folha umbandista - julho - ano i - nº 005

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Folha Umbandista Ano I - Edição 006 - 2015 Distribuição Gratuita São Paulo Capital- Litoral Sul - Interior Paulista - Vale do Ribeira - Santa Catarina - Rio de Janeiro e Paraná Editorial Redação Pag. 02 Conto sobre educação Umbanda A busca pelo meu eu Reflexões sobre a umbanda Pag. 06 As lagrimas de um pai de santo Grupo Sarah eventos Tudo Passa Pag. 07 Ervas - raizes e flores A umbanda merece! aproveite! Pag. 08 Umbanda é ser umbanda O dom de ser umbandista Pag. 04 caminha contra a intolerância religiosa Afinal, o que deseja o povo um- bandista? Pag. 03 Malandros O sucesso está no equilíbrio Pag. 05

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Page 1: Folha Umbandista - Julho - Ano I - Nº 005

Folha Umbandista Ano I - Edição 006 - 2015 Distribuição Gratuita

São Paulo Capital- Litoral Sul - Interior Paulista - Vale do Ribeira - Santa Catarina - Rio de Janeiro e Paraná

Editorial Redação Pag. 02

Conto sobre educaçãoUmbanda

A busca pelo meu euReflexões sobre a umbanda

Pag. 06

As lagrimas de um pai de santo Grupo Sarah eventos

Tudo Passa

Pag. 07

Ervas - raizes e floresA umbanda merece!

aproveite!

Pag. 08

Umbanda é ser umbandaO dom de ser umbandista

Pag. 04

caminha contra a intolerância religiosa

Afinal, o que deseja o povo um-bandista?

Pag. 03

MalandrosO sucesso está no equilíbrio

Pag. 05

Page 2: Folha Umbandista - Julho - Ano I - Nº 005

Folha Umbandista - Edição VI / 2015Distribuição Gratuita - Pág. 02

Rua Almirante Tamandaré, 670 - Cidade Nova Peruíbe - Peruibe -SP

Nossos trabalhos e consultas são completamente gratuitos.Não realizamos: Sacrifício Animal, amarração amorosa e trabalhos para o mal.

Umbanda é magia positiva que combate magia negativaUmbanda é caridade, fé e esperança

Facebbok: www.facebook.com/tenda.dacaridadeEmail: [email protected]

Folha Umbandista

Jornal Folha Umbandista

Diretor : David VeroneziJornalista Responsável: Tania de Castro - MTB - 0067716Projeto Gráfico e Editoração: Marcos Luiz

O Jornal Folha Umbandista é uma publicação mensal.

Os Artigos não representam a opinião do jornal, são de responsabilidade de seus autores.

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(13) 99626-4900(13) 3455-1805

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Aqui estamos nós a Edição 6 da Folha Umbandista é uma realidade, apesar de tanta dificuldade para manter este periódico em circulação. Preciso confessar que todo mês a dificuldade é a mesma pouco recurso financeiro e porque não receio de não conseguir-mos levar aos leitores o melhor do conteúdo umbandista e gratuitamente.

Mas estamos conseguindo, o desejo de levar adiante a doutrina transformadora da Umbanda vence as barreiras e nos estimula em saber que estas simples páginas tem levado informação e conhecimento as pessoas. Nos últimos dias muito tem se falado de intolerância religiosa, tendo sido o estopim para a discussão o ataque da menina Kai-lane Campos apedrejada no Rio de Janeiro.

Ainda continuo afirmar, Eu sou Umbandista e visto o branco da paz! Preciso acreditar na revolução cultural, na batalha de ideias e não me furtar a militar de verdade pela Umbanda e pela tolerância religiosa. Manifestação pela internet e militância atrás de computador não resolve, é preciso ir às ruas, na mídia e nas esferas de poder. Não quero incitar o ódio e nem ir pela mesma via que os fundamentalistas e radicais religio-sos vão, não se vence ódio com ódio e nem se alimenta guerras desnecessárias em pleno século XXl.

Que os intelectuais da Umbanda se unam para adentrar com força na politica e a partir dai sim, dar um basta a intolerância religiosa.

Não estamos com hipocrisia e nem com utopia, só queremos propor os meios legais, a lei e a justiça de nosso país. Perder tempo com revides desvairados e suposição de levantar um grupo de combatentes umbandistas é incoerente.

Vamos lutar pela paz e contra a intolerância religiosa com ideias e manifestações públi-cas, em cima de tribunas, através da politica e da justiça.

De nada vale a indignação dentro dos templos e através da internet.

Não sejamos apenas dos que falam, mais dos que fazem e que não demos ouvido aos que querem usar este momento apenas para se promover e pouco fizeram ou nada pela tolerância religiosa.

Na Umbanda continuará reinando a paz e o amor como reza o seu hino, e os umbandis-tas precisam urgentemente se manifestar, mas sem pedras, armas e socos e sim com ideias, vontade e manifestações públicas organizadas.

Só os imbecis encontram no duelo e na vingança o fim do duelo e da intolerância.

David Veronezi

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Folha Umbandista - Edição VI / 2015 Distribuição Gratuita - Pág.. 03

Afinal, O que deseja O povo de santo? Pai Dermes

(Este manifesto, que circula há um ano, desde 12/6/2014, nas redes sociais, foi publicado no livro “Orixás, cinema, literatura e bate-papos”, publicado em maio deste ano)

Historicamente, desde quando os escravizados tinham de cultuar seus Orixás às escondidas, o Povo de Santo tem buscado maneiras de se organizar e fazer-se respeitar e reco-nhecer. Contudo, parece que foi necessário um magistrado federal, em pleno século XXI, mostrar-se conivente com vídeos preconceituosos para com as religiões de matriz africana e demonstrar insensibilidade e desconhecimento ao justificar sua decisão (de cuja argumentação se retratou) para que uma parcela significativamente maior da sociedade se apercebesse de que o Povo de Santo sofre pesada discriminação nos locais de trabalho, agressões verbais e físicas na vivência de sua fé, destruição de seus templos e perseguição de níveis diversos.Nesse contexto, estranhamente, algumas supostas “autorida-des” sobre o Povo de Santo se arvoraram no direito de serem porta-vozes de umbandistas, candomblecistas, catimbozeiros, juremeiros e outros segmentos. Passada a fase das Conferências pela Igualdade Racial (2013) e em plena efervescência da elaboração dos Planos Municipais para Promoção da Igualdade Étnico-racial, cabe a pergunta: afinal, o que deseja o Povo de Santo?Sem a pretensão de responder por todo o Povo de Santo, após diversas vivências, conversas e observações, listei sete ações que, se empreendidas pelo poder público, pela sociedade civil organizada e por instituições representativas do Povo Santo promoverão grande avanço, inclusive de acordo com a legis-lação vigente, fazendo a roda girar, em vez de reinventá-la.

1. Promoção de oficinas e workshops nas redes pública e privada de ensino (do Fundamental ao Superior) a respeito da

laicidade do Estado e sobre as Leis 10639/03 e 11645/08, em especial no tocante à história, às características e às peculiaridades do Povo de Santo. Para que as leis real-mente sejam cumpridas no que tange à complexidade do Povo de Santo, é necessário os professores distinguirem, por exemplo, conceitos como “religião” e “seita”, fazerem visitas monitoradas a templos religiosos, conversar com sacerdotes, aprofundar conhecimentos partilhados por meio da oralidade etc.

2. Criação de Frentes Parlamentares Inter-religiosas nas instâncias em que ainda não existirem. Num Estado real-mente laico, religião é questão de cidadania, em especial quando determinados segmentos religiosos empreendem verdadeira guerra (que pode ser tudo, menos santa) contra outros historicamente marginalizados ou excluídos.

3. Criação de Fóruns Inter-religiosos Municipais de caráter permanente, visando à cultura de paz e ao diálogo pelo bem comum.

4. Requisição ao poder público (federal, estadual e/ou muni-cipal) da cessão permanente de áreas a serem administradas por comissão representativa do Povo de Santo, juntamente com os Conselhos, Coordenadorias e Secretarias da Igual-dade Racial para, dentre outros, celebrações litúrgicas, cultivo de plantas e ervas e manutenção como parque ecológico. Toda sabedoria ancestral afro-brasileira seria, assim, colo-cada indistintamente a serviço da comunidade, que dela poderia se beneficiar em vez de discriminá-la ou temê-la.

5. Com o apoio do IBGE, os Conselhos da Igualdade Racial, Coordenadorias e Secretarias cadastrarão com mais precisão

os templos das religiões de matriz africana, riquíssima e de uma diversidade ímpar quanto a origem, organização, liturgia etc.

6. Estimular os terreiros à regularização documental, à requisição de certificado de utilidade pública e, conforme o caso e a legislação vigente, ao tombamento.

7. Além do cadastramento e do pedido de tombamento (conforme o caso e a legislação vigente), apresentar pro-jetos para que templos sejam transformados em pontos de cultura, regulamentando e abrindo novas oportunidades para casas que já funcionam como centros culturais para a comunidade do entorno.

Além de história, fundamento e valor, o Povo de Santo também tem propostas e argumentos. É tempo de ouvi-lo com mais sabedoria, sem se entregar ao senso comum, ao desconhecimento, ao preconceito. Como reza célebre provérbio iorubá, “enu eja pa eja”, que, em tradução livre, significa “O peixe morre pela boca.”.

Axé!

A sociedade brasileira é rica em diversidade. Cada uma dessas ramificações representam uma maneira diferente de expressar e pôr em prática a fé. Quando as diferenças sobre as crenças religiosas são muito grandes, essas questões necessitam ser resolvidas por meio do diálogo. Caso isso não aconteça, elas podem se converter em sérios obstáculos para a convivência social pacífica. É preciso entender que, quando uma pessoa é comprometida com um sistema religioso, esse compromisso influencia sua maneira de ver todas as áreas da vida. Confrontá-la é estabelecer litígios. Se a intenção é manter a unidade na dimensão espiritual, importa cultivar, tanto quanto possível, o espírito de tolerância que permita um crescimento conjunto. Parabéns a todos pela iniciativa de fazer a caminhada contra a intolerância religiosa!

Flavia Souza

Caminha Contra a Intolerância Religiosa

Sobre a onda de Intolerância Religiosa que assola." Creio que precisamos ouvir a men-sagem que esse "Espirito de Luz" nos trouxe... Coisas que a humanidade esqueceu..."Zim Fios!" Ele ensinou a "Amar o seu próximo como a ti Mesmo". Como "Próximo" que entenda tudo que é Vivo. Nos ensinou que a bondade é..."Um Reino Divino" que já esta dentro de você. Não ensinou...Intolerân-cia, indiferenças, preconceitos ou estigmas do ódio. Disse: 'Não Matarás", mas não disse que havia alguma exceção para matar. Disse? "NÃO MATARÁS"... Nem mesmo a fé alheia. Nem ao menos nos ensinou uma única religião. Apenas nos trouxe boas novas ou seja, ( noticias boas). Não caminhou com posses materiais, nunca teve mais que uma veste, uma capa e um par de sandálias. Não teve casa, nem sequer um cavalo, para montaria. Sempre foi a pé de cidade em cidade. Comeu e bebeu da mesma caridade que ensinou. Mostrou que a "Fé e o Amor" são a única fonte de verdadeiro poder. Assentou-se, comeu e bebeu com todos os "rejeitados" da sociedade e religiões. Hoje muitos ainda aguardam a chegada de um reino de "DEUS" que venha flutuando dos céus. Lamento..."Zim Fios!" O reino esta dentro, e não fora do homem. Esperam a recompensa do Paraíso ou o castigo Infernal? Repito, mas crendo que "vóis mecê" ainda não entendeu. A salvação só é chegada com o amor que "vóis" carrega na alma, as coisas da bondade e fraternidade que vive e pratica. O "Inferno e o Paraíso" também são somente, o que você criar em vosso coração. E deles não poderá fugir...Ninguém foge de si mesmo..."Zim Fios!" Agora, vos falo...não usem do nome Divino , em prol dos seus instintos egoístas, não baseados na verdade. Muitos o chamam e usam do seu nome mas, você atenderia absurdos de pessoas que não conhece? Que se coloquem longe dele, os que assim praticam, pois são aqueles que ele nunca con-heceu. Querem saber..."Zim Fios" quem o conheceu? Vejam os exemplos de vida de seus familiares... Francisco de Assis, Madre Teresa, Irmã Dulce, nós os humildes Pretos Velhos, Gandhi, Buda, Chico Xavier... São apenas alguns que na verdade da fé o conheceram, mas existem incontáveis nomes anônimos. Não o culpe pelo ódio do mundo, pela loucura intolerante dos homens, pela insensatez das turbas, pelo mal que assola o mundo, cada um é responsável por seus atos, quem faz, quem não faz, quem é voz e quem permanece calado perante tudo isso. Revejam além das "foias" dos livros, além dos dogmas humanos, observem, sintam e assim façam. Assim como ele o fez, observou, e sente ainda muitas dores pela humanidade. Onde compartilha constante as lágrimas de angustia pela humanidade, que rolam da face de sua mãe Maria.

Onda de Intolerância Preto Velho Pai Guiné Callegari

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Umbanda é ser umbandaA Umbanda tem como um de seus principais objetivos despertar anseios de espiritualidade na criatura humana, como disse Omolubá. Ansiar o contato consciente com Deus, a união integral com a natureza uma nova maneira de viver ou seja uma nova maneira de sentir, pensar e agir.

A pratica da Umbanda que é um movimento magico-religioso deve ser acompanhada de uma mudança profunda na vida de quem o vive e experimenta.

O umbandista necessita abrir a mente e o coração para novas possibilidades espirituais, para se aprofundar nos mistérios divinos, e buscar o conhecimento de si mesmo que na verdade é o maior propósito de qualquer iniciação ou processo iniciático.

Conhecer a Deus através de suas divindades é na verdade, conhecer a nós mesmos uma vez que os Orixás estão ligados em nossa ancestralidade (concepção e fatoração como espíritos). Umbanda é um caminho natural de volta ao sagrado, de volta a nossa essência, de volta a verdade supra cósmica, de volta ao interior de Olorum.

Umbanda é um ato de Amor do Criador para conosco, é uma ação transformadora, é uma realidade despertadora, é uma via evolutiva tran-scendental, é uma oportunidade de felicidade, plenitude e realização.Sua lei é eterna, seu transcorrer é de progresso e movimento. “Para entender Umbanda tem que

antes querer ser Umbanda”.Uma mensagem recebida do Senhor Exú das Sete Grutas através da mediunidade da incorpo-ração, traz um ponto de reflexão do nosso papel como criaturas de Deus e até mesmo como seres espirituais que vivem sua ascensão e evolução na Umbanda.

“Somos ínfimas partículas divinas do Criador buscando voltar para o seu interior.

O próprio Deus se repartiu quando nos criou para sermos fatorados por suas qualidades, e continua se repartindo uma vez que não para de criar, Deus se reparte para sermos sua imagem e semelhança no divino e não no carnal.

Somos centelhas divinas habitando em corpos humanos, animado pelo espírito de Deus, somos únicos e exclusivos, com a missão de instruir e ajudar sem condenações as outras centelhas a despertarem para este fato e sermos um só com Olorum e cientes do nosso ser.”

Exú das Sete Grutas.Por David Veronezi.Trecho que pertence ao livro ainda não publicado A Umbanda Trilógica.

Algo bastante observado entre os médiuns umbandistas é o triste fato deles se assumirem como “médiuns espíritas”. E isso ocorre frequentemente! É impressionante como que um médium que labuta na Umbanda, aonde luta contra forças nefandas, consegue vencer uma obsessão complexa, confronta frente a frente chefes de legião, sombras, espectros, especialis-tas, entre outros, negar diante de simples mortais o título de umbandista. Compreendo que em algumas situações seja necessário uma pequena omissão, preferencialmente temporária. Mas, negar a bandeira de Oxalá, a qual o médium umbandista tem a missão de honrar e propagar, é inadmissível. Por que esse medo, vergonha, ou seja lá quais forem as razões peculiares de cada um. A era do preconceito está sendo solapada, não há o que temer. É tempo de emergir os médiuns pró-ativos, intrépidos e com uma genuína intenção de lutar pelo bem da humanidade. Para de preterir sua escolha médium umbandista, provavelmente não se lembra, mas, você não pediu para ser médium, na verdade, você implorou, suplicou para que tivesse essa abençoada oportunidade de cumprir sua missão através da Umbanda. O caminho do médium umbandista é árduo, repleto de provações, onde somente a vontade férrea de seguir no caminho do bem, da Luz, o faz vencer. Mas, independente disso, é o ensejo mais aspirado pelos espíritos que se encontram na erraticidade, que necessitam depurar seus carmas. Uma oportunidade ímpar de evolução. Logo, precisamos moralizar nossa crença, lutar pela nossa Umbanda! Hoje, mais do que nunca, necessita-mos estar unidos, reafirmando a cada dia o propósito de nossa missão na Umbanda e no mundo. Para que todos os filhos de Fé perseverem no caminho e na intenção. Por tudo isso médium umbandista, peço que se conscientize do beneplácito que o Alto teve com você e na próxima vez que alguém lhe perguntar: Qual a sua crença ou religião?! Você responda: Eu sou Umband-ista e me ufano disso! Giovana.

O dom de ser umbandista

Malandro - Zé PilintraTrazem para a Umbanda os excluídos da sociedade. Não se trata de malandros no sentido vulgar da palavra. Eles vem nos ensinar a flexibili-dade, o “jogo de cintura” e o bom humor diante a vida e suas dificuldades.Após desencarnarem continuaram na evolução, até poderem vir nos ajudar como Guias Espirituais.

Engloba nesta linha não só os malandros cariocas, como também Senhor Zé Pilintra, trazendo muito conhecimento como Mestre Juremeiro. Auxiliam na vida material.Bebem de tudo, fumam cigarros ou cigarrilhas. São cordiais e alegres.

Campos de atuação: Limpeza, Purificação e abertura de caminhos.

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Folha Umbandista - Edição VI / 2015 Distribuição Gratuita - Pág.. 05

MalandrosO Zé que conhecemos, foi introduzido na Umbanda a partir do catimbó, culto praticado no Nordeste brasileiro, que se apoia bastante na religião católica, apesar de guardar um pouco das prati-cas pagãs, vindas da bruxaria europeia. Ela pode se parecer um pouco com a Umbanda, mas, tem um pouco com o Candomblé. A semelhança com a Umbanda é devido ao trabalho com entidades incorporadas. Entretanto, os Mestres do Catimbó possuem uma teatralidade de incorporação muito típica e discreta que está longe do "trabalho de palco" umbandista. Neste cenário, Zé Pelintra é um dos mestres desse culto. Poucos sabem, mas o mesmo teve vida na Terra. Nascido em Pernambuco, José Gomes da Silva, como era chamado, ainda jovem foi viver no Rio de Janeiro,

onde frequentava a boemia do central bairro da Lapa.Fez amigos entre a malandragem e bandidagem da época, sendo querido por todos. Perito em jogos de azar (baralho e dados) ganhava de todos os que ousassem desafiá-lo. Exímio no manejo de armas brancas, sempre estava pronto a defender os injustiçados, coisa que ainda faz, hoje em dia, só espiritualmente.

Assim, Zé Pelintra formou uma bela falange de malandros de luz, que vem ajudar aqueles que necessitam. Eles são as entidades amigas e de muito respeito, sendo assim, não aceitamos que pessoas que não respeitam a religião digam que estão incorporadas com seu Zé ou qualquer outro malandro, e façam uso de maconha ou tóxicos. As entidades usam cigarros e charutos, pois a fumaça funciona como defumador astral. Entre os membros de sua falange, há: Seu Chico Pelintra, Cibamba, Zé da Virada, Zé Camisa Preta, Zé Mineiro, Zé Camisa Vermelha, Zé Camisa Listrada, Malandrinho, Zé da Mata. Malandro da Baixa do Sapateiro, Malandro da Lapa, Malandro do Pelourinho, Malandro da Praia, Malandro da Zona Portuária, entre outros.Os malandros vêm na Linha de Exu, mas não são Exus! Aderiram à

Linha das Almas da Umbanda. São Guias luzeiros que são frequentemente encontrados em giras de Exu devido à afinidade com o sub-mundo e também por não haver comumente nos terreiros uma gira a eles dedicado. Zé Pelintra é considerado o "advogado dos pobres" Possui conhecimentos para curas de males físicos e espirituais. Devido a sua extrema simpatia é adorado quando baixa nos terreiros, canalizando para si a atenção de todos.Tornou-se chefe da Linha dos Malandros, que compreende espíritos que tiveram vida nos morros cariocas, na boemia da Lapa, nos subúrbios cario-cas, baianos e recifenses. Trata-se de um coringa, tanto incorporando na direita como na esquerda. Isto é, Seu Zé pode baixar em qualquer gira, tanto de Exu, como de Preto Velho, Mineiro, Baiano, boiadeiro, marinheiro e caboclo.São entidades de Luz, carismáticas, e chegam nos terreiros de Umbanda, com seu samba ou capoeira no pé, seu cigarro na boca, chapéu de panamá de lado, com toda a ginga de um malandro. Ao contrário dos Exus que estão nas encruzilhadas, encontramos os malandros em bares, subidas de morros, festas, esquinas e muito mais. Suas cores são vermelho e branco, ou branco e preto. Pra oferendas são recomendados camarões, carne seca com farofa, e outros petiscos servidos em bares. A bebida é a cerveja branca bem gelada. Salve a malandragem! Saravá Seu Zé Pelintra!

Autor: André Luiz P. Nunes

1- Levante com o Sol para orar .Ore sozinho . Ore com freqüência . O Grande Espírito o escutará se você ao menos , falar .2- Seja tolerante com aqueles que estão perdidos no caminho. A ignorância , o convencimento , a raiva , o ciúme e a avareza originam-se de uma alma perdida.Ore para que eles encontrem o caminho do Grande Espírito .3- Procure conhecer-se , por si próprio .Não permita que outros façam seu caminho por você .É sua estrada e somente sua . Outros podem andar ao seu lado, mas ninguém pode andar por você .4- Trate os convidados em seu lar com muita consid-eração . Sirva-os o melhor alimento, a melhor cama e trate-os com respeito e honra.5-Não tome o que não é seu . Seja de uma pessoa , da comunidade, da natureza ou da cultura . Se não foi ganho nem foi dado, não é seu .6- Respeite todas as coisas que foram colocadas sobre a Terra . Sejam elas pessoas , plantas ou animais.7- Respeite os pensamentos, os desejos e as palavras das pessoas. Nunca interrompa os outros nem ridicu-larize , nem rudemente os imite.Permita a cada pessoa o direito de expressão pessoal.8- Nunca fale dos outros de uma maneira má. A energia negativa que você coloca para fora, no Universo, voltará multiplicada a você.9- Todos as pessoas cometem erros. E todos os erros podem ser perdoados .10- Pensamentos maus causam doenças da mente, do corpo e do espírito . Pratique o otimismo .11- A Natureza não é para nós , ela é parte de nós .Toda a natureza faz parte da nossa família Terrena.12- As crianças são as sementes do nosso futuro .Plante amor nos seus corações e ágüe com sabedoria e lição de vida. Quando estiverem crescendo, dê-lhes espaço para que cresçam .13- Evite machucar os corações das pessoas .O veneno da dor causada a outros , retornará a você .14- Seja sincero e verdadeiro em todas as situações .A honestidade é o grande teste para a nossa herança do Universo.15- Mantenha-se equilibrado .

De : Robert Wong

O Sucesso está no Eqüilíbrio

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Folha Umbandista - Edição VI / 2015Distribuição Gratuita - Pág. 06

reflexões sobre a umbanda Pai Dermes

A BUSCA PELO MEU EUSabe quando você entra naquele modo “stand by”; em que sua mente parece que despluga de tudo e você inicia uma conversa interna, expondo a sí seus senti-mentos e pensamentos?Então, esta maravilha, que também pode ser chamada de meditação, é extremamente relevante no processo de autoconhecimento, pois conseguimos debater e enxer-gar o que há realmente em nosso mental, sem precisar nos preocupar com os julgamentos da sociedade.Com as atribuições da modernidade, a cada dia que passa, dedicamos menos tempo a esta meditação e con-sequentemente cada dia nos conhecemos menos.Quem é que nunca se sentiu como um peixe fora d’água? Parece que nenhum grupo social se encaixa à você, que ninguém te entende, que nada te agrada, alegra ou felicita... Muitos chamariam isso de depressão, eu chamo de falta de autoconhecimento.Recentemente me encontrei no meio de uma dessas crises existenciais e nada, nada, nada, nada estava bom pra mim. Foi numa dessas crises que, em uma das

giras de Umbanda do terreiro que frequento, eu ouvi de um guia que naquele momento era necessário que eu acalmasse meus pensamentos e me colocasse em con-tato comigo mesma, para que pudesse organizar corpo, alma e coração e de quebra me conhecer, e desde então iniciei a busca pelo meu EU. Posso dizer com segurança que é muito difícil. No começo eu não conseguia encontrar esse “stand by”, pois criava uma ideia fantasiosa sobre a técnica da meditação. Tudo ficou mais claro quando meu Pai de Santo passou um truque, sugeriu que eu não calasse minha mente e que deixasse meus pensamentos fluí-rem.Pois bem, demorou um pouco para que eu dominasse este procedimento, mas, com a prática consegui e hoje consigo desplugar a qualquer hora.Desde que iniciei esta trilha da interiorização, já evolui significativamente. Descobri que algumas mágoas e medos que eu carreguei eram infundados e tive a oportunidade de me livrar deles. Pude também agir com

mais racionalidade por que entendi que a emoção atrapalha muito na resolução de conflitos. Também foi muito bom para o meu casamento, sempre que fico bronqueada com algo eu interiorizo e tento ver se há algo que eu possa fazer para evitar aquela situação e se realmente há a necessidade de eu ficar tão brava.Percebi que faço muita tempestade em copo d’água e que espero muito das pessoas.Estes pequenos aprendizados têm me ajudado a compreen-der as pessoas, a amar o próximo, a perdoar, a sorrir mais e principalmente a me amar.Obrigada Pai Francisco pela oportunidade de te cambonar e pelos ensinamentos que tem me passado. Se a minha caminhada na Umbanda for apenas trilhar a longa estrada do autoconhecimento eu aceito, e se não for eu aceito também.Saravá os pretos-velhos.Adorei as almas!Bárbara Thalacker

1. A Umbanda é uma religião de inclusão, desde o seu pressuposto, como deixou claro o Caboclo das Sete Encruzilhadas: "Com os espíritos mais evoluídos aprenderemos. Aos espíritos menos evoluídos ensinaremos e a nenhum renegaremos.”. Portanto, na Umbanda não há (ou não deveria haver) exclusão, expulsão, boicote, diferença pautada por interesses diversos ou conta bancária, indiferença, que dirá ex-co-mu-nhão. A graça da Umbanda está na diversidade de fundamentos, rituais e outros, na união, e não na unificação. A Umbanda não precisa de uma liderança central, mas de líderes centrados.

2. Assim como Jesus agradeceu ao Pai por haver revelado o Reino (caminho espiritual) aos pobres e pequeni-nos, e não aos sábios e entendidos, nós, umbandistas, humildemente, fazemos o mesmo. A Umbanda não nasce das mãos de um teólogo, de um acadêmico, de um doutor, mas no cotidiano de um adolescentezinho de 17 anos, considerado louco e endemoninhado, que, sem vaidade alguma, aceitou sua missão espiritual e colaborou para o Caboclo das Sete Encruzilhadas, Pai Antônio e tantos, sob a égide dos Orixás, abrir corações e casas para a prática da caridade.

3. Orixá é Amor Verdadeiro, e Amor Verdadeiro nunca faz mal. Orixás, Guias e Guardiões caminham conosco na expectativa de que nós também caminhemos com eles.

Ah umbanda hoje é cheia de surpresas, poucos médiuns sabem ou não praticam. Nos medios através das entidades, podemos inradiar passes de cura p/os animais, como nossos caboclos são sabios em conhecimento de ervas para cura de seres humanos, também podem nos ajudar com animais, nos informando o uso das ervas para cura destes.

Segundo o cacique Cobra Coral , os animais podem ser parentes,amigos próximos a nós que não tem permissão de reencarnar em forma de ser humano, ai é concedida o retorno em animal se sujeitando vir assim pelo amor. Por isso, muitas vezes temos uma certa afeiçãop por certo animais e não sabemos explicar.

Esses dias a tv Record passou o caso do cachorro chamado sombra que seu dono veio a falecer , e ele ficou quinze dias sem se alimentar,

Levado ao veterinário nenhuma doença foi constatada. Tudo tristeza, por não se conformar , ele achou que seu dono de certa forma o abandonou. Vocês devem ter tido na familia ou soube por alguém istorias iguais. Veja São Francisco de Assis,São Roque, como amavam a natureza e os animais. Então médios podem usar seus dons para a cura de animais sem constrangimento. O dom é dado por Deus, não é exclusivo para seres Humanos pratique isso.

Sarcedote Wadinho Scabocha

Umbanda

Um dia entra alguém e pede para usar o banheiro do estabele-cimento que trabalho, diz que está precisando e que o ônibus vai passar logo, se ela perder esse vai ter que esperar mais uma hora. "Do jeito que a cidade anda, uma hora é pouco".

Atravessa o salão e vai. Eu e a minha amiga Tati esta-mos acostumadas. Sabemos que mulheres não pedem para usar o banheiro se não for algo "sério". Tati e eu sempre passamos as tardes falando de como podemos superar nossos problemas, filosofamos muito, vamos de Deus para consumismo, de moda a comportamento. Mas principal-mente falamos de Umbanda, pois se falamos sobre tudo isso é por que relacionamos o que está a nossa volta com os ensinametos que recebemos. Procuramos verdadeiramente trilhar o caminho do equilibrio, não concordamos com tudo mas, isso nunca é um problema. A moça sai e procura na loja algo que possa levar, talvez uma maneira de agradecer. Vira e me diz:

- Você é evangélica?

Me surpreendo com a pergunta, mas respondo que não. Ela pergunta para a Tati a mesma coisa. Ela responde que não também. Então a moça complementa:

- E que voce é tão meiguinha, tão educadinha.

Nesse momento confesso que não tive reação. Acho que me surpreendi.Tati respondeu:

- Isso é paz de espírito, independe de religião.

Sai dali para terminar meus afazeres e a moça que ia perder o onibus foi evangelizar a Tati. Quinze minutos depois, a moça saiu e foi andando em direção contrária ao ponto. Olhei para a Tati e ela disse a mesma coisa que eu pensei:

- Eu preciso ser evengélica pra ser educada?

Resumindo, na verdade não me importo se a moça ia usar o banheiro, comprar algo, usar ou não isso como desculpa para nos evangelizar, eu realmente não me importo se ela pensou que eu era educada por que talvez fosse evangélica. Se eles são educados, ótimo! O realmente eu me pergunto é. E se eu dissesse que sou Umbandista? O que ela diria ao pastor? Que o diabo engana se fazendo de educado? O que ela diria? Será que diria que está surpreendida e que minha religião me tornou uma pessoa melhor? Certamente dúvido da última, mas quem sabe? Não procuro com isso criticar algo e etc, isso foi real e minhas dúvidas também, a ordem de quem perguntou não mudaria o fato. Sei que da próxima vez que eu ouvir vou responder:

- Não, sou umbandista.

Ai eu conto o que hoje são só suposições...

conto sobre educação Luiza Medeiros

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Folha Umbandista - Edição VI / 2015 Distribuição Gratuita - Pág. 07

As Lagrimas de Um Pai de Santo IV Aquele pai de santo tivera uma gira atribulada, muitos problemas a serem resolvidos, seus filhos não estavam se entendendo, as fofocas continuavam, intrigas infundadas que estavam causando desavenças, enfim, ele foi para seu lar com o coração apertado, sentia as forças lhe faltarem.Quando foi se deitar, ajoelhou-se aos pés de sua cama e fez a sua oração, pediu aos sagrados orixás que lhe enviassem uma solução para tanta dor e incompreensão por parte dos seus filhos.Deito-se e tão logo fechou os olhos, sentiu que seu espírito havia sido retirado do corpo, muito assustado pensou:Amado Deus meu, morri.Quando se virou viu ao seu lado um índio muito grande e logo detectou que era seu caboclo, ajoelhou e o saudou com reverencia e a seguir lhe perguntou:Meu pai querido, eu morri?Não filho meu, você apenas esta fora do corpo físico, todas as noites eu venho aqui para buscar-te e o levo ao aprendizado e trabalho, mas nesta noite suas orações foram ouvidas e você se lembrara de tudo que vera e ouvira filho meu.Meu pai tenho muitas perguntas.Tenha calma que tudo será esclarecido a você, venha, ten-hamos pressa.Ele pegou na mão daquele pai e saíram muito rápido de seu quarto quando deu por si estava em um lugar que é difícil de ser descrito, tamanha beleza e leveza.Ele olhou tudo a sua volta, jamais tinha visto um lugar assim, o caboclo se sentou em uma pedra e pediu que ele se sentasse também, então começou a falar.Filho do meu coração, tua dor esta a incomodar nossas divindades, então estou aqui para te ensinar mais uma vez o modo de agir para com teus filhos de fé.As lágrimas já começavam a brotar dos olhos daquele pai, não tinha como contê-las, então o caboclo falou.Não derrame suas lágrimas, pois já lhe foi dito que são gotas de luz para os que sofrem, pois se tornam balsamo curador, contenha-se.Meu pai como conter as lágrimas ante tamanha beleza, não sou digno de estar aqui, por isso choro.Filho se digno não fosse eu não o traria até aqui.Preste atenção, você será levado ao conhecimento, portanto abra os olhos e ouvidos.Ele mais uma vez pegou na mão daquele pai e numa velocidade inigualável viajaram, quando conseguiu ver onde estava eis que as lágrimas mais uma vez caíram de seus olhos abençoados.Estava diante dos sete tronos divinos, onde assentados em cada um deles estavam seus pais e mães orixás, ele jogou-se ao chão, encostando sua testa no solo e em prantos os saudou pedindo suas sagradas bênçãos.Uma voz muito suave se fez ouvir:Filho de Olorum, por que choras?Minha mãe divina, choro por estar diante de voz e destes meus pais e mães orixás.E nossa presença causa-lhe dor?Não minha mãe, muito pelo contrario, causa-me muita alegria.Mas vieste até aqui com o coração dolorido, não foi?Sim mãe divina, meu coração esta cheio de dor pelos filhos que Olorum me confiaste e não consigo mostrar-lhes o caminho.Filho, tu disseste que nossa presença lhe causa alegria, não é isso?Sim mãe divina e sagrada, estar em vossas presenças me causa muita alegria.Então filho de meu coração, por que não ensina aos teus filhos que só terão alegria estando em nossa presença e que nossa presença é constante na vida dos seres?Ah, mãe querida, como gostaria que eles entendessem que só no seio dos sagrados orixás é que somos plenos.Filho levante-se.Não sou digno de ficar de pé na presença de meus pais e mães orixás.Neste momento ouviu-se uma voz que mais parecia um estrondo:Filho meu, quem julga se és merecedor ou não sou eu e digo-te levanta teus olhos e nos olha de frente.Aquele pai de santo levantou-se devagar e olhou seus pais e mães orixás um por um, as lagrimas desciam em sua face numa torrente, quase não conseguia falar, mas disse:Amado pai Xangô, vós que sois a justiça divina e diz que sou

merecedor de olhá-los de frente, ampara-me em seus braços fortes para que eu não caia em desespero.Outra voz mais branda, mas ainda assim firme lhe disse:Filhos dos orixás, você foi trazido até aqui para mais uma vez aprender o que já foi aprendido, não fostes escolhido por acaso, não és qualquer um, mesmo por que na criação não existe esta palavra, cada um é o um no criador, mostra não só aos teus filhos de fé que somos parte do um e ele por inteiro, mostra aos seres que somos a felicidade interna de todos vocês.Amado pai Oxossi, vós sois todo o conhecimento sei que sempre me impulsiona para que abra meu ser e aprenda, mas os seres humanos não querem aprender a amar, a se doar, a compreender.Novamente a voz suave lhe falou:Filho és fruto do desejo de Olorum, e o desejo dele é que mostre aos seus semelhantes que só vivendo em nós serão plenos em Olorum.Amada mãe Yemanja, sei e compreendo suas palavras, mas faltam-me palavras humanas para expressa-las.Amado filho meu, suas lagrimas estão formando um rio em meu reino e servira para habitar e recolher todos que não ouvirem suas palavras.Minha mamãe Oxum, encheste este meu coração de amor, o mais puro amor. Como doar todo este amor se as pessoas o confundem e criam heresias contra quem doa?Amado filho de todos os orixás, somos a união de Olorum, somos o saber, a vida, a lei, a justiça, o amor, a evolução, a geração, o desejo, a renovação, o estimulo, a concentração, somos o tudo e o nada, o alto e o embaixo, somos o meio e no meio nos realizamos em todos vocês, a cada ser é dado uma parcela de nós, cada um de vocês nos carregam no mais intimo, portanto nós somos vocês e vocês nos são.Aprenda a compreender cada pessoa individualmente e a todos ao mesmo tempo, ainda que todos se reúnam em torno de uma divindade serão individuais, pois cada ser é o que é único na criação.Aprenderão na dor aqueles que não quiserem nos ouvir através de você, diga a todos que eu a todos perdôo, que cada palavra dita contra um irmão por mim estará perdoada, pois assim determina nosso criador Olorum.E outra voz disse com firmeza e inflexibilidade:Pai de santo, o baba Oxalá pode perdoar a todos, mas eu estarei sempre vigilante para que aqueles que não perdoarem e ainda lançarem calunias contra os semelhantes, esteja a minha frente por que eu estarei na frente deles para que a lei seja cumprida.Amados pai Oxalá e pai Ogum suas palavras acalentam meu coração eu sempre serei fiel aos ditames de Olorum nosso amado pai e divino criador, abençoe-me meus pais e mães orixás.E todos em uma só voz o abençoaram.O caboclo que a tudo assistia tomou-o pela mão e na velocidade que foram voltaram ao quarto daquele pai, ele ainda em prantos, pois não parara de chorar durante toda a conversa com seus pais e mães orixás olhou aquele caboclo de olhar sereno, mas firme e disse:Amado pai caboclo, por muitas vezes quis desistir da missão que me foi dada, pois o fardo de escutar as pessoas é pesado, por muitas vezes quis desistir de lutar por não acreditar que as pessoas são capazes de mudar, por muitas vezes desan-imei, portanto peço a ti que me de forças para continuar.Filho guarda em seu ser vivo e imortal as palavras de nossos amados pais e mães orixás volta ao teu corpo que lembraras tudo que lhe foi dito, usa com sabedoria a sabedoria de nossos pais e mães, estarei bem aqui ao seu lado, conte comigo. E o caboclo sumiu como que por encanto.Aquele pai de santo deitou-se sobre seu corpo e abriu os olhos, levantou-se olhou no relógio haviam se passado menos de uma hora, ainda com lagrimas nos olhos ele sorriu e pensou:Eu sei, sempre valera à pena.Deitou-se e dormiu afinal no dia seguinte ele teria muito trabalho pela frente.

Pai Vladmir do Oxossi

Mas o importante é saber que você veio pra ficar Transformou o sonho em realidade e tirou do meu cami-nho toda a maldadeMostrou que na realidade a vida nem sempre tem vista para o mar Mas que em todos os momentos me mostrará por onde navegar Você é amor e é a minha paz e sem você minha amada Umbanda eu já não consigo viver mais

Vinicius Nicolau

tudo passa

Em comemoração aos 14 anos da Feira Mil Mistérios, o GRUPO SARAH EVENTOS traz a Peruíbe mais uma NOITE DOS MIL MISTÉRIOS. Uma noite onde você e sua família vão estar mais próximos da cultura milenar do povo cigano e árabe através da dança e da musica.

Além dos expositores com produtos e serviços, haverá ainda praça de alimentação e oraculista que realizaram leitura de cartas, runas, búzios e tarô. Uma linda fogueira estará acessa para receber seus pedidos num lindo ritual de limpeza e purificação. O ápice da noite será a abertura especial e o show da renomada banda Os Guardiões da Noite do Oriente com musica cigana ao vivo, direto de SP. Ainda há espaço para expositores e praça de alimentação com desconto para fechamento até dia 20/07. O local será divulgado em breve, mas os con-vites e mesas já podem ser comprados pelos telefones (13) 99797-6470 vivo ou 98110-4004 Tim/ whatsapp. Lembrando que a mesa dará direito a 04 con-vites, sendo que haverá venda de convite individual e casal, com DESCONTOS no 1° lote e 2° serão preços de portaria. “Eu sendo filho de Peruíbe, é uma grande alegria poder comemorar 14 anos de sucesso da Feira Mil Mistérios aqui em Peruíbe. Em Agosto 2011, comem-oramos 10 anos com uma feira de três dias no Espaço Chico Latim. Queremos repetir esse sucesso em 2015!”- Diz Agamenon Della Calle, proprietário do Grupo Sarah Eventos.

Grupo sarah Eventos

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Folha Umbandista - Edição VI / 2015 Distribuição Gratuita - Pág.. 08

Ervas - Raizes e Flores Rosa A.M.C.

A umbanda merece ! Thiago Nicolau

Olá, vamos continuar a falar sobre as ervas?

Elas são muito importantes para nós como aprendemos nas outras edições ,mas as raízes e flores também

tem seu papel.

As raízes são muito usadas e às vezes nem sabemos que determinada planta na verdade é uma raiz, exemplos que vemos todos os dias:

*alho,cebola ,gengibre, beterraba,açafrão ,etc. O alho, por exemplo, usado na nossa cozinha há muito tempo, tem muitas propriedades. Seu cheiro por exemplo, característico, que possui uma substância de nome alicina ,que contem enxofre, contém vitamina B1,B2 e C. O alho é antibiótico, anticoagulante, controlador de colesterol, antiinflamatório, vermífugo, anti-séptico,di-

urético e anti-termico. Mas também tem efeitos colaterais como todo remédio ,devemos sempre usar com cuidado.E também é muito comum após o consumo do alho o hálito ficar forte , para retirar esse hálito desagradável devemos tomar um pouco de suco de limão ou laranja logo que comer. Algumas pessoas também podem desen-volver azia, gases intestinais, diarréia após consumir grande quantidade de alho. Contra indicado para gestantes e mulheres que amamentam, pois pode causar cólicas nos bebês.

Mas também temos efeitos muito benéficos . Entre os muitos, os mais importantes são : -ativa circulação do sangue, aumenta resistência imunológica ,destroi bactérias patogênicas, aumenta resistência de infecções virais, previne resfriados, gripes, etc.

Viram como o alho é tão importante?

Vamos também falar um pouquinho sobre as flores que são muito importantes para nos, podemos usa-las em saladas, chas.

O amor-perfeito e muito usado em saladas e e muito bom em chas para enjôos, infecções ,dores de cabeça. O capuchinho também podemos usar em saladas, pois sua fonte de vitamina C e muito rica.

Hibiscos mas não são todos os tipos , reduzem o colesterol, controla pressão ,diabetes.

Bom pessoal terminamos por aqui e na próxima edição continuaremos nosso aprendizado.

Um grande abraço a todos .

Rosa A.M.C.RO

Em muitos momentos nos sentimos estafados com a maldade que assola nossas cidades, nosso País, nosso mundo enfim.

Questões de toda ordem contra os umbandistas, mas antes disso, contra os seres humanos, ocupam as manchetes dos mais variados meios de comunicação.Preocupo-me com a reação de alguns irmãos – de fé ou não – que buscam e incitam o revide. Sem demagogia, pois entendo minha condição humana, com todos os ônus e bônus advindos da mesma.

De fato essas situações nos entristecem e nos revoltam, mas precisamos (não utilizei o termo devemos, pois me coloco ao lado do leitor que precisa praticar, e muito, a paciência e a compreensão) encarar esses momentos também como uma oportunidade.

Pois sendo expostos, temos a oportunidade de mostrar de fato o quão linda é nossa amada religião.

A Umbanda fundamentalmente não busca mídia e holofotes para suas obras, mas calar-se diante de ataques e mais ataques sem qualquer expressão contrária pode ser entendido como consentimento.

Comoções e mobilizações coletivas são impor-tantíssimas, pois podem atingir as massas e também o Estado, demonstrando que sim, somos muitos e não, não somos aquilo que dizem de nós.

Porém ainda mais importante, na humilde visão desse que escreve é a ação e a reação de cada umbandista diante de tudo que acontece.

Expor, e não impor, o que de fato acontece nos trabalhos em seus terreiros, falar mais de sua religião e da reforma interior que ela é capaz de promover em seus fiéis, explicar e praticar o que é a caridade, termo tão utilizado em nosso meio e muitas vezes pouco explorado e conhecido.

É incrível como nós mesmos muitas vezes deix-amos de acreditar no potencial dos nossos trabalhos, nas curas promovidas pelos nossos Guias e Orixás, como nos furtamos a dividir, ou melhor, multiplicar todas as bênçãos que recebemos com aqueles que pouco sabem sobre nós.

O umbandista tem voz e não pode se calar frente às agressões que seus irmãos sofrem e, principal-mente, que nossa mãe Umbanda sofre. Falemos mais de Umbanda, pratiquemos mais Umbanda, sejamos mais Umbanda. Com sorriso estampado na cara e braços abertos pra acolher. Nunca de punhos cerrados, sempre de cabeça erguida. É isso que somos, é isso que a Umbanda nos ensina. E é assim que seremos respeitados.A Umbanda merece!

Thiago Nicolau

Aproveite esta encarnação da melhor maneira, tente fazer desta a última (embora difícil) pratique a caridade genuína, se conheça, se religue com o sagrado.

Ninguém encarnou só por encarnar, temos algo a fazer. Rev-olucione de alguma maneira, construa, edifique, modifique. Estamos aqui para fazer a história, deixar legado, fazer difer-ente. Se não conseguir mudar o curso da humanidade, mude o curso de sua comunidade.

Desperte anseios de espiritualidade nas pessoas, estenda a mão aos caídos, reze pelos perdidos, alimente os famintos, ensine com o que sabe, sorria aos aflitos, organize ações sociais, caminhe doando rosas, plante uma muda de arvore, recicle, dedica-se, diga não e sim na hora certa, compartilhe boas gargalhadas, leia, ouça música, escute mais e fale menos, agradeça, abençoe... Se não se tornar em uma Madre Tereza, Gandhi, Chico Xavier ou Zélio de Moraes, se torne em você mesmo, como alguém que transforma em melhor o seu redor, se transforme em alguém melhor que se transforma pra melhor.

Faça hoje como se o mundo fosse acabar amanhã.

David Veronezi.

Aproveite ! David Veronezi