une nossa voz

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WWW.UNE.ORG.BR | FACEBOOK.COM/UNEPELOBRASIL | TWITTER.COM/_UNE INFORMATIVO OFICIAL DA UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES - 11 DE AGOSTO 2012 EM DEFESA DOS 10% DO PIB E 50% DOS ROYALTIES E DO FUNDO SOCIAL DO PRÉ-SAL PARA A EDUCAÇÃO CULTURA Vem aí a 8ª Bienal da UNE, o maior festival estudantil da América Latina. Será em Recife e Olinda no verão de 2013. Vai ficar de fora? PELO BRASIL Veja como foi a jornada histórica dos estudantes com a Caravana UNE Brasil+10 que percorreu todo o território nacional FEDERAIS EM GREVE UNE apoia movimento dos docentes e servidores, convoca mobilizações, reforça as bandeiras dos grevistas e defende a reforma universitária em todo o Brasil

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Page 1: une nossa voz

W W W. U N E . O R G . B R | FA C E B O O K . C O M / U N E P E LO B R A S I L | T W I T T E R . C O M / _ U N E

INFORMATIVO OFICIAL DA UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES - 11 DE AGOSTO 2012

EM DEFESA DOS 10% DO PIB E 50% DOS ROYALTIES E DO FUNDO SOCIAL DO PRÉ-SAL PARA A EDUCAÇÃO

CULTURAVem aí a 8ª Bienal da UNE,

o maior festival estudantil da América Latina. Será em Recife e Olinda no

verão de 2013. Vai ficar de fora?

PELO BRASILVeja como foi a jornada histórica dos estudantes com a Caravana UNE Brasil+10 que percorreu todo o território nacional

FEDERAIS EM GREVEUNE apoia movimento dos docentes e servidores, convoca mobilizações, reforça as bandeiras dos grevistas e defende a reforma universitária em todo o Brasil

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2 | NOSSA VOZ

A independência oficial brasileira. Vive-mos um novo Brasil que avançou nas últimas décadas, mas ainda enfrenta problemas crônicos gravíssimos. O pa-pel que o movimento estudantil têm a desempenhar agora é decisivo.

A mobilização e efervescência nas universidades do país refletida na impor-tante greve dos professores, estudantes e técnicos-administrativos das federais representa o mais urgente debate nacio-nal no momento: a destinação de 10% do PIB, 100% dos royalties e 50% do fundo social do Pré-sal para a educação.

Durante a greve, a UNE realizou em junho, no Rio de Janeiro, um dos seus principais fóruns de discussão, o 60º Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG). Participaram 337 entidades estudantis, sendo 44 DCEs de universi-dades federais. Unidade e força do movi-mento estudantil para avaliar a conjun-tura naquele importante momento.

No CONEG, ficou clara a vontade de tomarmos as ruas. Convocamos uma grande #marchadosestudantes para o

10% DO PIB PARA A EDUCAÇÃO: A BATALHA SEGUE

União Nacional dos Estudantes completou 75 anos de vida no úl-timo dia 11 de agosto de 2012, dez anos an-tes do bicentenário da

Daniel Iliescu

dia 26 de junho em Brasília. Colorimos a capital federal, ocupamos a entrada do ministério da Educação e pela pressão fomos recebidos pelo ministro Aloizio Mercadante. Em uma audiência inédita, com mais de 70 lideranças estudantis representantes de cerca de 40 institui-ções federais, apresentamos pauta de-talhada sobre problemas emergenciais de cada universidade.

Foi então formada uma comissão de estudantes, reitores e integrantes da Sesu para discutir e apontar para um novo plano de expansão e qualidade das universidades federais. Além da cons-trução de salas e laboratórios e da aber-tura de cursos, a política de expansão engloba a qualificação do professor e melhorias na infraestrutura das institui-ções que estimulem a permanência dos estudantes, como restaurantes universi-tários e residências estudantis.

Após a reunião no MEC, mais de 500 estudantes marcharam rumo à Câmara dos Deputados e ocuparam salas e corredores para conquistar a aprovação histórica do Plano Nacional de Educação com a garantia dos 10% do PIB para o setor. A batalha ainda segue para o Senado e não podemos retroceder nem um centímetro.

Em audiência com a UNE, UBES e

ANPG, a presidenta Dilma se mostrou convencida e assumiu um compro-misso com os estudantes brasileiros. “É possível os 10% do PIB com a des-tinação dos recursos advindos da ex-ploração do petróleo e gás da camada pré-sal para a educação”, declarou a presidenta. E em meio a tantas lutas, aprovamos também a leia das cotas, para democratizar a ampliar o acesso.

É nesse clima de expectativa e luta que se aproxima a data do nosso 14º Conselho Nacional de Entidades de Base, o CONEB, que será realizado em Recife, em janeiro de 2013, pouco antes da 8ª Bienal da UNE. É tempo de fazer a nossa primavera. Agora, #so-mostodos10%.

É hora das UEEs, DCEs, DAs e CAs de todo o país intensificarem as mobi-lizações em torno do debate sobre um novo projeto de reforma universitária, que amplie as políticas e recursos para a assistência estudantil, garanta salários e plano de carreira para professores e técnicos administrativos, e produza co-nhecimento inovador e sintonizado com o projeto de desenvolvimento nacional.

Faremos a diferença pela voz de cada estudante em cada canto do país. Nos vemos pelas ruas, nas marchas, nas praças, nas passeatas, nas calouradas, nas assembleias, passando em salas de aula, no CONEB e na Bienal.

Um grande abraço,

Daniel IliescuPresidente da União Nacional dos Estudantes

EXPEDIENTEO informativo Nossa Voz é uma publicação da União Nacional dos Estudantes (UNE)

Presidente: Daniel Iliescu | Diretora de Co-

municação: Virgínia Barros | Coordenação editorial: Contra Regras – Comunicação | Redação e edição: Patricia Blumberg e Ra-fael Minoro | Projeto gráfico: Vinícius Costa | Diagramação: Studio Fortim | Fotos: Vitor Vogel/ Agência Brasil/ Agência Senado/ Ar-quivos UNE | Tiragem: 5 mil exemplares | Telefone: 11 5539 2342 | E-mail: [email protected] | Material produzido com recur-sos da carteira estudantil – Abaixo a MP 2208/2001! | facebook.com/unepelobrasil | twitter.com/_une | flickr.com/_une | you-tube.com/uneoficial

EDITORIAL

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GREVE NAS FEDERAIS

Oprimeiro semestre de 2012 ficou marcado pelo espírito de luta de professores, es-tudantes e técnicos-admi-nistrativos da universidade pública. A greve foi um dos

MOBILIZAÇÃO HISTÓRICA NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS

Para o presidente da UNE, Daniel Iliescu, este foi um momento de ex-trema importância. “A UNE se mobi-lizou nacionalmente para dar nitidez às suas próprias pautas, perseguindo vitórias concretas e fazendo com que a voz dos estudantes também fosse ou-vida”, declarou.

A garantia da permanência do estu-dante na universidade é uma das princi-pais bandeiras, passando pela defesa da ampliação de verbas para a assistência estudantil. Hoje, o plano para esse setor (PNAES) conta com R$ 500 milhões. O ministro Aloizio Mercadante já sinalizou um aumento imediato para R$ 650 mi, chegando a R$ 750 mi em 2013. “A luta continua”, convoca Daniel.

Outra importante vitória foi a re-gulamentação da lei que destina 50% das vagas em universidades federais para estudantes oriundos de escolas

públicas. Deste total de vagas, metade obedecerá critérios sociais e será des-tinada a alunos com renda familiar de até um salário mínimo e meio por pes-soa. Negros, índios e pardos têm vagas garantidas de acordo com a proporção dessas populações em cada estado, le-vando em consideração dados do IBGE.

Passo inédito e transformador rumo à democratização da universida-de, tal conquista constitui-se fruto de uma longa mobilização do movimen-to estudantil. Segundo o diretor de Combate ao Racismo da UNE, Cristian Ribas, essa conquista lança novos de-safios. “Agora temos que construir as ações afirmativas por inteiro. Quere-mos permanência, acesso à pesquisa e pós-graduação”, afirma.

principais reflexos dessa agitação.Somado ao importante debate sobre o plano de carreira na docência, o que esteve em jogo foi um novo projeto para o ensino superior, uma reforma universitária para o Brasil.

A greve também ocorreu em meio à mobilização para que o Plano Nacio-nal de Educação (PNE) fosse aprovado com 10% do PIB para o setor e pela aprovação da lei de cotas. Deflagrada no dia 17 de maio, a paralisação durou quatro meses e chegou a ter a adesão de quase a totalidade de universidades federais do país, boa parte delas tam-bém em greve estudantil.

A UNE e o saldo obtido na maior greve educacional da última década: o avanço na organização estudantil e a conquista dos 10% do PIB

3NOSSA VOZ |

ESTUDANTES CARIOCAS REALIZAM ASSEMBLEIA HISTÓRICA NA UFRJ

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+ FINANCIAMENTOAprovação de um PNE democrático que garanta investimentos de 10% do PIB para a educação e destinação de 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a educação.

+ INFRAESTRUTURAPlano emergencial para conclusão das obras de infraestrutura do REUNI.

+ ASSISTENCIA ESTUDANTILAmpliação imediata dos investimen-tos em assistência estudantil para 1,5 bilhão de reais.

+ DEMOCRACIAGestão democrática com paridade nas eleições para reitoria e órgãos de decisão da universidade.

+ CONTRATACOESContratação de sete mil novos professores e servidores técnico-administrativos.

+ RESTAURANTES UNIVERSITARIOS E MORADIAS ESTUDANTISAmpliação dos restaurantes universitários e moradias estudan-tis e construção onde não existam.

+ VALORIZACAO DOS PROFESSO-RES E SERVIDORES TECNICOS-ADMINIS- TRATIVOS Reajuste salarial e reestruturação do plano de cargos e carreiras.

+ REFORMA UNIVERSITARIAAprovação de uma Reforma Universitária que democratize e valorize o papel do ensino, da pesquisa e da extensão.

#SOMOSTODOS10%

4 | NOSSA VOZ

A UNE e o movimento educacional não descansarão até a conquista dos 10% do PIB para a educação

força de mobilização dos estudantes brasileiros que, como sempre, fazem a diferença nos momentos decisivos do país. Estamos chegando na reta final da batalha”, afirma o presidente da UNE, Daniel Iliescu.

Lado a lado com a UNE na luta pelos 10% está a Campanha Nacional pelo Direito à Educação. Para Daniel Cara, coordenador da campanha, a aprova-ção deste percentual será resultado da pressão de entidades ligadas ao setor: “São dois fatores primordiais que garantiram que esse acordo fosse consagrado: o trabalho técnico de di-versas instituições, que mostraram a necessidade dos 10%, e a mobilização popular”, disse.

A deputada Fátima Bezerra também esteve na linha de frente desta batalha. “Estou com a UNE na luta pelos 10%. Temos que pressionar mesmo para que avancemos ainda mais e mudemos a cara do país com mais recursos para a educação”, convocou a parlamentar.

defesa dos 10% do PIB para educação, assegu-rado pelo Plano Nacio-nal de Educação (PNE), é uma luta que ganhou peso após a Conferên-

SEGUE A LUTA POR MAIS INVESTIMENTOS NA EDUCAÇÃO

cia Nacional de Educação em 2010, es-palhou-se pelas ruas, escolas, univer-sidades e chegou em clima de embate ao Congresso Nacional. Os últimos me-ses foram de conquistas importantes para os estudantes brasileiros.

O governo chegou a defender avan-ços mais tímidos para a educação: dos atuais 5% para 7% ou 8% do PIB. Após pressão dos movimentos com pas-seatas, ocupações, acampamentos, blitz junto aos parlamentares e muito barulho nas redes digitais, os 10% fo-ram aprovados em primeira instância na Câmara no dia 26 de junho. O texto agora segue para o Senado, retorna ao plenário da Câmara e depois segue para aprovação da presidenta Dilma.

“O dia 26 foi histórico e marcou a

UNE EM DEFESA DA EDUCACAO E DA UNIVERSIDADE BRASILEIRA

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5NOSSA VOZ |

#SOMOSTODOS10%

A presidenta Dilma Rousseff, em reunião com lideranças estudantis no dia 22 de agosto, con-venceu-se de que os 10% são possíveis a partir de recursos do petróleo brasileiro e se com-prometeu a defender que a área da educação tenha 50% do fundo social do Pré-sal e 100% dos royalties dessa riqueza mineral.

No dia 30 de setembro, a UNE comemorou o compromisso público e oficial do Palácio do Planalto com a luta dos estudantes. A decla-ração veio da presidenta da República, Dilma Rousseff, durante discurso na 39ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado “Conselhão”.

“Para consolidar o desenvolvimento do Brasil no século 21 nós vamos precisar de educação”, disse Dilma, colocando o tema

DILMA SE COMPROMETE COM OS 10%como uma prioridade do seu governo. Pela primeira vez, a presidenta assumiu, publica-mente, o compromisso feito com a UNE, si-nalizando a possibilidade do país chegar aos 10% de investimento do seu Produto Interno Bruto no setor.

Depois, em outro evento no dia 2 de ou-tubro, realizada pela Revista Carta Capital, a presidenta voltou a defender a destinação dos recursos com a exploração do petróleo e gás da camada pré-sal para a educação.

“Nós, em uma visão de médio prazo, e mesmo de longo prazo, temos de assumir o compromisso de ampliar o gasto de educação como percentual do PIB Produto Interno Bru-to”, disse Dilma.

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6 | NOSSA VOZ

UNE BRASIL + 10

Onde você estará dentro de dez anos? Qual será a realidade do seu país e da sua população? Como será a universidade e a escola pública? Quais se-

Foram 52 cidades, 73 universidades, mais de 20 mil estudantes e muitas ideias para o Brasil que queremos daqui a 10 anos

brasileiros, levando debates e atividades culturais para mais de 20 mil estudan-tes. Como ideia principal, a Caravana propôs pensar o Brasil em uma década, no ano de 2022, quando comemora-se 200 anos da independência oficial.

Segundo a vice-presidente da UNE, Clarrisa da Cunha, foi um momento im-portante de afirmação das diferenças e necessidades da juventude brasileira. “A Caravana da UNE, além de sintonizar as bandeiras gerais pela educação de qualidade e pelo desenvolvimento na-cional, possibilitou o fortalecimento na-cional das lutas de mulheres, negros, indígenas, do debate sobre a diversida-de sexual e outros temas indispensá-veis para desenhar a universidade que queremos daqui a 10 anos”, afirma.

Em cada visita, foram realizados os Aulões Brasil + 10 - grandes encontros nos quais especialistas como Marcio Pochmann, Luiz Gonzaga Belluzzo e Enio Candotti ministraram aulas em

rão as oportunidades para as juventu-des de norte a sul? Motivada por essas questões e pela vontade de fortalecer as lutas estudantis de todo o país, a União Nacional dos Estudantes reali-zou, neste primeiro semestre de 2012, mais uma edição das suas ousadas ca-ravanas estudantis, que desde os anos 60 circulam por todas as regiões do território nacional a fim de alinhar os olhares e esperanças dos jovens em re-lação ao futuro do país.

A Caravana “UNE Brasil+10”, que foi também replicada na iniciativa local de algumas Uniões Estaduais dos Estudan-tes (UEE’s), ocorreu durante os meses de março, abril e maio. Ao todo, foram contempladas 52 cidades de 16 estados

CARAVANA PERCORRE O PAÍS, RECICLANDO A HISTÓRIA, OS SONHOS E OS PROJETOS DA JUVENTUDE

universidades federais sobre temas diversos - blitz estudantis, lutas por pautas específicas de cada universi-dade e encontros de estudantes prou-nistas nas particulares, quando bene-ficiados do programa debateram seus avanços e carências.

O debate em torno da cultura tam-bém permeou as atividades das cara-vanas, seja com encontros do CUCA, para pensar formas de fortalecer as conexões culturais no país, seja com shows e cortejos, sempre valorizando a arte local de cada região.

“O CUCA representa uma bandeira de luta pelo respeito à diversidade cul-tural do país. Nessa caravana, a UNE traz temas que mostram não somente a história de luta dos brasileiros, mas também quais são os elementos que unificam e caracterizam a nossa iden-tidade cultural, visando o desenvolvi-mento”, explicou a coordenadora da caravana, Virgínia Barros.

LUIZ GONZAGA BELLUZZO E MÁRCIO POCHMANN NO AULÃO+10 REALIZADO NA FACULDADE DE ECONOMIA DA USP

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ENNIO CANDOTTI, EX-PRESIDENTE DA SBPC – UFAM/MANAUS“É importante sentar e discutir o Brasil daqui a 10 anos, pensar um projeto de renovação e reforma do país, que é absolutamente necessá-rio. Precisamos pensar em desen-volvimento com sustentabilidade”

LÚCIO FLÁVIO PINTO, JORNALISTA, UFPA, BELÉM“E temos no Brasil uma tradição repressiva de valorização do co-nhecimento e da inteligência. Nos-so problema é histórico e cultural”

HELENA NADER, PRESIDENTE SBPC – UFPR/CURITIBA“Investimento é educação, ciência e tecnologia. O resto é gasto. Todo estu-dante brasileiro precisa abraçar essa causa. Saiam às ruas pela educação!”

FÁTIMA BEZERRA, DEPUTADA FEDERAL, UFRN/NATAL“Estou com a UNE na luta pelos 10%. Temos que pressionar mesmo para que avancemos ainda mais e mudemos a cara do país com mais recursos para a educação. Por isso, vamos também defender os 50% do fundo social do Pré-sal”

FRED ZERO QUATRO, DO MUNDO LIVRE S/A – UFPE/RECIFE“Penso um Brasil onde cada cida-dão vai ter mais autonomia e pensar por si próprio, e não pela mídia, por meios de comunicação, que são pro-priedades privadas. Penso também ao mesmo tempo essa noção de con-sumo sustentável e coletividade”

SÉRGIO GABRIELLI, EX-PRESIDENTE DA PETRO-BRAS – UFBA/SALVADOR“A manutenção do crescimento envolve recursos de investimento na educação. Quanto mais aces-so à informação e mais acesso à educação formal, mais as pessoas terão capacidade de utilizar das oportunidades. Dar oportunidade ao máximo às pessoas é avançar estruturalmente na mudança da sociedade e o que nós vivemos nos últimos dez anos – o PROUNI foi uma revolução nas universidades”

LUIZ GONZAGA BELLUZZO, ECONOMISTA – FEA-USP/SÃO PAULO “Temos que elevar o nível de com-preensão do povo em relação a sua realidade. A verdadeira luta pela de-mocracia passa pela luta da demo-cratização da comunicação”

MÁRCIO POCHMANN, PRESIDENTE IPEA – FEA-USP/SÃO PAULO“Não queremos que o Brasil tenha uma trajetória de vôo de galinha. Para a próxima década os desafios são mais complexos. Temos de co-locar em primeiro lugar o enfren-tamento dos bancos”

FRASES

DEBATEDORES

MANAUS: PÚBLICO ASSISTE AO AULÃO+10 COM O EX-PRESIDENTE DA SBPC, ENNIO CANDOTTI, NA UFAM

SALVADOR: O EX-PRESIDENTE DA PETROBRÁS, SÉRGIO GABRIELLI, FALA NO AULÃO+10 EM SALVADOR, NA UFBA

CEARÁ: PÚBLICO LOTA E RETOMA A CONCHA ACÚSTICA DA UFC NA ATIVIDADE CULTURAL DA CARAVANA DA UNE

7NOSSA VOZ |

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22 A 26 DE JANEIRO DE 2013PERNAMBUCO - RECIFE E OLINDA

8 | NOSSA VOZ

A

COM BIENAL E CONEB, PERNAMBUCO SERÁ A CAPITAL DO MOVIMENTO ESTUDANTIL EM JANEIRO DE 2013

Bienal da UNE se tor-nou o mais tradicional encontro da juventu-de brasileira e chega à sua oitava edição sendo considerado o

Oitava edição Bienal da UNE e 14º Conselho Nacional de Entidades de Base vão reunir em Recife e Olinda estudantes de todo o Brasil

maior festival estudantil da América Latina. De 22 a 26 de janeiro de 2013, as cidades de Recife e Olinda receberão jovens de todos os estados com objetivo de compartilhar experiências e conhe-cer o que tem sido produzido e pensado pelos estudantes em literatura, ciência e tecnologia, música, teatro, artes visu-ais, cinema e outras áreas.

A diretora de cultura da UNE, Ma-ria das Neves, ressalta o simbolismo de realizar novamente uma Bienal no nordeste e, pela segunda vez,

em Pernambuco. Em 2003, o festival ocorreu em Recife.

“O tema será ‘A Volta da Asa Bran-ca’, permitindo uma reflexão a partir dessa música de Luiz Gonzaga, cujo centenário é comemorado em 2012. Depois de 10 anos, a UNE volta a Per-nambuco para proporcionar aos estu-dantes brasileiros mais um encontro com a cultura popular e a história do nosso povo. Falaremos do sertão de Luiz Gonzaga que, como tantos mi-grantes nordestinos, saiu de suas ter-ras para construir o Brasil e, através do baião, do forró, espalhou pelo país sua alegrias, tristezas e, sobretudo, sua esperança. Será uma Bienal emo-cionante”, anima-se.

Como atividade integrada à 8ª Bie-nal ocorrerá, entre os dias 18 a 21 de janeiro, também em Recife, o 14º Conselho Nacional de Entida-des de Base da UNE. O Coneb é um dos mais importantes fóruns de de-liberação do movimento estudantil e reunirá as principais lideranças dos Diretórios e Centros Acadêmi-

REFORMA UNIVERSITÁRIA NA PAUTA DO 14º CONEB

ANTENE-SE14º CONEB18 a 21 de janeiro de 2013Tema: Reforma Universitária

8ª BIENAL DA UNE22 a 26 de janeiro de 2013Tema: A volta da Asa BrancaHomenageado: Luiz Gonzaga

>> PARA OS PARTICIPANTES OS VALORES SAO (POR EVENTO):Até 31/10/2012 – R$ 30 01/11/2012 a 10/12/2012 – R$ 40 11/12/2012 a 13/01/2013 – R$ 50

>> A TAXA PARA INSCRICAO DE TRABALHOS E DE R$ 10.As inscrições para quem tem inte-resse em apresentar trabalhos na 8ª Bienal já estão abertas. Basta acessar o site www.une.org.br e seguir as instruções. O estudante que tiver o seu trabalho selecio-nado estará isento do pagamento da taxa de inscrição.

INSCRIÇÕES INDIVIDUAIS E DE TRABALHOS

cos de todo o Brasil. Com o objetivo de discutir a reforma universitária, os debates vão envolver cerca de 4 mil estudantes em mesas e grupos de discussão para refletir sobre o sentido da universidade nos tem-pos atuais e a projeção de um novo Brasil a partir da educação.