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Festa de 1. Primeiro dia – O Cristão e a Riqueza 2. Segundo dia – Saber Sofrer 3. Terceiro dia – Sorrir Sempre 4. Quarto dia – Generosidade Cristã 5. Quinto dia – Saber Falar e Saber Calar 6. Sexto dia – Confiança em Deus 7. Sétimo dia – As pequenas coisas 8. Oitavo dia – Saber Lutar 9. Nono dia – O cuidado com a vida Espiritual S TA . E DWIGES Padres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXII * N. 262 * Outubro de 2012 edição especial 53 Santa Edwiges Especial Apresentamos em alguns artigos pontos fundamentais do Evan- gelho segundo Marcos. Marcos: primeira parte do Evangelho Vocações Cabe somente a nós, principal- mente aos jovens, compreender o convite à santidade que Deus nos propõe O Chamado de ontem e de hoje Santa Edwiges, auxiliai-nos a ter fé Nossa Santa Santa Edwiges foi uma mulher de fé! Em toda a sua vida acreditou que Deus estava a seu lado. PROGRAMAçãO RELIGIOSA Pág. 05 Pág. 16 Pág. 11 ª

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Festa de

1. Primeiro dia – O Cristão e a Riqueza2. Segundo dia – Saber Sofrer3. Terceiro dia – Sorrir Sempre4. Quarto dia – Generosidade Cristã5. Quinto dia – Saber Falar e Saber Calar6. Sexto dia – Confiança em Deus7. Sétimo dia – As pequenas coisas8. Oitavo dia – Saber Lutar9. Nono dia – O cuidado com a vida Espiritual

STA. EDWIGESPadres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXII * N. 262 * Outubro de 2012

ediçãoespecial

53Santa Edwiges

Especial

Apresentamos em alguns artigos pontos fundamentais do Evan-gelho segundo Marcos.

Marcos: primeira parte do Evangelho

Vocações

Cabe somente a nós, principal-mente aos jovens, compreender o convite à santidade que Deus nos propõe

O Chamado de ontem e de hoje

Santa Edwiges, auxiliai-nos a ter féNossa Santa

Santa Edwiges foi uma mulher de fé! Em toda a sua vida acreditou que Deus estava a seu lado.

PROGRAMAçãO RELiGiOSA

Pág. 05

Pág. 16 Pág. 11

ª

É com aperto no coração, mas também com a feli-cidade de novos ares, que escrevo este último edito-rial. Estou me desligando do Santuário Sta. Edwiges como colaboradora, para atuar em uma nova área.

Minha vivência no Santuário Sta. Edwiges começa bem antes da responsabilidade de editar, escrever e enfim, de fazer o JSE. Desde muito pequena este tem-plo e as pessoas que aqui frequentam, tornaram-se minha comunidade paroquial. Aqui aprendi a ter fé, aprendi sobre a minha fé. Aprendi também como ser uma boa pessoa e cidadã. Cultivei muitas amizades, fui muito bem instruída em vários âmbitos, tornei-me uma jovem protagonista da sociedade em que vivo.

O Santuário Sta. Edwiges faz parte da minha vida, da minha história. Aqui eu fiz minha Primeira Eucaristia, Crisma, participei e coordenei o grupo de adolescentes AJUC, também participei do COJOSE, fui Missionária e Ministra Extraordinária da Sagrada Comunhão. São muitas lembranças felizes e de aprendizado!

Mas a minha despedida não é somente deste lugar, também será da minha casa e dos amigos. Estarei num novo ambiente, em outros estados, em outros países. A saudade vai apertar, as lágrimas virão em momen-tos de dificuldade, mas, eu acredito, que tudo o que eu pude aprender no decorrer destes anos, será o su-ficiente para me fortalecer e fortalecer minha fé, pois Deus sempre nos surpreende e nunca falha conosco!

Agradeço a todas as pessoas que colaboram com o JSE, os articulistas, os padres e seminaristas, os ami-gos que sempre estendem a mão na correria, as queri-das senhoras que fazem a dobra, aos envolvidos com as artes e diagramação, a todos que estiveram comigo durante estes 3 anos. Muito Obrigada!

Sabemos por fé que tudo é providencial nesta terra, e essa fé é a vitória que vence o mundo. (São José Marello).

Pela última vez, abraços fraternos!

calendário02Calendário Paroquial Pastoral 2012

Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP / Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (011) 2215.6111

Paróquia Santuário Santa Edwiges Arquidiocese de São PauloRegião Episcopal Ipiranga Congregação dos Oblatos de São José Província Nossa Senhora do Rocio Pároco: Pe. Paulo Siebeneichler, OSJ

Responsável e Editora: Juliana Sales Diagramador: Ronnie A. MagalhãesFotos: Gina e Arquivo InternoEquipe: Aparecida Y. Bonater; Izaíra de Carvalho Tonetti; Jaci Bianchi da Cruz; Guiomar Correia do Nascimento; José A. de Melo Neto; Rosa Cruz; Martinho V. de Souza; Marcelo R. Ocanha; Fernanda Ferreira e Rafael Carvalho

Site: www.santuariosantaedwiges.com.br E-mail: [email protected] Conclusão desta edição: 07/10/2012Impressão: Folha de Londrina. Tiragem: 6.000 exemplares. Distribuição gratuita

santuariosantaedwiges.com.broutubro de 2012

Juliana [email protected]

5 Sex Apostolado da Oração (Missa da 1ª sexta-feira do mês)Grupo de Canto (Ensaios)

SantuárioSantuário

15h20h

6 Sab Infância Missionária (Espiritualidade Missionária)Grupo de Oração

Salão Pe. SegundoSalão São José Marello

14h30 às 16h19h

7 DomAJUNAI (Encontro dominical)Pastoral dos Coroinhas (Formações Santa Edwiges)1º Dia da Novena de Santa Edwiges

Salão Pe. SegundoSalas S. Pedro e S. PauloSantuário

9h às 11h10h às 11h3018h

8 Seg Dia do Nascituro2º Dia da Novena de Santa Edwiges

—Santuário

—19h

9 Ter Pastoral do Dízimo (reunião)3º Dia da Novena de Santa Edwiges

Salão São JoséSantuário

20h19h

10 Qua 4º Dia da Novena de Santa Edwiges

11 Qui 5º Dia da Novena de Santa Edwiges

12 SexSolenidade de Nossa Senhora AparecidaInício das Festividades de Santa Edwiges6º Dia da Novena de Santa Edwiges

- Vide programaçãoSantuário

-

19h

13 SabInfância Missionária (Compromisso Missionário)Grupo de Oração7º Dia da Novena de Santa Edwiges

Salão Pe. SegundoSalão São José MarelloSantuário

14h30 às 16h19h17h

14 DomAJUNAI (Encontro dominical)Pastoral dos Coroinhas (Formações Santa Edwiges)8º Dia da Novena de Santa Edwiges

Salão Pe. SegundoSalas S. Pedro e S. PauloSantuário

9h às 11h10h às 11h3018h

15 Seg Dia do Professo (Missa do Educador / Arq. S. Paulo)9º Dia da Novena de Santa Edwiges A definir A definir

16 Ter Solenidade de Santa Edwiges Vide programação -

20 SabRegião Episcopal Ipiranga (MESC Coord. Setor e Paroq.)Infância Missionária (Vida de Grupo)Grupo de Oração

Sede da ComunidadeSalas S. Pedro e S. Paulo

17h10h às 11h30

21 Dom AJUNAI (Encontro dominical)Pastoral dos Coroinhas (Formações Santa Edwiges)

Salão Pe. SegundoSalas São Pedro e S. Paulo

9h às 11h10h às 11h30

26 Sex Vicentinos (Preparação de Cestas Básicas)Grupo de Canto (Ensaios)

Salão São José MarelloSantuário

7h às 10h3020h

27 SabVicentinos (Entrega de Cestas Básicas)Infância Missionária (Realidade Missionária)Grupo de Oração

Salão São José MarelloSalão Pe. SegundoSalão São José Marello

8h às 10h3014h30 às 16h19h

28 DomAJUNAI (Encontro dominical)Pastoral dos Coroinhas (Formações Santa Edwiges)S.A.V. (Reunião)

Salão Pe. SegundoSalas S. Pedro e S. PauloSalão Pe. Segundo

9h às 11h10h às 11h3016h30

31 Qua Terço dos Homens (Adoração ao Santíssimo) Santuário 20h

editorial

queridos leitores e leitoras do Jornal Sta. Edwiges!Olá

Viver Missionariamente Sempre no mês de outubro ouvimos falar das mis-

sões em nossas igrejas. Em muitos lugares, neste tempo, se faz um movimento para coletar doações em dinheiro para sustentar as obras missionárias da Igreja, sobretudo no estrangeiro. Este é um aspecto do ob-jetivo do mês missionário que perdurou, mas outros foram esquecidos e precisariam ser recuperados.

Após o Concílio Vaticano II, iniciado há cinqüen-ta anos, ocorreu uma redescoberta da dimensão missionária da Igreja, que nunca foi de todo aban-donada. Desde então, eclodiu na Igreja um apelo para que as congregações religiosas e as dioceses se abrissem para partilharem de sua pobreza com as Igrejas em terras de missão, onde Nosso Senhor Jesus Cristo é ainda desconhecido ou insuficiente-mente amado e seguido.

No último decênio, no Brasil, ressonância do que ocorre em todas as Igrejas da América Latina e do Caribe, se fala de uma missão voltada para aqueles que se encontram conosco, entre nós, e que ainda resistem a Jesus Cristo, pois ainda não o aceitam como o Filho de Deus, o Divino Salvador. O o- lhar para além vai despertando também o olhar para aqui, missão lá, mas aqui também.

Na Igreja, pagamos o preço, alto por sinal, por ter-mos delegado a alguns a responsabilidade da missão. O nosso máximo envolvimento, quando houve, foi uma vez ao ano fazer uma fru-gal doação para o sustento das atividades missionárias além mar. Mas como faltava a cons- ciência e a convicção como suporte, também a doação pos- suía pouca expressividade.

A causa e a necessidade da missão da Igreja no mundo

não são externas ao Povo de Deus. A experiência que fazemos de Jesus Cristo no-lo apresenta como o Bem de Deus, Criador e Salvador, pa-ra a humanidade. O Bem se difunde por si. A proposta de Deus Pai à pessoa humana, Jesus Cristo, se difunde por si, pois Ele é o Bem, mas para tanto precisa de nós que somos seus amigos.

Somos amigos de Jesus Cristo porque o experimenta-mos como o Bem em nossa vida e por isso o propomos às outras pessoas. E do mesmo modo que Ele chegou a nós, Ele precisa de nós para che-gar aos outros. Não só aos outros distantes, no estrangeiro, cujos rostos desco-nhecemos, mas ao outro que está entre nós, ao meu lado; outro que é realmente outro enquanto não faz parte do nós dos amigos de Jesus Cristo.

Há uma premente urgência que parte da interiori-dade, da experiência que fazemos de amizade com Je- sus Cristo, de viver missionariamente, que não

é o mesmo e nem se reduz a partici-par ou ajudar na realização de momentos ocasionais de mis-são. Viver missionariamente é um modo de viver a fé, uma necessidade interna de ajudar o outro a fazer a experiência que eu faço de ser salvo em Cristo Jesus. Podemos apontar alguns

Dom Tomé Ferreira da SilvaBispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo

elementos que marcam o viver missionariamente: ceder à irresistibilidade de Jesus Cristo; visibilizá-Lo o mais possível; não aprisiona-Lo à nossa vida privada; proclamá-Lo aos quatro ventos, em alto e bom som, que Ele é o Filho de Deus, o Divino Sal-vador.

Vamos viver missionariamente, começando neste mês de outubro. Jesus Cristo é o Bem! Ele precisa de mim, de você, de nós, para que outros, como nós, possam experimentar a sua irresistibilidade. Jesus Cristo é irresistível, esse é o segredo que alavanca uma vida cristã vivida missionariamente.

especial 03santuariosantaedwiges.com.broutubro de 2012

Somos amigos de Jesus Cristo porque o experimentamos como o Bem em nossa vida e por isso o propomos às outras pessoas.

Nesse ano de 2012, no dia de Natal, a nossa Obra Social Santa Edwiges, denominada OSSE, com-pleta 44 anos de existência. Desde a sua fundação com o Pe. Belizário Campanille, então pároco da paróquia, a OSSE sente os apelos de uma sociedade que precisa de apoio, ajuda e serviço para melhorar a vida de cada pessoa que dela se aproxima!

Com as ajudas e parcerias que foram se somando ao longo dos tempos, sempre mais serviços e opor-tunidades – percorrendo o viés da história da Obra – foram sentidas no avanço de atitudes inovadoras, e oportunidades reais de vida, com a integração humano-social seja no serviço da caridade como atitude beneficente, seja na ação de inovação para a inserção social de crianças e jovens que se tor-naram clientes de nossa obra.

Quero destacar que no último mês de agosto, a-conteceu a eleição e indicação de nova diretoria. Esses membros da equipe são homens e mulheres que vivem em nossa comunidade, e dispõem de seu tempo, mesmo na correria de seus dias e horários, para o cuidado e a ajuda na gestão de nossa Obra. Ora, se faz necessário agradecer os membros de diretorias anteriores, por tudo o que realizaram até agora. Não obstante a isso, a história continua! É admirável ressaltar que na soleira dos trabalhos da Obra, contamos com um advogado que foi um dos primeiros a oferecer o serviço de voluntariado na área do Direito, bem como dois dos diretores que

Obra Social Santa Edwiges

Pe. Paulo Siebeneichler – OSJ - Pároco Reitor da Paróquia Santuário Santa Edwiges e Presidente das Obras Sociais de Santa Edwiges

Li em um livro, que a vida era comparada a Cer-to dia, uma pessoa passeava por um campo cheio de árvores e flores. Olhava aquela paisagem, obser-vava a natureza e suas belezas. De repente, perce-beu num pequeno arbusto, um casulo no qual uma borboleta estava prestes a surgir. Ficou ali parado prestando atenção naquela situação, mas a borbo-leta demorava-se em aparecer. Vendo que a borbo-leta estava com dificuldade de sair de seu casulo resolveu o/a amável observador/a, com a maior das boas intenções, resolveu ajuda-la. Foi até o casulo, cortou um pedaço deste, para que assim a borboleta saísse mais facilmente.

Porém, o que ela não sabia é que a natureza exigia que a borboleta enfrentasse aquela dificuldade e as-sim levaria às suas asas energia, força e firmeza. A ação desta pessoa nasceu de uma boa intenção, mas se ela tivesse esperado mais e observado a natureza e o desenvolvimento das borboletas, não teria feito isso. Ora, em virtude da ‘boa ação’ a borboleta fi-cou num estado de deficiência, sendo que sua vo-cação era a de voar e levar a beleza ao mundo, não poderia ser levado a cabo já que tinha parte de sua beleza de vida prejudicada.

MorAl DA hISTórIA

Todos os seres humanos devem aprender a en-frentar as dificuldades da vida, sem a superproteção de alguém. A vida tem seus sacrifícios e suas glórias e, justamente, passando por algumas dificuldades é que nos tornamos fortes para as batalhas que o mundo nos impõe (cf. 2ª Carta de São Paulo aos Coríntios 12, 10). É, pois, vivendo que crescemos como pessoa, e é buscando a forças para superar cada obstáculo que aprendemos a voar! Afinal, recebemos da vida ricas experiências que nos for-marão e definirão o caráter, tais como os valores e a índole do ser.

Caros pais, essa mensagem não quer dizer que vocês não devem cuidar de seus filhos, mas ela nos ensina que devemos deixá-los aprender com a própria vida e com as dificuldades de se viver! As-sim formaremos homens e mulheres, cidadãos de uma sociedade mais valorosa. Do contrário, surgirá uma sociedade de medo, de maníacos e de covardes que tratam a vida como o caçador trata a presa: “é somente mais um”!

A borboleta e a vida

foram beneficiados pela Obra, nos seus serviços e projetos, dando-nos a certeza de quanto vale a pena fazer o bem.

No mês de setembro do corrente ano, o grupo de casais de nossa paróquia ofereceu uma reforma num dos ambientes da Obra, o qual vinha sofrendo com infiltrações, efetuando assim um árduo e em-penhado trabalho. Foi solucionado um pro-blema de canalização de águas de quase sete anos, com custo zero para a Obra, sendo que nesta foram doa-dos os materiais, a mão de obra e a limpeza dos resíduos produzidos no es-paço de reforma.

A você que possa e deseja fa-zer sua ajuda para a Obra e ainda não soube como fica uma dica: depósito em conta no Banco Bradesco – Agência 00508 / Conta Corrente 0072870-5. Sua contribuição continuará a nos vai colocar em via de constante trabalho, visando sempre mais pelo cui-dado que a Obra tem, bem como de suas necessidades no que concerne ao atendimento de seus clientes: os pobres e necessitados de nossa região ou bairro.

Que Santa Edwiges abençoe a todos.

obra social04 santuariosantaedwiges.com.broutubro de 2012

para refletir

Pe. Paulo Sérgio - OSJVigário Paroquial

Santa Edwiges, auxiliai-nos a ter fé

Mais uma Solenidade de Santa Edwiges chegou e com ela uma pergunta: o que escrever de novo sobre a santa dos pobres e endividados?

Por mais que estas linhas do Jornal Santa Edwiges – que há 22 anos é impresso – tragam até nós sempre uma virtude de nossa santa padroeira, que nos serve de exemplo e imitação, àquele que escreve sobre ela é inevitável se perguntar sobre o que registrar a cada novo mês da edição do Jornal.

Antes do que partilhei acima, o Beato João Paulo 2º foi eleito Papa em 16 de outubro de 1978, disse no dia do início do seu ministério, em 22 de outubro do mesmo ano: “Irmãos e Irmãs: não tenhais medo de acolher Cristo e de aceitar o Seu poder! [...] Não, não tenhais medo! Antes, procurai abrir, melhor, es-cancarar as portas a Cristo! Ao Seu poder salvador abri os confins dos Estados, os sistemas econômi-cos assim como os políticos, os vastos campos de cultura, de civilização e de progresso! Não tenhais medo! Cristo sabe bem “o que é que está dentro do homem”. Somente Ele o sabe!”

Ora, a fé é este “não ter medo” e entrar na ex-periência sagrado e divino pela porta que Deus mes-mo abre (cf. Ato dos Apóstolos 14,27). Eis, pois, a experiência da fé diante de nós e que Santa Edwiges e o Beato João Paulo 2º nos ensina a adentrar.

Neste mês da solenidade de nossa padroeira, acon-tece em Roma o chamado “Ano da Fé”, proclamado pela Papa Bento 16 e que iniciou no dia 11 de outu-bro deste ano e irá até o dia 24 de novembro de 2013.

Só abraçamos a fé quando passamos a porta que Deus nos abre, lançando-nos num espaço de transformação de vida, bem como, trilhamos

um caminho cheio de mistérios. A fé, a qual todo mundo tem – como uma semente em si mesmo – e que todos desejam expandir, começa com o Ba-tismo (cf. Romanos 6,4) onde nos tornamos filhos de Deus, mortos e ressuscitados com Jesus Cristo, que através do Espírito Santo nos faz participar da glória de Deus (cf. João 17,22).

Santa Edwiges experenciou sua fé em toda a sua vida. Desde a mais tenra idade, observava a vida em santidade para ser uma boa menina, uma jovem condizente, uma mulher exemplar, uma es-posa fiel e uma santa mãe.

Usando das palavras do Papa Bento 16 na “Car-ta Apostólica sob forma de motu proprio ‘porta fidei’ com a qual se proclama o Ano da Fé”, enten-demos que “não poucas vezes os cristãos sintam maior preocupação com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé, considerando esta como um pressuposto óbvio da sua vida diária” (cf. Porta Fidei, n.º 2). Santa Edwiges não esperava o que pensar para praticar a fé, ela fazia! A fé, portanto, não estaciona sobre aquilo que vão pensar sobre o que acreditamos e fazemos, mas sim sobre o que nós acreditamos e fazemos por esta mesma fé (cf. Tiago 2,14-26).

A fé que nossa padroeira expressava em vida, podemos encontrar na leitura e meditação de sua no-vena, a cada vez que celebramos o dia 16. Destaco alguns pontos: a mortificação e práticas penitenciais; a fé em Deus mesmo na morte do filho; a graça de santificar e educar a família cristãmente, a generosi-dade que tinha para com os pobres e endividados, o saber calar e falar diante das situações, a confiança

Martinho [email protected]

Santa Edwiges foi uma mulher de fé! Em toda a sua vida acreditou que Deus estava aseu lado. Neste Ano da Fé que começamos é preciso não ter medo e abrir, escancarar

as portas a Cristo, que sabe o que está dentro do nosso coração.

em Deus, o trabalho nas pequenas coisas, o saber lu-tar, e em tudo cuidar da vida espiritual. Estes aspec-tos da fé de nossa padroeira resumem-se numa das melhores expressões da Ladainha de Santa Edwiges: Santa Edwiges, fiel discípula do crucificado.

Deste modo, neste dia 16 de outubro, mais um en-tre tantos que celebramos e vivemos, acolhamos o convite do Papa Bento 16 com o Ano da Fé, para que também na intercessão de Santa Edwiges “... o Ano da Fé seja um convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. No mistério da sua morte e ressurreição, Deus revela plenamente o Amor que salva e chama os homens à conversão de vida por meio da remissão dos peca-dos” (cf. Atos dos Apóstolos 5, 31).

Deo gratias!

"A cruz é o símbolo do cristianismo.É o sinal da nossa redenção.

Devemos olhar para ele,estão comprometidos com ele;

porque a mesma anexado,traz vida para o mundo".

Crux paroquial na igreja Sta. Edwiges em Heepen, ALE.

nossa santa 05santuariosantaedwiges.com.broutubro de 2012

Pe Paulo Siebeneichler – [email protected]

A Família Russo e o Santuário Santa Edwiges devolveram ao Pai do Céu no dia 28 de agosto, memória de Santo Agostinho, o pai, esposo, ami-go e irmão em Cristo, Clarindo de Sousa Russo, fiel agente de pastoral de nosso santuário.

Clarindo nasceu em 26 de junho de 1951. Foi esposo de Ivanil Aparecida Esteves Rus-so, pai de Robson e Anderson e avó de Sa-brina e Pedro Henrique.

A atuação pastoral de Clarindo no Santuário Santa Edwiges se deu em diversas pastorais, com destaque para a Pastoral do Batismo, Mi-nistros Extraordinários da Comunhão e Cate-quese de Adultos, sempre desempenhando em cada uma delas um extraordinário interesse em servir a Deus e aos irmãos.

Nos últimos anos, de modo forte e esperan-çoso, veio cuidando de sua saúde um pouco debilitada, sempre encontrando forças no pra-zer de servir sua família e o Povo de Deus nas pastorais acima citadas naquilo em que podia.

Caros devotos e paroquianos de Santa Edwiges.Celebramos no mês de outubro duas festas

muito importantes: no dia 12 a Padroeira de nosso amado Brasil, a qual tem seu grande Santuário às margens do rio Paraíba, e lá acor-rem muitos brasileiros e brasileiras com fé e esperança, sendo venerada em muitas comu-nidades Brasil afora com paróquias, comuni-dades, santuários, pequenos oratórios. Enfim, falamos do grande amor do povo de nossa pá-tria à Mãe de Jesus e nossa, Maria com o título de Nossa Senhora Aparecida!

A segunda e grande data para nós do San-tuário é a celebração da Padroeira, Santa Ed-wiges! Celebramos ao longo dos nove meses deste ano a novena com os devotos, no dia 09 de setembro foram enviadas as capelinhas para a novena nas famílias, e dia 07 recebere-mos estas vinda das famílias e, como comuni-dade, até o dia 15, realizaremos a novena em preparação para a festa no dia 16 de outubro,

onde vamos louvar a Deus por esta grande mulher, mãe, esposa e por fim consagrada de Deus por tanto bem que realizou na vida e para a vida de sua família e de seu povo.

Como é bonito ver, e ainda hoje sentir, os apelos que vem de Santa Edwiges no serviço aos pobres, que nossa padroeira suscita ao re-dor do Santuário, pelo exemplo e meditação de sua vida e história num grande serviço aos necessitados. A Duquesa da Silésia fez em vida o atendimento aos desamparados, o receber e servir os famintos, o dar um con-forto aos que em situações adversas sofriam, um alento e uma esperança renovada de usa presença solidária a motivação central de sua vida, muitas vezes dispondo de suas posses para que o bem fosse realizado.

Convido a todos os que vêm a este San-tuário, ou nos acompanham pelo Jornal Santa Edwiges, ou ainda pela internet no site www.santuariosantaedwiges.com.br, a seguir

a festa de nossa Padroeira com suas preces, rezando por si, pelos que necessitam, seja por necessidades ou também pelas alegrias. Tam-bém convido a quem tiver a possibilidade de nos dias 12 até 21 de outubro, acompanhar-nos na participação da quermesse, bem como nas atividades religiosas, com as missas e de-voções, sendo também importante a partici-pação no encerramento dos festejos dia 21, depois da missa das 15 horas, com a procis-são em honra de Santa Edwiges.

Celebrar Santa Edwiges é uma alegria, uma esperança, uma certeza da bondade de Deus em nossas vidas, vamos todos anunciar a bon-dade de Deus anunciada por meio dos Santos, sobretudo por nossa padroeira, Santa Edwiges.

Que a Mãe Aparecida e Santa Edwiges inter-cedam a Deus por todos os seus devotos. Amém.

Festejemos as Padroeiras!palavra do pároco06 santuariosantaedwiges.com.br

outubro de 2012

Muitos dos que participam ou participaram da vida de fé e comunhão no Santuário Santa Edwiges, de alguma forma conheceram e se relacionaram com Clarindo, sempre encon-trando nele uma pessoa que estava ali única e exclusiva-mente por sua fé em Deus.

Um amigo lembrava que ele se apresentava às pessoas que o conheciam pela primeira vez: “Quando quiser lembrar meu nome, olhe para o dia ‘claro e lindo’”.

À família enlutada, aos ami-gos entristecidos e a todos os que sentem a ausência do nosso amigo e irmão, a certeza de que “nós somos cidadãos do céu. De lá aguar-damos como salvador o Senhor Jesus Cristo. Ele transformará o nosso corpo, humilhado,

Martinho [email protected]

A PÁSCOA DE CLARINDO RUSSO

Clarindo, seu filho Anderson, sua esposa Ivanil, sua nora Cristiane, seus netos, Sabrina e Pedro Henrique e seu outro filho Robson

tornando-o semelhante ao seu corpo glorioso” (cf. Filipenses 3,20-21).

in memorian de clarindo russo

Batismo 28 de agosto de 2012Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome

do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28-19)

batismo 07santuariosantaedwiges.com.broutubro de 2012

Vitor Andrade Jaruch

Davi Lucas TeixeiraCarlos Eduardo Carvalho da Silva

Julio Cezar Cavalcante de Paiva

Henry Lima Mota

Chá Bingo da JuventudeAconteceu no dia 09 de setembro o Chá Bingo da Juventude em prol das próxi-mas atividades que serão organizadas pelos nossos jovens. Essa atividade teve a ajuda de outras pastorais como Aco-lhida, Missionária e SAV. Foi uma tarde de muita diversão e alegria, uma vez que o sorteio dos bingos fez a alegria dos pre-sentes, tudo isso, saboreando um delicio-so chá e diversos bolos e salgados. Agra-decemos a todos que compareceram e ajudaram na preparação dessa atividade. “Trabalhe pela formação da juventude: o pouco já é muito, e fazer barragem ao mal já é um grande bem”. (São José Marello)

Votos Perpétuos do Frei Neto em OurinhosAconteceu no dia 18 de agosto na Paróquia San-

tuário N.Sra de Guadalupe em Ourinhos, os votos perpétuos do Frei Jose Alves de Melo Neto, com a presença do provincial Pe. Neto e entre outros padres e religiosos da Congregação dos Oblatos de São José. Marcaram presença os familiares e leigos de várias cidades que o Frei Neto morou e trabalhou como Curitiba, Cas-cavel, São Paulo e Londrina.

Os Votos Perpétuos é um período marcante de um religioso, pois con-firma para sempre o querer e a vontade de consagrar a vida para Deus, para I-greja e para os irmãos e irmãs. Quem par-ticipou da celebração percebeu a profundidade e a beleza que Deus faz na vida daqueles que se entregam ao seu amor.

Desde o início do Cristianismo, sempre houve na Igreja pessoas que buscavam viver seu batismo de forma radical. Depois de um período marcado pelo martírio, começaram a surgir, a partir do século IV, grupos de homens e mulheres que desejaram vi-ver essa radicalidade segundo um mesmo carisma, um mesmo estilo de vida. Formou-se assim o que chamamos até hoje de vida religiosa.

Os conselhos evangélicos de obediência, pobreza e castidade professados publicamente na Igreja pe-los religiosos são uma forma radical de testemunho do seguimento de Cristo. Frei Neto, nos seus vo-tos perpétuos, prometeu publicamente a Deus que

buscará viver esses três votos por toda a sua vida. Essa promessa se deu depois de um longo discerni-mento que Frei Neto percorreu.

Algumas características dos três votos:Obediência: ser submisso à vontade de Deus,

o que vai contra o desejo de auto-sufiên-cia; ser obediente à Palavra de Deus.

Pobreza: Jesus, pobre, identifi-cou-se com os pobres e pequenos; esvaziamento de nós mesmos para enchermo-no de Deus; partilha de

bens materiais e espirituais com a co-munidade e o povo de Deus.

Castidade: ser casto, assim como Jesus, para dedicar-se totalmente à causa do Reino; amar a Deus e ao próximo desinteressadamente; vida celibatária (abstenção de formar uma família); busca-se uma vida afetiva equilibrada.

A Congregação dos Oblatos de São José agra-dece a todos os leigos e leigas que rezam pelas vocações religiosas e de maneira especial por acompanharem o Frei Neto nesse momento tão importante de sua vida. Rezemos, pedindo a in-terseção de São José Marello, de São José e Maria, Mãe de Jesus e nossa, para que ele seja feliz e fiel em sua vocação.

notícias08 santuariosantaedwiges.com.broutubro de 2012

Frei José Alves de Melo Neto Assessor [email protected]

Pe. Bennelson da Silva BarbosaVigário Paroquial e Formador

Entrega das Capelinhasda Novena de Sta Edwiges

notícias 09santuariosantaedwiges.com.broutubro de 2012

No dia 09 de outubro foram entregues para 12 famí-lias que pertencem a Comunidade paroquial do San-tuário, as Capelinhas de Santa Edwiges. Durante 9 dias, cada família fará a novena da padroeira deste Santuário em preparação ao mês de Santa Edwiges, e por todas as intenções que cada um carrega e neces-sita. A missa de entrega foi presidida pelo pároco e reitor do Santuário, Pe. Paulo Siebeneichler. da edição

Santuário promove Casamento ComunitárioEnquanto a sociedade pós-moderna quantifica o

número de divórcios no mundo, a Igreja permanece firme em ressaltar a importância da família e dos sacramentos. 7 casais que em sua maioria já pos-suíam uma união estável, receberam o sacramento do matrimônio no dia 15 de setembro deste ano, em uma cerimônia comunitária no Santuário Santa Ed-wiges presidida pelo pároco e reitor, Pe. Paulo Sie-beneichler, OSJ.

da edição

Dando continuidade a maté-ria do mês passado, apresen-tamos os demais intercessores da JMJ 2013.

Intercessores da JMJ 2013

Frei José Alves de Melo Neto Assessor [email protected]

BEATo ISADoro BAKANJA

Mártir do Escapulário

Isidoro nasceu em torno de 1890, em Bokendela, no Congo. De vida muito pobre trabalhou já na infância como lavrador no campo. Seu batismo, em 1906, foi a partir do seu encontro com missionários carmelitas que doaram a ele um rosário e o escapulário de Nossa Senhora do Carmo. Muito devoto da Virgem Maria, alegremente rezava e cantava enquanto trabalhava. Uma vez, impedido de fazê-lo, decide abandonar seu posto, mas sem acolher o mandato de abando-nar os sinais visíveis de sua fé. Foi chagado em suas costas com açoites e morre por não resistir aos ferimentos. Nós o invocamos como mártir do escapulário.

oração

Que a exemplo de vossa fé, sejamos fortalecidos diante das adversidades da vida e entregues à proteção da Virgem Maria, nossa Mãe. Amém.

SANTA TErESA DE loS ANDES

Contemplativa de Cristo

Nasceu no Chile no ano 1900. A partir dos 6 anos participava, quase diaria-mente da Santa Missa. Sua constância na Eucaristia revela sua sede interior de encontrar-se com Cristo. Muitos dizem que antes de entrar no Carmelo, aos 17 anos, já vivia uma vida Santa que atraía as almas para Deus. Sempre foi consci-ente de que a sua oração e sacrifício eram capazes de melhorar e purificar o mundo. Hoje no seu túmulo encontramos a sua frase: “O amor é mais forte”. Pedimos a sua intercessão para que aprendamos a ser contemplativos de Cristo!

oração

Ajudai-me a encontrar em minha alma o desejo de adorar e glorificar a Jesus sem cessar. Amém!

BEATA IrMÃ DUlCE

Embaixadora da Caridade

Nasceu em 1914 em Salvador e desde jovem demonstrou um profundo espiri-to de caridade. Destacou-se pela perseverança e o esforço por dar atenção aos doentes e teve como princípio nunca fechar a porta a uma pessoa necessitada de sua ajuda. Ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Con-ceição da Mãe de Deus. Fundou associações e inaugurou colégios e hospitais. Nós a invocamos como Embaixadora da Caridade!

oração

“Anjo bom do Brasil” intercedei por nós para que sejamos capazes de partilhar alegremente os bens recebidos com os irmãos mais necessitados. Amém.

BEATo JoSÉ DE ANChIETA

Apóstolo do Brasil

Nasceu em 1534 em Tenerife, nas Ilhas Canárias. Ingressou na Com-panhia de Jesus e foi enviado como missionário ao Brasil. Foi ordenado sacerdote em 1566 e ocupou o car-go de superior de comunidades e provincial de toda a missão no Bra-sil, trabalho que foi realizado com grande sabedoria e segurança. Fale-ceu no ano 1597 e recebeu o qualifi-cativo de “apóstolo do Brasil”. Nós, jovens da JMJ Rio 2013, o invoca-mos do mesmo modo!

oração

Que por vosso exemplo, possamos multiplicar os frutos da ação mis-sionária em nosso país. Amém.

SÃo JorGE

Combatente contra o mal

Segundo tradição da Igreja, foi um militar do Império Romano no tempo de Dio-cleciano. Converteu-se ao Cristianismo e, por esse motivo, foi torturado e decapi-tado. Desde o século IV, foi venerado em toda a Igreja como mártir de Cristo. A tradição o apresenta como quem enfrenta o dragão, simbolizando a fé firme. Al-guém que triunfa sobre a força do maligno. O invocamos como combatente do mal!

oração

Que por vosso exemplo, sejamos fortalecidos na fé e corajosos diante das ações do maligno, aguardando a vitória que vem de Cristo. Amém.

Acompanhem na próxima edição mais intercessores da JMJ 2013.Fonte: www.rio2013.com

jornada mundial10 santuariosantaedwiges.com.broutubro de 2012

O Chamado de ontem e de hojeAo ouvirmos as histórias dos prin-

cipais santos da Igreja, logo soa em nossas mentes a ideia de heroísmo, de renúncias difíceis, gente mergulhada na vida de oração, penitência e sacri-fícios. Tudo isso são meios maravi-lhosos de se alcançar a santidade tão desejada a todos nós por nosso Deus. Porém temos de entender mais coisas!

Certamente foi pensando nisso que nosso santo e sábio Papa João Pau-lo II dirigiu-se aos jovens falando em “santos que usam calça jeans e tênis”, ou seja, o mundo precisa de santos jovens de nosso tempo.

A santidade não é coisa para pou-cos e escolhidos, mas é proposta para todos, é um processo natural que começa desde nosso batismo, sim, pois por meio dele somos con-figurados ao Cristo, a viver como Ele viveu, a amar como Ele amou.

O segredo da santidade está no amor! E o amor é o programa de vida do cristão e da cristã vocacionados.

Ser santo não é ser perfeito, mas buscar a perfeição; ser santo não é ser anormal, mas bem normal e com olhar fixo para a realidade. Ser santo é ser também pecador, o que faz a diferença é a seriedade com que se encara e se vive a Palavra de Deus.

Em todos nós existe a semente da santidade e precisa ser cultivada, caso contrário, morrerá e de nada valerá.

Outra coisa importante e que vale lembrar é que não se torna santo sozinho ou retirado em uma redoma sem contato com as pessoas e com o mundo. A santidade se conquista a partir de passos em direção ao outro. Jesus Cristo, o Santo por excelência, viveu sua santidade entregando-se em favor da humanidade.

O Senhor sendo Santo, nos chama a sermos como Ele. Pertencemos como propriedade àquele que é Santo. Ele é o pastor que cuida para que as ovelhas não se percam e assumam a sua santidade.

Cabe somente a nós, principalmente aos jovens, compreender o convite à santidade que Deus nos propõe e caminhar confiantes nesta certeza de um Pai que nos chama a sermos seus reflexos no mundo, levando-o à per-feita conversão ao amor.

Pe. Marcelo Ocanha - [email protected]

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vocações 11santuariosantaedwiges.com.broutubro de 2012

Para entendermos me-lhor vamos meditar nes-ta mensagem:“Precisamos de Santos sem véu ou batina. Precisamos de Santos de calças jeans e tênis. Precisamos de Santos que vão ao cinema, ou-vem música e passeiam com os amigos. Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se “lascam” na faculdade. Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que sai-bam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade. Precisamos de Santos modernos, santos do século XXI, com uma espi-ritualidade inserida em nosso tempo. Precisamos de Santos comprometi-dos com os pobres e as necessárias mudanças sociais. Precisamos de Santos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo. Precisamos de Santos que bebam co-ca-cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que es-cutem discman. Precisamos de Santos que amem apa-ixonadamente a Eucaristia e que não

tenham vergonha de tomar um refri ou comer uma pizza no fim-de-sema-na com os amigos. Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dan-ça, de esporte. Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros. Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos”.(João Paulo II)

Disponível em: http://www.comshalom.org/webforum/index.php?topic=310.0,

Vale a pena assistir a este clipe: http://www.youtube.com/watch?v=bgI-2M0rPW0&feature=related

A comunhão de vida e de trabalho de São José com Jesus, em contato direto com a sua humani-dade, que é instrumento de santificação; o amor “paterno” de José, correspondido pelo amor “fili-al” de Jesus, supõem e exigem que São José pos-sua a “perfeição da caridade”.

As almas mais sensíveis aos impulsos do amor divino sempre acharam em São José, com muita razão, um exemplo luminoso e um grande mestre de vida interior.

SÃO JOSÉ HOMEM DE ORAÇÃO E DE COMTEMPLAÇÃO

Pe. Giovanni Battista Erittu - [email protected]

são josé12 santuariosantaedwiges.com.broutubro de 2012

Desde os primeiros séculos a piedade dos fiéis considerou a sorte feliz de São José de ter sido as-sistido no momento da sua morte pela presença a-morosa de Jesus e de Maria. É espontânea, em todo o povo cristão, a invocação a São José para que nos obtenha a graça de poder morrer santamente, con-fortados pelo seu exemplo e pela sua intercessão.

(Tradução e adaptação do texto “San Giuseppe nella catechesi” do Pe. Tarcisio Stramare - OSJ)

Assumindo a humanidade com a encarnação, Jesus assume “tudo aquilo que é humano e, em particular, a família”, como primeira dimensão da sua existência na terra (RC, n.21).

Jesus quer, portanto, purificar e santificar a família, para que se torne o reflexo vivo do amor trinitário e o sacramento do amor de Cristo pela Igreja sua Esposa.

Portanto a Igreja circunda de veneração esta família, trindade terrestre, e a propõe como modelo a todas as famílias.

A FAMíLIA DE NAzARÉ

A MORTE DE SÃO JOSÉ

dia de santa edwiges

dia 07/10 - 1. Primeiro dia – O Cristão e a Riquezadia 08/10 - 2. Segundo dia – Saber Sofrerdia 09/10 - 3. Terceiro dia – Sorrir Sempredia 10/10 - 4. Quarto dia – Generosidade Cristãdia 11/10 - 5. Quinto dia – Saber Falar e Saber Calardia 12/10 - 6. Sexto dia – Confiança em Deusdia 13/10 - 7. Sétimo dia – As pequenas coisasdia 14/10 - 8. Oitavo dia – Saber Lutardia 15/10 - 9. Nono dia – O cuidado com a vida Espiritual

Programação religiosa

Santa Maria Bertilla Boscardin

Heloisa P. de Paula dos [email protected]

Corações, quando adotou o nome de Maria Bertilla. Paralelamente, estudou e diplomou-se como enfermeira, de modo que pôde tra-tar os doentes com ciência e fé, assistindo-os com carinho de irmã e mãe.

Teve uma existência de união com Deus no silêncio, no trabalho, na oração e na obe-diência. Isso se refletia na caridade com que se relacionava com todos: doentes, médicos e superiores. Mas era submetida a constantes humilhações por parte de uma superiora.

Depois, foi enviada para trabalhar no hospital de Treviso, mais ao norte do país. Tinha apenas vinte e dois anos de idade quando, além de en-frentar a doença no próximo, teve que enfrentá-la em si mesma também. Logo foi operada de um tumor e, antes que pudesse recuperar-se totalmente, já estava aos pés dos seus doentes outra vez. As humilhações pessoais continua-vam, agora associadas às dores físicas.

Na época, estourou a Primeira Guerra Mun-dial: a cidade de Treviso ocupava uma posição militar estratégica, estando mais sujeita a bombardeios. Era uma situação que exigia dedicação em dobro de todos no hospital. Irmã Maria Bertilla surpreendeu com sua incansável disposição e solidariedade de religiosa e enfer-meira no tratamento dos feridos de guerra.

Porém seu mal se agravou e, aos trinta e quatro anos, sofreu a segunda cirurgia, mas não resistiu e morreu, no dia 20 de outubro de 1922, no hospital de Treviso.

O papa João XXIII canonizou-a em 1961. O culto em sua homenagem ocorre no dia de sua morte. Junto à sua sepultura, na Casa-mãe da Congregação em Vicenza, há sempre alguém rezando porque precisa da santa enfermeira para tratar de males diversos, e a ajuda, pela graça de Deus, sempre chega.

A imagem do santo do mês

Uma simples camponesa pôde demonstrar, com suas atitudes diárias, que mesmo sem êxtases, sem milagres, sem grandes feitos, o ser humano traz em si a santidade e a marca de Deus em sua vida. Se vivermos com pureza e fé, a graça divina vai manifestar-se em cada detalhe da nossa vida.

A prova disso foi a beatificação de irmã Maria Bertilla pelo papa Pio XII, em 1952, quando ele disse: “É uma humilde camponesa”. Maria nas-ceu em 6 de outubro de 1888, na cidade de Vicen-za, na Itália, e recebeu o nome de Ana Francisca no batismo. Os pais eram simples camponeses e sua infância transcorreu entre o estudo e os tra-balhos do campo, rotina natural dos filhos e das filhas de agricultores dessa época.

Aos dezessete anos, mudou o modo de encarar a vida e ingressou no Convento das irmãs Mestras de Santa Dorotéia dos Sagrados

Enxergar o outro através de sua aparência é enxergar com os olhos do coração. De coração para coração. É sentir que no outro e em mim existem sentimentos inerentes ao ser hu-mano, que nos torna semelhan-tes. A mesma sede de amor, de compaixão, de compreensão que habita em mim, habita em nós. Que aqui estamos para aprender de Deus, através de seu Filho, por intercessão do Espírito Santo.

Aprender é difícil... Os caminhos são sinuosos e mui-tas vezes atraentes, desviando nossa atenção... Deus nos chama, mas nossos ouvidos, muitas vezes, se fe-cham à Sua voz. Quando vejo o outro, que impensada-mente chamo meu irmão, a passar por mim, maltrapi-lho, sujo, mal cheiroso, feridas abertas, repugnantes, consigo vê-lo de coração para coração? Condoer-me é o suficiente? Por que não me aproximo e estendo minhas mãos? Não... Eu me afasto. Tenho medo. Sinto nojo. Sinto meu estômago a revirar. Eu sequer tento... Por preguiça, por indiferença desamor... Que alguém passe e o veja... Alguém com responsabilidade moral... É tudo que quero...

Por que não o ajudo e limpo suas chagas, Láza-ro? “... e até os cães vinham lembre-lhe as úlceras” Lc 16,21. É o medo do contágio? Mas contágio do que? Do seu exterior? É o medo de tornar-me um ser igual, de trocar de lugar com tal criatura? Mas será que internamente já não sou sua imagem e se-melhança exterior? Será que ele não é o meu es-pelho interno? Ai de mim...

Que penso ser e não sou...Que penso ter e nada tenho...Que penso ver e nada vejo...Que penso sentir e nada sinto...Estou vazio de Deus.Sou o joio... Mas quero ser o trigo. Pesa-me a

consciência. Sinto minha alma enferma.Brigo comigo mesmo. A briga é feia.Penso... Repenso... Preciso imergir em mim,

vasculhar minhas entranhas. Para depois voltar à superfície, sair desse poço em que me encontro. Penitenciar-me. Reconciliar-me com o mundo que me cerca... Livre da soberba que faz com que eu me pense melhor que o outro, da preguiça, que faz de mim um ser a deixar que o outro faça o que eu deveria fazer e não quero, da avareza que faz com eu esqueça a caridade para com o outro...

Eu preciso, eu quero, eu devo ser e serei um ser melhor!Que assim seja e assim será.

Ai de mim...Mensagem especial

Fonte: http://www.paulinas.org.br

santo do mês 13santuariosantaedwiges.com.broutubro de 2012

20 de outubro

Pe. Antonio Ramos de Moura Neto Superior Provincial - OSJ

osj14 santuariosantaedwiges.com.broutubro de 2012

Seminário Pe. Pedro Magnone

O tempo passa! Foi em fevereiro de 1987 que dois seminaristas Oblatos de São José, iniciantes do curso de Teologia, Frei Rodrigues e Frei Neto, chegaram à comunidade religiosa do Santuário de Santa Edwiges, formada pelo Pe. Eurico Dedino, Pe. Arlindo de Souza Trindade e Irmão Antonio, conhecido como irmão Tonico. Eles haviam iniciado o ano na comunidade de Vila Medeiros, onde deveria ser o Seminário de Teologia dos Oblatos de São José em São Paulo. Porém, com a morte do superior da delegação P. Mário Tésio, de forma inesperada, os planos tiveram que mudar. Os es-tudantes foram transferidos para o Ipiranga e a nova sede do Seminário Teológico passaria a ser a Paróquia Santuário Santa Edwiges, ainda em construção. Era tudo muito apertado, simples, pobre. Mas não faltava, aos religiosos e aos membros da comu-nidade e devotos, a alegria, o entu-siasmo pastoral e o desejo de con-struir uma grande comunidade e uma grande igreja para a Santa Edwiges, padroeira dos pobres e endividados.

O tempo passou, o número de semi-naristas aumentou, a Congregação dos Oblatos de São José adquiriu uma nova sede que recebeu o nome de Seminário Teológico Pe. Pedro Magnone, em homenagem a um grande missionário italiano Oblato de São José, falecido em 1975, que serviu por muitos anos a província brasileira bem como a Con-gregação em cargos de liderança.

Os seminaristas no início estudavam no Instituto Salesiano Pio XI, depois estudaram no ITESP – Instituto Te-ológico São Paulo, na Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção e atualmente estudam Teologia na PUC - SP. No decorrer desses 25 anos, quase quarenta seminaristas passaram por essa casa, nem todos permaneceram até o final da formação, alguns acabaram deixando o seminário. Porem, destes, cinco se tornaram religiosos irmãos, dezenove seminaristas foram orde-nados sacerdotes, três dos quais eram jovens desta paróquia, Pe. Alexandre, Pe. Geraldo e Pe. Bennelson. E hoje, todos eles trabalham por esse Brasil a fora evangelizando e formando comu-nidades testemunhas do amor a Deus.

Mais do que números, quero ressal-tar a bonita e concreta interajuda do Santuário Santa Edwiges e o Semi-nário Pe. Pedro Magnone na formação dos religiosos e sacerdotes oblatos de São José e ao mesmo tempo o atendi-mento e a formação do povo de Deus.

Os seminaristas, padres e religiosos do Seminário Pe. Pedro Magnone, durante todo este período, ao lado de muitos leigos, ajudaram a construir essa comunidade, esse santuário. To-dos eles se empenharam no animação e assessoria das inúmeras pastorais e de diversos grupos de leigos, na re-alização do trabalho social juntos aos mais necessitados, no esforço de ofe-recer formação e treinamento às inú-meras lideranças, e no atendimento aos devotos de Santa Edwiges.

Por outro lado, o Santuário sempre ofereceu ajuda material aos seminar-istas, além do espaço e a oportunidade de trabalho pastoral junto as crianças, jovens, adultos e idosos da comuni-dade, bem como aos milhares de de-votos de santa Edwiges que mensal-mente frequentam o santuário. Isso

Devotos e Paroquianos de Santa Edwiges colaboram na formação religiosa dos Oblatos de São José e recebem deles a animação pastoral e da fé!

tudo, ajudou muito os nossos semina-ristas a estudarem teologia com “o pé no chão”, com atenção a realidade da vida de nosso povo de Deus de hoje e amadurecerem com a prática pastoral realizada cotidianamente. Isso foi e continua sendo um diferencial na for-mação de nossos religiosos: o amor a Igreja, o gosto pela liturgia bem cele-brada, a valorização dos sacramentos, o amor aos pobres, o entusiasmo por uma evangelização sob a orientação da Igreja, mas nascida da realidade concreta da vida das pessoas.

completa 25 anos!

Agradeço a você, membro da comuni-dade paroquial e a você que é devoto de Santa Edwiges, pela ajuda na formação de nossos religiosos e padres, não tenho dúvidas que você faz parte dessa história. E viva o Seminário Pe. Pedro Magnone por seus 25 anos de atuação, preparando consagrados para o serviço da Igreja no estilo josefino marelliano.

comunidade 15santuariosantaedwiges.com.broutubro de 2012

Durante os dias 12, 13 e 14 de setembro, aconte-ceu na Comunidade Nossa Senhora Aparecida, a Formação Bíblica que teve como tema central o Evangelho de São Marcos, conforme foi proposto pela Igreja do Brasil neste ano.Foram dias de estudo e partilhas de vida, tudo ilu-minado pelo Evangelho de Marcos. No dia 12, o tema de estudo foi o Discipulado e o mesmo foi conduzido pelo Frei Neto. O segundo dia teve como tema “Tu és o Messias” e foi conduzido pelo Pe. Bennelson; o terceiro dia foi a Cura do Cego Bartimeu e quem conduziu foi o Frei Edenilson.A participação da comunidade foi satisfatória, com a presença de 20 pessoas fiéis durante os três dias.Peçamos a intercessão de São Marcos, para que ilu-minados pelo seu Evangelho, possamos ser verdadei-ros discípulos-missionários de Jesus nos nossos dias.

Formação Bíblica na Comunidade Nossa Senhora Aparecida

VII FESTA DA PRIMAVERAComunidade Nossa Sra. Aparecida

22 e 23 de Setembro29 e 30 de Setembro

Nos finais de semana

das 17 às 22hcom barracas de doces, salgados,

brincadeiras e atrações como bingo e o tradicional DESFILE DE PRIMAVERA

VII FESTA DA PRIMAVERAComunidade Nossa Sra. Aparecida

22 e 23 de Setembro29 e 30 de Setembro

Nos finais de semana

das 17 às 22hcom barracas de doces, salgados,

brincadeiras e atrações como bingo e o tradicional DESFILE DE PRIMAVERA

VII FESTA DA PRIMAVERAComunidade Nossa Sra. Aparecida

22 e 23 de Setembro29 e 30 de Setembro

Nos finais de semana

das 17 às 22hcom barracas de doces, salgados,

brincadeiras e atrações como bingo e o tradicional DESFILE DE PRIMAVERA

Durante os dias 22, 23, 29 e 30 de setembro a Comunidade Nossa Senhora Aparecida aco-lheu a primavera vindoura com um grande fes-ta. Foram dois fins de semana de muita alegria, empenho e dedicação de todos os membros da comunidade em prol de um único objetivo: a reforma da Capela!

Neste ano a Festa da Primavera teve algumas novidades. Além do acréscimo de mais um fim de semana e das tradicionais barracas (bolos, doces e salgados, batata-frita, e o bingo), nós tivemos a novidade que foi a fogazza.

Também no último domingo da festa, no bingo es-pecial, tivemos o sorteio de uma TV 42″ Full HD, que uma sortuda da comunidade de Heliópolis levou.

Agradecemos a todos que fizeram essa festa bo-nita acontecer, que deram um sentido muito bonito a esse esforço, em prol de um único objetivo.

VII FESTA DA PRIMAVERAComunidade Nossa Sra. Aparecida

22 e 23 de Setembro29 e 30 de Setembro

Nos finais de semana

das 17 às 22hcom barracas de doces, salgados,

brincadeiras e atrações como bingo e o tradicional DESFILE DE PRIMAVERA

Festa da Primaveraaconteceu

Frei José Alves de Melo Neto Assessor [email protected]

Frei José Alves de Melo Neto Assessor [email protected]

Marcos: primeira parte do Evangelho

É necessário lembrar que são muitas as perspec-tivas ou direções para as quais podemos ir quando estudamos um texto como o de Marcos. Muita coi-sa já foi escrita e, ultimamente, tem-se escrito mais ainda, demonstrando influencias, temas e critérios de leitura do Evangelho. O que aqui apresento é a minha particular maneira de ver e interpretar este texto interessante.

Sabemos que o Evangelho segundo Marcos pode ser dividido em quatro partes fundamentais, além de uma introdução ou abertura e de um capítulo apocalíptico. O esquema é este: No capítulo 1 e versículo 1 temos o título e o tema do Evangelho; capítulo 1, versículo 2 ao 13: a introdução ou a-bertura; no capítulo 1, versículo 14 ao capítulo 8, versículo 30, a primeira parte, com um destaque e sucesso crescente da pessoa de Jesus. Do capítulo 8, versículo 31 ao capítulo 12, versículo 44, a se-gunda parte, com um processo inverso: parece que Jesus vai se retraindo aos poucos. Depois temos o capítulo 13 que é um texto particularmente interes-sante: o discurso apocalíptico. Segue do capítulo 14, versículo 1 ao capítulo 14, versículo 47 a ter-ceira parte, cujo tema central é bem claro: a paixão e a morte de Jesus. Finalmente, todo o capítulo 16 é a quarta parte e o tema central é a ressureição.

Já analisamos o título e o tema fundamental do Evangelho segundo Marcos. Trata-se do capítulo 1, versículo1: Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. A este versículo segue-se a abertura ou introdução do Evangelho.

Abertura de Marcos. Como em uma obra mu-sical, também o texto de Marcos (e outros textos bíblicos) tem um tema, um “tom” de abertura. Este “tom”, apresentado no início do Evangelho, vai ser constante em todo o seu corpo textual. O tom é dado pelo Profeta Isaías, o que torna a ima-gem profética algo muito presente no Evangelho. O Profeta é citado literalmente no versículo 2 e em seguida é transcrita sua mensagem: uma voz cla-ma no deserto, a voz do mensageiro que anuncia o Senhor. Para ele, para o Senhor, devem estar os caminhos aplainados, preparados. Marcos trans-creve Isaías 40,3 mas mistura com outro texto: Malaquias 3,1. Isto deixa evidente que a imagem de Jesus será profética. De fato, Ele não rejeita a identidade de Profeta pois sabe que os Profetas são os mensageiros do Deus da Aliança.

Em seguida surge João Batista anunciando no de-serto e propondo um rito especial: o batismo de arre-pendimento. O anúncio no deserto faz entender que é preciso fazer como Israel antigo: ir para o deserto e lá encontrar o seu Deus. O deserto também lembra que esta busca não é algo simples, sem sofrimentos. Mas certamente é segura no resultado. Já o batismo é de arrependimento e quem passava por este rito es-tava declarando sua adesão ao projeto de Deus. João Batista aparece neste momento de abertura do Evan-gelho e reaparecerá em 6,14–29, quando ficamos sa-bendo de como foram seus últimos dias e porque ele foi morto por ordem de Herodes.

Voltando à abertura do Evangelho de Marcos ve-mos Jesus que finalmente aparece no versículo 9 vindo de Nazaré da Galileia. Para lá Ele retornará no início do capítulo 6 e será rejeitado e duvidado pelos seus conhecidos. Na abertura Jesus vai até João Batista e passa pelo rito do batismo. Note-se que, depois do batismo, Jesus sobe da água e uma voz, do céu, declara: “Tu és o meu Filho amado. Em ti me comprazo! (1,11). É a primeira confir-

mação do tema de abertura de 1,1: Jesus Cristo, Filho de Deus. Note que quem ouve esta voz não é João Batista ou as pessoas por perto; parece que é Jesus, mas na realidade somos nós, os leitores, que devemos ouvir esta revelação — Aquele é o Filho de Deus e tudo irá girar em torno a isto, sua filiação divina, e em torno à sua Pessoa.

Em seguida, Jesus parte para o deserto e no de-serto ele supera as tentações que antes, no Antigo Testamento, Israel havia sofrido. Tentações tam-bém que o ser humano sempre enfrenta: trocar a salvação de si pela comida que alimenta mas pas-sa. É interessante que em Marcos não há o relato detalhado das tentações, que em Mateus e Lucas são três, mas aqui é tudo englobado em uma úni-ca situação de tentação. São quarenta dias desta forma, lembrando o período dos quarenta anos no deserto por parte dos hebreus, filhos de Abraão, Isaac e Jacó, quando saíram do Egito. Assim ter-mina a abertura do Evangelho.

Primeira parte de Marcos: 1,14 - 8,30. Tudo começa depois da prisão de João Batista (1,14).

especial16 santuariosantaedwiges.com.broutubro de 2012

Cena do Batismo de Jesus“Tu és o meu Filho amado. Em ti me comprazo!” (Marcos 1,11)Sérgio Alves Ceron, artista sacro. ilustração sobre o Ano Litúrgico. Paulinas Editora

Apresentamos em alguns artigos pontos fundamentais do Evangelho segundo Marcos.Chegou o momento de apresentarmos o texto em suas partes e a evolução que elas apresentam.

Confissão de Cesareia“Quem dizem os homens que eu sou? (Marcos 8,27)Sérgio Alves Ceron, artista sacro. ilustração sobre o Ano Litúrgico. Paulinas Editora

especial 17santuariosantaedwiges.com.broutubro de 2012

Jesus vai para a Galileia e começa a anunciar que era o tempo do Reino de Deus. Ele escolhe qua-tro discípulos (1,16–20) e em seguida, em Cafar-naum, ele liberta um endemoninhado. Este declara que Jesus é o “Santo de Deus” (1,24). Os posses-sos irão sempre declarar a identidade de Jesus, en-quanto os sãos não a entenderão.

Em seguida, Jesus cura a sogra de Pedro (1,29–31) e temos um sumário (1,32–34). Sumário é um recurso li- terário comum nas narrações. Trata-se de um texto cur-to em que muitas coisas são indicadas de modo “gené-rico”. Depois Jesus deixa a Galileia e realiza curas e milagres em outras regiões não identificadas (1,35–39), inclusive a purificação de um leproso (1,40–45).

Voltando para Cafarnaum Jesus cura um paralíti-co (2,1–12), chama para ser discípulo um cobrador de impostos (2,13–14) e partilha refeições com pecadores (2, 15–17). Começam aqui os questiona-mentos: por que ele come com esta gente pecadora (2,16), por que seus discípulos não jejuam (2,18–22) e qual o valor do Sábado (2,23–28).

No capítulo 3 acontecem muitas coisas: a cura, em um Sábado, do homem de mão atrofiada (3,1–6); o seguimento de Jesus por parte das multidões (3,7–12); a escolha dos Apóstolos, em número de Doze (3,13–19); o escândalo dos parentes de Je-sus (3,20–21); calúnias dos escribas (3,22–30); e a familiaridade com Jesus (3,31–35). Este último episódio é muito interessante e em outro artigo ire-mos estuda-lo melhor.

O capítulo 4 é interessante. Inicia com uma parábo-la (4,1–9), com a motivação de falar em parábolas (4,10–12), com a explicação da parábola do seme-ador (4,13–20). Ainda em torno da parábola Jesus insiste na necessidade de ouvir e aprender (4,21–34).

No final do capítulo 4 iniciam quatro sinais de superação de morte. Primeiro, a tempestade acal-mada (4,35–41); depois o endemoninhado que vivia entre túmulos, como um morto (5,1–20); segue-se a cura da mulher com um fluxo de sangue (5,25–34), socialmente e religiosamente morta no judaísmo e a ressurreição de uma garotinha, em

5,21–26 e 35–43. É de se esperar que, retornando para sua terra, Nazaré, Jesus fosse louvado pelos seus conterrâneos, mas não. Em 6,1–6 vemos uma atitude totalmente contrária. A seguir Jesus envia os discípulos para realizar milagres que sinalizam o tempo do Reino de Deus (6,7–13).

A sequência se interrompe com o episódio da dúvida sobre João Batista. Jesus fazia tanta fama que alguns pensavam que o Batista havia ressus-citado, inclusive Herodes (6,14–16). Em 6,17–29, como já falamos, Marcos conta o que aconteceu com João Batista, na corte de Herodes.

A partir de 6,30 os acontecimentos se sucedem rapidamente. Primeiro, o milagre dos poucos pães para uma multidão (6,30–44). Depois, Je-sus caminha sobre a água (6,45–52), o que causa espanto e medo entre os discípulos (6,49–50.52). Eles ainda não entenderam a Jesus, sua Pessoa e sua Missão. Por isso, é necessário ainda algum tempo, que Ele ocupa com milagres (6,53–56).

Mas logo aparecem os fariseus e escribas que ques-tionam Jesus (7,1–13). O discurso sobre o puro e o im-puro é uma reflexão sobre a realidade do ser humano (7,14–23). Os fariseus e os escribas eram do grupo que devia ensinar o povo a seguir a Aliança, mas parece que não o faziam. O milagre da cura de uma menina estrangeira (7,24–30) e de um surdo-gago (7,31–37) parece ser uma resposta à incapacidade das autori-dades compreenderem o Evangelho de Jesus.

No capítulo 8,1–10 Jesus faz mais um sinal dos pães, o que, por si, é um sinal de Deus. Mas os fariseus querem outro sinal (8,11–13). Jesus alerta seus discípulos sobre “o fermento dos fariseus e de Herodes” (cf. 8,15), sinal de incredulidade e mal-dade (8,14–21). Em seguida, Jesus cura um cego (8,22–26), deixando claro que os cegos poderão ver o que os entendidos não conseguem enxergar.

Finalmente, em 8,27–30 chegamos ao episódio que pode ser chamado de “confissão de Cesareia”. Este é o nome de duas cidades, uma às margens do Mediterrâneo; outra está na região da Síria, fora do território da Galileia. É na região desta cidade que Jesus questiona seus discípulos sobre o que dizem a seu respeito. A resposta é que pensam que Ele é um Profeta, podendo até ser Elias ou João Batista (8,28). Então, Jesus pergunta a opinião do grupo dos discípulos e Pedro responde: “Tu és o Cristo” (8,29). É o final da primeira parte do Evan-gelho: eles começam a entender, parece, a Pessoa e a Missão de Jesus. Mas é um entendimento limi-tado, com veremos no próximo artigo.

Pe. Mauro Negro - OSJBiblista PUC Assunção. São Paulo [email protected]

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