agroguia ed. agosto 2012

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INFORME PUBLICITÁRIO Agro Guia | Agosto 2012 1 AGRO EVENTOS Interconf, Mercoagro, Expointer, PorkExpo, Fenasucro & Agrocana AGRO ENTREVISTA Para Antônio Carlos Zen, da FMC, presença no Brasil é fundamental PUBLICAÇÃO MENSAL | AGOSTO 2012 | EDIÇÃO 06/ANO 01 Elizabeth Cirne-Lima, vice-presidente da Associação Brasileira de Criadores de Devon, líder feminina da pecuária AGRO PERFIL Paixão pelas coisas do campo INFORME PUBLICITÁRIO

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Suplemento Mensal de Agronegócio do Jornal Folha de S. Paulo.

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Page 1: AgroGuia Ed. Agosto 2012

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Agro Guia | Agosto 2012 1

INFORME PUBLICITÁRIO

Agro Guia | Agosto 2012 1

AGRO EVENTOSInterconf, Mercoagro, Expointer, PorkExpo, Fenasucro & Agrocana AGRO ENTREVISTAPara Antônio Carlos Zen, da FMC, presença no Brasil é fundamental

PUBLICAÇÃO MENSAL | AGOSTO 2012 | EDIÇÃO 06/ANO 01

Elizabeth Cirne-Lima, vice-presidente da Associação Brasileira de Criadores de Devon, líder feminina da pecuária

AGRO PERFILPaixão pelas coisas do campo

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Informe PublIcItárIo

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Índice

Agro Agricultura 20, 28 e 29

22Agro Pecuária

10Agro Eventos

PARA ANUNCIAR NO GUIA

Diretor de redação

Editora-chefe

Redação

Colaborador

Apoio Comercial

Projeto Editorial

Diagramação e Edição de Imagens

Capa

Carlos Alberto da SilvaMTB 20.330

Béth Mé[email protected]

André [email protected]

Paulo [email protected]

Simone [email protected]

Nathã Carvalho

Carlos Alberto da Silva

Gutche AlborghetiVinicius Gallo BalsysJuliana VizzáccaroMaria Teresa

Vinicius Gallo Balsys

Foto Divulgação ABCD

(11) 3063.1899 / Al. Itu. 1063 - 2° andar -CEP: 01421-001 - Jardins - São Paulo/SP

www.publique.com | [email protected]

PRESIDENTE E FUNDADOR:Carlos Alberto da Silva

[email protected]/gpubliqueSlideshareslideshare.net/grupopubliqueYou Tubeyoutube.com/GrupoPublique

Gerente ComercialMarcela Marchi

[email protected](011) 3224-4546

Contato ComercialFernando Oliveira

[email protected](11) 3224-4545

Representante ComercialSonia Maciel

[email protected]

Mirian [email protected]

tel: (11) 3021-1644

Informe Agro Econômico 36

38Agro Educação

7Agro Mensagens

8Agro Datas Comemorativas

24Agro Perfil

6Agro Agenda

16Agro Entrevista

15Agro Leilões

32Agro Política

33Agro Cooperativismo

Page 5: AgroGuia Ed. Agosto 2012

NÃO É PORQUE SEU RAMOÉ O AGRONEGÓCIO QUE

SEU BANCO TEMQUE FAZER SÓ O ARROZ

COM FEIJÃO.

CRÉDITO RÁPIDO E PRÁTICO É NO BANCO ORIGINAL.> Um portfólio completo de produtos, da pecuária ao setor agrícola.> Investimentos com rendimentos atrativos e isenção de impostos.* > Um time especializado, com formação técnica na área.> bancooriginal.com.br | 0800 705 3000

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O Banco Original pertence ao Grupo J&F, um dos maiores conglomerados do Brasil.

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11 a 14/93º Encontro da Cadeia Produtiva da Olivicultura – Campinas (SP) - www.apta.sp.gov.br/olivasp/eventos.php?id=12

17/9Feed 2012 (Fórum Internacional de Estudos Estratégicos para Desenvolvimento Agropecuário e Respeito ao Clima) – São Paulo (SP) - [email protected]

17 a 20/9X Seminário Nacional de Batata e Semente e V ABBA Batata Show – Uberlândia (MG) - www.alap2012.com

18 a 21/99 ª Mercoagro 2012 (Feira Internacional de Negócios, Processamento e Industrialização da Carne) – Chapecó (SC) - www.mercoagro.com.br

18 e 19/9 Agropec Bahia 2012 – Salvador (BA), tel. (71) 3203-7550 - http://agropecbahia.com.br

18 a 20/9 Fisa (Food Ingredients South America) – Expo Center Norte, São Paulo (SP) - www.fi-events.com.br

18 a 21/9 Florestal & Biomassa Feira de Máquinas, Equipamentos, Produtos e Serviços – Lages (SC), tel. (41) 3027-6707 - www.florestalbiomassa.com.br

21 a 23/9BioNat Expo 2012 – Porto Alegre (RS) - www.bionatexpo.com.br

24 a 26/9Conbap (Congresso Brasileiro de Agricultura de Precisão) – Ribeirão Preto (SP) - www.sbea.org.br/sbea/index.php#91,97

25 a 28/9Congresso Brasileiro de Recursos Genéticos – Belém (PA) - http://sbrg2012.com.br/

26 a 30/8 29º Congresso Nacional de Milho e Sorgo - Águas de Lindóia (SP), tel. (19) 3202-1754 - www.milhoesorgo.com.br

27/8Congresso Brasileiro de Fertilizantes – São Paulo (SP) – www.anda.org.br

28 a 31/8 Fenasucro e Agrocana – Ribeirão Preto (SP) - www.fenasucroeagrocana.com.br

29/81° Fórum CICB de Sustentabilidade – Novo Hamburgo (RS), tel. (61) 3224-1867 - www.cicb.org.br

31/8 a 23/932ª Festa de Flores e Morangos de Atibaia – Atibaia (SP) - www.festadasfloresdeatibaia.com.br/home.html

3 a 6/917º Congresso Brasileiro de Parasitologia Veterinária – São Luís (MA) - www.cbpv.com.br

4 a 6/9Frutal 2012 (19ª Semana Internacional da Fruticultura, Floricultura e Agroindústria) – Forquilha (CE) - www.frutal.org.br

10 a 14/94º Congresso Florestal Paranaense 2012 – Curitiba (PR), tel. (41) 3233-7856 - www.congressoflorestalpr.com.br

11 a 13/9 Interconf 2012 – Goiânia (GO), tel. (62) 3432-0395 - www.interconf.org.br

Confira os eventos do período de 26 de agosto a 30 de setembro de 2012

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26/9 a 28/9PorkExpo 2012 – Curitiba (PR) - http://porkexpo.com.br

26 e 27/96º Grande Encontro sobre Variedades de Cana-de-Açúcar – Ribeirão Preto (SP) - www.ideaonline.com.br

Prezado amigo Carlão, Recebi o Agro Guia junho/2012. Escrevo para cumprimentá-lo por mais essa excelente “tacada de mestre” do empreendedor dr. Carlos Alberto da Silva.Apreciei muito a entrevista do Paulo Roque com o sr. Arlindo – presidente do Grupo SLC.É isto Carlão: continue “dando vazão” a este seu “faro” em inovar sempre no setor agropecuário brasileiro, descortinando horizontes/oportunidades nunca dantes “navegadas!...

Lécio Silva, diretor/Marketing UBYFOLUberaba (MG)

Foi com muita satisfação que vi na Folha de São Paulo o encarte Agro Guia editado pelo Grupo Publique. Aliás, muito bem feito. Além de dar um alô para vocês da Publique, quero dizer que guardo ótimas lembranças dos trabalhos que fizemos.

Luiz Marcio

Agro Mensagens

Caros Leitores,Acompanhe, nesta edição, vários assuntos interessantes sobre o Agro. Na capa, temos o perfil da gaúcha Elizabeth Cirne-Lima, líder feminina da pecuária, uma apaixonada pela raça Devon e pelo cavalo Crioulo, em matéria exclusiva de nosso correspondente Nathã Carvalho.Também chamo atenção para a entrevista com Antônio Car-los Zen, Presidente Corporativo América Latina da FMC. O executivo diz que a presença no Brasil é fundamental para a multinacional.Ainda recomendo a matéria sobre a Aurora Alimentos, refe-rência como agroindústria de alimentos e com presença mar-cante nos mercados brasileiro e internacional.

Boa leitura a todos!

Agro Editorial

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Carlos Alberto da SilvaDiretor de redação

Agro Agenda

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Agro Datas Comemorativas

9/9 Dia do VeterinárioInstituído através do Decreto nº 23.133, pelo presidente Getúlio Vargas, criou a normatização para atuação do médico veterinário e para o ensino da profissão. Porém, escolas de veterinária já existiam no Brasil, desde 1910. A prática da veterinária foi estabelecida desde 2000 a.C, mas alguns registros encontrados remontam a 4000 a.C. O Código de Hammurabi, o mais completo conjunto de leis sobrevivente, já continha normas sobre as atribuições e remunerações dos “médicos de animais”. O registro do diploma, para o exercício profissional, passou a ser exigido a partir de 1940, na Superintendência do Ensino Agrícola e Veterinário do Ministério da Agricultura, órgão fiscalizador da profissão. A partir de 1968, com a lei de criação dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária, foi transferida aos conselhos a função de fiscalizar o exercício dessa profissão e é também onde se faz o registro profissional.

12/9 Dia do TratorA palavra “trator” tem sido atribuída a várias fontes. Empregada pela primeira vez na Grã-Bretanha, em 1856, segundo o dicionário Oxford, como sinônimo de motor de tração. Foram feitas adaptações de combustível (gasolina e diesel) até chegar ao uso motorizado. Daí surgiu o trator de uso agrícola geral, que executa as principais tarefas agrícolas.

11/9 Dia Nacional do CerradoA região, que ocupa 20% do Brasil, é o segundo maior ecossistema do País, só perde para a Amazônia. Mais de 50% do cerrado foram destruídos, por isso é um bioma (conjunto de seres vivos, animais e plantas de certa área) ameaçado.

Dia Internacional Para a Preservação da Camada de OzônioNo ano de 1987, 46 países assinaram o “Protocolo de Montreal”, tal documento se comprometia a parar de fabricar o gás CFC (Clorofluorcarbono), maior responsável pela destruição da camada de ozônio na estratosfera. Em comemoração ao feito, a ONU (Organização das Nações Unidas) declarou essa data.

21/9 Dia da ÁrvoreA data é comemorada no Brasil, escolhida por ser próxima ao início da primavera. No Brasil, a árvore mais antiga é um jequitibá de 3.020 anos, localizado em Santa Rita do Passa Quatro (SP). Sua copa possui 39 metros de diâmetro, onde vivem tucanos e macacos, entre outros animais.

22/9 Dia da BananaOriginária das regiões tropicais da Índia e da Malaia, já era conhecida e cultivada há mais de 4000 anos. As bananeiras existem no Brasil desde antes do seu descobrimento. O nome banana vem da palavra “banan”, e também foi dado pelos árabes, que significa “dedos”.

21/9 Dia do FazendeiroNa Roma antiga, os grandes domínios privados de terras, os latifúndios, pertenciam somente à aristocracia, aos nobres chamados de latifundiários. Hoje, a denominação é dada ao dono da propriedade rural, o fazendeiro, que ocupa lugar de destaque em qualquer país do mundo onde a agricultura faz parte do primeiro setor da economia como gerador de recursos para as nações.

22/9 Dia da Defesa da FaunaO Brasil possui uma das maiores biodiversidades em fauna e flora do planeta. A atual situação da fauna é de 633 classificações científicas, das quais 624 estão em categorias de ameaça: criticamente em perigo, em perigo e vulnerável, adotadas para a avaliação e 9 em uma das duas categorias de extinção. Em conjunto, Mata Atlântica e Cerrado respondem por mais de 78% das espécies da lista. (SR)

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Nos dias 7 e 8 de agosto, o IX Con-gresso Brasileiro de Marketing Rural e Agronegócio reuniu centenas de pro-fissionais no Transamérica Expo Cen-ter, em São Paulo. O evento ocorreu junto à Feira Agrinsumos & Induspec Expo&Business. Dia 7, a plenária con-junta com o II Congresso Andav foi prestigiada por mais de 1000 pessoas. Na ocasião, Alexandre Mendonça de Barros, da MB Agro, e Roberto Rodri-gues, da GV Agro, abordaram perspec-tivas para o Agronegócio Brasileiro. Dia 8, foram apresentadas palestres e cases específicos da área de marketing rural.

Vitrine da tecnologia do leite no Brasil, a 12ª Agroleite, realizada em Castro (PR), de 7 a 11 de agosto, bateu vários recor-des. Segundo Frans Borg, presidente da Castrolanda, organizadora do evento, o evento a superou as expectativas de expositores, de animais e de público. Reuniu 141 empresas e 600 animais das raças Holandesa, Jersey e Simental e foi prestigiado 80 mil visitantes do Brasil, além do Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Ca-nadá, Holanda, Áustria, Nova Zelândia, entre outros países.

A 9ª edição da Agrifam (Feira da Agri-cultura Familiar e do Trabalho Rural), realizada em Lençóis Paulista, de 3 a 5 de agosto, recebeu 28 mil visitantes. Se-gundo a Fetaesp (Federação dos Traba-lhadores na Agricultura do Estado de São Paulo), organizadora do evento, a mostra movimentou cerca de R$ 17 milhões, entre as vendas no local e propostas pós--evento. A próxima edição será de 2 a 4 de agosto de 2013.

O 24º Congresso Mundial de Avicultu-ra, realizado em Salvador (BA), de 5 a 9 de agosto, reuniu 2.200 congressistas de 93 países. O espaço destinado aos 120 expositores contou com média de 5 a 6 mil. A organização foi da WPSA (As-sociação Mundial de Ciência Avícola), com co-organização da Facta e da Uba-bef (União Brasileira de Avicultura). (AC)

Grande evento do Marketing Rural

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Agro Eventos/Balanço

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A 35ª edição da Exposição Interna-cional de Animais, Máquinas e Pro-dutos Agropecuários, a Expointer 2012, começou no sábado, 25 de agosto, e termina dia 2 de setem-bro, em Esteio, RS. Apesar de um ano considerado difícil em virtude da seca, os produtores de genética inscreveram 1.923 bovinos de elite para participarem da feira, consi-derada a maior da América Latina e uma das principais vitrines da gené-tica brasileira para o mundo. Só bovinos, são 32 raças. A líder em exemplares inscritos é a raça Holan-desa, com 304 animais, ante 209 do ano anterior, seguida pela Aberdeen Angus com 274 animais. Porém, a raça que apresentou maior cresci-mento percentual, foi a raça Caracu, com alta de 78%: de 14 animais, em 2011, para 25, este ano, todos ins-critos por criadores paranaenses. Outras raças apresentaram conside-rável crescimento. Destaca-se a raça Nelore que, em conjunto com o Ne-lore Mocho, evoluiu de 10 para 43 cabeças. O Brangus cresceu de 79

para 99 exemplares; o Charolês, de 102 para 119; o Brahman, de 53 para 80; o Simental, de 186 para 193; o Hereford/Polled Hereford, de 55 para 64; o Santa Gertrudis, de 48 para 52; e o Canchim, de 63 para 68. As raças zebuínas bateram recorde de inscritos, com 309 animais, des-taque para o Gir Leiteiro, com 101 animais, e o restante divididos entre Brahman, Nelore, Nelore Mocho, Gir, Gir Mocho, Guzerá, Indubrasil e Tabapuã. Todas apresentaram cres-cimento, segundo a Associação dos Criadores Gaúchos de Zebu. Após dois anos de ausência, a tra-dicional raça Normanda, volta ao Parque de Exposições Assis Brasil, este ano, bem como a raça Girolan-do, que participou a última vez em 2001. A estreia fica por conta da ja-ponesa Wagyu, trazida pelo criador Ricardo Steinbruch de Americana (SP), da Fazenda Angélica. Também estarão no evento as raças Devon, Shorthorn, Simbrasil, Pardo Suíço original, Red Poll, Jersey, Pardo Suí-ço leiteiro e o Franqueiro. (NC)

Expointer 2012 reúne 32 raças bovinas

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Pelas pistas passarão 1.923 bovinos de elite

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A 5ª edição da Interconf – Conferên-cia Internacional de Confinadores será realizada em Goiânia (GO), de 11 a 13 de setembro. Iniciativa da Assocon (Associação Nacional dos Confinadores) e Canal Rural, o even-to debaterá temas voltados para o crescimento e a expansão da cadeia da carne e seus reflexos nos proces-sos produtivos.Com o tema central Produção da Carne: Processos desencadeiam Processos, a Interconf 2012 debate-rá os processos realizados “dentro da porteira”, para produzir gado de corte com eficiência e qualidade (pastagem, reprodução, manejo, nutrição, melhoramento genético), e “fora da porteira”.A palestra de abertura da Interconf 2012 será realizada pelo ex-ministro da Fa-zenda Mailson da Nóbrega, sócio da Tendências Consultoria Integrada. O evento deste ano debaterá os seguintes

temas: “Aspectos gerais da produção de boi e da indústria da carne”, “Mercado consumidor de carne no Brasil” e “Re-lações entre produtores e frigoríficos”.O congresso termina com Dia de Campo no Confinamento da JBS, em Nazário (GO), onde os partici-pantes vão conhecer o sistema uti-lizado pela empresa no processa-mento de proteína animal. A Interconf 2012 deve reunir cerca de 1.500 profissionais. A Assocon estima crescimento de 10% e 15%, no confinamento de gado, impulsionado, principalmente, pelas exigências em qualidade de gado para exportação e pela ampliação das áreas de agricultura sobre as pastagens. Com o 4º maior rebanho bovino do País, Goiás lidera o ranking entre os Estados que adotaram este sistema de criação de gado, com aproximada-mente 950 mil cabeças confinadas/ano. (BM)

Goiânia recebe a Interconf 2012

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Agro Eventos/Destaques

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A cadeia produtiva da cana-de--açúcar tem encontro marcado na Fenasucro & Agrocana – XX Feira Internacional da Indústria Sucro-alcooleira e X Feira de Negócios e Tecnologia da Agricultura da Cana--de-Açúcar, de 28 a 31 de agosto. O evento será realizado em Sertãozi-nho (SP) e deve receber mais de 32 mil profissionais do setor. Está pre-vista a participação de 500 marcas expositoras de 35 países. Este ano, a abertura terá uma con-ferência internacional organizada pela Datagro, o Ceise Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Su-croenergético e Biocombustíveis) e a promotora de eventos Reed Mul-tiplus. Em pauta, discussões sobre perspectivas de mercado, comércio internacional, avaliação da safra brasileira e expansão da produção de açúcar e etanol em mercados como a Tailândia e países africanos.

Fenasucro terá 500 marcas expositoras

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Durante as feiras, ocorrerão eventos paralelos, entre os quais o Seminá-rio Gegis, a reunião do GERHAI, o Seminário Agroindustrial da STAB, o II Enconsucro e a Forind (Feira de Fornecedores Industriais do Interior de São Paulo), voltada para a cadeia produtiva das usinas e indústria. Um momento esperado é a Rodada de Negócios Internacional, organi-zada pelo Apla (Arranjo Produtivo Local do Álcool) e a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exporta-ções e Investimentos). Segundo Flávio Castelar, diretor--executivo da Apla, foram confirma-das mais de 30 empresas brasileiras e garantidos 20 compradores estran-geiros. Em 2011, a Rodada de Negó-cios contou com 29 participantes es-trangeiros e 44 empresas brasileiras, que movimentaram cerca de US$ 1,8 milhão e prospectaram outros US$ 194 milhões. (BM)

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Agro Leilões

20/98º Leilão Virtual Gir Fazenda Café Velho – 20h00, AgroCanal - Nova Leilõeswww.novasaleiloes.com.br

22/92° Leilão Rancho Faria e Convidados – Maringá (PR), 19h00 - WV Leilões www.wvleiloes.com.br

24/91º Leilão Virtual Nelore Fazenda Santa Rosa – 20h00, AgroCanal - Nova Leilões www.novasaleiloes.com.br

29/91°. Leilão American Cup – WOORKA LUB – Sorocaba (SP), 15h00 - WV Leilões www.wvleiloes.com.br

30/9Leilão Virtual Reprodutores TOP Leite Gir Villefort – 10h00, AgroCanal - Nova Leilõeswww.novasaleiloes.com.br

27/8Leilão Virtual Touros NeloreCEN – 20h30, Canal do Boi - Central Leilões www.centralleiloes.com.br

1/933° Leilão Anual Carpa 2012 – Serrana (SP), 13h00 - Programa Leilões www.programaleiloes.com.br

9/9 8º Mega Touros Carpa – Barra do Garças (MT), 13h00, Canal do Boi - Programa Leilões www.programaleiloes.com.br

Leilão Virtual Fazenda São José – 20h00, AgroCanal - Nova Leilõeswww.novasaleiloes.com.br

1º Leilão Girolando Nacional – Perdizes (MG), 14h00 - Nova Leilões www.novasaleiloes.com.br

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Ele é presidente corporativo América Latina da FMC, uma das maiores in-dústrias de agroquímicos instaladas no Brasil. Trabalha na empresa há 35 anos, onde começou ainda adoles-cente, com 14 anos de idade. Nes-sa entrevista ao Agro Guia, Antonio Carlos Zen fala sobre vários temas ligados à produção de alimentos e às questões de saúde e nutrição das plantas. Biólogo pela Universidade

de São Paulo, com mestrado em En-tomologia e Agricultura e doutorado em Agronomia e Advanced Executive Program, em Kellogs, EUA, em sua opinião, qualquer companhia que estiver no agronegócio não pode se omitir de estar no País. “Se você hoje quiser ser uma corporação global e se posicionar como uma empresa forte nesse segmento, a presença no Brasil é fundamental.”

É aqui que as coisas estão acontecendo

Por Paulo Roque

Agro Entrevista

É dessa forma que o executivo Antonio Carlos Zen descreve o Brasil e seu agronegócio

Antonio Carlos Zen: “O agricultor brasileiro está mais capitalizado e disposto a investir em tecnologia”

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Agro Guia – Diante do atual cenário internacional, como analisa a expec-tativa para o mercado brasileiro?Antonio Carlos Zen – Analiso sob dois prismas. O primeiro cenário é de euforia, porque a agricultura brasileira vive um grande momento, com preços consistentes, agricultor capitalizado, investindo em tecno-logia e bastante rentabilidade. Se-gundo, questiono: O que estamos fazendo para o pós-euforia? Como vamos nos preparar para o momen-to quando os preços não estiverem tão bons? Na fase de euforia é mui-to perigoso que se tome decisões e que, de alguma forma, se entre em um período de acomodação. Te-mos de continuar olhando custos, tecnologias e, pr incipalmente, a gestão do agro-negócio, não es-quecendo que as commodities não desafiam a lei da gravidade.

Agro Guia – Como o sr. avalia a situ-ação atual da cana-de-açúcar, consi-derando que foram realizados mui-tos investimentos nessa cultura pelas empresas de agroquímicos?ACZ – Daqui para frente teremos um cenário mais favorável. A Petrobrás já encena fazer certos ajustes no preço da gasolina, o que, de alguma manei-ra, vai trazer o etanol para um pata-mar mais competitivo. Também temos indicação de seca em boa parta da Índia, o que deve sustentar os preços do açúcar no atual patamar. Portanto, tenho razoável otimismo. Não esta-

mos vivenciando na cana-de-açúcar o mesmo entusiasmo que há na soja e no milho, mas, certamente, também não é um cenário tão ruim. Vamos ter, com certeza, produtividades muito boas. É uma questão de investirmos em tecnologia, há novas chegando, e, então, vamos passar por um período muito bom.

Agro Guia – O setor de agroquími-cos está preparado para atender a demanda de tecnologia que a agri-cultura passará a exigir em função da necessidade mundial de alimentos?ACZ – Sentimos um crescimento mui-to grande em tecnologia. O agricul-tor brasileiro está mais capitalizado e

disposto a investir nessa área. A ca-deia de suprimen-to das empresas foi pega, de certa forma, de surpre-sa com toda essa demanda que está ocorrendo. Então, a indústria está, no momento, cor-

rendo quase atrás da demanda para supri-la. Há aumento de área planta-da no mundo todo, particularmente no Brasil, Argentina e mesmo Para-guai. A indústria prepara novidades diferenciadas nas áreas de nutrição de plantas, de controle biológico e natural das pragas, de transgenia, de sementes e equipamentos. Ninguém está parado. Precisamos olhar prio-ridades, quer dizer, há uma consci-ência muito forte sobre a necessida-de de aumentar a produtividade por hectare, pois abrir mais terra vai ser cada vez mais restrito e o desafio está

“ ... abrir mais terra vai ser cada vez mais restrito e o desafio está enorme.”

Agro Entrevista

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enorme. Mas, estou absolutamente seguro que a indústria vai responder.

Agro Guia – Como está o desenvol-vimento de novas moléculas e o que falta para os produtos chegarem com mais rapidez ao mercado?ACZ – A química tradicional está um tanto exaurida. Hoje, trazer uma nova molécula está muito difícil, é quase que uma obra do acaso. O cus-to é muito alto e há um risco de, por alguma razão, de toxicologia crôni-ca ou de fator ambiental, tornar essa molécula inviável. Por outro lado, está havendo retirada, voluntária ou através das autoridades regulatórias, de várias moléculas, muitas delas com componentes importantes de market share (participação de mer-cado). Estamos tentando reinventar algumas moléculas, procuramos tra-balhar misturas, para criar conveni-ência, particularmente para o grande

agricultor brasileiro. A janela de uso de produto continua a mesma, por limitações climáticas e, no entanto, a área plantada cresceu muito. Se trouxer simplicidade, praticidade e conveniência, você tem aí uma boa oportunidade para crescer. Por outro lado, temos que olhar ou-tras maneiras de proteger as plantas. Portanto, combinar métodos de con-trole está mais próximo do que nun-ca. Particularmente, acredito em uma grande transformação na nossa in-dústria, a partir do uso de elementos biológicos para controlar as pragas e doenças. Quem dominar a tecnolo-gia de tornar esses produtos viáveis e poder armazená-los e transportá--los primeiro vai sair na frente e dará uma grande contribuição. No entan-to, existem os aspectos regulatórios. As leis ainda são um pouco antigas, as autoridades de registro estão pro-curando se adaptar e nós precisamos trabalhar juntos, indústrias, governo, produtores e suas associações, para que tenhamos um caminho claro para trazer essa tecnologia para o Brasil e manter o País na vanguarda competitiva.

Agro Guia – Então, a tendência den-tro do setor de agroquímicos é partir para produtos que estejam dentro dos padrões da sustentabilidade?ACZ – Esse é o futuro, precisamos sustentar as nossas técnicas. À medi-da que vamos ter um mar de soja, um mar de milho, um mar de algodão, ou seja, áreas muito grandes, muito concentradas, as pressões de pragas e doenças aumentarão, e nós temos o sentimento de que só a resposta química não responderá pelo todo.

Agro Entrevista

Antonio Carlos Zen: “O agricultor brasileiro está mais capitalizado e disposto a investir em tecnologia”

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Precisamos de uma combinação de métodos. Trazer biológicos, produtos naturais, trabalhar mais a nutrição de plantas, a transgenia. Com todos estes aspectos combinados e articu-lados, teremos uma agricultura mais sustentável e poderemos realmente conseguir alavancar a produção que buscamos. Olhar a saúde da planta como um todo.

Agro Guia – Quais são os planos e projetos de investimentos no Brasil pela FMC? ACZ – Estamos correndo atrás do suplity (suporte) e tenho impressão que isso passa por todo setor. Temos que tomar uma decisão muito rápi-da para criar nossa segunda unidade fabril. Temos uma em Uberaba (MG) e vamos partir para outra. Estudamos ainda a melhor localização, mas de-vemos rasgar o solo e colocar a pe-dra fundamental no início de 2013. Estamos analisando se a construímos em Goiás ou em São Paulo. Pessoal-mente, prefiro o Centro-Oeste, mas infelizmente a guerra fiscal, a situa-ção do ICMS pesa muito ainda. Se-guimos investindo na conveniência para o agricultor, ou seja, combinan-do produtos, fazendo tecnologia que tragam facilidade e rapidez de uso. Estamos olhando e já introduzindo produtos na área biológica e natural. Já temos dois licenciados e prepa-rados, estamos trabalhando para re-gistrá-los, porque serão responsáveis pela nossa entrada nesse segmento. E, certamente, vemos também com muito carinho a parte de nutrição de plantas. É certo que continuamos apostando na parte da química tradi-cional, mas muito mais do que pes-

quisarmos, investirmos na descoberta de moléculas, vislumbramos a aqui-sição de novas moléculas. Adquiri-mos três moléculas nos últimos dois anos, estamos em fase de aquisição de mais duas ou três, e esperamos poder anunciar em breve.

Agro Guia – Como a FMC vê o Brasil no cenário do agronegócio?ACZ – Sem qualquer ufanismo de mi-nha parte, não somente a FMC, mas qualquer companhia que estiver no agronegócio não pode se omitir de es-tar no Brasil. Se você hoje quiser ser uma corporação global, se você quer ser uma empresa forte no ramo do agronegócio, a presença no País é fun-damental. Portanto, a competição vai acirrar cada vez mais no Brasil, porque nós estaremos chamando mais e mais atenção, mas é o lugar certo para estar. Você só tem que entender que o mer-cado brasileiro é grande, tem muitos problemas de logística, requer muito investimento e os prazos de vendas aqui são longos, comparados com ou-tros países. Portanto, precisa estar pre-parado para entrar com um bom capi-tal e trabalhar com um bom capital de trabalho. Certamente, ninguém pode negar, é aqui que as coisas estão acon-tecendo. Deixamos de ser seguidores para sermos líderes.

“ ... estamos olhando também com muito carinho a parte de nutrição de plantas”

Agro Entrevista

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MILHOQuadro positivoSegundo o Mapa (Ministé-rio da Agricultura, Pecuá-ria e Abastecimento), em julho, as exportações de milho totalizaram 1,703 milhão de toneladas e renderam US$ 419,3 mi-lhões, aumento de 529% nos embarques e 431% na receita. No acumulado de janeiro a julho, o vo-lume embarcado cresceu 15% e totalizou 3,503 milhões/t. Já a receita au-mentou 17% e atingiu US$ 888 milhões. O 11º levantamento da Conab (Companhia Na-cional de Abastecimento), divulgado dia 9 de agosto, estima a área cultivada de milho segunda safra em 7,58 milhões de hectares, 23% acima da safra an-terior. Somando aos 7,52 milhões/ha, plantados na primeira safra, a expecta-tiva é de cultivo de 15,10 milhões/ha, 9,4% superior aos 13,81 milhões/ha do período anterior. Segun-do o órgão, o Brasil deve colher 72,78 milhões/t de milho, 26% acima das 57,41 milhões/t obtidos na safra 2010/2011.

SOJAProdução menorO 11º levantamento de safra da Conab estima a produção de soja da sa-fra 2011/2012 em 66,4 milhões de toneladas,

quebra de 11,8% (8,93 milhões/t) em relação às 75.32 milhões/t obtidas na anterior. A produtivi-dade caiu 14,7% no com-parativo, de 3.115 quilos por hectare para 2.656 kg/ha. O resultado negativo é atribuído às estiagens pro-longadas causadas pelo fenômeno “La Niña”. A área cultivada com a ole-aginosa alcançou 25.00 milhões/ha, ante 24,18 milhões/ha, crescimento de 3,4%.

CAFÉColheita alcança 80% Levantamento semanal da Safras & Mercado, até 9 de agosto, dá conta de que a colheita de café da safra brasileira 2012/2013 alcançou 80%. O número indica um atraso em re-lação ao mesmo período do ano passado, quando 88% (safra 2011/2012) já estavam colhidos. Segun-do estimativa da empresa, até a data foram colhidas 43,75 milhões de sacas de 60 quilos, de um total de 54,9 milhões de sacas.

ALGODÃOQueda geralA colheita da safra 2011/2012 de algodão está em andamento e ultrapassa os 40,2%, se-gundo a Conab que pre-vê produção de 4.961,3 toneladas de algodão em caroço (queda de 4,4%

em relação às 5.188,4 mil t na safra anterior) e 1.868,1 mil t de pluma (queda de 4,7% em rela-ção aos 1.959,8 kg/ha em 2001/2011). A expectativa é que a produtividade de algo-dão em caroço alcance 3.554 kg/ha, ante 3.705 kg/ha na safra anterior, retração de 4,1%. Já a produtividade de pluma, está estimada em 1.868,1 kg/ha, ante 1.959,8 kg/ha, queda de 4,7%.

CANA-DE-AÇÚCAR Números positivosDe acordo com o segun-do levantamento da Co-nab, a área cultivada com cana-de-açúcar na safra 2012/2013 está estimada em 8.527,8 mil hectares, ante 8.356,1 mil ha na safra anterior. A produti-vidade média esperada é 69.963 kg/ha, ante 67.060 kg/ha, incremento de 4,3% na mesma compa-ração.A previsão de esmaga-mento de cana para açú-car é de 300,82 milhões/t, 50,42% da previsão de moagem total. A produ-ção de açúcar está esti-mada em 38,99 milhões/t, 8,41% maior que a da temporada passada. A produção de etanol é es-timada em 23,49 bilhões de litros, 3,21% supe-rior à alcançada na safra 2011/2012.

Agro Agricultura/Commodities

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SUÍNOSMercado externo começa a reagirEm junho, segundo a Abipecs (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exporta-dora de Carne Suí-na), o Brasil exportou 43.913 toneladas e fa-turou US$ 108,40 mi-lhões. No mês, as ven-das externas caíram 16,76% em volume e 28,75% em receita, na comparação com ju-nho de 2011. A Ucrânia, com 11.938 t, passou a ocupar a po-sição de primeiro im-portador da carne suína brasileira, seguida pela Rússia (11.623 t) e Hong Kong (7.313 t). De janeiro a junho, o País exportou 268,78 mil t, crescimento de 0,72% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita caiu 6,52%, ficando em US$ 687,35 milhões.

AVESCrescimento moderadoDe acordo com a Secex/MDIC (Secretaria de Co-mércio Exterior/Ministé-rio do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex-terior), em julho, foram exportadas 312.297 tone-ladas de carne de frango, incremento de 1,66%, em relação a junho, e de 0,46% sobre o mesmo mês do ano anterior. No acumulado de 2012, os embarques ficaram pró-ximos de 2,3 milhões/t, expansão de 2,7% em comparação com o mes-mo período de 2011. A expectativa do mercado aponta para embarques

finais em torno do al-cançado em 2010/2011: 4,013 milhões/t.

BOVINOSExportações em alta De acordo com dados da Secex, o volume embarcado de carne bovina in natura cres-ceu 32,6%, de 62,8 mil toneladas para 83,3 mil t no mês passado. A re-ceita cambial somou US$ 377,9 milhões, expansão de 19,5% em relação aos US$ 316,2 milhões de julho de 2011. No entanto, os preços da tonelada ca-íram 9,9%, para US$ 4.536.

US$ 8,3 bilhões foi o valor das vendas glo-bais da Syngenta no primeiro semestre de 2012, 7% acima do re-sultado do mesmo perí-odo do ano anterior.

R$ 7,7 bilhões foi o to-tal movimentado pelos mais de 1.000 distri-buidores de insumos agropecuários ligados à Andav na última safra agrícola.

AGRO NÚMEROS

US$ 200 milhões, total de recursos previsto pela Cargill para construir uma fábrica em Castro (PR), é um dos maiores investimentos da empre-sa no mundo.

Agro Pecuária/Commodities

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Gaúcha nata, criada em Porto Alegre, Elizabeth Obino Cirne-Lima é mais um exemplo de uma das grandes mulheres que fazem a diferença no agronegócio brasileiro. É carinhosamente conhecida como Betty e tem orgulho de sua afi ni-dade com o meio rural. É fi lha de Luiz Fernando Cirne-Lima, ex-ministro da Agricultura, professor de zootecnia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), pecuarista em Dom Pedrito (RS) e renomado jurado da raça Devon pelo Brasil e pelo mundo.

“Minha ligação com o campo vem de casa. Na minha adolescência passa-mos a frequentar a fazenda que meu pai adquiriu, construiu e nos ensinou a respeitar e amar. Foi aí que começou a minha relação mais próxima com o campo” conta. Aos 50 anos, e mãe de dois fi lhos, é formada em ciências biológicas e PHD em bioquímica. Atualmente, atua como professora no curso de Medicina Vete-rinária da UFRGS, também como coor-denadora do laboratório de embriolo-

Paixão pelo campo e pela profi ssão

Por Nathã Carvalho

Agro Produtor/ Agro Per� l

Elizabeth Cirne-Lima é umas das vozes femininas mais respeitas do agrone-gócio brasileiro

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gia e diferenciação celular do Centro de Pesquisa Experimental do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, além de ser produtora rural e vice-presidente da ABCD (Associação Brasileira de Criadores de Devon). Ficou fora de Porto Alegre por quase 20 anos, retornando em 1998, quan-do passou a se aproximar mais da ABCD e do Devon, raça britânica de pelagem vermelha-rubi, tradicional-mente criada nos pampas, uma de suas maiores paixões. “Aprendi a gostar do Devon, devido à atividade de meu pai, que foi difu-sor, criador e jura-do dessa raça nas exposições mais importantes do Brasil e do mun-do” explica. Ela conta que, na associação, ini-cialmente “ado-tada” foi por um dos grandes entu-siastas da raça, o criador João Viei-ra de Macedo Neto, o Macedinho da Cabanha Azul. E também por Carmem Maria Jardim, da Corticeiras Agrope-cuária. Destas relações, surgiram no-vas amizades que possibilitaram ainda mais o envolvimento de Elizabeth com o Devon e a entidade. O apoio e o in-centivo do pai em “envolver” a filha com o meio fizeram toda a diferença, como ela mesma conta. “Meu pai foi e é fundamental na minha vida pessoal e profissional. Aprendi quase tudo liga-do ao campo com ele. É muito difícil crescer ao lado de um homem com a competência, profissionalismo e caris-ma que ele possui.”, diz.

Com o passar do tempo e a proximi-dade cada vez maior com os selecio-nadores de Devon e com o plantel da Estância da Pedreira, em Dom Pedrito, localizada na região da Campanha no Rio Grande do Sul, próximo da frontei-ra com o Uruguai, novos desafios sur-giram. Um deles foi presidir a ABCD, entidade que congrega um bom grupo de vozes femininas envolvidas com as ações voltadas para o Devon. “A ABCD é uma entidade de van-guarda. Não fui a primeira mulher a presidir a associação, pois Carmem Maria Jardim, criadora de destaque

e competência incontestável, já havia me precedi-do”, afirma. “Te-mos hoje várias mulheres criado-ras de Devon, que foram e são im-portantes para a raça. Tanto que na edição da Expoin-ter 2012 criamos um novo prêmio

chamado Chiripá, que vai premiar a melhor expositora dessa raça pela primeira vez”, acrescenta. Hoje como vice-presidente da entida-de, ao lado de Adelar Santarém, que assumiu a ABCD em 2010, Betty não esconde sua paixão e entusiasmo pela raça. “O Devon está em meu sangue. Beleza, para mim, é um campo ver-de com o gado Devon vermelho-rubi (como ele é chamado na Inglaterra) e com alguns cavalos Crioulos”, confes-sa mais uma de suas paixões. “Adoro os cavalos também, pois são minha te-rapia. Crio Crioulos por paixão e para viajar e para rédeas, esporte america-

“Beleza, para mim, é um campo verde com o gado Devon vermelho-rubi e com alguns cavalos Crioulos”

Agro Produtor/ Agro Perfil

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no, que pode ser praticado por pessoas de qualquer sexo e idade, como ama-dores, que é o meu caso.” No entanto, os desafios não pararam por aí. Sua gestão frente à ABCD e sua facilidade de se relacionar com os membros do setor pecuário, principal-mente entre os produtores de genética, resultaram em mais uma missão. Desta vez, a de presidir a Febrac (Federação Brasileira das Associações de Cria-dores de Animais de Raça), entidade que congrega todas as associações de criadores de bovinos de corte e de lei-te, equinos, ovinos, caprinos, suínos, aves, pássaros, entre outros. “Este, sim, foi um grande desafio. Foi algo muito importante pessoalmente, pois além de representar a confiança de meus pares em mim, tive a oportunidade de apren-der muito, e agradeço imensamente a todos que me apoiaram e ensinaram”, revela. Recentemente, Betty encerrou sua gestão frente à Febrac. “Todos sabem que associações e federações de uma maneira geral são descapitalizadas. Assim, junto com a diretoria, realizei muitas ações estruturais, políticas e estabelecemos posições e relações de respeito no meio, o que acredito ter sido o maior legado”, avalia a líder gaúcha que agora pode dedicar maior atenção à sua criação e à sua profissão.Como cidadã gaúcha, Betty orgulha-se de suas raízes e das características dos seus conterrâneos. “O povo gaúcho é resultado de muitas culturas. Inventivi-dade e dedicação são marcas de nosso caráter. E estas características moldam, de uma maneira geral, pessoas muito competentes”, destaca. A posição do Estado no agronegócio e como grande celeiro de carne de qua-

lidade também é lembrada por ela. “No Rio Grande do Sul produzimos a melhor carne bovina do Brasil. Partici-pamos também da cadeia produtiva de aves e suínos de forma muito importan-te, auxiliando o País a se destacar como o maior produtor e exportador de pro-teína animal do mundo. Além disso, na agricultura temos em alguns setores os produtores mais inventivos e competen-tes do País e do mundo, transformando as adversidades em eficiência”, finaliza.

Agro Produtor/ Agro Per�l

“Meu pai foi e é fundamental na minha vida pessoal e profissional. Aprendi quase tudo ligado ao campo com ele”

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Agro Agricultura/Sustentabilidade

O Dia Nacional do Campo Limpo, instituído no ca-lendário brasileiro em 18 de agosto, por meio da Lei Federal 11.657 de 16 de abril de 2008, atesta o sucesso do Sistema Campo Limpo (logística reversa de embalagens vazias de agrotóxicos) como modelo em solução ambiental ecoefi ciente. A iniciativa reú-ne agricultores, canais de distribuição e fabricantes, representados pelo Instituto Nacional de Processa-mento de Embalagens Vazias (inpEV).Desde a sua criação, o sistema possibilitou que 250 mil toneladas de CO2 equivalente deixassem de ser emitidas no meio ambiente. “Esse ganho equivale a uma economia de 571 mil barris de petróleo ou 111 milhões de metros cúbicos de gás natural”, explica João Cesar M. Rando, diretor-presidente do inpEV. Rando acrescenta que o Brasil é o país que destina percentualmente mais embalagens plásticas entre os que possuem sistemas semelhantes. Atualmente, 94% das embalagens plásticas são devolvidas pelos agricultores brasileiros. Nos Estados Unidos, esse porcentual é de 30%; no Japão, 50%; no Canadá, 60%; na França, 65%; e, na Alemanha, 76%.Após a devolução, boa parte das embalagens entre-gues nas mais de 400 unidades de recebimento es-

palhadas pelo país é re-ciclada, dando origem a outras embalagens ou materiais para constru-ção civil.Nos últimos 10 anos fo-ram investidos mais de R$ 500 milhões no pro-grama de descarte de embalagens. A indús-tria (representada pelo inpEV) contribuiu com mais de 85% desse valor.O inpEV foi fundado em 14 de dezembro de 2001 e, atualmente, congrega 91 empresas e 10 entidades. Foi criado pela indústria fabrican-te de agrotóxicos, com o objetivo de realizar a gestão pós-consumo das embalagens vazias de seus produtos, de acordo com a Lei Fe-deral nº 9.974/2000 e o Decreto Federal nº 4.074/2002. (BM)

Brasil é campeãoEm logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas, país é referência mundial

Central de recebimento de embalagens

João Cesar M. Rando, diretor-presidente do inpEV

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Um dos fatores responsáveis pela que-da da produção e da produtividade dos canaviais é a sua renovação, cujo défi cit já está acumulado em mais de 35%. O ideal, segundo especialistas, seria que as plantações tivessem entre cinco e seis ciclos de colheita e, depois, fossem reno-vadas, mas algumas lavouras já comple-taram 11 anos.Na região Centro-Sul, maior produtora nacional (532 milhões de t), segundo a Conab (Companhia Nacional de Abas-tecimento), a Datagro (Consultoria de etanol e açúcar) estima que a taxa de re-novação da cana foi menor que a média dos últimos 20 anos, cerca de 16,3%.Nos anos de 2006 e 2007 houve um for-te investimento na expansão da área de cana. O refl exo veio em 2008, quando em plena crise fi nanceira mundial as usi-nas não tinham recursos para estocagem. O etanol entrou no mercado e provocou queda nos preços e aumento no consu-mo. A partir daí, os produtores não ti-nham dinheiro para renovar os canaviais.

Canavial envelhecidoResultado: queda de produtividade e prejuízo para o setor

Faltam investimentosNo entender de Ismael Perina, presidente da Orplana (Associação dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil), a quebra de produtividade dos canaviais refl ete a falta de investimentos pós 2008, principalmente pela falta de renda do produtor. “Teríamos que reformar prati-camente numa safra, 38%, o que não vai ser feito, pois comprometeríamos demais a safra do próximo ano. Isso será feito de maneira criteriosa, ao longo de três ou quatro safras. Se não faltar investimentos essa correção estará complementada em três ou quatro anos”, diz Perina. Segundo o pesquisador do Instituto Agro-nômico de Campinas (IAC), Júlio César Garcia a renovação deveria ser feita em torno de 20%, a cada ano, ou seja, ao longo de cinco anos toda a área seria renovada. “Fazendo um cálculo grossei-ro, a renovação total na safra 2012/2013 deve alcançar 956.375 ha dos 8.567,2 mil ha cultivados atualmente, aproxima-damente, 11,16 %. Dessa forma, estamos

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Agro Agricultura/Safra

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deixando de renovar 8,8 % da área, que daria algo em torno de 753.913 ha. Con-siderando que um canavial novo pro-duza cerca de 120 t/ha e uma queda de produtividade de 50%, em razão da não renovação ao longo dos ciclos, essa pro-dutividade cairia para cerca de 60 t/ha. Ou seja, uma diferença de 60 t/ha, multi-plicado por 753.913 ha, chegou perto de 45, 2 milhões de t, ou 3,5 bilhões de litro de etanol, ou 896 milhões de sacas de 50 kg de açúcar”, exemplifica Garcia.Perina atribui essa grande dificuldade à falta de renda do produtor por três sa-fras consecutivas, o que historicamen-te não havia presenciado em mais de 30 anos de atividade neste setor. “Os reflexos da falta de rentabilidade são externados ao campo no médio prazo, pois se trata de uma cultura de ciclo semi perene. A cana-de-açúcar tem sua formação de custo baseada nos valores do açúcar e etanol, e o comportamento dos preços, principalmente do etanol. Ao longo de vários períodos, foram bai-xos e impediram de remunerar a cana--de-açúcar de maneira adequada.”No início desse ano, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econô-mico Social), lançou o programa Prore-nova, com orçamento de R$ 4 bilhões, para estimular a renovação e ampliação dos canaviais. Na época, o diretor-exe-cutivo da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Eduardo Leão, decla-

rava à imprensa que, apesar das inicia-tivas serem incentivadoras ao crédito, havia necessidade de medidas para melhorar a competitividade do setor, que vinha perdendo espaço nos últi-mos cinco anos, por conta do crescen-te custo de produção.

Fator limitanteDe acordo com Edgar Beauclair, pro-fessor do Departamento de Produção Vegetal, Planejamento e Produção de Cana, da Esalq/USP (Escola Supe-rior de Agricultura Luiz de Queiroz / Universidade de São Paulo), o princi-pal fator limitante é financeiro, falta investimento no setor. A ausência de políticas públicas claras para a matriz energética do país inibe novos aportes de investimentos na cadeia de produ-ção, especialmente na área agrícola, onde os investimentos têm baixa TIR (Taxa Interna de Retorno), mas funda-mentais, para a sustentabilidade do negócio a médio e longo prazo. “Existe ainda novos empecilhos técni-cos que demandam investimentos em pesquisa dos sistemas de produção mecanizados, baseados em projetos antigos e importados”, comenta Edgar. Para atender a demanda das usinas, segundo o professor, é necessária uma política clara de longo prazo para o se-tor e o país, o que garantiria segurança aos investidores.

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Julio César, pesquisador do IAC

Edgar Beauclair, professor da Esalq/USP

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Agro Agricultura/Safra

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Você sabia que...O governo do Estado do Rio Grande do Sul lançou um pro-grama estadual de expansão da agropecuária irrigada?

O Programa Mais Água, Mais Renda busca alternativas para garantir maior estabilida-de na produção agropecuária, devido às frequentes estiagens que assolam o terri-tório gaúcho. Nos últimos 10 anos, houve o comprometimento de 70% no potencial produtivo das lavouras da região, fazen-do com que a necessidade de irrigação suplementar às culturas variasse de 80 a 300 mm. Dos 429,9 mil estabelecimentos agrícolas existentes no Estado, apenas 26,8 mil utilizam algum tipo de irrigação, signi-fi cando apenas 6,2%. O Programa se encaixa nos objetivos da Administração Pública Estadual que visa ampliar a área irrigada pelos pro-dutores gaúchos a fi m de aumentar a produtividade, a produção e a renda no campo, atendendo à necessidade crescente pela produção de alimentos.

Público AlvoTodos os agropecuaristas do Estado do Rio Grande do Sul que se comprometerem a adotar ou ampliar sistemas de produção irrigados em áreas de sequeiro. (34) 3318.9000 | www.pivotvalley.com.br

Benefícios do Programa• Agilidade no Licenciamento Am-

biental e Outorga do uso da água para açudes até 10 ha e áreas irri-gadas até 100 ha;

• Incentivo fi nanceiro para a im-plantação e/ou ampliação do uso de sistemas de irrigação (açudes e equipamentos para aspersão, sul-cos e gotejamento).

Um grande exemplo a ser seguido pelos outros Estados. Para mais informações sobre como participar do programa e seus benefícios, acesse o site http://www.agricultura.rs.gov.br/.

Média de Produção nos últimos 10 anos no Rio Grande do Sul

Milho Soja Feijão

Áreas não irrigadas

3.486(kg/ha)

2.051(kg/ha)

1.009(kg/ha)

Áreas irrigadas

até 12.000

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até3.800

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até2.600

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Agro Política

Um Programa de Recuperação Fiscal (Refi s) para os pequenos e médios frigorífi cos em difi culda-des fi nanceiras foi defendido por Francisco Maia, presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) e da Fenapec (Frente Na-cional da Pecuária), na Câmara Federal, dia 7 de agosto. A iniciativa foi realizada pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvol-vimento Rural, durante audiência pública sobre a cadeia produtiva de bovinocultura de corte. Convocada pelo deputado federal Homero Pereira (PSD-MT), presidente da Fenapec, a audiência ser-viu para mostrar que há consenso sobre a necessi-dade urgente da criação de um conselho paritário (o proposto Consecarne pela Fenapec) e também desenvolver campanhas de marketing para esti-mular o consumo da carne vermelha, além de um programa nacional de tipifi cação de carcaças.Segundo Maia, esta foi a primeira vez que a ca-deia produtiva da pecuária levou, de forma or-ganizada, suas reivindicações para Brasília. O

presidente da Acrissul criticou a concentra-ção no setor, com gran-des grupos dominando o mercado. “Toda con-centração de mercado é perversa. Leva ao monopólio”, alertou. A denúncia de mono-pólio de frigoríficos foi encaminhada no fim de junho deste ano pela Fenapec ao Cade (Conselho Administra-tivo de Defesa Econô-mica, do Ministério da Justiça). Em julho, atra-vés de investigações, o órgão decidiu brecar a aquisição de frigorífi-cos pelo grupo JBS nos Estados do Acre, Ron-dônia e Mato Grosso. O presidente do Grupo JBS S.A.-Friboi, Wesley Mendonça, manifestou seu apoio à criação do Consecarne e também de um programa nacio-nal de tipifi cação de car-caças. O Brasil tem 1,5 mil abatedouros. O Gru-po JBS tem 45 unidades e, este ano, criou uma di-retoria de relacionamen-tos para aproximar mais o pecuarista do frigorífi -co. “É preciso, a exemplo do que ocorre nos EUA, criar um seguro para evi-tar que o pecuarista leve calote de indústria”, de-fendeu. (PR)

Setor de Carne leva propostas a BrasíliaUma das reivindicações é a criação de um conselho paritário

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Francisco Maia, presidente da Acrissul

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Aurora, um negócio de R$ 3,8 bilhões

Por Béth Mélo

Referência como agroindústria de alimentos, cooperativa tem presença marcante nos mercados brasileiro e internacional

Com um mix de 800 produtos, en-tre carnes de aves e suínos, lácteos e massas, além de uma linha de nutri-ção animal, a Coopercentral Aurora Alimentos completou 43 anos com crescente participação no mercado nacional. Já é uma das maiores do segmento e ocupa posição destaque entre os grandes grupos agroindus-triais do país.O conglomerado reúne 13 cooperativas singulares que, no conjunto, representam mais de 60 mil produtores rurais. Sua sede fi ca em Chapecó (SC) e, no total, possui sete unidades industriais para pro-cessamento de suínos e cinco para aves, quatro fábricas de rações, uma indústria de lácteos, de onde saem as marcas Au-rora, Aurolat, Nobre e Peperi.Além disso, conta com dez unida-

des de ativos biológicos (granjas de reprodutores suínos e matrizes de aves, incubatórios e silos), uma de disseminação de genes, nove unida-des comerciais e 100 mil pontos de vendas no País. A Aurora nasceu, em 1969, da reunião de oito cooperativas agrícolas. Ao orga-nizar-se, em nível regional, e oferecer escala, criou as bases para a industria-lização da produção dos associados das cooperativas fi liadas. Segundo o presidente da Aurora, Mário Lanznaster, a determinação dos diri-gentes – liderados pelo pioneiro Aury Luiz Bodanese – resultaram em uma estrutura agroindustrial capaz de absor-ver, transformar e conquistar mercado para essa produção. “Os números im-pressionam. São 3,8 bilhões de reais de

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Agro Cooperativismo

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faturamento anual, 15.645 empregos diretos, 3,5 milhões de suínos e 142,4 milhões de aves abatidos anualmen-te”, destaca. E acrescenta: “o Sistema Aurora (o conjunto da Coopercentral e as cooperativas filiadas) contribui com 22.000 empregos diretos e R$ 8,2 bi-lhões de faturamento”.De acordo com Lanznaster, a empresa possui capacidade de abate diário de 14 mil suínos e 600 mil aves e proces-samento de 1,6 milhão de litros de lei-te/dia. Além disso, mantém, no cam-po, plantéis permanentes de 800 mil suínos e 19 milhões de frangos. Sua base produtiva é formada por 9.000 produtores de leite, 3.600 criadores de suínos e 1.800 criadores de aves.“Além de proces-sar a matéria-pri-ma gerada pelos quase 59.000 pro-dutores rurais as-sociados às coope-rativas, garantindo renda e mercado, a Aurora tornou-se uma agroindús-tria de alimentos, e não apenas de produtos cárneos, com marcante inserção nacional e crescente participação no comércio internacional”, observa. E acrescen-ta que essa nova visão, formatada no planejamento estratégico da empresa, manifestou-se, concretamente, com a diversificação do mix de produção e o lançamento das linhas de lácteos e pizzas, entre outras ações.

Evolução dos númerosEm 2011, a Aurora obteve resultado líquido de R$ 138,9 milhões. O mer-

cado interno teve importância funda-mental na composição dos resulta-dos, com 84,5% da receita: R$ 3,290 milhões, uma evolução de 22,8% em relação ao ano anterior. “Convergi-ram para esses esforços o controle do planejamento comercial, alinhado ao atendimento logístico operacional e à produção de qualidade, referencia-da em 76 lançamentos e no mix com mais de 800 produtos alimentícios”, justifica o presidente.Entre os lançamentos de 2011 estão batatas fritas congeladas, pratos pron-tos, empanados de frango, hambúrguer, cortes salgados suínos, cortes de frango, peito de blesser recheado (frango), lei-

tes UHT, leite em pó, queijos, bebidas lác-teas e requeijão. As exportações ren-deram R$ 599,4 mi-lhões, crescimento de 30,5% e 15,41% da receita global. Os embarques au-mentaram 18,3% e totalizaram 122.389 toneladas.

Nutrição animalNa área de nutrição animal, a produção de rações, núcleos e concentrados para aves e suínos cresceu 20,6% e atingiu 1 milhão de toneladas em 2011 e fatu-rou R$ 56,7 milhões. Também entrou na área de nutrição de bovinos de leite com o lançamento das linhas de núcleos e de premix Top Aurora Leite. Os novos pro-dutos atendem à demanda crescente ba-cia leiteira de Santa Catarina, que conta com mais de 60 mil propriedades rurais. “Embora iniciante, a participação da Aurora nesse segmento é promissora.

São 15.645 empregos diretos, 142,4 milhões de aves e 3,5 milhões de suínos e abatidos anualmente

Agro Cooperativismo

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Especificamente na linha de nutrição de bovinos leiteiros, estamos retoman-do a participação em um processo in-tegrado da cadeia leiteira que vai do campo à indústria, visando à qualidade máxima dos produtos, a segurança ali-mentar e a agregação de valor para os associados”, anuncia o presidente.

InvestimentosA Coopercentral Aurora Alimentos planeja construir uma indústria de processamento de aves em Canoi-nhas, no planalto norte catarinense, a partir de 2015. Estão previstos R$ 427 milhões em investimentos diretos. “O complexo avícola terá indústria, incu-batório, granjas-matrizes e fábrica de rações. Pretendemos abater 300.000 aves por dia”, prevê.Outro investimento, de R$ 40 milhões, destina-se à reabertura da indústria de abate de suínos em Joaçaba, inaugura-da em 2002, que teve suas atividades paralisadas em 2009, em consequência da crise financeira internacional. Os recursos vão duplicar a capacidade de abate de 1.100 para 2.200 suínos/dia, com a instalação de sala de cortes para exportação, e ampliar a capacidade de congelamento. A abertura está prevista para o fim 2013. Difusora de conhecimentoA Aurora tem atuado como difusora do conhecimento científico, garantindo o acesso do pequeno produtor aos avan-ços da pesquisa agropecuária. “Graças ao cooperativismo, o campo incorpo-rou novas tecnologias, diversificou as atividades, tecnificou a agricultura e outras explorações pecuárias, adquiriu mais máquinas e equipamentos, auto-

móveis e utilitários, móveis e eletrodo-mésticos. Também garantiu assistência técnica em todas as propriedades ru-rais, proporcionou habitação e sanea-mento”, ressalta Lanznaster.Para ele, a declaração pela ONU (Organização das Nações Unidas) de 2012, como Ano Internacional das Cooperativas, representa o re-conhecimento mundial de que essas organizações podem construir uma sociedade mais justa, sem os defeitos do capitalismo e do socialismo. “Nos municípios onde as cooperativas atu-am, o IDH é mais elevado, logo, são o caminho viável e possível para uma vida melhor. Além disso, os princí-pios cooperativistas podem ser a base ética de uma sociedade moderna, li-vre e pluralista”, analisa.

Mário Lanznaster, presidente da Coopercentral Aurora Alimentos

Agro Cooperativismo

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A agricultura registrou nas últimas se-manas uma das maiores mudanças de cenário dos últimos anos. Uma onda de calor e o clima muito seco na prin-cipal região agrícola do mundo alterou a perspectiva do mercado de grãos para este e, provavelmente, para os próximos anos também.O cenário mudou radicalmente de situação em junho. Como foi ampla-mente divulgado, os agricultores ame-ricanos semearam uma área recorde de milho entre abril e maio, período ideal para uma boa produtividade. As perspectivas à época apontavam para um rendimento também recorde e uma supersafra que alterava a situa-ção de escassez dos últimos anos.A década passada vivenciou uma nova realidade. O consumo de grãos e proteínas pelo crescimento da renda e combustíveis alternativos se depa-rou com duas dificuldades da oferta. A primeira é um certo esgotamento dos benefícios tecnológicos sobre a produtividade, cujo crescimento anu-al desacelerou. O segundo, que segue pairando sobre o mercado, é a mu-dança climática e as quebras de safra.A mudança climática afeta a agricultura pela maior variabilidade do clima. Esta-ções muito quentes ou frias e alterações na chuva dificultaram o aumento da oferta na última década. A sequência de quebras de safra em várias regiões em

2008, 2010 e novamente agora compro-meteu a oferta e reduziu os estoques, ao mesmo tempo em que a incerteza climá-tica aconselha estoques maiores.O desejo de maiores estoques enquanto choques os reduzem a cada ano coloca um duplo desafio para a oferta. A agri-cultura terá de atender tanto ao aumento do consumo, como à recomposição e a expansão dos estoques para a segurança alimentar. Os países importadores de ali-mentos se sentem expostos aos choques de oferta e consequentes restrições às ex-portações dos produtores.As explicações para a onda de calor nos Estados Unidos vão desde a simples im-previsibilidade até ao aumento da ativi-dade solar precedente ao choque, cujas ondas de calor na direção da Terra teria encontrado a atmosfera alterada pela ra-diação remanescente do acidente nucle-ar de Fukushima, um ano antes.O real motivo importa menos para as consequências de curto prazo. As es-timativas de produtividade em junho apontavam para 166 bushel/acre (cerca de 175 sacas/ha), o que resultaria numa safra de 370 milhões de toneladas. Esta safra seria capaz de retirar os estoques de seu mínimo (cerca de 5% do uso) para próximo de 15%, um patamar confor-tável e próximo da mediana das últimas décadas, uma mudança e tanto.A última estimativa apontou para 123 bushel/acre (130 sacas/ha), o que reduz a

O clima e os preços

Informe Agro Econômico

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safra para algo como 275 milhões. A per-da de safra obriga a redução do consu-mo e exportações americanas de modo evitar que os estoques se aproximem de zero na passagem para a próxima safra.Os efeitos sobre o preço foram ime-diatos. O preço a vista do milho pas-sou de US$ 4,50/bushel em junho para atuais US$ 6,85, enquanto os contratos futuros apontam para US$ 8,25 nos próximos meses (R$ 39,50/saca). O período de preços elevados será extenso, pois o atendimento da demanda para a recuperação e au-mento dos estoques exige uma oferta extra que não se produz em uma safra.A cultura do milho representa algo como a metade da produção global de grãos e oleaginosas, sendo que os Estados Unidos respondem por 1/3 da produção de milho. A alta do milho por um período tão extenso eleva o preço de outras culturas, como a soja e o trigo, daí o choque atual influen-ciar o mercado agrícola global por um período de dois anos, ou mais.O preço da soja, em alta desde o pri-meiro semestre pela quebra de safra no Brasil e Argentina, subiu ainda mais pelo efeito da alta do milho e pela per-da potencial na safra de soja americana, também exposta em menor medida ao choque climático.Os primeiros efeitos no Brasil se concen-traram na alta do preço. A coincidência do choque com a colheita da 2ª safra de milho (safrinha), cujo recorde de oferta cresceu 40% sobre o ano passado, limi-tou a alta do milho. O milho subiu cer-ca de 40% no Sul e Sudeste e menos de 20% no Centro-Oeste, onde se colheu a maior parte da 2ª safra.A diferença de cotações entre o Brasil e o exterior vai aumentar nossas ex-portações, concentradas entre agosto e fevereiro quando exportamos 7,5 milhões dos 9 milhões de toneladas

exportados ano passado. Uma possi-bilidade é o volume crescer dois ter-ços e atingir US$ 4 bilhões, contra va-lores de US$ 2,5 bilhões nos últimos dois anos. O preço doméstico deve, portanto, voltar a subir na medida em que a exportação reduza o excesso de oferta e o diferencial de preço.O efeito mais relevante vai aparecer na próxima safra, a ser plantada en-tre outubro e novembro. O aumento da área e a perspectiva de restabe-lecimento da produtividade na soja devem levar a crescimento acima de 15% para soja e por volta de 10% para o milho. O preço favorável pode levar a crescimento ainda maior.Uma característica do clima é a falta de relação entre o hemisfério norte e o sul. O clima esperado para a América do Sul possui o fator de incerteza do fenômeno El Nino, caracterizado por temperaturas elevadas e chuvas irregulares, mas as li-nhas gerais apontam para um clima fa-vorável à agricultura, em especial no Sul e no Centro-Oeste, onde se concentra a produção brasileira.A mudança súbita de cenário entre junho e agosto mostra como o clima deixou a agricultura exposta ao imponderável. Uma resposta do mercado de grãos foi a criação de um prêmio permanente nos preços agrícolas como compensação pelo risco. A materialização do maior risco de todos – um choque climático nos Estados Unidos – criou um prêmio adicional que deve durar mais de uma safra: o prêmio da escassez de oferta e de estoques diante da necessidade de elevar a segurança alimentar.

Para outros relatórios e informações acesse: [email protected]

Informe Agro Econômico

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Rehagro• Produção de Cana como Volumoso, de 1/9 a 1/10, pela internet. Tel. (31) 3343-3800, e-mail: [email protected]• Gestão de Índices e Metas em Pecuária de Leite, 1/9 a 1/10, pela internet. Tel. (31) 3343-3800, e-mail: [email protected]• Gestão na Cafeicultu-ra, em Varginha (MG), a partir de 14/9. Destinado a proprietários, gerentes e técnicos agrícolas. Tel. (31) 3343-3800, e-mail: [email protected]

Agripoint• Programas de Certi-ficação na Pecuária de Leite, online, de 10/9 a 5/11, para produtores e consultores. Tel. (19) 3432-2199, e-mail: [email protected]

Centreinar• Armazenamento de Grãos, de 10 a 14/9, em Viçosa (MG). Tel. (31) 3891-2270/ 3891-8380, e-mail: [email protected]

• Gerenciamento de Unidades Armazenado-ras, Viçosa (MG), de 17 a 21/9. Tel. (31) 3891-1943 / 3999-2783

Embrapa• Atualização em Pecuá-ria de Leite, de 11 a 14/9, na Embrapa Gado de Lei-te, em Coronel Pacheco (MG). Para profissionais de ciências agrárias, ex-tensionistas de institui-ções públicas e empresas privadas e estudantes. Tel. (32) 3249-4910

Safras & Mercados • Análise Fundamen-tal e Gestão Estratégica na Comercialização do Algodão, Cuiabá (MT), 12/9. Tel. (51) 3224-7039 / 3224-9170

• Gestão Esatratégica na Comercialização de Café, 19/9, Vitória (ES), para profissionais liga-dos ao agronegócio café e investidores. Tel. (51) 3224-7039/ 3224-9170

• Introdução à Análise Fundamental e Técnica de Futuros e Opções voltadas para a Comercialização de Soja, 19 e 20/9, em Goiânia (GO). Tels. (51) 3224-7039 / 3224-9170

SR Capacitação • MBA em Mercado de Capitais e Derivativos com ênfase no Agronegó-cio, parceria entre a Uni-versidade Presbiteriana Mackenzie e a SR Capa-

citação, em Cuiabá (MT). Para profissionais que buscam se destacar no mercado financeiro. Tel. (65) 3322-2020, e-mail: [email protected]

Centro de Citricultura Sylvio Moreira/IAC• 8º Curso de Doenças dos Citros e seu Manejo, 25 a 27/9, Cordeirópo-lis (SP). Tel. (19) 3546-1399, www.centrodeci-tricultura.br; [email protected]

Funep. IX Curso de Atualiza-ção em Avicultura para Postura Comercial, 12 a 14/9, Campus da Unesp, Jabotica-bal (SP). Informações com Ekenr ou Laísa, tel. (16) 3209-1303, e--mail: [email protected] / site:www.funep.org.br/eventos,

Associação de Agricultura OrgânicaAgricultura Orgânica: Conceitos e princípios, principais práticas, co-mercialização e mer-cado (curso/treinamen-to), 29/9, Parque da Água Branca, São Pau-lo (SP). Tel. (11) 3875-2625, e-mail: [email protected] / site: www.aao.org.br

Confira as oportunidades de cursos de capacitação, treinamento e especialização - setembro

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