que tem um lugar para alguém do PSDB e acho que vai ter um lugar que vai ser disputado pela Marina Silva e alguém que não está na tela do radar. Pode ser um empresário, um industrial, ou alguém que vem do Judiciário que pega esta onda boa com a população e que deseja saltos mais altos. Vai ter um pouco espaço para um candidato tipo Bolsonaro que vai ter algum apoio popular que vai ajudar no

resultado final mas que não vai chegar lá. Vai ser alguém do PSDB, a Marina Silva e alguém mais novo.”

O Brasil é o país do futuro?Eu gostaria que fosse muito mais do que uma crença, que fosse um cálculo racional baseado no potencial brasileiro. Eu acho que quem não vê o nosso potencial está errado, mas quem não acredita também não está errado. Estou mais otimista agora do que há um ano e meio.

O que acontecerá nas eleições de 2018, segundo Marcos Troyjo

Murillo de Aragão, mestre em Ciência Política e doutor em Sociologia

Laerte Martins. economista da ACIC

Airton Luiz Rohde, Diretor de Finanças América do Sul da John Deere

Antonio Wellington da Costa Lopes, diretor Financeiro EPTV

“A iniciativa é excelente, é muito oportuna. O momento atual requer um trabalho de reflexão. É um trabalho que todo empresário está preocupado porque temos um outro caminho a trilhar. Um evento como este ajuda a entender este momento e também qual é o papel de cada empresário nesta tarefa de reconstruir o País. Eu acredito no Brasil. Já vivemos momentos piores e o Brasil conseguiu recuperar. Eu

acredito que mesmo tendo que tomar um remédio amargo, nós vamos reconquistar, vai ter um processo de retomada de curva. O mais importante é enxergar este ponto de recuperação. Acho que o novo governo precisa começar a buscar um novo caminho. A tomada de ações

precisar acontecer por parte do governo Temer. É preciso começar a asfaltar o caminho para que o novo governo possa segui-lo.”

José Carlos Morato

“Gostei muito do evento. Os comentários forma muito bem dirigidos. Valeu a pena. Estes fóruns são muito didáticos e dão uma ideia de como está o nosso País, a nossa economia, sobre o que tem que ser feito. E o que é mais importante é que fica a certeza de que temos esperança de que tudo vai melhorar. Não podemos mais ser o País do futuro. Temos que ser o País do presente e quem sabe não pode ser agora o momento dessa virada. O Brasil já passou por tantas coisas, já tivemos inflação de 80% ao mês e conseguimos sair. Eu acredito muito no Henrique Meirelles e acho que ele vai fazer um trabalho digno.”

Repercussão do 1º Forum

“Achei os palestrantes altamente qualificados, com uma exposição muito clara, muito otimista, dando boas perspectivas. Vamos colocar os pés no chão encarar a realidade para podermos enfrentar os desafios de forma apropriada. Sou muito a favor destes fóruns, porque além da gente ouvir palestrantes qualificados, proporciona uma integração, um networking, um encontro com um público tão diversificado e muito bem qualificado. Eu acho que o que foi exposto aqui reflete muito bem não só as perspectivas, mas também nossos anseios e nos alertaram como é importante que nós, enquanto empresários, precisamos ter um planejamento estratégico.”

Maria de Paoli

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Coco Bambu: porções fartas de frutos do mar trazidos do CearáInaugurado em 2016, o restaurante Coco Bambu está locali-zado na expansão do Iguatemi Campinas, e foi o escolhido para sediar o Jantar Harmonizado realizado no dia 10 de maio. Entre as criações desenvolvidas pela gourmet Daniela Barreira e servidos no jantar, os associados do IBEF Campinas se deli-ciaram com os Camarões Iracema, a Carne do Sol do Sertão e o Peixe Meuniere. Destacaram-se, também, o vinho branco Los Passos, o tinto Anakena e a famosa cocada de forno Coco Bambu. A maioria dos associados considerou o lugar muito bonito, os garçons e atendentes educados e bem treinados. A PwC foi a anfitriã.

Camarões IracemaRefogados na manteiga da terra, os camarões iracema são gratinados com parmesão e ganham arroz de leite e nata como guarnição.

Socioesportivo será em Poços de Caldas

De 2 a 4 de setembro temos um encontro marcado no Hotel Monreale

“N asci em Poços de Caldas. Morei lá até os sete anos de idade. Depois a minha

família mudou - se, por causa do trabalho de meu pai. Voltei com 11 anos de idade, ficamos mais um ano e depois nos mudamos para Campi-nas . Agora só venho aqui a passeio. É uma cidade muito agradável. O cli-ma é ótimo e a cidade fica na boca de um vulcão adormecido, o que re-serva a ela algumas peculiaridades. O clima, se mantém estável ao longo do dia. Se amanhece chovendo, chove o dia todo. E esta característica é muito favorável ao turismo, pois quem a visita

não fica sujeito a surpresas climáticas. É uma cidade muito bonita, com mui-tos jardins, com um povo acolhedor, um centro de compras de guloseimas fantástico. É muito especial mesmo. Na minha infância lá, meus pais e avós sempre me levavam, no sábado à noite, para uma praça com core-to onde uma banda se apresentava. Lembro que meu avô me colocava em volta do coreto para eu ver a ban-da de perto. No Jardim dos Macacos tem uma fonte de água sulfurosa com cheiro muito forte. Para mim, aquilo significava que a água era podre. É uma lembrança marcante. A água é

medicinal e eu cresci ouvindo minha mãe falar que aquela água fazia mui-to bem para pele. Só mais tarde é que eu fui entender o que era aquilo e o que realmente significava. Apesar de pequena, lembro também dos carna-vais. Na época, vinham blocos dos estudantes do curso de Medicina de Alfenas. Eles vinham fantasiados de nega maluca. Poços, tinha um carna-val de rua muito rico e os blocos eram muito legais. Lembro bem os rapazes fantasiados. Fiquei muito feliz que o socioesportivo será lá e assim todos terão oportunidade de comprar doces, queijos, linguiças , entre outros pro-dutos mineiros maravilhosos vendi-dos no mercado municipal da cidade. De antemão, recomendo as pessoas a levarem um cooler para trazerem as guloseimas tão especiais. Passear pe-los jardins também será uma oportu-nidade muito agradável.”

Venham prestigiar esse evento que já faz parte do calendário da família ibefiana. Com a sua participação, vamos fazer desse socioesportivo o mais animado de todos os tempos. Nossa associada Maria Luisa Rossi ficou feliz com a escolha e deu seu depoimento sobre a cidade de Poços de Caldas.

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Marcelo Dyego Landucci Ribeiro

Andréa de Toledo Pierri

Sergio Rodrigo de Souza

Anselmo Bueno da Silva

Eduardo Dias Vendramini

Rodrigo Castanho Dalloglio

Raimundo Besel Natividade Baptista

Sergio Costa Pereira

Saulo A. Duarte Pinto Júnior

Norberto M. Cunha Caldeira

Leila Simone Castilho

Carlos Henrique Sales Garcia

Nuno Duarte Fernandes Batista

Rosana Soares Mariano

José Donizeti da Silva

Maria Luisa Sousa Rossi

Hadassa Stephanie Cavenaghi Corazza

Adriana Sanfelice

João Batista Pereira Jr.

Marco Antonio Luciano

José Rubens Zanni Junior

Daniel Paulo Fossa

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Eduardo Vinicius Fernandes Moreira

Rafael Marques dos Santos

José Francisco Marsigli

Francisco Braz Gomes Malnarcic

Thiago Oliveira

Gustavo Henrique Scafi

Jesus Ap. Ferreira Pessoa

Leticia Schroeder Micchelucci

Rita Ap. de Souza

Luis Fernando Basi

André Barabino

Luiz Inácio Quaglia Passos

Hermes Denilson Martins de Almeida

Gentil Ubaldino de Freitas Júnior

Leopoldo Cielusinsky Junior

Leonel Pereira Serafim

Maria Aparecida Pereira Batista

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José Luis Zambotti

Ronaldo Prado Serenini

Edson Neves de Souza

Paulo Henrique de Sousa

Arthur Pinto Lemos Netto

Felicio De Rosa Neto

Tiago Miranda Cardoso

Manoel Nelson Galhardo Junior

Rodrigo Leiva Silveira Mello

Solange Tessari Giardini

Felipe Schimidt Zalaf

Jose David Martins Jrº

Paulo de Tarso Pereira Junior

João Batista Castelnovo

Jelson Felicíssimo

Ramon Molez Neto

José Carlos Coimbra

Carlos Eduardo Ribeiro Staut

Simone de Oliveira Barreto

ANIVERSARIANTES

GRUPO DE ESTUDOS

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Solidariedade com as criançasNosso vice-presidente Marcos Ebert esteve na Creche Lar Pequeno Paraíso de Campinas para entregar as doações feitas pelos associados de 262 latas de leite em pó, coletadas nos eventos realizados até maio deste ano.

Isabela (monitora), Andrea (monitora), Simone (coordenadora Administração), Marcos Ebert (IBEF), Selma (Coordenadora

Pedagógica) e Márcia (diretora Pedagógica).

Sidney de Oliveira (presidente da Creche Lar Pequeno Paraíso de Campinas e Marcos Figueiredo Ebert (vice-presidente do IBEF Campinas).

TEMA: “Emenda Constitucional 87/2015”

DEBATEDORA: Camila SanchezDATA: 19 de maio 2016LOCAL: New Port Hotel

tributário

TEMA: “Securitização - Alternativas para Captação de Recursos”

DEBATEDORES: Fábio Bianchi e Fábio BarbosaDATA: 18 de abril de 2016LOCAL: New Port Hotel

gestão financeira

TEMA: “Controladoria John Deere: como suportar a tomada de decisões em tempos de crise.”

DEBATEDORES: Adilson Alexandre dos Santos e Adriana BarbosaDATA: 23 de maio de 2016 LOCAL: New Port Hotel

TEMA: As vantagens de se optar pelo modelo consensual na solução de conflitos

DEBATEDORES: Maria Helena PiccoliDATA: 9 de maio de 2016LOCAL: New Port Hotel

controladoria gestão financeira 2

Page 7: Nº 143 – julho de 2016 - IBEF Campinasibefcampinas.com.br/wp-content/uploads/2016/08/IBEF_REVISTA-N-143.pdf · debate dos cenários econômico e político. Páginas 6, 7 e 8. Sucesso

Augusto e sua moto têm muitas histó-rias por estradas e pistas brasileiras. Mas uma viagem que ele recomenda

aos companheiros mais aventureiros é rumo ao Atacama, no Chile, de preferência – para quem puder e tiver habilidade - sobre duas ro-das. Antes desta viagem, ele já havia ido para o Uruguai, também no comando de uma moto. Augusto cumpriu o roteiro em 2011. uma BMW R1200 GS ADVENTURE, o exe-cutivo rodou mais de 10 mil quilômetros até São Pedro de Atacama, região de-sértica e uma das mais belas do planeta. Ao longo da viagem, iniciada no dia 16 de maio, Augusto viveu momentos incríveis, cortando terras brasileiras e argentinas. Em território brasileiro, cruzou uma parte do Estado de São Paulo e também teve a chan-ce de passar pelo Paraná, onde aproveitou a chance para visitar alguns parentes. Ao ingressar em solo argentino, teve pela frente longas retas que, segundo ele, pareciam in-termináveis. Por lá, precisou por em prova sua capacidade de negociador, pois muitos postos de combustíveis não aceitavam nem cartão de crédito e nem dólares. Obteve êxito e, ainda por cima, teve a chance de sabore-ar pratos argentinos, acompanhados de bons vinhos. Mas é bom que se diga que o vinho somente era ingerido no jantar, que era se-guido de boas horas de sono. Durante a via-gem, bebida alcoólica não era consumida. As aventuras, os bons e maus momentos, a beleza da paisagem, as dificuldades com altitude, com o frio e a neve, segundo Au-gusto, só serviram para enriquecer a sua viagem, tornando-a inesquecível. E para manter a viagem sempre viva em sua me-mória e também para contá-la para os fi-lhos e amigos, Augusto escreveu um diário, rico em detalhes e que merece ser lido por qualquer pessoa. Nele, o nosso compa-nheiro, finaliza com a seguinte narrativa; Após 13 dias fora, chegar em casa bem e, principalmente, reencontrar a famí-lia com saúde e feliz, foi uma satisfação. Foram duas semanas de aventura, luga-res muito bonitos e povo hospitaleiro. Augusto confessa, sem vacilar, que culti-va desde a infância a paixão por motores.

Paixão que se revelou aos nove anos de ida-de e que se manifestou com a possibilidade que teve, na época, de conduzir tratores e outros implementos agrícolas. Com 18 anos, pôde finalmente oficializar a paixão ao tirar a carteira de motorista de automóveis e de motocicleta. O contato com o veículo de duas rodas gerou uma paixão ainda maior e fulminante. “Era muito bom, divertido e me fazia sentir mais livre andar de moto”. Com 18 anos, a moto passou a ser uma companhei-ra inseparável de Augusto. “Gostava muito de carros também. Tenho um tio, o tio Mil-ton Bissi, que me influenciou muito no gosto por autos. Com ele, viajei e me diverti muito.

Italiano costuma gostar de carros e eu devo ter no meu DNA essa coisa de gostar de mo-tores. Mas moto é um amor à parte”, diz ele. O começo com motos foi na condução de veículos pequenos, caso da Honda CG 125, a mais popular da época, mas que propiciou muitas alegrias para Augusto. “Com ela, fui até o Rio de Janeiro, pela Rio-Santos, com meu primo Ocimar Bissi na garupa, há 30 anos”. Depois veio a Yamaha DT 180. Mais potente e corajosa, a moto serviu para Augus-to viajar até Foz do Iguaçu. “Nesta viagem, tive alguns problemas. A moto era de dois tempos e soltava muita fumaça. Era mesmo uma aventura. Era só eu, a moto e uma bol-sa com algumas peças de roupa”. E foi com esta moto que Augusto viveu uma história marcante. “Numa noite fui andar de moto em uma estrada de terra. Tudo ia bem até que o farol pifou. Para não andar na escuri-dão, um primo pegou o trator e começou a iluminar o caminho. Eu de moto na frente e ele atrás, com um trator. Não é que eu caí e o trator passou por cima da moto? Voltei para Campinas com a moto toda torta”, conta ele. Augusto não é um colecionador de carros e nem de motos, embora seja apaixonado por eles. “Eu os utilizo para viajar e passear. A moto acompanha minha vida. Hoje ,te-nho uma esportiva para correr, e as vezes vou para Interlagos, vou para o Velocitá, em Mogi Guaçu, só para me divertir. Não participo de competições. A moto está no meu sangue, mas não incentivo meu filho, pois eu e minha esposa temos medo. A fi-lha anda de garupa com o noivo, mas é só.” Embora não aconselhe o filho a andar de moto, por causa dos riscos, Augusto conta que nunca sofreu acidentes sérios e que ape-nas pequenas quedas constam de seu currícu-lo como motociclista. “Ando sempre equipa-do, praticamente não dirijo na cidade. Ando na estrada com todos equipamentos, como botas, macacão, capacete, entre outros. Para os mais jovens eu aconselho que comecem com motos menores, comecem com mode-los de menor cilindrada, mas sempre com os equipamentos de segurança”. Atualmente, Augusto tem uma BMW S1000 RR, de cor-rida, de mil cilindradas. “Quando estou nela, converso comigo mesmo ‘dentro do capace-te’, parece que eu rejuvenesço uns 30 anos.”

V IAJANTES

Criamos esse espaço para você contar como foi a sua viagem inesquecível. Envie para [email protected]

Rumo ao Atacama, no Chile, sobre duas rodas

Rua Barão de Jaguara, 1481 11º andar, conj. 113, Centro CEP 13.015-910 - Campinas/SP

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Quem nos convida a viajar nesta edição da Revista do IBEF Campinas é Augusto Assunção, vice-presidente do IBEF Campinas. Augusto e sua moto têm muitas histórias por estradas e pistas brasileiras. Mas uma viagem que ele recomenda aos companheiros mais aventureiros é rumo ao Atacama, no Chile, de preferência – para quem puder e tiver habilidade - sobre duas rodas. Antes desta viagem, ele já havia ido para o Uruguai, também no comando de uma moto.

“Ainda que tenha experimentado a neve na cordilheira, em nenhum

momento senti preocupação ou medo. O pensamento positivo e a disposição

em enfrentar os desafios com naturalidade sempre me acompanharam, o que fez com que a viagem se tornasse maravilhosa.”