jornal da fmb nº 27

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No HC, Medicina Genômica orienta pacientes com câncer Pesquisa da FMB permite orientações clínicas de pacientes e familiares com mutações genéticas associadas a câncer de tireóide. Página 12 Paschoa conhece o projeto do novo hospital estadual, que será administrado pela FMB/Unesp Diretora foca atuação do STS em prevenção e qualidade de vida Ludimila Cândida de Braga é responsável desde o início do ano pela Seção Técnica de Saú- de da Unesp de Botucatu (STS). Entre suas atribuições estão a coordenação de programas de incentivo à prevenção de doenças e promoção da qua- lidade de vida dos servidores de toda a Unesp. Após uma fase inicial de transição, a se- ção agora alça novos voos em seu leque de atuação. Além de investimentos na rede de ser- viços, a STS tem desenvolvido campanhas de Prevenção a Hepatites e de instrumentos de rastreamento de transtornos mentais, estes últimos em par- ceria com o Departamento de Neurologia, Psicologia e Psi- quiatria da FMB. Página 7 Viaturas serão usadas para longas viagens e têm sistema de GPS Secretário da Saúde visita obras de Hospital Estadual e anuncia clínica para dependentes químicos Em visita dia 18 de setembro, às obras do novo Hospital Esta- dual de Botucatu, que será admi- nistrado pela Faculdade de Me- dicina de Botucatu/Unesp (FMB), o secretário de Estado da Saúde, Nilson Ferraz Paschoa anunciou a construção da Clínica de Reabi- litação a Dependentes Químicos no município. O centro será ins- talado em área próxima ao Hos- pital Estadual Cantídio de Moura Campos e era uma antiga reivin- dicação de autoridades e setores da sociedade local . Página 4 Discurso de posse frente ao Centro de Saúde Escola,no qual o diretor ressalta atendimento multiprofissional Ludimila Cândida de Braga comanda a STS desde fevereiro Após 39 anos de espera, dia 13 de setembro, o Centro de Saúde Escola de Botucatu viveu um mo- mento histórico. Os professores Antônio Piton Cyrino e Janete Pes- suto Simonetti, supervisor e vice- supervisora eleitos, tomaram pos- se e serão os primeiros gestores a comandar a unidade após ela ter sido transformada, em 2008, em Unidade Auxiliar de Estrutura Com- plexa da Unesp, sob administração da Faculdade de Medicina de Bo- tucatu/Unesp (FMB). Os dirigentes, que já estavam à frente do CSE, terão como um de seus grandes desafios repor o déficit de funcio- nários do Serviço. Página 5 Novos carros darão conforto para viagens Página 3 HCFMB elege seu Conselho Deliberativo A Congregação da Faculda- de de Medicina de Botucatu/ Unesp (FMB) decidiu, dia 13 de setembro, sobre a formação do novo Conselho Deliberati- vo de seu Hospital das Clínicas (HC). A unidade já pode ser considerada uma autarquia da Secretaria de Saúde do Esta- do de São Paulo. Página 11 Reflexão sobre atendimento a casos de óbito Página 10 Intermed: FMB termina torneio em 7º Página 8 Acordo com CPFL pode garantir economia de energia no campus A CPFL Paulista dia 31 de agosto, durante inauguração de sua nova agência de aten- dimento em Botucatu, a ofici- alização da parceria com a Unesp - Campus Rubião Júnior para a implantação do projeto “Eficiência Energética”. Será fei- to um diagnóstico imediato dos pontos onde há maior consu- mo para que sejam implanta- das ações de racionalização, como a substituição das lâm- padas atuais por outras mais econômicas. Professor Sérgio Swain Müller, então presidente do Grupo Administrativo do Campus (GAC) da Unesp de Botucatu assinou termo de par- ceria com a companhia ener- gética. O mesmo projeto já foi viabilizado em outras unidades da universidade, como nos cam- pus de Jaboticabal, Bauru, Ara- çatuba e Araraquara. Foram in- vestidos, pela CPFL, R$ 2,5 mi- lhões. A expectativa é que a re- dução de consumo com ilumi- nação, no campus de Rubião Jú- nior, seja de 20%. Página 3 Como unidade da Unesp, CSE empossa direção

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setembro de 2010

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Page 1: Jornal da FMB nº 27

No HC, MedicinaGenômica orientapacientes com câncerPesquisa da FMB permite orientações clínicas depacientes e familiares com mutações genéticasassociadas a câncer de tireóide. Página 12

Paschoa conhece o projeto donovo hospital estadual, que seráadministrado pela FMB/Unesp

Diretora foca atuação do STS emprevenção e qualidade de vida

Ludimila Cândida de Bragaé responsável desde o início doano pela Seção Técnica de Saú-de da Unesp de Botucatu (STS).Entre suas atribuições estão acoordenação de programasde incentivo à prevenção dedoenças e promoção da qua-lidade de vida dos servidoresde toda a Unesp. Após umafase inicial de transição, a se-

ção agora alça novos voos emseu leque de atuação. Além deinvestimentos na rede de ser-viços, a STS tem desenvolvidocampanhas de Prevenção aHepatites e de instrumentos derastreamento de transtornosmentais, estes últimos em par-ceria com o Departamento deNeurologia, Psicologia e Psi-quiatria da FMB. Página 7

Viaturas serão usadas para longas viagens e têm sistema de GPS

Secretário da Saúde visita obras de Hospital Estaduale anuncia clínica para dependentes químicos

Em visita dia 18 de setembro,às obras do novo Hospital Esta-dual de Botucatu, que será admi-nistrado pela Faculdade de Me-dicina de Botucatu/Unesp (FMB),

o secretário de Estado da Saúde,Nilson Ferraz Paschoa anuncioua construção da Clínica de Reabi-litação a Dependentes Químicosno município. O centro será ins-

talado em área próxima ao Hos-pital Estadual Cantídio de MouraCampos e era uma antiga reivin-dicação de autoridades e setoresda sociedade local .Página 4

Discurso de posse frente ao Centro de Saúde Escola,no qual o diretor ressalta atendimento multiprofissional

Ludimila Cândida de Bragacomanda a STS desde fevereiro

Após 39 anos de espera, dia 13de setembro, o Centro de SaúdeEscola de Botucatu viveu um mo-mento histórico. Os professoresAntônio Piton Cyrino e Janete Pes-suto Simonetti, supervisor e vice-supervisora eleitos, tomaram pos-se e serão os primeiros gestores acomandar a unidade após ela tersido transformada, em 2008, emUnidade Auxiliar de Estrutura Com-plexa da Unesp, sob administraçãoda Faculdade de Medicina de Bo-tucatu/Unesp (FMB). Os dirigentes,que já estavam à frente do CSE,terão como um de seus grandesdesafios repor o déficit de funcio-nários do Serviço. Página 5

Novos carrosdarão confortopara viagens

Página 3

HCFMB elegeseu ConselhoDeliberativo

A Congregação da Faculda-de de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) decidiu, dia 13 desetembro, sobre a formaçãodo novo Conselho Deliberati-vo de seu Hospital das Clínicas(HC). A unidade já pode serconsiderada uma autarquia daSecretaria de Saúde do Esta-do de São Paulo. Página 11

Reflexão sobreatendimento acasos de óbito

Página 10

Intermed:FMB terminatorneio em 7º

Página 8

Acordo com CPFL pode garantireconomia de energia no campus

A CPFL Paulista dia 31 deagosto, durante inauguraçãode sua nova agência de aten-dimento em Botucatu, a ofici-alização da parceria com aUnesp - Campus Rubião Júniorpara a implantação do projeto“Eficiência Energética”. Será fei-to um diagnóstico imediato dospontos onde há maior consu-mo para que sejam implanta-das ações de racionalização,como a substituição das lâm-padas atuais por outras maiseconômicas. Professor Sérgio

Swain Müller, então presidentedo Grupo Administrativo doCampus (GAC) da Unesp deBotucatu assinou termo de par-ceria com a companhia ener-gética. O mesmo projeto já foiviabilizado em outras unidadesda universidade, como nos cam-pus de Jaboticabal, Bauru, Ara-çatuba e Araraquara. Foram in-vestidos, pela CPFL, R$ 2,5 mi-lhões. A expectativa é que a re-dução de consumo com ilumi-nação, no campus de Rubião Jú-nior, seja de 20%. Página 3

Como unidadeda Unesp, CSEempossa direção

Page 2: Jornal da FMB nº 27

SETEMBRO 2010

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Pós-graduação e a formaçãode Recursos Humanos

O Brasil conta hoje com uma co-munidade de cerca de duzentas milpessoas rotineiramente envolvidascom a prática da pesquisa científica etecnológica, organizadas em doze milgrupos de pesquisa, desenvolvendomais de 40.000 linhas de investigaçãoe vinculadas a cerca de 230 institui-ções de ensino e pesquisa.

A produção científica e a capaci-dade de formação de pesquisadoresdessa comunidade colocam hoje oPaís entre as dezessete nações que maiscontribuem para o acervo universal deconhecimento de qualidade e entre asdoze nações de maior capacidade naformação de doutores.

O nosso Reitor quer trazer aUNESP para dentro das 200 melho-res Universidades do mundo e mui-to trabalho temos pela frente paraauxiliá-lo nesta tarefa.

Mas são muitos os obstáculos. Di-ficuldades que se iniciam nos nossoslaboratórios de pesquisa, esbarram nosproblemas para a aquisição de materi-ais de consumo e equipamentos. E vãoaté os salários, muito menos atraentesos dos professores e pesquisadores queos do mercado, principalmente quan-do se trata de profissionais liberais.

Há muito as Universidades nãoencontram orçamento para realizaçãode pesquisa, sendo obrigatório reali-zar a captação de recursos externos

para a realização de nossas propostas.Os órgãos de fomento, como o CNPq,as agências estaduais financiadoras depesquisa (como a FAPESP, no estadode São Paulo e a FAPERJ no Rio), a FI-NEP, assim como a iniciativa privada(os laboratórios) que financiam a pes-quisa clínica, são as possíveis fontespara obtenção de recursos para a rea-lização dos experimentos.

Ressalto que a FAPESP, no Estadode SP, é uma grande oportunidade paraos pesquisadores. A obtenção dos re-cursos dela advindos segue por umasistemática que envolve bons projetose pesquisadores que estejam realmen-te envolvidos e comprometidos com arealização dos estudos e com a divul-gação dos resultados em revistas cien-tíficas. Somos avaliados pelo nossodesempenho. E é um processo justo ede muita transparência.

É dentro dos cursos de PG que seencontra a maior parte da produçãocientífica de qualidade, justamenteporque os pós-graduandos possuemmaturidade e conhecimento que faci-litam a execução das propostas.

É DENTRO DOS CURSOS DE

PG QUE SE ENCONTRA AMAIOR PARTE DA PRODUÇÃO

CIENTÍFICA DE QUALIDADE

SILVANA ARTIOLI SCHELLINIé professora titular do Departameno de

Oftalmo, Otorrino e Cirurgia de Cabeçae Pescoço e vice-diretora da

Faculdade de Medicina de Botucatu

OPINIÃO

27/09/2010 - CONGRESSOXXII CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNESP - 1ª FASELocal: Salão Nobre da Faculdade de Medicina de BotucatuHorário: 08 horasContato: [email protected]/09/2010 - CURSONOVAS TECNOLOGIAS P/ MONITORIZAÇÃONA SALA DE EMERGÊNCIA, CENTRO CIRÚRGICO E UTILocal: Anfiteatro do Instituto de BiociênciasHorário: não divulgadoContato: [email protected]/09/2010 - CURSONOVAS TECNOLOGIAS P/ MONITORIZAÇÃONA SALA DE EMERGÊNCIA, CENTRO CIRÚRGICO E UTILocal: CASA DA ARTE - FMVZHorário: 08:00Contato: [email protected]/09/2010 - EVENTOVI CONFIAM - CONGRESSO DE FÍSICA APLICADA À MEDICINALocal: Salão Nobre da FMBHorário: 08:00Contato: [email protected]/10/2010 - EVENTOIX JORNADA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL DA FMBLocal: Salão Nobre da FMBHorário: 08:00Contato: [email protected] ou www.japa.fmb.unesp.br15/10/2010 - EVENTOVII CONGRESSO DE ONCOLOGIA DE BOTUCATULocal: Salão Nobre da FMBHorário: 19:00Contato: [email protected]/10/2010 - EVENTOVII CONGRESSO DE SAÚDE E ESPIRITUALIDADE DE BOTUCATULocal: Salão Nobre da FMBHorário: 18:00Contato: [email protected]/11/2010 - EVENTOCONGRESSO DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE MEDICINALocal: Salão Nobre da FMBHorário: não divulgadoContato: [email protected]/11/2010 - EVENTOCURSO DE ETIQUETA PROFISSIONAL E MAKETING PESSOALLocal: Casa do ServidorHorário: 13:30Contato: [email protected]/11/2010 - EVENTOFORMATURA DA 43ª TURMA DE MEDICINA DA FMBLocal: Ginásio Poliesportivo da Faculdade de Ciências Agronômicas de BotucatuHorário: 16:00Contato: [email protected]/11/2010 - EVENTOFORMATURA DA 19ª TURMA DE ENFERMAGEM DA FMBLocal: Colégio Arquidiocesano La SalleHorário: 18:00Contato: [email protected]

Informações detalhadas no site www.eventos.fmb.unesp

agenda

FACULDADE DE MEDICINA

Os cursos de PG surgiram no Brasilem passado recente. A CAPES, o órgãoque regulamenta a PG brasileira foi cri-ada em 1951, no Governo Vargas, como objetivo: “ formar pessoal especializa-do e com qualidade para atender àsnecessidades de desenvolvimento dopaís”. Era visto que a construção deuma nação desenvolvida e indepen-dente é ligada a necessidade de for-mação de especialistas e pesquisado-res. Em 1953 foram outorgadas 79 bol-sas, relacionadas principalmente como financiamento de visitas ao exterior.Em 1961 a CAPES fica subordinada aPresidência da República; em 1964 seliga ao MEC e em 1965 foram abertos27 cursos de mestrado e 11 de douto-rado, totalizando 38 no país .

Aqui na FMB a PG foi iniciadacom o Curso de Bases Gerais da Ci-rurgia e Cirurgia Experimental, noano de 1976. Na UNIFESP e USP SPem 1980 e em 2003 foi iniciada a PGna USP-Ribeirão Preto.

A PG cresceu muito. Hoje temosmatriculados nos 10 cursos de PGda FMB 1709 alunos. A PG se popula-rizou. Mas muitos não entendem bemo que significa ser um pós-graduan-do. A PG está fortemente voltada para

a formação de recursos humanos –profissionais para o magistério (daío investimento em bolsas de estu-do, auxílios e outros mecanismos),que possam promover cooperaçãocientífica nacional e internacional,viabilizando o acesso à produçãocientífica mundial. E os cursos de PGsão muito cobrados pela CAPES nestesrequisitos.

No passado, uma pessoa que qui-sesse ser aluno da PG precisava formu-lar uma proposta de projeto de pes-quisa e procurar um orientador. Hojeem dia, o aluno vai entrar numa Linhade Pesquisa do docente orientador.

É preciso que o aluno tenha co-nhecimento do seu papel dentro docurso. O aluno deve ser compro-metido cientificamente com o cur-so, trabalhando para o desenvolvi-mento científico do curso e do país.Desistências no meio do caminho,além de negativas para o aluno, pre-judicam o programa. Quem entrapara o curso deve ter em mente quea cobrança da CAPES não fica limi-tada ao seu projeto de pesquisa eao tempo que ele levará para exe-cutá-lo. O aluno tem que ter com-promisso com a qualidade da pro-dução e com a produção sistemáti-ca de conhecimento que deve serdivulgado em veículos de abran-gência internacional.

A avaliação dos cursos em quevocês se inserem é fundamentadaem dados e índices de desempe-

nho, de vocês e dos seus orienta-dores. A CAPES mostra os cami-nhos. Ela valoriza que se tenha umolhar para os alunos da Graduação.E isso, além de traz mais recursoshumanos para os projetos em de-senvolvimento, trazem também aoportunidade de formar novos pes-quisadores. Valoriza muito a capta-ção de recursos externos para as pes-quisas porque ela sabe que com ver-ba os sonhos podem ser mais altos.

Valoriza a publicação com altoimpacto porque sabe que é esta quealcança maior publico. Valoriza oDoutorado sanduíche e o pós-doutorado, oportunidades que sãopor demais importantes para os alu-nos de PG e que devem sim seraproveitadas.

A produção de conhecimentovem crescendo exponencialmenteem todo mundo. Reconhecemosessas recentes conquistas. Porém,elas ainda são invisíveis para am-plo segmento da sociedade brasi-leira. O desafio é trabalhar mais emais com pesquisa aplicada e quenecessariamente aproxime a pes-quisa de toda a sociedade, permi-tindo que os benefícios sejam usu-fruídos por ela.

Quero por último deixar umpensamento: ‘Para obter algo quevocê nunca teve, precisa fazer algoque nunca fez’. Lutem para alcan-çar seus objetivos. Qualifiquem-separa o mercado de trabalho. E nosajudem a ter uma PG forte!

ACONTECE

O ex-ministro da Justiça eatual Secretário de DireitosHumanos da cidade de SãoPau lo , José Gregor i , fo i oconvidado, dia 24 de agos-to, da abertura da segundaedição Ciclo de Palestras emBioética. O evento, que a Fa-culdade de Medicina de Bo-tucatu/Unesp (FMB) promo-ve entre agosto e novembro,todas as terças-feiras , temcomo objetivo promover dis-cussões e debates sobre te-mas polêmicos e atuais nasáreas da pesquisa cl ínica emédica.

Gregori ressaltou, em suaexplanação, o fortalecimen-to da democracia no Brasil esuas relações com o desen-volvimento da bioética. Alémdo ex-ministros, outros espe-cialistas deverão realizar pa-les t ras durante os quat romeses de debates.

Em cada evento , se rãodiscutidos tópicos de rele-vância para pesquisadores,estudantes e diversas esferasda sociedade quanto à bio-ética. Devem ser abordadosdireitos humanos, ética e mo-ral na bioética, questões so-bre terminal idade da vida,assédio moral, entre outros.Questões como o início davida e pesquisas embrioná-rias também terão ênfase nasdiscussões.

Outro ponto a ser anali-sado será o novo Código de

Ciclo de Palestras em Bioética tempresença de ex-ministro da Justiça

Ética Médica, em vigor des-de o início do ano. A inten-ção, segundo a organizaçãodo evento, é fazer com queas discussões repercutam deforma instigante tanto a acadê-micos quanto às mais diversasesferas da sociedade.

“A ideia é que esse ciclo depalestras se torne uma ativida-de permanente do Núcleo deBioética, devido a necessidade

constante da comunidade aca-dêmica e a própria sociedadede debater temas de interessemútuo”, explica prof. WillianSaad Hossne, presidente doNúcleo de Bioética em SituaçãoClínica da FMB.

Informações sobre o ciclode palestras podem ser obti-das através do telefone (14)3815-4691 ou pelo ema i [email protected].

Ex-ministro da Justiça, José Gregori, durante palestra na FMB

28/09 – “Bioética e pesquisa em seres humanos”: Prof. Dr. William Saad Hossne(Anfiteatro da Patologia);19/10 – “Questões éticas relacionadas ao início da vida”: Prof. Dr. Christiande Paul de Barchifontaine;26/10 – “Novo Código de Ética Médica - Final de vida e cuidados paliativos”: Prof. Dr. Reinaldo Ayer de Oliveira;09/11 - Discussão de Casos: Prof. Dr. William Saad Hossne eProf. Dr. Trajano Sardenberg.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO

Reitor:Reitor:Reitor:Reitor:Reitor: Herman Jacobus Cornelis VoorwaldVice-reitor:Vice-reitor:Vice-reitor:Vice-reitor:Vice-reitor: Julio Cezar Durigan

FFFFFACULDADEACULDADEACULDADEACULDADEACULDADE DEDEDEDEDE M M M M MEDICINAEDICINAEDICINAEDICINAEDICINA DEDEDEDEDE B B B B BOTUCATUOTUCATUOTUCATUOTUCATUOTUCATU

Diretor:Diretor:Diretor:Diretor:Diretor: Sérgio Swain MüllerVice-diretora:Vice-diretora:Vice-diretora:Vice-diretora:Vice-diretora: Silvana Artioli Schellini

Superintendente do HCSuperintendente do HCSuperintendente do HCSuperintendente do HCSuperintendente do HC: Emílio Carlos CurcelliVice-superintendente:Vice-superintendente:Vice-superintendente:Vice-superintendente:Vice-superintendente: Irma de Godoy

Presidente da Famesp: Presidente da Famesp: Presidente da Famesp: Presidente da Famesp: Presidente da Famesp: Pasqual BarrettiVice-presidente:Vice-presidente:Vice-presidente:Vice-presidente:Vice-presidente: Shoiti Kobayasi

O Jornal da FMBJornal da FMBJornal da FMBJornal da FMBJornal da FMB é uma publicação mensal dirigida ao público interno daFaculdade de Medicina de Botucatu/Unesp e das fundações, unidades médico-hospitalares e de pesquisas a ela vinculadas. Sugestões, comentários e colaboraçõesdevem ser encaminhadas à Assessoria de Comunicação e Imprensa da FMB/Unesppelo endereço [email protected].

Assessoria de Comunicação e Imprensa-Assessoria de Comunicação e Imprensa-Assessoria de Comunicação e Imprensa-Assessoria de Comunicação e Imprensa-Assessoria de Comunicação e Imprensa- Leandro Rocha (MTB-50357)Produção, editoração e impressão:Produção, editoração e impressão:Produção, editoração e impressão:Produção, editoração e impressão:Produção, editoração e impressão: G3 Gráfica & Editora-Rua Jorge Barbosa de Barros, 163- Jardim Paraíso-Botucatu-SPReportagens: Reportagens: Reportagens: Reportagens: Reportagens: Flávio Fogueral (MTB- 34927)Fotografia: Fotografia: Fotografia: Fotografia: Fotografia: Flávio Fogueral, Fotografia AG e Arquivo ACI/FMB

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

JORN

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MB

Page 3: Jornal da FMB nº 27

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SETEMBRO 2010

FACULDADE DE MEDICINA

A CPFL Paulista anunciou, nanoite de 31 de agosto, duranteinauguração de sua nova agên-cia de atendimento em Botucatu,a oficialização da parceria coma Unesp - Campus Rubião Júniorpara a implantação do projeto“Eficiência Energética”. Será feitoum diagnóstico imediato dospontos onde há maior consumopara que sejam implantadasações de racionalização, como asubstituição das lâmpadas atuaispor outras mais econômicas.

Professor Sérgio Swain Müller,presidente do Grupo Administrati-vo do Campus (GAC) da Unesp deBotucatu e o diretor administrativoda Administração Geral (AG), Car-los Winckler, estiveram presentes noevento. Na oportunidade, profes-sor Müller assinou termo de parce-ria com a companhia energética.

O prefeito de Botucatu, JoãoCury Neto, também presente nacerimônia de inauguração da novaagência de atendimento, disse terficado bastante satisfeito com ofato de a Unesp estar inserida en-tre as prioridades da CPFL. “AUnesp é a menina dos olhos deBotucatu. É muito importante sa-ber que ela está inserida nessa par-ceria com a CPFL para proporcio-nar um consumo mais racional”, co-locou. Cury aproveitou para anun-ciar a Prefeitura e CPFL Paulista vãoiluminar as duas principais vias deacesso ao campus de Rubião Júni-or: as rodovias Antônio Butignollie Domingos Sartori.

O evento em que foi anuncia-da a parceria com a Unesp Botu-catu contou com a presença dovice-presidente de Distribuição daCPFL Energia, Hélio Viana Perei-ra, além de outros diretores daempresa e autoridades munici-pais. O mesmo projeto já foi via-bilizado em outras unidades dauniversidade, como nos campusde Jaboticabal, Bauru, Araçatubae Araraquara. Foram investidos,pela CPFL, R$ 2,5 milhões.

Gastos com energia devemdiminuir significativamente

A expectativa é que a reduçãode consumo com iluminação, nocampus de Rubião Júnior, seja de20%. Atualmente, estima-se que ogasto mensal com energia elétrica

GAC e CPFL firmam convêniopara reduzir consumo de energia

fique em torno de R$ 275 mil, sen-do que a maior parte do consu-mo é do Hospital das Clínicas.

Há pouco mais de um mês, aentrada de energia no campus deRubião Júnior foi dividida e o HCpassou a ter seu próprio relógio. Apartir de agora será possível saberexatamente e de maneira individu-alizada qual a despesa do hospitale das demais unidades situadas nasdependências da universidade.

“A Administração do Campussempre se empenhou para alcan-çarmos essa redução no consumode energia. Sempre esteve entrenossas prioridades promoverações objetivando diminuir asdespesas da universidade e pro-va disso é que já desenvolvemosum projeto para redução do con-sumo de água no campus, quetem dado resultados”, destacaCarlos Winckler, diretor adminis-trativo da Administração Geral doCampus. “Fico muito feliz em par-ticipar da concretização dessaparceria com a CPFL. Além degerar economia, é um projetocom responsabilidade ambiental,como foi o da água”, acrescenta.

O MESMO PROJETO FIRMADO

EM BOTUCATU JÁ FOI

VIABILIZADO EM OUTRAS

UNIDADES DA UNIVERSIDADE

Prof. Sérgio Müller assina convênio com a CPFL Paulista duranteinauguração de nova agência de atendimento em Botucatu

Desde o dia 3 de setembro oGrupo Administrativo do Campus(GAC) - Unesp de Botucatu está sobnovo comando. Professor SérgioSwain Müller, diretor da Faculdadede Medicina de Botucatu/Unesp(FMB) deixou o cargo, que foi assu-mido pelo diretor da Faculdade deMedicina Veterinária e Zootecnia/Unesp (FMVZ), professor Luiz Car-los Vulcano, tendo como seu vice oprofessor Edivaldo Domingues Ve-lini, diretor da Faculdade de Ciênci-as Agronômicas/Unesp (FCA).

Na cerimônia de encerramentoda gestão, realizada na sede doGAC, professor Müller apresentounúmeros dos investimentos realiza-dos durante os dois anos de seumandato. Foram investidos, consi-derando recursos destinados pelaReitoria e verbas obtidas através deparcerias R$ 5.561.439,71.

Em seu discurso, o antigo presi-dente do Grupo ressaltou algumasdificuldades que enfrentou, comoo baixo poder de investimento docampus, já que as despesas comcusteio são altas. “Mas mesmo as-sim temos o privilégio de ser o mai-or campus da Unesp e termos umprestígio muito grande junto à Rei-toria”, destacou. Durante seu man-dato, professor Müller teve o apoiodo diretor técnico administrativo doGAC, Carlos Winckler, responsávelpor gerenciar grande parte dasobras e investimentos realizados.

O ex-presidente do GAC tam-bém pontuou alguns problemas noatual modelo de gestão de alguns

CAMPUS

Prof. Vulcano já é o novopresidente do GAC

Vulcano ressaltou, em sua posse, a importância da união entreas faculdades do Campus de Botucatu. Á direita, professor Velini

campi, através do Grupo Admi-nistrativo. Em sua opinião, é com-plicado, no aspecto financeiro,sustentar uma estrutura como aexistente em Botucatu, onde hádois campus de grandes dimen-sões. “Talvez no futuro tenhamosque ter dois GACs, um para Ru-bião e outro para a Fazenda La-geado. O campus mereceria umagestão diferente, com um profis-sional que pudesse dedicar-se 40horas por semana em sua admi-nistração”, colocou.

Já professor Vulcano, novopresidente do GAC, se compro-meteu a dar continuidade, como mesmo empenho, aos proje-tos iniciados por seu antecessor.“Espero poder contar com todose também me coloco à disposi-ção para trabalhar pelos interes-ses das quatro unidades da Unespem Botucatu. Essa união tem sidomuito importante até agora e pre-cisa ser mantida. Vamos manteressa hegemonia”, frisou.

Em tempo- Em virtude do afas-tamento do Senhor Presidente doGAC, o Prof. Dr. Luiz Carlos Vulca-no no período de 13 a 19 de se-tembro 2010, para participar decongresso, e no período de 20 desetembro a 4 de outubro paragozo de Licença Prêmio, o Prof. Dr.Edivaldo Domingues Velini respon-derá pelo expediente da Presidên-cia do Grupo Administrativo doCâmpus, como Vice-Presidente doGAC, em Exercício.

Renovação na frota de veículos na FMBOs usuár ios da Seção de

Transportes da Faculdade de Me-dicina de Botucatu/Unesp (FMB)terão mais segurança e confortoem suas viagens. Foram locadospela instituição três carros Che-volet Meriva, que serão utiliza-dos prioritariamente para viagensde longa distância, como SãoPaulo, Campinas e Ribeirão Pre-to, que são as mais frequentes.

Os automóveis são 0 km, têmquatro portas, câmbio automático eGPS. Quando os veículos atingirem80 mil quilômetros, serão substituí-dos. “A locação se mostrou uma op-ção viável após estudos feitos pornossa equipe no mercado. Não te-remos mais despesas com manuten-ção e seguro desses veículos novos.

TRANSPORTES

Ofereceremos mais conforto aospassageiros e haverá menos riscosde acidentes”, afirma professor Sér-gio Swain Müller, diretor da FMB.Em 2009, a FMB gastou aproxima-damente R$ 150 mil com a manu-tenção de sua frota.

A frota atual de automóveis dis-poníveis aos usuários da Faculdadede Medicina tem, em média, 10 anosde uso. São dois Volkswagen Santa-na Quantum; um Wolkswagen San-tana e um Chevrolet Astra, além deuma Kombi (para transportes inter-nos) e uma Van com 15 lugares. Coma locação das três Meriva, a inten-ção é reduzir as viagens feitas peloscarros mais antigos. “Rodamos, emmédia, por mês, considerando asquatro ambulâncias, aproximada-

mente 70 mil quilômetros”, observaSérgio Rogério Bovolenta, supervi-sor da Seção de Transportes da FMB.

Com 13 motoristas em seu qua-dro - sendo dois à serviço da Dire-toria da FMB e Superintendência doHC - a faculdade já tem optado tam-bém, esporadicamente, pela locaçãode carros com motorista para aten-der a demanda de viagens. “Nossosmotoristas têm desempenhado mui-to bem suas funções. No entanto,para evitar uma sobrecarga de ser-viço sobre eles e atender às necessi-dades de nosso público interno, op-tamos por, em algumas situações,alugar carros já com motoristas”,destaca Sandra Aparecida A. da Sil-va, diretora da Divisão Técnica Ad-ministrativa da FMB.

Tem sido realizada desde o anopassado a readequação da redeelétrica de baixa e média tensãodo campus da Unesp em RubiãoJúnior. As obras, que tinham custoinicial, financiado pela Reitoria daUnesp, de aproximadamente R$1,9 milhão, já contemplaram a co-locação de novos postes para su-porte da fiação de energia; tro-ca de todos os transformadores,que passaram a ficar dentro de

Readequação daRede Elétrica doCampus avança

cabines e ainda adaptação de al-gumas instalações passando-aspara o subterrâneo.

O projeto passou por um adi-tamento de R$ 417 mil, totalizan-do atualmente R$ 2,4 milhões. Oajuste financeiro foi necessáriopara que fosse possível readequara entrada de energia da Faculda-de de Medicina Veterinária e Zoo-tecnia e ainda realocar os mastrosonde são hasteadas as bandeirasna entrada do campus. Atualmen-te, toda a rede já se encontra ener-gizada e o próximo passo será aretirada dos postes antigos.

Os novos veículos possuem câmbio automático e sistema GPS

FOTO FLÁVIO FOGUERAL

FOTO ACI FMB

FOTO

ACI

FM

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Page 4: Jornal da FMB nº 27

SETEMBRO 2010

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Em visita ao novo Hospital Estadual de Botucatu,secretário anuncia Clínica para Dependentes Químicos

Em visita na manhã de 18 desetembro, às obras do novo Hos-pital Estadual de Botucatu, queserá administrado pela Faculda-de de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), o secretário de Es-tado da Saúde, Nilson Ferraz Pas-choa anunciou a construção da Clí-nica de Reabilitação a Dependen-tes Químicos no município.

O centro será instalado em áreapróxima ao Hospital Estadual Can-tídio de Moura Campos e era umaantiga reivindicação de autoridadese setores da sociedade local. Todaa concepção da clínica foi desen-volvida em parceria entre a FMB-através de seu Departamento deNeurologia, Psicologia e Psiquiatria-e Prefeitura de Botucatu. Ainda nãohá previsão para a construção daunidade. Paschoa, no entanto, adi-antou que o projeto deve estar con-cluído em três semanas.

Após ser recepcionado por au-toridades locais, o secretário reali-zou visita às obras de construçãodo novo HospitalEstadual de Botuca-tu, que será voltadoao atendimento se-cundário da saúde.Poderá realizar des-de consultas ambu-

A expectativa do novo hos-pital estadual é atender 6 milpessoas, em média, anualmen-te. A assistência ao usuário seráem sistema de concordânciaentre o Hospital das Clínicas(HC) que em 2009 realizou maisde 247 mil consultas em ambu-latórios e 7.800 cirurgias.Voltadoao atendimento de média com-plexidade, a nova unidade darásuporte ao HC ao oferecer des-de cirurgias a partos.

Sua primeira etapa englobatrabalhos estruturais e de adapta-ção. Desde o final de agosto sãorealizadas reformas dos prédiosque receberão parte dos serviços,além da cozinha e lavanderia. To-dos os 10mil m² de obra serãoconstruídos seguindo as mais atu-ais normas e legislações ambi-entais, biológicas e sanitárias.

A terraplanagem contem-plará o espaço onde serão alo-cados o Centro Cirúrgico, Salade Observação, Sala de Espe-ra, Consultórios e Raio X. Ain-

Essa parceria entreuniversidade e governodo Estado é interessanteà sociedade

Dr. Nilson Paschoa sobre agestão em unidades de saúde

Novo hospital dará suporte noatendimento de média complexidade

da não há previsão, mas o novoprédio deve começar a serconstruído até o final do ano.

No atual espaço cedidopelo Cantídio, haverá readap-tações estruturais para a aco-modação dos oitenta leitosprevistos no projeto. Tambémserão instalados almoxarifado,laboratórios, arquivo morto,vestiários, setor de informáticae necrotério. A planta de gasesserá alocada em um anexo forado espaço em reforma.

Já a cozinha e lavanderiaantes usadas pelo Cantídio pas-sam por processo de reformaem suas estruturas. Serão tro-cados pisos, telhados, f iaçãoelétrica e colocados sistema dear condicionado e de exaustão.

latoriais até cirurgias de média com-plexidade como partos. A previsãoé que a unidade seja inauguradadentro de doze meses.

No momento, a área onde seráinstalado novo hospital recebe ser-viços de terraplanagem e as ins-talações já existentes passam poradaptações estruturais em seto-res que serão destinados à cozi-nha, lavanderia e ambulatórios.O investimento para a construçãoé de R$ 33.887.944, proporcio-nará retaguarda e melhorias nofluxo de demandas ao Hospitaldas Clínicas, em Botucatu.

Satisfeito com o ritmo das obras-iniciadas em agosto-, Paschoa vol-tou a frisar a importância de parce-rias entre instituições públicas como governo estadual para a gestãoda Saúde Pública em São Paulo.Exemplificou a presença da Unesp(através de sua Faculdade de Me-dicina), na assistência e gestão deunidades da região, como o Hos-pital das Clínicas e Hospital Estadual

de Bauru.“Essa parceria

entre universida-de e governo doEstado é interes-sante à socieda-de. Cada vez mais

vemos a universidade vinculada aosresponsáveis pela gestão da SaúdePública em São Paulo e com issoconseguimos avançar de forma efi-caz no atendimento em saúde”, de-clarou o secretário.

Sobre a nova clínica para reabi-litação de dependentes químicos, osecretário foi enfático ao dizer quesua instalação mostra a referênciaregional em saúde na qual Botuca-tu se transformou devido às suas fer-ramentas de auxílio. “Precisamos ternas mais diversas regiões do Esta-do um sistema que englobe os maisdiversos níveis de assistência, o queBotucatu tem se estruturado paraoferecer”, afirmou.

Já o diretor da FMB, prof. Sér-gio Müller destacou o compromis-so da universidade na gestão doserviço enfatizando que a cons-trução da nova unidade vem asuprir diversas carências enfrenta-das pela população. “O HospitalEstadual, em Botucatu, estava vin-culado à passagem do HC comofutura autarquia do Estado. Eranecessária a existência de uma uni-dade que desse o suporte neces-sário para que esse processo ocor-resse sem prejuízos à população.Para cumprir a missão do SUS (Sis-tema Único de Saúde) de univer-salizar o acesso aos serviços es-senciais é que a Faculdade de Me-dicina tem a missão de ser parce-ria nessa nova unidade”, declarou.

O prefeito de Botucatu, João CuryNeto (PSDB), declarou que tanto onovo hospital quanto a clínica de re-abilitação anunciada mostra o dife-rencial local em oferecer equipamen-tos públicos de saúde diferenciados.“Isso fortalece a vocação do municí-pio na assistência médica e de aten-ção à saúde”, completou o gestor.

Estiveram presentes também àvisita ao novo hospital, o professorEmílio Carlos Curcelli, superintenden-te do HC; professor Antonio Rugo-lo Júnior, diretor executivo dos Am-bulatórios Médicos de Especialida-des (AMEs) de Bauru, Tupã e Itape-tininga, além da diretora do DRS 6(Departamento Regional de Saúde)de Bauru, Doroti da Conceição Vi-eira Alves Ferreira.

A ÁREA ONDE SERÁ INSTALADO

NOVO HOSPITAL RECEBE

SERVIÇOS DE TERRAPLANAGEM

E REFORMAS ESTRUTURAISProfessores Curcelli e Sérgio Müller com secretário Paschoa (ao centro)

Trabalhos de terraplanagemna área onde será construída

o novo hospital já começa-ram. Reformas estruturais na

cozinha também avançam

Trabalho realizado pela Dis-ciplina de Cirurgia Vascular doDepartamento de Cirurgia eOrtopedia da Faculdade deMedicina de Botucatu/Unesp(FMB) e que analisa os efeitosda formação de coágulos nosmembros inferiores- pernas epés-, foi premiado durante oIV Congresso Brasileiro de Eco-grafia Vascular, realizado dias 14e 15 de agosto, em São Paulo.

Estudo que analisa trombose em pernase pés é premiado em congresso nacional

De autoria do pós-graduan-do Gustavo Brandão, com a co-ordenação dos professores Ha-milton Rollo e Marcone Sobrei-ra, o estudo integra as ativida-des desenvolvidas pelo progra-ma de pós- graduação em Ba-ses Gerais da Cirurgia e focoua Trombose Venosa Profunda(TVP), doença responsável por600 mil internações anuais ape-nas nos Estados Unidos.

Considerada uma das doen-ças mais graves nos membrosinferiores (pernas e pés), a TVPpode incapacitar a pessoa senão tratada adequadamente eser fatal em alguns casos. Al-guns fatores como obesidade,varizes, câncer e quimioterapia,gravidez e pessoas com maisde 40 anos, entre outros, sãoconsiderados de risco para oaparecimento da enfermidade.

Para a pesquisa foramanal i sados doze pac ientesapós a incidência aguda dadoença que receberam trata-mento anticoagulante duran-te seis meses e foram orien-tados a usarem meias de com-pressão elástica. Uma ferra-menta- a u l t rassonograf iavascular- analisou e quantif i-cou a recuperação das veiasna parte inferior do corpo.

Durante o estudo foramaplicadas duas técnicas: a vari-ação percentual do trombovenoso durante a máxima com-pressibilidade e sem compres-sibilidade (tipo de ultrasson da

DESTAQUE

veia) e a aplicação de uma ta-bela de avaliação para a sus-peita de trombose (escoretrombótico).

Segundo Brandão, a aplica-ção dessa terapia demonstrou aregressão desse tipo de trom-bose em todos os pacientes es-tudados durante os seis meses.Com isso, o pesquisador ressal-ta ser imprescindível compreen-der de forma detalhada as for-mas de recuperação do corpo.“É importante se conhecer o pro-cesso de recanalização das vei-as trombosadas para melhorcompreensão das sequelas daTVP”, complementa.

FOTOS FLÁVIO FOGUERAL

FACULDADE DE MEDICINA

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FACULDADE DE MEDICINA

Após 39 anos de espera, dia13 de setembro, o Centro deSaúde Escola de Botucatu viveuum momento histórico. Os pro-fessores Antônio Piton Cyrino eJanete Pessuto Simonetti, super-visor e vice-supervisora eleitos,tomaram posse e serão os pri-meiros gestores a comandar aunidade após ela ter sido trans-formada, em 2008, em Unida-de Auxiliar de Estrutura Com-plexa da Unesp, sob adminis-tração da Faculdade de Medi-cina de Botucatu/Unesp (FMB).

Os dirigentes, que já esta-vam à frente do CSE, terãocomo um de seus grandes de-safios repor o déficit de funci-onários do Serviço. A unidadeconta atualmente com 30 fun-cionários, sendo que, nos últi-mos anos, 50 trabalhadores seaposentaram. As recentes ade-quações no subquadro foramfeitas com auxílio da Fundaçãopara o Desenvolvimento Médi-co e Hospitalar (Famesp).

Participaram da cerimôniade posse dos supervisores e doinício da nova fase do Centrode Saúde Escola, a pró-Reitorade Pós-Graduação da Unesp,professora Marilza Vieira Cu-nha Rudge – que representouo reitor da Unesp, professorHerman Jacobus Cornelis Vo-orwald; o diretor da FMB, pro-fessor Sérgio Swain Müller; ovice-prefeito e secretário Mu-nicipal de Saúde de Botucatu,professor Antônio Luiz CaldasJr e o presidente da CâmaraMunicipal de Botucatu, verea-dor Reinaldinho.

O professor Lupércio deSouza Cortez Júnior, um dostrês responsáveis pelo projetode implantação do CSE, foiconvidado para relembrar umpouco da trajetória da unida-de. Professora Cecília Magaldi,que também participou da es-

truturação do serviço e esteveentre os primeiros coordena-dores, não pôde comparecerpor motivos de saúde.

Segundo professor Lupér-cio, o que o atraiu para Botu-catu na época da estruturaçãodo CSE foi a proposta de ad-ministração democrática dauniversidade. “Me lembro queo CSE foi um dos primeiros cen-tros de saúde-escola que pas-saram a atender doentes. Atéentão, recebiam cuidados ape-

CSE inicia nova fase de sua história como Unidade da Unesp

Manutenção usa avaliação onlinepara motivar servidores da seção

A Seção de Atividades Auxilia-res, área de Manutenção, da Fa-culdade de Medicina de Botuca-tu/Unesp (FMB) encontrou umamaneira de, ao mesmo tempo, va-lorizar seus funcionários e gerarestatísticas que nortearão açõesde melhoria no atendimento àsdemandas da unidade. Através deum sistema online para requisiçãode serviços, tem sido possível queos clientes (servidores da faculda-de que solicitam algum tipo demanutenção) avaliem a qualida-de do trabalho prestado e atra-vés de relatório sejam produzidasestatísticas de desempenho.

Aquele que solicita o serviço é

RECONHECIMENTO

convidado a, após sua conclusão,atribuir nota ao funcionário queo atendeu, considerando os crité-rios: Avaliação Geral, Relaciona-mento, Prazo de Atendimento,Apresentação Pessoal, Capacida-de Técnica, Solução Adotada eQualidade do Serviço.

Em uma primeira amostra-gem, que analisou os chamadosatendidos em julho de 2010, fo-ram registradas 172 solicitações,e dessas, 132 foram atendidas(76,7%). Não atendidas ou emandamento foram 40 (23%) e fo-ram recebidas 26 avaliações(19,7%). Esses números estão ex-postos em um painel colocado nopróprio setor de Manutenção.Dessa forma, todos poderão con-ferir em quais quesitos o atendi-mento da seção tem sido satisfa-tório e onde é possível melhorar.

Também serão geradas esta-tísticas individuais sobre os traba-lhadores, que serão utilizadas in-ternamente nas reuniões semanais.Nos encontros serão discutidos os

Luiz Felipe (primeiro plano) e Lourival gerenciam sistema derequisições online na Manutenção e ajudaram a implantar a avaliação

pontos fortes e fracos de cada um,com foco no crescimento.

O diretor da Seção de Ativi-dades Auxiliares da FMB, enge-nheiro Atílio Mazeto, explicaque a estratégia implantadavisa motivar os funcionários adarem o seu melhor no desem-penho de suas funções. “É umamaneira de ele se sentir inseri-do na instituição. De entenderque faz parte dela”, destaca.

Os assistentes administrativosLuiz Felipe de Camargo e Lourivaldos Santos, do Setor de Manuten-ção, são os responsáveis por ge-renciar o sistema de requisição deserviços e avaliação online. Segun-do Loruival, a aceitação entre ostrabalhadores do setor tem sidoboa. “Alguns até brincam quandorecebem uma ordem de serviço.Dizem que vão se esforçar paratirar nota 10. Isso é muito positi-vo”, comenta Lourival.

De acordo com Luiz Felipe, odesafio agora será estimular aspessoas a usarem cada vez mais a

requisição de serviço online e apósa execução do reparo avaliar odesempenho do funcionário.“Sempre que atendemos algumpedido por telefone estimulamoso cliente (funcionário da FMB) aenviar o pedido online. Assim te-remos como comparar os dadose melhorar sempre”, afirma.

O Setor de Manutenção daFMB conta atualmente com tre-

nas os tuberculosos e leprosos”,contou. Ao encerrar seu discur-so, ele pediu: “Não esqueçamda autonomia universitária econseqüente autonomia parapensar e fazer”.

O supervisor que tomou

É uma maneira de elese sentir inserido nainstituição. De entenderque faz parte dela

José Atílio Mazeto sobreo uso do sistema na Seção

ze funcionários: eletricistas (3),encanador (1), marceneiro (1),pintores (2), auxiliares adminis-trativos (2), auxiliares de servi-ços gerais (2), supervisor (1) e odiretor. A equipe é responsávelpelos serviços nos anexos aca-dêmicos, laboratórios experi-mentais, Centro de Saúde Escola(Vila dos Lavradores e Vila Fer-roviária) e Diretoria da FMB.

posse, professor Antônio Cyri-no, enfatizou que alguns dosgrandes prazeres de trabalharno CSE consiste em “experimen-tar as relações humanas, tendoem vista que o foco principal écuidar do próximo”. “Na uni-dade trabalhamos em busca doideal de saúde para todos, deforma não prescritiva, mas simcom respeito”, observou. Parao gestor, a busca pela qualida-de do atendimento deve sercontínua, assim como a busca

Prof. Antonio Cyrino ressaltou as relações humanas tendo como foco cuidar do próximo

por aprimoramento.Professor Sérgio Müller, di-

retor da FMB, destacou que oCSE, quando foi inauguradoem 1972, era uma propostainovadora para a época, prin-cipalmente como palco de en-sino aos alunos de Medicina.“Os alunos deixaram de ter emsua formação apenas a expe-riência acumulada no Hospi-tal das Clínicas e passaram ater vivência na rede básica,que é um cenário de ensinoprecioso”, comentou.

Ele também citou que, em-bora ainda dependa de termosaditivos com o Estado e con-vênios com o Município, o CSEpassará a contar com recursosmais signif icativos com os re-passes feitos pela Unesp – o quejá ocorre desde 2009.

Professora Marilza V ieiraCunha Rudge colocou que oPrograma de Pós-Graduaçãoem Saúde Coletiva e a Gradua-ção em Enfermagem utilizam oCSE como laboratório, o quecomprova a importância da uni-dade na produção de conheci-mento. “É uma unidade que des-de sua criação não atende ape-nas paciente, mas oferece aten-ção à Saúde”, citou.

O Centro de Saúde Escolafoi criado em 1972, através deconvênio entre a antiga Facul-dade de Ciências Médicas e Bi-ológicas de Botucatu (FCMBB)e a Secretaria de Estado daSaúde (SES). Formulado peloDepartamento de Saúde Pú-blica como uma unidade deintegração docente-assistenci-al, tem papel suplementar nodesenvolvimento e investiga-ção sobre modelos experimen-tais de organização de servi-ços de saúde. É constituído deduas unidades – uma central,na Vila dos Lavradores e ou-tra na Vila Ferroviária.

UNIDADE FOI CRIADA EM 1972,ATRAVÉS DE CONVÊNIO ENTRE AFCMBB E A SECRETARIA DE

ESTADO DA SAÚDE (SES)

Descerramento de placa e discurso do prof. Lupércio de Souza Cortez Júnior marcaram o evento

FOTOS FLÁVIO FOGUERAL

FOTO FLÁVIO FOGUERAL

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FMB celebra 20 anos deresidência em Pneumologia

A Faculdade de Medicina de Bo-tucatu/Unesp (FMB) sediou, dia 28,de agosto a Jornada de Pneumolo-gia da Regional Araraquara-Bauru-Botucatu da SPPT (Sociedade Pau-lista de Pneumologia e Tisiologia).Na oportunidade, também foramcelebrados os 20 anos de criação doPrograma de Residência Médica emPneumologia da FMB e 35 anos daResidência em Cirurgia Torácica.

Mais de 50 profissionais da saúde,entre médicos, enfermeiros, fisiotera-peutas e professores da área debate-ram temas para atualização de conhe-cimentos. O primeiro tema abordadofoi a asma ocupacional, em palestraministrada pelo professor de pneumo-logia da USP- Universidade de SãoPaulo- e médico do Instituto do Cora-ção (Incor), Ubiratan de Paula Santos.

Outras discussões também abor-daram temas como o uso racional defármacos, em palestra da profª da FMB,Thais Queluz; avaliação da capacida-de física pré-operatória de pacientescom Doença Pulmonar ObstrutivaCrônica (DPOC)- tema abordado pelaprofª Márcia Faganello, da Unesp, emMarília; entre outros. Tal patologia, em

COMEMORAÇÃO

sua grande maioria, é provocada emdecorrência do tabagismo.

“Muitos dos temas abordados sãoamplamente discutidos em congres-sos de nível nacional e o que a SPPT,em parceria com a Faculdade de Me-dicina, teve como meta trazer essaatualização e conhecimento aos pro-fissionais que atuam no interior”, res-saltou Dra Suzana Minamoto, orga-nizadora do evento.

Em comemoração aos 20 anos daresidência em pneumologia e os 35 anosda especialização em cirurgia torácica,professores e os primeiros médicos re-sidentes dessas áreas receberam home-nagens. Foram entregues placas aosprofessores Hugo Hyung Bok Yoo,Thais Queluz e Irma de Godoy, por par-te da residência em pneumologia, alémda médica Maria Helena Castro, primei-ra a passar pelo curso.

Já na residência em cirurgia toráci-ca, os homenageados foram os profes-sores Samuel Marek Reibscheid, RaulLopes Ruiz Júnior, Daniele Catâneo eAntônio José Maria Cataneo, que tam-bém recebeu uma placa alusiva por sero primeiro residente formado nessa es-pecialidade pela FMB.

Professor da FMB expõe trabalhos emSimpósio Internacional sobre músculos

O professor da Disciplina deCirurgia Plástica da Faculdadede Medicina de Botucatu, Dr.Fausto Viterbo, participou do 6ºSimpósio Internacional “Muscle”(Músculos), em Viena. O docenteera o único especialista das Amé-ricas Central e do Sul presenteno evento, realizado entre osdias 2 e 4 de setembro.

Professor Viterbo apresen-tou duas pesquisas suas duran-te o evento. Ele falou sobre :“reinervação muscular em umae duas fases, com neurorraf iatérmino-lateral. Estudo em ra-tos” e também a respeito de suatécnica para tratar “Paralisia Fa-cial”. O Simpósio em Viena dis-cutiu, entre outros temas: pes-quisa básica e pesquisa experi-mental em transplante musculare nervos periféricos; fatores deinfluência sobre a regeneraçãonervosa; morfologia e escolhade transplantes de músculo ereconstruções neuromuscularesno rosto paralisado.

A “Neurorrafia término-late-ral” foi tema da tese de douto-rado de Viterbo, defendida em1992 e orientada pelo professoremérito da FMB, José Carlos deSouza Trindade. A técnica, queconsiste na ligação de nervos,está restabelecendo o movimen-to e sensibilidade em casos gra-ves de lesões no ombro, mãos eface. Pacientes paraplégicos po-dem se beneficiar com a preven-ção do aparecimento de úlcerasde decúbito (feridas).

“Descobrimos que os nervosseccionados por uma lesão oudoença podem ser ligados late-ralmente a outro nervo (doador),e com isso, recuperar a sensibili-dade e o movimento em algunscasos”, esclarece Viterbo. “Agrande vantagem desta desco-berta é que qualquer nervo podeser usado como doador”, semcausar-lhe prejuízo, acrescenta.

O especialista em cirurgiaplástica e professor da FMB tam-bém desenvolveu duas técnicasde reversão em casos de para-lisia facial, através da neuroti-zação (implantação de nervoem músculo paralisado). Os pro-cedimentos já utilizados em mais

Celebração dos 25 anos de criação da residência médica em cirurgiatorácica (foto acima) e duas décadas da residência em pneumologia

de 200 pacientes tem proporci-onado sorrisos mais simétricose sincronizados. “Nossos resul-tados têm demonstrado efeitosmuito positivos, não só estéticoscomo também funcionais. Comos procedimentos utilizados,além de proporcionarmos amelhora estética, em muitos ca-sos imediata, temos obtido mo-vimentos faciais mais naturais esincronizados”, afirma Viterbo.

Ainda durante sua estadia naItália, o professor foi convida-do para ministrar palestra so-bre paralisia facial no HospitalSão Paulo, em Milão. Ele foi con-vidado por Federico Biglioli,chefe do Setor de Cirurgia Plás-tica daquela instituição.

Professor Viterbo tambémteve a oportunidade de conhe-cer o Dr. Umberto Veronesi, dire-tor e criador do Instituto Europeude Milão (Centro referência mun-dial em Oncologia) e o Dr. MárioRietz, chefe do Serviço de CirurgiaPlástica da mesma instituição, esseformado pela Faculdade de Me-dicina de Botucatu/Unesp (FMB).

A “NEURORRAFIA TÉRMINO-LATERAL” FOI TEMA DA TESE

DE DOUTORADO DE VITERBO,DEFENDIDA EM 1992

Dr. Fausto Viterbo e Mario Rietz, chefe do Serviço de CirurgiaPlástica do Instituto Europeu de Milão e ex-aluno da FMB

Prof. Willian Saad debate bioética na era das incertezasO professor emérito da Facul-

dade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), Dr. Willian SaadHossne lançou, dia 21 de setem-bro, o livro “Bioética - Em tempode incertezas”, do qual é co-au-tor e um dos organizadores. Apublicação também teve a parti-cipação de Leo Pessini e JoséEduardo de Siqueira, além deoutros especialistas estrangeirosligados ao tema.

O livro, segundo sua sinopse,é um convite à reflexão e ao apro-fundamento de questões vitais aoser humano na contemporanei-dade. A obra congrega contri-buições originais de especialistasrenomados, organizadas emduas instâncias: a primeira trazum panorama geral de questões

LANÇAMENTO

do tempo presente que denunci-am as incerteza a segunda apre-senta proposições de um cami-nho de esperança concreto emdireção a um mundo mais dignoe solidário, com base em novosreferenciais a serem construidose consolidados.

“É um livro destinado a todasas áreas do conhecimento, inclu-sive a pessoas que não são liga-das ao meio acadêmico. Interessaa toda a sociedade. Bioética é umassunto que envolve todos os seg-mentos”, observa professor Saad.

O projeto de escrever esse li-vro, de acordo com ele, nasceunas discussões realizadas duran-te o curso de Pós-GraduaçãoMestrado em Bioética que elecoordena no Centro Universitá-

rio São Camilo. A elaboração daobra, que foi lançada oficialmen-te durante a 21ª Bienal do Livrode São Paulo, vinha sendo feitaao longo dos últimos dois anos.“O livro tem como um de seusobjetivos oferecer a oportunida-de de uma leitura crítica a todosos segmentos da sociedade.Como está escrito em sua orelha,o leitor poderá reescrever os ca-pítulos de acordo com sua per-cepção sobre a bioética”, salien-ta professor Saad.

Entre os assuntos tratados no li-vro, estão: “Qual antropologia parafundamentar a bioética em temposde incertezas?” “A importância doprotocolo na pesquisa que envolveos seres humanos”, “Ética na Era doConsumo”, além de outros.Prof. Saad e Leo Pessini durante lançamento no salão nobre da FMB

Dr. Fausto Viterbo, professor da FMB e Umberto Veronesi:diretor e criador do Instituto Europeu de Milão

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ENTREVISTA

A médica Ludimila Cândida deBraga é responsável desde o iní-cio de 2010 pela Seção Técnica deSaúde da Unesp de Botucatu (STS).Entre suas atribuições estão a co-ordenação de programas de in-centivo à prevenção de doençase promoção da qualidade de vidados servidores de toda a Unesp.

A STS- antiga UNAMOS- reali-za os exames periódicos dos ser-vidores da Administração Geral edas unidades da Unesp instaladasem Botucatu: FMB, FMVZ, FCA eIBB. Também recebe funcionáriosde outras unidades da Unesp paraavaliação em Juntas Médicas deEspecialidades. Após uma fase ini-cial de transição, a seção agoraalça novos voos em seu leque deatuação. Além de investimentos narede de serviços, a STS tem desen-volvido campanhas de Prevençãoa Hepatites e de instrumentos derastreamento de transtornos men-tais, estes últimos em parceria como Departamento de Neurologia,Psicologia e Psiquiatria da FMB.

A responsável ressalta que 2010tem sido um ano de extrema im-portância para o setor. Ela citacomo progressos os investimentosem qualificação das equipes quecompõem as STS’s, corpo de peri-tos e a equipe de engenharia desegurança do trabalho da Unesp.

Ludimila frisa que um dos mai-ores esforços da seção tem sido aoficialização dos processos de re-adaptação abertos e não encerra-dos em anos anteriores. “Temosservidores que foram readaptadosna prática, mas não tiveram seusprocessos publicados em DiárioOficial. Até o final de 2010, espe-ramos ter regularizado e publica-do mais de 60 processos desse tipo,sendo 95% de servidores da Fa-culdade de Medicina”, explica.

Em entrevista ao Jornal da FMB,Ludimila realça que a aproximaçãocom os servidores deve ser uma dasmetas a serem contempladas pelaseção. Adianta ainda que em outu-bro devem ser finalizados os ‘muti-rões’ de juntas médicas. “Alcançan-do a meta de intervalo máximo de45 dias entre o pedido da junta e oresultado da mesma. A STS de Ru-bião realiza juntas médicas solicita-das por todas as outras STS. Emagosto, fizemos 65. Em setembro,71 avaliações”, declarou. As especi-alidades mais solicitadas são orto-pedia, psiquiatria, cardiologia, neu-rologia. Para algumas especialida-des, o tempo de espera chegava amais de dois anos

Durante a inauguração da Se-ção Técnica de Saúde, em feve-reiro, o Dr. Walney FernandesBarbosa, coordenador do PGSST(Programa Geral de Segurançae Saúde do Trabalhador ) daUnesp, disse que uma das me-tas era fazer com que a univer-sidade tivesse uma estrutura deperícia e atendimento de saúdee segurança do trabalho queserá modelo para o País”. Emque estágio está a implantaçãodessa meta e de que forma issotem sido feito?

O ano de 2010 está sendo um anomuito importante para as áreas deSaúde e Segurança do Trabalha-dor e Perícia Médica na Unesp,com investimento na consolidaçãode uma rede de serviços – SeçõesTécnicas de Saúde – em torno deuma missão institucional comum.

Desde o segundo semestre de2009, o Programa Geral de Saúdee Segurança do Trabalhador(PGSST) tem expandido a equiperesponsável pela execução do pro-grama nas diferentes unidades uni-versitárias, além de equipar as STSe qualificar suas equipes, o corpode peritos e a equipe de enge-nharia e segurança do trabalho daUnesp. Isso prepara as dezesseteSTS existentes atualmente para umaatuação mais consistente e articula-da em Saúde e Segurança do Tra-balhador e Perícia Médica. Além dis-so, até o final do ano, será publica-do o Manual de Perícia Médica daUnesp, que guarda normas e pro-cedimentos relativos a esse tema.Ele será utilizado pelas equipes dasSTS, mas, também, poderá servir demodelo para outras instituições. Maso grande marco de 2010 foi a re-cente aprovação pelo CADE (Con-selho de Administração e Desen-volvimento) do projeto de criaçãoda Coordenadoria de Saúde e Se-gurança do Trabalhador e Susten-tabilidade Ambiental, que acredita-mos possa trazer maior estabilida-de, legitimidade e força às açõesnessas áreas. Vamos torcer pelaaprovação do projeto pelo Conse-lho Universitário.

Quais atividades de prevençãoa problemas de saúde no ambi-ente de trabalho, tanto nas de-pendências da FMB quanto doHC têm sido desenvolvidas pelaseção? De que forma o servidorpode usufruir da STS?Esse ano está sendo realizada a

Campanha de Prevenção de He-patites em todos os campi daUnesp, sob coordenação de umde nossos médicos peritos.

Desde o ano passado, com aparceria do Departamento deNeurologia, Psicologia e Psiquia-tria, foram incorporados ao exa-me de ingresso e periódico desaúde, instrumentos de rastreamen-to de transtornos mentais, que têmauxiliado os médicos na identifica-ção desses agravos, além de nosoferecer a possibilidade de com-por um diagnóstico populacional,diferenciando as taxas de adoeci-mento entre diferentes setores, ca-tegorias profissionais, unidades, oque permite estabelecer priorida-des de ação.Também daremos iní-cio, ainda em setembro, em parce-ria com o Departamento de SaúdePública, ao piloto de um projeto depesquisa que vai avaliar a saúdemental e condições de trabalho dosservidores de enfermagem da FM.Após a realização do piloto e ajus-tes necessários, daremos continui-dade abrangendo toda a equipede enfermagem Unesp e Famesp(Fundação para o Desenvolvimen-to Médico e Hospitalar).

Quantos atendimentos foramrealizados pela seção? E quaisos principais problemas enfren-tados pelos servidores que pro-curam o serviço?Desde o início deste ano, foramrealizadas 1200 perícias, 170 exa-mes admissionais (de ingresso) equase 200 juntas médicas, alémdos exames periódicos de saúde,dos atendimentos em pediatria,das análises de processos de aci-dentes/doenças relacionadas aotrabalho e pedidos de isençãoprevidenciária e de imposto derenda. Ao nos debruçarmos sobre

os atendimentos realizados, veri-ficamos que os principais proble-mas de saúde apresentados pe-los servidores que freqüentam aSTS são os transtornos mentais edistúrbios músculo-esqueléticos.

Esses achados estão de acor-do com as estatísticas atuais sobreo perfil de adoecimento dos tra-balhadores no Brasil e com as ca-racterísticas da população por nósatendida, formada em sua maioriapor trabalhadores do Hospital deClínicas – Faculdade de Medicina.Alguns estudos evidenciam altas ta-xas de transtornos mentais entre tra-balhadores do setor saúde, espe-cialmente da enfermagem de ins-tituições hospitalares. A prevençãodo adoecimento mental e a ga-rantia de atenção à saúde mentalde nossos servidores permanecemcomo grandes desafios a seremenfrentados pela instituição.

Muitos servidores, após consta-tados problemas de saúde, entreoutros, passam pela readaptação.Como funciona esse processo ede que forma a STS auxilia o fun-cionário a voltar ao trabalho?A readaptação acontece quandoo servidor apresenta um proble-ma de saúde que o incapacita par-cialmente para o trabalho ouquando o problema de saúdepode ser agravado pelo trabalho,havendo indicação de restrição oumudança na atividade/setor.Quando há indicação da readap-tação pelo médico assistente oupelos médicos da STS, o servidoré submetido à junta médica, queé uma avaliação por três médicosperitos, sendo pelo menos um de-les especialista na área do proble-ma de saúde do trabalhador. Essajunta vai definir se há alguma in-capacidade para o trabalho equais são as restrições laborais da-quela pessoa. Com base nesse pa-recer, a STS faz contato com a che-fia do servidor e com o própriofuncionário, na tentativa de acor-dar uma nova proposta de traba-lho que favoreça o retorno ao tra-balho em condições que preser-vem a saúde do indivíduo. O quetemos percebido é que, para agrande maioria dos casos, há su-

Ludimila Braga:desafios na Saúdedo Trabalhador

Há a necessidade deampliarmos o apoiopsicossocial ao servidore às chefias durante oretorno ao trabalho

A readaptação acontecequando o servidor apre-senta um problema que oincapacita parcialmentepara o trabalho

Ludimila Cândida de Bragasobre o processo de readaptação

A nossa aproximaçãocom os trabalhadoresainda tem se dado emvelocidade menor, mastemos buscado atender atodos que nos procuram

cesso na readaptação, com impac-tos positivos para o servidor e paraa instituição. Os resultados obtidosem nosso campus chamaram aatenção do PGSST e, a pedido dacoordenação do programa, essesresultados serão apresentados noseminário anual do PGSST, que serárealizado em novembro deste ano.

Mesmo assim, sabemos que sãograndes os desafios a serem venci-dos. Entre eles, está a necessidadede ampliarmos o apoio psicossoci-al ao servidor e às chefias duranteo retorno ao trabalho. Esperamosque isso possa ser solucionado, emmédio prazo, com o preenchimen-to de nosso sub-quadro e a expan-são de nossa capacidade instaladapara acompanhamento sistemáticodos casos, além da oferta de umtrabalho transdisciplinar. Contamoscom a colaboração das unidadesnesse processo, porque a chancede sucesso na readaptação é dire-tamente proporcional ao envolvi-mento das chefias e diretores napreparação do retorno, no acolhi-mento desse trabalhador e na iden-tificação de potencialidades dessetrabalhador para seu desenvolvi-mento no trabalho.

Após assumir o comando da se-ção, um de seus planos era apro-ximar ainda mais a seção dosservidores. Esse trabalho tem sidorealizado de que forma e quaisos pontos cruciais para o servi-dor estar presente à seção?A nossa aproximação com os tra-balhadores do campus ainda temse dado em velocidade menor quea que gostaríamos, mas temos bus-cado atender a todos que nos pro-curam, orientando sobre seus direi-tos, além de responder com maioragilidade às demandas apresenta-das pelos servidores. Com isso, per-cebemos que a credibilidade no tra-balho da STS tem aumentado. A STSestá sempre aberta aos servidorese eles comparecem à unidade pe-los mais diversos motivos, mas o quemais tem motivado a ida espontâ-nea à STS são pedidos de readap-tação e dúvidas sobre o andamen-to das análises de processos de aci-dente/doença do trabalho.

Ludimila Cândida de Bragasobre os novos desafios da STS

Ludimila Cândida de Bragasobre os novos desafios da STS

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SETEMBRO 2010

8 ALUNOS/ ESPORTE

Tradicional órgão de represen-tatividade estudantil dentro docampus da Unesp, em Botucatu, aAssociação Atlética AcadêmicaCarlos Henrique Sampaio de Al-meida (AAACHSA), da Faculdadede Medicina tem, a partir de se-tembro, nova diretoria. Encabe-çada pelos alunos Thomas Mar-condes e Silvana Sato, como pre-sidente e vice respectivamente, aentidade visa realçar ainda mais aproximidade com a comunidade.

Segundo os novos dirigentes,esse objetivo será alcançado atra-vés da proximidade com a comu-nidade localatravés da am-pliação de pro-jetos de extensãopromovidos ouque tenham co-laboração daAtlética. “Temos como meta a re-alização de eventos e projetos deextensão com maior abrangênciaà comunidade. A Atlética é volta-da não somente ao esporte, masna inserção social e na promoçãoda saúde”, ressalta Marcondes.

Um desses projetos é o Espor-te Pensante, realizado em parce-ria com a Prefeitura de Botucatu.É oferecido acompanhamento nu-tricional e atenção à saúde a cri-anças participantes de escolas es-portivas municipais. As atividadesacontecem na Cecap e no Ginásiode Esportes “Mário Covas Júnior”.

Mas o desafio maior será aaproximação com o estudante.Atualmente, 230 alunos da gradu-ação em Medicina são associadose têm descontos em produtos quelevam a marca da Atlética ou even-tos relacionados. “Quando os no-vos calouros chegam à faculdade,sempre procuramos nos aproxi-mar deles e mostrar como a AAA-CHSA funciona. Com isso, espera-

Nova diretoria da Atlética/Medicina quer atuarjunto à comunidade

Nova diretoria da AAACHSA quer incentivar participação dos alunos nas equipes esportivas

mos fazer com que o estudantese entusiasme e participe de nos-sas equipes”, realçou Silvana.

A nova diretoria, que assumiulogo após a realização do Inter-med- competição que agrega asmaiores instituições de ensino mé-dico do Estado-, pretende apri-morar o desempenho da FMB/Unesp em outros campeonatos.“Queremos manter a faculdade nacompetição (Intermed) e reforçaralgumas modalidades. A Unesp éconceituada, mas ainda falta esseinvestimento no esporte para osalunos”, ressalta o presidente.

Outra mu-dança será a re-formulação doatual site da as-sociação, quedeverá contarcom novo layout,

interatividade, além de um es-paço para galerias de fotos, no-tícias e a loja virtual da Atlética.

Compõem a nova diretoria daAAACHSA, em seus departamen-tos, os alunos Felipe Pugliesi (Ex-tensão), Vinícius Meyer e Alice Yas-suda (Esporte); Fernando Lopes eDébora Audi (tesoureiros), IvanaDalcol (Secretária), Isadora Rodr-giues (Extensão), Maria Orsolini(Vendas), Walter Meira Filho eAndré Braga (Comunicação) eThiago Fraga (Patrimônio).

Fundada em 1979, o primei-ro nome do órgão era Associa-ção Atlética Acadêmica da Me-dicina (AAAM). A atual nomen-clatura passou a ser oficializa-da apenas em 1995 em home-nagem a Carlos Henrique Sam-paio de Almeida, conhecidocomo ‘Carlão’. Integrante daAtlética, o esportista acabou porfalecer em um acidente. Foi ho-menageado postumamente ce-dendo o nome ao órgão.

MAIOR DESAFIO DA NOVA

DIRETORIA DA AAACHSASERÁ A APROXIMAÇÃO

COM O ALUNO

EVENTO

O crescimento da Medicina Es-portiva como especialidade médi-ca ficou evidente durante o IV Sim-pósio AACHSA de Medicina Espor-tiva promovido pela Faculdade deMedicina de Botucatu/Unesp (FMB),realizado entre 27 e 29 de agosto.O evento teve ampla participaçãode estudantes, médicos e profissi-onais ligados ao esporte.

E foram justamente nesse tomas considerações feitas pelo espe-cialista em medicina esportiva ediretor da FMB, professor SérgioSwain Müller. Para ele, trata-se deuma área que cresceu muito nosúltimos anos, principalmente devi-do aos esforços de quem atua nosegmento. “A Medicina Esportivajá foi considerada uma segundaárea, mas hoje a realidade mudou.Muitos profissionais se dedicam ex-clusivamente a essa especialidade.Esse é um mercado de trabalhocrescente”, avaliou Müller.

O diretor também destacou queo momento atual é especial para aFaculdade de Medicina de Botuca-tu, já que está sendo estruturadoum Programa de Residência Médi-ca em Medicina Esportiva, que deveser oferecido a partir de 2012, pos-sivelmente com duas vagas. “Que-remos terminar a proposta até abrilde 2011. Vai ser necessário um es-forço grande de todos, pois aindahá docentes se inteirando sobre oassunto. E vamos contar com a aju-da de colegas de outras instituiçõespara trocar experiências. Temos cer-teza de que reunimos as condiçõesnecessárias para oferecer essa Re-sidência”, frisou.

Professor Müller diz entenderque a atividade física precisa servista como uma forma de prevenirdoenças e não somente estar fo-cada no alto desempenho dosatletas profissionais. E foi com esseenfoque que foi pensada a pro-gramação do IV Simpósio de Me-dicina Esportiva da FMB, organi-zado por alunos da Associação

Simpósio de Medicina Esportiva abordoua atividade física como promoção da saúde

Atlética Acadêmica Carlos HenriqueSampaio Almeida (AACHSA).

Durante as discussões foramabordadas temáticas relacionadasà formação profissional, pós e con-tras da prática esportiva, melho-ra do desempenho esportivo di-recionada a atletas de alto nível

Integrantes da equipe de basquete após o título na Intermed

Muitos profissionais sededicam a essa especiali-dade. Esse é um mercadode trabalho crescente

Sérgio Müller sobre ocrescimento do esporte

Durante as discussões foram abordados temas relacionadosà formação profissional e benefícios do esporte

e àqueles que buscam na ativi-dade física um meio de promo-ção da saúde, entre outros.

O evento reuniu especialistasque atuam nos suportes médico efisioterápico em agremiaçõescomo o Clube Atlético Mineiro,Corinthians e Palmeiras.

FMB termina Intermed2010 na 7ª colocação

DESEMPENHO

Após retornar à principal compe-tição entre faculdades de medicinado Estado, a delegação da Faculda-de de Medicina de Botucatu/Unesp(FMB), representada pela AssociaçãoAtlética Acadêmica Carlos HenriqueSampaio (AAACHSA) acumulou vitó-rias em duas modalidades esportivase termina a edição da Intermed 2010na sétima colocação.

Realizado entre 4 e 11 de se-tembro, em Santa Rita do PassaQuatro (SP), o Intermed 2010 reu-niu algumas das mais expressivasescolas médicas do Estado e maisde cinco mil pessoas entre alunos ecompetidores. As campeãs forama USP/Pinheiros, com 167 pontos ea Escola Paulista de Medicina(ESPM), com 89.

Composta por 230 alunos/atle-tas que disputaram doze modali-dades esportivas, a delegação querepresentou a FMB conquistou o tí-tulo nas modalidades de tênis decampo e basquete (ambas no mas-culino) e a terceira colocação no

tênis de mesa feminino. Tambémacumulou resultados expressivos noatletismo, com bronze no arremes-so de peso masculino e a prata nos5 mil metros rasos masculino.

Os estudantes ainda obtiveramduas medalhas de bronze na nata-ção, no revezamento 4x50 e nos 50metros nado livre. Com isso, a FMB/AAACHSA acumulou 40 pontos naclassificação geral, terminando suaparticipação na 7ª posição. O re-sultado obtido em 2010 supera amarca do ano passado quando aFMB amargou a 11ª e última colo-cação do torneio, sendo obrigadaa disputar novamente a Pré-Inter-med (campeonato de acesso).

A sétima colocação foi conside-rada como um avanço no desem-penho dos integrantes da delega-ção botucatuense. “Esse jogo degangorra foi deixado de lado e oresultado mostra que nossos atletassão competentes e competitivos”,avaliou Thomas Marcondes Silva,presidente da Atlética/Medicina. Equipe de tênis de campo masculino também se sagrou campeã

FOTO FLÁVIO FOGUERAL

FOTOS DIVULGAÇÃO

FOTO ACI FMB

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EVENTOS

Dezenas de pós-graduandos,aprimorandos e pesquisadoresdo campus da Unesp, em Botu-catu, debateram emsetembro,avanços, internacionalização eparcerias com empresas e órgãosde fomentos para o desenvolvi-mento do aprimoramento e pes-quisas dentro da universidade.Esse foi é o tom do 6º Encontrode Pós-Graduação, promovidopela Faculdade de Medicina deBotucatu (FMB).

A abertura oficial do eventoocorreu no salão nobre da insti-tuição e foi uma oportunidade decontato entre pesquisadores epós-graduandos com temasatuais e de interesse para ofomento do conhecimento. Aotodo, o encontro teve dez pa-lestras e mini-cursos com te-mas voltados à biologia mo-lecular e relação com o de-

Encontro de Pós Graduaçãodebate avanços na pesquisa

senvolvimento da medicina.Em sua palestra de abertura,

a vice-diretora da FMB, profª Sil-vana Schellini, ressaltou a partici-pação brasileira na produção ci-entífica mundial. É o 17º país commais trabalhos apresentados parao aprimoramento tecnológicoem diversas áreas do conheci-mento. “Eventos que reúnem nos-sos pós-graduandos são neces-sários para que existam ambien-tes para o aprimoramento do co-nhecimento e discussões de me-lhorias nas condições de nossosprogramas”, ressaltou.

Há a intenção de a Unesp, se-gundo ela, em se tornar uma dasduzentas maiores universidadesdo mundo. Para isso, deve-se in-vestir nos programas de aprimo-ramento científico e profissional.“Somos avaliados pelo nosso de-sempenho. É dentro da pós-gra-

duação que está a maior parteda produção científica do país”,realçou profª Silvana.

A vice-diretora frisou algunsnúmeros dos programas manti-dos pela FMB desde 1976, quan-do foi criado o Programa de Ba-ses Gerais em Cirurgia. Até agos-to desse ano foram defendidas1722 defesas entre teses de dou-torado e dissertação de mestra-do. Há 519 alunos matriculadosregularmente nos nove progra-mas de pós-graduação mantidospela faculdade. “O desafio, ago-ra, é trabalhar mais com a pes-quisa aplicada e a aproximar dasociedade”, enfatizou profª Silva-na sobre os cenários futuros daprodução científica no país.

Já a presidente da Comissãode Pós-Graduação da FMB, profªDenise Fecchio, frisou que encon-tros temáticos são importantespara o fomento de ideias e su-gestões no aprimoramento dosprogramas desenvolvidos pelauniversidade. “Nesses anos sem-pre há a reflexão dos alunos paraa importância dos encontros e daexposição científica”, ressaltou.

FORAM ABORDADOS TEMAS

QUE ANALISAVAM OS

PROGRAMAS DE FOMENTO

À PESQUISA, ENTRE OUTROS

Trabalhos e pesquisas científicas também foram expostos

Na primeira palestra da noi-te, o professor do Instituto de Bi-ociências/Unesp (IB), José Maurí-cio Sforcin, discorreu sobre a imu-nologia do estresse. Na sequên-cia, a profª Cláudia do RosárioVaz Morgado, da UFRJ (Universi-dade Federal do Rio de Janeiro),abordou a atual realidade domestrado profissional.

Nos demais dias do encontro,foram abordados temas que ana-lisavam os programas de fomen-to à pesquisa, visão crítica sobreo futuro da experimentação ani-mal, internacionalização, inovaçãotecnológica – parceria entre a uni-

versidade e a empresa, além dosavanços em pesquisa sobre HIV.

Atualmente, a Faculdade deMedicina de Botucatu, vinculadaà Unesp, oferece sete programasacadêmicos de Pós-Graduaçãonas áreas de Anestesiologia, Ba-ses Gerais da Cirurgia, Fisiopato-logia em Clínica Médica, Doen-ças Tropicais, Ginecologia, Obs-tetrícia e Mastologia, Patologia eSaúde Coletiva. Também inte-gram a gama de cursos oferta-dos, dois Programas de Mestra-do Profissional: Pesquisa e Desen-volvimento (Biotecnologia Médi-ca) e Enfermagem.

Estreitar relações e trocar in-formações acadêmicas. Com esseintuito, a Faculdade de Medicinade Botucatu/Unesp (FMB), sediou,dias 23 e 24 de agosto, a 23ª edi-ção do Congresso Nipo-Brasilei-ro de Estudantes de Medicina.Mais de 70 participantes entreprofessores e alunos acompanha-ram extensa agenda de ativida-des entre conferência e palestras.

Conferência ministrada peloprofessor do Departamento deCirurgia e Ortopedia da KeioUniversity Masaya Nakamuraabriu a programação do con-gresso. Foram explanados, noSolário da Gastrocirurgia daFMB, aspectos da Medicina Re-generativa de lesão medular.

No período da noite, quatropalestras abriram as atividades no

Congresso Nipo-Brasileiro de Estudantesde Medicina estreita relações com o Japão

RELAÇÕES

Salão Nobre da FMB, com expla-nações sobre as características docurso de Medicina no Brasil e noJapão; bolsas de estudos para es-tágios; entre outros. Já os seminá-rios agregaram temas desde ra-dioatividade, medicina preventivae problema do suicídio, até pa-lestras diversas neste segmento.

Professor Milton Hida, pro-fessor aposentado da FMB e co-ordenador do Intercâmbio Bra-sil-Japão da instituição, ressaltouque o evento consolida as rela-ções com a Keio University, queexistem desde 1977. “Há 33 anosesse convênio entre as duas uni-versidades produz frutos impor-tantes aos acadêmicos. O Con-gresso propicia a afirmação des-se intercâmbio”, declarou.

O acordo com a Keio Univer-

sity é um dos mais antigos manti-dos pela FMB em mais de trêsdécadas de existência. Propor-cionou que mais de 120 alu-nos da instituição nipônica co-nhecessem e participassem deprogramas de colaboraçãomútua. Professores e pesquisa-dores da Unesp também rea-lizam visitas periódicas naquelepaís e desenvolvem projetoscom os japoneses.

Há 33 anos esse convênioentre as duas universida-des produz frutos aos acadêmicos

Prof. Milton Hida sobre oacordo com a Keio University

Participantes do Congresso, que teve sua 23ª edição realizada, durante o encerramento do evento

Prospecção na Pesquisaaborda captação de recursos

Prosseguindo com o Curso deProspecção em Pesquisa, a Faculda-de de Medicina de Botucatu/Unesp(FMB) abordou, dia 26 de agosto, asformas de captação de recursos ex-ternos e a pesquisa. Com presen-ça de especialistas e representan-tes de entidades, o evento foi opor-tunidade para que pesquisadores,pós-graduandos e professores daFMB pudessem debater e obter in-formações sobre os fatores que de-vem estar presentes para obter acaptação de recursos para a reali-zação de pesquisas fortes e quealcancem revistas de impacto.

A professora da FMB, Maria InêsPardini, representando a Comissão dePesquisa da instituição fez sua expla-nação sobre a Política de Pesquisada Faculdade de Medicina de Botu-catu, e como os pesquisadores po-dem obter o auxílio da Comissão dePesquisa para as suas propostas.

Diretor-presidente do ConselhoTécnico Administrativo da Fapesp(Fundo de Amparo à Pesquisa doEstado de São Paulo) e Presidente daFederação Antonio Prudente – AC Ca-margo, prof. Ricardo Brentani real-çou a importância da captação derecursos para pesquisa. Sua palestrafoi realizada através de sistema devídeo-conferência. Comentou aindacomo a pesquisa contribui para a vi-sibilidade e para a promoção do pes-quisador e da instituição a que elepertence.

O Prof. Titular Luiz Antonio Vane,participou apresentando como a Fun-dunesp (Fundação para o Desenvol-vimento da U pode nos auxiliar no

tocante a pesquisa, extensão, partici-pação em eventos, organização dereuniões científ icas, vinda deProf. visitante e publicaçãoem revista científ ica.

Profa. Maria José S. Mendes Gi-aninni, Pró-Reitora de Pesquisa daUnesp, falou da importância e daresponsabilidade da Universidadena geração do conhecimento e danecessidade de se captar recursosexternos para a Pesquisa. Reforçoua importância de se trabalhar emredes de Pesquisa, dizendo que odesenvolvimento da ciência, inova-ção e aspectos tecnológicos se ba-seia em transdisciplinaridade e oti-mização dos equipamentos e dosrecursos humanos, com formaçãode verdadeiros núcleos.

A pró- Reitora finalizou comen-tando que o gargalo de crescimentoda Pesquisa no nível nacional está re-lacionado ao baixo nível de escolari-dade e de capacitação da popula-ção em geral, do analfabetismo digi-tal, da violência urbana e das dificul-dades de infra-estrutura rodoviária,aérea e ferroviária. Há que se traba-lhar no setor de energia, meio ambi-ente (gestão de resíduos), ciênciasômicas (doenças crônicas e degene-rativas, envelhecimento) e em biotec-nologia (doenças e mudanças climá-ticas), com Políticas de Estado: cria-ção de laboratórios científicos, comdesenvolvimento tecnológico, mape-ando onde estão as pesquisas para odesenvolvimento de ensino em saú-de, com alvo no desenvolvimento eressaltando a necessidade de se tra-balhar ideias, critérios e habilidades.

ESTUDOS

Profas Célia Regina e Silvana Schellini na abertura dos debates

FOTO CRISTINO OLIVEIRA SILVA NETO

FOTO SEÇÃO FOTOGRAFIA AG

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SETEMBRO 2010

10 HOSPITAL DAS CLÍNICAS

Há dois meses, o Hospitaldas Clínicas, vinculado à Facul-dade de Medicina de Botuca-tu/Unesp (FMB), reestruturouseu site institucional em buscada melhoria da comunicaçãoentre a unidade e o usuário. Aintenção é oferecer tambémuma ferramenta de interativi-dade ágil e proporcionar me-lhor integração das informa-ções entre seus setores.

O desenvolvimento do sitefoi um trabalho em conjunto daSuperintendência e Diretoria Clí-nica do HC, Cimed-HC, Nead.TIS(Núcleo de Educação à Distân-cia e Tecnologia de Informaçãoda Saúde) e da Assessoria deComunicação e Imprensa, sen-do as últimas vinculadas à Fa-culdade de Medicina/Unesp.

Em seu novo ambiente, o siteconta com visual funcional e defácil acesso aos serviços e infor-mações sobre o hospital. Foramprivilegiados menus intuitivos, atra-vés dos quais o usuário pode na-vegar de forma rápida e obter in-formações que vão desde os ser-viços prestados pela unidade, his-tórico, contatos e notícias do HC.

Todo o trabalho de progra-mação foi do analista de sistemasLeandro De Santi, vinculado aoCimed, com a supervisão deMarcelo Martins, coordenadordo setor. Desenvolvido na estru-tura Wordpress, o ambientepode ser acessado de forma rá-pida tanto em conexões bandalarga ou nas tradicionais discadas.

O novo site surgiu da neces-sidade da Superintendência do

Novo site do HC inova em praticidadevisual e novas ferramentas interativas

Iniciativa conjunta da Superin-tendência do Hospital das Clínicas/Unesp (HC), Comissão de Educa-ção Permanente em Enfermageme Comissão de Controle de Infec-ção Relacionada à Assistência emSaúde (CCIRAS), promove atuali-zação a profissionais da saúdeque atuam no HC quanto a práti-cas para reduzir e evitar a prolife-ração de agentes de infecções emambiente hospitalar.

Durante os dias 14 e 15 desetembro, centenas de enfer-meiros, médicos, técnicos e au-xiliares de enfermagem, nutrici-onistas, f isioterapeutas, farma-cêuticos, entre outros profissio-nais assistiram palestras para aatualização e noções de inicia-tivas para controle de infecção.

Ministradas pelo professor doDepartamento de Doenças Tropi-cais e Diagnósticos por Imagem daFaculdade de Medicina de Botuca-tu/Unesp (FMB), Carlos Magno For-taleza, e por membros da CCIRAS,as apresentações expuseram reco-mendações quanto a práticas ade-quadas no ambiente de trabalhopara evitar agentes de proliferaçãode casos relacionados a infecções.

“A intenção é que, com essesprofissionais capacitados, haja re-dução na incidência de infecçãohospitalar. Com as recomendações,

Profissionais do HC recebem capacitaçãosobre normas contra infecção hospitalar

Novo site tem layout funcional de fácil uso para o usuário

hospital em ter um canal de co-municação flexível e que pudesseser alimentado ou alterado de for-ma rápida, segundo Martins. “Oantigo site do HC estava vincula-do ao sistema da Faculdade deMedicina. Era complicado para ousuário procurar pelos serviços dohospital e até mesmo para se cri-ar páginas específicas”, ressalta.

Utilizando padrão visual pró-prio, o novo ambiente tambémvaloriza as instalações do hos-pital, ao usar imagens e coresunidade. Há a pretensão de seincluir futuramente uma galeriade fotos do HC.

Outra novidade realçada porDe Santi é que cada setor doHC pode ter uma página exclu-

siva com informações sobre osserviços, mediante análise. Paraque as seções se adaptem aonovo site, haverá assessoria etreinamento oferecidos pelo Ci-med. “Há também a pretensãode se incluir informações de utili-dade ao usuário”, realça o analista,salientando que futuramente podehaver desde lista com núme-ros de telefones a mapas deacesso aos mais diferentes se-tores da unidade.

A acessibilidade foi um pon-to amplamente estudado pelodesenvolvedor do site. Segun-do ele, portadores de deficiên-cia visual podem navegar comum auxílio ‘sonoro’ em que há aconfirmação, em áudio, da op-ção selecionada. Na parte denotícias do hospital outras novi-dades. Além da inclusão de co-mentários em cada matéria pos-tada, o internauta pode indicaros assuntos em redes sociaiscomo o Twitter, por exemplo.

ACESSIBILIDADE FOI PONTO

AMPLAMENTE ESTUDADO

PELOS DESENVOLVEDORS

DO NOVO SITE DO HC

TREINAMENTO

será mais fácil evitar a propaga-ção de vírus, bactérias e parasi-tas pelas dependências do hos-pital”, ressalta o professor, quetambém preside a CCIRAS. “O pa-ciente é beneficiado diretamentepois é atendido por uma unida-de em conformidade com nor-mas internacionais de prevenção”,complementou Fortaleza.

Já enfermeira Miriam Paiva, res-ponsável pela Comissão Permanen-te de Educação em Enfermagem,ressalta ainda que as palestras in-tegram iniciativa que o HC temadotado para minimizar os efeitosde infecção hospitalar em seus ser-viços e dependências. A próxima

etapa consistirá em divulgação deprotocolos institucionais e diretri-zes do CDC (Centro para Controlee Prevenção de Doenças- órgãonorte-americano voltado a políti-cas de saúde pública). “As pales-tras serviram para que houvesse adivulgação de diretrizes de precau-ções sobre o controle das infec-ções”, completou.

As palestras voltadas aosprof issionais da saúde do HCocorreram em três horário naCasa da Arte, da Faculdade deMedicina Veterinária e Zootec-nia (FMVZ). Todos os servido-res presentes receberam certi-ficados de participação.

MEDIDAS

Como estão sendo tratadosos óbitos no Hospital das Clí-nicas da Faculdade de Medici-na de Botucatu/Unesp (FMB)?Foi esse o foco das discussõesda VI Reunião do Corpo Clíni-co, promovida pela DiretoriaClínica do HC com seus médi-cos, dia 8 de setembro.

Participaram dessa reunião,como convidadas, a professoraRegina Bentlin, presidente daComissão de Óbitos do HC eMônica Aparecida SilveiraKronn, funcionária do Centro deSaúde Escola (CSE) e integranteda mesma comissão.

De acordo com Dra. Regi-na, em 2009 foram registrados960 óbitos (média de 80,3/mês),441 em UTIs (Unidades de Te-rapia Intensiva) e 42 óbitos fe-tais por mês. Desses, 82% erammaiores de 40 anos; 55% eramhomens; 17% morreram emmenos de 24 horas e 40% eramde Botucatu. Em 11% deles(8,9/mês) foi feita necropsia.

Em 11 meses entre 2009 e2010 foram revisadas 219 f i-chas de óbitos e 14% eram daClínica Médica Geral e 38%dos casos envolveram pessoasque deixaram a UTI Central. Em42% deles, o paciente haviapassado por procedimento ci-rúrgico A principal causa demorte identif icada foi Sepse/choque séptico (infecção gra-ve causada por bactéria).

Atualmente, são revisados,

HC discute melhorias no“atendimento” a óbitos

aleatoriamente, 30% dos óbitos.Um dos principais problemasapontados foi a discrepânciaentre as informações que cons-taram na Declaração de Óbito(DO) com aquilo que foi cons-tatado após a reanálise. Tam-bém há erros ou não preenchi-mento da DO e faltam docu-mentos nos prontuários, comopor exemplo dados sobre a evo-lução final do paciente antes demorrer e a ausência de detalhessobre como o quadro dos in-ternados em UTI progrediu.

Como desafios, Dra Reginaapontou o preenchimento cor-reto e completo da Declara-ção de Óbito. “O conhecimen-to sobre as causas da mortedo paciente pode levar às in-tervenções necessárias. Temosque oferecer uma assistênciade qualidade inclusive nos óbi-tos”, ponderou.

Mônica Aparecida SiveiraKronn, que também integra aComissão, reforçou que a De-claração de Óbito tem funçãolegal de oferecer informaçõessobre a situação da saúde dapopulação e gerar ações de in-tervenção para melhoria daqualidade de vida. “Por isso, asinformações devem refletir arealidade”, salientou. Para ela, omédico tem obrigação legal deconstatar e atestar o óbito. Temresponsabilidade ética e jurídi-ca por todas as informaçõescontidas no documento.

A Câmara Municipal de Botu-catu aprovou requerimento (nº1006/2010) que oferece Votos deCongratulações à Revisteca Abrildo Hospital das Clínicas (HC-Unesp), na pessoa da diretora daSessão Técnica de Serviço Social,Solange Moraes, extensivo à equi-pe de funcionários do projeto.

De acordo com o autor damatéria, vereador Curumim(PSDB), o motivo dos Votos é oexcelente serviço prestado à co-

RECONHECIMENTO

Câmara deBotucatucongratulaRevisteca do HC

munidade. Segundo o parla-mentar, a Revisteca é bastante fre-qüentada com espaço aberto acrianças, jovens, adultos, usuári-os, servidores, corpos discente edocente da FMB e do HC.

Conforme Curumim, o acer-vo disponível da Revisteca supe-ra mais de 800 revistas dos prin-cipais títulos da Editora Abril elivros dos mais variados gêne-ros literários oferecendo publi-cações diversas para enferma-rias do complexo Hospital dasClínicas, ambulatório de quimi-oterapia, Farmácia de Alto Cus-to, ambulatório de Pediatria,além do ponto fixo instalado nosaguão de entrada do HC (bou-levard). (Da assessoria de impren-sa da Câmara de Botucatu)

Profª Regina Bentlin, presidente da Comissão de Óbitos do HC

Prof. Carlos Magno durante palestra a profissionais da saúde

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HOSPITAL DAS CLÍNICAS

A Congregação da Facul-dade de Medicina de Botuca-tu/Unesp (FMB) decidiu na ma-nhã desta segunda-feira, 13 desetembro, sobre a formaçãodo novo Conselho Deliberati-vo de seu Hospital das Clíni-cas (HC). A unidade já podeser considerada uma autarquiada Secretaria de Saúde do Es-tado de São Paulo.

Das nove duplas que se can-didataram às quatro vagas detitular e suplente no Conselho,duas tiveram o mesmo númerode votos: Titular: Bonifácio Kat-

NOVIDADE

Centro de Referência em Nutrição Enterale Parenteral passa a ter consultoria

Desde junho deste ano, aSuperintendência do Hospitaldas Clínicas da Faculdade deMedicina de Botucatu/Unesp(FMB) constituiu o Serviço Te-rapia Nutricional. Ele é forma-do por um grupo multiprofis-sional. São especialistas respon-sáveis por oferecer consultoriae assessoria aos serviços dohospital que cuidam da alimen-tação do paciente através denutrição enteral e parenteral.

A primeira refere-se a ali-mentação capaz de oferecer osnutrientes de que o paciente ne-cessita de acordo com sua do-ença, via tubo digestivo por meiode sonda, gastrostomia, jejunos-tomia e até pela boca). Já a se-gunda caracteriza-se pela ali-mentação artificial venosa.

O HC foi credenciado comoCentro de Referência de AltaComplexidade em Nutrição En-teral e Parenteral, junto ao Mi-nistério da Saúde em abril de2009, sendo um dos poucos hos-pitais do Brasil que reúnem con-

Prof. Paiva, a nutricionista Valéria Barbim e a médica Luciana da Matta

dições para obter esse reco-nhecimento. Apenas outros cin-co centros são consideradosreferência nessa área no paíspara atender as diretrizes daportaria 120.MS/2009.

Segundo o professor SérgioAlberto Rupp de Paiva, do De-partamento de Clínica Médicada FMB e coordenador clínicodo Serviço, para que o HC pu-desse se tornar um Centro deReferência em Nutrição Enterale Parenteral era preciso distri-buir dieta enteral e parenteral eser uma unidade produtora denutrição parenteral. O alimentolíquido servido aos pacientesque necessitam (nutrição ente-ral) é adquirido através de pre-gões públicos pelo Serviço Téc-nico de Nutrição e Dietética. Jáa manipulação dos nutrientes,administrados pela veia, é reali-zada pela própria farmácia dohospital, com produção especí-fica de acordo com a necessi-dade do paciente.

Para identificar aqueles que

necessitam receber o tratamen-to alimentar diferenciado, é fei-ta, pelo Serviço, uma triagem dospacientes com riscos nutricionais.Os que mais utilizam a nutriçãoparenteral são aqueles que nãoconseguem se alimentar pelotrato digestivo. Já os que rece-bem alimento líquido (enteral)são os que, por algum motivo,não conseguem ingerir a quan-tidade necessária de nutrientesdevido a seu quadro de saúde.

O Serviço Terapia Nutricio-nal do HC pode oferecer con-sultoria para outras unidades desaúde. A equipe responsávelpelos trabalhos é formada porum coordenador clínico, pro-fessor Sérgio Paiva; uma coor-denadora técnica, a nutricionis-ta Angela Valeria Pellizzon Bar-bin e uma médica, a Dra Lucia-na da Matta e Gradella, gas-troenterologista e endoscopis-ta. Existe a expectativa de au-mentar o grupo futuramente.

Ambulatório de Terapia Nu-tricional e Disfagia - O HC tam-bém dispõe de um Ambulatóriode Terapia Nutricional, que ofe-rece suporte aos pacientes queestão em uso de dieta por son-da , mas já receberam alta mé-dica. Pacientes acompanhadospor qualquer especialidade po-dem ser atendidos, caso neces-sitem, por meio de encaminha-mento de seu médico ou nutrici-onista. As consultas são realiza-das às terças-feiras, a partir das13 horas, no bloco II.

Mais informações podem serobtidas através do e-mail:[email protected]

A Superintendência do Hospi-tal das Clínicas (HC) da Faculdadede Medicina de Botucatu/Unesp(FMB) e sua Diretoria Clínica inau-guraram, dia 20 de agosto, umanova enfermaria de Clínica Médi-ca II. São 18 leitos - com projeçãode chegarem a 22 - que servirãode retaguarda para receberempacientes da clínica geral, alémdaqueles que necessitarem deatendimento reumatológico,pneumológico e endocrinológico.

Essa nova estrutura, associadaa ampliação do número de leitospara pacientes da neurocirurgiae neuroclínica - previsto para aspróximas semanas - será possívelo fechamento da antiga enferma-ria do PS. Os profissionais que atu-avam no local serão transferidospara a enfermaria inaugurada.

Professor Emílio Carlos Curce-lli, superintendente do HC, enfa-tizou na oportunidade que suaequipe tem se esforçado diaria-mente para proporcionar as con-dições adequadas para o aten-dimento aos pacientes. “E essaenfermaria reformada é a provade que estamos avançando. Ain-da não é o ideal, não temos onúmero necessário de funcioná-rio, mas já melhoramos a estru-tura física”, destacou.

O gestor afirmou ainda que

Nova enfermariapara pacientes queeram atendidos no PS

ESTRUTURA

se esforça sempre para entenderas dificuldades do cotidiano dohospital e disse ficar satisfeito por,mesmo com várias dificuldades, osfuncionários não desanimarem econtinuarem oferecendo uma as-sistência de qualidade. “Hoje temosum corpo clínico dedicado e pre-parado para oferecer uma assis-tência de qualidade”, reforçou.

Dr. André Luis Balbi, diretor clí-nico do HC, agradeceu o empe-nho dos funcionários que atuamna enfermaria por sua compre-ensão com as deficiências e dis-ponibilidade de se unirem à Dire-ção na busca por melhorias. “Hojetemos uma sintonia bastante po-sitiva. Aprendemos com as dificul-dades. Se o pessoal dessa enfer-maria não tivesse aderido e cola-borado, essa inauguração nãoestaria acontecendo”, comentou.

A diretora da Divisão Técnicade Enfermagem do HC, enfermei-ra Andréia Zamberlan, valorizouo fato de os funcionários da en-fermaria terem a oportunidadetrabalhar em um novo ambien-te, conhecerem outras pessoas etudo sem resistência às mudan-ças. “Esse comprometimento foimuito interessante. Há três anossonhávamos em trazer os paci-entes do PS para essa nova es-trutura”, observou.

Congregação decide novo Conselho Deliberativo do HCFMB

Superintendente doHCFMB, prof. Emílio

Curcelli duranteinauguração do novo

espaço que contacom 18 leitos que

receberão pacientesda clínica geral

O HOSPITAL DAS CLÍNICAS JÁPODE SER CONSIDERADO UMA

AUTARQUIA DO GOVERNO

DO ESTADO DE SÃO PAULO

sunori Takegawa - Suplente:Hamilto Akihissa Yamamoto eTitular: Leonardo Antonio Ma-mede Zornoff - Suplente: Sér-gio Alberto Rupp de Paiva ti-veram 30 votos cada. Sendoassim, a Congregação decidiuvotar por analogia, seguindoregimento da Unesp, que pre-vê como critério de desempa-te preferência aos candidatosmais titulados, e elegeu osprofessores Leonardo Zorno-ff e Sérgio Paiva como inte-grantes titular e suplente res-pectivamente.

Após publicação do novoConselho Deliberativo no Diá-rio Of icial do Estado de SãoPaulo, seus membros deverãose reunir para apresentar umalista tríplice ao governador doEstado através da qual será es-colhido o novo gestor do hos-pital, agora como autarquia.

Entre os servidores técnico-administrativos, Aparecida deFátima Lopes Andrini e seu Su-plente: José Martins de SouzaNeto tiveram 222 votos na

consulta à comunidade interna eforam referendado pela Congre-gação da FMB. Entretanto, a ofi-cialização da representação dosfuncionários depende da escolhado novo superintendente do HC.

A urgência na formação do

novo Conselho se deve ao fatode que o HC já é consideradouma unidade orçamentária li-gada à Secretaria de Estado daSaúde, inclusive com CNPJnovo. Porém, para a viabiliza-ção dos trâmites burocráticosnecessários à utilização dos re-cursos do Estado já a partir dejaneiro de 2010, é preciso queseja definido o novo superin-tendente - decisão que depen-de da participação do Conse-lho Deliberativo.

Page 12: Jornal da FMB nº 27

SETEMBRO 2010

12 PESQUISAS E INOVAÇÕES

Medicina genômica ao alcance de práticas clínicas

Com os testesgenéticos, podemosdefinir se o carcinomaé hereditário ou não

Denise Perone sobre osresultados da pesquisa

DESDE O INÍCIO DA PESQUISA,TEM SIDO PERCEBIDO QUE OS

RESULTADOS SÃO CAPAZES DE

AFETAR O ATENDIMENTO

AMBULATORIAL DESSES CASOS

Pacientes do Hospital das Clí-nicas da Faculdade de Medicinade Botucatu que recebem o pe-noso diagnóstico de um tipo decâncer de tireóide participam darevolução que a genômica come-ça a provocar na medicina doséculo XXI. Isso porque uma pes-quisa do Laboratório Experimen-tal de Biologia Molecular do De-partamento de Clínica Médica daFMB/UNESP realiza o rastrea-mento de alguns trechos do DNApara identificar mutações e pos-sibilitar alterações do seguimen-to e tratamento desses pacientese seus familiares.

A farmacêutica Denise Pero-ne, bolsista do Programa JovemPesquisador da Pró-Reitoria dePesquisa da Unesp, recebe nolaboratório frascos com amostrasde sangue retiradas de pacientesportadores de carcinoma medu-lar de tireóide (CMT). Este seconstitui em um tumor malignoraro, de alto risco e com grandepotencial de causar metástases.

A partir dos leucócitos sanguí-neos, a cadeia de procedimentosé longa e cuidadosa até que seconsiga extrair os segmentos docódigo genético cujas alteraçõespodem levar ao desenvolvimentoda doença. Desde a extração doDNA genômico das células, pas-sando pela reação da polimeraseem cadeia (multiplicação da se-quência genética de interesse) atéo sequenciamento do código, adedicação é intensa.

O fato que orienta essa jor-nada de pesquisa é que entre 25e 35% dos casos, o tumor apre-senta-se como hereditário. E, nes-sas situações, os defeitos estão nogene RET, localizado no cromos-somo 10 do genoma humano.

A procura é por falhas emcertos trechos do filamento deDNA do gene, chamados exons.São eles que codificam uma pro-teína (receptor tirosina-quinase)e são desordens nesse processoque estão associadas ao tumor."O chamado proto-oncogeneRET possui 21 exons e apenas emoito deles encontramos mudan-ça na seqüência normal do códi-go associada à doença; eles for-mam então o foco principal dapesquisa, o 'hot spot' das muta-ções", explica a pesquisadora.

O grupo de pesquisadoras,formado pela Dra. Célia ReginaNogueira e Dra. Gláucia Mazeto,além de Denise Perone, propôsa investigação minuciosa dessegene nos pacientes diagnostica-dos com CMT no ambulatório detireóide do Hospital das Clínicas.E desde o início da pesquisa, emjaneiro de 2010, tem sido perce-bido que os resultados são ca-pazes de afetar o atendimentoambulatorial desses casos.

Foram realizados 39 rastrea-mentos até setembro. Dez foram

FELIPE MODENESEESPECIAL PARA O JORNAL DA FMB

de pacientes com a doença, masas mutações não foram achadas(nesses casos, o tumor é chamadoesporádico). Dez foram de famili-ares destes pacientes - tambémsem falhas genéticas. As outras 19investigações incluem os casos dadoença em que havia mutações(tumor familiar) e os estudos dealguns parentes convocados.

A análise genética meticulo-sa gera um laudo laboratorialcom os detalhes das mutaçõesencontradas. "Com os testes ge-néticos, podemos definir se o

carcinoma é hereditário ou não.Isso repercute tanto sobre seutratamento como sobre sua evo-lução", explica Perone. O documen-to acrescenta, então, dados parauma melhor abordagem clínicatanto nos casos positivos quantonos negativos para alterações.

MEDICINA GENÔMICA

Normalmente, sem a avalia-ção genética, os familiares de to-dos os pacientes devem ser in-vestigados periodicamentequanto à presença da doençaatravés de exames clínicos, do-sagens, testes laboratoriais e ima-gens médicas. Estes procedimen-tos acabam por tornar o acom-

panhamento destes casos caroe trabalhoso.

Dessa forma, um dos benefí-cios que o diagnóstico molecularpermite é a diminuição dos gas-tos (públicos) com tais examesregulares, antes realizados emtodas as famílias de pacientes aco-

metidos. No caso de ser identifi-cada mutação no paciente, os pa-rentes que não as apresentam sãodispensados do acompanhamentomédico. E na situação em que as al-terações não são encontradas no in-dividuo com o tumor, a família tam-bém não precisa ser monitorada.

Em uma das famílias estuda-das, 18 membros foram exami-nados geneticamente e 10 de-les apresentaram mutações e adoença. "Todos os parentescom defeito genético desenvol-veram o tumor. Os demais não

apresentaram alterações e o se-guimento médico foi suspenso",lembra a pesquisadora.

Outro aspecto da doença éque o carcinoma medular de ti-reóide em sua forma hereditáriapode ser a primeira manifesta-ção clínica de síndromes maiscomplexas como a neoplasia en-dócrina múltipla (NEM). Isso acon-tece porque a proteína codifica-da pelo gene RET é expressa emalgumas células especificas do sis-tema endócrino. Os defeitos ge-néticos podem se manifestarcomo tumores em glândulascomo a adrenal e paratireóide.

Dessa forma, o acompanha-mento da evolução clínica dospacientes com alterações genéti-cas torna-se recomendável pelapossibilidade do aparecimentodos outros tumores. Isso gera anecessidade de outros exameslaboratoriais periódicos e onero-sos (dosagens e imagens). Levan-do-se em conta que a maior par-te dos casos de CMT não são he-reditários, a avaliação genéticaresulta em grande economia.

Uma outra conseqüência dosexames genético-moleculares,permitida pela pesquisa, é o be-neficio aos parentes em primeirograu de pacientes com a doença.Uma vez que, no caso de possuí-rem também mutações, mas ain-da não apresentarem manifesta-ção clínica, estes são encaminha-dos para condutas médicas maisindicadas, como a cirurgia profilá-tica de retirada da tireóide.

Em outra família estudada, o paidesenvolveu a doença e apresen-tou alterações genéticas no rastre-amento. As duas crianças descen-dentes foram convocadas e os exa-mes indicaram que elas herdaramas mesmas falhas genéticas. A equi-pe médica aconselhou e elas pas-saram pela extração da glândula.

Tal decisão tem sido um exem-plo de realização do projeto princi-pal da medicina genômica: a identi-ficação prévia de uma doença e suaprevenção para o indivíduo. Tendoem vista os benefícios para os paci-entes, a prática clinica e para o siste-ma de saúde nacional, as pesquisa-doras pretendem ampliar a pesqui-sa das peculiaridades do gene RETassociadas ao carcinoma medular datireóide. E esperam definir elemen-tos que apóiem a prática da medici-na genômica no século XXI.

O ACOMPANHAMENTO DA

EVOLUÇÃO CLÍNICA DOS

PACIENTES COM ALTERAÇÕES

GENÉTICAS É RECOMENDÁVEL

Denise Perone,em simulaçõesdo estudo nos

LaboratóriosExperimentais

da FMB

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A medicina genômica parte daspredisposições genéticas de cadaindivíduo para tratá-los de formapreventiva e personalizada. Deacordo com artigo do geneticistaSergio Pena, professor da Univer-

sidade Federal de Minas Gerais (UFMG), seu objetivo é cui-dar de pacientes ainda assintomáticos ou baixamente sinto-máticos, com alta eficiência para evitar ou retardar o desen-volvimento de doenças – muitas das quais seriam incuráveisdepois de instaladas.

Conhecendo a intimidade das variações genômicas que de-terminam as nossas predisposições e resistências individuais, co-meça a ser possível manipular o ambiente (estilo de vida, dieta,adição ou remoção de fármacos, frequência de exames clínicose laboratoriais) de forma a manter o equilíbrio harmônico ge-noma/ambiente, que caracteriza a saúde. Ou seja, abrem-se aspossibilidades de modulação do ambiente para adaptá-lo aogenótipo do indivíduo, abortando a gênese da doença.

O que éMedicinaGenômica?

FONTE: REVISTA CIÊNCIA HOJE