jornal nossa voz umbandista ano 1 edição 4 setembro 2015

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Setembro 2015 - Nossa Voz Umbandista 1 Ano 1 Edição Nº 4 Setembro 2015 Nesta Edição Porque julgo e aponto meu irmão? pag.3 Reforma Íntima p3 Porque as pessoas sente prazer em fazer maldades... p3 Jovem Umbandista p5 Crianças na umbanda p6 Faz 6 meses sem nosso Melhor Amigo Mestre Rubens Saraceni p9 A linha dos Boiadeiros p10- 12 A fé e a razão p13 Faith No More é Umbanda p23 E muito mais.... Salve as IBEJADAS Crianças na Umbanda Pág 6

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É com grande alegria que lançamos nossa 4ª Edição de setembro de 2015 do Jornal Nossa Voz Umbandista. E nesse mês com destaque para as Crianças na Umbanda, Salve as Ibejadas. Destacamos ainda a matéria sobre Jovem Umbandista por José Ricardo, e 6 meses sem nosso Melhor Amigo Mestre Rubens Saraceni, e Ser Médium com depoimentos de filhas do Terreiro, e muito mais. Leiam e compartilhem e Axé a todos!!

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Setembro 2015 - Nossa Voz Umbandista 1

Ano 1Edição Nº 4Setembro 2015

Nesta Edição

Porque julgo e aponto meu irmão? pag.3

Reforma Íntima p3

Porque as pessoas sente prazer em fazer maldades... p3

Jovem Umbandista p5

Crianças na umbanda p6

Faz 6 meses sem nosso Melhor Amigo Mestre Rubens Saraceni p9

A linha dos Boiadeiros p10-12

A fé e a razão p13

Faith No More é Umbanda p23

E muito mais....

Salve as IBEJADASCrianças na Umbanda Pág 6

2 Setembro/2015 - Nossa Voz Umbandista

Sou a mãe Roseli Proença médium umbandista desde que nasci,

sou maga e sacerdotisa de umbanda, e dirigente espiritual do “Terreiro de Umbanda Iansã Guerreira e Baiano Zé Pilintra” junto com Pai Ricardo Proença, que luta incansavelmente contra a intolerância religiosa dentro de nosso segmento religioso umbandista.

Bom!!!!

Nasce o nosso Jornal Nossa Voz Umbandista, e é uma alegria imensurável para todos nós da família Iansã Guerreira e Baiano Zé Pilintra, e com ele vamos agregar mais conhecimento e informação para todos os nossos irmãos e também aos amigos simpatizantes de nossa religião linda e maravilhosa que dentro dos ditames da lei maior e da justiça divina trabalha na fé de Oxalá, fundamentada nos tronos de Deus e dos Orixás, religião essa brasileira que nos foi trazida pelo “Caboclo das Sete Encruzilhadas” no dia 15 de novembro de 1908.

Nosso jornal terá sempre noticias pertinente a nossa religião de umbanda sagrada e sempre focando também tudo referente ao crescimento e evolução da mesma.

Lembrando que nosso jornal vem para agregar ao conhecimento e não

para criticar a doutrina de nenhum segmento religioso, nossa intenção é mostrar que a religião de umbanda como todas, necessita-se crer em Deus, ter fé em Deus, e que a umbanda não é uma seita e sim uma religião sagrada, e caritativa e que não tem cobranças pecuniárias, a umbanda é uma religião nova com cerca de um século é sincrética e sua base está dentro dos preceitos cristãos, indígenas, e afros.

Nesse mês destacamos na capa Cranças na Umbanda, Esses espíritos infantis nos surpre en dem pela ternura, inocência, argúcia, carinho e amor que vibram quando baixam em seus médiuns.

O lançamento do livro Cantando e Tocando Ijexa e Barra-Vento de Severino Sena, com entrevistas e flash no dia do lançamento.

Destaque também para a Festa do Samba do Seu Zé realizada em 23/08, por Isabela Cardoso, e ainda a Festa dos Ogãs com cobertura e entrevistas da nossa Equipe do JNVU.

Leiam e compartihem irmãos!!!

Agradecemos ao carinho de todos.

Mãe Roseli Proença e Pai Ricardo Proença

EDITORIAL NESTA EDIÇÃO3 Porque julgo e aponto meu irmão?3 Reforma Íntima

4 Porque as pessoas sente prazer em fazer maldades...

5 Jovem Umbandista6 Crianças na umbanda7 Ser médium por Aline Felix8 Ser médium por Elaine Cristina

9 Faz 6 meses sem nosso Melhor Amigo Mestre Rubens Saraceni

10-12 A linha dos Boiadeiros13 A fé e a razão

14-17 Entrevistas durante o lançamento do livro de Severino Sena

18-19 Entrevistas durante a Festa dos Ogãs

20Participação do Terreiro no Festival de Curimba Aldeia de Caboclos

21 Festa do Samba so Seu Zé22 6º Festival de Curimba do Aldeia23 Faith No More é Umbanda

24-26 Cursos

ESCRITORES - Mãe Roseli Proença - Pai Ricardo Proença - Pai Rubens Saraceni

FOTOGRAFIA

FOTÓGRAFO - Mãe Roseli ProençaCONTRIBUIDORES - Equipe do Jornal:

Gilberto Giovanetti, Vinicius Vilches, José Ricardo, Rafael Santos,

Edson Nascimento, Aline Felix, Danielle Zanotta

EDITORIAL

EDITOR - Mãe Roseli Proença - Pai Ricardo Proença

CRIADORDESIGNER - Carlos Rodrigues de Souza

TERREIRO DE UMBANDA IANSÃ GUERREIRA E BAIANO ZÉ PILINTRA

Rua Francisco Marengo, 308 - Altos - TatuapéSão Paulo - SP,

TELEFONE (11) 9 7596-5939

EMAIL: [email protected]

INFORMAÇÕES

REDAÇÃO

Setembro 2015 - Nossa Voz Umbandista 3

Porque julgo e aponto meu irmão?Por Mãe Roseli Proença

Enquanto você passa o dia preocupado com a vida alheia tentando encontrar defeitos que só existem dentro de seu íntimo, pare!!! E lembre-se quando encontrar problemas na vida do outro, estes mesmos problemas estão todos em você? E enquanto o outro te perturbar por causa dos vícios que você enxergar nele e que estão impregnados em você, pelo fato de que olhando a vida do outro de forma torpe, você sente um êxtase de realização, mas você só se esquece que enquanto se perde no tempo da futilidade, soberba e ego, você fica assim... e só depois de tanto prejudicar... e que se dá conta de que a bondade da lei ainda assim irá te salvar estendendo o braço ao alcance de suas mãos.

Orai e vigiai... Você que ao invés de fazer uma reforma íntima e ficar atento a sua vida, prefere cuidar e

vigiar a vida do outro, não se esqueça enquanto você aponta os erros dos outros, você esta apontando seus próprios erros, aqueles que

esta dentro de você e age como um espelho quando você, em sua falta de caráter, julga o caráter alheio.

Cuidado !!!!!!!

Pensamentos e sentimentos de raiva, angustia, ciúmes, soberba , vaidade e ego nos levam ao fulgor do inferno.

Experimente fazer o bem verdadeiramente sem olhar a quem, e sem esperar nada em troca, seja um instrumento verdadeiro de DEUS, talvez consiga parar de apontar o erro dos outros e comece a enxergar todos aqueles dentro de você mesmo.

Mãe Roseli Proença

Fonte: Internet

Reforma ÍntimaPor Mãe Luciana Malimpensa e Pai Thiago Malimpensa

Todos nós sabemos que a base da Umbanda é a caridade e por isso, quanto mais os valores Umbandistas forem em comuns com os nossos, mais Umbandista nós seremos. A caridade deve ser constante em nosso dia-a-dia através das nossas ações e pensamentos e não somente ao colocarmos as vestimentas “brancas”.

Mas, Como diz o dito popular: “A caridade começa em casa”. Então, é preciso renovar-se, num esforço

contínuo para melhorar-se moralmente através da reforma íntima.

A reforma íntima é um processo contínuo de autoconhecimento, de busca pelo equilíbrio interno de purificação e elevação dos nossos sentimentos e pensamentos em relação a nós mesmos e aos nossos semelhantes. E sua base de apoio fundamental são os ensinamentos da religião de Umbanda. É a mudança comportamental,

substituindo a indiferença, os maus hábitos e as atitudes negativas, pelas virtudes dominando as más inclinações.

E podemos fazer a reforma íntima através do nosso equilíbrio nos setes sentidos da nossa vida.

Afinal, com a mente e o espírito em desequilíbrio, em desarmonia, continuamos baixando nossas vibrações e sustentando ligações negativas que contribuem para nossa queda. E a cura

ocorre através da reforma íntima, com a nossa própria iluminação, que vem do nosso interior, num exercício diário.

E lembre-se, o médium é um instrumento e um templo vivo de Deus. Por isso, orai e vigiai sempre. Pois, quem não trata a espiritualidade com responsabilidade, não trata a vossa vida pessoal também.

Mãe Luciana Malimpensa e Pai Thiago Malimpensa

4 Setembro/2015 - Nossa Voz Umbandista

Porque as pessoas sentem prazer em fazer maldades e em destruir umas as outras? Por Mãe Roseli ProençaPor Mãe Roseli Proença

Há alguns anos, venho observando o comportamento de algumas pessoas, e percebi como algumas são tão más e em como se sentem felizes em prejudicar seus irmãos de fé, ou até mesmo um familiar ou um colega de trabalho, um desafeto, enfim é triste. Tento entender o que se passa em seus íntimos que seu prazer e realização é o de prejudicar outrem, e ainda se julgam vítimas, como podem. Difícil entender esses seres que ainda se dizem seres humanos, religiosos, temente a Deus e aos Orixás.

Pois o mal na verdade está no veneno destilado numa forma de colocar as situações, mentirosas e falsas para prejudicar com maldade as pessoas, espalhando seus venenos destilando suas maldades na intenção de se satisfazerem, suas insatisfações, suas frustrações, seus delírios e o ponto de partida para prejudicar seus irmãos. Venho observando que as pessoas não se respeitam mais, e é quase um prazer prejudicar, fazer fofocas, destilar venenos e ainda contaminam outras pessoas ao seu redor com sua maldade e mentiras, claro sempre se fazendo de vítima e coitada para todos.

Mas, estas pessoas, só

se esquecem de que estão sendo vigiados pela “LEI MAIOR”, e que passaram pelo CRIVO DA LEI E FICARÁ NAS MALHAS DA LEI, essas pessoas só se esquecem que ao tentarem causar o caos na vida das pessoas, automaticamente estão se colocando sob julgamento Divino, mas entendi que essas pessoas maldosas, são seres fracos, volúveis e sem coração e sem caráter e que seu ódio, seu rancor, seu ciúmes os deixa cego em seus propósitos de maldade. Estas pessoas, provavelmente não sabem que a LEI não fecha e o vigia em suas maldades e que todo o seu mal retornará

sutilmente a eles próprios para suas vidas, essa pessoa será sempre sozinha em suas frustrações, maldade e seu ego. Pois DEUS é onisciente e onipresente em nossas vidas, pois ele tudo vê e tudo sabe e sua bondade e amor, protege os injustiçados por estas pessoas desequilibradas, mas que também são merecedoras de misericórdia Divina, fazendo com que elas entendam, que prejudicar e inventar situações da vida dos outros, só as prejudicaram em todos os sentidos da vida, injustiças cometidas as pessoas serão cobradas pela LEI.

Mas, peço a Deus todos os dias em minhas orações, que Deus, os Orixás e Divindades possam ter misericórdia por estas pessoas maldosas, pois elas sim precisam de Amor, e este é o ingrediente que falta na vida destas pessoas. Para que elas não cometam mais tais atrocidades com as pessoas. Ou então, só saberão o significado de suas maldades, quando passarem para outra dimensão da vida, pois lá saberão o que fizeram, pois agora talvez seus egos e vaidades os impeçam de ver seus erros. E as injustiças que cometem.

Mas, a verdade é que DEUS em sua bondade, nos abençoa a todos e nos ensinou a PERDOAR...

E nós ainda nessa fase humana, somos falhos e instintivos... E suscetíveis, mas sempre lutando contra todo mal.

Que as Forças Divinas dos Mestres da LUZ, sempre nos conduza no caminho do Amor, nos livrando destas armadilhas criadas pela maldade humana e nefasta, destas pessoas possuídas pelo desejo de praticar a maldade alheia.

Mãe Roseli Proença

Fonte: Internet

Setembro 2015 - Nossa Voz Umbandista 5

Jovem UmbandistaPor José Ricardo (Filho, Médium, Ogã, Filho de Fé e Jovem Umbandista e Editor do Jornal Online Nossa Voz Umbandista)

Ogãs Rafael(esquerda) e José Ricardo(direita) e Pai Ricardo Proença(abaixo)

José Ricardo, Pai Ricardo Proença, Mãe Roseli Proença e Rafael

Bom, por onde começar vejo minha vida dentro da Religião Umbandista desde os 7 anos de idade quando iniciei minha trajetória dentro da Religião no Terreiro do Mestre Rubens Saraceni no desenvolvimento mediúnico, desde então, vi uma luz em meu caminho, problemas a desaparecerem, coisas que antes me traziam tristeza não faziam mais parte da minha vida, e posso dizer com todas as palavras que minha vida melhorou após entrar na umbanda.

Tive a honra de poder ter sido batizado pelo Mestre Rubens

Saraceni, e tendo como Madrinha uma de suas filhas Graziela Saraceni, que durante a minha evolução espiritual, sempre tive muitos conselhos e ensinamentos do mestre Rubens, que não só me tratava como um médium comum, mas como alguém de sua própria família, e sempre foi uma honra poder chamá-lo de Pai.

Quando em 2009 veio uma mensagem do plano espiritual reproduzida ao Mestre RUBENS SARACENI, dizendo que meus Pais teriam de abrir um Terreiro, e que isso fazia parte da nossa missão aqui na terra, de primeiro veio o espanto e logo a responsabilidade começou a nos ter de nos tornar mais fortes, trazendo-nos grandes responsabilidades e nos mostrando que não teríamos só que lidar com a nossa vida espiritual, mas também acolher e cuidar das de outras pessoas, os Médiuns.

Foi quando em 2011, nascia o Terreiro de Umbanda Iansã Guerreira e Baiano Zé Pilintra, uma inauguração linda e memorável com a presença do Meu Pai Espiritual Rubens Saraceni, logo de início pensamos como seria a Curimba para tocar nas Giras no dia da inauguração chamamos o nosso amigo e Ogã Fábio Passoni (Tambor de Orixá)

para realizar os toques na Gira de abertura do terreiro.

Eu e meu irmão conversamos e com a ajuda do Mestre Rubens, que nos orientou que a pedido da Espiritualidade, iriamos tocar a curimba do Terreiro, mas não deixaríamos de ser Médiuns de incorporação, só iriamos protelar essa fase a pedido da Espiritualidade. E fomos aprender sozinhos (Somos autodidatas, em parte, porque sabemos que foi os Orixás que nos ensinara) a arte de tocar uma atabaque para podermos tocar nas Giras do Terreiro e assumirmos a Curimba com muito Amor.

Hoje tenho 18 anos, sou um Ogã em constante aprendizado que aprendeu muito com a vida durante esse muitos anos dentro da Religião Sagrada, sinto-me muito bem atrás da atabaque, e sinto-me também muito honrado por poder ser um Médium de Passe e um Ogã.

Fico feliz ao ver jovens da minha idade e às vezes mais novos dentro da Religião, pois somos e seremos o futuro dela. Ah quase me esqueço, também sou Editor do Jornal Online do meu próprio Terreiro, e querendo sempre trazer informações do mundo religioso àqueles que não podem ter ela por perto ou tem a curiosidade, eu sei que sou um pequeno grão de areia ainda mais com o tempo poderei passar meus ensinamentos aos outros irmãos.

Com carinho do médium e Ogã.

Axé

José Ricardo

(Ogã do Terreiro de Umbanda Iansã Guerreira e Baiano Zé Pilintra, filho carnal do Pai Ricardo e Mãe Roseli)

6 Setembro/2015 - Nossa Voz Umbandista

Crianças na Umbanda - Os “Eres”Por Pai Rubens Saraceni

A linha das crianças, cujos membros baixam nos centros de Umbanda, é de todas a mais misteriosa.

Esses espíritos infantis nos surpre en dem pela ternura, inocência, argúcia, carinho e amor que vibram quando baixam em seus médiuns.

O arquétipo não foi fornecido pelo lado material da vida, pois uma criança com seus 7, 8 ou 9 anos de idade, por mais inteligente que seja, não está apta intelectualmente a orientar adultos ator mentados por profundos desequi líbrios no espírito ou na vida material.

Quem forneceu o arquétipo foram os seres que de nominamos “encanta dos da natureza”.

Não foi baseado em espíritos de crianças que desencarnaram que essa linha foi fundamentada, e sim nas crianças encantadas da natureza, que os acolhem em seus vastos reinos na natureza em seu lado espiritual e os amparam até que cresçam e alcancem um novo estágio evolutivo, já como espíritos naturais.

Os espíritos que se manifestam na linha das crianças atendem pessoas e auxiliam-nas com seus passes, seus benzimentos e suas magias elementais, tudo isso feito com alegria e simplicidade enquanto brincam com seus carrinhos, apitos, bonecas e outros brinquedos bem caracterizadores

do seu arquétipo. Ele é tão forte que adultos encarnados sisudos se transfiguram e se tornam irreconhecíveis quando incorporam sua criança.

A presença desses espíritos infantis é tão marcante que mudam o ambiente em pouco tempo, descontraindo todos os que estiverem à volta deles.

Todo arquétipo só é verdadeiro se for fundamentado em algo pré-existente. O arquétipo “Caboclo” fundamentou-se no índio brasileiro e no sertanejo mestiço. O arquétipo “Preto-Velho” fundamentou-se no negro já ancião, rezador, mandingueiro e curador.

O arquétipo “Criança” fundamentou-se na inocência, na franqueza e na ingenuidade dos seres encantados ainda na primeira idade: a infantil.

E, caso não saibam, há

dimensões inteiras habitadas só por espíritos nesse estagio evolutivo conhecido, no lado oculto da vida, como “estágio encantado”. Nessas dimensões da vida há eles e suas mães encantadas, todas elas devotadas à educação moral, consciencial e emocional, contendo seus excessos e direcionando-os à senda evolucionista natural, pois eles não serão enviados à dimensão humana para encarnarem.

A elas compete supri-los com o indispensável para que não entrem em depressão e caiam no autismo ou regressão emocional, muito comum nessas dimensões.

Nelas há reinos encantados muito mais belos do que os “contos de fadas” do imaginário popular foi capaz de descrever ou criar.

Cada reino tem uma senhora, uma mãe encantada a regê-lo. E

há toda uma hierarquia a auxiliá-la na manutenção do equilíbrio para que os milhares de espíritos infantis sob suas guardas não regridam, e sim, amadureçam lentamente até que possam ser conduzidos ao estágio evolutivo posterior.

O arquétipo é forte e poderoso porque por trás dele estão as mães Orixás, sustentando-o, e também estão os pais Orixás, guardando-o e zelando pela integridade desses espíritos infantis.

A literatura existente sobre esse estágio se restringe a alguns livros de nossa autoria que abordam o estágio encantado da evolução dos espíritos.

Mas que ninguém duvide da existência dele porque ele realmente existe e não seriam “crianças” humanas recém-desencarnadas e que nada sabiam da magia que iriam realizar os prodígios que os “Erês” realizam em benefício dos frequentadores das suas sessões de trabalhos ou com forças da natureza quando oferendados em jardins, à beira-mar, nas cachoeiras ou em bosques frutíferos.

Há algo muito forte por trás do arquétipo e esse algo são os Orixás encantados, os regentes da evolução dos espíritos ainda na “primeira idade”.

Pai Rubens Saraceni

Santuário da Umbanda

Setembro 2015 - Nossa Voz Umbandista 7

Ser MédiumPor Aline Felix (filha da casa)

Ser médium!!! “Você precisa Desenvolver moça, fazer o estudo“. Foi essa a frase que escutei aquela noite... Era uma gira de esquerda, e tudo vibrava no meu corpo e mente, o som do atabaque e os cânticos misturados com os batimentos contínuos e rítmicos do meu próprio coração, martelando no meu frontal; até as chamas das velas entorpeciam meus pensamentos. Sai de lá leve, amparada, mas muito pensativa.

Eu, sou médium? Será? Talvez seja a primeira coisa que vem à mente, a dúvida. Eu nem sabia o que era mediunidade! Nunca tinha acendido uma vela sequer. Demorei uma semana para fazer a inscrição no Desenvolvimento Mediúnico. E é na dúvida que surge o mais perigoso: a falta de fé, a descrença no compromisso, e em nossos guias, e a descrença na nossa própria capacidade de mudança. Pois, ser médium é assumir e cumprir o compromisso firmado com a espiritualidade. O médium é a ferramenta de trabalho, é o canal limpo entre os espíritos de luz que trabalham através dele, ajudando seu médium e a outras pessoas no trabalho de caridade aqui na matéria, tornando a evolução de todos possível.

Como então podemos adiar ou negligenciar esse compromisso tão importante? A partir do momento que temos essa consciência, temos que desenvolver responsabilidade, e entender que apesar da nossa negligência para com a espiritualidade, os nossos guias e protetores nunca nos deixaram sozinhos. Nos direcionaram sempre no caminho correto, mas nem sempre escutamos. A responsabilidade vai muito além da incorporação e trabalho na gira de atendimento. O estudo contínuo dos fundamentos, respeito ao terreiro que fomos guiados, aos dirigentes que nos acolhem, às doutrinas e compromissos da casa, respeito aos nossos guias e de nossos irmãos de fé, e principalmente o desejo de mudar no íntimo, abrir a mente para novos conceitos e valores, renovando nossos sentimentos.

É assumir de corpo e alma este compromisso e buscar cada vez mais conhecimento. É ser questionador, mas nunca duvidar da força de nossos protetores, de nossa própria força! Redefinir suas prioridades, colocar a espiritualidade à frente sempre, buscando nossa evolução pessoal. Pois, como poderemos ajudar o próximo, sermos ferramentas limpas, puras e conectadas com Deus, se mantivermos sentimentos negativos e bloqueios? Muitos deles causados por nossa própria ação, pelo livre arbítrio? Somos uma grande corrente mediúnica e cada elo é importante para fortalecer essa Egrégora.

A mediunidade e suas manifestações são diferentes em cada um. Devemos nos desvencilhar do ego e apego, e dos medos delimitantes; entender que o tempo da espiritualidade é diferente do nosso, e que a ansiedade atrapalha e facilita o erro. Porque a pressa se a caminhada é contínua e a evolução sem fim? Ser médium vai muito além de vestir o branco nas roupas. Pois, não é só incorporado dentro do terreiro que o médium trabalha. Trabalhamos a todo momento. É vestir o branco na alma e irradiar luz através de nossa íntimo, livrando-se dos medos e anseios, conectando-se diretamente com essa força divina e sagrada que nos irradia incessantemente, desde que éramos uma centelha divina.

Ser médium não é um fardo! É uma grande oportunidade evolutiva que tivemos! É motivo de orgulho e não vergonha!

O médium por vezes deixa o seu compromisso de lado, abandona os estudos, não leva a sério os guias...

Vale lembrar que temos nosso livre arbítrio pra escolher o caminho. Você pode até deixar de seguir o caminho na Umbanda, mas nunca deixará de ser médium.

Aline Felix

8 Setembro/2015 - Nossa Voz Umbandista

Ser MédiumPor Elaine Cristina (filha da casa)

Acredito que seja válido iniciar esse artigo me perguntando o porquê escolhi a Umbanda. Já frequentei e realizei leituras de diversas religiões, instituições, templos, igrejas, casas espirituais, sempre com respeito e reverência a todas, mas, quando pude pela primeira vez conhecer a Umbanda, declaro que foi amor a primeira vista. Ainda não tenho filhos e não sei afirmar como é esse amor imensurável, porém amigos dizem que é um amor inenarrável, o que deve ser muito próximo do que sinto com relação a nossa querida Umbanda.

Em certo momento, após muitas leituras e anos de idas à outros locais, encontrei o Terreiro Iansã Guerreira e Baiano Zé Pilintra, na verdade, meus guias me levaram até essa maravilhosa casa.

Tentarei em poucas palavras descrever todas as sensações que tive nesse dia, além de uma palpitação incrível ao ouvir o toque dos atabaques, a felicidade pelo brilho nos olhos dos médiuns diante do Altar e o carinho ao qual àquela Mãe e àquele Pai tratavam seus filhos e os consulentes. Todos bem recebidos com olhares de acolhimento, sorrisos de compreensão e alguns apertos de mãos com muito apreço. Imaginei que tamanho amor também poderia fazer parte dos meus dias e, o quanto aquele momento estava tornando-se tão especial e diferente de todos os lugares pelo qual tinha passado ou visitado. E, então eu senti: encontrei o meu lugar, encontrei o meu refugio espiritual, é dessa casa que quero me tornar filha e ajudar em todos os momentos.

E a partir desse instante, foi uma sequencia de

acontecimentos positivos, situações dando certo e partes se encaixando. Matriculei-me no curso de Desenvolvimento Mediúnico, frequentava as aulas com tanto carinho, atenta a todas as palavras e orientações da nossa Mãe Roseli Proença. Após aulas e mais aulas, dado certo momento na Festa do Sr Exu Marabô, ao qual todos os filhos participavam, em sinal de reverência no conga, eu pedi aos guias; com muita força e vontade, que eu desejava fazer parte do trabalho espiritual; ao qual acreditava que apesar da minha preparação ainda não ser suficiente, porém de alguma forma, eu poderia contribuir mais ainda no Terreiro. Sendo assim, dias depois, recebi a feliz noticia que deveria fazer parte do trabalho espiritual.

Ou seja, tudo aquilo que acreditamos, que agradecemos sempre e que pedimos com o coração e de bondade, somos atendidos. Cada qual com seu merecimento e no tempo certo.

Por isso e por mais tantos outros motivos e momentos, aos quais poucas linhas não teriam como receber todo meu amor e minha crença por acreditar que o Terreiro seja minha casa, é o MEU TERREIRO. Porque sei que nesta casa tenho amor, carinho, união, ali sei que como integrante dessa linda família tenho minhas responsabilidades, além de praticar a caridade, apoiar ao próximo e desenvolver minha fé; tenho pais e irmãos maravilhosos. Agradeço todos os dias por ter encontrado meu terreiro e por Pai Oxalá me permitir o tempo certo de vivenciar estes belos momentos.

Elaine Cristina

Arraiá no Terreiro!!!!!

Maravilhoso

Rua Francisco Marengo Nº 308 - altos Metrô Carrão

Dia 12/09/2015

Início as 17:00h

Barracas Típicas, Quadrilha e Bingos

Contamos com Todos nossos Amigos, CONSULENTES, Filhos e

Filhas.

Mãe Roseli

Setembro 2015 - Nossa Voz Umbandista 9

Faz 6 meses sem nosso Melhor Amigo Mestre Rubens SaraceniPor Mãe Roseli Proença e Pai Ricardo Proença

Ficamos nesta casa abençoada de 2001 até 2012, e foram anos de muitos ensinamentos, respeito, amor, dedicação, pois estávamos por amor nesta casa e também por amor na religião.

Me lembro que quando chegamos, não sabíamos nada e não conhecíamos ninguém, e depois de muitos meses ficamos sabendo que o pai daquela casa era importante no meio umbandista, mas para nós o importante era a simplicidade dele e da família dele que nos acolheu com tanto amor. Aprendemos o valor verdadeiro que a religião tinha em nossas vidas, a caridade e o amor que nos trouxe tanta evolução, foram muitos ensinamentos da querida Mãe Alzira no desenvolvimento, foram muitos graus de estudo, mas graças a Deus esta casa nos ensinou que lutar e o nosso ideal dentro da umbanda contra a intolerância religiosa, coisa essa que sofremos muito, com muitas pessoas que cruzaram nossos caminhos, mas a força dos orixás e dos guias espirituais cada vez mais nos fortalece, só posso agradecer a Deus pelo ser humano maravilhoso

que nos tornamos.Através de todo esse

amor que a casa nos deu, e tenho certeza que a justiça da lei maior está a olhar tudo e sabe do nosso amor

verdadeiro por essa casa ate hoje, não importe o que aconteça ou o que falam, o importante foi o que nós vivemos e vivenciamos nessa casa maravilhosa...

Obrigado Pai, Obrigado Mãe, obrigado Pai Arranca Toco, Pai Pena Verde e senhor, e também ao meu caboclo Pena Branca pela grande oportunidade que

a espiritualidade nos deu e por nos permitir viver nesta casa, o que muitas pessoas não entendem, o verdadeiro significado da religião em nossas vidas, pois para

muitos vestir o branco e como um prêmio onde vencera o melhor.

Posso dizer que aqui aprendemos a fazer o bem sem olhar a quem, aprendemos que o que de graça recebemos e de graça que doamos, e mais que seres “obsessores” encarnados sempre nos perseguirão para tentar apagar a luz de nossa

espiritualidade, mas todos que nos amparam jamais deixarão, pois nessa casa aprendemos a ser guerreiros de Oxalá.

Obrigado, Casa de Pai

Benedito que tanto já me orientou e enxugou minhas lágrimas, e somos fortes e guerreiros, obrigado pelo vosso amparo.

Mãe Roseli Proença e Pai Ricardo Proença

Terreiro de Umbanda Iansã Guerreira e Baiano

Zé Pilintra

“PAI AMIGO E MESTRE RUBENS SARACENI,ESTE DIA DOS PAIS FICOU APAGADO POR NÃO TE LO AO LADO DE TODOS OS SEUS FILHOS ESPIRITUAIS QUE TANTO O AMAVAM.PAI RUBENS NOSSO

ETERNO AMOR E GRATIDÃO PARA TODO SEMPRE. PARA SEMPRE SERÁ NOSSO PAI...”

Pai Rubens Saraceni

10 Setembro/2015 - Nossa Voz Umbandista

A linha dos boiadeirosPor Pai Rubens Saraceni

Os espíritos que se manifestam na Umbanda na Linha dos Boiadeiros são aguerridos, valorosos, sisudos, de poucas palavras, mas de muitas ações.

Apresentam-se como espíritos que encarnaram, em algum momento, como tocadores de boiada, vaqueiros, pastoreadores etc

Os seus pontos cantados sempre aludem a bois e boiadas, a campos e viagens, a ventanias e tempestades.

O laço e o chicote são seus instrumentos magísticos de trabalhos espirituais. Eventualmente usam colares de sementes ou de pedras.

O Arquétipo da Linha de Boiadeiros é a figura mítica do peão sertanejo, do tocador de gado, enfim, dos homens que viveram na lida do campo e dos animais e que desenvolveram

muita força e habilidade para lidar contra as intempéries e as adversidades.

É um Arquétipo forte, impositivo, vigoroso, valente e destemido. Representa a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, também chamado de caboclo sertanejo. Lembra os vaqueiros, boiadeiros, laçadores, peões e tocadores de viola; muitos deles mestiços, filhos de branco com índio, de índio com negro etc., trazendo à nossa lembrança a essência da miscigenação do povo brasileiro, com seus costumes, crendices, superstições e fé.

Existem, no Astral, muitos espíritos que, em suas últimas encarnações, praticamente viveram sobre o lombo dos cavalos, dedicando-se a criar e a domesticar esses animais, tão úteis à humanidade, já que até um século atrás o cavalo era o principal meio de transporte. Foram vaqueiros, domadores de

cavalos, soldados de cavalaria etc., e guardam em suas memórias recordações preciosas

e inesquecíveis daqueles tempos. Em homenagem a eles é que se construiu, no Astral, o Arquétipo da Linha dos Boiadeiros.

Nesta Linha manifestam-se espíritos que usam seus conhecimentos ocultos para auxiliar pessoas que estejam atravessando momentos muito difíceis. São combativos, inclusive no corte de magias negativas, porque conseguem promover “um choque” em nosso campo magnético e liberá-lo de acúmulos negativos, obsessores etc.

Nem todos foram, de fato, “boiadeiros”, mas todos eles têm em comum a capacidade de atuar num campo específico e que caracteriza a Linha, qual seja o de nos trazer uma energia vigorosa, muito útil na quebra de cargas e magias negativas e para desfazer “cristalizações” mentais negativas, pois os Boiadeiros atuam no campo da Lei Divina e na Linha do Tempo.

A Linha de Boiadeiros é sustentada, num dos seus Mistérios, pelo Orixá Ogum. Por isso, eles são verdadeiros “soldados” que vigiam tudo o que acontece dentro do campo da Lei Maior, estando sempre prontos a acudir os necessitados.

Na Linha do Tempo, atuam sob a Regência de Mãe Oyá-Tempo e de Mãe Yansã, combatendo as forças das trevas pela libertação e o reerguimento consciencial dos espíritos que se negativaram, se desequilibraram e se perderam, recolhendo-os e os encaminhando para o seu local de merecimento na Criação.

Embora a Linha seja sustentada por esses Orixás (Ogum, Oyá-Tempo e Yansã), cada Boiadeiro vem na Irradiação de um ou mais Orixás que os regem especificamente, como acontece nas demais Linhas de Trabalho da Umbanda.

Na linguagem dos Boiadeiros, “boi” é o próprio ser humano

Fonte: Internet

Fonte: Internet

Setembro 2015 - Nossa Voz Umbandista 11

em desequilíbrio. Ou seja, são os espíritos encarnados e os desencarnados em desequilíbrio perante a Lei Maior, necessitados de auxílio. Suas referências a cavalos, a tocar a boiada, a laçar e trazer de volta “o boi” desgarrado do rebanho, ou atolado na lama, ou arrastado pelos temporais, ou que se embrenhou nas matas e se perdeu, ou que foi atravessar o rio e foi arrastado pela correnteza etc., tudo isso tem a ver com o trabalho realizado pelos destemidos Boiadeiros de Umbanda: eles resgatam os espíritos que se rebelaram contra a Lei Divina, pois esses espíritos são como “bois e cavalos” que não aceitam os “cabrestos” ou limites criados pela Lei de Deus e que por isso precisam ser “domesticados” e educados. Nada melhor que os Boiadeiros para fazer isso.

Quando um Boiadeiro da Umbanda gira no ar o seu laço,

ele está criando magisticamente, dentro do espaço religioso do Terreiro, as ondas espiraladas do Tempo, que irão recolher os espíritos perdidos nas próprias memórias desequilibradas e/ou irão desfazer energias densas acumuladas no decorrer do tempo.

Já quando um Boiadeiro vibra o seu chicote, está recorrendo de forma magística e religiosa à Divina Mãe Yansã, para movimentar e direcionar os espíritos estagnados no erro e na desordem. É muito efetivo o seu trabalho contra os espíritos endurecidos (“eguns”).

Dentro da Linha de Boiadeiros, em algumas Casas também se manifestam os “Cangaceiros”, simbolizando os espíritos daqueles que em recente encarnação viveram no sertão e lutaram contra grandes injustiças sociais. Isso pode parecer estranho, à primeira vista, e muitos se perguntam

o quê um “cangaceiro” teria a oferecer, em termos de trabalho espiritual de ajuda.

Ocorre que os “cangaceiros” do sertão brasileiro de fato surgiram, em meados dos anos 1920, para defender as populações humildes dos maus tratos e desmandos dos “coronéis” e demais detentores do poder material, que massacravam os menos favorecidos, tomando-lhes muitas vezes até as mulheres, os poucos bens e a dignidade pessoal. Esses homens “poderosos” mandavam e desmandavam, pois se achavam acima das leis humanas e, por certo, não conheciam ou não respeitavam as Leis Divinas. E os “cangaceiros” (Lampião e seu “bando”, os mais famosos) representaram, à época, um movimento popular de revolta e combate a tais desmandos.

Foram marginalizados, até porque aos “poderosos” isso

convinha. É provável que tenham cometido lá seus excessos também, respondendo à violência das armas com outras armas; mas, pelo menos, tinham a justificativa de estar lutando pelos mais fracos. Já os opressores, qual desculpa teriam?

A Linha de Boiadeiros é sustentada, num dos seus Mistérios, pelo Orixá Ogum. Por isso, eles são verdadeiros “soldados” que vigiam tudo o que acontece dentro do campo da Lei Maior, estando sempre prontos a acudir os necessitados.

Na Linha do Tempo, atuam sob a Regência de Mãe Oyá-Tempo e de Mãe Yansã, combatendo as forças das trevas pela libertação e o reerguimento consciencial dos espíritos que se negativaram, se desequilibraram e se perderam, recolhendo-os e os encaminhando para o seu

local de merecimento na Criação.Embora a Linha seja

A linha dos boiadeirosPor Pai Rubens Saraceni

Fonte: Internet

Fonte: Internet

12 Setembro/2015 - Nossa Voz Umbandista

sustentada por esses Orixás (Ogum, Oyá-Tempo e Yansã), cada Boiadeiro vem na Irradiação de um ou mais Orixás que os regem especificamente, como acontece nas demais Linhas de Trabalho da Umbanda.

Na linguagem dos Boiadeiros, “boi” é o próprio ser humano em desequilíbrio. Ou seja, são os espíritos encarnados e os desencarnados em desequilíbrio perante a Lei Maior, necessitados de auxílio. Suas referências a cavalos, a tocar a boiada, a laçar e trazer de volta “o boi” desgarrado do rebanho, ou atolado na lama, ou arrastado pelos temporais, ou que se embrenhou nas matas e se perdeu, ou que foi atravessar o rio e foi arrastado pela correnteza etc., tudo isso tem a ver com o trabalho realizado pelos destemidos Boiadeiros de Umbanda: eles resgatam os espíritos que se rebelaram contra a Lei Divina, pois esses espíritos são como “bois e cavalos” que não aceitam os “cabrestos” ou limites criados pela Lei de Deus e que por isso precisam ser “domesticados” e educados. Nada melhor que os Boiadeiros para fazer isso.

Quando um Boiadeiro da Umbanda gira no ar o seu laço, ele está criando magisticamente, dentro do espaço religioso do Terreiro, as ondas espiraladas do Tempo, que irão recolher os espíritos perdidos nas próprias memórias desequilibradas e/ou irão desfazer energias densas acumuladas no decorrer do

tempo. Já quando um Boiadeiro vibra

o seu chicote, está recorrendo de forma magística e religiosa à Divina Mãe Yansã, para movimentar e direcionar os espíritos estagnados no erro e na desordem. É muito efetivo o seu trabalho contra os espíritos endurecidos (“eguns.¨)

Significado de algumas expressões usadas pelos Boiadeiros (Fonte: “Arquétipos

da Umbanda”, Rubens Saraceni, 2007, Madras Editora, página 110) ―:

Cavalos= filhos de fé;Boi= espírito acomodado;Boiada= grande grupo de

espíritos reunidos por eles e reconduzidos lentamente às suas sendas evolucionistas;

Laçar= recolher à força os espíritos rebelados;

Boi atolado= espírito que afundou nos lamaçais e regiões pantanosas;

Boi açoitado pelos temporais= egum caído nos domínios de Yansã e do Tempo, onde os “temporais são inclementes”;

Açoite ou chicote= instrumento mágico de Yansã, feito de fios de crina ou de rabo de cavalo;

Laço= instrumento do Tempo (Mãe Oyá-Tempo);

Bois afogados em rios= espíritos caídos nas águas profundas das paixões humanas;

Bois arrastados pelas correntezas= espíritos arrastados pelas correntezas turbulentas da vida;

Bois que se embrenharam nas matas e se perderam= espíritos que entraram de forma errada nos domínios de Oxóssi;

Bois atolados em lamaçais= espíritos caídos nos domínios de Nanã Buruquê;

Bois perdidos nos pantanais= espíritos que abandonaram a segurança da razão e se entregaram às incertezas das emoções.

Nomes simbólicos: Boiadeiro da Serra da Estrela, Zé do Laço, Zé das Campinas, João Boiadeiro, Boiadeiro da Jurema, Boiadeiro do Lajedo, Boiadeiro do Rio, Carreiro, Boiadeiro do

Ingá, Boiadeiro de Imbaúba, Boiadeiro Chapéu de Couro, Boiadeiro Juremá, Zé Mineiro, Boiadeiro do Chapadão.

Dia da semana: A terça-feira, associada a Marte e aos Orixás Ogum e Yansã.

Campo de atuação: Recolhem os espíritos que se desviaram perante a Lei Divina e agem de forma desequilibrada em qualquer dos Sentidos da Vida; combatem os espíritos trevosos e as magias negativas; promovem uma limpeza profunda em nosso campo magnético, despertando em nossas vidas, de forma ordenada, movimento e direção.

Ponto de força: Os caminhos, as campinas, os espaços abertos e as pedreiras.

Saudação: Jetuá, Boiadeiro!Cor: Azul escuro ou Azul

escuro com branco Em algumas Casas também o marrom

Elementos de trabalho: Berrante, couro, laço, cabaça, terra, pedras, semente olho de boi, anis estrelado, corda, chifres, chicotes, pembas.

Ervas: Folhas de bambu, arruda, eucalipto, peregum, quebra-demanda, espada de São Jorge, lança de Ogum, espada de Santa Bárbara, pinhão roxo, casca de alho, casca de cebola, canela, anis estrelado, cravo, folhas de limão e de laranjeira, folhas de café e de fumo (tabaco).

Fumo/defumação: Cigarro de palha, fumo de corda, charuto

Fonte: Instituto 7 Porteiras (parte)

A linha dos boiadeirosPor Pai Rubens Saraceni

Fonte: Internet

Setembro 2015 - Nossa Voz Umbandista 13

A fé e a razão (fonte estudo das crenças)Por Pai Ricardo Proença

O antagonismo existente entre a crença Religiosa e a Razão tornou-se evidente muito cedo na cultura ocidental.

As maledicências à Religião foram perpetradas pelos filósofos Heráclito, Pitágoras e Xenofánes, marcaram o rompimento entre as duas.

Atenas obrigou o filósofo Anaxágoras a pôr-se em fuga para impedir que fosse condenado publicamente, suspeito de “conceber um novo Deus”.

Giordano Bruno – teólogo e filósofo de origem italiana – assegurava que “O uno é forma e matéria, figura de natureza inteira, operando de seu interior”, e acabou morrendo na fogueira por esta afirmação -Inquisição

Para aquele que tem Fé Religiosa, Deus existe, porém para a filosofia não basta ter fé, é preciso evidenciar que Ele existe de verdade. Para os fervorosos, Deus é um ser perfeito, dotado de bondade e filantrópico, que penitencia os maus e gratifica os bons.

O Poder Espiritual aceita que Deus aja no universo efetuando milagres; para a filosofia, é necessário demonstrar com fatos, testemunhos, documentos, etc, que o espírito tem a faculdade de exercer influência sobre a matéria, e responder por qual motivo Deus, que tudo sabe, sendo capaz de realizar milagres, deixaria pendente o ordenamento do mundo criado por Ele mesmo. Uma vez completo, absoluto e infinito, por qual motivo instituiria um universo não

espiritual, finito e defeituoso?Para o seguidor de uma

Religião o espírito é imortal e predestinado a uma existência prometida; a filosofia exige provas dessa eternidade.

Para concorrer com as indagações da filosofia, o Cristianismo transformou-se em Teologia – ciência que versa sobre Deus -, converteu os textos da história santificada em teoria, feito que nenhuma outra Religião conseguiu realizar.

Não obstante este feito há certas crenças religiosas que nunca poderão ser compreendidas por meio do uso da razão, sem serem extintas. Não há uma maneira de provar que Deus tenha conversado com Moisés no Sinai, assim como também não há provas lógicas da virgindade de Maria, da Santíssima Trindade, etc. São credibilidades fincadas pela fé e por isso tornam-se enigmas que não podem ser questionados, transformando-se, assim, em dogmas. Por este motivo, Paulo diz que “a fé é um escândalo para a razão”.

Há uma passagem na Bíblia que conta que Josué fez o sol parar com o objetivo de ganhar uma luta; deduz-se por esta passagem que o sol se move em torno da terra, a qual está inerte. Por se tratar de uma passagem da Bíblia, ela se torna incontestável.

Essa “verdade” é contestada pela ciência de Copérnico, Galileu e Kepler. Pela Igreja, eles poderiam até contrapor uma teoria de cunho filosófico-científico conhecida como Geocentrismo, mas a história

de Josué jamais poderia ser colocada sob dúvida.

Por este motivo, a Igreja avaliou o Heliocentrismo – doutrina que concebe o sol como centro do sistema solar – como um disparate, um contra-senso. Tal ciência foi rejeitada e punida e levou sábios, como Galileu Galilei, ao julgamento do Santo Ofício.

Historiadores, pessoas versadas no estudo das línguas ou da linguística, e até mesmo antropólogos, realizaram pesquisas a respeito das tradições de toda a região que abrangia o Oriente Médio e o norte da África, e nela encontraram alusões incessantes ao pão, ao vinho, ao cordeiro sacrificado e ao deus que foi morto e ressuscitou.

Estes elementos integravam os costumes agronômicos destes locais, acompanhados de cerimoniais de fecundidade da terra e de animais, ritos muito análogos aos que passaram a ser praticados na missa cristã.

Por esse prisma, o Cerimonial praticado na missa faz parte de um hábito agrário, oriental, africano, muito precedente ao cristianismo.

Contudo, esta descoberta científica vai contra as veracidades cristãs, visto ser a missa pensada como uma ciência que trata das cerimônias e ritos da Igreja, a qual reproduz e relembra um conjunto singular e novo de eventos que dizem respeito à vida, paixão e morte de Jesus.

A religião trata a filosofia como a ciência do contra-senso e da incredulidade, e a filosofia,

por sua vez, denuncia que a religião é a única detentora da verdade, além de ser preconceituosa, desatualizada e intransigente.

O que se conclui após esse embate entre a fé e a razão, a filosofia e a igreja, é que a verdade com certeza não se encontra na posse de nenhuma das duas Doutrinas, mas é uma conquista progressiva do conhecimento científico, aliado ao saber religioso.

Fonte : Ciência,Filosofia e Religião.

Fé é o mistério que nos conduz, neste imenso mar das Religiões, cultos e Doutrinas, ter Deus em nossas vidas é o principio de tudo.

As Religiões todas ao meu ver que estão fundamentadas em Deus, são maravilhosas, pois claro cada uma no seu fundamento e Doutrina, professando os ensinamentos nas bases Divinas, coloquei este texto, para que todos tenham consciência, de que todas são boas se chegam ao Pai Criador.

E pensar que a milênios as pessoas já contradiziam, e tinham pensamentos antagônicos as crenças Religiosas .

(Pai Ricardo Proença)

14 Setembro/2015 - Nossa Voz Umbandista

Entrevistas durante o lançamento do livro de Severino SenaPor Equipe do Jornal Nossa Voz Umbandista

Jornal Nossa Voz Umbandista: Estamos aqui com Jeferson. Como você tomou conhecimento do livro? Você trabalha com o Severino?

Jeferson: Faço curso com o Severino. Já tenho os livros Na Gira de Umbanda, Congo e Angola e agora estou prestigiando o lançamento do livro Ijexá e Barravento, que é “sem-palavras”, o livro, o CD...Mestre muito bom!

Jornal Nossa Voz Umbandista: Estamos aqui com o Pai Engels de Xangô, que veio prestigiar o lançamento. Pai, o senhor tem alguma palavra para falar nesse momento sobre o que esse evento representa?

Pai Engels de Xangô: Para nós é um momento de muita alegria, felicidade e gratidão. Isso porque o Severino Sena foi nosso instrutor também, meu instrutor particular e vem fazendo um trabalho como sempre, diferenciado. O trabalho dele continua sólido, ensinando muita gente que procura por conhecimento. Então, tem aqui um material de amplo estudo para todos que amam os toques nos terreiros, a curimba.

Jornal Nossa Voz Umbandista: Estamos aqui com o Telmo, que está comprando o livro Ijexá e Barravento. Como ficou sabendo sobre o livro?

Telmo: Eu acabei de conhecê-lo. Tenho profundo interesse sobre os ritmos africanos, da cultura afro-brasileira e estando na livraria, fiquei bastante curioso para conhecer o trabalho dele, lançado nesse livro.

Jornal Nossa Voz Umbandista: Você tem alguma religião?

Telmo: Minha situação religiosa é um pouco complicada. Sou um pouco católico, um pouco budista e um pouco espírita. Espírita praticante.

Jornal Nossa Voz Umbandista: Estamos aqui com o Eduardo, da rádio Vinha de Luz. Você poderia dizer algumas palavras sobre esse lançamento?

Eduardo: Primeiramente, um abraço muito forte a toda equipe do Jornal, ao pessoal do Terreiro Iansã Guerreira e Baiano Zé Pilintra, a Mãe Roseli, o Pai Ricardo. O Severino Sena tem diversos trabalhos, com diversas escolas de curimba, a própria escola que é o Tambor de Orixá e essa publicação é muito importante, pois o conhecimento é super valioso. Ele está compartilhando aqui seus conhecimentos de anos de estrada e assim acabamos absorvendo seus conhecimentos. Não só quem frequenta sua escola, como também quem busca seus livros em livrarias. Nossa religião, a Umbanda, tem

muito conhecimento. Cada modo de se entender a Umbanda é diverso e tem seu próprio conhecimento. No entanto, o conhecimento geral pode ser divulgado, solidificado, passado adiante. E nós, como uma mídia, assim como o seu jornal, estamos nos colocando no meio, em prol da divulgação, do conhecimento. Por isso, estamos aqui com vocês e tanta gente que passou por aqui hoje.

Jornal Nossa Voz Umbandista: Para quem quer conhecer o seu trabalho, como fazer?

Eduardo: o site é o www.radiovinhadeluz.com o novo site também que é o www.pontoradiomaisumbanda.com , pode buscar os aplicativos android no Google Play, para o Iphone e Ipad, no Itunes. Obrigado a vocês do Jornal Nossa Voz Umbandista, parabéns pela 3ª edição e vão em frente!

Jornal Nossa Voz Umbandista: Pai Severino Sena, o que o senhor tem a dizer sobre o lançamento?

Severino Sena: Esse é um evento de muita alegria e satisfação. Pela segunda vez um lançamento nessa livraria, com todo o apoio da diretoria. Isso é muito importante para nossa religião, que nossos irmãos também possam lançar seus livros e divulgar o conhecimento da Umbanda, aqui ou em outras livrarias. É sinal de que reconhecem o nosso trabalho, respeitam. Para mim, esse apoio da diretoria da editora foi muito importante, pois mostra que meu trabalho está sendo valorizado. Pode-se notar que aqui tem um público diverso, não há só umbandistas. A gente canta, toca e todos apoiam.

Severino Sena e Pai Ricardo Proença

Setembro 2015 - Nossa Voz Umbandista 15

Flash durante o lançamento do livro de Severino SenaPor Equipe do Jornal Nossa Voz Umbandista

16 Setembro/2015 - Nossa Voz Umbandista

Flash durante o lançamento do livro de Severino SenaPor Equipe do Jornal Nossa Voz Umbandista

Setembro 2015 - Nossa Voz Umbandista 17

Mestre Severino Sena agora com sede própria no bairro da LuzTambor de Orixá com Inscrições Abertas para Curso de Curimba

Por Equipe do Jornal Nossa Voz UmbandistaParabéns Mestre Severino

Sena pela sede própria Instituto Cultural Tambor de Orixá, após longos anos dedicando seus ensinamentos nos terreiros dos irmãos. Essa vitória é merecedora e o JNVU deseja a você e a toda família Tambor de Orixá muito, mais muito sucesso!!

18 Setembro/2015 - Nossa Voz Umbandista

Entrevistas durante a Festa dos Ogãs realizada pelo Sacerdote Jorge Scritori na Quadra da Escola de Samba X9Por Equipe do Jornal Nossa Voz Umbandista

Entrevistas durante a Festa dos Ogãs

Jornal Nossa Voz Umbandista: Estamos aqui com Serginho de Oxalá, do Pilão de Prata. Serginho, o que você está achando do evento?

Serginho: Muito bom! Essa união de todos, dos Ogãs, deveriam estar todos aqui com certeza. A festa está muito boa, muito Axé, muita alegria.

Jornal Nossa Voz Umbandista: Estramos aqui com o Paulo, da Escola de Curimba Tambores de Palmares. Paulo, o que você está achando de poder participar desse evento?

Paulo: Um prazer muito grande poder participar desse evento que está reunindo tantos umbandistas. Uma honra muito grande poder reunir os irmãos de fé, tocar e cantar em uma só voz. É muito gratificante ver os irmãos todos unidos, pois é um momento em que precisamos de muita união, pois estamos sendo atacados. É preciso darmos as mãos, formar uma corrente e mostrar qual é a força da Umbanda. Há muitos umbandistas que têm medo de sair na rua com suas guias, seus fios-de-conta. Um evento como esse, só nos fortalece, pois saímos da individualidade.

Jornal Nossa Voz Umbandista: Estamos aqui com o Jucada, fundador da Escola X-9 Paulistana, é uma honra para o jornal poder entrevistá-lo. Gostaríamos de ouvir do senhor sobre a história da escola, sobre o que o senhor está achando do evento, de unir a escola, o samba e um pouco de religião.

Jucada: Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a vocês, umbandistas pela festa maravilhosa. Um show maravilhoso. Esperamos poder fazer uma nova festa, ainda maior. Hoje sou agradecido a Deus por poder estar aqui com vocês. Eu fiz parte de um terreiro, que não existe mais, o Cacique Bororó, que ficava a 100 metros daqui. Lá eu tocava atabaque, então sei como é a Umbanda. Parabéns a vocês. Daqui a 4 meses faremos outro evento aqui. Vamos ver se fazemos um evento ainda melhor!

Jornal Nossa Voz Umbandista: Estamos aqui com o Sandro Bernardes, organizador do evento. Gostaria de lhe perguntar como está sendo organizar essa festa.

Sandro Bernardes: Estou sentindo uma grande emoção. Até cheguei, fui àquele cantinho, dei uma choradinha de leve, porque a gente enfrenta tantos problemas...esse evento foi idealizado desde que aquela garota do Rio de Janeiro tomou

uma pedrada, e pensei que devemos nos unir e mostrar nossa força. Para que uma criança possa ver algo como esse evento e sentir orgulho das nossas curimbas, das nossas tradições, das nossas guias, das nossas roupas brancas. Precisamos fazer isso acontecer mais.

Jornal Nossa Voz Umbandista: Obrigado, Sandro e parabéns pelo evento.

Sandro Bernardes: Eu agradeço a vocês. Precisamos vir através da imprensa, das nossas rádios da Web, na humildade nos unir, passando de mãos em mãos e fazer tudo acontecer.

Setembro 2015 - Nossa Voz Umbandista 19

Flash da Festa dos OgãsPor Equipe do Jornal Nossa Voz Umbandista

20 Setembro/2015 - Nossa Voz Umbandista

Participações do Terreiro Iansã Guerreira e Baiano Zé Pilintra no Festival de Curimba do Aldeia de Caboclos

1ª Participação

Jurema e Oxossi Guerreiros da Mata

2ª Participação

Reis e Rainhas da Calunga

3ª Participação 4ª Participação

Seu Zé Pilintra e Maria NavalhaLouvando os Guardiões

Setembro 2015 - Nossa Voz Umbandista 21

Festa do Samba do Seu ZéPor Isabela Cardoso

Realizou-se no dia 23/08 na Confraria São Paulo a Festa do Samba do Seu Zé. Foi um grande sucesso e a equipe do Jornal Nossa Voz Umbandista esteve presente cobrindo toda a festa.

SAMBA DO SEU ZÉ - 2ª EdiçãoDia 27 de Setembro de 2015 às 12:00h

Av Guilherme Cotching, 798 - Vila Maria (Estação São Jorge)

22 Setembro/2015 - Nossa Voz Umbandista

6º Festival de Curimba Aldeia de Caboclos“Um Grito de Liberdade”

dia 20/09/2015 na Casa de Show Expresso Mix

O JNVU parabeniza o Amor que o Mestre Engels de Xangô e a Equipe Aldeia de Caboclos, tem na realização deste evento para mais de 5.000 pessoas, levando a Umbanda e todos os segmentos Afros Religiosos, e mostrando seu Amor aos Orixás, evento este que será realizado na Casa de Show Expresso MIX, situado na Av Aricanduva 11.500 - Zona Leste - São Paulo.

Setembro 2015 - Nossa Voz Umbandista 23

Exclusivo pelo Jornal Nossa Voz UmbandistaCenário de Faith No More é de Umbanda!

Por Aline Felix

Banda volta ao Brasil faz show com cenário representando a Umbanda e vocalista lembra Seu Zé Pelintra

A banda americana, se apresentará no dia 24 de Setembro no Espaço das Américas em São Paulo e também irá participar da 6º edição do Rock in Rio no dia seguinte. A volta ao Brasil é esperada desde o último show em 2011 no Festival SWU. Na ocasião os músicos entraram com o cenário bem diferente do habitual nos shows, que normalmente optam pelas roupas pretas. O palco se transformou com cores claras, flores, a banda vestindo branco e usando guias (colares). A decoração intenciona transportar o público a um terreiro de Umbanda.

E desta vez não vai ser diferente o quinteto fez uma apresentação do que vai ser o show deles no Brasil, no Madison Square Garden, em Nova York e o palco se iluminou com o branco dos Orixás. Em entrevista ao jornal G1 o vocalista Mike Patton, afirma que o Brasil é um dos seus lugares favoritos no mundo, e em resposta ao que significava

o cenário, respondeu ter virado macumbeiro e ser da Umbanda.

Milton Marttinez, 50, médium umbandista comenta o que achou da iniciativa: “Eu achei fantástico, embora não saiba se foi intencional, engajado ou tivesse qualquer

referência a cultura religiosa brasileira, seja ela Umbanda, Jurema ou qualquer outra. De qualquer forma, como Umbandista, o simples fato do uso de elementos de modo positivo, com a

vibração e energia inerentes a nossa religião já é positiva a meu ver. Ajuda a minimizar a carga negativa que anos de muito preconceito e desinformação causaram na sociedade.”

Genuinamente brasileira, a Umbanda une elementos de várias culturas e vertentes.

Essa fusão representa em todo o povo brasileiro, que cresce dentro dessa miscigenação. A Musicista e também integrante da religião Paola Rocha, 28 anos, intera: “Acho de extrema

importância, afinal sofremos tanto preconceito, inclusive dentro da nossa própria religião nos deparamos com umbandistas que tem vergonha de se assumir. Acho positivo ver ícones da tv, da música, mostrando e inserindo a nossa realidade tão bonita, tão repleta no dia-a-dia da sociedade” afirma.

Texto: Júlia Pereira

Fonte: Umbanda EADhttps: / /umbandaead.

wordpress.com/

foto: Willian Aguiar / divulgação SWU 2011

24 Setembro/2015 - Nossa Voz Umbandista

CursosTerreiro de Umbanda Iansã Guerreira e Baiano Zé Pilintra

Informações (11) 97596-5939

Desenvolvimento MediúnicoNos moldes do Pai Rubens Saraceni

Aulas Práticas e Teóricas

Quinta-feira das 20h às 22h

Sábados das 18:00h às 20h

Inscrições Abertas Inscrições AbertasSacerdócio de Umbanda

SagradaNos moldes do Pai Rubens Saraceni

Aulas Práticas e Teóricas

Sábados das 20h às 22h

Magia Divina das Sete Chamas Sagradas

Maga Roseli Proença Nº 00.761 Tatuapé

Aulas Práticas e Teóricas

Inscrições Abertas

Magia Divina dos Elementais

e OUTROS GRAUS DE MAGIA

Nos moldes do Pai Rubens Saraceni

FAÇA SUA RESERVA

Fone:(11) 97596-5939

Inscrições Abertas

Curso de Curimba

Reservem suas vagas:

Fone: (11) 97596-5939

Em breve

Setembro 2015 - Nossa Voz Umbandista 25

Cursos com Inscrições AbertasTerreiro de Umbanda Iansã Guerreira e Baiano Zé Pilintra

Informações (11) 97596-5939

26 Setembro/2015 - Nossa Voz Umbandista

Cursos

Terreiro de Umbanda Iansã Guerreira e Baiano Zé PilintraFuncionamento

Fone: (11) 97596-5939

http://www.iansaguerreiraezepilintra.com.br

Cursos com Inscrições Abertas:

Sacerdócio de Umbanda SagradaDesenvolvimento MediúnicoMagia Divina dos ElementaisMagia dos 7 Dragões Sagrados

Fundado em 27 de novembro de 2011. O Terreiro Iansã Guerreira e Baiano Zé Pilintra na luta contra a intolerância religiosa e transmitindo os ensinamentos da nossa amada Umbanda (baseado nos ensinamentos do Mestre e Pai Rubens Saraceni).

Dia INÍCIO FIM

Quarta 19:00 22:00

Quinta 19:00 22:00

Sexta 20:00 22:00

Sábado 10:00 12:00

Sábado 18:00 22:30

Domingo 10:00 12:00

Domingo 19:00 22:30

Veja em no site sobre o nosso Jornal Nossa Voz Umbandista.

Leiam, baixem e compartilhe muita informação com seus amigos, visite-nos!!

Aqui você encontra muitos textos com informações e particularidades dos nossos Guias Espirituais.

Muita leitura e informação compartilhada com você.

Nossa Voz Umbandista Textos em Geral

Terreiro de Umbanda Iansã Guerreira e Baiano Zé PilintraRua Francisco Marengo, 308 - Altos - Tatuapé - São Paulo - SP

Estamos a 500m do Metro Carrão do lado da Rua Monte Serrat e perpendicular a Rua Platina