agroguia ed. maio 2012

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1 Agro Guia | Março 2012 AGRO AGENDA Feicorte, Rio + 20, SuperAgro Minas e Bahia Farm Show AGRO ENTREVISTA Antônio de Pádua Rodrigues, da Unica: setor sucroalcooleiro quer investir R$ 156 bi. AGRO PRODUTOR Evandro Guimarães cria a Rede Gado Bom para aumentar produção de leite com alta tecnologia INFORME PUBLICITÁRIO PUBLICAÇÃO MENSAL | MAIO 2012 | EDIÇÃO 03/ANO 01 Roberto Rodrigues, Coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getulio Vargas AGRO HISTÓRIA Ele mostrou para o mundo a força do agronegócio brasileiro

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Suplemento Mensal de Agronegócio no Jornal Folha de S. Paulo.

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Page 1: AgroGuia Ed. Maio 2012

1Agro Guia | Março 2012

AGRO AGENDAFeicorte, Rio + 20,SuperAgro Minase Bahia Farm Show

AGRO ENTREVISTAAntônio de PáduaRodrigues, da Unica:setor sucroalcooleiroquer investir R$ 156 bi.

AGRO PRODUTOREvandro Guimarães criaa Rede Gado Bom paraaumentar produção deleite com alta tecnologia

INFORME PUBLICITÁRIO

PUBLICAÇÃO MENSAL | MAIO 2012 | EDIÇÃO 03/ANO 01

Roberto Rodrigues, Coordenador doCentro de Agronegócios da Fundação Getulio Vargas

AGRO HISTÓRIAEle mostrou para o mundoa força do agronegócio brasileiro

Page 2: AgroGuia Ed. Maio 2012

É mais que produto. É tecnologia, programas e serviços de qualidade.O Brasil é o maior exportador de carne do mundo e a Dow AgroSciencestem papel importante nessa conquista. Com um portfolio completo de soluções

para pastagens, a Dow AgroSciences vai além dos melhores produtos e ofereceprogramas e serviços de qualidade que contribuem para o aumento

da produtividade por hectare. Inovações que dão todo o suporte para

o pecuarista e o país continuarem crescendo.

0800 772 2492 | www.dowagro.com.br

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Informe PublIcItárIo

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Índice

Agro Agenda 6

Agro Agricultura 28

18Agro Entrevista

29Agro Pecuária

32Agro Produtor

8Agro Eventos

PARA ANUNCIAR NO GUIA

Editor-Chefe

Redação

Colaborador

Apoio Comercial

Projeto Editorial

Diagramação eEdição de Imagens

Capa

Carlos Alberto da SilvaMTB 20.330

Béth Mé[email protected]é [email protected] [email protected]

Nathã Carvalho

Carlos Alberto da Silva

Gutche AlborghetiVinicius Gallo BalsysJuliana Vizzáccaro

Vinicius Gallo Balsys

Foto: Arquivo RobertoRodrigues

(11) 3063.1899 / Al. Itu. 1063 - 2° andar -CEP: 01421-001 - Jardins - São Paulo/SP

www.publique.com | [email protected]

PRESIDENTE E FUNDADOR:Carlos Alberto da Silva.

[email protected]/gpubliqueSlideshareslideshare.net/grupopubliqueYou Tubeyoutube.com/GrupoPublique

Gerente ComercialMarcela Marchi

[email protected](011) 3225-4546

Contato ComercialLarissa Ayumi Yokomizo

[email protected](11) 3224-4545

Representante ComercialSonia Maciel

[email protected]

Mirian [email protected]

tel: (11) 3021-1644

Informe Agro Econômico 36

38Agro Educação

7Agro Mensagens

24Agro História

30Agro Sustentabilidade

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Informe PublIcItárIo

5Agro Guia | Abril 2012

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Informe PublIcItárIo

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29/5 a 2/619ª Fenasoja – Parque de Exposições,Santa Rosa, (RS), tel. (55) 3512-6866www.fenasoja.com.br

31/5 a 3/62ª Expoxingu – São José do Xingu (MT),tel. (66) [email protected]

1/612° Fórum de Mercadoe Política do Café - Patrocínio (MG),tel. (34) 3831-8080

Próximo Eventos AgroGuia – Junho/Julho 201211 a 14/6VI Congresso Brasileiro de Soja –Cuiabá (MT), tel. (43) 3371-6061 (Carinaou Dulce)www.cnpso.embrapa.br/cbsoja.

11 a 15/6Conferência Internacional de CoffeaCanephora – Vitória (ES),tel. (27) 3636-9888www.conferenciaconilon.com.br

Feicorte 2012 – São Paulo (SP),tel. (11) 5067-6767www.feicorte.com.br

21ª Exposição Nacional das RaçasSimental e Simbrasil – São Paulo (SP),tel. (28) 3521-5666

12 a 15/6Fispal Tecnologia 2012 – São Paulo (SP),tel. (11) 3598-7880www.fispaltecnologia.com.br

13 a 22/6Rio+20 – Conferência das NaçõesUnidas para o DesenvolvimentoSustentável – Rio de Janeiro (RJ),tel. (61) 2030-9885www.rio20.gov.br

20 a 22/619ª edição da Hortitec – Holambra (SP),tel., (19) 3802-4196www.hortitec.com.br/2011/index.asp

26 a 28/7IX Congresso da Sociedade Brasileira deSistemas de Produção Luziânia (GO),tel. (61) 3388-987www.cpac.embrapa.br/sbsp/

1 a 8/7Megaleite 2012 – Uberaba (MG),tel. (34) 3331-6000www.girolando.com.br/megaleite2012/?principal

4 e 5/7Suinfest – Ponte Nova (MG),tel. (31) 3819 3919www.suinfest.com.br/portal/

4 a 6/7Simpósio sobre Micronutrientes eMagnésio – Esalq/USP, Piracicaba (SP),tel. (19) 3417-6604 (Maria Eugênia) /(19) 3417-2138 (Silvia),www.fealq.org.brwww.gape-esalq.usp.br

3 a 10/6SuperAgro Minas 2012 – Belo Horizonte(MG), Tel. (31) 3334-5783www.superagro2012.com.br

7 a 10/63ª Expo Araçá – Nova Araçá (RS),tel. (54) 3275-1150www.wxpoaraca.com.br

7 a 17/6Expobento 2012 – Bento Gonçalves(RS), tel. (54) 2105-1966www.expobento.com.br

8 e 9/6Confinar 2012 - Campo Grande (MS),www.confinar.net

8 a 10/619ª Mountain’s Arabian – BeloHorizonte (MG), tel. (11) 3674-1744www.abcca.com.br

11 a 13/627º Seminário Cooplantio – Gramado(RS), tel. (51) 3205-3374www.cooplantio.com.br/seminario

Agro Agenda

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Informe PublIcItárIo

7Agro Guia | Maio 2012

Agro Editorial

Parabéns pela iniciativa do Agro Guia. Ficou muito bom!Abraços,Lécio Silva, diretor/Marketing da Uby Agroquímica Ltda.

Aqui quem escreve é Felipe Correia, da assessoria de imprensa daUnidade de Proteção de Cultivos da Basf.Parabenizo-os pela iniciativa do Agro Guia. Foi uma grata surpresaencontrar o caderno encartado na Folha de São Paulo. A qualidadedos textos, das imagens, enfim, material muito interessante.Felipe Correia, XComunicação

Primeiramente parabenizo pelo primeiro número do Agro Guia. Li egostei muito das informações passadas, em razão do que gostaria desaber se a publicação será vendida ou fornecida para assinantes daFolha de São Paulo, visto haver interesse de minha parte receber o guia.Madson Geraldo Coimbra

O deputado Raimundo Gomes de Matos, presidente da Comissão deAgricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento da Câmarados Deputados, está interessado na publicação Agro Guia, razão pelaqual pergunto se há interesse de vocês cederem um exemplar mensalà Comissão, ou só há possibilidade de assinatura, com custo?Moizes Lobo, secretário da CAPADR

Resposta: O Agro Guia circula junto com a Folha de São Paulo noúltimo domingo de cada mês. Não é vendido separadamente.

Agro Mensagens

Caros Leitores,O Agro Guia che-ga à sua terceiraedição podendojá exibir uma traje-tória vencedora ede muito sucesso.Nossas matérias,

bastante consistentes, têm agradadoao mercado, que respondeu muitobem a esta iniciativa.Nesta edição, a matéria de capa traza história de como Roberto Rodrigues,ex-ministro da Agricultura, mostrou

toda a força de nosso Agro para o mun-do. Contamos também outras históriasde leitura obrigatória, como a de umexecutivo urbano que tem como metamudar a história de nossa pecuária lei-teira. Na Agro Entrevista, o presidenteinterino da Unica fala de como o setorse prepara para investir mais de 156 bi-lhões nos próximos anos.Tudo isso e muito mais aqui no AgroGuia deste mês de maio.Boa leitura a todos.

Carlos Alberto da SilvaEditor

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Informe PublIcItárIo

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A novidade da Feicorte 2012 – 18ª Fei-ra Internacional da Cadeia Produtivada Carne, de 11 a 15 de junho, em SãoPaulo (SP), é a realização de leilões deprodução, com grande quantidade delotes. O Super Corte Nacional vai ofe-recer 15.000 animais para cria, recria eengorda, o Leilão Reprodutores NeloreMocho CV ofertará 300 tourinhos cria-dos a pasto, prontos para servir, e o Ma-trizes PO – Santa Bárbara venderá 500animais. “Ao todo, serão 14 leilões debovinos, com oferta de genética de pon-ta e de produção, e também um de cava-los mangalarga”, informa Décio Ribeiro,diretor do Agrocentro.O Centro de Exposições Imigrantes deveabrigar mais de 4.000 animais, de 20raças, entre bovinos de corte caprinose ovinos (Brahman, Santa Gertrudis, Ta-bapuã, Canchim, Limousin, Simental,Simbrasil, Nelore, Angus, Bonsmara, Ca-racu, Senepol, Wagyu, Guzerá, Brangus,Hereford, Braford e Sindi, Dorper,WhiteDorper, Santa Inês,Texel,Suffolk, Anglo-nubiano, Boer entre outros).Estão programados cerca de 120 even-tos paralelos, entre reuniões, seminários,workshops, conferências, palestras e cur-sos, além de julgamentos. Cerca de 250empresas de genética, saúde e nutriçãoanimal, máquinas e equipamentos, fri-goríficos, além de órgãos de pesquisas eentidades, estarão presentes.

Espaço CarneEm continuidade ao projeto PecuáriaSustentável – Sim é Possível, a Feicorte ea NFT Alliance apresentam, pelo segun-do ano, o Espaço Carne, para demonstraros trabalhos realizados pelas empresas,pecuaristas e outros elos envolvidos na

cadeia produtiva, na busca pela excelên-cia da carne brasileira.Um evento de destaque do Espaço Car-ne é o Prêmio Nelson Pineda Excelênciaem Confinamento - Ano II, que será en-tregue no dia 12 de junho, às 20 horas.Serão homenageados os 40 confinamen-tos mais eficientes do País e os 10 quemais se destacaram em sustentabilidadee bem estar animal, em 2011. O Prêmioé uma iniciativa do Agrocentro, Assocon(Associação Nacional dos Confinadores)e Scott Consultoria e foi criado para ho-menagear o pecuarista Nelson Pineda,que sempre deu prioridade à preser-vação do meio ambiente, o respeito àspessoas e a utilização de melhoramentogenético na evolução da atividade pecu-ária e com sustentabilidade.Este ano, a Feicorte dará continuidadeao Projeto Academia da Carne, comum ciclo de palestras voltadas para aca-dêmicos das áreas de zootecnia, veteri-nários, agrônomos e alunos de colégiosagrícolas. Carla Tuccilio, gerente deAgronegócio do Agrocentro, espera re-ceber caravanas de estudantes de váriasuniversidades para conhecer a feira e asatrações do Espaço Carne. (BM)

Feicorte terá leilões de produção

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Agro Eventos/Destaques

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Informe PublIcItárIo

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Sustentabilidade e Diferenciaçãona Cadeia do Agronegócio é o temado IX Congresso Brasileiro de Agro-negócios, que ocorrerá nos dias 7e 8 de agosto de 2012, no Transa-merica Expo Center, em São Pau-lo, durante a Agrinsumos&InduspecExpo&Business, feira de insumos, ser-viços e logística para o agronegócio.Segundo Mauricio Mendes, presi-dente da ABMR&A (Associação Bra-sileira de Marketing Rural e Agro-negócio), organizadora do evento,“a ideia é percorrer novamente oespectro total da cadeia produtivado agro, com ênfase na sustentabi-lidade das empresas”.O primeiro dia ocorrerá em con-junto com o II Congresso da Andav(Associação Nacional dos Distribui-dores de Insumos Agrícolas) e Ve-terinários que acontece, também,dentro da Agrinsumos&InduspecExpo&Business, quando estarão

reunidas entre 800 e 1.000 pessoaspara debater as consequências daRio+20 e o Código Florestal. Ha-verá, também, um debate mais es-tratégico, para discutir tendênciaspara o agronegócio, com a presen-ça de expoentes do setor como oex-ministro Roberto Rodrigues.No segundo dia, as apresentaçõessão centradas nas empresas e enti-dades do setor. “Teremos cases deagroindústrias de alimentos explo-rando o relacionamento sustentávelcom seus produtores; o marketingutilizado por agropecuaristas nadiferenciação de produtos, antescommodities; serão discutidos ain-da os desafios do agro na comu-nicação com a sociedade, comoocorre com o setor de defensivos”,informa o presidente da ABMR&A.Para Mauricio Mendes, a contri-buição do marketing rural para aquestão da sustentabilidade é fun-damental. Primeiro, por uma ques-tão lógica e geográfica: “entre todosos setores da economia, o que estámais próximo do meio ambiente éo agronegócio e, por isso, é o setormais alvejado por aqueles que en-tendem que a agricultura e a pecu-ária são responsáveis por todas asmazelas do meio ambiente”, diz ele.“Então, à medida que comunicamosà sociedade sobre o que a agricul-tura e a pecuária fazem em prol domeio ambiente, isso torna o marke-ting rural relacionado à sustentabi-lidade cada vez mais importante”,acrescenta. (PR)

Sustentabilidade é tema decongresso da ABMR&A

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Maurício Mendes presidente da ABMR&A

Agro Eventos/Destaques

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Informe PublIcItárIo

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Maior feira de tecnologia e negócios doNordeste, e uma das cinco maiores dogênero do Brasil, a Bahia Farm Show serárealizada de 29 de maio a 2 de junho,em Luís Eduardo Magalhães (BA). A ex-pectativa dos organizadores é reunir cer-ca de 50 mil visitantes, ante 44,3 mil, em2011, e superar faturamento de R$ 570milhões, apurado no ano passado. Emuma área de 70 mil metros quadrados,mais de 400 marcas e 180 expositoresapresentarão as novidades em tecnolo-gia para as lavouras. “Os lançamentosmais modernos do mercado mundial es-tão na feira, refletindo a consolidação docerrado baiano como um grande polo

Rio + 20, o evento do anoA Conferência das Nações Unidas so-bre Desenvolvimento Sustentável, aRio+20, um dos mais importantes even-tos sobre sustentabilidade do mundo,de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro,promete debates acirrados, centradosem dois temas principais: A economiaverde no contexto do desenvolvimentosustentável e da erradicação da pobre-za e A estrutura institucional para o de-senvolvimento sustentável.A Rio+20 marca o 20° aniversário daUnced (Conferência das Nações Uni-das sobre o Meio Ambiente e Desen-volvimento), organizada em 1992, eo 10º aniversário da Cúpula Mundialsobre o Desenvolvimento Sustentável2002, realizada em Johanesburgo, naÁfrica do Sul.Segundo Laura Antoniazzi, pesquisa-dora da RedeAgro, os países devemdecidir qual organização da ONU seráresponsável pelo desenvolvimento sus-

produtor de alimentos e fibras”, afirma opresidente da Aiba (Associação de Agri-cultores e Irrigantes da Bahia), WalterHorita. O Oeste da Bahia deve colher, nasafra 2011/2012, 7,3 milhões de tonela-das de grãos, 7% a mais que na anterior.

tentável do planeta, para monitorarindicadores de sustentabilidade, criarmetas e administrar recursos finan-ceiros”. Ela acredita que a agriculturadeve estar no centro dos debates “Háuma compreensão mais clara de quea agricultura está diretamente relacio-nada à segurança alimentar, maior pro-blema social da atualidade, e a susten-tabilidade do planeta”, explica.A reunião de cúpula da Conferênciadeve reunir cerca de 100 chefes de Es-tado, no período de 20 a 22 de junho.A programação terá centenas de even-tos e a expectativa é que do encontroresulte em um documento políticocom os novos desafios para os paísesna área ambiental, além de um modelode desenvolvimento econômico maissustentável, que priorize a diminuiçãodas desigualdades sociais, a justiça so-cial e o direito à água, aos alimentos equalidade de vida. (BM)

Boas expectativas para a Bahia Farm Show

Agro Eventos/Destaques

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Informe PublIcItárIo

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Maior feira de zebuínos do mundo, aExpoZebu movimentou R$ 120 mi-lhões. Pela pista de julgamento do Par-que Fernando Costa, em Uberaba (MG),passaram 2.836 zebuínos de várias ra-ças. A feira foi realizada de 28 de abrila 10 de maio, com participação de 100empresas de vários segmentos, que ne-gociaram cerca de R$ 71 milhões.A renda dos 40 leilões oficializadospela ABCZ (Associação Brasileira deCriadores de Zebu), organizadora damostra, alcançou R$ 48.880.720 coma venda de 1.221 lotes, pela média deR$ 40.033, acima dos R$ 35.635, re-gistrados em 2011.O lote mais valorizado foi a fêmea

O volume de negócios da 19ªAgrishow (Feira Internacional daTecnologia Agrícola em Ação), umadas três maiores feiras do setor deagronegócio do mundo, alcançouR$ 2,15 bilhões. “Maior oferta decrédito e juros atraentes contribuí-ram para o sucesso do evento e parasuperar as expectativas, segundoMaurilio Biagi Filho, presidente dafeira.Cerca de 152 mil visitantes passa-ram pela feira e muitos aproveita-ram as ofertas de produtos de altatecnologias e soluções para pro-priedades de diversos portes.Uma iniciativa rumo à internacio-nalização da Agrishow foi anun-ciada: a presença internacionalda feira, com o acordo de coope-ração assinado entre o presidenteda Agrishow e Emília Williams, re-

nelore Rani FIV da Java, que tevemetade de sua propriedade vendidano 28º Noite dos Campeões por R$1.220.000. O segundo animal maiscotado foi um clone Essência TE Gua-dalupe TN2, com 50% da posse ven-dida por R$ 740.000 no Elo de Raça.Cerca de 380 estrangeiros de 28países, interessados na genética dozebu brasileiro, visitaram a feira. Em2011 foram 347.A ExpoZebu sediou reuniões de entida-des do setor e contou com palestras so-bre temas como a Conferência da ONURio+20, benefícios do consumo de car-ne para a saúde humana, mudanças doCódigo Florestal, entre outros. (BM)

presentante da Expoagro argentina.“Estaremos presentes na feira argen-tina, com um estande, e a mostrado país vizinho terá um estande emnosso próximo evento”, disse Biagi.Os organizadores já estão planejandoos trabalhos de melhoria na área deexposição, que teve sua concessãorenovada por mais 30 anos, confor-me anunciado na feira deste ano. AAgrishow 2013 será realizada de 29de abril a 3 de maio. (BM)

ExpoZebu fatura R$120 milhões

Agrishow supera expectativas

Agro Eventos/Balanço

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INFORME PUBLICITÁRIO

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Setor sucroenergéticoquer retomar investimentos

Antônio de PáduaRodrigues, diretor técnico daÚnica, defende a adoção depolíticas públicas e privadas

para o setor.

Por Béth Melo

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A vivência de mais de 30 anos no setor sucroalcooleirofoi o aval para a indicação de Antônio de Pádua Rodri-gues, diretor técnico da Unica (União da Indústria daCana-de-Açúcar), ao cargo de presidente interino, natransição entre a saída do Marcos Jank e a nomeaçãodo novo “comandante” da entidade.Para se ter uma ideia, em 1983, ele implantou o Sistemade Pagamento de Cana por Teor de Sacarose e atuoucomo consultor dos fornecedores até 1990. Neste mes-mo ano, ingressou na Unica, entidade que reúne 146empresas que respondem por mais de 50% do etanol e60% do açúcar produzidos no Brasil.Pádua foi também coordenador de administraçãoe finanças do Planalsucar (Programa Nacional deMelhoramento da Cana-de-Açúcar) e atuou na su-pervisão dos projetos financiados pela Secretariade Tecnologia Industrial do Ministério da Indústria,Comércio e Tecnologia.Eu sua entrevista para o Agro Guia, o presidente interinoda Unica aponta as necessidades e os caminhos para osetor sucroenergético voltar a investir para crescer.

Agro Guia – Qual é oprincipal foco de suagestão, nessa fase detransição entre a saí-da do Marcos Jank e aescolha do novo presi-dente da Unica?Antônio de Pádua Ro-drigues – Nada mudana gestão da entida-de. Independentemen-te de quem assuma apresidência executiva,a missão da Unica éliderar o processo detransformação do tra-dicional setor de cana-de-açúcar em umamoderna agroindústriacapaz de competir demodo sustentável no

Agro Entrevista

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Informe PublIcItárIo

19Agro Guia | Maio 2012

Informe PublIcItárIo

Brasil e ao redor do mundo nas áreasde etanol, açúcar e bioeletricidade.

Agro Guia – O etanol brasileiro éreferência em sustentabilidade nomundo. O que falta, em termos depolíticas estratégicas do governo,para que o projeto tenha maior rele-vância nacional?APR – Do poder público são necessáriasações voltadas ao planejamento estraté-gico da matriz brasileira de combustíveis– permitindo uma maior previsibilidadeao mercado, medidas para a formataçãode um marco regulatório que de fato re-conheça os benefícios do etanol frenteaos combustíveis fósseis, além de incen-tivar novos proje-tos (greenfields) erealizar leilões es-pecíficos para bio-energia. Do setorprivado, são neces-sárias ações para aredução de custos,ganhos em eficiência e produtividade,além do desenvolvimento e dissemina-ção de novas tecnologias.O setor entende que a política de ma-nutenção da estabilidade do preço dagasolina nas bombas nos últimos seisanos pertence ao governo, e cabe ape-nas ao governo decidir pela alteraçãodessa estratégia. O que o setor quer éa desoneração tributária do etanol, aexemplo do que já vem ocorrendo coma gasolina. A Cide (Contribuição de In-tervenção no Domínio Público), porexemplo, que em 2002 era equivalentea 14% do preço da gasolina na bomba,hoje representa apenas 2,6%. Ou seja,a diferença entre as cargas tributáriassobre a gasolina e o etanol é de apenas

quatro pontos percentuais, o que nãovaloriza os benefícios do etanol, colo-cando o Brasil na contramão do que sepratica em boa parte do mundo.

Agro Guia – Quais os gargalos e desa-fios do setor sucroenergético brasileiro?APR – Defendemos a implantação depolíticas públicas e privadas para que,em 10 anos, o país possa dobrar a pro-dução de cana-de-açúcar. Queremospassar dos atuais 555 milhões de tone-ladas de cana para 1,2 bilhão de tone-ladas, em 2020, que produzirão 51 mi-lhões de toneladas de açúcar, 69 bilhõesde litros de etanol e 13 mil MW mé-dios de bioeletricidade. Essa ambiciosa

meta é necessáriase quisermos con-tinuar suprindometade do com-bustível utilizadopor veículos levesno Brasil (etanolhidratado puro e

anidro misturado à gasolina) e metadedo açúcar comercializado no mundo.Essa participação já foi alcançada emanos anteriores, depois de uma déca-da de investimentos na qual crescemosmais de 10% ao ano. Agora é precisobuscar medidas para a retomada dosinvestimentos. Queremos investir R$156 bilhões no setor, dos quais R$ 110bilhões na área industrial (o que incluia construção de 120 greenfields) e R$46 bilhões na área agrícola. Com essecrescimento, o PIB do setor passará deUS$ 48 bilhões para US$ 90 bilhões eas exportações saltarão dos atuais US$15 bilhões para US$ 26 bilhões. A me-canização da colheita já atinge 63% daárea de cana de São Paulo e as novas

“Queremosinvestir R$ 156bilhões no setor”

Agro Entrevista

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Informe PublIcItárIo

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usinas já nascem mecanizadas. Estima-mos uma aquisição adicional de, pelomenos, 11 mil tratores, plantadoras ecolhedoras e 10 mil caminhões novos.

Agro Guia – A Agência de ProteçãoAmbiental dos EUA reconheceu queo etanol de cana reduz a emissão degases causadores do efeito estufa ematé 91%, em relação à gasolina. Oque significa esse reconhecimento?APR – Esse reconhecimento foi oprimeiro passo para o país retomaras exportações de etanol para os Es-tados Unidos, além de demonstrarque o etanol de cana é sustentávele, em termos de agressão ao meioambiente, é melhor do que qual-quer outro combustível.

Agro Guia – O que o setor sucroe-nergético representa para a econo-mia brasileira?APR – Primeiro produtor mundial deaçúcar, o Brasil responde por 25%produção e por 50% das exportações.É o segundo do ranking de produ-tor mundial de etanol, com 20% daprodução e 20% das exportações. OPIB setorial é de US$ 48 bilhões e asexportações representam US$ 15 bi-lhões. Atualmente, conta com 430unidades produtivas e 70 mil produto-res de cana-de-açúcar e responde por1,2 milhão de empregos diretos. É asegunda fonte de matriz energética doBrasil, com 18% do fornecimento.

Agro Guia – O que mudou o círculovirtuoso do setor, iniciado em 2003,com o advento dos automóveis flex,e causou descompasso entre oferta edemanda de etanol, a partir de 2008?APR – Depois de 10 anos em plenocrescimento, a indústria desacelerou

depois da crise financeira de 2008,com os investimentos direcionadospara a compra de empresas em difi-culdades, graves problemas climáticos,aumento de custos e perda de compe-titividade do etanol frente à gasolina.

Agro Guia – Pela sua vivência demais de 10 anos na Unica e atuaçãono mercado há mais de 30, como osenhor vê o futuro do setor?APR – Altamente promissor.Tivemos ga-nhos efetivos de produtividade. Saímosde 2.600 litros de etanol por hectare eestabilizamos em 7.100 litros por hecta-re. Usando toda a tecnologia disponível,novas variedades e etanol de segundageração, poderemos ultrapassar 20 millitros de etanol por hectare. Com isso,e com a definição clara da participaçãodo etanol na matriz de combustível, oBrasil continuará tendo a matriz maislimpa do planeta, com ganhos efetivospara o consumidor e o Estado brasileiro.

Agro Guia – Qual a sua mensagempara o setor?APR – Vale lembrar que o Proálcool,como projeto, terminou na décadade 80, porém, jamais morreu. So-breviveu, cresceu, gerou emprego,renda, economizou divisas para opaís. Vamos passar por esse momen-to ruim como já ultrapassamos tan-tos outros. Nossa atividade voltará aocupar a escala que ela merece den-tro do agronegócio.

“... as novasusinas já nascemmecanizadas”

Agro Entrevista

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INFORME PUBLICITÁRIO

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A referência doagronegócio brasileiroUma das maiores autoridades do agro nacional, Roberto Rodrigues fez omundo conhecer e respeitar a força do Brasil como grande produtor dealimentos. Foi nomeado o novo embaixador da FAO para o Cooperativismo

Por Paulo Roque

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Roberto Rodrigues

Agro História

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Ele é a referência do agronegócio brasileiro. Aqui eno exterior é reconhecido como a maior autoridadee porta-voz do setor, seus feitos o credenciam. Suagrande contribuição, entre tantas, foi fazer a agricul-tura ser respeitada ao dar a noção da força do agro-negócio brasileiro ao próprio país e ao mundo. Nas-cido em Cordeirópolis, SP, Roberto Rodrigues que,em agosto completa 70 anos, já reclama, em tom debrincadeira, da aposentadoria, por idade, “isso nãoé aposentadoria compulsória, mas, sim, expulsória”,da sua cadeira de Cooperativismo, no Departamen-to de Economia Agrícola da Unesp Joboticabal.Coordenador do Centro de Agronegócios da Fun-dação Getulio Vargas, seu currículo é extenso, tãovasto e admirável quanto a sua vida e trabalhono setor mais importante da economia do Brasil.Aqui, ele tenta resumir toda a sua trajetória, docurso de Engenharia Agronômica na Esalq/USP –Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz,em Piracicaba, à sua passagem pelo Ministério daAgricultura e aos dias atuais. No próximo dia 29de maio, Roberto Rodrigues será nomeado embai-xador da FAO (Organização das Nações Unidas paraAgricultura e Alimentação) para o Cooperativismo.

CooperativismoDesde seu tempo de estudante, na Esalq, em Pira-cicaba, “já tinha um verniz sobre isso”, mas entroupra valer no cooperativismo, em 1971 e, dois anosdepois, assumiu a presidência da Coplana (Coope-rativa dos Plantadores de Cana da Zona de Guariba).Em 1974, montou uma cooperativa de crédito rural.A pedido da Ocesp (Organização das Cooperativasdo Estado de São Paulo) organizou uma rede esta-dual de cooperativas de crédito rural e, solicitadopela OCB (Organização das Cooperativas do Brasil),o Programa Nacional de Cooperativas de Crédito.Em 1985, ano da redemocratização do país, foieleito presidente da OCB. “Com a convocaçãoda Assembleia Nacional Constituinte, elegemos47 deputados e criamos a Frente Parlamentar deCooperativismo, que chegou a ter 217 deputa-dos federais. Conseguimos inserir seis artigos naConstituição, dois fundamentais, o da autogestão,

que proíbe o Estadointerferir na criação efuncionamento das co-operativas e o que exi-ge o apoio e a promo-ção do cooperativismopelo Estado.”Em 1989, filiou a OCBà ACI (Aliança Coopera-tiva Internacional), comsede em Genebra, Suíçae, seis anos depois, em1997, foi eleito seu pre-sidente – o único nãoeuropeu e o único dosetor agrícola.Com a recente ascensãodo José Graziano da Silvaà diretoria geral da FAO,Rodrigues sugeriu a cria-ção de um Departamen-to de Cooperativismodentro organização. AFAO realizará uma reu-nião, em Roma, no pró-ximo dia 7 de julho, DiaInternacional do Coope-rativismo, para montaresse departamento.

AgriculturaEm 1965, terminou ocurso de Agronomia, naEsalq, e foi trabalhar nafazenda do pai, a SantaIsabel, em Jaboticabal.Instalou um projeto ba-seado no tripé tecnolo-gia (econômico), recur-sos humanos (social)e ecologia. “Naqueletempo, não se falavameio ambiente, era eco-logia. E fiz um trabalho

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em cima desses três pontos, que sãoexatamente os pilares da sustentabili-dade”, acentua.“Mais de 70 filhos de funcionáriosconcluíram cursos de nível superior emédio, bancados inteiramente pela fa-zenda. Montei um centro de puericul-tura. Isso deu origem a uma mudançana estrutura da casa dos empregados,com banheiro, água encanada, forro,tudo voltado para a saúde. Mais tarde,fizemos um programa de habitação.Todas as 60 famílias que moravam nafazenda têm casaprópria na cidade,financiadas pelaSanta Isabel.”À sua ex-esposa,Eloísa, coube a ta-refa de cuidar daparte ecológica.“Montamos umviveiro de mudasde espécies nati-vas e começamosa plantar árvo-res. Hoje, são 400 mil árvores nativasplantadas na fazenda. Toda questãoambiental, que se discute hoje, lá foitratada há quatro décadas.”Foi pioneiro na introdução da rota-ção de culturas, soja com cana, queoriginou o Coplana, nome inspiradona sigla da Cooperativa de Guariba.Trata-se de um programa que incentivaa produção de cana em rotação comoutras culturas geradoras de alimentos,inspirado na experiência da FazendaSanta Isabel.A vertente agrícola o levou a secre-tário da Agricultura de São Paulo,quando criou a Agrishow, a partir deuma ideia do David de Araújo Neto,então presidente da Sociedade Ruraldo Paraná. Através de um convênio

com a Abag (Associação Brasilei-ra de Agronegócio), montou a feiraem Ribeirão Preto. “Eu digo que aAgrishow é um ponto de inflexão àtecnologia de mecanização agrícolano Brasil”, enfatiza.Enquanto presidente da OCB, via

que a agricultura não tinha forçapolítica, não era olhada com res-peito, nem pelo governo, nem pelasociedade, e imaginava como criarum modelo de força política. E crioua Frente Ampla da Agropecuária

Brasileira, como Alysson Pao-linelli, à épocaconstituinte, eo Flávio Tellesde Menezes, daSociedade RuralBrasileira, quechegou reunir73 entidades.“ E l a b o r a m o s ,com o apoio doeconomista Al-

berto Veiga, a Carta de Princípiosda Frente Ampla, de sentido libe-ral, que foi a base doutrinária paraa criação da Abag. A Frente Amplafoi muito importante, porque deu aoagro brasileiro a noção de força”,relembra Rodrigues.

Ministério da AgriculturaDe 1 de janeiro de 2003 a 3 de julhode 2006, ocupou a pasta da Agricultu-ra no governo Lula. “Tive dificuldades,não era filiado a nenhum partido, mui-to menos ao partido governista, que ti-nha certos conceitos sobre agriculturaque não eram desenvolvimentistas. Fuicom a clara intenção de montar as ba-ses da agricultura do futuro, o que im-plicava muitas mudanças estruturais”.

“... a Agrishowé um pontode inflexão àtecnologia demecanizaçãoagrícola no Brasil”

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Como ministro promoveu a comple-ta reestruturação do ministério, tra-balhou pelas leis de biotecnologia,dos produtos orgânicos, seguro ru-ral, novos documentos de comercia-lização, regulamentou a defesa sa-nitária, ampliou o comércio agrícolabrasileiro e implementou as basesde uma agricultura moderna, comênfase na agroenergia.Segundo ele, “tudo caminhava bem.Com a crise financeira mundial(2004/2008) fomos colhidos por umasérie de fenômenos. Entre 2004 e2006 os preços agrícolas despenca-ram, os custos de produção subiram.Houve seca no Sul do país, deixamosde colher quase 100 milhões de to-neladas de grãos. A inadimplênciaexplodiu. Apareceu a aftosa no MatoGrosso do Sul e no Paraná, além dagripe aviária. Os agricultores tinhamque ser socorridos, ao mesmo tempoem que preparávamos a grande estru-tura do ministério”.

“Não havia nenhuma sensibilidadena área financeira do governo pararesolver os problemas. Os produtoresesperavam que eu resolvesse, porquesabiam que, como líder rural, eu tinhaclareza dos problemas. Sabiam queeu sabia resolver, mas ministério nãotinha o poder das soluções. Assim, odesgaste enorme na negociação comas outras áreas do governo acabou metirando a alegria de continuar traba-lhando pelo agro brasileiro como go-verno. Então me demiti”, desabafa.A única coisa que pedia a Deus, en-quanto ministro, era que sua paixão àagricultura o aceitasse de volta, com-preendendo tudo aquilo que tinha ocor-rido. E confessa: “tinha muito medo denão ter o mesmo carinho, o mesmo res-peito que tinha antes de ir para o gover-

no. Mas, graças a Deus isso não acon-teceu, fui recebido de braços abertos emontei o Cosag (Conselho de Agrone-gócio) e o Deagro (Departamento deAgonegócio) da Fiesp (Federação dasIndústrias do Estado de São Paulo).E foi possível realizar um sonho de 30anos, lançar o SouAgro, “movimentoque tem como objetivo estabeleceruma comunicação mais consistentecom a sociedade urbana para mos-trar, para o rural e para o urbano, aintensa interdependência que ambostêm um do outro. O Cosag permitiuisso e o Sou Agro foi o instrumentopara fazer isso acontecer”.

“A FrenteAmpla foi muitoimportante,porque deu aoagro brasileiro anoção de força”

Foto Renan Antonelli

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MILHOCrescimentoSegundo estimativa daConab (Companhia Na-cional de Abastecimen-to), o Brasil deve batero recorde de produçãode milho, com 6 5.903milhões de toneladas,ante 57.407 t na safraanterior, crescimento de14,8 % na comparação.A previsão, para o mi-lho segunda safra é decrescimento de 40,6%,equivalente à produ-ção de 8,70 milhões detoneladas. A produçãodo milho primeira safracresceu apenas 0.6%.A área cultivada commilho apresentou cresci-mento, destaque para omilho segunda safra, quecresceu 21,7% ou 1,280milhão de hectares, e deprimeira safra, com ga-nho de 4,6% ou seja, demais 366 mil hectares.

SOJAExportações em altaA colheita da soja estáterminando e a pesqui-sa da Conab estima re-dução de 8,7 milhõesde toneladas, de 75,32milhões/t colhidas em2010/2011 para 66,68milhões/t na atual safra.Segundo o Mapa (Minis-tério da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento),as exportações do com-plexo soja cresceram nosprimeiros quatro meses

de 2012, na em relaçãoao mesmo período doano anterior: de US$ 6bilhões para US$ 8 bi-lhões, uma evolução de27%. Os destaques fo-ram soja em grão (36%);farelo de soja (8%) e óleode soja (20%).

CAFÉColheita recordeO segundo levantamen-to da safra 2012 de café,divulgado no início demaio, pela Conab, emparceria com o Mapa es-tima 50,45 milhões desacas beneficiadas, ante43,48 milhões de sacas de60 kg, aumento de 16%.O avanço é creditado àalta bienalidade da cultu-ra e ao investimento reali-zado pelo produtor. Comoa expectativa de consumoé de 20 milhões de sacasde café no mercado inter-no e exportações de 30,5milhões de sacas, pratica-mente não sobra exceden-te para estoque no Brasil.

CANA-DE-AÇÚCARProdução menorA produção de açúcarda região Centro-Sul foiestimada em 32 milhõesde toneladas pela tradingCopersucar, no começodeste mês. O número ficaabaixo da expectativa daUnica (União da Indús-tria da Cana-de-Açúcar),que é de 33,1 milhões detoneladas, e do levanta-

mento da Conab, que éde 38,85 milhões/ t, am-bos divulgados em abril.A Conab prevê moagemde 602,2 milhões de t decana, na safra 2012/2013,ganho de 5,4% em rela-ção à safra 2011/2012para a produção de cana.A Conab trabalha comexpectativa de produçãode 23,96 bilhões de li-tros de etanol, 4,81% deincremento em relação àsafra 2011/2012.

ALGODÃOFase de baixaSegundo a pesquisa daConab, a área plantadacom algodão no País,na safra 2011/2012, éde 1.391,4 mil hectares,0,6% abaixo dos 1.400,3mil ha cultivados na safraanterior. Retração credi-tada ao aumento da pro-dução mundial na safra2011/2012, redução doconsumo mundial e cres-cimento dos estoques depassagem, com reflexosna forte queda nos pre-ços internos e externo.A produtividade média doalgodão em caroço deve-rá chegar a 3.717 quilos/hectare, ante 3.705 kg/ha na safra passada, cres-cimento de 0,3%. A pes-quisa estima redução daprodução de algodão empluma, de 0,5% em re-lação à safra anterior, de1.959,8 toneladas para1.950,5 mil t. (BM)

Agro Agricultura/ Commodities

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FRANGOSReceita menorA receita com as exporta-ções de carne de frangocaiu 0,5% no primeiroquadrimestre de 2012, emrelação ao mesmo perío-do do ano passado, totali-zando US$ 2,543 bilhões,segundo a Ubabef (UniãoBrasileira de Avicultura),que registrou aumento de3,7% nos embarques, de1,3 milhão de toneladas,no período analisado. OOriente Médio, principaldestino, importou 433,5mil t de carne de frango,queda de 9,4% em rela-ção ao mesmo período doano passado. Já a Ásia,segundo maior importa-dor, comprou 388 mil to-neladas, 12,7% acima domesmo período de 2011.As exportações para aÁfrica cresceram 43,9%,totalizando 210,7 mil to-neladas. O mercado tra-balha com expectativade aumento de 2% nasexportações brasileiras,este ano.

BOVINOSFoco no mercado externoA ocorrência de um casode doença de vaca lou-ca nos Estados Unidosabre perspectivas para oBrasil ganhar espaço nasexportações de carne bo-vina e conquistar novosmercados. Para AntonioCamardelli, presidente daAbiec (Associação Brasi-leira dos Exportadores deCarne Bovina), o registroda doença nos EUA abrea possibilidade de o Bra-sil agregar valor ou entrarem mercados nos quaisnão atua, como Coreiado Sul, Japão,Taiwan e In-donésia, países que tradi-cionalmente pagam maispela carne bovina. Em2011, os embarques bra-sileiros caíram 11%, para1,09 milhão de toneladas.

SUÍNOSExportações em quedaEm abril, os embarques decarne suína caíram 6,30%em relação ao mesmo mêsde 2011. O País exportou

47.734 toneladas e apu-rou US$ 125,22 milhões,retração de 13,89% nareceita no mesmo compa-rativo, segundo a Abipecs(Associação Brasileira daIndústria Produtora e Ex-portadora de Carne Su-ína). Porém, de janeiroa abril, as importaçõesabsorveram 171.466 t,aumento de 1,39 % emtoneladas e queda de3,49% em receita de US$440,57, em relação aoprimeiro quadrimestre doano passado.Os principais destinos dacarne suína brasileira, em2012 foram Hong Kong(45.082 t e 26,29 % departicipação), Ucrânia(36.889 t, 21,51%) e Rús-sia (30.293 t, 17,67 %).

R$ 3 BILHÕES é a re-ceita adicional, previstapara 2012, pelo GrupoJBS, com a locação deativos da Doux Frango-sul e incorporação das12 unidades de bovinos.

R$ 34,5 MILHÕES foi olucro líquido BRF Bra-sil Foods no primeirotrimestre de 2012, umaumento de 47% emrelação ao período doano passado.

AGRO NÚMEROS

R$ 33,160 MILHÕES foio lucro da SLC Agríco-la no primeiro trimes-tre deste ano, avançode 48,2% sobre os R$22,373 milhões do mes-mo período de 2011.

Foto

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Agro Pecuária/Commodities

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É possível medir e avaliar sustenta-bilidade dentro de uma propriedadee mensurar os impactos provocadosao meio ambiente? A resposta chegaatravés da Basf que, durante a suaConferência Global para Imprensada Unidade de Proteção de Cul-tivos, realizada em maio, em SãoPaulo, apresentou o AgBalance, ummétodo capaz de apontar erros eacertos no setor produtivo e, assim,facilitar a busca de soluções.A nova ferramenta, que exigiu inves-timentos de 2 bilhões de euros, repre-senta, segundo a empresa alemã, umaevolução de socioeficiência, com ên-fase na sustentabilidade na agricultu-ra. Para chegar a resultados criteriososna análise das propriedades, a meto-dologia conta com 69 indicadores li-gados aos três pilares da sustentabili-

dade – econômico, social e ambiental–, para calcular cerca de 200 fatoresde avaliação.O AgBalance é aferido pela TÜV Südda Alemanha, a norueguesa DVN (DetNorske Veritas), e pela NSF (NationalSanitation Foundation), dos EUA.Segundo Markus Heldt, presidentemundial da Divisão de Proteção deCultivos da Basf, “o Brasil chama aatenção de todo o mundo quando oassunto é a produção de alimentose bioenergia. Porém, para atender aessa demanda é preciso que o agro-negócio brasileiro esteja preparadopara participar de processos de cer-tificações, cumprindo às exigênciasde boas práticas de gestão cobradaspelos países importadores”.Foram apresentados resultados detestes realizados na SLC Agrícola

É possível avaliar erros e acertosSurge uma ferramenta capaz de mensurar impactos no meio ambientedentro da cadeia produtiva

A partir da esquerda:Álvaro Dilli, Markus Heldt, Eduardo Leduc e Jaime Stupiello

Agro Sustentabilidade

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(Fazendas Planalto, no Mato Gros-so do Sul, e Fazenda Panorama, naBahia) e na usina sucroalcooleiraGuarani, em São Paulo. No caso daSLC, o estudo avaliou e comparoua produção de soja, milho e algo-dão, além da cadeia de suprimen-tos e logística de escoamento. En-tre os vários pontos analisados, foiconstatado que se o consumo defertilizantes nas duas fazendas fossereduzido em 10%, seriam economi-zados 14,8 milhões KWH, energiasuficiente para abastecer, duranteum ano, duas mil casas, o que evi-taria a emissão de 7,9 mil toneladasde CO2.O gerente de sustentabilidade da SLC,Álvaro Dilli, afirma que a empresatem como principal desafio a otimiza-ção do uso de insumos para garantira produtividade das culturas. “A sus-tentabilidade não é algo esotérico, épossível lidar com ela. Não podemosesquecer que teremos nove bilhões deseres humanos para alimentar por vol-ta de 2050”, disse.Na Guarani foram feitas avaliaçõesnas unidades de Andrade, em Pitan-gueiras, e de Cruz Alta, em Olímpia.Foram apontadas falhas no aprovei-tamento dos subprodutos do proces-samento da cana-de-açúcar usadoscomo fertilizantes minerais. O diretoragrícola da Guarani, Jaime Stupiello,afirmou que não havia, ainda, percep-ção do impacto ambiental, mas adian-tou que a empresa desenvolveu umequipamento para a distribuição denutrientes e destacou a importânciada agricultura de precisão como ferra-menta de apoio ao setor produtivo noque diz respeito à sustentabilidade.

“Para nós, sustentabilidade é pro-duzir mais, consumindo menosprodutos não renováveis. E é pos-sível ver em qual parte do proces-so ocorre a degradação do meioambiente, além de identificar pon-tos de melhoria para a excelên-cia operacional do agronegócio”,acrescenta Eduardo Leduc, vice--presidente sênior da Unidade deProteção de Cultivos da Basf paraAmérica Latina, Fundação Espa-ço ECO e Sustentabilidade para aAmérica do Sul. (PR)

Agro Sustentabilidade

“Basf investiu2 bilhões deeuros em novaferramenta desustentabilidadepara a agricultura”

Eduardo Leduc da Basf

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Por Béth Mélo

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Planejamento estratégico e observa-ção do trabalho do avô na lida como gado foram decisivos para EvandroGuimarães investir na atividade pe-cuária. Criado em sua cidade natal, amineira de Leopoldina – onde seu pai,um farmacêutico, e sua mãe, uma pro-fessora, exerciam suas atividades pro-fissionais –, herdou do avô, fazendeiroem Muriaé, o gosto pelo campo.Pela proximidade com o Rio de Janei-ro, estudou na FGV (Fundação Getú-lio Vargas). “Concluí o curso de admi-nistração e vim para São Paulo, ondeestão as grandes empresas.” Passouapenas por três grandes companhiasna capital paulista, sempre na área decomunicação (marketing): Ciba-Geigy(incorporada à Novartis em 1996), Ca-loi e Rede Globo, onde fez carreirapor 34 anos, até janeiro deste ano.

A experiência empresarial e o conhe-cimento prático contribuíram paratorná-lo conhecido no meio pecuáriocomo grande investidor em genéticade ponta. E culminou com um projetoque tem como proposta revolucionara atividade leiteira no Brasil, a RedeGado Bom. Dia 19 de maio, duran-te o 4º Leilão Girolando, em Muriaé(MG), Guimarães lançou o projetoe anunciou os quatro primeiros par-ceiros oficiais, Cleverson Boechat,Wesley Louzada, João Cruz e JorgePereira de Souza – produtores de lei-te da região da Zona da Mata Mineirae municípios vizinhos da fronteira deMinas com Rio de Janeiro e EspíritoSanto, num raio de 100 quilômetrosde suas fazendas.“Esse é o meu sonho, ajudar osprodutores dessa região”, observa

Senhor Rede Gado BomO empresário Evandro Guimarães propõe um novo modelo de políticapública para aumentar a produção brasileira de leite

Evandro Guimarães, proprietário da Fazendas do Basa

Agro Produtor

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e acrescenta: “a Rede Gado Bom éum novo ciclo de esperança para aregião que era uma importante ba-cia leiteira. Só Leopoldina produzia250 mil litros de leite por dia, todomundo tinha gado de leite, hoje, oprodutor está desanimado”.Segundo ele, a rede é um novo mo-delo de atividade privada, que mere-ceria tornar-se uma política públicapara aproveitar a expertise do Brasil:genética leiteira de alta qualidade,conhecimento tecnológico, escala deprodução e os melhores laboratóriosde FIV (fertilização in vitro). “Comesse pacote completo, o País pode fa-zer uma revolução no gado de leite,com um esforço empresarial privado edos governos federal e estadual, paramudar o rebanho brasileiro”, afirma.Evandro Guimarães é proprietáriodas Fazendas do Basa, com ativida-des voltadas para a produção de lei-te, de animais girolando e seleçãode gir leiteiro. São três proprieda-des, com cerca de 1.600 hectares,todas em Minas Gerais: Leopoldina,Muriaé e Cataguases.Conforme explica, a proposta daRede Gado Bom é trocar milhões defêmeas de baixa produção (a médiabrasileira é por volta de 3,8 quilosde leite), a partir de girolandas F1de fêmeas gir leiteiro altamente pro-dutivas, que seriam base de animais¾ ou ¼ (Nordeste), e elevar a mé-dia nacional acima de 15 quilos deleite, em poucos anos. O rebanholeiteiro brasileiro é estimado 30 mi-lhões de cabeças e a produção totalalcança 30 bilhões de litros de leite.Em Leopoldina, o criador possui umnúcleo de genética de gir leiteiro

para produzir e comercializar gi-rolando F1 de alta qualidade, paraatender os parceiros. Como umaagência facilitadora, o núcleo darede será responsável pelo fomentotécnico e comercial, pela produçãoe comercialização de gado que te-nha padrão, além de procedência egenética conhecidas. “Resumindo,a rede facilitará financiamento, ge-nética, tecnologia e gestão.”O titular da Fazendas do Basa pre-tende espalhar o projeto Rede GadoBom pelo Brasil, com a formaçãode novos rebanhos núcleos, envol-vendo, no total, cerca de 300 pro-dutores. “Com a integração na pe-cuária de leite, como já ocorre emsuínos e aves, poderíamos trocar30 milhões de cabeças de gado dequalidade ruim, em um período de4 a 5 anos, reduzindo o rebanho,mas com potencial para produçãomuito maior”, explica.Segundo ele, a procura já começoue há interesse de produtores da suaregião, de Tocantins e Rio Grandedo Sul, além de contatos com osgovernos de Alagoas, Sergipe, Cea-rá, Bahia, entre outros. Com alguns

“País pode fazeruma revoluçãono gado de leite,com um esforçoempresarialprivado edos governos”

Agro Produtor

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Estados ele está conversando e, comoutros, oferecendo a ideia, seguin-do o modelo da Rede Gado Bom.

InvestimentosGuimarães acumulou muito gir leitei-ro bom, para ter um estoque de altaqualidade e atender à demanda darede. Há cerca de 6 anos, começou ainvestir pesado. Adquiriu prenhezes ebezerras das melhores matriarcas des-ta raça, de aptidão e alta produçãoleiteira em controle oficial. Até criouuma campanha com o mote “doado-ras filhas da mãe”, para divulgar seutime de matrizes gir leiteiro. Uma listacom mais de 140 nomes.Para aperfeiçoar o girolando, pri-meiro, multiplicou o rebanho de girleiteiro com as doadoras de altís-sima qualidade e há cerca de doisanos começou a produzir girolan-do F1 a partir de fêmeas gir leiteirode alta produção – acima de 7 mil

quilos. O criatório está fechando alactação das fêmeas e muitas delassuperam 10 mil quilos de leite naprimeira lactação.Evandro Guimarães deixa um re-cado para o produtor: “Só compregado certificado, com papel. Re-gistrar o gado é o mínimo que oprodutor deve fazer para ter boaprodução e cooperar com o melho-ramento genético do rebanho leitei-ro nacional.”

“Só compre gadocertificado, compapel. Registrar ogado é o mínimoque o produtordeve que fazer”

Empresário querrevolucionar apecuária leiteirado Brasil

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Agro Produtor

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Você sabia que...A irrigação bem implementada é impor-tante para preservar o meio ambiente?Atualmente, a agricultura é uma dasmaiores usuárias de água no mundo.Cerca de 70% da água derivada doscursos dos rios para uso humano é des-tinada à processos de irrigação. Semesses processos, não conseguiríamossuprir as necessidades mundiais por ali-mentos, pois, ainda que pouco utiliza-dos – cerca de 17% de toda área culti-vada no mundo –, são responsáveis pelaprodução de 40% dos alimentos.Seguindo as tendências internacionaisde redução da supressão de matas na-tivas, contrapondo com a crescentedemanda mundial por alimentos, o de-safio de se produzir mais em uma me-nor porção de solo passa a ser uma realnecessidade de produtores rurais, e nãoapenas uma opção.Irrigar é somente um dos fatores parase conseguir benefícios econômicos,sustentabilidade social e ambiental. Opropósito que se faz necessário nestemomento é pensar no desenvolvimen-to de novas técnicas de manejo, deferramentas computacionais e de no-vas tecnologias de irrigação. Tudo issodeve vir acompanhado de variedadesprodutivas e com bom valor comercial,

adubações, tratos culturais apropriadosetc., de modo que cada gota de água oucada m2 de terra seja utilizado da for-ma mais eficiente possível. A irrigaçãosignifica progresso e crescimento, sen-do assim, não deve ser vista como algoque destrói o meio ambiente, mas sim,como fator de boa utilização dos seusrecursos, claro, se bem implementada.

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Fonte: Página Rural (2012), “Irrigação: símbolode progresso ou de destruição do meioambiente?”. Página consultada em 4 de maiode 2012, <http://www.paginarural.com.br/artigo/708/irrigacao-simbolo-de-progresso-ou-dedestruicao do-meio-ambiente>

BERNARDO, S. (2008), “Impacto Ambientalda irrigação no Brasil”. Palestra Winotec 2008.Consultado em 4 de maio de 2012, http://www.agr.feis.unesp.br/imagens/winotec_2008/winotec2008_palestras/Impacto_ambiental_da_irrigacao_no_Brasil_Salassier_Bernardo_winotec2008.pdf

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O mês de maio é dos mais importantespara o mercado de grãos. O mercadoglobal é centrado em torno do milho,cuja produção se aproxima de 1 bilhãode toneladas e praticamente se igua-la à soma de todos os outros grãos. Aprodução também é concentrada nosEstados Unidos, onde a produtividadeatinge o dobro dos demais países.A produção americana possui assimgrande influência sobre o mercado demilho no mundo inteiro. O preço domilho também interfere no preço deoutras culturas, até mesmo em olea-ginosas como a soja. A interferênciavem do tamanho da cultura e da com-petição por terras.Como exemplo, o preço em alta do mi-lho nos últimos seis anos desde que aprodução de etanol cresceu ao pontode usar 40% da produção americanade milho, elevou vários outros preçosagrícolas internacionais, havendo, in-clusive, a causalidade estatística dopreço do milho sobre os demais. Poressas razões, a evolução do plantioamericano chama tanto a atenção.O primeiro destaque é o recorde deintenção de área plantada. A áreacresceu nos últimos anos, mas ocrescimento deste ano é ainda maisexpressivo. Outro destaque é a pers-pectiva desta safra atingir o recorde deprodutividade, o que formaria a com-binação de área, rendimento e produ-ção mais elevados até o momento.A produtividade do milho vem sofren-do os efeitos da mudança climática. Orendimento caiu nos últimos anos, emparticular na safra passada. A queda norendimento evitou que o aumento deárea fosse capaz de atender a deman-da crescente. A insuficiência da ofertareduziu o estoque de milho nos Esta-

dos Unidos e no mundo, exatamenteno momento em que a segurança ali-mentar exige maiores estoques para aproteção contra os riscos de quebra desafra pelas anomalias do clima.A perspectiva de esta safra recuperar osestoques de milho terá várias implica-ções. Uma vez que se confirme a áreae a produtividade recordes, a oferta vaiencontrar uma situação entre a estabili-dade e a queda do uso de milho para aprodução de etanol. Os Estados Unidos,assim como o Brasil, adicionam etanolà gasolina e a combinação de petróleoem alta, eficiência e combustíveis alter-nativos está reduzindo a demanda porgasolina, o que diminui o uso de etanolpara a mistura. A proporção de milhodestinado ao etanol recua de 41% para34% nesta safra.Por essa razão a oferta de milho para ou-tros usos irá crescer em um terço nestasafra. Os estoques de milho nos EstadosUnidos serão recompostos de 6% para14% do uso, o que traz um conforto parao mercado e retira o prêmio de escassezdo preço do milho.A primeira condição para a produti-vidade recorde é o plantio na épocacorreta. O rendimento da safra se re-laciona fortemente com a proporçãodo plantio realizado até meados demaio. A proporção de 87% da áreaprevista já plantada neste início demaio é das maiores já registradas, oque proporciona um excelente pon-to de partida para a safra enfrentara segunda condição para uma boaprodutividade, a qual depende doclima entre julho e agosto.Esta condição inicial já foi suficiente paradeixar a cotação dos contratos futuros nabolsa de Chicago, com vencimento apósa safra, cerca de 15% abaixo do preço

Momento de definições no mercado de milho

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atual. Este recuo implícito na curva depreços futuros enfrenta o risco de não seconfirmar, caso anomalias climáticas in-terfiram na perspectiva de oferta. Porém,por outro lado, este recuo já presente nacurva futura pode ser ainda maior, namedida em que a possibilidade de safrarecorde ganhe contornos mais concretosaté a colheita em agosto.Os efeitos da recomposição dos estoquesde milho nos Estados Unidos irão muitoalém do próprio mercado de milho. Amenor pressão dos baixos estoques e aconsequente redução no preço e na ren-tabilidade do milho irão liberar área paraoutras culturas, o que vai reduzir o preçofuturo de outros grãos e de oleaginosas,como a soja, que podem ganhar áreaplantada sobre o milho no ano que vem.Outro risco para a não concretização daqueda do preço do milho é a possibili-dade de outra região do mundo decidirelevar as suas importações para recom-por estoques. O estoque na Ásia está emqueda este ano pela rápida expansão douso do milho, enquanto os demais paísespossuem a perspectiva de manter o volu-me estocado estável.A tentativa de manter a mesma relaçãoentre o estoque e o uso no sul da Ásia ena China, além de outros importadoresrelevantes como a União Européia e oEgito, retirariam um quinto do aumentode estoque previsto para os Estados Uni-dos, o que não parece tão dramático.O preço do milho no Brasil recuou antesdo preço nos Estados Unidos, pois a boasafra de verão garantiu a oferta e estoqueadequados no mercado doméstico. Acolheita dentro de algumas semanas dasafrinha, a qual apresentou quebras mui-to específicas, possui boa perspectiva dereforçar o quadro da oferta doméstica.A queda do preço internacional só nãochegou com mais força à curva de pre-ços na BM&F por conta da forte desvalo-

rização do real desde o início de março.A questão fundamental para o mercadoglobal de milho é mesmo a confirmaçãoda área e da produtividade da safra ame-ricana. As forças de mercado fizeram asua parte no sentido de incentivar o au-mento da área plantada. As forças da na-tureza deram uma primeira contribuiçãoao permitir o plantio no período adequa-do. Resta saber se estas mesmas forçasirão colaborar para a confirmação daprodutividade recorde ao proporcionaras condições climáticas ideais entre ju-lho e agosto. Se tudo sair dentro do ide-al, o mercado de grãos irá mudar depoisdesta safra.

Para outros relatórios e informaçõesacesse: [email protected]

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IAC e ANDEFMBA em FitossanidadeDia 25 de junho encer-ram as inscrições para oMBA em Fitossanidadedo IAC (Instituto Agro-nômico de Campinas)em parceria com a Andef(Associação Nacional deDefesa Vegetal). Duraçãode um ano e meio.São 50 vagas e a seleçãoserá por meio de análisede currículo. Início dasaulas programado para1.º de agosto e o custo doinvestimento é 18 parce-las no valor de R$ 500,00,mais a taxa de matrículade R$ 100,00.Os interessados deverãopreencher a ficha de pré--inscrição no site http://www.eadiac.com.br/pre-inscricao-form.php.O candidato que possuirvínculo empregatício de-verá apresentar Carta deConcordância da empre-sa para a realização docurso e a liberação paraas aulas presenciais.

Cursos pela TVO Canal Rural já estátransmitindo, aos sába-dos e domingos, às 6 ho-ras, o Agrocurso, criaçãoe realização da Fazu (Fa-culdades Associadas deUberaba), voltado para acapacitação de trabalha-dores rurais, com direito

a diploma. Inicialmente,serão três cursos direcio-nados à criação de gado,com os temas Manejo deBovinos, Planejamen-to e Gestão na Fazendade Pecuária de Corte eNutrição e Alimentaçãode Bovinos.As aulas poderão seracompanhadas pela TV,mas só receberá o cer-tificado quem fizer ainscrição na internet. Amatrícula custa R$ 150ou R$ 100 para sóciosda ABCZ (AssociaçãoBrasileira de Criadoresde Zebu), entidade par-ceira da Fazu e do CanalRural no projeto. Cadacurso tem 40 horas/aula.

CPT Cursos Presenciais• Anestesias em Equinos,2 e 3• Diagnóstico de Claudi-cação em Equinos, 4 a 6• Primeiros Socorros emBovinos, 6 a 8• Cirurgias em Bovinos aCampo, 15 a 17• Andrológico em Bovi-nos, 1 a 3• Palpação Retal em Bovi-nos, 7 a 9• Ultrassonografia e As-piração Folicular para FIVem Bovinos, 10 a 14• Exame Andrológicoem Pequenos Animais,12 e 13• Neurologia em Pe-

quenos Animais, 14 a17 de junho• Cão Pastoreiro ( básico),20 a 22• Cão Pastoreiro (avança-do), 22 a 24• Manejo Reprodutivo emEquinos, 15 a 17• Palpação Retal e Ultras-sonografia na ReproduçãoEquina, 18 a 20• Planejamento e Produ-ção de Frango de Corte,23 a 25• Abate, processamento ecomercialização de farn-go de corte, 26 a 28• Alimentos e alimenta-ção de frango de corte, 28a 30• Manejo Intensivo dePastagens para a Bovino-cultura, 25 a 27• Interpretação Ultrasso-nográfica em PequenosAnimais, 29/6 a 01/7

Faculdade CantareiraInscrições abertas paraos seguintes cursos depós-graduação, com iní-cio das aulas em agosto:Agronegócios, Ambiênciae Bem Estar de Animais deProdução, Rastreabilidadee Certificação de Produtosde Origem Animal, SaúdePública e Meio Ambien-te, Educação Ambiental eMeio AmbienteMais informações, tel. (11)2790-5900, site: www.cantareira.br

Confira as oportunidades de cursos de capacitação, treinamentoe especialização - Junho

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