jornal da fmb nº8

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cmyk Sessão solene da Medicina: emoção após muito e Sessão solene da Medicina: emoção após muito e Sessão solene da Medicina: emoção após muito e Sessão solene da Medicina: emoção após muito e Sessão solene da Medicina: emoção após muito estudo studo studo studo studo Formaturas ormaturas ormaturas ormaturas ormaturas realizam a realizam a realizam a realizam a realizam a consolidação de um sonho consolidação de um sonho consolidação de um sonho consolidação de um sonho consolidação de um sonho Homenagens deram o tom à formatura da Enfermagem Homenagens deram o tom à formatura da Enfermagem Homenagens deram o tom à formatura da Enfermagem Homenagens deram o tom à formatura da Enfermagem Homenagens deram o tom à formatura da Enfermagem Pediatria lança ediatria lança ediatria lança ediatria lança ediatria lança calendário e calendário e calendário e calendário e calendário e projeta melhoria projeta melhoria projeta melhoria projeta melhoria projeta melhoria com recursos com recursos com recursos com recursos com recursos Após anos de estudo e dedicação à formação acadêmica, a 41ª Turma de Medicina e a 17ª Tur- ma de Enfermagem realizaram, no mês de novem- bro, as solenidades de formatura em meio a emo- ção e consolidação do trabalho. Páginas 8 a 11 Páginas 8 a 11 Páginas 8 a 11 Páginas 8 a 11 Páginas 8 a 11 Material é vendido a R$ 10 e renda revertida ao Departamento Material é vendido a R$ 10 e renda revertida ao Departamento Material é vendido a R$ 10 e renda revertida ao Departamento Material é vendido a R$ 10 e renda revertida ao Departamento Material é vendido a R$ 10 e renda revertida ao Departamento Calendários 2009, com fotos de crianças assistidas na enfer- maria, ambulatórios infantis e Oncologia Pediátrica, foram apre- sentados no dia 18 de novem- bro, no anfiteatro dos pediatras. A renda da venda será revertida para melhorias no atendimento, através de reformas na infra-es- trutura da unidade. Página 4 Página 4 Página 4 Página 4 Página 4 Macharelli: “Botucatu precisa Macharelli: “Botucatu precisa Macharelli: “Botucatu precisa Macharelli: “Botucatu precisa Macharelli: “Botucatu precisa voltar a ser referência em saúde” voltar a ser referência em saúde” voltar a ser referência em saúde” voltar a ser referência em saúde” voltar a ser referência em saúde” Em entrevista, o recém-no- meado secretário municipal de saúde para o governoJoão Cury (PSDB), Carlos Alberto Macharelli (foto ao lado), res- salta a preocupação da reto- mada de investimentos e ade- quação da saúde básica em Botucatu. Também afirma que a experiência à frente do DRS- 6 e a busca por parcerias se- rão essenciais para o desen- volvimento de políticas para a saúde. Páginas 6 e 7 Páginas 6 e 7 Páginas 6 e 7 Páginas 6 e 7 Páginas 6 e 7 Botucatu pode Botucatu pode Botucatu pode Botucatu pode Botucatu pode receber novo receber novo receber novo receber novo receber novo ambulatório de ambulatório de ambulatório de ambulatório de ambulatório de especialidades especialidades especialidades especialidades especialidades O Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina de Botuca- tu/Unesp (FMB) foi sede, em dezem- bro, de uma reunião entre autorida- des políticas e representantes da Secretaria de Estado da Saúde. O encontro serviu como análise preli- minar da instalação de uma unida- de de Ambulatório Médico de Es- pecialidades (AME) em Botucatu pelo governo estadual. Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Serra nomeia Serra nomeia Serra nomeia Serra nomeia Serra nomeia Herman como Herman como Herman como Herman como Herman como reitor da Unesp reitor da Unesp reitor da Unesp reitor da Unesp reitor da Unesp Página Página Página Página Página 2 Evento sobre Evento sobre Evento sobre Evento sobre Evento sobre imunização imunização imunização imunização imunização reúne 400 reúne 400 reúne 400 reúne 400 reúne 400 Página Página Página Página Página 4 Página Página Página Página Página 5 Supervisão do Supervisão do Supervisão do Supervisão do Supervisão do HC tem nova HC tem nova HC tem nova HC tem nova HC tem nova denominação denominação denominação denominação denominação HC deve gerir Centro de Reabilitação HC deve gerir Centro de Reabilitação HC deve gerir Centro de Reabilitação HC deve gerir Centro de Reabilitação HC deve gerir Centro de Reabilitação Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Battistella, acenou positivamente para instalação de um Centro de Reabilitação de Pessoas com Necessidades Especiais em Botucatu. Administração será do Hospital das Clínicas/FMB. Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 FMB e HC entram no clima de Natal FMB e HC entram no clima de Natal FMB e HC entram no clima de Natal FMB e HC entram no clima de Natal FMB e HC entram no clima de Natal Instalações do Hospital das Clínicas e da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp recebem enfeites natalinos e dão o tom festivo às instituições Página 12 Página 12 Página 12 Página 12 Página 12

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Edição de setembro de 2008

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Page 1: Jornal da FMB nº8

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Sessão solene da Medicina: emoção após muito eSessão solene da Medicina: emoção após muito eSessão solene da Medicina: emoção após muito eSessão solene da Medicina: emoção após muito eSessão solene da Medicina: emoção após muito estudostudostudostudostudo

FFFFFormaturas ormaturas ormaturas ormaturas ormaturas realizam arealizam arealizam arealizam arealizam aconsolidação de um sonhoconsolidação de um sonhoconsolidação de um sonhoconsolidação de um sonhoconsolidação de um sonho

Homenagens deram o tom à formatura da EnfermagemHomenagens deram o tom à formatura da EnfermagemHomenagens deram o tom à formatura da EnfermagemHomenagens deram o tom à formatura da EnfermagemHomenagens deram o tom à formatura da Enfermagem

PPPPPediatria lançaediatria lançaediatria lançaediatria lançaediatria lançacalendário ecalendário ecalendário ecalendário ecalendário eprojeta melhoriaprojeta melhoriaprojeta melhoriaprojeta melhoriaprojeta melhoriacom recursoscom recursoscom recursoscom recursoscom recursos

Após anos de estudo e dedicação à formaçãoacadêmica, a 41ª Turma de Medicina e a 17ª Tur-ma de Enfermagem realizaram, no mês de novem-bro, as solenidades de formatura em meio a emo-ção e consolidação do trabalho. Páginas 8 a 11Páginas 8 a 11Páginas 8 a 11Páginas 8 a 11Páginas 8 a 11

Material é vendido a R$ 10 e renda revertida ao DepartamentoMaterial é vendido a R$ 10 e renda revertida ao DepartamentoMaterial é vendido a R$ 10 e renda revertida ao DepartamentoMaterial é vendido a R$ 10 e renda revertida ao DepartamentoMaterial é vendido a R$ 10 e renda revertida ao Departamento

Calendários 2009, com fotosde crianças assistidas na enfer-maria, ambulatórios infantis eOncologia Pediátrica, foram apre-sentados no dia 18 de novem-bro, no anfiteatro dos pediatras.A renda da venda será revertidapara melhorias no atendimento,através de reformas na infra-es-trutura da unidade. Página 4Página 4Página 4Página 4Página 4

Macharelli: “Botucatu precisaMacharelli: “Botucatu precisaMacharelli: “Botucatu precisaMacharelli: “Botucatu precisaMacharelli: “Botucatu precisavoltar a ser referência em saúde”voltar a ser referência em saúde”voltar a ser referência em saúde”voltar a ser referência em saúde”voltar a ser referência em saúde”

Em entrevista, o recém-no-meado secretário municipalde saúde para o governoJoãoCury (PSDB), Carlos AlbertoMacharelli (foto ao lado), res-salta a preocupação da reto-mada de investimentos e ade-quação da saúde básica emBotucatu. Também afirma quea experiência à frente do DRS-6 e a busca por parcerias se-rão essenciais para o desen-volvimento de políticas paraa saúde. Páginas 6 e 7 Páginas 6 e 7 Páginas 6 e 7 Páginas 6 e 7 Páginas 6 e 7

Botucatu podeBotucatu podeBotucatu podeBotucatu podeBotucatu podereceber novoreceber novoreceber novoreceber novoreceber novoambulatório deambulatório deambulatório deambulatório deambulatório deespecialidadesespecialidadesespecialidadesespecialidadesespecialidades

O Hospital das Clínicas (HC) daFaculdade de Medicina de Botuca-tu/Unesp (FMB) foi sede, em dezem-bro, de uma reunião entre autorida-des políticas e representantes daSecretaria de Estado da Saúde. Oencontro serviu como análise preli-minar da instalação de uma unida-de de Ambulatório Médico de Es-pecialidades (AME) em Botucatupelo governo estadual. Página 3Página 3Página 3Página 3Página 3

Serra nomeiaSerra nomeiaSerra nomeiaSerra nomeiaSerra nomeiaHerman comoHerman comoHerman comoHerman comoHerman comoreitor da Unespreitor da Unespreitor da Unespreitor da Unespreitor da Unesp

Página Página Página Página Página 22222

Evento sobreEvento sobreEvento sobreEvento sobreEvento sobreimunizaçãoimunizaçãoimunizaçãoimunizaçãoimunizaçãoreúne 400reúne 400reúne 400reúne 400reúne 400

Página Página Página Página Página 44444 Página Página Página Página Página 55555

Supervisão doSupervisão doSupervisão doSupervisão doSupervisão doHC tem novaHC tem novaHC tem novaHC tem novaHC tem novadenominaçãodenominaçãodenominaçãodenominaçãodenominação

HC deve gerir Centro de ReabilitaçãoHC deve gerir Centro de ReabilitaçãoHC deve gerir Centro de ReabilitaçãoHC deve gerir Centro de ReabilitaçãoHC deve gerir Centro de ReabilitaçãoSecretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Battistella, acenou positivamente para instalação de um Centrode Reabilitação de Pessoas com Necessidades Especiais em Botucatu. Administração será do Hospital das Clínicas/FMB. Página 3Página 3Página 3Página 3Página 3

FMB e HC entram no clima de NatalFMB e HC entram no clima de NatalFMB e HC entram no clima de NatalFMB e HC entram no clima de NatalFMB e HC entram no clima de Natal Instalações do Hospital das Clínicas e da Faculdadede Medicina de Botucatu/Unesp recebem enfeites natalinos edão o tom festivo às instituições Página 12Página 12Página 12Página 12Página 12

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NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008

Informes sobre a Congregação realizada no dia 5 de dezembroNa última Congregação do

ano de 2008, houve um Café daManhã natalino, abrilhantadopelo Coral "Canto & Encanto" daFMB/HC/UNESP que antecedeuos trabalhos.

Os serviços foram iniciadoscom uma homenagem aosprofessores que se aposenta-ram no ano de 2008: Dr. Au-gusto Cezar Montelli, Dr. Pe-dro Achilles, Dra. Eliana Mila-nesi Rubio, Dra. Maria Josédos Reis Lima, Dr. Lino Lemô-nica e Dr. Osíris Esteves Pinto.

Os aposentados foram ho-menageados com uma placa alu-siva e por um representante doDepto respectivo, sendo eles: Dr.Joel Spadaro (Depto de ClínicaMédica), Dr. João Luiz Amaro(Depto de Urologia), Dra. Ilda deGodoy (Depto de Enfermagem),Dra. Norma Sueli Pinheiro Mo-dolo (Depto de Anestesiologia),Dr. Marco Antonio Zanini (Dep-

to de Neurologia, Psicologiae Psiquiatria) que colocaramo papel dos homenageadosna Instituição.

Em seguida, foram homena-geados os professores que fize-ram Concurso para provimentode Cargo de Professor Titular nosanos de 2007 e 2008, sendoeles: Dra. Silvana A. Schellini, Dr.Antonio José M. Cataneo, Dr.José Carlos Peraçoli e Dra. Bea-triz Bojikian Matsubara.

Após os comunicados, na Or-dem do Dia, o diretor justificouos ad referendum, pediu desta-que para o itens de Convênios,alteração do Regimento internoda UPECLIN (com inclusão demais um membro no Conselhodaquela Unidade) e para os re-sultados de concursos realizadosna Instituição.

Houve a discussão da con-cessão de Título de ProfessorEmérito para dois membros e

AAAAATOSTOSTOSTOSTOS O O O O OFICIAISFICIAISFICIAISFICIAISFICIAIS

professores aposentados daFMB, os doutores Augusto Ce-zar Montelli e o Dr. Arthur Ro-quete de Macedo, sendo ambasas solicitações defendidas pelosrespectivos Departamentos eaprovadas por unanimidade.

O diretor apresentou o ba-lanço financeiro do ano de 2008,com detalhamento da receita edespesa, acenando para a pos-sibilidade de se ter melhora docusteio para o ano vindouro.

Em seguida, o balanço finan-ceiro da FAMESP no período deJaneiro a Novembro de 2008 foiapresentado pelo Sr. Alexandre,contador da mesma.

O diretor realçou que o ce-nário do orçamento deste anoé muito diferente do que foiapresentado no ano de 2007,ainda com boas perspectivaspara 2009, apesar do que seapresenta no nível nacional emundial.

ponto de vistaponto de vistaponto de vistaponto de vistaponto de vista

No mês de novembro a comu-nidade médica, os urologistas e ospacientes receberam com espantoa nota divulgada pelo INCA (Institu-to Nacional do Câncer). O texto afir-mava que o exame digital da prós-tata (toque retal) e o teste de PSAnão deveriam ser realizados de ro-tina para detecção precoce do cân-cer de próstata e estariam indica-dos apenas em pacientes com sin-tomas ou aqueles com parentes jáacometidos por essa patologia.Após muita polêmica e discussão opróprio INCA em depoimento doseu diretor – geral, Luis Antonio San-tini, retratou-se e esclareceu que oórgão não desaconselha a avalia-ção rotineira dos pacientes, masque o mesmo é contrário ao rastre-amento do câncer de próstata doponto de vista de política pública.

Portanto, o que esta discus-são toda com afirmações e re-tratações significa para os ho-mens acima dos 40 anos de ida-de? Muito, pois atualmente ocâncer de próstata é o tumor só-lido mais freqüentemente diag-nosticado em homens e é a se-gunda ou a terceira causa demorte por câncer em muitos pa-íses ocidentais, com estilos devida e de alimentação seme-lhantes ao do Brasileiro.

Quando se fala em câncer demaneira geral, não especificamen-te o de próstata, o risco de seu de-

Câncer de próstata: quem deve se preocupar com ele?Câncer de próstata: quem deve se preocupar com ele?Câncer de próstata: quem deve se preocupar com ele?Câncer de próstata: quem deve se preocupar com ele?Câncer de próstata: quem deve se preocupar com ele?senvolvimento está ligado em 20%dos casos à predisposição genética,50% ao tabagismo e 30% relaciona-do com o tipo de dieta e atividade físi-ca. Povos com menor índice de mas-sa corpórea (menos obesidade), me-nor ingestão de gorduras e carnes ver-melhas, maior in-gestão de frutas evegetais e maior ati-vidade física apre-sentam menor riscode desenvolvimen-to do câncer. Comoum exemplo típicode influência de fa-tores ambientais nocaso do câncer de próstata, japone-ses que emigraram para os EstadosUnidos e passaram a comer dieta ricaem carnes e gorduras passaram aapresentar incidência semelhante aopovo americano e 4 vezes maior doque seus semelhantes no Japão, cujaincidência deste tumor é baixa (alimen-tação rica em peixes, vegetais e soja).

Também sabemos que nem todopaciente com câncer de próstata irádesenvolver a doença ou mesmomorrer por esta causa, principalmentequando o câncer é diagnosticado apósos 75 anos de idade. Em 20 a 25%dos casos este tumor é indolente, ouseja, de muito baixa agressividade enão evoluirá para doença dissemina-da. A grande dificuldade é determinarquem entre os portadores de câncerde próstata terá esta felicidade. A me-dicina atual não tem esta resposta. Sefizéssemos avaliação apenas em ho-mens com sintomas como inicialmen-te sugeriu o INCA, não iríamos curar

nenhum paciente, pois este câncernão costuma apresentar sintomas emsua fase inicial e ainda passível decura com cirurgia ou radioterapia. Ossintomas são sempre devidos a inva-sões de outros órgãos ou metástasescomo dores ósseas, urina com san-

gue, emagreci-mento, anemia,etc. Nesta etapados sintomas acura não é maisum objetivo e o tra-tamento passa aser paliativo paradiminuir o sofri-mento e a dor.

Portanto, caso o interesse seja curaro paciente e diminuir o número de mor-tes pelo câncer deve-se ou impedir o seuaparecimento ou destruí-lo enquantoestá confinado ao órgão ou transformá-lo em um tumor que não cresça ou de-senvolva metástases. A primeira hipóte-se está muito distante de se concretizar;a transformação do câncer, uma doençaque muito assusta o homem do século20, em uma doença crônica e controlá-vel com “pílulas diárias” para o homemdo século 21, parece uma promessa re-alizável em futuro próximo. Na fase atualda medicina a alternativa mais viável é asua cura enquanto confinado à próstatae a cirurgia de remoção do órgão ou asvariadas formas de radioterapia são oque há de melhor, com cura em 60 a80% dos casos.

A recomendação do toque retal e oPSA anual para homens, sem nenhumsintoma aparente, acima de 40 anoscom histórico desta doença na família eacima dos 45 anos quando não houver

os antecedentes, continua valendo.Com estas medidas o diagnóstico decâncer de próstata ocorre em sua faseinicial. Em nosso serviço, na Faculdadede Medicina de Botucatu, 60% dospacientes são diagnosticados emfase precoce da doença. Em temposanteriores a estas recomendações di-agnosticávamos apenas 30% dos ca-sos nesta mesma fase. Isto é umaevidência de que o método de avali-ação utilizado hoje é eficaz para di-agnosticar tumores passíveis de cura.

As evidências de que o diagnósticoprecoce diminui a mortalidade estãosurgindo em diversas partes do mundo.Em Tyrol, na Áustria, a partir de 1993,aos homens entre 45 e 74 anos foramoferecidas avaliação com PSA e exa-me de próstata anual. Nos últimos 5 anosvem ocorrendo redução significativa damortalidade por este câncer naquelaárea, quando comparado ao restanteda Áustria, que não preconiza avalia-ção anual como método de rastreamen-to de doença (1). Conclusões semelhan-tes também foram obtidas na região deQuebec, no Canadá, com redução damortalidade de 70 para 47 em 100 milhomens, entre 1991 e 2002 (2).

Com estas informações da litera-tura, consideramos que o INCA errouduas vezes. A primeira ao dar a notí-cia desastrosa de que prevenção nãovale a pena. Como apenas a retrata-ção pura e simples do primeiro erronão era suficiente, optou pelo segun-do erro que é o de desconsiderar for-tes indícios de diminuição da mortali-dade com o rastreamento populacio-nal em países em que a medicina pú-blica é utilizada como modelo por mui-

O câncer de próstataO câncer de próstataO câncer de próstataO câncer de próstataO câncer de próstataé o tumor sólidoé o tumor sólidoé o tumor sólidoé o tumor sólidoé o tumor sólido

mais freqüentementemais freqüentementemais freqüentementemais freqüentementemais freqüentementediagnosticadodiagnosticadodiagnosticadodiagnosticadodiagnosticadoem homensem homensem homensem homensem homens

DrDrDrDrDr. T. T. T. T. Trindade defenderindade defenderindade defenderindade defenderindade defendeexame para oexame para oexame para oexame para oexame para o

diagnóstico precocediagnóstico precocediagnóstico precocediagnóstico precocediagnóstico precoce

tos especialistas, brasileiros ou não.A grande realidade de toda a celeu-

ma criada é a dificuldade de estudosapropriados, o custo operacional para arealização dos mesmos, abrangênciados beneficiados e desejo político.

Não se esqueça de parar de fu-mar, realize atividade física pelo me-nos 3 vezes por semana, coma muitosvegetais e frutas, diminua a ingestãode carne vermelha e, coma castanhado Pará, que é brasileira e é rica emselênio (antioxidante) e pode auxiliarna prevenção do câncer; coma de 2 a4 castanhas todos os dias. A sua qua-lidade de vida e saúde melhorarãomuito, com certeza. Porém, não há ga-rantia de que um câncer da próstatajamais se desenvolverá. Portanto, sevocê for homem, faça sua avaliaçãoprostática anual.

Referências bibliográficasReferências bibliográficasReferências bibliográficasReferências bibliográficasReferências bibliográficas1. Oberaigner et al. Am J epidemiol20062. Candas et al. J Clin Oncol 2005

Colaboraram neste artigo: ProfColaboraram neste artigo: ProfColaboraram neste artigo: ProfColaboraram neste artigo: ProfColaboraram neste artigo: Prof. José Carlos Souza T. José Carlos Souza T. José Carlos Souza T. José Carlos Souza T. José Carlos Souza Trindade Filho erindade Filho erindade Filho erindade Filho erindade Filho eProfProfProfProfProf. Dr. Dr. Dr. Dr. Dr. Aparecido Donizeti Agostinho. Aparecido Donizeti Agostinho. Aparecido Donizeti Agostinho. Aparecido Donizeti Agostinho. Aparecido Donizeti Agostinho,,,,, do Grupo de Oncologia do Departamento de Urologia da FMB. do Grupo de Oncologia do Departamento de Urologia da FMB. do Grupo de Oncologia do Departamento de Urologia da FMB. do Grupo de Oncologia do Departamento de Urologia da FMB. do Grupo de Oncologia do Departamento de Urologia da FMB.

Reitor:Reitor:Reitor:Reitor:Reitor: Marcos MacariVice-reitor:Vice-reitor:Vice-reitor:Vice-reitor:Vice-reitor: Herman Jacobus Cornelis Voorwald

Faculdade de Medicina de BotucatuFaculdade de Medicina de BotucatuFaculdade de Medicina de BotucatuFaculdade de Medicina de BotucatuFaculdade de Medicina de Botucatu(www.fmb.unesp.br)

Diretor:Diretor:Diretor:Diretor:Diretor: Sérgio Swain MüllerVice-diretora:Vice-diretora:Vice-diretora:Vice-diretora:Vice-diretora: Silvana Artioli Schellini

Superintendente do HCSuperintendente do HCSuperintendente do HCSuperintendente do HCSuperintendente do HC: Antonio Rugolo JuniorVice-superintendente:Vice-superintendente:Vice-superintendente:Vice-superintendente:Vice-superintendente: Celso Vieira de Sousa Leite

Presidente da Famesp: Presidente da Famesp: Presidente da Famesp: Presidente da Famesp: Presidente da Famesp: Pasqual BarretiVice-presidente:Vice-presidente:Vice-presidente:Vice-presidente:Vice-presidente: Shoiti Kobayashi

O Jornal da FMBJornal da FMBJornal da FMBJornal da FMBJornal da FMB é uma publicação mensal dirigida ao público interno daFaculdade de Medicina de Botucatu/Unesp e das fundações, unidades médico-

hospitalares e de pesquisas a ela vinculadas. Sugestões, comentários ecolaborações devem ser encaminhadas à Assessoria de Comunicação e Imprensa

da FMB/Unesp pelo endereço [email protected] ou [email protected]

Assessoria de Comunicação e Imprensa- Leandro Rocha (MTB-50357)

Reportagens: Flávio Fogueral (MTB- 34927) e Leandro Rocha (MTB-50357)Fotografia: Flávio Fogueral, Leandro Rocha, Fotografia AG e Arquivo ACI/FMB

Produção Editorial, Diagramação, Pré-impressão e Impressão:Diagrama – Comunicação, Gráfica e Editora

Rua Curuzu 205A – Fone (14) 3815-5339 - Botucatu/SP

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” UUUUUNIVERSIDADENIVERSIDADENIVERSIDADENIVERSIDADENIVERSIDADE

PROF. JOSÉ CARLOS SOUZA

TRINDADE FILHO

Herman é nomeado reitorHerman é nomeado reitorHerman é nomeado reitorHerman é nomeado reitorHerman é nomeado reitor

O governador José Serranomeou no dia 12 de dezem-bro Herman Jacobus CornelisVoorwald e Julio Cezar Duriganpara os cargos de reitor e vice-reitor da Unesp, respectiva-mente. A decisão do chefe doExecutivo paulista, publicadano Diário Oficial de sábado(13), se baseou no resultado davotação realizada em outubrona Universidade, na qual Her-man e Durigan obtiveram mai-oria absoluta, com 66,88% dosvotos válidos.

O reitor e o vice nomeadosassumirão os cargos em 14 dejaneiro, em cerimônia no Me-morial da América Latina, emSão Paulo. Professor da Facul-dade de Engenharia (FE), câm-pus de Guaratinguetá, Hermané vice-reitor e assessor-chefe dePlanejamento e Orçamento da

atual gestão, co-mandada pelo rei-tor Marcos Macari.Durigan é docenteda Faculdade deCiências Agrárias eV e t e r i n á r i a s(FCAV), câmpusde Jaboticabal, epró-reitor de Admi-nistração.

“O governadorratificou o resultado da consul-ta à comunidade. Ela mostrousua concordância com os cri-térios éticos e de transparên-cia que pautaram a gestão doprofessor Macari na aplicaçãode recursos da Universidadeem suas atividades de ensino,pesquisa e extensão e foi sen-sível ao nosso Plano de Ges-tão”, disse Voorwald.

A chapa Avanço Institucio-nal, vencedora da votação deoutubro, obteve maioria em to-dos os três segmentos (docen-tes, servidores técnico-adminis-trativos e alunos). Dos 3.184docentes, votaram 2.638(82,85%). Entre os 6.984 servi-dores técnico-administrativos,4.942 (70,76%) marcaram pre-sença, e, dos 42.019 alunosmatriculados, a participação foide 8.605 (20,48%).

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NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008

A secretária de Estado dosDireitos da Pessoa com Defici-ência, Linamara Rizzo Battiste-lla, acenou positivamente àpossibilidade de Botucatu pas-sar a ter um Centro de Reabili-tação de Pessoas com Neces-sidades Especiais, que seria ad-ministrado pelo Hospital das Clí-nicas (HC) da Faculdade de Me-dicina de Botucatu/Unesp(FMB). Junto com o prefeito elei-to de Botucatu, João Cury(PSDB), o superintendente doHC, Dr. Antonio Rugolo Júnior,esteve em São Paulo no mês denovembro, quando fez oficial-mente o pedido à secretária.

Dr. Rugolo esteve acompa-nhado das fisioterapeutas Mô-nica Orsi e Sandra Volpi. Estaúltima, responsável pela Seçãode Reabilitação do Hospitaldas Clínicas. “Pedimos que oHC fosse incluído como refe-rência para administrar um dos

FMB deve gerir novo CentroFMB deve gerir novo CentroFMB deve gerir novo CentroFMB deve gerir novo CentroFMB deve gerir novo Centrode Reabilitação para especiaisde Reabilitação para especiaisde Reabilitação para especiaisde Reabilitação para especiaisde Reabilitação para especiais

IIIIINVESTIMENTONVESTIMENTONVESTIMENTONVESTIMENTONVESTIMENTO

Comitiva botucatuense se reuniu com a secretária estadualComitiva botucatuense se reuniu com a secretária estadualComitiva botucatuense se reuniu com a secretária estadualComitiva botucatuense se reuniu com a secretária estadualComitiva botucatuense se reuniu com a secretária estadual

centros de reabilitação que oEstado quer construir. A secre-tária aceitou, mas pediu queapresentássemos um projeto –o que deve ser feito até a pró-xima sexta-feira”, conta o su-perintendente do hospital.

Linamara Battistella solicitouque, preferencialmente, fosse ofe-recido um prédio semi-acabadopara abrigar o serviço, onde sejanecessária apenas uma reformaestrutural. Esse imóvel pode seroferecido pela prefeitura munici-pal ou então será usado um pré-dio do Estado, que, de qualquerforma, equipará o local.

O Centro de Reabilitação deBotucatu, que estará focado no

atendimento a pacientes comproblemas motoros, visuais eauditivos, deverá receber paci-entes da região, mas essaabrangência ainda não foi defi-nida, já que Marília tambémserá contemplada com uma uni-dade do mesmo tipo. Serão en-caminhados pacientes da redebásica de saúde e do próprioHC, mas, de acordo com Dr.Rugolo, o projeto irá aindamais longe A Secretaria Munici-pal de Educação de Botucatudeverá detectar, entre seus alu-nos, aqueles que apresentemalguma limitação física dentrodo perfil atendido pelo centro,conforme explica o supervisor doHC. “Nós, aqui no hospital, já rea-lizamos testes de audição em to-dos os recém-nascidos internadosem nossa maternidade”, continua.

Para o superintendente doHospital das Clínicas, apenasoferecer um aparelho para o

O Centro de Reabi-O Centro de Reabi-O Centro de Reabi-O Centro de Reabi-O Centro de Reabi-litação deve estarlitação deve estarlitação deve estarlitação deve estarlitação deve estarfuncionando antesfuncionando antesfuncionando antesfuncionando antesfuncionando antesdo final de 2009.do final de 2009.do final de 2009.do final de 2009.do final de 2009.

Já foram confirmados os re-cursos necessários para a cons-trução do novo conjunto de blo-cos ambulatoriais do Hospitaldas Clínicas (HC) da Faculdadede Medicina de Botucatu/Unesp. Serão investidos R$ 3,5milhões, sendo que R$ 1,9 miserá do Ministério da Saúde,através de uma emenda parla-mentar do deputado federalMilton Monti (PR) e o restantefinanciado pela própria univer-sidade. O início das obras estáprevisto para março de 2009.

EEEEESTRUTURASTRUTURASTRUTURASTRUTURASTRUTURA

O Hospital das Clínicas (HC) daFaculdade de Medicina de Botuca-tu/Unesp (FMB) foi sede, no dia 3 dedezembro, de uma reunião entre au-toridades políticas e representantesda Secretaria de Estado da Saúde.

O encontro serviu como análisepreliminar da instalação de uma uni-dade de Ambulatório Médico deEspecialidades (AME) em Botuca-

dade no município e foram mostra-das à assessora da Secretaria deEstado da Saúde plantas e possi-bilidades de locais para abrigar oambulatório. Os representantestambém realizaram visita ao pré-dio do futuro Pronto-Socorro Mu-nicipal, ao Centro de Saúde daAvenida Santana (mantido pelogoverno estadual) e em um terre-

no adquiridopela Prefeiturana Vila dosLavradores.Também co-nheceram asinstalações

do HC/FMB.Pelo projeto da Secretaria da

Saúde, três cidades compreendi-das pela DRS-6 devem contar comestas unidades: Avaré, Bauru e Bo-tucatu. “Esta é uma pretensão dogoverno estadual: instalar ambu-latórios resolutivos em problemasde média complexidade e garan-tir agilidade de atendimento”, ex-

Botucatu pode receber Ambulatório de EspecialidadesBotucatu pode receber Ambulatório de EspecialidadesBotucatu pode receber Ambulatório de EspecialidadesBotucatu pode receber Ambulatório de EspecialidadesBotucatu pode receber Ambulatório de Especialidades

tu (238 km de São Paulo) peloGoverno do Estado de São Paulo.

A intenção, conforme divulga-do pelo órgão estadual, é implan-tar 40 unidades pelo interior e lito-ral nos próximos dois anos. OsAMEs são unidades de alta resolu-tividade para uma determinada re-gião, com modernos equipamen-tos, como eletrocardiograma, tes-

te ergométrico, raio-x, ultrassom,mamografia, densitometria óssea eeletroneuromiografia, entre outros.O paciente passará por consulta e exa-mes no mesmo dia, podendo, se ne-cessário, ser encaminhado para trata-mento especializado na mesma data.

Estiveram presentes à reunião osuperintendente do HC e seu vice,professores Antônio Rugolo Júniore Celso Vieira Leite,respectivamente; ovice-prefeito eleito deBotucatu, AntônioLuiz Caldas Júnior; odiretor do Departa-mento Regional deSaúde de Bauru (DRS-6) e futu-ro secretário de Saúde de Bo-tucatu, Dr. Carlos Macharelli; odiretor do Hospital Estadual deBauru, Dr. Emílio Curcelli e a as-sessora técnica de gabinete daSecretaria de Estado da Saúde,Aparecida Teruko.

Pela manhã foram apresentadaspropostas para a instalação da uni-

plica a assessora técnica de ga-binete da Secretaria de Estadoda Saúde, Aparecida Teruko.Em Botucatu, o investimentopara o AME deve ser de R$ 4milhões, entre construção eaquisição de equipamentos.

Teruko ressalta que a FMB/Unesp pode ser agente colaborati-vo na gestão do futuro ambulatório,caso o município passe a contarcom esta unidade. “A proposta é deparcerias. A Unesp, através da Fa-culdade de Medicina pode entrarcomo gestor dessa unidade. Comisso o Hospital das Clínicas deve serdesafogado e o fará ter perfil de aten-dimento terciário”, ressalta.

A possibilidade de parceria é re-forçada pelo superintendente doHC, prof. Antônio Rugolo Júnior.“Pretendemos que o AME seja par-ceiro na assistência. Além de dividira alta complexidade o Hospital dasClínicas pode ser referência na com-plementação para esse ambulató-rio”, declarou.

AAAAATENDIMENTOTENDIMENTOTENDIMENTOTENDIMENTOTENDIMENTO

portador de necessidade especi-al se recuperar não basta. “É pre-ciso acompanhá-lo durante toda aadaptação à nova fase”, observa.

O DRS 6 (Departamento Re-gional de Saúde) – Região deBauru realizará um levantamen-to para identificar qual é a de-

manda de pessoas com defici-ências motoras, visuais ou au-ditivas na região. Paralelamen-te, o HC também fará essa pes-quisa. Pela previsão do Dr. Ru-golo, o Centro de Reabilita-ção deve estar funcionandoantes do final de 2009.

NNNNNOOOOO E E E E ESTADOSTADOSTADOSTADOSTADO

Em matéria publicada pelo Jornal O Estado de S. Paulo, no dia13 de outubro, a secretária de Estado dos Direitos da Pessoacom Deficiência anunciou a construção de uma rede de habili-tação com investimentos de R$ 52 milhões. Serão construídasseis unidades, seguindo a propostas de hierarquia do SUS (Sis-tema Único de Saúde) e Botucatu deverá ser uma delas.

Encontro serviu como base para análise da instalação do AMEEncontro serviu como base para análise da instalação do AMEEncontro serviu como base para análise da instalação do AMEEncontro serviu como base para análise da instalação do AMEEncontro serviu como base para análise da instalação do AME

TTTTTrês cidadesrês cidadesrês cidadesrês cidadesrês cidadesdevem contar comdevem contar comdevem contar comdevem contar comdevem contar comestas unidadesestas unidadesestas unidadesestas unidadesestas unidades

Novos ambulatórios para o HC/FMB em 2009Novos ambulatórios para o HC/FMB em 2009Novos ambulatórios para o HC/FMB em 2009Novos ambulatórios para o HC/FMB em 2009Novos ambulatórios para o HC/FMB em 2009Os ambulatórios, que serão

distribuídos em três pisos, vãoreunir os atendimentos de Neuro-clínica, Neurocirurgia, Psiquiatria,Psicologia, Dermatologia, ClínicaMédica (e suas especialidades),Clínica Cirúrgica (e suas especia-lidades), Otorrinolaringologia e Of-talmologia. Hoje, esses serviçossão oferecidos em um bloco lo-calizado distante dos demais se-tores do HC. “Uma das principaisvantagens dos novos ambulatóri-os será a proximidade com a áreade apoio do hospital, onde está

o diagnóstico por imagem, porexemplo. O atendimento ficarámais resolutivo”, prevê o superin-tendente do Hospital das Clínicas,Antonio Rugolo Júnior.

Serão seis blocos novos, comuma média 180 novos consultórios.O total de área construída chegaráa 4.600 metros quadrados e ficaráparalela com os atuais ambulatóri-os. “Com uma infra-estrutura maisampla poderemos aperfeiçoar oatendimento. Além disso, haverá es-paço para aumentar os serviços fu-turamente”, destaca Dr. Rugolo. Área dos novos ambulatórios com seis novos blocosÁrea dos novos ambulatórios com seis novos blocosÁrea dos novos ambulatórios com seis novos blocosÁrea dos novos ambulatórios com seis novos blocosÁrea dos novos ambulatórios com seis novos blocos

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NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008

Além de ser uma ótima op-ção de presente para o Natal,ainda é uma oportunidade deajudar dezenas de criançasque são atendidas diariamen-te nos serviços do Departa-mento da Pediatria da Facul-dade de Medicina de Botuca-tu/Unesp (FMB). A sugestãorefere-se aos calendários 2009,com fotos de crianças assisti-das na enfermaria, ambulató-rios infantis e Oncologia Pedi-átrica, que foram apresenta-dos no dia 18 de novembro,no anfiteatro dos pediatras. Arenda da venda será revertidapara melhorias no atendimen-to, através de reformas na in-fra-estrutura da unidade.

As fotos foram feitas por Eli-

Calendários com pacientes da PCalendários com pacientes da PCalendários com pacientes da PCalendários com pacientes da PCalendários com pacientes da Pediatria estão à venda para melhorar atendimentoediatria estão à venda para melhorar atendimentoediatria estão à venda para melhorar atendimentoediatria estão à venda para melhorar atendimentoediatria estão à venda para melhorar atendimentoLLLLLANÇAMENTOANÇAMENTOANÇAMENTOANÇAMENTOANÇAMENTO

ete Soares, do Departamentode Dermatologia e a coordena-ção ficou sob responsabilida-de da médica Lied Martins San-tiago Pereira, responsável pelaOncologia Pediátrica do Hos-pital das Clínicas (HC). A dire-ção foi do professor doutorAntonio Zuliani, chefe do De-partamento de Pediatria.

Os calendários podem seradquiridos por R$ 10. A tirageminicial foi de 500 exemplares esua impressão foi possível atra-vés da participação de empre-sas parceiras. Os pontos de ven-da, por enquanto, são a Livra-ria Nobel, Charme Cosméticose a loja Sempre Viva, no cam-pus da Unesp, em Rubião Júni-or. “Além de ser um ótimo pre-

sente, as pessoas ainda ajuda-rão as crianças da Pediatria. Éuma opção para empresas etambém para as famílias. É umacausa nobre”, destaca Dra. LiedPereira. “É apenas o começo deum trabalho. Deverão vir outroscalendários”, acrescenta ela, ad-mitindo que a iniciativa do Cen-tro de Convivência do Idoso“Aconchego”, que também con-feccionou um calendário enfo-cando os idosos, serviu de mo-delo para o projeto.

As fotos mostram as crian-ças com expressões alegres eregistram momentos de entre-tenimento e lazer no parquede diversões da Pediatria. Foitomado o cuidado de não ex-por as doenças.DrDrDrDrDr. Zuliani e Dra. Lied apresentam os calendários beneficentes. Zuliani e Dra. Lied apresentam os calendários beneficentes. Zuliani e Dra. Lied apresentam os calendários beneficentes. Zuliani e Dra. Lied apresentam os calendários beneficentes. Zuliani e Dra. Lied apresentam os calendários beneficentes

EEEEEVENTOVENTOVENTOVENTOVENTO

Simpósio aborda práticas em imunizaçõesSimpósio aborda práticas em imunizaçõesSimpósio aborda práticas em imunizaçõesSimpósio aborda práticas em imunizaçõesSimpósio aborda práticas em imunizações

Simpósio reuniu 400 participantes da regional de saúdeSimpósio reuniu 400 participantes da regional de saúdeSimpósio reuniu 400 participantes da regional de saúdeSimpósio reuniu 400 participantes da regional de saúdeSimpósio reuniu 400 participantes da regional de saúde

Os avanços, particularidades ediscussões referentes à imuniza-ção no país foram os temas cen-trais do 2º Simpósio de Imuniza-ções: Avanços e Práticas, realiza-do no dia 4 de dezembro, no sa-lão nobre da Faculdade de Medi-cina de Botucatu/Unesp (FMB). Aorganização foi do Núcleo de Vi-gilância Epidemiológica, atravésdo Centro de Referência em Imu-nobiológicos do Hospital das Clí-nicas (CRIE/HC/FMB).

O evento, considerado um dosmais conceituados na área, reuniu400 participantes de cidades do De-partamento Regional de Saúde deBauru (DRS-6). Esteve presente aDrª Helena Keiko Sato, diretoratécnica da Divisão de Imunizaçãodo Centro de Vigilância Epidemi-ológica, vinculado à Secretaria deEstado da Saúde.

Na primeira palestra do simpó-sio, o médico do Núcleo de Vigi-lância Epidemiológica, Dr. Edmíl-son Ferreira Carvalho abordou to-das as características e avançosdo Programa Nacional de Imuni-zações do Brasil (PNI). Em 35 anosde implantação, o Programa mu-dou toda a concepção ao esta-belecer metas e políticas para avacinação em nível nacional.

Atualmente, o país conta com25 mil salas de vacinação e 39 Cen-tro de Referência em Imunobioló-

gicos Especiais (CRIEs). Carvalhoressaltou que nos anos 1970 opaís possuía seis tipos de vacinascom 20% da população abrangi-da por campanhas de imuniza-ção, ante 26 tipos de imunobio-lógicos e 90% dos brasileiros va-cinados na década de 1990.

Mesmo com os avanços, o pa-lestrante afirma que ainda há pro-blemas em abranger a totalidadedo território nacional com campa-nhas, devido à sua dimensão con-tinental e características regionaisde cada Estado. “O Programa Na-cional de Imunizações alcançou

Programa estadual de imunizaçãoé mais antigo que o brasileiro

Dra. Sato: “Hoje temos 12Dra. Sato: “Hoje temos 12Dra. Sato: “Hoje temos 12Dra. Sato: “Hoje temos 12Dra. Sato: “Hoje temos 12vacinas fixasvacinas fixasvacinas fixasvacinas fixasvacinas fixas em campanhas em campanhas em campanhas em campanhas em campanhas”””””

O Programa Estadual de Imuni-zação completou quatro décadasde existência e acumula conquis-tas, conforme avalia a diretora téc-nica da divisão de imunização doCVE, Drª Helena Keiko Sato.

Segundo ela, alguns avan-ços em todo o Estado podemser frisados, como a vacinaçãocontra a varicela em creches,instituída em 2003, além de umaresolução de 2005, que prevê aimunização contra a hepatite Bem maternidades.

Também ressalta a inclusão

de dispositivos que garantem avacinação de alto custo para cri-anças consideradas de risco,como as prematuras. “Hoje te-mos 12 vacinas fixas em nossascampanhas e contamos com ainclusão do combate ao rotaví-rus”, disse.

Para ela, eventos como osimpósio realizado na FMB temauxiliado o governo estadual acompreender as necessidadese trocar experiências com a cha-mada ‘linha de frente’ das cam-panhas de imunização.

Avanços nos programas de imunização deram o tom do eventoAvanços nos programas de imunização deram o tom do eventoAvanços nos programas de imunização deram o tom do eventoAvanços nos programas de imunização deram o tom do eventoAvanços nos programas de imunização deram o tom do evento

DesafioDesafioDesafioDesafioDesafioé vacinaré vacinaré vacinaré vacinaré vacinarpopulaçãopopulaçãopopulaçãopopulaçãopopulaçãocarceráriacarceráriacarceráriacarceráriacarcerária

Com uma das maiores po-pulações carcerárias do mun-do, o Brasil enfrenta dificulda-de em manter a qualidade dasaúde dos presos. A adoçãode políticas para a imunizaçãotem se tornado desafio paraórgãos de saúde.

Para a diretora do Núcleo Re-gional de Saúde das UnidadesPrisionais da região Noroeste doEstado, Maria Laura CarneiroVolpato (foto acima), uma dasmaiores dificuldades tem sido aadequação de campanhas coma realidade de cada unidade pri-sional no Estado.

“Cada unidade tem realidadeprópria, com necessidades espe-cíficas. Há também a dependên-cia de parcerias entre as Secreta-rias da Saúde, da AdministraçãoPenitenciária e os municípios ondeestão localizados os presídios”,explica. A região noroeste com-preende Bauru, Avaré e RibeirãoPreto, com população estimadaem 30 mil presos.

Maria Laura explica que ain-da há resistência da populaçãocarcerária quanto à imunização,em sua maioria provocada pelafalta de informação. “São popu-lações mais expostas a riscos decontaminação e doenças, devi-do ao confinamento”, alerta.

conceito internacional de excelên-cia e devemos expandir o atendi-mento para contemplar toda apopulação”, frisa.

O evento prosseguiu com umaanálise aprofundada do calendárionacional da criança, em palestra doprofessor do Departamento de Pe-diatria da FMB/Unesp, Jaime Ol-brich Neto. A imunização em ado-lescentes foi o tópico abordadopelo prof. Antônio Zuliani.

Complementando a temática, avacinação em recém-nascidos e assituações especiais que envolvemseu processo foram abordadas pelo

médico da Unidade de Neonataldo Hospital das Clínicas, Dr. Ge-raldo Henrique Soares da Silva eem seguida houve a palestra doprofessor do Departamento deDoenças Tropicais da FMB, Car-los Magno Fortaleza.

O simpósio prosseguiu no perí-odo da tarde com a diretora técni-ca da Divisão de Imunização doCVE, Drª Helena Keiko Sato, queabordou as características sobre avacinação de grupos especiais. Aofinal da palestra foi realizado um de-bate sobre questões práticas rela-cionadas à vacinação.

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O acesso ao refeitório doHospital das Clínicas (HC) daFaculdade de Medicina deBotucatu/Unesp (FMB) serádefinitivamente controladopor duas catracas eletrônicas,cujo destravamento é possí-vel somente através de car-tão magnético individual. Osequipamentos, que foram im-plantados provisoriamentepor três meses, em fase ex-perimental, agora funciona-rão permanentemente.

O objetivo é ter um contro-le exato do número de usuá-rios, sua real necessidade derefeições e consequentemen-te alcançar uma economia naquantidade de alimento a serpreparado. É o primeiro pon-to, onde há controle de aces-so, implantado no hospital,com apoio da Assessoria deSegurança da FMB e HC.

Segundo Maria HelenaParenti Bruno, diretora técni-

AAAAALIMENTAÇÃOLIMENTAÇÃOLIMENTAÇÃOLIMENTAÇÃOLIMENTAÇÃO

Catracas no refeitórioCatracas no refeitórioCatracas no refeitórioCatracas no refeitórioCatracas no refeitóriodo HC/FMB passamdo HC/FMB passamdo HC/FMB passamdo HC/FMB passamdo HC/FMB passama ser permanentesa ser permanentesa ser permanentesa ser permanentesa ser permanentes

ca do Serviço de Nutrição eDietética do HC, com o novosistema tem sido possível teruma exatidão maior dos da-dos sobre o refeitório.

No cartão estão armaze-nadas informações como onúmero de refeições as quaiso usuário tem direito, de acor-do com sua categoria (docen-te ou aluno). “É importanteressaltar que os usuários nãopodem esquecer seu cartão,pois senão terão problemaspara entrar no refeitório”, avi-sa Maria Helena.

O Hospital das Clínicas ofe-rece quatro refeições diárias:café da manhã, almoço, jan-tar e ceia.

A capacidade máxima dorefeitório para atender a to-dos aqueles que são autori-zados a se alimentarem nolocal é de 570 pessoas, maspassam pelo local, em média,320 usuários por dia.

Catraca permite controle exato do número de usuários do refeitório do HC/FMBCatraca permite controle exato do número de usuários do refeitório do HC/FMBCatraca permite controle exato do número de usuários do refeitório do HC/FMBCatraca permite controle exato do número de usuários do refeitório do HC/FMBCatraca permite controle exato do número de usuários do refeitório do HC/FMB

RRRRRESPONSABILIDADEESPONSABILIDADEESPONSABILIDADEESPONSABILIDADEESPONSABILIDADE S S S S SOCIALOCIALOCIALOCIALOCIAL

Foi lançado na manhã de quarta-feira, dia 3 de dezembro, no salão no-bre da Faculdade de Medicina de Bo-tucatu/Unesp (FMB) o Programa deColeta Seletiva de Resíduos. A ceri-mônia foi comandada pelo superinten-dente do Hospital das Clínicas (HC),Antonio Rugolo Júnior e a presidenteda Comissão de Acompanhamento eAvaliação do Gerenciamento de Resí-duos do Complexo Faculdade de Me-dicina de Botucatu, professora MariaJosé Trevizani Nitsche.

O programa conta com apoio fi-nanceiro do Banco Real, que destinouR$ 100 mil para a compra das lixeirasusadas para separar o material reci-clável e ainda ofereceu nove “papa-pilhas” para que esses objetos nãosejam depositados no meio ambiente.Há apoio das Pró-Reitorias de Admi-nistração e Extensão da Unesp.

Cada setor da faculdade e do hos-pital receberá as lixeiras coloridas paraseparar os resíduos produzidos. Peri-odicamente, as próprias funcionáriasda empresa de limpeza recolherão o

Programa de Coleta Seletiva daPrograma de Coleta Seletiva daPrograma de Coleta Seletiva daPrograma de Coleta Seletiva daPrograma de Coleta Seletiva daFMB e HC é lançado oficialmenteFMB e HC é lançado oficialmenteFMB e HC é lançado oficialmenteFMB e HC é lançado oficialmenteFMB e HC é lançado oficialmente

Programa foi lançado oficialmente em novembroPrograma foi lançado oficialmente em novembroPrograma foi lançado oficialmente em novembroPrograma foi lançado oficialmente em novembroPrograma foi lançado oficialmente em novembro

material e destinarão para um abrigo,que está em construção. De lá, o pa-pel será destinado para um projetojá existente de reciclagem e arte,voltado para crianças carentes doDistrito de Rubião Júnior. O plásti-co e o vidro serão vendidos, atra-vés de pregão e a renda será re-vertida aos servidores do HC. Todoo projeto terá como base os 3R´s(reduzir, reutilizar, reciclar).

Maria José salienta que o

principal problema envolvendo re-síduos no complexo FMB é a segre-gação e descarte. “Teremos que tra-balhar a atitude das pessoas”, dis-se. A faculdade e o hospital produ-zem 53 toneladas de resíduos/mês,sendo 10 toneladas de plástico. Ago-ra, com a coleta seletiva, será possí-vel saber, também, qual o volumede vidro descartado. A estimativa éde que cada paciente do HC gere 5quilos de resíduos por dia.

AAAAADMINISTRAÇÃODMINISTRAÇÃODMINISTRAÇÃODMINISTRAÇÃODMINISTRAÇÃO

“Supervisor” do HC passa a ser“Supervisor” do HC passa a ser“Supervisor” do HC passa a ser“Supervisor” do HC passa a ser“Supervisor” do HC passa a serdenominado “Superintendente”denominado “Superintendente”denominado “Superintendente”denominado “Superintendente”denominado “Superintendente”

Por determinação da resolu-ção Unesp-59, publicada no Di-ário Oficial do Estado de SãoPaulo no dia 15 de novembrode 2008, houve uma mudançano Regimento Geral, que alte-rou denominação do supervisore vice do Hospital das Clínicas(HC) de Botucatu. Agora, o cor-reto é “superintendente e vice-superintendente”

Dessa forma, Dr. Antonio Ru-golo Júnior e seu vice, Dr. Cel-so Vieira Souza Leite, passama ser identificados como supe-rintendente e vice-superinten-dente do HC, respectivamente.Entretanto, as atribuições con-tinuam as mesmas. A decisãofoi deliberada pelo Conselho

Universitário, em sessão realiza-da dia 30 de outubro deste ano.

De acordo com Dr. Rugo-lo, a mudança ocorreu por-que embora as funções sejamtotalmente distintas, seu car-go, “supervisor”, tinha o mes-mo nome dado aos respon-sáveis por repartições do hos-pital. Pelo dicionário, o subs-tantivo supervisor caracterizaalguém que inspeciona, en-quanto o superintendente é ochefe, o diretor, ou seja, o res-ponsável pela unidade. Porisso, da maneira antiga pode-ria haver confusão.

Todos os documentos ofi-ciais passarão a ser redigidossob a nova nomenclatura.

DrDrDrDrDr. Rugolo passa a ser denominado superintendente do HC. Rugolo passa a ser denominado superintendente do HC. Rugolo passa a ser denominado superintendente do HC. Rugolo passa a ser denominado superintendente do HC. Rugolo passa a ser denominado superintendente do HC

CCCCCOMUNICAÇÃOOMUNICAÇÃOOMUNICAÇÃOOMUNICAÇÃOOMUNICAÇÃO

ACI tem novo perfilACI tem novo perfilACI tem novo perfilACI tem novo perfilACI tem novo perfilA Assessoria de Comunicação

e Imprensa da Faculdade de Medi-cina de Botucatu/Unesp (FMB) e doHospital das Clínicas (HC) contadesde outubro com uma nova equi-pe responsável pelo contato com amídia e a produção da publicaçãooficial das duas instituições. O jor-nalista Leandro Rocha assume asatribuições como assessor de im-prensa e o repórter Flávio Fogueralresponsável pelo Jornal da FMB.

A proposta da equipe é aperfeiço-ar o trabalho realizado pelo ex-asses-sor Fernando Hossepian, considera-do como excepcional por Rocha. “Otrabalho realizado pelo Fernando tinhagrande aceitação dentro e fora da FMBo que pretendemos dar maior agilida-de a algumas ferramentas de divulga-ção tanto da faculdade quanto do hos-pital”, explica o novo assessor.

Uma das atribuições que compe-tem à ACI é a produção editorial doJornal da FMB, informativo mensal dasinstituições. Na publicação estão as-

suntos de interessegeral, o que faz o jor-nal conquistar impor-tância como um dosinformativos de mai-or repercussão emtodo o câmpus. Noentanto, novidadesdevem fazer comque a leitura, aborda-gem dos assuntos eo visual sejam maisdinâmicos. “Além demodernizar o visual do jornal, vamosinserir opiniões de especialistas sobretemas que estejam em evidência naárea médica”, explica Fogueral.

Outra modificação é quanto a ins-talação de um ambiente exclusivo daassessoria no portal da Faculdade deMedicina (www.fmb. unesp.br/aci), cominformações detalhadas sobre proce-dimento de contato com a ACI. A atua-lização constante do site e a disponibi-lização de imagens, releases e suges-tões de pautas figuram entre as metas

a médio prazo da equipe. “No ambien-te, os internautas podem encontrar in-formações sobre a FMB e o HC, alémde acessarem notícias atualizadas. De-vemos reformular o banco de imagensatualizando-o com mais frequência edisponibilizando fotografias em alta re-solução para download”, finaliza Rocha.

Contatos com a Assessoria deComunicação e Imprensa podem serfeitos pelos telefones (14) 3811-6140ou 3811-6363 pelo ramal 123 ou peloe-mail [email protected].

Rocha (em pé) é o assessor da FMB e HCRocha (em pé) é o assessor da FMB e HCRocha (em pé) é o assessor da FMB e HCRocha (em pé) é o assessor da FMB e HCRocha (em pé) é o assessor da FMB e HCe Fogueral responsável pelo Jornal da FMBe Fogueral responsável pelo Jornal da FMBe Fogueral responsável pelo Jornal da FMBe Fogueral responsável pelo Jornal da FMBe Fogueral responsável pelo Jornal da FMB

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Jornal da FMB – O que o senhor deveJornal da FMB – O que o senhor deveJornal da FMB – O que o senhor deveJornal da FMB – O que o senhor deveJornal da FMB – O que o senhor devetrazer de sua experiência como dirigentetrazer de sua experiência como dirigentetrazer de sua experiência como dirigentetrazer de sua experiência como dirigentetrazer de sua experiência como dirigenteregional de Saúde para a Secretaria Muni-regional de Saúde para a Secretaria Muni-regional de Saúde para a Secretaria Muni-regional de Saúde para a Secretaria Muni-regional de Saúde para a Secretaria Muni-cipal?cipal?cipal?cipal?cipal?

DrDrDrDrDr. Macharelli – . Macharelli – . Macharelli – . Macharelli – . Macharelli – Tem a questão da convivên-cia que tive dentro da Secretaria de Saúde (Esta-dual) e a experiência de administração pública.Cada lugar pelo qual passamos é uma experiênciaenriquecedora. Além disso, é interessante poderusar um pouco do que a gente sabe para ajudar apopulação de uma maneira geral.

Jornal da FMB – Em sua opinião o queJornal da FMB – Em sua opinião o queJornal da FMB – Em sua opinião o queJornal da FMB – Em sua opinião o queJornal da FMB – Em sua opinião o queavançou no DRS 6 sob seu comando?avançou no DRS 6 sob seu comando?avançou no DRS 6 sob seu comando?avançou no DRS 6 sob seu comando?avançou no DRS 6 sob seu comando?

DrDrDrDrDr. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli – Primeiro acho que foi a participação dos municípios, com aorientação da Secretaria de criar os colegiados regionais. Isso foi importante, por-que deu uma outra face para a regional de saúde, onde antes tudo era decididopor seus técnicos. Com os colegiados essa prática deixou de acontecer e tudopassou a ser mais democrático, com discussão e troca de experiências com osmunicípios.

Outra coisa importante foi termos conseguido trazer um hospital secundáriopara Botucatu, que será construído na área do Cantídio (Hospital Estadual) e maisalgumas tecnologias que foram implantadas na Faculdade de Medicina.

Jornal FMB – PJornal FMB – PJornal FMB – PJornal FMB – PJornal FMB – Para o senhorara o senhorara o senhorara o senhorara o senhor, o que contribuiu para sua indicação, o que contribuiu para sua indicação, o que contribuiu para sua indicação, o que contribuiu para sua indicação, o que contribuiu para sua indicaçãocomo secretário Municipal de Saúde?como secretário Municipal de Saúde?como secretário Municipal de Saúde?como secretário Municipal de Saúde?como secretário Municipal de Saúde?

DrDrDrDrDr. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli – Primeiro, quando fui indicado eu já havia conversado tantocom o João Cury (prefeito eleito) quanto com o Caldas (vice-prefeito eleito). Muitasdúvidas que o João tinha conversava com a gente, desde minha indicação para aregional de Saúde.

Quando ele resolveu se candidatar, perguntou-me se, caso ele vencesse, euaceitaria ser secretário de Saúde. Disse que seria um prazer, porque eu voltaria para Botu-catu e retomaria minha vida acadêmica (na FMB).

Jornal FMB – Que tipo de mudanças pre-Jornal FMB – Que tipo de mudanças pre-Jornal FMB – Que tipo de mudanças pre-Jornal FMB – Que tipo de mudanças pre-Jornal FMB – Que tipo de mudanças pre-tende implantar na pasta, já que a área datende implantar na pasta, já que a área datende implantar na pasta, já que a área datende implantar na pasta, já que a área datende implantar na pasta, já que a área daSaúde foi apontada por diversas pesquisasSaúde foi apontada por diversas pesquisasSaúde foi apontada por diversas pesquisasSaúde foi apontada por diversas pesquisasSaúde foi apontada por diversas pesquisasde opinião pública como o principal pro-de opinião pública como o principal pro-de opinião pública como o principal pro-de opinião pública como o principal pro-de opinião pública como o principal pro-blema a ser enfrentado pela nova adminis-blema a ser enfrentado pela nova adminis-blema a ser enfrentado pela nova adminis-blema a ser enfrentado pela nova adminis-blema a ser enfrentado pela nova adminis-tração?tração?tração?tração?tração?

DrDrDrDrDr. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli – Temos que resgatar, em Bo-tucatu, a história da Saúde Pública. Este municípiojá foi referência para o Estado e isso se perdeu aolongo do tempo. Isso não significa que vamos tra-

Ele foi aluno e hoje é docente do De-partamento de Saúde Pública da Facul-dade de Medicina de Botucatu/Unesp. Apartir de janeiro de 2009 deixa o coman-do do Departamento Regional de Saúde(DRS-6) de Bauru para assumir a Secreta-ria Municipal de Saúde de Botucatu a con-vite do prefeito eleito João Cury (PSDB).

Carlos Alberto Macharelli, 54, mestreem Saúde Pública pela Faculdade de Me-dicina de Ribeirão Preto, é colega de de-partamento e amigo pessoal do vice-pre-feito eleito, professor Antônio Luiz Cal-das Júnior (PC do B). Em seu currículo,constam cargos como diretor de assis-tência à saúde do Hospital Estadual deBauru, Diretor do Centro de Saúde Esco-la (CSE) de Botucatu, presidente dos Co-mitês Regional de Mobilização Contra a

Dengue, de Mortalidade Materna Infantil, co-ordenador regional do colegiado de gestãoregional e coordenador do Programa de Saú-de da Família da Faculdade de Medi-cina de Botucatu/ Unesp.

Durante sua gestão à frente do DRS6, passou por algumas turbulências, masclassifica o fechamento da DIR XI (Regi-onal de Saúde de Botucatu) como a prin-cipal delas. “Não fomos nós que fecha-mos a DIR de Botucatu, mas sim um de-creto do governador. Algumas pessoasforam trabalhar comigo em Bauru, masninguém ficou desempregado. Tenho mi-nha consciência tranqüila”, afirma.

Nesta edição de dezembro do JornalJornalJornalJornalJornalda FMBda FMBda FMBda FMBda FMB, Macharelli fala sobre suas ex-pectativas no novo cargo. Confira os prin-cipais trechos:

”””””

Não dá paraNão dá paraNão dá paraNão dá paraNão dá parainaugurar o PSinaugurar o PSinaugurar o PSinaugurar o PSinaugurar o PSem janeiro, seem janeiro, seem janeiro, seem janeiro, seem janeiro, seaquilo não é umaquilo não é umaquilo não é umaquilo não é umaquilo não é umpronto-socorro.pronto-socorro.pronto-socorro.pronto-socorro.pronto-socorro.Seria enganar aSeria enganar aSeria enganar aSeria enganar aSeria enganar apopulaçãopopulaçãopopulaçãopopulaçãopopulação

“““““

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Quando eleQuando eleQuando eleQuando eleQuando eleresolveu seresolveu seresolveu seresolveu seresolveu secandidatarcandidatarcandidatarcandidatarcandidatar,,,,,perguntou-me se,perguntou-me se,perguntou-me se,perguntou-me se,perguntou-me se,caso vencesse,caso vencesse,caso vencesse,caso vencesse,caso vencesse,eu aceitaria sereu aceitaria sereu aceitaria sereu aceitaria sereu aceitaria sersecretáriosecretáriosecretáriosecretáriosecretário

“““““ balhar do mesmo jeito que trabalhavam antigamen-te. Temos que ter equipamentos mais modernos, es-tratégias mais atuais. É preciso ter mudanças. Nãodá para continuar do jeito que está.

Pedimos à população um pouco de paciência,pois não é possível implantar tudo no primeiro diade gestão. Mas não vamos deixar todo mundo narua da amargura.

Jornal da FMB – Já foram identif icadosJornal da FMB – Já foram identif icadosJornal da FMB – Já foram identif icadosJornal da FMB – Já foram identif icadosJornal da FMB – Já foram identif icadosos principais pontos que sofrerão alterações?os principais pontos que sofrerão alterações?os principais pontos que sofrerão alterações?os principais pontos que sofrerão alterações?os principais pontos que sofrerão alterações?

DrDrDrDrDr. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli – O principal é rever rapidamen-te a questão dos exames. Muita gente comenta so-

bre os exames que precisam ser realizados em Laranjal (Paulista). Este é um pontoque vamos atacar de imediato em nossa gestão.

Outra questão será a administração dentro da secretaria. Eu passei por lá recen-temente e estava chovendo. A farmácia que fica dentro da secretaria não tem salade espera para as pessoas. São coisas que temos que olhar. Não estamos fazendofavor para as pessoas ao atendê-las, nem ao dar-lhes remédio. Elas pagam impostos etêm direitos.

Jornal da FMB – Com base em sua visão da região como um todo,Jornal da FMB – Com base em sua visão da região como um todo,Jornal da FMB – Com base em sua visão da região como um todo,Jornal da FMB – Com base em sua visão da região como um todo,Jornal da FMB – Com base em sua visão da região como um todo,qual o papel exercido por Botucatu hoje?qual o papel exercido por Botucatu hoje?qual o papel exercido por Botucatu hoje?qual o papel exercido por Botucatu hoje?qual o papel exercido por Botucatu hoje?

DrDrDrDrDr. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli – Botucatu não exerce papel nenhum atualmente. Acho quedeveria exercer. Os municípios sede (da regional) devem puxar os demais, ser areferência. Botucatu precisa voltar a ser referência, ditando normas de saúde naregião. Isso é possível, primeiro através de uma atividade política – o que deve serfeito pelo João (Cury).

Jornal da FMB – Um ponto bastante crit icado da gestão que seJornal da FMB – Um ponto bastante crit icado da gestão que seJornal da FMB – Um ponto bastante crit icado da gestão que seJornal da FMB – Um ponto bastante crit icado da gestão que seJornal da FMB – Um ponto bastante crit icado da gestão que seencerra foi o atendimento de urgência e emergência no Pronto-Socorroencerra foi o atendimento de urgência e emergência no Pronto-Socorroencerra foi o atendimento de urgência e emergência no Pronto-Socorroencerra foi o atendimento de urgência e emergência no Pronto-Socorroencerra foi o atendimento de urgência e emergência no Pronto-SocorroMunicipal. O que o senhor pretende fazer para que esse serviço sejaMunicipal. O que o senhor pretende fazer para que esse serviço sejaMunicipal. O que o senhor pretende fazer para que esse serviço sejaMunicipal. O que o senhor pretende fazer para que esse serviço sejaMunicipal. O que o senhor pretende fazer para que esse serviço sejaoferecido de maneira satisfatória?oferecido de maneira satisfatória?oferecido de maneira satisfatória?oferecido de maneira satisfatória?oferecido de maneira satisfatória?

DrDrDrDrDr. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli – Temos que rever o sistemade urgência e emergência no município, que hojenão existe. O Pronto-Socorro da Unesp fica sobre-carregado porque tem que atender a populaçãode Botucatu, que deveria ser atendida, com horá-rio mais flexível, dentro das unidades básicas desaúde, em pronto-atendimentos e até no HospitalSorocabana. Mas o que acontece é que fecham-se as portas em determinado horário e só resta oPronto-Socorro, que nunca fecha.

Temos discutido aumentar a jornada de traba-lho em alguns postos de saúde. Não dá para fazer

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Isso nãoIsso nãoIsso nãoIsso nãoIsso nãosignifica quesignifica quesignifica quesignifica quesignifica que

vamos trabalharvamos trabalharvamos trabalharvamos trabalharvamos trabalhardo mesmodo mesmodo mesmodo mesmodo mesmo

jeito quejeito quejeito quejeito quejeito quetrabalhavamtrabalhavamtrabalhavamtrabalhavamtrabalhavamantigamenteantigamenteantigamenteantigamenteantigamente

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BotucatuBotucatuBotucatuBotucatuBotucatuprecisa voltarprecisa voltarprecisa voltarprecisa voltarprecisa voltar

a ser referência,a ser referência,a ser referência,a ser referência,a ser referência,ditando normasditando normasditando normasditando normasditando normas

de saúdede saúdede saúdede saúdede saúdena regiãona regiãona regiãona regiãona região

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NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008

horário comercial com a saúde. Sala de vacinação,por exemplo, não pode fechar na hora do almoço.O horário que sobra para a dona de casa levar seufilho tomar vacina é a hora do almoço. São coisaspequenas, mas que têm impacto na população.

Já fomos no Pronto-Atendimento do Sorocaba-na conversar sobre o atendimento e no dia em queestivemos lá não havia médico. Disseram que issoacontecia porque a Prefeitura não havia pago o quetinha se comprometido.

Jornal da FMB – E o novo Pronto-So-Jornal da FMB – E o novo Pronto-So-Jornal da FMB – E o novo Pronto-So-Jornal da FMB – E o novo Pronto-So-Jornal da FMB – E o novo Pronto-So-corro Municipal que está em construção.corro Municipal que está em construção.corro Municipal que está em construção.corro Municipal que está em construção.corro Municipal que está em construção.

O projeto deve manter os mesmos moldes já def in idos?O projeto deve manter os mesmos moldes já def in idos?O projeto deve manter os mesmos moldes já def in idos?O projeto deve manter os mesmos moldes já def in idos?O projeto deve manter os mesmos moldes já def in idos?DrDrDrDrDr. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli – Já estivemos com a planta da obra nas mãos, visitamos o

local várias vezes e percebemos alguns erros graves. Por exemplo, um pronto-socorro que não tem gás não pode ser chamado de pronto-socorro. Como vaiatender uma emergência sem oxigênio, vácuo, gás comprimido. Se houve um errode projeto, temos que rever isso. Não dá para inaugurar o PS em janeiro, se aquilonão é um pronto-socorro. Seria enganar a população.

Jornal da FMB – Em entrevista ao Jornal da FMB, edição de novem-Jornal da FMB – Em entrevista ao Jornal da FMB, edição de novem-Jornal da FMB – Em entrevista ao Jornal da FMB, edição de novem-Jornal da FMB – Em entrevista ao Jornal da FMB, edição de novem-Jornal da FMB – Em entrevista ao Jornal da FMB, edição de novem-bro, o prefeito eleito João Cury cogitou transformar o CSE (Centrobro, o prefeito eleito João Cury cogitou transformar o CSE (Centrobro, o prefeito eleito João Cury cogitou transformar o CSE (Centrobro, o prefeito eleito João Cury cogitou transformar o CSE (Centrobro, o prefeito eleito João Cury cogitou transformar o CSE (CentroSaúdeSaúdeSaúdeSaúdeSaúde Escola) em referência no atendimento geriátrico. Qual é sua visão Escola) em referência no atendimento geriátrico. Qual é sua visão Escola) em referência no atendimento geriátrico. Qual é sua visão Escola) em referência no atendimento geriátrico. Qual é sua visão Escola) em referência no atendimento geriátrico. Qual é sua visãosobre essa possibilidade?sobre essa possibilidade?sobre essa possibilidade?sobre essa possibilidade?sobre essa possibilidade?

DrDrDrDrDr. Macharelli – . Macharelli – . Macharelli – . Macharelli – . Macharelli – O CSE tem que ter uma nova vertente. A questão da saúdedo idoso tem sido discutida pelo DRS 6. Mas para o Centro Saúde Escola issoainda é muito pouco, é preciso outra face. Ele tem que ser a unidade referêncianaquela região onde está e que pertence ao 2º subdistrito (Vila dos Lavradores),não pode ser apenas uma unidade de saúde. As demais unidades têm que sereferenciar nele. Foram construídas unidades de saúde com autonomia, mas setem um equipamento destes (CSE) dentro de uma determinada área, é precisoaproveitá-lo, pois se não há desperdício de dinheiro.

Jornal da FMB – O que o senhor espera das parcerias comJornal da FMB – O que o senhor espera das parcerias comJornal da FMB – O que o senhor espera das parcerias comJornal da FMB – O que o senhor espera das parcerias comJornal da FMB – O que o senhor espera das parcerias coma FMB, Hospital das Clínicas e até mesmo com o Centroa FMB, Hospital das Clínicas e até mesmo com o Centroa FMB, Hospital das Clínicas e até mesmo com o Centroa FMB, Hospital das Clínicas e até mesmo com o Centroa FMB, Hospital das Clínicas e até mesmo com o CentroSaúde Escola?Saúde Escola?Saúde Escola?Saúde Escola?Saúde Escola?

DrDrDrDrDr. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli – Acho que temos que procurar diversificar nos-sos parceiros. Sempre fui contrário a idéia de que terceirizar é mal.Isso depende de quem é seu parceiro e como se senta para discutir.Se for algo que é bom para a po-pulação, tem que ser feito.

Vim de uma regional onde ti-vemos muitas experiências des-te tipo, com pronto-socorros ter-ceirizados que funcionam muitobem e municípios onde a prefei-tura toca o PS e o serviço aca-ba por não ser satisfatório.

Jornal da FMB – Qual suaJornal da FMB – Qual suaJornal da FMB – Qual suaJornal da FMB – Qual suaJornal da FMB – Qual suaexpectativa em relação aoexpectativa em relação aoexpectativa em relação aoexpectativa em relação aoexpectativa em relação aonovo AME (Ambulatório Médi-novo AME (Ambulatório Médi-novo AME (Ambulatório Médi-novo AME (Ambulatório Médi-novo AME (Ambulatório Médi-

co de Especi-co de Especi-co de Especi-co de Especi-co de Especi-al idades) eal idades) eal idades) eal idades) eal idades) eao Hospitalao Hospitalao Hospitalao Hospitalao HospitalS e c u n d á r i o ,S e c u n d á r i o ,S e c u n d á r i o ,S e c u n d á r i o ,S e c u n d á r i o ,que serãoque serãoque serãoque serãoque serãoc o n s t r u í d o sc o n s t r u í d o sc o n s t r u í d o sc o n s t r u í d o sc o n s t r u í d o sem breve?em breve?em breve?em breve?em breve?

DrDrDrDrDr. Macha-. Macha-. Macha-. Macha-. Macha-relli –relli –relli –relli –relli – São doisserviços quevão colocarBotucatu em umoutro patamarna área da saúde. Eles vão resolver o problema dafila de espera para exames, como por exemplonas áreas de órteses e próteses, cirurgia ortopédi-ca, varizes, hérnia, diabéticos, hipertensos, en-tre outras.

A proposta do ambulatório é que o paci-ente saia de lá com o diagnóstico fechado.Ou ele volta para a unidade básica ou é en-caminhado para outro nível. Queremos quea pessoa passe pela consulta e o exame nomesmo dia. Ela vai até lá uma vez só ou nomáximo duas.

Quanto ao Hospital Secundário, trata-se deum equipamento muito bom, que vai casar como ambulatório regional, que será a porta de en-trada para essa nova unidade e não mais o Hos-pital das Clínicas, como acontece atualmente.Pelas enfermarias do HC há vários casos quepoderiam ser tratados no hospital secundário –

isso ocupa leitos que poderiam ser usados no atendimento terciário.Vai ser bom para o ensino também, já que haverá uma integração com

outras faculdades como Fisioterapia e Enfermagem.

Jornal da FMB – O que deverá representarJornal da FMB – O que deverá representarJornal da FMB – O que deverá representarJornal da FMB – O que deverá representarJornal da FMB – O que deverá representar, para a região, a, para a região, a, para a região, a, para a região, a, para a região, acr iação do Centro de Reabi l i tação de Pessoas Def ic ientes, sob acr iação do Centro de Reabi l i tação de Pessoas Def ic ientes, sob acr iação do Centro de Reabi l i tação de Pessoas Def ic ientes, sob acr iação do Centro de Reabi l i tação de Pessoas Def ic ientes, sob acr iação do Centro de Reabi l i tação de Pessoas Def ic ientes, sob acoordenação do Hospital das Clínicas da FMB/Unesp?coordenação do Hospital das Clínicas da FMB/Unesp?coordenação do Hospital das Clínicas da FMB/Unesp?coordenação do Hospital das Clínicas da FMB/Unesp?coordenação do Hospital das Clínicas da FMB/Unesp?

DrDrDrDrDr. Macharelli – . Macharelli – . Macharelli – . Macharelli – . Macharelli – É algo muito importante e que precisa ser aproveitado.A questão da reabilitação será colocada em um patamar mais elevado. Atual-mente, os ricos têm mais chances de se recuperar de um trauma que os po-bres. Isso precisa mudar. Como é um centro de referência é preciso ter umaárea grande de abrangência.

Jornal da FMB – O que o senhor espera da re lação com suaJornal da FMB – O que o senhor espera da re lação com suaJornal da FMB – O que o senhor espera da re lação com suaJornal da FMB – O que o senhor espera da re lação com suaJornal da FMB – O que o senhor espera da re lação com suasucessora na direção do DRS 6, já que a partir de janeiro o senhorsucessora na direção do DRS 6, já que a partir de janeiro o senhorsucessora na direção do DRS 6, já que a partir de janeiro o senhorsucessora na direção do DRS 6, já que a partir de janeiro o senhorsucessora na direção do DRS 6, já que a partir de janeiro o senhorestará “do outro lado da mesa” e pelo fa to de conhecer bem oestará “do outro lado da mesa” e pelo fa to de conhecer bem oestará “do outro lado da mesa” e pelo fa to de conhecer bem oestará “do outro lado da mesa” e pelo fa to de conhecer bem oestará “do outro lado da mesa” e pelo fa to de conhecer bem ofuncionamento da Regional?funcionamento da Regional?funcionamento da Regional?funcionamento da Regional?funcionamento da Regional?

DrDrDrDrDr. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli –. Macharelli – Acho que tem de ser uma relação muito boa. Não tenhopreocupação com isso. Conheço a diretora que vai assumir o cargo, tantoque eu que indiquei seu nome para a Secretaria de Estado de Saúde. Sei oque ela pensa dos municípios. Além do mais, entendo que essas relações sãoconstruídas. Não devemos ficar com o pé atrás. Temos que sentar à mesapara discutir e chegar a um denominador comum.

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O CSE temO CSE temO CSE temO CSE temO CSE temque ter umaque ter umaque ter umaque ter umaque ter uma

nova vertente.nova vertente.nova vertente.nova vertente.nova vertente.A questão daA questão daA questão daA questão daA questão da

saúde do idososaúde do idososaúde do idososaúde do idososaúde do idosotem sido discuti-tem sido discuti-tem sido discuti-tem sido discuti-tem sido discuti-

da pelo DRS 6da pelo DRS 6da pelo DRS 6da pelo DRS 6da pelo DRS 6

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Já fomos noJá fomos noJá fomos noJá fomos noJá fomos noSorocabanaSorocabanaSorocabanaSorocabanaSorocabanaconversar sobreconversar sobreconversar sobreconversar sobreconversar sobreo atendimento eo atendimento eo atendimento eo atendimento eo atendimento eno dia em queno dia em queno dia em queno dia em queno dia em queestivemos lá nãoestivemos lá nãoestivemos lá nãoestivemos lá nãoestivemos lá nãotinha médicotinha médicotinha médicotinha médicotinha médico

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Outra coisaOutra coisaOutra coisaOutra coisaOutra coisaimportante foiimportante foiimportante foiimportante foiimportante foitrazermos umtrazermos umtrazermos umtrazermos umtrazermos um

hospitalhospitalhospitalhospitalhospitalsecundáriosecundáriosecundáriosecundáriosecundário

para Botucatupara Botucatupara Botucatupara Botucatupara Botucatu

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Acho que temosAcho que temosAcho que temosAcho que temosAcho que temosque procurar di-que procurar di-que procurar di-que procurar di-que procurar di-versificar nossosversificar nossosversificar nossosversificar nossosversificar nossosparceiros. Sem-parceiros. Sem-parceiros. Sem-parceiros. Sem-parceiros. Sem-pre fui contráriopre fui contráriopre fui contráriopre fui contráriopre fui contrário

a idéia de quea idéia de quea idéia de quea idéia de quea idéia de queterceirizar é malterceirizar é malterceirizar é malterceirizar é malterceirizar é mal

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NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008

Depois de muito estudo,dedicação, de abrir mão dashoras de lazer e de ficar lon-ge do convívio familiar, che-gou o grande dia! Na tardedo dia 14 de novembro de2008, foi realizada a forma-tura da 41ª Turma da Facul-dade de Medicina de Botuca-tu/Unesp (FMB).

Trata-se de um grupo de90 jovens que em 2002 che-garam a Botucatu – todosvindos de outras cidades –e agora recebem o tão so-nhado grau de médico. A ce-rimônia foi realizada no Giná-sio Poliesportivo da FCA (Fa-culdade de Ciências Agronô-micas) de Botucatu/Unesp,na Fazenda Lageado.

Estiveram presentes osmembros da Congregaçãoda FMB, os diretores da ins-tituição, professor doutorSérgio Swain Müller e pro-fessora doutora Silvana Ar-tioli Shellini e o diretor doDepartamento Regional deSaúde (DRS 6) de Bauru,Carlos Macharelli. A profes-sora doutora Marilza CunhaRudge, pró-reitora de pós-graduação representou oreitor da Unesp, professorMarcos Macari.

Durante a entrada dosformandos era possível verno rosto de cada pai, mãe,enfim, de todos os convida-dos, estampada a expressãode orgulho pela formaturadaquele novo médico. Faixaseram empunhadas com ale-gria, em homenagem aos gra-duandos, que por sua vez re-tribuiram da mesma forma exi-bindo mensagens de agrade-cimento escritas em cartolinas.

No olhar de cada estudan-te, o retrato da vitória. Aplau-sos. Muita vibração por terem

chegado ao fim de uma longae árdua escalada. Enquantoeles adentravam ao ginásio, opúblico presente conferia aapresentação da Orquestra “Fi-larmônica Triunfal”, comanda-da pelo regente Silas Gonçal-ves Albano.

A professora doutora LigiaNiero de Melo foi a escolhida dosalunos para ser a paraninfa daturma e o professor adjunto Sil-vio Alencar Marques, o patrono.A oradora do grupo foi NatháliaPompeu Padoani. O Centro Aca-

dêmico “Pirajá da Silva” (CAPS)e Associação Atlética Acadêmi-ca “Carlos Henrique Sampaiode Almeida” também presta-ram suas homenagens.

“Cidadãos com capacidadede transformar a sociedade”

Em seu discurso, o diretor daFMB, professor doutor Sérgio Mül-ler, lembrou do papel da faculda-de na produção de conheci-mento científico no Brasil e tam-bém de suas responsabilidades

assistenciais, como por exemploatravés do Hospital das Clíni-cas (HC), Hospital Dia de Aids,Centro de Saúde Escola(CSE), Hospital Estadual deBauru (HEB), entre outros.“Temos formado cidadãoscom capacidade de transfor-mar a sociedade, e não ape-nas médicos. Agradeço a to-

dos vocês pela convivência,pela postura e pelo caráterque tiveram ao longo dosúltimos seis anos”, colo-cou. “Essa é apenas a pri-meira etapa. Desejo a to-dos uma carreira digna erepleta de realizações. Quelevem dentro de si a forçada FMB”, completou.

Diretor Sérgio Muller ao discursar na sessão soleneDiretor Sérgio Muller ao discursar na sessão soleneDiretor Sérgio Muller ao discursar na sessão soleneDiretor Sérgio Muller ao discursar na sessão soleneDiretor Sérgio Muller ao discursar na sessão solene

Juramento da turma, proferido por Patrícia Bottamedi RattoJuramento da turma, proferido por Patrícia Bottamedi RattoJuramento da turma, proferido por Patrícia Bottamedi RattoJuramento da turma, proferido por Patrícia Bottamedi RattoJuramento da turma, proferido por Patrícia Bottamedi Ratto

A paraninfa, profa. Lígia Melo, em mensagem A paraninfa, profa. Lígia Melo, em mensagem A paraninfa, profa. Lígia Melo, em mensagem A paraninfa, profa. Lígia Melo, em mensagem A paraninfa, profa. Lígia Melo, em mensagem aaaaaos formadosos formadosos formadosos formadosos formados

41ª turma41ª turma41ª turma41ª turma41ª turmade médicos:de médicos:de médicos:de médicos:de médicos:

concretizaçãoconcretizaçãoconcretizaçãoconcretizaçãoconcretizaçãode um sonhode um sonhode um sonhode um sonhode um sonho

EEEEESPECIALSPECIALSPECIALSPECIALSPECIAL F F F F FORMATURASORMATURASORMATURASORMATURASORMATURAS

“No olhar“No olhar“No olhar“No olhar“No olharde cada estudante,de cada estudante,de cada estudante,de cada estudante,de cada estudante,o retrato da vitória.”o retrato da vitória.”o retrato da vitória.”o retrato da vitória.”o retrato da vitória.”

Familiares e amigos lotaram o ginásio da FCAFamiliares e amigos lotaram o ginásio da FCAFamiliares e amigos lotaram o ginásio da FCAFamiliares e amigos lotaram o ginásio da FCAFamiliares e amigos lotaram o ginásio da FCA

A oradora da XLI turma de médicos, Natália PadoaniA oradora da XLI turma de médicos, Natália PadoaniA oradora da XLI turma de médicos, Natália PadoaniA oradora da XLI turma de médicos, Natália PadoaniA oradora da XLI turma de médicos, Natália Padoani

O patrono, prof. Sílvio Marques, parabenizou os formandosO patrono, prof. Sílvio Marques, parabenizou os formandosO patrono, prof. Sílvio Marques, parabenizou os formandosO patrono, prof. Sílvio Marques, parabenizou os formandosO patrono, prof. Sílvio Marques, parabenizou os formandos

NNNNNÚMEROSÚMEROSÚMEROSÚMEROSÚMEROS

Ao longo de seus 45 anos, a Faculdade de Medicinade Botucatu já formou 3.556 médicos, 358 enfermeiros, 1.400mestres e doutores e mais de 2 mil residentes e aprimorandos.

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NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008

Discurso do patrono da XLI turma de médicosDiscurso do patrono da XLI turma de médicosDiscurso do patrono da XLI turma de médicosDiscurso do patrono da XLI turma de médicosDiscurso do patrono da XLI turma de médicos

A colação de grau dos formandosdo Curso de Medicina, nessa escola, éconstituída de inúmeros simbolismos esignificados que reúnem a um só tempoemoções, reflexões de ordem política, depolítica de saúde, de política de ensino,considerações sobre a realidade e com-promissos.

Emoções múltiplas, minha primeira,pela honra de ser um de seus homena-geados. Honra que compartilho com to-dos aqueles que têm o ensino, a huma-nização da assistência e o acolhimentodo paciente, como parte de suas mis-sões na Faculdade de Medicina. Em es-pecial com a paraninfa da turma, Profa.Lígia Niero, exemplo maior desses princí-pios. E, com os demais homenageados,que com suas ações e atitudes, constitu-em-se em referência e modelo ao con-junto dos formandos.

E, se me permitem estender essa ho-menagem, em memória, ao meu Patro-no de Formatura, Prof. Mário RubensMontenegro, que dá nome a esse Cam-pus, pelo que inspirou em mim e naque-les da minha geração.

Se dúvidas existiam sobre qual con-teúdo e ênfase emprestar a essa fala, elase dissipa quando se lê "O Esteto", ojornal do Centro Acadêmico Pirajá da Sil-va. Na sua última edição, o jornal fala daMed Fênix, e fala, em 1/3 de suas pági-

nas, sobre o Ensino: desde a contribuiçãodo Centro Acadêmico na Discussão doProjeto Político-Pedagógico do Curso deMedicina, passa pelo papel que se esperado futuro hospital de atenção secundáriacomo ampliação de cenário de ensino eaprendizagem e reproduz, por fim, a ma-nifestação dessa Quadragésima Primeiraturma frente a questões de Ensino recémvivenciadas. A essas acrescento a recentecriação do Núcleo Acadêmico de Pesqui-sa em Educação Mé-dica. Não creio que te-nha sido mera coinci-dência estar o "Ensinode Graduação na Fa-culdade de Medicina"como foco de aten-ção. Há série de imper-feições curriculares ede modelo pedagógico que tem se torna-do crônicos. Podendo-se citar aqueles queme parecem principais, como a falta deinteração entre a formação básica e a apli-cada, a ausência de sistemática de avalia-ção dos conhecimentos e das habilidadesde forma seriada, constante e com feed-back da avaliação e a lenta atualizaçãocurricular. E ainda, é patente, e não é re-cente o envolvimento de parcela significa-tiva do corpo docente com atividades ou-tras que não a graduação. Ou seja, naprática, os alunos convivem muito abaixodo possível com os professores de maiorvivência e maior experiência e com isso

perdem em informação e em formação.Essas questões, entre outras menos cru-ciais, são de conhecimento de muitos enão estão sendo felizmente, negligencia-das. Vislumbra-se a possibilidade de abor-dagem e discussão estruturada das maisdiversas questões relativas à graduação,mas avanços e melhorias significativasnão ocorrerão se a comunidade, particu-larmente discente e docente não se mobi-lizar à discussão. Ou seja, a preocupação

quanto à qualidadedo ensino de Medi-cina tem que perme-ar o coletivo. É meuentendimento quepara se atingir a esseobjetivo de ampladiscussão, o "ensinode graduação" há

que ser considerado prioritário, efetivamen-te, em relação às outras obrigações dafaculdade. É possível que entre membrosinfluentes do corpo docente a visão é deque o Ensino não é a prioridade maior, ouque exista dúvida qual deva ser a priorida-de número um da nossa Escola. Casoesse conflito realmente exista, ele tem queser discutido de forma clara e em toda suadimensão, antes da discussão da reformacurricular. Essa minha manifestação nãosignifica que a FMB por sua tradição te-nha que ser excelente apenas na Gradua-ção. Não, significa que temos que ser ex-celentes na Assistência, na Pós-Gradua-

PROF. SÍLVIO ALENCAR MARQUES

Discurso da oradora da XLI turma de médicosDiscurso da oradora da XLI turma de médicosDiscurso da oradora da XLI turma de médicosDiscurso da oradora da XLI turma de médicosDiscurso da oradora da XLI turma de médicos

Professor Sérgio Swain Muller,diretor da Faculdade de Medicina,professora Marilza Vieira Cunha Rud-ge, representando o magnífico reitorda Unesp, demais autoridades pre-sentes, senhores membros da Con-gregação e professores eméritos,queridos pais, senhoras e senhores,meus queridos colegas e amigos,boa tarde!

Pr ime i ramentegostaria de agrade-cer-lhes por terem-meescolhido para falaraqui a vocês; saibamque me sinto lisonjea-da e é uma honra re-presentá-los.

Bom, há 6 anos, estávamos qua-se enlouquecidos devido às provasde vestibular.Lembram-se? Saíram osresultados e viemos para Botucatu.Éramos um grupo de 90 alunos, to-dos de cidades distintas e curiosa-mente, nenhum de Botucatu. Cadaqual carregando consigo experiên-cias únicas, expectativas variadas,

desejos e anseios diversos, mas comum objetivo: ser aluno de Medicina. Es-távamos assim: turbulentos, tumultua-dos por dentro, receosos do desco-nhecido e ávidos por essa nova etapa,a qual correspondia em morar em umacidade até então desconhecida pornós: Botucatu, a cidade dos bons ares.Aos poucos, fomos nos acostumandocom o jeito peculiar daqui: pessoas sor-ridentes, receptivas, um céu lindo, um

pôr-do-sol ro-mântico e muitofrio em algumas(e muitas) noi-tes. Fomos pre-senteados comum apelido, oumelhor um novonome que se in-

tegralizou em nós literalmente. Tivemosque nos adaptar. Os encontros nas ca-sas dos novos amigos eram bem ne-cessários para firmarmos raízes aqui.

Por outro lado, estávamos de fren-te à imensidão da faculdade. Começa-mos com o Curso de Introdução à Me-dicina, e a nossa turma foi privilegiada,pois fora a última das turmas a ter a

aula Introdutória do curso com o Pro-fessor Montenegro, fundador de nos-sa faculdade. Com as palavras por eleproferidas, começamos a ter a noçãodo lugar onde ingressávamos, de quan-ta história já havia aqui, bem como ba-talhas e conquistas inesquecíveis.

Bom, e agora era a vez de continu-ar essa história fazendo assim a nossaprópria. Nossa turma tem vários pe-quenos detalhes que rascunham essahistoria: fomos a última turma do ilustreprofessor Waldemar de Freitas, daAnatomia, e a última turma no labora-tório antigo de Anatomia (lembrançaadorável, ainda mais com a presençado cheirinho de formol no ar). Fomos aturma que iniciou o curso IUSC (Inte-ração Universidade Serviço - Comuni-dade), projeto inovador; vanguardanacional na inserção dos alunos na co-munidade, e a turma topou o desafio.Fomos a turma que estabeleceu, devez, sem direito a retornos, represen-tação discente em todas as instanciasde nossa faculdade.

E por falar em representação, ago-ra vem uma das minhas partes predi-letas: falar do CAPS (Centro Acadêmi-

ção, mas, também na Graduação.Quanto à realidade nacional, não se

encerra o festival irresponsável de aberturade novas escolas médicas. As conseqü-ências já se fazem sentir: recentíssima pu-blicação do Conselho Regional de Medici-na de São Paulo mostra que 97%, dosmédicos denunciados junto ao Conselhopor questões relacionadas à prática de pro-cedimentos relacionados à cirurgia plásti-ca, repito, 97%, não possuíam especiali-zação para tal e que 45% daqueles de-nunciados não possuíam especializaçãoalguma. Qual a mensagem oriunda des-se dado? Que colegas deixam de atuarem suas especialidades por prováveis im-posições e seduções do mercado e, searriscam a cometer o erro médico. E, queparcela importante, no exemplo acima,45% dos citados, não possuía treinamen-to geral ou especializado após a gradua-ção. Portanto, além das distorções ob-servadas no Mercado da prática da Medi-cina, se soma a má qualidade do cursode graduação da maioria das Escolas e,se acrescenta o cada vez maior descom-passo entre o número de formandos e onúmero de vagas de residência. E, evi-dentemente, esse descompasso vai atin-gir, em breve, a níveis absurdos, comgraves conseqüências para o individual(o formando, particularmente aqueleegresso de faculdade menos qualificada)e para o coletivo da sociedade.

Mas, digo a esses formandos: não hádificuldades que sejam capazes de impe-dir o seu sucesso, pois aqui, ao longodos anos, se construíram como homense mulheres de valor. Formaram-se e gra-

duaram-se também em cidadania. Por-tanto, que os desafios que enfrentam aSaúde, a prática Médica e a Formaçãodo Médico recebam sempre sua aten-ção, sua participação e sua organiza-ção, na busca e cobrança por soluções,tal qual praticaram de maneira constan-te em seus anos de formação.

Foram formados em espírito de ca-maradagem e solidariedade típica dessaEscola. Sei que esse espírito vai ser pre-servado e reproduzido. E, como últimapalavra institucional a vocês, lhes peço:façam com que a arte e a ciência semesclem sempre com o cuidar, com apreocupação social, com o amor ao tra-balho e o trabalho com amor. E, queconservem imaculadas, sua vida e sua arte,segundo Hipócrates. Mas palavras não po-dem ser apenas palavras, Sê, pois, cadaqual, um todo em cada coisa. Põe o quan-to és no mínimo que fazes. Assim em cadalago a lua toda brilha, porque alta vive.

Ao finalizar, quero fazer parte das ho-menagens aos senhores pais, aqui presen-tes física ou espiritualmente. Já o disse an-tes e o repito sempre: Nós já vos conhece-mos. Nós vos conhecemos através de vos-sos filhos. Pela educação, pela dedicação,pela generosidade deles vós sois retrata-dos. Que se rejubilem, pois, esse é ummomento nobre e de máxima recompen-sa. De recompensa, pelos momentos derenúncia, pelo dar de si pela felicidade deles.

Que hoje seja um dia de agradecimen-to mútuo, a si e a Deus.

Muito Obrigado.

Discurso da paraninfa da XLI turma de médicosDiscurso da paraninfa da XLI turma de médicosDiscurso da paraninfa da XLI turma de médicosDiscurso da paraninfa da XLI turma de médicosDiscurso da paraninfa da XLI turma de médicosPROFA. LÍGIA NIERO MELO

Exmo Senhor Diretor da Faculdadede Medicina de Botucatu, Dr. SérgioSwain Müller, autoridades presentes,membros da Congregação, ProfessorEmérito Dr. Paulo Eduardo de AbreuMachado, colegas docentes e médicos,familiares, senhoras e senhores, e queri-dos formandos da XLIª Turma da Facul-dade de Medicina de Botucatu, de 2008.

Este é um momento duplamenteespecial para mim: é a coroação doesforço conjunto de concluir a gradua-ção da nossa XLI ª Turma de Medicinae de poder falar, talvez pela última vez,para muitos de vocês.

Minha fala será breve e, acredito,direta, como sempre nos falamos nes-tes 6 anos. Se estivéssemos em sala deaula, eu diria que são os "critérios ma-jor" do meu guideline.

Tenho cinco mensagens para dei-xar-lhes que, acredito, fundamentais eque devem permear a vida de vocês.Saibam que creio realmente nisto, e porisso lhes transmito com o coração feliz eaberto. Deixo-as como se deixa um te-souro muito precioso. São elas:

1) Não estudamos numa escola "do

governo". Estudamos numa escola públi-ca e temos que devolver, na forma decompetência e seriedade, o investimentode quase U$ 70.000,00 que cada um denós recebeu para nos manter aqui porestes seis anos ou mais. Devemos devol-ver a ela - sociedade - o patrimônio emnós investido. Façam a diferença, ondeestiverem: na residência médica, nos hos-pitais, consultórios, escolas, municípios, nasForças Armadas, etc, ou seja, onde fo-rem estudar ou trabalhar. Esta contrapar-te também abrange o empenho dos seuspais e familiares em proporcionar-lhes omelhor que puderam. Devolvam-lhes omesmo empenho.

2) Tenham e mantenham - para sem-pre - a enorme gratidão que esta Institui-ção, a nossa amada Faculdade de Medi-cina de Botucatu merece de todos nós.Mais do que ter proporcionado estes anosincomparáveis de vida e alegria, convívioe aprendizagem , ela nos deu informaçãoe, principalmente, formação. E nos im-pregnou com sua característica mais va-lorosa: a formação humana. Temos, en-quanto escola, muitos defeitos e muitoscaminhos para serem corrigidos, mas sai-bam - e eu falo com propriedade - estaescola nos tem dado a oportunidade desermos pessoas melhores, pessoas que

aprenderam a conhecer e reconhecer afragilidade daquele que se submete aonosso treinamento profissional, bem comoas próprias limitações e dificuldades.

Sob o meu ponto de vista, as escolasmédicas, infelizmente, têm usado comomoeda de troca e quase como única va-lorização a publicação de "papers", emdetrimento do ensino eda formação tutelada.Ainda sob meu pontode vista, embora possaparecer antiquado, Me-dicina deve ter ensinoartesanal, pessoal, volta-do para os talentos indi-viduais e humanos, masa atividade docente temsido - cada vez mais- relegada a um pla-no de atividade menor, frente à captaçãodos recursos que devem ser providos ebuscados pela Instituição.

Abandonar o ensino é perigosoe deletério.

Acredito que já estejamos colhendoos frutos amargos desta postura "moder-nosa" de apenas valorizar docentes-pes-quisadores e não docentes-ensinadores.Os exames de proficiência e especialida-des já nos apontam estes resultados .

Entretanto, devemos reconhecer que

ainda esta escola nos tem ensinado o res-peito e a compaixão pelo outro, o queconsidero valor essencial para toda a vida.Honrem esta casa.

3) Reconheçam e sejam gratos, parasempre, ao paciente do Sistema Únicode Saúde (SUS) que se submeteu aonosso período de treinamento com paci-ência, muitas vezes também com carinhoe reconhecimento, apesar de todas asnossas limitações. Trabalhem estas limita-

ções, reflitam so-bre elas, aperfei-çoem os mecanis-mos para superá-las e, sobretudo,usem-na como de-grau para novasaprendizagens ecapacitações. Es-tudem sempre e

muito. Busquem estar acima da média. Amédia é medíocre.

Não se esqueçam nunca, desde ocadáver que nos permitiu aprender Ana-tomia, que estes seres humanos estive-ram o tempo todo nos ensinando a lidarcom a vida. Nosso compromisso ético écom o paciente e com a arte médica.Estes são nossos pilares.

4) Nunca , mas nunca, troquem valorpor preço. Os valores em que acredita-mos devem prevalecer sobre qualquerpossibilidade de mercantilismo da ativi-

dade médica. Lutem por condiçõesmelhores: de trabalho, de honorários,de progresso e desenvolvimento, massaibam que todas as vezes que trocar-mos valor por preço, independente-mente do montante da troca, valere-mos muito menos que este. Esta é umaquestão sensível, mas forte e decisiva.

5) Não percam a capacidade dese emocionarem. Nunca. Mais impor-tante do que fazer com que a nossaemoção sobreviva, é mantê-la paraembeber nossa capacidade técnica.

Curtam música, esporte e qual-quer expressão de arte, plantem umasemente de poesia em tudo que fi-zerem. Permitam-se chorar. Mas, so-bretudo, mantenham a capacidadede se indignar contra a injustiça, odespreparo, a desumanização daatividade médica e a falta de ética.Façam desta emoção o motor dasmicrorevoluções de cada dia. Se-jam revolucionários todos os dias davida.

Finalizando, deixo-lhes minhagratidão por me escolherem comoparaninfa, o que muito me honra eque guardarei como um bem preci-oso com que a vida me presenteou.

Façam a diferença, para melhor,onde estiverem. E não se esqueçam:amo cada um e todos vocês.

Muito obrigada.

NATHÁLIA POMPEU PADOANI

co Pirajá da Silva) e da AAACHSA (As-sociação Atlética Acadêmica CarlosHenrique Sampaio de Almeida). Foisimplesmente fantástico! Independen-temente de onde participamos, do quan-to nos envolvemos, cada um de nós écapaz de sentir a intensidade de ale-gria, choro, descoberta, conquistas eamadurecimento que conseguimos par-ticipando disso. Não há como nos ima-ginarmos sem tudo isso. Reuniões a todomomento, discussões, alguns desenten-dimentos, viagens, torneios, encontros,competições, congressos, festas, masao fim, podemos respirar fundo e dizer:somos todos XLI e pronto! E quero lem-brar aqui que: Engraçado, Naripa, Ban-guda, Mongol, uma vez XLI, sempre XLI!

Nossa turma se destaca pelo en-gajamento nas discussões política-pedagógicas da faculdade, da univer-sidade e pela contribuição; impõe-sepela ação participativa diante de umponto a ser decidido. E foi dessa for-ma que, durante a nossa graduação,retribuímos à sociedade a credibiliza-ção e o investimento que ela nos depo-sitou, ou seja, isso foi executado atra-vés da construção de uma formaçãomédica sólida, capacitada a enfrentaros desafios à frente e às mudançasinerentes, e integrada à realidade de

saúde da nossa população. Ser per-tencente ao corpo de formandos emmedicina em nosso país é, pois, umorgulho para todos nós, e implica emum dever social para a qual estamospreparados.

Ressalto a relevância extrema denossos educadores: docentes, médi-cos contratados, médicos residentes.Vocês nos construíram, obrigada!Aqueles que se desdobraram paranos ensinar, os quais simplesmente seesforçaram para que tivéssemos a me-lhor compreensão e para fazermos adiferença, saibam que têm o nossoreconhecimento maior, e, por conse-guinte, dividimos essa alegria comvocês também.

Queridos familiares e amigos, hojeé dia de comemoração, de celebra-ção da alegria e da vida. Estamosaqui, diante de vocês, para lhes dizerque "conseguimos!!" E como foi ditohoje pela manhã, "quem sabe faz ahora, não espera acontecer". A esca-lada terminou. Não foi fácil mesmo fi-car longe de vocês; compartilhem co-nosco toda a felicidade de um fim comgostinho de partida, de uma chega-da com rostinho de reinício.

Obrigada!

EEEEESPECIALSPECIALSPECIALSPECIALSPECIAL F F F F FORMATURASORMATURASORMATURASORMATURASORMATURAS

A colação de grau dosA colação de grau dosA colação de grau dosA colação de grau dosA colação de grau dosformandos do Curso deformandos do Curso deformandos do Curso deformandos do Curso deformandos do Curso deMedicina, nessa Medicina, nessa Medicina, nessa Medicina, nessa Medicina, nessa eeeeescola,scola,scola,scola,scola,é constituída deé constituída deé constituída deé constituída deé constituída deinúmeros simbolismosinúmeros simbolismosinúmeros simbolismosinúmeros simbolismosinúmeros simbolismos

Este é um momento du-Este é um momento du-Este é um momento du-Este é um momento du-Este é um momento du-plamente especial paraplamente especial paraplamente especial paraplamente especial paraplamente especial paramim: é a coroação do es-mim: é a coroação do es-mim: é a coroação do es-mim: é a coroação do es-mim: é a coroação do es-forço conjunto de concluirforço conjunto de concluirforço conjunto de concluirforço conjunto de concluirforço conjunto de concluira graduação da nossa XLIa graduação da nossa XLIa graduação da nossa XLIa graduação da nossa XLIa graduação da nossa XLIª Tª Tª Tª Tª Turma de Medicinaurma de Medicinaurma de Medicinaurma de Medicinaurma de Medicina

Ressalto a relevânciaRessalto a relevânciaRessalto a relevânciaRessalto a relevânciaRessalto a relevânciaextrema de nossosextrema de nossosextrema de nossosextrema de nossosextrema de nossoseducadores: docentes,educadores: docentes,educadores: docentes,educadores: docentes,educadores: docentes,médicos contratados,médicos contratados,médicos contratados,médicos contratados,médicos contratados,médicos residentesmédicos residentesmédicos residentesmédicos residentesmédicos residentes

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“Não cuidamos da doença,mas do paciente. Provemos obem-estar e principalmente asaúde de quem necessita”. Comesta frase, a professora Heloi-sa Wey Berti definiu o perfil doprofissional da enfermagem à17ª turma de enfermeiros daFaculdade de Medicina de Botu-catu/Unesp (FMB), graduada nodia 28 de novembro.

A sessão solene, realizadano auditório do Colégio La Sal-le, em Bo tucatu, marcou a tra-jetória de 30 jovens que, em2004, iniciaram sua caminhada.A formatura teve a presença demembros da congregação daFMB, os diretores professoresSérgio Müller e Silvana ArtiolliSchellini, além do diretor do De-partamento Regional de Saúdede Bauru (DRS-6), Carlos Ma-charelli e da Pró-Reitora de Pós-Graduação da Unesp, MarilzaVieira Cunha Rudge, que naoportunidade representou o rei-tor Marcos Macari.

A apresentação da Orques-tra “Filarmônica Triunfal”, co-mandada pelo regente SilasGonçalves Albano ressaltavamusicalmente a conquista decada formando, que conviveucom a realidade, dificuldades eao mesmo tempo os sabores emotivos pelos quais escolherama profissão de enfermeiro.

Em seu discurso, o diretorda FMB lembrou as conquistasem excelência que a gradua-ção em Enfermagem têm obti-do em todo o país, como asnotas máximas no Exame Na-cional de Desempenho dos Es-tudantes (Enade) e mais recen-temente a qualificação maiselevada atribuída pelo Guia doEstudante, da Editora Abril.“Este é um dos cursos que temalcançado padrão de excelên-cia e com certeza é um dosmelhores do país”, ressaltou.

As oradoras da 17ª turma,Gabriela de Oliveira Dorth e Ra-

17ª turma de enfermeiros: emoção e conquista17ª turma de enfermeiros: emoção e conquista17ª turma de enfermeiros: emoção e conquista17ª turma de enfermeiros: emoção e conquista17ª turma de enfermeiros: emoção e conquista

faela Mossarelli Penedo exaltaramas experiências vividas nestesquatro anos de convívio mútuo.Um a um, os colegas de cursoforam homenageados ao seremcitadas características e as no-vas descobertas profissionais.“Não esqueceremos nossos pri-meiros pacientes, as cirurgias.Sentimos na pele o que é ser en-fermeiro de verdade”, ressalta-ram em discurso.

A professora adjunta MariaAlice Ornellas Pereira, paraninfada turma, reforçou a necessida-

de do aprender constante, aindamais em uma área que ofereceo bem-estar aos pacientes. Alémdisso, em um ‘conselho’ aos for-mandos discorreu sobre a res-ponsabilidade da profissão. “Evi-dencia-se a necessidade do en-fermeiro em aprender. Por se con-siderar os aspectos éticos, o cui-dado consiste em lidar com o res-

peito ao ser humano”, declarou.Já Heloísa Wey Berti, além

de definir o perfil do enfermei-ro, falou sobre o início do cur-so e os motivos que o levarama ser criado no final da décadade 1980. “No início do Hospitaldas Clínicas, o cuidado em en-fermagem era prestado por lei-gos que recebiam treinamento

específico. Eram pessoas de-dicadas e comprometidascom o trabalho. No entanto,precisávamos qualificar nos-sos profissionais de formaadequada, com nível superi-or”, enfatizou.

O juramento dos forman-dos foi da aluna Tatiane Ber-tholdo Barbosa. Após a entre-ga simbólica dos diplomas ehomenagens aos pais, a ceri-mônia encerrou-se com a pas-sagem da lâmpada, símbolo docurso de enfermagem.

Profa. Heloísa Wey Berti ressaltou a missão do enfermeiroProfa. Heloísa Wey Berti ressaltou a missão do enfermeiroProfa. Heloísa Wey Berti ressaltou a missão do enfermeiroProfa. Heloísa Wey Berti ressaltou a missão do enfermeiroProfa. Heloísa Wey Berti ressaltou a missão do enfermeiro

Paraninfa da turma, Profa. Maria Alice enfatizou o aprenderParaninfa da turma, Profa. Maria Alice enfatizou o aprenderParaninfa da turma, Profa. Maria Alice enfatizou o aprenderParaninfa da turma, Profa. Maria Alice enfatizou o aprenderParaninfa da turma, Profa. Maria Alice enfatizou o aprender

Familiares e amigos presentes ao evento no La SalleFamiliares e amigos presentes ao evento no La SalleFamiliares e amigos presentes ao evento no La SalleFamiliares e amigos presentes ao evento no La SalleFamiliares e amigos presentes ao evento no La Salle

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17ª turma de enfermeiros: emoção e conquista17ª turma de enfermeiros: emoção e conquista17ª turma de enfermeiros: emoção e conquista17ª turma de enfermeiros: emoção e conquista17ª turma de enfermeiros: emoção e conquista

“Não cuidamos“Não cuidamos“Não cuidamos“Não cuidamos“Não cuidamosda doença,da doença,da doença,da doença,da doença,mas do paciente.”mas do paciente.”mas do paciente.”mas do paciente.”mas do paciente.”

NNNNNÚMEROSÚMEROSÚMEROSÚMEROSÚMEROS

O curso de graduação em enfermagem oferecido pela FMB completa20 anos em 2009. Formou ao longo destas duas décadas 348 enfer-meiros, 78 aprimorandos e 25 mestres em enfermagem desde 2005.

Passagem da lâmpada: símbolo máximo do cursoPassagem da lâmpada: símbolo máximo do cursoPassagem da lâmpada: símbolo máximo do cursoPassagem da lâmpada: símbolo máximo do cursoPassagem da lâmpada: símbolo máximo do curso

Entrada dos formandos emocionou o público presenteEntrada dos formandos emocionou o público presenteEntrada dos formandos emocionou o público presenteEntrada dos formandos emocionou o público presenteEntrada dos formandos emocionou o público presente

As oradoras da turma, Gabriela Dorth e Rafaela PenedoAs oradoras da turma, Gabriela Dorth e Rafaela PenedoAs oradoras da turma, Gabriela Dorth e Rafaela PenedoAs oradoras da turma, Gabriela Dorth e Rafaela PenedoAs oradoras da turma, Gabriela Dorth e Rafaela Penedo

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NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008

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Discurso das oradoras da XVII turma de enfermeirosDiscurso das oradoras da XVII turma de enfermeirosDiscurso das oradoras da XVII turma de enfermeirosDiscurso das oradoras da XVII turma de enfermeirosDiscurso das oradoras da XVII turma de enfermeiros

Senhor Diretor, Autoridades pre-sentes, Senhores Membros da Con-gregação, Senhoras e Senhores, Que-ridos Colegas. Boa Noite!

B- 19, 20 e 21 de dezembro de 2004.Alguém se lembra dessas datas?

Trinta pessoas de locais distintos doBrasil, com um mesmo objetivo elimi-naram milhares de outros concorrentes.E foi a partir dessas datas que um desti-no estaria preparado para nós: XVII tur-ma de Enfermagem da UNESP de Botu-catu. E aqui estamos.

X- Tudo começou com a nossa vindapara cá. Casa nova; vida nova e começan-do a caminhar sozinhos.

Na Universidade: o primeiro trote, aprimeira aula de morfo no IB, a primeiraprova, o primeiro provão, a primeira bala-da, a primeira briga coletiva, o nosso pri-meiro amigo secreto.

B- Começamos então, a descobrir ami-zades que durariam uma vida toda.

Na Enfermagem as descobertas forammuitas. O primeiro paciente, as práticas nolaboratório com a Rosinha, o primeiro tra-balho científico, o primeiro parto com a Line a primeira cirurgia.

X- Mesmo no esperado e temido quar-to ano as descobertas ainda aconteceram.O Hospital Psiquiátrico, as UBSs, até sentirna pele o que era ser um Enfermeiro deverdade e então, estaríamos muito próxi-mos da realidade.

B- A XVII é composta por muitas per-sonalidades infinitamente distintas. Cadaqual com suas manias, seu jeito, sua es-sência. E numa proporção desequilibrada:27 mulheres para 2 homens e cada qualmerece sua homenagem.

X- Gostaríamos de iniciar as ho-menagens aos nossos colegas pela100-Graça (Talita). Ela é uma pessoade bem com a vida, sempre deixandoas coisas acontecerem... por elas mes-mas, exceto pelo início da manhã,quando está um pouco... digamos...meio mal humorada. Também quere-mos parabenizá-la por ter chegado atempo para a cerimônia da formatura.Um excelente começo para a sua vidaprofissional, 100!

B- Pôia (Mariana Vulcano) – A Pôia,por sua vez, é impressionante por doisprincipais motivos: (1) Conseguir copiar amatéria de Obstetrícia da Profa. CristinaParada [aqui presente] em uma revistinhade palavras cruzadas e ainda foi bem na

prova; (2) Se alguém invadir o seu ORKUT,desconfie dela... A Pôia é a HACKER da sala.

X- Gama-Ki (Valéria) – Uma pessoa ale-gre, prestativa, participativa e amiga. Sem-pre envolvida com seus projetos em saúde,podemos perceber que dará uma excelenteEnfermeira Social. Porém nunca [NUNCA]acorde-a ou fale com ela na hora do JornalNacional pois ela fará todas essas caracte-rísticas desaparecerem RAPIDAMENTE.

B- Fórceps (Bruna Nogueira) - “Madein Estância Turística de Avaré” a cidadeque ela defende ser ideal para se viver.Tanto é que ATENÇÃO: este é o 1° final desemana que ela passa em Botucatu. Dedi-cada e estudiosa. Fazia qualquer negóciopara não pegar provão. Afinal, era primor-dial voltar para Avaré e curtir seu final desemana sem preocupações.

X- Pilék (Tatiane) – A pessoa carenteda sala. Nós queremos te dar 2 certezas:(1) nós te amamos; (2) Acalme-se, vocêvai encontrar o seu princípe encantado,uma pessoa à sua altura, ou seja, um pou-quinho mais alto. Ah... temos mais algunsrecadinhos:

-A sua roupa está linda. O seu cabelotambém.

-Sim, Pilék... se eu fosse homem eu tepegaria na balada.

B- Dory (Rosângela) – Você está sem-pre pensando em ir para a casa. Parece quePiracicaba tem um imã irresistível!!!!! Aindabem que você é inteligente pois nós temosa seguinte inquietação: qual é a sua estraté-gia para tirar boas notas sendo que a VÁR-ZEA impera no seu dia-a-dia? Pois bem...conta o segredo aí garota bem-sucedida!!!!

X- Kanja (Ana Carolina 3) – Trouxe suacidade para o mapa: Sertãozinho. A Kanja éuma pessoa que se contenta com duasalegrias nessa vida: chocolate e TELEFONE!Porque coçar e falar é só começar. Pessoadivertida e estabanada. Aliás aí vão dois con-selhos para esta noite: cuidado para nãoderrubar nada, nem ninguém e cuidado paranão cair...

B- Orindiúva (Eliane) – É a enfermeiramais bióloga que eu conheço. Confessoque fiquei um pouco... chateada em por terEstáfilo no meu nariz... mas foi legal ter con-tribuído com a ciência. Você é dedicada,companheira e guerreira. Levou o nome deOrindiúva a locais nunca dantes citados!!!

X- K-Popi (Érica) – Um toque nipônicona sala. Carinhosa, atenciosa, discreta. É aenfermeira mais artista que eu conheço.Quem não tem pelo menos 1 origami da K-Popi? Sem contar as suas “mãos de fada”como massagista. Todo mundo já teve al-gum torcicolo resolvido pelas habilidadesda garota. Siga em frente e olhe: você temum futuro brilhante nas terapias alternativas.

B-Tubbie (Maíra) – Garota privilegiadaessa! Renegada dona de um pandeiro sen-

sacional. Parabéns por 3 motivos: (1) Pelopandeiro, é claro; (2) Pela gargalhada delici-osa que você tem, inclusive nos momen-tos de tensão. Se não é engraçado, torna-se; (3) por ser a única pessoa capaz decontrolar os acessos nervético-revoltosos efrenéticos da Coxinha.

X- Coxinha (Ana Carolina 1) – Pes-soa em questão na fala anterior. Politiza-da, líder e um ‘pouquinho’ teimosa.Ah... escandalosa também! É menospelos acessos frenéticos e mais pelosargumentos que nos convence que oimprovável é possível e realizável. Alémde tudo é Renegada também!

B- Uni-Sex (Bruna Moura) – A paraensedos olhos d’água. Dona de uma personali-dade forte. É meiga, amiga, lutadora e Re-negada. Não dispensa uma balada de for-ma alguma, pois além de estudar, tem quese divertir também. Quem vai se esquecerdo grande sorriso da Uni?

X- Di-Todas (Marcelo) – Quem disse quea enfermagem não tem homens? Temosum que é “di-todas”. Loiro, bom moço, boapinta, engajado e ainda enfermeiro. É bala-deiro, costuma contar umas “piadinhas meioengraçadas”. É o atleta ouro do basqueteda enfermagem da Unesp no interenf. Alémde enfermeiro e atleta é cozinheiro. Faz um

kibe de forno delicioso.B- Ktotinha (Selma) – É o outro toque

nipônico da sala. Sempre a primeira a co-meçar a bater palmas e a última a parar.Agora é a nossa vez de bater palmas paravocê Ktota. Ela é companheira, prestativa ealém de tudo os seus seminários são sem-pre os mais animados, ninguém dorme!Nem a Xuranha.

X- Xuca (Juliana) – Xuca... aí vai umconselho: chega de chorar, né? Você vaisair inchada nas fotos. Essa carinha de bra-va é fachada, na verdade ela é superemoti-va, uma mantegona. Super amiga e presta-tiva... e baladeira também! Será a nossa en-fermeira-curandeira: plantas, corpo e men-te. O futuro das plantas medicinais. E semchorar, hein Xuca!

B- Perereca (Ana Carolina 4) – Nossabauruense pé-de-chumbo. Nem sonhe em“dar um fora” perto dela. Você será marca-do pelo resto de sua vida. Alegria contagi-

GABRIELA DE OLIVEIRA DORTH

ante, você não consegue parar de rir nunca.Às vezes até passa mal... ou passa vergo-nha. É uma pessoa observadora, persisten-te e é poliglota. Simplesmente MARA!

X- Tíbia (Ana Carolina 4) – Nativa de FRÃN-CA. Uma quase mineira. Curte contar uns“CAUSOS” e ditos populares como: “Nossa!Tô mais perdida que cego em tiroteio, BULA-CHA em boca de BANGUELO e cueca emlua-de-mel”. Inteligente, esforçada e engaja-da em seus projetos. O orgulho da sala. Ah...sem falar que é violeira e cantora também.

B- CQ_Sabe - Tienne (vulgo Tilene) –Não poderíamos deixar de colocar a Tile aolado da Tíbia. Se elas não se separaram du-rante 4 anos, não é no discurso que ficariamseparadas!? Batman e Robin. Essa garotatem muitos méritos. Ela não faltou. Ela nãodormiu, nem cochilou. Heroína da Resistên-cia. Estudiosa e determinada. Você conse-guiu, Tile!

X- Bady Bassitt (Gabriela) – É botu-cuda,mas não é original. É importada da capital.Bastante crítica e politizada, inteligente e es-forçada. Praticamente fistulizada nos estu-dos... MAS... TODAS essas características sófuncionam se ela não está com fome. Elanão pensa com a barriga vazia. Não é Bady?Tem um senso de humor incrível. Todo mun-do na mão dela vira uma piadinha.

B- Adivinhe quem é! Uma coisa que dána cerca o ano inteiro e AI se vocês rirem... Éa Xuxu (Luciana)! Visualizem: final da aula... omaior cansaço... os professores diziam: “Al-guém quer comentar alguma coisa?” Adivi-nha quem sempre levantava a mão? Umapersonalidade marcante, comunicativa... en-fim, uma garota de PEITO! Não leva desaforopara casa. Bobiou? Ferraduras Jundiaí neles.

X- Nem-Pensá (Iara) – Pessoa ímpar; pri-vilegiada por ser única da sala a possuir olhosazuis e castanhos concomitantemente. SIN-TAM INVEJA! Dona de uma personalidadevibrante. Sempre marca discussões com suasopiniões incontestáveis... e ao mesmo tem-po é muito companheira, compreensiva eamiga. CONTE COM ELA SEMPRE!

B- MM’s (Jane) – É a mineira original da sala!Especialista em pães de queijo. Parece quieti-nha, mas nunca se acomoda perante iniquida-des... sempre advoga em favor do paciente.Além disso também desenvolveu uma maneiraadmirável de se comunicar com o namorado àdistância, praticamente um código morse daatualidade... APRENDAM:

- 1 “toquinho: estou pensando em você;- 2 toquinhos: estou brava com você;- 3 toquinhos: eu te amo;X- Spock (Mariana Alice) – Você é bonita,

inteligente, dedicada... Não se preocupe comseu futuro amoroso. Você vai arrumar um mari-do gato e inteligente, ou seja, à sua altura. Vocênão vai ficar para titia. OBSERVAÇÃO: nós le-mos isso no seu horóscopo hoje de manhã.Ah... e parabéns, pois agora você é uma enfer-meira e um dia será igual à WANDA AORTA!

B- ToD-4 (Caio) – Os outros 50% da por-ção masculina da sala. Também é atleta ouro

RAFAELA MOSSARELLI PENEDO

Discurso daDiscurso daDiscurso daDiscurso daDiscurso da patrona patrona patrona patrona patrona da XVII turma de enfermeiros da XVII turma de enfermeiros da XVII turma de enfermeiros da XVII turma de enfermeiros da XVII turma de enfermeirosPROF. HELOÍSA WEY BERTI

Saúdo as autoridades aqui pre-sentes, as senhoras, os senhores,os jovens, as crianças e os queri-dos formandos.

Primeiramente quero agradecê-lospela honra que me concedem de serpatrona da turma de vocês.

Hoje estou muito feliz com vocês epor vocês. Olhando para cada um eume lembro de mim mesma. Também jáfui assim como vocês são hoje.

Recentemente encontrei uma co-lega de turma que me fez relembrarvários episódios do meu tempo de alu-na de enfermagem, e confesso queessas lembranças também me trouxe-ram imensa saudade de mim mesma.

Sabem, comecei a trabalhar aquiem Botucatu no dia seguinte da minhaformatura lá em Ribeirão Preto. Estavacom 21 aninhos. Naquela época nossohospital tinha apenas 50 leitos e eu fuidesignada para trabalhar nas enfer-marias que então existiam: pediatria,ala feminina e ala masculina; não havi-am estabelecido ainda as divisões porespecialidades. Eu morava no próprioHospital das Clínicas da UNESP, numaala onde hoje está a enfermaria de con-vênios. À noite, olhando para fora só sevia uma escuridão. Eu não tinha carro,não tinha televisão, assim, para meu la-zer, arranhava um violão para uma tole-rante e paciente platéia de pessoas in-ternadas no hospital.

Vou contar um segredinho paratodo mundo que está aqui hoje: Nopróximo dia 9 de dezembro completa-rei 40 anos de trabalho aqui na Facul-dade de Botucatu.

Gente! O que é isto, 40 anos? Masparece que foi ontem! Faço a mim amesma indagação que a filósofa DulceCritelli se fez meses atrás: “Onde estiveenquanto vivia minha vida?”

Afinal, o que é esse Chronus, essetempo cronológico? Para que ele ser-ve? Será que o tempo cronológico sóserve para me indicar que se aproximao momento em que deverei sair de cena?Esta pergunta me remete a outra ques-tão: será que aproveitei bem o meu tem-po? Esse tempo que passa tão rápido,que é tão escasso? Como foi o meu tem-po, não o Chronus, mas o Kairós, que éo tempo vivido? Será que não desperdi-cei tempo demais com preocupaçõestolas, ou remoendo rancores, ou tendoatitudes dogmáticas que limitam e nadaconstroem?

Queridos formandos, durante nos-so tempo vivido, muitas vezes nossa vidase desorganiza. Mas eu também apren-di que é na desordem que surge a pos-sibilidade de uma nova ordem.

Como seres vivos, somos todos vul-neráveis, suscetíveis de sermos feridos aqualquer momento da nossa existência.As feridas nos fragilizam sim, a gente sesente fraca..., porém, é na fragilidadeque conhecemos a solidariedade e po-demos perceber uma realidade, apa-rentemente paradoxal, que foi aponta-

da com grande inspiração pelo apósto-lo São Paulo: “Quando estou fraco, aíentão é que sou forte.”

E a gente vai abrindo nosso cami-nho em direção a uma nova ordem commais coragem, ousadia e vigor. Com es-perança, vamos cultivando sonhos... enos empenhando para realizá-los.

Eu ainda não realizei muitos dosmeus sonhos. Vou contar a vocês ape-nas um deles.

No início do meu trabalho no Hospi-tal das Clínicas de Botucatu o cuidadode enfermagem era prestado predo-minantemente por leigos: os atenden-tes. Eles não tinham nenhuma forma-ção profissional, apenas recebiam umtreinamento inicial e algumas recicla-gens em serviço. Ressalto que erampessoas muito dedicadas, comprome-tidas com o trabalho, responsáveis,maravilhosas. Lembro-me com sauda-de de todos os atendentes com os quaistrabalhei nos meus primeiros anos deprofissão e também com profundo re-conhecimento pelo trabalho que desen-volveram junto aos doentes.

Entretanto, faltava-lhes uma forma-

ção que lhes possibilitasse desempe-nho mais consciente e seguro.

Anos depois, por incentivos diver-sos, os atendentes se profissionalizaram,uns como técnicos de enfermagem,outros como auxiliares de enfermageme outros como enfermeiros.

Pois bem, meu sonho é ver chegaro dia em que todos os profissionais queprestam assistência de enfermagem se-jam enfermeiros, assim como os profis-sionais que prestam assistência médicasão médicos, os que prestam assistên-cia odontológica são dentistas... É difícilentender isto que acontece com a gen-te até hoje.

A população também não entende,por isso é que quando dizemos quesomos enfermeiros muitos nos pergun-tam: você é enfermeiro ou enfermeiropadrão?

Vocês sabem que eu sempre respon-do: enfermeira, até porque não existe essaprofissão chamada enfermagem-padrão.

Pois é, este sonho não pode serrealizado ainda por conta de algu-mas raízes históricas de discrimina-ção e preconceito ligados à nossaprofissão, mas também por políticasque não priorizam a saúde, nem aeducação, nem a formação de re-cursos humanos mais qualificadospara cuidar da saúde das pessoas.

Eu disse cuidar da saúde e não dadoença, porque na enfermagem nãodiagnosticamos doenças, não cuida-mos da doença que o doente tem, masdo doente que tem a doença e, sobre-tudo, cuidamos da saúde. Nisto nada édetalhe, tudo é fundamental.

Nestes tempos vividos convivemos

TTTTTrinta pessoas de locaisrinta pessoas de locaisrinta pessoas de locaisrinta pessoas de locaisrinta pessoas de locaisdistintos do Brasil, comdistintos do Brasil, comdistintos do Brasil, comdistintos do Brasil, comdistintos do Brasil, comum mesmo objetivo. E foium mesmo objetivo. E foium mesmo objetivo. E foium mesmo objetivo. E foium mesmo objetivo. E foia partir dessa data quea partir dessa data quea partir dessa data quea partir dessa data quea partir dessa data queum destino estaria prepa-um destino estaria prepa-um destino estaria prepa-um destino estaria prepa-um destino estaria prepa-rado para nós: XVII turmarado para nós: XVII turmarado para nós: XVII turmarado para nós: XVII turmarado para nós: XVII turmade Enfermagemde Enfermagemde Enfermagemde Enfermagemde Enfermagem

do basquete no interenf. Garoto brinca-lhão, apaziguador de conflitos e compa-nheiro. É baladeiro e namorador. Atura amulherada da sala com boa vontade. Va-leu Toady e desculpa aí pelos papos dechapinha, maquiagem e lingeries!

X- Pi-nóia (Fabiana) – Botu-cuda ori-ginal. Pessoinha pequenininha, mas sóde tamanho, porque ela tem o coraçãoenorme. Se as meninas que estão forade casa precisam de algo, é só recorrer àPi-nóia que ela faz de bom coração. Eagora nós temos um último recado paravocê, a última lição do curso: – Qual é adiferença entre um chip de celular e umabituca de cigarro?

B-Analfa-² (Claudia) – Essa garota é defibra, muito esforçada e dedicada à enfer-magem. É prestativa e também tem umcoração de mãe (sempre cabe mais um).Além de tudo ela tem 2 grandes méritosnesta sua trajetória: (1) comer de 1 em 1hora e continuar com um corpinho de bai-larina e (2) conviver com o mau-humormatinal da 100-graça com muito bom hu-mor. Parabéns Claudinha!

X- K-Vada (Aryana) – Sempre tranqui-la, na paz, na boa. Não vale a pena seestressar, ficar nervoso, né Ká. A vida deveser vivida sem atropelamentos, cada ta-refa no seu tempo: hora da balada, horade descansar e hora de estudar. Aliás,essa estratégia a fez ser dona de um His-tórico impecável. A K-Vada é nota 10... esempre na Boa.

B- Xuranha (Rafaela) – A limeirensecara-de-brava da turma. Você pode atéachar que ela está dormindo na aula, eELA ESTÁ MESMO. E quando acorda, ele-va o nível da discussão com uma dessa:“Ah...mas é claro que a Cannabis sativafaz mal... a combustão do fitocompostoproduz substâncias tóxicas ao organis-mo”. Era mais fácil falar que a maconhafaz mal né Xuris! Inteligente, sempre parti-cipa com suas opiniões fortes... Enfim: sevocê é meio obnublado, você não vai en-tender a Xuris.

X- Pensou que agente esqueceu devocê, né, Michelle? Thônira A funqueira dasala! Menina prodígio! Adentrou a univer-sidade com apenas 17 aninhos. E ela nãoé apenas jovem, mas tem um espírito jo-vem. Devagar e sempre é o seu lema. Mas,não podemos deixar de dar o último reca-do da noite: Tchô, a cerimônia ainda nãoacabou, tá? Não pode sair antes... se vocêsair não se forma... não vai embora, hein!

E assim a XVII caminha, unida, apesarda distância. Porque laços nos mantive-ram unidos durante quatro anos e conti-nuarão mantendo, porque são ETERNOS.

Então, digamos até breve!E o que nós Xuranha e Bady de-

sejamos a vocês são: FELICIDADES,PAZ E MUITO SUCESSO.

Parabéns por mais essa grandevitória!

com inúmeras contradições, de umlado o desenvolvimento tecnológicovertiginoso, de outro as enormes ini-qüidades; de um lado a crescente eintensa concentração de renda e deoutro a miséria, a exclusão, a corrup-ção, a violência...

Com tudo isso, a vulnerabilidadese intensifica, ao mesmo tempo emque apela para o dever e para o en-frentamento do desafio ético de res-peito ao outro, de seguir o preceitobíblico de intersubjetividade que sig-nifica fazer ao outro aquilo que gosta-ria que fosse feito a nós, reconhecen-do em nós mesmos a parte que per-tence aos outros.

Queridos alunos, nestes últimosquatro anos compartilhamos nossas exis-tências, aprendemos uns com os ou-tros e agora nos afastaremos fisicamen-te, seguindo diferentes caminhos, em-bora com objetivos muito semelhantes.

Mas seguiremos entendendo quetudo é nosso, sempre esteve em nós,que somos semente, ato, mente evoz... e assim... vamos redescobrir osabor da festa...

Como se fora brincadeira de roda,memória

Jogo do trabalho na dança dasmãos, macias

O suor dos corpos na canção davida, história

O suor da vida no calor de irmãos,magia...

Que todos nós aprendamos acontar os nossos dias de tal maneiraque alcancemos um coração sábio.

Um beijo em todos vocês.Muito obrigada

No início do meu trabalhoNo início do meu trabalhoNo início do meu trabalhoNo início do meu trabalhoNo início do meu trabalhono Hospital das Clínicasno Hospital das Clínicasno Hospital das Clínicasno Hospital das Clínicasno Hospital das Clínicasde Botucatu o cuidado dede Botucatu o cuidado dede Botucatu o cuidado dede Botucatu o cuidado dede Botucatu o cuidado deenfermagem era prestadoenfermagem era prestadoenfermagem era prestadoenfermagem era prestadoenfermagem era prestadopredominantemente porpredominantemente porpredominantemente porpredominantemente porpredominantemente porleigos: os atendentesleigos: os atendentesleigos: os atendentesleigos: os atendentesleigos: os atendentes

Page 12: Jornal da FMB nº8

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NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008NOVEMBRO 2008

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EEEEESPÍRITOSPÍRITOSPÍRITOSPÍRITOSPÍRITO N N N N NATALINOATALINOATALINOATALINOATALINO

O Hospital das Clínicas (HC)da Faculdade de Medicina deBotucatu/Unesp (FMB) já estáno clima do Natal. Quem pas-sou pelo corredor central daunidade nos últimos dias pôdeperceber algumas mudanças,como pintura, melhorias emjardins e no espaço onde fi-cam a capela e o templo ecu-mênico.

Mas as novidades não pa-ram por aí. Em alguns dias,poderão ser vistas árvores deNatal iluminadas, guirlandas,flores, presépios e até um sinogigante, que foi pendurado nocentro do boulevard - entradaprincipal do HC - simbolizan-do a anunciação do nascimen-to de Jesus Cristo. A iniciativaé da Superintendência do hos-pital e toda a confecção dos

HC se prepara para entrar no clima de NatalHC se prepara para entrar no clima de NatalHC se prepara para entrar no clima de NatalHC se prepara para entrar no clima de NatalHC se prepara para entrar no clima de Natal

Dezenas de pessoas, entrepacientes, médicos, docentes eusuários do Hospital das Clínicas(HC) da Faculdade de Medicinade Botucatu/Unesp (FMB) assis-tiram, na tarde do dia 2 de de-zembro, à apresentação da Or-questra Limiar, sob a regência domédico, maestro e compositorSamir Wady Rahme. O concertofaz parte do projeto “Música nos

Hospitais”, promovido pela APM(Associação Paulista de Medici-na) e pela sonofis-aventis, em par-ceria com o Ministério da Cultu-ra. Em Botucatu, a organizaçãoficou a cargo do Grupo Técnicode Desenvolvimento em Recur-sos Humanos da FMB (GTDRH).

A apresentação teve uma pro-gramação musical especial deNatal. O público pôde conferir pe-ças como: Allegro da PequenaSerenata Noturna (W.A. Mozart –

1756/1791), Prelúdio das Bachi-anas n.4 (H. Villa-Lobos – 1881/1959), Allegro do Concerto deBrandenburgo n.3 (J.S. Bach1685/1750) entre outras.

Formada por jovens músicosde cordas, a Orquestra Limiarconta com vasto repertório, in-cluindo peças compostas paraessa formação. Além de promo-ver a popularização da músicaerudita e estimular a formação dejovens instrumentistas brasileiros,o “Música nos Hospitais” tem porobjetivo proporcionar ao corpo

clínico, funcionários e principal-mente aos pacientes momentos deconforto na rotina nos hospitais.

Segundo o regente da Or-questra do Limiar, levar músicaaos hospitais vai além de tornarmais humanizada a rotina das ins-tituições. “Significa oferecer umremédio poderoso para as almasde todos os participantes”, resu-me Rahme.

Desde 2004, a iniciativa já con-tabiliza 49 apresentações e maisde 11 mil beneficiados, entre mé-dicos pacientes, colaboradores

e visitantes das insituições de saú-de. A orquestra ainda se apresen-tou no Hospital Municipal do M.Boi Mirim – Dr. Moysés Deutsch,em São Paulo e na Irmandadeda Santa Casa de Misericórdia deSão Paulo, também na Capital.

Música nos HospitaisMúsica nos HospitaisMúsica nos HospitaisMúsica nos HospitaisMúsica nos Hospitais encanta pacientes do HC encanta pacientes do HC encanta pacientes do HC encanta pacientes do HC encanta pacientes do HC

PPPPPacientes atendidos pela Casa deacientes atendidos pela Casa deacientes atendidos pela Casa deacientes atendidos pela Casa deacientes atendidos pela Casa deApoio enfeitam árvore de NatalApoio enfeitam árvore de NatalApoio enfeitam árvore de NatalApoio enfeitam árvore de NatalApoio enfeitam árvore de Natal

O espírito natalino esteve pre-sente com a montagem no dia18 de novembro, de uma árvo-re de Natal na recepção do Hos-pital das Clínicas, vinculado àFaculdade de Medicina de Bo-tucatu/Unesp (FMB).

A árvore foi enfeitada por usuá-rios da Casa de Apoio a Adultos,mantida pela Fundação do Desen-volvimento Médico Hospitalar (Fa-mesp). Ao todo, foram colocados50 papais-noel e 20 bonecos de

neve confeccionados, por eles, apartir de lâmpadas descartadas nopróprio hospital.

Conforme Suzana Bruder Sil-veira Gorayb, enfermeira respon-sável pelo CDI (Centro de Diag-nóstico por Imagem), a monta-gem da árvore concretiza os re-sultados obtidos pelas oficinasde artesanato realizado por vo-luntários na Casa de Apoio.

“Trabalhamos semanalmentecom artesanato como forma de

enfeites é feita pelos funcioná-rios do Setor de Manutenção,sob coordenação da arquite-ta Ana Terruel.

Os adereços, que têmcomo objetivo proporcionar umnovo ambiente para os usuári-os do hospital neste períododo ano, foram colocados nocorredor central, em espaçosde jardins, na área onde estãoo templo ecumênico e a cape-la, no boulevard, no corredorda UTI (Unidade de Terapia In-tensiva) e também na entradada diretoria da FMB.

Diariamente, os funcionári-os da manutenção têm se de-dicado à preparação do ma-terial. Tudo é feito manualmen-te. As árvores têm presentessimbólicos em sua base, asguirlandas foram enfeitadas

com bolas, estrelas, pinhas,folhas e outras peças colori-das. Em cada ponto ondeeles forem colocados haveráiluminação.

A pintura do corredor cen-tral, que será refeita, terá tonsque variam entre verde, pas-sando pelo bronze até o bran-co neve. Em um jardim quefica também no corredor cen-tral a cor escolhida pela ar-quiteta Ana Terruel foi a ter-racota (tom semelhante aoda terra) para contrastar como verde da vegetação.

Além disso, na área do tem-plo ecumênico as “pingadeiras”de cerâmica (que ficam no ro-dapé dos vitrôs) estão sendosubstituídas por granito naturale serão colocados refletoresque ficarão embutidos no chão.

Enfeites podem ser vistos pelas instalações da FMB e do HCEnfeites podem ser vistos pelas instalações da FMB e do HCEnfeites podem ser vistos pelas instalações da FMB e do HCEnfeites podem ser vistos pelas instalações da FMB e do HCEnfeites podem ser vistos pelas instalações da FMB e do HC

amenizar o tratamento pelo qualpassam, no Hospital das Clíni-cas, os pacientes que utilizam aCasa de Apoio a Adultos. Háessa ajuda oferecida e os paci-entes pretendem agradecer todaessa dedicação que os servido-res têm para eles”, ressalta.

A Casa de Apoio a Adultosfunciona desde 2006 em RubiãoJúnior, distrito de Botucatu (238km de São Paulo) e oferece as-sistência a pacientes dos servi-ços de quimioterapia, radiote-rapia, hemodiálise e a mãesacompanhantes de crianças emtratamento oncológico.