jornal sta. edwiges ed. maio

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Maio de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 1 SANTA EDWIGES JORNAL www.santuariosantaedwiges.com.br - Padres e Irmãos Oblatos de São José - Arquidiocese de São Paulo - Publicação Mensal * Ano XX * Nº 235 * Maio de 2010 Leia mais pág. 09 Leia mais pág. 12 Leia mais pág. 03 Santuário Santa Edwiges celebra Jubileu de Ouro 30 de maio, dia de São José Marello No dia 21 de abril foi celebrado o cinqüentenário da Paróquia Santuário Santa Edwiges. Foram momentos de alegria, partilha e oração. Pág. 09. Leia mais pág. 10 fundador da Congregação dos Oblatos de São José. A Eucaristia e o Congresso Eucarístico Providência Divina. Em prol da dignidade humana. Leia mais pág. 08 Conheça a história de Adriana e Elenicio. Maria, Mãe da Igreja

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Jornal Sta. Edwiges Ed. Maio

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Page 1: Jornal Sta. Edwiges Ed. Maio

Maio de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 1

Santa EdwigESJornal

www.santuariosantaedwiges.com.br - Padres e Irmãos Oblatos de São José - Arquidiocese de São Paulo - Publicação Mensal * Ano XX * Nº 235 * Maio de 2010

Leia mais pág. 09

Leia mais pág. 12

Leia mais pág. 03

Santuário Santa Edwiges celebra Jubileu de Ouro

30 de maio, dia de São José Marello

No dia 21 de abril foi celebrado o cinqüentenário da Paróquia Santuário Santa Edwiges. Foram momentos de alegria, partilha e oração. Pág. 09.

Leia mais pág. 10

fundador da Congregação dos Oblatos de São José.

A Eucaristia e o Congresso Eucarístico

Providência Divina.

Em prol da dignidade

humana.

Leia mais pág. 08

Conheça a história de Adriana e Elenicio.

Maria, Mãe da Igreja

Page 2: Jornal Sta. Edwiges Ed. Maio

2 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Maio de 2010

Editorial noSSa Santa

tEStEmunHoParóquia Santuário Santa EdwigesArquidiocese de São PauloRegião Episcopal Ipiranga

Congregação dos Oblatos de São JoséProvíncia Nossa Senhora do Rocio

Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (11) 2215.6111

Pároco: Pe. Paulo Siebeneichler, OSJ

Responsável e Editora: Juliana Sales Colaboração:Pe. Mauro Negro, OSJ

Digramador: Victor Hugo de Souza

Equipe: Aparecida Yabrude Bonater; Eliana Tamara Carneiro; Guiomar Correia do Nascimento; João Andrade Dias;José Alves de Melo Neto; Martinho Vagner de Souza;

Marcelo Rodrigues Ocanha e Pe. Alexandre Alves dos Anjos Filho. Site: www.santuariosantaedwiges.com.br

E-mail: [email protected] Conclusão desta edição: 20/04/2010 Impressão: Folha de Londrina.

Tiragem: 6000 exemplares. Distribuição gratuita

EXPEdiEntE

Juliana [email protected]

No dia 16 de maio é co-memorado o 44º Dia Mundial das Comunicações Sociais. Este ano o nosso santo padre, o Papa Bento 16, dirige sua mensagem aos sacerdotes:

A tarefa primária do sa-cerdote é anunciar Cristo, Palavra de Deus encarnada, e comunicar a multiforme graça divina portadora de salvação mediante os sa-cramentos. Convocada pela Palavra, a Igreja coloca-se como sinal e instrumento da comunhão que Deus realiza com o homem e que todo o sacerdote é chamado a edi-ficar n’Ele e com Ele. Aqui reside a altíssima dignidade e beleza da missão sacerdo-tal, na qual se concretiza de modo privilegiado aquilo que afirma o apóstolo Pau-lo: «Na verdade, a Escritura diz: “Todo aquele que acre-ditar no Senhor não será confundido”. […] Portanto, todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como hão-de invocar Aquele em quem não acre-ditam? E como hão-de acre-ditar n’Aquele de quem não ouviram falar? E como hão-

de ouvir falar, se não houver quem lhes pregue? E como hão-de pregar, se não forem enviados? (Rm 10,11.13-15).

As novas tecnologias são instrumentos de comunicação ilimitada, além das múltiplas formas de anúncio, o mun-do digital propicia uma co-municação à nível global. O Evangelho pode ser anuncia-do não só pelas mídias tradi-cionais, mas pela rede (sites, blogs e etc). No ciperespaço há diversos caminhos, mas o sacerdote deve apropriar-se desta nova era e agir pasto-ralmente tornando Deus vivo e atual na realidade de hoje, assegurando a qualidade das relações humanas e as neces-sidades espirituais numa so-ciedade tão desorientada.

Na Mensagem do ano pas-sado para idêntica ocasião, encorajei os responsáveis pe-los processos de comunica-ção a promoverem uma cul-tura que respeite a dignidade e o valor da pessoa humana. Este é um dos caminhos onde a Igreja é chamada a exercer uma “diaconia da cultura” no atual “continente digi-tal”. Com o Evangelho nas

Havia dois anos que o meu filho, Vanderson, esta-va desempregado e eu havia me afastado da Igreja. Eu re-tornei neste período e pedi à Santa Edwiges que iluminas-se o seu caminho, que fos-sem abertas portas para ele. Eu pedi com muito fervor e no mês seguinte ele já esta-va empregado. Como serva de Deus e por intermédio de Santa Edwiges alcancei esta graça e hoje venho ao santuá-rio agradecer.

(Depoimento colhido no dia 16 de abril de 2010)

nilSa F. dE mEllo dE olivEira

5º dia da Novena

mEditaçãoDiz o apóstolo São Tiago

que o homem perfeito é aque-le que não peca por palavras. Realmente quantas pessoas não matam sua alma somente porque não sabem controlar a língua?

Nosso Senhor dizia que não é pecado o que entra pela boca, mas o que sai do cora-ção. A reputação alheia nos deve ser tão cara quanto a nossa. Não devemos divul-gar o que os outros não tem o direito de saber. Quantas vezes o silêncio em torno de certos assuntos nos livraria a nós e aos outros de situações embaraçosas...

Maria Santíssima vivia no silêncio e, no entanto, se qui-sesse teria tanto que falar! O silêncio ensina tantas coi-sas! A língua é uma arma de dois gumes: é perigosa e traiçoeira... Na maioria das

vezes é melhor calar do que falar. Não se nega, com isso, que não haja momentos em que podemos e devemos fa-lar. Mas, o cuidado no falar deve ser sempre muito gran-de, porque facilmente come-temos excessos e exageros.

EXEmPloA vida em família de San-

ta Edwiges foi um exemplo de caridade e uma fonte de ri-queza espiritual. A sua influ-ência moral conseguia muitas vezes acalmar os ânimos re-beldes daqueles que a cerca-vam. Por meio de sacrifícios, jejuns e orações continuadas, tudo fazia para construir no reino e entre os seus parentes a paz de Cristo.

No entanto, o espírito be-licoso dos cortesãos e as ri-xas antigas que dormitavam nos corações anulavam, vez por outra, a atuação benéfica de Edwiges. Ela se via en-tão envolvida na desordem, na confusão dos ódios que alteravam os seus planos de pacificação geral. Mas, ela não desanimava. Enfrentava os contratempos com uma energia raríssima numa dama de sua época; e em todos os instantes procurava evitar danos maiores, funcionando como incansável mediadora e abençoada pacificadora.

mãos e no coração, é preciso reafirmar que é tempo tam-bém de continuar a preparar caminhos que conduzam à Palavra de Deus, não descu-rando uma atenção particu-lar por quem se encontra em condição de busca, mas antes procurando mantê-la desper-ta como primeiro passo para a evangelização (Papa Bento 16 - 2009).

Por fim, todos nós somos convidados a aproveitar com sabedoria as oportunidades oferecidas pela comunica-ção dos tempos atuais. Que a Igreja possa ser cada vez mais colaborativa para uma comu-nhão mais ampla e concreta.

Neste mês de maio, peça-mos a intercessão de Maria, a mãe de Deus, São José, seu esposo e São José Ma-rello, fundador dos OSJ. Que possamos cada vez mais nos comunicar com os nos-sos irmãos a exemplo destes modelos. Santos e Santas de Deus, rogai por nós!

Saber falar e saber calarComunicação e as novas tecnologias

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Maio de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 3

ESPaço do dEvoto

Eucaristia (Missa)Domingo: 7h 9h 11h e 18h30Segunda até sexta-feira:15h e 19hSábados: 16h

Secretaria da ParóquiaSegunda até sexta-feira:8h até 19hSábados: 8h às 12h; 14h às18h

Bazar de objetos religiososTodos os dias, de 8h até 19h30Dia 16 de cada mês

Eucaristia (Missa)7h 9h 11h 13h 15h 18h 19h30Confissões: Todo o dia

EXPEDIENTE PAROQUIAL

Esta decisão de me ca-sar começou há quatro anos atrás. Já imaginava ser im-possível, porque quando procurei o Santuário, des-cobri que meu batismo não era válido. Eu havia sido batizado na Igreja Católica Brasileira (não pertencente à Igreja Apostólica Roma-na). Em seguida engravidei do meu lindo Henry, que foi mais uma benção em nossas vidas. No dia 8 de março de 2008 ele nasceu e assim que saímos da maternidade, o primeiro lugar que passamos foi na igreja e pedimos a ben-ção para o Pe. Paulo. Passou um tempo e ambos sentimos aquela vontade de nos casar.

Procurei o Pe. Paulo e conversamos sobre o assun-to. Ele disse que poderia fa-zer o meu casamento, e eu disse que não queria uma coisa com muitos enfeites, somente uma simples ceri-mônia, eu e meu companhei-

Elenicio e Adriana:Nunca é tarde para dizer SIM!

ro queríamos mesmo receber o sacramento do matrimônio. E a partir deste dia começa-mos os procedimentos para a realização do meu batismo, do Henry e para o casamen-to. A opção de nos casar pela missa da manhã foi uma sur-presa para nos também, mais foi recebida com muita ale-gria, porque somos devotos de SANTA EDWIGES e par-ticipamos todos os domingos da missa. Sentimos-nos até estranhos quando não vamos, fica aquela sensação de va-zio. Então, como foi possível realizar o meu batizado e do meu filho e ao mesmo tempo o nosso casamento, para mim foi de muita alegria e realiza-ção, foi uma benção maravi-lhosa, porque estaria ali junto da comunidade e de meus fa-miliares. A sensação é inex-plicável, o coração se acele-ra e a alegria se esbanja em saber que estou recebendo a benção diante de todos. A de-

cisão partiu de ambas partes, sempre foi nosso sonho, que se concretizou primeiramen-te Graças a Deus e a interces-são de Santa Edwiges, mas também pelas pessoas que nos ajudaram, como o Pe. Paulo e Pe. Alexandre, Au-gusta e Eliana (secretárias), Juliana (Comunicação do Santuário). Nosso sonho foi realizado e nos sentimos mui-tos felizes com essa benção.Como disse anteriormente, sempre participo da missa de domingo às 7h e sem-pre que posso também par-ticipo das missas aos dias 16 de cada mês. Digo com freqüência ao meu marido que gostaria de estar mais presente, mas um dia com fé em Deus eu chego lá.

Desde meus 7 anos co-nheço o Santuário. Lembro-me como se fosse hoje, mi-nha família, muito humilde, veio morar aqui no bairro do Sacomã, minha mãe, meu

Nesta edição do Jornal de Santa Edwiges conversamos com Adriana Lucinda de Almeida, que recebeu o sacramento do batismo, batizou seu filho e casou-se com o seu companheiro Elenicio Delmondes de Andrade no dia 07 do mês de março às 7h na Santa Missa.

Conheça esta história de fé e graça intercedida por Santa Edwiges. pai e meus quatro irmãos. Naquele tempo, residiam poucos moradores aqui, so-mente meu pai trabalhava e para ajudar nas despesas de casa, minha mãe fazia ge-linhos, gelatinas e cocadas para eu e meu irmão Admil-son ir vender nos dias 16 na igreja, e ao mesmo tempo nós ainda olhávamos os car-ros. Havia muitas pessoas que ficavam ali no pé das escadas pedindo esmolas e aquilo às vezes me assustava, porque quase não entendia. Lembro-me de uma senhora que ali ficava, as pernas dela eram muito inchadas e cheias de manchas. Todos busca-vam ajuda de alguma forma.No Santuário fiz minha 1º Comunhão, dos meus 2 filhos mais velhos e agora a minha Emily faz catequese. Reali-zei o meu batismo, do meu pequenino e o meu casamen-to, sou uma mulher realizada!Hoje a minha fé é ainda maior, sempre que me sinto caída, já sei aonde ir, aonde me sinto segura, protegida, abençoada e feliz. Porque todas as vezes que entro no Santuário saio leve e conten-te. E o meu pequeno já é um devoto fiel de DEUS. Sempre que passamos em frente da igreja, ele fala: Vamos rezar para o papai do Céu? E na hora da missa ele participa com os gestos dele, batendo palmas, cantando e rezando.

Sou muito feliz com a minha família e peço que muitas famílias possam também sentir-se assim.

Deus é o nosso pai e sem ele não somos nada, aquele que ainda não tem sua reli-gião não perca tempo, procu-re Deus, Ele está com os bra-ços abertos para te receber.Agradeço pelos meus filhos Ariana, Alessandro, Emily e Henry, pelo meu marido Ele-nicio, minha mãe Alaíde e a todos devotos do Santuário.

Esta decisão de me ca- ro queríamos mesmo receber ro queríamos mesmo receber cisão partiu de ambas partes, ro queríamos mesmo receber

Da Edição

Pentecostes, do grego, pentekosté, é o qüinquagési-mo dia após a Páscoa. Come-mora-se o envio do Espírito Santo à Igreja. A partir da Ascensão de Cristo, os dis-cípulos e a comunidade não tinham mais a presença fí-sica do Mestre. Em cumpri-mento à promessa de Jesus, o Espírito foi enviado sobre os apóstolos. Dessa forma, Cristo continua presente na Igreja, que é continuadora da sua missão. Participe da Vigília de PentecostesDia: 22/05Horário: Às 19hLocal: Santuário Santa Edwiges

Pentecostes

Aviso

Tarde com BingoDia: 23/05Horário: Das 13h às 17h30Local: Santuário Santa Edwiges – Sala Pe. CalviRealização: Pastoral do Canto LitúrgicoParticipe!

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4 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Maio de 2010

Encíclica do PaPa BEnto 16caritas in veritate: a verdade na caridadeNesta edição do Jornal Santa Edwiges continuamos com a transcrição da Encíclica do Santo Padre. Partimos

agora para o quarto capítulo: Desenvolvimento dos povos, Direitos e Deveres, Ambiente.

43. “A solidariedade univer-sal é para nós não só um fato e um benefício, mas também um dever”. Hoje, muitas pessoas tendem a alimentar a pretensão de que não devem nada a nin-guém, a não ser a si mesmas. Considerando-se titulares só de direitos, frequentemente depa-ram-se com fortes obstáculos para maturar uma responsabili-dade no âmbito do desenvolvi-mento integral próprio e alheio. Por isso, é importante invocar uma nova reflexão que faça ver como os direitos pressupõem deveres, sem os quais o seu exercício se transforma em arbí-trio. Assiste-se hoje a uma grave contradição: enquanto, por um lado, se reivindicam presuntos direitos, de caráter arbitrário e libertino, querendo vê-los re-conhecidos e promovidos pelas estruturas públicas, por outro existem direitos elementares e fundamentais violados e nega-dos a boa parte da humanidade. Aparece com frequência assina-lada uma relação entre a reivin-dicação do direito ao supérfluo, senão mesmo à transgressão e ao vício, nas sociedades opu-lentes e a falta de alimento, água potável, instrução básica, cuidados sanitários elementares em certas regiões do mundo do subdesenvolvimento e também nas periferias de grandes me-trópoles. A relação está no fato de que os direitos individuais, desvinculados de um quadro de deveres que lhes confira um sentido completo, enlouquecem e alimentam uma espiral de exi-gências praticamente ilimitada e sem critérios. A exasperação dos direitos desemboca no esqueci-mento dos deveres. Estes deli-mitam os direitos porque reme-tem para o quadro antropológico e ético cuja verdade é o âmbito onde os mesmos se inserem e, deste modo, não descambam no arbítrio. Por este motivo, os de-veres reforçam os direitos e pro-põem a sua defesa e promoção como um compromisso a assu-mir ao serviço do bem. Se, pelo contrário, os direitos do homem encontram o seu fundamento apenas nas deliberações duma assembleia de cidadãos, podem

ser alterados em qualquer mo-mento e, assim, o dever de os respeitar e promover atenua-se na consciência comum. Então os governos e os organismos internacionais podem esquecer a objetividade e indisponibili-dade dos direitos. Quando isto acontece, põe-se em perigo o verdadeiro desenvolvimento dos povos. Semelhantes posi-ções comprometem a autoridade dos organismos internacionais, sobretudo aos olhos dos países mais carecidos de desenvolvi-mento. De fato, estes pedem que a comunidade internacional as-suma como um dever ajudá-los a serem artífices do seu destino, ou seja, a assumirem por sua vez deveres. A partilha dos deveres recíprocos mobiliza muito mais do que a mera reivindicação de direitos.44. A concepção dos direitos e dos deveres no desenvolvimen-to deve ter em conta também as problemáticas ligadas com o crescimento demográfico. Trata-se de um aspecto muito importante do verdadeiro desen-volvimento, porque diz respeito aos valores irrenunciáveis da vida e da família. Considerar o aumento da população como a primeira causa do subdesenvol-vimento é errado, inclusive do ponto de vista econômico: basta pensar, por um lado, na conside-rável diminuição da mortalidade infantil e no alongamento médio da vida que se registra nos pa-íses economicamente desenvol-vidos, e, por outro, nos sinais de crise que se observam nas socie-dades onde se registra uma pre-ocupante queda da natalidade. Obviamente é forçoso prestar a devida atenção a uma procriação responsável, que constitui, para além do mais, uma real contri-buição para o desenvolvimento integral. A Igreja, que tem a pei-to o verdadeiro desenvolvimen-to do homem, recomenda-lhe o respeito dos valores humanos também no uso da sexualidade: o mesmo não pode ser reduzido a um mero fato hedonista e lúdi-co, do mesmo modo que a edu-cação sexual não se pode limitar à instrução técnica, tendo como única preocupação defender os

interessados de eventuais con-tágios ou do “risco” procriador. Isto equivaleria a empobrecer e negligenciar o significado pro-fundo da sexualidade, que deve, pelo contrário, ser reconhecido e assumido responsavelmen-te tanto pela pessoa como pela comunidade. Com efeito, a res-ponsabilidade impede que se considere a sexualidade como uma simples fonte de prazer ou que seja regulada com políticas de planificação forçada dos nas-cimentos. Em ambos os casos, estamos perante concepções e políticas materialistas, no âmbi-to das quais as pessoas acabam por sofrer várias formas de vio-lência. A tudo isto há que con-trapor a competência primária das famílias neste campo, relati-vamente ao Estado e às suas po-líticas restritivas, e também uma apropriada educação dos pais.A abertura moralmente respon-sável à vida é uma riqueza social e econômica. Grandes nações puderam sair da miséria, justa-mente graças ao grande número e às capacidades dos seus ha-bitantes. Pelo contrário, nações outrora prósperas atravessam agora uma fase de incerteza e, em alguns casos, de declínio precisamente por causa da di-minuição da natalidade, proble-ma crucial para as sociedades de proeminente bem-estar. A diminuição dos nascimentos, situando-se por vezes abaixo do chamado “índice de substitui-ção”, põe em crise também os sistemas de assistência social, aumenta os seus custos, contrai a acumulação de poupanças e, consequentemente, os recursos financeiros necessários para os investimentos, reduz a dis-ponibilidade de trabalhadores qualificados, restringe a reserva aonde ir buscar os “cérebros” para as necessidades da nação. Além disso, as famílias de pe-quena e, às vezes, pequeníssima dimensão correm o risco de em-pobrecer as relações sociais e de não garantir formas eficazes de solidariedade. São situações que apresentam sintomas de escassa confiança no futuro e de cansa-ço moral. Deste modo, torna-se uma necessidade social, e mes-

mo econômica, continuar a pro-por às novas gerações a beleza da família e do matrimônio, a correspondência de tais institui-ções às exigências mais profun-das do coração e da dignidade da pessoa. Nesta perspectiva, os Estados são chamados a ins-taurar políticas que promovam a centralidade e a integridade da família, fundada no matrimônio entre um homem e uma mu-lher, célula primeira e vital da sociedade,112 preocupando-se também com os seus problemas econômicos e fiscais, no respei-to da sua natureza relacional.45. Dar resposta às exigências morais mais profundas da pes-soa tem também importantes e benéficas consequências no plano econômico. De fato, a economia tem necessidade da ética para o seu correto funcio-namento; não de uma ética qual-quer, mas de uma ética amiga da pessoa. Hoje fala-se muito de ética em campo econômico, financeiro, empresarial. Nascem centros de estudo e percursos formativos de negócios éticos; difunde-se no mundo desenvol-vido o sistema das certificações éticas, na esteira do movimento de idéias nascido à volta da res-ponsabilidade social da empre-sa. Os bancos propõem contas e fundos de investimento chama-dos “éticos”. Desenvolvem-se as “finanças éticas”, sobretudo através do micro-crédito e, mais em geral, de micro-financia-mentos. Tais processos suscitam apreço e merecem amplo apoio. Os seus efeitos positivos fazem-se sentir também nas áreas me-nos desenvolvidas da terra. To-davia, é bom formar também um válido critério de discernimento, porque se nota um certo abuso do adjetivo “ético”, o qual, se

usado vagamente, presta-se a designar conteúdos muito diver-sos, chegando-se a fazer passar à sua sombra decisões e opções contrárias à justiça e ao verda-deiro bem do homem.Com efeito, muito depende do sistema moral em que se baseia. Sobre este argumento, a doutri-na social da Igreja tem um con-tributo próprio e específico para dar, que se funda na criação do homem “à imagem de Deus” (Gn 1, 27), um dado do qual deriva a dignidade inviolável da pessoa humana e também o valor trans-cendente das normas morais naturais. Uma ética econômica que prescinda destes dois pila-res arrisca-se inevitavelmente a perder o seu cunho específico e a prestar-se a instrumentaliza-ções; mais concretamente, arris-ca-se a aparecer em função dos sistemas econômico-financeiros existentes, em vez de servir de correção às disfunções dos mes-mos. Além do mais, acabaria até por justificar o financiamento de projetos que não são éticos. Por outro lado, não se deve recorrer ao termo “ético” de modo ide-ologicamente discriminatório, dando a perceber que não seriam éticas as iniciativas não dotadas formalmente de tal qualificação. Um dado é essencial: a neces-sidade de trabalhar não só para que nasçam sectores ou seg-mentos éticos da economia ou das finanças, mas também para que toda a economia e as finan-ças sejam éticas: e não por uma rotulação exterior, mas pelo res-peito de exigências intrínsecas à sua própria natureza. A tal res-peito, se pronuncia com clareza a doutrina social da Igreja, que recorda como a economia, em todas as suas extensões, seja um sector da atividade humana.

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Maio de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 5

JuBilEu do Santuário

O trabalho com a forma-ção da juventude sempre foi um dos marcos referências de nossa Paróquia Jubilar. Neste terceiro artigo sobre o nosso Jubileu Paroquial (comemora-do no dia 21 de abril passado), ressaltamos e referenciamos as tarefas com a juventude de nossa comunidade nos bair-ros do Sacomã e Heliópolis, esta última a “Cidade do Sol”.

Com a chegada dos Obla-tos de São José em 1973 é que os caminhos traçados para a nossa juventude começavam a ser trilhados. Ora, isto era um querer do fundador da con-gregação, São José Marello, que muito insistia no trabalho e formação da juventude, que por vezes estava abandonada e esquecida na própria sorte de suas vidas. Pergunto-me se hoje, no terceiro milênio, não estamos deixando nossos jo-vens se perderem novamente na sorte do mundo poluído com tantas meias verdades, que não apontam para uma salvação.

Não há como não discorrer sobre a juventude paroquial de Santa Edwiges, sem vol-tar à essência de experiência e de vivência do grupo de jo-vens COJOSE (Comunidade Jovem Santa Edwiges) e de-pois, das novas incursões do trabalho juvenil com o grupo AJUC (Adolescentes Josefi-nos Unidos a Cristo). Porém, é necessário ir por partes.

Décadas atrás era comum destinar a formação das crian-ças e jovens apenas à prepara-ção dos sacramentos e posterior vivência dos mesmos, princi-palmente na presença da missa dominical. Primeiras Comu-nhões e Crismas eram os eixos norteadores dos trabalhos de evangelização na Igreja. Toda-via era preciso um algo mais.

Com a eleição do Cardeal Karol Joseph Wojtyla em 1978 para ser o Papa João Paulo 2º, creio que o mundo, através dele, se voltava para a preocu-pação da formação da juventu-de. Porque cito o saudoso Papa João Paulo 2º como exemplo? Por que os jovens eram um dos centros, senão o grande centro de sua atividade como autori-dade geral da Igreja Católica.Somando a extraordinária for-ça de João Paulo 2º com as dis-posições da formação de São

José Marello e sua congrega-ção que nos dirige até hoje, podemos afirmar com clareza que a juventude paroquial de Santa Edwiges dá respostas claras e concretas ao chamado do Senhor. Ora, muitas vezes o chamado a vivencia pasto-ral em uma comunidade de confissão religiosa pode gerar medo e dúvidas. O próprio João Paulo 2º dizia isso num dos encontros com os jovens por ocasião do Jubileu da Ju-ventude no ano 2000: “Que-ridos jovens, não duvideis do amor de Deus por vós!

Ele reserva-vos um lugar no seu coração e uma missão no mundo. A primeira reação pode ser o temor, a dúvida. São sentimentos que, antes de vós, o próprio Jeremias experimentou: “Ah! Senhor, não sou um orador, por-que sou ainda muito novo!” (Jeremias 1, 6)... Mas não esqueçais que, quando cha-ma, o Senhor dá também a força e a graça necessárias para responder ao chamado.

De fato, muitos de nós (me incluo nisto) foram chamados pelo Senhor a segui-lo a partir da Paróquia Santa Edwiges. O grupo de jovens central de nossa comunidade adveio em 1988 e respondia às exigências da evangelização da Arqui-diocese de São Paulo à épo-ca dirigida por seu Arcebispo Dom Paulo Evaristo ‘Cardeal’ Arns, com a colaboração de seus bispos auxiliares, dentre eles nosso amado Dom An-tonio Celso de Queiroz, que comemorou recentemente 50 anos de sacerdócio. Com es-tes dois pastores sui generis (...) a juventude de São Paulo tinha uma referência fantásti-

ca. Ora, nas trilhas finais da década de oitenta e o irromper da década de noventa, nos-so grupo de jovens respondia com atitude à uma fé engaja-da nas questões sociais pela abertura da sempre novidade que é Cristo. Nossa paróquia já era um grande santuário que recebia milhares de fieis todos os meses do ano e a ju-ventude ajudava no que podia. Queira, enfim, sentir-se útil.

Já na década de noventa, com o esperado advento da era telemática, ou seja,

das constantes informati-zações e inovações da tecno-logia, também na Igreja era preciso um novo sopro do Espírito Santo, que a conduz até hoje. Sim, também a ju-ventude dava novos sinais de que deveria habitar os novos areópagos da sociedade que queria responder ao seu modo – o modo apenas humano e da razão – às dúvidas ainda pre-sentes na cabeça dos homens. Foi nesta década que o ensino médio deixava de ser o gran-de cume a ser alcançado por nossa juventude paroquial, pois era o tipo de formação que dava a possibilidade dos

nossos jovens ingressarem no mercado de trabalho. Mudou. Agora a veia universitária vinha com força na forma-ção e identidade do homem do terceiro milênio: dotado de razão e inteligência. Mas, onde ficava a resposta da fé?

A resposta para a pergunta anterior vem com nosso gran-de “Papa dos Jovens”: “Não tenhais medo de assumir as vossas responsabilidades: a Igreja tem necessidade de vós, precisa do vosso empenho e da vossa generosidade; o Papa tem necessidade de vós e, no início deste novo milênio, pe-de-vos que leveis o Evange-lho pelas estradas do mundo”.

No mundo diverso que se apresenta até a época atual, os jovens vivendo e percebendo-se juntos pela oração, manifes-tam a vivência da fé em Cristo e na sua Igreja, não apartan-do-se dos ‘outros jovens’, muito menos ponde-se em concorrência constante, mas, como dizia o Papa : Ela (a fé) é apenas uma manifestação da

r i q u e z a daquele único e extraordiná-rio dom que é a Revelação, do qual o mundo tanto precisa.

Foi por querer experi-mentar, manifestar e trans-mitir a fé que nossos jovens até hoje fazem de sua ativi-dade na Igreja uma resposta aos ventos de doutrinas, aos constantes ataques que so-frem por “saberem a quer ir” e não “que coisa seguir”. O que nós, Comunidade Jovem Santa Edwiges, sabemos é isto: Eis a nossa missão: fazer conhecer, fazer amar, fazer cumprir a doutrina de Jesus Cristo (cf. São José Marello).

Nosso jubileu juvenil ain-da é marcado pela existência

de outro grupo, quase exíguo, que é dos adolescentes de nossa paróquia. Atualmen-te esta vertente possui vários trabalhos, mas ressalto aqui o primeiro deles. Os Adolescen-tes Josefinos Unidos a Cristo (AJUC) surgiram pela necessi-dade de uma resposta também aos pequenos do Senhor. Sur-gido no mês de abril de 1998 o AJUC trazia os adolescentes para junto da experiência pas-toral de Santa Edwiges, fazen-do-os crescer em idade, estatu-ra e graça, conforme o Espírito de Deus e na comunhão da Igreja. Vários foram os adoles-centes que por este grupo pas-saram e que hoje são membros ativos de nossa comunidade.

É claro que nem tudo são flores no trato com a juven-tude. Muitos deles nós con-quistamos, mas muitos deles nós perdemos. Perdemos seja para as propostas ‘melhores ‘ do mundo, perdemos por não os evangelizarmos direi-to, os perdemos por perder.

Creio que o Jubileu Paro-quial dos Jovens e Adolescen-tes de nossa comunidade deve ser permeado pelo Evangelho de São João 6, que trata do dis-curso de Jesus sobre si mesmo com o pão da vida descido do céu e que denota uma mudan-ça de direção da parte daqueles que querem crer no Senhor. Se quisermos crer que Deus atua na nossa história, precisamos crer na presença real de Jesus Cristo até hoje: na Eucaristia. Nesta realidade eucarística é que podemos encontrar a razão de ser da crença em Jesus, mu-dando a nossa postura frente as meias-verdades que o mundo fora da vivencia da Igreja nos apresenta. Foi esta a mensa-gem de João Paulo 2º aos jo-vens no encerramento da 15ª Jornada Mundial da Juventude.

A Igreja é jovem e a Igreja é viva! Foi esta a conclusão de Bento 16 nos dias que se pas-saram da morte de João Paulo 2º até a sua eleição. É por este vigor juvenil que podemos também, com nossos jovens e adolescentes, celebrar o Jubi-leu de Ouro de nossa Paróquia Santa Edwiges. Deo gratias!

Jubileu dos Jovens e Adolescentes Trabalhe pela formação da juventude. O pouco já é alguma coisa e barrar o mal já é um grande bem. (São José Marello)

Matinho [email protected]

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6 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Maio de 2010

Palavra do Pároco o SErvo dE dEuSPe. José Calvi

Pe. Paulo Siebeneichler - [email protected]

Demonstrou um profundo amor à sua vocação religiosa, sempre obediente aos supe-riores e vivendo um verda-deiro espírito de pobreza e de desprendimento e, mes-mo quando se encontrava muito debilitado por causa de sua doença, preferia com-partilhar, ou melhor, doar as frutas, alimentos e outros presentes que recebia aos doentes, não mantendo nada consigo porque sentia a sa-tisfação em doar aos outros.

Diante de sua doença, sempre a aceitou com resig-nação afirmando que Deus lhe tinha permitido esse seu sofrimento para o seu bem e por isso oferecia as suas do-res e sua vida em verdadeiro espírito de penitência. Tinha dentro de si o ardor para o tra-balho missionário, contudo se resignava diante de sua pre-cária saúde, a aceitar pacien-temente a vontade de Deus.

O Pe. José Calvi foi um apóstolo entre os tuberculo-

sos, pois seu zelo pelas almas, testemunhará a irmã Maria Pedra, que trabalhava no Sa-natório nos anos em que ele ali esteve internado, era tão grande que a despeito de seu estado de fraqueza, não dei-xava de assistir aos doentes em agonia, ainda que fosse nas horas mais avançadas da noite. Tomado pela doença e debilitado ao extremo, não deixava de ir à capela todos os dias e isto o fará até o úl-timo dia de sua vida, para re-ceber a comunhão, até que no dia 26 de setembro de 1943 veio a falecer serenamente.

Ainda hoje, depois de décadas de sua morte, o seu túmulo no cemitério da Água Verde em Curitiba é objeto de visita por parte de inúmeras pessoas que, ouvindo falar de sua fama de santidade, acorrem frequentemente lá para rezar, acender velas e pedir-lhe graças. No Brasil encontram-se pessoas que o conheceram pessoalmente ou que trabalharam com ele no Sanatório e dele dão teste-munhos emocionantes sobre sua vida e santidade. O ex-superior geral dos Oblatos de São José, Pe. Pedro Magnone que por muitas vezes visitou o Brasil no final da década de 70, testemunha que ouvi-rá não apenas dos confrades de Pe. Calvi mas também do povo, a declaração de que ele era realmente um santo e que,

por ao menos duas vezes, viajando de trem pelo Paraná, aconteceu encontrar pessoas que tendo conhecido o Pe. Calvi recordava-lhe como um santo. Da mesma forma um outro ex-superior geral dos Oblatos de São José, Pe. Luigi Garberoglio, o qual também foi por muitos anos o diretor espiritual de Pe. Calvi declara-o, a exemplo de inumeráveis testemunhas, que era convicto de que ele tinha levado consigo para o túmulo a inocência batismal e de que esta convicção ele a tinha justamente porque o conheceu intimamente. A sua fama de santidade sempre foi reconhecida na Itália, não apenas pelos seus confrades que com ele puderam convi-ver, mas também por muitas pessoas de Cortemilia, cida-de onde nasceu, e até hoje se encontram pessoas que teste-munham com entusiasmo a sua fascinante e santa pessoa. São inúmeras as testemunhas de graças alcançadas de Deus por intermédio de Pe. Calvi; graças das mais variadas e de diversas proveniências, seja da Itália que do Brasil. Ele deixou a terra para ir ao céu, declara Pe. Garbero-glio, e esperamos que como foi para nós aqui na terra um exemplo, assim ele seja lá no céu o nosso intercessor junto de Deus do qual con-servou-se sempre afeiçoado.

Diria Galvão Bueno “bem amigos da rede globo”, ao iniciar a transmissão ou ao re-tomar para o segundo tempo de uma partida de futebol, ou qualquer que seja o evento.

Eu digo: Bem irmãos e irmãs do Santuário Santa Edwiges, estamos inician-do a corrida para o centená-rio. A cada dia basta o seu cuidado e a felicidade que se faz na vivência inten-sa de um bom dia.

Ao iniciar esta segunda etapa, eu me coloco com mui-ta felicidade ao ter vivencia-do um dia maravilhoso no 21 de abril de 2010. Cada um e cada uma dos que se fizeram presentes nesta celebração, causava ânimo e impacto de uma certeza de avançar com segurança. A alegria dos ido-sos em repetir cenas de tantos anos passados, contando as gerações esta novidade, esta saudade, a felicidade destes de poder oferecer depois de tantos esforços um espaço para se viver com mais tran-qüilidade a evangelização que hoje chegam à comunidade.

Encontrar alguém que se ama, é reviver com alegria já celebrada, e isso é visua-lizado nos rostos marcados pelos anos de muitos que estiveram presentes, viram e se alegraram com esta vida de nossa comunidade.

A alegria dos adultos de servir a comunidade, ao pre-parar as atividades dentro de nossas precariedades. Mais ainda sim, ter a felicidade de termos um espaço que bem adequado, é possível ser feliz.

A felicidade das crian-ças em estarem unidas nas gincanas das diversas pas-torais que trabalham com estes frutos de Deus. Que enchem de vida por onde passam e encantam todos os que os acolhem e os abraçam.

Comemoramos um tempo de graça, de todas as vidas, de todas as ida-des, de todas as esperan-ças de todas as saudades.

Ao vislumbrarmos a ca-

minhada, temos uma aler-ta. Dom Tomé nos convi-dava a sermos sempre a Igreja viva, onde as pedras pudessem abrigar a todos.

Os jovens na sua cele-bração puderam trazer em arte, musica e projeções, depoimentos deste tempo de construção. Onde uns fi-zeram toda a caminhada e hoje avante, levam as mar-cas deste tempo de ser Igreja, de ser presença no Santuário que vive a 50 anos no Bairro.

Bem amigos do Santuário, começa o tempo do centená-rio, mais faltam 49 anos. E alertamos hoje que é necessá-rio estar atentos e vibrantes, para celebrarmos esses 100 anos, mas se não pudermos estar presentes, que haja uma bela contribuição para isto.

Iniciamos o mês de Ma-ria, celebramos junto com a capital federal o Jubileu. Festejamos um tempo de pre-paração, como leigos e lei-gas discípulos missionários na cidade de São Paulo. Um tempo de viver ainda mais as graças a nós indicada e teste-munhada por tantos homens e mulheres, na perseverança de tudo que se fez nesta Igre-ja Cinqüentenária. Uma Igre-ja que apesar de tanta histó-ria tem uma cara jovem, tem um jeito modesto. Tem a tua cara, o teu rosto, o teu gesto, a tua presença, o teu coração, meu Caro Paroquiano, mi-nha Caríssima Paroquiana.

Com todo este primeiro tempo, precisamos nos empe-nhar para o segundo. E eu te-nho a certeza que neste 21 de abril 2010, confirmei a con-vicção de uma comunidade e um Santuário que pode e vai chegar a um centenário com um moto de conquistas no-vamente grande, e será outra felicidade a realização deste.

Um grande obrigado a Deus e a cada um, por tudo neste tempo. E vamos juntos...Porque juntos somos mais.

De 01 até 50 foi assim... De 50 até 100 você vai

construir conosco.

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Maio de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 7

Bianca Abreu

Cibely AraújoCarlos Henrique

BatiSmo

Batismos em 25 de Abril de 2010

Gabriel Alves Brenda

Lorrayne Ferreira Kaio Ferreira Thiago Alboz

Kaique Ferreira Karla Ferreira JenniferPe. Alexandre

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;(Mateus 28-19)

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8 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Maio de 2010

PaStoraiS Instituição Providência Divina

Em prol da Dignidade Humananizações não governamentais na educação à solidariedade, prevenção da violência, luta contra a corrupção, promoção da inclusão social, superação das discriminações, defesa da cultura das minorias.

Para isso, é preciso ter coe-rência de vida cristã, evitando todo contágio com o mercanti-lismo da sociedade consumis-ta; uso adequado dos meios de comunicação social na evan-gelização; renovação da pas-toral urbana; valorização da religiosidade popular; atenção especial aos jovens Por fim, estaremos vivendo verdadei-ra comunhão quando formos capazes de dar testemunho de comunidade cristã que serve a sociedade na pessoa dos mais pobres; difundir a doutrina social cristã; formar a cons-ciência social e política dos católicos; celebrar os eventos da vida do povo; empenhar para superar desigualdades e praticar solidariedade dentro da própria Igreja. (Diretrizes gerais da Ação Evangelizado-ra da Igreja no Brasil – 2008-2010. Páginas 86 a 102, 130 a 140)

A Instituição Providência Divina reúne pessoas diversas de nossa comunidade Santa Edwiges que pretendem, com sua doação, ser uma “gota d’água no oceano”, mas carre-gada de ação do Evangelho na busca de saciar um pouco da fome de tantos e tantos irmãos famintos. Este grupo teve ini-cio em Agosto de 2002 em um alojamento. Os primeiros

Deus, de comunicação.Isso tudo é muito bonito

de ser lido e falamos na maior facilidade, mas quando vem o momento de pôr em prática, inventamos as melhores des-culpas e fugimos da realidade e do compromisso.

A fé cristã vê todos os se-res humanos como filhos e filhas do mesmo Pai, portan-to irmãos e irmãs. A prática da comunhão fraterna mar-cou as primeiras comunida-des cris- t ã s :

“Não havia neces-sitados entre eles” (At 4,34). Como verdadeiros se-guidores de Cristo, devemos nos esforçar para construir uma sociedade solidária sem o escândalo da exclusão e da violência na sociedade consu-mista.

Os cristãos sentem o dever de ser solidários com todos e de contribuir para a constru-ção de uma sociedade, justa e solidária, da qual se possa dizer, como da primeira co-munidade cristã: “Não havia necessitados entre eles”. Essa tarefa é enorme e nunca a fa-remos sozinhos.

O Documento oferece di-cas de pequenas mais signifi-cativas iniciativas de práticas solidárias: o socorro às neces-sidades imediatas e urgentes, a reivindicação de políticas públicas, a participação políti-ca, de forma séria e compro-metida com o bem comum, mutirão contra a miséria e a fome, levantamento das ne-cessidades sociais, parcerias com a sociedade civil, incen-tivo à participação política, acompanhamento da atuação dos poderes públicos, promo-ção do direito à informação, luta contra o consumismo, apoio aos migrantes etc.

No plano do diálogo, pode-se haver colaboração com ou-tros grupos religiosos e orga-

O Documento 87 da CNBB Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igre-ja no Brasil alerta que estamos numa época em que são ofere-cidas várias propostas às pes-soas com uma aparência de liberdade, mas que na verdade se trata de ilusões que levam cada vez mais a um profundo individualismo a ponto de não se consi- derar a si-

t u a ç ã o de tantos

irmãos que sofrem as mais variadas formas de po-breza e exclusão social.

A fé cristã deve promover a dignidade da pessoa huma-na, reconhecendo nela a cria-ção de Deus para a liberdade e a criatividade. Mais que isso, pela Vida Nova do mis-tério pascal, fomos remidos em Cristo, para tornarmo-nos plenamente filhas e filhos de Deus.

Para tornar concreta esta vida digna em Jesus Cristo o Documento aponta pistas de ações tendo quatro núcleos principais: Serviço; Diálogo; Anúncio; Comunhão.

No serviço, somos convi-dados a ajudar a formação hu-mana das pessoas, a começar pela garantia das condições básicas de vida, passando principalmente pela educação e o aconselhamento; No diálo-go, devemos educar ao respei-to das diferenças, sejam reli-giosas, culturais, econômicas, etc, como pressuposto para a superação das discriminações; Através do anúncio, é preciso propor o evangelho de Jesus Cristo a todos e no testemu-nho de comunhão, formar co-munidades cristãs verdadeira-mente acolhedoras e fraternas, de comunhão e participação, de oração e experiência de

membros foram os senhores Tiago Soares Cardoso e Gil-son Lourenço dos Santos.

Sentindo a necessidade e atendendo ao apelo de pôr em prática o exemplo do “Bom Samaritano” começaram en-tregando 30 pães e uma gar-rafa de 20 litros de café com leite na região do Cambuci. Hoje, oito anos depois desta primeira iniciativa, o grupo de voluntários aumentou e alter-na a distribuição de alimentos aos domingos, sendo em mé-dia 1300 pães e 100 litros de café com leite num domingo e em torno de 600 marmitex no outro.

O grupo se encontra para o preparo da comida ou do lanche no salão paroquial São José Marello situado no San-tuário Santa Edwiges tendo uma média de 12 voluntários. O objetivo do grupo é para com os moradores de rua, os quais se encontram mo-

rando debaixo de viadutos e pontes.

Além da distribuição de alimentos, o grupo faz aten-dimentos de primeiros socor-ros como curativos e enca-minhamentos.Os voluntários e voluntárias da Providencia Divina sabem que é pouco o que fazem, mas este pouco é capaz de fazer muita diferen-ça em quem é beneficiado. O grupo está sempre precisando de colaborações e doações como: alimentos, copos des-cartáveis, marmitex e garfos, mortadela, saquinhos picota-dos e materiais de enferma-gens como luvas, tocas, gases, água oxigenada, etc. Informa-ções nos fones: 3422-6606 ou 2069-9457

“De que aproveitará, ir-mãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso está fé poderá salvá-lo?”

(Tg 2, 14).Frei Marcelo Ocanha, OSJ

[email protected]

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notíciaS

Aconteceu no dia 18 de abril no Santuário Santa Edwiges a Vestição dos Coroinhas. 27 crianças e adolescentes receberam as vestes oficiais para auxiliar o padre durante as celebrações, renovaram seus votos e celebraram os 50 anos da Paróquia.

Vestição dos Coroinhas

No dia 21 de abril de 2010 a Paróquia Santuá-rio Santa Edwiges cele-brou o seu Jubileu de Ouro.

Pela manhã o Pe. Álva-ro, Pároco do Santuário em 1989 até 1994, presidiu a santa missa com as crianças e a comunidade. Em segui-

da, aconteceram diversas atividades recreativas para as crianças. Para o almoço, foi servida uma deliciosa fei-joada para mais de 300 pes-soas. O momento foi regado de alegria e descontração.

E festa continuou...A tarde tivemos bingo e

shows com o cantor Léo Lopes e com o Duo Ara-guari: Dorival da Safona, Déo Moreno e Andréia.

Todos os convidados dan-çaram por todo o salão. Para encerrar esta grande festa, a santa missa à noite foi presi-dida pelo nosso bispo, Dom

Jubileu de Ouro da Paróquia

Tomé e co-celebrada pelo Pe. Paulo, Pe. Alexandre, Pe. Roberto, Pe. Devanil e Pe. Álvaro, OSJ. Após a cele-bração os jovens fizeram um momento de música e dança.

shows com o cantor Léo shows com o cantor Léo Tomé e co-celebrada pelo

Da Edição

Celebração da CrismaAconteceu nos dias 10

e 17 de abril a celebração da Crisma. O nosso bispo Dom Tomé foi o presidente da celebração e 74 jovens receberam o Sacramento.

As inscrições para no-vas turmas acontecerão no final do mês de maio. Informações na secretaria paroquial.

ECCO 6º Encontro de Ca-

sais com Cristo foi realiza-do nos dias 23, 24 e 25 de abril. A Pastoral da Família acolheu 16 casais. O ECC é um serviço da Igreja, em favor da evangelização das famílias. Procura construir o Reino de Deus, aqui e agora, a partir da família, da comunidade paroquial, mostrando pistas para que os casais se reencontrem com eles mesmos, com os filhos, com a comunida-de e, principalmente, com Cristo.

Notas

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10 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Maio de 2010

a EucariStia E o congrESSo EucaríStico nacional

Pe. Alexandre Alves Filho, [email protected]

De 13 a 16 de maio a Igreja do Brasil celebra o 16º Congresso Eucarístico Nacional em Brasília. É um momento forte da Igreja no Brasil. Trata-se de parar por alguns dias e meditar sobre a importância da Eucaristia na vida da Igreja. O tema deste Congresso é: “Eucaristia, Pão da Unidade dos Discípulos Missionários”. Propõe fazer crescer nos cristãos católicos de todo o Brasil a urgência de nos alimentarmos da Eu-caristia como comunidade, como Igreja reunida. Somen-te na comunidade poderemos fazer a experiência do Cristo ressuscitado que celebramos na Páscoa. Somente ao re-dor da Eucaristia como co-munidade é que poderemos perceber e sentir melhor a nossa vocação como Igreja.

Por que celebramos um Congresso Eucarístico? De tempos em tempos é que preciso que a reflexão sobre um determinado assunto seja mais intensa. O Congres-so Eucarístico Nacional (é preciso que se diga também que de tempos em tempos celebram-se também Con-gressos Eucarísticos Inter-nacionais) é momento pri-vilegiado para que padres, bispos e diáconos, junto com todo o povo de Deus, unam seus corações não somen-te pela oração, mas também por um estudo sério sobre a Teologia da Eucaristia. Não podemos só celebrar, o que por si só é importante, mas é preciso que se façam refle-xões sérias sobre a ordem de Jesus: “Façam isto em me-mória de mim” (Lc 22, 19).

Porém, junto com as re-flexões do Congresso Eu-carístico, gostaria de propor aos leitores algumas refle-xões que partem da minha experiência de Eucaristia e de vida de comunidade.

1. “Ide preparar-nos a pás-coa para comermos” (Lc 22, 8).

A ordem é para que Pe-

dro e João façam os prepa-rativos, organizem a ceia pascal judaica. A ordem, po-rém, é para todos nós hoje.

Deixar tudo preparado e organizado para a Eucaristia dominical deve ser para nós uma ordem e uma necessi-dade. Preparar o ambiente, o local da celebração, preparar e distribuir os diversos minis-térios e serviços, preparar as músicas, os gestos e símbo-los, tudo isso é fundamental para que as pessoas possam participar melhor, possam, de verdade, colher os frutos da Eucaristia. Tudo ajuda na melhor compreensão do mistério que estamos cele-brando. Ainda mais quan-do as equipes de celebração também se prepararam para este momento. Os diversos ministérios (leitores, cantos, salmista, ministros extraor-dinários da Sagrada Comu-

nhão) devem estar em sinto-nia e proporcionar ao povo de Deus que participa da Euca-ristia um verdadeiro momen-to de encontro com o Senhor Ressuscitado. Por isso que sempre, ao prepararmos uma celebração, devemos pensar não em nossas equipes, mas na assembléia! Essa é a regra de ouro para uma boa liturgia.

2. “Eu desejei ardente-mente comer esta páscoa convosco... “( Lc 22, 14).

Esse desejo de Jesus deve ser o desejo de toda equipe de Liturgia e do povo que parti-cipa da Eucaristia dominical. Não podemos ir à missa “por-que é obrigação”, mas deve-mos participar da Eucaristia porque esse foi o desejo de Jesus. E a Eucaristia domi-nical deveria fazer surgir em nosso coração o desejo sin-cero do encontro de irmãos e irmãs ao redor do Cristo. O

liturgia

desejo de Jesus deveria ser o nosso desejo, desejo de co-mer a páscoa em comunida-de, partilhar do pão da vida e do cálice da salvação como família de Deus reunida.

Às vezes eu fico pen-sando em nossos almoços de domingo. Para que es-tejamos juntos, almoçando como irmãos e irmãs, é pre-ciso que haja em nós o de-sejo sincero. Se a gente não tiver vontade, a gente não vai... arruma uma desculpa e deixa a reunião de família.

Algumas pessoas, para não participar da Eucaris-tia de domingo, arrumam as mais diversas desculpas... Será que existe em nosso coração o desejo sincero e ardente de participar da Pás-coa do Ressuscitado? Ou participamos simplesmente da Eucaristia porque dizem que se a gente não participa

da missa vai para o infer-no? Infelizmente esse clima de medo ainda existe em muitos cristãos católicos: participam da Eucaristia por medo e não por desejo.

A chegada do domingo deveria fazer surgir em nos-so coração o desejo sincero de participar. Mas parece que nem todos pensam assim. Domingo é dia de futebol, de dormir até mais tarde, de sair, passear... Não que isto seja ruim, pelo contrário, tudo isso é bom demais, mas não podemos nos esquecer de Deus e da comunidade. É possível sim, fazer tudo isso que falei acima e mais a nos-sa participação na Eucaristia.

A Eucaristia de domingo deveria fazer nascer em nos-so coração o desejo da comu-nidade. Sem a comunidade a gente não vive! Eu preciso da comunidade para poder per-ceber o Cristo ressuscitado. Somente a comunidade faz-me ver a presença de Deus. E é em comunidade que eu faço a experiência da Eucaristia como dom pleno de Deus.

Neste período de Con-gresso Eucarístico e durante toda a nossa vida cristã, fa-çamos da Eucaristia a fonte de nossa espiritualidade e a fonte de nossa vida cristã. Somente na Eucaristia pode-mos encontrar a força para superar todos as dificulda-des e a razão de nosso ser missionário. Somente pela força da Eucaristia podemos ter forças para sermos discí-pulos missionários de Jesus. Como o Senhor disse à Elias, “levanta-te e come, pois ain-da tens um longo caminho pela frente” (cf. 1 Rs 19, 7).

Que a Eucaristia, o pão da Unidade dos discípu-los missionários de Jesus seja a força para todos nós!

Foto Ilustrativa

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JSE: Além de secretária paroquial o que mais podemos saber da nossa amiga Guta?

Meu nome completo é Ma-ria Augusta Cristovam, nas-ci no dia 29 de julho de 1949 em Portugal no vilarejo de Trás-os-Montes distrito de Vinhais. Sou a terceira filha do casal maravilhoso Alberto Augusto e Angelina Rosa, te-nho um irmão chamado Anto-nio e duas irmãs: Maria Olinda e Maria de Lourdes. Sou mãe muito coruja das minhas três filhas maravilhosas que Deus me deu: Maria Carolina, Ana Carina e Mariana Cristina. Já tenho dois genros: Elder e Eduardo, mas ainda não tenho netos, eu disse ainda! Sou uma pessoa animada e entu-siasmada com a vida, amável e preocupada com as pessoas que me cercam e que convivo. Procuro ser feliz tendo uma boa relação com os outros. Sou sincera, honesta e respeito as pessoas na sua integridade.

JSE: Há quanto tempo você está no Brasil? Fale-nos sobre sua Infância e ju-ventude e principalmente sobre sua caminhada na fé:

Até os 9 anos eu morei em Portugal, meus pais eram mui-to pobres! Me recordo que mi-nha mãe fazia bonecas de pano para eu e minhas irmãs brin-carmos, e me recordo também que ajudava minha madrinha na arrumação da casa, pois ela não tinha um dos braços. Uma tia da minha mãe veio morar aqui no Brasil, todas as vezes que nos visitava em Portugal contava sobre sua vida aqui. Numa conversa, minha mãe dizia das dificuldades que passava para criar os quatro filhos, então, essa tia quando voltou para o Brasil conversou com o marido dela e resolve-ram nos trazer para cá. Che-gamos ao Brasil no dia 31 de outubro de 1958, eu tinha 9 anos. Aqui meus pais tiveram a ajuda desses tios: Manoel e Te-resa. O tio Manoel tinha uma carvoaria que depois de algum tempo passou para o meu pai. Eu e meus irmãos ajudávamos o meu pai na carvoaria, era uma festa, de manhã eu estu-dava e à tarde ajudava o meu pai a vender carvão. Nos finais

de semana a nossa diversão era ir de carroça na linha do trem buscar capim para o ca-valo comer durante a semana. Tenho saudades desse tempo! Assim fui crescendo, sem-pre ajudando meus pais, mas sempre tinha um tempo para brincar. Na época morava na Vila Carioca, eu freqüentava a Paróquia de Santo Antonio, a primeira comunhão fiz em Portugal, mas a Crisma foi nesta paróquia, fui filha de Maria e da Legião de Maria. O que eu mais gostava era aos domingos visitar as pessoas com as freiras da Paróquia.

Os meus pais sempre fo-ram católicos praticantes e desde pequena fui criada na Igreja, a minha fé devo aos meus pais, que saudade eu sinto deles! Mas sei que estão ao lado de Deus, pois me en-sinaram a ser sempre honesta, respeitar os outros e construir a paz e a união na família. Até que no ano de 1965 meus pais compraram uma casa em São João Clímaco, onde moro até hoje. Fiz Faculdade e depois casei no ano de 1977.

JSE: Agora nos diga como conheceu a comunidade paro-quial Santa Edwiges e como começou a trabalhar aqui?

Em 1990, eu já freqüenta-va a Paróquia Santa Edwiges, aliás, as minhas filhas Carina e Mariana foram batizadas aqui, e as três fizeram a primeira comunhão e Crisma também aqui. Sendo paroquiana, no

mês de outubro daquele ano pedi ao Pe. Álvaro que fosse benzer a minha casa, naquele dia, o meu querido pai pediu ao padre que, sabendo da influen-cia que tinha, arrumasse um trabalho para mim, pois meu marido estava já alguns meses desempregado e a situação es-tava difícil. Então em fevereiro de 1991 recebi um telefonema da secretária Viviane para que viesse fazer uma entrevista com o Pe. Álvaro. Fui no dia marcado e passei por uma se-leção, pedi muito a Deus pela intercessão de Santa Edwiges. No fundo, eu já vibrava com a idéia de trabalhar aqui! De repente fui chamada e desde o dia 03 de março de 1991 que foi o meu primeiro dia de tra-balho estou até hoje prestan-do este serviço. Devo o meu emprego em primeiro lugar a Deus e depois ao nosso que-rido Pe. Álvaro, que confiou em mim, que Deus o aben-çoe lhe dê muita paz e saúde!

JSE: Nestes Quase Vinte anos o que de mais importante você gostaria de nos contar?

Muitos momentos espe-ciais e marcantes! Ao mesmo tempo em que me entristecia com a saída do Pe. Álvaro me alegrava com a chegada do Pe. Miguel! Me lembro como se fosse hoje, a gente chorava pelo Pe. Álvaro e o Pe. Miguel estava sentado num banco da Igreja, eu fui até ele e lhe disse: “Quando o senhor for embora também choraremos

pelo senhor!” Ao que ele res-pondeu: “De onde vim tam-bém deixei gente chorando!” As trocas dos padres são muito dolorosas. Meu Deus como a gente sofre! A gente aprende a amá-los, a respeitá-los e de repente o provincial os trans-fere e aí a gente sente sauda-des dos que saem! Falando nisso, acabamos de perder o Pe. Devanil, mas ganhamos o Pe. Paulo, quando este sair, sofro de novo! Outros momen-tos são as festas de outubro da nossa querida Santa, fico extasiada toda vem que vejo tanta gente pedindo e agrade-cendo as graças de Deus pela intercessão de Santa Edwiges.

JSE: Além do trabalho você também atua como vo-luntário em serviço Pastoral?

O meu primeiro trabalho voluntário foi na Pastoral do Batismo, vim fazer o curso para batizar a Mariana e me convidaram para participar, aceitei e estou até hoje. Sin-to-me muito feliz em poder transmitir a palavra de Deus aos pais e padrinhos que pro-curam a Igreja para dar o pri-meiro sacramento aos filhos. É muito gratificante! No período do Pe. Miguel, fui convidada para participar dos Ministros da Sagrada Comunhão, fiquei muito feliz, embora achasse que não merecia, era muito para eu participar deste mi-nistério tão importante, mas peço sempre a Deus que me ajude a ser uma pessoa inte-

gra para poder dar e levar aos nossos irmãos e irmãs o Corpo de Cristo que é o Pão da vida.

JSE: E o Conví-vio com a Congregação do Oblatos de São José?

Quando solteira, eu morei numa casa perto da D. Made-ma e ela me convidou junto com meus pais para participar-mos da Fraternidade Josefina e das missas de São José na Ca-pela do Colégio Cardeal Mota, no Ipiranga. Todas as quartas feiras o Pe. Pedro Antônio Bach, presidia as missas e no final fazia sorteio das imagens de São José que as pessoas levavam pelas graças recebi-das, fui sorteada e ainda te-nho até hoje a imagem de São José! Trabalhar com os padres Oblatos de São José foi uma benção de Deus, me sinto em casa, pois São José foi o pri-meiro a amar e cuidar dos in-teresses de Jesus, é claro junto com Maria nossa querida mãe!

O nosso querido Pe. Dedi-no, foi quem me convidou para fazer parte dos leigos OSJ. O que mais me chamou atenção nos Oblatos fundados pelo santo italiano São José Ma-rello foi o espírito de humilda-de, laboriosidade e dedicação aos interesses de Jesus. Fiel ao que pede São José a seus padres e irmãos, eu também difundo a devoção a São José a quem quer que seja sempre procurando viver uma vida de consagração a Deus e à Igre-ja em espírito de cooperação com os Oblatos. Como leiga Josefina, rezo constantemente e sempre que posso participo dos diversos momentos for-mativos e comemorativos da Congregação. A dedicação que tenho pelos padres, freis e ir-mãos, é de mãe espiritual em poder acompanhar de certo modo a caminhada formativa. A convivência e experiência com os párocos Pe. Álvaro, Pe. Miguel, Pe. Dedino, Pe. Alfeu, Pe. Devanil e agora o Pe. Paulo foram e são para mim um mergulho precioso na minha vida, eles me mostram o rosto de Deus , me ajudan-do e incentivando no dia a dia, tanto no campo pessoal como profissional. Que São José os proteja e lhes dê a paz!

EntrEviSta

A grande celebração do Jubileu da Paróquia Santa Edwiges foi marcada com muita oração e festa. E a participação de cada paroquiano foi de extrema im-portância. A nossa história, porém continua, assim como os relatos por aqueles que fazem esta história acontecer. Neste mês o Jornal Santa Edwiges conversou com

Maria Augusta, amiga de todos e secretária paroquial a quase vinte anos. Imaginem quantas histórias esta mulher tem para nos relatar!

maria auguSta criStovam

Da esquerda para direita: Mariana, Augusta, Carina e Carol

Foto: Arquivo pessoal

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12 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Maio de 2010

São JoSé maria

De que Maria, a Mãe de Deus, tem um papel inteira-mente singular na História de nossa Salvação, na vida de todos os homens e em nossa vida de cristãos em particu-lar, não há dúvidas.

Ela é um ponto essen-cial onde paramos para pe-dir orientação na caminhada para seguirmos ao Mestre Jesus. Como nas “Bodas de Cana” ela sempre nos dará uma regrinha básica: “Faça tudo o que Ele vos disser!” (Jo 2, 5).

Também, o jovem José fez esta experiência de ter encontrado em Maria o ca-minho para se chegar a Jesus. Na verdade, ele foi o primei-ro a trilhar esta senda.

Tinha uma relação de ex-trema intimidade com Jesus, o Verbo Encarnado (cf. Jo 1,14), porém, antes de ter esta relação com Jesus, ele a teve com sua santa esposa, Maria de Nazaré.

Maria foi escolhida para ser o sacrário vivo do Filho de Deus! José, seu esposo, foi também escolhido entre tantos para ser o educador, o responsável, o Guarda do Redentor, o pedestal desse sacrário. Ele participou des-de mistério junto com Maria.

São José Marello, fun-dador da Congregação dos Oblatos de São José, que sempre nutriu profunda de-voção e admiração tanto por São José como a Maria San-tíssima, costumava dizer que: “Maria e José foram as almas que melhor prepararam os caminhos do Senhor”. Quan-to a isso, não podemos ter a menor dúvida.

Poderíamos perguntar-nos como seria o relacionamento de Maria e José na Família? Para tentar responder leiamos o trecho da Carta aos Efésios: “As mulheres estejam sujei-tas aos seus maridos, como ao Senhor, porque o homem é a cabeça da mulher como Cristo é a cabeça da Igreja”. (Ef 5, 22-23). Nesta passa-gem, São Paulo reúne os de-

veres da mulher em relação ao marido.

A expressão: estejam su-jeitas, quer traduzir a reve-rência, o respeito, o reconhe-cimento prático do chefe de família. Não é de nenhuma forma a submissão diminui-dora da dignidade da mulher, trata-se de um constituinte da família pelo amor. Aqui podemos imaginar o dia-a-dia naquela humilde casa de Nazaré: Maria cozinhando e cantarolando louvores a Deus; o pequeno Jesus sen-tado ao colo do papai José, aprendendo deste uma brin-cadeirinha até as Sagradas Leis Judaicas. Admirar Jesus criança faz também pensar e admirar aqueles que estavam a cargo da sua educação: seus pais. Eles são para nós o mo-delo de família e de comuni-dade!

Maria sentia por José um amor, uma admiração tão grande, que o fazia ser cada dia mais, o seu escolhido, o eleito por Deus para ser seu defensor sustentáculo, seu grande amor alguns episó-dios nos fala desta sensibili-dade para com o varão justo.

Imaginemos agora, o re-encontro de Maria e José com Jesus no Templo entre os Doutores da Lei (Lc 2, 41-50). A Bíblia Sagrada nos narra que ao encontrá-lo Ma-ria diz: “Olha que teu Pai e eu, aflitos, te procurávamos” (Lc 2,48). Primeiro José, de-pois ela.

Podemos imaginar o de-sespero e a angústia dos dois ao verem que o Tesouro dado por Deus a eles não estava mais ali tão perto. A angústia materna deveria ser maior, pois ela era a mãe. Entretan-to, ela evidencia a figura do responsável pelo menino.

Também não podemos deixar de mencionar o mis-terioso acontecimento da encarnação. José, homem justo, confiava inteiramente em Maria, mas defrontou-se com sua noiva grávida sem que tivessem coabitado (MT

1,18-25). Um grande misté-rio! Ele não consegue com-preender o que está acon-tecendo. Sua angústia, seu sofrimento era perceptível a Maria. Lia em seu rosto e em seu coração. Ele sofre porque não sabe tudo. Apesar de es-tar sofrendo ele não duvida da fidelidade de Maria, o que faz com que sua perplexidade seja ainda maior.

Ela se cala. Poderia com algumas poucas palavras ex-plicar tudo a José e devolver-lhe o sorriso e a serenidade. Mas por que ela se cala? Por humildade, talvez!? Por fé na Providencia Divina? por de-licadeza a José... Ela confia na intervenção do Todo-Po-deroso e Ele age no momento certo.

Se José não tivesse acei-tado a Maria e tivesse con-sumado seu primeiro desejo de abandoná-la em segredo, como ela se apresentaria ao povo de Nazaré? Como seria a reputação de Jesus diante dos homens de seu tempo?

Maria foi aquela flor que dava vida e beleza ao jardim da vida de José. Ela é insu-perável em dignidade e em graça; porém, por estar liga-da a ela pelos laços do ma-trimonio, José foi a criatura que mais se aproximou desta dignidade. São Francisco de Sales comparou Santa Maria e São José como se fossem dois espelhos, que refletem as luzes um no outro com tamanha perfeição que é qua-se impossível saber de onde provém a fonte da luz.

Tenhamos, portanto, numa escala de graça e digni-dade Jesus, Maria e José! Pe-çamos a Sagrada Família que nos faça a cada dia mais uni-dos e mais íntimos à vontade de Deus em nossas vidas.

Como estou trilhando esta senda a Jesus por Maria que São José e tantos outros tri-lharam?

A presença de Maria na vida de São José O mês de maio é dedicado

a Maria. Também celebramos o Dia das Mães. Falar em mãe é falar de amor, doação e entrega! É comovedor con-templar as mamães cuidando das crianças! E dedicando-se aos filhos e às filhas em to-das as idades! Conforta-nos quando na família sentimos a presença dedicada da mãe e do pai: isto inspira con-fiança e nos dá a certeza de um futuro de paz e harmo-nia para a humanidade, hoje tão marcada pela violência!

Mãe é sinônimo de for-taleza e de coragem! Maria foi tocada por várias “surpre-sas”. A primeira foi a anun-ciação do anjo: “O anjo en-trou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo. Ela perturbou-se com estas pala-vras e começou a pensar qual seria o significado da sauda-ção (Lc 1, 28-29).” A jovem Maria, ao receber a visita do anjo sentiu-se - como lia na Bíblia – interpelada pela voz de Deus, assim como os pro-fetas. Afinal quem lhe apare-ceu era um anjo. Estava para acontecer algo grandioso e divino com ela. Sentiu-se “perturbada”. Qual seria o significado desta saudação tão inusitada? Mas o anjo a conforta: “Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto a Deus. Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande; será chamado Filho do Altíssimo, e o Se-nhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. Ele reinará para sempre sobre a descendência de Jacó, e o seu reino não terá fim” (Lc 1, 30-33). Maria dá corajosamente a resposta: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segun-do a tua palavra” (Lc 1,38).

A partir deste momen-to, sua vida está a serviço de Jesus e de sua missão no mundo. Em Belém, ela O deu à luz. Fugiu com Ele para o Egito, a fim de salvá-lo da fúria de Herodes. Em Naza-ré, compõe com José o qua-dro de amor e colaboração

mútua da Sagrada Família.Mas surgem outras “sur-

presas”: aos 12 anos em sua primeira participação na festa da Páscoa, o menino se em-polgou com as “coisas de seu Pai” e ficou no Templo sem ser notado. Mas, a seguir, “Jesus desceu com seus pais para Nazaré e era obediente a eles. Sua mãe conservava to-das estas coisas no coração. E Jesus ia crescendo em sabe-doria, tamanho e graça diante de Deus e dos homens” (Lc 2, 51-52). Sua vida estava agora para sempre ligada á de Jesus. Torna-se discípula de seu Fi-lho e vive a alegria deste dis-cipulado. O Documento de Aparecida diz: “A alegria do discípulo é antídoto frente a um mundo atemorizado pelo futuro e oprimido pela vio-lência e pelo ódio” (DA, 29).

E as surpresas vão se su-cedendo. Jesus parte para a realização de sua missão e Maria, a “discípula” fiel está presente no momento mais difícil. Subiu com Ele ao Calvário e no momento de sua morte, “Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado, o discí-pulo que ele amava, disse à sua mãe: “Mulher, eis aí o teu filho! Depois disse ao discípulo: Eis a tua mãe!” (Jo 19, 26-27). E ela assiste à sua morte, acolhe-o já sem vida em seus braços de mãe e acompanha-o à sepultu-ra. Tudo parecia terminado!

Mas a Discípula tem a surpreendente alegria de vê-lo ressuscitado e depois su-bindo aos céus, após ter con-fiado aos discípulos a missão de anunciar seu Evangelho em todo o mundo. Seguin-do suas ordens, reúnem-se no Cenáculo: “Todos eles perseveravam na oração em comum, juntamente com al-gumas mulheres – entre elas Maria, mãe de Jesus” (At 1, 14). E com a vinda do Espíri-to Santo tem início a missão da Igreja em todo o mundo.

(Fonte: CNBB - Dom Jacyr Francisco Braido)

Maria, Mãe da Igreja, Abençoe-nos

Frei Marcelo Ocanha, [email protected]

Confira o texto na íntegrawww.cnbb.com.br

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Maio de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 13

cultura E lazErSanto do mêS

O dia 30 de maio é, para os Oblatos de São José, Pa-dres e Irmãos, para as Obla-tas de São José, e para mui-tos Leigos Josefinos um dia muito especial. É o dia de São José Marello, Bispo e Funda-dor dos Oblatos de São José.

São José Marello nasceu em 1844 em Turim, próspera cida-de industrial do norte da Itália. Perdeu muito cedo sua mãe, segunda esposa de um bom homem, um comerciante de queijos. Havia um irmãozinho menor. Pensando na educação dos filhos, o pai, Vicente, foi para junto de seus pais, avós dos meninos. Moravam em São Martinho, uma pequena cidade na região do Piemonte, norte da Itália. Lá os meninos cres-ceram e decidiram sua vida.

O pequeno José decidiu ser Padre e para tanto entrou no se-minário diocesano de Asti, ci-dade central daquela região. Lá ele tomou contato com os clás-sicos da literatura, com a língua latina, com a Teologia e tantos outros elementos indispensá-veis para formar uma pessoa capaz de ouvir e propor Deus.

Mas as circunstancias so-ciais e políticas agitavam a so-ciedade, inclusive o próprio seminário onde estava o jovem Marello. Ele entra em crise e sai do seminário, dedicando-se a estudos de economia. Ele sonha grandes acontecimen-tos para a sociedade, grandes movimentos em favor dos po-bres, dos operários. Ele torna-se uma espécie de socialista. Mas sua vocação era outra.

Com o tempo e as circuns-tancias da vida, inclusive com uma doença grave que o acome-te, o jovem José Marello pôde avaliar suas escolhas, observar seus afetos e compreender que o

São José Marelllocaminho para a sua vida seria o da escolha de Jesus Cristo. De-pois de curado de sua enfermida-de, segundo ele pela intercessão de Nossa Senhora, ele retorna ao seminário e retoma o cami-nho da ordenação sacerdotal.

Ordenado Padre, José Ma-rello deve aceitar a nomeação de secretário de seu Bispo. Ele aceitou este encargo mas certa-mente lamentou a situação, pois isto o limitaria muito nos empe-nhos apostólicos. Ele não sabe, mas será assim que viverá inten-samente seu ministério sacerdo-tal durante vinte anos, no aten-dimento às confissões e direções espirituais, nos retiros, nas pre-gações e no trabalho lado a lado com seu Bispo, do qual apren-de como ser um bom pastor.

Desde muito tempo Padre José Marello sonhava com um grupo que, sob o modelo de São José, estivesse atento aos in-teresses de Jesus. Isto era algo bem amplo, com muitas possi-bilidades, pois podia-se sempre perguntar: “Quais são os inte-resses de Jesus hoje e aqui?”

Para responder a esta ins-piração Padre Marello criou um grupo pequeno, humilde. Chamou este grupo de “Obla-tos de São José”. Não seria nem religiosos professos, mas sim “oblatos”, isto é, que se ofertavam e ofertavam o seu trabalho no estilo de São José sem esperar nada em troca. Cumpriam assim sua vocação.

Os Oblatos de São José nasceram na pobreza, na inse-gurança, na simplicidade e na intensa experiência de fé que José Marello demonstrava no dia a dia. Nasceram não para ser Irmãos ou Padres, mas sim-ples “oblatos”, como já disse-mos. Mas sobretudo estavam atentos à vontade de Deus.

Esta vontade aos poucos foi se manifestando. Os Oblatos recebem em seu meio alguns candidatos à ordenação sacer-dotal e José Marello se pergunta se esta não seria a vontade de Deus. O que mais abalou a ele e a seus Oblatos foi uma notícia inesperada: Padre José Marello fora nomeado Bispo da cidade de Acqui. Isto significava que deveria afastar-se de seus Obla-tos. Depois de alguns anos eles já tinham o cuidado de muitos órfãos e idosos e habitavam um antigo convento dedicado a Santa Clara. Os pedidos para entrada no grupo estavam cres-

cendo e, por outro lado, os pe-didos dos Padres de Asti e da redondeza, buscando auxílio na catequese, no serviço do altar e nas devoções também crescia.

José Marello mais uma vez fez a vontade de Deus e, com o coração na mão, deixou seus Oblatos em Asti, rumando para Acqui. Lá ele esteve durante seis anos sendo um verdadei-ro bom pastor. A todos visi-tava, especialmente aos mais distantes. A todos atendia, até os mais cansativos. Para todos tinha uma palavra de ânimo e de incentivo, desejando que todos sentissem a importân-cia de viver a fé no dia a dia.

Esta foi a característica mais evidente de São José Marello: a vontade de Deus vivida coti-dianamente. Ele santificava as coisas do dia em que vivia. Res-pondia às necessidades e fazia o bem aonde estava e com quem estava. Nas pequenas coisas, nas coisas comuns e rotineiras, ele soube ver caminhos para cumprir a vontade de Deus e encontrar a santidade. Como São José que simplesmente vi-veu a missão de ser o guardião, o protetor do Redentor Jesus.

Os Oblatos de São José con-tinuaram a crescer e hoje estão em quase todo o mundo. E o Bispo José Marello santificou a todos que o conheceram. Aten-dendo aos pedidos de uns e ou-tros acabou por ir até Savona, cidade litorânea onde havia um Santuário dedicado à Nossa Se-nhora das Mercês. Neste santuá-rio ele havia sentido o primeiro chamado à vocação, tantos anos antes, durante um passeio de fé-rias com seu pai. Agora ele está lá, celebrando e sofrendo com a doença que o aflige e consome. Isto foi nos últimos dias de maio de 1895. Em 30 de maio de 1895 o Bispo de Acqui, José Marello, fundador da Congregação dos Oblatos de São José, deixa este mundo e vai para o céu.

José Marello foi beatifica-do em 26 de setembro de 1993 em Asti e canonizado em 25 de novembro de 2001 em Roma. O Papa João Paulo 2º que presi-diu ambas as celebrações, a de beatificação e de canonização, propôs São José Marello como o santo do dia a dia vivido na inten-sidade da união com o Senhor.

Pe. Mauro Negro, OSJpmnegro.blogspot.com

Passeio no Parque do Carmo

Com 1,5 milhão de metros quadrados, dos quais 390 mil de mata preserva-da, o Parque do Carmo é uma das poucas áreas ver-des remanescentes na po-voada zona leste da cidade. A área conta com uma flo-ra diversificada, além de uma rica fauna de Mata Atlântica, pois, ali encontra um refúgio com abrigo e alimentação, que criam condições favorá-veis para a sua reprodução. A presença de lagos, nas-centes e represas no parque possibilita a existência de algumas espécies de peixes como a tilápia, cará e barri-

gudo, além de mais de 90 ti-pos de aves. Os visitantes po-dem encontrar ainda, lagartos e cobras não venenosas, gam-bás e bichos-preguiça. Há também pistas de atle-tismo, cooper, campo de fu-tebol, trilha ecológica, área para piqueniques, lanchone-te, playground, um museu de ecologia e um anfiteatro ao ar livre onde acontecem shows.Local:Av. Afonso de Sam-paio e Souza, 951 Horário: 6h às 18h. Preço(s): Grátis. Mais inf. pelo telefone 2748-0010

O Centro Cultural São Paulo apresenta Semanas de dança - diálogos, um projeto de temporadas de dança, arti-culadas com ações colabora-tivas, que desafia os grupos e artistas a criarem espaços de encontros e trocas artísticas entre si e com a instituição. O projeto Semanas de Dan-ça integra o eixo curatorial Dança Expandida, que pro-põe um modo de operar com ações inter-relacionadas, formatos diferenciados e propostas interdisciplinares. É parte integrante do eixo

Semanas de dança - Diálogos

curatorial do Centro Cultu-ral São Paulo para o biênio 2010/2011: Arte/Cidade/Cul-tura, que está sendo implanta-do de forma inédita neste ano.

Semanas de dança - di-álogos terá uma programa-ção extensa e intensa que envolverá aproximadamente 20 companhias e núcleos de dança em três salas de espe-táculos, além de outros es-paços, durante oito semanas, até o dia 20/6.Local: Centro Cultural de São Paulo. Mais informações: www.centrocultura.sp.gov.br

Da Edição

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14 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Maio de 2010

PSicologia E SaúdE

E se pudéssemos...

Heloisa P. de Paula dos [email protected]

E se pudéssemos voltar atrás de cada palavra dita, da palavra omitida, do gesto contido, do olhar abaixado, da vida não vivida, de cada não que queríamos sim, de cada sim que significava um não e das lágrimas por tudo isso derramadas?

E se pudéssemos voltar atrás do amor não compar-tilhado, do amor negado, de partidas e chegadas tão dolo-ridas, das incertezas incertas que povoam nossa vida e dos sonhos só sonhados?

E se pudéssemos voltar atrás de riscos não assumi-dos e que muitas vezes não entendemos que poderíamos mudar e sequer tentamos e os transformamos em lamento e das perguntas sem respostas e das respostas que sequer foram pedidas?

E se pudéssemos apagar no tempo o tempo em que dissemos coisas que muda-ram nossa vida e das quais nos arrependemos tanto?

E se pudéssemos reescre-ver nossa história, apagar os dias já vividos, as noites de insônia, o choro preso na gar-ganta, tantas despedidas doí-das, tantos abraços contidos, as mãos vazias a alcançar o nada, cada olhar de tristeza ao ter que dizer adeus e cada súplica não atendida?

Será que percorreríamos novamente o caminho do “e se tivéssemos?” Mesmo sa-bendo que seria difícil, tor-tuoso, indefinido, indeciso, sofrido, passaríamos por ele novamente, para tentar apa-gar nossa vida e reescrevê-la a nosso bel prazer?

Será, será que tudo pode-ria ter sido diferente?

O que faríamos então com nossas alegrias, com os sorri-sos a nós direcionados, com as promessas feitas e com nossos projetos realizados?

E com os dias de chuva que ficamos na cama, ou-vindo o bater das gotas na janela de nosso quarto, a nos mostrar que viver também é descansar, é relaxar, é ter um cadinho de preguiça?

E com tantas “chegadas” que tivemos em nossas vidas e que nos mostraram o quão bom é a recompensa de es-perar e a alegria do momento em as vivemos?

E com as lágrimas derra-madas por motivo de alegria e que recompensaram o tem-po de espera que parecia tão longo...

Tão distante... Tão incer-to...

Mas que se mostrou certo na hora certa de acontecer?

E se pudéssemos... Se-riam tantas perguntas sem respostas... Ou seriam muitas as respostas que não gostarí-amos de ouvir?

É a vida que nos faz pen-sar que se os “e se pudésse-mos...” fossem vivenciados, nós nos contentaríamos, nos calaríamos e seríamos tão mais felizes...Como se possí-vel fosse.

Mas não, os “e se pudés-semos...”, fazem parte do nosso viver, da nossa inquie-tude, da ânsia de viver o que se pensa ser o que é ou o que seria melhor para viver nossa vida em plenitude.

Ou não?

Desde pequeno aprendi que devemos dar valor a vida e ter muito respeito para com os mais velhos, pois, foram aqueles que nos antecederam nesta vida.

Mamãe ensinou-me que enquanto pequenos e ainda jovens somos sempre cerca-dos por muitas pessoas, mas à medida que os anos se vão, ficamos sozinhos e aqueles que nós amamos a vida toda não nos amam mais.

Graças às orientações que mamãe sempre me deu (e o que tenho o hábito de fazer até hoje), certa manhã tive a oportunidade de visitar um hospital de convalescentes. “Ah! Se todos fizessem esta experiência!” talvez apren-dessem formas diferentes de se amar. “Se quiser ver o futuro, vá a um hospital de

convalescestes. Lá havia uma porção de gente idosa, deita-da nas camas, de roupas de algodão, velhas, olhando para o teto. A senilidade não surge da velhice. Surge de não ser amado e de não se sentir útil. Enquanto você for útil, nunca será velho! Não dependa dos outros. Faça você mesmo, continue a ser ativo! Arranje coisas para fazer! Coisas que tenham significado.

Em todo caso, quando ma-mãe me levou no hospital pela primeira vez olhei em volta e disse: “O que vou fazer? Não sei nada sobre geron-tologia”. (mas mamãe sabia bem o que eu deveria fazer!)

Ela disse: “_ Bom! Está vendo aquela senhora lá? Vá lá e diga bom dia”. “_ Só isso?” “_ Só isso”.

Pensei, ela deve ter sido mandada por Deus. Fui até a senhora e disse: “_ alô, alô”. Ela olhou-me meio descon-fiada e depois perguntou: “_ Você é meu parente?” Eu respondi: “_ Não sou, não”. Então ela falou: “_ Bom! De-testo os meus parentes! Sen-te-se, filho”.

Sentei-me um pouco apreensivo e começamos a conversar. Ah, meu Deus, as coisas que ela contou! Aque-la mulher conhecia tanta coi-sa maravilhosa sobre a vida, o amor, a dor, o sofrimento. Até sobre a aproximação da morte, com a qual tivera que fazer as pazes. Mas ninguém queria escutá-la, inclusive os

filhos que há anos a deixara e nunca mais voltara a visitá-la.

Sempre que eu chegava todos os velhinhos juntavam-se a minha volta, uma sen-sação maravilhosa unia-se a minha juventude com as ex-periências e entusiasmos de todos! Sabem o que aquela mulher admirável fez? Pediu que lhe arrumassem um lindo roupão. E lá estava ela, um dia recostada na cama espe-rando-me, com um roupão de cetim lindo, muito decotado. Tinha penteado os cabelos, coisa que não fazia havia tempos. Para que se pentear toda, se não há ninguém para vê-la? As pessoas naquele lu-gar não olhavam para as ou-tras. Serviam as outras. Não quero favores. Prefiro que me olhem e me perguntem: “Como vai?” e se interessem mesmo, a que me sirvam.

O que há a fazer? Olhe em volta. O que há a fazer? Há uma pessoa solitária ao seu lado, para você tocar. Há uma vendedora atarefada que pre-cisa que você lhe diga que ela é formidável. O que há a fa-zer? Não é nada de monumen-tal. São coisinhas pequeninas que fazem diferença, coisi-nhas pequeninas lado a lado.

Portanto procurar os outros com amor e aceitação e uma orientação paciente na espe-rança faz toda a diferença. Ja-mais esqueci os ensinamen-tos de Mamãe! (Adaptado)

Frei Leonardo de M. R. Montel, [email protected]

O que há a fazer? Mamãe tinha razão!

mEnSagEm ESPEcial

Campanha em prol do terreno do Santuário Já temos 375 colaboladores. Só falta você!

Miguel Caludino FerreiraHamilton Balvino de Macedo Irene Pocius ToroloEdilberto e Erineide Mouro

Bradesco - Ag. 0090 - C/C 145.431-5 / Itaú - Ag. 0249 - C/C 56.553-2

Ermes Redentor Pereira SencionClarindo de Souza RussoJoaquim José de Santana NetoAna Dalva Pereira Correia

Alexandre Sabatine RodaFamília Cestari NoronhaLuzia Villela de AndradeRenato Ruiz

Família SenaEdilson VicentainerVanilde Fernandes e Família

Retire seu carnê na secretaria paroquial

Já quitaram seu carnê

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Maio de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 15

Frei José A. M. Neto, [email protected]

Estamos no mês de São José Marello e nada mais justo do que dedicarmos um tem-po para conhecê-lo um pouco mais, para que assim possa-mos admirar cada vez mais esse grande bispo que dedicou sua vida pelo reino, e de ma-neira muito especial amou os jovens.

Para o Marello “Não há tempo ou lugar onde não seja possível fazer alguma coisa. Cada palavra, cada desejo por ser a matéria-prima dos inte-resses de Jesus”. E foi nesse próprio contexto e no que ele próprio viveu que fez brotar nele a grande preocupação pela juventude.

O Marello teve uma pre-ocupação primordial com a juventude: “Os membros da congregação tem como fina-lidade a formação cristã da juventude, nas formas que Deus lhe inspirar (Regras do fundador, 1892). Para isso ela-borou trabalhos voltados para a juventude, que naquele perí-odo foram: os colégios (Santa Chiara e Frinco), e a catequese noturna para os jovens. Em um segundo momento, amadure-ceu a idéia um pouco vigente naquele período, que foram os oratórios e os mesmos tinham as seguintes características: catequese, oração, sacramen-tos, liturgia, canto sacro, lazer, esporte, teatro, etc.

O maior florescimento do trabalho juvenil aconteceu no entre meio das duas guerras mundiais, sendo que depois da segunda guerra mundial, a forma de apostolado juvenil mudou, passando mais para o aspecto escolar, paroquial e nas diversas missões que a congregação assumia.

Mas tudo isso só era pos-sível graças à herança deixada por Marello, seus exemplos e suas atitudes. O que mais en-canta no Marello, é que foi o seu próprio contexto de vida que o fez preocupar-se e ain-da mais, AMAR os jovens. Ele mesmo, desde jovem viveu as dificuldades enfrentadas pelos seus conterrâneos e quando sacerdote tentará um trabalho

AS “ATITUDES MARELLIANAS” NO ACOMPANHAMENTO JUVENIL

Formação

concreto para orientar a juven-tude. Para ele o grande segredo estava na catequese, e Marello agiu nesse sentido, convidando os jovens operários para serem catequizados no período notur-no. “A sociedade não será sal-va a não ser aproximando-se daqueles tesouros de sabedoria e de vida que se encerram no catecismo” (São José Marello)

Em 1878, o então Pe. Ma-rello funda a Congregação dos Oblatos de São José com o ob-jetivo apostólico de voltar-se para a formação da juventude.

A metodologia e a pedago-gia do Marello se fundamen-tavam na amabilidade, doçura e na simplicidade. O Marello não elaborou um sistema para aproximar e acompanhar os jovens, mas seu jeito de ser e suas atitudes falavam por si. Como psicólogo e pedago-go experimentado, o Marello procurava conjugar duas re-alidades: formação da mente e formação do coração. Ele acreditava que não adiantava termos somente pessoas inte-ligentes intelectualmente, mas que não eram capazes de amar.

Marello era um homem de princípios, sempre intransi-gente diante de mal, mas com-preensivo com as limitações do jovem. “Precisa amar os jo-vens, precisa compreendê-los, precisa guiá-los com doçura e firmeza” (IV Carta Pastoral). Como fundamento da educa-ção ele colocava a confiança

no jovem. Podemos constatar outros

elementos práticos da figura do Marello:

1. Presença: a presença Marelliana é física, é se fazer presente de verdade, porém rica uma presença em interio-ridade. “Seja a vossa vida para eles como um livro aberto no qual aprendam seus deveres...” (IV Carta Pastoral) “São tantas as formas de pregação... E a todos, em todo lugar, com os olhos, com a boca, com a pes-soa toda...” (Carta nº 23). Essa presença é também vigilante, ou seja, estar atento aos nos-sos jovens. “Estejam sempre vigilantes sobre vós mesmos e sobre os vossos filhos...” (IV Carta Pastoral)

2. Prevenção É melhor prevenir do que remediar, diz um ditado conhecido de todos nós. Para o Marello não era di-ferente. Ele diz: “Está (a pre-venção), ajuda ao jovem para não cair, para não se desviar, para não se deixar tomar pelo efêmero ou pelas paixões, para não acatar as más conversas...” (IV Carta Pastoral)

3.Compreensão: Compre-ender é uma arte, um exercício diário; compreender sem jul-gar, e nisso o Marello era mes-tre. “Ah Pobre juventude, por demais abandonada e esqueci-da: pobre geração nova deixa-da sobremodo à própria sorte e ainda muitíssimo caluniada ou, pelo menos, duramente jul-

gada em tuas leviandades e em tua generosidade mal contida, naquela necessidade de ação mal desenvolvida, de afetos mal orientados, pelos quais, sem toda tua culpa, te afastas do reto caminha” Pobre juven-tude” Rezemos mui particular-mente por ela!” (Carta nº 29)

4. Conhecimento e Adap-tabilidade: Ninguém ama aquilo que não conhece, diz outra frase famosa. São José Marello insistia: “Precisa colo-car todo empenho no conheci-mento da índole de todo jovem e na descoberta das suas incli-nações” (IV Carta Pastoral). Para o Marello só assim seria possível ajudá-los com mais eficácia.

5. Direção espiritual: Ma-rello nos incentiva a oferecer aos jovens itinerários concre-tos de vida com o nosso exem-plo e com orientação claras. E um meio privilegiado para ele é a orientação para leitura de bons livros. “Com todos os livros que te enviamos e que, Deus ajudando, ainda te envia-remos, porque você não formar um pequeno centro de leitura para os jovens? Neste lugar você poderá realizar encontros toda quarta-feira para pales-tras com enfoques educativos e religiosos para a juventude e terá também a oportunidade de convidar leigos cristãos que desenvolvam a cultura cristã” (Carta nº 31).

6. Oração: Direção espi-

ritual e oração correspondem a dois verbos e duas figuras: acompanhar e fazer experiên-cia. Para o Marello, essas duas atitudes correspondem a dois pilares para uma boa forma-ção da juventude. “Reavivem sua fé naquele que tem em suas mãos o coração de todos os homens. Rezem com fervor e fé pelos seus filhos e façam que eles também rezem...” (IV Carta Pastoral).

7. Objetivo preciso e programas bem determina-dos: Educar é uma arte e uma aprendizagem. Precisa, portan-to muita clareza em nosso tra-balho educativo. Não podemos “brincar” com os jovens, ou simplesmente usá-los ao nosso favor ou em nossos projetos. O Marello sabia muito bem o caminho para educar e amar os jovens. Temos nós também que buscar caminhos seguros e agradáveis para que possamos continuar educando e amando os jovens.

Concluo esta idéia fazen-do uso de uma citação de um escritor italiano Giovanni Sisto, grande pesquisador da figura de São José Marello. “São José Marello é um San-to moderno, atual, conciliar. Nesta nossa sociedade cética e desiludida por tantos chefes chamados “carismáticos” líde-res arrogantes e super-homens de barro, Marello apresenta-se humildade, discreto, sorriden-te, até como o anti-herói, um homem como nós, normal nas suas atitudes exteriores, ori-ginal e extraordinário nas ati-tudes interiores. Um Santo do cotidiano e um construtor da agostiniana cidade de Deus”

Que São José Marello nos ajude a amarmos cada vez mais a juventude, assim como ele também amou, e inspire a todos nós padres, religiosos e leigos a sermos também ver-dadeiros Discípulos e Missio-nários de Jesus. Aprendamos com ele, estamos no seu lindo mês! São José Marello... Rogai por nós!

Foto: Michelson Ribeiro

Page 16: Jornal Sta. Edwiges Ed. Maio

16 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Maio de 2010

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