folha umbandista - maio - 004

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Folha Umbandista Ano I - Edição 004 - 2015 Distribuição Gratuita São Paulo Capital- Litoral Sul - Interior Paulista - Vale do Ribeira - Santa Catarina - Rio de Janeiro e Paraná Editorial Redação Pag. 02 A verdade, a mentira e Obá Eu sou .... Umbanda Mensagem de caboclo Pag. 06 Fábula Umbandista As lagrimas de um pai de Santo II Umbanda Trilógica Pag. 07 As Ervas em nossa vida Sete lágriamas de Preto velho ARTIGOS Pag. 08 Caboclos das sete Encruzilhadas Caboclo Pag. 04 Estudar umbanda Contramão Pretos Velhos Pag. 03 Primeira Procissão e Feijoada em COmemoração ao Pai Ogum Cobertura Pag. 05 Adorei As Almas

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Folha Umbandista Ano I - Edição 004 - 2015 Distribuição Gratuita

São Paulo Capital- Litoral Sul - Interior Paulista - Vale do Ribeira - Santa Catarina - Rio de Janeiro e Paraná

Editorial Redação Pag. 02

A verdade, a mentira e ObáEu sou .... Umbanda

Mensagem de caboclo

Pag. 06

Fábula UmbandistaAs lagrimas de um pai de Santo

II

Umbanda Trilógica Pag. 07

As Ervas em nossa vidaSete lágriamas de Preto velho

ARTIGOS Pag. 08

Caboclos das seteEncruzilhadas

Caboclo Pag. 04

Estudar umbandaContramão

Pretos Velhos

Pag. 03

Primeira Procissão e Feijoada em COmemoração

ao Pai Ogum

Cobertura Pag. 05

Adorei

As Almas

Folha Umbandista - Edição IV / 2015 Distribuição Gratuita - Pág.. 02

Rua Almirante Tamandaré, 670 - Cidade Nova Peruíbe - Peruibe -SP

Nossos trabalhos e consultas são completamente gratuitos.Não realizamos: Sacrifício Animal, amarração amorosa e trabalhos para o mal.

Umbanda é magia positiva que combate magia negativaUmbanda é caridade, fé e esperança

Facebbok: www.facebook.com/tenda.dacaridadeEmail: [email protected]

Folha Umbandista

Jornal Folha Umbandista

Diretor : David VeroneziJornalista Responsável: Tania de Castro - MTB - 0067716Projeto Gráfico e Editoração: Marcos Luiz

O Jornal Folha Umbandista é uma publicação mensal.

Os Artigos não representam a opinião do jornal, são de responsabilidade de seus autores.

jo rna l fo lhaumbandis ta@out look.com

(13) 99626-4900(13) 3453-4941

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Colaborador

Saravá Fraterno irmãos e amigos.

Mais uma edição da Folha Umbandista chega a suas mãos, fruto de um trabalho de amor e que com certeza atingirá a sua plenitude na colheita e a colheita é atingirmos a nossa meta, divulgar e desmistificar a Umbanda e levar preciosas informações a você dileto leitor.

Trazemos uma linda capa em homenagem aos nossos amados Pretos Velhos e amadas Pretas Velhas espíritos de humildade, perseverança e sabedoria que através de seus médiuns realizam maravilhoso trabalho de caridade nos terreiros de Umbanda. Como sempre nossos colunistas e colaboradores estão inspirados em trazer a melhor mensagem com o objetivo de edificar, consolar e exortar aos que os leem.

O intuito do Grupo de Comunicação Umbanda Missionária através do Jornal, da Radio Nova Aruanda e do Canal Mais Umbanda no Youtube continuará sendo levar a bandeira de Oxalá ao mundo inteiro pelos caminhos evolutivos da Umbanda, religião brasileira, milenar e centenária, de paz e de amor, sincrética e universalista, movimento mágico-religioso que é a manifestação do espírito para a caridade. Pois bem boa leitura a todos, e para iniciarmos uma breve mensagem de fé. “Nada poderá nos afastar do amor de Deus.

Deus está nos céus, dentro de mim como meu Deus Interior, na pessoa do meu irmão, nas manifestações divinas e na natureza. Ele não é tudo como sugere o panteísmo, mas esta em tudo como sugere o seu amor. Não passarei fome pois a Umbanda me concede glorioso banquete, não passarei sede pois Umbanda é fonte inesgotável de água cristalina, não sentirei medo pois Umbanda é abrigo e fortaleza, não estarei sozinho pois Umbanda é companhia de todas as horas. Umbanda é Deus conosco e nós ao lado de Deus, é a Banda do Sagrado”.O Orixá que habita em mim, saúda o Orixá que habita em vós.

David Veronezi. Sacerdote umbandista, Presidente do Grupo de Comunicação Umbanda Missionária, escritor, comunicador, dirigente da TECUM, Diretor–Geral da Escola Iniciática e de Educação Mediúnica Umbandista Xangô das Matas e Missionário da Umbanda.

Folha Umbandista - Edição IV / 2015 Distribuição Gratuita - Pág.. 03

Vou pela contramão. Por opção. Talvez a única que tenha me restado. Talvez a melhor que tenha vislumbrado.Na contramão dos meus, de carne, de sangue. Que não batem cabeça, eu bato. Que não dançam para Orixá nem Santo, eu danço. Que não saúdam Preto-Velho, muito menos Exú. Eu saúdo, igualmente.

Na contramão dessa sociedade. Que esqueceu de que somos todos parte de uma grande aldeia. Eu lembro. Que tenta transformar o “diferente”, que é sagrado em “melhor ou pior” que é profano e inútil. Para mim é tudo igual. Simplesmente ignoro e acho graça dessa necessidade de classificar verticalmente as coisas e pessoas.Tecnologias são criadas a cada segundo nesse mundo que tem pressa e onde eu apenas caminho. Promessas de aproximar pessoas se transformam em microuniversos de isolação e reclusão. Eu quero toque, quero perfumes e sons, calor e presença.

Onde o próximo parece não importar mais, eu quero mais do próximo. Quero que ele me veja mais, que seja mais de mim. Tal e qual eu sou ele.No seio da Umbanda é onde me deito e onde mergulho num mar de loucos que amam, que se importam ou não, mas que sentem e que são. Pois talvez nunca sejamos o que querem para nós. Talvez nunca sejamos o que queremos ser, mas sempre seremos o que somos. Desde agora. E isso é lindo! E me basta.

Thiago Nicolau

Contramão Thiago Nicolau

Quando começamos a estudar a Umbanda percebemos o quão linda ela é, percebemos a magia que a Umbanda tem, percebemos o quanto ela é rica em informação, e o quanto teremos que estudar uma vida toda e mesmo assim ainda teremos muito a aprender.Alguns médiuns não compreendem o quanto precisam estudar e aprender com a Umbanda, e quando eu digo estudar e aprender não digo somente a sua teologia, filosofia, digo o estudo interno, estudo interno do Ser. Vamos facilitar, quando eu digo estudo interno do Ser, eu quero dizer que a pessoa precisa olhar para dentro de si e estudar seus hábitos e atitudes, para que assim possa se reformar intimamente, não adianta só ir no terreiro sem se ajudar também, melhorar seus hábitos e suas atitudes fazem parte da caridade.A maioria das pessoas perguntam, mas como eu faço isso?

Faça isso olhando para dentro de si e vendo o que corresponde nas suas atitudes a Umbanda, as leis da Umbanda, e claro para isso deve-se conhecer a Umbanda, tudo é sempre estão interligado, é preciso dedicação para aprender, nossa religião é uma religião que tem fundamento, e que se faz necessário conhecer cada vez mais esses fundamentos para retirar os dogmas.

Toda religião tem segredos, mas esses segredos são abertos quando você cresce na religião, na verdade esses segredos sempre estiveram lá para qualquer um,

Estudar umbanda Pai Bruno de Xangô

nós é que não tínhamos conhecimento para entende-los e percebe-los. E como diz aquele famoso ponto de Umbanda.

“...Umbanda tem fundamento, é preciso preparar...”Preparemos o nosso fundamento e a nossa Umbanda, estude, aprenda, nós temos a dádiva dos melhores professores que são os guias e os Orixás, vamos nos permitir aprender com eles um pouco mais sobre a nossa maravilhosa Umbanda, sejamos humildes para aprender e abnegados para entender, vamos nos permitir conhecer mais!

Irmãos, o conhecimento é, sempre foi e sempre será a melhor porta para a inclusão e para o combate ao preconceito. Sejamos soldados de branco vestindo o manto de Oxalá para levar ao mundo inteiro essa bandeira, vamos crescer cada dia mais e mostrar que respeitamos o nosso próximo porque nós somos inteligentes e sábios, pois aprendemos com a nossa doutrina religiosa o respeito a outras religiões.

Seguindo essa sede do aprender com certeza faremos uma Umbanda muito melhor, muito mais bonita, muito menos injusti-çada, e com muito mais força, não se esqueçam irmãos somos o exército da Paz de Oxalá, não buscamos guerra, buscamos somente a Deus e os divinos Orixás, ou seja, buscamos a Paz.

Meu sarava fraterno.

Pai Bruno de Xangô

São entidades de alto grau de evolução.Se apresentam na Umbanda como anciãos negros e/ou escravos.Profundos conhecedores da Magia Divina.Nem todos foram de fato escravos ou negros, porem assumem este arquétipo e forma para trabalharem na Lei de Umbanda.São regidos pelo Orixá Obaluaê, mais também são irradiados por outros Orixás.

Manifestam humildade, sabedoria, paciência e perseverança.Verdadeiros psicólogos da Umbanda e defensores do evangelho de Jesus.Podem ser atuantes na cura, e sempre na magia positiva.Conhecedores de magia, mandigas e mistérios espirituais.Defensores do Evangelho de Jesus.Doutrinadores dos encarnados e desencarnados.Grande psicólogos da Umbanda.Atuantes na cura e na magia branca.

- Campos de Atuação: Sabedoria e Perseverança.- Saudação: Adorei as Almas.- Data: 13/05- Dia: Segunda-feira- Comidas: Tutu de feijão, feijoada, bolo de fubá.- Bebidas: Café, vinho tinto.- Fumos: Cachimbo, cigarros de palha.- Cor: Preto e Branco.

Pretos Velhos

Pretos velhos ou Pretos-velhos são entidades de umbanda, espíritos que se apresentam em corpo fluídico de velhos africanos que viveram nas senzalas e que adoram contar as histórias do tempo do cativeiro. Sábios, ternos e pacientes, dão o amor, a fé e a esperança aos "seus filhos".O preto velho, na umbanda, está associado aos ancestrais africanos, assim como o caboclo está associado aos índios e o baiano aos imigrantes nordestinos.

São entidades que tiveram pela sua idade avançada, o poder e o segredo da sabedoria, apesar da rudeza do cativeiro demonstram fé para suportar as amarguras da vida, consequentemente são espíritos guias de elevada sabedoria, trazendo esperança e quietude aos anseios da consulência que os procuram para amenizar suas dores, ligados a vibração de Omolu, são mandingueiros poderosos, com seu olhar prescrutador sentado em seu banquinho, fumando seu cachimbo, benzendo com seu ramo de arruda, rezando com seu terço e aspergindo sua água fluidificada, demandam contra o baixo astral e suas baforadas são para limpeza e harmonização das vibrações de seus médiuns e de consulentes.

A característica desta linha, devido a elevação espiritual de tais entidades, é o conselho e a orien-tação aos consulentes, são como psicólogos, receitam auxílios, remédios e tratamentos caseiros para os males do corpo e da alma.Os pretos velhos se apresentam com nomes que individualizam sua atuação, do Congo ou de Angola, evidenciando sua atuação propriamente dita e procedência. Em sua linha de atuação eles apresentam-se pelos seguintes codinomes, conforme acontecia na época da escravidão, onde os negros eram nominados de acordo com a região de onde vieram:

Congo (Pai Francisco do Congo) – refere-se a pretos velhos ativos na linha de Iansã;Aruanda (Pai Francisco de Aruanda) – refere-se a pretos velhos ativos na linha de Oxalá. (OBS: Aruanda quer dizer céu);D´Angola (Pai Francisco D´Angola) – refere-se a pretos velhos ativos na linha de Ogum;Matas (Pai Francisco das Matas) – refere-se a pretos velhos ativos na linha de Oxóssi;Entre diversas outras nominações tais como: Guiné, Moçambique, da Serra, da Bahia, etc… Muitos Pretos velhos podem apresentar-se como Tio, Tia, Pai, Mãe, Vó ou Vô, porém todos são Pretos velhos.

ADOREI AS ALMAS!!! SALVE OS PRETOS VELHOS DE UMBANDA!!!

Folha Umbandista - Edição IV/ 2015 Distribuição Gratuita - Pág.. 04

Caboclo das 7 encruzilhas fala aos Umbandistas(Mensagem recebida na década de 70 mas que se faz atual.)

"A Umbanda tem progredido e vai progredir. É preciso haver sinceridade, honestidade e eu previno sempre aos companheiros de muitos anos: a vil moeda vai prejudicar a Umbanda; médiuns que irão se vender e que serão, mais tarde, expulsos, como Jesus expulsou os vendilhões do templo.

O perigo do médium homem é a consulente mulher; do médium mulher é o consulente homem. É preciso estar sempre de prevenção, porque os próprios obsessores que procuram atacar as nossas casas fazem com que toque alguma coisa no coração da mulher que fala ao pai de terreiro, como no coração do homem que fala à mãe de terreiro.

É preciso haver muita moral para que a Umbanda progrida, seja forte e coesa.Umbanda é humil-dade, amor e caridade - esta a nossa bandeira. Neste momento, meus irmãos, me rodeiam diversos espíritos que trabalham na Umbanda do Brasil: Caboclos de Oxóssi, de Ogum, de Xangô.

Eu, porém, sou da falange de Oxossi, meu pai, e não vim por acaso, trouxe uma ordem, uma missão. Meus irmãos: sejam humildes, tenham amor no coração, amor de irmão para irmão, porque vossas mediunidades ficarão mais puras, servindo aos espíritos superiores que venham a baixar entre vós; é preciso que os aparelhos estejam sempre limpos, os instrumentos afinados com as virtudes que Jesus pregou aqui na Terra, para que tenhamos boas comunicações e proteção para aqueles que vêm em busca de socorro nas casas de Umbanda.

Meus irmãos: meu aparelho já está velho, com 80 anos a fazer, mas começou antes dos 18. Posso dizer que o ajudei a casar, para que não estivesse a dar cabeçadas, para que fosse um médium aproveitável e que, pela sua mediunidade, eu pudesse implantar a nossa Umbanda. A maior parte dos que trabalham na Umbanda, se não passaram por esta Tenda, passaram pelas que safram desta Casa. Tenho uma coisa a vos pedir: se Jesus veio ao planeta Terra na humildade de uma manjedoura, não foi por acaso. Assim o Pai determinou.

Podia ter procurado a casa de um potentado da época, mas foi escolher aquela que havia de ser sua mãe, este espírito que viria traçar à humanidade os passos para obter paz, saúde e felicidade. Que o nascimento de Jesus, a humildade que Ele baixou à Terra, sirvam de exemplos, iluminando os vossos espíritos, tirando os escuros de maldade por pensamento ou práticas; que Deus perdoe as maldades que possam ter sido pensadas, para que a paz possa reinar em vossos corações e nos vossos lares.

Fechai os olhos para a casa do vizinho; fechai a boca para não murmurar contra quem quer que seja; não julgueis para não serdes julgados; acreditai em Deus e a paz entrará em vosso lar. É dos Evangelhos. Eu, meus irmãos, como o menor espírito que baixou à Terra, mas amigo de todos, numa concentração perfeita dos companheiros que me rodeiam neste momento, peço que eles sintam a necessidade de cada um de vós e que, ao sairdes deste templo de caridade, encontreis os caminhos abertos, vossos enfermos melhorados e curados, e a saúde para sempre em vossa matéria.

Com um voto de paz, saúde e felicidade, com humildade, amor e caridade, sou e sempre serei o humilde Caboclo das Sete Encruzilhadas".Mensagem transmitida através do fundador da Umbanda Zélio Fernandino de Moraes.

Folha Umbandista - Edição IV / 2015 Distribuição Gratuita - Pág.. 05

primeira Procissão e Feijoada em Comemoração ao Pai ogum

No último dia 25 de abril aconteceu em Peruíbe a 1ª Procissão e Feijoada em Comemoração ao Pai Ogum.Procissão essa que teve partida da antiga estação ferroviária da cidade e foi rumo a associação amigos de bairro jardim Veneza, onde se deu a feijoada com a participação do Grupo Musical Som de Aruanda e outros, louvando nosso Pai e Trono da Lei Maior, Pai Ogum, além de bingos e ótimos papos .Tudo isso organizado e executado pela ARCUTEPE, Casa de Yemanjá e Tenda da Caridade de Umbanda Missionária de Peruíbe, contando com a presença de vários Sacerdotes e Sacerdotisas de Umbanda e Candomblé de Peruíbe e região.

Como por exemplo:David Veronezi Sacerdote de Umbanda da TECUM Associação das Religões e Cultura de Terreiros de Peruíbe

Diretoria Executiva Presidente Luciano OlivanVice Presidente: Maurício YunesSecretário: Cezar CastroTesoureira: Eliane Rocha Deleu Yunese demais diretores Diretora de Cultura Brigida De Souza Ferreira, Diretor Social David Veronezi, Diretor de comunicação William Alves, Diretora Ecologica Clarissa Helena Schneedorf Novi, Diretora de eventos Eliane Deleu, Conselheiros : Mauricio Teixeira Lima, Domingos Zani, Livia Fernanda,

Participaram deste evento :

Mãe Eliane Rocha Deleu Yunes d'Yemanjá , Anna Beatriz Gabriel Grillo d'Yansã e Pai Luciano Olivan d'Xango - Casa de Yemanjá - Peruíbe - SP e seus filhosDoté Maurício Yunes t'Ogunjá e Fernanda Gabriel t'Ogunté do Ilè Kwe Gubassa Gunjá - Peruíbe - SPPai David Veronezi - Tenda da Caridade - Peruíbe - SP e seus filhosDoné Aline t'Yemanjá do Ilè Abassa de Oxum Ninfa Omin Landi Odo - Recando Campo Belo - SPBabá Domingos Zani t'Odé e Mauricio Teixeira Lima t'Omulu do Ilè Bossi Alaketu Ode Oni Papou - Peruíbe - SPPai Cezar Castro da Tenda de Umbanda Sagrada 7 Estrela Dourada - Km 15 de Ana Dias - SP Portal dos PássarosMãe Eliana d' Oxum e Pai Herbert Ramos Junior d'Oxossi do tTerreiro Caboclo 7 Estrelas e Mamãe Oxum - Catiapoã - São Vicente - SPPai Marcos d'Oxossi - Palácio do Tranca Ruas - Bairro Estação - Peruíbe - SPMãe Gorete d'Yemanjá - Terreiro Vó Joaquina e Caboclo Pena Roxa- Peruíbe- SPMãe Liah d' YansãYalorissá Marta Lima t'Oya - Ana Dias - SP e seus filhosYalorisá Brigida De Souza Ferreira t'Osun - Peruibe - SPPai Ronald Edy de Xangô e Mãe Sandra Regina d'Iansã do Terreiro Sementes de Luz - Peruíbe - SPZemarcio Kaipira UrbanoDra Clarissa Helena Schneedorf NoviCantor Jorge Henrique Christiano da dupla Jorge Henrique Christiano II Dr Valdez Lopes Da SilvaDiretor Ogã William Alves T' OssaguiãConsellheira Ya Livia Fernanda t' Oya

Apoio:Vereadora Mari Laila Tanios MaalouliMoto Clube Peruibe - Flavia Souza RuivasJornal Folha Umbandistaradio Nova AruandaGrupo Som de AruandaPrefeitura de Preuibe e demais departamentosComandante DutraFraternidadedeitariri ArlsColaboradores Sandenir Costa e SauloMuitos outros participantes, adeptos e seguidos da Umbandae do Candomblé

Gratos pela união de todos!!!

Folha Umbandista - Edição IV / 2015 Distribuição Gratuita - Pág.. 06

A verdade, a mentira e Obá

mensagem de cabocloQuando a lua iluminava tudo e todos e no cair da noite enxergávamos a alma da mata, o Grande Espírito sereno e silencioso que ensina sem falar.Todos nós éramos um e não havia disputa ou ego. Tupã sempre nos deu tudo. Tudo o que sempre precisamos estava logo ali. As frutas, as ervas, os animais para caçar.Só havia tristeza quando um irmão partia inesperadamente, mas sua vida era mais come-morada do que sua partida chorada. Era o seu regresso para os braços do Grande Espírito. Não conhecíamos o ódio. Ainda é difícil de entender esse sentimento.Quando havia guerras era pra defender nossa aldeia, nossos velhos, mulheres e crianças.O homem se afastou da natureza de forma que não se sente mais parte dela. Quando consegue se religar a ela, mesmo que por breves instantes sente-se como o viajante que pisa o solo de sua terra natal, como o guerreiro que depois da guerra retorna para sua aldeia, para os braços de sua companheira e de seu curumim. Sente-se abraçado e protegido.A maior sensação de força vem logo depois que o guerreiro percebe que pode ser fraco sem temer quando percebe que pode baixar a guarda, descansar seu corpo e sua lança e respousar em um colo.Se o homem não consegue mais ser só natureza como fomos um dia, esse colo hoje é a Umbanda. Caboclo Aymoré

No anseio de outros tempos, a vida sempre parecia não fluir.

As horas não passavam, os dias eram lentos e preguiçosos, não havia proveito do Sol ou da Chuva e tudo era muito cinza.

Não havia conversa que distraísse, ou assunto que abalasse a constante necessidade de pensar. Pensar em nada, que leva ao nada, buscando nada. Por isso foi necessário escutar mais, interessar-se mais e perceber que no fim de cada dia, a vida passa rápido, que as semanas já se foram, que as horas se aceleram. O Sol brilha como majestade, e a chuva traz o conforto. O Tempo é uma ilusão, depende do que eu me preocupo em fazer... Sou um espirito em uma passagem material, quando se torna uma verdade dentro de mim, não perco mais o tempo as horas ou os pensamentos, procuro a verdade a simplicidade e a Evolução!

Luiza Medeiros

procrastinar

Eu sou .... Umbanda

Sabe as vezes nos perdemos tanto... que é difícil nos encontrar.. mas um simples motivo para sorrir ajuda. Agora quando esse motivo vem revestido de luz.. de carinho... de axé... e principalmente Sentimentos.. tudo melhora...Pois nessa luz.. clareamos o que antes era uma escuridão fria e triste.. no carinho.. vem o sentindo de ver.. o que as vezes nós mesmos deixamos de ver.. no axé a força espiritual que por vezes um simples dado de bom grado e de coração se transforma naquela verdadeira benção...Vem sim.. nos Sentimentos.. de bem querer.. de cuidar.. de se importar... sen-timentos as vezes esquecidos pela própria frieza que a vida nos levou... mas que basta o sopro de uma chama.. e a vida se encarrega te fazer cumprir o que Olorum quer para todos seus filhos.. o ser feliz..Um simples texto pode trazer a alegria de vida.. um simples boa tarde.. pode trazer o carinho que não tínhamos.. uma pequenina bronca pode nos mostrar o quão importante somos.. para que passemos a olhar para nós mesmos..Para quem ainda não me conhece.. vou dizer o que sou..

SOU O AXÉ DOS ORIXÁS...Sou carinho de preto velho... Sorriso de Criança...Sou a flecha reta e certeira rumo ao meu destino..O Laço firme e forte que leva o mal embora..O Violino que encanta em volta da fogueira do sentimento..Sou a dança alegre do axé da Bahia..Sou a maré que pega a tristeza.. e leva embora..SOU A FORÇA DA NOITE QUE PROTEGE O CAMINHAR..

EU SOU... UMBANDA

Pai Rogério Xoroqque

Tanta mentira é dita a todo tempo no mundo. A televisão, líderes religiosos e políticos, as pes-soas e nós mesmos muitas das vezes falamos e vivemos a mentira. Mentir é afirmar aquilo que se sabe ser falso, ou negar o que se sabe ser verdadeiro: mentir vergonhosamente. Enganar, iludir; ludibriar. Porém entramos em um paradoxo, pois como existe a mentira de cada um, também há a verdade de cada um.

Por outro lado contra fatos não existe argumentos, mentira é mentira, verdade é verdade em uma gama de casos e situações. Não estamos aqui para enganar e nem sermos enganados, apenas a verdade liberta como bem disse nosso amado mestre Jesus. Viver na mentira é adoecer a cada dia, pois as falsas crenças nos aprisionam e nos leva a apri-sionar pessoas. Podemos desta forma concordar que viver na mentira e falar, agir e pensar nela, destrói a nós como um todo. Já a verdade significa aquilo que está intimamente ligado a tudo que é sincero, que é verdadeiro, é a ausência da mentira.

A verdade suprema esta em nosso Criador Olorum e se manifesta em sua divindade-mistério, nossa amada Mãe Obá. Mãe Obá é uma divindade em Deus na sua qualidade concentradora, que dá consistência e firmeza a tudo cria. Ela é o elemento terra que dá sustentação e germina em seu ventre terroso todas as sementes do conhecimento. Mãe Obá aquieta e densifica o racio-nal dos seres, seu campo de atuação é esgotar os conhecimentos desvirtuados. No sentido da virtude o conhecimento é a verdade e no negativo o conhecimento é a mentira, a ignorância e a falsidade, então, ela absorve as irradiações desordenadas dos seres regidos pelos mistérios do conhecimento, seu magnetismo é absorvedor.

É a Orixá da Verdade, não aceita mentiras e jamais deixará um filho (a) seu enganado. Este Trono de Deus sempre nos ajudará nos caminhos do conhecimento correto e sempre irá paralisar os que usarem de forma errada os conhecimentos. Podemos sempre recorrer a Ela com a certeza que teremos as coisas mais claras, transparentes e límpidas em nossas vidas, Obá sempre atuará em nosso favor para garantir que a nossa vida e relacionamentos sejam embasados na verdade e só na verdade. Com Obá facilitamos o trabalho do autoconhecimento, todas as verdades vão sendo abertas e as mentiras e enganos vão sendo fechados. Obá é o conhecimento reto, a verdade, a transpa-rência, a simplicidade, o silêncio, a sinceridade, a honestidade e a grande Mãe que está agindo em nosso favor. Obá está para anular e paralisar o conhecimento desvirtuado, as ilusões, as mentiras, as falsas crenças, a desonestidade e para punir os que por estes meios agirem. OBÁ – Oferendamos Obá para pedir concentração mental e quietude racional, ajudando a boa memória e a capacidade de assimilação mental.

No entanto, a Ela também solicitamos que nos ajude a eliminar pensamentos negativos ligado aos dogmas e conhecimentos errôneos, pedimos que nos ajude a esquecer aquilo que nos negativa. Obá, com sua ação discreta e firme, estimula nossa interiorização favorecendo o autoconheci-mento e paralisando todas as formas viciadas de conhecimentos. Essa Orixá nos traz o sentido do “chão firme”, portanto, devemos clamá-la naqueles momentos em que nos encontramos sem chão ou aéreos demais, precisando de concentração e firmeza de pensamento.

Obá Xirê, Akiroobá yê! Saravá amada Mãe Obá!

David Veronezi.

Folha Umbandista - Edição IV / 2015 Distribuição Gratuita - Pág.. 07

Fábula Umbandista Pai Dermes

As Lagrimas de Um Pai de Santo II Pai Vladimir de oxóssi

Ser Umbandista, é nos atentarmos para nossas mazelas, nossos erros e misérias e não nos van-gloriarmos de nossa mediunidade, pois ela é dom de DEUS e se a temos é graças a Ele e não somente a nós, o que nos cabe é melhorarmos o nosso ser inte-rior e exterior, pendendo- nos para o lado positivo da criação, atraindo assim coisas boas para nos mesmos e consequentemente para nossos próximos.

Mantendo a mente com pensamentos positivos e orde-nados, tendemos a cada vez mais nos aproximarmos de seres de luz e com eles aprendemos a crescer e corrigir nosso polo negativo.

Uma mente que vibra positivo, atrairá afins com essa vibração, já uma mente negativada, só atrairá pessoas, pensamentos e coisas negativas. Enquanto não for atitude dela perceber o seu negativismo, ela não emanara energia positiva, mantendo-se afim com seres negativados que assolaram e baixaram cada vez mais sua vibração espiritual e energética.

Então, pare e perceba se em algum canto de sua vida, algum pensamento ruim o assola, perceba se algo de negativo o esta deixando fraco, combata isso, seja forte e se afaste desta energia, analise e veja no que tem que mudar, pois a mudança é obrigatória, se não for de sua parte, te mudara sozinho e quando ver, já esta em meio a escuridão.

Pensamento Positivo

Era uma vez um dirigente espiritual que sonhava em criar o Dia da Umbanda em seu município. Pediu orientação aos Orixás, Guias e Guardiões, que o aconselharam a se juntar a seus pares para encaminhar um projeto de lei à Câmara Municipal. Assim fez o dirigente. Marcou uma reunião e compareceram quase todos os dirigentes espirituais da cidade. Um ou outro não pôde em virtude da data e do horário. Outros, desconfiados, preferiram se ausentar. Pequeno grupo não foi por inveja (“Ah, se a ideia fosse minha...”). Mas a maioria foi e opinou.O projeto ficou bem elaborado, redondinho. O mesmo aconteceu com a primeira versão de como seria a celebração quando o projeto fosse aprovado. Todos tinham certeza da vitória.O dirigente que tudo coordenou começou a dar entrevistas e a visitar terreiros, compor o júri de festivais de curimba, participar de giras e festejos diversos. Não encaminhou o projeto. Argu-mentava que não havia pressa e não tinha tempo. Quando tudo estava quase caindo no esquecimento ou no descrédito, o dirigente convidou outros dirigentes para compor uma comissão. De pronto aceitaram, fizeram contatos, conse-guiram apoios antes resistentes.

O dirigente quase não se envolvia, dizia preferir distanciar-se. Por outro lado, não afirmava mais nas entrevistas “nós fizemos, nós desejamos”, e sim “eu fiz, eu desejo”. Dizia que os mais velhos nada fizeram pela Umbanda. Sozinho, alterou o projeto e as demais propostas antes ratificados por todos e postou-os num blog, com itens que contradiziam os fundamentos básicos da religião de Umbanda. Quando questionado por seus pares, respondeu que eles somente atrap

alhavam, deveriam recolher-se a seus terreiros e não mais participar. Não atendia a suas ligações fraternas, bloque-ou-os em redes sociais. Também nas redes sociais passou a apresentar-se como “ferido”, “traído”, “sozinho”.Sua atitude egocêntrica debelou parceiros sinceros e empenhados, abrindo portais para críticos de plantão contra a Umbanda, obsessores e outros. O distanciamento de seus pares ocasionou a falência do projeto inicial: o município até hoje não tem o seu Dia da Umbanda. Aliás, o projeto de lei sequer foi enviado a despeito dos esforços da comissão convocada pelo próprio dirigente. Sonha, agora, em unifi-car os rituais de Umbanda, criar uma representação única da religião e escrever um livro sobre a mesma que seja considerado sagrado.O que o irmão nunca saberá é que a ação dos obsessores ainda não o consumiu pela ação dos Orixás, Guias e Guardiões que não se distanciam dele, embora ele sim tenha tomado distância dos mesmos, e pelas constantes preces dos demais dirigentes espirituais afastados do projeto/da proposta original, que nunca deixaram de orar pelo irmão que cada vez mais se perdia nos caminhos amorosamente abertos pela Espiritualidade para serem trilhados não de modo isolado, mas fraternalmente.Fim?

Ademir Barbosa Júnior (Dermes) é umbandista, escritor, pesquisador e Pai Pequeno da Tenda de Umbanda Iansã Matamba e Caboclo Jiboia (Blumenau, SC), dirigido por sua esposa, escritora e blogueira Mãe Karol de Iansã.

Naquela manhã, ele acordou com o peito apertado, a tristeza teimava em queimar seu peito.Cumpriu seu ritual matinal e foi aos seus afazeres.No cair da tarde, resolveu que iria ao templo, para quem sabe fazer um descarrego, não era dia de trabalho.Ao chegar ao templo, mais uma vez contemplou sua grandeza, parou, olhou e absorto em seus pensamentos entrou. Saldou sua tronqueira com reverencia e respeito a aqueles que em toda sua trajetória lhe dão sustentação e amparo.Dirigiu-se ao interior do templo.Mais uma vez ele olhou tudo ali, sentiu carinho na arrumação e pensou:É meus filhos arrumaram tudo isso com muito amor, cruzou o solo reverente e entrou.

Parou em frente ao altar, ajoelhou-se, cruzou o solo e disse:Eu saúdo o seu em cima, o seu embaixo, o seu a direita e o seu a esquerda, dê licença de entrar em solo sagrado e me movimentar livremente por ele.Permaneceu de joelhos e começou a chorar, suas lagrimas eram tão sentidas que o coração doía e quem pudesse ouvir seus soluços com ele choraria também.Apenas seus gemidos eram ouvidos naquele silencio.Ele levanta seus olhos para o altar e diz:Pai, porque tem que ser assim? Porque o ser humano não tem nada de humano? Porque ao invés do amor, as pessoas insistem em praticar maldades umas contra as outras?E o silencio novamente reinou naquele ambiente, chorava copiosamente aquele baba.Foi no silencio de seu coração que ouviu uma voz a lhe dizer:Filho, porque choras tanto aos pés de vossos pais e mães orixás? Porque estas lavando com suas lagrimas de dor este solo sagrado?Acaso esqueceste que sempre estive contigo?Aquele baba parou seu pranto e passou a ouvir mais atentamente o que a voz lhe dizia.Filho levante-se.Ele se levantou.Vire-se filho meu.Ele virou-se.Olhe filho meu. O que vê?Ele olhou e viu seu templo repleto de pessoas, não havia lugar para tantos, muitos lhe sor-riam, outros ainda carregavam em seus olhares as tristeza da vida. Viu muitos abraçados de seus familiares, pais, filhos, irmãos, parentes e amigos, todos estavam ali. Mas como?

E a voz mais uma vez lhe falou ao coração:Filho meu, foste escolhido entre muitos por ter dentro de teu coração a pureza de um erê, a sabedoria de um preto-velho, a força de um caboclo e a retidão de um exú.É você que deve amparar e não ser amparado, é você que deve ensinar e não ser ensinado, é você que deve compreender e não ser compreendido, é você que deve enxugar as lagri-mas e não deixar que as suas caiam.

Não macule seu coração com as palavras daqueles que ainda não compreenderam que você é um pedaço de mim, mas eu sou você por inteiro, que é através de você que meus

filhos me vêem.Vire-se filho meu.

Ele se virou e viu, sentado em um banquinho muito simples, com suas roupas de saco, um cachimbo na boca e um sorriso que de tão largo iluminava todo o templo.Ajoelhou-se, bateu cabeça e pediu a benção para aquele preto-velho que ali estava. Benção meu pai.Era o senhor que falava comigo?Era sim fio, mas não era eu hihi.Como assim?Fio, era o senhor de todos nós que só nos fala ao coração, só ouve a vos de Deus criador aquele que tem o coração puro e o objetivo de mostrá-lo na sua mais pura simplicidade.Meu pai velho estou muito triste por que as pessoas não compreendem a missão do homem na terra, dói demais quando tentamos ensinar e vemos que falhamos em algum lugar do caminho.Fio, quando sentimos que falhamos em algum lugar do caminho cabe a nós retornar a este ponto e fazer melhor, Deus sempre nos da tempo para que voltemos e reparemos aquilo que não fizemos direito, mas nem sempre a culpa é nossa, os fios é que não querem ouvir a palavra de Deus com simplicidade, querem pompas e estardalhaços, mas Deus só se manifesta pela voz do silencio e nos fala ao coração.Meu pia, muitas vezes não sei o que fazer e nem como agir, tento ser amável mas as pessoas confundem e se aproveitam, isso cansa.

Fio, aqueles que foram escolhidos pelo criador para conduzirem seus filhos jamais serão conduzidos, sempre estarão a frente das batalhas por que lutam por aquilo que acreditam.Suas lagrimas serão colhidas e guardadas em um frasco que se tornara um tesouro para nós, pois são lagrimas de um filho de Deus que sofre por seus semelhantes por não compreenderem que Deus o criador esta diante de cada um quando estão diante dos orixás e você fio, é o pólo de ligação entre estes fios e o pai, aquele que não acreditar que pague para ver, mas que depois aguarde a sua visita nas trevas para mais uma vez compreenderem que Deus esta em cada um de nós.

Vai fio, já é hora de você voltar aos seus, muito ainda há para fazer e todos nós conta-mos com você, ensine a todos o amor, a vida e a esperança.Aquele baba abriu os olhos, pensando que tudo foi um sonho, seus olhos ainda vertiam suas lagrimas doloridas, olhou para o altar e viu nele uma rosa de pura luz, ainda sentado em seu banquinho estava aquele preto-velho a lhe sorrir, suas lagrimas rolaram ainda mais para aumentar o tesouro dos guias e orixás daquele templo.

Depois de algum tempo, ele se levantou, beijou seu congar e agradeceu ao pai criador por ser escolhido para a missão de conduzir a luz os que estão nas trevas da ignorância. Pai Vladmir do Oxossi

Folha Umbandista - Edição IV / 2015 Distribuição Gratuita - Pág.. 08

As ervas, em nossa vida Rosa A.M.C.

Olá, vamos continuar a falar sobre as ervas?Uma dica muito importante hoje é sobre armazenamento.Se não forem guardadas corretamente trazem mais malefícios do que benefícios. Verifique sempre antes de comprar e antes de usar se não estão emboloradas, murchas ou com cheiro de mofo.Não tome nunca um chá com mais de 24hs de preparo, mesmo que esteja na geladeira pois ele fermenta e pode ser prejudicial.A quantidade também é muito importante. Geralmente 2 colheres de sopa da erva por litro de água.Temos ervas aromáticas e medicinais.Ervas aromáticas – são ervas que na maioria das vezes tem óleos essenciais e são muito usadas na culinária e são encontradas secas e frescas. As ervas secas sempre perdem um pouco de seu valor medicinal e aromático. As ervas aromáticas nos acompanham a muito tempo. Dizem os estudiosos que muitas delas vieram com a migração e a evolução dos povos.

Para manter suas propriedades as ervas só devem ser colocadas no alimento no fim das preparações, para manter sabor e aroma, pois o calor pode prejudica-las.Ervas medicinais – Os remédios mais antigos da humanidade são sem dúvida os de ervas medicinais, mas vamos lembrar que existem ervas tóxicas que podem causar danos à saúde, assim como colocar uma grande quantidade nos chás pode causar intoxicações. Para fazer chás é sempre bom procurar um conhecedor de ajuda profissional.Cada dia mais as ervas estão sendo procuradas, porque além de uma boa alimentação as pessoas estão procurando curas naturais.ALGUMAS ERVAS AROMÁTICAS: Manjericão, tomilho, alecrim, manjerona, louro, estragão, etc.ALGUMAS ERVAS MEDICINAIS: Hortelã, poejo, boldo, erva cidreira, malva, quebra-pe-dra, losna, etc.

Rosa A. M. C.

as SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHONum cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, pitando o seu cachimbo, um triste preto-velho chorava.

De seus olhos molhados, esquisitas lágrimas desciam-lhe pelas faces e não sei porque contei-as… Foram sete.

Na incontida vontade de saber aproximei-me e o interroguei. Fala, meu preto-velho, diz ao teu filho por que externas assim uma tão visível dor?

E ele, suavemente respondeu: Estás vendo esta multidão que entra e sai? As lágrimas contadas estão distribuídas a cada uma delas.

A primeira, eu dei a estes indiferentes que aqui vem em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber…

A segunda a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um milagre que seus próprios merecimentos negam.

A terceira, distribui aos maus, aqueles que somente procuram a UMBANDA, em busca de vingança, desejando sempre prejudicar a um seu semelhante.

A quarta, aos frios e calculistas que sabem que existe uma força espiritual e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma e não conhecem a palavra gratidão.

A quinta, chega suave, tem o riso, o elogio da flor dos lábios mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito: Creio na UMBANDA, nos teus caboclos e no teu Zambi, mas somente se vencerem o meu caso, ou me curarem disso ou daquilo.

A sexta, eu dei aos fúteis que vão de Centro em Centro, não acreditando em nada, buscam aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente.

A sétima, filho notas como foi grande e como deslizou pesada? Foi a última lágrima, aquela que vive nos olhos de todos os Orixás. Fiz doação dessa aos Médiuns vaido-sos, que só aparecem no Centro em dia de festa e faltam as doutrinas. Esquecem que existem tantos irmãos precisando de amparo material e espiritual.

Assim, filho meu, foi para esses todos, que viste cair, uma a uma.