meusul ed. 12 - maio de 2010

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www.meusul.com.br REVISTA Moda: o mundo encantado do jeans Esportes: o retorno dos craques ao Brasil Economia: FGTS liberado para atingidos por desastres naturais Ano 2 | N” 12 | maio 2010 Distribuição gratuita - Venda proibida COPA DO MUNDO E ELEIÇÕES: ATÉ ONDE VÃO AS SEMELHANÇAS

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Paixões Nacionais Copa do Mundo e Eleições: Até onde vão as semelhanças

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MeuSULwww.meusul.com.br

REVISTA

Moda: o mundo encantado do jeans

Esportes: o retorno dos craques ao Brasil

Economia: FGTS liberado para atingidos por desastres naturais

Ano 2 | Nº 12 | maio 2010

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PAIXÕES NACIONAISCOPA DO MUNDO E ELEIÇÕES:ATÉ ONDE VÃO AS SEMELHANÇAS

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Ivo Machado CoanEditor-Chefe

Tem gente que tem repulsa a futebol. Tem gente que tem aversão à política. Tem gente que gosta dos dois. Há os que gostam tanto, dos dois, que até confun-dem, como se futebol e política fossem a mesma coisa. Não é a toa que muitos go-vernos se apropriam do prestígio de que goza a seleção para consolidar a idéia de orgulho nacional. Mas é fato que, embo-ra sejam manifestações distintas, as duas têm muitas semelhanças. Desde a Cons-tituição de 88, as eleições presidenciais passaram a acontecer de 4 em 4 anos. E caem justamente em ano de Copa do Mundo. Já dá pra imaginar no que esse país se transforma, não é? A Revista MeuSUL do mês de maio explora justa-mente esse comportamento popular, o sentimento de investir no selecionado brasileiro a busca pelo título, pelo pri-meiro lugar, a frente até dos países ricos, como se pelo menos no quesito futebol, o mundo tivesse que se curvar a nós, bra-sileiros, como que pra compensar as ma-zelas sociais que enfrentamos. Muitos de nós encaramos as eleições com a mesma fé cega, depositando em nosso candidato a responsabilidade de resolver nossos problemas. Nosso candidato vence, não cumpre as promessas e nós também não cobramos o cumprimento. Esse é nosso tema de destaque nesta edição, mas têm ainda muita leitura interessante ao longo das 52 páginas da MeuSUL de maio. Boa leitura!

Edição anterior

Publicação: Revista MeuSUL Ltda.CNPJ: 11.320.685/0001-70Endereço: Rua Osvaldo Westphal, 112Centro . Braço do Norte . SCContato: www.ivocoan.com.br

Dicas para presentear o seu amor no próximo mês.

Política e futebol andam juntas em 2010. Como?

ESPECIAL

CAPA

MODA

COMPORTAMENTO

NUTRIÇÃO

SAÚDE

ECONOMIA

POLÍTICA

MEMÓRIAS DO SUL

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Os textos assinados pelos colaboradores são de suas respectivas responsabilidades.

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EXPEDIENTE A Revista MeuSUL é uma publicação mensal da Ivo Coan Comunicação e Marketing. São

10.000 exemplares distribuídos gratuitamente no sul de Santa Catarina. Cidades como: Ga-

ropaba, Imbituba, Laguna, Capivari de Baixo, Tubarão, Jaguaruna, Criciúma, Gravatal, Arma-

zém, São Martinho, Santa Rosa de Lima, Braço do Norte, Rio Fortuna, Grão-Pará, São Ludgero,

Orleans, Urussanga, Lauro Muller, Cocal do Sul, Morro da Fumaça, Bom Jardim da Serra, São

Joaquim, Urubici, entre outros, abrangendo cerca de 40 municípios e 200 mil leitores.

• Direção Ivo Machado Coan - [email protected] • Comercial Juliano de Oliveira - julia-

[email protected] (Cel. (48) 9957.2265) Tamara S. Daufemback - [email protected].

br (Cel. (48) 9945.5525) • Arte e diagramação Suzana Schlickmann - [email protected].

br • Jornalista responsável Alvaro Dalmagro (JP1181-SC) • Correção e revisão Tere-

zinha Schulz Prim • Colaboração Wagner Afonso Floriani da Silva - Jean Carlos Lehmkuhl

- Larissa Volpato Schlickmann - Wando Ceolin - Yngrid P. Kulkamp - Alvani Machado Coan

- Deus • Revista on-line www.meusul.com.br

• Assessoria jurídica Valmir Meurer Izidorio OAB/SC 9.002

Maicon Schmoeller Fernandes OAB/SC 27.952

www.izidorio.com.br - (48) 3658.3147 3658.4945

(48) 3658.0091 | 3658.0092MeuSULREVISTA

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O REINO DO JEANS

A novidade do inverno promete ser a “jegging”. Estranho esse nome né? Uma mistura de jeans mais legging, da calça skinny linda, porém desconfortá-vel e apertada, com a legging confor-tável que porém, às vezes, tem cara de esportiva demais e não cabe em qual-quer situação.

As “jeggins” são feitas de um jeans mais molinho e super confortável. Na maioria das vezes, tem um elástico no lugar do cos, o que deixa a calça com um aspecto um pouco feio fora do cor-po, mas eu insisto, vale provar!

E como usar uma calça dessas? Elas ficam ótimas em looks mais rocker, com camisetas podrinhas, tachas e ankle boots. Tricôs com os pontos bem largos também ficam ótimos, fazendo um contraste com os volumes. Tente sempre cobrir uma parte do quadril com uma parte de cima mais compridi-nha. Como este comprimento costuma encurtar a silhueta, é legal sobrepor a camiseta uma jaqueta ou cardigan mais curtinho.

Elas tem inúmeras opções de la-vagens, das mais clarinhas as bem es-curas, que devem ser a opção das que estã fora de forma. Cuidado com os saltos altíssimos e as blusas justas de-mais: combinação perigosa, a um pas-so da vulgaridade.

Todo mundo tem no armário aquela calça jeans velhinha, que veste como uma luva e já tem o formato do corpo da dona ou do dono. Pois é, eu sei que você adora essa preciosidade, que mora no seu guarda roupas, mas você precisa saber a cara que tem o jeans desse inverno.

Pare e pense: desde quando você não vê uma pessoa considerada bem vestida usando a dupla

calça jeans + jaqueta jeans? Ou saia jeans +

camisa jeans? Ou qualquer outra combinação de jeans

na parte de cima e na de baixo?

Comece a se acostumar, pois o duo andou apare-

cendo nas passarelas e nas ruas e promete virar moda.

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O RETORNO

Assim como as jeggings, as cami-sas jeans são também peças-chaves do inverno 2010. Mais largas e quase masculinas – aliás, um bom local para achar a sua é na arara deles – são, des-ta vez, multiuso: podem ser jaquetas, podem ser vestido e podem ser... cami-sas!

Sobre regatas e vestidos, ela es-quenta naqueles dias em que está nublado, mas não suficientemente frio para um casaco. Se for um mode-lo mais comprido, combine com uma meia-calça de fio mais grosso e terá um vestido.

Na onda do look total jeans, a com-binação camisa+calça é pra lá de bem--vinda. Só não fique com saudades dos anos 90 e faça um conjuntinho com a mesma lavagem, nem misture lavagens muito contrastantes. Bom senso garo-tas!

COMPRAR TUDO NOVO?

Bom seria, não é, a cada estação renovar o armário interinho! A boa noticia é que duas peças jeans que fo-ram febre no verão, continuam firmes no inverno. O shortinho, que fica lindo com as meias grossas, e o colete, com

carinha de sério ou de podrinho, que pode ser sobreposto a camisas, vesti-dos ou camisetinhas básicas.

Uma “jegging” nova, suas peças do verão e uma camisa jeans (que pode ser da sua mãe, dos anos 80) e você já pode dar um descanso para aquela calça surradinha que mora no seu co-ração!

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VOCÊ É RESPONSÁVEL POR TUDO QUE CRIA

Ao pensar em algo “positivo”, emi-tir vibrações positivas, como elogiar alguém, estarei contribuindo para ali-mentar este atributo na pessoa, que será sustentada pela minha vibração. Entretanto, se eu fizer o contrário, se eu encontrar um traço negativo em relação a esta pessoa e expressá-lo como tal, ela receberá a vibração que a sustentará no padrão vibratório da carga negativa por mim emitida. Daí, a nossa responsabilidade enquanto se-res humanos habitando este planeta.

Através do espelho dos relacio-namentos, descubro o meu eu e me conscientizo de que as características que nós vemos nos outros, são as que existem em nós. A partir deste conhe-cimento, conseguimos nos enxergar em todos os nossos aspectos, o que gostamos e o que não aceitamos em nós. Ninguém possui apenas qualida-des positivas. Precisamos reconhecer e identificar nossos atributos negati-vos, também importantes para aces-sarmos nosso equilíbrio.

A importância do equilíbrio des-tas cargas positivas (o que eu gosto) e cargas negativas (o que eu não gos-

Somos responsáveis por tudo que criamos em nossa vida. Ao sabermos que através da Fí-sica Quântica somos vibrações eletromagnéticas, que nos comunicamos através de ondas que emitimos pelos pensamentos, sentimentos, palavras e atitudes, precisamos nos conscientizar da importância de nosso papel na rede cósmica em que vivemos.

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[email protected]

Psicóloga Clínica

www.biaseverino.com.br

Consultora em excelência

usam o cargo que ocupam. Entretan-to, este julgamento é fruto do diálo-go do ego consigo mesmo. Esta voz que avalia o tempo todo é enganosa e ilusória. Ao silenciarmos este diá-logo, equilibramos as polaridades e tornamo-nos imunes às criticas e aos elogios. Percebemos que não somos superiores, nem inferiores a ninguém. Não precisamos nos convencer, nem a ninguém, de nosso valor. Nossos pen-samentos que eram influenciados pe-las situações externas – preocupações financeiras, medo de perder o empre-go, tensões nos relacionamentos – são transformados e substituídos pelo um diálogo interno e positivo, e assim criamos o poder pessoal.

Ao vivenciar o Processo Quântico enxergamos a verdade de nossos pen-samentos e crenças, retirando e des-bloqueando de nossa mente o que nos impedia de acessar nosso propósito que é único, individual, e que só cada um pode concretizar.

Ao desbloquear o problema, o flu-xo de energia jorra para a consciência, daí o espírito se reflete na confiança, na felicidade, no bom humor, na intre-pidez, na bondade e na consideração. Você começa a atrair situações e pes-soas que têm vontade de se relacionar com você. Você começa a sentir conec-tado com tudo que existe e, a partir de então, nunca fica angustiado ou arra-sado diante de uma situação particu-lar. Viver a partir deste nível, todos os desejos se tornarão realidade, estarão em alinhamento com os desejos uni-versais de tudo que existe e estarão a nossa disposição.

“Ninguém possui apenas qualidades positivas. Precisamos reconhecer e identificar nossos atributos nega-tivos”.

to) é, nos permitir sair do caos mental e chegar à ordem. Todos os recursos para isto se encontram em nossa men-te. Isto nos permite identificar nossas potencialidades e assim atuar com su-cesso através de nossa inteligência e poder pessoal. A partir deste concei-to conseguimos ultrapassar barreiras que antes nos pareciam intransponí-veis e exercemos nossa totalidade.

Quando não abraçamos a dualida-de, acabamos por atrair situações e pessoas que nos remetem a situações desagradáveis. Assim, ao aplicarmos o Processo Quântico nas empresas, equilibramos as emoções e as formas de pensamento dos seus participan-tes, gerando as vibrações de equilí-brio, que magnetizam o sucesso, o lucro, a harmonia e a ordem na em-presa.

Quando nos tornamos capazes de vermos nos outros, as qualidades que admiramos, adquirimos a facilidade para nos ligarmos a eles nos trazendo aquilo que gostaríamos de ser e de ter. Da mesma forma, as características que negamos mais fortemente serão eliminadas do nosso campo mental. Assim sendo, a mente começa a criar a realidade de uma nova forma. Adqui-rimos força para enfrentar qualquer desafio. À medida que, o enfrentamos, nos tornamos fortes e intrépitos. Sen-timos realizados e capazes de realizar o inatingível.

Temos o hábito de formarmos im-pressões das pessoas de acordo com a percepção de nossos sentidos e jul-gamentos: como estão vestidas, tipo de carro que possuem, o relógio que

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COM AMOR...

PARA ELES

Falta pouco mais de um mês para o Dia dos Namorados, e quanto antes você pensar no pre-sente para a pessoa amada, maiores serão as suas chances de achar o presente perfeito! Aqui estão algumas dicas para você surpreender nesta data.

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Relógio Oriente Masculino, você encontra na Relojoaria e Ótica Du Pont, na rua Teodoro B. Schlickmann, em Braço do Norte, telefone (48) 3658.2902

Moleton HB, Calça Jeans RipCurl e Tênis DC Shoes, na loja Oásis Surf Skate, na Av. Felipe Schmidth, centro de Braço do Norte. Telefone (48) 3658.8919

Tênis Olympikus, por R$239,90 e Agasalho Mizuno, por R$250,00, na GL Esportes, Av. Felipe Schmidth, 1672, centro de Braço do Norte. Telefone (48) 3658.4002

Estojo Masculino F 399, por R$109,90, em Braço do Norte, na Akakia Cosméticos. Av Getúlio Vargas, 150. Telefone (48) 3658.2340

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PARA ELAS

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Alianças banhadas a ouro com brilhantes, em Braço do Norte, na Relojoaria e Ótica Du Pont, na rua Teodoro B. Schlickmann, telefone (48) 3658.2902

Espartilho Duloren, com cinta-liga, calcinha e meia, na Afrodite Moda Íntima, no centro de Braço do Norte. Rua Gov. Jorge Lacerda, telefone (48) 3658.8561

Na Grazi Jóias e Acessórios, coleção Luz, em zircônio e ouro (18k), anel por R$289,00 e corrente por R$299,00. E coleção Love, folheado a ouro com coração em pedras naturais, (P) R$109,00, (M) R$139,00 e (G) R$189,00. Promoção enquanto durar o estoque. Na rua Bernardo Locks, no centro de Braço do Norte, (48) 3658.2241

Lindos arranjos de flores, caixas de presentes, e tudo para en-cantar o seu amor, na Plantas & Cia. com Dada e Yara, na rua Severiano Sombrio, em Braço do Norte. Telefone (48) 3658.4949

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AS BACTÉRIAS BOAS

Destes estudos surgiram as pri-meiras vacinas e o método de pasteu-rização dos alimentos, com o intuito de prevenir doenças. Entretanto, sa-bemos que nem todos os microorga-nismos são maléficos, e muitos são extremamente úteis no nosso dia-a--dia, como as leveduras na fabricação de pães, vinhos, álcool, queijos e ou-tros.

Além do uso de microorganismos na produção de alimentos, recen-temente surgiram diversos estudos científicos mostrando a importância de consumir alguns tipos de bactérias para a nossa saúde. Estas bactérias

Se você já tentou de tudo, e mes-mo assim continua com o intestino “preso”, com gases e barriga inchada (estufada), experimente usar probió-ticos por 30 dias. Na Equilíbrio Natu-ral você encontra o Vital Plex, o com-plexo probiótico mais indicado por nutricionistas no Brasil e nos EUA. Como afirma a medicina chinesa, o intestino é como a raiz de uma planta: cuide bem dele! Saúde!

Há mais de quatro séculos foi inventado o microscópio, que permitiu ao ser humano visua-lizar seres antes inimagináveis: os germes e micróbios. Alguns anos depois, o cientista francês Louis Pasteur aprimorou o estudo dos microorganismos, e divulgou ao mundo o perigo dos fungos e bactérias.

“Estudos sugerem a im-portância do consumo de alguns tipos de bactérias chamadas de probióticas (a favor da vida)”.

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boas foram chamadas de probióticas (a favor da vida).

Elas, quando ingeridas, colonizam nosso intestino e promovem inúme-ros benefícios: melhoram a constipa-ção intestinal, reduzem o tempo de diarréia, fortalecem o sistema imu-nológico, aumentam a produção de vitaminas, melhoram a absorção de nutrientes e tratam a Síndrome do In-testino Irritável.

Atualmente, as bactérias benéficas ao organismo são encontradas apenas nos leites fermentados, iogurtes e quei-jos. Porém, atenta ao sucesso à saúde proporcionado por esses microorganismos, a indústria alimentícia brasileira pretende aumentar a oferta, desenvol-vendo sucos e outros alimentos ricos em bactérias.

E atenção: de nada adian-ta seguir uma dieta com bai-xo consumo de fibras e ingerir uma grande quantidade de lei-te fermentado para que o trân-sito intestinal melhore. Bons resultados dependem de um conjunto de fatores.

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SUPLEMENTOS AUXILIAM NA REDUÇÃO DA DOENÇA

TODOS CONTRA O CÂNCER DE MAMA

O estudo apresentado no 101° En-contro Anual da Associação America-na para Pesquisa do Câncer, realizado entre 17 e 21 de abril passado, em Washington, Estados Unidos, contou com 268 pessoas do sexo feminino com a patologia e 457 saudáveis. Os suplementos vitamínicos mostraram diminuir a chance de desenvolver câncer de mama em cerca de 30% e, os de cálcio, em 40%.

Jaime Matta, professor da Facul-dade de Medicina de Ponce, em Porto Rico, disse que a pesquisa sugere que os suplementos de cálcio estão liga-dos ao aumento da capacidade de re-paro do DNA, um processo biológico complexo que, se interrompido, pode levar à enfermidade.

Mas caso você esteja pensando em correr para a farmácia e comprar um monte de suplementos, deixe a ideia para depois. Ainda não foi estabele-cida a dosagem ideal para tal feito e o excesso sempre é prejudicial. O Inca informa que amamentação, prática de atividade física e alimentação saudá-vel com a manutenção do peso cor-poral estão associadas a uma menor probabilidade de adquirir a doença.

O câncer de mama preocupa as mulheres, afinal é a segunda doença mais frequente no mundo e só para o Brasil, em 2010, são esperados 49.240 novos casos, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Uma descoberta recente pode ajudar a amenizar os números preocupantes. Suplementos de vi-taminas e de cálcio parecem reduzir o risco de ter o problema.

“Amamentação, prática de atividade física e ali-mentação saudável estão associadas a menor proba-bilidade de adquirir cân-cer de mama”.

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Exames integrados

Um outro estudo na área mostra que pacientes de alto risco para cân-cer de mama se beneficiam com a realização anual da mamografia com-binada com a ressonância magnética. De acordo com a doutora Jane M. Lee, radiologista do Massachusetts Gene-ral Hospital, em Boston (EUA), a ini-ciativa é mais viável economicamente e, além disso, contribui para que a pa-ciente viva mais e com melhor quali-dade de vida. De acordo com a doutora Maria Luiza Pedrosa, radiologista do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), a integração de exames é recomenda-da em casos bastante específicos. “O padrão standard para a detecção do câncer de mama continua sendo a ma-mografia, que é bastante eficiente e deve ser realizada anualmente a par-tir dos 40 anos”, diz Pedrosa.

Diagnóstico precoce

A médica lembra que, apesar de a doença ter um bom prognóstico quan-do detectada logo no início, “a taxa de mortalidade continua alta no Brasil

justamente porque muitas mulheres buscam ajuda médica quando o cân-cer se encontra em estágio avançado”.

Na opinião da médica, as campa-nhas de esclarecimento devem ser mais abrangentes e atingir pacientes cada vez mais jovens. “É preciso criar uma consciência sobre o próprio cor-po desde muito cedo. Só assim jovens com histórico de câncer de mama na família, mamas densas ou ainda com mutações em genes específicos pode-rão ser diagnosticadas e tratadas da melhor forma possível, seja através da mamografia ou da integração de exames”, diz a médica.

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AS TERRÍVEISDORES DE

CABEÇA

As cefaléias podem ser primárias (onde o sintoma cefaléia é a queixa predominante da doença ou síndro-me) e secundárias, ou sintomática, (onde a doença ou síndrome é outra e uma das manifestações é o sintoma cefaléia). É importante ressaltar que existem três características que de-vem instigar um sinal de alerta pra quem sofre de cefaléia:

É importante ressaltar as três carac-terísticas acima uma vez que as mesmas, quando ocorrem devem ser motivo de in-vestigação rigorosa e imediata por parte do médico.

Bem, as cefaléias primárias mais co-muns são a enxaqueca ou migrânea, cefa-léia tensional, cefaléia em salvas e trige-mialgias autonômicas e outras.

- Enxaqueca: é síndrome desabili-tante e de alta prevalência, manifestada por rica e variada sintomatologia. Os sintomas mais comuns são: localização unilateral, qualidade pulsátil, intensida-de moderada a intensa ou forte da dor, agravada por subir degraus ou atividade física de rotina, náusea e ou vômitos, foto-fobia (aversão à luz) e fonofobia (aversão ao som).

- Cefaléia do tipo tensional: cefaléia que dura de 30 minutos a 7 dias, locali-zação bilateral, qualidade em pressão ou aperto (não pulsátil), intensidade de leve a moderada, não é agravada por ativida-de física rotineira, ausência de náusea ou vômito, ou fotofobia ou fonofobia (ape-nas uma deve estar presente) e não ser atribuída a outro distúrbio.

- Cefaléia em salva: acomete prefe-rencialmente o sexo masculino, com ida-

1- mudança aguda no pa-drão da cefaléia: neste caso, o pa-ciente apresenta alteração do tipo de dor, frequência, intensidade ou sintomas e sinais associados de ma-neira aguda;

2- cefaléia associada com síncope: aqui ocorre perda súbita da consciência junto ou logo após uma crise de cefaléia;

3- cefaléia que ocorre duran-te o sono: o paciente é despertado durante o sono por uma cefaléia de forte intensidade (aqui não se en-quadra o paciente que vai dormir com cefaléia).

As cefaléias (dores de cabeça) apresentam importante relevância não apenas no consultório neurológico, como nos demais atendimentos médi-cos, uma vez que a dor de cabeça é uma das queixas mais frequentes da clínica médica.

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NeurologistaCRM SC 7783

de média de início usualmente entre 20 e 40 anos de idade, onde a crise se carac-teriza por dor súbita, unilateral, nas regi-ões orbital, supraorbital e temporal, por vezes com irradiação para a mandíbula e região cervical, onde a dor está asso-ciada homolateralmente com hiperemia (vermelhidão) conjuntival (parte branca dos olhos), lacrimejo, congestão nasal, rinorréia, sudorese facial ou frontal, mio-se, ptose e edema palpebral. A freqüência dos ataques varia de um a oito dias com intensidade extraordinariamente forte, de caráter agudo e ardente, por vezes latejante, em geral penetrante, o que in-duz estado de inquietude e agitação do paciente.

Obviamente encontram-se outros ti-pos de cefaléia primária e os vários tipos de cefaléia secundária que podem ser dis-cutidas posteriormente. Ressalta-se que todo tipo de cefaléia deve gerar uma in-vestigação diagnóstica iniciando-se com uma anamnese e exame neurológico em todos os casos e solicitando-se exames complementares que são fundamentais: provas de atividade inflamatória (san-gue), eletroencefalograma e um exame de imagenologia (Tomografia de crânio) no mínimo. Já na primeira avaliação pode--se estabelecer um diagnóstico provável e programar um tratamento preventivo.

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AS DOENÇAS QUE CRIAMOS

Ainda que a intenção original de Juvenal não tenha sido a de dar esses sentidos, pesquisadores do século passado chegaram a resultados inte-ressantes que podem, sim, justificar os entendimentos diferentes que a so-ciedade passou a dar para tal expres-são. Os estudiosos constataram que a pessoa é uma unidade energética e que existe uma relação intrínseca en-tre emoções e patologia orgânica. Sig-nifica dizer que não há patologia or-

O poeta romano Juvenal, que viveu no final do século I, escreveu numa de suas poesias que “deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são”. Diz-se que a intenção original do autor foi lembrar àqueles que faziam orações tolas, que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. O tempo passou e a expressão ganhou uma série de sentidos, entre eles os que somente um corpo são pode produzir e sustentar uma mente sã, ou ainda, que um corpo são é fruto de uma mente sã.

“Somos responsáveis pelo nosso corpo e por tudo que ocorre nele”.

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gânica sem distúrbio emocional e não existe nenhuma doença emocional sem consequências fisiológicas. Em várias partes do mundo, por exemplo, doentes cardiovasculares já recebem tratamento psicológico como parte de sua recuperação nos próprios hospi-tais.

Para a psicóloga portuguesa, Estela Rúbia de Paiva Rodriguez, “as experi-ências infantis ajudam a explicar a dor emocional. É menos óbvio, entretanto,

que expliquem a dor física. Mas, a dor, da maioria das doenças, remonta das decisões que tomamos na infância, desta forma, interrompemos os fluxos energéticos naturais de nosso organis-mo, que chamamos de essência”. Estes fluxos interrompidos, defende a psicó-loga, estruturam-se no nosso corpo em áreas específicas, dependendo do es-tágio de desenvolvimento. Estas áreas são cinturões de contração e existem em sete linhas horizontais:

Na linha do olhos e ao redor da cabeça, podem provocar problemas visuais, enxaquecas, cefaleias.

Na zona cervical, incluindo garganta e pescoço e cintura escapular, uma importante ligação entre os pensamentos e sentimentos.

Na zona pélvica que envolvem vários distúrbios da parte genital, sexual e órgãos de reprodução, bem como a ligação saudável com a terra.

Na zona do diafragma, distúrbios do sistema gástrico, hepático, e enfim, todo o sistema digesti-vo. Aqui estão relacionados os sintomas de “todos os sapos que engolimos” e a digestão destes.

Na zona da boca, compreenden-do todo o conteúdo bucal, podem provocar problemas de alimenta-

ção, álcool, distúrbios da fala.

Na zona do tórax, originam dis-túrbios de respiração, cardíacos,

sintomas de angustia e outros.

Na zona do abdômen, encontramos somati-zações ao nível dos intestinos e reações ao

medo (sistema urinário).

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Para a psicóloga portuguesa, a saú-de emocional revela um direito inato da humanidade: expansão e alegria. “To-dos nascemos com este direito, a capa-cidade de amar e sermos amados”, diz Rúbia.” Somos seres intrinsecamente amáveis. Então, o que acontece no meio de nossas vidas para que este caminho (fluxo) seja interrompido? Para defen-der-nos das circunstâncias que julga-mos ameaçadoras na infância, temos que guardar e reprimir várias emoções e sentimentos negativos e positivos e nesta contração, bloqueamos um gran-de manancial de energia que estariam orientados para a fé, compaixão, alegria pela existência da vida”, acrescenta.

A psicóloga Karin Klemm defende que “somos responsáveis por nosso corpo e por tudo que ocorre nele: nos-sos pensamentos, principalmente os mais negativos, como tristeza, raiva,

medo, ódio, baixa auto-estima, desva-lor próprio, rejeição, vontade de fugir, dentre outros. Em geral originam um estado de falta de perdão, consigo ou o outro”, diz. De acordo com Karin, esse estado desencadeia em nosso cérebro uma série de substâncias que acabam desestabilizando alguma parte do cor-po, gerando doenças de vários níveis de gravidade.

Uma das pioneiras na pesquisa da relação entre a mente humana e as pa-tologias orgânicas é a psicóloga nortea-mericana Louise L. Hay. Para ela, todas as doenças que temos são criadas por nós mesmos e somos 100% responsá-veis por tudo de ruim que acontece no nosso organismo. “Todas as doenças têm origem num estado de não-perdão. Sempre que estamos doentes, neces-sitamos descobrir a quem precisamos perdoar. Quando estamos empacados

num certo ponto, significa que precisa-mos perdoar mais. Pesar, tristeza, raiva e vingança são sentimentos que vieram de um espaço onde não houve perdão. Perdoar dissolve o ressentimento”, de-fende.

Louise, começou a pesquisar sobre o assunto ainda na década de 70. Con-victa de si, corajosamente decidiu ser cobaia de sua própria teoria quando descobriu que estava com câncer. Ela avaliou as alternativas de cirurgia e drogas, mas ao invés de usá-las, desen-volveu um intensivo programa de afir-mações, visualizações, reequilíbrio nu-tricional e psicoterapia. Dentro de seis meses estava completamente curada do câncer. Louise chegou a sistematizar uma série de doenças e suas possíveis causas. Então, leia a lista feita por Loui-se e tente ver se ela se aplica a você em algum dos itens.

Diabetes

Meningite Ronco

Diarréia

Nódulo Sinusite

Dor de cabeça

Pele acneica Úlcera

Amigdalite Enxaqueca

Pneumonia

Anorexia Fibromas

Pressão Alta

Apendicite

Varizes

Prisão de Ventre

Arteriosclerose

Gastrite Quistos

Asma

Hemorróidas Resfriados

Bronquite

Hepatite Reumatismo

Câncer

Insônia Rinite

Derrame

Labirintite Rins

Tristeza profunda (vida sem doçura)

Tumulto interior, falta de apoio

Teimosia, apego ao passado

Fuga, eliminar de den-tro o que está ruim

Ressentimento, frustra-ção, ego ferido

Irritação com pessoas próximas

Autocrítica, falta de auto-valorização

Individualidade amea-çada, não aceitação

Medo de não ser o bastante

Emoções reprimidas, criatividade sufocada

Medos sexuais, raiva reprimida

Desespero, cansaço da vida

Ódio ao extremo de si mesmo

Alimentar mágoas cau-sadas pelo parceiro

Problema emocional não resolvido

Medo da vida, bloqueio do fluxo do que é bom

Sentir-se sobrecarrega-do, desencorajamento

Preso ao passado, medo financeiro

Resistência, recusa em ver o bem

Incerteza profunda, sen-sação de condenação

Falsa evolução, alimentar mágoas

Sentimento contido, choro reprimido

Perfeccionismo, medo de prazos determinados

Confusão mental, desordem

Ambiente familiar “in-flamado”, discussões

Raiva, ódio, resistência a mudanças

Sentir-se vítima, falta de amor, amargura

Mágoa profunda, triste-zas de longas datas

Medo, culpa Culpa, crença de perse-guição

Resistência, rejeição a vida

Medo de não estar no controle

Crítica, desapontamen-to, fracasso

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NÃO GUARDE A RAIVA

Atenção as mulheres, moto-ristas, motociclistas, adversários, seja no esporte, na política ou outra questão. Estudo realizados pela Universidade de Tilburg, na Holanda, alerta que as pessoas com doença cardíaca devem to-mar cuidado com sua forma de lidar com os sentimentos de raiva.

O estudo explica aos pacientes que reprimem sua raiva podem ter quase o triplo de chances de um infarto ou de morrer nos cinco a dez anos seguintes.

A pesquisa foi feita com 644 pacientes, todos com doença ar-terial coronariana. Neles os es-tudiosos notaram que pessoas propensas a sofrer de raiva e ou-tras emoções negativas, mas com dificuldades de expressar esses sentimentos, correm mais riscos de sofrerem eventos cardíacos importantes.

De acordo com os especialis-tas, a raiva pode “estrangular” o fluxo sanguíneo no coração e

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“De acordo com espe-cialistas, a raiva pode ‘estrangular’ o fluxo sanguíneo no coração e provocar alterações no ritmo cardíaco”.

De acordo com os especialistas, a raiva pode estran-gular o fluxo sanguíneo no coração e provocar alterações no ritmo cardíaco.

provocar alterações no ritmo cardíaco. E há evidências de que a repressão a esses sentimentos negativos pode ser muito preju-dicial ao coração. Porém, isso não significa que as explosões de raiva são as melhores formas de lidar com esse sentimento. “As pessoas tendem a dar vazão aos sentimen-tos de raiva ou guardá-los inter-namente, porém acredito ser im-portante encontrar uma solução intermediária para resolver esses sentimentos de raiva, mas de uma forma mais construtiva e adaptá-vel”, destacou o pesquisador Jo-han Denollet.

Como benefício à Universida-de Loma Linda, nos Estados Uni-dos, aconselha as pessoas a rir. Os estudos comprovam que o riso ajuda a otimizar muitas das fun-ções de vários sistemas do corpo - incluindo o sistema endócrino, reduzindo os níveis de cortisol e epinefrina, o que leva à redução do estresse.

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INTENÇÃO DE COMPRA REDUZIDAFIM DO IPI REDUZIDO

O fim do IPI reduzido, em março, provocou uma demanda por crédito a um patamar recorde, segundo pes-quisa divulgada pela Serasa no final de abril. A demanda do consumidor por crédito cresceu 18,3% em março em relação a fevereiro, um patamar recorde, considerando a série iniciada em janeiro de 2007, superando o va-lor máximo anteriormente registrado, em maio de 2008. Segundo os econo-mistas da Serasa, além da quantidade maior de dias úteis em março contra fevereiro -23 ante 18-, os consumido-res aproveitaram o último mês de vi-gência do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido em deter-minados produtos (automóveis, mó-veis e linha branca) para ir às compras usando as facilidades de financiamen-to. Além disso, a redução da inadim-plência e a evolução da massa real de rendimentos foram alavancas impor-tantes para o crescimento do crédi-to, observado já há alguns meses. No confronto com março do ano passado, a demanda do consumidor por crédito avançou 32,5%, registrando recorde histórico da taxa anual de crescimen-to. Vale lembrar, no entanto, que a base de comparação é fraca devido aos efei-tos da crise mundial no Brasil naquele período. O nível da procura do consu-midor por crédito havia registrado, na-quele mês, o menor patamar para um mês de março desde 2007. Também devido a essa conjuntura, a demanda do consumidor teve forte expansão (21,6%) no acumulado do primeiro trimestre. O indicador considera uma amostra de 11,5 milhões de CPFs con-sultados mensalmente na base de da-

Brasileiro aproveitou condições especiais para comprar produtos da chamada linha branca, beneficia-da com redução do imposto. Em compensação, puxou o freio para as compras no segundo trimestre.

“O índice de con-sumidores que pre-tendem comprar no segundo trimestre de 2010 teve leve que-da em relação aos primeiros meses de 2010”.

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dos da Serasa. Entretanto, se com as facilidades

do IPI reduzido os brasileiros foram às compras, causando um pequeno aquecimento no mercado, sem essas facilidades, as compras à vista caíram e as compras a prazo aumentaram o que mostra leve queda em intenção de compra dos consumidores no varejo para o 2º trimestre. É esta a tendência que revela uma pesquisa do Provar& Labfin/FIA e da Felisoni Consultores Associados, ambas de São Paulo. O índice de consumidores que preten-dem comprar no segundo trimestre de 2010 teve leve queda em relação aos primeiros meses de 2010, passou de 77,2% para 74,6%.

A amostra foi feita com 500 consu-midores da cidade de São Paulo, mas pode ser aplicada a todo o mercado nacional. O estudo faz uma análise das intenções de compras e de gastos em relação a dez categorias de produtos (Linha Branca, Eletroeletrônicos, Te-lefonia e Celulares, Informática, Auto-móveis e Motos, Cine e Foto, Material de Construção, Cama, Mesa e Banho, Móveis e Eletroportáteis) e avaliação sobre a utilização de crédito nas com-pras de bens duráveis. De acordo com a pesquisa, a intenção de compra para o trimestre abril, maio e junho deste ano registrou aumento de 2,2% em relação ao segundo trimestre do ano passado, e queda de 2,6% em relação ao primei-ro trimestre de 2010. Segundo Claudio Felisoni de Ângelo, coordenador geral do Provar, este resultado corresponde ao fim da redução do IPI e ao aumento das compras a prazo. “Os consumido-res pesquisados declararam um com-

prometimento médio de 13% da renda atual com crediário, número relativa-mente alto”, comenta.

O gerente de vendas da Bertú Auto-móveis, de Tubarão, Robson Brünning Martins, avalia que para o mercado de automóveis o IPI reduzido pode ter sido bom, mas o fim dele não torna o período necessariamente ruim. “O mercado vai se ajustando. Os carros novos, principalmente os populares, tiveram vendas boas. Agora, os semi-novos e usados talvez saiam um pouco mais, comparativamente”, diz.

Henrique Buss, da Buss Veículos, de São Ludgero, segue na mesma linha de Robson. Para ele o mercado de usa-dos começa a reagir, depois de meses de retração por causa do IPI reduzido. “Os usados e seminovos voltaram a ser um negócio interessante, o que não era até poucos meses atrás. Não está uma maravilha, mas a tendência é voltar ao que era antes”, prevê.

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APROVADO:

FGTS LIBERADO

A autorização consta de projeto de lei aprovado em decisão terminativa, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. O projeto ainda preci-sa ser analisado pela Câmara dos Depu-tados.

A permissão para movimentar conta vinculada do FGTS em caso de necessi-dade pessoal, decorrente de desastre natural, já era prevista na Lei 8.036/90, que trata do fundo. Entretanto, a regula-mentação da matéria, feita pelo Decreto 5.113/04, não previa a inclusão nos de-sastres naturais que justificam o saque do FGTS o deslizamento de encostas e queda de barreiras, considerados muito comuns no País pelo autor da propo-sição, senador Marcelo Crivella (PRB--RJ). O projeto (PLS 158/07), segundo ele, corrige a lacuna, inserindo na Lei 8.036/90 “uma lista mais completa e re-alista dos eventos naturais desastrosos que podem acometer a população brasi-leira”.

Existem outras propostas em tra-mitação no Congresso para a melhoria do Sistema Nacional de Defesa Civil. Algumas delas buscam dotar o Sistema Nacional de Defesa Civil de fonte pró-pria e específica de recursos, estimular doações e acabar com contingenciamen-tos de verbas para o setor. Entre elas destacamos PEC – Proposta de Emenda Constitucional nº. 20/09, do senador César Borges (PR-BA), que cria o Fundo Nacional de Defesa Civil (Fundec), com-posto por 0,5% da arrecadação federal do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Esse dinheiro, repartido com estados e municípios, seria destinado a atender a população, recuperar a infraestrutura e restaurar serviços públicos. “É indispen-

O Senado aprovou no fim do mês de abril: vítimas de desastres naturais, como deslizamento de encostas ou queda de barreiras, como as vítimas do Morro do Bum-ba, em Niterói, no Rio de Janeiro, poderão sacar dinheiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) até o limite de R$ 4.650.

“O estado de Santa Ca-tarina tem sido um dos es-tados mais atingidos por desastres naturais na últi-ma década”.

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sável à pronta disponibilidade de recur-sos, imunes às vicissitudes do Tesouro Nacional, para assegurar prontidão à resposta da defesa civil”, disse o sena-dor. Os recursos para o órgão seriam provenientes de 48,5% de tudo o que for arrecadado sobre renda e proventos de qualquer natureza e produtos industria-lizados. Para o atendimento imediato às situações de emergência e localidades em estado de emergência, está garantida a liberação de 0,5% do total.

A PEC prevê também a criação do Conselho Nacional de Defesa Civil como responsável pela gestão do Fundo. Ele seria composto por órgãos da Defesa Civil da União, dos estados e dos muni-cípios. A proposta prevê contrapartida financeira por parte dos governos es-taduais e municipais das regiões atin-gidas. A PEC do senador César Borges atualmente tramita na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e tem como re-lator o senador Marconi Perillo (PSDB--GO), que emitiu parecer favorável na forma de substitutivo. (Substitutivo é quando o relator de determinada pro-posta introduz mudanças a ponto de alterá-la integralmente. O Regimento In-terno do Senado chama este novo texto de “substitutivo”. Ele precisa ser votado novamente (em um turno suplementar) dois dias depois de sua aprovação).

Senadores catarinenses O ex-senador catarinense Casildo

Maldaner (PMDB) também tem um pro-jeto tramitando Congresso que prevê a criação do Fundo Nacional para a De-fesa Civil (FUNDEC), que substituiria o atual Fundo Especial para Calamidades Públicas (Funcap). Portanto é similar, ao instituir a Contribuição Social para a De-fesa Civil. A proposta também transfor-

ma o Fundo Especial para Calamidades (Funcap) no Fundec. A contribuição te-ria alíquota de 1% e incidiria sobre o va-lor do prêmio das operações de seguros privados, com exceção do seguro agrí-cola e os relacionados à agricultura e à exportação. Os recursos serviriam para campanhas educativas, ações de defesa civil e respostas a calamidades. União, estados e municípios ficariam cada um com um terço dos recursos do Fundec e as localidades com maior incidência de desastres teriam cota maior.

Outro projeto (PLS 85/09), que tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), é do senador Raimundo Colombo (DEM), e concede benefícios fiscais e financeiros a municí-pios que enfrentam calamidades, como o adiamento, por 90 dias (prorrogáveis por mais 180), do pagamento de dívi-das que a prefeitura tenha com a União. Também de Raimundo Colombo, o PLS 490/09 cria o Centro de Prevenção de Desastres Climáticos (CPDC). O órgão, com atuação federal, seria destinado a emitir alertas nas situações de risco de calamidades e estabelecer canais de comunicação eficazes com a mídia, os municípios e a população. Colombo tem ainda o PLS 57/2009, com o qual a ideia é fazer com que, quem contribuir para o Fundo Estadual de Defesa Civil tenha dedução fiscal no Imposto de Renda das Pessoas Física.

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NA CONTRAMÃO

Em seus discursos desde que assumiu o cronograma de ações feitos em palanque nas eleições de 2004, Luiz Inácio ‘Lula’ da Silva frequentemente destacava o fato de o Brasil ser grande produtor de várias coisas, mas pouco sabia lidar com elas.

Praticamente no final de seu segundo mandato, acreditamos que ele esteja certo, pois conseguiu mudar a cara do país para os ‘gringos’. Muitos materiais passaram a ser in-dustrializados no país antes de serem expor-tados. Em oposição a isso vemos um cenário pouco confuso à afirmação.

Descoberto em 2005, a exportação de bovinos vivos atrai mais a cada ano. No ano passado, 520 mil animais deixaram nossos portos. Pela procura, o mercado poderá co-locar o Brasil na liderança do setor até 2011, ultrapassando países como Canadá, México e

O Brasil tenta agregar valor ao que é produzido por aqui, seja com os minérios, alimentos ou produção animal. Porém, na contra-mão des-te objetivo, também cresce a expor-tação de gado vivo.

“O aumento das expor-tações de bovinos, em re-lação à 2009, é na faixa de 20%”.

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Austrália, tradicionais exportadores de car-ne viva. A projeção é de aumento na faixa de 20%, em relação à 2009. Este mercado que em 2008 trouxe ao país US$ 420 milhões, aproximadamente R$ 730 milhões, causou incômodo aos frigoríficos nacionais e a in-dústria de couros.

A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), ataca o governo por não restrin-gir este mercado e baseia seu posicionamen-to no argumento que a exportação dos ani-mais vivos não agrega valor ao produto.

Um relatório apresentado pelo econo-mista Dr. Reinaldo Gonçalves, comprova a justificativa de que seria mais interessante industrializar os derivados, ao invés desta pratica de venda. Segundo o estudo o Brasil perde por ano cerca de R$ 50 milhões, com este tipo de exportação.

Após estas quebras de braços o governo aprovou no início do mês de abril a Instrução Normativa nº13, onde o governo determina os procedimentos básicos para todas as eta-pas que antecedem o embarque dos animais. As regras incluem a seleção nos estabeleci-mentos de origem, o transporte até os Esta-belecimentos de Pré-embarque (EPE) e para o local de saída do país, além do manejo nas instalações de pré-embarque e no embarque. No primeiro momento a regra é prevista para bovinos, búfalos, ovinos e caprinos vivos des-tinados ao abate.

A discussão sobre o assunto vai mais lon-ge, já que os exportadores dizem que uma marca forte poderá agregar maior valor que a industrialização. Além disso, as pesquisas em produção podem tornar este animal mais ba-rato para o mercado interno e manter o valor no mercado externo, algo que os brasileiros esperam ansiosos. Por ora é bom destacar, para ter melhores resultados no futuro é in-teressante investir na industrialização, mas nesta balança também deve ser pesado a contribuição da exportação de animais vivos para o PIB brasileiro.

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UMA QUESTÃO DECOMPATIBILIDADE

DE GÊNIOSA Copa do Mundo passou a acontecer no mesmo ano das eleições presi-

denciais. Apesar das aparentes diferenças entre esses dois eventos eles têm mais semelhanças do que se imagina.

“Em ano de Copa do Mundo somos embriagados pelos ape-los em verde e amarelo, levados a torcer, gritar, sonhar”.

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Você pode não concordar ou até não se convencer, mas política e fute-bol costumam andar juntos. E como costumam. Depois que o Congresso decidiu reduzir os mandatos presi-denciais para quatro anos e, coinci-dentemente, as eleições caírem sem-pre em ano de copa, a proximidade entre política e futebol ficaram maio-res. A Constituição de 88 havia fixado mandatos de 5 anos sem reeleição. Só que apenas José Sarney exerceu mandato por este período. Antes dele, exerceram mandatos de 5 anos os presidentes Eurico Gaspar Dutra, Juscelino Kubitschek e Ernesto Gei-sel. As constituições anteriores a de 88 fixaram mandatos de quatro, cinco e seis anos, mas o único a abocanhar mandato de seis anos foi João Batista Figueiredo.

O historiador Gilberto Agostino, pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro, defende em seu tra-balho Vencer ou Morrer: futebol, geo-política e identidade nacional, que as relações entre Estado e futebol sem-pre foram nebulosas, especialmente nos Estados autoritários, o que não equivale a dizer que dirigentes elei-tos democraticamente também não tenham procurado se apropriar do prestígio que o esporte oferece, apro-veitando-se da fama que equipes e jo-gadores conquistam em campo. “Tam-bém não foram poucos os governos - e não só no Brasil ou América do Sul - que trataram de consolidar a idéia de orgulho nacional através das vitórias de seus selecionados”, lembra.

Em ano de Copa somos embriaga-dos pelos apelos em verde e amarelo, levados a torcer, gritar, sonhar. Um sonho mágico, uma alegria iminente, como se fosse um remédio para curar todos os males. E ai de quem ousar di-zer que torce contra o Brasil na Copa.

As cenas são tão repetitivas e co-muns que nossa mente pode até ante-vê-las. TVs ligadas de manhã, de tarde, noite e até de madrugada. Gente de verde e amarelo em tudo o que é can-to. Nos botecos, debates acalorados regados a cerveja ou cachaça tentam adivinhar quais serão os resultados dos jogos do Brasil. Praças públicas

coloridas e ruas pintadas com a Ban-deira Nacional ou quem sabe com um de nossos craques. Nos telejornais e periódicos, espaços generosos ge-ram uma avalanche futebolística sem precedentes. Enfim, nesse terreno fértil, a publicidade e a política usam e abusam. “Sentimentos patrióticos afloram, o nacionalismo e os símbolos nacionais são recuperados”, lembra Paulo D Ávila Filho, cientista político, professor do Departamento de Socio-logia e Política da PUC-Rio.

Na época dos impérios os gover-nantes desesperados faziam da estra-tégia do pão e circo o último recurso para deter a queda inevitável. Claro, o Brasil não é império e nem está que-brado ou por cair em ruínas, mas nem por isso – como dissemos no início - está imune a ver a Copa do Mundo ser apropriada como instrumento de campanha política.

A mídia, em geral, nas previsões econômicas que tem feito tem de-monstrado bastante otimismo quan-to ao futuro do país. Como já pode-mos prever, esse otimismo tende a aumentar no decorrer do processo eleitoral que se aproxima, especial-mente nutrido pela propaganda go-vernamental. E é claro que, se nossos marqueteiros políticos conseguem encontrar relação entre cerveja, mu-lher bonita e futebol, como não iriam se aproveitar desse momento “subli-me” e vender o peixe dos políticos de plantão? Atendo-nos somente às eleições para presidente, da parte dos chapa-branca há uma lista de previ-síveis itens que os marqueteiros pró--Dilma tentarão desfilar. Dólar e Risco Brasil lá embaixo, salário mínimo na faixa dos R$ 200 dólares, dívida com FMI saneada, camada pré-sal, bolsas (família, gás, escola, etc), construção de universidades e escolas técnicas, recuperação da malha viária e dupli-cações de rodovias, a popularidade de Lula, o retorno do crescimento, enfim, a candidata da situação terá um longo rosário pra rezar, até por que vai pe-gar carona num governo de oito anos. Do outro lado, o líder das pesquisas de opinião até agora e principal nome da oposição, José Serra (PSDB), ten-

tará desqualificar o que o PT e seus aliados cantarem como conquistas e buscará convencer o eleitor de que o melhor plano de governo quem tem é José Serra. São componentes de um cardápio recheado, oferecido a um povo sabidamente acrítico e sempre sedento de boas notícias. “É impor-tante salientar, neste contexto, que o movimento histórico não é linear e as eleições ocorrem como um passe de mágica, rápido. O envolvimento emocional do eleitor é comparável ao do torcedor. Ambos criam um cenário imaginário para a resolução de todos os seus problemas, sejam eles quais forem”, diz o professor Eduardo Búri-go de Carvalho, de Tubarão, filósofo, mestre em Ciência Política e Sociolo-gia e doutor em Educação. Búrigo de Carvalho lembra que sociólogo e pa-dre, Fernando Bastos de Ávila, quan-do trata da personalidade do brasilei-ro apresenta as características muito próprias deste cidadão. Este aspecto de semelhança entre o cidadão e o torcedor é algo inerente ao seu pro-cesso histórico construído.

Ainda de acordo com o professor Eduardo, muitas pesquisas que se tornaram dissertações de mestrado e teses de doutorado afirmam catego-ricamente a influência direta de re-sultados de partidas de futebol com a turbulência e até nos índices de de-linqüência. “Claro, não poderíamos ser, neste momento, tão ingênuos de imaginar uma ligação direta: parada de jogo resulta em aumento de de-linqüência, mas podemos imaginar certa correlação. O entusiasmo das massas e o seu júbilo por uma con-quista esportiva ultrapassam qual-quer expectativa racional. Da mesma forma, uma conquista eleitoral leva

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Feriados e datas comemorativas tradicionalmente movimentam a eco-nomia. Em ano de Copa do Mundo e eleições não poderia ser diferente. Aproveitar essas duas oportunidades para gerar mais negócios virou rotina para os empresários que atuam nos setores tradicionalmente ligados aos eventos, como lojas de artigos espor-tivos, gráficas, indústrias de brindes, agências de turismo e empresas de eventos. Outros segmentos também podem se valer dessas datas para ti-rar uma “casquinha”. Mas é bom ir com cautela. É preciso levar em con-sideração a possibilidade de o Brasil não passar da primeira fase e, se isso ocorrer, o torcedor não vai nem que-rer lembrar da Copa, muito menos comprar qualquer coisa relacionada ao nosso selecionado. Quem estocou mercadoria, por exemplo, pode levar um tufo e tanto.

Para Paulo Lofreta, presidente na-cional da Central Brasileira das Em-presas de Serviços (Cebrasse) Não só a Copa e as eleições, mas também o início dos preparativos para sediar a Copa de 2014 trazem um cenário po-sitivo para 2010. “Os serviços estão diretamente ligados com a indústria e às exportações, que voltarão a crescer.

os eleitores a uma manifestação de alegria incontida que, muitas vezes, leva uma atitude de turba ou turba-multa (multidão de gente em atitu-des agressivas e até destrutivas)”, explica Búrigo de Carvalho.

No imaginário do torcedor ou do eleitor seus problemas econômicos, familiares, sociais e até pessoais es-tão sendo resolvidos naquele mo-mento de excesso de euforia coletiva.

O problema é que, passada a Copa do Mundo, sendo o Brasil campeão ou não, nossos problemas não vão embora. E passadas as eleições, ven-ça ou não nosso candidato, a postura coletiva é de apatia e falta de cobran-ça do plano de governo do vencedor. Lembra da frase que diz que cada povo tem o governo que merece? Costuma-se usá-la com dois equívo-cos: o primeiro é que não foi dita por Charles De Gaule, a quem tem sido comumente atribuída, mas sim por Joseph De Maistre, que viveu no sé-culo 17. O segundo equívoco é que ele não a usou para criticar maus go-vernos e sim para condenar a postura de quem os elegeram: o povo.

O estudante Wemerson Marinho diz que a sociedade, em grande par-te, é culpada pela corrupção e má administração do dinheiro público. “A sociedade não tem estado compro-metida com seus candidatos após o dia da eleição”. Segundo ele, vota-se e espera-se que o candidato que ele-gemos faça um bom governo, mas se ele não fizer, o máximo que fazemos é mudar de candidato na próxima elei-ção, o que é pouco.

O analfabetismo político é uma praga que assola nosso país desde o nascimento. A maioria das pesso-as perdeu a esperança em relação a política e acha que todos são ladrões, que a corrupção é irreversível. E o que fazem para mudar?

No final de abril, a 45 dias do início da Copa, o técnico da seleção brasileira Dunga se irritou com as gracinhas de humoristas em frente à sua casa, em Porto Alegre, pedindo a convocação do jogador Neymar, do Santos. Ele chamou a polícia, que foi in loco dar um chega pra lá na equi-pe. O caso virou manchete em quase todos os veículos nacionais. Sem en-trar no mérito se Dunga tem ou não o direito de se comportar dessa for-ma, pelo cargo que ocupa, a pergunta que se faz é: quando foi a última vez que se teve notícia de uma equipe de humoristas fincar pé em frente à casa de político ou governante para cobrá-lo sobre determinada posição ou postura? O governo federal quer empurrar goela abaixo a instalação da usina de Belo Monte. E temos no-tícias de quantos protestos em frente à casa do presidente Lula?

Junto com o início das obras de prepa-ração do país para sediar a Copa do Mundo 2014 e as eleições, tudo indica que 2010 será muito bom para o setor de serviços, especialmente. O governo é o maior contratante dos serviços, e quando implementar obras, as em-presas ganham aumento substancial e contratamos mais trabalhadores. Os governadores vão concluir obras e isso certamente ampliará as boas perspectivas para o próximo ano”, diz.

Mas há comerciantes e até seto-res que ficam com o pé atrás em anos como o de 2010. O setor de turismo brasileiro, por exemplo, começou 2010 otimista, mas tem demonstrado preocupação com o que considera os ‘dois obstáculos’. “A Copa acontece em um período normalmente forte para o turismo, mas o setor é prejudicado porque muita gente prefere ficar em casa para acompanhar os jogos em vez de viajar”, afirma Guillermo Al-corta, presidente da Panrotas, uma empresa brasileira que atua há 35 anos na indústria do turismo. Quanto às eleições, a obrigatoriedade do voto também reduz as viagens. “Além dis-so, em ano de eleição presidencial, os cenários são atípicos e pouco convi-dativos para viagens”, diz Alcorta.

COPA E ELEIÇÕES PODEM SE TORNAR DATAS PARA BONS NEGÓCIOS

Mas não é só essa a forma de co-brança que a sociedade pode exercer. Algumas dicas são:

1) Conheça o candidato em que você está votando. O acompanha-mento do eleitor médio no Brasil é superficial, inconstante e irregular, o que facilita que políticos corruptos alcancem o poder. Na Internet, exis-tem várias ferramentas de busca e si-tes especializados em mostrar a bio-grafia do candidato. Pelo site do TSE (http://www.tse.gov.br) você poderá saber detalhes de todos os candida-tos do Brasil inteiro, especificando a região que quiser. Entre as possibili-dades, o site informa a declaração de bens, a prestação de contas e o pro-cesso de candidatura de cada can-didato, além de informar o grau de escolaridade, nacionalidade, natura-lidade e muitos outros detalhes.

2) Tenha contatos para futuras cobranças. Quase todos os candida-tos possuem um meio público para comunicação com seus eleitores. Seja e-mail, telefone ou endereço. Depois de examinar a candidatura e escolher

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Carlos Chagas, um dos mais res-peitados jornalistas políticos do país, com mais de meio século de atuação escreveu recentemente um artigo no qual resgata a história das conquistas e fracassos de nossos ex-presidentes. Chagas conclui que não há como vin-cular a conquista da taça com a po-pularidade dos presidentes. “O mais popular deles, Getúlio Vargas, perdeu três vezes a Copa, ainda que Juscelino Kubistchek, festejado pela população, tenha vencido”.

O primeiro presidente da Repúbli-ca campeão do mundo foi Juscelino Kubitschek, em 1958. João Goulart, em seu curto período, também foi, em 1962. “Dos generais-presidentes, só Garrastazu Médici conseguiu come-morar a vitória, em 1970. Depois, Ita-mar Franco, em 1994, para chegarmos ao penta em 2002, com Fernando Hen-rique”, escreveu.

Os derrotados são: Washington Luís, na primeira Copa, em 1930, Ge-túlio Vargas, em 1934 e 1938, Eurico Dutra, em 1950, novamente Getúlio Vargas em 1954, mais tarde Caste-lo Branco, em 1966, Ernesto Geisel, em 1974 e 1978, João Figueiredo, em 1982, José Sarney, em 1986, Fernando Collor, em 1990, Fernando Henrique, em 1998, e Luiz Inácio da Silva, em 2006. “Mas como explicar a sorte de Garrastazu Médici, aquele da repres-são e da censura, ou de Fernando Hen-rique, das privatizações? É verdade que Itamar Franco, deixando o poder com 70% de popularidade, também ganhou”. Respeitando a tese de Chagas, apesar da popularidade estratosférica de Lula, a eleição de sua sucessora está longe de ser assegurada. Realmente, não há vínculo entre a performance dos nossos craques e a dos presiden-tes da República. Ou em 2006, com o Lula no palácio do Planalto, também não perdemos?

“O campeonato que o primeiro--companheiro (ironia de Chagas no tratamento ao presidente) precisa vencer é outro, o das eleições para sua sucessão. A esse respeito, depois da República Velha, exceção dos militares que não disputavam o voto popular, to-dos quebraram a cara, menos Itamar Franco, que elegeu Fernando Henri-que. Em suma, o Lula poderá vencer a Copa do Mundo e perder a sucessão com Dilma Rousseff. Ou vice-versa. Ainda que também possa ganhar as duas. Ou ser derrotado em ambas”, diz Carlos Chagas.

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um candidato que tenha aptidão ad-ministrativa e passe uma confiança pelo seu histórico, é hora de gravar as promessas e cobrá-las posterior-mente.

3) Saiba como funcionam as elei-ções. Novamente, o site do TSE é um dos mais completos sobre os políti-cos. Conhecerá o que pode ou não ser feito, o que é legal ou não. Clican-do no link http://www.tse.gov.br/internet/eleicoes/estatistica2008/est_cand/cargoOcupacao.htm é pos-sível ver todas as estatísticas das eleições.

4) Se relacione com pessoas bem informadas e esclarecidas. Esse re-lacionamento será benéfico para a qualidade de escolha do candidato. Procure comunidades em redes so-ciais que falem sobre política e evite pessoas negativas que criticam mui-to, mas agem pouco ou nada.

5) Não venda seu voto nunca. Dignidade não tem preço. Quem ven-de o voto não tem moral nem digni-dade para cobrar nada, de ninguém, tampouco de um político. Corrupção tem duas faces: do corruptor e do corrompido.

Voltando ao quadro nacional de eleições, Eduardo Búrigo diz não ter dúvidas de que o embate se dará no projeto político dos candidatos

e, principalmente, no envolvimento pessoal. “O carisma pessoal ainda é no Brasil uma marca que impõe mo-delos. Desta forma, saber que o mo-delo econômico do candidato Serra, por exemplo, é fundamentado na teoria de terceira via (uma corren-te da ideologia social-democrata, na qual se inspiraram os fundadores do PSDB), de Hutton, é menos importan-te para o eleitor do que sua vitória nas urnas. Aqui outra coincidência com o futebol. Ao torcedor interessa menos as táticas do treinador do que o resultado prático. Em 1982 fomos a melhor seleção em tática, em per-formance, em talentos individuais, mas o que ficou? Derrota”, diz.

“Outra característica do brasilei-ro é o imediatismo: o aqui e agora. Nosso planejamento em longo prazo não tem tido acertos significativos. Há quem diga que um país de qui-nhentos e dez anos tem ainda tudo por fazer. Continuamos com uma população muito desigual em todos os aspectos: social, econômico, cul-tural, religioso e etc. Seria altamen-te importante que a nação brasilei-ra usufruísse a riqueza do país (6ª economia mundial) em seu benefí-cio. Para isto, como no futebol, seria importante a atuação imparcial do árbitro, que banisse a corrupção. O jogo tem que ser leal, que vença o melhor. Nas eleições a premissa deve ser a mesma”, concluiu o pesquisa-dor e professor Eduardo.

SUCESSO NA PRESIDÊNCIA NÃO GARANTE VITÓRIA NAS URNAS

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ICMS MUDANÇA NADISTRIBUIÇÃO

Por 21 votos a favor e 14 contra o plená-rio da Assembléia Legislativa derrubou no último dia 27 de abril, o veto total ao pro-jeto de lei 0484/09, de autoria de deputado Valmir Comin (PP), atualmente licenciado, que institui o Grupo de Trabalho destinado a executar as tarefas inerentes à fixação dos Ín-dices de Participação dos Municípios (IPM).

Do total de ICMS arrecadado no Estado, 25% é distribuído eqüitativamente aos 293 municípios. Acontece que os municípios não concordam com a forma como é feita a dis-tribuição e com alguns critérios adotados pela Secretaria da Fazendo do Estado. “Só a Amrec (Associação dos Municípios da Re-gião Carbonífera) tem 11 mandados de se-gurança pelas perdas que entendemos que temos com a SC-Gás, que o governo insiste em mandar o ICMS da movimentação finan-ceira daqui, para a Capital, onde fica a sede da empresa”, diz o coordenador do Movi-mento Econômico da Amrec, Sérgio Tiscoski, há 10 anos também exercendo a função de secretário do Grupo de Trabalho que atua di-

Assembléia derruba veto do governador e man-tém projeto que reestrutura distribuição de impostos aos municípios catarinenses.

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retamente na avaliação do movimento eco-nômico. Na prática, a aprovação do projeto torna lei o que já está previsto por uma por-taria, de 1991, que é justamente esse Grupo de Trabalho.

O Grupo tem a tarefa de conferir, auditar e promover ajustes no banco de dados da Secretaria de Estado da Fazenda, relativas às informações prestadas sobre as operações fiscais e contábeis dos contribuintes, diretas ou indiretas, com o objetivo de apurar o IPM. A diferença é que, sendo lei, o que Grupo recomendar para ser cumprido, não ficará sujeito à vontade política do governador que estiver no cargo. “O projeto vem propiciar garantias aos municípios catarinenses quan-to ao cálculo e formatação do IPM quanto à sua transparência, lisura e correção, tratan-do-se de uma matéria de profundo alcance econômico-social, com ampla repercussão na vida dos munícipes”, diz o deputado licen-ciado Valmir Comin.

Segundo Sérgio Tiscoski, entre as discre-pâncias existentes na atual política de dis-

tribuição do ICMS, destaca-se a de o Estado considerar as tradings (empresas prestado-ras de serviços de importação e) como gera-doras de ICMS, o que não é aceito pela maio-ria dos municípios. “Calculo que somente os 10 municípios da Amrec perderam cerca de R$ 3,8 milhões no ano passado para tradin-gs de Itajaí. Não concordamos com isso” diz Tiscoski.

O Grupo de Trabalho será constituído pelo diretor de Administração Tributária da Secretaria de Estado da Fazenda e pelos secretários executivos de cada uma das as-sociações de municípios, ou representante credenciado com vínculo empregatício com a associação ou município participante.

O autor do projeto é o deputado Valmir Comin (acima), que recebeu o voto de mais 20 parlamentares.

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BEBENDO VINHO,RESPIRANDO HISTÓRIA

Amadio Vettoretti, 71 anos, é um homem incomum. Inquieto, curioso, cético, crítico e desconfiado, já du-rante os primeiros estudos, no semi-nário, contestava perante os padres os escritos da Bíblia. Não durou mui-to tempo para eles desencorajarem o então rapazote a seguir o sacerdócio. “Eu era uma encrenca. Como é que eles iriam querer alguém que não di-zia amém pras coisas”, justifica. De-pois de alguns anos perambulando em vários ofícios e já casado, na dé-cada de 70 Amadio entra para o cur-sos de História, na Fesc, depois Uni-sul, e confirma aquilo de que já tinha convicção: seu mundo era a história. “O historiador nasce, não se forma”, diz. Apaixonado por um bom vinho e bom entendedor do assunto, Amadio brindou a equipe da MeuSUL com sua presença no Cabana Gril. Antes de escolher o vinho, correu o dedo no cardápio de A a Z na lista de vinhos da casa e teceu comentários para cada um deles, com adendos sobre os países e adegas onde foram feitos. Assim é Amadio em suas pesquisas históricas: detalhista e perseverante. “Eu não sou de plagiar, não sou com-pilador e nem parafraseador. Eu tra-balho com documentos nos arquivos”, define-se.

E foi também nesse clima que o homem que criou o Arquivo Público de Tubarão e se mantém a frente do órgão desde 1985, recebeu nossa ho-menagem pelos serviços prestados à sociedade. Especialista em Anita Garibaldi e enchente de 74, Amadio falou à MeuSUL um pouco mais de história e de sua história. Claro, de-pois de uma boa massa, regada a um Malbec La Linda, de Mendoza, Argen-tina. Confira.

“Historiador não se fa-brica. Tem que gostar, ter alma”.

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MeuSUL – Qual o principal ele-mento motivador para o historiador?

Amadio – O historiador não se fabrica. Ele tem que, primeiro, gos-tar de história e ler. Não é o diploma, o curso na universidade, mestrado, doutorado ou PhD vai torná-lo um historiador. É o trabalho. Tem que gostar, ter alma.

MeuSUL - E como começou sua história como pesquisador?

Amadio – Quando eu estava lá em United States of Lageado (Risos. Amadio se refere à comunidade de Lageado, interior de Treze de Maio, onde nasceu) eu lia a Bíblia, a his-tória sagrada. Aquilo aí, na minha concepção, colocou o povo judeu no centro do mundo, aquela coisa toda. Eis que quando vou estudar no semi-nário, descubro que os judeus vieram muito, muito tempo depois. Foi uma decepção. Daí em diante em passei a questionar tudo. Transformei-me num inquisidor. A partir disso eu passo a ler. Ler sempre faz esclarecer certas coisas. Quando passei a viajar, quando eu encontrava uma livraria eu entrava e comprava alguma coisa histórica, nem que fosse um romance, mas relacionado com história. Passei a gostar. Voltei a estudar depois de uma certa idade. Já tinha filhos e pre-cisava dar o exemplo a eles. Fiz ves-tibular na Fesc (hoje Unisul) e tirei primeiro lugar em tudo, depois de 16 anos sem sentar num banco escolar. Ou seja, eu estudava para meu uso in-terno.

MeuSUL – E como se deu efetiva-mente teu ingresso nesse universo?

Amadio – Fiz o curso de História e aí veio a enchente, em 74. Aí fiz um documentário da enchente. Foi um su-

cesso. Comecei a pesquisar o proble-ma de enchentes e aí não parei mais. Agora vou lançar mais um livro, até o final do ano, bem documentado. Nes-se livro eu levantei todas as enchen-tes que teve em Tubarão – até onde pude pesquisar, claro – de determi-nado tempo pra cá, afinal enchentes acontecem a milhares de anos.

MeuSUL – O senhor falou que já

no seminário o senhor encontrou a primeira grande contradição históri-ca. As principais descobertas que o senhor fez o senhor as encontrou nos livros clássicos de história ou em pe-quenos alfarrábios e “sebos” da vida?

Amadio – Primeiro eu passei a questionar os autores. Os autores se baseavam em que e em quais docu-mentos? Ou seja, a credibilidade do autor. Se o autor é consagrado a gente dá crédito. Outros a gente coloca em dúvida.

MeuSUL – É como uma vinícola boa. Uma vinícola boa não bota vinho ruim no mercado...

Amadio – Com certeza. Uma boa vinícola ela sempre vai fazer aquilo que lhe deu o nome. O proprietário dela também tem que ter alma do vi-nho. Se não tiver, não sai vinho bom.

MeuSUL – O historiador precisa

conquistar essa credibilidade, então? E tendo essa credibilidade, já é um passo grande pra se respeitar aquilo que ele escreve?

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Amadio – Perfeitamente. E no meu caso, especificamente, já que fiz várias correções da história de Tuba-rão. Um deles foi destituir o mito do fundador do município. O historiador tem o direito de errar até 10% do es-creve. Eu não posso errar nada. Se er-rar o pau pega. Eu escrevo pouco, mas o que escrevo é um documento. Faço questão de frizar. É uma questão de seriedade e respeito às pessoas que vão me ler. Se não, essas pessoas vão me cobrar. Ou a própria história vai me cobrar. É uma responsabilidade muito grande. Eu não sou de plagiar, não sou compilador e nem parafra-seador. Eu trabalho com documentos nos arquivos.

MeuSUL – O senhor também des-

mistificou a informação quanto ao lo-cal de nascimento de Anita Garibaldi. Foi essa descoberta que lhe deu maior visibilidade enquanto historiador?

Amadio – Essa descoberta inclui--se nos meus estudos sobre a histo-ria de Tubarão. Os historiadores an-teriores fizeram seu trabalho dentro de seus limites. Nada a contradizer. O problema é que tem que ver o que foi Tubarão em determinado contexto na-cional. Por que a história não é estan-que. Ela tem um arcabouço. Entra num contexto maior. Uma biografia de uma pessoa ilustre não fica na casa dela.

Ela vai longe. Por exemplo, a história da Companhia Siderúrgica Nacional – CSN envolve todo o Sul do estado. Não se limita a Tubarão, Capivari e redon-dezas.

MeuSUL – Mudando o rumo da con-versa um pouco. Como está sendo pos-ta a história para os estudantes, seja do ensino fundamental, universitários etc? De que forma crianças e jovens estão sendo iniciados e incentivados a buscar história, a tratar da história como ela merece e precisa?

Amadio – Se o professor não tem o arcabouço da história que ele tá le-cionando e se ele ler pouco, ele não vai transmitir entusiasmo. Existe profes-sores bons, evidentemente, mas soa poucos. Aquele que tem alma, garra e vasto conhecimento, transmite. Estou falando de Tubarão apenas. Na rede (municipal e estadual de ensino) o pessoal lê pouco. Na própria univer-sidade, se o professor der um capítulo pro aluno ler, ele não vai dialogar com o livro todo. Ele lê só aquilo ali, por que botaram a arma na nuca. Ele não vai se interessar para ler o livro inteiro. Pri-meiro por que não foi motivado. His-tória é motivação. Leitura é motivação.

MeuSUL – Hoje em dia está difícil até formar novos professores de histó-ria. O MEC já percebeu isso há tempo.

Não há interesse, além do salário que não ajuda. Onde está a raiz do proble-ma?

Amadio – Vem de longe. Olha, até a chegada do D. João VI era proibido ler um livro no Brasil. No Brasil colônia não se lia. Depois, por conseqüência vai se prolongar. Vem o sistema jesu-ítico, a censura, entendeu, isso tudo marcou para o desestímulo à leitura. Os próprios autores foram presos. Ora onde já se viu, Monteiro Lobato foi castigado e perseguido pela polícia e pela igreja. Hoje o Brasil tá mudando, mas os resquícios que aí estão... preci-sa mudar muita coisa. Precisa estimu-lar os professores, inclusive pagando melhor. Tá difícil hoje ser professor. Aí quando vai para a universidade tá tudo despreparado. Por quê? Não tem base. Olha, nós estamos perdendo para a Bo-lívia no setor primário.

MeuSUL – E isso se perpetua, não

é? Os principais artigos acadêmicos na América Latina são dos países de língua espanhola. Raros são de brasi-leiros.

Amadio – Olha os autores argenti-nos e como se lê por lá...Nós não lemos. Olha nosso trabalho científico.

MeuSUL – É pífio? Amadio – Insignificante. Pífio, com

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Na foto, com toda sua simpatia, a revista MeuSUL em mãos e a placa em homenagem a anos de dedicação a nossa história.

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PRESERVE ESSA IDEIA

A degradação do meio ambiente vem sendo foco de ações, geralmente isoladas, em todo o mundo. Extremamente neces-sários já que pelos cálculos da ONU, a esti-mativa é um aumento de dois bilhões nos próximos 40 anos. Hoje são quase sete bilhões. O cenário a ser imaginado é, mais casas ou prédios, mais lixo, mais proble-mas de saúde, menos áreas verdes e me-nos alimentos por habitante.

Os governos, cientes desta situação, passaram a discutir, criar alternativas, aprovar leis que tem como foco a pre-servação. Porém, ainda que sejam em pequenas quantidade e espalhadas entre as 197 nações, interessante mostrar que algo é feito pelo planeta onde vivemos e que há pessoas, preocupadas em deixar condições melhores que as de hoje para as futuras gerações. A adoção de práti-cas que garantam a sustentabilidade, de-senvolvidas em comunidade vão desde a correta destinação dos resíduos domés-ticos, a proteção dos mananciais, plantio de árvores, a reciclagem de lixo, a coleta seletiva, reaproveitamento de alimentos e materiais.

Não são raros os trabalhos desenvol-vidos para melhorar a relação entre os animais dito ‘racionais’ e meio ambiente. Vamos nos ater àquelas realizadas em nossa região, como as desenvolvidas pela Associação dos Agricultores das encostas da Serra Geral (Agreco), uma organização solidária que atua na preservação da vida e da natureza, na qual estão associados aproximadamente 100 produtores rurais.

Dentre os parceiros vale citar ainda a participação da Acolhida na Colônia que trabalha o desenvolvimento do agroturis-mo. Além da assistência técnica, os par-ceiros participam de cursos, palestras e estudos que informam e orientam sobre a importância da participação e do engaja-mento nesses projetos e nessas soluções simples para fomentar a sustentabilidade e a conservação do meio ambiente. Todos estes conhecimentos são aplicados nas propriedades e demonstrados aos turis-tas que visitam a região. A grande pro-cura por esta forma de turismo, mostra a expansão desta consciência, tanto para os turistas que levam um pouco mais de informações para seu meio, como para o empresário rural que se sente mais enga-jado no processo.

Também é possível avaliar este com-promisso, ao comparar as atividades de-senvolvidas com o interesse de grandes empresas. Uma das principais atividades desenvolvidas na região das encostas da serra é a fumicultura. Atrelada a ela está o uso continuo e desmedido dos agrotó-xicos. Isso até pouco tempo, pois desde

O mundo passa por um momento de conscientização sobre o meio ambiente. O que fazer para minimizar os ataques feitos a ele. É interessante optar por reduzir a produção para que menos gases sejam lançados na atmosfera, ou o melhor é preservar áreas como forma de equilibrar os prejuízos.

“A adoção de práticas como coleta seletiva, re-ciclagem e reaproveita-mento, garatem a susten-tabilidade”.

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2007, a Souza Cruz, indústria do tabaco, começa a construir sua produção também baseadas na sustentabilidade. Ela se aliou a Acolhida na Colônia para desenvolver a produção com tabaco orgânico e obteve bons resultados.

Empresa Sustentável

A região tem bons exemplos de preo-cupação com a preservação e com o meio ambiente. Um dos mais conhecidos, até mesmo no país é o desenvolvido, desde 1998, pela indústria de injetados Straw-plast, localizada em São Ludgero.

A preocupação com o lugar onde vive-mos sempre esteve entre as prioridades do fundador da empresa, Marcos Schlick-mann. Desde 2002, na nova sede, um dos empenhos da diretoria é manter preser-vadas as reservas legais do entorno, como mata nativa, nascentes.

Com todos estes cuidados, aliados à expansão normal, a empresa se tornou a primeira do ramo de descartáveis a obter a certificação International Organization for Standardization (ISO) 14001/2000, ou Organização Internacional de Normali-zação. O certificado é uma espécie de nor-mas e diretrizes ambientais a serem alcan-çadas pelas empresas. Vale destacar que para chegar a este nível, não são somente medidas em relação ao meio ambiente da empresa que devem ser seguidas. A gestão da empresa deve ser voltada para consciência coletiva de preservação, in-forma o diretor industrial, Sandri Niehues Schlickmann. Neste processo estão envol-vidos, os veículos da frota que passam por inspeções há cada seis meses, colabora-dores, estes, além de informações repas-sadas no momento da integração, passam por um período de monitoramento e re-gularmente participam de cursos de atua-lizações. “Além da preservação territorial, as diretrizes implicam em várias ações de conscientização junto aos colaboradores, como também a reutilização e venda dos subprodutos”, informa .

Fornecedores, clientes também estão envolvidos neste processo. No caso da retirada dos materiais, a empresa con-fecciona uma declaração detalhada dos produtos, sejam sólidos ou líquidos. “Pro-curamos dar o destino correto a todos os produtos não utilizáveis, assim, apenas empresas licenciadas podem retirar o ma-terial. Desta forma estimulamos outras empresas a se adequarem, fazer a coisa certa”, explica o diretor. Por seguir as dire-trizes, a Strawplast atingiu todos os níveis solicitados.

Na região há ainda aqueles que traba-lham explorando o solo, mas têm sensibi-

lidade em perceber os danos e trabalhar no caminho da preservação. Caso da Pa-vimentadora e Construtora Falchetti Ltda. Desde os anos trinta a empresa trabalha com pavimentação e britagem. Com as mudanças, passou a realizar ações efeti-vas de preservação ambiental. O “Projeto Ambiental Falchetti” já plantou mais de 10 mil mudas de vegetação nativa. Além desta ação realiza coleta seletiva do lixo, minimização do pó em suspensão e está iniciando o aterramento de uma área já explorada de 4000m2 para refloresta-mento.

Nas escolas

A realidade não é diferente dentro das instituições de ensino. Para desenvolver a consciência de preservação e boas práticas no futuro, muitas delas atravessam o ano executando projetos relacionados a rea-proveitamento e reciclagem de materiais. O re-uso trouxe economia, mas também uma nova forma dos alunos contribuírem para mudar o atual cenário de descaso.

É o caso do projeto idealizado pela educadora Vanderléa Sabino da Silva Eing. De uma idéia implantada com sua própria família, ela conseguiu o apoio de colegas e alunos. O projeto de reciclagem de óleo de cozinha para a fabricação de sabão caseiro foi adotado pela instituição onde trabalha. “Precisamos ultrapassar nossa barreira, entrar na sociedade e realizar ações para resolver os problemas locais, mas que afe-tam um grande número de pessoas, para depois de criar a consciência local partir para uma atuação mais ampla”, enfatiza.

Após a divulgação de porta em porta dos alunos, dentro da comunidade, a esco-la virou o centro de coleta do material. Até o momento, o projeto tem garantido bons resultados e muitas parcerias com morado-res que além de realizar a doação, também recebem o conteúdo para produção do ma-terial de limpeza.

Há discriminadas aqui poucas, das muitas ações realizadas pela região, estado e outras ainda mais amplas, o principal a se revelar é que, as pequenas ações podem ser decisivas em relação ao mundo que quere-mos entregar para as próximas gerações.

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Recebemos e-mail da coordenado-ra pedagógica da Escola Fábio Silva, de Tubarão, solicitando exemplares atra-sados da revista e das novas edições. A professora diz que os alunos “adora-ram a revista” pelas reportagens trazi-das na edição de abril e que ela servirá de fonte de pesquisa para os alunos. Além dessas, o colégio Dom Joaquim, de Braço do Norte e a biblioteca muni-cipal de Grão- Pará também fizeram a mesma solicitação.

Recomeço

Depois de um bom período dedicado quase que exclusivamente à assessoria à gestão pú-blica, volto a escrever periodicamente em um órgão de imprensa. Desta vez, para a promis-sora e pioneira revista MeuSUL, do amigo Ivo Coan, jovem empreendedor e um entusiasta do ramo. Além de contribuir nas reportagens da MeuSUL passo a assiná-la como jornalista res-

A Indústria de Fosfatados Catari-nense - IFC pode até vir a conseguir permissão pra se instalar em Anitá-polis, mas a resistência dos que veem nisso a destruição da região é grande. E já colhe resultados. Depois de ter a Licença Ambiental Prévia (LAP) sus-pensa em primeira instância, a Vara Ambiental do Tribunal Regional Fe-deral (TRF) negou por unanimidade o recurso da empresa. A decisão acon-teceu uma semana depois de mais

É lamentável a situação do Museu ao Ar Livre, de Orleans, um dos pontos turísticos mais visitados do município e da região. O abandono do poder público e a falta de interesse da iniciativa pri-vada em manter o local limpo e sinali-zado mostram que o turismo e a cultura continuam ficando em segundo plano. Não me venham com discursos fisiolo-gistas e demagógicos.

Cresce a cada semana a quantidade de projetos a entrar nas câmaras municipais prevendo a proibição do uso das chamadas pulseiras do sexo nas escolas da rede municipal. O último foi na de Braço do Norte, de autoria do vereador Roberto Kuerten Marcelino (DEM). O projeto foi aprovado na sessão do dia 26 de abril. Pedagogos, na maioria, reprovam a proibição. Tem mais: educação se dá no seio familiar.

“A falsa modéstia é o último requinte da vaidade” Jean de La Bruyère (1645-1696) escritor francês

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ponsável. Também terei esse espaço regular-mente para que possa fazer algumas reflexões a cerca dos fatos, sejam lá onde aconteçam ou tenham acontecido. É uma honra poder fazer parte desta equipe e compartilhar o sonho de que é possível oferecer uma revista com credi-bilidade, bem escrita, atraente e de relevância editorial.

Escola adota MeuSUL Resistência

Ao ar livre e a Deus dará

Saiu no dia 17 de abril a sentença da Justiça Federal na ação movida contra um dos principais assessores do governador Luiz Henrique, no primeiro mandato. Aldo Hey Neto foi condenado a 14,5 anos de prisão por cor-rupção. Foi preso à época com muito dinheiro em casa, dólares e reais. Foi uma bomba, mas politicamente bem abafada. O episódio provocou a demissão do então secre-tário da Fazenda, Max Bornhouldt. Tá, e os chefões não pegaram nenhum dia de cadeia

14 dias na cadeia

A conclusão da elaboração de seus Planos Diretores tem mostrado uma realidade comum entre os municí-pios: a falta de capacitação técnica para elaborá-los. A maioria ainda não tem seu plano pronto ou aprovado. Claro que tem uma coisinha aí que precisa ser dita. Tem prefeitinho por aí puxando o freio do Plano Diretor pra retardar a aplicação do mesmo o máximo possível. É que enquanto isso seus amiguinhos e eles mesmos se bene-ficiam de leis municipais antigas, que são verdadeiras mães.

Incompetência ou má fé?

Palhoça nunca quis e tanto pressionou que conseguiu se livrar de um entulho chamado praça de pedágio. Vai tirar de seu território a praça instalada na Br-101. O problema é que ela virá mais para o Sul, em Paulo Lopes. A previsão é que em uno, no máximo, já esteja em novo endereço. Sem dúvida, uma prova de força política que há muito não se vê por estas bandas.

Envie comentários e sugestões [email protected] e participe desta coluna.

Que inveja

O sexo e as pulseiras

uma audiência pública, desta vez em Laguna. Por sinal a empresa sequer mandou representante. Desde setem-bro do ano passado, a IFC luta para derrubar a liminar da juíza da Vara Federal Ambiental de Florianópolis, Marjorie Cristina Freiberger Ribeiro da Silva. A decisão foi baseada na Lei de Proteção da Mata Atlântica, cuja regra não admite a supressão de vege-tação secundária em estado avançado de regeneração.

Revista MeuSUL circulou entre os vereadores du-rante a apresentação do projeto anti-pulseiras.(na foto, a vereadora Maria Kulkamp)

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VEDETE DO ESTADO

Dados do IBGE sobre o Produto In-terno Bruto-PIB da região Sul do Esta-do, mostram que Imbituba já ocupa a terceira posição, vindo atrás somente de Criciúma (1ª ) e Tubarão (2ª). Em 2004, Imbituba era a quinta economia da Amurel, hoje já ocupa a segunda colocação. No ano passado, apesar da crise econômica o governo municipal conseguiu garantir um superávit finan-ceiro de R$ 3 milhões. Boa parte dessa recuperação deve-se à gestão do atual prefeito, José Roberto Martins (PSDB), o Beto, que assumiu o posto em 2005 e se reelegeu 4 anos depois. Foi na sua ges-tão que Imbituba foi transformada em cidade sede do Mundial de Surfe (WCT), do campeonato brasileiro de Wind e Kite surfe, e na terra do milagre de Santa Paulina. Em 2003, em uma eleição feita pela associação The Most Beautiful Bays in the World, da França, a Praia do Rosa foi escolhida uma das 30 mais belas ba-ías do mundo (em 23 países) e a única brasileira. A intenção do grupo é eleger os pontos mais bonitos do mundo e, dessa forma, provocar uma reflexão so-bre preservação ambiental e promover o turismo sustentável. E foi justamente o turismo o setor que mereceu a maior atenção da atual administração. Foi im-plantada a sinalização turística, o Canto da Praia da Vila foi todo revitalizado e hoje se transformou num dos lugares mais bonitos da cidade, local da realiza-ção do mundial de surfe e presença efe-

Durante muitos anos Imbituba an-dou patinando depois de perder empre-sas e investimentos públicos e privados. O porto andava sucateado e a oferta de emprego minguada. Até o turismo, geri-do de maneira amadora não dava o re-torno desejado. Nos últimos anos, no en-tanto, o município começou um processo de recuperação econômica (e de auto--estima) que já vem sendo percebido.

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tiva da administração no trade turístico. Nas áreas de saúde e meio ambiente

também houve melhorias consideráveis. A ETE (estação de tratamento de esgo-to), construída através de gestão com-partilhada com a Casan, foi implantada para contemplar também a chamada La-goa da Bomba, que há mais de 10 anos recebia ligações clandestinas de esgoto. Com este investimento, Imbituba regis-tra salto de 0 para 15% na cobertura de saneamento básico. Para este ano já existe previsão para construção da se-gunda ETE.

Outra ação de grande aceitação e reconhecimento popular foi a recente revitalização da praça Henrique Lage, que após 35 anos de sua inauguração, recebeu pela primeira vez, instalação de aparelhos para ginástica, área para ca-minhada e pista de skate. “A praça não é só uma obra classificada como me-lhoria de infraestrutura, mas também como prevenção da saúde do cidadão”, diz Beto.

É claro que não se pode falar em quase nada em Imbituba sem que se te-nha de incluir o porto do município na conversa. Ele é um dos principais do Sul do país e por ele passa o maior volume de dinheiro que circula em Imbituba. Seja pelos investimentos em melhorias, seja pela movimentação de cargas, o porto representa para Imbituba o mes-mo que a água para o peixe. Com uma nova infra-estrutura de 660 metros de comprimento de cais acostável (410m

em construção e 250m em recuperação), o Porto de Imbituba firma-se como uma das principais molas propulsoras do desenvolvimento da região Sul de San-ta Catarina. No valor aproximado de R$ 153 milhões investidos pelo Tecon Imbi-tuba, a obra aumentará em 47% a capa-cidade atual dos portos catarinenses.

E as boas notícias não param por aí: a Construtora Andrade Gutierrez pre-tende concluir a ampliação do cais, dos berços 1 e 2, cinco meses antes do pra-zo, que é abril de 2011. De acordo com o engenheiro responsável pela obra, José Santos, todos os esforços concentram--se nesta entrega. “Nos últimos dois anos transformamos a área portuária em um imenso canteiro de obras, cuja finalida-de é proporcionar uma melhor estrutu-ra para atender ao desenvolvimento da região. Já está em execução e também tem a garantia de continuidade por pelo menos mais 23 anos, já que a licitação do Terminal de Contêineres foi vencida pelo período de 25 anos, renováveis por mais 25”, explicou o administrador do Porto de Imbituba, Jeziel Pamato de Souza.

Recentemente a mídia noticiou ain-da a possibilidade do empresário bi-lionário Eike Batista vir a instalar um estaleiro naval em Imbituba, em função das restrições ambientais impostas pela justiça para a instalação em Biguaçu, onde originalmente seria instalado. No entanto, a assessoria de imprensa, o gru-po OSX, de Eike Batista, não confirmou a informação.

“O porto representa para Imbituba, o mesmo que a água representa para o peixe”.

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O MUNDO EM

3DDizem que a primeira experiência

em 3D remonta o ano de 1915. Uma sessão para convidados no teatro Astor, em Nova Iorque, exibiu as ex-periências em 3D, de Newton Porter e William Waddell. A platéia não se empolgou. Em 1952, o cineasta Arch Oboler lançou Bwana Devil, o primeiro filme 3D em cores, e deu início a uma curta fase de empolgação com o gê-nero. Os óculos de papel, necessários para a visualização das imagens fica-ram populares, mas a coisa não des-lanchou.

O que Avatar trouxe de novo foi a forma de se captar as imagens. Para isso, James Cameron, autor e diretor de Avatar, criou, em parceria com o designer Vincent Pace, uma câmera única. Ninguém descobriu ainda como funciona a engenhoca, mas sabe-se que é uma fusão de duas câmeras Sony, que forma um sistema de lentes pola-rizadas. A máquina é revolucionária: até hoje os outros diretores filmavam em 3D com duas câmeras, e não ape-nas com uma. Parece pouco, mas isso

Qualquer representação gráfica de um objeto se dá em duas dimensões: com altu-ra e largura. Mas o processo de visualiza-ção 3D nos dá a impressão de que a figura em questão tem uma terceira dimensão: a profundidade.

A imitação desse processo, no cinema, requer condições semelhantes às da cap-tação de imagens feita por nossos olhos. As cenas são registradas com duas câme-ras diferentes, grudadas uma a outra (no caso de Avatar, Cameron inventou uma câ-mera para captar com uma só). A segunda etapa é criar condições para que a fusão

Entenda o processo 3D

Você já assistiu ou ouviu falar da última novidade em entretenimen-to de massa, o Cinema 3D? Lamento dizer que a pergunta esconde uma “pegadinha”. A última novidade (de dezembro de 2009) é o filme Avatar, o primeiro longa-metragem (sem contar as animações) todo rodado em 3D. Já, Cinema 3D ou tecnologia 3D é coisa do passado, do século passado.

“O enredo de Avatar foi considerado pobre e repetitivo. No entanto, a tecnologia de ponta uti-lizada na captação das imagens fez a diferença”.

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3D fez toda a diferença para que Cameron

tivesse nas mãos o material que teve. Quase tudo foi filmado em um galpão de 200 m² e armazenado em 20 com-putadores com centenas de terabytes de memória. O enredo de Avatar rece-beu muitas críticas, especialmente no seu país, os EUA, onde foi considerado pobre e repetitivo. No entanto, a tecno-logia de ponta utlizada na captação das imagens e na pós-produção do filme fez a diferença.

Cameron diz que pensou nessa his-tória nos anos 70, inspirado num so-nho de sua mãe, na época. O primeiro roteiro foi escrito em 15 dias, em 1984. Cameron queria dirigir o filme logo depois de Titanic, em 97, mas desistiu por falta de tecnologia.

Avatar foi lançado mundialmente em 18 de dezembro passado. Antes mesmo de surgir, o filme de Cameron, o mesmo diretor de O Exterminador do Futuro e Titanic, influenciou a in-dústria cinematográfica, tanto que em março foi lançado “Como treinar o seu dragão” e em abril, “Alice no país das maravilhas”, ambos com e a mesma tecnologia. Para junho está marcada a estréia de “Toy Story 3”, e para julho, “Shrek para sempre”, também em 3D.

Fora da telona também teremos novidades por aí. A Fifa contratou a

Sony para captar imagens de 25 jogos da Copa e exibi-las em sete cidades do mundo. A TV Globo negocia com a Fifa para transmitir alguns deles no Brasil. A ESPN planeja lançar na abertura da Copa, em 11 de junho, um canal de es-portes em três dimensões. É bem pro-vável que o 3D invada as salas de aulas também, como mais uma ferramenta de aprendizado. Já pensou numa aula de geografia, mostrando o relevo das mais diversas regiões, ou na anatomia de diversas espécies de animais, numa aula de anatomia? Sem contar com o possível uso na medicina. Daqui a pou-co os médicos vão poder estar passe-ando pelo corpo dos pacientes como se estivessem lá dentro. Então? A história do 3D se divide ou não em A.A. (Antes de Avatar) e D.A. (Depois de Avatar)?

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3

de imagens, feita pelo cérebro, aconteça na sala de cinema: a imagem é despejada na tela através de do projetor, incum-bido de reproduzir diferentes ângulos da cena). O espec-tador vê o filme com óculos equipados com uma espécie de filtros que impede o olho esquerdo de perceber ima-gens que só devem ser iden-tificadas pelo direito, e vice--versa. A fusão dessas visões provoca, em nós, a impressão de volume e profundidade.

1 Captura de imagem

Projeção

Visualização com óculos

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LER PRA QUÊ,PROFESSORA?

Na maioria das vezes, a primeira pergunta que os alu-nos fazem quando solicitada uma leitura obrigatória é “Pra que ler?”, seguida de outra clássica “Quantas páginas, professora?”, ao invés de perguntarem do que se trata.

Depois de dado o ‘castigo’, isso na visão de alguns alu-nos, vem a difícil tarefa de ensinar a ler, ou melhor, inter-pretar aquilo que se estão lendo. Essa questão fica mais evidente em dias de prova, quando os profissionais do ensino costumam escutar frases do tipo “Professora, é pra assinalar só uma alternativa na questão 2?”, e o professor, tentando ajudar, diz “Lê novamente”, então, para eluci-dar, completa enfatizando uma parte do enunciado “Assi-nale A alternativa”.

Ler deve ser um exercício diário, mas não o ler por ler, como quem ingere comida insossa, e sim o ler com gos-to, ler raciocinando, como quem sente o sabor da comida. Como diz Rubens Alves, “Livros, quanto mais, melhor é tão verdadeiro quanto comida, quanto mais, melhor. Co-mida ingerida em grandes quantidades não produz mus-culatura, produz obesidade. Eruditos, com freqüência, são obesos de espíritos. É preciso digerir aquilo que se lê.”

Pensando muito em tudo isso, no trabalho que se tem

Em um mundo com tantas novidades tecno-lógicas, onde se tem acesso instantâneo a qual-quer tema em tempo real, é um desafio para os profissionais de ensino motivar o jovem a ler.

“Quem lê fica a par de seus direitos e deveres e, consequen-temente vai tentar mudar sua situação”.

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para motivar o jovem leitor e tirá--los da alienação, é possível chegar a uma triste conclusão: ler atrapa-lha. Principalmente a vida dos jo-vens, na flor da idade, com tantas coisas pra fazer, como ficar jogando conversa fora pelo msn ou ficar ad-mirando os músculos definidos com muito trabalho na academia. Por que trocar tudo isso por uma leitura? Pra que ler? Talvez seja melhor não gastar tempo com isso mesmo, como também defende o jornalista e poeta Ulisses Tavares.

Quem lê pode ficar a par de seus direitos e deveres, consequentemen-te, vai tentar mudar sua situação, e se interessar por tantos outros pro-blemas que afetam boa parte da ju-ventude. Ou se interessar por pro-blemas da sua região, quem sabe até do país. Já pensou perder tempo len-do para escolher um bom candida-to? Pra que mudar o clichê de que a juventude não gosta de política? Os

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políticos adoram isso, gente alienada que age como um Maria--vai-com-as-outras.

Tem mais, a pessoa que lê jornais e afins fica atualizado so-bre os problemas que estão afetando o meio ambiente e até com o destino de uma lata de refrigerante ou de uma garrafa pet ela vai se preocupar. Pra que pensar nisso?

Além dessas leituras, mais técnicas sobre o cotidiano, ainda existem as literárias, aquelas que muitos alunos torcem o nari-zinho. Ler “A Metamorfose” de Kafka, um clássico universal, pra quê? Pra que refletir sobre a falta de tolerância que se tem com aquele que é diferente, um idoso, um aidético, uma pessoa tetra-plégica. Corre-se o risco de se tornar uma pessoa mais solidária. Que horror!

Ler “A Hora da Estrela”, da escritora intimista Clarice Lispec-tor, então?. Não...não...melhor não! O leitor poderá ficar sensi-bilizado com a ingenuidade da personagem Macabéa, uma ex-cluída da sociedade, e, indignado com pessoas que se aproveitam dessa inocência pisada da protagonista, querer ajudar pessoas assim, como Macabéa, na vida real. Pra que perder tempo com as pessoas.

Além de tudo isso, exercitar-se-á o cérebro, e não os sonha-dos músculos, e irá adquirir-se vocabulário, e não massa muscu-lar. Por isso, deve-se refletir muito sobre essa pergunta “Ler pra quê?”

Texto: Professora de PortuguêsDébora MartinsColégio Espaço

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OS FILHOSPRÓDIGOS

Apaixonados pela qualidade dos des-portistas brasileiros é difícil um ‘projeto a craque’ focar sua carreira apenas no fute-bol nacional. Olheiros em toda parte estão prontos para intervir e levar estes jovens promissores para seus clubes, principal-mente para a Europa, onde a visibilidade é maior e a possibilidade de torná-los gran-des ídolos ou ainda colocar o atleta entre os melhores jogadores do mundo se torna mais visível. Porém, este quadro passa a mudar no momento em que os chamados craques que hoje disputam campeonatos em locais ermos no mundo vislumbram o retorno ao Brasil. Claro que seu foco é re-tornar em grande estilo. Clubes do Rio de Janeiro e São Paulo são os preferidos, pois permanecem diariamente na mídia.

Não há como afirmar qual seria o mo-tivo para o futebol nacional repatriar estes jogadores, já que este movimento ainda é inexpressivo, mas, em uma análise mais aprofundada várias situações explicariam o que ocorre no mundo da bola.

Entre elas o destaque, ou o que parece prioridade para muitos jogadores é a pro-ximidade com a Copa do Mundo. Sem canal aberto para jogos do campeonato europeu, mas com a vantagem de poder assistir o ídolo ao vivo, faz com que muitos brasilei-ros opinem sobre a escalação, nem sempre de acordo com o que o técnico quer, mas uma forma de estar mais presente na men-te daqueles que escolhem quem represen-tará ou assistirá pela televisão aos jogos da seleção.

A insatisfação pela falta de aprovei-tamento por parte dos clubes e a transfe-rência para países sem visibilidade são os principais motivos abordadas pelos joga-dores e estão ligados com a questão ante-

O futebol europeu é a ‘menina dos olhos’ de todo jogador que sonha em ter sucesso na carreira. Porém, nos últimos anos muitos craques brasileiros passaram a fazer o ca-minho inverso. O que estaria por trás disso?

“Muitos craques do mundo vislumbram o re-torno ao Brasil”.

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rior.Mas, a avaliação financeira dos clubes

europeus também não pode ser descarta-da. Em fevereiro deste ano, as dividas dos grandes do futebol ultrapassava a cifra dos R$ 15 bilhões. Mesmo com garantias de sa-lários em dia, muitos brasileiros optam por não arriscar, ganhar menos, mas manter a comodidade de estar próximo à família e amigos, casos de Adriano, Vagner Love, Ro-berto Carlos, Ronaldo e outros.

A afirmação é colaborada pelo Edi-tor Chefe do site Lancenet.com.br, Bruno Andrade. Ele acredita que o retorno de alguns craques brasileiros, como Ronaldo, Adriano, Fred e Robinho, vai muito além de chamar a atenção da Seleção Brasileira. “Tal afirmação serve apenas de desculpa. Ronaldo e Adriano voltaram ao Brasil de-vido aos problemas particulares. Ambos não viviam boa fase e tinham perdido a felicidade de jogar. Realizados financeira-mente, voltaram para sorrir e ter uma vida sem maiores cobranças, ou seja, regalias”, aponta.

A situação de Fred e Robinho é pouco diferente. Insatisfeitos com o desempenho no futebol europeu, vieram para o Brasil em busca de recuperação. Mas com ressal-vas. “É nítido que Fred e Robinho usaram

Fluminense e Santos, respectivamente, como trampolim e injeção de ânimo para voltar à Europa, onde os salários são bem maiores”, complementa.

No caso do Ronaldo Fenômeno, uma parceria entre o Corinthians e patrocina-dores permitiu o repatriamento do joga-dor. Com a parceria o jogador recebe parte da receita dos patrocínios fechados após sua chegada. Para os clubes uma boa for-ma de elevar o caixa, para o jogador uma alternativa de manter o padrão de vida.

Caminho contrário também poderá fazer Juninho Pernambucano, hoje joga-dor do Al Gharafa. Ex-atleta do Lyon, clube Frances que ainda o trata como amuleto, já que desde sua chegada, em 2001, o clube não perdeu mais nenhum campeonato na-cional. O mesmo ocorreu nas temporadas 2009 e 2010 no Qatar. Neste caso, a sequ-ência de vitórias despertou o interesse de clubes nacionais que ainda tentam ter o jogador.

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Sábado, dia 15 de maio, o Martinho’s Pub Bar, em Orleans, promove mais uma super festa. Soul Vibes com os DJ’s Vácuo Live e Xande. Espaço Louge Acústico com Evandro Rodrigues & Banda, e Aline Fernandes & Banda.

Aeroporto

Aos poucos, o Aeroporto de Jaguaruna vai deixando a condição de sonho para tornar-se realidade. Com a pista principal já concluída e as obras do terminal de passageiros e com-plementares em andamento, o próximo passo a ganhar corpo é a pavimentação do acesso para a BR-101. O processo de escolha da empresa responsável pela estrada será realizado no pró-ximo dia 14 de maio. Para a pavimentação do trecho com cerca de cinco quilômetros já exis-tem R$ 16 milhões garantidos e a expectativa é concluir os trabalhos até meados do ano que vem. Assim, vai sendo finalizada uma obra de grande porte e que terá papel importante no processo de desenvolvimento da região Sul, que mesmo com esta boa notícia ainda aguarda a conclusão de duas outras obras de infra-estru-tura fundamentais para o Sul: a duplicação da BR-101 e a melhoria do Porto de Imbituba.

Feincos

De 19 a 23 de maio acontece a 7ª edição damaior feira multi-setorial da região sul de Santa Catarina, a Feincos. Anteriormente rea-lizada em paralelo com à Produsul, a Feincos ganhou maiores proporções e tornou-se inde-pendente e acontece desta vez sem a realiza-ção da sua antiga feira mãe. Com a indepen-dência, a Feincos passa a ter sua arena próprio de shows, que vai contar com a presença de renomados artistas de projeção nacional num espaço que comporta 10 mil pessoas, com estrutura modelo. Dia 20 - a dupla revelação do sertanejo universitário Maria Cecília e Ro-dolfo sobem ao palco; dia 21 - Perfil Anos 80, um show único reunindo vários dos maiores sucessos da década de 80 juntos dividindo o mesmo palco; dia 22 - mega show da melhor dupla sertaneja da atualidade, Vitor & Léo e dia 23 – a pagodeira dos grupos Pixote e Jeito Moleque.

Cães Guias

O deficiente visual que pensa em tro-car a bengala por um cão-guia tem duas alternativas no Brasil: aguardar paciente-mente na fila de espera de uma ONG por tempo indeterminado ou comprar o ani-mal fora do país. O número reduzido de cães-guia no Brasil é um reflexo da dificul-dade que existe para conseguir um animal treinado. Para se ter uma idéia, há 1,4 mi-lhão de deficientes visuais no país, segun-do o Conselho Brasileiro de Oftalmologia; e cerca de 60 cães-guia, segundo ONGs.

Invasão

A participação do ex-BBB Kadu no Fashion Room, realizado em Criciúma, causou muito alvoroço. Fãs alucinadas com a sua presença não poupavam gri-tos de elogios a sua beleza. O modelo ganhou flores durante o evento e uma fã invadiu a passarela montada para tirar uma foto. Kadu, que desfilou com vários looks, até ganhou uma rosa “es-pecial” de uma de suas admiradoras.

Chuva

A Defesa Civil de Santa Catarina divul-gou no dia 26/04, relatório com informa-ções acerca das chuvas que novamente castigam nosso Estado nas últimas sema-nas. De acordo com o boletim, até o mo-mento 44 municípios foram atingidos e 14 deles decretaram situação de emergência. O número de desalojados em todo o Esta-do é de 4.149 e outras 487 pessoas estão desabrigadas. São 1.187 residências atin-gidas. O setor rodoviário é o mais afetado com os chuvas que caem no Estado desde o último dia 20/04. Por isso, muito cuida-do para quem vai viajar. A atenção deve ser grande.

Cartola F.C.

Depois de meses de ansiedade, enfim a boa notícia que todos espe-ravam: o Cartola está oficialmente de volta para a temporada 2010. E a promessa é de um ano ainda melhor que o passado, com uma fantasy game mais interessante, mais funcional e mais divertido. O mercado está aberto desde o último dia 30/04 para quem quiser começar a montar sua equipe. Após um 2009 consagrador - no qual mais de um milhão de pessoas se esbaldaram atrás de fama, cartoletas e títulos, o Cartola, que é febre dentre os amantes da bola, promete outro ano de grandes emoções. Nesta versão 2010, o jogo está repleto de novida-des. Confira no site https://loginfree.globo.com

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Top Premiun

O Vereador e Secretário de Saúde de Garopaba Luiz Cam-pos, esta feliz da vida, o mes-mo recebeu no dia 28 de abril, em Florianópolis, o Top Pre-miun, como destaque regional na área de saúde, pelos servi-ços prestados no segmento à sua comunidade.

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Renata e Luana MaraMarcos e Bruna

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A Hangar Eventos promoveu diver-sas festas no mês de abril, com pro-postas diferenciadas e que atraíram os mais variados públicos.

O agito começou já no sábado de Páscoa, com o Open Air, no Clube 29 de Junho. A festa, que já é tradicional, atraiu pessoas de todas as cidades da região. As atrações foram diversifica-das. A DJ Aninha, DJ Daniel Kuhnen, da Warung, e os irmãos Ribeiro (da banda John Bala Jones) foram os destaques do evento.

No dia 20, a Hangar deu lugar à soli-dariedade, sediando a Noite do Rotary - uma ação entre amigos para beneficiar o Abrigo dos Velhinhos da cidade. A ini-ciativa foi do Rotary Clube de Tubarão e a animação da noite foi do DJ Jacko.

Os fãs do Queen poderão curtir as melodias da banda no dia 15 de maio, quando a Hangar promove o show com a banda cover internacional Queen Real Tribute.

Em junho, a To de Boa volta com tudo! A 4ª edição será em am-biente indoor, no dia 5 de junho. O pop rock de Teto Fernandes vai agitar o público, que ainda contará com o pagode de qualidade dos Grupos Fissura e Jeito Louco, além dos DJs Murad e Léo Bandeira.

E no dia 19 de junho, a Hangar traz a Tubarão uma das ban-das de pagode de maior sucesso no momento: Grupo Nuwance. A noite também conta com agito do Grupo Fissura, com o pagode já conhecido pelo público da região. Mais informações sobre este e outros eventos no site da Hangar www.hangareventos.com.br ou pelo telefone: 3632-0800.

E aguardem. Vem aí, Jorge Vercillo na Hangar.

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No dia 25, a Hangar foi palco de uma festa diferenciada: Balada Teen Yázigi. O evento foi realizado no do-mingo, às 14 horas e ofereceu uma opção de qualidade para o público de até 18 anos. Diversão para eles e tran-quilidade para os pais, já que não fo-ram vendidas bebidas alcoólicas. Uma proposta diferente, que foi sucesso, com a casa lotada.

Para fechar o mês com tudo, a Hangar realizou a segunda edição da Festa Dasantigas, sucesso que já en-trou de vez para o calendário da casa. O público sempre marca presença na casa e pede bis. O repertório é espe-cial, com as melhores melodias dos anos 50, 60, 70 e 80 que marcaram décadas. O agito ficou por conta do DJ Jacko.

ABRIL FOI SUCESSO!

E a Hangar já prepara as próximas festas...

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CARROS ELÉTRICOS

Apesar deste pensamento prevale-cer durante todos estes anos, alguns especialistas pensam que chegou a hora de colocar em prática os proje-tos. E isso também é tendência entre os fabricantes. Ainda marginalizados, apenas o número insignificante de 1000 veículos movidos a energia elé-trica, rodavam pelo mundo.

No último ano os carros elétricos estiveram presentes em maior nú-mero nos ‘Salão do Automóvel’ ex-palhados pelo mundo. Em janeiro os 20 projetos apresentados em Detroit, roubaram a cena. Enquanto alguns apostam nesta técnologia para 2020, a Ford afirma que lançara três mode-los até 2013.

O Brasil dá seus primeiros passos neste sentido. Apesar dos investimen-tos na exploração de petróleo, o país é considerado líder no mercado de energia renováveis. Tanto é verdade que praticamente 50% dos veículos já substituem a gasolina pelo etanol. Também é lider no financiamento de projetos no setor de energias limpas.

No caso do uso da energia elétri-ca, pelo mundo, a indústria enfrenta problemas para levar os projetos de motores elétricos, adiante. O princi-pal deles, analisado pelos especialis-tas são baterias pesadas, autonomia e potência reduzidas, preço de compra elevado, rede de estações de recar-

Há vinte e cinco anos os engenheiros e fabricantes vislumbravam um futuro brilhante para os carro elétrico, porem, a previsão de alto custo e baixa autono-mia ainda o tornam uma espécie de elefante branco da indústria automobílistica.

“A indústria automo-bilística enfrenta pro-blemas para levar proje-tos de motores elétricos a diante”.

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ga ainda embrionárias. Em embrião também estão as inúmeras promessas não cumpridas por parte dos fabri-cantes. Elas anunciam há dez anos o início da produção em série dos vei-culos elétricos.

Não podemos dizer que a indús-tria esta parada neste periodo. Há anos o setor automobílistico investe nos híbridos – veiculo que une dois motores, a potência do motor a gaso-lina com a economia do motor elétri-co- para conseguir resultados en eco-nomia. Alguns consegue resultados fenomenais, comparados aos cinco ou seis quilometros por litros feitos por uma Maverick nos anos 70. E cada vez mais construtores se juntam aos pioneiros japoneses nessa tecnologia neste sentido.

O veículo híbrido são uma reali-dade, afirma o porta-voz dos impor-tadores suiços, Rudolf Blessing. “Nos Salões já é possível ver um híbrido ou elétrico - ou até os dois - em pratica-mente cada estande. Mesmo a Porsche e a Mercedes já têm os seus”, confir-ma.

Mesmo com preços elevados, nes-ta tendência é possivel que mais e mais deles sejam vistos rodando por nossas ruas, porém pelo ponto de vis-ta economico, vamos manter os proje-tos em ‘stand by’.

Não é o que pensa o presidente da

associação E-Mobile (militante ha 30 anos por veículos de consumo redu-zido e baixo nível de emissões), Yves Lehmann. Para ele, os veiculos elétri-cos ganharão a briga sobre os motores híbridos. “Começamos a ter soluções que são verdadeiramente de alto ren-dimento, possibilitando ter uma boa autonomia com veículos puramente elétricos de 120 a 200 quilômetros”, explica. “E também é possível recarre-gar entre 12 a 15 minutos. É o tem-po necessário para tomar um café em uma parada na rodovia”, aposta.

Estudos e projeções mostram que a substituição dos motores movidos a combustiveis fósseis, por elétricos, poderá reduzir em mais de 20% os gases que causam o efeito estufa. A aposta é no crescimento na conscien-tização dos fabricantes em investir em veículos movidos a eletricidade e assim o setor automobílistico contri-buir para reduzir as emissões de ga-ses e de outros poluentes.

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