revista gir leiteiro | ed. maio 2010

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Mídia impressa sobre a raça zebuína Gir Leiteiro.

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I niciamos o ano de 2010 com grande expectativa sobre os acontecimentos com o Gir Lei-teiro. Será um ano muito espe-

cial para todos aqueles compromis-sados com esta raça.

Em setembro, dia 17, completam-se 30 anos da existência da ABCGIL. O objetivo expr esso na ata inaugu-ral foi o de buscar, com metodologia

científica, o melhoramento genético da raça Gir na função para produção

de leite.Além da paixão pela criação de uma

raça zebuína, estava naquele ato sendo em-pregada a razão pelo desenvolvimento econô-

mico e social; a busca da melhoria na produção de um alimento básico para nós humanos.

Este ano completam-se, também, 25 anos do Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro – PNMGL, parceria

conduzida pela ABCGIL e Embrapa Gado de Leite.São 25 anos de trabalho ininterrupto de provas zootécnicas atreladas à

pesquisa científica. Por tudo o que já foi realizado, pelos recursos empregados,

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Silvio Queiroz PinheiroPresidente da ABCGIL

resultados já obtidos e, principalmente, pelo que representa hoje o Gir Leiteiro para a pecuária leiteira mundial, temos muito que comemorar.

Os fatos e números demonstram que o objetivo fundamental dos idealizadores e fundadores da Associação foram plenamente atingidos.

Este ano de 2010, portanto, será também um ano de comemorações.E dentre todas as ações que compõem a agenda comemorativa, a mais importante é a intensificação do

trabalho em prol da continuidade do melhoramento genético e, em especial, da sustentabilidade do Gir Leiteiro. Este é o nosso compromisso.

Para as demais ações festivas foi elaborada uma programação que será, em breve, levada ao conheci-mento de todos.

Como parte destas ações, passamos ter a edição semestral da nossa revista, divulgando o que há de melhor em nosso meio.

E nesta edição de agora, encontramos manifestações importantes sobre o trabalho realizado pela ABCGIL e pela Embrapa, onde podemos destacar as entrevistas com o Dr. Márcio, presidente da Organi-zação das Cooperativas Brasileiras – OCB, e do Dr. Duarte Vilela, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite. Em ambas as entrevistas, evidencia-se a importância do trabalho desenvolvido até aqui, demonstrado nas demais matérias e artigos que completam a revista.

Com tudo isto, justifica-se a grande expectativa criada em torno do Gir Leiteiro para 2010.O que realmente nos impulsiona ao trabalho é o desafio posto pela possível questão: qual será a raça

bovina que estará produzindo leite para o consumo da população humana no futuro?Como resposta imediata eu posso afirmar: a ABCGIL está trabalhando para que seja o Gir Leiteiro. Boa Leitura e Feliz ABCGIL 30 anos.

Palavra do PRESIDENTE

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Em setembro de 2010, a Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro completa 30 anos. Nessas três décadas, a raça tornou-se referência mundial na produção de leite nos trópicos. Cada gestão deixou sua contribuição para o fortalecimento do Gir Leiteiro.

Sumário

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Conheça a história do Programa que já testou, em seus 25 anos, 186 touros.

PARCIAIS DO 2º RANkING NACIONAL DA RAçA GIR LEITIRO 2009 / 2010.Desde o início do Ranking, a ABCGIL já realizou 21 exposições nas principaisFeiras Agropecuárias.

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Márcio Lopes, dirigente da Organização das Coopera-tivas Brasileiras, fala sobre saber administrar a abundância e do cooperati-vismo.

Duarte Vilela, chefe-geral da Embrapa, fala sobre a importância das parcerias entre a entidade e a ABCGIL. O produtor será o maior beneficiado.

ntrevistas E

Capa

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ABCGIL, 30 anosLeite. O nosso presente, passado e futuro.

E25 anos

de melhoramento do Gir Leiteiro

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CURTAS DA ABCGIL

PÁGINAS BRANCAS ENTREVISTA

CAMPO TÉCNICO A PROVA DE PRÉ-SELEçÃO DE TOUROS

O PNMGL NA PRÁTICA MARCHA DE EXPANSÃO

LEITE AFORA FEILEITE 2009

CAPA ABCGIL, 30 ANOS,

HORA DA PROVA RANkING 2009 / 2010

ANO 10 – NÚMERO 10 – MAIO DE 2010

A ABCGIL não pára. Saiba tudo o que acontece com a Associação.

Márcio Lopes, da OCB, fala sobre a importância da administração no cooperativismo.

O PNMGL avança com mais uma ferramenta.

Parcerias ampliam atuação do Programa.

O Gir Leiteiro avança com novos recordes na raça

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PERFIL DUARTE VILELA

TECNOLOGIA NO CAMPO GESTÃO DE SISTEMAS DE PRODUçÃO DE LEITE

HORA DA GESTÃO CAZAL

HORA DO MANEJO BEM-ESTAR

HORA DE NUTRIR SUPLEMENTAçÃO ANIMAL

ESPECIAL 25 ANOS DE PNMGL

ARTIGO TÉCNICO CERTIFICADO DE QUALIFICAçÃO GENÉTICA

BATE- PAPO NA COCHEIRA UMA FAMÍLIA CAMPEÃ

ENCHENDO O BALDE ESPERTEZA PREMIADA

E AINDA:

LISTA DE ASSOCIADOS DA ABCGIL.......................... AGENDA DE EXPOSIçÕES 2010 .....................

Leite. O nosso presente, passado e futuro.

Chefe-geral da Embrapa fala sobre a parceria com a ABCGIL.

Associação cria sua primeira filial no Centro Experimental de Coronel Pacheco.

A super ferramenta de seleção da ABCGIL.

Pequenos cuidados proporcionam fartura de leite.

Quando e por que usar?

25 anos de melhoramento do Gir Leiteiro.

Crescimento contínuo de animais em pista e torneio leiteiro.

Entenda porque sua fazenda precisa desta ferramenta.

Conversamos com seo Leonídio, Leo e Bruno da Fazenda Mutum.

Flávio Peres conta um de seus causos no mundo do Gir Leiteiro.

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HORA DO MARTELO MERCADO AQUECIDO

Raça se prepara para repetir o sucesso de 2009.

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HORA DA SAÚDE EXCESSO DE URÉIA NA CANA INTOXICA

Como evitar e tratar a intoxicação.

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LEITE ENTRE LETRAS QUER PAGAR QUANTO?

Rafael Veloso responde algumas perguntas sobre o mercado do Gir Leiteiro.

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Quem acontece na pecuária leiteira.

86

152144

Lançamento da nova revista Gir Leiteiro.

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HORA DO CRIADOR GIR LEITEIRO X ALTA TECNOLOGIA

Automatização da sala de ordenha e otimização dos resultados.

90GALERIA DE FOTOS

Tá todo mundo lendo a nova revista Gir Leiteiro.

126GALERIA DE FOTOS

GALERIA DE FOTOS

LEITE NO MUNDO CONGRESSO PAN-AMERICANO DO LEITE

Desafios e rumos para o setor.

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Finalmente chegamos à ExpoZebu, palco do lança-mento da edição do primeiro semestre da revista Gir Leiteiro, compromisso assumido pelo Grupo Publique para com a ABCGIL, Associação Brasileira

dos Criadores de Gir Leiteiro, quando nos propusemos a editar a revista.

Compromisso assumido. Compromisso cumprido. O Gir Leiteiro e seus criadores receberão, em 2010, duas edições da nossa revista: esta e a próxima, que irá circu-lar na FEILEITE. Editá-la duas vezes por ano não é tarefa das mais fáceis, mas seguramente é uma missão impor-tante dentro da linha de trabalho da Publique Editora, concebida para o Gir Leiteiro.

Nestes seis meses de preparação, trabalhamos muito, pegamos estrada demais. Poeira, chão e porteira foram o dia a dia de uma equipe focada em produzir leitura de qualidade especialmente para você, criador de Gir Leiteiro ou com interesse nas coisas do leite. Nossos jor-nalistas, fotógrafos e demais colaboradores trabalharam duro para fazer desta edição um produto ainda melhor e mais aprimorado que o anterior, que foi motivo de orgu-lho para todos.

Também pudera. Estamos festejando o aniversário de 30 anos da ABCGIL, num ano em que a raça come-mora crescimento e expansão em todos os seus números. Tudo isso, tenho dito, é a colheita farta daquilo que foi plantado pelos pioneiros do leite no Gir. Lá na década de 30, com o início dos trabalhos das marcas CA e FB. Mais tarde, com o estabelecimento das hoje consagradas marcas Calciolândia, Fazenda Brasília e Estância Silvania. Essas marcas foram pioneiras e nos legaram uma história bem-sucedida para contarmos às gerações

Márcia MirandaPRODUçÃO GRÁFICA

Luciano Penha BolognesiAPOIO CRIATIVO

Marli CoimbraATENDIMENTO

Rafaela FerrazCOLABORADORA

Zzn PeresFOTOS

Gleice BoaventuraMÍDIA

Força da marca, o sucesso da seleção Gir Leiteiro

Priscila BastazinCOLABORADORA

Juliana LaterzaAPOIO CRIATIVO

Andreia BarroCOLABORADORA

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Associação Brasileira dos Criadores de Gir LeiteiroSede: Pç. Vicentino Rodrigues da Cunha, 110 – Pq. Fernando Costa

CEP 38022-330 - Uberaba/MGEscritório Técnico: Av. Edilson Lamartine Mendes, 215 – Pq. das Américas

CEP 38045-000 – Uberaba/MG – Brasil . (34) 3331-8400www.girleiteiro.org.br • [email protected]

DIRETORIA EXECUTIVADiretor Presidente: Silvio Queiroz Pinheiro

Diretor Vice-Presidente: Lúcio Rodrigues GomesDiretor de Marketing: Milton de Almeida Magalhães Júnior

Diretor Administrativo/Financeiro: José Afonso Bicalho Beltrão da SilvaDiretor Técnico: Aníbal Eugênio Vercesi Filho

CONSELHO DIRETIVOPresidente: Flávio Lisboa Peres

MembrosSilvio Queiroz Pinheiro, José João Salgado Rodrigues dos Reis,

Rubens Resende Peres, José de Castro Rodrigues Neto,Eduardo Falcão de Carvalho, Ângelo Lucciola Neto,Helbânio Barbosa de Souza, Léo Machado Ferreira

Conselho FiscalAdemir Lopes Cançado, Joaquim Souza Neto, Vanir Garcia Leão

SuplentesJoão Machado Prata Júnior, José Ricardo Fiúza Horta

Conselho EditorialSilvio Queiroz Pinheiro, Lúcio Rodrigues Gomes, André Rabelo Fernandes,

Ana Cristina Navarro Andrade, Carlos Alberto da Silva

Capa e Matéria de CapaArte: Guda Silveira

FotosZzn Peres

Publique Banco de Imagens

Tiragem7.000 exemplares

Editor-ChefeCarlos Alberto da Silva - MTB 20.330

PlanejamentoFrancisco JB Oliveira

JornalistasBeth Pereira - [email protected]

Thais Negri Santi - [email protected]

Departamento ComercialMarli Coimbra

Pesquisa de mídia, orçamento e administração financeiraAndréia Barro

Gleice BoaventuraMarcia Miranda

ProduçãoGutche Alborgheti

Juliana LaterzaLuciano Penha Bolognesi

Rafaela Ferraz

Projeto Gráfico Guda Silveira - [email protected]

Diagramação e Edição de ImagensEdgar Pera – [email protected]

CTP, Impressão e Acabamento Ibep Gráfica

Grupo Publique . +55 (11) 3063.1899 . Al. Itu. 1063 - 2º andarCEP 01421-001 - São Paulo/SP - Brasil

www.publique.com . [email protected]

U m a e m p r e s a d o

futuras. Outro marco fundamental foi a fun-dação da ABCGIL, por um grupo de criado-res apaixonados pela raça, mas convencidos de que era preciso prová-la cientificamente. Foi o que fizeram fun-dando a Associação e, mais tarde, criando o Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro em parceria com a Embrapa.

E por falar em marca, deixo um alerta aos novos criadores e investidores na raça que mais cresce hoje na pecuária seletiva bra-sileira. Não se esqueçam nunca de investir, muitas vezes ao lado de milhões em genética, alguns milhares na construção de suas mar-cas, fator decisivo do sucesso comercial de seus negócios. E, penso que está claro para todos, que do sucesso comercial dos criadores novos depende a sustentabilidade dos negócios criados em torno do Gir Leiteiro.

Assim, esta revista tem um papel fundamental e educativo, no sentido de ser também uma plataforma de apoio para que os novos criadores invistam na formação da marca de seus plantéis, além de transferir-lhes conhecimento e informação de qualidade.

Que os criadores tradicionais jamais se esqueçam de que é im-portante sustentar seus negócios também no quesito comunicação e marketing. Não por acaso, esta edição recebeu o apoio maciço de marcas pioneiras da seleção do Gir Leiteiro. A todos os anunciantes, o meu muito obrigado.

Gutche AlborghetiAPOIO CRIATIVO

Guda SilveiraPROJETO GRÁFICO

Beth PereiraJORNALISTA

Edgar PeraDIAGRAMAçÃO

Thais Negri SantiJORNALISTA

Carlos Alberto da SilvaEditor e Presidente do Grupo Publique

Palavra do EDITOR

ISSN 1679-6659

Francisco JB OliveiraPLANEJAMENTO

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ABCGIL na ACGZSilvio Queiroz Pinheiro, presidente da ABCGIL, reuniu-se com a Associação de Criadores Gaúchos de Zebu, ACGZ. Na ocasião, ele falou sobre o Gir Leiteiro, seus avanços em melhoramento graças ao Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro, PNMGL, e também dos projetos da Associação. O encontro aconteceu no dia 2 de setembro de 2009, na sede da Farsul, Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul. A visita se deu também em função da Expointer, 29 de agosto a 6 de setembro, em Esteio, RS.

Treinamento dos técnicos da ABCGIL para parceiros do PNMGLDe 10 a 11 de setembro de 2009, os técnicos da ABCGIL, André Rabelo Fernandes e Márcio Ramos, estiveram em Lagoa Grande, Patos de Minas, Coromandel e Rio Para-naíba, em Minas Gerais, para uma rodada de treinamen-tos nas entidades e cooperativas apoiadoras do PNMGL. As instituições assinaram o Termo de Cooperação Técni-ca com a Associação para captação de fazendas colabo-radoras, no sentido de ampliar o programa. Na ocasião, foi oferecida orientação sobre os procedimentos necessá-rios para cadastro e inserção das novas propriedades no PNMGL, além de outras informações.

ABCZ e ABCGIL na Feileite 2009ABCZ e ABCGIL ministraram Curso de Noções em Morfologia e Julgamento de Zebuínos, de 6 a 7 de no-vembro de 2009, durante a 3ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite, Feileite 2009. Foi a quinta edição do Curso de Noções em Morfologia e Julgamento de Zebuínos com Aptidão Leiteira. O evento foi coor-denado pelo Agrocentro, promotor da feira, e Progênie, empresa de genética e consultoria. A coordenação técni-ca foi da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu, ABCZ, e pela ABCGIL.

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Nova revista do Gir Leiteiro é lançada Representada pelo presidente da ABCGIL, Silvio Queiroz Pinheiro, acompanhado do vice-presiden-

te Lúcio Rodrigues Gomes, da secretária executiva Ana Cristina Navarro e o zoo-tecnista e coordenador do PNMGL, André Rabelo Fernandes, foi lançada pela ABC-GIL a nova revista do Gir Leiteiro em um evento fechado para a imprensa, associa-dos e nomes da pecuária leiteira. Em sua nona edição anual, a revista pas-sa a veicular semestralmente. Totalmente reformulada, recebeu novo projeto grá-fico, agora diferenciado, e também ino-vou o conteúdo editorial. Feita em papel certificado pela FSC (Forest Stewarship

Council), o que endossa que a matéria-prima flo-restal utilizada provém de manejo socioambiental e economicamente adequado.

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Curtas da ABCGIL

Primeiro sócio no Rio Grande do SulA ABCGIL realizou no início de dezembro de 2009 a Reunião Mensal da Diretoria Executiva. Como aconte-ce em todas as reuniões, foram apresentadas as fichas de inscrições de sócios para aprovação. E confirmada a filiação de José Adalmir Ribeiro do Amaral, de Caxias do Sul, RS: o primeiro associado do Rio Grande do Sul. José Adalmir e outros criadores do RS estão comprome-tidos com a introdução do Gir Leiteiro no sul do Brasil. Apostam no potencial desta raça para produção de leite economicamente viável.

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Sêmen do 24º Grupo de Touros

Mais sêmenDe 19 a 23 de outubro de 2009, o coordenador operacional do PNMGL, André Rabelo Fernandes, esteve no Acre, onde deu início às ações de coope-ração técnica entre ABCGIL, Embrapa e Secretaria de Agricultura do Estado do Acre - Seap. O objetivo é promover o melhoramento genético dos rebanhos da região através do material genético dos touros do PNMGL. Com esta parceria, a ABCGIL espera aumentar o número de rebanhos colaboradores para o programa, propiciando um aumento no quantitati-vo de touros que serão testados todo ano, além de difundir o Gir Leiteiro naquele Estado. A ABCGIL trabalha a fim de que ações como as desenvolvidas no Acre se propaguem por outros estados do país.

Metodologia do PNMGL Em 27 e 28 de outubro de 2009, organizado pelo Pólo de Excelência em Genética Bovina e a Embrapa/CNPGL, em parceria com a ABCZ, Epamig, Fazu, Uniube e o Hospital Veterinário de Uberaba, realizou-se o workshop “Programa Nacional de Melhoramento de Bovinos de Leite: perspectivas e desafios”. Na oca-sião, a ABCGIL, representada pelo seu diretor técnico, Aníbal Eugênio Vercesi Filho e o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Gado de Lei-te, Rui da Silva Verneque, abordaram a metodologia do PNMGL. Numa das palestras, o coordenador ope-racional do PNMGL, André Rabelo Fernandes falou sobre gestão operacional. O objetivo do workshop foi analisar e discutir o pre-sente e futuro dos programas de melhoramento das raças leiteiras no Brasil e a sustentabilidade.

Associação Nordestina dos Criadores de Gir LeiteiroEm março deste ano, foi lançada a pedra fundamental da Associação Nordestina dos Criadores de Gir Leitei-ro, com o objetivo de ajudar ainda mais a divulgação da raça na região. A entidade atenderá aos criadores da Bahia, Sergipe e Alagoas. A sede da nova entidade será em Salvador, BA.

Curtas da ABCGIL

Em 13 de outubro de 2009, a ABCGIL iniciou a dis-tribuição de sêmen do 24º Grupo de Touros do Teste de Progênie. Um total de 32 animais inscritos para o PNMGL. O sêmen foi retirado no dia 9, na sede da Alta Genetics, em Uberaba, MG. O material será distribuí-do durante este ano, em todo o território nacional e em mais de 400 propriedades colaboradoras inscritas no PNMGL.

Walter, Márcio, André e José Geraldo, colaboradores

da ABCGIL no dia da retirada do sêmen

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CGIL

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Núcleo gaúcho do Gir LeiteiroEm outubro de 2009, um grupo de giristas gaúchos, reu-

nidos pela segunda vez, discutiram ações para o desenvolvi-mento do Gir Leiteiro no Rio Grande do Sul. O assunto foi de caráter oficial: formação do Núcleo Gaúcho de Criadores de Gir Leiteiro, NGCGL.

No mesmo dia, nomeou-se o conselho de coordena-ção. O criador José Amaral, de Caxias do Sul, RS, as-sumiu a coordenadoria; o vice é Álvaro Bombonatto, de Nova Alvorada, RS.

“Nosso objetivo é promover com maior intensidade o melhoramento genético do Gir Leiteiro gaúcho, além de eventos, divulgação e difusão da raça no estado”, disse José Amaral que deverá dar destaque ao Gir “como opção em ge-nética para a produção de leite a baixo custo”.

Questionado sobre a adaptação da raça no Rio Grande do Sul – o Gir foi criado em climas quentes –, Amaral respon-deu com entusiasmo. “Eu já tive prova real em minha fa-zenda. Passei dois invernos sob temperaturas bem abaixo de 0ºC, com animais nascidos em minha propriedade e também de outros estados. A adaptação foi excelente. Não tive pro-blema nenhum, mesmo mantendo-os fora do galpão durante toda a estação”.

Em 1993, o Gir Leiteiro do Rio Grande do Sul contribuiu para a formação dos primeiros plantéis registrados de Giro-lando naquele estado. Ainda em 1993, foram registrados os primeiros exemplares sintéticos.

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Curtas da ABCGIL

12 Criadores Paulistas fundam a APCGIL

A Associação Paulista dos Criadores de Gir Leiteiro, APCGIL, foi fundada em assembléia realizada no dia 19 de janeiro de 2010, na cidade de São Paulo, na presença de muitos dos maiores investidores do Gir Leiteiro, além de tradicionais criadores. Missão: fomentar, difundir e unir os criadores com o objetivo comum de desenvolver a raça no Estado de São Paulo.

O empresário de comunicações e criador, Carlos Alberto da Silva, foi aclamado presidente. Foram também indicados os ocupantes dos cargos de vice-presidentes, secretários, te-souraria, conselho fiscal e nomeado um comitê de marketing. Segundo Carlos Alberto, dono da agência de publicidade Pu-blique, além de divulgar a raça, também é importante resga-tar e mostrar o trabalho dos criadores tradicionais.

“Queremos perenizar o trabalho dos pioneiros e divulgar esse patrimônio, trabalhando sempre em conjunto com a ABCGIL”. E ressaltou a preocupação em aproximar os no-vos criadores. “O investidor de hoje é o criador de amanhã”. Em seu discurso, Carlos recordou as primeiras associações que surgiram em prol do desenvolvimento da raça, como a APCB, em 1962, e o controle leiteiro oficial. “A APCGIL só é possível hoje, só faz sentido, graças à visão extraordinária dos criadores de Gir Leiteiro no passado”.

Silvio Queiroz Pinheiro, presidente da associação, mani-festou o apoio da entidade brasileira à nova estadual. “Com muita satisfação apoiamos este grupo de criadores paulistas em prol do Gir Leiteiro. A ABCGIL sairá fortalecida em ter uma entidade paulista filiada, coligada e caminhando na mesma direção”.

Carlos Alberto da Silva deu entrevistas aos meios de co-municação sobre a raça, sempre endossando o trabalho con-junto com a ABCGIL.

O primeiro presidente da APCGIL, mais conhecido por “Carlão da Publique”, que atua há 24 anos em comunicação e marketing para o agronegócio, tem falado muito sobre a importância dos novos criadores investirem em suas marcas, via publicidade e outras ações de marketing, além do funda-mental alinhamento estratégico com a ABCGIL.

Outro ponto que merece destaque da entidade é o forte apoio ao crescimento das exposições estaduais ranqueadas, que até o momento somam quatro eventos: Avaré, Franca, Jacareí e Feileite. A APCGIL já mostrou sua força. Apoiou intensamente a realização da exposição de Avaré, que atingiu número recorde de animais. Também tem procurado atender à demanda por novas exposições homologadas, já que a raça está em forte expansão no Estado.

Girleiteiristas gaúchos fundaram o NGCGL em 6 de dezembro de 2009

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Curtas da ABCGIL

Mais uma parceria com a EmbrapaAo final de novembro de 2009, a ABCGIL e a Embrapa Gado de Leite, Juiz de Fora, MG, fecharam nova parceria. O objetivo é desenvolver atividades técnicas de pesquisa em consonância com os projetos "Comparação de raças maternas em esquema de recíproco na produção de no-vilhas F1, utilizadas em sistemas de produção de leite"

e "Sustentabilidade da produção intensiva de leite em pastagem de Brachiaria e Panicum". Também ficou acordada a estruturação dos sistemas de pro-dução de leite do Campo Experimental de Coronel Pacheco, MG, do Programa de Boas Práticas Agro-pecuárias.

Silvio Queiroz Pinheiro, ABCGIL, e Duarte Vilela, Embrapa Gado de Leite, firmam acordo.

ABCG

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Equipe ABCGIL

Ana Cristina NavarroFormada em Administração Pública. Atua como Secretária Executiva da ABCGIL, traba-lhando no gerenciamento da área administrativa/financeira da associaçã[email protected]

Ivete Galvão Martinez Responsável pelo processa-mento de dados dos Controles Leiteiros do Programa Nacional de Melhoramento do Gir [email protected]

Iraides Aparecida de Souza Atua no setor financeiro da ABCGIL e administra a parte contábil da associaçã[email protected]

André Rabelo Fernandes Zootecnista, coordenador operacional do Programa Nacional do Melhoramento do Gir Leiteiro. Responsável pelo acompanhamento dos rebanhos puros, tanto na execução do sis-tema linear de avaliação quanto na classificação para [email protected]

José Geraldo Oliveira Técnico agrícola, trabalha na distribuição de sêmen do Teste de Progênie e realiza o acompanhamento dos rebanhos [email protected]

Ranielly da Silva Maciel Médica veterinária, cuida da logística de exposições e dos projetos de certificação da ABCGIL, como o CQG e certificação de [email protected]

Walter Luiz Ferreira Dornelas Técnico agrícola, trabalha na distribuição de sêmen do Teste de Progênie e realiza o acompanhamento dos rebanhos [email protected]

Eduardo Soares Souza Zootecnista, responsável pela logística de exposições. Tra-balha na execução operacional das exposições homologadas e ranqueadas da [email protected]

Gisele Oliveira Formada em Secretariado Executivo Bilíngue, atua como Secretária da presidência, na comunicação interativa com os criadores e demais visitantes do site da [email protected]

Márcio Ramos Zootecnista, atua no Certifica-do de Qualificação Genética, CQG, e nas diversas ações do Teste de Progênie, fazendo a pré-seleção de touros e o acompanhamento de rebanhos [email protected]

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Páginas Brancas

Saber administrar a abundância

|||| Revista Gir Leiteiro: Dentre os 13 ramos de atuação da OCB, qual a representatividade do setor leiteiro?Márcio Lopes de Freitas: O setor leiteiro é o mais tradicional e antigo. Pode-se dizer que a produção de la-ticínios no Brasil está estreitamente ligada ao cooperativismo tradicional e que as cooperativas de laticínios são pioneiras no cooperativismo. Esse processo, porém, tem evoluções e in-voluções, altos e baixos. Houve uma fase em que 70% do leite brasileiro eram cooperativados, mas, com a en-trada das multinacionais, perdemos espaço e a participação caiu para 30%. Agora, estamos retomando. |||| GL: Qual a relação que a OCB mantém com as associações de cria-dores de gado leiteiro? L: Não existe uma relação direta, mas indireta, até porque as cooperativas e

as associações têm funções diferentes. Eu as considero entidades paralelas, não concorrentes, podendo, até mes-mo, ser sinérgicas. Como as coope-rativas têm outro tipo de finalidade, a ligação é maior entre produtores e associações. As pessoas da minha fa-mília, por exemplo, sempre estiveram ligadas ao cooperativismo de leite e participaram de algumas associações. Hoje, tenho relações de amizade com os dirigentes. Sempre que pos-sível, somamos esforços. No caso da ABCGIL, além de ser criador de zebu, conheço muito bem o presi-dente Silvio Pinheiro, de quem sou amigo. A família dele participava de uma cooperativa que eu presidi.

|||| GL: Em sua opinião, como as asso-ciações poderiam melhor contribuir para as cooperativas? Existe algum trabalho conjunto?

L: Cada um corre atrás de seus proble-mas, de suas questões setoriais próprias. Não há um planejamento de ações em conjunto. Podemos ser mais sinérgicos, mas isso é pouco difundido. Quem sabe podemos provocar isso, que eu acho que seria do interesse de todos!

|||| GL: A grande reclamação dos produtores é a instabilidade, duran-te o ano, do valor pago pelo litro do leite. De que maneira a cooperativa pode ajudar a minimizar este pro-blema? Quais os projetos da OCB nesse sentido?L: Esse é o papel da cooperativa, afi-nal, ela é uma entidade dos produtores criada para resolver os problemas dos produtores e suas necessidades. Hoje, os grandes problemas são a instabili-dade, falta de segurança no preço que ele vai vender o produto no fim do mês, além da inadimplência. A cooperativa

“A pecuária leiteira precisa de instrumentos para garantir preços, para solucionar um dos principais gargalos do setor”, diz Márcio Lopes de Freitas, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Freitas, que é administrador, aponta falhas de gerenciamento e a ne-cessidade de planejar mais, gerenciar custos e repensar a atividade, “que deve ser encarada com uma mentalidade empresarial e empre-endedora”. O dirigente da OCB é de opinião que as instituições públicas deveriam funcionar como um centro de inteligência, como já acontece em alguns setores do cooperativismo, com pesquisa de preços e avaliações de mercado, nacional e internacional. “Produzir muito tem sido o grande mal da agricultura brasileira. Na maioria das vezes, temos problema para administrar a abundância.”A história da família de Márcio Lopes de Freitas sempre esteve ligada ao leite. Ele próprio seguiu a mesma tri-lha. E elegeu o Gir Leiteiro. “A raça foi construída com tecnologia, clima e gente brasileira. Tem tudo a ver com nossas características. A vaca Gir Leiteiro é a mais eficiente indústria de transformação; ela transforma capim, que é água e luz, em leite, que é uma proteína animal de alto valor.”A seguir, a entrevista exclusiva de Lopes para a revista Gir Leiteiro.

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tem por obrigação mitigar esses efeitos, mas precisa de algumas condições. A primeira condição é que o cooperado participe, que tenha compromisso com a cooperativa. Boa intenção, sozinha, não resolve: é preciso pensar em um projeto de viabilidade econômica. Às vezes, depende de escala, de acesso a mercados, de outros fatores, mas não tem uma receita de bolo. No caso do leite, uma alternativa seria a união de cooperativas para ganhar escala, para ganhar alavanca comercial, para ter competitividade e conquistar o mer-cado internacional. Temos de tratar o mercado brasileiro a pão-de-ló, mas precisamos ficar de olho nas oportuni-dades de exportação. Não podemos co-locar os ovos na mesma cesta. A OCB tem preparado lideranças, com base em modelos de sucesso no Brasil e no Ex-terior. No caso do leite, uma referência para nós é a Itambé, resultado da fu-são de 32 cooperativas, que atualmen-te produz 4 milhões de litros de leite/dia. Temos outros exemplos, como a Aurora, em Santa Catarina, que há dois anos entrou no setor de leite. Começou grande, com um projeto de 2 milhões/dia. Atualmente, devemos ter por volta de 350 cooperativas de leite, imagine, então, se todas elas estivessem unidas com estratégia de mercado, com mar-cas regionais, com poder de barganha. Há mais de oito anos venho discutindo isso. É um processo que precisa de con-vencimento. Às vezes, isso me aflige, mas vai acabar acontecendo.

|||| GL: Produção sustentável: o Gir Leiteiro é uma raça zebuína de exce-lente produção e teor de sólidos a bai-xo custo. O senhor acredita que seja uma das soluções viáveis ao pequeno produtor brasileiro? L: Não seria, é uma solução. Sou sus-peito para falar, por ser criador de Gir Leiteiro. Apesar de ser uma raça de origem indiana, foi construída e me-lhorada com tecnologia, clima e gen-te brasileira. Tem tudo a ver com as nossas características. É um gado que produz leite de alta qualidade, a baixo custo, e com uma condição que hoje é

muito importante: sem ter que utilizar esse pandemônio de coisas artificiais para manter a produção. O Gir Leiteiro tem essa característica como raça pura produtora de leite e também no cruza-mento com raças de origem européia. À medida que você vem em direção aos trópicos, a raça pode ser mais pura e com grande produção. Hoje temos exemplos de produtores com média de 14 a 15 litros/dia no rebanho puro. Ou-tra raça pode produzir mais, mas a que custo? De alimentação, de remédios e de outros artificialismos? A vaca Gir Leiteiro é a mais eficiente indústria de

transformação. Ela transforma capim, que é água e luz, em leite, que é uma proteína animal de alto valor. É o me-lhor leite; quem tomar, sabe.

|||| GL: A quais as alternativas o produtor de leite pode recorrer para melhorar a produtividade e rentabilidade?L: Rentabilidade é uma questão de gerenciamento, que é o grande garga-lo da melhoria da renda. A tecnologia brasileira é excelente. Temos o maior centro de tecnologia do mundo, que é a Embrapa, além de outros centros. Temos um produtor fantástico, de uma índole fantástica, trabalhador, persis-tente. Temos um elemento humano diferente do resto do mundo, com ambição, vontade de crescer, mas há

“TEMOS DE TRATAR O

MERCADO BRASILEIRO

A PÃO-DE-LÓ, MAS

PRECISAMOS FICAR DE

OLHO NAS OPORTUNIDADES

DE EXPORTAçÃO. NÃO

PODEMOS COLOCAR OS

OVOS NA MESMA CESTA.”

uma dificuldade, que é a renda. Pre-cisamos trabalhar mais a consciência empresarial e empreendedora. O pro-dutor tem de direcionar o gerencia-mento, administrar custos de produ-ção, tomar decisões mais orientadas. Já vendi parte da minha safra de café que vou colher em 2010 e 2011, e sei quanto vou receber em 30/9/2010 e 30/9/2011. Mas, quanto ao leite, não sei quanto vou receber pelo litro em 15 dias. Temos que começar a nos organizar e a confiar na cooperativa para fazer isso.

|||| GL: Segundo o secretário de Agricultura do Estado de São Pau-lo, João Sampaio, durante o fórum de cooperativismo realizado na Fei-leite em 2009, "é preciso identificar os gargalos, avaliar os fundamen-tos, ter planejamento e gestão. Não adianta produzir demais". Como o senhor vê esta afirmação? L: Concordo com o João, que é meu amigo. Produzir muito tem sido o grande mal da agricultura brasileira. A maioria das vezes temos problema para administrar a abundância. O Bra-sil aumentou muito a produção, sem planejamento e sem condições de es-coamento, o que acabou criando um caos com reflexos na oscilação mar-cante de preços. Precisamos planejar mais, gerenciar custos e repensar a atividade. Será que, às vezes, ao in-vés de produzir mais volume não é melhor produzir mais qualidade, com rastreabilidade, inclusive com produ-tos diferenciados e valor agregado? O mercado de orgânicos é um bom exemplo. João tem razão. Essas coisas tem de ser pensadas com mais estra-tégia. Funcionar como um centro de inteligência talvez seja o grande papel das instituições públicas. As coopera-tivas já estão avançando nisso em al-guns setores, com pesquisa de preços e tendências e avaliações de mercado, nacional e internacional. Um bom exemplo é a parceria entre Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), OCB e Confedera-ção Brasileira de Laticínios.

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Dentre as atividades, o termo trazia uma nova ferramenta para tornar o Programa Na-cional de Melhoramento do

Gir Leiteiro, PNMGL, promovido pela ABCGIL e Embrapa Gado de Leite desde 1985, ainda mais exi-gente e consistente: a Prova de Pré-Seleção de Touros. Com isso, a Fazu ficou responsável pelo auxílio na re-alização e execução desta atividade, em sua Fazenda-Escola, localizada em Uberaba, MG.

avança com mais uma ferramenta

rova de Pré-Seleção de Touros PNMGL

Com o objetivo de ampliar, difundir e melhorar os serviços prestados pela ABCGIL, em maio de 2009, durante a assembléia oficial da entidade, foi divulgada a parceria firmada com a Fazu, Faculdades Associadas de Uberaba, onde foi assinado um termo de cooperação técnica entre as instituições.

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Lote de touros da Prova de Pré-Seleção para o Teste de Progênie. Os animais passaram por adaptação na alimentação e manejo para serem avaliados igualmente.

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A Prova de Pré-Seleção de Touros, assim como seu regulamento determi-na, tem como objetivo “pré-selecionar touros para fertilidade que serão can-didatos a vaga no Teste de Progênie do PNMGL, através de avaliações andro-lógicas e reprodutivas”.

Segundo André Rabelo Fernandes, coordenador operacional do progra-ma, “a prova é um aprimoramento que elevará o nível do PNMGL e que por ser ainda mais exigente, oferece-rá um resultado com muito mais qua-lidade de dados e credibilidade para os criadores.”

O exame consta de avaliações de características reprodutivas ligadas à qualidade do sêmen e fertilidade dos futuros reprodutores, ocorren-do avaliação andrológica, testes de congelabilidade do sêmen e testes de libido. “Temos que avaliar a eficácia do reprodutor perante as altas tecno-

logias como FIV e TE”, afirma Fer-nandes. Também é avaliada a parte de morfometria animal que anali-sa os aprumos, estrutura, umbigo, pigmentação, conversão alimentar, entre outras relacionadas ao desen-volvimento.

Para o coordenador do curso de zootecnia da Fazu, Alexandre Bizi-noto, “é uma experiência excelente, pois contribui para ambas as entida-des”, diz ainda Bizinoto que para a Fazu é importante tanto na parte aca-dêmica, com projetos que tragam a realidade para os alunos, como insti-tucionalmente em participar de algo pioneiro.

Segundo o coordenador do PNMGL,“também pensamos nos fu-turos profissionais. Desde cedo eles já passam a conhecer o Gir Leiteiro, podendo contribuir e muito no futuro para a evolução da raça”.

Em sua primeira edição, iniciada em novembro de 2009, a prova con-tou com a inscrição opcional para os criadores que candidataram seus animais no Teste de Progênie, mas será um requisito obrigatório a partir deste ano. Logo que os animais che-garam foi realizada uma avaliação andrológica, pesagem e coleta de materiais dos animais para estudo. Posteriormente, os animais passaram por um período de adaptação.

Atualmente, todos os estudantes do curso de zootecnia do 1º, 3º e 5º períodos têm aulas práticas sobre o projeto e 6 monitores responsáveis pelas mensurações, a cada 24 dias, de medidas e comportamento, se-guindo um cronograma fixo.

“Cada animal possui uma ficha individual, onde colocamos todos os dados obtidos e avaliamos sua efici-ência, como consumo de forragem,

Campo Técnico

Alexandre Bizinoto, André Rabelo Fernandes e Márcio Ramos, na Fazenda-Escola da Fazu, onde os touros participam da prova.

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comportamento, as diferenças obti-das no manejo”, afirma a monitora, Daniele Leal Matarim, estudante de zootecnia do 5º período.

“A partir da morfometria, a cor-relação entre pais e filhas, será pos-sível obter as informações sobre ca-racterísticas que garantam uma boa produção”, afirma Bizinoto.

Já com a rotina da parte repro-dutiva e o resultado dos testes de congelabilidade do sêmen conven-cional e do sêmen sexado, enconta-remos animais potenciais em ferti-lidade. “Ao identificarmos animais com boa fertilidade em FIV após a utilização de sêmen sexado, te-remos eficiência reprodutiva com

a produção de mais animais por procedimento, isso refletirá não só em touros melhoradores, mas tam-bém nos custos fixos laboratoriais que tendem a diminuir”, ressal-ta Marcos Brandão Dias Ferreira, pesquisador da Epamig e professor da Uniube, entidades que também apóiam a prova.

O término da 1ª Prova de Pré-Se-leção de Touros para o Teste de Pro-gênie será em 15 de abril de 2010. Os resultados serão divulgados no dia 05 de maio, durante a Expoze-bu, que acontece em Uberaba, MG.

A Prova de Pré-Seleção de Tou-ros conta também com o apoio da ABCZ, Associação Brasileira dos Criadores de Zebu; da Uniube, Uni-versidade de Uberaba; da Epamig, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, do Pólo de Exce-lência em Genética Bovina do Go-verno de Minas Gerais, bem como o patrocínio de empresas do setor pecuário.

Como os resultados serão filtrados:

Deficiências reprodutivas em rebanhos colaboradores, uma vez que o animal que

não apresentar bom desempenho na parte reprodutiva não poderá participar do

PNMGL;

Tourinhos que durante a etapa de coleta do PNMGL iam para a Central, não

produziam e tomavam tempo do programa;

Avaliação Andrológica: os animais que não eram férteis ao final do PNMGL, que

dura 6 anos para ter seu resultado concluído, ao final já eram quase estéreis, sem

capacidade para ter seu sêmen congelado ou produzir sêmen.

“ESSA PARTE REPRODUTIVA,

TRANSMITIDA à SUA

PROGêNIE, TAMBÉM NOS

TRARÁ ANIMAIS COM MAIOR

EFICIêNCIA REPRODUTIVA,

DIMINUINDO IDADE AO

1º PARTO, BEM COMO A

QUALIDADE DOS OVÁRIOS E,

CONSEQUENTEMENTE, COM

UMA PRODUçÃO DE MUITO

MAIS LEITE”,

AFIRMA BRANDÃO.

Alunos do curso de Zootecnia da Fazu, responsáveis pela monitoria e avaliações de morfometria.

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PNMGL na PráticaO

Dentro da estratégia de difusão do Programa Nacional de Melhora-mento do Gir Leiteiro, PNMGL,

em 2009, a ABCGIL firmou novas parcerias com a Empresa de Assistên-cia Técnica e Extensão Rural, Emater Minas Gerais, e a Secretaria de Estado de Agropecuária, Seap, do Acre.

Os convênios possibilitaram a en-trada de 150 novos rebanhos colabo-radores no programa, em 2009, o que representou aumento de 25% no total.

Duas regiões mineiras entraram no projeto: Alto Paranaíba, com sede em Patos de Minas, e Triângulo Mineiro, centralizada em Uberaba.

A Emater selecionou produtores e responsabilizou-se pela assistência téc-nica no manejo, alimentação, sanidade, reprodução e gestão da propriedade. A ABCGIL forneceu sêmen dos touros participantes do Teste de Progênie aos produtores e realizou o treinamento dos técnicos na parte de manejo repro-dutivo.

Segundo André Rabelo Fernandes, coordenador operacional do PNMGL, os produtores participantes do progra-ma se comprometem a repassar infor-

archa de expansãoPor meio de parcerias, a ABCGIL pretende levar o programa para todo o Brasil.

mações para a ABCGIL. Os registros diários da produção servirão de base para análises sobre produtividade. Os colaboradores também devem segurar as fêmeas inseminadas até a primeira lactação, para mensurar a produção de leite.

Agricultura familiarO escritório regional da Emater de

Uberaba selecionou rebanhos colabo-radores em pequenas propriedades da agricultura familiar. Para a primeira etapa, preferiu produtores acessíveis à tecnologia, que já utilizavam inse-minação artificial, além de formado-res de opinião.

Segundo o gerente regional da Ema-ter Uberaba, Gustavo Laterza de Deus, foram escolhidos produtores com maior possibilidade de sucesso no Gir Leitei-ro. “Eles serão referência na comunida-de e as propriedades funcionarão como unidades demonstrativas do projeto.”

O treinamento dos técnicos foi realizado em setembro do ano passado e a distribuição do sêmen ocorreu entre novembro e dezembro. As fêmeas dos 55 rebanhos participantes do projeto já foram inseminadas. A expectativa é fe-char 2010 com 100 propriedades.

A ABCGIL e a Emater realizam gestão compartilhada. A parceria pla-neja dias de campo para divulgar os resultados. “Nossos técnicos são pro-pagadores da genética do Gir Leiteiro nas propriedades.”

Receber sêmen, gratuitamente, na quantidade de duas doses por vaca;

Fazer uso de Inseminação Artificial;

Ter, no mínimo, 30 vacas em idade reprodutiva;

O rebanho deve possuir bom controle de anotações;

Fornecer os dados das filhas dos touros ao técnicos da ABCGIL;

Realizar o controle leiteiro mensal;

Reter as fêmeas até o final da primeira lactação;

Receber, no término da lactação, documento de controle leiteiro da vaca.

Fazenda colaboradora: direitos e deveres

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PNMGL na PráticaO

Manejo mínimo do rebanhoNa fase de seleção dos rebanhos,

os técnicos do escritório regional da Emater de Patos de Minas escolheram fazendas com um mínimo de manejo para trabalhar com inseminação. Essa tecnologia era conhecida e adotada por alguns dos criadores.

Cerca de 40 pequenas e médias propriedades, localizadas em 15 mu-nicípios da região, aderiram ao progra-ma. O rebanho varia de 30 a 40 vacas e produção diária de 150 litros a 400 litros.

José Geraldo Ferreira é quem praticamente comanda todo o Sítio Santos Reis, no município de Fru-tal, em MG. Ao lado de sua esposa, dona Fátima, Ferreira cuida da edu-cação de suas três filhas: Joseane, Maria de Fátima e Talita.

Sua propriedade hoje, após mui-to esforço, conta com 38 alqueires, e tem no leite a única atividade co-mercial. Com aproximadamente 80 vacas mestiças de Holandês e Gi-rolando e 60 delas em lactação, seo Geraldo tira 500 litros, em média, por dia. Sua meta é chegar a 1000 litros/dia.

O produtor foi contratado através da parceria da ABCGIL com a Ema-ter. “A Emater conhece todos os cria-dores da região e suas necessidades, facilitando a aproximação com as fazendas e divulgação do programa”, afirma André Rabelo Fernandes, co-ordenador operacional do PNMGL.

“A equipe da Emater de Uberaba e os técnicos da ABCGIL nos visita-ram e apresentaram o PNMGL, qual seriam os nossos benefícios e como poderíamos contribuir. Gostamos da idéia. Depois, escolhemos os touros que acreditamos serem bons. Ago-ra, só falta inseminá-los”, afirma o criador, cuja propriedade se somará às fazendas colaboradoras do progra-ma; ao todo, ultrapassam a 450 pro-priedades participantes.

“NA COMPOSIçÃO, ALÉM DE REDUZIR CUSTOS, O GIR

LEITEIRO MELHORA AS VENDAS NO DESCARTE.

OS ANIMAIS TêM MAIOR DEMANDA E SÃO MAIS

VALORIZADOS”, DIZ SÉRGIO

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As propriedades receberam sêmen de Gir Leiteiro em novembro. A fase atual é de verificação das prenhezes. No fim do ano, nasce a primeira leva de bezerros.

O gerente regional da Emater de Patos, Sérgio Glicério Martins, conta que a receptividade ao programa foi muito boa, principalmente por causa da credibilidade da parceria e da dis-posição dos produtores a buscar um sistema produtivo mais viável.

Os produtores estão animados. A maioria tinha vontade de colocar o touro Gir Leiteiro na vacada. “A ABCGIL, produz material genético confiável. Tendo sêmen de reprodu-tor testado, com respaldo de uma as-sociação séria, aderiram prontamente à proposta”, diz Sérgio.

O gerente do escritório de Patos de Minas acredita que a gestão da pro-priedade e o melhoramento genético do gado com sangue do Gir Leiteiro vão ajudar a reduzir custos, além de melhorar a renda e a qualidade de vida de família. “A vaca mestiça tem vida útil maior e na reposição, a partir da terceira ou quarta cria, ainda alcança bom preço.”

Sérgio aponta outras vantagens na utilização de touros Gir Leiteiro: maior resistência a carrapatos e à tristeza pa-rasitária, apresenta menos problemas de cascos e utiliza melhor a pastagem, mesmo na época quente. “Enquanto a vaca holandesa fica na sombra nas horas mais quentes do dia, a zebuína continua pastando.”

Geraldo gostou da idéia e escolheu os touros que acreditou serem bons.

Sítio Santos Reis, mais uma fazenda colaboradora

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Paulo Moreira (da Embrapa Gado de leite), Francisco Dantas (da Seap), André Rabelo (do PNMGL), Marcos Minori Yocomiso (primeiro produtor do Acre a receber sêmen do PNMGL) e técnicos do Senar e da Seap-AC.

Rompendo fronteiras

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Acre é o primeiro Estado da Região Norte a participar do Programa Nacio-nal de Melhoramento do Gir Leiteiro (PNMGL). A formatação da parceria começou com visita do presidente da ABCGIL, Silvio Queiroz Pinheiro, à capital, Rio Branco. Foi conhecer o rebanho Gir Leiteiro, formado, em sua maioria, por animais do Sudeste.

Vislumbrou o grande potencial da região para fomento do Gir Leiteiro. Também percebeu a contribuição que a raça poderia dar no sentido de alavancar a produção de leite do Estado, aumen-tando a produtividade, com redução dos custos.

Em maio de 2009, foi firmado convê-nio entre a ABCGIL, Secretaria de Esta-do de Agropecuária (Seap), e Embrapa. Em setembro, a Associação iniciou as ações. A proposta é contribuir com o aumento do quantitativo de touros em testes e difundir a genética do Gir Lei-teiro no Acre, segundo o coordenador operacional do PNMGL, André Rabelo Fernandes.

Em outubro do ano passado, André entregou 2.000 doses de sêmen no Acre. Foi realizado o treinamento dos técni-cos para distribuição do sêmen, acom-panhamento das crias e controle leiteiro das progênies dos touros em testes.

A Seap mantém um rebanho de Gir Leiteiro em área da Embrapa, para difu-são de embriões da raça entre pequenos produtores do estado. “Separei alguns animais e ajudei a acasalar”, afirma An-dré. Estão previstas duas visitas anuais ao Acre, para supervisionar as ativida-des nos rebanhos colaboradores, que recebem assistência técnica da Seap e do Senar.

O responsável pela execução do programa no Estado é Francisco Dan-

tas, gerente do Departamento de Me-lhoramento Genético da Seap. Para ele, a parceria permite a utilização de ferramentas positivas, que contribuem para o desenvolvimento sustentável, as-sociadas ao Gir Leiteiro, raça que tem boa adaptação e rusticidade, produzindo bem no Estado.

Em sua opinião, a vantagem do con-vênio é trabalhar com produtores foca-dos em genética superior. “Com isso, podemos trocar animais de baixa pro-dutividade por outros, de produtividade elevada, sem necessidade de ampliar a área de pasto.”

De acordo com Dantas, 80% das pro-priedades leiteiras do Estado são pequenas. Tiram 40 a 50 litros de leite por dia. A mé-dia diária por animal é de 3 litros. Com a utilização de animais de alto potencial ge-nético, a produtividade deve aumentar.

Para participar do início do projeto foram selecionadas 45 propriedades vinculadas ao trabalho de melhoramen-to genético do Estado. Alguns critérios foram considerados para escolha dos produtores colaboradores: manejo sa-nitário e nutricional adequado, estrutura para inseminação artificial e assistência técnica de algum órgão de extensão.

Em novembro e dezembro foram distribuídas as doses de sêmen de Gir Leiteiro. No momento, está sendo fei-to o balanço dos animais inseminados e das prenhezes confirmadas. As crias nascem a partir de setembro.

A receptividade foi tão boa que des-pertou interesse de outros produtores. “Temos lista de espera. Assim que con-cluirmos o balanço, começaremos novo grupo”, conta Dantas.

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eite Afora

Com 1.550 animais em julgamento e torneios leiteiros de sete raças dis-tintas, o Gir Leiteiro sobressaiu-se na Feileite - Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite. Con-quistou a segunda posição com maior número de inscrições. Foram 340 animais. O evento, em sua 3ª edição, apre-sentou a 2ª Exposição Internacional da raça Gir Leiteiro, entre 3 e 6 de novembro de 2009.A pista estava concorrida. Os traba-lhos de julgamento foram coman-dados pelo trio de jurados William Koury, Tatiane Almeida Drummond Tetzner e Nívio Bispo. Queimada dos Poções, do expositor Kenyti Okano, foi a Grande Campeã. Filha de Major dos Poções e Letícia dos Poções. O Grande Campeão foi Es-col da Silvania, de Eduardo Falcão de Carvalho.Primeiro colocado do Ranking da ABCGIL, Escol é filho do provado Benfeitor com Garbha dos Poções, a mais premiada vaca Gir do Brasil, com mais de 40 títulos.Os títulos de Melhor Expositor e Melhor Criador foram para Léo Ma-chado Ferreira, da Fazenda Mutum.

Outro destaque foi o novo recorde nacional de produção. Estreando em tor-neios, a vaca Carioca de Brasília, de Flávio Peres, da Fazenda Brasília, é a mais nova recordista de produção, com 50,2 kg de leite em 24 horas. Carioca concorreu na categoria Vaca Adulta do Torneio Leiteiro. É vaca de 3ª lactação, filha de Fantoche com Uruguaiana. Produziu lactação oficial de 10.399 kg de leite.

Adriano e Renata Okano recebendo o prêmio de Silvio Queiroz Pinheiro, presidente da ABCGIL, pela Grande Campeã, Queimada dos Poções.

Feileite 2009, novos recordes na raça

Flávio Peres, da Fazenda Brasília, com Carioca, a

recordista nacional de produção em um só dia. Fo

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Nova Recordista Nacional de Produção em um só dia

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Feileite 2009, novos recordes na raça

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Foi ao som de “Esse touro Vale Ouro”, de Fagner, que Vale Ouro da Silvania mobilizou o Leilão de Eduardo Falcão quebrando todos os recordes de preço até aquela data. O touro atingiu valorização de R$1.725.000,00, com a venda de 50% por 862.500,00. Foi com-prado em 5 cotas de 10%. Valdir Figueiredo ficou com duas; Júlio Vilela, Alta Genetics e Tropical Genética levaram as outras três.Vale Ouro é filho de Caju de Brasília com Nata da Silvania, pai da Definida, Campeã de Qualidade do Leite na Feileite 2009, ganha-dora do Prêmio DPA em quantidade de sóli-dos totais, e Reservada Campeã Vaca Adulta e Melhor Úbere do Torneio Leiteiro da Fei-leite 2009, com produção média de 41,6 kg de leite.Campeão Nacional de Venda de Sêmen, Vale Ouro, apresenta o Melhor Sistema Mamário do Sumário Embrapa/ABCGIL 2009.

Vale Ouro da Silvania, destaque do Leilão Silvania

Eduardo Falcão de Carvalho recebendo o prêmio de Aníbal Eugênio Vercesi Filho pelo grande campeonato com o touro Escol Silvania.

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Silvio Queiroz Pinheiro é premiado pelo Concurso DPA de Sólidos no Leite, com a fêmea Zuma.

Categoria Proteína

Fêmea Jovem1º Lugar: Zuma ProPrietário: Silvio Queiroz Pinheiro 2,22 kg

Vaca Jovem 1º Lugar: Finta ProPrietário: Flávio PereS 2,28 kg

Vaca Adulta1º Lugar: DefinidaProPrietário: eduardo Falcão 3,00 kg

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Durante o evento, a Dairy Partners Americas (DPA), parceria das gigantes Nestlé e Fonterra, premiou os animais com maior quantidade de sólidos totais no 6º Concurso DPA de Sólidos no Leite. Os prêmios foram entregues no estande da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro, ABCGIL.

Confira abaixo a relação dos animais premiados:

Gir Leiteiro vence Leite DPA

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O Produtor será o maior beneficiado

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|||| Revista Gir Leiteiro: Ao assumir a gestão do Campo Experimental da Embrapa, em Coronel Pacheco, MG, a ABCGIL confirma a inten-ção das duas entidades em otimizar a difusão de tecnologia. Qual a sua avaliação?|||| Duarte Vilela: Um dos objetivos do trabalho com a ABCGIL é adequar os sistemas de produção do Campo Experimental da Embrapa, em Coro-nel Pacheco, MG, ao Programa Boas Práticas Agropecuárias. Além disso, potencializar a infraestrutura e adequar a gestão orçamentária e financeira dos sistemas aos novos desafios da Embra-pa Gado de Leite. Pelo fato de a As-sociação ser uma entidade privada, a parceria é muito importante, pois dará mais autonomia e dinamismo às ações de gestão. A parceria poderá contribuir para a Embrapa desonerar o erário público e disponibilizar recursos para a pesquisa. Já a ABCGIL, terá a oportunidade de demonstrar competência na gestão de propriedades leiteiras e otimização do potencial produtivo. O produtor será o principal beneficiário, pois terá como modelo sistemas de produção baseado na realidade, com tecnologias de ponta recomendadas pela Embrapa.

|||| GL: A ABCGIL criou há 25 anos um programa único de melhora-mento animal em parceria com a Embrapa, o PNMGL. Qual foi a contribuição deste programa para a Embrapa?

|||| V: O Programa Nacional de Me-lhoramento do Gir Leiteiro é “um milagre zootécnico do século XX”, como define a própria ABCGIL. Para a Embrapa, o Programa ampliou sig-nificativamente os conhecimentos da pesquisa sobre a raça Gir. Mas a con-tribuição mais significativa foi para a pecuária de leite do Brasil e países de clima tropical. Nos trópicos, o Gir Leiteiro e seus cruzamentos, notada-mente a raça Girolanda, tornaram-se importantes alternativas para produ-zir leite de maneira sustentável. O Teste de Progênie da raça Gir ao lon-go de 25 anos realizou a identificação de mais de 100 reprodutores positivos para leite. Também proporcionou a identificação de vacas elites nos di-versos rebanhos, possibilitando aos produtores adquirir sêmen de touros provados e produtos certificados zoo-tecnicamente. Os impactos desse pro-cesso podem ser comprovados pelo rápido crescimento da comercializa-ção de sêmen de touros Gir Leiteiro. Esse comércio passou de 87 mil doses de sêmen, em 1993, para 805 mil, em 2008. O ganho na produção de leite nesse período foi de mais de um bi-lhão de litros.

|||| GL: A Embrapa e a ABCGIL estão pensando em alguma ati-vidade comemorativa para os 25 anos do Programa?|||| V: Completar um quarto de sécu-lo de um Programa tão exitoso como esse é algo muito significativo. Esta

data merecerá atenção especial da Embrapa Gado de Leite e da ABC-GIL. Em maio, será realizado um evento especial em Uberaba, com o lançamento do resultado da prova de mais um grupo, composto de 17 no-vos touros testados. Será um docu-mento em formato diferenciado, com novas mensagens, memória e outros aspectos ainda a serem definidos. Antes disso, durante o 11º Congresso Pan-Americano da Fepale, ocorrido em março, em Belo Horizonte, rea-lizamos um simpósio especial a res-peito do Programa de Melhoramento, abordando o impacto das raças zebuí-nas na pecuária de leite do Brasil e os avanços e desafios do melhoramento genético animal. Trabalhamos na par-te científica deste evento e o chefe de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Gado de Leite, Rui Verne-que, um incansável pesquisador nos estudos de melhoramento genético em raças zebuínas, proferiu a palestra magna de abertura do simpósio.

|||| GL: De que forma a parceria com a ABCGIL e os sistemas de produção do Campo Experimental de Coronel Pacheco podem ajudar no desenvolvimento da produção de leite?|||| V: Como já foi dito, a principal ação será potencializar os índices de produtividade dos sistemas de manei-ra sustentável para, com isso, disponi-bilizar tecnologias que serão transfe-ridas diretamente ao produtor. Todos

A Embrapa Gado de Leite e ABCGIL são parceiras na transferência de tecnologias para a pecuária leiteira. O

contrato de cooperação técnica foi assinado em novembro de 2009, na data do 33º aniversário da Embrapa Gado de

Leite, por Duarte Vilela, chefe-geral da Embrapa, em Coronel Pacheco, MG, e Silvio Queiroz, presidente da ABCGIL.

O objetivo das entidades é estruturar os sistemas de produção dos campos experimentais da Embrapa e estreitar o

relacionamento dos parceiros. Assim, pretende-se potencializar ações de pesquisa e transferência de tecnologias.

Em entrevista exclusiva para a revista Gir Leiteiro, Duarte Vilela avalia a contribuição dessa parceria para o

crescimento da pecuária de leite no Brasil e países de clima tropical.

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os anos, nossos campos experimentais recebem acima de quatro mil visitan-tes. Com a experiência da ABCGIL e a expertise da Embrapa, iremos trans-formar o Campo Experimental de Coronel Pacheco em uma importante vitrine de tecnologias aberta à visita-ção, afinada com o Programa de Boas Práticas Agropecuárias, divulgando tecnologias para produtores do Brasil e do exterior que por lá passarem. |||| GL: Em sua opinião, em quanto a ABCGIL poderá contribuir para a melhoria da pecuária leiteira no Brasil? |||| V: É difícil mensurar isso, mas a força de uma cadeia produtiva pode ser medida pela grandeza de suas instituições. A ABCGIL é uma Asso-ciação de referência internacional. A instituição trabalha não apenas para a melhoria da pecuária de leite no Bra-sil, mas em todos os países que tem nas raças zebuínas o grande potencial para alicerçar sua base de produção de leite. Tais países estão em regiões tropicais, possuem economia menos desenvolvida e necessitam melhorar os ganhos de produção em alimentos. A ABCGIL tem muito a contribuir para a América Latina, por exemplo, além do potencial para atingir a Áfri-ca e Ásia. O setor leiteiro nacional se orgulha de contar com uma Asso-ciação tão bem estruturada e atuante quanto a ABCGIL.

|||| GL: Diante das dificuldades en-frentadas pelo produtor de leite no Brasil, como a pesquisa agropecuá-ria pode contribuir, em curto pra-zo, para minimizar esta situação? |||| V: Não se pode pensar em pesquisa “em curto prazo”. A ciência agrope-cuária é um processo que leva anos

para alcançar resultados e não pode ser interrompido, sob risco de colo-car a perder décadas de importantes ações. O que podemos afirmar é que a pesquisa em bovinocultura de leite tem feito muito, em longo prazo, para solucionar os problemas do produtor rural. Basta dizer que nas últimas três décadas, desde que a Embrapa Gado de Leite foi criada, o País triplicou a sua produção de leite. Deixamos de ser importador líquido de produ-tos lácteos para nos tornar potencial exportador. Hoje, temos tecnologias para multiplicar por quatro a produ-ção brasileira sem expandir nossas fronteiras agrícolas. Esse “milagre” do incremento na produtividade so-mente foi alcançado por meio da pes-quisa agropecuária.

|||| GL: Quais são os últimos avanços da Embrapa em pesquisa de Gado de Leite, em especial com relação às raças zebuínas como o Gir Leiteiro?V: No Gir Leiteiro, o principal avan-ço está na área de melhoramento ge-nético. A genética quantitativa tem possibilitado identificar excelentes

reprodutores ‘melhoradores’ para produção de leite e outras caracte-rísticas de importância econômica. Trabalhamos também em outras ver-tentes, com o objetivo de aperfeiçoar a contribuição da raça para a pecuária leiteira. Uma delas consiste na me-lhoria das tecnologias reprodutivas, tais como, a produção de embriões ou animais por meio da fertilização em laboratório, denominada fertili-zação in vitro (FIV). Outra frente de trabalho é a transgenia, que tem como meta produzir animais especializados e mais resistentes aos principais pa-rasitas que acometem nosso rebanho. Uma terceira frente é a clonagem, ou seja, a produção de animais idênticos. Além disso, atuamos em pesquisas relacionadas à genética molecular. Tais pesquisas identificam marcado-res moleculares associados às carac-terísticas de importância econômica na atividade leiteira. Outros estudos relacionados à genômica, mais uma importante tecnologia, poderá trazer grandes impactos para a ciência e a produção animal num futuro próxi-mo. Em síntese, nossos estudos são abrangentes. Temos ações de pes-quisa em áreas tão distintas quanto a qualidade do leite e o controle de parasitas. Nossos projetos de pesqui-sa são divididos em produção animal; recursos forrageiros e meio ambiente; agronegócio do leite e saúde animal e qualidade do leite. São 12 laborató-rios onde desenvolvemos tecnologias que buscam melhorar a produção e a produtividade nas fazendas de manei-ra sustentável. Temos certeza de que a parceria com a ABCGIL irá con-tribuir muito para atingirmos nossos objetivos, favorecendo os produtores de leite e aumentando a renda das fa-mílias no meio rural.

COM A EXPERIêNCIA DA

ABCGIL E A EXPERTISE

DA EMBRAPA, IREMOS

TRANSFORMAR O CAMPO

EXPERIMENTAL DE CORONEL

PACHECO EM UMA

IMPORTANTE VITRINE DE

TECNOLOGIAS ABERTA à

VISITAçÃO”

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ecnologia no Campo T

ABCGILnova parceria vai além da produção de leite, inclui a gestão e a sustentabilida-de do projeto”, explica Márcio Ramos, técnico de campo da ABCGIL respon-sável pela gestão do projeto.

“Planejamos aumentar a produção e a produtividade com genética de alta qualidade, além de desenvolver estra-tégias de manejo que possibilitem me-lhorar a lucratividade dos sistemas para aumentar a renda”, informa o gerente do Campo Experimental, José Henri-que Bruschi.

“Vamos transformar o campo expe-rimental de Coronel Pacheco em uma fazenda produtora de leite modelo”, diz Márcio. O sistema de gestão será re-passado ao produtor que terá uma pla-nilha de custo geral (preços de animais, medicamentos, alimentação, insumos, mão-de-obra). “O criador precisa ter noção do custo real de produção.”

Silvio Queiroz e Duarte Vilela: Assinatura fortalece ainda mais a parceria de 25 anos e representa um marco para a ABCGIL

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Em 13 de novembro passado, o presi-dente da ABCGIL, Silvio Queiroz, e o chefe-geral da Embrapa Gado

de Leite, Duarte Vilela, assinaram con-vênio de cooperação técnica. Além de um novo passo para fortalecer ainda mais a parceria de 25 anos, a iniciativa representou um marco na história da ABCGIL: o desafio de gerenciar os sis-temas de produção de leite da Embrapa e a criação da sua primeira filial.

A Embrapa desenvolve dois projetos leiteiros: o Sistema Intensivo de Produ-ção de Leite, com gado Holandês, e o de Produção de Leite a Pasto, com ani-mais cruzados Gir Leiteiro e Holandês. Com o novo acordo, será criado o Sis-tema de Produção de Gir Leiteiro.

O Centro Experimental de Coronel Pacheco será uma unidade demonstra-tiva das técnicas desenvolvidas e adap-tadas pela Embrapa Gado de Leite. “A

Associação cria sua primeira filial, no Centro Experimental de Coronel Pacheco, onde também vai implantar a projeto de produção de Gir Leiteiro

faz gestão de sistemas de produção de leite da Embrapa

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Bruschi acredita que o convênio vai acelerar o andamento das atividades do Centro. “Como entidade particular, a ABCGIL tem mais agilidade que a Em-brapa, que é empresa pública e segue determinação do governo. E também depende do orçamento, da votação no Congresso”.

“O convênio vai imprimir maior velocidade nas ações. Vamos poder comprar insumos sem licitação, assim como contratar mão-de-obra, o que an-tes era limitado”.

Pelo acordo, a Embrapa entra com a estrutura física (terras, instalações), rebanho e orientação técnica.

A ABCGIL é responsável pela con-tratação da mão-de-obra, compra de insumos, manutenção da propriedade e comercialização da produção. “Ao fim do contrato, o número de vacas que estamos cedendo em comodato deverá ser devolvido”, informa Bruschi.

Para abrir o escritório, a ABCGIL precisou contatar a Receita Estadual, para obter cartão de produtor, e fazer a Inscrição Estadual. “Tivemos de aten-der essas exigências para a comerciali-zação de leite e animais”, diz o gestor do projeto.

Os funcionários da Embrapa que trabalham no Centro serão remane-jados para outros setores. “Vamos reduzir o número de empregados de 15 para 10”, diz Márcio, que foi trans-ferido da sede para conduzir o projeto em Coronel Pacheco.

O projeto terá cinco anos de dura-ção. Poderá ser prolongado. A deman-

da mensal de recursos é da ordem de R$ 30 mil a R$ 35 mil, o que é garan-tido pela venda de leite. O dinheiro para sustentação das atividades virá da venda do leite e do material genético (matrizes de descarte, bezerros e em-briões).

O valor arrecadado com a venda de leite será depositado em uma conta da ABCGIL para o fluxo da atividade. “A meta é fazer com que a fazenda se tor-ne auto-suficiente”, afirma Márcio.

O Centro produz 2.000 litros de lei-te ao dia, entregues no Laticínio Bom Gosto, da região. O leite rende cerca de R$ 35 mil ao mês. Planejamos dobrar a produção em cerca de 3 anos”, prevê o gestor.

Bruschi Informa que, paralelamen-te, serão realizadas pesquisas que não

ecnologia no Campo Tinterfiram na gestão e na sustentabili-dade da fazenda e que possam deixar recursos para o projeto se auto-sus-tentar. “Se for produzido um bezerro de TE ou FIV, não vamos precisar dele. Podemos vendê-lo e os recursos voltam para o projeto”.

A área total do projeto é de 140 hec-tares, sendo 40 hectares para o Sistema Intensivo de Produção de Leite (puros) e 100 hectares para o Sistema de Pro-dução de Leite a Pasto (mestiços).

Na fazenda, as fêmeas puras são inseminadas com sêmen de touros PO Holandês e as mestiças, com tou-ro Gir Leiteiro, quando atingem 7/8, para refrescar o sangue e ganhar em rusticidade, conforme explica Márcio tanto no sistema de gado puro como no de mestiço só usaremos touros provados com auto valor genético para leite.

A produtividade média do rebanho puro é 27 kg/leite/dia e, do mestiço, 15 kg/litros/dia. “Queremos aumentar a produção diária de leite das fêmeas puras para 40 kg e das mestiças, para cerca de 17 kg”.

Paralelamente, será implantado o Sistema de Produção de Gir Leiteiro, a partir de embriões, fornecidos pela ABCGIL, e receptoras do Centro, ce-didas em comodato. “É um projeto de longo prazo. Somente dentro de três anos teremos animais Gir Leiteiro em produção”, calcula Márcio. A idéia é implantar um rebanho Gir Leiteiro dentro da Embrapa com o custo de pro-dução de uma fazenda leiteira.

“O CONVêNIO VAI IMPRIMIR

VELOCIDADE NAS AçÕES.

VAMOS COMPRAR INSUMOS

SEM LICITAçÃO, ASSIM

COMO CONTRATAR MÃO-

DE-OBRA, QUE ANTES

ERA LIMITADO”, AVALIA

BRUSCHI.

Bruschi espera que a parceria acelere o andamento das atividades e proporcione maior agilidade nas ações

Márcio: “Vamos transformar o Centro

Experimental de Coronel Pacheco em uma fazenda

produtora de leite modelo”

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A super ferramenta de Seleção

Tela inicial do Cazal, onde o usuário terá acesso aos diversos recursos do programa. No menu horizontal ele encontrará:AJUDA - Consulta ao Manual: auxílio para o uso do programa. FICHAS DE TOUROS - Acervo Fotográfico, com fotos dos touros separados por grupo do Teste de Progênie. LINEAR – menu com duas opções: clicando-se em “Sistema Linear”, o usuário terá acesso às informações detalhadas e ilustradas do sistema

linear de mensuração da raça. Em “Correlações”, podem-se conhecer as correlações genéticas e fenotípicas entre as diversas características avaliadas na raça Gir Leiteiro. SUMÁRIO EMBRAPA – ABCGIL – acesso ao Sumário Brasileiro de Touros – Resultado do Teste de Progênie – Maio 2009 em sua íntegra, onde o usuário poderá consultar como as avaliações genéticas foram realizadas. A opção que dá prosseguimento à utilização do programa é acessada por meio do botão “Iniciar”.

Na tela seguinte, o usuário poderá cadastrar informações relativas à fazenda e ao animal a ser acasalado. Logo após, clica-se em “Avançar”.

Após clicar em “Iniciar” esta será a tela exibida. Nela

será realizado o cadastro de matrizes do usuário e também o acasalamento de uma matriz em questão com todos os touros do banco de dados. Exemplo: para

realizar um acasalamento e obter resultados de endogamia Cazal (Fz), basta clicar no visualizador de pedigrees que fica no canto

superior esquerdo da tela de cadastro e depois em “Exibir”. Após visualizar o pedigree da vaca desejada na tela clique

primeiro em “Acasalar”, seguido por “Ok” e depois em “Avançar”.

Com lançamento previsto para a Expozebu 2010, o software CAZAL entrará em vigor, disponibilizando aos associados da ABCGIL a oportunidade de prever bons acasalamentos para a raça Gir Leiteiro. Na ocasião, será feita a demonstração sobre as funções do programa. O aplicativo permite ao usuário ponderar as características desejadas de produtividade, conformação e manejo. Ao combinar a doadora do rebanho do criador, cadastrada com os dados do programa, com todas as informações de desempenho dos touros do Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro, PNMGL, o CAZAL gerará uma planilha de comparativo dos touros com as características procuradas e probabilidades de acasalamentos bem-sucedidos. Confira abaixo, o passo a passo do programa:

ora da Gestão H

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A partir deste ponto, o usuário construirá o índice genético para classificação dos touros. A ponderação de cada conjunto de características afins, denominados “Compostos”, deve somar 100%. Exemplo: atribuiremos 100% para a característica “Ângulo da Garupa”, requerendo o sentido “Reto”. Clica-se em “Avançar” para prosseguir.Nesta tela, pode-se optar em utilizar todos os touros

no acasalamento ou apenas os de sua escolha.

Em “Composto de Úbere”, como exemplo, atribuiremos 100% para “Ligamento de Úbere Anterior”, no sentido “Forte”. Clica-se em “Avançar” para prosseguir.

Para “Composto de Pernas e Pés” atribuiremos 100% para “Ângulo de Cascos”, no sentido “Alto”. Em “Composto de Manejo”, 100% para “Facilidade de Ordenha”, no sentido “Macia”. Clica-se em “Avançar” para prosseguir.

Em Índice de Tipo e Manejo, o usuário deverá

ponderar os compostos criados anteriormente,

totalizando 100 pontos. Clica-se em “Avançar”

para prosseguir.

Em seguida, é exibida a tela Índice de Produção, onde o usuário deverá ponderar as características produtivas. Note que nesta tela não há a coluna Sentido, pois se considera que não haja interesse de diminuir tais características. Clica-se em “Avançar” para prosseguir.

Em Índice Total, o usuário deverá ponderar entre o Índice de Tipo e Manejo e o Índice de Produção construídos.Clicando em Concluir, a tela Classificação Geral é exibida e os índices são calculados. Os touros aparecem dispostos em ordem decrescente de Índice Total.

O usuário tem a opção de gerar dois relatórios para impressão: um de classificação dos touros e outro com as ponderações utilizadas no índice. Basta acessar o menu Arquivo e clicar em Gerar Relatório, nomeando o arquivo e um local para que seja salvo.

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ora da Saúde

A cana com uréia é uma grande aliada para suplementação na seca,

além de apresentar muitas vantagens. Desde seu custo até o ganho

de peso do animal, o que evita o “efeito sanfona” causado por este

período. Sua utilização é altamente recomendada. Mas fique atento!

Certifique-se de que está administrando corretamente a mistura.

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xcesso de uréia

Acana-de-açúcar é volumoso de baixo custo, com alta produção de matéria seca por hectare. É

ainda a forragem que dá mais rendi-mento em um único corte. Quando a colheita coincide com o período da seca, dispensa a ensilagem.

No entanto, apresenta limitações nutricionais. Conforme dados da Embrapa Gado de Leite, a cana é classificada como um volumoso de média qualidade, com valor médio de 58,9% de nutrientes digestíveis totais, NDT, e baixos teores de pro-teína bruta, por volta de 3,8%, e em fósforo com 0,06%. Portanto, há ne-cessidade de suplementação.Dentre as opções de dietas, a mais conhecida, e possivelmente a mais utilizada, é a mistura de cana, uréia

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Como tratar:

Logo nos primeiros sinais, administrar via in-gestão oral, o vinagre caseiro, que diminui a absorção do NH3 (uréia) pela parede ruminal, com supervisão de um médico veterinário, que poderá diagnosticar o quadro e reverter a intoxi-cação a tempo.Fonte: Adalberte Estivari - Cati

(fonte de nitrogênio não protéico) e sulfato de amônio (fonte de enxo-fre), chamada de cana corrigida, que atende às exigências básicas para a melhor absorção dos nutrientes for-necidos.

A uréia e o sulfato de amônio, com-binados com os microorganismos do rúmen, auxiliam no processo de transformação e absorção das pro-priedades encontradas na cana, prin-cipalmente por seu alto potencial energético e também na transforma-ção da uréia em proteína, nutriente essencial para o animal.

Mas é nessa mistura que mora o pe-rigo. A uréia é altamente tóxica, se mal administrada (em quantidades acima do recomendado) pode levar o animal a morte. A intoxicação acontece quando o

excesso de uréia não consegue ser absorvido pelas bactérias do rúmen. Por ser lipossolúvel, a uréia vai dire-tamente para corrente sanguínea do animal, chegando ao cérebro. “Geralmente, os casos de intoxica-

ção de gado com cana corrigida ain-da ocorrem devido ao uso inadequa-do da técnica, como a não adaptação dos animais, desrespeitando esse período, e a má homogeneização no preparo dessa mistura, resultando

na ingestão de uma grande quanti-dade de uréia pelo animal”, afirma o engenheiro agrônomo Adalberte Estivari, da Cati, Coordenadoria de Assistência Técnica Integrada.Segundo Estivari, o animal intoxi-

cado apresentará os seguintes sin-tomas de origem nervosa: agitação, salivação em excesso, acúmulo de gases no rúmen (timpanismo), difi-culdade respiratória, falta de coor-denação, tremores musculares, evo-luindo para convulsão e morte.Conforme artigo publicado pelo

professor Enrico Lippi Ortolani e do pós-graduando Thales dos Anjos de Faria Vechiato, do Departamen-to de Clínica Médica da Faculdade de Medicina Veterinária Zootécnica da Universidade de São Paulo, “Em quadros de intoxicação quando sur-gem os primeiros tremores muscu-lares e o tratamento é empregado, a cura é de 80%, entretanto, quando o animal já apresenta sinais de convul-são, a morte é de 100%”. Segundo eles, “o quadro de intoxicação por uréia tem cura quando tratado no começo dos sintomas, mas é mais importante o tratamento sistêmico que o local, muitas vezes é este que vai ser fundamental para a vida do animal”.

Geralmente, os casos de intoxicação de gado com cana corrigida ainda ocorrem devido ao

uso inadequado da técnica, como a não adaptação dos animais, desrespeitando esse período, e a má homogeneização no preparo dessa mistura, resultando na ingestão de uma grande quantidade de uréia pelo animal”, afirma o engenheiro agrônomo Adalberte Estivari, da Cati, Coordenadoria de Assistência Técnica Integrada.

ora da Saúde HComo evitar:

Para evitar essa intoxicação os animais que serão arraçoados com cana corrigida (cana+uréia+sulfato de amônio) deverão pas-sar por um período de 14 dias de adaptação, fornecendo uma mistura na seguinte proporção:

100 kg de cana picada + 450 gramas de uréia + 50 gramas de sulfato de amônia.

A uréia e o sulfato deverão ser dissolvidos em 4 litros de água e regados sobre a cana picada.

A mistura deverá ser muito bem homogeneizada para a correta distribuição da uréia e do sulfato na massa de cana picada.Após os 14 dias, a mistura passará a ser forne-cida na seguinte proporção:

100 kg de cana picada + 900 gramas de uréia + 100 gramas de sulfato de amônia

A uréia e o sulfato deverão ser dissolvidos em 4 litros de água e regados sobre a cana picada.

A mistura deverá ser muito bem homogeneizada para a correta distribuição da uréia e do sulfato na massa de cana picada.

Observações: Se após o período de adaptação, o animal ficar mais de dois dias sem consumir a cana corrigida, ele deverá passar por um novo período de adap-tação.

Os cochos também devem receber atenção espe-cial: precisam ter furos para escoamento de re-síduos líquidos e serem cobertos, contra chuvas.Fonte: Adalberte Estivari - Cati

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ora do Criador

ir Leiteiro X

COM UM SISTEMA ORGANIZADO E MUITO BEM PLANEJADO, O ENGENHEIRO E PECUARISTA, JOSÉ MARIO MIRANDA ABDO, PENSOU EM CADA DETALHE. DA ORDENHA AO SISTEMA DE SEPARAçÃO DE DEJETOS SÓLIDOS E LÍQUIDOS. DAS LÂMPADAS FLUORESCENTES COMPACTAS, QUE ECONOMIZAM 5 VEZES MAIS QUE A ILUMINAçÃO COMUM, ATÉ A CAPTAçÃO DE ENERGIA SOLAR E O GERADOR HIDRÁULICO NÃO-POLUENTE.

Alta Tecnologia

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Toda a iluminação da ordenha é alimentada por um moderno sistema de captação de energia solar.

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Em visita à Fazenda Coqueiro & Barreiro, Gir Leiteiro conheceu o projeto do criador José Mario

Miranda Abdo, em Alexânia, Goiás, pertinho de Brasília. Para modernizar suas fazendas, José Mario passou por cima dos mitos. E investiu em instala-ções e na raça Gir Leiteiro.

No último ano, enquanto trocava idéias com alguns criadores a respei-to de investimentos em ferramentas tecnológicas na raça Gir Leiteiro, José Mario escutou muita coisa. Alta tecno-logia para Gir Leiteiro? Para quê? A raça não se adapta.

Aceitando os questionamentos como parte do processo de desenvolvi-mento da raça, o criador investiu firme nas instalações da fazenda e organizou os espaços. Hoje colhe os resultados de seu trabalho.

A ordenha mecânica escolhida, em linha média central, é própria para animais que exigem o bezerro ao pé. O sistema permite a mesma produção obtida manualmente. Num conjunto de 6 teteiras, alinham-se 6 vacas de cada lado. Ordenha-se um lado, enquanto o outro é preparado.

Os bezerros são separados por por-tinholas abertas pouco antes de inseri-das as teteiras. O bezerro se aproxima da mãe, o leite desce e a portinhola é fechada. Os tetos são higienizados com solução de iodo, seguido do teste de mastite e demais etapas.

Tudo é automatizado: lavagem das teteiras, tubulações e tanque de resfria-mento, com capacidade para 4.000 litros.

O processo de colocação das te-teiras e testes carrega outro diferen-cial. É realizado por duas mulheres. Segundo José Mario, foi uma oportu-nidade de integrar o trabalho de seus maridos, colaboradores na proprieda-de, e também ensinar uma atividade. “Além do mais, elas são muito mais cuidadosas e atenciosas, o que é es-sencial para esse serviço”.

Nalva Maria da Cruz realiza as or-denhas desde a instalação do equipa-mento, há um ano. “Gosto muito do que faço. É um trabalho diferente”. Joana D´Arc Matias da Silva é a outra auxiliar. Começou há poucas semanas. Ambas contam com a ajuda externa de Nilton Gonçalves Pereira.

Mas o segredo para tudo funcio-nar perfeitamente depende também de mais fatores. “Passamos todas as vacas pela sala de ordenha, diaria-mente, mesmo quando não são orde-nhadas”, afirma. Segundo ele, é mui-to importante que elas se habituem e se condicionem a ir sozinhas para a ordenhadeira.

Com os bezerros é o mesmo pro-cedimento. A separação dos ambien-tes também é primordial. Para isso, conta-se com uma sala de pré-ordenha e outra de saída, evitando-se assim possíveis contaminações, além dos pe-dilúvios presentes.

Atualmente, são 40 vacas Gir Lei-teiro em lactação, além das vacas Girolando. O objetivo é aumentar, e muito, este número. Embora, produtor de genética, não sendo a sua principal atividade a produção de leite, para o criador, é primordial acompanhar os avanços da tecnologia e trazer essa re-alidade para dentro da fazenda.

Nas pistas, a dedicação é igual. Tanto que seus investimentos no Gir Leiteiro e no Gir Leiteiro Mocho já renderam inúmeras premiações nas

principais exposições do país. Taça FIV JMMA foi Grande Campeã da Expozebu 2008; a mocha Ucrânia FIV JMMA foi Campeã Nacional Vaca Jo-vem na Megaleite 2009, sem falar nas fêmeas Utopia e Tunísia. Dentre os machos, o criador fez em 2008 e 2009 os dois grandes campeões nacionais, o mocho Tcheco FIV JMMA e Tarô FIV JMMA, respectivamente. Com o mo-cho José Mario já foi Melhor Criador e Expositor várias vezes como, Megalei-te 2008 e 2009, Expozebu 2008 e 2009 e ExpoBrasília 2008.

Paralelamente ao projeto, José Má-rio ainda mantém na fazenda modelo uma plantação de 13 mil mudas de eucalipto, variadas espécies de árvores frutíferas. Ele sabe todos os nomes e procedência de cada uma. Cultiva também uma lavoura com 4.000 pés de lichia _ uma de suas paixões _ e tem duas grandes áreas destinadas à avicultura e à suinocultura industrial.

"É FUNDAMENTAL APÓS A ORDENHA, MANTER O ANIMAL EM UM ESPAçO LIMPO. E EM PÉ. MUITAS FAZENDAS

SOLTAM O GADO NO PASTO. AO DEITAR-SE EM QUALQUER LUGAR, àS VEZES AO

LADO DE DEJETOS, FACILITA-SE A CONTAMINAçÃO E A

INDESEJADA MASTITE”.

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garante fartura de leite

Zzn Peresem-estarPequenos cuidados proporcionam

ganhos econômicos, traduzidos pelo aumento da qualidade do

leite, da produtividade e do lucro na pecuária leiteira. Alimentação de alta qualidade, manejo sanitário adequado e instalações bem dimensionadas são algumas premissas básicas para bem-estar e conforto do gado e contribuem para o sucesso da atividade.

Na Europa e em outros países, es-

ses procedimentos são normatizados e atendem as exigências do consumi-dor que busca alimentos produzidos dentro dessas condições. No Brasil, porém, ainda não existe legislação específica sobre as práticas de bem-estar para a produção de leite.

“A referência, no País, é a IN 56 (Instrução Normativa), que é mui-to abrangente e trata os animais de produção como fossem agrupados

em uma única espécie, esquecendo das particularidades de cada uma delas”, avalia o doutor em zootecnia, comportamento e bem-estar animal, Marcelo Simão da Rosa, do Grupo de Pesquisas e Estudos em Etologia e Ecologia, de Muzambinho (MG).

“Desconforto e comprometimento do bem-estar reduzem a produção de leite.” Quem afirma é a pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Maria de

ora do ManejoH

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produção em 2 litros de leite. “A ação de gritar, duran-te a condução da vaca da sala de espera para a sala de ordenha, já provoca essa queda, devido ao aumento do leite residual. Isso também reduz os teores de proteína e gordura do leite ordenhado”, alerta.

De acordo com Maria de Fátima, o estresse ocorre quando o ambiente do animal é afetado. Conforme ex-plica, ambiente é tudo que rodeia o animal (instalações, temperatura local, umidade relativa do ar, alimentação e fator humano) e envolve sua relação com o homem. “O estresse compromete o sistema imunológico do animal, que fica mais suscetível aos agentes patogênicos causa-dores da mastite, com reflexos negativos na produção.”

O BE-A-BÁ DO BEM-ESTAREntre as normas de boas práticas de bem-estar do

gado de leite Maria de Fátima recomenda atenção espe-cial com a água e a alimentação, que devem ser de boa qualidade, e com a suplementação dos animais durante a seca, sempre disponível, no cocho ou no pasto.

No confinamento, Maria de Fátima aconselha fracio-nar a alimentação em quatro porções diárias, na época de calor. Em condições extensivas, ela lembra que o animal passa 60% do tempo pastando durante o dia e 40%, à noite. No calor, inverte-se essa proporção, com pico de pastejo no nascer e no pôr do sol, ou seja, quase nenhum pastejo durante o dia e concentração à noite.

As instalações devem ser bem dimensionadas, não haver superlotação, evitando-se a presença de pisos es-corregadios e irregulares e de material pontiagudo que pode ferir o animal. No pasto, é importante colocar som-breamento no curral de espera das fêmeas para ordenha.

Instalações sempre limpas, com atenção ainda maior para os bebedouros. No caso de ordenha mecâ-nica, a pesquisadora chama atenção para os cuidados com a higiene e a manutenção do equipamento (saber se o vácuo está correto, se as borrachas estão em perfei-tas condições). “Se for ordenha manual, cuidado com a limpeza das mãos do retireiro e do úbere da vaca”, avisa.

O conforto térmico é outra condição importante para o bem-estar do gado. Portanto, deve-se maximizar a construção, para se ter o máximo de ventilação natural, mantendo o local fresco na época do calor. “Não se deve construir a 15 metros de barrancos e nem ter outras insta-lações que possam obstruir a ventilação natural”, ensina.

O sombreamento do pasto, de preferência com árvo-

Fátima Ávila Pires. Ela acrescenta que a relação negativa do tratador com a vaca (gritar ou bater no animal) e a limitação de recursos alimentares, de água e espaço provocam competi-ção e causam estresse.

Segundo Simão da Rosa, vacas em lactação que sofrem maus tratos na ordenha, causados pela interação retireiro-vaca, chegam a reduzir a

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ora do ManejoHres, é outra premissa, inclusive pro-posta do sistema silvopastoril. Se não for possível, deve-se oferecer sombra artificial. “O estresse por calor é um dos principais fatores que prejudica o bem-estar animal e contribui para o aumento de batimentos cardíacos, de temperatura retal, sudorese, entre ou-tros comportamentos indesejáveis”, diz Simão da Rosa.

Dentre as normas de boas práti-cas de bem-estar animal, o preparo da mão-de-obra é essencial e deve abranger treinamento, capacitação e valorização do funcionário. “Remu-neração adequada, boas condições de trabalho e ambiente agradável são condições para o empregado gostar e estar satisfeito com o trabalho”, cita.

MANEJO RACIONALSimão da Rosa destaca os ganhos

obtidos na reprodução de bovinos, bezerros lactentes, segurança no tra-balho, alimentação, instalações, som-breamento, ordenha, mão-de-obra, com a adoção do protocolo de manejo racional.

Na reprodução, quando a intera-ção humano-bovino é aconselhável, positiva, os animais reduzem sua dis-tância de fuga (distância mínima de aproximação permitida pelo animal), ou seja, tornam-se menos medro-sos e mais dóceis. “Quanto menor a distância de fuga, maior é a taxa de concepção na primeira inseminação. Respostas semelhantes são obtidas com relação à transferência de em-briões”, salienta.

O protocolo aplicado a bezerros lactentes possibilita a redução de mortalidade e de tratamentos medi-camentosos. O pesquisador conta que o manejo de desaleitamento deve ser progressivo. Começa com 6 litros de leite diariamente, sendo reduzido gra-dualmente, de maneira que nos últi-mos dias o bezerro esteja consumindo

apenas 1 litro de leite. A aplicação do manejo racional

também proporciona segurança no tra-balho, com redução da distância de fuga dos animais. A recomendação para va-cinação e a condução dos animais, do pasto ao curral, de maneira adequada, deve empregar os conhecimentos de distância de fuga, ponto de equilíbrio, liderança e, até mesmo, a ‘vaca ma-drinha’. “Isso permite a vacinação de maneira tranquila, deixando somente a ação da agulhada como aversiva. E, ao ser liberado, o animal recebe alimento, como reforço positivo, amenizando a ação negativa”, ensina.

O atendimento às exigências nutri-cionais diárias é fundamental. O ani-mal deve ter crescimento, produção, reprodução e saúde adequados. O ali-mento no cocho, de preferência, deverá ser oferecido à sombra. “Quando ofer-tamos sombra somente na área de co-cho, podemos impedir o acesso de ani-mais submissos a este local pelo fato de os dominantes, após se alimentarem, deita-rem nestas mesmas áreas”, observa o pesquisador.

Locais para realização das práticas zootécnicas (aplicação de medicamen-tos, descorna, identificação, inseminação e ordenha) e embarque/desembarque devem considerar o com-portamento dos bovinos, aconselha Simão da Rosa.

Quanto ao conforto térmico, ele recomenda atenção principalmente ao pé-direito do telhado, localização de ralos e ventilação. “O estresse térmico por calor prejudica os índices reprodu-tivos e a produção de leite. Para cada grau a mais de temperatura retal, tem-se a queda de 1 kg diário de leite por vaca”, destaca.

Na opinião do pesquisador, sele-ção e treinamento do trabalhador na bovinocultura leiteira são essenciais para que as atividades desenvolvidas venham ao encontro do bem-estar hu-mano e animal. “Quando agimos de maneira correta na escolha e preparo de nossos profissionais, provavelmente, conseguimos oferecer condições para que o bem-estar na fazenda seja uma realidade.”

Simão da Rosa ensina: “Não se deve construir a 15 metros de barrancos e nem ter outras instalações que possam obstruir a ventilação natural.”

Água limpa e fresca deve ficar sempre disponível para o rebanho

É PROIBIDO AGREDIR OS ANIMAIS, AFIRMA

CORDEIRO, QUE CONSTRUIU UM ABARCADOURO QUE EVITA LESÕES CORPORAIS E ESTRESSE NO EMBARQUE

DO GADO.

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NA HORA DO MANEJO

APROVADOManejar os animais com calma, sem correrias e sem gritos;Trabalhar com número de pessoas suficiente para realizar o trabalho;O piso deverá estar seco e ter espaço suficiente;Excluir do lote de embarque animais feridos ou debilitados;Minimizar o tempo de permanência dos animais no curral;Motoristas deverão realizar a manutenção e lim-peza de seus veículos;O veículo deve estar bem estacionado, sem vãos entre a gaiola e o embarcadouro;Não misturar animais de diferentes categorias e lotes;Conduzir ao embarcadouro o número exato de animais para cada compartimento do caminhão;Embarcar os animais sem a utilização de choques, ferrões ou qualquer outra ferramenta

de agressão.

REPROVADOAnimais infectados de endo e ectoparasitas;Animais subnutridos; Salas de ordenha mal dimensionadas;Estresse térmico;Animais doentes de maneira geral, incluindo a mastite e laminite principalmente;Interação insignificante ou desaconselhável ou instável humano-bovino;Lotes de produção mal planejados: misturar va-cas primíparas com pluríparas ou redimensionar os lotes de produção a cada 15 dias;Manter animais isolados para realizar a insemi-nação artificial ou o deslocamento;Escassez de água;Falta de higiene nas instalações e equipamentos.

ora do ManejoH

Na Fazenda Vila Rica, proprieda-de de 330 hectares, em Cocalzinho (GO), pequenos detalhes garantem conforto e bem-estar do gado. Um rebanho dos bons, formado por 420 animais Gir Leiteiro, entre mochos e padrão.

Para Dilson Cordeiro, titular da fazenda, alimentação farta e de alta qualidade estão dentre as priorida-des. Para garantir isso, são cultivados nada menos que 38 hectares de milho e sorgo, que rendem 1.700 toneladas de silagem de primeira.

Os cuidados com higiene e limpeza merecem atenção especial. As áreas cimentadas são lavadas duas vezes ao dia.

Na Vila Rica, árvores dão sombra para o gado no pasto. Além disso, em algumas áreas, coberturas com sombrite reduzem a incidência do sol sobre os animais.

“É proibido agredir os ani-mais”, afirma Cordeiro, que construiu um abarcadouro

que evita lesões corporais e estresse no embarque do gado.

Nas cocheiras, ao invés de cimen-to, no chão, foi adotada uma solução ecológica, que dá conforto animal. Cavou-se uma vala, colocou-se uma pedra de mão, uma camada de carvão (este funciona como desorizador) e, por cima, brita e areia.

Dilson acredita que o cumprimen-to das metas de bem-estar animal está ligado à conscientização da mão-de-obra. “Sempre que posso, faço reu-niões para treinamento dos peões, salientando vários pontos, principal-mente a importância da higiene na ordenha.”

Sombra, água fresca e muito mais

Sempre que posso, faço reuniões para

treinamento dos peões, salien-tando vários pontos, principal-mente a importância da higiene na ordenha, afirma Dilson Cordeiro (foto).

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ora do Martelo

ercado

O ano de 2009 foi muito positivo para o Gir Leiteiro, com eventos batendo recorde de preços e médias, e crescimento acima de 70%. Também o número

de leilões aumentou. O setor apresentou qualidade de ponta e foi recompensado por isso.

A raça vem galgando posições no ranking dos leilões em todo o Brasil, impulsionada pelo custo benefício e muitas opções de cruzamento: produção de leite com matrizes puras ou Girolandas e, como adendo, machos PO para reprodução e mestiços para confinamento. A observação é do leiloeiro João Gabriel, com conheci-mento de causa. No ano passado, comandou o martelo em 80% dos leilões de elite Gir Leiteiro.

Raça encerra 2009 com recorde de preços e médias, e se prepara para repetir o desempenho neste ano, impulsionada pelo maior interesse do mercado internacional.

João Gabriel: “América Central, América do Sul, África e outros países estão de olho em nosso gado.”

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Também acompanha o mercado internacional. Paixão confessa de lado, o leiloeiro acredita que a raça tem muito a crescer no mercado ex-terno. “América do Sul e Central, África e outros países estão de olho em nosso gado. No Brasil, através da ABCGIL, ABCZ e de valorosos selecionadores, se tem feito um tra-balho maravilhoso de melhoramen-to”, observa.

“O mercado internacional está aos nossos pés. É esperar para ver. Se não quiser perder o trem, venha o quanto antes para nossa estação, e viva o Gir Leiteiro!”, convida.

Gerson Simão, gerente do con-sórcio de exportação Brazilian Cattle Genetics e de Relações In-ternacionais da ABCZ, confirma o interesse do mercado externo pela genética do Gir Leiteiro.

De acordo com Gerson, Angola e Senegal estão comprando ma-trizes e touros. Panamá, começou importar sêmen e embriões no ano passado, através de um programa

do governo. Inclui na lista México, África do Sul, China e Índia. “Dia 24 de março, nos reunimos com os adidos desses países para definir protocolos de exportação.”

ALTA PERFORMANCEJoão Gabriel observa também o

grande número de novos criadores e a intensa demanda por animais de alta performance (doadoras), que o mercado oferece a conta-gotas. Isto faz com que sejam disputadas e va-lorizadas. “Os investidores querem o que há de melhor, e estão dispos-tos a pagar por isso”, diz.

“Todo investidor busca uma raça que alcance bons preços e ofereça liquidez. O Gir Leiteiro é o cami-nho.” A somatória das linhagens, ao longo dos últimos 15 anos, tem importância ímpar na composição dos animais de altíssimo valor ge-nético. “Na seleção, a busca é por indivíduos de produção comprova-da e touros provados. É lógico que,

Leilão Local Lotes Renda (R$) Média (R$)

2º Gir das Américas Rio de Janeiro, RJ 38 5.302.340 139.535

3º Estância Silvania São Paulo, SP 23 2.086.500 90.717

1º Pilares do Gir Leiteiro São Paulo, SP 33 2.771.000 83.970

3º Virtual Mutum Canal Rural 31 1.900.000 61.290

1º Confiança Gir Leiteiro Uberaba, MG 30 1.787.330 59.578

18º Tradição Gir Leiteiro Uberaba, MG 28 1.444.000 51.571

1º Excelência da Raça Uberaba, MG 31 1.534.750 49.508

3º Gir kubera Gallery São Paulo, SP 25 1.118.400 44.736

1º Caminho da Índia Uberaba, MG 33 1.445.000 43.788

4º Progregir Uberaba, MG 24 1.049.000 43.708

AS 10 MAIORES

MÉDIAS DO GIR LEITEIRO

dessa maneira, a pressão de seleção aumenta.”

A média nos leilões vem se mantendo. Animais de exceção sempre são os mais procurados e disputados. “A qualidade dita o preço, claro, e a liquidez é grande”, enfatiza o leiloeiro.

GERSON SIMÃO, GERENTE

DO CONSÓRCIO DE

EXPORTAçÃO BRAZILIAN

CATTLE GENETICS, CONFIRMA

O INTERESSE DO MERCADO

EXTERNO PELO GIR LEITEIRO.

E INCLUI NA LISTA MÉXICO,

ÁFRICA DO SUL,

CHINA E ÍNDIA.

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A tualmente, existem no mercado uma série de aditivos, probióticos e outros tipos de suplementos ca-

pazes de aumentar a eficiência alimen-tar e, consequentemente, a produção leiteira, mas de nada adianta se o ani-mal não estiver suprido de suas neces-sidades básicas como, energia, vitami-nas, proteínas e minerais. A afirmação é do professor zootecnista e especialista em nutrição animal Gilmar Prado, que presta assessoria para as mais importan-tes propriedades, muitas delas leiteiras,

pelo Brasil afora e também é professor das disciplinas de Nutrição e Pastagem da Fazu. "Hoje o que se vê é uma admi-nistração desenfreada desses produtos, que têm cumprido um papel importante na evolução da nutrição animal, mas são utilizados errônea e exageradamente", explica. Segundo ele, é normal chegar a propriedades e notar que o animal está desnutrido ou super alimentado, com uma dieta desequilibrada, e o criador está fornecendo suplementos como se fosse a solução para o problema.

Suplementaçãoanimal.Quando e por que usar?

Você já parou para pensar que o que vale na nutrição animal não é apenas o que o seu animal come: se é a ração mais barata ou a mais cara, se é sorgo, milho ou cana, mas sim a QUALIDADE do que ele come?

ora de NutrirHora de NutrirH

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Por isso, é necessário, antes de tudo, avaliar a capacidade lei-teira do animal. "Se a vaca tem genética para produzir 8 kg ou 30 kg de leite, as quantidades a serem fornecidas são totalmen-te diferentes. No gado leiteiro a vaca diz o quanto precisa comer, pela sua produção. Diferente do gado de corte, quando você ad-ministra o quanto você quer que ele engorde", ressalta.

"Sempre alerto o produtor: ao adquirir o animal melhorado geneticamente, o criador tem que estar ciente que oferecerá as melhores condições de nutrição, acompanhando sua evolução", afirma. A premissa neste caso é: para fornecer, é necessário co-nhecer o animal, além de sem-pre contar com a orientação e acompanhamento de um profissional. Seguido esses passos, podemos pen-sar no fornecimento de suplementos. Hoje estão disponíveis vários tipos: os aditivos, os antibióticos _ preven-tivos e promotores de crescimento, aditivos naturais como as leveduras, e os probióticos.

O papel principal dos aditivos é promover a eficiência alimentar, ou seja, a capacidade em digerir e absor-ver os nutrientes, como, por exemplo, os ionóforos, que são selecionadores da flora microbiana no rúmen, onde encontramos centenas de espécies de microorganismos benéficos e maléfi-cos, como os organismos produtores de CO2 e metano. A produção destes gases, conhecidos por poluir o meio ambiente, também é muito indesejá-vel para o animal, pois ele perde em média 6% de sua energia, por essa via. Com a administração desses aditivos, impedimos essa perda. Deste mesmo

grupo, todos com seus devidos nomes comerciais, estão a monensina sódica, lasalocida sódica e a salinomicina.

Já no grupo dos antibióticos, en-contramos a virginiamicina. Depen-dendo de cada medicamento e da dosagem utilizada há um período de carência, neste caso, para utilização do leite, pois atuam diretamente no organismo do animal. Não é o caso deste antibiótico que é utilizado em pequenas dosagens e por isso não dei-xa resíduos no leite.

Além de não deixar resíduos, evitam doenças, como os abcessos hepáticos e promovem o crescimen-to nos animais. Também podem ser utilizados continuamente na dieta de animais a pasto como incentivadores para crescimento e ganho de peso e/ou produção leiteira. Os níveis de toxicidade são muito baixos e atuam apenas no microorganismo do rúmen.

Já os aditivos naturais, que são microorganismos vivos, atuam ini-

HOJE O QUE SE Vê É UMA ADMINISTRAçÃO DESENFREADA

DESSES PRODUTOS, QUE TêM CUMPRIDO UM PAPEL

IMPORTANTE NA EVOLUçÃO DA NUTRIçÃO ANIMAL, MAS SÃO UTILIZADOS ERRôNEA E

EXAGERADAMENTE"

bindo o crescimento de micro-organismos indesejados, além de estimular a atividade de outros benéficos.

As leveduras fazem parte des-te grupo. Sua ação exerce um pa-pel fundamental, que é o seques-tro de oxigênio dentro do rúmen do animal, que por ser anaeróbio, ou seja, é um órgão que não ne-cessita de ar para desempenhar sua função, pode ser prejudica-do mesmo com pequena presen-ça de oxigênio. O que acontece é que uma vez contaminado, o desenvolvimento dos seus mi-croorganimos é prejudicado, principalmente, os que digerem as proteínas, a celulose das forra-gens e os carboidratos dos grãos, resultando em baixa eficiência digestiva além de afetar indireta-

mente o aumento do ácido lático no rúmen, totalmente indesejável para a produção de leite. Logo, as leveduras conseguem estabilizar esse processo, melhorando a digestabilidade e o teor de gordura no leite.

Por último, temos os probióticos que são bactérias vivas conservadas, administradas no momento da ali-mentação do animal, que atuarão no rúmen, como uma cultura de bactérias se multiplicando e aumentando a di-gestão das fibras, e no intestino, me-lhorando a absorção dos nutrientes.

No entanto, o professor orienta "o ruminante é um animal que a natureza criou para consumir forragem e esta é a sua alimentação. Quanto melhor for a qualidade da fibra oferecida, menos o criador gastará com suplementos, que só deverão ser fornecidos e trarão resultados se o animal possuir uma dieta bem equilibrada com energia, proteínas, vitaminas e minerais".

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O Programa Nacional de Me-lhoramento do Gir Leiteiro PNMGL, também conhecido

como Teste de Progênie, foi criado em 1985. Resultou da parceria entre Embrapa Gado de Leite e ABCGIL. É referência no Brasil e no mundo.

O pesquisador Mário Luiz Martinez, da Embrapa, é o esteio do PNMGL. Foi ele quem criou as regras do primeiro Teste de Progênie de zebuínos do mun-do para produção de leite.

Desde o início, o programa eviden-ciou a seleção do Gir Leiteiro consa-grada na pecuária tropical como raça zebuína especializada. “O melhor zebu do mundo está no Brasil. Foi aqui, através das empresas de pesquisas, que se apuraram as ra-ças zebuínas”, afirma Silvio Queiroz Pinheiro, presidente da ABCGIL.

Cartão de visita do Gir Leiteiro, o PNMGL reúne o maior banco de dados do mundo sobre desempenho produtivo e re-produtivo da raça e seus cruzamentos. Envolve mais de 450 rebanhos participantes e cerca de 50 mil lactações encerra-das. O programa divulga anualmente, por meio do Sumário, a lista de touros com avaliação genética no Teste de Progênie e lactações recordes.

Em 25 anos, o programa modernizou-se e conquistou pro-dutores, fornecendo tecnologias reprodutivas confiáveis. É, sem dúvida, o grande responsável pelo sucesso do Gir Lei-teiro e da cadeia de produção de leite no Brasil, com animais fruto de cruzamentos com a raça.

Para Eduardo Falcão, da Estância Silvania, o sucesso do PNMGL só foi possível porque utilizou dados da rea-lidade de produção, com amostragens em centenas de rebanhos, em muitos Estados brasileiros, em condições de manejo diferenciadas. “Conseguimos traduzir ao produtor a confiança e a visibilidade da tecnologia utilizada na prática.”

Falcão lembra as grandes dificulda-des no passado no melhoramento dos rebanhos. A seleção das matrizes era feita através do controle leiteiro oficial. “Hoje temos o PNMGL, ferramenta eficaz, com uma gama de informações, que possibilita ganhos genéticos gera-

ção após geração, não só na produção de leite, e de sólidos, como na busca do animal com biótipo mais adequado.”

Produtos oriundos do rebanho de Falcão, após a avaliação genética através de suas filhas, figuram no primeiro lugar em PTA Leite do Teste de Progênie Embrapa/ABCGIL. Nesse time vale destacar Vaidoso da Silvania, touro de propriedade do Lúcio Rodrigues Gomes (veja Box).

Segundo André Rabelo Fernandes, coordenador ope-racional do programa, do início até sua metade, o PNMGL ficou restrito a um raio de atuação próximo da ABCGIL e Embrapa. Vislumbrando o crescimento do Gir Leiteiro, a Associação começou a fase de ampliação dos rebanhos co-laboradores para aumentar o quantitativo de touros em teste.

Convênios com Emater-MG e a Seap-AC foram o ponto de partida para a expansão nacional. Os resultados de

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Programa reúne, anualmente, 450

rebanhos colaboradores e 15 mil vacas

controladas, entre puras e mestiças.

Já testou 186 touros, em 25 anos de trabalho.

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25 anos de melhoramento do Gir Leiteiro

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Minas e do Acre servirão como mode-lo para se trabalhar em outros Estados. A próxima meta é Rondônia. As nego-ciações já estão em andamento.

A maior concentração de rebanhos colaboradores está em Minas Gerais, São Paulo e Goiás. O programa tam-bém está presente no Acre, Rio de Ja-neiro, Espírito Santo, Distrito Federal, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte e Paraná. A meta é alcançar todo o terri-tóro nacional.

O testeA avaliação de um touro leva sete

anos e demanda cerca de 200 ventres ou 10 novos rebanhos. Até o ano pas-sado, foram testados 186 touros, dos quais, 105 tiveram avaliação positiva para leite. Atualmente, mais 150 repro-dutores estão em avaliação, com resul-tados a serem liberados até 2016.

O touro entra no Teste de Progênie com idade máxima de 36 meses. As inscrições para a prova ocorrem, anu-almente, entre 1º e 31 de maio. Para participar, passam por prova de pré-seleção em disputa das 30 vagas. Em 2009, no 24º Grupo, foram inscritos 56 touros, sendo classificados 32.

São coletadas 550 doses de sê-men codificadas por touro. Destas, são distribuídas cerca de 50 doses por fazenda colaboradora. A dis-

tribuição se concentra entre 1º de outubro e 31 de dezembro.

Para acompanhamento das inse-minações e nascimentos, as fazendas recebem três visitas anuais. Mais duas visitas são feitas aos rebanhos puros para as mensurações das filhas dos touros do Teste de Progênie. Quatro técnicos da ABCGIL percorrem mais de 100 mil quilômetros por ano para visitar as 450 Fazendas Colaborado-ras. 70% do rebanho é de gado mestiço e 30% Gir Leiteiro puro.

O Controle Leiteiro é feito com a coleta de amostras de leite. Mede-se Produção de Leite; Produção de Gor-dura; Produção de Proteína; Produção de Lactose; Produção de Sólidos To-tais; Contagem de Células Somáticas. Posteriormente, são feitas avaliações para Características de Conformação,

Lúcio: “A pressão de seleção dos touros jovens que estão entrando no teste tende a acelerar a evolução genética da raça.”

“CARTÃO DE VISITA DO GIR LEITEIRO, O PNMGL REÚNE O MAIOR BANCO DE DADOS DO MUNDO SOBRE DESEMPENHO PRODUTIVO E REPRODUTIVO DA RAçA E CRUZAMENTOS.”

Nova lista de reprodutores com avaliação genética no Teste de Progênie é divulgada anualmente no Sumário de Touros.

Para Falcão, programa proporciona ganhos genéticos na produção de leite e de sólidos e na busca do animal com biótipo mais adequado.

Números do PNMGLRebanhos participantes: 450Touros provados: 186Touros em teste: 150Vacas controladas/ano: 15 mil (entre puras e mestiças)

Vacas com lactações acima de 5.000 kg: mais de 2.000Vacas com lactações acima de 7.000 kg: 500

André exibe Cartilha de Avaliação e Certificado de Qualificação Genética.

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Vaidoso é um exemplo do sucesso do PNMGL. Completou 10 anos, distribuiu 500 doses de sêmen no PNMGL e lidera as ven-das de sêmen da raça Gir Leiteiro, com 30 mil doses comercializadas. É número um do rank-ing, com o maior PTA do programa. “É por isso que ele é Vaidoso”, brinca Lúcio Gomes, dono do reprodutor.

O touro foi idealizado para entrar no Teste de Progênie. Foi comprado ainda mamando, por causa da mãe (Rocar Indúzia ômega), fêmea diferenciada do rebanho da Estância Silvania, de Eduardo Falcão. E pela campanha do pai, Benfeitor Raposo da Cal, líder do rank-ing por 4 anos consecutivos.

De acordo com o criador, os acasalamen-tos do touro deram muito certo. O que chama atenção nas suas filhas é o sistema mamário.

A Fazenda Valão do Cedro, em Redenção da Serra, SP, começou a criar gado de leite há 11 anos. Lúcio inspirou-se no avô materno, que sempre produziu leite e tinha um rebanho de Gir Leiteiro. “Desde cedo, me encantei com esta raça.”

O rebanho da fazenda possui 100 cabeças, sendo 35 matrizes em produção. Destas, 8 são doadoras em coleta de embriões. Os acasala-mentos são dirigidos para melhoria genética, sistema mamário e capacidade corporal. A maior parte das vacas é inseminada com sê-men de touros provados. Mas o criador reserva 10% a 20% do rebanho para touros em testes.

Na opinião de Lúcio, é aí que entra a im-portância do PNMGL, que fornece dados de produção e também informações que vão melhorar a morfologia, constatando a evolução genética dos filhos dos reprodutores avaliados. “A pressão de seleção dos touros jovens que estão entrando no teste tende a acelerar a evolução genética do Gir Leiteiro.”

Touro validado pelo programa

Seleção dos touros;

Coleta e envasamento do sêmen nas centrais;

Distribuição do sêmen codificado para os rebanhos colaboradores;

Acompanhamento das inseminações e nascimentos dos produtos;

Controle leiteiro e coleta de amostras de leite das progênies

de primeira cria e vacas de rebanho;

Mensuração das progênies de primeira e segunda

cria dos rebanhos puros;

Extração de DNA e genotipagem de touros e de vacas;

Digitação dos dados e Avaliação Genética;

Divulgação do programa e de resultados;

Treinamento de controladores.

10 Etapas do PNMGL

Características de Manejo e Marcado-res Moleculares.

A etapa mais importante do Teste de Progênie é o acompanhamento. Nessa fase, são coletadas informações de inseminação e nascimento das pro-gênies dos touros. O produtor recebe cadernetas de campo para padroni-zação da escrituração zootécnica dos rebanhos colaboradores.

Graças ao PNMGL, o Gir Leiteiro é a segunda raça em Controle Leiteiro Oficial no Brasil, com mais de 15.000 vacas controladas/ano. É a primeira raça leiteira brasileira e zebuína do mundo com touros provados por Teste de Pro-gênie. E lidera o ranking de venda de sêmen de gado leiteiro zebuíno no País.

No mercado nacional, há uma de-manda forte da raça para formação de novos rebanhos Gir Leiteiro, de cria-

dores de Girolando interessados em fazer F1 (tourinhos e/ou matrizes) e produtores de leite.

Dentre os principais importadores de genética de Gir Leiteiro estão Co-lômbia, México, Venezuela, Equador, América Central, África e Ásia. Os principais produtos são sêmen, embri-ões e animais vivos.

O PNMGL tem colaborado para o aumento da produção média do Gir Leiteiro que hoje alcança 3.254 kg/305 dias. Essa marca correspon-de a três vezes a média nacional, que é 1.254 kg.

No ano passado, o PNMGL absor-veu R$ 888.370,20 de recursos vindos da ABCGIL, Embrapa e Ministério da Agricultura. Valor semelhante está previsto no orçamento de 2010. O cus-to por touro alcançou R$ 27.761,57.

Vaidoso é um exemplo de

sucesso do Teste de Progênie, como

tantos outros reprodutores

provados pelo PNMGL.

Divulgação

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ora da ProvaH

Crescimento contínuo de animais em pista e torneio leiteiro

Ranking 2009/2010

Desde o início do Ranking Oficial Nacional da raça Gir Leiteiro 2009/2010, promovido pela ABCGIL, a en-tidade realizou 21 exposições, nas principais Feiras

Agropecuárias, de 6 estados do país e Distrito Federal. Des-tas, 12 ranqueadas e 9 homologadas pela entidade.

Ao todo, foram julgados 4.048 animais e 172 fêmeas par-ticiparam de concursos leiteiros.

“Bons resultados em pistas de julgamento, altas produ-

ções nos Concursos Leiteiros, empenho dos associados e a qualidade dos animais fizeram com que o Gir Leiteiro pudes-se mostrar a todos o grande potencial para produção leiteira, sendo hoje uma raça de destaque em todo o território Na-cional”, afirma Silvio Queiroz Pinheiro, presidente da AB-CGIL, entidade responsável pela coordenação e supervisão das exposições.Confira a ficha técnica de cada uma dessas exposições:

2ª Exposição Especializada do Gir Leiteiro de Uberlândia / MG – Camaru

Status: RanqueadaMês de realização: Outubro/2009Número de animais: 248 Concurso Leiteiro: 24

Grande Campeão: Federal FIV MAMJ – MAM 3161Expositor: Tropical GenéticaCriador: Milton Almeida Magalhães JuniorGrande Campeã: Amazona Alto Estiva – SQP 687Expositor: Henrique Cajazeira FigueiraCriador: Silvio Queiroz PinheiroGrande Campeã do Torneio Leiteiro: Fresta TE Bom Pastor – ABP 846Expositor: Agropecuária Bom PastorMelhor Expositor: Henrique Cajazeira FigueiraMelhor Criador: Henrique Cajazeira Figueira

ABCG

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4ª Exposição Estadual Fluminense do Gir Leiteiro de Cordeiro / RJ

1ª Exposição Regional do Gir Leiteiro de Governador Valadares / MGStatus: HomologadaMês de realização: Julho/2009Número de animais em pista: 74Número de animais no Concurso Leiteiro: 5

Grande Campeão: Umencal – CAL 6788Expositor: Work E Shop Ad. Fin. Com. Emp. Ltda.Grande Campeã: Dalila TE – HMQ 29Expositor: Hélio Macedo de QueirozGrande Campeã do Torneio Leiteiro: Dalila TE – HMQ 29Expositor: Hélio Macedo de Queiroz Melhor Expositor: Hélio Macedo de QueirozMelhor Criador: Hélio Macedo de Queiroz

8ª Exposição Estadual Paulista do Gir Leiteiro de Jacareí / SP Status: RanqueadaMês de realização: Julho/2009Número de animais: 90 Concurso Leiteiro: 6

Grande Campeão: Escol Silvania – EFC 714Expositor: Eduardo Falcão de CarvalhoGrande Campeã: Comenda TE SilvaniaExpositor: Eduardo Falcão de CarvalhoGrande Campeã do Torneio Leiteiro: Canção da Silvania – EFC 579Expositor: Eduardo Falcão de CarvalhoMelhor Expositor: Eduardo Falcão de CarvalhoMelhor Criador: Eduardo Falcão de Carvalho

1ª Exposição Regional do Gir Leiteiro de Salvador / BA Status: HomologadaMês de realização: Agosto/2009Número de animais: 108Concurso Leiteiro: 8

Grande Campeão: Destaque FIV JGVA – JGVA 48Expositor: José Geraldo Vaz Almeida

Grande Campeã: Axé-Gir – FZN 9Expositor: Agropecuária Santa TerezinhaCriador: André Luiz de Amorim Rodrigues Grande Campeã do Torneio Leiteiro: Toalha TE da Cal – CAL 6402Expositor: Vandivaldo Gomes de Souza

1ª Exposição Regional do Gir Leiteiro de Paracatu / MG Status: HomologadaMês de realização: Agosto/2009Número de animais: 100Concurso Leiteiro: 10

Grande Campeão: Abidé da Bom Pastor – ABP 469Expositor: Agropecuária Bom PastorGrande Campeã: Florida TE Fazenda Mutum – MUT 818Expositor: Leo MachadoGrande Campeã do Torneio Leiteiro: Piracema – APPG 1060Expositor: Geraldo de Carvalho BorgesMelhor Expositor: Leo MachadoMelhor Criador: Leo Machado

3ª Exposição Estadual Mineira do Gir Leiteiro de Sete Lagoas / MG Status: RanqueadaMês de realização: Agosto/2009Número de animais: 193Concurso Leiteiro: 11

Grande Campeão: Twister de OG – OGM 161Expositor: Dirlando Giordani de Moura

Grande Campeã: Brancura – ESA 251Expositor: Maria Tereza Lemos Costa CalilCriador: Roberto Falcão de CarvalhoGrande Campeã do Torneio Leiteiro: Duquesa TE MAMJ – MAMJ 51Expositor: Maria Tereza Lemos Costa CalilMelhor Expositor: Maria Tereza Lemos Costa CalilMelhor Criador: Maria Tereza Lemos Costa Calil

1ª Exposição Especializada do Gir Leiteiro de Cachoeira de Macacu / RJ Status: HomologadaMês de realização: Agosto/2009Número de animais: 96Concurso Leiteiro: 10

Grande Campeão: Poliedro TE FAN – FAN 2418Expositor: José Antonio Silva LinoCriador: Fábio AndréGrande Campeã: Caprichosa FIV Parahy – PHY 63Expositor: José Arley Lima CostaGrande Campeã do Torneio Leiteiro: Vasta Cal – CAL 7355Expositor: José Antonio Silva LinoCriador: Gabriel Donato de AndradeMelhor Expositor: José Antonio Silva LinoMelhor Criador: José Antonio Silva Lino

1ª Exposição Estadual do Espírito Santo da Raça Gir Leiteiro / ES

Status: RanqueadaMês de realização: Julho/2009Número de animais: 210Concurso Leiteiro: 29

Grande Campeão: Escol Silvania – EFC 714Expositor: Eduardo Falcão de CarvalhoGrande Campeã: Brancura – ESA 251

Expositor: Emerson Teixeira de OliveiraCriador: Roberto Falcão de CarvalhoGrande Campeã do Torneio Leiteiro: Dextra TE Brasília – RRP 5654Expositor: Fernando Fiuza DizMelhor Expositor: José Antonio Silva LinoMelhor Criador: José Antonio Silva Lino

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Status: RanqueadaMês de realização: Março/2010Número de animais: 251Concurso Leiteiro: 12

Grande Campeão: Escol TE Silvania – EFC 714Expositor: Eduardo Falcão de CarvalhoGrande Campeã: Jana FIV Jacurutu –

RMM 152Expositor: Demétrius Martins MesquitaGrande Campeã do Torneio Leiteiro: Hilda da N. Destino – RMB 46Expositor: Amilcar Farid Yamin Melhor Expositor: Eduardo Falcão de CarvalhoMelhor Criador: Eduardo Falcão de Carvalho

2ª Exposição Regional do Gir Leiteiro de Avaré / SP

Status: HomologadaMês de realização: Agosto/2009Número de animais: 42Concurso Leiteiro: 7

Grande Campeão: Idhan FSF – GALR 344Expositor: Paulo Cezar GalloGrande Campeã: LGR Fazenda – LGR 50Expositor: Elio Virginio PimentelGrande Campeã do Torneio Leiteiro: Eminência Kubera – ACFG 703Expositor: Elio Virginio PimentelMelhor Expositor: Paulo Cezar GalloMelhor Criador: Paulo Cezar Gallo

9ª Exposição Especializada do Gir Leiteiro de Brasília / DF Status: RanqueadaMês de realização: Setembro/2009Número de animais: 216Concurso Leiteiro: 18

Grande Campeão: Ion FIV Jacurutu – RMM 98Expositor: Demétrius Martins MesquitaCriador: Raimundo Martins MesquitaGrande Campeã: Flora TE F. Mutum – MUT 817Expositor: Leo MachadoGrande Campeã do Torneio Leiteiro: Dinamar TE Bom Pastor – ABP 523Expositor: Agropecuária Bom PastorMelhor Expositor: Leo MachadoMelhor Criador: Bruno de Souza Machado Ferreira

1ª Exposição Regional do Gir Leiteiro de Teófilo Otoni / MG Status: HomologadaMês de realização: Setembro/2009Número de animais: 65Concurso Leiteiro: 5

Grande Campeão: Goiano Joviso – RAV 123Expositor: Reginaldo Antonio VilelaGrande Campeã: Ducha MB da Ariranha – PBL 137Expositor: Patrícia Bossi LeiteGrande Campeã do Torneio Leiteiro: CK Fetiche – CKGL 43Expositor: Cesar KhouryMelhor Expositor: Patrícia Vieira Bossi LeiteMelhor Criador: Patrícia Vieira Bossi Leite

2ª Exposição Regional do Gir Leiteiro de Resende / RJ Status: RanqueadaMês de realização: Setembro/2009Número de animais: 163Concurso Leiteiro: 14

Grande Campeão: Crisna FIV C. C. Diz – DIZZ7Expositor: Fernando Fiuza DizGrande Campeã: Brancura – ESA 251Expositor: Maria Tereza Lemos Costa CalilCriador: Roberto Falcão de CarvalhoGrande Campeã do Torneio Leiteiro: Seriação TE Cal – CAL 6134Expositor: Cristiano Oliveira CanhaMelhor Expositor: José Arley Lima CostaMelhor Criador: José Arley Lima Costa

1ª Exposição Regional do Gir Leiteiro de Alagoinhas / BA Status: HomologadaMês de realização: Outubro/2009Número de animais: 55Concurso Leiteiro: 6

Grande Campeão: Astro – R 5506Expositor: Rubens Sergio Santos de OliveiraGrande Campeã: Atriz Sansão FIV BN – GLEN 2Expositor: Geraldo Magela Sant’anaGrande Campeã do Torneio Leiteiro: AP Debarana – MOAG 07Expositor: Morena AgropecuáriaMelhor Expositor: Contabrás Agropecuária Melhor Criador: Morena Agropecuária

1ª Exposição Estadual do Gir Leiteiro de Goiás / GOStatus: HomologadaMês de realização: Outubro/2009Número de animais: 58Concurso Leiteiro: 6

Grande Campeão: Ciclone FIV da Ubre – UBRE 78Expositor: Sebastião Ramos RosaGrande Campeã: Birmânia TE – DSIL 38Expositor: Daniel Antonio SilvanoGrande Campeã do Torneio Leiteiro: Ginasia – ATGB 29Expositor: Daniel Antonio SilvanoMelhor Expositor: Daniel Antonio SilvanoMelhor Criador: Daniel Antonio Silvano

2ª Exposição Internacional do Gir Leiteiro – FEILEITE 2009 – São Paulo / SP Status: RanqueadaMês de realização: Novembro/2009Número de animais: 316Concurso Leiteiro: 24

Grande Campeão: Escol Silvania – EFC 714Expositor: Eduardo Falcão de CarvalhoGrande Campeã: Queimada dos Poções – APPG 1127Expositor: Kenyti OkanoCriador: Agropastoril dos PoçõesGrande Campeã do Torneio Leiteiro: Carioca de Brasília – RRP 5338Expositor: Fazenda BrasíliaMelhor Expositor: Léo MachadoMelhor Criador: Léo Machado

ora da ProvaH

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RANkING DAS EXPOSIçÕES 2009/2010*

Nome da Exposição Total Animais

123456789101112

2 3 4

8ª Exposição Especializada do Gir Leiteiro de Passos 358

2ª Exposição Internacional do Gir Leiteiro – FEILEITE 2009 340

2ª Exposição Especializada do Gir Leiteiro de Uberlândia 272

2ª Exposição Regional do Gir Leiteiro de Avaré 263

4ª Exposição Estadual Fluminense do Gir Leiteiro de Cordeiro 239

9ª Exposição Especializada do Gir Leiteiro de Brasília 234

3ª Exposição Estadual Mineira do Gir Leiteiro de Sete Lagoas 205

2ª Exposição Interestadual do Gir Leiteiro do Rio de Janeiro 185

2ª Exposição Regional do Gir Leiteiro de Resende 177

6ª Exposição Estadual Baiana do Gir Leiteiro de Salvador - FENAGRO 153

2ª Exposição Regional do Gir Leiteiro de Vitória da Conquista 132

8ª Exposição Estadual Paulista do Gir Leiteiro de Jacareí 96

* Somente exposições ranqueadas

6ª Exposição Estadual Baiana do Gir Leiteiro de Salvador / BA – FENAGRO 2009 Status: RanqueadaMês de realização: Novembro/Dezembro/2009Número de animais: 137Concurso Leiteiro: 16

Grande Campeão: Destaque FIV da JGVA – JGVA 48Expositor: José Geraldo Vaz de AlmeidaGrande Campeã: Polina TE Bem Feitor Cal – CAL 4723Expositor: Gabriel Donato de AndradeGrande Campeã do Torneio Leiteiro: Bonança – EFC 537Expositor: José Nunes FilhoMelhor Expositor: José Geraldo Vaz AlmeidaMelhor Criador: José Geraldo Vaz Almeida

2ª Exposição Interestadual do Gir Leiteiro do Rio de Janeiro / RJ Status: RanqueadaMês de realização: Fevereiro/2010Número de animais: 164Concurso Leiteiro: 21

Grande Campeão: Crisna FIV C.C. DIZ – DIZZ 7Expositor: Fernando Fiuza DizGrande Campeã: Bonanza Acalanto – JLIG 24Expositor: Christina do Valle Teixeira LothGrande Campeã do Torneio Leiteiro: Bonanza Acalanto – JLIG 24Expositor: Christina do Valle Teixeira LothMelhor Expositor: Christina do Valle Teixeira LothMelhor Criador: José Antonio Silva Lino

1ª Exposição Estadual Sul Matogrossense do Gir Leiteiro/MS Status: HomologadaMês de realização: Março/2010Número de animais: 68Concurso Leiteiro: 9

Grande Campeão: Indiano S. Humberto

– JFSH 617Expositor: Helbânio Barbosa de SouzaGrande Campeã: Promessa Pantanal – DLSG 2Expositor: Denilson Lima de SouzaGrande Campeã do Torneio Leiteiro: Urca S. Humberto – JFSA 443Expositor: Renato Prado Medrado Melhor Expositor: Ravisio Israel dos SantosMelhor Criador: Denilson Lima de Souza

2ª Exposição Regional do Gir Leiteiro de Vitória da Conquista/BAStatus: RanqueadaMês de realização: Março/2010Número de animais: 126Concurso Leiteiro: 6

Grande Campeão: Destaque FIV – JGVA 48Expositor: José Geraldo Vaz AlmeidaGrande Campeã: Absoluta FIV Morena – MOAG 38Expositor: Morena Agropecuária

Grande Campeã do Torneio Leiteiro: Vanguarda FIV – JFR 2760Expositor: José Geraldo Vaz AlmeidaMelhor Expositor: José Geraldo Vaz AlmeidaMelhor Criador: José Geraldo Vaz Almeida

8ª Exposição Especializada do Gir Leiteiro de Passos/MG Status: RanqueadaMês de realização: Março/2010Número de animais: 335Concurso Leiteiro: 23

Grande Campeão: Gálio TE F. Mutum – MUT 922Expositor: Bruno de Souza Machado FerreiraGrande Campeã: Franquia TE Joá – Dias 79Expositor: Roberto Dias de CarvalhoGrande Campeã do Torneio Leiteiro: Honrada da B.Pastor – ABPA 150Expositor: Agropecuária Bom PastorMelhor Expositor: Gabriel Donato de AndradeMelhor Criador: Gabriel Donato de Andrade

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2º RANkING NACIONAL DA RAçA GIR LEITEIRO 2009/2010

Melhor Expositor 2009-2010

ORDEM PARTICIPANTE 1º EDUARDO FALCÃO DE CARVALHO2º LÉO MACHADO FERREIRA3º MARIA TEREZA LEMOS COSTA CALIL4º JOSÉ ANTONIO SILVA LINO5º BRUNO DE SOUZA MACHADO FERREIRA6º HENRIQUE CAJAZEIRA FIGUEIRA7º JOSÉ ARLEY LIMA COSTA8º GABRIEL DONATO DE ANDRADE9º ABSS AGROPECUÁRIA LTDA.10º CHRISTINA DO VALLE TEIXEIRA LOTH11º JOSÉ GERALDO VAZ ALMEIDA12º AMILCAR FARID YAMIN13º LEANDRO AGUIAR14º TROPICAL GENÉTICA 15º JOSÉ COELHO VITOR

PONTOS4333,644195,963569,043422,703015,642844,402593,212230,812179,582067,342049,322000,701923,141893,121857,10

PONTOS8963,486710,076653,704415,533559,643342,062892,452622,302376,832225,402214,212156,301936,211909,961870,36

ORDEM PARTICIPANTE 1º LÉO MACHADO FERREIRA2º EDUARDO FALCÃO DE CARVALHO3º GABRIEL DONATO DE ANDRADE4º JOSÉ ANTONIO SILVA LINO5º MARIA TEREZA LEMOS COSTA CALIL6º HENRIQUE CAJAZEIRA FIGUEIRA 7º JOSÉ ARLEY LIMA COSTA8º CARLOS ALBERTO DA SILVA9º JOSÉ GERALDO VAZ ALMEIDA10º ANGELUS CRUZ FIGUEIRA11º MILTON DE ALMEIDA MAGALHÃES12º EMERSON TEIXEIRA DE OLIVEIRA13º JOAQUIM DOMINGOS RORIZ14º JOSÉ COELHO VITOR15º JOÃO MACHADO PRATA JUNIOR

Melhor Criador 2009-2010

PONTOS950,00550,26513,19507,36488,00481,74432,62425,76414,78408,80375,38360,80343,94336,32330,44

ORDEM PARTICIPANTE1º ESCOL SILVANIA – EFC7142º HELP FIV F. MUTUM – MUT11133º CRISNA FIV C.C. DIZ – DIZZ7 4º UNO SILVANIA – ESA2355º POLIEDRO TE FAN – FAN24186º FIGO POEMA FIV – HCGF377º EROS FIV PARAHY – PHY1708º GENIO FIV APAG – APAG4429º HEROI FIV F. MUTUM – MUT112210º AMADEUS DA F.E – FELG5411º GALIO TE F. MUTUM – MUT92212º ION FIV JACURUTU – RMM9813º ATHOL H.C.F – HCFG614º BERYL FONTOURA 16 – EFOC2815º JADLOG S VICENTE – CVTS43

Melhor Macho 2009 - 2010

PONTOS1014,40791,88742,88678,64616,02571,68531,22507,84478,48465,04425,34413,12404,60398,76394,24

ORDEM PARTICIPANTE1º BRANCURA – ESA2512º CAPRICHOSA FIV PARAHY – PHY633º FÉCULA TE F. MUTUM – MUT7534º QUEIMADA DOS POçÕES – APPG11275º EkTA – DAB1236º FLORA TE F. MUTUM – MUT8177º BONANZA ACALANTO – JLIG248º HISTORIA TE DO JOÁ – DIAS1729º EFICÁCIA FIV F. MUTUM – MUT57310º ZÍNGARA FIV RIO VALE – CAVE3111º BAMBINA FIV ACALANTO – JLIG712º ARTEMIS TOL – TOLA813º ALANA BABITONGA – OSMJ3 14º AMENDOA TE SILVANIA – EFC48315º AMAZONA ALTO ESTIVA – SQP687

Melhor Fêmea 2009 - 2010

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Artigo Técnico

Certificado de Qualificação Genética:

entenda porque sua fazenda precisa desta ferramenta

O CQG ou Certificado de Qualificação Genética foi criado pela equipe de técnicos da ABCGIL e da Embrapa Gado de Leite no sentido de aprimorar ainda mais o processo de seleção e melhoramento dos rebanhos de Gir Leiteiro e do Brasil. O certificado permite identificar matrizes potenciais genética e morfologicamente da propriedade e, com isso, elevar o grau de produção e reprodução. Neste artigo, entenda como o CQG funciona e seus métodos de avaliação.

AUTORESANDRÉ RABELO FERNANDES – ZOOTECNISTA, B. SC.- ABCGILMÁRCIO RAMOS – ZOOTECNISTA, B. SC.- ABCGILANÍBAL EUGêNIO VERCESI FILHO – MÉDICO-VETERINÁRIO, D. SC- APTA/MOCOCA

RUI DA SILVA VERNEQUE – ZOOTECNISTA, D. SC- EMBRAPA GADO DE LEITE

OPrograma Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro, PNMGL, é um projeto executado pela ABCGIL e Em-brapa Gado de Leite, implantado no ano de 1985 e tem

como objetivos principais promover o melhoramento genéti-co da raça Gir Leiteiro por meio da identificação e seleção de touros geneticamente superiores para as características de produção (leite, gordura, proteína e sólidos totais), de confor-mação e de manejo, bem como proceder à avaliação genética dos animais de todos os rebanhos participantes.

Hoje, o PNMGL, conta com um completo banco de dados de desempenho produtivo e reprodutivo de animais Gir Leiteiro e seus cruzamentos, envolvendo mais de 420 rebanhos parti-cipantes, com aproximadamente 50.000 lactações encerradas. A cada ano são observadas novas lactações e divulgada nova lista de touros com avaliação genética pelo Teste de Progênie.

Nos últimos anos, o programa se modernizou associando à avaliação genética dos touros características de conformação e manejo. Os produtores cada vez mais acreditam no Teste de Progênie e a demanda pela inclusão de novos touros tem aumentado. Assim, existe um ambiente muito favorável ao crescimento do PNMGL para a pecuária leiteira tropical.

Além do resultado do Teste de Progênie, divulgado anu-almente, a Avaliação Genética de Matrizes também tem sido cada vez mais utilizada, demandando, por parte da ABCGIL e Embrapa Gado de Leite, esforços no sentido de potencializar esta importante ferramenta de seleção.

Para isso, alguns parâmetros que explicamos abaixo são fundamentais para se conhecer como o processo de seleção dessas matrizes funciona. São várias etapas e para cada uma delas é necessário conhecer suas utilidades. Uma delas é o Valor Genético.

O Valor Genético é a parte mensurável dos componentes do gene cuja transmissão se consegue calcular e dessa forma avaliar o impacto na composição genética das gerações futu-ras que, expressado em termos numéricos, mostra o quanto de uma característica este pode passar para sua progênie. Sabe-se que o pai contribui com 50% da genética de cada filho. Assim, o termo mais utilizado nos sumários de touros, é a PTA – Ca-pacidade Prevista de Transmissão – que nada mais é do que a metade do Valor Genético do animal, visto que cada pai só “passa” para seus descendentes metade dos seus genes. Um dos princípios básicos da genética é que toda característica

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Ex: Touro A: valor genético 300 kg Vaca B: valor genético 100 kg

Progênie: valor genético estimado = 300 + 100 = 400/2 = 200 kg

Artigo Técnico

que um animal expressa (produção de leite, cor do pelo, tama-nho etc.) é fruto da sua composição genética e da influência do meio ambiente, como na equação abaixo:

CARACTERÍSTICA = GENÉTICA + AMBIENTEAlgumas características sofrem maior influência da genética,

como por exemplo, a cor do pelo e outras, maior influência do meio ambiente, como é o caso da produção de leite. Isto ocorre porque no primeiro caso, a expressão da característica depende de um pequeno número de genes. Já no segundo caso, um grande número de genes é responsável pela expressão da característica. De maneira bastante simplificada, pode-se dizer que a relação que existe entre as influências que a genética e o meio ambiente exercem sobre a expressão de uma característica é o que deno-minamos herdabilidade. A herdabilidade é um parâmetro genético de extrema im-portância, e seus valores variando de 0 a 1 ou 0 a 100%. Quanto maior for o seu valor, maior será a influência da genética na variabilidade apresentada pela carac-terística. Na produção de leite, por exemplo, com herdabilidade média de 0,25 a 0,30, ou 25 a 30%, é dito que a maior parte da variabilidade encontrada é fruto da influência do meio ambiente.

Com o Valor Genético, o criador pode comparar fêmeas de idades e épocas diferentes dentro do próprio rebanho, para fins de multiplicação das melhores matrizes ou descarte. Na avalia-ção dos touros no teste de progênie, todos os animais que forem avaliados, tendo filhas em múltiplos manejos e rebanhos, podem ser comparados entre si.

Dentro de um programa de melhoramento genético, uma das importantes etapas na sua execução é a obtenção dos Valores Ge-néticos dos indivíduos que compõem a população sob seleção, para a escolha daqueles que serão os pais e mães das futuras gerações.

Neste caso, a seleção é realizada após a obtenção dos Valo-res Genéticos dos animais e serão escolhidos então, aqueles que apresentarem os maiores valores para serem utilizados como progenitores. Desta maneira, consegue-se aumentar na popula-ção selecionada, através da utilização de animais com genética superior comprovada, a freqüência dos genes desejáveis para a característica ou as características de interesse.

Muitos são os fatores que afetam a avaliação genética. Assim, para estimar o Valor Genético de um animal, são levados em con-sideração vários fatores, entre eles podemos destacar:

Produção do animal;Efeito de rebanho;Efeito de manejo dentro do rebanho;Ano em que o animal pariu;Idade do animal ao parto;Mérito genético das companheiras de rebanho;Informações de pedigree.

Os valores genéticos das matrizes somente podem ser com-parados com as respectivas companheiras de rebanho, não pos-

sibilitando a comparação com animais de outros rebanhos, pois aqueles foram submetidos a diferentes condições de ambiente (manejo, alimentação, clima etc.)

As vacas com lactações aferidas podem ter o seu valor ge-nético estimado para produção de leite em 305 dias, possibili-tando que sejam classificadas dentro de cada rebanho por seu mérito genético. De posse desta ferramenta, o criador, através do acasalamento com touros de sua preferência pode selecionar as vacas de valor genético mais elevado para serem mães das vacas e touros das gerações futuras. Com base no valor genético das vacas e dos touros, pode-se estimar o índice genético dos acasalamentos por meio da soma dos valores genéticos dos pais, divididos por 2 (dois).

Para o criador formar junto ao Programa Nacional de Melho-

ramento do Gir Leiteiro o banco de dados das informações de Valor Genético de seu rebanho é imprescindível que ele constitua dentro do Programa o cadastro dos animais de seu rebanho, bem como o envio mensal de cópia dos controles leiteiros oficias de suas matrizes para a ABCGIL.

À medida que novas lactações vão adentrando no banco de dados, ocorre um ganho em confiabilidade e consistência da ava-liação do rebanho e, como consequência, o aumento ou a dimi-nuição dos Valores Genéticos dos animais.

Outro fator é a Endogamia (ou consanguinidade), que é o aca-salamento de indivíduos cujo parentesco entre si é maior que o parentesco médio existente na população.

A conseqüência principal resultante do fato de dois indivíduos terem um ancestral comum é que podem herdar cópias de um mesmo gene presente no ancestral comum. Com isso, dois ge-nes presentes no indivíduo que são originados da cópia de um gene de um ancestral comum aos seus pais, podem ser chamados de “idênticos por ascendência”, ou simplesmente “idênticos”. A identidade por ascendência é a base para que seja medida a endo-gamia. Essa medida é o “coeficiente de endogamia” que indica a probabilidade de dois genes responsáveis pela mesma caracterís-tica em um indivíduo serem idênticos por ascendência, ou seja, herdados de um ancestral comum.

Segundo relatos de vários trabalhos científicos realizados pela Embrapa e Instituições de ensino e pesquisa, a endogamia exerce efeito negativo em características reprodutivas, produtivas e de adaptação, além de aumentar a chance de aparecimento de do-enças genéticas ou de má formação nos rebanhos. Outra conse-qüência é a diminuição da variabilidade genética, que provoca ao longo do tempo uma redução na resposta à seleção das caracterís-ticas de interesse econômico.

A endogamia é muito utilizada para fixar características prin-cipalmente ligadas ao “tipo racial” e para formação de linhagens distintas dentro da própria raça, porém, a utilização de linhagens

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rtigo Técnico

endogâmicas não alcançou, ao longo do tempo, sucesso no processo sele-tivo.

Conforme im-portante estudo realizado pelo Dr. João Cruz Reis Fi-lho e colaborado-res, nos rebanhos Gir Leiteiro que

participam do Programa Nacional de Melhoramento do Gir Lei-teiro – PNMGL, a endogamia afetou significativamente todas as características estudadas, não se recomendando acasalamentos que originem animais para produção de leite com coeficientes de endogamia maiores do que 10%. Porém, o efeito da endogamia foi prejudicial em características reprodutivas quando esta foi maior que 0 (zero).

Em uma população de tamanho ainda pequeno, como a do Gir Leiteiro, sob processo de seleção, o monitoramento da endo-gamia é muito importante para a sustentabilidade do Programa em longo prazo. Por isso, estão sendo disponibilizadas vagas no PNMGL - Teste de Progênie, para touros considerados “nova opção”. Este estudo é realizado através de um programa de com-

putador que acasala estes potenciais candidatos com a população de vacas presentes no Programa e mostra quais touros produzem progênie com o menor coeficiente de endogamia. Obviamente, não recomenda-se ter “aventuras” genéticas que não sejam ba-seadas em técnicas científicas, devendo estes touros candidatos terem algum tipo de avaliação inicial (mães e/ou irmãs com con-trole leiteiro, pai com avaliação genética etc.).

Outra ferramenta que a ABCGIL disponibilizou ao criador é o coeficiente de endogamia. Com este coeficiente podemos deter-minar o grau de parentesco de determinado indivíduo em relação à população e com isto acasalá-lo de forma dirigida, evitando o aumento da endogamia no rebanho.

O Certificado de Qualificação Genética O Certificado de Qualificação Genética, CQG, é um docu-

mento emitido pela ABCGIL e Embrapa Gado de Leite e tem como finalidade identificar dentro do rebanho da própria fazen-da animais geneticamente superiores e morfologicamente dese-jáveis para a produção de leite.

Com este certificado, o criador terá como identificar uma ma-triz com valor genético e tipo definidos, qualificando-a dentro do modelo desejado do Gir Leiteiro. No Certificado de Qualifi-cação Genética são avaliadas características produtivas, repro-dutivas, endogâmicas, citadas acima, e de tipo, bem como todos os dados de genealogia.

Quais as Vantagens da Certificação de Qualificação Genética?

Proceder à identificação das matrizes Gir Leiteiro por meio do valor genético das mesmas características de tipo, além de clas-sificá-las dentro do rebanho;

Disponibilizar ao criador um documento que qualifique sua ma-triz como exemplar da raça Gir Leiteiro;

Valorizar as matrizes de boa produção e tipo leiteiro indepen-dente do valor absoluto de sua lactação, agregando ainda dados reprodutivos e de endogamia;

Disponibilizar ao criador uma ferramenta importante para aca-salamento, com base nas características de tipo de suas matrizes;

Agregar valor comercial ao rebanho, por meio de mecanismos de Qualificação Genética dos Animais.

O CQG é emitido a partir dos dados de produção obtidos junto ao PNMGL juntamente com a classificação para tipo feita pelo técnico da ABCGIL no ato da vistoria da matriz.Estarão aptas a receber o Certificado de Qualificação Genética as matrizes que tenham Valor Genético Positivo dentro do PNMGL e produção real mínima de 2.500 kg de leite em 305 dias de lactação em Controle Leiteiro Oficial.

Selo de mérito do Certificado de Qualificação Genética

Além da emissão do CQG, as matrizes que forem classificadas entre as 15% em melhor Valor Genético do rebanho receberão um selo mérito, com as seguintes denominações e pesos:

DIAMANTE: Top ≤ 5% na AVALIAÇÃO GENÉTICA e EXCELENTE na classificação para tipo;

RUBI: Top ≤ 10% na AVALIAÇÃO GENÉTICA e MUITO BOA na classificação para tipo ou ate 5% na VG e BOM na classificação para tipo;

ESMERALDA:Top ≤ 12% na AVALIAÇÃO GENÉTICA e BOA na classificação para tipo ou, até 5% na AVALIAçÃO GENÉTICA e REGULAR na classificação para tipo;

SAFIRA: Top ≤ 15% na AVALIAÇÃO GENÉTICA e REGULAR na avaliação para tipo.

Quatro passos para obter o CQG1) Ser associado da ABCGIL;2) Fazer Controle Leiteiro Oficial;3) Participar do PNMGL, enviando os dados de Controle Leiteiro;4) Solicitar a visita do técnico da ABCGIL, para a avaliação dos animais.

A

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azenda Mutum.ate-papo na CocheiraB

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Tão impressionante como ver tantos títulos nas paredes e mesa de uma salinha no escritório da Mutum, na sede da fazenda, em Alexânia, GO, é ver que aquela paixão que o seo Leoní-

dio demonstra durantes as exposições afora pelo Gir Leiteiro é presente em cada instante do seu dia-a-dia inteiramente dedicado aos seus animais. Em um bate-papo descontraído na varanda da propriedade, a equipe da Gir Leiteiro inicia sua conversa com Leonídio, seu filho Léo Machado, e o neto Bruno. Juntos, os três tocam a fazenda campeã, atual líder do ranking nacional da raça Gir Leiteiro, detentora dos mais importantes títulos, recordes de produção e vendas.

É nessa prosa que conhecemos o “como tudo co-meçou” com Leonídio. Ele vem de uma família sim-ples, lá do município de São Roque, na Serra da Ca-nastra, MG. Perdeu sua família muito cedo e desde jovem começou a trabalhar. Como ele mesmo disse, “deu seus pulinhos”. Em 1959, mudou-se para Bra-sília, DF, e trabalhou como taxista. Deste emprego, conheceu seu futuro sócio, Clóvis, um cearense que trabalhava com prestação de serviços. Leonídio co-nheceu gente importante, assumiu os negócios, che-gou a representar 14 das maiores empreiteiras do Brasil. Por quatro anos, viajou entre Brasília e Rio de Janeiro. Fundou sua própria empresa, que che-gou a ter 6000 funcionários, mas como todo bom filho à casa torna, o amor pela vida na fazenda o fez retornar às suas raízes.

Em meados de 70, importou vacas holandesas do Uruguai e passou a investir no leite. Cerca de 50 vacas Gir produziram o gado Girolando. Em 1985, passou a dedicar-se integralmente à fazenda. Mas foi em 1997 quando começou a investir no Gir PO, com a compra de 3 vacas para fazer TE. Dentre elas, uma fêmea chamada Garça HP. Em seu primeiro controle leiteiro foi a produção de 15 litros que cha-mou a atenção de seo Leonídio e já trabalhando com ele, seu filho Léo.

“Em 1998, compramos o gado 3R e as filhas da Garça ainda nem tinham nascido. Nosso veterinário falou para nem ligarmos para aquelas vaquinhas que Zz

n Pe

res

azenda Mutum. Uma família campeã

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havíamos comprado anteriormente. Mal ele sabia que dela, com Uaçaí Ja-guar, veio a nossa Dengosa, Delicada e outras grandes doadoras”, brinca Le-onídio que dos 6 embriões de Garça, 4 prenhezes foram geradas.

Desde então, a fazenda não parou de crescer, participar e ganhar exposi-ção atrás de exposição, das mais dis-putadas. Neste momento não pudemos nessa conversa deixar de perguntar o segredo da Mutum. Léo é enfático, “as nossas campeãs são feitas por vários processos como conhecer os animais, fazer um cronograma muito bem pla-nejado, além de uma seleção rigorosa, de verdade mesmo”, afirma.

Segundo ele, é um diferencial e uma grande vantagem estar sempre por perto, realizando os acasalamen-tos, pois como conhecem o que seus animais produzem as condições para

acertar são muito maiores.“Nós vivemos isso. Aqui são três

pessoas que dedicam 100% do seu tempo pelo Gir Leiteiro. Eu como zootecnista, o Bruno como veterinário e meu pai, com toda a sua experiên-cia”, ressalta Léo.

E o que conferimos é a mais pura verdade. A fazenda produziu duas das vacas mais valorizadas do Gir Leiteiro. Imperatriz TE F. Mutum foi vendida 50% para Felipe Picciani e Reinaldo Bertin, que depois de conferirem sua produção, que de 7 embriões resultou em 5 prenhezes, adquiriram a outra metade, valorizando o animal em R$ 660.000,00.

Isso sem falar na fêmea Dengosa. A matriz mais valorizada da raça em R$ 1.320.000,00, adquirida por Marcelo Andrade, da Fazenda Alambary, no Leilão do Copa, em 2009.

ate-papo na CocheiraBDE GOTA EM GOTA

O QUE NÃO PODE FALTAR NA SUA VIDA: a família

ABCGIL: uma instituição de muito respeito

ALEGRIA: estar com meus animais, participando

e concorrendo

UMA PESSOA ESPECIAL: minha esposa

MOMENTO INESQUECÍVEL: meu casamento

TRABALHO: aquilo que a gente gosta fazer,

como criar meus bichinhos

FÉ: em Deus

HOBBIE: é exatamente fazer o que gosto

ESPORTE: gosto de todos, mas não pratico

GANHAR UM CAMPEONATO: uma das grandes

alegrias

LEONÍDIO POR LEONÍDIO: uma pessoa feliz e

satisfeita com suas realizações

Na Mutum, apenas os animais tops ficam. “Nossa marca é conhecida por animais de bons úberes, muito bem caracterizados e bonitos. Prezamos muito por isso”, explica Leonídio.

“O resultado deste trabalho e o que mais nos alegra, quando disponibiliza-mos animais da nossa cabeceira, é que as filhas dessas vacas estão saindo ain-da melhor que as mães”, afirma Léo.

A fêmea Dengosa produziu 30 kg de leite em sua primeira lactação. Sua filha, Fita, Reservada Grande Campeã da Expozebu 2009, produziu 38 kg. “Vocês vêm o quanto ganhamos em melhoramento?”, Léo indaga.

É com essa mesma simplicidade e orgulho que vamos andar um pouco e conhecer as instalações da fazenda e os animais do time de pista. Alguns bezerros recém-nascidos estão em uma baia. Como seu Leonídio mesmo afirmou, na Mutum, os animais são amansados desde cedo e nos faz uma demonstração. “Eu afago por diversas vezes. É infalível”.

Sem pressa alguma, os três reali-zam um desfile particular das suas melhores doadoras para a equipe, com direito a comentários. Todos conhe-cem cada detalhe dos animais, suas produções, os dados do último contro-le, premiações, entre outras peculiari-dades.

O sentimento de missão cumprida e de participação nesse processo de de-senvolvimento da raça é nítido. “Hoje, nossa pressão de seleção é bastante exigente. Não jogamos para o mer-cado os animais que não atendem ao biótipo exigido”, afirma o filho.

E é assim, que por volta já das 21 horas, retornamos para a casa da fa-zenda onde um jantar prá lá de apetito-so nos esperava, com direito a frango caipira e carne com pequi, finalizando esta prazerosa visita à Fazenda Mu-tum, uma família campeã.

Leonídio Machado

Revista Gir Leiteiro |||| 135

136 | | | | Revista Gir Leiteiro

nchendo o Balde

Quando a exposição era em São Paulo, nossa dificuldade era maior ainda. Tínhamos de virar freguês das feiras livres e comprar mandioca to-dos os dias bem cedinho e oferecê-la com capim e ração.

O melhor daquela lida diária em busca do volumoso foi o companhei-rismo que brotou muito forte entre os participantes das exposições. Nin-guém queria um capim melhor que o dos outros.

Um fato interessante ocorreu em 1994, na Expomilk, e merece regis-tro.

Quando a Ginger de Brasília bateu o Re-corde Nacional de Concurso Leiteiro, usava-se silagem como volumoso.

A Ginger só bateu o Recorde Nacional do Concurso Leiteiro porque a vaca ao seu lado, uma mestiça Pardo Suíça, recebia silagem de

No início dos concursos leiteiros dos quais participamos, o volumo-so das vacas era mistura de capim fresco, mandioca picada e ração. Saíamos com os vaqueiros de caminhonete para procurar capim fresco à beira das estradas para picar e oferecê-lo às vacas.

Flávio Peres, da Fazenda Brasília, em Ferros de Minas, é referência na seleção Gir Leiteiro pela qualidade do seu rebanho. Perdeu a conta dos campeonatos que ganhou. E tem muita história pra contar. Uma delas, ele divide com os leitores da revista Gir Leiteiro. A protagonista é nada menos que a premiada Ginger de Brasília.

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Ginger de Brasília levou a melhor.

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alta qualidade. De tanto a Ginger roubar a comida da mestiça, o gerente da fazenda de-cidiu fornecer-lhe o mesmo cardápio durante o torneio leiteiro.

O dono da mestiça era o empresário Dr. Antonio Ermírio de Moraes. A Ginger levou a melhor.

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eite em LetrasL

RAFAEL VELOSO

QuER PAGAR QUANTO?

A PREMISSA BÁSICA PARA SE ADQUIRIR ANIMAIS É: COMPRE ANIMAIS ORIUNDOS DE PLANTÉIS QUE DESENVOLVEM PROJETOS SEMELHANTES AO QUE QUER DESENVOLVER!

O leite é o principal assunto desta seção. Mais uma vez, a equi-pe de Gir Leiteiro foi a cam-

po investigar algumas das questões do setor. O que o mercado de elite está buscando? O que os investidores querem saber? Como escolher um animal potencial? As respostas estão neste Leite entre Letras, em entrevis-ta com o assessor técnico, Rafael Ve-loso, responsável por assistir a gran-des leilões da raça, além de vários plantéis Brasil afora.

Que tipo de Gir Leiteiro o inves-tidor busca nos dias atuais?

O Gir Leiteiro apresenta-se como um dos produtos mais procurados por oferecer um leque variado de possibilidades. Há uma busca muito concorrida por doadoras de embri-ões, cujo traço de excepcional habili-

dade materna favorece a produção de prenhezes e bezerras muito cobiça-das no meio pecuário. Se o Gir está na moda, como se tem dito, muito do prestigio (que nos honra) se deve às fêmeas, que tem formado matrizes de qualidade extraordinária, e for-marão as do futuro.

Há também uma busca por ani-mais que se sobressaíram em pro-vas zootécnicas, julgamentos ou torneios leiteiros. Exemplares da raça com cifras obtidas acima da média de comercialização. As duas primeiras opções estão paralela-mente ligadas à pecuária de elite.

Existe ainda um mercado voltado para a exploração de matrizes, na pecuária leiteira comercial, que en-volvem fêmeas, de um modo geral, PO ou LA, de idades variadas, para

produção de leite, ou cruzamento com raças européias para comercia-lização. Finalmente, e não menos importante, um mercado de touros da raça Gir Leiteiro, utilizados para co-bertura a campo, cobrindo matrizes mestiças ou puras. Resumidamente, temos uma raça que gera riqueza para o nosso país das mais diferentes formas e perfis de animais que aten-dem a qualquer tipo de investidor.

Quais são as perguntas que o in-vestidor quer que o assessor técni-co responda?

O comprador sempre tenta se ins-truir da melhor forma possível antes de realizar qualquer compra. Quan-do formula algumas perguntas, estas são as mais variadas possíveis, ge-ralmente se atém à qualidade zootéc-nica de um animal, sua morfologia,

Revista Gir Leiteiro |||| 139

sua caracterização, pelagem, desen-volvimento, entre outras. Meu obje-tivo é ajudá-lo a afinar suas escolhas e seu conhecimento, identificando a mercadoria e se ela atende o que o criador procura. Além disto, há uma preocupação muito grande com os valores relacionados às comerciali-zações. Frente a isto, alguns querem saber sobre qual o preço máximo po-deriam pagar por determinado ani-mal ou por quanto são vendidos ani-mais do mesmo padrão de qualidade. Existe também uma preocupação em relação ao retorno do investimento. Neste caso, o comprador quer saber se o animal possui apelo comercial. Se uma determinada doadora vende-ria facilmente seus embriões, geraria convites espontâneos para venda de prenhezes e, também, sobre os valo-res que estas prenhezes poderiam ser vendidas.

O comprador quer: caracteriza-ção racial ou alta produção? Bele-za ou desempenho?

Cada comprador traça um perfil de acordo com características diver-sas por ele estipuladas. Altas pro-duções, bem como a caracterização racial, juntas, têm grande influência sobre uma compra. Alguns compra-dores buscam essencialmente as al-tas produções, sem se importarem com beleza em grau algum. Por ou-tro lado, estão os compradores que se importam extremamente com beleza racial, porém não buscam altas pro-duções. Certo é que o equilíbrio é o mais procurado de todas as alterna-tivas. Reunir alta performance pro-dutiva e caracterização racial em um mesmo pacote, tem sido a principal opção de boa parte dos criadores.

Qual o papel do assessor nos leilões?

O assessor é responsável pelo de-lineamento do leilão. É quem define as estratégias apropriadas para ven-da de um determinado tipo de ani-mal. Com base em uma expectativa de faturamento, ele traçará quais as ferramentas apropriadas para aquela

ocasião, no sentido de maximizar o faturamento do leilão. Quando um evento tem vendedores convidados, o assessor também é responsável pela inspeção dos animais, com o objetivo de nivelar o padrão de qua-lidade de todos os lotes - promotores e convidados. Num momento final, o assessor atua como consultor de ven-das, auxiliando os compradores no processo de tomada de decisão, para que possam estar plenamente satis-feitos e atingir seus objetivos com a compra.

Quais são as dicas para escolha de bons animais? O que deve ser levado em conta?

Existem muitas dicas que poderiam ser citadas para se obter sucesso com a compra de animais. Todavia, eu re-sumiria todas em uma apenas, da qual descendem as demais. A premissa bá-sica para se adquirir animais é: com-pre animais oriundos de plantéis que desenvolvem projetos semelhantes ao que o comprador quer desenvolver!

Logo, se o criador busca se firmar como um grande criador de animais elite, ele deverá procurar estes animais em grandes criatórios elite. Se ele quer animais selecionados com ma-nejo de baixo nível tecnológico, deve comprar em plantéis com este perfil e vice-versa, pois animais selecionados em alto nível de manejo tendem a não repetir o mesmo desempenho em am-bientes de baixo nível de manejo. Não é vantajoso comprar animais de pro-dução e desenvolver um projeto elite, sendo a recíproca também verdadeira. As demais dicas são apenas detalhes, inerentes aos cuidados sanitários, re-produtivos e comerciais relativos a toda compra.

POR OUTRO LADO, ESTÃO OS COMPRADORES QUE SE IMPORTAM EXTREMAMENTE COM BELEZA RACIAL, PORÉM NÃO BUSCAM ALTAS PRODUçÕES. CERTO É QUE O EQUILÍBRIO É O MAIS PROCURADO DE TODAS AS ALTERNATIVAS.

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eite no MundoL

1º Simpósio Internacional das Raças

produtoras de Leite, Gir Leiteiro e Girolando despertaram interesse

dos presentes ao evento

Congresso Pan do Leite:rumos para o setor

Evento reuniu cerca de 1.800 participantes, dentre brasileiros e estrangeiros

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O 11º Congresso Internacional do Leite, maior evento lácteo da América Latina, reuniu cerca

de 1.800 participantes de mais de 28 países. O evento ocorreu no Minas Centro, em Belo Horizonte, de 22 a 25 de março.

A ABCGIL marcou presença no evento. Pelo estande da Associação passaram visitantes do Brasil e de ou-tros países. Eles receberam material promocional sobre Gir Leiteiro.

Um dia antes do congresso, a ABCGIL participou do 1º Simpósio Internacional das Raças Produto-ras de Leite, Gir Leiteiro e Girolan-do. Palestras sobre os Programas de Melhoramento Genético, avanços da tecnologia genômica e evolução na seleção funcional dessas raças des-pertaram o interesse do público.

Rui Verneque, da Embrapa Gado de Leite, falou sobre as pesquisas ge-néticas voltadas para essas raças e os resultados na produção de leite.

O presidente da ABCGIL, Sílvio Queiroz, abordou “A Participação do Gir Leiteiro na evolução da pecuária leiteira nacional”. Ele comentou so-bre a evolução da seleção funcional do Gir Leiteiro e a importância da raça para o setor. “Apresentamos aos participantes o que está sendo feito em prol do melhoramento genético do Gir Leiteiro.”

SOBRE O EVENTOO congresso é realiza-

do a cada dois anos. Em 2010, o evento foi organi-zado pela Federação Pan-

Americana do Leite (Fepale), em par-ceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg).

O Congresso contou com palestras sobre Produção Primária; Industriali-zação de Produtos Lácteos; Economia e Mercado do Leite e seus Derivados; e Consumo (Mais Leite = Mais Saú-de). Temas como meio ambiente, ge-nética, nutrição, análise de mercado, desenvolvimento de produtos, além dos benefícios do leite para a saúde humana também foram debatidos.

Segundo Rodrigo Alvim, coorde-nador do Congresso e presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricul-tura e Pecuária do Brasil, CNA, o congresso superou as expectativas. “Debatemos os rumos da cadeia pro-dutiva leiteira, criamos um espaço para reflexão, discussão e intercâm-bio de conhecimentos e experiências pan-americanas e mundiais.”

Para Vicente Nogueira Netto, pre-sidente da Fepale, o Congresso propi-ciou a atualização de conhecimentos, facilitou as relações interpessoais e a cooperação entre o setor técnico e empresarial.

Segundo Nogueira Netto, a Améri-ca Latina tem as melhores condições de atender à demanda de alimentos prevista pela Food and Agriculture Organization, FAO, e a Organização para Cooperação e Desenvolvimen-to Econômico, OCDE. “A América Latina tem maior disponibilidade de terra, água, alta produção de grãos e menor emissão de CO2”, destacou.

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AssociadosABCGIL

BAHIAALMIR MENDES DE CARVALHO NETOFazenda Utinga II - CABACEIRAS - BAFazenda Caracol - ITAPETININGA - BATel.: (71) 3245-5008 Com.: (71) 3413-8422 Cel. Almir (71) [email protected] [email protected]

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JAYMILTON GUSMÃO CUNHA FILHOFazenda Santa Helena VITÓRIA DA CONQUISTA - BATel.: (77) 9979-3369Com.: (77) [email protected]

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Cel.: (71) [email protected]

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LOURENçO NASCIMENTO NETOFazenda Malhadinha - INHAMBUQUE - Tel: (71) 3389-3465

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SÍLVIO ROBERTO TAVARES DE ARAÚJOFazenda Santa Rosa - ITAPÉ - BATel.: (73) 3211-2470Fax.: (73) 3613-4127Cel.: (73) [email protected]

CEARÁFRANCISCO ROBERTO PINTO LEITEFazenda Água Preta - SURURU - CETels. Res.: (85) 3248-2829 Com.: (85) 3254-2464 Fax: (85) 3253-7060 Cel.: (85) 9981-2285 (85) [email protected]

DISTRITO FEDERALGERALDO DE CARVALHO BORGESFazenda e Haras Paraíso BRASÍLIA - DFCel.: (61) 9831-1800Cel.: (34) [email protected]

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[email protected]

PAULO HORTA BARBOZA DA SILVAFazenda Hermínia - PLANALTINA - DFFaz.: (61) 3501-4040 Tel.Res.:(61) 3366-1544Fax (61) 3366-4769Cel. Paulo Horta (61) [email protected]

RAIMUNDO MARTINS MESQUITA Estância e Haras Jacurutu - BRASÍLIA - DFTel.:(61) 3386 7555 / Fax: (61) 3386 7556 Cel.: (61) 9618-3556 (61) 9649-9774 / William (61) [email protected]

RICARDO ALVES DA CONCEIçÃOFazenda Santa Terezinha - PLANALTINA DFTel: (61) 3468-3443 (61) 3202-6820 Cel.: (61) 8105-3000(61) [email protected] [email protected]ÉRGIO MOREIRA CAMPOSFazenda Tangará - BRASILIA - DFTel.Res.: (61) 3244-0602 Faz: (61) 3501-2257 Cel.: (61) [email protected]

ESPÍRITO SANTOELIO VIRGINIO PIMENTEL Fazenda Jabaquara - ANCHIETA - ESTel. Res.: (27) 3329-7632 Com.: (27) 3229-5300 Fax: (27) [email protected]

FÁBIO FARAH LUCINDO LIMAFazenda Barro Branco - GUAçUI - ESTel.: (21) 2704-4263 TeleFax.: (21) 2605-8885 [email protected]

MARCOS CORTELETTI Fazenda Santo Antônio - SERRA - ESTel.Res.: (27) [email protected]

PAULO CÉZAR GALLOFazenda São Francisco - COLATINA - ESTel.Res.: (27) 3722-3350 Telefax: (27) 3721-2288 (27) 3743-3155

GOIÁSADEMIR LOPES CANçADOFaz. Santa Cruz da Trilha - LUZIÂNIA - GOTel.Res.: (61) 3468-1926 Faz.: (61) 3502-1118 Ademir (61) [email protected]

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ANDREIA MARIA PEREIRA NUNES DE CARVALHO SOUZA Estância São José - TRINDADE - GOTels: (62) 3093-4015Cel.: (62) 9971-5095(62) [email protected]

ATHOS MAGNO COSTA E SILVA Fazenda Piracanjuba - NOVA CRIXÁS - GOTels.Res.:(62) 3522 4218

(62) 3522 4285 Cel.: (62) [email protected]

BRAITNER MATIAS PAREIRA Fazenda Corredeira - ALEXANIA - GOTel.: (61) 3367-2146 Cel.: (61) [email protected]

BRUNO DE SOUZA MACHADO FERREIRAFazenda Mutum ALEXÂNIA - GOTelefax.: (62) 3336-1228

CAIO SANDRO DE ARAÚJO Fazenda Arca - CALDAS NOVAS -GOTel.: (64) 3453-6669 Cel.: (64) [email protected]

CARLOS EDUARDO DE AZEVEDO BEZERRA Fazenda Positiva Ponte AltaCORUMBÁ - GOTels: (61) 3427-1096 (61) 9984-3823 Com.: (61) 3399-3941 Fax.: (61) [email protected]

DANIEL ANTONIO SILVANO Fazenda Santo Antônio - BELA VISTA - GOTel: (62) [email protected]

DEMÉTRIUS MARTINS MESQUITA Fazenda Jacurutu PADRE BERNARDO - GOTel: (61) 3386-7555 Fax: (61) 3386-7556 Res: (61) 3344-1824 Cel.: (61) [email protected]

DILSON CORDEIRO MENEZESFazenda Vila Rica COCALZINHO - GOTel.: ( 61) 3367-3465 Esc.: (61) 3363-8575 Cel.: (61) 9975-6709 (61) [email protected] [email protected]

EMÍLIO DA MAIA DE CASTROFazenda Fantasia URUANA - GOTel. Res.: (62) 3241-4248 Cel.: (62) [email protected]

ENI CABRALFazenda são João Bosco - SILVÂNIA - GOTel.: (62) 3215-1973 Cel. Com.: (62) 9973-8254 Fax: (62) 3215-5749 - [email protected]

FÁBIO ANDRÉEstância Royal - HIDROLÂNDIA - GOTel.Res.: (62) 3215-1858 Fax: (62) 3214-1444 Faz.: (62) 3057-1804Cel.: (62) [email protected] RODRIGUES FERREIRA LEITEFazenda São Pedro da Barra PADRE BERNARDO - GOTel.Esc: Renata (61) 3213-7178 Tel.Res.: (61) 3368-8005 Faz: (61) 3503-3232 Cel.: Thiago (61) 9654-9112 (61) [email protected] [email protected]@saopedrodabarra.com.brhttp://www.gabrielloureiro.com.br/saopedrodabarra/index.html

JANSSEN PEDROSAFazenda Serra AzulÁGUA FRIA - GO

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150 | | | | Revista Gir Leiteiro

Tel.:(61) 3366-3175 (61) 9981 [email protected] [email protected]

JOÃO DOS REIS DIASFazenda Santa Izabel - LUZIÂNIA - GOTel.: (61) 3346-5410Cel.: (61) [email protected]

JOAQUIM DOMINGOS RORIZ - AGROPECUÁRIA PALMAFazenda Palma - LUZIÂNIA - GOTel.:(61) 3502-2222 Fax: (61) 3209 1940 (61) 3209-1941 / Ismael (61) 9984 1291 - Wesliana Roriz (61) [email protected]@rudah.com.br

JORGE AGOSTINHO CALILFazenda Colarinho Branco MARA ROSA - GOTel.: (62) 3366-1260 / Hosp.Fax: (62) 3366-1643 / Res.:(62) [email protected] [email protected]

JOSÉ MARIO MIRANDA ABDO Fazenda Coqueiro - ALEXÂNIA - GOTel. Esc.: (61) 3323-4199 (61) 9994-5756 (Murilo) Cel.: (61) 9989-5854(61) [email protected]

LEO MACHADO FERREIRAFazenda Mutum - ALEXÂNIA - GOTeleFax: (62) 3336-1228 (62) 9268-0787 Res.:(62) [email protected]@fazendamutum.com.brwww.fazendamutum.com.br

MURILO DE OLIVEIRA ABDOFazenda Barreiro - ALEXÂNIA - GOTel.Res.:(61) 3225-5756 Cel.: (61) [email protected]

WAGNER LÚCIO JACINTO Caixa Postal 41 - Morrinhos - GOTel. Res.: (64) 3413-3533 / Cel.: (64)[email protected]

MARANHÃOJULIO RODRIGUES DOS SANTOS Fazenda Pequizeiro - SANTA RITA - MATels.: (98) 3235-1217 Fax: (98) 3227-4383 Esc.: (98) [email protected] [email protected] [email protected]

MATO GROSSOGETÚLIO VILELA DE FIGUEIREDOEstância Cinco Estrelas CUIABÁ - MTEsc.: (65)3624-1136

(65)3623-1759 Fax: (65)3624-2573Esc.: (11)3758-9668 Cel. Maressa (11) 8181-3479 [email protected] [email protected]

MATO GROSSO DO SULANTôNIO CARLOS ALVES Faz. Santa Inês APARECIDA DO TABOADO - MSTel. Res.: (17) 3231-9839 Com.: (17) 3231-2743 Fax: (17) [email protected]

DENILSON LIMA DE SOUZA Prop.Rural Gir PantanalFazenda CachoeirinhaTERENOS - MSTELS: (67) 3341-7835 Cel.: (67) [email protected]

HELBÂNIO BARBOSA DE SOUZAFazenda FortalezaLAGUNA CARAPÁ - MSTel.: (17) 3227-3993Cel.: (17) 9772-3255Ana Paula (67) [email protected]ÉLIO MARTINS COELHO (espólio)Fazenda Remanso RIO BRILHANTE - MSTel. Com.: (67) [email protected]

ORESTES PRATA TIBERY JR. Fazenda São João TRêS LAGOAS - MSTel. (67) 3521-2200 Contato Rose: (67) [email protected]

RAVISIO ISRAEL DOS SANTOS Fazenda Los AngelesNOVA ANDRADINA - MSTel.: (67) [email protected]

MINAS GERAISADELMO CARNEIRO LEÃOSítio Paraíso CONQUISTA - MGTel.: (34) 3333-0201 Rural: (34) 9989-2150 Cel.: (31) 9198-8407 (31) [email protected] [email protected] [email protected]

ADEMAR BARBOSA GUIMARÃES Sitio da Ponte Preta CORONEL PACHECO - MGTel.: (32) 9975-4842 Cel.: (32) [email protected]

ADRIANO MAIA SOARES Fazenda Bom Sucesso PASSOS - MGTel: (35) 9162-7988 Cel.: (18) [email protected]

AGRO PASTORIL DOS POçÕES E PART. LTDAFazenda dos PoçõesJEQUITIBÁ - MGTels.Escr.: (31) 3281-1800Telefax Faz: (31) 3717-6271 Arthur Souto (31) [email protected] [email protected]@fazendadospocoes.com.br

AGROBILARA COMERCIO E PARTICIPAçÕES LTDAFazenda Monte Verde UBERABA - MGTel. Alencar: (21) 7897-3857 / Dirceu (34) 7811-3677 Faz. (34) 9676-8700 (34) [email protected]

AGROEXPORT LTDA.Faz. São Sebastião CAMPO FLORIDO - MGTel.: (34) [email protected]

AGROPECUÁRIA BOM PASTOR LTDAFazenda Salobo VAZANTE - MGTel.: (34) 3813-1052Telefax (34) [email protected] [email protected]

AGROPECUÁRIA SANTA BARBARA XINGUARA S/AAgropecuária Santa Bárbara Xinguara S/A UBERABA - MGtel: Escrt. Financ.(11) 3167-3561 Fazenda: (34) 2103-8600 Cel. Luciene: (34) 9144-7618 (34) 8408-3306 [email protected]@agrosb.com.br

AGROVILLE AGRICULTURA E EMPREENDIMENTOS LTDA.Fazenda Curralinho MORADA NOVA DE MINAS - MGTel.: (31) 2191-7889(31) 2191-7895 (31) [email protected]

ALBERICO DE SOUZA CRUZ Fazenda Alto Tangará - ABAETÉ - MGTel: (37) [email protected]

ALESSANDRO DE OLIVEIRA GUERRAAOG Agropecuária - AIMORÉS - MGTel: (33) [email protected]

ALFREDO DA MATA Fazenda Matinha - FRUTAL - MGTel.: Sogro: (34) 3421-0296 Faz: (34) 3421-8281 / Alfredo (34) [email protected]

ALS PARTICIPAçÕES LTDA.Fazenda Santa Rosa - PIRAPETINGA - MGTel.: (32) 3465-1298 (22) 3855-1267 (22) [email protected]

ALTA GENETICS DO BRASIL LTDACentral - UBERABA - MGTel.:(34) 3318-7777 Fax.:(34) [email protected]

ÂNGELUS CRUZ FIGUEIRA Fazenda Terras de kubera UBERABA - MGTelefax: (34) [email protected]

ANIBAL EUGêNIO VERCESI E FILHOSFazenda Bela Vista e Morro D'Agua GUAPÉ - MGTel.:(19) 3233-8606 Faz (35) 9953-5013 Cel. Anibal Filho (19) [email protected]

ANTOMAR ARAÚJO FERREIRA Faz. Nossa Senhora da Abadia ARAPORÃ - MGTel. Res.: (34) 3281-4592 Tel. Com.: (34) 3218-2905 Cel.: (34) [email protected]@eseba.ufu.br

ANTôNIO EUSTÁQUIO ANDRADE FERREIRA Fazenda Salobo / Lugar Lagoa Feia VAZANTE - MGTelefax: (34) 3813-1032 Cel.: (61) [email protected]

ANTôNIO GOMES LEMOS Fazenda Alcântara GOVERNADOR VALADARES - MGTel.: (33) 3272-1260 / 3272-1238 Fax.: (33) 3271-3060 [email protected]@[email protected]

ANTôNIO PAULO ABATEFazenda Santa Albertina CAMPO FLORIDO - MGTel.: (11) 2905-3123 Faz.: (34) 3322 1437 Cel. Antônio (34) [email protected]

CARLOS FERNANDO FERRAREZI GUIMARÃESFazenda Esperança GUANHÃES - MGCom.: (33) 3421-1598 (33) 3421-1527 Fax.: (33) [email protected]

CARLOS ROBERTO CALDEIRA BRANTFazenda Gavião SÃO PEDRO DO SUAçUÍ - MGTel.: (31) 3221-9349 Fax: (31) 3227-4707 Cel.: (31) [email protected]

CELSO AUGUSTO RIBEIRO DE CARVALHOFazenda Nossa Senhora Aparecida PARAISÓPOLIS - MGTel.: (35) 3651-1054 (35) [email protected]

CELSO LUIS MIZIARA DINIZFaz. Nossa Senhora Aparecida PERDIZES - MGTel.: (16) 3811-0498 Cel.: (16) [email protected]

CÉSAR AUGUSTO GOMES GASPARSítio Nossa Senhora da Penha ANDRELÂNDIA - MGTel.: (21) 7634-2616 / Raila (esposa) (24) 8811-0371 [email protected]@hotmail.com

CÉSAR HENRIQUE BASTOS kHOURYFazenda São Geraldo - POTÉ - MGTel.: (33) 3522-3886 / Fax.: (33) 3521-1767 Cel.: (33) [email protected]

CHRISTINA DO VALLE TEIXEIRA LOTH Fazenda São Vicente MAR DE ESPANHA - MGTel: (32) 3276-1159 Fax: (32) 3276-2381 Cel. Christina: (32) [email protected]@hotmail.com

CLAÚDIO SEVERINO LARAFazenda Pontal - BALDIM - MGTel.Res: (31) 3661-3124 / Fax.: (31) 3661-1090 Cel.: (31) [email protected]

DIRCEU AZEVEDO BORGESFazenda Milenium Paticipações S/C Ltda. UBERABA - MGTel.: (34) 3319-1144 [email protected]

EDMAR ALVES DE CARVALHOEstância Lindóia ARCOS - MGTel.:(37) 3351-0291Com.:(37) 3351-3245

AssociadosABCGIL

Revista Gir Leiteiro |||| 151

AssociadosABCGIL

Fax.:(37) 3351-1691Cel.:(37) [email protected]

EDUARDO JORGE MILAGRE Estância Milagre UBERLÂNDIA - MGTel.Res.: (34) 3234-7323 Telefax: (34) 3236-4409 Cel. Eduardo (34) [email protected]

EDVALDO ANTôNIO BUENOFazenda Sítio Nossa Senhora de Fátima - INCONFIDENTES - MGTel.: (35) 3464-1020Fax.: (35) [email protected]

ENIR GOMES BARBOSA Fazenda Estiva BRUMADINHO - MGTel.Res.: (31) 3394-1079Fax: (31) [email protected]

EPAMIG EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DE MINAS GERAISFazenda Experimental Getúlio Vargas UBERABA - MGTel.Escr.: (34) 3321-6699Fax: 3321- 6734Retiro dos animais (34) 9998 [email protected]@epamig.brwww.epamig.br

ERICk CARBONARI Fazenda Terra Alegre BRASILÂNDIA DE MINAS - MGTel.: Com.:(11) 4538-6436 Tel. Com.:(11) 4538-6814 Cel. Erick: (11) [email protected]

EVANDRO DO CARMO GUIMARÃES Fazenda das Boas LembrançasLEOPOLDINA - MGTel: (11) 3097-0545

FABIANO SANTOS JUNQUEIRA Fazenda CalifórniaFLORETAL - MGTel. (37) 3232-2800 Cel.: (37) [email protected]

FÁBIO ANTôNIO POZZIFazenda Santo Antônio ARAGUARI - MGTel: (34) 3256-9630 Fax: (34) [email protected]

FAZENDA BRASÍLIA AGROPECUÁRIA LTDA Fazenda Brasília SÃO PEDRO DOS FERROS - MG Tel.:Faz.: (33) 3352-1272 Res. Faz.: (33) 3352-1376(31) 9211-0018 [email protected] [email protected]

FLAVIO AUGUSTO SALIM NOGUEIRA Fazenda Egito - CRUCILÂNDIA Rua Alzira Rocha Saliba, 102 Cep: 32632-020 Betim - MGTel. (31) 3531-4929Cel.: (31) [email protected]

GABRIEL DONATO DE ANDRADEFazenda CalciolândiaARCOS - MG Tel.:(37) 3359-7400 Fax: (37) 3359-7425 Cel. Jordane (37) [email protected] [email protected] www.calciolandia.com

GARçA DO OURO FINO EMPREENDIMENTOSFazenda Rancho Santo Antônio SERRO- MG

Telefax: (38) 3541-1253 Fabrício (31) 9117-5447 (31) 8488-1214 / Túlio (irmão) (38) 9131-4943 (31) [email protected] [email protected]

GERALDO ANTONIO DE OLIVEIRA MARQUESEstância Bom Retiro SÃO SEBASTIÃO DO RIO VERDE - MG / Fazenda Três Barras - VIRGÍNIA - MGTels: (11) 3672-0417 (11) 3933-7805 (11) [email protected]

GERSON DIAS FILHOFazenda Vereda do Tarin PRUDENTE DE MORAIS - MGTelefax: (31) 3291-0064 Cel.: (31) 9983-1519 Faz: (31) [email protected]

GETÚLIO VILELA DE FIGUEIREDOFazenda Rio DouradosTURVOLÂNDIA – MGEstancia 5 Estrelas – Cuiabá - MTTel.: (65)3624-1136 (65) 3623-1759 Fax: (65) 3624-2573 Esc.: (11) 3758-9668 Cel. Maressa (11) 8181-3479maressa@grupocincoestrelas.com.brwww.grupocincoestrelas.com.br

GUILHERME DE MELO MASCIFazenda do Ipê CURVELO - MG Tel.: (31) 3225-3848 Fax: (31) 3335-8835Cel.: (31) [email protected]

HEDA BORGES MACHADO Fazenda Santa Bárbara UBERABA - MGTel. Res.: (34) 3312- 3226 Cel. Luiz Fernando (34) 9979-1403 (34) 3338-7419HÉLIO MACEDO DE QUEIROZ Sítio Vale Azul - BR 381 kM 164 - à Margem do Rio Doce GOVERNADOR VALADARES - MGCel.: (33) 9989-3022 [email protected]

HENRIQUE CAJAZEIRA FIGUEIRA Fazenda Figueira UBERABA - MGTel.: (16) 3911-7314Cel. Henrique (16) [email protected]

ISOMÉRIO FERREIRA DOS REIS FAZENDA JJC PASSOS - MGTel: (35) 3522-8040 (35) [email protected]

IVAN SCALON CORDEIRO Fazenda Ouro BrancoSACRAMENTO/MGTel: (34) 3351-1406 Com: (34) 3351-2706 Cel.: (34) [email protected] [email protected]

JOÃO CORRêA PINHEIRO FILHOFazenda Paraíso CARMO DE MINAS - MGTel.: (11) 3228-3577 (11) 3313-2933 Faz.: (35) 3274-1373

JOÃO CRUZ REIS FILHOFazenda Sumaúma MIRADOURO - MG

Tel.: (61) [email protected]

JOÃO FRANCISCO DE FREITAS COSTA Fazenda Arantes Brejauba CAMPINA VERDE - MGTel.Res.: (34) 9962-0500 Cel. Esposa (34) [email protected]

JOÃO MACHADO PRATA JÚNIORFazenda Aprazível ÁGUA COMPRIDA - MGTel: (34) 3318-4188 Ramal 4109Fax: (34) 3318-4108 Cel.: (34) 9972-7623(34) [email protected]@hotmail.com

JOÃO VITOR DE MELO Fazenda Mineirão UBERABA-MGTel.: 34-3318-8188 ou [email protected]

JOAQUIM BATISTA FILHOFazenda Lapa - PARACATU - MGTel.Res: (38) 3671-5316 Cons.: (38) 3671-5363 (38) [email protected]

JOAQUIM ROSSIFazenda São José COQUEIRAL - MGTel.: (35) 9971-5174Carlo Rossi (34) [email protected]@hotmail.com

JORGE LUIZ CAIXETA DA CUNHA Fazenda Douradinho UBERLÂNDIA - MGTel.Res.: (34) 3219-5450Com.: (34) [email protected]

JORGE PAPAZOGLU E OUTROFazenda Santa Lúccia INHAÚMA - MGTel: (31) 3774-5800 (31) 3772-2504

JOSÉ AFONSO BICALHO BELTRÃO DA SILVAFazenda Cachoeira FERROS - MGTelefax: (31) 3292-2415 Cel.: (31) 8888-3452 Adriano (31) 9697-2957 / Luciana (31) [email protected] [email protected] [email protected]

JOSÉ ANTôNIO DE OLIVEIRAFazenda Jaó - FRUTAL - MGTel.: (34) 3421-8179 Cel.: (34) 9155-8346 falar com [email protected]

JOSÉ CARVALHO Faz. Alvorada UBERABA - MGTel.Res.: (34) 3315-6468 Fax: (34) 3317-4555 Cel.: (34) [email protected]

JOSÉ COELHO VITOR Fazenda São José do Can Can PASSOS - MGTel.:(35) 3529-0600 Cel.: Maurício (filho) (35) 9133-1825Cel. José Coelho: (35) [email protected] [email protected]

JOSÉ JOÃO SALGADO RODRIGUES DOS REIS

*JOSÉ JOÃO - Faz. CriciúmaCARMO DO RIO CLARO - MG Tel.: (35) 3561-1399 Fax: (35) 3561-1357 Cel. José João (35) 9135-0630

JOSÉ LÚCIO REZENDEFazenda Santo Antônio MATOZINHOS - MGTelefax: (31) 3516-7922 Cel. José Lúcio (31) [email protected] [email protected]

JOSÉ LUIZ SOARES Fazenda da Mata e Nossa Senhora Aparecida - PASSOS - MGTel: (35) 3521-4782 Cel. José Luiz: (35) 9981-0456 Cel. Jean (filho): (35) 9162-7995

JOSÉ MÁRCIO CASARIN HENRIQUESFazenda Agropecuária Novo Horizonte GUARANI - MGTel.: (32) 3575-1708 Fax.: (32) 3575-1527 Cel.: (32) 9958-3369

JOSÉ MARCIO E CARLOS DE SIMONI SILVEIRAFazenda Limeira PASSOS - MGTel.: (35) 3521-3159 / [email protected] [email protected]

JOSÉ MARIA DE SOUZAFazenda Santa Edwiges NAQUE - MGTel.:(31) 3826 1651 Cel.: (31) 9988 1653 Faz.:(31) 9109-1073 Marmoraria Telefax: (31) 3826-5001 Martinho (31) [email protected]

JOSÉ PATRÍCIO DA SILVEIRA NETOFazenda Santa Isabel - PIRAPORA - MGFaz: (38) 3741-2712 Esc.: (38) 3741-3011Cel.: (38) [email protected]

JOSÉ RAMOS FERREIRASítio Nossa Senhora Aparecida CAMANDUCAIA - MGTel.: (11) 5841-2895 Cel.: (11)8845-5052 Cel. Faz.: (35)[email protected]

JOSÉ RENATO FONSECA OLIVEIRA Agropecuária Mackllani SANTA BÁRBARA - MGTel.: (31) 3832-1187Cel.: (31) [email protected] [email protected]

JOSÉ RICARDO FIUZA HORTAFazenda Fundão PAINS - MG Cons.:(31) 3335-9033Res.:(31) 3337-5993

152 | | | | Revista Gir Leiteiro

AssociadosABCGILFaz.: (37) 3323-1126 Fax: (31) [email protected]

JOSÉ SANTANA DE VASCONCELLOS MOREIRAFazenda Santa Terezinha NOVA UNIÃO - MGTel.: (31) 3273-3838 Fax.: (31) 3273-9780 Cel. Faz.: (31) 9385-4877 falar com José [email protected]

JOVELINO CARVALHO MINEIRO FILHO Fazenda Sant'Anna UBERABA-MGTel: (34) 3319-0700 (34) 3319-0707delamar@fazendasantanna.com.brwww.fazendasantanna.com.br

JULIZAR DANTAS Fazenda Estrela do Sul NOVA MÓDICA - MGTels: (31) 3224-3228 (31) 3222-2851Cel. Julizar: (31) [email protected]@cardial.brhttp://sites.br.inter.net/fazendaestreladosul/

LEANDRO DE AGUIAR Fazenda Esperança IBIÁ-MGFazenda Bela Vista Caixa Postal: 571 38.183-971 ARAXÁ-MGTel: (34) [email protected]

LEANDRO RODRIGUES DE SOUZA Fazenda Córrego do Imbé IMBÉ DE MINAS - MGTels: (31) 3779-2700 (31) [email protected]

LUCIANO DE ARAÚJO FERRAZFazenda Estiva ITAPECERICA - MGTelefax: (31) 3293-3536 Cel.: (31) [email protected]

LUCIANO LUZES BORGES /LEONARDO LIMA BORGESFazenda Badajós UBERABA - MGTel.: (34) 3312-1188 Cons.: (34) 3333-7181 Cel.: Luciano (34) 9145-0100 Cel.: Leonardo (11) [email protected]

LUIS FERNANDO RABELO BARROSFazenda Lamarão UNAÍ - MGTel. Res.: (61) 3964-5549 Com.: (61) 3245-5159 Faz.: (32) 9952-0886 Cel.: (61) [email protected]

LUÍS GUSTAVO RABELO XAVIERFazenda Três Barras

POMPEÚ - MGTel.: (31) 3372-7550 Cel.: (31) [email protected]

LUIZ ANTôNIO DE ALMEIDA NORONHAFazenda Fabel e Bonsucesso LAMBARI - MG e JESUÂNIA - MGCel.: (35) 9989-1718 (35) 9989-1419 (Secretária) Fax Hospital (35) 3235-1888Cons.: (35) [email protected]

LUIS EVANDRO AGUIAR Fazenda Boa Esperança VERISSÍMO - MGTel.: (34) 3313-0058 Cel. (34) [email protected]

LUIZ RONALDO DE OLIVEIRA PAULA Sítio Jubahy UBERABA - MG Tel. Esc.: (34) 3322-3522Cel.: (34) 9192-9291 (34) 9976-0986(34) [email protected]

MARCELO AUGUSTO CARVALHO DE OLIVEIRA Fazenda Querência UBERABA - MGTel.Res: (34) 3312-4041 Fax (34) 3312-2342(34) 3338-4041 Cel.: (34) [email protected]

MARCELO DA SILVAFazenda São José CHIADOR - MGTel.: (21) 2438-8123 (21) 3861-7300

MÁRCIO DINIZ CRUZ Fazenda Campo Verde JABOTICATUBAS- MGTel. Res. (31) 3227-7908 Tel.Com. (31) [email protected]

MARCO ANTONIO ANDRADE BARBOSA Fazenda India UBERABA - MGTel.: (34) 3333-77889972-1555 Faz.: (63) [email protected] [email protected]

MARCO ANTôNIO DO NASCIMENTOAUGUSTO CÉSAR DO NASCIMENTO Fazenda São Francisco da Chave SÃO JOÃO DEL REI - MGEsc. (32) 3371-2490 Res. Marcos (32) 3371-7633 Res. Augusto (32) 3373-5525 Cel. Augusto (32) [email protected] [email protected]

MARIANGELA MUNDIM TEIXEIRAFazenda Cocho D'Água PEDRO LEOPOLDO - MGTel.: (31) 3661-1033 [email protected]

MARILIA FURTADO DE ANDRADE Fazenda Engenho Nogueira IGUATAMA - MGTel.: (37) 3359-7400 Fax. (37) 3359-7401 [email protected]

MATEUS GIANNINI SILVA Agropecuária Giannini SÃO JOÃO BATISTA DO GLÓRIA - MG

Tel. Faz.: (35) 9981-4075 Cel.Mateus: (35) 9802-9893Com.: (35) 3522-0879 Cel. Lucas: (35) [email protected] SILVA kORkMAZ (Falecido)Fazenda Vivenda Mariana MARIPA DE MINAS - MGTel. (32) 3213-1442 / (32) 3224-3547 (32) 3224-3547 / (32) 9122-0989 (32) 3234-1153 ( Rozeli)[email protected]

MILLER CRESTA DE MELO SILVA Faz. Ribeirão Grande SÃO JOÃO BATISTA DA GLÓRIA - MGTel.:(35) 3526-2626 Cel.:(35) 8819-2626 Miller Cel.: (35) 8862-7400Cel.:(35) 8827-2600 Dania. [email protected]

MILTON DE ALMEIDA MAGALHÃES JÚNIOR E MILTON DE ALMEIDA M. NETO Fazenda Preciosa UBERLÂNDIA -MGTel.: (34) 3235-7174 Cel. Milton Jr (34) 9813-1990 Cel. Milton Neto (34) [email protected] [email protected]

MOISÉS FERNANDES CAMPOSFazenda Cerrado Velho MARTINHO CAMPOS - MGTel.: (31) 3773-9926 Cel.: (31) [email protected]

ONOFRE EUSTÁQUIO RIBEIRO Estância Jasdan - PARAOPEBA - MGTel: (31) 3714-7427 Cel. Onofre (31) [email protected]

ORLANDO DE OLIVEIRA VAZ FILHOFazenda Santa Isabel PARAOPEBA - MGTel.: Com.: (31) 3714-3191 (31) [email protected]

ORLANDO GIORDANI DE MOURA Fazenda Vitória SETE LAGOAS - MGTel.: (31) 3773-1557 Cristina (31) 9986-0046 Cel.: (31) [email protected]

OSMAR RODRIGUES DA SILVAFazenda Castelo SÃO JOSÉ DA BARRA - MGTel.: (35) 3526-8183 / Cel.: (35) [email protected]

OSVALDO XAVIER GONçALVESFazenda Oxygênio COROACI - MGTel.: (31) 3342-2775 Cel.: (31) [email protected]

PAULO AFONSO FRIAS TRINDADE JR. E OUTRAFaz. Nova Trindade UBERABA - MGTel.: (21) 2272-5000 Faz. (34) [email protected]

PAULO CÉSAR BARREIRAFazenda Vista Alegre CARMO DA MATA - MGTel.: (31) 3291-6773 Cel.: (31) 9959-6317 Faz.: (37) [email protected]

PAULO RICARDO DE CASTRO MIOTTO Estância Triângulo Uberaba - MG

Tel.: (34) 3311-5054 (34) 9135-8763 Cel.: (11) 4016-5567 (11) 7890-0131 [email protected]

PAULO RICARDO MAXIMIANO Cabanha Corrego Branco CAPETINGA - MGFaz: (35) 3543-1623 Cel.: (35) 9126-9070 (Josué) (35) 9126-9066 (Paulo)[email protected]

PAULO ROBERTO ANDRADE CUNHA Fazenda Genipapu UBERLÂNDIA - MGTel: Com. (34) 3226-6384 Res. (34) 3219-4801 (34) 9971-1692

PECPLAN ABS IMPORTAçÃO E EXPORTAçÃO LTDAFazenda Santo Inácio UBERABA - MGTel.:(34) [email protected]

PEDREIRA PRODUZIR GENÉTICAFazenda Pedreira BOM DESPACHO - MGTel.Res.: (37) 3522-6342 (37) 3799-4109 (37) 3521-3153 Cel.:(37) [email protected] [email protected] www.produzirgenetica.vet.br

PEDRO VENÂNCIO BARBOSAFazenda Querência ONçA DE PITANGUI - MGTel: (31) 3394-7505

RAFAEL BASTOS TEIXEIRA Fazenda Mato Dentro VIçOSA - MGTel. (31) 3891-6746 Cel.: (31) 9812-3435 (31) 8865-6746rafaelzootecnia@yahoo.com.brwww.fazendamatodentro.com.br

RAFAEL CORRêA FONTOURA Fazenda Agua Santa CONQUISTA - MGTel.: (34) 3313-9305 Cel.: (34) 9939-9309

REDE EXITUS LTDAFazenda Exitus PASSOS - MGTrav.Mons. João Pedro, 93 Sala 903 - 37900-088PASSOS - MGTel.: (35) 3526-3838 Cel. Gilberto (35) [email protected]

REGINALDO JOSÉ DA SILVAFazenda 5R - UBERABA - MGTel.Res.:(34) 3314-8167 Com.: (34) 3332-6880 Fax: (34) 3313-6766 Cel.: (34) [email protected] ;[email protected]

RENATO DA CUNHA OLIVEIRAFazenda Baixadinha CONCEIçÃO DA ALAGOAS - MGTel.: (34) 3312-1722 Res.: (34) 3332 4733 Cel.: (34) 9960-4952 Faz.: (34) [email protected] ;[email protected]

RENATO ROCHA LAGEFazenda Córrego Frio SANTA MARIA DO ITABIRA - MGTel.: (31) 3241-1832 Fax.: (31) 3241-1832

Revista Gir Leiteiro |||| 153

154 | | | | Revista Gir Leiteiro

AssociadosABCGILRICARDO MIZIARA JREIGE Fazenda Nossa Senhora de Lourdes UBERABA - MGTEL: (34) 3321-7229 (34) 3336-6707

ROBERTO DIAS DE CARVALHOFazenda Juá ARCOS - MGTel.:(37) 3351-2857 (37) 3359-7230 Res.: (37) 3351-1443 Cel.: (37) [email protected]

RONEY MÁRCIO QUIRINO Fazenda Rayputana DIVINOPÓLIS - MGTel. Res.:(37) 9987- 9927 Tel.Com.: (37) 3229- 7604Fax: (37) 3229- 7784 [email protected]

SALVADOR MARkOWICZ NETOFazenda São Paulo PATOS DE MINAS - MGTel.: (11) 3875-3207 Cel.: (11) 8160-8883 Faz.: (34) [email protected]

SENHORA DE FÁTIMA S/C LTDA.Fazenda Chácara e Retiro NOVA SERRANA - MGTel.: (31) 3221-6548 Cel.: (31) 9991-6548 falar comLuiz Felipe.

SÍLVIO QUEIROZ PINHEIROFazenda Arapoema UBERABA - MGTel.: (61) 3233-2848 Cel.: (61) 9989-4632 Faz.: (34) 9665-6030 Henrique (filho) (34) 9978 [email protected]

SOCIEDADE EDUCACIONAL UBERABENSEFazenda Escola Alexandre Barbosa - UBERABA-MGTel: (34) 3319-8760 / 3319-8763 3319-8818 / [email protected] [email protected]@uniube.br

TOMAZ DE AQUINO RESENDE Fazenda Rancho Fundo das Grotadas SANTO ANTôNIO DO MONTE - MGRes.: (31) 3426-8873 Telefax: (31) 3653-8873 Cel.: (31) 9982-1878 Faz: (31) 9726-0997 Com.: (31) [email protected] [email protected]

TORRES LINCOLN PRATA CUNHA FILHO Estância Poty - UBERABA - MGTel: (34) 3312-4977 Fax: (34) 3312-4916

VANIR GARCIA LEÃOFazenda Xanadú IGUATAMA - MG

Tel.Res.: (31) 3292-7673 Com.Telefax: (31) 3337-4528 [email protected]@gold.com.br

VERA LÚCIA DIAS Fazenda Dias Vialactea ENGENHEIRO CALDAS - MGTel. Res.: (33) 3221-9341 Cel. (33) 9904-5552 [email protected]

VITOR CÉSAR CALDAS MACHADO Fazenda Santana 2 UBERABA - MGTel.: (34) 3312-1690 Com. (34) 3315-4670 Cel.: (34) [email protected]

WILSON CARNEIRO SILVA JUNIORFazenda Berço da Lua SANTA JULIANA - MGTel.: (34) 3332-0101

WILSON ERNESTO MARTINEZ BOLIVAR Sítio Alvorada - UBERABA - MGTel.Res: (34) 3336-6089 (34) 3316-7820 Cel.: (34) [email protected]

PARÁANTôNIO ABÍLIO MARQUES CORDEROFazenda Fiel Agropecuária Ltda. CASTANHAL - PATel.: (91) 4005-3445 Fax.: (91) 4005-3440 Cel.: (91) [email protected]

HILTON DA CUNHA PEIXOTO Fazenda Joaíma e Uraím - PARAGOMINAS - PATelefax: (31) 3223-3942 Cel.: (31) 9605-0780 Faz.: (91) 3729-4388 Cel.: (91) [email protected] PARAÍBAEMEPA-EMPRESA ESTADUAL DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DA PARAÍBA S/AEstação Experimental "João Pessoa" - UMBUZEIRO - PBTel.: (83) 3395-1001 e (83) [email protected]

PERNAMBUCOFERNANDO ANTôNIO MAIA RODRIGUES DE ALMEIDAFazenda Pensilvania LAGOA DO CARRO - PE Tel.: (81) 3445-1145 Cel.: (81) 8751-1620 (81) [email protected]

SUPRANOR - IND. E COM. LTDAFazenda Sanharó ARCOVERDE - PETel. (81) 2122-1855 Fax: (81) 2122-1844 Cel.: (81) [email protected] [email protected] PARANÁBEATRIZ C. GARCIA E FILHOS CONDOMÍNIOFazenda Cachoeira 2C SERTANÓPOLIS - PRTel.: (43) 3356-2988 (43) [email protected]

JOÃO SALA Fazenda Bom Pastor UMUARAMA - PRTel.Res.: (44) 3622-5816

Com.: (44) 3621-3700 Fax: (44) [email protected]

VALDO HENRIQUE MANDEGAN FAVORETO Rancho Serrano LONDRINA - PRTel.: (43) 3321-6082 Cel.: (43) 9151-9000

RIO DE JANEIROARISTEU RAPHAEL LIMA DA SILVEIRA Sítio Gabriel CACHOEIRAS DE MACACU - RJTel.: (21) 2713-5993 Cel.: (21) 9584-8524

EMERSON TEIXEIRA DE OLIVEIRARancho Sagrada Família CACHOEIRA DE MACACU - RJTel.:(21) 2487-0912 / Com.: (21) 2401-6627 / (21) 2401-5942 / (21) 2419-4206 /Cel.: (21) [email protected] [email protected]

FERNANDO FIUZA DIZFazenda Santana CACHOEIRA DE MACACU - RJEsc.: (22) 2793-1250 Fax: (22) 2793-1268 Faz.: (21) 2745-3160Cel. Fernando: (21) [email protected]

FILIPE ALVES GOMESFazenda Volta Fria - Raposo ITAPERUNA - RJTel. Res. (22) 3847-2284 Telefax: ( 22) 3847-2133 Cel.: (22) [email protected]

FRANCINIR ANTôNIO SANCHESFazenda Ouro Branco GUAPIMIRIM - RJCom. Fax: (21) 2221-1665 Cel.: (21) 9110-4900 Cel. Francinir (21) [email protected]

HÉRICA CRISTINA FERREIRA DINIZ GONçALVESAgropecuária Alambari - Faz. Boa VistaRESENDE - RJTel.: (24) 3357-1310(24) [email protected]

JAYME DE OLIVEIRA SANTOS FILHO Fazenda Ouro Branco CACHOEIRA DE MACACU - RJTel: (21) [email protected]

JOBSON DE ASSIS SALGADO Rancho Cerro Azul CACHOEIRA DA MACACU - RJTel.: (21) 2745-0756 Cel.: (21) [email protected]

JOSÉ ANTôNIO LOPES DE NORONHAFazenda Rancho Paraty CACHOEIRA DE MACACU - RJTel.: (21) 9612-4131

JOSÉ ANTôNIO SILVA LINOFazenda Acalanto CAHOEIRAS DE MACACU - RJTelefax.: (21) 2548-8845 Cel.: (21) [email protected]

JOSÉ ARLEY LIMA COSTAFazenda Parahy CACHOEIRAS DE MACACU - RJTelefax:(21) 3974-3030 Faz.:(21) 2745-4063 Cel.: (21) 9140-7266 Cel.: (21) 9144-0321

Cel. Cecília (Secretária) (21) [email protected] [email protected]

JOSÉ LUÍS NEVES DE CARVALHO Fazenda MacabúMARICÁ-RJTel:(21) 2634-2553 (21) [email protected]

JOSÉ MOACIR SILVEIRA DE SOUZAFazenda Caieira BARRA DO PIRAÍ - RJTel.: (24) [email protected]

LERENO NUNES NETOSítio do Holandês CACHOEIRAS DE MACACU - RJTel.: (21) 2745-7114 (21) 2745-4064 / 2745-4102 Cel.: (21) 8881-4318

LUIZ CARLOS BANDOLE GOMES Fazenda Morro Alto NATIVIDADE - RJTel.Res.: (22) 2722-3211 Com.: (22) 2733-1079 Cel.: (22) [email protected]

LUIZ EUTÁLIO RODRIGUES DE ALMEIDA Fazenda Santa Luzia CACHOEIRAS DE MACACU - RJTel: (21) 2745-4096 Com.: (21) 2745-4102 (21) 2745-4064 Cel.: (21) 9272-6562 (21) 9217-5529 (Ana Paula)[email protected] [email protected]

MANOEL ARTHUR VILLABOIM DA COSTA LEITEFazenda das Pitangas RIO DE JANEIRO - RJTel.: (21) 2512-3635Fax.: (21) [email protected]

MANUEL SALGADO RODRIGUES DOS REIS Fazenda da Derrubada RIO DAS FLORES - RJTel.: (24) 2458-1188

MARCÍLIO FIGUEIREDO RODRIGUESFazenda Quero Vê SÃO JOSÉ DE UBÁ - RJTel. Res.: (21) 2704-4304 Tel. Com.: (21) 2717-8142 Cel.: (21) 9913-5025 / (22) [email protected]

MÁRCIO PALMA LEAL Fazenda São José TRAJANO DE MORAIS - RJTel.:(22) 2551- 1573 Cel.: (22) 8111-2457 (22) [email protected]

MARCO AURÉLIO GRILLO DE BRITO Fazenda Terra Nova RIO DE JANEIRO - RJTel. Res.: (21) 3325-8872 Com.: (21) 3251-7000 [email protected]

MARCOS SERRA SEPEDAFazenda dos Arcos CACHOEIRAS DE MACACÚ - RJTel.Com.: (21) 3553-3830 Faz.: (21) 2745-0187 Cel.: (21) 9857-2916 [email protected] [email protected]

MARCUS SILVEIRA DE MORAESSitio Macapá SANTA MARIA DE MADALENA - RJ

Revista Gir Leiteiro |||| 155

Tel.Res.:(22) 2551-0085 Telefax: (22) 2551-9000 Cel.: (22) [email protected]

MILA DE CARVALHO LAURINDO E CAMPOSFazenda Recreio SÃO JOSÉ DE UBÁ - RJTel.: (32) 3722-3416 Cel.: (22) 8803-4690

OTTO SOUZA MARQUES JUNIOR Fazenda Babitonga CACHOEIRAS DE MACACU - RJTel (21) 2612-0031Com. (21) 2745-4044 Fax: (21) 2612-0859 Cel.: (21) [email protected]

PAULO MARCIO CONANGIA Fazenda Mico-Leão-Dourado SILVA JARDIM - RJTel.: (21) 2266-3748

RENATO GUIMARÃESFazenda Indaiá - PIRAÍ - RJTel.:(21)2502-7495 / Cel.: (24) 2431-1274 / (24) [email protected]

RIBAMAR MACEDO COELHOFazenda Sítio Santa Luzia CORDEIRO - RJTel.: (21) 2611-2286 TeleFax: (21) 3637-3131 Cel.: (21) 9987-3200

RODRIGO MARTINS BRAGANçAFazenda Novo Destino APERIBÉ -RJTel.Res:(22) 3864-1106 Cel.: (22) [email protected]

SÉRGIO LESSAFazenda Las Horas VASSOURAS - RJTel.: (21) 2492-5524 /(21) 2259-1245Fax.: (21) [email protected]

VOLMER SERQUEIRA DOS SANTOS São Geraldo CORDEIRO - RJTel: (22) 2551-1582

RIO GRANDE DO NORTEEMPARN - EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE S/ACampo Experimental Felipe Camarão SÃO GONçALO DO AMARANTE - RNTel.: (84) [email protected] www.emparn.rn.gov.br

RONDôNIAGEOVANI NUNES BARROSO Fazenda Curralinho JARÚ - ROTel. (69) 3521-1661 Cel.: (69) [email protected] geovani@[email protected]

JOSÉ ELIAS DOS SANTOS Fazenda Dalas CACOAL - ROTel.Res.:(66) 8404-8248 Com.:(69) 3441-5222 Fax.: (69) 3441- 5222 Cel. José Elias (69) [email protected]

SÃO PAULOACCELERATED GENETICS DO BRASIL LTDA - AXELGENFaz. Santo Antônio da Alegria MOCOCA - SP

Telefax (16) 2137-7700 Cel.Adm.: (16) 9131-8719 José de Castro (16) 9128-2010 Carlos Vivacqua (16) [email protected]@[email protected] SOUZA DOS SANTOS Estãncia Vale dos Veredas - JUQUITIBA - SPTel. Res.: (11) 4667-2127 / Tel. Com.: (11) 5823-3017 / Cel.: (11) [email protected]@girveredas.com.br

AGROPECUÁRIA E IMOBILIÁRIA MARIPÁ LTDAFazenda Castelo - JAGUARIUNA - SPTels.: Depto. de Agronegócios (11) 3156-0859 / (11) 3156-0853 / Fax: (11) [email protected]@protege.com.brwww.harasmaripa.com.br

AMILCAR FARID YAMIN Fazenda São Judas Tadeu do Chapadão PORTO FELIZ - SPTel. Esc.: (11) 2131-7755 Fax: (11) 2131-7778 Faz. (15) 3262-6050 (Adriana) [email protected]

ANDERSON PONTESEstância Agropontes - GLICÉRIO - SPTel.: (18) 3642-2288 / Tel.: (18) 3643-3563 / Cel.: (18) [email protected]

ANTôNIO CESAR FERREIRA Agropecuária H2O - PALESTINA - SPCom.: (17) 3563-1705 / Res.: (17) 3281-1154 / Cel.: (17) [email protected]

ANTôNIO JOSÉ LÚCIO DE OLIVEIRA COSTA Fazenda Tabarana STA. CRUZ DAS PALMEIRAS - SPDu (Contabilidade) (19) 3672-1295 Fax (19) 3672-2538 Res.: (19) 3633-5827 Cel. Du (19) [email protected] [email protected]

ANTôNIO LOPES BATISTA Fazenda Albalat - ATIBAIA - SPTel.: (11) 2423-2800 Cel.:(11) 9330-9619 Fax: (11) 2421-7902 Faz (11) 4402-9016 / Res.: (11) [email protected]@superlopes.com.br

APIL AGROPECUÁRIA LTDAFazenda São José BAURU - SPTel: (14) 3236-1900 Falar com karina

BOM JARDIM DA SERRA AGROPECUÁRIA LTDA Fazenda Quebra Cuia MOCOCA - SPTel. Faz.:(19) 3665-3634 /Faz.: (19) 3667-8446 Tel. Esc. Mococa: (19) 3665-5059 Adilson (19) [email protected] [email protected]@uol.com.brwww.fazendabomjardim.com.br

BRÁULIO QUEIROZ PINHEIROFazenda Nova Estiva BURITIZAL - SPTel.: (16) 3729-3870

CARLOS ALBERTO DA SILVA Rio Vale Agronegócios PORANGABA - SP Tel.: (11) 3063-1899 Res.: (11) 3889-0507 (11) 9105-2030

[email protected] [email protected]

CRV LAGOA DA SERRA LTDAFazenda CRV Lagoa da Serra SERTÃOZINHO - SPTel.: (16) 2105-2299 (16) [email protected]

DALILA GALDEANO LOPES Sítio São João MARÍLIA - SPTel: (14) 3425-2944 (14) 2105-7777 Fax: (14) [email protected]

DANIEL COSTA MENDES Rancho Campo Alegre SÃO JOÃO DA BOA VISTA - SPCom.: (19) 3622-2959 Cel. Daniel (19) 9100-7555 (19) 8109-5551 /Cel. Mãe Beatriz (19) [email protected]

DUARTE QUEIROZ PINHEIROFazenda Santa Rita da Estiva BURITIZAL -SP Tel.: (16) 9998-7842

EDUARDO FALCÃO DE CARVALHOEstância Silvania - CAçAPAVA - SPTel.:(12) 3302-3077 Cel.:( 12) 9713-7144 Amélio (12) 9761-2237girleiteiro@estanciasilvania.com.brwww.estanciasilvania.com.br

EDUARDO NICOLAU AMBAR Estância Saint. Nicolas ÁGUAS DE LINDÓIA – SPTEL .: 19-3824-2259

FÁBIO PINTO DA COSTA Fazenda Betel - IBITINGA - SPCel.: (16) 9227-0079 [email protected]

FERNANDO AUGUSTO REHDER QUINTELLAFazenda Angolinha SÃO PAULO - SPTel.: (11) 3034-3084 Rosângela (11) 3854-1774 Cel.Guto Quintella (11) [email protected]

GERALDO LEMOS COSTA BITTAR E OUTRA Fazenda Aliança FRANCA - SPTel. (16) 3722-2583 Cel. (16) 9221-4552 (16) [email protected]

INSTITUTO DE ZOOTECNIA DO ESTADO DE SÃO PAULO Estação Experimental de Zootecnia de Ribeirão PretoTel.: (19) 3656-0200 Ramal 26 (19) [email protected]

JOÃO ANTôNIO GABRIEL Estância Santa Maria TAQUARITUBA - SPTel.Res.: (14) 3762-4349 Com.: (14) 3672-1830 Fax: (14) 3762-2164Contato Flávio: (14) [email protected]

JOÃO CARLOS DE ANDRADE BARRETOFazenda Adriana VALENTIM GENTIL - SPFaz: (17) 3485-7451 Esc.: (17) 3485-1356 Cel. João Carlos (17) 9113-8433Gilberto (Gerente) (17) [email protected]

[email protected]

JOÃO CARRIJO DA CUNHAFazenda Chaminé da Cachoeira RESTINGA - SPTel. Res. (16) 3722-2922 Cel.: (16) [email protected]

JOAQUIM JOSÉ DA COSTA NORONHAFazenda Terra Vermelha VARGEM GRANDE DO SUL - SPTel.Faz.:(19) 3643-7033 Cel. kinkão (19) 9105-6660 /Res. São João da Boa Vista: (19) [email protected]://www.girleiteiro-ca.com

JORGE NUNES PEREIRA FILHO Chácara Santa Helena JACAREÍ - SPTels: (12) 3962-6264 (12) 3951-2000 / Cel.: (12) 9713-2296

JOSÉ DE CASTRO RODRIGUES NETTO Fazenda Santana da Serra CAJURU - SPTel.Faz.:(19) 3667-9404 Cel.: (16) 9128-2010 Fax:(16) [email protected] [email protected]

JOSÉ FRANCISCO JUNQUEIRA REISFazenda Sta. Fausta LINS - SPTel.Esc.: (14) 3522-2247 Telefax: (14) 3522-2948 Faz.: (14) 3523 6233 /Cel. Alberto (14) 9745-1470 / [email protected]

JOSÉ LUIZ JUNQUEIRA BARROS Fazenda Café Velho CRAVINHOS - SPTel: (16) 3625-2323 (16) [email protected]

JOSÉ ORLANDO BORDIN Fazenda Araquá CHARQUEADA - SPTel.Res.: (11) 3813-7187Telefax: (11) 5571-5494 Cel.: (11) 9614-2644 / Faz.: (19) 3486-4601 [email protected]

kENYTI OkANO Fazenda Santo Antônio ITUVERAVA - SPTel. Faz.:(16) 3729 3391 Cel. kenyti Okano: (16) 8118 0056Tel.Res:(16) 3729-3646 Cel. Adriano Okano: (16) [email protected]

LEANDRO FORTUNATOSÍTIO VO DUBETO PORTO FELIZ - SPTEL: (11) [email protected]

AssociadosABCGIL

156 | | | | Revista Gir Leiteiro

AssociadosABCGIL

LEANDRO MARINHO DE ANDRADESitio São Judas Tadeu GUARAREMA/SPTel Res: (11) 6749-6521 Sitio (11) [email protected]

LÚCIO RODRIGUES GOMESFazenda Valão do Cedro TAUBATÉ - SPTel.:(12) 3631-6329 (12) 3632-6575 (12) 3653-2037 Cel.: (12) 9719-7219(12) 9156-6330 [email protected]@uol.com.brwww.valaodocedro.com.br

LUIS ISIDORO FELIPE Estância Nova Avanhadava ZACARIAS - SPCel.:(11) [email protected]

LUIZ FERNANDO TARANTO NEVESFazenda Santa Maria da Barra Grande ITATINGA - SPTel.Res.: (11) 3287-8361 Esc.: (11) 3289-4122 Fax: (11) 3289-5808 Faz.:(14) 3847-3678 Cel.: (14) [email protected]

LUIZ ROBERTO LIMA DE MORAESSítio Água da Mata - PONGAÍ - SPTel.Res.: (11) 4521-5949 Com.: (11) 4039-4070 Cel.: (11) [email protected]

MAMEDI MUSSI NETOEstância 2M BARRETOS - SPTel.: (17) 3322-5485 Com.: (17) 3322-7900 Cel.: (17) [email protected]

MANOEL IZIDORO DO CARMOSítio Passagem da Servidão SANTO ANDRÉ - SPTel.:(11) 4451 6803 (11) [email protected] [email protected]

MARCELO COSTA CENSONI E OUTROS Fazenda Amazonas LEME - SPTel:(19) 3633-2680 (19) 35727463 Cel.: (19) 9775-1640

MARIA TEREZA LEMOS COSTA CALILFazenda Paraiso FRANCA - SPTel.Res.: (16) 3625-6253 Com.: (16) 3977-2700 Cel.: 8155-4444 Cel.Faz.: (16) [email protected]

MARIO ROBERTO EWBANk SEIXAS Fazenda Estância Mário Roberto PATROCÍNIO PAULISTA - SPTel:(16) 3145-1727 (16) 3723-1515 Cel.: (16) [email protected] www.marioroberto.com.br

MB AGRÍCOLA E PECUÁRIA LTDA Fazenda Boa Esperança da Serra MOCOCA - SPTel.: (19) 3666-5500 (19) 3656-2850 Cel. Estela (16) 9791-1090 (16) [email protected]

MILTON OkANO Sitio Nossa Senhora Aparecida ITUVERAVA – SPTel. 16-3839-3230 ou16-8126-9584

NELSON ARIZA Sítio Monte Alegre NOVA GRANADA - SPTel.:(17) 2136-9013 Res.: (17) 3234-2086 Cel.: (17) 8122-2175 Cel. Boi (17) [email protected] [email protected]

NOÉ ARAÚJO Fazenda Santo Antônio da Bela Vista PARAIBUNA - SPTel: (11) 3549-4990 Fax: (11) [email protected]

OURO FINO GENÉTICA ANIMAL LTDA.Faz. Sítio Haras Vitória BRODOWSkI - SPTel. Esc.: (16) 3512-2109 (Osmar) Tel. Faz.: (16) 3664-5008 (Clodoaldo)[email protected]

PAULO ROBERTO CURI E RODRIGO CURI Fazenda Clarão da Serra PARDINHO - SP Tel.Res:(14) 3882 2889 Cel. Rodrigo (14) 9713 [email protected]

PEDRO AVEDIS SEFERIANFazenda Danpris AVARÉ - SPTel.: (11) 3022-9441(11) 3683-2666 / Cel.:[email protected]

PEDRO NELSON LEMOS DE OLIVEIRA Fazenda Santa Clara TAUBATÉ - SPTel.:(12) 3626-1138 Cel.:(12) 9113-759Faz.:(12) [email protected]

SÉRGIO LUIZ NEVES DE OLIVEIRA ANDRADEFazenda São Francisco PARAIBUNA - SPTel Res: (12) 3941-6156 Com. (12) 3974-0434 Fax. (12) 3941-6156 Cel.: (12) [email protected]

WALDIR JUNQUEIRA DE ANDRADEFazenda Iracema - LINS - SPTel.Res.: (14) 3522-1196 (14) 3522-1094 Fax: (14) 3522-2705 Cel. André (14) [email protected] [email protected] TOCANTINSCOM. EVANGÉLICA LUTERANA S.PAULOCampo Experimental Santa Cruz II - PALMAS - TOTel.: (63) 3219-8044 / Cel.: (63) 8112-9973 [email protected]

Agenda EXPOSIçÕES2010

2º Exposição Interestadual Fluminense do Gir Leiteiro Rio de Janeiro/RJ (Ranqueada)02 a 06 de Fevereiro

2ª Exposição Regional do Gir Leiteirode Avaré/SP. (Ranqueada)09 a 13 de Março

1ª Exposição Interestadual Sul Matogrossense do Gir Leiteirode Campo Grande/MS 21 a 27 de Março

2ª Exposição Regional do Gir Leiteiro deVitória da Conquista/BA (Ranqueada)22 a 27 de Março

8ª Exposição Especializada do Gir Leiteiro de Londrina/PR23 a 26 de Março 1ª Exposição Paranaense do Gir Leiteiro de Passos/MG 07 a 11 de Abril

1ª Exposição Baiana do Gir Leiteirode Salvador/BA 13 a 16 de Abril 1ª Exposição Regional do Gir Leiteiro de Pará de Minas/MG20 a 24 de Abril 1ª Exposição Regional do Gir Leiteiro de Barretos/SP20 a 24 de Abril

76ª Expozebu Uberaba/MG (Ranqueada)03 a 09 de Maio

2ª Exposição Regional do Gir Leiteiro dePatos de Minas/MG – 53ª FENAMILHO (Ranqueada)18 a 22 de Maio

4ª Exposição Especializada do Gir Leiteirode Franca/SP (Ranqueada)18 a 23 de Maio

1ª Exposição Estadual do Gir Leiteirode Goiás/GO (Ranqueada)25 a 28 de Maio

2ª Exposição Regional da Raça Gir Leiteiro de Morrinhos/GO (Ranqueada)Junho

2ª Exposição Regional do Gir Leiteiro deSanta Helena/GO (Ranqueada)Junho

12ª Exposição Nacional do Gir LeiteiroUberaba/MGMEGALEITE 2010 (Ranqueada)28 de Junho a 05 de JulhoEncerramento do Ranking: 2009/2010

1ª Exposição Regional do Gir Leiteirode Bambuí/MG07 a 11 de Julho

9ª Exposição Estadual do Gir Leiteirode Jacareí/SP (Ranqueada)Julho 2ª Exposição Regional do Gir Leiteiro deGovernador Valadares/MG (Ranqueada)Julho

5ª Exposição Estadual Fluminense do Gir Leiteiro de Cordeiro/RJ (Ranqueada)Julho

1ª Exposição Regional do Gir Leiteiro deMorada Nova Minas/MG23 a 25 de Julho

2ª Exposição Regional do Gir Leiteiro deSalvador/BA (Ranqueada)Agosto

2ª Exposição Regional do Gir Leiteiro deParacatu/MG (Ranqueada)Agosto 4ª Exposição Estadual Mineira do Gir Leiteiro de Sete Lagoas/MG (Ranqueada)Agosto

2ª Exposição Especializada do Gir Leiteiro de Cachoeira de Macacu/RJ (Ranqueada)Agosto

2ª Exposição Estadual do Gir Leiteiro deEspírito Santo/ES (Ranqueada)Agosto

28ª Expoabra – 10ª Exposição Especializada do Gir Leiteiro de Brasília/DF (Ranqueada)Setembro

2ª Exposição Regional do Gir Leiteiro deTeófilo Otoni/MG (Ranqueada)Setembro 3ª Exposição Regional do Gir Leiteiro deResende/RJ (Ranqueada)Setembro

2ª Exposição Regional do Gir Leiteiro deAlagoinhas/BA (Ranqueada)Outubro

3ª Exposição Especializada do Gir Leiteiro de Uberlândia/MG – Camaru 2010 (Ranqueada)Outubro

2ª Exposição Regional do Gir Leiteiro de Goiás/GOOutubro

3ª Exposição Internacional do Gir Leiteiro de São Paulo/SP – Feileite 2010 (Ranqueada)Outubro 7ª Exposição Estadual Baiana do Gir Leiteiro Salvador/BA - FENAGRO2010 (Ranqueada)Novembro

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