jornal da fmb nº 13

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Inserção que vem do papel Página 12 Novos gestores assumem comando do HEB e Hospital das Clínicas Administração de duas unidades mantidas pela FMB/Unesp passam a contar com novas administrações. Prof. Emílio Curcelli terá mandato até 2011 à frente do HC. Antero de Miranda assume HEB. Páginas 2, 3 e 4 Assinatura do termo de posse. Solenidade reuniu autoridades e comunidade unespiana Enfermagem celebra seus 20 anos com homenagens Vigilância do câmpus tem novas viaturas Página 10 Duas décadas de aprendiza- do, lutas e vitórias. Dia 8 de maio de 2009, a Faculdade de Medici- na de Botucatu/Unesp esteve em festa, em comemoração aos 20 anos do início das atividades aca- dêmicas do curso de Enferma- gem. Além do descerramento de uma placa no departamento do curso, onde em frente também foi plantada uma árvore, houve exposição de fotos históricas com alunos, docentes e servi- dores. Estiveram presentes às solenidades, além de autorida- des locais e representantes da Graduação em Enfermagem, duas professoras que colabora- ram para a implantação do cur- so. Páginas 8 e 9 Brigada de Incêndio é criada e oferece segurança à FMB e HC Sessenta pessoas conclui- ram o curso de “Brigadista de Incêndio” promovido pela Fa- culdade de Medicina de Bo- tucatu/Unesp (FMB) e Hospi- tal das Clínicas (HC), minis- trado pelo Senai (Serviço Nacional da Indústria) de Bo- tucatu e articulado pelo Faculdade de Medicina e HC capacitam servidores para integrarem Brigada de Incêndio GTDRH - Grupo Técnico de Desenvolvimento de Recur- sos Humanos. A equipe de brigadistas é composta por 40 colaborado- res da Unesp/Famesp e 20 da empresa Centro Saneamento e Serviços Avançados Ltda. Página 11 FMB recebe maior evento em plástica ocular do país A Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) sediou, entre os dias 15 e 16 de maio, o principal evento do ano na área de plástica ocular. No Salão Nobre da instituição, foi realizado o Simpósio da SBCPO (Socie- dade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular, Órbita e Vias Lacrimais), com a participa- ção de profissionais de oftal- mologia de todo o Brasil. A SBCPO e o Centro de Estu- dos de Oftalmologia da facul- dade prepararam uma progra- mação com palestras, aulas teóricas, atividades práticas e curso de tópicos específi- cos. Página 4 Estudo alerta alcoolismo em estudantes Parte de um projeto de pes- quisas sobre o estilo de vida e o consumo de álcool e drogas dos estudantes das escolas de Botu- catu, um levantamento feito em 2008 com estudantes dos ensi- nos fundamental e médio, mos- trou que, em média, 40% dos alu- nos do ensino médio são consu- midores regulares de bebidas al- coólicas, sendo que 13% deles já estão bebendo numa faixa de risco. Mostrou ainda que 7% des- ses estudantes já consumiram al- gum tipo de outra droga, alguma vez na vida. Página 12 Joel Spadaro será titulado professor emérito Página 2 Encontro de ex-alunos reúne mais de 300 Página 6 Autarquização do HC volta a ser debatida Com o auditório do Departa- mento de Patologia lotado, a di- reção da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), Fa- mesp (Fundação para o Desen- volvimento Médico e Hospitalar) e Hospital das Clínicas (HC), promoveram na manhã do dia 15 de maio, reunião sobre o proje- to de transferência de gestão do HC para a Secretaria de Es- tado da Saúde, em forma de autarquia. Superintendentes dos hospitais da USP e Uni- camp explicaram seus proces- sos de gestão. Página 7 FOTOGRAFIA AG

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junho de 2009

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Page 1: Jornal da FMB nº 13

Inserção quevem do papel

Página 12

Novos gestores assumem comandodo HEB e Hospital das ClínicasAdministração de duas unidades mantidas pela FMB/Unesp passam a contar com novas administrações.Prof. Emílio Curcelli terá mandato até 2011 à frente do HC. Antero de Miranda assume HEB. Páginas 2, 3 e 4

Assinatura do termo de posse. Solenidade reuniu autoridades e comunidade unespiana

Enfermagemcelebra seus20 anos comhomenagens

Vigilância docâmpus tem

novas viaturasPágina 10

Duas décadas de aprendiza-do, lutas e vitórias. Dia 8 de maiode 2009, a Faculdade de Medici-na de Botucatu/Unesp esteve emfesta, em comemoração aos 20anos do início das atividades aca-dêmicas do curso de Enferma-gem. Além do descerramento deuma placa no departamento docurso, onde em frente tambémfoi plantada uma árvore, houveexposição de fotos históricascom alunos, docentes e servi-dores. Estiveram presentes àssolenidades, além de autorida-des locais e representantes daGraduação em Enfermagem,duas professoras que colabora-ram para a implantação do cur-so. Páginas 8 e 9

Brigada de Incêndio é criada eoferece segurança à FMB e HC

Sessenta pessoas conclui-ram o curso de “Brigadista deIncêndio” promovido pela Fa-culdade de Medicina de Bo-tucatu/Unesp (FMB) e Hospi-tal das Clínicas (HC), minis-trado pelo Senai (ServiçoNacional da Indústria) de Bo-tuca tu e a r t i cu lado pe lo Faculdade de Medicina e HC capacitam servidores para integrarem Brigada de Incêndio

GTDRH - Grupo Técnico deDesenvolvimento de Recur-sos Humanos.

A equipe de brigadistas écomposta por 40 colaborado-res da Unesp/Famesp e 20 daempresa Centro Saneamentoe Serviços Avançados Ltda.

Página 11

FMB recebe maior eventoem plástica ocular do paísA Faculdade de Medicina

de Botucatu/Unesp (FMB)sediou, entre os dias 15 e 16de maio, o principal eventodo ano na área de plásticaocular. No Salão Nobre dainstituição, foi realizado oSimpósio da SBCPO (Socie-dade Brasileira de CirurgiaPlástica Ocular, Órbita e Vias

Lacrimais), com a participa-ção de profissionais de oftal-mologia de todo o Brasil. ASBCPO e o Centro de Estu-dos de Oftalmologia da facul-dade prepararam uma progra-mação com palestras, aulasteóricas, atividades práticase curso de tópicos específi-cos. Página 4

Estudo alertaalcoolismoem estudantes

Parte de um projeto de pes-quisas sobre o estilo de vida e oconsumo de álcool e drogas dosestudantes das escolas de Botu-catu, um levantamento feito em2008 com estudantes dos ensi-nos fundamental e médio, mos-trou que, em média, 40% dos alu-nos do ensino médio são consu-midores regulares de bebidas al-coólicas, sendo que 13% delesjá estão bebendo numa faixa derisco. Mostrou ainda que 7% des-ses estudantes já consumiram al-gum tipo de outra droga, algumavez na vida. Página 12

Joel Spadaroserá titulado

professor eméritoPágina 2

Encontro deex-alunos reúne

mais de 300Página 6

Autarquizaçãodo HC voltaa ser debatida

Com o auditório do Departa-mento de Patologia lotado, a di-reção da Faculdade de Medicinade Botucatu/Unesp (FMB), Fa-mesp (Fundação para o Desen-volvimento Médico e Hospitalar)e Hospital das Clínicas (HC),promoveram na manhã do dia 15de maio, reunião sobre o proje-to de transferência de gestãodo HC para a Secretaria de Es-tado da Saúde, em forma deautarquia. Superintendentesdos hospitais da USP e Uni-camp explicaram seus proces-sos de gestão. Página 7

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Page 2: Jornal da FMB nº 13

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JUNHO 2009

BAURU

Prof. Antero Macedo é o novo diretor do HEBO professor Antero Frederico

Macedo de Miranda, docente doDepartamento de Pediatria da Fa-culdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) assumiu, em 3 de ju-nho, para mandato de dois anos, adireção executiva do Hospital Esta-dual Bauru (HEB). De Miranda subs-titui o professor Emílio Carlos Cur-celli, que no dia 8 de junho assu-miu a Superintendência do Hospi-tal das Clínicas (HC) da FMB.

A cerimônia de sucessão foi re-alizada no auditório do HEB e con-tou com a presença de diversas au-toridades de Bauru e Botucatu. Ostrabalhos foram conduzidos pelo di-retor da Faculdade de Medicina deBotucatu/Unesp - que administra oHospital Estadual Bauru - professorSérgio Swain Müller. Ele, na ocasião,representou o reitor da Unesp, Her-man Jacobus Cornelis Voorwald. Ogovernador do Estado de São Pau-lo, José Serra, também enviou umofício parabenizando e desejandosucesso ao novo diretor.

Professor Sérgio Swain Müllerfez questão de enfatizar o sucessodo convênio de gestão firmado en-tre a Faculdade de Medicina de Bo-tucatu/Unesp (FMB) e Hospital Es-tadual Bauru desde 2002. "A FMBé, hoje, melhor que em 2002 porconta deste projeto. A Famesp (Fun-dação para o DesenvolvimentoMédico e Hospitalar) também cres-ceu muito com o relacionamentocom o HEB, já que teve que se es-pecializar para dar o suporte neces-sário, como para a contratação depessoal, por exemplo", disse.

Emocionado ao despedir-sedos funcionários do HEB, profes-sor Emílio Curcelli, que foi o ges-tor da unidade desde sua funda-ção, foi o primeiro a discursar. "Mu-danças, embora causem temor, in-segurança, são necessárias,transformam, oxigenam o ambien-te, corrigem rumos, criam novosconceitos", frisou. "Aprendi muito,fiz amigos, encontrei um terrenoforte", acrescentou.

Curcelli lembrou que quandoo hospital começou a funcionar ofe-recia apenas cinco especialidadese destacou, com orgulho, que hojejá são mais de 40. "Lembro-me da

Reitor:Reitor:Reitor:Reitor:Reitor: Herman Jacobus Cornelis VoorwaldVice-reitor:Vice-reitor:Vice-reitor:Vice-reitor:Vice-reitor: Julio Cezar Durigan

Faculdade de Medicina de BotucatuFaculdade de Medicina de BotucatuFaculdade de Medicina de BotucatuFaculdade de Medicina de BotucatuFaculdade de Medicina de Botucatu(www.fmb.unesp.br)

Diretor:Diretor:Diretor:Diretor:Diretor: Sérgio Swain MüllerVice-diretora:Vice-diretora:Vice-diretora:Vice-diretora:Vice-diretora: Silvana Artioli Schellini

Superintendente do HCSuperintendente do HCSuperintendente do HCSuperintendente do HCSuperintendente do HC: Antonio Rugolo JuniorVice-superintendente:Vice-superintendente:Vice-superintendente:Vice-superintendente:Vice-superintendente: Celso Vieira de Sousa Leite

Presidente da Famesp: Presidente da Famesp: Presidente da Famesp: Presidente da Famesp: Presidente da Famesp: Pasqual BarrettiVice-presidente:Vice-presidente:Vice-presidente:Vice-presidente:Vice-presidente: Shoiti Kobayasi

O Jornal FMBJornal FMBJornal FMBJornal FMBJornal FMB é uma publicação mensal dirigida ao público interno da Faculdadede Medicina de Botucatu/Unesp e das fundações, unidades médico-hospitalares e de

pesquisas a ela vinculadas. Sugestões, comentários e colaborações devem serencaminhadas à Assessoria de Comunicação e Imprensa da FMB/Unesp

pelos endereços [email protected] e [email protected].

Assessoria de Comunicação e Imprensa- Leandro Rocha (MTB-50357)Reportagens: Flávio Fogueral (MTB- 34927) e Leandro Rocha (MTB-50357)Fotografia: Flávio Fogueral, Leandro Rocha, Fotografia AG e Arquivo ACI/FMB

Diagramação: Flávio Fogueral

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

JOR

NA

L DA F

MB

Diretor da FMB, prof. Sérgio Müller assina o termo de transmissão de cargo em sessão solene

primeira cirurgia: correção de ore-lha de abano. Depois fizemos trans-plantes renais e até correções dedeformidades cardíacas", colocou.

O agora ex-diretor do HEB dis-se que deixa o cargo tranqüilo, porser sucedido pelo professor Ante-ro de Miranda, que ocupou cargosadministrativos na mesma institui-ção. "Mesmo assim, não saio coma sensação de dever cumprido,pois fiz apenas parte da minha par-te", comentou. Ao final, foi exibidoum vídeo, organizado pelos funci-onários do hospital, em homena-gem ao professor Curcelli.

Após ser empossado, De Mi-randa se comprometeu publica-mente a exercer a função com de-

dicação e transparência. Disse teraceitado o convite por acreditar ecompartilhar das ideias que per-mearam a gestão de Curcelli. En-tre suas principais metas, ele res-saltou que para otimizar aindamais o atendimento no HEB é fun-damental que a rede básica desaúde seja reestruturada.

Também está nos planos donovo diretor levar o HEB ao nível 3de Acreditação, nível máximo decertificação. “Esse salto do nível 2para o 3 é um salto muito maior doque do um para o dois. Agora, real-mente é exigido que os protocolossejam entendidos e aplicados commuito fundamento”, analisa.

Parafraseando MahatmaGandhi, o novo diretor do Hospi-tal Estadual Bauru, pontuou: "Sequisermos progredir, não deve-mos repetir a história, mas fazeruma história nova". Ao final doevento foi realizado um coquetelde confraternização.

Prof. Curcelli lembrou os esforços para consolidação do HEB

Novo gestor, De Miranda quer otimizar atendimento

OPINIÃO

Dia Nacional do Controlede Infecção Hospitalar

O Dia Nacional de Controle de In-fecção Hospitalar foi comemorado nodia 15 de maio. Esta data pretendeestimular os profissionais da área desaúde para atuação na prevenção eno combate a esta condição, que temimplicações humanas, sociais e eco-nômicas, pois, milhões de pessoaspor ano são infectadas em hospitaisem todo o mundo.

O Ministério da Saúde (PortariaGM/MS 2.616 de 1.998) considera In-fecção Hospitalar (IH) aquela adquiri-da após a admissão do paciente nohospital e que pode se manifestar du-rante a internação ou após a alta, ourelacionada a procedimento de riscorealizado na instituição. Atualmenteesta definição foi ampliada para In-fecção Relacionada a Serviços deSaúde.

O Hospital das Clínicas da FMBpossui Comissão Permanente deControle de Infecção Hospitalar eNúcleo de Controle de InfecçãoHospitalar há mais de 30 anos.

Dentre as atividades realizadasdiariamente pelo Núcleo estão a vigi-lância epidemiológica das IH, orienta-ção do uso de antimicrobianos (emconjunto com a Comissão de Contro-le do Uso de Antimicrobianos), treina-mento e reciclagem dos profissionaisda área de saúde (PAS) e implemen-tação das medidas de isolamento eprecauções, entre outras.

No HC – FMB a taxa de IH no anode 2008 foi de 4,9%, abaixo da reco-mendada pela Organização Mundial

de Saúde para um hospital com ascaracterísticas do nosso. As unida-des com maiores taxas foram as UTIs(de Adultos, Neonatal e Pediátrica).Amostras de Staphylococcus coa-gulase negativa, Klebsiella pneu-moniae, Staphylococcus aureus ePseudomonas aeruginosa foramagentes etiológicos predominantesnestas infecções. Neste ano as to-pografias prevalentes foram infec-ções respiratórias, do aparelho uri-nário e do cardiovascular.

Neste mês a OMS desencadeoua Campanha Mundial “Os Cinco Mo-mentos para a Higienização dasMãos”, com a finalidade de estimularaos PAS na realização deste ato. OHC – FMB está participando desta ati-vidade relevante, e com este objetivojá empreendeu numerosas campa-nhas semelhantes.

Atividades como a vigilância epi-demiológica das IHs, realização com-petente de exames microbiológicos,uso racional dos antimicrobianos,prática médica de alto nível e higieni-zação das mãos são essenciais paracorreta assistência à saúde e prote-gem os pacientes e reduzem a ocor-rência de IH.

Prof. Dr. Paulo Villas BoasPresidente daCPCIH/HC/FMB

Prof. Antero deMiranda é docente

do departamento dePediatria da FMB

EMÉRITO

Prof. Joel Spadaro será tituladoprofessor emérito da FMB

O ex-diretor da Faculdadede Med ic ina de Bo tuca tu /Unesp (FMB), professor JoelSpadaro receberá a titulaçãode professor emérito da insti-tuição. A nomeação foi aprova-da por unanimidade pela Con-gregação da FMB em maio. Adata de entrega do título aindaserá definida pela direção dafaculdade.

A solicitação foi aprovadape lo Conse lho de Depar ta -mento, justif icando que prof.Spadaro prestou re levantesserviços tanto no tocante a Ex-tensão de serviços à comuni-dade, estando àfrente do Am-bulatór io de Cardiologia pormuitos anos, quanto no Ensi-no , m in is t rando au las paraquase todas as turmas forma-das pe la FMB. O professortambém realizou trabalhos ci-ent í f icos que cont ru ibuí rampara o desenvo lv imento da

cardiologia.Joel Spadaro fo i um dos

quatro Botucatuenses que in-gressaram na primeira turmada Faculdade de Ciências Mé-dicas e Biológicas de Botuca-tu, em 1963. Fez parte da pri-meira Diretoria do Centro Aca-dêmico Pirajá da Silva comoCoordenador de Esportes.

Em 1969, graduou-se emMedicina pela Faculdade deCiências Médicas e Biológicasde Botucatu - FCMBB e fez dou-torado em Ciências pela Fa-culdade de Ciências Médicase Biológicas de Botucatu, em1974. Fez concurso de livre-docência, em 1980. Em 1984fez concurso para o quadro dedocentes da Faculdade de Me-dicina de Botucatu UNESP.

Spadaro desenvolveu ativi-dades administrat ivas como:representação em Conselhosdo Hospital das Clínicas da Fa-culdade de Medicina de Botu-catu, na Congregação da Fa-culdade de Medicina e no Con-selho Universitário da Unesp.Foi representante do Estado deSão Paulo junto à AssociaçãoBrasileira de Educação Médica- ABEM e também representan-te regional da Sociedade deCardiologia do Estado de SãoPaulo - SOCESP. Foi, durantedois anos, Presidente do Con-selho de Curadores da Funda-ção para o DesenvolvimentoMédico e Hospitalar - FAMESP.Exerceu, ainda, a chefia do De-partamento de Clínica Médicapor dois mandatos, vice-diretor(2001 a 2005) e diretor da Fa-culdade de Medicina de Botu-catu (2005 a 2007).

Prof. Joel Spadaro foi um dosalunos pioneiros da FCMBB

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JUNHO 2009

Os p ro fesso res Emí l i oCarlos Curcelli e Irma de Go-doy assumiram oficialmente,na tarde do dia 8 de junho, ocomando do Hospital das Clí-nicas (HC) da Faculdade deMedicina de Botucatu/Unesp(FMB). Eles subst i tuíram osprofessores Antonio RugoloJunior e Celso Vieira SouzaLeite, no cargo de superinten-dente e vice, respectivamen-te. A gestão teve início dia 9de junho e se encerrará nomesmo mês, em 2011.

Durante a solenidade deposse, realizada no salão no-bre da FMB, Emílio e Irma re-ceberam certificados que lhesdão o direito de exercer o car-go e também o regulamento doHC. Es t i ve ram p resen tes ,além de autoridades locais, aprofessora Marilza Vieira Cu-nha Rudge, pró-reitora de Pós-Graduação da Unesp, que re-presentou o reitor Herman Ja-cobus Cornelis Voorwald, o se-cretário Municipal de Saúde,Carlos Macharelli, o vereadorJosé Bittar – representando aCâmara Municipal - e a direto-ra do DRS 6 (DepartamentoRegional de Saúde) de Bauru,Doroti da Conceição Vieira Al-ves Ferreira. O governador doEstado de São Paulo, JoséSerra e o ministro da Saúde,José Gomes Temporão envia-ram ofício de congratulaçõesaos novos gestores do Hospi-tal das Clínicas. Já o profes-sor Paulo Roberto de AlmeidaSilvares, chefe do Departamen-to de Cirurgia e Ortopedia, fa-lou em nome da Congregaçãoda Faculdade de Medicina.

Professor Antonio RugoloJunior, em seu d iscurso dedespedida, ressa l tou que aproposta de sua administraçãofo i conso l idar conqu is tas eavançar com qual idade. Elelembrou que foram captados,através da obtenção de recur-sos externos, R$ 10 milhõesnos últimos quatro anos. Citoua criação da ala de oncologiainfantil e a ampliação do servi-ço de transplantes renais, oapoio fundamental da DiretoriaClínica, investimentos em tec-nologia, segurança, além daimportância que teve a Famesp(Fundação para o Desenvolvi-mento Médico e Hospi ta lar)para o custeio do HC. “Houveesforços para promover a hie-rarquização do atendimento,mas esse objetivo não foi to-talmente atingido. Ainda há oque ser feito na área de urgên-cia e emergência”, avaliou ele,que juntamente com professorCelso foi homenageado pela

NOVA GESTÃO

Prof. Emílio Curcelli toma posse à frente do HC

direção da FMB.Sobre a preocupação de

sua gestão com os recursoshumanos, professor Rugoloadmitiu que houve dificuldadespara realizar adequações quan-titativas, mas frisou que foramfeitas, com sucesso, diversascapacitações. “Esse foi um dospilares de nossa gestão e tevegrande prioridade”, disse ele,a f i rmando ter conf iança nanova Superintendência.

A vice-diretora da FMB e di-retora em exercício, professo-ra Silvana Artioli Shellini, enfa-tizou o crescimento que o Hos-pital das Clínicas experimen-tou nos últ imos anos se tor-

Professores Irma de Godoy e Emílio Carlos Curcelli (foto acima) assumem HC/Unesp até 2011.Superintendente e vice cessantes foram homenageados pelo trabalho frente ao hospital (foto abaixo)

nando, além de um hospital ter-ciário referência para toda aregião, uma unidade que podeser considerada quaternária, járealiza transplantes de órgãos.Ela também elogiou a gestãodos professores Rugolo e Cel-so, observando que mesmo emperíodos de crise nunca se fa-lou em fechar serviços ou dei-xar pacientes sem atendimen-to. “O HC tem hoje tudo queprecisa para a formação dos

médicos e enfermeiros. Voualém. É possível, até, formarprofissionais de outras áreasdas Ciências da Saúde”, pon-tuou a professora, que colo-cou a FMB à disposição dosnovos gestores do hospital.

Com discurso forte e mar-cante prof. Curcelli ressaltou opapel social e assistencial deuma inst i tu ição como o HC.Com caráter de unidade auxili-ar de uma faculdade de medi-cina, suas características per-meiam a pesquisa e assistên-cia à saúde, pontos estes que,em sua opinião, devem ser ex-plorados de forma a moderni-zar a instituição.

Elogiou a gestão do atualsecretário de Estado da Saú-de, Luiz Roberto Barradas Ba-rata, a qual classificou comouma ‘revolução’ nas úl t imasadministrações estaduais. Noentanto, mostrou-se preocupa-do na questão do déficit de in-vestimentos em saúde. “O Bra-sil ainda investe pouco na saú-de. A OMS (Organização Mundi-al de Saúde) relata que a mé-dia gasta em saúde é de US$716, enquanto que no Brasilesse valor cai para R$ 323”, de-clarou. “Ou seja, apenas 7,5%do PIB (Produto Interno Bruto)do país é investido na saúde”,complementou prof. Curcelli.

Para ele, o momento é deavaliação de metas. Acreditaque sua experiência frente à im-plantação e gestão do HospitalEstadual de Bauru seja facilita-dor para a administração do HC,considerado uma das maioresunidades públicas de saúde dointerior paulista. “Precisamosousar, criar novos paradigmas.Almejamos um hospital moder-no, na vanguarda e capaz deatender o público de forma hu-manizada e voltado ao mesmotempo para a educação e pre-venção na saúde”, finalizou onovo superintendente.

Pró- Reitora alerta paradesafios de gestão

Representando o reitor Her-mam Jacobus Cornelis Voorwald,a pró-reitora de pós- graduação edocente da FMB, Marilza VieiraCunha Rudge prevê que a ges-tão do novo superintendente deveenglobar três desafios: a vincula-ção administrativa do HC, déficitde funcionários e o papel da uni-dade e sua prestação de servi-ços. “Enfrenta-se hoje o desafiode repor esta lacuna (servidores)e se não houver investimento emprofissionais, o HC perderá a ca-racterística de ser um hospital ter-ciário”, alertou Marilza.

Prof. Curcelli ressaltouo papel social e

assistencial de umainstituição como o HC

Solenidade de posse reuniu grande público no salão nobre da FMB. Gestores se comprometeram a realçar papel social e assistencial do hospital

FOTOS: FOTOGRAFIA AG

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JUNHO 2009

DISCURSOS

Senhores…. Não é facil transmitir-lhesem poucas palavras, contidas em algunsminutos, todo o significado de uma gestãode 4 anos deste HC. Um tempo precioso,no qual procuramos caminhar juntos, semretroceder, trilhando o rumo certo na buscado crescimento do HC da FMB. Sem medode lutar por um ideal, mas conduzindo sem-pre nossa luta com muita disciplina e digni-dade, de forma que, mesmo se algumasbatalhas foram perdidas, muitas vitóriasforam alcançadas.

Este é um momento impar, em que nos-so ponto de chegada é ao mesmo tempo oponto de partida de uma nova e promissorajornada do HC, na qual concentram-se aatenção e as expectativas de toda a comu-nidade desta instituição. Nesse contexto,gostaria de mostrar, não um relatório numé-rico de gestão, mas sim alguns aspectosque caracterizam a gestão 2005-09, os de-safios e dificuldades enfrentados, muitosjá superados, outros emergentes, e tam-bem apresentar os principais marcos e pro-gressos que foram obtidos.

A proposta de gestão 2005-2009 da FMBe do HC foi: “Consolidar conquistas e avan-çar com qualidade”. Nesse sentido o iníciode nossa gestão na superintendência foiprivilegiado por vários investimentos inicia-dos na gestão anterior, aos quais demoscontinuidade e pudemos obter resultadosmuito satisfatórios.

As metas de nossa gestão podem serresumidas em 4 pilares:

- 1o: Captação de recursos e investi-mentos:

Foram necessárias muitas viagens, reu-niões e justificativas bem embasadas. As-sim obtivemos financiamentos na Secreta-ria de Estado da Saude, no Ministério daSaúde e na Reitoria, perfazendo aproxima-damente 10 milhões de reais, o que permi-tiu a realização de várias obras, como:

Pronunciamento do professor Antônio Rugolo Juniora construção do novo Pronto Socorroa substituição da caldeira a óleo por

caldeira a gás;as reformas nas enfermarias de cardi-

ologia, de molestias infecciosas, na Unida-de de Transplantes iniciados na gestão an-terior e na Farmácia.

Priorizamos tambem a aquisição de equi-pamentos para a endoscopia, a radiotera-pia, o centro cirurgico, as UTIs e o prontosocorro; Adquirimos aparelho de Densito-metria óssea, US vascular e obstétrico, USportátil e ecocardiógrafo portatíl.

Outras obras e aquisições foram reali-zadas com recursos próprios do HC.

- 2o pilar: Gestão institucional:Investimos na consolidação do HC

como Unidade de atendimento 3ario e 4ario se-guindo as políticas de saúde esstadual efederal. Foi implementado o centro de refe-rência cardiovascular solicitado na gestãoanterior, criado o Serviço de oncologia in-fantil e ampliados os Serviços de oncologiae transplante renal.

Minha participação na diretoria da As-sociação Brasileira de Hospitais Universitá-rios e de Ensino (ABRAHUE), por 2 manda-tos consecutivos foi uma oportunidade paraaumentar a representatividade do HC emnível nacional.

A importante parceria com a FAMESPpossibilitou a sobrevivência econômica doHC em vários momentos de crise, garantiua contratação de pessoal não reposto pelauniversidade, permitiu a ampliação e a cria-ção de novos serviços.

Grandes esforços foram feitos visan-do a hierarquização dos serviços de saúde,a fim de que o HC possa assumir plena-mente seu papel de centro de alta complexi-dade; mas apesar dos progressos obtidos,essa meta não foi plenamente atingida, re-querendo esforços continuados, especial-mente na área de urgência e emergência.

A atuação e o apoio da Diretoria clinicana superintendencia, foi fundamental emtodas as ações relacionadas aos serviçosmédicos oferecidos pelo HC, embora aindanão se tenha conseguido o reconhecimentoinstitucional desta Diretoria.

- Gestão operacional foi nosso 3o pilarEm continuidade aos Programas de

Qualidade existentes, grande incentivo foidado às diversas Comissões, como porexemplo de Humanização, de Controle deInfecção hospitalar, de Antimicrobianos, Me-dicamentos, e a Comissão de Qualidade,Padronização e Aquisição de material médi-co-hospitalar, Comissão de resíduos sóli-dos e reciclagem, entre outras; bem comoao programa Hospitais sentinela. Todas ascomissões cumpriram plenamente seu pa-pel na instituição e merecem nosso reco-nhecimento.

Grande enfase foi dada no crescimen-to da área de informática,e muitos avançosforam obtidos. Estão atualmente consoli-dados vários sistemas iniciados na gestãoanterior, incluindo: o de laudos de examesde análises clínicas, anatomia patológica eimagens, disponibilizados na rede do HC, ode prescrição eletrônica e o de agendamen-to de consultas, exames diagnósticos e te-rapias. O sistema de custos hospitalar estápronto, porém precisa ser aprimorado. Osistema PACS, ou seja de arquivo e de co-municação de imagem médica, que permiteo acesso dos exames de imagem na rede,hoje é uma realidade no HC. Duplicamos aquantidade de terminais de microcomputa-dores, e hoje o HC possui mais de 400máquinas.

A preocupação com a segurança dosservidores e pacientes, e dos bens patri-moniais motivou a criação da Acessoria deSegurança do HC em parceria com a Facul-dade de Medicina, sendo instaladas câme-ras de vigilância, controle de acesso em

várias unidades como PS, maternidade, en-fermaria de Pediatria e ambulatórios.

Visando maior uniformidade nas con-dutas médicas e de enfermagem, forampadronizados vários procedimentos taiscomo: técnicas de enfermagem, uso de imu-nobiológicos especiais, guia farmacoterápi-co, e também foram estabelecidos regimen-tos de funcionamento para o Centro cirurgi-co, Endoscopia, Hemodinâmica e Quimio-terapia.

4o pilar: Recursos humanosEste foi o principal pilar desta gestão,

pois acreditamos que a grandeza de umainstituição não está nas paredes que a sus-tentam e sim na qualidade dos profissionaisque nela atuam.

Tivemos grandes dificuldades em ga-rantir a adequação quantitativa dos profis-sionais, mas fomos bem sucedidos ao in-vestir em capacitação e qualidade. Diver-sos cursos foram realizados, incluindo: téc-nicos de enfermagem, administração hos-pitalar, especialização em enfermagem car-diovascular, técnicos de captação de ór-gãos, cursos ATLS, reanimação neonatal,além de centenas de cursos de Educaçãopermanente de enfermagem, e milhares deprofissionais treinados pelo GTDRH.

Assim concluimos nossa jornada coma sensação boa de ter cumprido a missão,de termos feito o máximo que esteve emnosso alcance para atingir as metas dagestão, cientes de que ainda há muito aser feito e melhorado, mas confiantes nacapacidade dos novos gestores, Prof.EmilioC Curcelli e profa Irma de Godoy,aos quais desejamos muito sucesso..., ma-nifestamos nossa disposição em colaborarsempre no que for necessário. A tarefa éardua, os desafios são muitos... mas aperspectiva é otimista.

Como sabiamente disse Shakespea-re: A vida é um contínuo aprendizado...

Pronunciamento do professor Emílio Carlos Curcelli

Boa tarde a todos.

Sou médico. Graduado nesta escola há27 anos. Ortopedista há 25. Especialistaem Medicina e Cirurgia do pé há 24 e emTumores Músculo Esquelético há 22.

Docente da Faculdade de Medicina deBotucatu há 19 anos.

Formado em Administração Hospitalare Sistemas de Saúde pela Fundação Getu-lio Vargas.

Durante cinco anos fui Diretor do Pron-to Socorro deste Hospital das Clínicas edepois, diretor do Hospital Estadual Baurudurante seis anos e meio.

Não julgo, não apoio e nem combato,mas não pertenço, a nenhum partido políti-co, agremiações, associações, entidades,secretas ou não.

Meus compromissos e decisões sãobaseados em meus ideais e convicções.

Acredito na ética, na justiça social, naequidade do acesso e na democratizaçãodas oportunidades.

Não gosto de conchavos, acordos, es-quemas, favorecimentos e privilégios. De-testo abaixo assinado. Não compartilho dacortesia com chapéu alheio, sobretudo quandoesse chapéu representa o dinheiro público.

Cometemos erros. Peço lucidez paraerrar o menos possível e oportunidades paracorreção.

Quero ser feliz e dormir em paz. Mes-mo o derradeiro sono.

Assim, como Manuel Bandeira,quando a Indesejada das gentes chegarnão terei medo.Talvez sorria, ou diga:O meu dia foi bom, pode a noite descer.Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,A mesa posta,Com cada coisa em seu lugar.

Dito isto, inicio agradecendo minha co-lega Profa. Dra Irma de Godoy que comigose submeteu ao processo de indicação paraos cargos de Superintendente e vice, ape-sar das possíveis adversidades que sabía-mos, decorreriam dessa escolha.

Obrigado Irma.Agradeço ao Prof. Dr. Sérgio Müller, Di-

retor desta Faculdade, grande e querido ami-go, pela ajuda, pelos conselhos, mas, sobre-tudo pela demonstração de confiança.

Agradeço a todos os meus amigos daDisciplina de Ortopedia e Traumatologia, napessoa do nosso querido professor doutorHamilton da Rosa Pereira, que proporcio-

nam segurança aos meus vôos, como umgrande farol a sinalizar um porto seguro eacolhedor em meio às tempestades.

Agradeço de forma especial à toda equi-pe do Hospital Estadual Bauru. Àqueles queraramente encontrava, mas sei: faziam efazem o hospital funcionar, a cada momen-to, a cada dia. Àqueles que estavam maisperto de mim e que me auxiliaram na tarefade planejar e comandar o hospital. Mais quecolegas de trabalho, amigos que fiz, e quemuitas vezes foram meu amparo e minhaforça. A todos do HEB, obrigado.

Obrigado pelo acolhimento, pela dedi-cação, pelo aprendizado que me proporcio-naram e pela oportunidade que tive, comvocês, de construir um hospital do qual po-demos sentir orgulho.

Agradeço, a toda minha família, espe-cialmente, meus pais que sempre me apoi-aram, a minha esposa Lara, sempre ao meulado e aos meus filhos, Emilinho, Julia, Vi-tor e André, cuja existência é sempre minhamelhor motivação. Mais uma vez conto coma compreensão de vocês.

E agradeço com apreço, a todos que,nas urnas, nos apoiaram, a mim e à Douto-ra Irma, legitimando nossas propostas.

Este hospital tem história.Foi construído dia após dia. É fruto do

trabalho e da dedicação de pessoas, quedecidiram, com obstinação, construir umaescola de Medicina e um Hospital.

Após 45 anos, aqui estamos.Nos tornamos grande!Reverencio a memória de nossos pionei-

ros e entendo que o compromisso hoje assu-mido é, de certa forma, por eles, outorgado.

Fazemos agora, aqui um pacto. Comvocês, com os nossos antepassados, comnossos pacientes.

Seremos compromisso. Seremos vee-mência. Seremos dedicação. Seremos en-tusiasmo. Devotados até!

Como escreveu, Fernando Pessoa:Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: “Navegar é preciso; viver não é preciso”. Quero para mim o espírito desta frase, transformada a forma paracasar com o que eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar a minha vida;nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que

para isso tenha de ser o meu corpo e a(minha alma) a lenha desse fogo.

A Saúde é área sensível. Sujeita a in-terferências de toda natureza.

Muitas mazelas já foram e continuamsendo praticadas em nome do paciente.

Muitos buscam, de forma insolente,manter para si e para seus correligionários ocontrole de serviços públicos de saúde, uti-lizando-os para manutenção de seus proje-tos político-eleitoreiros, de finalidades in-confessáveis.

As inúmeras ações judiciais, que alémde aviltar e estuprar a equidade, repetida-

mente, poderão levar à falência, todo o sis-tema público de saúde.

Os laboratórios farmacêuticos e fabri-cantes de produtos médicos hospitalares, queveladamente, num conluio repulsivo commédicos e advogados, em desonra à profis-são, obrigam o poder público a financiar, me-dicamentos e materiais de indicação questio-nável e relação custo benefício duvidosa.

E ainda, o Brasil investe pouco em saúde.Segundo dados da Organização Mundial

Da Saúde, em 2006, o gasto médio mundial,em saúde, por habitante, foi de 716 dólares.O Brasil gastou menos da metade, 323 dolá-res. Percentualmente ao PIB o Brasil gastou7,5% em saúde. Nos países consideradosdesenvolvidos, esse percentual se situa sem-pre acima de 10%, com os Estados Unidosgastando 15,3%. Porém, nossos irmãos ar-gentinos gastam 10,1. O Uruguai, 8,2 e oParaguai, 7,6. Cuba 7,7% com média de 617dólares por habitante/ano.

Em relação a um único indicador, a taxade mortalidade infantil, que reflete, de ma-neira geral, níveis de saúde, desenvolvi-mento socioeconômico e condições de vida,o Brasil ocupa a octogésima quinta posiçãomundial, com 26,6 óbitos de menores deum ano de idade, por mil nascidos vivos.Para se ter uma idéia do tanto que temos afazer, esta taxa é mais alta que a obtida porpaises como Paraguai, Venezuela, Equador,México, Colômbia, Argentina, Uruguai, Por-to Rico. Em Cuba, a taxa é de 5,9 enquantona Suécia, invejáveis 2,7.

Temos dificuldades, mas não adianta fi-car reclamando e tentar sempre os mesmoscaminhos batidos, as mesmas desculpas.

Precisamos ousar, buscar novos para-digmas, romper com as barreiras do imobi-lismo e do conformismo.

Nesse contexto, louvo o nosso secre-tário estadual de saúde, na secretaria hátrês governos. Com coragem, obstinação,ousadia e competência, o doutor Luiz Ro-berto Barradas Barata vem mudando a faceda saúde pública no estado de São Paulo.

Investindo e inovando. Não obstante as resistências corpora-

tivistas e o ranço político partidário infun-dado, vem implantando no Estado um mo-delo de assistência médica de qualidade,eficiente e resolutivo.

Mas de uma maneira geral, estamostodos devendo.

Porque o problema não é só financeiro.É também gerencial.

Somos deveras incompetentes e de-sorganizados. Não trabalhamos em unici-dade, como um sistema. Atribuímos com-petências conforme sopram as críticas. Umdeterminado assunto é um dia de responsa-bilidade do município, outro dia, do estado,outro, da união e assim, de ninguém.

E os pacientes no meio de tudo isso...Reclamamos do financiamento e não

temos sequer um arremedo de sistema decustos para justificar nossas queixas.

Apresentamos números.Números de atendimentos, números de

cirurgias, números de internações, núme-ros de procedimentos, inúmeros números.

Provavelmente fazemos muito. Masfazemos bem?

Quantos dos números refletem resolu-tividade? Quantos desses números refle-tem qualidade? Quantos deles são realmen-te necessários? Quantos refletem apenas oretrabalho?

Obrigamos os pacientes a enfrentar vári-as e várias filas em busca da solução, cons-tantemente adiada e delegada, irresponsavel-mente, a outro e mais outro e mais outro.

Já perguntamos a um paciente quantasvezes ele enfrentou fila pelo mesmo problema?

Provavelmente, a resposta será: muitas !Encontramos muitos pacientes com

quilos de exames, chapas, ressonâncias,cintilografias, exames de sangue, de urina,tomografias e etc e etc. Sem diagnóstico.Sem conduta. Para que?

Até quando continuaremos a amputarmembros de pacientes, em conseqüênciade crônico descontrole no tratamento do di-abético, uma doença de diagnóstico fácil etratamento gratuito?

Ou, até quando, construiremos mais emais dispendiosos centros de hemodiálise?

Até quando nossas enfermarias fica-rão lotadas de pacientes seqüelados poracidente vascular cerebral, resultante finalde hipertensão arterial mal controlada?

Quanto de todo esse trabalho poderiaser evitado por ações de prevenção, pro-moção e proteção à saúde?

Quanto de todo esse trabalho poderia serevitado com um sistema de saúde públicamais articulado, responsável e integrado?

Encontramos nos municípios, a grandefragilidade do sistema. Em geral, gerenciammal suas unidades, extremamente básicasde saúde, que – salvo honrosas exceções –cumprem apenas com o mínimo do que seespera delas. Os municípios são a base detoda a organização do Sistema Único de Saú-de e precisam definitivamente assumir seupapel.

Mas, a sociedade também precisa fazersuas escolhas.

Não podemos mais conviver com prontosocorros, enfermarias e centro cirúrgicos lota-dos por pacientes vitimados por acidentes mo-tociclísticos. Chega de tolerância para moto-ristas alcoolizados. Basta de pacientes comcâncer de pulmão ou afecções de ordem cardi-ovascular causadas pelo cigarro.

E nós, hospitais universitários?Somos reconhecidos como produtores de

conhecimento técnico, científico e adminis-trativo.

Somos privilegiados.Parte de uma elite, que forma, define,

decide e influencia.Será que estamos fazendo o que nos cabe?Será que não ficamos convenientemen-

te encastelados em nosso ambiente, apenascriticando?

- Estamos colocando o nosso conheci-mento em favor da sociedade?

- Estamos nos envolvendo com os pro-blemas e buscando soluções?

É momento para uma boa avaliação.A resposta do paciente é quase sempre

positiva, até porque sua expectativa é baixa.

Mas será que estamos fazendo o me-lhor, obtendo o melhor resultado, com segu-rança e melhor custo benefício?

Nem sempre é preciso grandes gestos.Aliás, na maioria das vezes, não é.

Precisamos todos nos despir de nossosvelhos hábitos e conceitos e refletir profun-damente.

Segundo Fernando Pessoa

Há um tempo em que é precisoabandonar as roupas usadasQue já têm a forma do nosso corpo…E esquecer os nossos caminhos quenos levam sempre aos mesmos lugares.É o tempo da travessiaE se não ousarmos fazê-laTeremos ficado para sempreÀ margem de nós mesmos.”

E para finalizar, para nossa gestão, queserá de dois anos, temos uma visão triangular:

o que almejamos ser,o que certamente seremos eo que, absolutamente, NÃO seremos.Almejamos um hospital moderno, de van-

guarda, tecnologicamente atualizado. Refe-rência para a assistência e modelo adminis-trativo. Capaz de atendimento resolutivo ehumanizado. Com capacidade crítica e ativoparticipante do sistema de saúde. Que faça apromoção, proteção, prevenção e educaçãopara a saúde. Em ambiente de trabalho sau-dável, cooperativo e responsável. Fomenta-dor da pesquisa e do desenvolvimento cientí-fico aplicado à saúde. Formador de profissio-nais de saúde de todos os níveis, comprome-tidos com o Sistema Único de Saúde.

Alicerçados nos princípios da universali-dade, integralidade, eqüidade, participação,descentralização, hierarquização, regionaliza-ção, eficiência e eficácia e ainda, cauciona-dos pelos valores como: ética, qualidade,competência, transparência, comprometimen-to, humanização, responsabilidade, profissio-nalismo, criatividade e confiabilidade, certa-mente seremos uma enorme trincheira nadefesa do sistema único de saúde e da uni-versidade pública.

Certamente não seremos uma casa pro-duto de ação entre amigos. Não seremosomissos e nem tolerantes. Não faremos dosfins as justificativas para os meios. Não noscalaremos. Não permitiremos a usurpação dopúblico pelo privado.

Para isso, conto com o que vi e ouvidurante nossas visitas pré-eleitorais. Contocom o que acredito existir e é a mais impor-tante das ferramentas de gestão: o com-prometimento e a capacidade da maioriadaqueles que aqui trabalham.

E agora, realmente finalizando, paraavalizar tudo o que foi dito, repito parte dojuramento de Hipócrates:

Se eu cumprir com fidelidade os com-promissos aqui assumidos, que me sejadado gozar felizmente da vida e da minhaprofissão, honrado para sempre entre oshomens; se eu deles me afastar ou infrin-gir, o contrário aconteça.

Obrigado a todos, pela presença e atenção.

Depois de algum tempo você aprende asutíl diferença entre dar a mão e acorren-tar uma alma... aprende que ser flexívelnão significa ser fraco, pois não importaquão delicada seja uma situação, sempreexistem 2 lados... e aprende que não exis-tem heróis e sim pessoas que fizeram oque era necessário fazer, enfrentando asconsequências... e acreditando sempre quevale a pena lutar por uma causa nobre.

Finalizando quero agradecer o apoio ea colaboração de meu parceiro e vice-su-perintendente Prof. Celso V Leite; da Dire-toria clínica representada pela profa. Su-maia e Dr. Christovan; da equipe da supe-rintendência, especialmente a Inês, Grasi-ela, e Pedro; e de todos os funcionários doHC. Agradeço à diretoria da FMB: prof.Joel Spadaro, prof Sérgio e Profa. Silvanae seus funcionários. Agradeço também àdiretoria da FAMESP, Prof. Pasqual, profShoiti, prof. Goldberg, prof. Sidney e todasua equipe ... Enfim, a todos os profissio-nais que trabalham e dedicam grande partede suas vidas para o crescimento dessainstituição:

Sem vocês nada do que realizamosseria possível !!!

Meu Muito obrigado a todos.Valeu a pena!!!

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JUNHO 2009

ATUALIZAÇÃO

Profissionais de todo o Brasil vêm a Botucatureciclar conhecimentos em plástica ocular

Simpósio realizado naFMB é o maior evento

do ano promovidopela SBCPO

Profa. Silvana Schellini é presidente da SBCPO

O Departamento de Patologiada Faculdade de Medicina de Bo-tucatu/Unesp (FMB), recebeu nosdias 28 e 30 de abril, duas aulassobre tumores e experimentos emseu tratamento com o professorSamuel Cohen, da Universidadede Nebrasca, nos Estados Uni-dos. A visita foi proporcionada peloprograma de Pós-Graduação emPatologia.

As aulas reuniram alunos e do-centes da FMB, do Instituto de Bi-ociências (IB) e profissionais da áreada saúde. Nos dois dias de expla-nações, o pesquisador relatou ascaracterísticas sobre carcinogêne-se urotelial (formação do câncer em

A Faculdade de Medicina deBotucatu/Unesp (FMB) sediou,entre os dias 15 e 16 de maio,o principal evento do ano naárea de plástica ocular. No Sa-lão Nobre da instituição, foi re-alizado o Simpósio da SBCPO(Sociedade Brasileira de Cirur-gia Plástica Ocular, Órbita eVias Lacrimais), com a partici-pação de profissionais de of-talmologia de todo o Brasil.

A SBCPO, cuja presidente é avice-diretora da FMB, professoraSilvana Artioli Schellini e o Centrode Estudos de Oftalmologia dafaculdade prepararam uma pro-gramação com palestras, aulasteóricas, atividades práticas ecurso de tópicos específicos,uma espécie pré-congresso, queterminou no dia 16 de maio. Fo-ram discutidos assuntos comoAnatomia da região órbitopalpe-bral e vivenciados procedimentoscirúrgicos em pálpebras e vias la-crimais, com cirurgias demonstra-tivas ao vivo. Também houve espa-ço para os tradicionais cursos deToxina Botulínica, Radiofreqüência

e Estética.Como convidados, participam

do simpósio uma chilena, a Dra.Cristina Hidalgo – que apresen-tou práticas usuais de seu País -e três profissionais argentinos.Além disso, empresas que comer-cializam produtos na área da of-talmologia expuseram novidadesdo mercado em estandes monta-

dos no hall do Salão Nobre da FMB.Professora Silvana Schellini,

presidente da SBCPO, explica queo simpósio tem o objetivo de reu-nir, em Botucatu, os membros daSociedade Brasileira de CirurgiaPlástica Ocular, pós-graduandos,residentes e ex-residentes. “Fi-quei bastante satisfeita, pois cer-ca de 70% dos membros da SBCPOcompareceram ao evento. Vieram

pessoas de vários estados e de pa-íses sulamericanos. Para nossa sub-especialidade, é o evento mais im-portante do ano”, destaca.

Segundo ela, o simpósio ser-ve para reciclar conhecimentos etambém promover troca de expe-riências entre os participantes.“Essa integração entre profissio-nais de outros países, pós-gra-duandos, residentes e ex-resi-dentes é muito saudável”, avalia.

Referência Nacional – Para oresidente da Faculdade de Medi-cina de Botucatu/Unesp, FabrícioRendeiro, o Simpósio da SBCPOé uma oportunidade de a institui-

ção mostrar o trabalho que desen-volve e que é referência nacional.“Foi possível reunir os melhoresprofissionais do País nesta áreae até nomes internacionais. Issoé muito importante”, declara.

José Rodrigo L. Soza, repre-sentante de um produto oftalmo-lógico, pondera que o evento teveuma programação enxuta, porémde qualidade. “A programaçãooferece aquilo que realmente osparticipantes procuram. As pa-lestras foram bem seleciona-das, com profissionais gabari-tados. Por ser uma promoção daSBCPO, é o que há de mais in-teressante no meio”, diz.

NOVAS TÉCNICAS

Pesquisador norte-americanoenfoca tendências sobre tumores

determinada camada de célulasque revestem a bexiga) em mode-los experimentais e em seres hu-manos. Também foi abordada a re-levância de tumores induzidos ex-perimentalmente em roedorespara os seres humanos.

Dr. Cohen é professor do De-partamento de Patologia e Micro-biologia da Universidade de Ne-brasca, nos Estados Unidos.Sua atuação científica proporci-onou a publicação de mais de200 artigos voltados às áreas detoxicologia, patologia e oncolo-gia. O médico também é presi-dente da Sociedade de Toxico-logia dos Estados Centrais, en-

tre outras entidades acadêmicase de pesquisas norte-americanas.

Segundo o professor do De-partamento de Patologia da FMB,prof. João Lauro Viana de Camar-go, a visita do docente norte-ame-ricano reforça a preocupação daFaculdade de Medicina em es-tabelecer parcerias no aprimora-mento educacional e reciclagemde informações para o tratamen-to de câncer. “Abrimos, com estavisita, um importante canal detroca de informações e de cola-borações com importante centrode pesquisa em oncologia, comoé o caso da Universidade do Ne-brasca”, salientou o docente.

Aulas do prof. Cohen, da Universidade de Nebrasca, reuniram docentes da FMB e IB

ATUAÇÃO

O professor do Departamentode Clínica Médica da Faculdade deMedicina de Botucatu/Unesp (FMB),Giovanni Silva Faria(foto) participou,dia 19 de maio, na Assembleia Le-gislativa do Estado de São Paulo,do lançamento da Frente Parla-mentar de Conscientização e Com-bate às Hepatites Virais.

Com a presença do secretárioestadual de Desenvolvimento, Ge-raldo Alckmin (PSDB) e dos depu-tados Uebe Rezeck (PMDB) e Mil-ton Flávio (PSDB)- este último tam-bém docente da FMB-, o evento reu-niu autoridades, entidades repre-sentativas e especialistas da área.A Frente Parlamentar deve atuar naconscientização sobre as hepatitesA, B e C através de campanhas deampla divulgação sobre a detecçãoe prevenção destas doenças. A co-ordenação da entidade será do de-putado Fernando Capez.

Na oportunidade, professor Gi-ovanni foi um dos convidados paraexplanar sobre os aspectos da He-patite C, doença que, entre as domesmo tipo, atinge número maiorde pessoas no Brasil. Segundo in-formações apresentadas por Ca-pez, mais de seis milhões de bra-sileiros estão infectados com al-gum tipo de hepatite. Doze óbitossão registrados diariamente decor-rentes destas doenças.

Prof. Giovanni mostrou tambémdados estatísticos do Ambulatóriode Hepatites Virais da Gastroente-rologia Clínica do Hospital das Clí-nicas (HC) da Unesp, criado em1998. O serviço atende atualmente200 pacientes portadores de He-patite C com exames, acompanha-mento clínico e tratamento. Atual-mente, o ambulatório tem obtido re-sultados expressivos no auxílio aeste tipo de enfermidade que,

Docente da FMB participade lançamento da FrenteParlamentar para Hepatites Virais

conforme o médico, são alcan-çados pela conscientização dopróprio paciente.

O presidente da ONG (Organi-zação Não-Governamental), “CTem que Saber”, Francisco Martuc-ci, falou do tratamento e acompa-nhamento posterior da doença noEstado de São Paulo, amparadospor uma portaria assinada pelo en-tão governador Geraldo Alckmin. Naoportunidade, também foi entregueo prêmio Fígado de Ouro para osprofissionais que se destacaramno tratamento destas patologias.

As hepatites virais têm sua pre-valência dez vezes maior que deoutras doenças como a Aids. Mes-mo sendo doenças com curas, senão forem tratadas, elas podemevoluir para cirrose e câncer de fí-gado. Podem ser transmitidas atra-vés da relação sexual, utilização deinstrumentos contaminados comsangue, como materiais de mani-cure e pedicure, de barbeiro, de ta-tuagens, por perfurações de pier-cings ou acupuntura, compartilha-mento de seringas não descartá-veis e até em dentista que não es-terilize os equipamentos. A doençatambém pode ser transmitida du-rante o parto, caso a mãe seja por-tadora da hepatite B.

Profissionais atualizaram-se nas tendências cirúrgicas oculares

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JUNHO 2009

Amizade, lembranças e boaconversa. Foi neste clima quemais de 350 pessoas participa-ram do 3° Encontro de Ex-alu-nos, alunos e amigos da Facul-dade de Medicina de Botucatu,realizado nos dias 15 e 16 demaio, na FMB. O evento foi umaoportunidade para que os parti-cipantes reencontrassem ami-gos e revivessem momentos queficaram guardados para semprenos anos de graduação.

O encontro teve a coordena-ção da Associação dos Ex-Alu-nos (AexA), Associação AtléticaAcadêmica Carlos Henrique Sam-paio Almeida (AAACHSA) e doCentro Acadêmico Pirajá da Silva(CAPS). Na oportunidade, algunspontos foram discutidos em rela-ção à AexA, como a composição

FMB 46 ANOS

Encontro de ex-alunos reúne mais de 350 participantes

Encontro teve clima descontraído e definiu nova diretoria para Associação de Ex-Alunos. Novo encontro ocorre em 2011

Almeida Schimit, vice. A chapaainda é composta pelos profes-sores Sérgio Müller (1º tesou-reiro), Dr. Luiz Eduardo Na-ressi (2º tesoureiro), MarcosMin i cucc i (1 º sec re tá r io ) ,Joel Spadaro (2º secretário),A lexandre Naime Barbosa

(diretor social), Silvana Arti-oli Schellini (diretora cientí-fica). A AAACHSA e o CAPSestarão representados pelasacadêmicas Haydée SayuriH i ra i e Ér ika H issae Abe,respectivamente.

O próx imo encont ro deex-alunos está marcado para2011.

Em sua décima-segunda edi-ção, o CAPS Acústico levou àtoda comunidade acadêmica omelhor da arte produzida por alu-nos e pós-graduandos das qua-tro faculdades do câmpus deBotucatu da Unesp.

Realizado nos dias 15 e 16de maio, o evento contou coma apresentação de 44 alunos/ar-tistas divididos em duplas e grupos,que mostraram suas afinidadescom instrumentos e soltaram avoz nos dois dias de evento.

CULTURA

CAPS Acústico divulgaa ‘arte unespiana’

CULTURA

Docente da Pediatria mostra trabalhosna exposição “Brincando com as cores”

CAPS Acústico, em 13 anos de realização, revelou talentos e integrou faculdades da Unesp

Profa. Agueda expôs trabalhos com temáticas abstratas

"As cores estão a nossa vol-ta e em toda nossa vida. Masmuito poucos as vêem e muitomenos as contemplam..." Esseé um trecho do texto que apre-senta a exposição "Brincandocom as cores", de autoria dadocente do Departamento dePediatria da Faculdade de Me-dicina de Botucatu/Unesp(FMB), Agueda Beatriz Rizza-to. A exposição aconteceu, emmaio, no mezzanino da Biblio-teca do Campus, na Unesp deRubião Júnior.

Seus trabalhos, que tomam

como base um pouco do signi-ficado daquela frase, são com-postos de aquarelas com temá-ticas abstratas. ProfessoraAgueda é docente da FMB hámais de 30 anos e no final de2009 deve se aposentar. Segun-do ela, a aproximação com a arteteve início quando se pôs a refle-tir sobre o que fazer quando pa-rar de trabalhar. "Nunca tinhapensado em pintar. Conheci aminha professora, a Cássia, edisse que gostaria de aprender,mas que não tinha noção ne-nhuma. Ela frisou que era des-

te tipo de aluno que gostava",conta a médica-artista.

Após dois anos de aprendi-zado, a pediatra decidiu entãotornar públicas suas obras."Eu me surpreendi comigomesma. Foi emoção total vermeus amigos prestigiarem aabertura da exposição", frisa.Entre as telas que fez, profes-sora Agueda alimenta um cari-nho especial por uma, a quechamou de "Alegria infantil".Trata-se de uma árvore cheiade cores, característica mar-cante de suas pinturas.

Para Mariana Barros Marcon-des, organizadora do evento, oCAPS Acústico representou a in-tegração acadêmica. “Além do ob-jetivo assistencial, o CAPS pro-move a integração entre os alu-nos da Unesp e mostra particula-ridades artísticas”, disse.

Como parte da programação,os estudantes doaram 304 litrosde leite, entre outros alimentosque serão destinados a entidadesassistenciais de Botucatu comocreches e o Asilo Padre Euclides.

SOBRE A AEXA

A Associação de Ex-Alunos da Faculdade de Medicina de Botucatufoi criada em 2002 por acadêmicos integrantes do Departamento deExtensão da Atlética da Medicina e do Centro Acadêmico. A AexA temcomo objetivo promover a integração entre os ex-alunos, alunos, do-centes e residentes formados pela Faculdade de Medicina através deatividades diversas e também de órgãos informativos. O site da asso-ciação contém, entre informações sobre encontros e atividades, mu-rais de recados e disponibiliza imagens cedidas pelos estudantesdas 41 turmas de medicina formadas pela FMB.

Dr. Mário Souza participoude todos os encontros

da nova diretoria e apreciação doestatuto vigente. “Esse contatocom diversas pessoas que pas-saram pela Faculdade de Me-dicina ajuda ainda mais a for-talecer a associação. A parti-c ipação com ideias vêm aacrescentar na associação”,declarou Haydée Sayuri Hirai,presidente da comissão orga-nizadora do encontro.

Haydée salientou que o en-contro visa consolidar a relaçãoentre todos que têm sua carreiraprofissional e acadêmica vincula-da à FMB. “O objetivo foi integrartodas as turmas com experiênci-as e histórias vividas dentro da fa-culdade”, complementa.

A nova diretoria da AexA serácomposta por Rogério Saadcomo presidente e Sebastião de

Lembranças ecompanheiros de turma

Integrante da 16ª turma demedicina formada pela FMB, Má-rio Pedro de Souza compareceua todas as três edições do en-contro promovido pela AexA.Para ele, o evento foi uma opor-tunidade de rever amigos distan-tes. “Nunca deixei de participarpelo forte vínculo que tive e aindamantenho com a Faculdade deMedicina. Não dá para perder aoportunidade de reencontrar ami-gos e pessoas que passaram al-guns dos melhores momentos denossa vida”, declarou.

Formado em 1983, ele res-saltava durante o encontro quea sua turma, a 16, era a melhorda história da FMB. “Tivemos vá-rios momentos de agitaçãocomo o movimento em que pre-tendíamos empossar o prof. (Wi-llian) Saad como reitor da Unesp.Mesmo sem sucesso, foi algoque uniu toda a faculdade”, com-plementou Dr. Souza.

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JUNHO 2009

HOSPITAL DAS CLÍNICAS

Autarquização do HC volta à pauta de discussõesCom o auditório do Departamen-

to de Patologia lotado, a direção daFaculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), Famesp (Fundaçãopara o Desenvolvimento Médico eHospitalar) e Hospital das Clínicas(HC), promoveram, na manhã do dia15 de maio, reunião sobre o projetode transferência de gestão do HCpara a Secretaria de Estado da Saú-de, em forma de autarquia.

Tendo a presença de servidorestécnico-administrativos; docentes ealunos dos cursos de medicina e en-fermagem da FMB, do diretor da facul-dade, Sérgio Swain Müller, do presi-dente da Famesp, Pasqual Barretti, doex-superintendente do HC, Antonio Ru-golo Júnior, do diretor do Hospital Es-tadual de Bauru, Emílio Curcelli (HEB),a reunião abordou pontos atuais doHC, o sistema de financiamento atra-vés do SUS (Sistema Único de Saú-de) e mostrou aos presentes algunssistemas de gestão diferenciados.

“Há algum tempo tenta-se solu-cionar o problema de financiamen-to, principalmente a questão de re-cursos humanos. Procuramos fazercom que o HC tenha um financia-mento sustentável”, explanou Müllerao abrir as discussões. O diretoresteve no dia 13 de maio, em SãoPaulo, onde se encontrou com o se-cretário de Estado da Saúde, LuizRoberto Barradas Barata para dis-cutir sobre a proposta de transferên-cia de gestão.

Para mostrar dois sistemas degestão distintos, os superintenden-tes do Hospital das Clínicas da Uni-camp (Universidade de Campinas) edo HC da Faculdade de Medicina daUSP (Universidade de São Paulo)-este último sob atual gestão da Se-cretaria de Estado da Saúde-, LuizCarlos Zeferino e Milton Roberto La-prega, respectivamente foram convi-dados a participar das discussões.

O então superintendente do HC,Antônio Rugolo Júnior, apresentou nú-meros que detalham a dimensão dohospital, considerada a maior insti-tuição pública de saúde vinculada aoSUS (Sistema Único de Saúde) daregião. Em 2008, foram realizadas 12mil cirurgias em seu Centro Cirúrgi-co, além de 2,8 milhões de exames.Também frisou a quantidade de paci-entes atendidos- 19 mil- vindos dos68 municípios do Departamento Re-gional de Saúde de Bauru (DRS-6).

No entanto, boa parte de sua apre-sentação consistiu nas dificuldadesde financiamento regular para o cus-teio do hospital. Segundo ele, um dosmaiores entraves tem sido o fato dohospital ser uma unidade auxiliar daFMB, o que dificultaria as reivindica-ções perante a reitoria da Unesp.“Nosso maior financiador é o SUS”,relembrou, ao citar o congelamentoda verba destinada pela administra-ção universitária para o custeio dohospital, iniciado em 2005. Em 2007,exemplificou o ex-superintendente, oHC teve orçamento para suas des-pesas em torno de R$ 11 milhões.

Rugolo também destacou a de-fasagem no chamado subquadro,que atualmente é de 353 funcionári-os. O HC possui 1900 servidores téc-nico-administrativos (1200 da pró-pria Unesp e 700 contratados pelaFamesp) e 180 médicos. “A univer-sidade não investia no hospital háalguns anos. Em 2009, destinou R$2 milhões para atualização tecnoló-gica. Mas o HC está defasado secomparado com outras unidades desaúde, principalmente as de caráterprivado. Esse modelo atual de ges-

Comunidade acadêmica compareceu em grande número para acompanhar os debates

tão não é sustentável”, frisou Rugolo.O presidente da Famesp, Pas-

qual Barretti, mostrou números dos28 anos de atuação da fundação. Odirigente dividiu os momentos de fi-nanciamento do HC. Até a década de1980, a unidade era mantida integral-mente pela universidade. Entre 1981e 1983, ressalta a criação da Fa-mesp com o intuito de fixar recursoshumanos e incorporar tecnologia. De1983 a 1996, a fundação se torna uminvestidor tecnológico. A alternânciaentre crise e investimentos passa aser o cenário nos dias atuais. Parale-lamente, houve crescimento do hos-pital e aumento no custeio com pes-soal. “Somosfortemente audi-tados e temos li-mitações de atu-ação. Essa atu-al situação podegerar situação

pré-falimentar do hospital e tambémda Famesp”, declarou.

Superintendente do HC da Facul-dade de Medicina da USP, de Ribei-rão Preto, Milton Laprega apresentounúmeros da unidade com a gestãovinculada à Secretaria de Estado daSaúde. Explica ele que, após a autar-quização, o hospital apresenta evolu-ção em seus serviços prestados.

Em 2004, foram destinados parainvestimentos em equipamentos,oriundos da receita estadual, R$ 2,4milhões, enquanto que em 2008, essevalor chegou a R$ 12 milhões. “Osinvestimentos totais do Estado nohospital têm variado, passando de R$

72 milhões, no ano2000, para R$ 277 miem 2009”, frisou.

Outro convidadopara expor a realida-de administrativa, LuizCarlos Zeferino, supe-

rintendente do HC da Unicamp res-saltou o papel do hospital como uni-dade auxiliar da reitoria, o que facilitao financiamento para o custeio da uni-dade. “De 1998 até hoje vivemos ou-tro momento na captação de recur-sos. Sempre alternamos períodos

de crise com estabilidade”, declarou.Ele revelou que o hospital da univer-sidade campineira também estudaa possibilidade de gestão ser trans-ferida para o governo estadual. Des-de 2004, o estabelecimento passapor processo de reestruturação, vol-tando seu atendimento aos serviçosterciários e quaternários.

Após a exposição dos dirigen-tes, servidores, docentes e corpodiscente da FMB puderam tirar dúvi-das e debaterem pontos referentesao projeto. A discussão sobre a au-tarquização deve voltar acontecer emnova reunião, ainda a ser marcada,aberta à comunidade universitária.

Autarquização terá longocaminho se aprovada

Caso o parecer da Congregaçãopara a transferência de gestão sejaaprovado, a proposta deve ser anali-sada ainda pelo Conselho Universi-tário da Unesp (CO). Somente apósessas instâncias, o governador JoséSerra deve apresentar um projeto delei criando a nova autarquia para serapreciada pela Assembleia Legis-lativa do Estado de São Paulo.

Laprega: HC da USP teveevolução após autarquização

Presidente da Famesp defende autarquização

Ao fazer uma análise históri-ca sobre a situação financeira doHospital das Clínicas (HC) da Fa-culdade de Medicina deBotucatu\Unesp (FMB), o presi-dente da Famesp (Fundação parao Desenvolvimento Médico e Hos-pitalar), professor Pasqual Barretti,rebate todos os argumentos con-tra a possibilidade de vincular oHC à Secretaria de Estado daSaúde. Na opinião dele, atualmen-te a Unesp não consegue aten-der a algumas necessidades dohospital e cita, entre elas, a faltade recursos para manter a folhade pagamento - principalmentedevido aos servidores inativos(25% a 30% da folha). Ele comen-ta, inclusive, que as crises inter-

mitentes pelas quais passa o HC,põem em risco a sobrevivência dafundação.

O dirigente coloca que no mo-delo atual a possibilidade de con-tratações, pela universidade, de-pende de três fatores: arrecada-ção de ICMS (Imposto sobre a Cir-culação de Mercadorias e Servi-ços), aposentadorias e da exis-tência de cargos. O comprometi-mento da folha de pagamento pelauniversidade hoje é de 86% e nãohá cargos disponíveis para a re-posição de funcionários. “Então,um hospital gerido pela universi-dade, vai ter, no seuitem mais caro, queé o recursos huma-nos, um impacto nasaúde financeira dainstituição. Isso écomplicado, porquenão pode faltar gente (no hospi-tal), pois senão vai faltar assistên-cia”, coloca professor Pasqual, fri-sando que o problema do custeionão é mais grave, mas ao longodo tempo. Esse quesito foi parci-almente corrigido e com grandedificuldade pela Unesp.

Essas deficiências, segundoprofessor Pasqual, tem sobrecar-regado a Famesp, que, conformeele destaca, deveria atuar apenasna retaguarda do HC e hoje já nãoconsegue atuar como investido-ra. “A Unesp já bancou 60% do

Prof. Barretti: crises do HCpodem inviabilizar Famesp

Sistema de gestãoem outros hospitaisfoi mostrado durante

reunião da Congregação

O hospital sóconsegue se manter

no quesito tecnologia,com ajuda externa

custeio do hospital, hoje se reson-sabiliza por apenas 30%. Os re-cursos que o hospital recebe doSUS (Sistema Único de Saúde) vãopara despesas do dia-a-dia. Issotudo tem impacto nos investimen-tos”, acrescenta.

Em 1995, 28% dos recursosdo SUS eram destinados a inves-timentos no HC. Em 2008, essepercentual caiu para 2%. “Então,como pode ser satisfatória a con-dição de um hospital com o com-promisso que tem o nosso, quenão consegue atualizar seus re-cursos humanos, tecnologica-

mente enem de terum custeioe s t á v e l ” ,aponta. Opresidenteda Famesp

afirma que o hospital só conse-gue se manter no quesito tecno-logia, com ajuda externa. “Sou ab-solutamente a favor da autarqui-zação. Vou disputar verbas comoutros hospitais e não com todasas outras faculdades da Unesp.O Hospital das Clínicas da Facul-dade de Medicina de Ribeirão Pre-to (USP), por exemplo, nos últi-mos 10 anos quase quadruplicouo orçamento com recursos do Go-verno do Estado de São Paulo,pelo modelo da autarquização ”,diz. “Um exemplo contunden-

te é o das universidades fede-rais. Todas elas tiveram seushospitais sucateados por con-ta do modelo vinculado a áreada Educação”, acrescenta.

Atualmente, 780 funcionáriosdo HC são contratados pela Fa-mesp; em 1996 eram somente 40.A Fundação mantém 70% do cus-teio da unidade (em 1996 eram40%). Pela instabilidade causadapelo HC, segundo professor Pas-qual há alguns riscos. “Hoje, a ges-tão do HC está passando para aFamesp, o que não deixa de seruma terceirização, o que não é boma meu ver. Se a Fundação correr orisco de insolvência, como acon-teceu em 2007, que outra saídahaverá, se não, demitir funcioná-rios?”, pondera.

Caso seja aprovada a autar-quização, o convênio SUS dei-xa de ser feito com a Unesp epassa a ser com a autarquia. AFamesp continuaria no gerenci-amento. “O quadro de pessoalserá mais enxuto, mas terá con-dições de dar suporte em situa-ções inusitadas e problemaspontuais”, coloca o presidenteda Famesp. Existe a possibili-dade de os funcionários da fun-dação serem incorporados aoEstado, aproveitando o concur-so que já prestaram ou de te-rem que passar por um novo pro-cesso seletivo, sem perderemseus direitos de celetistas.

Zeferino: Hospital da Unicamp éparte auxiliar da reitoria

Page 8: Jornal da FMB nº 13

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JUNHO 2009

ENFERMAGEM 20 ANOS

Homenagens nas duas décadas da Enfermagem

Sessão solene (foto acima), foi marcada pela emoção nos 20 anos da Enfermagem. Equipe dedocentes do departamento (foto abaixo) em imagem comemorativa

Professoras que ajudaram a criar o curso se emocionaram

Rosa Áurea Q. Fernandes, uma das professoras que foram convidadaspelo professor William Saad Hossne para implantar o curso de Enfermagemna FMB, disse, ao participar do descerramento da placa comemorativa aos20 anos da graduação, estar “feliz e orgulhosa”. “Nós ajudamos a plantar asemente, mas o grande responsável é o corpo docente”, enfatizou. Já aprofessora Maguida Costa Stefanelli, ressaltou: “Colher frutos daquilo que agente ajudou a pensar é muito bom. Bom saber que o curso cresceu”.

Duas décadas de aprendi-zado, lutas e vitórias. Dia 8 demaio de 2009, a Faculdade deMedicina de Botucatu/Unespesteve em festa, em comemo-ração aos 20 anos do iníciodas atividades acadêmicas docurso de Enfermagem. Além dodescerramento de uma placano departamento do curso,onde em frente também foiplantada uma ár-vore, houve ex-posição de fotoshistór icas comalunos, docen-tes e servidores.

E s t i v e r a mpresentes às solenidades,além de autoridades locais erepresentantes da Graduaçãoem Enfermagem, duas profes-soras que colaboraram para aimplantação do curso. Profes-sora Maguida Costa Stefanellie Rosa Áurea Q. Fernandesforam convidadas para o mo-mento histórico.

Eliana Mara Braga, coorde-nadora do curso de Enferma-gem, ressaltou em seu discur-so que os pioneiros foram fun-damentais para que a gradua-ção chegasse ao estágio emque está hoje. “Cada um sabeo pedacinho que fez para che-garmos aqui. Juntos, somosmuito melhores”, enfatizou.

Valéria Palhares, que falouem nome dos ex-alunos do cur-so e integrante da primeira tur-ma, lembrou que o início dasatividades foi repleto de expec-tativas. “Fomos acolhidos pe-

los docentes do Instituto de Bi-ociências (IB). Tínhamos difi-culdades, medos; mas o cur-so transcorreu como deveriaser”, comentou. “Os professo-res mantiveram o espírito deluta dos primeiros dias e se apri-moraram. A gratidão dos alu-nos é o reconhecimento desteesforço”, acrescentou.

Professor Wil l iam SaadHossne, con-siderado o fun-dador do cursode Enferma-gem, enfocousua fala na de-fesa de que a

graduação deixe de ser apenasparte da FMB para se transfor-mar em uma instituição inde-pendente. Ele propôs que sejaformada uma comissão parapensar na FMB para os próxi-mos 10 anos e ainda de umCentro de Ciências da Saúde.“Temos a obrigação de não es-tagnar”, f r isou ele, que foiaplaudido em pé, após seudiscurso.

O diretor da Faculdade deMedicina de Botucatu/Unesp,professor Sérgio Swain Müller,afirmou que a proposta feita peloprofessor Saad ainda é bastan-te atual e disse que as pers-pectivas são de que a ideia sejaencampada. Ele observou queo curso de Enfermagem é umdos cinco melhores do Brasil,em meio a mais de 400 outrosem atividade. “Atingir a excelên-cia é uma coisa. Mantê-la é umdesafio muito maior”, sublinhou.

Curso de Enfermagemcomemorou 20 anos com

sessão solene,placa e exposições

FOTOS: FOTOGRAFIA AG

Descerramento de placa comemorativa no Departamento

Plantio de árvore também integrou as comemorações

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JUNHO 2009

Exmo. Sr. Diretor da Faculdade de Me-dicina, Prof. Sérgio Swain Müller, Exma. Sra.Vice-Diretora da Faculdade de Medicina,Profa. Silvana Artioli Schellini, em nomedos quais saúdo demais membros da mesa,prezados colegas da Medicina e, sobretudo,docentes, alunos e servidores do Curso deEnfermagem.

Há 20 anos houve um parto universitá-rio.

Nasceu de certa forma, um filho tem-porão.

Seu nascimento, porém, estava pre-visto, implicitamente, no projeto de criaçãoda Faculdade de Ciências Médicas e Bioló-gicas de Botucatu, há 46 anos.

A F.C.M.B.B., por sua vez resultou deuma proposta inovadora, à época. Chega-vam ao Brasil, no início da década de 1960os primeiros sinais da Revolução Molecu-lar, iniciada na década de 1950.

Um grupo de professores universitári-os, do qual tive a honra de participar, pro-pôs ao governo do Estado de São Paulo,por meio da Reitoria da USP, a criação deuma unidade acadêmica que deveria inte-grar as áreas de biologia aplicada (medici-na, odontologia, enfermagem, medicina ve-terinária), com a nova biologia básica, abiologia molecular. Seria um Centro de Bio-logia Básica e Aplicada.

Na ocasião, o município de Botucatu,contando com o Hospital de Rubião Júniore com o entusiasmo e idealismo de suacomunidade, pleiteava a criação de umaFaculdade de Medicina.

A iniciativa de integração das biologiasencontrou, então, acolhida na proposta deBotucatu. E, assim, ao invés de uma Fa-culdade de Medicina, com apenas um cur-so, foi criada a F.C.M.B.B.

A idéia era a de criar, em novos mol-des, um excelente centro universitário forado grande eixo das metrópoles, com umcorpo docente dedicado exclusivamente àsatividades universitárias, e congregado emtorno da integração da nova biologia.

Em 22 de julho de 1962, pela lei nº.6.860 foi instituída a F.C.M.B.B., com afinalidade de “formar profissionais nos se-guintes ramos de atividade: medicina, me-dicina veterinária, odontologia, biologia eoutros profissionais, desde que se verifi-quem condições adequadas”.

Já quando da instalação do curso demedicina, se percebeu que dentre estesoutros profissionais, ocupava lugar de des-taque e de necessidade, o curso de Enfer-magem.

Após a formatura das primeiras turmasde médicos, com a implantação e funciona-mento do Hospital das Clínicas, tornou-semais evidente e mais premente a necessi-dade de implantação da enfermagem.

Assim, na década de 1970, quando noexercício da Diretoria do H.C. juntamentecom vários docentes da Medicina, levanta-

DISCURSOS

Pronunciamento do professor emérito Willian Saad Hossnemos a idéia da criação do curso; diversosfatores, contudo não permitiram obter êxi-to.

Já na década de 1980, a idéia foi reto-mada e após 3 anos de estudos e tentati-vas, foi criado o curso de enfermagem em30 de junho de 1988, nascido sob a Égide dainovação.

Daí falar-se em filho temporão, em vis-ta do lapso do tempo decorrido.

Mas era um filho acalentado, desejadoe muito bem vindo.

E, ao comemorar seus 20 anos de ati-vidade, conta o Campus de Botucatu, comum curso de enfermagem que engrandece onosso centro universitário.

Por isso, desejo neste momento sau-dar todas as pessoas que embalaram, cui-daram, estruturaram, ampararam e desen-volveram o novo rebento, tornando-o fortee saudável.

Pessoas que fazem tudo isso e conse-guem obter êxito, são pessoas, para mim,muito especiais, merecedoras do mais pro-fundo respeito.

Essas pessoas são os docentes, osservidores, os alunos, os administradoresda enfermagem e os colegas da medicina.

Pessoas que acreditam no que fazem,que gostam do que fazem e fazem comentusiasmo, com diligência, com idealismoe desprendimento, só podem ser pessoasespeciais.

Vocês, Magda Stefaneli, Maria BelémPosso, Rosa Áurea Fernandes, AdarelucePerioto, são pessoas especiais.

Vocês, Rosa Ortiz, Ivanira Tardivo doAmaral, são pessoas especiais. Vocês, MariaLúcia Sadala e Maria José Lima, primeirasdocentes contratadas, são pessoas especi-ais.

São pessoas especiais, vocês CláudiaLuppi, Magda Dell´Acqua, Maria AntonietaCarvalhaes, Maria Virgínia Fadul Alves, daleva de contratações de 1990.

Vocês, Cristina Parada, Eliana Braga,Ilda de Godoy, Jairo Ayres, Janete Simo-netti, Neide Bertoncelo, Sílvia Caldeira, VeraLúcia Tonete, são pessoas especiais.

Carmem Juliani, Ester Costa, Ione Cor-reia, Leila Sarquis, Lin Yong, Marli Galvão,Sandra Olbrich, Sílvia Bocchi, Vânia More-no, são pessoas especiais.

Vocês Heloisa Berti, Eliana Fonseca,Heloisa Basseto, Maria José Trevisan, WilzaCarla Spir, Maria Alice Pereira, Maria de Lour-des Ferreira, Marli Duarte, Silvia JustinaBerto e a mais recentemente chegada Sil-vana Andréa Lima, são pessoas especiais.

Creio ser desnecessário descrever oque cada uma de vocês fez pelo curso deEnfermagem, indo desde os trabalhos deplanejamento e estruturação de Magda, Be-lém, Rosa Áurea, Adareluce, passando pelaimplantação efetiva do curso com este ma-ravilhoso corpo docente aqui nominado.

Meu respeito e minha admiração.

Senhor DiretorTalvez eu devesse encerrar minha fala

neste momento. Contudo, dois fatores medão coragem a dizer mais algumas pala-vras.

De um lado, a sua magnanimidade eamizade que me permitem tomar uma certaliberdade.

De outro, a gênese, a gestação, o pla-nejamento e sobretudo o sucesso do cursode Enfermagem, de certa forma, justificamo que vou dizer.

A Enfermagem não foi concebida paraser um núcleo, um apêndice ou até mesmoum Departamento.

Ela foi gestada em 1987, para ser umaunidade, a Faculdade de Enfermagem, comoparte integrante de uma proposta, mais umavez, como soe acontecer neste campus,uma proposta inovadora, ousada sim, massuficientemente estruturada e pensada.

A Unesp acabava de passar por ummomento de intensa movimentação, mo-mento este, no qual Botucatu teve papel dedestaque, mais uma vez, se engajando naluta pelos ideais universitários. Estava emdiscussão a reforma de Estatutos, a refor-mulação e a inovação da universidade.

Neste contexto, a Direção da Faculda-de de Medicina propôs um projeto que cria-va a Faculdade de Enfermagem, a Facul-dade de Reabilitação (com Fisioterapia, TO,Fonoaudiologia, Ortótica) e, ponto impor-tante um Centro de Apoio às Ciências daSaúde, com a criação do “4º espaço”, umespaço novo e criativo.

Não cabe no momento, tecer maioresconsiderações sobre esta proposta que cri-ava também novo Hospital Universitárioconcebido como complexo didático-cientí-fico, assistencial, como diz a placa de suafundação, e que transformava o atual H.C.em Centro de Recuperação da Saúde, comos cuidados paliativos que hoje, após 20anos se tornam o tema do momento.

Permita-me, porém, transcrever algunstrechos do parecer do Secretário Geral daUnesp, a respeito da proposta, em janeirode 1988:

“o projeto do Centro de Apoio às Ciên-cias da Saúde é, sem dúvida ambicioso...propõe dedicar-se ao aprimoramento depessoal, à formação de recursos humanosem áreas carentes ou de fronteiras, ao ofe-recimento de disciplinas em níveis de es-pecialização, extensão, aperfeiçoamento epós-graduação, à criação de grupos inter-disciplinares novos, à complementação hu-manística e técnica, ao oferecimento e ha-bilitações específicas.

Para mais adiante, afirmar:“assim, como se vê, o projeto, se é

ambicioso, também é realista”“a proposta se reveste da maior impor-

tância para a área da saúde, constituindo-se, por outro lado, uma experiência univer-

sitária, pioneira, a marcar a atuação daUnesp”

Prossegue:“além do mais, já está na hora de a

Universidade sair um pouco da monotoniade criação de cursos tradicionais. É precisoque a Universidade se agite, seja agressi-va, e, acima de tudo, use a criatividade.Precisamos de propostas realmente novase arrojadas para a solução de velhos proble-mas. Seria muito bom, pra a Universidade eo país, que o projeto, que ora nos traz oDiretor da Faculdade de Medicina, fosseum estímulo para novas idéias e propostas,se não tão ambiciosas, pelo menos tão cri-ativas e inovadoras”.

Veja Sr. Diretor, isto há 20 anos atrás.Vale salientar que o projeto foi aprova-

do pela Congregação da Medicina por unani-midade; foi aprovado pelas demais unida-des do Campus de Botucatu; teve amplareceptividade no Conselho de Ensino, Pes-quisa e Extensão e no Conselho Universitá-rio.

Note-se que até minuta de portaria foiredigida, criando a Faculdade de Enferma-gem e o Centro.

Mas, não foi criado. Por quê? Por quê?Com a palavra os ex-dirigentes institucio-nais.

Veja a força da acomodação e do con-formismo.

Senhor Diretor, conheço bem seu en-tusiasmo, sua capacidade de visão e asua garra para novos desafios e pra aabertura de novos horizontes., como podeser atestado pela sua vida universitária,sempre atuando nos movimentos univer-sitários com dignidade e sempre identifi-cado com idéias progressistas; mesmoporque V.Sa. teve grande participação naelaboração da proposta do Centro de Apoioà Ciências da Saúde. É isto que você vemimprimindo na condição de Direitor. Porisso este é o momento adequado, com apessoa certa. De outro lado, conheço bema capacidade e a seriedade do trabalho docorpo docente da Enfermagem, que já for-mou cerca de 400 enfermeiros, implantouo mestrado há cerca de 2 anos, com 25dissertações já defendidas, e por isso,me atrevo, com certo receito, confesso,de estar excedendo os limites que a idadeimpõe, me atrevo dizia eu, a fazer humil-demente uma sugestão.

Sei que V.Sa. está sempre receptivo econcorda comigo que um dos riscos mor-tais da vida universitária, é a acomodação.

Por isso mesmo, sugiro que V.Sa., per-doe a ousadia, pense na possibilidade denomear uma Comissão especial, a Comis-são FMB + 10 anos, ou, se preferir, FMB+50(comemorando o cinquentenário da institui-ção em 2014).

Esta Comissão, constituída em suamaioria por jovens, sobretudo idealistas enão conformados e ou acomodados, deve-

ria em interação com toda a comunidadepensar na FMB para os próximos 10 anos.O momento é este, com V.Sa. na direçãoda Faculdade.

Ouso sugerir que a Comissão analise,ao menos, para discussão os diversos pon-tos da proposta do Centro de Apoio às Ci-ências da Saúde, da Faculdade de Enfer-magem e da Faculdade de Reabilitação.Mas, não só. Que aperfeiçoe, rejeite no todoou em parte, mas que o auxilie na tarefa deDiretor, nesta caminhada que V.Sa. dirigerumo ao futuro.

Qualquer que seja o resultado dos trabalhosda Comissão, sempre terá valido a pena, pois seestará lutando contra a eventual acomodação,contra os possíveis conchavos da mediocrida-de, e sobretudo contra os riscos da esclerosedas estruturas. Ideal do qual V.Sa. participa.

Afinal de contas, nascemos como núcleoUniversitário, sob a égide da ousadia, da inova-ção, do idealismo, marcas da F.C.M.B.B. Vive-mos intensamente várias revoluções” marcan-tes na vida Unesp e temos o direito, eu diria, aobrigação de não estagnar.

O mundo mudou e muda - o século XX,nos deu 5 revoluções científicas e nos prepa-ra mais uma: nos deu a Revolução Atômica, aRevolução Molecular, a Revolução da Comu-nicação, a Revolução Espacial, a RevoluçãoNanotecnológica e nos desafia com a Revolu-ção Trans-humana.

Não temos, por isso, o direito da acomo-dação morna, da acomodação na mediocrida-de, não temos o direito de parar, temos odever de acompanhar e até mesmo, em cer-tas ocasiões, de desencadear e deflagrar mu-danças, mudanças baseadas no passado, po-rém, não presas a ele, baseadas no presente,presente que não é tido como permanente,mas fugaz e transitório, mas sobretudo volta-dos para o futuro, agindo com seriedade, comética, com dignidade e que sejamos, como jásomos, felizes e ouso dizer privilegiados.

Minha homenagem ao Curso de Enferma-gem.

Minha saudação aos dirigentes desta casa.Meu respeito à comunidade do curso de

Enfermagem e à comunidade do curso de Me-dicina.

Prof. Dr. Sérgio Swain Müller, Diretorda Faculdade de Medicina, neste ato re-presentando o Magnífico Reitor daUNESP, Prof. Titular Herman JacobusCornelis Voorwald em nome de quemsaúdo toda a comunidade universitária;

Dr. Antonio Luíz Caldas Junior, Vice-Prefeito de Botucatu, em nome de quemsaúdo todas as autoridades constituídasaqui presentes;

Senhor Reinaldo Mendonça Morei-ra, Presidente da Câmara, em nome dequem saúdo toda a comunidade botuca-tuense;

Senhoras e Senhores,Boa Tarde!Em primeiro lugar quero agradecer a

oportunidade de estar aqui neste mo-mento, quero dizer que é uma honra re-presentar o Conselho de Graduação emEnfermagem, bem como os docentes,alunos e ex-alunos de enfermagem des-ta instituição.

Agradeço ao Departamento de En-

Pronunciamento da professora Eliana Mara Bragafermagem e a Diretoria Técnica Acadê-mica da Faculdade de Medicina de Botu-catu pela brilhante organização desteevento. Muito obrigada!

Quero fazer um agradecimento es-pecial aos funcionários técnico admi-nistrativos do Departamento de Enfer-magem, da Diretoria Técnica Acadêmi-ca e a Secretaria da Coordenação deEnfermagem – Vocês são parte impor-tante desta comemoração e sei quesempre trabalharam muito e torcerampara pudéssemos comemorar nestedia. Muito obrigada!

É, vinte anos se passaram....Nem em meus melhores sonhos ima-

ginei que eu estivesse falando a vocêsneste momento...muitas vezes penseinos momentos iniciais do nosso curso,no Professor Saad argumentando estacriação na congregação... já ouvi muitashistórias sobre este momento, não sei aocerto como tudo aconteceu, mas sei queesta atitude mudou muitas vidas, muitosdestinos e quero demonstrar meus maissinceros agradecimentos ao ProfessorSaad pela oportunidade que tivemos.

Muito obrigada!Muitos de nós participaram de cada

dia destes vinte anos. Temos hoje umtempo para pensar no que fizemos, noque aprendemos e no que ainda temosque fazer e aprender para continuar noscaminhos do ensino com qualidade. Semdúvida, é um momento de reflexão...depensar na vida profissional, na vida pes-soal, nas alegrias, nas dificuldades, nosdesafios... tudo fez parte destetempo...neste tempo começamos e es-truturamos nossas famílias, nos apaixo-

namos pelo nosso trabalho, pela assis-tência em saúde, pelo ensino, pela vida,pelas histórias, quantas histórias...

Aprendemos juntos a conviver, acuidar, dos alunos, dos pacientes, dosamigos, dos nossos filhos. Foram mui-tas emoções que nos mobilizaram e nosfizeram crescer... porisso temos tanto aagradecer, tanto a comemorar...

Podemos dizer que temos uma traje-tória de sucesso e sucesso não se con-segue sozinho; grupos bem estrutura-dos sempre têm muito a agradecer...

Portanto agradecemos a Faculdadede Medicina de Botucatu, que, represen-tada por seus diretores, sempre nos ou-viu, nos apoiou e nos permitiu mostrarnossas possibilidades de crescimento;ao Hospital das Clínicas, Centro de Saú-de Escola, Hospital Estadual de Bauru,Hospital Cantídeo, Prefeitura Municipal deBotucatu -Secretaria Municipal de Saú-de de Botucatu, enfim, tantos locais quenos permitiram aprender e ensinar a prá-tica da assistência em saúde e, que des-te modo contribuíram imensamente paraos níveis de excelência alcançados pornosso curso.

Na busca da qualidade, acreditamose trabalhamos muito; fomos um grupoforte e sempre que precisamos alçar vôo,tivemos os mesmos objetivos,. Conse-guimos muito acreditando nas relações,no diálogo, no compromisso, no cuidadoético, no trabalho em grupo de alunos edocentes para a busca da competência,sempre compreendendo nossa profis-são como uma profissão de relações eno ensino de enfermagem como promo-tor de saúde da população.

Nesta visão, temos uma nova estru-tura curricular desde o ano de 2006 quejá está sendo avaliado e com perspecti-vas de mudanças, pois a partir de 2010os Cursos de Graduação em Enferma-gem terão duração de cinco anos.

Os docentes se capacitaram, inves-tiram em projetos de pesquisa, iniciaçãocientífica, extensão universitária, espe-cializações, residência e pós-graduaçãoe grupos de pesquisa, deste modo, aprodução científica em nível nacional einternacional apresenta aumento consi-derável nestes vinte anos.

Nossos alunos participam ativamen-te destas atividades e recebem incenti-vos por meio de bolsas provenientes depesquisas, além disso, participam de di-versas ligas de saúde desta instituição emonitorias. Atuam com sua organizaçãoestudantil, o Centro Acadêmico de Enfer-magem - em diálogo constante com oConselho de Curso.

Buscamos parcerias com projetos doMinistério da Saúde, fomos tutores des-tes projetos na formação pedagógica deenfermeiros, facilitadores, gestores, ati-vadores de mudanças do ensino de gra-duação e, mais recentemente, ingressa-mos no Pró-saúde, um projeto que nospermite capacitar o grupo de docentespara avaliar o ensino de graduação epromover as mudanças que o grupo jul-gar necessárias.

Posso dizer que somos flexíveis, quequeremos continuar discutindo, pensan-do e encontrando os melhores caminhospara a melhoria de saúde das pessoas.

Também buscamos integrar a forma-ção em saúde, compartilhar experiênci-

as em grupo na comunidade - medicina eenfermagem- idealizando profissionaisde saúde que trabalham e compartilham,verdadeiramente, a assistência.

Participamos da formação de maisde 300 alunos, desde a primeira turma-formada em 1992. Temos contato on-linecom todos; uma avaliação anual que nospermite acompanhar suas carreiras;muitos deles estão aqui presentes hoje eé uma alegria recebê-los; muitos são nos-sos colegas de trabalho no dia-a-dia, te-mos oportunidades de realizar pesqui-sas, compartilhar experiências e vê-loscrescer. Uma satisfação que só um edu-cador conhece!

Fomos avaliados por órgãos avalia-dores externos e nos últimos cinco anosrecebemos nota máxima. Estamos entreas cinco melhores universidades destepaís, podemos comemorar, mas temosmuito a realizar...nossas perspectivassão o compromisso em manter esta qua-lidade e, tornar realidade o sonho de seruma Faculdade de Enfermagem.

Gostaria de finalizar deixando a men-sagem que ficou na minha mente ao lem-brar da nossa trajetória nestes vinte anos:

“Devemos sempre lembrar que fo-mos muito melhores quando estivemosjuntos!

Sei que somos melhores quandosomos um grupo!

Muito obrigada eParabéns a todos!

Eliana Mara Braga

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Um dos professores pionei-ros e que ajudaram na consoli-dação da então Faculdade de Ci-ências Médicas e Biológicas deBotucatu (FCMBB), embrião daatual FMB- Faculdade de Medici-na de Botucatu/Unesp-, AugustoCezar Montelli, foi homenageadopelo Hospital das Clínicas (HC)ao emprestar seu nome ao Nú-cleo de Infecção Hospitalar.

O evento teve a presença deautoridades da faculdade, comoo diretor Sérgio Swain Müller e osuperintendente do HC e seu vice,Antônio Rugolo Júnior e Celso Vi-era Souza Leite, respectivamen-te; além do presidente da Famesp(Fundação para o Desenvolvi-mento Médico e Hospitalar), Pas-qual Barretti. Docentes, médicos,servidores e familiares tambémacompanharam a homenagem.

“Prof. Montelli é um dos pionei-ros de nossa faculdade e hospital.Além de sua dedicação como pro-fissional, também foi responsável,por vários anos, pela Comissão deInfecção Hospitalar do HC. Dedi-car o nome do núcleo a ele é o re-conhecimento de seu trabalho”, de-clarou o superintendente do hospi-tal, Antônio Rugolo Júnior.

O Núcleo de Controle de Infec-

Prof. Montelli cede nome aoNúcleo de Infecção Hospitalar

Montelli é, desde abril, professor emérito da FMB/Unesp

ção Hospitalar é vinculado à CP-CIH (Comissão Permanente deControle de Infecção Hospitalar) doHC, entidade com característicamultidisciplinar, que atua na vigilân-cia epidemiológica das infecçõeshospitalares e do uso de antimicro-bianos (antibióticos e quimioterápi-cos), treinando e reciclando a equi-pe de saúde, sugerindo condutasterapêuticas para pacientes infecta-dos, além da implantação de medi-das de isolamento e precauções.

Em seu discurso, o homena-geado ressaltou toda a luta pelaconsolidação da instituição comopólo de ensino, mas também todoo crescimento e estruturação deseu Hospital das Clínicas. Tam-bém enfatizou a importância do tra-balho da CPCIH na prevenção e vi-gilância contínua contra a ocorrên-cia de casos relativos à infecçãohospitalar. “Mesmo atuando comoprofessor, sempre tive uma relaçãoforte com o HC. Quando não haviaa comissão constituída, tivemosessa iniciativa para ocorrer o con-trole de infecções dentro do hospi-tal, sendo que em 1983, o prof. (Do-mingos Alves) Meira (então diretorda FMB), oficializou este trabalho,quando fiquei como seu presiden-te durante anos”, declara Montelli.

DR. MONTELLI ATENDEU PRIMEIRO PACIENTE DO HCAugusto Cezar Montelli possui graduação em medicina pela

Universidade de São Paulo (1963), doutorado pela Faculdade deCiências Médicas e Biológicas de Botucatu (1972), pós-doutora-do pelo Hospital Infantil do México (1975), pós-doutorado peloInstituto de Nutrición de Centro America Y Panamá (1975) e resi-dência médica pela USP. Atuou como professor titular da Faculda-de de Medicina de Botucatu/Unesp, sendo um dos primeiros do-centes da instituição e esteve vinculado ao Departamento de Clí-nica Médica. Também foi o médico responsável pelo atendimentoao primeiro paciente do Hospital das Clínicas, na década de 1960.

Com a aquisição de duas motos e incor-poração de um automóvel, a vigilância docampus da Unesp de Rubião Júnior recebeimportante reforço em sua frota de veículos.Antes equipada com apenas uma viatura, aseção responsável pelo auxílio na seguran-ça local passará a contar com quatro veícu-los para deslocamento de sua equipe.

Em abril, entraram em operação duas mo-tos Sundown 200 cc, que devem auxiliar naronda dos mais de cinco quilômetros de ex-tensão viária do campus, segundo o respon-sável pelo setor de vigilância, Adauto Destro.“A ideia é que estes veículos auxiliem na se-gurança, já que oferecem acesso facilitadoaos diferentes pontos das unidades instala-das no campus (Faculdades de Medicina, Me-dicina Veterinária e Zootecnia e Instituto deBiociências)”, declara.

Para ele, a utilização das motos deve tra-

Vigilância do campus tem reforço em sua frota

RECONHECIMENTO

O Hospital das Clínicas,vinculado à Faculdade de Me-dicina de Botucatu/Unesp(FMB), recebeu, dia 6 deabril, moção honrosa da Câ-mara Municipal de Botucatu(238 km de São Paulo), pe-los resultados obtidos em2008 nas cirurgias de trans-plantes renais. Desde 1987 oHC realiza este tipo de pro-cedimento. A iniciativa da ho-menagem foi da Ong (Organi-zação Não-Governamental)Doe Vida.

Na ocasião foi apresenta-da uma moção de congratu-lações, de autoria do verea-dor Dr. Bittar (PCdoB), e apro-vada por unanimidade pelosparlamentares da Casa. ADra. Maria Fernanda Carva-lho, chefe da equipe de trans-plantes renais recebeu a con-decoração. Estiveram presen-tes ao evento os médicos JoséCarlos Trindade Filho, AndréLuiz Balbi, Roberto Jorge daSilva Franco, Hamilton Yama-moto, Paulo Kanawa e LuísGustavo Modelli Andrade.

Representante da Ong DoeVida, a aposentada Ângela de

Equipe de transplante renal recebehomenagem da Câmara de Botucatu

Vereadores e representantes do Hospital das Clínicas durante homenagem na Câmara

RECONHECIMENTO

Oliveira, 48, ressaltou em dis-curso na tribuna livre da Câ-mara, a referência regionalque o HC tem em captação etransplante de órgãos e teci-dos. “Temos um hospital sen-do referência na realizaçãodestes transplantes no Esta-do e os resultados obtidos noano passado merecem ser co-memorados”, ressaltou. Ela,que conviveu com insuficiên-cia renal por uma década econseguiu no marido o doa-dor compatível, também rela-tou da importância a consci-entização sobre a doação de

órgãos e tecidos.Em 2008, o Hospital das

Clínicas realizou 48 transplan-tes, sendo 24 doadores vivose 24 falecidos. Os dados, for-necidos pela Associação Bra-sileira de Transplante de Ór-gãos (ABTO), garantiram queo HC fosse a unidade pública

de saúde que mais procedi-mentos deste tipo realizou nointerior do Estado.

Os números obtidos no anopassado fazem do HC uma re-ferência no interior paulista. Emquantidades absolutas, a uni-dade vinculada à FMB ficaatrás apenas da Unicamp (87transplantes). Teve transplan-tes superiores aos realizadospelo Hospital das Clínicas daFaculdade de Medicina de Ri-beirão Preto/USP (47) e Facul-dade de Medicina de São Josédo Rio Preto (37). Em todo o paísaconteceram 5373 transplantesde rim, enquanto que em SãoPaulo foram 1501.

“Nossos números cresceramsistematicamente. A superintendên-cia do hospital tem estimulado esseaumento no número de cirurgias ea própria Secretaria de Estado daSaúde tem feito um trabalho minu-cioso que visa a conscientizaçãodas pessoas, o que resulta tambémno aumento dos transplantes”, de-clarou Dra. Maria Fernanda. “Nos-sa expectativa é que este ano ultra-passemos 60 cirurgias deste tipo”,complementou a médica.

Com 48 procedimentos,HC torna-se referênciano Estado de SP emtransplantes renais

SEGURANÇA

Novas viaturas auxiliarão trabalhode vigilância no câmpus

zer como benefícios, praticidade e economia.Uma ronda pela extensão total do campus leva,em média, uma hora para ser concluída. Comestes veículos, espera-se que o mesmo traje-to seja realizado em menor tempo.

A Administração Geral do campus inves-tiu R$ 20 mil na aquisição das motocicletas.Destro explica que serão destacados trêsagentes de vigilância e recepção para o usodas motos, que passarão por um curso dedireção defensiva oferecido pela fabricante.

Além disso, uma Parati, utilizada anteri-ormente pela zeladoria deve ser incorporadapara a frota da vigilância. A expectativa é deque nas próximas semanas o veículo venhaa substituir a atual viatura nas funções diári-as da seção.

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JUNHO 2009

No dia 08 de abril, as Comis-sões Internas de Prevenção deAcidentes (Cipas) da Faculdade deMedicina de Botucatu/Unesp(FMB) e da Famesp (Fundaçãopara o Desenvolvimento Médico eHospitalar), visitaram as instala-ções da Associação do Bem Estar(Abem), como parte de sua pro-gramação mensal. Conheceramos trabalhos feitos pela entidadecom a comunidade, principalmen-te entre os jovens e os idosos.

Os representantes das Cipas da

INTERAÇÃO

Cipas da FMB e Famespvisitam Associação do Bem-Estar

ASSISTÊNCIA

Voltado para o atendimento àpopulação na saúde, direito,educação e prevenção, a edição2009 do Ação Global, realizadadia 9 de maio, em Botucatu, reu-niu mais de 20 mil pessoas, con-forme previsão da organização.A Faculdade de Medicina de Bo-tucatu/Unesp (FMB), integrou arede de entidades participantese ofereceu serviços como exa-mes de pressão arterial (PA), co-lesterol, glicemia, creatina e IMC(Índice de Massa Corporal) e ori-entação sobre qualidade de vida.

A participação da instituiçãoenvolveu estudantes do curso deEnfermagem e o Serviço de Ne-frologia doHC (Hospitaldas Clíni-cas), além daOPO (Organi-zação deProcura deÓrgãos) eHemocentro, ambos com divul-gação de serviços prestados.

Durante o evento, a OPO (Or-ganização de Procura por Ór-gãos), representada por PauloAlencar Pompiani, divulgou aospresentes sobre a existência daunidade, vinculada ao Hospitaldas Clínicas (HC) da Faculdadede Medicina de Botucatu/Unesp(FMB), além de pesquisa paraque as pessoas assinalassemse conheciam ou não o órgão. Aentidade teve o apoio do superin-tendente de integração do Sesi,José Felício Castelhano. A estima-

FMB realiza mais de2.800 atendimentos

no ‘Ação Global’tiva é que 620 pessoas tenhampassado pelo estande da OPO.

O Serviço de Nefrologia doHC, que teve como represen-tantes docentes e alunos doDepartamento de Clínica Médi-ca, atendeu mais de 500 pes-soas com informações sobreas Doenças Renais Crônicas.As Ligas Acadêmicas Estudan-tis também prestaram orienta-ções de saúde à população.

No entanto, um dos estandesmais procurados do evento foi ocoordenado pelo Departamentode Enfermagem da FMB. Mais de1.700 pessoas receberam, no lo-cal, diversos serviços como exa-

mes de Pressão Ar-terial, colesterol eglicemia. Os casosonde eram constata-das alterações fo-ram encaminhadospara orientação mé-dica e nutricional.

De acordo com a professoraSílvia Maria Caldeira, responsá-vel pela Enfermagem no Ação Glo-bal, as atividades desenvolvidaspela FMB proporcionaram aosalunos experiência em prática deatendimento à população, além deaproximar os serviços oferecidospelo HC à população. “Essa expe-riência foi rica para os alunos emaprendizado para o atendimentoao público e prestação de servi-ços. A população ainda carece deinformação para melhoria da qua-lidade de vida”, frisou a docente.

Ação Global envolveuentidades locais.

FMB participou comprestação de serviços

FMB e da Famesp foram recepcio-nadas pela direção da Abem, peloDiretor Industrial da Moldmix, EdsonVictoriano e também por um coral decrianças atendidas pela instituição.Através dessa visita, os integrantesdas comissões puderam verificar naprática, como funciona um projetovoltado à qualidade de vida e cidada-nia para comunidades carentes.

As duas comissões passaram,em maio, por processo eletivo paraa composição de suas novas cha-pas que terão mandato de um ano.

Cipas conheceram o trabalho desenvolvido pela entidade

FMB realizou prestação de serviços com exames e ações educativas em várias áreas da saúde

SEGURANÇA

“Prevenção” ganha ainda mais força na FMBe HC com formação de Brigada de Incêndio

Sessenta pessoas concluiramo curso de “Brigadista de Incên-dio” promovido pela Faculdade deMedicina de Botucatu/Unesp(FMB) e Hospital das Clínicas(HC), ministrado pelo Senai (Ser-viço Nacional da Indústria) de Bo-tucatu e articulado pelo GTDRH -Grupo Técnico de Desenvolvimen-to de Recursos Humanos .

A equipe de brigadistas é com-posta por 40 colaboradores daUnesp/Famesp e 20 da empresaCentro Saneamento e ServiçosAvançados Ltda. “A prevenção émeta prioritária da Brigada, porser fundamental para evitarmosa ocorrência de um sinistro compotencial de perdas humanas emateriais”, afirma o superinten-dente do HC, professor AntônioRugolo Junior, que no encerra-mento do treinamento da 1ª Tur-ma, entregou aos brigadistas umbotton de identificação.

Segundo o diretor da FMB, pro-fessor Sérgio Swain Müller, a forma-ção da Brigada, além de atender àsexigências Legais de âmbito Federale Estadual e Instruções Técnicas doCorpo de Bombeiros de São Paulo,representou o cumprimento de umadas metas prioritárias da administra-ção da FM e do HC.

Foram estudados pelos briga-distas temas como: teoria do fogo,classificação de incêndios, méto-dos de extinção, agentes extintores,medidas de prevenção, inspeção eabandono de instalações, normaregulamentadora e primeiros socor-ros. Também foram executados exer-

cícios de ressucitação e combatee extinção de incêndio em lo-cal preparado nas instalações doSenai.

O projeto piloto desenvolvidoabrange, em seu estágio inicial, 17áreas localizadas no piso térreo, 14áreas do 1º pavimento e quatro áreasdo 2º pavimento do prédio principalutilizado pela FM e HC, além de to-das as áreas dos diversos pavimen-tos dos Anexos de Ensino Verde e Azul.Veja as áreas instalações que fazemparte do projeto piloto de prevenção aincêndio, em box nesta página.

A Brigada se reunirá, no mínimo,uma vez ao mês para avaliação dostrabalhos desenvolvidos e iniciará,em junho de 2009 , ciclo permanen-te de inspeções em todas as áreasdo projeto piloto para identificar con-dições inseguras, propondo as su-gestões de correção e melhorias.

Outro avanço na área de preven-ção de incêndio é a designação es-pecífica de um técnico de seguran-ça patrimonial da Assessoria de Se-gurança da FM/HC, para atuar emconjunto com a brigada nas ativida-des de prevenção. Esse profissio-nal, com formação anterior pelo Cor-po de Bombeiros, atuará uniformi-zado e dispõe de equipamentos es-pecializados de proteção individuale de resgate em incêndios, que fo-ram adquiridos pela FM/HC. O in-vestimento foi de R$ 20 mil.

“Essa etapa inicial de prevençãoa incêndio mostra a permanente bus-ca da humanização do HC”, afirma oprofessor Celso Leite, vice-superin-tendente do Hospital das Clínicas,que também participou da solenida-de de encerramento do treinamentoda 2ª Turma de brigadistas.

O assessor de segurança da FM/HC, Flávio Uchoa, diz considerar esseum dos mais gratificantes momen-tos da atuação da área, pois esseprojeto tem como foco principal pre-servar vidas. “Contamos com o apoioe estímulo integral da Direção da FMe Superintendência do HC”, destaca.

Servidor especializado atuará com equipamentos contra o fogo

Brigada busca voluntáriosA brigada de incêndio conta com um banco de dados dos seus

componentes e está em permanente captação de voluntários. Osinteressados em fazer parte do grupo devem enviar um e-mail [email protected] , com o assunto: “Quero ser brigadista de in-cêndio, voluntário”, ou ligue 3811-6556.

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JUNHO 2009

Milhares de histórias estão imor-talizadas no papel, invenção quemudou o cotidiano da humanidadee que modifica agora o destino demais de 80 crianças de 7 a 15anos. Através da reciclagem, o pro-jeto “Preservando o Futuro”, ofere-ce oportunidade educacional e so-cial a moradores de Rubião Júnior,distrito de Botucatu.

Criado a partir de uma inicia-tiva da Faculdade de Medicinade Botucatu/Unesp (FMB),onde o papel descartado era co-mercializado, o projeto foi ofici-alizado em 2001 e oferece in-serção social e melhoria no de-sempenho escolar das criançasatendidas.

Atualmente, o “Preservandoo Futuro” tem suas instalaçõesno distrito de Rubião Júnior, pró-ximo ao campus da Unesp deBotucatu e recebe as criançasem dois períodos, sempre com-plementares ao horário escolar.O projeto tem o apoio da Fa-mesp (Fundação para o Desen-volvimento Médico e Hospitalar),da Pró-Reitoria de Extensão daUnesp, Faculdade de Medicinade Botucatu, Prefeitura Munici-pal e Ação da Cidadania.

O “Preservando o Futuro” ofe-rece aulas de informática, educa-ção física, artes marciais, oficinasde reciclagem e dança. Um doscursos mais procurados pelascrianças é o ‘break’, estilo de dan-

Inserção social pela reciclagemça com origem no hip-hop. Atu-almente, duas educadoras e seismonitores dão o suporte para asatividades. Boa parte do traba-lho é financiada pela venda depapel produzido na faculdadepara reciclagem.

A assistente social da Açãoda Cidadania, uma das parceirasdo projeto, Márcia Cordeiro deBarros, ressalta que, além dasatividades realizadas no projeto,as crianças também têm acom-panhamento do desempenho es-colar e social. “Caso haja algumproblema, verificamos com a fa-mília e tentamos auxiliar da me-lhor forma possível”, declara. Elaexplica que um dos requisitospara que as crianças participemdo projeto é que estejam matricu-ladas em escolas.

Ex-ouvidora do Hospital dasClínicas (HC), vinculado à FMB,e uma das idealizadoras do pro-jeto, Isabel Conti ressalta que areciclagem é apenas um dos as-pectos trabalhados com as crian-ças. O foco principal é ofereceroportunidade de conhecimento econvívio com outras crianças dacomunidade. “A partir do momen-

to que a criança aprende a reci-clar, traz com ela uma perspecti-va de melhora, não só o meio-ambiente em que vive, mas tam-bém passa a ter nova visão soci-al”, declara.

Uma das novidades será oacompanhamento de saúde, coma inclusão de uma bolsista do cur-so de Enfermagem da FMB, queauxiliará na educação em higiene,entre outras atividades.

Resultados obtidos pelo pro-jeto fazem com que os coor-denadores celebrem o suces-so do “Preservando o futuro”.Duas jovens assistidas sãoatualmente universitárias naprópria Unesp. Uma das mode-los mais requisitadas interna-cionalmente, Camila Finn, tam-bém passou pelo projeto.

EXTENSÃO

Projeto “Preservando o Futuro”,além do cunho social tambémoferece às crianças de RubiãoJúnior noções de preservaçãodo Meio Ambiente

Projeto oferece aulasde informática, educação

física, artes marciais eoficinas de reciclagem

ALERTA

Em Botucatu, 13% dos estudantesconsomem álcool em níveis de risco

Parte de um projeto de pesqui-sas sobre o estilo de vida e o consu-mo de álcool e drogas dos estudan-tes das escolas de Botucatu, um le-vantamento feito em 2008 com estu-dantes dos ensinos fundamental emédio, mostrou que, em média, 40%dos alunos do ensino médio são con-sumidores regulares de bebidas al-coólicas, sendo que 13% deles já es-tão bebendo numa faixa de risco.Mostrou ainda que 7% desses estu-dantes já consumiram algum tipo deoutra droga, alguma vez na vida.

Segundo a docente do Depar-tamento de Neurologia, Psicologiae Psiquiatria da Faculdade de Me-dicina de Botucatu/Unesp (FMB),Florence Kêrr Correa, coordenado-ra do estudo junto com professorJosé Manoel Bertolote, apesar depreocupantes, essas taxas são in-feriores aos índices médios de ou-tros estudos nacionais.

Dando continuidade a este pro-jeto, será iniciada nas próximas se-manas uma nova fase, com financia-mento do CNPq (Conselho Nacionalde Desenvolvimento Científico e Tec-nológico) e do Ministério da Saúde.“Nesta etapa, nos concentraremosapenas nos alunos do curso médio,e o objetivo será o de identificar pro-blemas associados ao uso inade-quado de álcool, numa abordagempreventiva. A intenção é ajudar os es-tudantes a identificar padrões noci-vos de ingestão de álcool e as me-lhores estratégias para prevenir ou

retificar tais padrões, por meio de umaabordagem de intervenção breve”, ob-serva a docente. Todos os alunos docurso médio serão convidados a par-ticipar, mas haverá um sorteio ao aca-so para definir os que participarão.

Inicialmente, será aplicado umcurto questionário para triagem inicialde duração inferior a cinco minutos,para seleção dos participantes. Osselecionados serão submetidos auma primeira sessão de avaliação einformação, de duração média de 30minutos. Após 15 a 20 dias, haveráuma sessão adicional de informaçãoe avaliação. Haverá dois contatos deseguimento e reforço, seis e dozemeses após a segunda sessão.

Todas as informações obtidasserão tratadas como sigilosas. As res-postas dadas pelos alunos não se-rão divulgadas, de tal forma que ne-nhum deles poderá ser identificado. A

participação de cada aluno serácondicional à assinatura de um Ter-mo de Consentimento Livre e Es-clarecido, assinado tanto pelospais ou responsáveis quanto pelopróprio aluno.

Qualquer dúvida sobre qualqueraspecto deste trabalho poderá seresclarecida, nos horários comerciais,pelo telefone (14) 3811-6260 (Natha-lia, Sandra, Dra. Maria Odete, Dr. JoséManoel e Dra Florence) ou 14-3811-6338 (Alayde), ou no sitewww.viverbem. fmb.unesp.br que con-tém, também, informações sobre oassunto.

Espera-se que os resultadosdeste novo estudo possam ajudar asautoridades locais a melhor orientaras políticas e estratégias visando aprevenção e controle do consumo desubstâncias por escolares.

Estudo apontou crescente consumo de álcool entre estudantes

FOTO AGÊNCIA BRASIL

18/06/2009 - EVENTOX CURSO CONTINUADO DE VIDEOCIRURGIA DE ESÔFAGOE VESÍCULA BILIAR E III CURSO AVANÇADOEM VIDEOCIRURGIA DE FÍGADOLocal: Anfiteatro da PatologiaHorário: 7 horas

19/06/2009 - DEFESA DE TESELAERCIO MARTINS DE STEFANO“ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO E DESFECHOS CLÍNICOSEM PACIENTES COM SÍNDROME CORONARIANA AGUDAEM CLASSE FUNCIONAL DE KILLIP I OU II”Local: Auditório Marco Aurélio - Depto. de Clínica Médica da FM de BotucatuHorário: 14 horas

20/06/2009 - EVENTOMANEJO CLÍNICO E PROMOÇÃO DO ALEITAMENTO MATERNOLocal: Casa do Servidor - Sala 9Horário: 8 horas

25/06/2009 - DEFESA DE TESENELLY LOPES DE MORAES GIL“QUALIDADE DE VIDA DE INDIVÍDUOS INFECTADOS PELOHIV COM OU SEM TRATAMENTO ANTI-RETROVIRAL”Local: Solário do Departamento de Doenças Tropicais - FMB - UNESPHorário: 9 horas

03/07/2009 - DEFESA DE TESEELINE DE ALMEIDA SORIANO“EFEITOS DO USO DE RETINÓIDE SINTÉTICO NO CORAÇÃO DE ADOLES-CENTES E JOVENS EM TRATAMENTO DE ACNE”Local: Salão Nobre - FMB - UNESPHorário: 9 horas

21 A 23/08/2009 - EVENTOI ENCONTRO DE PESQUISA CLINICA DA FMBLocal: Hotel Colina Verde- Águas de São PedroHorário: 8 horas

17/09/2009 - EVENTO18º CONGRESSO MÉDICO ACADÊMIO DE BOTUCATULocal: Salão Nobre da Faculdade de Medicina de BotucatuHorário: 8 horas

03/12/2009 - EVENTOV ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA FMBLocal: Salão Nobre da Faculdade de Medicina de BotucatuHorário: 8 horas

Informações detalhadas no site www.fmb.unesp.br

agenda FMB