jornal da fmb nº 23

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Dr. Reginaldo Boni: captação passará por aprimoramento FMB: recarga de cartuchos gera economia Hepatite C: FMB integra estudo que torna diagnóstico mais barato Grupo internacional, que tem a participação direta de pesquisadores da Faculdade de Medici- na/Unesp, desenvolve método que reduz drasticamente custos com diagnósticos. Página 12 Ambulatório que trata desvios de aprendizagem está entre os cinco principais centros do país Comissão de Pesquisa tem novos membros até 2012 Com mandato por mais dois anos, a professora Célia Regina Nogueira, do Departamento de Clínica Médica, da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp, continuará à frente da Comis- são Permanente de Pesquisa da instituição. A docente e a pro- fessora Lígia Rugolo, foram elei- tas como presidente e vice do órgão, respectivamente, dia 17 de maio. Página 4 Iniciativa da administração da FMB, através de sua Seção Téc- nica de Materiais, tem resultado em economia no consumo de cartuchos de tinta e outros insu- mos para impressoras. A criação de um serviço de recarga para uso interno proporcionou eco- nomia de até 80% nos gastos com esses produtos. Página 9 HC é referência no cuidado a desvios de aprendizagem Página 10 Recargas de cartuchos ocorrem na FMB/Unesp desde 2006 Pontos eletrônicos são implantados pelo HC/Unesp Para dinamizar e oferecer maior confiabilidade ao siste- ma de Recursos Humanos, a Su- perintendência do Hospital das Clínicas, vinculado à Faculdade de Medicina de Botucatu/ Unesp (HC/FMB), tem implan- tado, gradativamente, um novo sistema de ponto eletrônico pelo uso da impressão digital, também chamado de biome- tria. A previsão é que até o se- gundo semestre a instalação es- teja concluída. Página 11 Pontos Eletrônicos têm sido instalados em locais distintos do HC A OPO (Organização de Pro- cura por Órgãos) está sob novo comando. Dr. Reginaldo Carlos Boni, de 41 anos, formado pela FMB e que responde por um Ser- viço de Captação de Órgãos e Te- cidos na capital passa a coordenar a área. Profissionalizaçãopassa a ser foco do serviço. Página 10 OPO tem novo coordenador e traça metas Cônsul do Japão quer estreitar relação com Unesp Clima de amizade e dis- posição para novas e impor- tantes parcerias entre a Unesp e o Japão. Foi assim a visita à Faculdade de Medi- cina de Botucatu/Unesp (FMB) do cônsul geral do Ja- pão, em São Paulo, Kazuaki Obe e sua comitiva, dia 21 de maio. Além de conhecer, através de um vídeo institu- cional, a estrutura de pesqui- sa e a dimensão das quatro faculdades da Unesp de Bo- tucatu, o convidado sinalizou grande interesse em iniciar projetos de cooperação com a universidade. Página 3 Kazuaki Obe, cônsul geral do Japão em São Paulo, frisou o tom de amizade com brasileiros Enfermeira do HC narra experiência vivida no Haiti A enfermeira do Hospital das Clínicas/Unesp, vinculado à Fa- culdade de Medicina de Botu- catu/Unesp (HC/FMB), Maria Clara Pinheiro Manoel, esteve em maio no Haiti. Durante dez dias, a profissional auxiliou equi- pes médicas à população atin- gida por um dos piores terre- motos da História. Página 7

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maio de 2010

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Dr. Reginaldo Boni: captaçãopassará por aprimoramento

FMB: recargade cartuchosgera economia

Hepatite C: FMB integra estudoque torna diagnóstico mais baratoGrupo internacional, que tem a participação direta de pesquisadores da Faculdade de Medici-na/Unesp, desenvolve método que reduz drasticamente custos com diagnósticos. Página 12

Ambulatório que trata desvios de aprendizagem está entre os cinco principais centros do país

Comissão de Pesquisa temnovos membros até 2012

Com mandato por mais doisanos, a professora Célia ReginaNogueira, do Departamento deClínica Médica, da Faculdade deMedicina de Botucatu/Unesp,continuará à frente da Comis-

são Permanente de Pesquisa dainstituição. A docente e a pro-fessora Lígia Rugolo, foram elei-tas como presidente e vice doórgão, respectivamente, dia 17de maio. Página 4

Iniciativa da administração daFMB, através de sua Seção Téc-nica de Materiais, tem resultadoem economia no consumo decartuchos de tinta e outros insu-mos para impressoras. A criaçãode um serviço de recarga parauso interno proporcionou eco-nomia de até 80% nos gastoscom esses produtos. Página 9

HC é referência no cuidadoa desvios de aprendizagem

Página 10

Recargas de cartuchos ocorrem na FMB/Unesp desde 2006

Pontos eletrônicossão implantadospelo HC/Unesp

Para dinamizar e oferecermaior confiabilidade ao siste-ma de Recursos Humanos, a Su-perintendência do Hospital dasClínicas, vinculado à Faculdadede Medicina de Botucatu/Unesp (HC/FMB), tem implan-tado, gradativamente, um novosistema de ponto eletrônicopelo uso da impressão digital,também chamado de biome-tria. A previsão é que até o se-gundo semestre a instalação es-teja concluída. Página 11Pontos Eletrônicos têm sido instalados em locais distintos do HC

A OPO (Organização de Pro-cura por Órgãos) está sob novocomando. Dr. Reginaldo CarlosBoni, de 41 anos, formado pelaFMB e que responde por um Ser-viço de Captação de Órgãos e Te-cidos na capital passa a coordenara área. Profissionalizaçãopassa a serfoco do serviço. Página 10

OPO tem novocoordenadore traça metas

Cônsul do Japãoquer estreitarrelação com Unesp

Clima de amizade e dis-posição para novas e impor-tantes parcer ias entre aUnesp e o Japão. Foi assim avisita à Faculdade de Medi-c ina de Botucatu/Unesp(FMB) do cônsul geral do Ja-pão, em São Paulo, KazuakiObe e sua comitiva, dia 21de maio. Além de conhecer,através de um vídeo institu-cional, a estrutura de pesqui-sa e a dimensão das quatrofaculdades da Unesp de Bo-tucatu, o convidado sinalizougrande interesse em iniciarprojetos de cooperação coma universidade. Página 3 Kazuaki Obe, cônsul geral do Japão em São Paulo, frisou o tom de amizade com brasileiros

Enfermeira do HCnarra experiênciavivida no Haiti

A enfermeira do Hospital dasClínicas/Unesp, vinculado à Fa-culdade de Medicina de Botu-catu/Unesp (HC/FMB), MariaClara Pinheiro Manoel, esteveem maio no Haiti. Durante dezdias, a profissional auxiliou equi-pes médicas à população atin-gida por um dos piores terre-motos da História. Página 7

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MAIO 2010

10/06/2010- DISSERTAÇÃO DE MESTRADOVALQUIRIA PESSOA CHINEMESTUDO DOS MARCADORES CUTÂNEOS INDICADORESDE RISCO PARA CARCINOMA BASOCELULARPrograma: PatologiaOrientador: Prof. Dr. Helio Amante MiotLocal: Anfiteatro Maria José dos Reis Lima- Dept. de Enfermagem- FMB - UNESPHorário: 08:30

15/06/2010- DEFESA DE TESEANDRÉ FERREIRA DO NASCIMENTORELAÇÃO ENTRE DIFERENTES PERÍODOS DE EXPOSIÇÃO ÀOBESIDADE INDUZIDA POR DIETA E LIPOTOXICIDADE CARDÍACA:PAPEL DO EIXO LEPTINA/OB-R/AMPK/ACC/MALONI COAPrograma: Fisiopatologia em Clínica MédicaOrientador: Prof. Dr. Antonio Carlos CicognaLocal: Auditório Marco Aurélio - Depto. de Clínica Médica da FM de Botucatu-UNESPHorário: 09:30

18/06/2010- DEFESA DE TESEALEXANDRE NAIME BARBOSAAVALIAÇÃO DAS CITOCINAS (ELISA E RT-PCR) E DAFIBROSE HEPÁTICA NA COINFECÇÃO PELO HIV E VÍRUS DA HEPATITE CPrograma: Doenças TropicaisOrientador: Prof. Dr. Domingos Alves MeiraLocal: Solário do Depto. de Doenças Tropicais (anexo vermelho 3º andar)-FM/UnespHorário: 08:00

22/06/2010- EVENTONOÇÕES DE PREPARO, IDENTIFICAÇÃO, ACONDICIONAMENTOE TRANSPORTE DE SUBSTÂNCIAS BIOLÓGICASLocal: Casa do Servidor- Sala 8Horário: 8:00Contato: [email protected] ou (14) 3811-6235

22/06/2010 - EVENTOI JORNADA DE DIABETES DA FMBLocal: Casa da Arte da FMVZHorário: 17:30 às 21:30 hContato: (14) 3811-6140 ramal 113.

19/06/2010- DISSERTAÇÃO DE MESTRADOLUCIANA CURTOLO DE BARROSATIVIDADE COAGULANTE E DA TOXICIDADE DA GIROXINA NATIVA E IRRADIADACOM COBALTO-60 ISOLADA DO VENENE DE CROTALUS DURISSUS TERRIFICUSPrograma: Doenças TropicaisOrientador: Prof. Dr. Rui Seabra Ferreira JuniorLocal: Solário do Depto. de Doenças Tropicais (anexo vermelho 3º andar)Horário: 9 horas

02/07/2010- DEFESA DE TESETATIANA HENRIQUES FERREIRAA FARMACOCINÉTICA DA METADONA E SEUS EFEITOSANTINOCICEPTIVOS, COMPORTAMENTAIS E SOBRE A CONCENTRAÇÃOALVEOLAR MÍNIMA DE SEVOFLUORANO EM FELINOSPrograma: AnestesiologiaOrientador: Prof. Dr. Antonio José de Araújo AguiarLocal: Sala 2 - Departamento de Anestesiologia - Anexo Verde-FMB- UNESPHorário: 08:30

21/08/2010- EVENTOI SIMPÓSIO DE NUTRIÇÃO EM GASTROENTEROLOGIALocal: Salão Nobre da Faculdade de Medicina de BotucatuHorário: 8:00Contato: (14) 3811-6213 ou [email protected]

23/08/2010- EVENTOCONGRESSO NIPO-BRASILEIRO DE ESTUDANTES DE MEDICINALocal: Salão Nobre da Faculdade de Medicina de BotucatuHorário: a confirmarContato: [email protected]

26/08/2010- CURSOCAPTAÇÃO DE RECURSOS EXTERNOS E A PESQUISALocal: Salão Nobre da Faculdade de Medicina de BotucatuHorário: a confirmarContato: [email protected]

29/09/2010- EVENTOVI CONFIAM- CONGRESSO DE FÍSICA APLICADA À MEDICINALocal: Salão Nobre da Faculdade de Medicina de BotucatuHorário: 8:00Contato: (14) 3811-6140 ramal 113.

Informações detalhadas no site www.eventos.fmb.unesp.br

agenda FMBNOVIDADE

OPINIÃO

40 Anos de Residência deOftalmologia em Botucatu

Quando fui convidado pela Chefe daDisciplina de Oftalmologia para falar al-gumas palavras sobre os 40 anos do iní-cio da Residência Médica de Oftalmolo-gia na Faculdade de Medicina de Botu-catu, senti um misto de tempos passadose me senti impregnado por este tempo epor estas lembranças. Sentado como vo-cês, várias vezes a cada cinco anos, eraeu quem ouvia a palavra de um queridoprofessor ou professora, falando sobre osaniversários de nossa Residência Médi-ca. Me veio então o pensamento do po-eta alemão Novalis, para quem "O espa-ço mescla-se com o tempo, assim como ocorpo se mescla com a alma".

Esta residência médica mesclou-secom todos nós. Eram outros tempos quan-do os pioneiros iniciaram esta estrada. Oconvite do saudoso professor Mario Ru-bens Montenegro, pioneiro fundador dafaculdade, e do Professor William SaadHosne, então Chefe do Departamentode Cirurgia, ao Dr. Osvaldo Monteiro deBarros, então oftalmologista do Hospitaldas Clínicas da Faculdade de Medicinada universidade de São Paulo, para aimplantação da Oftalmologia na antigaFaculdade de Ciências Médicas e Bioló-gicas de Botucatu (FCMBB), foi feito noprimeiro semestre de 1967. Nos primei-ros anos, outros oftalmologistas de S. Pau-lo e da região, se juntaram como colabo-radores voluntários ao hoje saudoso pio-neiro. Em 1969 juntou-se o Dr. Milton

Massato Hida, o primeiro docente emtempo integral, e em 1970 iniciou-se aResidência Médica. Eram tempos de muitacarência e de pioneirismo em tudo. Noentanto, com todas as dificuldades es-truturais e com a tecnologia oftalmo-lógica muito menos desenvolvida deque nos nossos dias, a oftalmologia jánascia pioneira nesta faculdade. Con-tava o Dr. Osvaldo que a primeira cirur-gia realizada em nosso Centro Cirúrgi-co foi uma facectomia com anestesialocal. Eram tempos difíceis, pois poucoantes disso, o Hospital das Clínicas ain-da não funcionava, pois só após a "Ope-ração Andarilho", foram obtidos recur-sos para o funcionamento do HC.

A residência Médica de Oftalmolo-gia foi aberta inicialmente com duas va-gas. Evoluiu posteriormente para 3 va-gas, na década de 80 e na década de 90,para 7 vagas de R1 por ano, com R3 obri-gatório e oferecimento de vagas paraestagiários de 4º ano.

Foram 162 especialistas formadosnestes 40 anos, e mais uma equipe de 20

residentes, atualmente. Neste tempo ti-vemos residentes de quase todos os Es-tados do Brasil, e de todas as Faculdadesde Medicina do Estado.

Paralelamente a tudo isso, o diag-nóstico e o tratamento cirúrgico foisendo imensa e rapidamente modifi-cado, de tal forma que seus docentes,foram desenvolvendo as diversas su-bespecialidades da Oftalmologia den-tro do HC, e em 1994 foi implantada aprimeira disciplina dentro da Pós-Gra-duação, e outra após.

A Disciplina de Oftalmologia contahoje com 7 docentes, sendo seis em Re-gime de Dedicação Integral a Docênciae à Pesquisa, mais uma docente substitu-ta e 3 médicos. É enorme a assistênciapraticada, estando entre as 3 ou 4 pri-

meiras clínicas que mais atendem e ope-ram neste HC.

A Disciplina extrapolou os muros doHC, não só para a clínica mas também paraas cirurgias, e continua com a atividadeclínica fora dos limites institucionais, com opioneiro projeto da Unidade Móvel, ideali-zado e coordenado pela Dra. Silvana Artio-li Schellini, nossa Professora Titular.

Professores de elevado profissiona-lismo e dedicação se juntaram à Discipli-na de Oftalmologia: Dr. Felipe Jorge Heim-beck, Dra. Maria Rosa Bet de Moraes Sil-va, Dra. Amélia Kamegasawa, Dra. Silva-na, este que vos fala, Dra. Eliane ChavesJorge, Dr. Antonio Carlos Lottelli Rodri-gues, Dra. Sílvia Narikawa bem como osmédicos Drs. Álvio, Kellen e Mitsuo. Tam-bém fazem esta Disciplina os nossos de-dicadíssimos funcionários, nossos alunose nossos empenhados residentes.

Há uma expressão famosa em gregoque diz "Tu e eu carregamos o mesmojugo". Também hoje vivemos tempos difí-ceis. A reposição de equipamentos quese tornam obsoletos ou quebram defini-

tivamente, tem sido cada vez mais difícil.Promessas não são cumpridas, equipamen-tos furtados não são repostos. Sem falarnos avanços e na reposição de aposenta-dos. Devemos prosseguir, no entanto, combom ânimo. Como se diz na famosa sátirado "Importuno", de Horácio, "a vida nadadá aos mortais sem grande labuta".

Não devemos nunca esquecer os queconstruíram e trabalharam antes de nós.De tudo que falei, que fique em nossoscorações o sentimento de gratidão e res-peito àqueles que nos ensinaram na resi-dência médica, aos docentes, médicos,colaboradores, voluntários e funcionári-os que contribuem e providenciam paraque as coisas dêem certo. Aos nossos co-legas de residência, contemporâneos dasnoites mal dormidas, das dúvidas, das di-ficuldades e inquietações deste períodode nossas vidas, encerro lembrando aspalavras de Jacob Riis:

"Quando nada parece dar certo, vouver o cortador de pedras martelando suarocha talvez 100 vezes, sem que uma únicarachadura apareça. Mas na centésima pri-meira martelada a pedra se abre em duas,e eu sei que não foi aquela que conseguiuisso, mas todas as que vieram antes."

A DISCIPLINA EXTRAPOLOU

OS MUROS DO HC,NÃO SÓ PARA A CLÍNICA, MAS

TAMBÉM PARA AS CIRURGIAS

EDSON NACIB JORGEé professor do Departamento de Oftal-

mologia, Otorrinolaringologia e Cirurgiade Cabeça e Pescoço da Faculdade

de Medicina de Botucatu/Unesp

(transcrição do discurso proferido na XXVI Jornada Anual de Oftalmologia – 15.05.2010)

CIÊNCIA

Debate enfoca compostos tóxicos em alimentosCom ênfase nas particularida-

des da presença de substânciastóxicas em alimentos, o Depar-tamento de Patologia da Facul-dade de Medicina de Botucatu/Unesp, através de seu Núcleo deAvaliação Toxicogenética e Can-cerígena- Toxican- promoveu,dia 25 de maio, palestra a alu-nos de pós-graduação e pesqui-sadores sobre o tema.

Ministrada pela professorado Departamento de AnálisesClínicas e Toxicológicas da Fa-culdade de Ciências Farmacêu-ticas da USP (Universidade deSão Paulo) Elizabeth de SouzaNascimento a palestra focou

essencialmente como os profis-sionais das áreas biológicas emédicas podem avaliar os prin-cipais riscos que caracterizam atoxicidade em um alimento.

A palestrante abordou aspec-tos determinantes que a ingestãode alguns alimentos, os compo-nentes presentes neles e a expo-sição aos compostos tóxicos na-quilo que é consumido. “Os ali-mentos têm a características deagregarem fatores como os in-sumos em sua produção, quepodem ser, em longo prazo, tó-xicos à saúde. São agentes quefavorecem a contaminação”, res-saltou a professora.

Elizabeth Nascimento, da USP,discorreu sobre toxicologia

Depois de ter confirmada aimplantação de seu programa deresidência em transplante de fíga-do, agora a Faculdade de Medici-na de Botucatu/Unesp (FMB) co-memora a criação da especializa-ção em transplante renal na áreaclínica, aprovada em março desteano e que deverá ter início em2011. Será oferecida apenas umavaga para o curso com duraçãode um ano. É pré-requisito que ocandidato tenha feito dois anos deresidência em nefrologia.

No Estado, somente USP (Uni-versidade de São Paulo) – cam-pus da Capital e Unifesp (Univer-sidade Federal de São Paulo),além da FMB/Unesp foram auto-rizados a oferecer esse tipo decapacitação aos médicos residen-tes, por atenderem plenamenteas condições previstas pela Co-missão Nacional de ResidênciaMédica. Trata-se de uma especi-alização inédita no Brasil.

Serão responsáveis pela resi-dência a professora do Departa-

Medicina/Unesp é credenciada paraoferecer residência em transplante renal

HC/UNESP É O 13º MAIOR TRANSPLANTADOR DE RINS DO BRASIL

A unidade de transplantes renais do Hospital das Clínicas/Unesp (HC)conquistou a 13ª colocação no ranking dos 137 centros que mais realiza-ram o procedimento em todo o Brasil ao longo de 2009, segundo divul-gação feita pela ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgão).Foram 68 transplantes, sendo 26 de doadores vivos e 42 de pessoas jáfalecidas, sendo que este último indicador teve um crescimento de 75%.

mento de Clínica da FMB, MariaFernanda Cordeiro de Carvalho eo nefrologista Dr. Luis GustavoModelli de Andrade. O materialde formação dos profissionaisserá composto, também, por in-formações dos pacientes assistidostanto no ambulatório pré-opera-tório quanto aqueles que sãoacompanhados após terem sidotransplantados no Hospital das Clí-nicas/Unesp (HC).

A unidade, que conta com umaequipe composta por seis médi-cos nefrologistas, já realizou 486transplantes desde junho de 1987– quando o serviço foi criado. Aexpectativa é, ainda em 2010, atin-gir 500 cirurgias desse tipo.

Dra. Maria Carvalho seráresponsável pela residência

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MAIO 2010

CONTATOS

Cônsul geral do Japão conhece Unespde Botucatu e se diz aberto a parcerias

Clima de amizade e disposiçãopara novas e importantes parceri-as entre a Unesp e o Japão. Foiassim a visita à Faculdade de Me-dicina de Botucatu/Unesp (FMB) docônsul geral do Japão, em SãoPaulo, Kazuaki Obe e sua comiti-va, dia, 21 de maio. Além de co-nhecer, através de um vídeo insti-tucional, a estrutura de pesquisa ea dimensão das quatro faculdadesda Unesp de Botucatu, o convida-do sinalizou grande interesse eminiciar projetos de cooperaçãocom a universidade.

Satoshi Yoshida, representantesênior da JICA (Agência de Coo-peração Internacional, do Japão)– que mantém projetos de apoiosócio-econômico a países em de-senvolvimento - explicou como fun-

cionam atualmente as parceriasentre seu país e o Brasil. A entida-de atua em seis áreas: Meio Ambi-ente, Desenvolvimento Social, Co-operação Triangular (Japão e Bra-sil se unem para ajudar um tercei-ro país), Cooperação Técnica, Co-operação Financeira e Cooperaçãoem Ciência e Tecnologia.

Nesses setores, segundo Yoshi-da, alguns dos principais projetossão: preservação da Amazônia uti-lizando imagens de satélite (Coo-peração Técnica); despoluição da

Baía de Guanabara, no Rio de Ja-neiro; rebaixamento da calha doRio Tietê, em São Paulo (Coopera-ção Financeira - são destinados R$4,8 bilhões para 15 projetos). Alémdisso, de acordo com o represen-tante da JICA, o Japão já recebeu9.500 brasileiros para a realizaçãode cursos em várias áreas.

Em relação à Cooperação emCiência e Tecnologia, desde 2009,em parceria com a UniversidadeFederal do Rio de Janeiro (UFRJ)e Universidade Federal de SantaCatarina é realizado um projetode aproveitamento do bagaço decana-de-açúcar para a produçãode etanol. “Desejamos seguir nes-se caminho de amizade e coope-ração”, destacou Yoshida.

O cônsul geral do Japão, em

Comitiva do cônsul foi recepcionada pela comunidade acadêmica das unidades da Unesp

São Paulo, afirmou ter ficado emo-cionado com a recepção que tevedos representantes das quatro uni-dades da Unesp – campus de Bo-tucatu. “Fico muito feliz em rece-ber esse carinho, algo que vemdo coração mesmo. Acho muitoimportante o trabalho desenvol-vido pela Unesp. Quero muito es-treitar a amizade e o relaciona-mento com Botucatu e a Unesp”,disse Kazuaki Obe, que, assimcomo sua comitiva, foi presentea-do com lembranças de Botucatue material promocional da Unesp.

Professor Sérgio Swain Müller,diretor da FMB e presidente doGrupo Administrativo do Campus(GAC), lembrou que o Brasil é umpaís com uma grande diversida-de cultural e muitos imigrantes ja-poneses, o que classificou comouma de suas principais riquezas.“Fazendo um paralelo a esse ce-nário, na FMB já formamos apro-ximadamente 4 mil médicos e,desses, cerca de 500 são descen-dentes de japoneses (12,5%) o quemostra a importância da relaçãoentre as duas nações”, declarou.“Espero que na próxima visita quefizerem a Botucatu já possamosmostrar projetos em parceria coma Unesp, frutos dessa visita. Temosmuito a aprender e a ensinar”,acrescentou Müller.

“Quero muito estreitar aamizade e relacionamentocom Botucatu e a Unesp

Kazuaki Obe, cônsul geral do Japão,sobre a relação com a Unesp

FMB, EM 47 ANOS,JÁ FORMOU 4 MIL

MÉDICOS, SENDO 500 DE

DESCENDÊNCIA NIPÔNICA

MODELO

Ministério da Saúde inicia pela Upeclin visitas a centros de pesquisas clínicasRepresentantes do Decit (De-

partamento de Ciência e Tecnolo-gia), vinculado à Secretaria de Ci-ência, Tecnologia, e Insumos Estra-tégicos do Ministério da Saúde, ini-ciaram, pela Faculdade de Medi-cina de Botucatu/Unesp (FMB), vi-sitas técnicas a unidades integran-tes da Rede Nacional de PesquisaClínica- RNPC. O objetivo foi dis-cutir propostas de ação na áreade pesquisa clínica e estreitar con-tatos com o governo federal nabusca de apoio e incentivo a inici-ativas que surgirem na instituição.

A visita, realizada dia 25 de maio,também possibilitou que pesquisa-dores vinculados à Unesp, em espe-cífico à Faculdade de Medicina,pudessem conhecer as ações doministério para a pesquisa. Repre-sentaram o órgão federal as coor-denadoras de pesquisa clínica doDecit, Ana Patrícia de Paula e Claris-sa Campos Guaragna Kowalski.

Profª Silvana Schellini, vice-dire-tora da FMB, durante recepção àsrepresentantes do Decit, enfatizouo intuito da faculdade em conso-lidar a pesquisa clínica e a implan-tação da estrutura física com aconstrução da Upeclin (Unidadede Pesquisa Clínica). Ela ainda fri-sou a criação de fundos de apoio

a estudos clínicos contempladospela instituição. “O Ministério daSaúde pode ser o nosso parceirono fomento de pesquisas que be-neficiem a população”, ressaltou.

Coordenadora geral de Pesqui-sa Clínica do Decit, Ana Patrícia fri-sou os incentivos que o Ministérioda Saúde tem fornecido aos pesqui-sadores, desde linhas de financiamen-to até projetos quanto a registro depatentes. Para ela, os hospitais vincu-lados às universidades (como é ocaso do Hospital das Clínicas/Unesp)e instituições de ensino têm se mos-trado estratégicos para a consolida-

ção da Rede Nacional de PesquisaClínica. “O ideal é que todos os hos-pitais de ensino estejam ligados a estarede de pesquisa. O que tentamosfazer é com que a universidadeabrace a pesquisa clínica”, declarou.

Segundo a coordenadora, as vi-sitas aos centros de pesquisa clínicaservem para levantar a realidade detais locais, suas características de atu-ação regional e o comportamen-to dentro da Rede Nacional dePesquisa Clínica. “O papel do Mi-nistério da Saúde e principalmen-te do Decit é reconhecer as difi-culdades de cada um dos mem-

bros da rede para ajudar a seajustarem”, complementou.

As representantes do Decittambém percorreram o comple-xo Faculdade de Medicina/Unespe HC. Entre os locais visitados es-tavam o Departamento de Pato-logia, os laboratórios de Biolo-gia Molecular, instalações do He-mocentro e a própria Upeclin.

O coordenador da Upeclin

Representantes do Decit também conheceram a FMB e HC

da FMB/Unesp, prof. Carlos An-tonio Caramori, ressaltou que ocontato com os órgãos de fo-mento e apoio à pesquisa sãoessenciais para a inserção daFMB como um dos mais impor-tantes centros de pesquisa clíni-ca do país. “A Upeclin tem se tor-nado modelo entre os demaiscentros de pesquisa por seguirtanto roteiros quanto processosadministrativos”, disse.

Inaugurada oficialmente em de-zembro de 2009, a Unidade de Pes-quisa Clínica- Upeclin- será amplia-da, com a construção do segundoandar da sede, no campus de Ru-bião Júnior da Unesp. Serão desti-nados espaços para guarda de me-dicamentos, arquivo, pequeno au-ditório para reuniões, além de áreasde monitoria e administração. Os re-cursos para a ampliação serão doFinep e as obras terão início no se-gundo semestre deste ano.

A Upeclin está instalada em umprédio com 600 metros quadradosde área construída que conta com10 consultórios e oito leitos, alémde completa infra-estrutura parapesquisa clínica. O investimento to-

Upeclin terá novo pavimento eampliará capacidade de pesquisa

tal foi de R$ 1,2 milhão. “Hoje usa-mos a parte da estrutura atual deatendimento em pesquisa paraquestões administrativas. Tendo estesespaços específicos, a capacidade dereceber mais estudos também seráampliada”, realçou prof. Caramori.

A Upeclin realiza a fase clínica(pesquisa em seres humanos) deprojetos encaminhados por todasas unidades da Unesp, empresasfarmacêuticas e também de outrasinstituições do Brasil, desde que oproduto em desenvolvimento te-nha a qualidade exigida. Já ocor-rem ensaios clínicos multicêntri-cos desenvolvidos em parceria porvárias unidades da Rede Nacionalde Pesquisa Clínica.

Horário especialna FMB para aCopa do Mundo

RECURSOS HUMANOS

Tendo em vista o período daCopa do Mundo da África do Sul,que acontece entre junho e julho,a Pró-Reitoria de Administraçãoinforma que o expediente dasunidades da Unesp, com exceçãodos serviços considerados essen-ciais e de interesse público, terãomudanças em seu horário de fun-cionamento durante as partidas daseleção brasileira de futebol.

Nos dias 15 e 25 de junho, datadas partidas contra a Coreia doNorte e Costa do Marfim e Por-tugal, respectivamente, o expedi-ente terá alteração. No dia 15, oencerramento será às 14 horas,sendo que dez dias depois os tra-balhos nas unidades da Unesp te-rão início também às 14 horas.

A determinação atende ao de-creto 55.848, de 24 de maio de2010. Devido a esta deliberação,os servidores deverão compensaras horas não trabalhadas comuma hora diária observada a jor-nada de sua função. A compen-sação deverá ser determinadapelo superior imediato do setor.

Campus de RubiãoJr. recebe melhoriaspara pedestres

A Administração Geral, como intuito de melhorar a acessi-bilidade do usuário da Unesp,em Rubião Júnior, tem realiza-do adaptações nas novas cal-çadas do campus. A iniciativadeve abranger em breve todaa extensão do campus. Elas con-templarão locais de travessiasde transeuntes, como esquinase faixas de pedestres.

Nos Laboratórios Experi-mentais da Faculdade de Medi-cina também houve melhoria.Foram colocados corrimãos nasdependências para facilitar oacesso a cadeirantes.

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MAIO 2010

REELEIÇÃO

Comissão de Pesquisa da FMBé mantida com mesma presidência

Com mandato por mais doisanos, a professora Célia Regi-na Nogueira, do Departamen-to de Clínica Médica, da Facul-dade de Medicina de Botuca-tu/Unesp, continuará à frenteda Comissão Permanente dePesquisa da instituição. A do-cente, ao lado de Lígia Rugo-lo, foram eleitas como presi-dente e vice do órgão, respec-tivamente, dia 17 de maio.

Responsável pelo incentivo àpesquisa dentro da FMB, a co-missão fornece subsídios paraincrementar o desenvolvimentoda pesquisa, estimular e auxiliarna organização de projetos depesquisa e divulgação em con-gressos ou eventos. Outra atri-buição é a obtenção de bolsasespeciais em pesquisa.

Também compõem o gru-po, como titulares, a profªDenise Fecchio e Daniela Cris-tina dos Santos (aluna repre-sentante da pós-graduação dafaculdade). Serão suplentes osprofessores: Júlio Defaveri, Jus-sara Machado e Norma Mo-dolo, além do representantediscente Igor Minatel.

A posse, durante reunião naSala da Congregação da FMB,contou com a presença dosdiretores da instituição, pro-fessores Sérgio Müller e Silva-na Schellini. Em sua fala, o di-

Mais de 300 profissionais deenfermagem (enfermeiros, auxi-liares de enfermagem e técni-cos), participaram, na tarde deterça-feira, da abertura da 26ªSemana de Enfermagem da Fa-culdade de Medicina de Botuca-tu/Unesp (FMB) e Hospital dasClínicas (HC). O evento, realiza-do no salão nobre da instituição,teve como foco principal, esteano, os temas profissão, famíliae indivíduo.

Compuseram a mesa de tra-balhos o superintendente do HC,prof. Emílio Curcelli; a chefe doDepartamento de Enfermagemda FMB, profª Carmen CasquelMonti Juliani; do diretor f inan-ceiro da Famesp (Fundação parao Desenvolvimento Médico eHospitalar), prof. José Goldberge a chefe da Divisão Técnica deEnfermagem do HC, enfermeiraAndréia Zamberlan.

Durante a abertura do even-to, o superintendente do HC, prof.Emílio Carlos Curcelli, frisou a im-portância do suporte da equipede enfermagem no auxílio e cui-dado ao paciente. “A enfermagemé o espelho do HC. O hospitalcontinua em pé, em grande par-te, pela determinação dos nos-sos profissionais”, ressaltou.

Curcelli também enfocou asdif iculdades que tanto enfer-meiros, quanto auxiliares de en-fermagem enfrentam em seu co-tidiano. Segundo ele, a prof is-são tem se mostrado cada vezcom maior alcance e penetraçãona área da saúde. “Esse hospitaltem dif iculdades. E eles (os pro-blemas) seriam maiores se nãohouvesse o apoio tanto da Fa-mesp quanto de nossas equipes

Semana de Enfermagemenfoca profissionalna sociedade moderna

retor ressaltou sobre o momen-to da pesquisa dentro da facul-dade e a preocupação com ofomento de novos pesquisadores.

Müller também enfatizou aimportância da estruturaçãode centros de desenvolvimen-to de pesquisa dentro da insti-tuição, como as Unidades dePesquisa Clínica (Upeclin) e dePesquisa Experimental (Uni-pex)- esta última prestes a ga-nhar instalações físicas.

Em sua explanação, profªSilvana explicou de que formapoderá ser utilizado o FIP (Fun-do Institucional de Pesquisa),cr iado em 2008 e que temcomo meta dar suporte f inan-ceiro e fortalecimento de po-líticas e programas de pesqui-sa. Exemplif icou como ocorreum sistema similar em institui-ções de ensino superior no Rio

Grande do Sul.Alguns pontos foram essen-

ciais para a atuação da comis-são, segundo profª Célia No-gueira, entre os quais o I Encon-tro da Pesquisa, além da apro-vação da Unipex e da Upea(Unidade de Pesquisa em Expe-rimentação Animal). “No encon-tro, por exemplo, pudemos de-finir as metas e ações para ala-vancar a pesquisa na Faculdadede Medicina. Tais objetivos fo-ram amplamente debatidos pelacomunidade, aprovados pelaCongregação da FMB e a partirde agora têm prazo para acon-tecer”, ressaltou.

A presidente ressalta que paraos próximos dois anos as metas aserem cumpridas pela comissãovão desde o estabelecimento deuma política de pesquisa para aFMB, com cursos para elaboraçãode projetos, redação científica,aperfeiçoamento dos funcionári-os da Unipex; além da captaçãode recursos institucionais e a for-mação de uma rede de pesquisaUnesp para a melhoria do impac-to das publicações com os resul-tados obtidos nos estudos.

Informações sobre pesqui-sas, bolsas de incentivo elinhas de pesquisa podemser obtidas através do sitewww.pesquisa.fmb.unesp.br

ou pelo telefone(14) 3811-6140 ramal 113.

ONDE SE INFORMAR

COMISSÃO FORNECE

SUBSÍDIOS PARA INCREMENTAR

O DESENVOLVIMENTO

DA PESQUISA NA FMB

Profa. Silvana explicou como poderá ser utilizado o FIP

ENCONTRO

de enfermagem”, complemen-tou Curcelli.

Prof. Goldberg, que represen-tou a direção da Famesp salien-tou que atualmente o HC recebeo aporte de 330 profissionais deenfermagem vinculados à funda-ção e que uma das prioridadestem sido a gestão e o auxílio nasaúde no interior do Estado.

Já Andréia Zamberlan, chefeda Divisão Técnica de Enferma-gem, disse que o profissional deenfermagem está inserido emuma nova realidade de atuação:além das atribuições e do cres-cimento na carreira, o mesmotambém tem um papel de inser-ção na sociedade e na comuni-dade científica. “A profissão temque nos dar realização. Todosque trabalham com enfermagemdevem se preocupar em mantero equilíbrio entre a carreira evida pessoal”, enfatizou. Essatambém é a opinião da chefe dodepartamento de Enfermagemda FMB, profª Carmem Monti Ju-liani: “A qualidade de vida é algoque temos que buscar continu-amente”, complementou.

Na primeira palestra do even-to, a psicóloga Sandra Leal Ca-lais, da Faculdade de Psicologia/Unesp, de Bauru, abordou acontextualização do papel doenfermeiro dentro da sociedade.Ressaltou que a profissão é es-tressante e que os quadros de-correntes deste problema afetamdiretamente o relacionamentosocial e familiar. “A enfermagemé uma profissão extremamenteestressante. A quantidade deatribuições, não somente noambiente profissional, mas do-méstico é enorme. Isso gera umacondição de total estresse no in-divíduo”, declarou Sandra.

Representando a organiza-ção “Médicos sem Fronteiras”,Dominique Arthur Deley, mos-trou a atuação da entidade emcatástrofes como o terremoto noHaiti, em janeiro, e em projetossociais na África.

A 26ª Semana de Enfermagemprossegiu dia 12 de maio. A par-tir das 14 horas a temática foi ahabilidade no trabalho sob pres-são. A palestra foi proferida peloconsultor de empresas e pales-trante motivacional, RooseveltAndolphato Tiago. Os profissio-nais de enfermagem aposentadospelo HC em 2009 receberam ho-menagem ao final do evento.

INICIATIVA

Alunos do 4º ano da gra-duação em Medicina e médi-cos residentes do segundo anode Pediatria da Faculdade deMedicina de Botucatu/Unesp(FMB) realizaram, dia 19 demaio, mais uma atividade daDisciplina Pediatria Social, noCentro de Educação InfantilJoão Queiroz Marques, emBotucatu. Para o próximo en-contro está programada a par-ticipação do grupo “Médicosda Alegria”, que envolverá ascrianças em brincadeiras en-quanto os pais integrarão asações programadas pela equi-pe da FMB.

O projeto é realizado nes-sa creche desde março de2009 com encontros mensaisou bimestrais que têm a pre-sença dos pais dos alunos.Também ocorrem visitas sema-nais. Essas últimas são feitaspor médicos residentes da FMBenvolvendo somente as crian-

Disciplina Pediatria Social deve inserir“Médicos da Alegria” em suas atividades

O projeto de extensão é mantido por alunos da FMB há 9 anos.Eles frequentam oficinas e se preparam para atividades lúdicasque são realizadas com o objetivo de tornar menos hostil o ambi-ente onde as crianças estão internadas no Hospital das Clínicas. Osintegrantes utilizam maquiagem e vestimentas alegres para brin-car e distrair os menores.

ças e os funcionários da enti-dade para orientação e dicasde prevenção, além de infor-mações sobre como lidar comcrianças em situações especiais,como convulsões, por exemplo.

Nas atividades que aconte-cem em intervalos maiores etêm a presença da Liga de Pe-diatria da FMB, já foram dis-cutidos temas como: pneumo-nia, infecções das vias aéreassuperiores, alimentação saudá-vel, noções de primeiros-so-corros para leigos, obesidadeinfantil, gripe suína, entre ou-tros. A última reunião foi usa-da para a troca de informa-

ções sobre aleitamento mater-no e alergias alimentares.

De acordo com a pediatrae professora da FMB, Dra. Cá-tia Fonseca, existe a possibili-dade de a Disciplina PediatriaSocial passar a ser desenvolvi-da também no “Centro Educa-cional Professora Roseli LeiteAlves”, escola de educação in-fantil recentemente inauguradano Jardim Santa Elisa. “Só quevamos precisar de mais genteenvolvida, talvez convidemos osresidentes R1 para participa-rem”, cogita. A responsável peladisciplina é a pediatra e pro-fessora Francisca Faleiros.

SOBRE O "MÉDICOS DA ALEGRIA"

Reitor:Reitor:Reitor:Reitor:Reitor: Herman Jacobus Cornelis VoorwaldVice-reitor:Vice-reitor:Vice-reitor:Vice-reitor:Vice-reitor: Julio Cezar Durigan

FFFFFACULDADEACULDADEACULDADEACULDADEACULDADE DEDEDEDEDE M M M M MEDICINAEDICINAEDICINAEDICINAEDICINA DEDEDEDEDE B B B B BOTUCATUOTUCATUOTUCATUOTUCATUOTUCATU

Diretor:Diretor:Diretor:Diretor:Diretor: Sérgio Swain MüllerVice-diretora:Vice-diretora:Vice-diretora:Vice-diretora:Vice-diretora: Silvana Artioli Schellini

Superintendente do HCSuperintendente do HCSuperintendente do HCSuperintendente do HCSuperintendente do HC: Emílio Carlos CurcelliVice-superintendente:Vice-superintendente:Vice-superintendente:Vice-superintendente:Vice-superintendente: Irma de Godoy

Presidente da Famesp: Presidente da Famesp: Presidente da Famesp: Presidente da Famesp: Presidente da Famesp: Pasqual BarrettiVice-presidente:Vice-presidente:Vice-presidente:Vice-presidente:Vice-presidente: Shoiti Kobayasi

O Jornal da FMBJornal da FMBJornal da FMBJornal da FMBJornal da FMB é uma publicação mensal dirigida ao público interno daFaculdade de Medicina de Botucatu/Unesp e das fundações, unidades médico-

hospitalares e de pesquisas a ela vinculadas. Sugestões, comentários e colaboraçõesdevem ser encaminhadas à Assessoria de Comunicação e Imprensa da FMB/Unesp

pelo endereço [email protected].

Assessoria de Comunicação e Imprensa- Leandro Rocha (MTB-50357)Produção, editoração e impressão: G3 Gráfica & Editora-

Rua Jorge Barbosa de Barros, 163- Jardim Paraíso-Botucatu-SPReportagens: Flávio Fogueral (MTB- 34927)

Fotografia: Flávio Fogueral, Fotografia AG e Arquivo ACI/FMB

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

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Sandra Calais enfocou oatual papel do profissional

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MAIO 2010

CARREIRA

Forças Armadas apresentam possibilidade de ingresso a alunos

Aluno graduado pela 42ªturma de médicos da FMB, Bru-no Luiz Piotto, ingressou na Ae-ronáutica no início deste ano eocupa a patente de aspirante.Atua como médico no 4º Co-mando Aéreo Regional de SãoPaulo, com sede na capital pau-lista. Ressaltou que escolheu in-gressar nas Forças Armadaspelo interesse em desempe-nhar a medicina fora da rotina

Representantes enfocaram as ações que desempenham no paísAlunos do 6º ano do curso

de graduação em Medicina, daFaculdade de Medicina de Bo-tucatu/Unesp (FMB) receberam,dia 26 de maio, informações so-bre o alistamento voluntário àsForças Armadas (Exército, Mari-nha e Aeronáutica). Ao todo,quase 50 universitários (entre elesestudantes do curso de Medici-na Veterinária), entre homens emulheres, participaram de ativi-dades de apresentação e escla-recimento de dúvidas.

Foram quatro palestras quemostraram o funcionamento das

Forças Armadas, critérios de se-leção e possibilidade de carrei-ra dentro da instituição. Cada umdos representantes enfocou asações que tanto Exército, Ma-rinha e Aeronáutica desempe-nham no território brasileiro.

Estiveram presentes o tenen-te coronel Mayer Hallal, do 4ºComando Aéreo Regional deSão Paulo; o major Eduardo Ha-maoka (2ª Região Militar de SP)e o tenente capitão Fábio Ferre-ti, do 8º Distrito Naval. Eles rea-lizam visitas frequentes em uni-versidades públicas e privadas

para apresentarem como osgraduandos poderão se alistarpara serviço na área de forma-ção. “Ter a presença de médi-cos, por exemplo, em nosso qua-dro representa um importanteapoio às Forças Armadas emtodas suas prerrogativas e açõessociais que desempenha”, ressal-tou major do Exército, EduardoHomaoka. “A participação des-tes profissionais na vida mili-tar também serve de prepa-ração para auxílio em situa-ções de calamidade”, comple-mentou o tenente coronel

Hallal, da Aeronáutica.Trezentos médicos são con-

vocados, por ano, para incorpo-rarem o quadro tanto do Exér-cito, quanto Marinha e Aeronáu-tica, somente em São Paulo. ALei do Serviço Militar (Lei 4.375de 17/08/1964) estabelece quetodos os brasileiros são obri-gados a prestarem o ServiçoMilitar- a convocação de mu-lheres se dá apenas em caso deconflito armado. No entanto, éprevisto o adiamento da incor-poração para quem cursa fa-culdade de Medicina, Farmácia,

Carreira militar tem sidoopção para os novos médicos

Bruno Piotto é graduado pelaFMB e integra a Aeronáutica

acadêmica.“Queria buscar uma expe-

riência nova na atuação pro-f issional e a Aeronáutica meproporciona exercer a medi-cina em diversas situações”, fri-sou Piotto, que não descartaseguir carreira na instituição.Além dele, mais sete colegasde turma também atuam naAeronáutica e mais sete encon-tram-se no Exército.

Odontologia e Veterinária. Paraas outras áreas, existe o Órgãode Formação de Oficiais da Re-serva (OFOR).

Apesar da dispensa, alunosdestes cursos são obrigados ase alistarem após a conclusãodo curso. Atualmente, a legis-lação prevê que todos os for-mandos dispensados do Ser-viço Militar, deverão apresen-tar-se, em caráter obrigatório,a um Órgão do Serviço Mili-tar para concorrer à SeleçãoEspecial para prestação doServiço Militar.

PESQUISA

O professor do Departa-mento de Cirurgia da Facul-dade de Medicina de Botuca-tu/Unesp (FMB), Dr. Fausto Vi-terbo ministrou, em abril, pa-lestra na Univers idade deNova Iorque - considerada amais importante do mundo naárea de cirurgia plástica. Vi-terbo foi convidado pelo pro-fessor Joseph McCarthy e fa-lou sobre "Neurorraf ia térmi-no-lateral, história e aplica-ções clínicas".

Segundo o especialista, foiuma das principais experiên-cias que teve em sua carreira."Foi muito interessante poderfalar, durante mais de umahora, para um auditório lota-do em uma instituição com aimportância que tem a Univer-sidade de NY", frisa. A apre-sentação do cirurgião fez comque surgissem diversas pro-postas de convênios e inter-câmbios tanto com a Unespquanto com a Faculdade deMedicina de Botucatu.

"Acho que este fato deveservir de exemplo para outrosjovens colegas e alunos daFaculdade de Medic ina deBotucatu. Uma boa ideia e aestrutura necessária para de-senvolvê-la torna possível al-cançar o reconhecimento.Nossa faculdade oferece ple-nas condições para isto. Nãoé preciso necessariamente es-tar em um grande centro ouem uma instituição famosa",destaca o professor Viterbo.

A "Neurorraf ia término-la-teral" foi tema de sua tese de

Viterbo apresenta, em NY, técnica inovadora pararetorno de sensibilidade após lesões graves

Dr. Chiu, Dr. McCarthy, Dra. Morton, Sra. McCarthy,Dr. Graziosi, Fernanda Viterbo e Dr. Viterbo em Nova York

d o u t o r a d o ,defendida em1992 e orien-tada pelop r o f e s s o reméri to daFMB, José Carlos de SouzaTrindade. A técnica, que con-sis te na l igação de ner vos,está restabelecendo o movi-mento e sensibilidade em ca-sos graves de lesões no om-bro, mãos e face. Pacientesparaplégicos podem se bene-f ic iar com a prevenção doaparecimento de úlceras dedecúbito (feridas).

"Descobrimos que os ner-vos seccionados por uma le-são ou doença podem ser li-gados lateralmente a outronervo (doador), e com isso,recuperar a sensibilidade e omovimento em alguns casos",

esclarece V iter-bo. "A grandevantagem destadescoberta éque qualquerner vo pode ser

usado como doador", sem cau-sar-lhe prejuízo, acrescenta.

O procedimento é utiliza-do quando não há condiçãode se unir as pontas dos ner-vos rompidos. Quando issoocorre geralmente o pacien-te f ica sem movimento e semsensibilidade no local. Os me-lhores resultados estão sendoobtidos com lesões de parali-sia facial provocados por aci-dentes de carros ou por con-taminação por vírus, que le-sam os nervos da face. "Nes-tes casos, retiramos um seg-mento do nervo sural (perna),sem prejuízo para o paciente,

e o transplantamos para ser-vir de ponte, conectando-o aoutros nervos sadios", menci-ona o especialista.

No caso das úlceras depressão de decúbito, a técni-ca já foi utilizada experimen-talmente em dois pacientesparaplégicos para restabele-cer a sensibilidade na regiãodas nádegas. Ambos os paci-entes tinham mais de 10 anosde paraplegia. Este trabalhofoi premiado no Congressobrasileiro de Cirurgia Plásticade 2004 e publicado na revis-ta "Journal of ReconstrutiveMicrosurgery", em 2008.

O cirurgião conta que aneurorraf ia término-lateraltem sido replicada por váriosoutros autores nos EUA, Euro-pa e Japão, com resultadossemelhantes. Geralmente emsete dias depois da cirurgia,em média, inicia-se a regene-ração do nervo e em cento eoitenta dias há o retorno dasensibilidade e movimento. Opróximo passo é realizar tes-tes com células-tronco paraver se as mesmas poderãoaumentar a regeneração dosner vos l igados e reduzir otempo da reabilitação.

A NEURORRAFIA TÉRMINO-LATERAL TEM SIDO REPLICADA

POR VÁRIOS OUTROS

AUTORES NOS EUA

“A grande vantagem destadescoberta é que qualquernervo pode ser usadocomo doador

Fausto Viterbo, sobre aneurorrafia término-lateral

ACADÊMICO

Três trabalhos desenvolvidos poracadêmicos da Faculdade de Medi-cina de Botucatu/Unesp (FMB) fo-ram premiados durante o 7º Con-gresso Paulista de Educação Médi-ca- CPEM-, realizado entre 21 e 23de maio, em São Paulo. Paralela-mente, mais quatro estudos de alu-nos da FMB receberam mençãohonrosa durante o evento.

O CPEM tem por objetivo o de-senvolvimento de atividades con-juntas de produção científica emEducação Médica, por meio da rea-lização de cursos, debates, mesas re-dondas, bem como o intercâmbiode conhecimentos e a promoção dobem-estar social entre docentes, re-sidentes e acadêmicos de Medici-na. Este ano, o evento frisou a inte-gração básico- clínica nos currícu-los médicos contemporâneos: evi-dências, desafios e superações.

Com temas que permeavam des-de o autocuidado em diabetes tipo 2e pesquisa em educação médica, ostrabalhos apresentados pelos alunosda FMB buscaram avaliar formas demelhorias na qualidade de vida dapopulação (o diabetes atinge 12% dapopulação brasileira), além dos avan-ços no ensino médico atual.

A FMB participou do CPEM atra-vés de seu Núcleo Acadêmico de Pes-quisa Médica (Napem), com três tra-balhos; sendo os demais de pesqui-sadores ou graduandos da instituição.Os trabalhos premiados foram: “Re-conhecendo barreiras ao autocuida-do no Diabetes Mellitus tipo 2”, “Obs-táculos ao autocuidado no DiabetesMellitus tipo 2: O difícil equilíbrio en-tre a norma e a vida” e “Um ano deexperiência do Núcleo acadêmico dePesquisa em Educação Médica”

Trabalhospremiados emCongresso deEducação Médica

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MAIO 2010

CIMED-HC

HC passa a ter setor de informática exclusivo e váriosprojetos em andamento, como o novo site do hospital

O Setor de Informática doHospital das Clínicas/Unesp (HC)passa por um momento de tran-sição e desenvolvimento. Após adivisão do STI (Serviço Técnico deInformática) da Faculdade deMedicina de Botucatu/Unesp(FMB), que antes cuidava dos as-suntos relacionados a todo ocomplexo FMB/HC, agora o gru-po que foi denominado Cimed-HC, está responsável somente pe-las áreas do hospital.

Hospital e Faculdade deMedicina decidiram separar seusserviços de informática por en-tenderem que as instituições ti-nham necessidades e priorida-des diferentes. Marcelo Martins,novo coordenador do Cimed-HC, esclarece que a equipe de-cidiu manter o nome pelo valorsimbólico e credibilidade que fi-caram agregados à sigla.

O Cimed-HC executa atual-mente desde suporte em manu-tenção, também conhecido como“help desk”, desenvolvimento, atéprojetos de rede tanto para aFMB quanto para o HC. “Nossofoco principal é oferecer condi-ções para que o paciente recebaa informação que precisa e damaneira mais eficaz de acordocom suas necessidades. Por isso

Profissionais da área de in-formática e de Tecnologia da In-formação do campus da Unesp,em Botucatu, passam por capa-citação na linguagem Java. Ocurso, que teve início dia 18 demaio no Núcleo de Educação àDistância e Tecnologias da Infor-mação em Saúde (Nead.TIS), daFaculdade de Medicina de Bo-tucatu (FMB), é dividido em trêsmódulos, proporcionará noçõesbásicas e aplicações práticas des-ta linguagem de programação.

Durante os próximos meses, 45pessoas divididas em duas turmas,receberão aulas sobre lógica, apli-cação da linguagem Java emdesktops (computadores de mesatradicionais) e na Internet. Estes as-suntos serão os tópicos centrais doprimeiro módulo, que terá dura-ção de duas semanas. Outras duaspartes do curso serão realizadasnos próximos meses, com a apli-cação prática do método.

Considerado uma linguagem deprogramação com a qual se podedesenvolver qualquer tipo de pro-grama em informática, o Java apre-senta cada vez maior importância

STIs Unesp têm capacitaçãotécnica em linguagem Java

tanto no âmbito de Internet comona computação em geral. Usadaamplamente em redes de compu-tadores, a tecnologia está difundi-da em telefones celulares, jogos ele-trônicos, cartões inteligentes, termi-nais de consulta informatizados,entre outras aplicações.

Segundo Marcelo Martins, co-ordenador do Setor de Informáticado Hospital das Clínicas (Cimed/HC/Unesp), e um dos responsáveis pelaorganização do curso, a capacita-ção é pioneira dentro da universi-dade, sendo que todos os partici-pantes têm se antecipado a umanova política de informática dentroda Unesp. “Java é a linguagem deprogramação que a reitoria temadotado para o desenvolvimentode seus softwares. Além disso, temcrescido junto a desenvolvedores eé amplamente usado na Internet. Éuma tendência”, explicou.

A implantação da linguagemdeve ser estendida, em breve, aossetores de informática das 32 uni-dades da Unesp. Todos os partici-pantes receberão certificado departicipação devidamente registra-do na Pró-Reitoria de Extensão.

Equipe responsável pela prestação de serviços na área de informática e TI do Hospital das Clínicas

ATUALIZAÇÃO

já trabalhamos na elaboração deum edital para a aquisição deum novo sistema e depois tra-balharemos junto com a empre-sa vencedora da licitação emsua implantação”, disse Martins.“Somos facilitadores entre onosso usuário e as necessidadesde TIs (Tecnologias de Informa-ção) da instituição”, continua.

Para o coordenador do setor

HOSPITAL E FACULDADE

DE MEDICINA DECIDIRAM

SEPARAR SEUS SERVIÇOS

DE INFORMÁTICA

de informática do HC, é espera-do que a migração do atual sis-tema para o novo não seja umprocesso tranquilo. “Mas ele vai,com certeza, suprir nossas neces-

sidades atuais, principalmente noâmbito gerencial”.

A equipe do Cimed-HC rea-lizou várias consultas à comu-

nidade interna para saber osprincipais anseios e está tabu-lando as informações que nor-tearão a elaboração do editalque escolherá a empresa res-ponsável pelo novo sistema deinformática a ser utilizado nohospital. De acordo com Mar-tins, na nova fase que se iniciaráo desafio será a implantação doprontuário eletrônico. “A evolu-ção será o fato de o médico po-der acessar, de onde estiver, to-das as informações sobre o pa-ciente. Estudamos a possibilida-de de isso ser feito, inclusive,pela internet. Todas as ferramen-tas que temos hoje, nesse senti-do, serão aprimoradas”, explica.

Com o objetivo de viabilizaresses projetos, a intenção daSuperintendência do HC é queem todas as salas de consultastenha um computador. Umafase de testes será desenvolvi-da no Ambulatório de Convê-nios, onde há 15 salas e todasserão informatizadas.

Manutenção - Na primeiradelas, Martins salienta que en-tre os avanços já concretizadosestão a divisão do HC em cincoregiões. Cada técnico de ma-nutenção fica responsável poruma delas. “O servidor do hos-pital saberá exatamente quempode atendê-lo. Além disso,estamos testando um sistemapara que os chamados sejamfeitos online e encaminhadospara quem cuida daquela res-pectiva área”, comenta.

O Cimed-HC recebe emmédia, diariamente, 10 chama-dos por região e geralmentea reclamação é problema emhardware (partes físicas decomputador). “Para tentar mi-nimizar essa situação já esta-mos estudando alugar equipa-mentos, pois facilita a manu-tenção. Em dois anos quere-mos dobrar o número de com-putadores no HC. Como eu dis-se, o piloto será o Ambulató-rio de Convênios”, observa ocoordenador do serviço.

Desenvolvimento - Em rela-ção ao desenvolvimento de sis-temas, estão previstas a infor-matização da prescrição demedicamentos de alto custo(Farmácia de Alto Custo) e acriação de uma agenda paraque os funcionários possam re-

Áreas de atuação do Cimed-HCe os avanços em cada uma delas

tirar esse tipo de remédio demaneira mais organizada e cô-moda. Paralelamente, são feitostestes para que as áreas pos-sam pedir suprimentos online,o que deve valer também parao almoxarifado. A mesma apli-cação da ferramenta de pedi-dos pelo computador começoua ser usada pela Seção de Ati-vidades Auxiliares.

Desenvolvimento web – Atra-vés de parceria com o Núcleode Ensino à Distância e Tecno-logias da Informação em Saúde

(Nead.Tis) e Assessoria de Co-municação e Imprensa (ACI) daFMB/HC, o Cimed-HC traba-lha no desenvolvimento deum novo site para o Hospi-tal das Clínicas. Representan-tes de todas as áreas serãocapacitados para participarda administração do conteú-do da página.

Servidores e rede – A ideiade Martins e sua equipe é re-vigorar e expandir a rede in-terna e ampliar o “Data Cen-ter” – central que reúne todosos servidores utilizados pelohospital e realizar backup (có-pia de segurança) de suas in-formações. “Nossa proposta évirtualizar todo o conteúdo empoucos servidores, o que de-verá gerar economia, facilita-rá o gerenciamento e resolve-rá o problema com licencia-mento dos softwares (progra-mas de computador)”, diz o co-ordenador do Cimed-HC.“Também realizaremos treina-mentos na área de informática.É nossa intenção reciclar e man-ter atualizados nossos colabo-radores”, afirma Martins.

O coordenador do Cimed-HC enfatiza que a o apoio daSuperintendência do HC àsações de seu grupo tem sidofundamental. “Minha equipetambém tem sido muito par-ticipativa e se envolve inte-gralmente em todos os pro-jetos. Tudo que temos feito eainda faremos só será possí-vel graças à dedicação de to-dos eles”, avalia.

O setor de informática do Hospital das Clínicas atua em quatrograndes áreas. São elas: manutenção (help desk); desenvolvimentode sistemas; servidores e redes (PACS – sistema que permite acessoa exames de imagem pelo computador) e desenvolvimento de web.

Marcelo: atuação do Cimedse dá em quatro grandes áreas

Curso oferece noções básicas e aplicações práticas da linguagem

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MAIO 2010

ENTREVISTA

Enfermeira do HCajuda vítimas no Haiti

Grandes tragédias tendem amostrar o significado da palavra‘humano’. Seja com doações às ví-timas ou na própria assistência paraamenizar o flagelo do próximo.Dessa forma, a enfermeira do Hos-pital das Clínicas/Unesp, vinculadoà Faculdade de Medicina de Botu-catu/Unesp (HC/FMB), Maria ClaraPinheiro Manoel, esteve, em maio,no Haiti. Durante dez dias, a pro-fissional auxiliou equipes médicasà população atingida por um dospiores terremotos da História,ocorrido em 12 de janeiro desteano. Esteve na cidade Les Cayes- a100 quilômetros da capital PortoPríncipe- junto com a ONG (Orga-nização Não-Governamental) Ex-pedicionários da Saúde.

Com magnitude de 7 graus naescala Ritcher (que vai até 9) o aba-lo tem números superiores a 200mil vítimas fatais, 300 mil feridos e 4mil amputados. No entanto, as víti-mas não cessam. Crescem confor-me o tempo passa. Muitas, em de-corrência de complicações pós-tre-mor e agravadas pelas condiçõesprecárias de estrutura do país.

A decisão em trabalhar no auxí-

lio ao país veio ao ver as imagensda destruição e do sofrimento dapopulação apareciam cada vez maispela mídia. Maria Clara tentou en-tão partir ao país da América Cen-tral com as Forças Armadas. Nãofora possível, pois apenas militaresprestariam os primeiros cuidados noperíodo. Viu durante as férias umaoportunidade de tentar novamen-te ajudar o próximo. Embarcou nodia 7 de maio em uma verdadeira‘aventura humanitária’.

O desafio resume-se ao fatode que viajou por mais de 13 ho-ras de ônibus da República Do-minicana até o Haiti. O grupo, for-mado por doze brasileiros, viu evivenciou as marcas da tragédia.Cidades destruídas e uma popu-lação que tenta superar a perdade familiares e amigos.

Em entrevista ao Jornal daFMB, Maria Clara relata que a ex-periência foi válida tanto no as-pecto profissional quanto pesso-al. A cada momento, uma novasituação que obrigava a equipea improvisar. Mas, ao mesmo tem-po, a cada paciente atendido, asatisfação de fazer a diferença.

Passados cincomeses da tragédia,a população aindatenta superar suasmarcas, mas asferidas ainda perdu-ram no cotidianodas cidades.

Maria Clara com enfermeiroslocais (foto acima) e

atuando na preparaçãocirúrgica (foto abaixo)

Quais motivos a levaram ase tornar voluntária no Haiti?Esta foi minha primeira participaçãonuma grande ação voluntária. Quandohouve o terremoto, em janeiro, eu esta-va em férias e assistia aos noticiários comas informações sobre os estragos pro-vocados e a situação caótica em que seencontrava o Haiti, principalmente Por-to Príncipe. Estava chocada com a di-mensão do problema e isto me sensibi-lizou demais. Pela televisão tambémsoube que o Ministério da Saúde esta-va cadastrando profissionais médicose enfermeiros para prestar socorro àsvítimas do terremoto. Nesta ocasiãome inscrevi pelo site do Ministério efiquei no aguardo. Como até marçonão havia sido chamada, em abril meinscrevi na ONG Expedicionários daSaúde, com sede em Campinas, paraparticipar da quinta expedição, queiria ocorrer no mês de maio. Assimque fui aceita, fiz troca do meu perío-do de férias para não haver prejuízodas minhas atividades no Hospital dasClínicas e comecei a me organizar.

Como foi seu trabalho no Haiti? Aestrutura oferecida no país era sufi-ciente para o auxílio aos feridos?Esta ONG conseguiu em janeiro, logoapós o terremoto, por orientação daONU, firmar um acordo com o InstitutBrenda Sttraford, Hospital de Oftalmo-logia e Otorrinolaringologia, adminis-trado por canadenses, de aproximada-mente 40 leitos, com sede na cidade deLes Cayes, a 200 km de Porto Príncipe.Este hospital cedeu metade de sua es-trutura física, ou seja, 02 salas cirúrgi-cas, 01 sala de curativo, 01 sala de reser-va de materiais, 01 central de materiaisesterelizados, 20 leitos e 02 consultóriospara atendimentos ambulatoriais. Oatendimento prestado pelas equipes atéo momento teve seu foco exclusiva-mente cirúrgico, porém esta 5ª expedi-ção enviou profissionais especializadosem órteses, próteses e reabilitação, como objetivo também de avaliar as condi-ções de produzir próteses e reabilitar osmuitos haitanos amputados em decor-rência do terremoto.

TRABALHO

O terremoto ocorreu em janeiroe muito se viu de destruição nopaís. Passados cinco meses apósa tragédia, quais as principaisnecessidades e dificuldadesenfrentadas pelos haitianos?Pelo que pudemos observar no pouco

tempo que estivemos no país, atravésdas narrativas das pessoas e buscandoinformações sobre o Haiti, o país já atra-vessava uma crise política de longa data,acarretando em grande instabilidade fi-nanceira. Penso que as maiores neces-sidades hoje são de ações de saúde co-letiva como saneamento básico, águaencanada, coleta de lixo, coleta e trata-mento de esgoto, etc. Os serviços desaúde são precários. Há altas taxas deanalfabetismo e desemprego também.As grandes lideranças políticas, religio-

sas e sociais também morreram em 12de janeiro, deixando a população de-sorientada. Assim concluímos que o quemais falta hoje é organização político-social para que possam encontrar a so-lução dos seus problemas. O Haiti con-tinua recebendo ajuda humanitária devários países, mas o caminho somenteo próprio haitiano poderá encontrar.

Pelo que observou, os haitianosconseguirão superar os traumascausados pela tragédia?De que forma a população temretomado a vida após o abalo?Por toda a história política do país, pen-so que não será fácil nem rápida a supe-ração, mas novos líderes irão se formar,a população deve se reorganizar e comtoda a ajuda humanitária que chegaatravés da ONU, irão se reerguer. Ve-mos haitianos que já retornaram às suasatividades normais de trabalho ou es-tudo. Mas também há pelas ruas, mui-tos desempregados, vivendo do co-mércio informal ou de barganhas.

Há mais pessoas feridas emdecorrência direta do terremoto(amputação, fraturas, entre outros)ou pelas consequências da faltade estrutura de saúde no país?Nossa equipe tinha o objetivo de tratarferidos em decorrência do terremoto,outros feridos eram encaminhados aohospital geral. Todos os 28 pacientes ope-rados pela equipe derivavam de lesõesem decorrência do terremoto. Foram fei-tas grandes cirurgias como colocaçãode fixador externo de Ilizarov (fixador deaço inoxidável usado em fraturas expos-tas ou alongamento de ossos), osteos-síntese, amputações, etc. As condiçõesde saúde e higiene são precárias e por-tanto vemos muita infecção, fraturas nãoconsolidadas, entre outros problemas.

Após essa experiência,o que mudou em seu conceito como profissional de enfermageme também no lado pessoal?Como profissional aprendemos a tra-balhar em condições adversas, nosadaptando ao que tínhamos naquelemomento. A regra é criatividade e im-

provisação, sem perder o objetivo daqualidade. Como pessoas, voltamos ex-tremamente gratificados pela oportu-nidade de ajudar ao próximo, atravésde nosso trabalho. E renovados de es-perança no ser humano, que se despo-ja do conforto e segurança de suas ca-sas e se dispõem a passar fome, sede,calor, cansaço, desconforto, riscos e in-seguranças com o objetivo de ajudar aspessoas que estão necessitando de seupotencial e conhecimento.

Ao ficar algumas semanasno país, qual a recordaçãomais marcante do Haiti?O que mais nos chamou a atenção foique o povo haitiano, apesar de todas asdificuldades que tem enfrentado, possuias relações familiares muito fortes. Sãoatenciosos, carinhosos com seus familia-res e muito agradecidos pelo tratamentorecebido. As pessoas são muito alegres,gostam de música, de cores fortes e sãoextrovertidas. Isso guardado como algopositivo. E quanto à recordação negativa,foi o caso de um garoto de 10 anos queprecisou ter sua perna direita amputadaabaixo do joelho, e que fez toda a equipese emocionar e se mobilizar para trazê-loao Brasil e fazer aqui sua reabilitação. Va-mos nos unir para fazer a diferença pelomenos na vida deste garoto.

Qual a importância de profissionaisda área da saúde participaremde ações humanitárias deste tipo?Após a primeira participação em açãohumanitária, nos sentimos envolvidose motivados a não parar, tanto que jáestou programando de fazer parte dapróxima expedição que será em no-vembro à Amazônia. Voltamos imen-samente realizados com os trabalhosdesenvolvidos e a oportunidade de tra-balhar com profissionais de outros ser-viços de referência, de trocar experi-ências e conhecimentos. Essa prática éfantástica. Nossa equipe era formadapor doze pessoas das mais diversas Ins-tituições de saúde. E principalmente agratificante sensação de ter podidoajudar ao próximo com nossa capaci-dade de produzir, nossos conhecimen-tos e nosso carinho e atenção.

Maria Clara trocouperíodo de férias pelaajuda ao próximo

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MAIO 2010

Programa de Educação ao Trabalhoinicia suas atividades para 2010

CULTURA

Pacientes e usuários do Hos-pital das Clínicas, vinculado àFaculdade de Medicina de Bo-tucatu/Unesp (HC/FMB), tive-ram a oportunidade de conhe-cer mais a música clássica e ins-trumental com a apresentação,dia 12 de maio, da OrquestraLimiar, durante o projeto “Mú-sica nos Hospitais”.

O concerto, que reuniu grandepúblico no saguão principal do HC,proporcionou momentos de con-forto tanto aos pacientes, quantosa funcionários e corpo clínico dohospital. Formada por jovens mú-sicos de cordas, a orquestra levouaos presentes grandes clássicos damúsica erudita, além de composi-ções da Música Popular Brasileira.

Esta foi a terceira vez que ocor-

Música erudita aos usuários do HCreu o “Música nos Hospitais” emBotucatu. Entre as peças apresen-tadas estavam composições deMozart, Vivaldi, Handel e Piazzo-la. Os integrantes da orquestra re-alizaram também pequenas de-monstrações em alguns setoresdo HC, como na sala de esperada Hemodiálise.

A iniciativa da Associação Pau-lista de Medicina (APM), já benefi-ciou mais de 20 mil pessoas emhospitais de São Paulo e que ago-ra deve se estender para os Esta-dos do Rio de Janeiro e Minas Ge-rais. O evento conta com os apoi-os da Sonofis-aventis e Ministérioda Cultura. Em Botucatu, a organi-zação ficou a cargo do Grupo Téc-nico de Desenvolvimento em Re-cursos Humanos (GTDRH) da FMB.

A 15ª edição do CAPS Acústi-co, realizado dias 17 e 18 de maiono Café Iguana, foi oportunidadepara que a comunidade universi-tária pudesse mostrar toda sua artee cultura. Participaram alunos degraduação, pós-graduação, do-centes e servidores do campus daUnesp, em Botucatu (Rubião Júni-or e Lageado). Artistas locais tam-bém integraram o evento.

Segundo Greyce Russo, inte-grante do Centro Acadêmico Pi-

CAPS Acústico promove integraçãouniversitária e cultural na comunidade

rajá da Silva, da Faculdade deMedicina de Botucatu/Unesp(CAPS/FMB), o festival tem se tor-nado tradicional em Botucatupor reunir novos talentos, den-tro da universidade ou de artis-tas da região. “O CAPS Acústicose firmou como um evento cul-tural importante no cenário uni-versitário da região não só pelaforma de integrar os estudan-tes, como também pela promo-ção da cultura”, ressaltou.

Orquestra Liminar se apresentou pela terceira vez no hospital

Evento reuniu alunose proporcionoudifusão cultural

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PET- SAÚDE

Tiveram início em abril, ostrabalhos para o biênio 2010/2011 do Programa de Educa-ção pelo Trabalho para a Saú-de- PET Saúde- desenvolvidopela Faculdade de Medicinade Botucatu/Unesp (FMB). Aabertura consistiu na realizaçãode oficinas e atividades de in-tegração entre os 152 bolsis-tas do programa.

Projeto da Secretaria de Ges-tão do Trabalho e Educação naSaúde, do Ministério da Saúde,o PET Saúde consiste na atua-ção no desenvolvimento de ati-vidades de pesquisa e dissemi-nação de conhecimento na aten-ção básica à saúde e atividadesde iniciação ao trabalho.

Divididos em oito grupos en-tre professores da FMB, profis-sionais da Secretaria Municipalde Saúde de Botucatu e estudan-tes de graduação em Medicinae Enfermagem da FMB, as ofici-nas apresentaram as responsa-bilidades de cada grupo, prazose cronogramas de trabalho.

Serão desenvolvidos progra-mas na rede básica de saúde deBotucatu que abrangerão temascomo saúde e meio ambiente;políticas e práticas em saúde damãe; criança e adolescente; saú-de bucal; hipertensão arterial,entre outros assuntos predomi-nantes na comunidade.

O programa, desenvolvidona FMB desde 2009, tem emsuas atribuições oferecer solu-ções a problemas sociais e de

Abertura consistiu na realização de oficinas e atividadesde integração entre os 152 bolsistas do programa

saúde nas comunidades atendi-das através de pesquisas e atu-ação direta. “O PET é um pro-grama de desenvolvimento depesquisa e ensino na atençãobásica de saúde. E entre seus ob-jetivos principais está em tentarsanar problemas existentes na co-munidade”, ressalta profª ElianaGoldfarb Ciryno, coordenadorageral do PET Saúde pela FMB.

Para ela, o programa temproporcionado resultados ex-pressivos na formação acadê-mica dos futuros médicos e en-fermeiros formados pela FMB ena capacitação de profissionais

da rede básica de saúde local.Grande parte das atividades, se-gundo a coordenadora, é rea-lizada em unidades que contamcom o Programa Saúde da Fa-mília (PSF). “Ao mesmo tempoem que nossos alunos têm seusprimeiros contatos com a co-munidade com o funciona-mento do sistema público desaúde, os profissionais que jáatuam na rede básica tambémsão benef iciados com estecontato”, ressalta profª Eliana.

A mesa de autoridades foi com-posta pela professora Cláudia He-lena Pelizon (representando a pró-reitora de Graduação, Sheila Zam-bello de Pinho), pelo secretáriomunicipal e vice-prefeito de Botu-catu, Antonio Luiz Caldas Júnior eo presidente da Fundação UNI,prof. José Carlos Christovan.

SERÃO DESENVOLVIDOS PROGRA-MAS NA REDE BÁSICA DE SAÚDE

DE BOTUCATU QUE ABRANGERÃO

SAÚDE E MEIO AMBIENTE

Dezesseis adolescentes de di-versos bairros de Botucatu terãoa oportunidade de receberemtanto capacitação em informáticaquanto acompanhamento médi-co através de projeto de inclusãosocial e digital desenvolvido pelaFaculdade de Medicina de Botu-catu/Unesp (FMB). O início dos tra-balhos com a 13ª turma ocorreudia 29 de abril durante reuniãoentre os coordenadores do pro-grama e pais dos alunos.

Os adolescentes receberão,uma vez por semana, duranteseis meses, noções básicas de in-formática. Serão três cursos para

Projeto de Inclusão Social e Digital tem nova turmaRESPONSABILIDADE SOCIAL

Duas novas turmas integram o projeto desenvolvido pela FMB

a utilização do sistema operaci-onal Windows, o pacote de tra-balho Word e o uso de ferra-mentas para a Internet. Todos osparticipantes terão orientaçõesmédicas como o uso de anticon-cepcionais, prevenção ao uso deentorpecentes e outros assuntosrelacionados à adolescência.

Solange Moraes, responsá-vel pela Seção Técnica de Servi-ço Social do Hospital das Clíni-cas (HC), declarou, durante aabertura do projeto, que estaserá uma oportunidade dos jo-vens de receberem não só qua-lificação profissional, mas tam-

bém preparação para a faseadulta. “Este projeto é ofereci-do há anos e esperamos, a cadanova turma, que todos os jovensatendidos tenham esse apren-dizado profissional e de respon-sabilidade para aproveitaremdurante toda a vida”, declarou.

Profª Tamara Goldberg, co-ordenadora responsável peloprojeto salientou aos pais aoportunidade e também a ne-cessidade de que acompa-nhem os filhos nesta fase de de-senvolvimento pessoal. “Nãoensinamos somente informáti-ca, mas formamos cidadãos. Eter a presença de vocês (pais)é muito importante neste mo-mento”, ressaltou.

O projeto de inclusão social edigital tem o apoio da Fundaçãopara o Desenvolvimento Médicoe Hospitalar (Famesp), ServiçoSocial do HC, Superintendência doHC e Direção da FMB/Unesp.

Não ensinamossomente informática,mas formamoscidadãos

Tamara Goldberg sobreo intuito do projeto social

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MAIO 2010

Iniciativa da administraçãoda Faculdade de Medicina deBotucatu/Unesp (FMB), atravésde sua Seção Técnica de Mate-riais, tem resultado em econo-mia no consumo e investimen-tos para a aquisição de cartu-chos de tinta e outros insumospara uso em impressoras. A cri-ação de um serviço de recargapara uso interno proporcionoueconomia de até 80% nos gas-tos com estes produtos.

Os números são resultado dequatro anos de investimento emum setor cada vez mais aciona-do por diversas áreas, tanto dafaculdade quanto do hospital.Balanço feito pelaSeção Técnicaaponta que nosúltimos doze me-ses a economiaefetiva foi de R$25.500 em rela-ção a contratar este serviço (re-carga de cartucho e tonner)de forma terceirizada e R$ 167mil caso fossem adquiridosnovos cartuchos.

Segundo Rosana Maria AlvesBarreto, supervisora da SeçãoTécnica de Materiais, a econo-mia gerada pelo estímulo ao re-aproveitamento e recarga decartuchos de impressoras podefazer com que a FMB e HC in-vistam em serviços de atendi-mento à população. “O proces-so de remanufatura e recargatem gerado economia substan-cial à Faculdade de Medicina eHC. Estes valores podem ser em-pregados em investimentos deinteresse acadêmico e até mes-mo assistencial”, explica.

Através de pesquisa realiza-da junto aos usuários foi cons-tatado aumento na satisfação doserviço. Na primeira avaliação,feita em julho de 2009, apenas27% dos cartuchos eram con-siderados de boa qualidadepara o uso, número que subiupara 84% em março deste ano.Com relação aos tonners, ograu de satisfação dos usuári-os saltou de 33% para 72,92%

Recarga de cartuchosgera economia e respeitoao meio ambiente

EXEMPLO DE GESTÃO

no mesmo período.O serviço foi instituído em ju-

lho de 2006 e tem servido demodelo para outras unidadesda universidade. Equipado comestação para reciclagem de ton-ner (recipientes usados para im-pressões a laser) e máquina derecarga de cartuchos, o localrecebeu recentemente impres-soras para a constatação daqualidade do material reapro-veitado, além de diversos equi-pamentos para uso na seção.

Os investimentos com o se-tor, em quatro anos de ativida-des, somam R$ 22 mil. Além dapintura no ambiente, foi reali-

zada a ade-quação das ins-talações ofere-cendo maiorsegurança aot r a b a l h a d o r.Servidores do

local receberam capacitação naárea e foram adquiridos EPIs(equipamentos de proteçãoindividual).

Ao mesmo tempo, a preo-cupação com o meio ambientese faz presente ao recic larquase que a totalidade dosmateriais usados pelas seçõesda faculdade e de seu Hospi-tal das Clínicas (HC). Hoje, ne-nhum destes recipientes é des-cartado sem uma análise préviado setor. “Fazer a recarga mos-tra a preocupação ambientalque instituições públicas como aFMB e HC precisam adotar juntoà sociedade. Hoje nosso mode-lo de reaproveitamento destesmateriais tem servido de exem-plo para outras unidades daUnesp”, complementa Rosana.

OS INVESTIMENTOS COM OSETOR DE RECARGA DE

CARTUCHOS, EM 4 ANOS DE

ATIVIDADES, SOMAM R$ 22 MIL

Recarga de cartuchos foi instituído em julho de 2006 e tem proporcionado economia à FMB

INOVAÇÃO

ESTRUTURA

Estima-se que a doença atinja 5%da população mundial e que todostenham, pelo menos uma vez navida, esse tipo de problema. As chan-ces de reincidência do cálculo renalsão de 50%. Fatores como hábitosalimentares, desidratação e vida se-dentária contribuem para o apare-cimento da doença. Pessoas que tra-balham próximas a fornos com al-tas temperaturas também estão maisvulneráveis. “Com a vida moderna,a ingestão exagerada de sódio (sal)também é um agravante importan-te”, explica Dr. Carlos Márcio.

Como prevenção, de acordocom o urologista, é recomendadaa ingestão diária de dois litros deágua. Além disso, beber limonadatambém pode inibir a formação doscálculos, já que ocorrem pela aglu-tinação de cristais presentes na uri-na. “Pessoas com dificuldade de eli-minar cálcio também estão suscetí-veis a ter cálculos renais. É uma do-ença que pode, inclusive, resultar naperda do órgão”, lembra.

HC realiza, pela primeira vez, cirurgiaa laser para eliminação de cálculo renal

Equipe do Departamento deUrologia da Faculdade de Medici-na de Botucatu/Unesp (FMB) reali-zou, dia 8 de abril, pela primeiravez em seu Hospital das Clínicas,procedimento para a eliminaçãode cálculo renal – pedra no rim -utilizando feixes de laser emitidosdiretamente no órgão afetado. Atécnica, chamada UreteroscopiaFlexível com uso do Holmium La-ser, ainda não é coberta pelo SUS(Sistema Único de Saúde), por isso,a cirurgia realizada pelo urologis-ta e professor da FMB, Dr. CarlosMárcio Nóbrega de Jesus, foi cus-teada pelo convênio médico dopaciente, um homem de 51 anos.

O procedimento diferencia-sedos métodos convencionais de tra-tamento por ser minimamente in-vasivo. Com o laser de curta pene-tração o cálculo renal é fragmen-tado em pequenas partículas queposteriormente são eliminadas pelaurina. A recuperação do pacienteé, geralmente, rápida e tranquila.

Há outras duas técnicas utiliza-das para a eliminação da chama-

da “pedra no rim”, que são finan-ciadas pelo SUS. Uma delas é a Ure-terorenotripsia, que trata os cálcu-los quando eles estão no ureter,quebrando-os em fragmentosmaiores. Já a Nefrolitotomia Per-cutânea é feita com um corte naregião lombar do doente paracuidar de cálculos localizados norim. A Ureteroscopia Flexível podeser usada em ambas as situações.

Segundo o urologista, profes-sor Carlos Márcio, o HC dispõeatualmente do ureteroscópio fle-xível que foi comprado há um mêspara a realização desse tipo decirurgia, mas não possui o laser

que é usado. “A vantagem doequipamento é que ele se mol-da ao sistema renal. É um pro-cedimento caro, mas que fu-turamente o HC pode passara oferecer através do SUS”,prevê o especialista.

Participaram da primeira Ure-teroscopia Flexível realizada noHospital das Clínicas, além de Dr.Carlos Márcio, o também docen-te José Carlos de Souza TrindadeFilho e os residentes Alexandre Cé-sar Santos e Arnaldo Schaeffer. Sãofeitas, por ano, no HC, aproxima-damente 250 cirurgias para o tra-tamento de cálculo renal.

Cirurgia,feita em um paciente de 51 anos, não é coberta pelo SUS

Cálculo renal atinge5% da população

CCI de Rubião Jr. agora conta com sala de amamentaçãoDesde o início desse ano o Cen-

tro de Convivência Infantil (CCI) daUnesp de Rubião Júnior conta comuma sala de amamentação. O es-paço, que ainda será oficialmenteinaugurado, era uma antiga reivin-dicação das mães, que, antes, nãodispunham de um local apropria-do para amamentar seus filhos re-cém-nascidos.

A nova sala de amamentaçãofica estrategicamente localizada aolado do berçário. Para evitar con-tato com as outras crianças, as mãesque trabalham em setores de riscodo Hospital das Clínicas/Unesp (HC)podem receber seus filhos por umajanela que dá acesso ao quartoonde irão alimentá-los. “Muitas

mães optam por amamentaremseus filhos até após os seis mesesde idade, por isso esse espaço re-presenta um importante confortoe praticidade a elas”, destaca ElcyDutra Calvi, supervisora do CCI.

O Grupo Administrativo doCampus (GAC), através de sua Di-retoria Administrativa, entendeu anecessidade de oferecer essa es-trutura às mães das crianças matri-culadas no CCI e adaptou umaantiga sala de ferramentas trans-formando-a em um aconchegan-te quarto de amamentação, devi-damente decorado. Há, no cômo-do, um lavabo para a higiene dasmãos e uma poltrona onde a mu-lher pode se sentar e ter, mesmo

durante seu expediente, algunsmomentos de contato com seubebê. A próxima necessidade da es-cola infantil será estruturar uma salade enfermagem. De acordo comElcy, já há ações em andamento.

O Centro de Convivência Infan-til da Unesp de Rubião Júnior re-cebe crianças até seis anos de ida-de, filhos de funcionários e docen-tes da Faculdade de Medicina eHospital das Clínicas. Atualmente,há 87 crianças matriculadas, dividi-das em sete turmas. Desde 2009,as instalações, que eram distribuí-das em dois prédios, agora estãocentralizadas em um imóvel locali-zado próximo a AdministraçãoGeral do Campus.

Espaço era antiga reivindicaçãode mães que utilizam o CCI

Estes valores podemser empregados eminvestimentos deinteresse acadêmicoe até assistencial

Rosana Barreto sobrea economia gerada pela recarga

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ASSISTÊNCIA

Ambulatório que trata Desvio de Aprendizagemestá entre os cinco centros referência do Brasil

O Ambulatório de Desviosda Aprendizagem da Discipli-na de Neurologia Infantil doHospital das Clínicas, vincula-do à Faculdade de Medicinade Botucatu/Unesp (FMB) foicredenciado entre os cincocentros no Brasil considera-dos referência em sua áreade atuação. Esse reconheci-mento, feito pelo Inst itutoABCD – empresa privada queinveste em projetos relacio-nados à Dislexia – represen-tará a desti-nação deuma verbano valor deR$ 160 mi lpara ser uti-lizada ao longo de dois anos.

O projeto, aprovado peloórgão, é resultado de umaparceria entre o Laboratóriode Avaliação e Inter vençãonos Desvios da Linguagem,Fluência e Aprendizagem naFaculdade de Filosof ia e Ci-ências (FFC) de Maríl ia e oAmbulatório de Desvios daAprendizagem do HC/Botu-catu, coordenados respecti-vamente pelas professorasDoutoras Simone AparecidaCapellini, Niura Aparecida deMoura Ribeiro Padula e Lara

Serviço funciona há 10 anos e atua contra com a dislexia edistúrbios de aprendizagem. Acima, equipe do ambulatório

Entre as queixas mais comuns dascrianças encaminhadas para o Ambu-latório de Desvios da Aprendizagem es-tão: baixo desempenho escolar, dificul-dades de adaptação na escola e altera-ção de comportamento. Entre essesdesvios de aprendizagem encontra-sea dislexia, que é uma condição deter-minada genético-neurologicamente,caracterizada por uma dificuldade es-pecífica de leitura e escrita, que podeatingir de 3% a 6% da população esco-lar. Não é considerada uma doença, massim uma condição e, por isso, não temcura, mas sim tratamentos específicos,sendo assim torna-se importante a atu-ação da equipe interdisciplinar.

“O diagnóstico da dislexia, no en-tanto, só pode ser confirmado após afase inicial dos primeiros dois anos dealfabetização”, comenta Dra Niura, neu-ropediatra do serviço no HC. “É muitoimportante que a criança ou o adoles-cente seja assistido em relação ao seudesvio de aprendizagem, pois assim elepode manter sua auto-estima e lidar comsuas limitações sem preconceitos, esta-belecendo estratégias para o seu melhordesenvolvimento", acrescenta Dra Lara.

Diferente da dislexia, caracterizadapor uma dificuldade específica da leitu-ra que se manifesta no início da escola,os distúrbios de aprendizagem costu-mam comprometer a relação entre de-senvolvimento e a capacidade de apren-der desde os primeiros anos de vida comrepercussão no desenvolvimento da lin-guagem, atenção e memória.

O SERVIÇO REALIZOU,EM 2009, APROXIMADAMENTE

2.590 ATENDIMENTOS

Desvios deaprendizagem

são comuns

Profissionalização da Captaçãode Órgãos e Tecidos é metado novo coordenador da OPO

REFORÇO

O Hospital das Clínicas/Unesp(HC), vinculado à Faculdade deMedicina de Botucatu/Unesp(FMB) dá mais um passo impor-tante em seu processo de cresci-mento na área de doação e trans-plante de órgãos. Sua OPO (Or-ganização de Procura por Ór-gãos) está sob novo comando. Dr.Reginaldo Carlos Boni, de 41 anos,formado pela FMB e que respon-de por um Serviço de Captaçãode Órgãos e Tecidos na capitalpassa a coordenar a área.

Dr. Boni, que também é mé-dico da Central de Transplantesde São Paulo, formou-se pela 28ªturma de médicos da Faculda-de de Medicina de Botucatu/Unesp em 1995 e especializou-se em Nefrologia. Trabalhou noHospital do Rim e Hipertensão,em São Paulo , entre 1999 e2003. Em seguida foi convida-do para trabalhar no HospitalClinic, de Barcelona – Espanha(país que, no mundo, tem mais

doadores de órgãos por milhãode população/ano), onde atuoucomo coordenador de doação.Ficou lá até 2006 e, ainda cur-sando o doutorado na área,voltou ao Brasil onde, desde2007 coordena uma das quatroOrganizações de Procura deÓrgãos da capital além de co-laborar com a Central de Trans-plantes de São Paulo.

Com a chegada do novocoordenador da Organizaçãode Procura por Órgãos doHC/Unesp será consolidadauma divisão entre a identif i-cação de potenciais doadorese a área de transplantes, queserá comandada pelo ex-co-ordenador da OPO, Dr. JuanCarlos Llanos. No entanto, asáreas atuarão em conjunto.

Dr. Boni salienta que um deseus objetivos frente à equipede captação de órgãos e teci-dos para aumentar o número dedoadores será difundir e implan-tar o que denomina de “novociclo vital”. O processo é inicia-do com a identificação de umpotencial doador de órgãos etecidos (em morte encefálica) econcluído com a realização dostransplantes. Esse processo com-preende um trabalho de orien-tação e profissionalização que

envolve a sociedade (que pre-cisa ser esclarecida), passa peladecisão da doação (após cons-tatação e notificação da morteencefálica), a retirada cirúrgicados órgãos e o transplante que,conseqüentemente, beneficiaráa sociedade.

“Esse é um ciclo bastantecomplexo, que envolve profis-sionalização da equipe de cap-tação, sendo focado na identi-ficação de potenciais doadores.Também abrange apoio e aco-lhida à família da pessoa quepossibilitará, por intermédio dadoação, benefício social e recu-peração da qualidade de vidade outros que aguardam porum transplante”, completa.

Outra meta será aproximara OPO do HC/Unesp dos hospi-tais da região, que abrangeuma população de aproximada-mente 2 milhões de habitantes.Dr. Boni quer capacitar as equi-pes dessas unidades, através decursos. O objetivo é identificar ecuidar das pessoas vítimas de do-enças graves que, caso evoluampara óbito, possam ser potenciaisdoadores. Também é preciso queestejam preparados para orien-tar os familiares.

Por outro lado, o Programade Transplantes do HC/ UNESP,

Esse é um ciclobastante complexo,que envolveprofissionalização

Reginaldo Carlos Boni sobreos desafios frente à OPO

Dr. Boni coordena, desde 2007, uma das quatro OPOs em SP

comprometido com as diretrizesda atual Superintendência e Di-retoria da unidade, está inves-tindo em recursos humanos emateriais para futuro credencia-mento na área de Transplante dePulmão e Coração.

Atualmente, a unidade ofe-rece apenas transplante de rime córnea; tanto que em 2009, oHC foi listado entre os maioresserviços do estado, com 68

transplantes renais. Em 2009,nove pessoas doaram múltiplosórgãos no Hospital das Clínicas.

A fila de espera por transplantesde órgãos no Estado de São Paulo,atualmente, está assim:Rim – 9 mil pessoasFígado – 1.500 pessoasCoração – 100 pessoasPulmão – 80 pessoasPâncreas e Rim – 200 pessoas

Cristina Antunes dos Santos.A intenção das especialistasé invest ir o recurso na ca-pac i tação de prof i s s iona isda área e na melhoria dosatendimentos.

O HC deverá oferecer par-cerias para Secretaria da Edu-cação e Saúde de Botucatu ede Marília para capacitaçãode professores e profissionaisque atuam diretamente coma d is lex ia e d i s túrb ios deaprendizagem.

Além disso, al-guns prof issionaisque hoje atuamno ambulatór iocomo voluntáriosserão contrata-

dos. O serviço, que funcionahá cerca de 10 anos, pres-tou, em 2009, aproximada-mente 2.590 atendimentos.São responsáveis pelos aten-d imentos dois ps icó logos ,uma fonoaudióloga, uma te-rapeuta ocupacional e duasneuropediatras. Eles deverãocumpr i r, de acordo com oprojeto, jornada de 10 horasno Hospital das Clínicas e ou-tras 10 no Centro de Estudosda Educação e Saúde (CEES)da Faculdade de Filosof ia eCiências/Unesp, de Marília.

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MUDANÇAS

REFORÇO

Novos aparelhos para Medicina Nuclear

O Hospital das Clínicas daFaculdade de Medicina de Bo-tucatu/Unesp (HC/FMB), devecolocar em operação, até osegundo semestre, dois novosaparelhos do t ipo CâmaraGama usados em cintilograf ia-exame que se utiliza de ima-gem para a verif icação espe-cíf ica de um órgão. Com osequipamentos, o Setor Técni-co de Medicina Nuclear es-pera aumentar a capacidadede atendimento em 10% nospróximos meses.

Doados pelo Incor (Institu-to do Coração), os aparelhossão avaliados em R$ 500 mile têm a capacidade de reali-zar exames para as áreas de

Nas próximas semanas oSetor de Lavanderia do Hos-pital das Clínicas passará porum processo de aprimora-mento dos serviços que pres-ta. Serão realizadas palestras,treinamentos sobre a nova le-gislação da área e visitas téc-nicas. A iniciativa, da Superin-tendência do HC, visa a edu-cação continuada e otimiza-ção das atividades do setor.

Inicialmente serão avalia-das e reajustadas as deman-das vindas das enfermarias deClínica Médica I e II. A respon-sável pelo projeto, Maria Jus-tina Dalla Bernardina Felippe,assessora de Planejamento, daSuperintendência do HC, ex-plica que entre as principaisdeficiências do relacionamen-to entre a lavanderia e as en-fermarias estão a separaçãodeficiente das peças enviadaspara lavagem e a necessida-de de retrabalho. “Por issovamos monitorar o fluxo dedemanda das clinicas I e II epropor melhorias. Nossa in-tenção é, se der tudo certo,expandir essa iniciativa paratodo o hospital”, comenta.

Segunda-feira, 17 de maio,logo no início da manhã, o su-perintendente do hospital,professor Emílio Curcelli e suavice, professora Irma de Go-doy se reuniram com os fun-cionários da Lavanderia e Cos-

Lavanderia terá sua rotinaotimizada com treinamentos

Para dinamizar e oferecermaior confiabilidade ao siste-ma de Recursos Humanos, a Su-perintendência do Hospital dasClínicas, vinculado à Faculdadede Medicina de Botucatu/Unesp (HC/FMB), tem implan-tado, gradativamente, um novosistema de ponto eletrônicopelo uso da impressão digital,também chamado de biome-tria. A previsão é que até o se-gundo semestre a instalaçãoesteja concluída.

Com isso, os antigos sistemasde presença que o hospitalmantém- em sua maioria ain-da em papel- serão substituí-dos por aparelhos que arma-zenarão dados como o núme-ro de matrícula do servidor eo registro de suas impressõesdigitais. Todos os 1.963 servi-dores do hospital, sejam vincu-lados à Famesp (Fundação parao Desenvolvimento Médico eHospitalar), quanto pela pró-pria Unesp, serão cadastradosde forma gradativa.

Os aparelhos serão aloca-dos em três pontos distintos dohospital, ainda a serem defini-dos por sua superintendência.O objetivo é facilitar a logísticade locomoção dos servidoresdo HC. A previsão é que até se-tembro o novo sistema de pon-

Um projeto piloto para aimplantação do novo sistemade pontos foi instituído peloHC em meados de 2009. Al-guns pontos da unidade fo-ram escolhidos como labo-ratórios para a análise da efi-cácia dos aparelhos: Superin-tendência, Farmácia, ContasMédicas, CRIE (Centro de Re-ferência em ImunobiológicosEspeciais) e STND (Serviço

to digital esteja integralmenteimplantado no Hospital dasClínicas . Cada ser vidor po-derá cadastrar até dez im-pressões digitais em seu re-gistro, para eventuais pro-blemas de reconhecimento.

Todos os novos equipa-mentos serão monitoradospor câmeras, que terão liga-ção direta com a Assessoria deSegurança da FMB. O novo sis-tema de ponto também teráinterligação com o controlede acesso, ainda a ser instala-do na unidade.

Segundo Emílio Carlos Curce-lli, superintendente do HC, onovo sistema integra os planosda unidade em dinamizar as in-formações de RH do servidor eoferecer, tanto às chefias quan-to à própria direção do hospi-tal, a real situação funcional daunidade. “É uma ferramenta novaque poderá conter informaçõesde RH como férias, licenças, fal-tas e o horário de trabalho. Apretensão é trazer para a supe-

rintendência e às chefias a realsituação do servidor”, explica.

O superintendente ressaltaque a direção do hospital tem

ANTIGOS SISTEMAS DE PRESENÇA

QUE O HOSPITAL MANTÉM-EM SUA MAIORIA AINDA NO

PAPEL- SERÃO SUBSTITUÍDOS

Novos aparelhostêm sido instaladosem pontosdistintos do HC

Técnico de Nutrição e Dieté-tica) . Nesta primeira fase,mais de duzentos servidoresforam cadastrados.

O período de testes, quedurou de outubro de 2009 amarço deste ano, analisou aef icácia dos novos pontos.Após este período, a supe-rintendência do HC realizoupesquisa com 160 servidorespara verif icar a receptivida-

de quanto ao novo sistema.Desse total, 80% mostraram-se favoráveis à expansão doponto para outros setores doHC, enquanto que 85% acre-ditam que a assiduidade doservidor nos setores em testemelhorou. Ainda foi constata-do que 85% dos entrevistadosdeclararam que as chefias es-tão comprometidas com a im-plantação do sistema.

HC implanta sistemade pontos digitais

Novo método passou por projeto piloto

card io logia , nef ro logia ,pneumologia, ortopedia e clí-nica médica. Serão instaladasduas Câmaras Gama, sendoque uma possui dois detec-tores e outra com apenas um.Para a instalação dos equipa-mentos, um espaço no setorpassa por reforma.

Em 2009, foram 4.162 aten-dimentos entre exames e pro-cedimentos com o uso destetipo de aparelho. Apenas Bau-ru, Jaú e Botucatu oferecem oserviço conveniado pelo SUS(Sistema Único de Saúde). Oparque tecnológico do setorconta atualmente com doisaparelhos em atividade e a in-corporação dos equipamentos

doados fará com que a ofertaseja ampliada.

“O HC receberá grandeauxílio com estes aparelhosjá que será possível reduzir otempo de permanência dopaciente por não ser neces-sár io reve lar negat ivos deexames, por exemplo. O tra-tamento também passa a sermais ágil e menos cansativo”,explica Drª Kátia Koga, res-ponsável médica pelo setor.

Com tais exames é possí-vel diagnosticar, por exem-plo, doença arterial corona-riana, más-formações congê-nitas renais, alguns tipos decâncer e doenças ósseas ereumatológicas. Também po-dem ser aplicados para o tra-tamento de complicações natireiode, entre outros.

Por meio desse recurso épossível visualizar a porção doórgão que está funcionando,ao passo que outros examesde imagem permitem a visua-lização anatômica de todo oórgão, independente se eleestiver lesado ou com seu fun-cionamento comprometido.

tura para informá-los sobre aproposta de desenvolvimentopara a unidade e também es-clarece algumas dúvidas.“Muitas vezes pequenas coi-sas podem fazer uma grandediferença. Esse diálogo en-tre a Superintendência e asunidades é muito importan-te. E tem que ser assim mes-mo, uma conversa aberta efranca”, disse professor Emí-lio. “Se avançarmos em pe-quenos pontos agora, quan-do for feita uma grande re-forma o processo estarápronto”, complementa.

Professora Irma, vice-supe-rintendente do HC, enfatizouque nem sempre as principaisnecessidades de um setor po-dem ser supridas, mas lem-brou que é preciso começarpor algum lugar. “Será umaoportunidade de as unidades‘clientes’ da Lavanderia conhe-cerem um pouco mais do tra-balho desse setor”, colocou.

Rosa Helena F. Marcolino,supervisora da Lavanderia doHC, disse acreditar que o tra-balho que será feito no setortende a aperfeiçoar os servi-ços oferecidos ao hospital.“Esse entrosamento com a Su-perintendência é muito impor-tante. É um retorno do pro-fessor Emílio às necessidadesque apontamos a ele no pas-sado”, apontou.

EVOLUÇÃO

Somente em 2009, 4.612 atendimentos foram feitos com os aparelhos

O tratamentotambém passaa ser mais ágil emenos cansativo

Dra. Kátia Koga sobreos novos aparelhos

mantido reuniões periódicascom as chefias dos setores paraexplicar o funcionamento des-te processo. Curcelli também se

reuniu recentemente com o Sin-tunesp (Sindicato dos Trabalha-dores da Unesp) para fornecerdetalhes sobre o novo sistema.

12

MAIO 2010

Pesquisadores do câmpus deBotucatu integram um grupo inter-nacional que desenvolveu e testouum novo método de diagnóstico dahepatite C. A equipe da Faculdadede Medicina (FM) foi responsávelpela comprovação da eficiênciadesse processo. O novo procedi-mento, que pode ser explorado li-vremente em escala comercial porindústrias interessadas, deverá re-duzir em pelo menos dez vezes oscustos do exame.

O estudo uniu especialistas deAlemanha, Reino Unido, Singapu-ra, África do Sul e Brasil, que foirepresentado por grupos da Uni-versidade Fede-ral da Bahia e daUnesp. Essa co-laboração resul-tou na publica-ção de um arti-go na revistaPLOS Medicine,referência mundial na sua área. Oartigo recebeu o Prêmio Incentivoem Ciência e Tecnologia para o SUS2009, pelo enfoque na redução decustos para o Sistema Único de Saú-de. “Esse reconhecimento repre-senta um passo muito importantepara que o diagnóstico da hepatiteC possa tornar-se mais acessível àpopulação no SUS”, observa MariaInês Pardini, pesquisadora do De-partamento de Clínica Médica daFM e responsável pelo Laboratóriode Biologia Molecular do Hemo-centro do Hospital de Clínicas (HC),

Hepatite C: novo testebarateia diagnóstico

INOVAÇÃO

que integra a Rede de Hepatites Vi-rais do Ministério da Saúde.

O novo processo – A hepatiteC, que atinge 170 milhões de pes-soas no mundo, é causada pelo ví-rus VHC, transmitido pelo sangue.Pode provocar uma moléstia agu-da caracterizada por cansaço e ic-terícia (que se manifesta por olhose pele amarelados). Mas na maioriados pacientes ela desenvolve, semsintomas aparentes, uma infecçãocrônica que pode dar origem a cir-rose hepática e tumores no fígado.

O vírus da hepatite C (VHC) éum vírus de RNA, molécula mui-to semelhante à do DNA – que

nos seres v ivosguarda todas asinformações gené-ticas. Nessa f ita deRNA, estão conti-das todas as infor-mações para que ovírus chegue às

células do fígado, multiplique-see infecte novas células.

Essa fita de RNA é composta porum trecho central que se altera bas-tante entre os diferentes tipos devírus VHC, e duas extremidadesconstantes, denominadas regiõesnão traduzidas (UTR, na sigla eminglês), identificadas pelos núme-ros 5’ (pronuncia-se cinco linha) e3’ (três linha). A região 5’ UTR temsido alvo das diferentes técnicaspara identificação do vírus.

O novo método utiliza a regiãooposta, denominada 3’ X-Tail. Essa

O ESTUDO UNIU

ESPECIALISTAS DE ALEMANHA,REINO UNIDO, SINGAPURA,ÁFRICA DO SUL E BRASIL

O novo método mostrou-se mais sensível e bastante eficiente para detectar as variantes dos VHC

DEBATES

Diversos aspectos sobre o AcidenteVascular Cerebral (AVC) foram discutidosdurante a IV Reunião Clínica, promovidapela Diretoria Clínica, em conjunto coma Superintendência do Hospital das Clí-nicas e Serviços de Neurologia Clínica eCirúrgica da unidade. O encontro foi dia7 de maio, no salão nobre da Faculdadede Medicina de Botucatu/Unesp (FMB).

Participaram das reflexões a profes-sora Dra. Sheila Cristina Ouriques Mar-tins, cordenadora do Programa Nacionalde Atendimento ao AVC e Dr. Oscar An-tônio Grama Hoeppner, médico sanita-rista e da Família, da Secretaria de Saúdede Botucatu. Dr. Hoeppner deu detalhesde como o município lida com a doença.Também fizeram parte da reunião do-centes do Departamento de Neurologiae Psiquiatria da FMB.

O HC, que integra a Rede Brasil AVC,é um dos poucos centros especializadosno atendimento de pacientes vítimas des-ta doença. Na abertura do evento, oprofessor Emílio Curcelli, superintenden-te do hospital, enfatizou que a instituiçãoinicia com maturidade o processo deestruturação para ser um dos melhoresdo País nessa área. Ele ressaltou o empe-nho e dedicação da equipe - Neurocirur-gia e Neuroclínica - que trabalha no aten-dimento aos pacientes e pontuou o atualmomento como histórico na busca pelaexcelência. "Especialização e tecnologiamelhoram o prognóstico dos pacientes epossibilitam uma recuperação sem se-qüelas. A passividade de aguardar o pa-ciente chegar para fazer alguma coisanão deve existir. É preciso avaliar os re-sultados e comparar com centros de re-ferência para descobrir falhas. O cami-nho é investir em ações preventivas", afir-mou prof. Emílio.

O professor André Balbi, diretor Clí-nico do HC e coordenador do evento,destacou que esta reunião diferia das an-

AVC e perspectivas em discussãoteriores por ser aberta a todos os médi-cos da região e por contar com a partici-pação de colegas convidados de outrosserviços. Segundo Dr Balbi, nesta reu-nião foi possível unir dois serviços dife-rentes (neurologia clínica e cirúrgica)com um único objetivo: melhorar a qua-lidade de atendimento do paciente emnosso hospital.

De acordo com ele, esta é uma provade que, quando unido, o corpo clínico doHC tem condições de superar grandesdificuldades. Ao comentar sobre a atualsituação do AVC no Brasil, professora Shei-la lembrou que são registrados 400 no-vos casos da doença por ano, o que fazdela a principal causa de morte. Segun-do ela, 70% dos doentes não retornamao trabalho e 35% não conhecem o SAMU(Serviço de Urgência e Emergência) -considerado fundamental para o socorrodas vítimas do AVC, transportando-as atéa unidade de referência mais próxima.

Prof.a Sheila também mencionou quenos hospitais onde há a chamada Unida-de de AVC - estrutura que será inaugura-da em breve no HC/Unesp - há possibi-dade de redução de 18% da mortalida-de e de 28% da ocorrência de sequelasapós recuperação. "Pacientes atendidosnas unidades de AVC têm melhores tera-pias à disposição, reabilitação precoce,equipe interdisciplinar, atendimento pa-dronizado entre outras vantagens", dis-se. "O Brasil tem, inclusive, poucos cen-tros especializados e o HC/Unesp possuium deles", elogiou.

Em 1997, o país tinha somente 3 cen-tros de AVC - todos particulares. Em 2008eram 35, sendo 14 em hospitais públicos.Atualmente, segundo professora Sheila,mais de 99% dos hospitais do Brasil nãotêm profissionais especializados em AVCe nem unidade específica para esse tipode atendimento. "Mais de 90% dos hos-pitais não seguem as recomendações mí-

nimas", observou. Para ela, educação eorganização são alguns dos caminhospara melhorar a assistência em AVC.

Professor Rodrigo Bazan, do Depar-tamento de Neurologia, Psicologia e Psi-quiatria da FMB e um dos responsáveispelo atendimento especializado do AVCno HC, comentou em sua apresentaçãoque o HC/Unesp atende de um a doispacientes vítimas de AVC por dia. A UTI(Unidade de Terapia Intensiva) do Pron-to-Socorro da unidade fica em 50% ocu-pada por vítimas da doença, todo ano.

A expectativa, de acordo com ele, é,com a inauguração da futura unidade deAVC do Hospital das Clínicas/Unesp, me-lhorar a oferta de leitos da enfermariade neurologia para o atendimento des-tes pacientes. Em seguida, prof. CarlosClayton Macedo de Freitas, neurocirur-gião que coordena o serviço de neurolo-gia vascular do HC, mostrou o papel daradiologia intervencionista no atendimen-to desta e de outras patologias.

Por ser mais sensível,esse novo método écapaz de detectar o vírusno organismo ainda queem níveis baixos

Giovanni Faria Silva sobre o novométodo de diagnóstico

solução inédita mostrou-se maissensível e bastante eficiente paradetectar as variantes dos VHC nosdiferentes países. O procedimentodetecta diretamente o vírus da he-patite C e não apenas os anticor-pos que o combatem. Por essa pre-cocidade, é um teste que tambémpode ser utilizado como triagemem serviços de hemoterapia, evi-tando a utilização de uma bolsa desangue em período de janela imu-nológica – o intervalo entre o mo-mento do contágio e a produçãode anticorpos em níveis suficien-tes para serem detectados pelostestes convencionais

Custo menor – As professorasRejane Maria Tommasini Grotto e

Sílvia Maria Corvino, que tambémpertencem ao Laboratório de Bio-logia Molecular, são coautoras doestudo. Rejane ressalta que a parti-cipação brasileira na pesquisa deve-se ao fato de o vírus da hepatite Capresentar pequenas diferenças deacordo com a região do mundo. “Umteste diagnóstico para ser bom temque reconhecer essas diferenças queexistem entre os vírus circulantes emcada região”, emenda Silvia.

Professor do Departamento deClínica Médica da FM e responsá-vel pelo Ambulatório de HepatiteC, Giovanni Faria Silva também par-

Dra. Sheila Martins, cordenadorado Programa Nacionalde Atendimento ao AVC

ticipou do projeto. Para ele, a eco-nomia para o SUS terá grande im-pacto no atendimento de pacien-tes com a doença. “Por ser maissensível, esse novo método é ca-paz de detectar o vírus no orga-nismo ainda que em níveis bai-xos”, comenta.

O novo teste é no mínimo dezvezes mais barato que os testes hojepraticados na Rede Estadual de He-patites Virais do Estado de São Pau-lo. Cada exame para detecção equantificação do VHC custa atual-mente R$ 256. Com o novo proces-so, o custo cairia para cerca de R$25, valor que poderá ser ainda maisreduzido quando o novo teste forusado em grande escala para tria-gem de bolsas de sangue dos he-mocentros. “Isso é muito importan-te, porque hoje no Brasil, diferen-temente dos países desenvolvidos,esse tipo de teste não é disponibili-zado na rede pública”, esclareceMaria Inês.

Dependência ao tabaco nãoé considerada como doença

Preocupados em descobrirse as pessoas leigas sabem queser viciado em cigarro de ta-baco é doença e também seelas identificam que o vício cau-sa doenças específicas, pesqui-sadores da Faculdade de Me-dicina de Botucatu resolveramfazer o estudo com pacientesinternados por quaisquer do-enças, relacionadas ou não aotabaco, em hospital público. Oresultado da pesquisa mostrouque apenas 40% consideram otabagismo com sendo doençae um número ainda menor vin-cula doenças ao vício.

De acordo com o artigoque contem os resultados dotrabalho, publicado no JornalBrasileiro de Pnemologia demarço/abril de 2010, Irma Go-doy e colegas estudaram 186pacientes com relação a hábi-tos ativos e passivos de taba-gismo, aspectos demográficos,causa da internação e conhe-cimento deles sobre a relaçãoentre tabagismo e doença.Avaliadas as respostas dosquestionários aplicados, o gru-po de pesquisa identif icou22,6% de fumantes, 34,4% de

ex-tabagistas, 43% de pacien-tes que disseram nunca ter fu-mado e 73% com história deexposição passiva ao fumo.

“O diagnóstico de admis-são foi o de doença possivel-mente relacionada ao tabacoem 21,5% dos pacientes e em39% dos fumantes ativos e ex-fumantes” e “a proporção defumantes e ex-fumantes quenão conheciam a associaçãoentre o tabagismo e a causade internação foi similar (56%vs. 65%)”, escrevem os autores.Eles explicam que “apenas 19%dos fumantes e 32% dos ex-fu-mantes acreditavam que o ta-bagismo tivesse afetado suasaúde” e que “a proporção deex-fumantes e de não fuman-tes que acreditavam que pararde fumar é uma questão devontade foi significativamentemaior que aquela de fumantesativos (64% e 53%, respectiva-mente, vs. 24%”. Finalmente,dizo texto, “embora 96% dos pa-cientes acreditassem que o ta-bagismo cause dependência,apenas 60% identif icavam otabagismo como uma doença”.

(Da Agência Notisa)

ESTUDO