jornal da fmb nº 12

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c my k Dr Dr Dr Dr Dr. André Balbi . André Balbi . André Balbi . André Balbi . André Balbi passa a chefiar passa a chefiar passa a chefiar passa a chefiar passa a chefiar direção clínica direção clínica direção clínica direção clínica direção clínica Com 153 votos (55%) a cha- pa composta pelos médicos André Luís Balbi, nefrologista do Departamento de Clínica Médi- ca e Marcone Lima Sobreira, do Serviço de Cirurgia Vascular, ven- ceu a eleição para a Direção Clí- nica do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medici- na de Botucatu. A apuração foi realizada dia 24 de abril. Os concorrentes ao mesmo car- go, professores Celso Vieira Souza Leite, atual vice-superin- tendente do HC e José Souza Trindade Filho, conquistaram 113 votos (40,6%). Do total de 278 votos, houve seis brancos e seis nulos. Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Solenidade de 46 anos: emoção e Solenidade de 46 anos: emoção e Solenidade de 46 anos: emoção e Solenidade de 46 anos: emoção e Solenidade de 46 anos: emoção e reconhecimento aos novos eméritos reconhecimento aos novos eméritos reconhecimento aos novos eméritos reconhecimento aos novos eméritos reconhecimento aos novos eméritos Faculdade de Faculdade de Faculdade de Faculdade de Faculdade de Medicina de Botucatu Medicina de Botucatu Medicina de Botucatu Medicina de Botucatu Medicina de Botucatu comemora aniversário comemora aniversário comemora aniversário comemora aniversário comemora aniversário em meio a memórias em meio a memórias em meio a memórias em meio a memórias em meio a memórias da 2ª turma de da 2ª turma de da 2ª turma de da 2ª turma de da 2ª turma de médicos formados médicos formados médicos formados médicos formados médicos formados pela instituição. pela instituição. pela instituição. pela instituição. pela instituição. Página Página Página Página Páginas 4 a 7 s 4 a 7 s 4 a 7 s 4 a 7 s 4 a 7 Curcelli tem ampla Curcelli tem ampla Curcelli tem ampla Curcelli tem ampla Curcelli tem ampla aprovação em consulta para aprovação em consulta para aprovação em consulta para aprovação em consulta para aprovação em consulta para superintendência do HC superintendência do HC superintendência do HC superintendência do HC superintendência do HC Campanha Campanha Campanha Campanha Campanha da V da V da V da V da Voz tem foco oz tem foco oz tem foco oz tem foco oz tem foco na prevenção na prevenção na prevenção na prevenção na prevenção Página 2 Página 2 Página 2 Página 2 Página 2 Enfermagem: duas décadas Enfermagem: duas décadas Enfermagem: duas décadas Enfermagem: duas décadas Enfermagem: duas décadas de excelência em ensino de excelência em ensino de excelência em ensino de excelência em ensino de excelência em ensino O curso de graduação em Enfermagem, mantido pela Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) com- pletou, dia 8 de maio, duas décadas de atividades acadê- micas marcadas pelo rápido desenvolvimento, reconheci- mento educacional e, princi- palmente, inserido em um novo perfil para o profissional desta área. O desenvolvimen- to do curso se mostra pelos resultados. Em 20 anos de existência foram formados 377 enfermeiros e 100 aprimoran- dos (desde 1992). Desde 2006, 25 mestres em enfermagem ti- veram sua preparação realiza- da na FMB. Página 8 Página 8 Página 8 Página 8 Página 8 A chapa do professor Emí- lio Curcelli e da professora Irma de Godoy, que se apresentou para a disputa pela Superinten- dência do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medici- na de Botucatu/Unesp (FMB) recebeu apoio da maioria dos votantes. A consulta foi feita aos Serra autoriza novas Serra autoriza novas Serra autoriza novas Serra autoriza novas Serra autoriza novas unidades de saúde unidades de saúde unidades de saúde unidades de saúde unidades de saúde Em visita a Botucatu dia 17 de abril, o governador do Esta- do de São Paulo, José Serra (PSDB) anunciou que está au- torizada a construção de um AME (Ambulatório Médico de Especialidades) na cidade, para 2010; além de um Centro de Reabilitação Física; o Hospital Geral Secundário; a nova UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para o Prontossocorro do Hos- pital das Clínicas (HC) – com 12 leitos - além de equipamen- tos de urgência e emergên- cia. Serra enfatizou a impor- tância da parceria do Esta- do com a Faculdade de Me- dicina de Botucatu/Unesp (FMB) e seu HC. Página 2 Página 2 Página 2 Página 2 Página 2 Serra ao lado do prefeito João Cury e deputado Milton Flávio Serra ao lado do prefeito João Cury e deputado Milton Flávio Serra ao lado do prefeito João Cury e deputado Milton Flávio Serra ao lado do prefeito João Cury e deputado Milton Flávio Serra ao lado do prefeito João Cury e deputado Milton Flávio Prof Prof Prof Prof Prof. Saad defende criação . Saad defende criação . Saad defende criação . Saad defende criação . Saad defende criação da F da F da F da F da Faculdade de Enfermagem aculdade de Enfermagem aculdade de Enfermagem aculdade de Enfermagem aculdade de Enfermagem Curso tem se mostrado como um dos destaques na Unesp Curso tem se mostrado como um dos destaques na Unesp Curso tem se mostrado como um dos destaques na Unesp Curso tem se mostrado como um dos destaques na Unesp Curso tem se mostrado como um dos destaques na Unesp três segmentos que compõem o complexo FMB/HC: docentes, alunos e servidores técnico-ad- ministrativos. Dos 289 docen- tes, por exemplo, 201 opina- ram e 168 se manifestaram fa- voráveis a única chapa inscrita - 83,5% (foram 14 votos bran- cos e 19 nulos). Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 RETIFICAÇÃO- RETIFICAÇÃO- RETIFICAÇÃO- RETIFICAÇÃO- RETIFICAÇÃO- Na matéria publicada dia 24 de abril, no site da FMB, o texto cita que chapa teve 46% de aprova- ção, mas o correto é frisar que o apoio entre os votantes foi de: 83% - docentes, 93% - servidores e 92% - alunos. GAC oferece GAC oferece GAC oferece GAC oferece GAC oferece mais conforto mais conforto mais conforto mais conforto mais conforto ao renovar frota ao renovar frota ao renovar frota ao renovar frota ao renovar frota Página 2 Página 2 Página 2 Página 2 Página 2 Aluno da 2ª Aluno da 2ª Aluno da 2ª Aluno da 2ª Aluno da 2ª turma turma turma turma turma colabora com a colabora com a colabora com a colabora com a colabora com a história da FMB história da FMB história da FMB história da FMB história da FMB Página 5 Página 5 Página 5 Página 5 Página 5 Departamento Departamento Departamento Departamento Departamento de de de de de P P P P Patologia atologia atologia atologia atologia tem tem tem tem tem nova chefia nova chefia nova chefia nova chefia nova chefia Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Página 2 Página 2 Página 2 Página 2 Página 2

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DrDrDrDrDr. André Balbi. André Balbi. André Balbi. André Balbi. André Balbipassa a chefiarpassa a chefiarpassa a chefiarpassa a chefiarpassa a chefiardireção clínicadireção clínicadireção clínicadireção clínicadireção clínica

Com 153 votos (55%) a cha-pa composta pelos médicosAndré Luís Balbi, nefrologista doDepartamento de Clínica Médi-ca e Marcone Lima Sobreira, doServiço de Cirurgia Vascular, ven-ceu a eleição para a Direção Clí-nica do Hospital das Clínicas(HC) da Faculdade de Medici-na de Botucatu. A apuraçãofoi realizada dia 24 de abril. Osconcorrentes ao mesmo car-go, professores Celso VieiraSouza Leite, atual vice-superin-tendente do HC e José SouzaTrindade Filho, conquistaram113 votos (40,6%). Do total de278 votos, houve seis brancose seis nulos. Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Página 3

Solenidade de 46 anos: emoção eSolenidade de 46 anos: emoção eSolenidade de 46 anos: emoção eSolenidade de 46 anos: emoção eSolenidade de 46 anos: emoção ereconhecimento aos novos eméritosreconhecimento aos novos eméritosreconhecimento aos novos eméritosreconhecimento aos novos eméritosreconhecimento aos novos eméritos

Faculdade deFaculdade deFaculdade deFaculdade deFaculdade de Medicina de Botucatu Medicina de Botucatu Medicina de Botucatu Medicina de Botucatu Medicina de Botucatucomemora aniversáriocomemora aniversáriocomemora aniversáriocomemora aniversáriocomemora aniversário

em meio a memóriasem meio a memóriasem meio a memóriasem meio a memóriasem meio a memóriasda 2ª turma deda 2ª turma deda 2ª turma deda 2ª turma deda 2ª turma de

médicos formadosmédicos formadosmédicos formadosmédicos formadosmédicos formadospela instituição.pela instituição.pela instituição.pela instituição.pela instituição.

PáginaPáginaPáginaPáginaPáginas 4 a 7s 4 a 7s 4 a 7s 4 a 7s 4 a 7

Curcelli tem amplaCurcelli tem amplaCurcelli tem amplaCurcelli tem amplaCurcelli tem amplaaprovação em consulta paraaprovação em consulta paraaprovação em consulta paraaprovação em consulta paraaprovação em consulta parasuperintendência do HCsuperintendência do HCsuperintendência do HCsuperintendência do HCsuperintendência do HC

CampanhaCampanhaCampanhaCampanhaCampanhada Vda Vda Vda Vda Voz tem focooz tem focooz tem focooz tem focooz tem focona prevençãona prevençãona prevençãona prevençãona prevenção

Página 2Página 2Página 2Página 2Página 2

Enfermagem: duas décadasEnfermagem: duas décadasEnfermagem: duas décadasEnfermagem: duas décadasEnfermagem: duas décadasde excelência em ensinode excelência em ensinode excelência em ensinode excelência em ensinode excelência em ensino

O curso de graduação emEnfermagem, mantido pelaFaculdade de Medicina deBotucatu/Unesp (FMB) com-pletou, dia 8 de maio, duasdécadas de atividades acadê-micas marcadas pelo rápidodesenvolvimento, reconheci-mento educacional e, princi-palmente, inserido em um

novo perfil para o profissionaldesta área. O desenvolvimen-to do curso se mostra pelosresultados. Em 20 anos deexistência foram formados 377enfermeiros e 100 aprimoran-dos (desde 1992). Desde 2006,25 mestres em enfermagem ti-veram sua preparação realiza-da na FMB. Página 8 Página 8 Página 8 Página 8 Página 8

A chapa do professor Emí-lio Curcelli e da professora Irmade Godoy, que se apresentoupara a disputa pela Superinten-dência do Hospital das Clínicas(HC) da Faculdade de Medici-na de Botucatu/Unesp (FMB)recebeu apoio da maioria dosvotantes. A consulta foi feita aos

Serra autoriza novasSerra autoriza novasSerra autoriza novasSerra autoriza novasSerra autoriza novasunidades de saúdeunidades de saúdeunidades de saúdeunidades de saúdeunidades de saúde

Em visita a Botucatu dia 17de abril, o governador do Esta-do de São Paulo, José Serra(PSDB) anunciou que está au-torizada a construção de umAME (Ambulatório Médico deEspecialidades) na cidade, para2010; além de um Centro deReabilitação Física; o HospitalGeral Secundário; a nova UTI

(Unidade de Terapia Intensiva)para o Prontossocorro do Hos-pital das Clínicas (HC) – com 12leitos - além de equipamen-tos de urgência e emergên-cia. Serra enfatizou a impor-tância da parceria do Esta-do com a Faculdade de Me-dicina de Botucatu/Unesp(FMB) e seu HC. Página 2 Página 2 Página 2 Página 2 Página 2

Serra ao lado do prefeito João Cury e deputado Milton FlávioSerra ao lado do prefeito João Cury e deputado Milton FlávioSerra ao lado do prefeito João Cury e deputado Milton FlávioSerra ao lado do prefeito João Cury e deputado Milton FlávioSerra ao lado do prefeito João Cury e deputado Milton Flávio

ProfProfProfProfProf. Saad defende criação. Saad defende criação. Saad defende criação. Saad defende criação. Saad defende criaçãoda Fda Fda Fda Fda Faculdade de Enfermagemaculdade de Enfermagemaculdade de Enfermagemaculdade de Enfermagemaculdade de Enfermagem

Curso tem se mostrado como um dos destaques na UnespCurso tem se mostrado como um dos destaques na UnespCurso tem se mostrado como um dos destaques na UnespCurso tem se mostrado como um dos destaques na UnespCurso tem se mostrado como um dos destaques na Unesp

três segmentos que compõemo complexo FMB/HC: docentes,alunos e servidores técnico-ad-ministrativos. Dos 289 docen-tes, por exemplo, 201 opina-ram e 168 se manifestaram fa-voráveis a única chapa inscrita- 83,5% (foram 14 votos bran-cos e 19 nulos). Página 3Página 3Página 3Página 3Página 3

RETIFICAÇÃO-RETIFICAÇÃO-RETIFICAÇÃO-RETIFICAÇÃO-RETIFICAÇÃO- Na matéria publicada dia 24 de abril, nosite da FMB, o texto cita que chapa teve 46% de aprova-ção, mas o correto é frisar que o apoio entre os votantesfoi de: 83% - docentes, 93% - servidores e 92% - alunos.

GAC ofereceGAC ofereceGAC ofereceGAC ofereceGAC oferecemais confortomais confortomais confortomais confortomais confortoao renovar frotaao renovar frotaao renovar frotaao renovar frotaao renovar frota

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Aluno da 2ªAluno da 2ªAluno da 2ªAluno da 2ªAluno da 2ª turmaturmaturmaturmaturmacolabora com acolabora com acolabora com acolabora com acolabora com ahistória da FMBhistória da FMBhistória da FMBhistória da FMBhistória da FMB

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ABRIL 2009ABRIL 2009ABRIL 2009ABRIL 2009ABRIL 2009

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Serra autoriza AME, Hospital Secundário e Centro de ReabilitaçãoSerra autoriza AME, Hospital Secundário e Centro de ReabilitaçãoSerra autoriza AME, Hospital Secundário e Centro de ReabilitaçãoSerra autoriza AME, Hospital Secundário e Centro de ReabilitaçãoSerra autoriza AME, Hospital Secundário e Centro de Reabilitação

1515151515///// 0505050505/200/200/200/200/20099999 - - - - - EVENTOEVENTOEVENTOEVENTOEVENTOIII ENCONTRO DE EXIII ENCONTRO DE EXIII ENCONTRO DE EXIII ENCONTRO DE EXIII ENCONTRO DE EX-AL-AL-AL-AL-ALUNOS E AMIGOS DUNOS E AMIGOS DUNOS E AMIGOS DUNOS E AMIGOS DUNOS E AMIGOS DA FMBA FMBA FMBA FMBA FMBLocal:Local:Local:Local:Local: Teatro Municipal Camilo Fernandez Dinucci- BotucatuHorárioHorárioHorárioHorárioHorário: 21 horas

1515151515///// 0505050505/200/200/200/200/20099999 - - - - - EVENTOEVENTOEVENTOEVENTOEVENTOCARCINOMA HEPCARCINOMA HEPCARCINOMA HEPCARCINOMA HEPCARCINOMA HEPAAAAATOCELTOCELTOCELTOCELTOCELULAR - ATUULAR - ATUULAR - ATUULAR - ATUULAR - ATUALIDALIDALIDALIDALIDADESADESADESADESADESLocal:Local:Local:Local:Local: Salão Nobre da FMBHorárioHorárioHorárioHorárioHorário: 20 horas

1515151515///// 0505050505/200/200/200/200/20099999 - - - - - S IMPÓSIOSIMPÓSIOSIMPÓSIOSIMPÓSIOSIMPÓSIOSIMPÓSIO NACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DESIMPÓSIO NACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DESIMPÓSIO NACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DESIMPÓSIO NACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DESIMPÓSIO NACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DECIRURGIA PLÁSTICA OCULAR, VIAS LACRIMAIS E ÓRBITACIRURGIA PLÁSTICA OCULAR, VIAS LACRIMAIS E ÓRBITACIRURGIA PLÁSTICA OCULAR, VIAS LACRIMAIS E ÓRBITACIRURGIA PLÁSTICA OCULAR, VIAS LACRIMAIS E ÓRBITACIRURGIA PLÁSTICA OCULAR, VIAS LACRIMAIS E ÓRBITALocal:Local:Local:Local:Local: Salão Nobre da Faculdade de Medicina de BotucatuHorárioHorárioHorárioHorárioHorário: 8 horas

1616161616///// 0505050505/200/200/200/200/20099999 - - - - - S IMPÓSIOSIMPÓSIOSIMPÓSIOSIMPÓSIOSIMPÓSIO2º SIMPÓSIO DE NUTRIÇÃO EM NEFROLOGIA2º SIMPÓSIO DE NUTRIÇÃO EM NEFROLOGIA2º SIMPÓSIO DE NUTRIÇÃO EM NEFROLOGIA2º SIMPÓSIO DE NUTRIÇÃO EM NEFROLOGIA2º SIMPÓSIO DE NUTRIÇÃO EM NEFROLOGIALocal:Local:Local:Local:Local: Anfiteatro da Patologia da FMBHorárioHorárioHorárioHorárioHorário: 7h30

2525252525///// 0505050505/200/200/200/200/20099999 - - - - - DEFESA DE TESEDEFESA DE TESEDEFESA DE TESEDEFESA DE TESEDEFESA DE TESEANDREIA FRESNEDANDREIA FRESNEDANDREIA FRESNEDANDREIA FRESNEDANDREIA FRESNEDA GASPA GASPA GASPA GASPA GASPARARARARAREFEITOS DA EXPOSIÇÃO PERINATAL AO CHUMBO SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL E AEFEITOS DA EXPOSIÇÃO PERINATAL AO CHUMBO SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL E AEFEITOS DA EXPOSIÇÃO PERINATAL AO CHUMBO SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL E AEFEITOS DA EXPOSIÇÃO PERINATAL AO CHUMBO SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL E AEFEITOS DA EXPOSIÇÃO PERINATAL AO CHUMBO SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL E AREAREAREAREAREATIVIDTIVIDTIVIDTIVIDTIVIDADE VADE VADE VADE VADE VASCULAR DE RAASCULAR DE RAASCULAR DE RAASCULAR DE RAASCULAR DE RATOS RECÉM-DESMAMADOS E ADULTOS RECÉM-DESMAMADOS E ADULTOS RECÉM-DESMAMADOS E ADULTOS RECÉM-DESMAMADOS E ADULTOS RECÉM-DESMAMADOS E ADULTOS, TRATOS, TRATOS, TRATOS, TRATOS, TRATTTTTADOS OUADOS OUADOS OUADOS OUADOS OUNÃO COM DMSANÃO COM DMSANÃO COM DMSANÃO COM DMSANÃO COM DMSA, L, L, L, L, L-ARGININA E/OU ENALAPRIL-ARGININA E/OU ENALAPRIL-ARGININA E/OU ENALAPRIL-ARGININA E/OU ENALAPRIL-ARGININA E/OU ENALAPRILLocal:Local:Local:Local:Local: Salão Nobre da FM de Botucatu - UNESPHorárioHorárioHorárioHorárioHorário: 14 horas

2525252525///// 0505050505/200/200/200/200/20099999 - - - - - DISSERTAÇÃO DE MESTRADODISSERTAÇÃO DE MESTRADODISSERTAÇÃO DE MESTRADODISSERTAÇÃO DE MESTRADODISSERTAÇÃO DE MESTRADOMÁRCIA CAMARGO PMÁRCIA CAMARGO PMÁRCIA CAMARGO PMÁRCIA CAMARGO PMÁRCIA CAMARGO P. C. F. C. F. C. F. C. F. C. F. VASQUES. VASQUES. VASQUES. VASQUES. VASQUESA ARTETERAPIA COMO INSTRUMENTO DE PROMOÇÃO HUMANA NAA ARTETERAPIA COMO INSTRUMENTO DE PROMOÇÃO HUMANA NAA ARTETERAPIA COMO INSTRUMENTO DE PROMOÇÃO HUMANA NAA ARTETERAPIA COMO INSTRUMENTO DE PROMOÇÃO HUMANA NAA ARTETERAPIA COMO INSTRUMENTO DE PROMOÇÃO HUMANA NASAÚDE MENTAL: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E ESTUDO DE CASOSAÚDE MENTAL: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E ESTUDO DE CASOSAÚDE MENTAL: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E ESTUDO DE CASOSAÚDE MENTAL: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E ESTUDO DE CASOSAÚDE MENTAL: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E ESTUDO DE CASOLocal:Local:Local:Local:Local: Anfiteatro do Departamento de Saúde Pública da FMBHorárioHorárioHorárioHorárioHorário: 14 horas

2525252525///// 0505050505/200/200/200/200/20099999 - - - - - DISSERTAÇÃO DE MESTRADODISSERTAÇÃO DE MESTRADODISSERTAÇÃO DE MESTRADODISSERTAÇÃO DE MESTRADODISSERTAÇÃO DE MESTRADOSCHEILLA MARIA FSCHEILLA MARIA FSCHEILLA MARIA FSCHEILLA MARIA FSCHEILLA MARIA F. COST. COST. COST. COST. COSTAAAAAO TRABALHO COM GRUPOS NO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA NAO TRABALHO COM GRUPOS NO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA NAO TRABALHO COM GRUPOS NO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA NAO TRABALHO COM GRUPOS NO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA NAO TRABALHO COM GRUPOS NO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA NAPERCEPÇÃO DOS PACIENTES PARTICIPPERCEPÇÃO DOS PACIENTES PARTICIPPERCEPÇÃO DOS PACIENTES PARTICIPPERCEPÇÃO DOS PACIENTES PARTICIPPERCEPÇÃO DOS PACIENTES PARTICIPANTES: CRIANDOANTES: CRIANDOANTES: CRIANDOANTES: CRIANDOANTES: CRIANDOREDES DE AJUDA E CONSTRUINDO CIDADANIAREDES DE AJUDA E CONSTRUINDO CIDADANIAREDES DE AJUDA E CONSTRUINDO CIDADANIAREDES DE AJUDA E CONSTRUINDO CIDADANIAREDES DE AJUDA E CONSTRUINDO CIDADANIALocal:Local:Local:Local:Local: Anfiteatro do Departamento de Saúde Pública da FMBHorárioHorárioHorárioHorárioHorário: 9h30

2626262626///// 0505050505/200/200/200/200/20099999 - - - - - DEFESA DE TESEDEFESA DE TESEDEFESA DE TESEDEFESA DE TESEDEFESA DE TESEFLÁVIA CILENE MACIEL DFLÁVIA CILENE MACIEL DFLÁVIA CILENE MACIEL DFLÁVIA CILENE MACIEL DFLÁVIA CILENE MACIEL DA CRUZ ALA CRUZ ALA CRUZ ALA CRUZ ALA CRUZ ALVESVESVESVESVESALALALALALTERAÇÕES EPIGENÉTICAS EM ADENOCARCINOMAS DE PRÓSTTERAÇÕES EPIGENÉTICAS EM ADENOCARCINOMAS DE PRÓSTTERAÇÕES EPIGENÉTICAS EM ADENOCARCINOMAS DE PRÓSTTERAÇÕES EPIGENÉTICAS EM ADENOCARCINOMAS DE PRÓSTTERAÇÕES EPIGENÉTICAS EM ADENOCARCINOMAS DE PRÓSTAAAAATTTTTAAAAALocal:Local:Local:Local:Local: Sala de Reuniões do Depto. de PatologiaHorárioHorárioHorárioHorárioHorário: 9 horas

2626262626///// 0505050505/200/200/200/200/20099999 - - - - - DEFESA DE TESEDEFESA DE TESEDEFESA DE TESEDEFESA DE TESEDEFESA DE TESEJOELMA GONÇALJOELMA GONÇALJOELMA GONÇALJOELMA GONÇALJOELMA GONÇALVES MARTINVES MARTINVES MARTINVES MARTINVES MARTININTERLEUCINA 12, PROCALCITONINA E PROTEÍNA C -INTERLEUCINA 12, PROCALCITONINA E PROTEÍNA C -INTERLEUCINA 12, PROCALCITONINA E PROTEÍNA C -INTERLEUCINA 12, PROCALCITONINA E PROTEÍNA C -INTERLEUCINA 12, PROCALCITONINA E PROTEÍNA C -REATIVA EM CRIANÇAS COM SEPSE E CHOQUE SÉPTICOREATIVA EM CRIANÇAS COM SEPSE E CHOQUE SÉPTICOREATIVA EM CRIANÇAS COM SEPSE E CHOQUE SÉPTICOREATIVA EM CRIANÇAS COM SEPSE E CHOQUE SÉPTICOREATIVA EM CRIANÇAS COM SEPSE E CHOQUE SÉPTICOLocal:Local:Local:Local:Local: Salão Nobre da FM de Botucatu - UNESPHorárioHorárioHorárioHorárioHorário: 9 horas

2626262626///// 0505050505/200/200/200/200/20099999 - - - - - DISSERTAÇÃO DE MESTRADODISSERTAÇÃO DE MESTRADODISSERTAÇÃO DE MESTRADODISSERTAÇÃO DE MESTRADODISSERTAÇÃO DE MESTRADOCAMILA CESAR WINCKLER DIAZ BAPTISTACAMILA CESAR WINCKLER DIAZ BAPTISTACAMILA CESAR WINCKLER DIAZ BAPTISTACAMILA CESAR WINCKLER DIAZ BAPTISTACAMILA CESAR WINCKLER DIAZ BAPTISTAPERFIL DE UTILIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE SÁUDE, NO MUNICIPIOPERFIL DE UTILIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE SÁUDE, NO MUNICIPIOPERFIL DE UTILIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE SÁUDE, NO MUNICIPIOPERFIL DE UTILIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE SÁUDE, NO MUNICIPIOPERFIL DE UTILIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE SÁUDE, NO MUNICIPIODE BOTUCATU - SP - 2001-2002.DE BOTUCATU - SP - 2001-2002.DE BOTUCATU - SP - 2001-2002.DE BOTUCATU - SP - 2001-2002.DE BOTUCATU - SP - 2001-2002.Local:Local:Local:Local:Local: Anfiteatro do Departamento de Saúde PúblicaHorárioHorárioHorárioHorárioHorário: 14 horas

2929292929///// 0505050505/200/200/200/200/20099999 - - - - - DEFESA DE TESEDEFESA DE TESEDEFESA DE TESEDEFESA DE TESEDEFESA DE TESEADRIANA POLACHINI DO VALLEADRIANA POLACHINI DO VALLEADRIANA POLACHINI DO VALLEADRIANA POLACHINI DO VALLEADRIANA POLACHINI DO VALLECOMPORTAMENTO DOS NÍVEIS PLASMÁTICOS DO PEPTÍDEO NATRIURÉ-COMPORTAMENTO DOS NÍVEIS PLASMÁTICOS DO PEPTÍDEO NATRIURÉ-COMPORTAMENTO DOS NÍVEIS PLASMÁTICOS DO PEPTÍDEO NATRIURÉ-COMPORTAMENTO DOS NÍVEIS PLASMÁTICOS DO PEPTÍDEO NATRIURÉ-COMPORTAMENTO DOS NÍVEIS PLASMÁTICOS DO PEPTÍDEO NATRIURÉ-TICO TIPO-B EM IDOSOS COM FUNÇÃOTICO TIPO-B EM IDOSOS COM FUNÇÃOTICO TIPO-B EM IDOSOS COM FUNÇÃOTICO TIPO-B EM IDOSOS COM FUNÇÃOTICO TIPO-B EM IDOSOS COM FUNÇÃOSISTÓLICA DO VENTRÍCULO ESQUERDO PRESERVADASISTÓLICA DO VENTRÍCULO ESQUERDO PRESERVADASISTÓLICA DO VENTRÍCULO ESQUERDO PRESERVADASISTÓLICA DO VENTRÍCULO ESQUERDO PRESERVADASISTÓLICA DO VENTRÍCULO ESQUERDO PRESERVADALocal:Local:Local:Local:Local: Salão Nobre da FM de Botucatu - UNESPHorárioHorárioHorárioHorárioHorário: 14h00

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0202020202///// 0606060606/200/200/200/200/20099999 - - - - - CURSOCURSOCURSOCURSOCURSOCURSO DE ATUALIZAÇÃO EM REUMATOLOGIACURSO DE ATUALIZAÇÃO EM REUMATOLOGIACURSO DE ATUALIZAÇÃO EM REUMATOLOGIACURSO DE ATUALIZAÇÃO EM REUMATOLOGIACURSO DE ATUALIZAÇÃO EM REUMATOLOGIALocal:Local:Local:Local:Local: Salão Nobre da Faculdade de MedicinaHorárioHorárioHorárioHorárioHorário: não divulgado

0202020202/////0606060606 /200/200/200/200/20099999 - - - - - EVENTOEVENTOEVENTOEVENTOEVENTOIV CONGRESSO DAS LIGAS ACADÊMICASIV CONGRESSO DAS LIGAS ACADÊMICASIV CONGRESSO DAS LIGAS ACADÊMICASIV CONGRESSO DAS LIGAS ACADÊMICASIV CONGRESSO DAS LIGAS ACADÊMICASLocal:Local:Local:Local:Local: Salão Nobre da Faculdade de MedicinaHorárioHorárioHorárioHorárioHorário: 19 horas

Informações detalhadas no site wwwInformações detalhadas no site wwwInformações detalhadas no site wwwInformações detalhadas no site wwwInformações detalhadas no site www.fmb.unesp.br.fmb.unesp.br.fmb.unesp.br.fmb.unesp.br.fmb.unesp.br

agenda agenda agenda agenda agenda FMBFMBFMBFMBFMB

Em visita a Botucatu dia 17 deabril, o governador do Estado deSão Paulo, José Serra (PSDB) anun-ciou que está autorizada a constru-ção de um AME (Ambulatório Médi-co de Especialidades) na cidade,para 2010; além de um Centro deReabilitação Física; o Hospital Ge-ral Secundário; a nova UTI (Unida-de de Terapia Intensiva) para o Pron-tossocorro do Hospital das Clínicas(HC) – com 12 leitos - além de equi-pamentos de urgência e emergên-cia. Serra enfatizou a importância daparceria do Estado com a Faculda-de de Medicina de Botucatu/Unesp(FMB) e seu HC.

Para o Hospital Geral, que seráconstruído na área onde localiza-se o Hospital Estadual Cantídio deMoura Campos, deverão ser des-tinados R$ 10 milhões. O novo hos-pital, com capacidade para 60 lei-tos, deve ser destinado a casos demédia complexidade como proce-dimentos cirúrgicos simples e par-tos. A expectativa é atender 6 milpessoas, em média, anualmente.A administração da unidade seráda FMB/Unesp e a assistência aousuário será em sistema de con-cordância entre o Hospital das Clí-nicas e a nova unidade de saúde.

Conforme explica prof. SérgioMüller, diretor da FMB/Unesp, a ins-talação desta nova unidade de saú-de tende a suprir uma carência regi-onal no atendimento a casos de mé-dia complexidade. Com isto, a ex-pectativa é desafogar o fluxo deatendimentos no Hospital das Clíni-cas. Somente em 2007 o HC conta-bilizou um número superior a 100mil procedimentos.

“Este Hospital Geral deverá ofe-recer o atendimento secundário àpopulação na região, algo que não

existia de forma adequada em Bo-tucatu. Vamos poder direcionar osatendimentos do HC a casos maiscomplexos”, declara.

Centro de Reabilitação -Centro de Reabilitação -Centro de Reabilitação -Centro de Reabilitação -Centro de Reabilitação - OCentro de Reabilitação Física faráparte da Rede Luci Montoro. “Fizapenas uma exigência: que o pro-jeto do centro contenha uma secre-taria ou departamento para cuidardos portadores de necessidades es-peciais. Não adianta apenas termosvários hospitais, precisamos cons-cientizar a sociedade”, declarou o

governador.A unidade, que será administra-

da pelo Hospital das Clínicas, esta-rá focada no atendimento a pacien-tes com problemas motoros, visuaise auditivos, deverá receber pacien-tes da região. O DRS 6 (Departamen-to Regional de Saúde) – Região deBauru realizará um levantamentopara identificar qual é a demandade pessoas com deficiências moto-ras, visuais ou auditivas na região.Paralelamente, o HC também faráessa pesquisa.

Governador discursa entre autoridades regionais quando autorizou serviços em saúdeGovernador discursa entre autoridades regionais quando autorizou serviços em saúdeGovernador discursa entre autoridades regionais quando autorizou serviços em saúdeGovernador discursa entre autoridades regionais quando autorizou serviços em saúdeGovernador discursa entre autoridades regionais quando autorizou serviços em saúde

AME -AME -AME -AME -AME - Sobre o AmbulatórioMédico de Especialidades, Serradisse estar bastante satisfeito comos resultados obtidos nas unida-des já instaladas, como é o casode Votuporanga, por exemplo. “OAME vai resolver o sistema de saú-de do Estado”, colocou. A FMB/Unesp será a gestora do futuroambulatório. Em Botucatu, o inves-timento para o AME deve ser deR$ 4 milhões entre construção eaquisição de equipamentos.

A parceria é reforçada pelo su-perintendente do HC, prof. AntônioRugolo Júnior. “Pretendemos que oAME seja parceiro na assistência.Além de dividir a alta complexidadeo Hospital das Clínicas pode ser re-ferência na complementação paraesse ambulatório”, declarou.

Os AMEs são unidades de altaresolutividade para uma determi-nada região, com modernos equi-pamentos, como eletrocardiogra-ma, teste ergométrico, raio-x, ultra-som, mamografia, densitometriaóssea e eletroneuromiografia, en-tre outros. O paciente passará porconsulta e exames no mesmo dia,podendo, se necessário, ser enca-minhado para tratamento especi-alizado na mesma data.

No início da manhã do dia 16 deabril, os corredores do Centro deSaúde Escola (CSE) estavam lota-dos de pessoas. A maioria estavainteressada em passar por examesna Campanha Nacional da Voz, pro-movida em Botucatu pela Disciplinade Otorrinolaringologia da Faculda-de de Medicina de Botucatu/Unesp.

Aproximadamente meia horaapós o início dos trabalhos, 40 se-nhas já haviam sido distribuídas. Nototal, 180 pessoas foram atendidas.Os interessados passavam, primei-ramente, por uma sala onde a voz

Campanha da VCampanha da VCampanha da VCampanha da VCampanha da Voz oz oz oz oz atende 180 pessoasatende 180 pessoasatende 180 pessoasatende 180 pessoasatende 180 pessoasCCCCCOMUNIDADEOMUNIDADEOMUNIDADEOMUNIDADEOMUNIDADE

era gravada através de um progra-ma de computador capaz de oferecerum diagnóstico detalhado das condi-ções das cordas vocais. Em seguida,passavam pelo exame médico e antesde irem embora recebiam orientaçõesfonoaudiológicas, além de assistirema um vídeo educativo sobre o tema.

A professora do ensino funda-mental Doraci Pompiani Panhozzi(64), que há quatro décadas utiliza avoz como instrumento de trabalho,participou da campanha com intuitopreventivo. É o terceiro ano que elapassa pelo exame com a equipe da

Exames paraExames paraExames paraExames paraExames paraa populaçãoa populaçãoa populaçãoa populaçãoa população

foram realizadosforam realizadosforam realizadosforam realizadosforam realizadosgratuitamentegratuitamentegratuitamentegratuitamentegratuitamente

FMB/Unesp. “Eu já tive um calo nascordas vocais uma vez, mas não eranada grave, nem precisou de tra-tamento. Mas de qualquer formavenho sempre para prevenir, poisuso muito a voz”, afirma.

Doraci lembra que antes de co-nhecer a Campanha da Voz, não sa-bia sobre os cuidados que deveriatomar para não desgastar suas cor-das vocais. “Hoje tomo bastante águadurante as aulas, procuro falar baixoe menos”, destaca.

Será realizado entre 18 e 20 dejunho de 2009 o 10º Curso Conti-nuado de Videocirurgia e 3º CursoAvançado em Videocirurgia do Fí-gado, promovido pela Faculdade deMedicina de Botucatu/Unesp e or-ganizado por docentes do Departa-mento de Cirurgia e Ortopedia dadisciplina de Cirurgia geral.

O curso será Teórico – Prático eterá módulos de Vesícula Biliar, Hér-nia Hiatal e Fígado. Nos dias 19 e

Departamento de Cirurgia e OrtopediaDepartamento de Cirurgia e OrtopediaDepartamento de Cirurgia e OrtopediaDepartamento de Cirurgia e OrtopediaDepartamento de Cirurgia e Ortopediaoferece curso de videocirurgiaoferece curso de videocirurgiaoferece curso de videocirurgiaoferece curso de videocirurgiaoferece curso de videocirurgia

IIIIIMPMPMPMPMPACTOACTOACTOACTOACTO

20, os alunos deverão participar detreinamentos no laboratório de ci-rurgia experimental da faculdade,com a utilização de animais (suí-nos).

Mais informações poderão serobtidas na Sociedade para o De-senvolvimento da Videocirurgia, emBotucatu, pelos fones (14) 38142434, ou pelo e-mail videobotuca-tu @bol. com.br. O site do curso é owww. videocirurgia. fmb.unesp. br.

CCCCCÂMPUSÂMPUSÂMPUSÂMPUSÂMPUS

GAC melhoraGAC melhoraGAC melhoraGAC melhoraGAC melhorafrota e comprafrota e comprafrota e comprafrota e comprafrota e compra

novo ônibusnovo ônibusnovo ônibusnovo ônibusnovo ônibusO GAC (Grupo Administra-

tivo do Campus) da Unesp deBotucatu investiu recentemen-te na melhoria de sua frota deônibus. Atualmente, são qua-tro modelos convencionais etrês micro-ônibus a disposiçãodos alunos, docentes e servi-dores técnico-administrativos.Há algumas semanas foi ad-quirido o mais novo, tamanhonormal, com 36 lugares.

O supervisor da Seção deTransportes, Marcos Tamelini, ex-plica que devido a constante de-manda de viagens, era necessá-rio proporcionar mais conforto aosusuários.As viagens geralmentesão realizadas com destino a con-gressos, compromissos convoca-dos pela Reitoria ou até mesmoaulas práticas em outras cidades.São, em média, 100 deslocamen-tos por mês.

Além do veículo que foi com-prado, foram reformados um dosmicro-ônibus e um outro carroconvencional de 44 lugares. Es-tes, ainda estão na oficina. Nototal foram investidos R$ 430 mil.

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ABRIL 2009ABRIL 2009ABRIL 2009ABRIL 2009ABRIL 2009

HHHHHOSPITALOSPITALOSPITALOSPITALOSPITAL DASDASDASDASDAS C C C C CLÍNICASLÍNICASLÍNICASLÍNICASLÍNICAS

Reitor:Reitor:Reitor:Reitor:Reitor: Herman Jacobus Cornelis VoorwaldVice-reitor:Vice-reitor:Vice-reitor:Vice-reitor:Vice-reitor: Julio Cezar Durigan

Faculdade de Medicina de BotucatuFaculdade de Medicina de BotucatuFaculdade de Medicina de BotucatuFaculdade de Medicina de BotucatuFaculdade de Medicina de Botucatu(www.fmb.unesp.br)

Diretor:Diretor:Diretor:Diretor:Diretor: Sérgio Swain MüllerVice-diretora:Vice-diretora:Vice-diretora:Vice-diretora:Vice-diretora: Silvana Artioli Schellini

Superintendente do HCSuperintendente do HCSuperintendente do HCSuperintendente do HCSuperintendente do HC: Antonio Rugolo JuniorVice-superintendente:Vice-superintendente:Vice-superintendente:Vice-superintendente:Vice-superintendente: Celso Vieira de Sousa Leite

Presidente da Famesp: Presidente da Famesp: Presidente da Famesp: Presidente da Famesp: Presidente da Famesp: Pasqual BarrettiVice-presidente:Vice-presidente:Vice-presidente:Vice-presidente:Vice-presidente: Shoiti Kobayasi

O Jornal FMBJornal FMBJornal FMBJornal FMBJornal FMB é uma publicação mensal dirigida ao público interno da Faculdadede Medicina de Botucatu/Unesp e das fundações, unidades médico-hospitalares e de

pesquisas a ela vinculadas. Sugestões, comentários e colaborações devem serencaminhadas à Assessoria de Comunicação e Imprensa da FMB/Unesp

pelo endereço [email protected].

Assessoria de Comunicação e Imprensa- Leandro Rocha (MTB-50357)Reportagens: Flávio Fogueral (MTB- 34927) e Leandro Rocha (MTB-50357)Fotografia: Flávio Fogueral, Leandro Rocha, Fotografia AG e Arquivo ACI/FMB

Diagramação: Flávio Fogueral

Pré-impressão e Impressão:Diagrama – Comunicação, Gráfica e Editora

Rua Curuzu 205A – Fone (14) 3815-5339 - Botucatu (SP)

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

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Profª Mariângela Marques assumeProfª Mariângela Marques assumeProfª Mariângela Marques assumeProfª Mariângela Marques assumeProfª Mariângela Marques assumechefia do Departamento de Pchefia do Departamento de Pchefia do Departamento de Pchefia do Departamento de Pchefia do Departamento de Patologiaatologiaatologiaatologiaatologia

O Departamento de Pato-logia da Faculdade de Medi-c ina de Botucatu/Unesp(FMB) conta, desde o dia 6de abril, com nova chefia. Aprofessora Mariângela EstherAlencar Marques assume omandato de dois anos à fren-te do setor e tem como vice,Maria Aparecida MarchesonRodrigues Kobayasi.

A docente subst i tui osprofessores Júlio Defaveri eMaria Aparecida CustódioDomingues no comando deum dos departamentos maisantigos e representativos daFMB. A sonelidade de trans-missão de cargo ocorreu nasala de reuniões do depar-tamento, com a presença dodiretor da faculdade, prof.Sérgio Swain Muller.

Profª Mariângela ressaltaque a consolidação do depar-tamento, aprimoramento eatualização de docentes e fun-cionários devem ser alguns

dos pontos a serem trabalha-dos com ênfase em sua ges-tão. “Os avanços na área dapatologia, nos últimos anos,foram significativos. Nossameta é incorporar o conheci-mento, amenizar a carênciade pessoal e atualizar os co-laboradores e equipamentospara a melhoria de nossa atu-

ação dentro da faculdade”,declarou a chefe.

Atualmente, o departamen-to conta com 11 docentes eoferece, além de disciplinasde graduação ligadas à áreade Patologia, programas deresidência médica, aprimora-mento profissional e pós-gra-duação.

Com 153 votos (55%) a cha-pa composta pelos médicos An-dré Luís Balbi, nefrologista do De-partamento de Clínica Médica eMarcone Lima Sobreira, do Ser-viço de Cirurgia Vascular, venceua eleição para a Direção Clínicado Hospital das Clínicas (HC) daFaculdade de Medicina de Bo-tucatu. A apuração foi realizadadia 24 de abril.

Os concorrentes ao mesmocargo, professores Celso Viei-ra Souza Leite, atual vice-supe-rintendente do HC e José Sou-za Trindade Filho, conquista-ram 113 votos (40,6%). Do to-tal de 278 votos, houve seisbrancos e seis nulos.

A comissão eleitoral queacompanhou a votação foicomposta pelos médicos Ma-ria Regina Bentlin, Regina He-lena Garcia Martins, Norma Su-eli Pinheiro Módolo e José Car-los Cristhovan.

Balbi e Sobreira, diretor clí-nico e vice, respectivamente,ocuparão as funções que hojesão ocupadas pelos médicosSumaia Inaty Smaira e José Car-los Christovan. A chapa eleitaassume o mandato pelo perío-do de dois anos (2009/2011) a

DrDrDrDrDr. André Balbi será o. André Balbi será o. André Balbi será o. André Balbi será o. André Balbi será onovo diretor clínico do HCnovo diretor clínico do HCnovo diretor clínico do HCnovo diretor clínico do HCnovo diretor clínico do HC

DDDDDIREÇÃOIREÇÃOIREÇÃOIREÇÃOIREÇÃO

partir do dia 9 junho.Prof. Balbi ressalta que sua

gestão deve centrar-se na partici-pação do corpo clínico e adoçãodo método gerencial de adminis-tração com foco na prevenção dosproblemas que um hospital doporte do HC enfrenta. “Essa elei-ção expressou a renovação de qua-dros. A ideia é termos uma ges-tão com foco no gerenciamentoe prevenção de problemas. Tam-bém focaremos a participação docorpo clínico através de comis-sões, trabalhos e principalmente,no contato direto com a direção”,declara.

DrDrDrDrDr. Balbi assume mandato. Balbi assume mandato. Balbi assume mandato. Balbi assume mandato. Balbi assume mandatopara o biênio 2009/11para o biênio 2009/11para o biênio 2009/11para o biênio 2009/11para o biênio 2009/11

A chapa do professor EmílioCurcelli e da professora Irma deGodoy, que se apresentou para adisputa pela Superintendência doHospital das Clínicas (HC) da Fa-culdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) recebeu apoio damaioria dos votantes. A consulta foifeita aos três segmentos que com-põem o complexo FMB/HC: do-centes, alunos e servidores técni-co-administrativos.

Dos 289 docentes, 201 opina-ram e 168 se manifestaram favorá-veis a única chapa inscrita - 83,5%(foram 14 votos brancos e 19 nu-los). Entre os servidores técnico-ad-ministrativos, dos 1.425, 447 parti-ciparam da consulta e 417 apoia-ram a chapa do professor Emílio- 93,2% (19 brancos e 11 nulos).Já em relação aos alunos, de 872,80 compareceram ao processoeleitoral e 74 aprovaram os pos-tulantes à comandar a Superinten-dência - 92,5% (foram três votosbrancos e três nulos).

Os pesos são divididos da se-guinte maneira: docentes - 70%; ser-vidores técnicos e administrativose alunos - 15%. Tiveram direito avoto os docentes, pesquisadorese professores substitutos; todos osservidores; alunos do 3º ao 6º ano

Chapa do profChapa do profChapa do profChapa do profChapa do prof. Emílio Curcelli tem. Emílio Curcelli tem. Emílio Curcelli tem. Emílio Curcelli tem. Emílio Curcelli tem46% de aprovação em consulta46% de aprovação em consulta46% de aprovação em consulta46% de aprovação em consulta46% de aprovação em consulta

Consulta ratificou nome de Curcelli para superintendênciaConsulta ratificou nome de Curcelli para superintendênciaConsulta ratificou nome de Curcelli para superintendênciaConsulta ratificou nome de Curcelli para superintendênciaConsulta ratificou nome de Curcelli para superintendência

no caso do curso de Medicina edo 2º ao 4º para os alunos de En-fermagem. Os médicos tambémparticiparam da consulta.

Essa decisão precisa ser homo-

logada pela Congregação da Fa-culdade de Medicina em sessãoque será realizada dia 8 de maio.Os novos superintendente e vice as-sumem dia 9 de junho de 2009.

Prof. Prof. Prof. Prof. Prof. Willian Willian Willian Willian Willian Saad recebeSaad recebeSaad recebeSaad recebeSaad recebeTítulo DrTítulo DrTítulo DrTítulo DrTítulo Dr. Honoris Causa da 1ª. Honoris Causa da 1ª. Honoris Causa da 1ª. Honoris Causa da 1ª. Honoris Causa da 1ª

FFFFFaculdade de Medicina do Brasilaculdade de Medicina do Brasilaculdade de Medicina do Brasilaculdade de Medicina do Brasilaculdade de Medicina do BrasilDia 30 de março provavelmen-

te entrou para a lista dos mais es-peciais da vida do professor emé-rito da Faculdade de Medicina deBotucatu/Unesp, William SaadHossne (82). Ele receberá, em Sal-vador (BA), como parte das come-morações ao bicentenário da ins-tituição, o Título Doutor HonorisCausa, oferecido pela Universida-de Federal da Bahia através de suaFaculdade de Medicina, que foi aprimeira do Brasil, fundada em1808 pelo príncipe regente D. JoãoVI. Em dois séculos de existência,apenas três pessoas receberam otítulo, sendo que Saad foi o primei-ro brasileiro a ter esta honraria.

Professor Saad também foihomenageado dia 25 de março,no Club Homs, em São Paulo,junto com outros cinco profissio-nais reconhecidos pelo desem-

penho de excelência em suasrespectivas áreas.

Professor Saad, que é presi-dente do Núcleo de Bioética Médi-ca em Situação Clínica e da Comis-são de Ética da Unesp foi lembradopor seus trabalhos e estudos nestaárea, que têm abrangência nacio-nal. Graduado em Medicina pelaUSP (1951), é professor Titular deCirurgia da FMB, atualmente pro-fessor emérito, coordenador doCurso de Pós Graduação Mestradoem Bioética do Centro Universitá-rio São Camilo. Tem experiência naárea de Medicina, com ênfase emCirurgia Gastroenterologia. Coor-denou a elaboração das Resolu-ções sobre Ética na Pesquisa. FoiCoordenador da Comissão Nacio-nal de Etica em Pesquisa - CONEPde 1996 a 2007. Atualmente atuano Campo da Bioética.

HHHHHOMENAGEMOMENAGEMOMENAGEMOMENAGEMOMENAGEM

Prof. Saad (ao centro) com os demais homenageadosProf. Saad (ao centro) com os demais homenageadosProf. Saad (ao centro) com os demais homenageadosProf. Saad (ao centro) com os demais homenageadosProf. Saad (ao centro) com os demais homenageados

Prof. Sérgio Müller (ao centro) recebe nova chefia do Departa-Prof. Sérgio Müller (ao centro) recebe nova chefia do Departa-Prof. Sérgio Müller (ao centro) recebe nova chefia do Departa-Prof. Sérgio Müller (ao centro) recebe nova chefia do Departa-Prof. Sérgio Müller (ao centro) recebe nova chefia do Departa-mento juntamente com professor Júlio Defaveri (à esq)mento juntamente com professor Júlio Defaveri (à esq)mento juntamente com professor Júlio Defaveri (à esq)mento juntamente com professor Júlio Defaveri (à esq)mento juntamente com professor Júlio Defaveri (à esq)

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ABRIL 2009ABRIL 2009ABRIL 2009ABRIL 2009ABRIL 2009

FMB 46 AFMB 46 AFMB 46 AFMB 46 AFMB 46 ANOSNOSNOSNOSNOS

Homenagens à 2ª turma e novos eméritosHomenagens à 2ª turma e novos eméritosHomenagens à 2ª turma e novos eméritosHomenagens à 2ª turma e novos eméritosHomenagens à 2ª turma e novos eméritosmarcam celebração dos 46 anos da FMB/Unespmarcam celebração dos 46 anos da FMB/Unespmarcam celebração dos 46 anos da FMB/Unespmarcam celebração dos 46 anos da FMB/Unespmarcam celebração dos 46 anos da FMB/Unesp

26 de abril de 1963. Nestadata, era instalada, sob a direçãodo prof. João Alves Meira, comassessoria e coordenação do prof.Mário Rubens Guimarães Monte-negro, a Faculdade de CiênciasMédicas e Biológicas de Botuca-tu (FCMBB), onde a Faculdade deMedicina de Botucatu era parte in-tegrante. A aula inaugural foi pro-ferida pelo professor Nicanor Let-ti, com o título: “Tendências Atu-ais do Ensino de Anatomia”.

24 de abril de 2009. A FMB,integrante da Unesp (Universi-dade Estadual Paulista “Júlio deMesquita Filho”), celebrou seus46 anos de criação em sessãosolene marcada por homena-gens à segunda turma de médi-cos formados pela instituição ea entrega do título de professoremérito a duas personalidadesmarcantes de sua história: Ar-thur Roquete de Macedo e Au-gusto Cezar Montelli.

O evento, marcado por reunirmédicos formados da 2ª turma daFCMBB, contou com a presençade membros da Congregação, fa-miliares dos homenageados, dadireção da FMB/Unesp, da supe-rintendência do Hospital das Clí-nicas e autoridades políticas,como o deputado estadual e do-cente da faculdade, Milton Flávio(PSDB), do prefeito de Botucatu,João Cury e o presidente da Câ-mara Municipal, vereador Reinal-do Mendonça Moreira (PR). Ovice-reitor Júlio Cezar Durigan eas pró-reitoras de graduação epós-graduação, Sheila Zambellode Pinho e Marilza Vieira CunhaRudge, respectivamente, repre-sentaram a administração daUnesp na solenidade.

Representando a 2ª turma demedicina, o pediatra Dr. DomingosGabriel de Paula Beluci, focou seudiscurso no sentimento estudantil,da novidade do então novo curso eda faculdade que ainda se inicia-va, com suas dificuldades. “Essaspessoas que aqui estiveram parti-ciparam de uma história de amor,de quem adotou a cidade e a Fa-culdade de Medicina”, declarou.

Permearam, entre suas histó-rias, lembranças das repúblicas,a relação aluno/professor e dasdificuldades de se conseguir es-tudar em uma nova cidade paramuitos. Além disso, momentosda vida política, como a criaçãodo Centro Acadêmico Pirajá daSilva (CAPS) e das manifesta-ções estudantis na Operação An-darilho e durante o Regime Mili-tar (1964/1985) também foramlembrados pelo médico. “A vidaacadêmica, naquela época, foimarcada por nossos ideais”, res-saltou Dr. Beluci.

Na sequência, a professoraemérita Dinah Borges de Almei-da, homenageada de honra da2ª turma de médicos da FCMBBocupou a tribuna do salão no-bre para o pronunciamento emnome da turma.

Ao completar 46 anos,Ao completar 46 anos,Ao completar 46 anos,Ao completar 46 anos,Ao completar 46 anos,a FMB ratifica suaa FMB ratifica suaa FMB ratifica suaa FMB ratifica suaa FMB ratifica sua

excelência em ensino,excelência em ensino,excelência em ensino,excelência em ensino,excelência em ensino,pesquisa e extensãopesquisa e extensãopesquisa e extensãopesquisa e extensãopesquisa e extensão

Prof. Montelli recebe as samarras de professor eméritoProf. Montelli recebe as samarras de professor eméritoProf. Montelli recebe as samarras de professor eméritoProf. Montelli recebe as samarras de professor eméritoProf. Montelli recebe as samarras de professor emérito

ProfProfProfProfProfª Dinah foi homenageada pelos alunos da alunos da alunos da alunos da alunos da 22222ª turmaª turmaª turmaª turmaª turma

DrDrDrDrDr. Belusci relembrou momentos marcantes da 2. Belusci relembrou momentos marcantes da 2. Belusci relembrou momentos marcantes da 2. Belusci relembrou momentos marcantes da 2. Belusci relembrou momentos marcantes da 2ª turmaª turmaª turmaª turmaª turma

Grande público compareceu à sessão solene dos 46 anosGrande público compareceu à sessão solene dos 46 anosGrande público compareceu à sessão solene dos 46 anosGrande público compareceu à sessão solene dos 46 anosGrande público compareceu à sessão solene dos 46 anos

Represen-tante do De-partamento deClínica Médi-ca, o prof. Pau-lo José FortesVillas Boas fezum breve relato da vida acadêmi-ca de Augusto Cezar Montelli, quefoi titulado como novo professoremérito da FMB.

Após receber a samarra, prof.Montelli surpreendeu aos presen-tes e optou por não discursar. Agra-deceu a presença de todos e soli-citou a exibição de um vídeo, ondeeram exibidas imagens de sua tra-jetória em mais de 40 anos de vidaacadêmica intercaladas por depo-imentos gravados pelo agora pro-fessor emérito da FMB. Em umade suas declarações, Montelli afir-mou que ‘foram muitas as pesso-as que mereceram seu respeitoem mais de 70 anos de vida’. “Re-cebo com honra o título (de pro-fessor emérito) e estendo a mui-tas pessoas minha gratidão”, dis-se o docente.

César Tadeu Spadella, repre-sentando o Departamento de Ci-rurgia e Ortopedia, relatou toda a

trajetória do profes-sor, ex-diretor e rei-tor da Unesp entreos anos de 1993 a1997, Arthur Roque-te de Macedo. Emseguida, o novo

professor emérito da Faculdadede Medicina discursou com tomde agradecimento pela titulação.Segundo ele, sua vida acadêmi-ca e profissional tem fortes raízescom a FMB. “Fui aluno da 1ª turmade medicina da FCMBB, tornei-meprofessor, diretor e reitor da Unesp.Receber o título de professor emé-rito desta casa é o coroamento deuma carreira vinculada à Faculda-de de Medicina”, ressaltou. “Nãoaprendemos apenas medicina, masrespeito ao paciente, a ética”, con-cluiu, no discurso, prof. Arthur.

O diretor da Faculdade de Me-dicina de Botucatu, professor Dr.Sérgio Swain Müller, salientou du-rante sua fala aos convidados paraa cerimônia que os membros dasegunda turma da antiga FCMBBfizeram o possível e o impossívelpara que a instituição chegasse aser o que é hoje. “Estudar em Bo-tucatu hoje é um orgulho para

qualquer aluno. Temos formadomais que médicos, temos forma-do cidadãos com capacidade detransformar seu meio”, observou.

Müller apresentou númerosque comprovam a pujança daFMB atualmente. Entre outros da-dos, citou que nos últimos 46 anosa instituição já formou 3.644 médicos,377 enfermeiros e que de 1998 até osdias de hoje mais mulheres que ho-mens têm iniciado a graduação. Eletambém destacou que a Enfermagemestá entre os cursos mais procurados

da Unesp e essa demanda cresce acada ano.

O diretor da FMB ainda enfati-zou a importância dos projetos deextensão desenvolvidos pela insti-tuição, como é o caso, por exemplo,do Cursinho Desafio e ainda das uni-dades auxiliares, como o Centro deSaúde Escola (CSE). “São projetosverdadeiros de inclusão social”, dis-se Dr. Sérgio Müller, que ainda co-memorou o fato de a faculdade es-tar prestes a contar com uma sede ecentral de salas de aula próprias.

“Não aprendemos“Não aprendemos“Não aprendemos“Não aprendemos“Não aprendemosapenas medicina,apenas medicina,apenas medicina,apenas medicina,apenas medicina,

mas respeitomas respeitomas respeitomas respeitomas respeitoao paciente, a ética”ao paciente, a ética”ao paciente, a ética”ao paciente, a ética”ao paciente, a ética”

Prof. Spadella discursou sobre a carreira de Arthur MacedoProf. Spadella discursou sobre a carreira de Arthur MacedoProf. Spadella discursou sobre a carreira de Arthur MacedoProf. Spadella discursou sobre a carreira de Arthur MacedoProf. Spadella discursou sobre a carreira de Arthur MacedoProf. Villas Boas durante explanação sobre o prof. MontelliProf. Villas Boas durante explanação sobre o prof. MontelliProf. Villas Boas durante explanação sobre o prof. MontelliProf. Villas Boas durante explanação sobre o prof. MontelliProf. Villas Boas durante explanação sobre o prof. Montelli

Prof. Arthur Macedo, novo professor emérito da FMB/UnespProf. Arthur Macedo, novo professor emérito da FMB/UnespProf. Arthur Macedo, novo professor emérito da FMB/UnespProf. Arthur Macedo, novo professor emérito da FMB/UnespProf. Arthur Macedo, novo professor emérito da FMB/Unesp

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ABRIL 2009ABRIL 2009ABRIL 2009ABRIL 2009ABRIL 2009

HHHHHISTÓRIAISTÓRIAISTÓRIAISTÓRIAISTÓRIA

Aos 64 anos, o médico pedi-atra Domingos Gabriel de PaulaBelusci tem sua história vincula-da à Faculdade de Medicina deBotucatu/Unesp (FMB). Aluno for-mado pela 2ª turma de medicinada então Faculdade de CiênciasMédicas e Biológicas de Botuca-tu (FCMBB), em 1969, Dr. Beluscicontribuiu com a memória FMBao ceder documentos, fotografi-as e livros para a instituição.

A doação aconteceu no dia30 de março e o material foi re-cebido pela historiadora IsauraBretan, uma das organizadorasdo acervo histórico da diretoriada faculdade. Além de versõesdigitalizadas do livro “CoraçãoAberto”, de crônicas e poesiasescritas pelo médico, fotografiasde turma e eventos diversos. Tam-bém foram doados à FMB obje-tos pessoais como caneca e umacarteira com o registro oficial noConselho Regional de Medicina.

Para o médico, ceder algunsmateriais que guardou por maisde quatro décadas, contribui paramanter viva a história de uma dasinstituições de maior tradição nointerior paulista. “Tenho orgulho

ExExExExEx-aluno da 2ª turma doa-aluno da 2ª turma doa-aluno da 2ª turma doa-aluno da 2ª turma doa-aluno da 2ª turma doamateriais históricos à FMBmateriais históricos à FMBmateriais históricos à FMBmateriais históricos à FMBmateriais históricos à FMB

Médicos formados pela FCMBB no descerramento de placaMédicos formados pela FCMBB no descerramento de placaMédicos formados pela FCMBB no descerramento de placaMédicos formados pela FCMBB no descerramento de placaMédicos formados pela FCMBB no descerramento de placa

NNNNNOTAOTAOTAOTAOTA DADADADADA R R R R REDAÇÃOEDAÇÃOEDAÇÃOEDAÇÃOEDAÇÃONa matéria “Exposição e homenagens à 2ª turma na solenidade do 46º aniversá-rio”, publicada na edição especial do Jornal da FMB, onde se lê “O professorÁlvaro Oscar Campana, paraninfo daquela turma...”, por mudança na progra-mação, a oradora foi a professora emérita Dinah Borges de Almeida. Ainda notexto, “Prof. Carlos Tadeu Spadella, representando o Departamento de Cirurgiae Ortopedia...”, o correto é Prof. César Tadeu Spadella.

em contribuir para a consolida-ção do acervo da faculdade”,declarou.

Dr. Belusci ingressou na en-tão FCMBB, em 1964, aos 18anos. Depois de formado, o mé-dico atuou em cidades como Tim-buri, Echaporã, Avaré e Balneá-rio Camboriú, em Santa Catari-na. “Minha ligação com Botuca-tu e a própria Faculdade de Me-dicina começou muito antes deingressar em seu curso de gra-duação. Fui aluno do curso gi-nasial na cidade e de lá mantiveos primeiros contatos com a re-cém-criada FCMBB”, completou.

Ele relembrou de algumas situ-ações inusitadas de sua passagempor Botucatu. Com alguns amigosfoi o responsável pela criação daprimeira república estudantil domunicípio, a “Butantã- Solar dosCobras”, tendo como endereço ini-cial a Avenida Dom Lúcio, nº 610.O médico também recordou deuma excursão que organizou paravisitar a FCMBB. O ano era 1962 ea visita, segundo relata, não teve osucesso esperado já que a facul-dade entraria em funcionamentoefetivo um ano depois.

O vice-reitor da Unesp, Jú-lio Cezar Durigan, fez questãode destacar a importância dosserviços prestados pelos pro-fessores Augusto Cezar Mon-telli e Arthur Roquete de Ma-cedo à Faculdade de Medici-na de Botucatu/Unesp (FMB).Eles receberam o título de pro-fessores eméritos. Durigan re-presentou o reitor Herman Ja-cobus Cornelis Voorwald nasolenidade de comemoraçãoaos 46 anos de atividades aca-dêmicas da FMB.

“Jamais me esqueci daspalavras de meu pai, quandodizia que em Jaboticabal ha-via um grande mestre, que erao professor Montelli”, disse ovice-reitor. “Eu teria muito a di-zer sobre o professor Arthur,

Referência brasileira e inter-nacional em ensino, pesquisae extensão, a Faculdade deMedicina de Botucatu ofere-ce cursos de graduação emMedicina Humana e Enferma-gem, 36 programas de resi-dência médica, 53 de aprimo-ramento profissional, 8 depós-graduação e 2 de mestra-do profissionalizante. Na gra-duação, o curso de MedicinaHumana oferece 90 vagas e ode Enfermagem 30. Juntos

Sessão solene relativa aos 46 anos de atividades da Faculdade de Medicina reuniu autoridades e personagens marcantes na história da instituiçãoSessão solene relativa aos 46 anos de atividades da Faculdade de Medicina reuniu autoridades e personagens marcantes na história da instituiçãoSessão solene relativa aos 46 anos de atividades da Faculdade de Medicina reuniu autoridades e personagens marcantes na história da instituiçãoSessão solene relativa aos 46 anos de atividades da Faculdade de Medicina reuniu autoridades e personagens marcantes na história da instituiçãoSessão solene relativa aos 46 anos de atividades da Faculdade de Medicina reuniu autoridades e personagens marcantes na história da instituição

DDDDDEPOIMENTOEPOIMENTOEPOIMENTOEPOIMENTOEPOIMENTO

Vice-reitor ressalta sucesso daVice-reitor ressalta sucesso daVice-reitor ressalta sucesso daVice-reitor ressalta sucesso daVice-reitor ressalta sucesso datrajetória de professores eméritostrajetória de professores eméritostrajetória de professores eméritostrajetória de professores eméritostrajetória de professores eméritos

Durigan: “Durigan: “Durigan: “Durigan: “Durigan: “A instituição tem formado doutores com competência”A instituição tem formado doutores com competência”A instituição tem formado doutores com competência”A instituição tem formado doutores com competência”A instituição tem formado doutores com competência”

um administrador exemplar,arrojado, um ícone no contex-to do ensino público superi-or”, também citou ele.

Durigan também frisou que

a FMB alcançou reconheci-mento e prestígio tanto no Bra-sil como no exterior. “A institui-ção tem formado doutores comgrande competência”, avaliou.

FMB: excelência em ensino, pesquisa e extensãoFMB: excelência em ensino, pesquisa e extensãoFMB: excelência em ensino, pesquisa e extensãoFMB: excelência em ensino, pesquisa e extensãoFMB: excelência em ensino, pesquisa e extensãoreúnem 284 docentes e 1.475servidores.

Implantada em 1963 comoFaculdade de Ciências Médi-cas e Biológicas de Botuca-tu (FCMBB) e incorporada àUnesp em 1976, seus cursospossuem uma sólida base ci-entífica, postura ética e umaforte visão humanística e decomprometimento com a ci-dadania. Seu objetivo é for-mar profissionais com sensocrítico, conscientes de seu

papel na sociedade.Os cursos de pós-gradua-

ção lato sensu compreendemas áreas de residência médicae de aprimoramento profissio-nal. A Residência Médica con-ta com 36 especialistas e 330residentes e o Programa deAprimoramento Profissional,destinado à formação de pro-fissionais não-médicos, possui101 alunos. Em 2008, foi insta-lada a Residência Multiprofis-sional em Saúde da Família.

Exposição-Exposição-Exposição-Exposição-Exposição- O presentes à so-lenidade dos 46 anos da FMBconferiram também uma expo-sição de fotos históricas da 2turma de medicina da FCMBBexpostas em painéis. Os novosprofessores eméritos também ti-veram destaque com suas vidasacadêmicas ilustradas no even-to. A organização do materialfoi da historiadora Isaura Bretan,sendo a arte-final de responsa-bilidade de Jamila Cury. A mon-tagem realizada pelo Nead.TISe Biblioteca do Câmpus.

FOTOS: FOTOGRAFIA AG/UNESPFOTOS: FOTOGRAFIA AG/UNESPFOTOS: FOTOGRAFIA AG/UNESPFOTOS: FOTOGRAFIA AG/UNESPFOTOS: FOTOGRAFIA AG/UNESP

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ABRIL 2009ABRIL 2009ABRIL 2009ABRIL 2009ABRIL 2009

Sessão solene da congregação da FM/Botucatu–Unesp

Outorga do título de Professor Eméritoao Dr. Arthur Roquete de Macedo

Boa noite a todos!

Eu gostaria inicialmente de cumprimen-tar o prof. Júlio cezar durigan, ilustríssimovice-reitor da universidade estadual paulista“júlio de mesquita filho” e o prof. Sérgioswain müller, exmo. Diretor da FM/Botuca-tu, por meio dos quais cumprimento asdemais autoridades acadêmicas, aqui inclui-dos os pró-reitores e ex-dirigentes da Unesp,os dirigentes locais e de outras unidades,os ilustres membros da congregação, nos-sos queridos professores eméritos e os nos-sos docentes, médicos, residentes, alunos,ex-alunos e servidores da FMB. Tambémsaúdo o exmo. Sr. Prefeito municipal de Bo-tucatu, senhor João Cury Neto, através doqual cumprimento as demais autoridades ci-vis e políticas neste ato aqui presentes ourepresentadas

Senhoras e senhores

É com grande satisfação que me as-socio à digníssima congregação da Fa-culdade de Medicina de Botucatu na inici-ativa de conceder o título de professoremérito ao dr. Arthur Roquete de Macedo,fiel depositário da honraria que hoje lhe éprestada, em reconhecimento ao seu tra-balho como médico, professor, pesquisa-dor e gestor acadêmico de grande com-petência.

Quero ressaltar, que as pessoas são omaior patrimônio de uma instituição, aque-le capaz de dar o reconhecimento e o pres-tígio almejado por todos nós.

Gostaria de ter neste momento a orató-ria do grande jurista, historiador e ensaístaliterário Pedro Calmon para, em discursoprimoroso, à altura desta solenidade, podersintetizar com palavras a relevância do ho-menageado.

Infelizmente, ninguém pode dar maisdo que aquilo que tem. Por isso, não posso

oferecer mais do que a singeleza da minhaadmiração por esta pessoa, que procureicomo professor, e encontrei o mestre, doqual recebi os ensinamentos para tudo queme foi dado conquistar...

Falar sobre a infindável riqueza de qua-lidades do prof. Arthur, porém, não é tarefafácil. Por isto, faço minhas as sábias pala-vras de irineu borges do nascimento, ilustreProf. Emérito da Universidade Federal deGoiás, que neste dia teria um discurso maisapropriado para discorrer sobre as virtudesdo laureado.

“Goza da verdadeira felicidade, em suainteireza, o homem que, chegado ao topo dacarreira, ostenta em uma das mãos, o valiosoatestado de que conquistou a riqueza do co-nhecimento e, na outra, a afortunada diplo-mação, conferida pelos seus pares, em mani-festação de respeito e consideração aos seusfeitos”.

Cumpre-me reconhecer, como bempontuou seu admirador e amigo, périclestrevisan, “que terminado o inventário do seuitinerário profissional, bem pesados os fei-tos, sem dúvida o fiel da balança inclina-separa o merecimento desta justa homena-gem”.

Não quero aqui, porém, entediar tãoiluminada plateia, e me ver a declinar umaenorme lista de insignes conquistas, afora orisco de tornar-me impreciso.

Quero dizer-lhes, no entanto, que o prof.Arthur Roquete de Macedo reúne qualida-des indiscutíveis em todos os campos dacarreira universitária, as quais lhe renderamexperiências ímpares, notadamente no cam-po político-acadêmico, traduzidas em proldo desenvolvimento da Faculdade de Medi-cina de Botucatu e da Unesp.

Aluno da 1ª turma da Faculdade de Ci-ências Médicas e Biológicas de Botucatu, aantiga FCMBB, desde cedo demonstrou asua inclinação para a liderança acadêmica,quando se elegeu para a primeira diretoriado Centro Acadêmico Pirajá da Silva, comopresidente do conselho de representantesdos alunos e depois para a comissão dointernato.

No seu envolvimento com as questõesrelacionadas aos interesses universitáriospercebeu que nem todos eles se resolviamcom protestos. Era preciso ter a disposiçãopara o diálogo, a habilidade para exposiçãode idéias e o preparo para lidar com opini-ões contrárias, desde que voltadas para oalcance de metas consensualmente deter-minadas.

Estas características nosso homenage-ado demonstraria com maestria, em todasas funções que ocupou, desde orador da 1ªturma, chefe dos residentes e presidente daAssociação dos Docentes do campus daUnesp de botucatu, até os digníssimos car-gos de vice-chefe e chefe do departamento

de cirurgia, vice-diretor e diretor desta facul-dade, vice-reitor e reitor da Unesp, membroe presidente da Câmara de Educação Supe-rior do Conselho Nacional de Educação.

Mas não foram poucas as dificuldadesque enfrentou para concluir o seu curso mé-dico, pois as condições no começo destaescola eram muito precárias. Não havia infra-estrutura, os recursos material e humano erammuito parcos. Mas se faltavam recursos, so-brava o idealismo daqueles que aqui chega-ram, carregando nas malas, apenas um so-nho.

Passados, hoje, 46 anos desta heróicafaçanha, podemos constatar que o sacrifí-cio valeu a pena, pois “... Tudo vale a pena,se a alma não é pequena....”

O professor Arthur tornou-se médicoem 1968; traços marcantes da sua persona-lidade pragmática o impulsionariam para acirurgia.

Levado a conhecê-la pelas mãos dosnossos grandes mestres, os professoresWilliam Saad Hossne, José Carlos de Sou-za Trindade e Francisco Humberto de AbreuMaffei, veio a tornar-se cirurgião elegante ehabilidoso, cuja técnica refinada o credenci-aria, futuramente, a desenvolver a técnicamicrocirúrgica, na Universidade da Califór-nia.

Exímio na técnica não se esqueceu, po-rém, que ela sempre será considerada umprocedimento banal se comparada à arte depraticar a clínica cirúrgica.

Prematuramente percebeu que não hácomo realizar o mais perfeito dos procedi-mentos cirúrgicos, e se esquecer do paci-ente.

Porquanto, jamais negligenciou que dei-tado na mesa cirúrgica, sob a lâmina fria dobisturi, está um ser humano como todosnós. Dotado de medo, angústias e ansieda-des. Medo da anestesia, medo da morte,exposto e, muitas vezes, combalido.

Jamais se esqueceu que o melhor tra-tamento é aquele que conforta, que faz sor-rir, e que nos dá as forças necessárias paraviver!

Ensino e pesquisa, porém, também es-tavam no seu sangue. Assim, concluído oseu ciclo como residente de cirurgia, inicioua carreira acadêmica.

Contratado como professor instrutor dodepartamento de cirurgia, em 1970, não tar-dou a exercer os cargos de professor assis-tente, e depois a de professor assistentedoutor, com a obtenção do título de doutorem ciências, em 1973.

Como educador, o prof. Arthur soubecomo ninguém ensinar e aprender no con-vívio e interlocução diários com seus alu-nos, residentes e colegas de ofício, no exer-cício do magistério das disciplinas de técni-ca cirúrgica e cirurgia experimental e de gas-troenterologia cirúrgica, em todos os níveis

de formação.Chegou a livre-docência, em 1980, com

a visão de que o ensino e a pesquisa sãoatividades interdependentes.

Como bem definiu roland barthes, emsua aula inaugural da cadeira de semiologialiterária do Collége du France, em 1977,”...Há uma idade em que se ensina o que sesabe, e outra, em que se ensina o que nãose sabe. E ensinar o que não se sabe, a istose chama pesquisar”.

Imbuído deste espírito, como diria ru-bem alves, “começou por ensinar, primeiro,os saberes sabidos, aqueles que, no trans-correr do tempo, foram aprendidos pelasgerações mais velhas, e depois, os transmi-tiu às gerações mais novas como se fos-sem ferramentas em uma caixa”.

Pesquisando, buscou encontrar respos-tas às perguntas da ciência, tendo genero-samente legado os conhecimentos adquiri-dos, para quem dele se aproximou.

Como dizia nosso saudoso mestre, má-rio rubens guimarães montenegro, “a mai-or virtude de um professor é o desprendi-mento do conhecimento em prol dos quepouco ou nada sabem”

Foi assim que transferiu a este oradorque vos fala, e a todos aqueles que tiveram oprivilégio de ser por ele orientados, as basespara a consolidação das suas linhas de pes-quisa, em especial as relacionadas às doen-ças do fígado e ao diabetes mellitus experi-mental.

Mas como disse fernando pessoa: “...Tudo é ousado para quem nada se atreve”

Foi assim que alçou vôo em busca dopendor a que foi talhado, a de gestor acadê-mico. Voo tão alto, porém, não lhe foradado alcançar, sem o respaldo do conheci-mento profundo de tudo que ousou con-quistar...

Juntadas as experiências administrati-vas acumuladas no exercício dos inúmeroscargos que ocupou, em praticamente to-dos os órgãos colegiados, comissões e re-presentações desta casa, antes e após darealização do seu estágio pós-doutoral nauniversidade da califórnia, entre os anos 80e 82, e do seu concurso para professor titu-lar, em 1983, já não lhe restavam dúvidas deque a hora era chegada, de buscar novoshorizontes.

E foram muitos os desafios que en-frentou, como vice-reitor e reitor destauniversidade, pro - reitor de administra-ção e desenvolvimento da Unesp e mem-bro dos conselhos curadores da Fun-dunesp, da Fundação Memorial da Amé-rica Latina, da Fundação Padre Anchie-ta, além das presidências do conselhode reitores das universidades, o Cruesp,e da câmara de educação superior doconselho nacional de educação.

Não seria fácil citar, aqui, os resultados

profícuos que alcançou, em todos os car-gos ocupados.

Cumpri ressaltar, porém, que o prof.Arthur Roquete de Macedo, enquanto este-ve à frente da reitoria da Unesp, foi a pessoamais identificada com o processo de con-solidação desta universidade, tendo rompi-do os grilhões que a forjavam financeira-mente, garantindo-lhe posição de prestígioe destaque entre as grandes universidadespúblicas brasileiras, notadamente no Esta-do de São Paulo.

Também profícua foi sua atuação fren-te ao conselho nacional de educação, naadoção das medidas necessárias para ga-rantir a regulamentação da lei de diretrizes ebases da educação, que regulam, até osnossos dias, o credenciamento e recreden-ciamento dos centros universitários, a im-plantação de novas instituições, o funcio-namento dos cursos de graduação em tec-nologia e o sistema de educação à distân-cia.

Por último, me atrevo a pressupor queo prof. Arthur tinha um sonho para a univer-sidade, como deixou transparecer em seusmais de 70 artigos assinados para imprensaescrita nacional e internacional, de que “umdia, a universidade haveria de ser capaz deformar o cidadão contemporâneo e o pro-fissional competente, comprometidos como seu tempo e lugar. E que eles tambémhaveriam de ser capazes de conviver com aintolerância e as desigualdades, transpor osobstáculos e compreender os fatos, cons-truir o belo, para não ignorar a feiúra e amorte”.

Senhoras e senhores,Não tenho elementos para avaliar o quanto

do seu sonho foi realizado, desde o dia em quedaqui partiu, para, conquistar ideais mais arroja-dos.

Só asseguro-lhes que qualquer que sejao lugar aonde chegou, não terá fracassadopor falta de esforço, dedicação e clarividên-cia.

O seu sonho, por certo, continuará vivoenquanto viver, como vem demonstrandoà frente de novas empreitadas no conselhoestadual de educação do estado de sãopaulo, na academia brasileira de educação,no instituto qualitas de consultoria e no ins-tituto metropolitano da saúde.

Assim, se o conheço como quero pre-tender, suas armas jamais estarão ensarilha-das.

Pois, como disse richard bach, pala-vras que lhes são apropriadas “tenho pla-nos para hoje, projetos para este ano, obje-tivos para a vida inteira e sonhos para qual-quer tempo”.

Muito obrigado!César Tadeu SpadellaBotucatu, 24 de abril de 2009.

Ilmo. Sr. Prof. Dr. Júlio C. DuriganDD Vice-Reitor da Unesp, Prof. Dr. Ser-gio Swan Muller, DD Diretor da FMB,as autoridades acadêmicas, Dr. JoãoCury Neto, Dd Prefeito Municipal debotucatu, a quem saúdo as autorida-des civis, Membros da Congregação,Profs. Eméritos Augusto C. Montelli eArtur R. Macedo, Sras e Srs.

Esta solenidade traz, para mim,uma satisfação especial, pois é um re-conhecimento das contribuições reali-zadas por um amigo com qual conviviquase que diariamente na última déca-da, inicialmente na CPCIH e, mais re-centemente, no Departamento de Clí-nica Médica.

Na realidade, quando recebi o con-vite para saudar o Professor Montelli,fiquei na dúvida se era realmente apessoa mais indicada, pois não tinhacerteza se seria capaz de fazer um dis-curso suficientemente isento que meparece necessário para uma ocasiãocomo essa.

Por outro lado, é uma verdadeirahonra receber esta designação do DCMe ter a oportunidade de realçar algunsaspectos da trajetória do Prof. Montellique dificilmente transparecem nos cur-rículos formais.

O título de professor emérito é omais alto grau de reconhecimento con-cedido pela Universidade Estadual Pau-lista, sendo conferido a docentes quese distinguiram no exercício da ativi-dade acadêmica com relevantes servi-ços à ciência e à instituição e tenhamalcançado posição eminente no ensi-no e na pesquisa.

O Prof. Montelli é plenamente con-dizente dessa honraria, contemplando

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as qualidades necessárias, seja no en-sino, na pesquisa e na extensão e prin-cipalmente, em um requisito não exigi-do, mas que julgo de vital importân-cia: o Sr. é um modelo de professoruniversitário para os profissionais quesão formados nesta Academia, atuan-do sempre de forma ética, seja no as-pecto profissional, mas principalmen-te no pessoal, exercendo suas ativida-des em prol da coletividade e nuncaindividual.

Antes de citar alguns pontos espe-cíficos de sua carreira acadêmica, gos-taria de destacar dois aspectos geraisque permeiam as suas atividades. Ini-cialmente, é o espectro amplo de suasatividades dentro das oportunidadese obrigações que o ambiente univer-sitário nos oferece. Temos nas nos-sas universidades muitos exemplosde excelentes pesquisadores, orien-tadores dedicadíssimos ou educado-res. São raros os casos de colegasque destacam nesta ultima atividade.Sem dúvida, O Prof. Montelli é umdeles, alcançando plenamente a defi-nição de Paulo Freire “educador nãoé aquele que apenas educa, mas oque, enquanto educa, é educado, emdiálogo com o educando”.

Um segundo aspecto notável deseu trabalho é a busca constante daqualidade e excelência. Esta é umacaracterística marcante em todas assuas atividades, seja quando formulauma hipótese ou apresenta resulta-dos de suas pesquisas, quando mi-nistra uma aula ou até quando escre-ve um dos inúmeros relatórios quesomos obrigados a produzir na nos-sa vida acadêmica.

Outro ponto que gostaria de sali-entar foi a busca pela democratizaçãoda Universidade, participando de ma-nifestações com esta finalidade, inde-pendente da orientação político-parti-dária, mesmo no período da ditadura.

Listarei brevemente algumas ativi-dades do Sr. nas áreas que permeiamsua trajetória universitária.

Prof. Montelli aporta na Faculdadede Ciências Medicas e Biológicas deBotucatu em 1965, proveniente da Fa-culdade de Medicina de Ribeirão Pre-to, para ministrar aos alunos da 1º.Turma da FCMBB o Curso de Aplica-ção em Medicina, orientado pelo Prof.José Eduardo Dutra de Oliveira. Porisso é considerado um dos pioneirosdesta instituição. Revelava nesse atoum traço de sua personalidade: a bus-ca por desafios que pautaram as suasatividades profissionais.

Manteve sua participação no ensi-no de graduação nos diversos cursosda Faculdade de Medicina e do Institu-to de Biociências, durante todos es-ses 43 anos, ministrando aulas princi-palmente nas áreas de microbiologiaclínica e controle e prevenção da infec-ção hospitalar. Nesse momento, naqual discutimos uma reforma curricu-lar e a necessidade de maior envolvi-mento dos docentes com o ensino degraduação, faço uma observação aosSenhores. O Dr. Montelli nunca per-deu o prazer de atuar na graduação,mesmo quando Professor Titular. Jáaposentado atuou, em 2008 e mesmono presente ano, em aulas do cursode graduação.

Na Pós Graduação, desde a insta-lação do Programa em Fisiopatologia

em Clínica Médica em 1981, na qualteve participação fundamental, minis-trou a disciplina de Nutrição e Infecçãoaté o ano de 2007. Ainda na Pós Gra-duação participa, desde 1981, do Pro-grama de Residência Medica em Pato-logia Clínica.

Na pesquisa publicou diversos tra-balhos, sempre com a participação deequipe multiprofissional, envolvendomédicos, biólogos, enfermeiros, farma-cêuticos entre outros.

Divulgou o nome da FMB participan-do de diversas comissões científicas egovernamentais como no Programa Na-cional de Controle de Infecção Hospita-lar do Ministério da Saúde, no Comitê deInfecção Hospitalar da Secretaria de Es-tado da Saúde, na Sociedade Brasileirade Microbiologia e na Sociedade Brasi-leira de Patologia Clínica.

Atuou na Comissão Permanente deControle de Infecção Hospitalar desdesua instalação em 1965, priorizando asatividades com diversas profissões daárea da saúde.

Participou como poucos docentesno intercâmbio didático entre a FMB eo IBB, modelo que deve ser preserva-do, porém aprimorado para as atuaisnecessidades dos cursos da FMB.

No nosso convívio quase diárioProf. Montelli comenta que cabe à uni-versidade pública a obrigação de avali-ar e dar contas à sociedade do seudesempenho nas atividades essenci-ais de desenvolver a ciência, a arte e acultura; de atender à demanda socialpor educação superior; e de formar pro-fissionais competentes, atualizados ediversificados e que pratiquem medici-na da mais alta qualidade. Longe de

Pronunciamento do professor PPronunciamento do professor PPronunciamento do professor PPronunciamento do professor PPronunciamento do professor Paulo José Faulo José Faulo José Faulo José Faulo José Fortes Villas Boasortes Villas Boasortes Villas Boasortes Villas Boasortes Villas Boas

Pronunciamento do professor César TPronunciamento do professor César TPronunciamento do professor César TPronunciamento do professor César TPronunciamento do professor César Tadeu Spadellaadeu Spadellaadeu Spadellaadeu Spadellaadeu Spadella

ser um instrumento de censura e con-trole, essa avaliação constitui um meioidôneo de corrigir falhas, reorientar pro-gramas ou mesmo instituições e justi-ficar novos investimentos.

Neste momento, não posso deixarde citar a Profa. Terezinha, suas filhasCíntia e Regina e seus netos Taís eGabriel, que como uma família, sem-pre estiveram presentes nos momen-tos de dificuldades e alegrias do nos-so homenageado.

É, portanto, justa a homenagemque se presta a esse notável Mestre,ao reconhecer, com o título de Profes-sor Emérito, a sua trajetória de lutas econquistas. No significado de Eméri-to, que contempla júbilo, contenta-mento, traduzo o sentimento destaCongregação e de toda comunidadedo complexo FMB - HC.

Finalizando com Aristóteles: “Ahonra não consiste em receber títulos,mas em MERECÊ-LOS”

Muito obrigado, Professor Monte-lli, e parabéns!

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DDDDDISCURSOSISCURSOSISCURSOSISCURSOSISCURSOS

Pronunciamento da profa. emérita Dináh Borges de AlmeidaPronunciamento da profa. emérita Dináh Borges de AlmeidaPronunciamento da profa. emérita Dináh Borges de AlmeidaPronunciamento da profa. emérita Dináh Borges de AlmeidaPronunciamento da profa. emérita Dináh Borges de AlmeidaMagnífico Vice-Reitor Prof. Dr. Júlio César

Durigan, excelentíssimo senhor diretor Prof. Dr.Sérgio Swain Muller e senhora vice-diretora Prof.Silvana Artioli Schellini e demais membros da mesae da comunidade universitária; excelentíssimosSrs. João Cury Neto e Antônio Luiz Caldas Jr. etodos os demais presentes a esta solenidade.

Extrapolando minha atribuição, peço licen-ça para cumprimentar os dois homenageados,professores Arthur e Montelli, amigos pessoais quecontribuíram de forma marcante na construçãoda FCMBB e da FMB.

Prezados alunos da II turma do curso de Me-dicina da FCMBB:

Estou aqui com a incumbência honrosa eemocionalmente gratificante de saudá-los, emnome da instituição. Inicio com a mensagem queo Prof. Álvaro Oscar Campana pediu-me que trans-mitisse a vocês.

Botucatu, 22 de abril de 2009.

Caríssimos ex-alunos

A vocês- alunos da II Turma de Medicina daFaculdade de Ciências Médicas e Biológicas deBotucatu. Foi programado que, em Sessão Sole-ne da Congregação, será homenageada a segun-da turma do Curso de Medicina da FCMBB. Tendosido Paraninfo dessa turma, fui indicado para diri-gir-me a vocês, na Sessão Solene.

Muito me honrou esta indicação: tanto poraludir a um decisivo marco na vida de nossa insti-tuição e a um momento importante de minha car-reira acadêmica, quanto porque a II Turma desem-penhou papel fundamental e preponderante na

solução dos problemas que ameaçavam a pró-pria existência da FCMBB.

Assim, gostaria muito, agora, de estar comvocês e de conversarmos.

Ocorre, porém, que séria intervenção cirúr-gica, em familiar muito chegada a nós, foi marca-da para o mesmo dia em que ocorre esta cerimô-nia. Desta maneira, não poderei estar com vocês.

É uma pena que não possamos nos encon-trar. Haveria u histórico tão rico a comentar, tantaslembranças, incertezas e lutas. E, afinal, objetivosalcançados. E também a memória daqueles quenão estão mais entre nós.

Assim, pedi à professora Dinah que lesse es-tas linhas e transmitisse a vocês meu forte e cor-dial abraço.

Álvaro Oscar Campana.

Meus amigos, dou agora o meu testemunhopessoal com a esperança de corresponder aopensamento dos membros da FMB.

“Não vamos fazer a prova, porque o curso foifalho e insuficiente”, vocês declararam no dia da provafinal de Semiologia Médica que o saudoso professorTiberê Rezende e eu demos durante todos os dias do2º semestre de 1966. Deste fato, redundou a contra-tação do professor Campana e, posteriormente, dosprofessores Eder Trezza e Yoshio Kiy.

Foi o primeiro ato de coragem que, ao semultiplicar durante os três anos subseqüentes,permitiu que os membros desta instituição reco-nhecessem seus limites, não se conformassemcom ele mas continuassem, em sintonia, alunos,docentes e servidores, a procurar incessantemen-te, através dos anos, a construção de uma institui-ção que correspondesse em abrangência e qua-

lidade aos seus próprios anseios mas muito maisainda, às necessidades da sociedade.

Assim, no ano seguinte, 1967, ao mesmotempo em que procuravam aprender o máximoem uma enfermaria improvisada no porão da Mi-sericórdia Botucatuense, puseram-se a caminho,na “Operação Andarilho” para, sacudindo a buro-cracia e a inércia governamentais, obter a pro-messa de liberação dos equipamentos retidos noporto de Santos, indispensáveis para a montagemdo HC; naquele tempo, imenso prédio vazio habi-tado por morcegos. Em 1968, desencadearam a“Operação Denúncia” com a ocupação da Fa-culdade e posterior refúgio no seminário de Botu-catu, onde a polícia foi prendê-los. Denúncia depromessas não cumpridas, das precárias condi-ções de ensino universitário público no Estado eno país; denúncia dos atos da Ditadura Militar.Desta forma, vocês enfrentaram, coletivamente,não só as nossas deficiências como participaramda luta do conjunto da sociedade brasileira pelaredemocratização do país.

Foi esta a tradição que vocês, a sua geração,primeira geração da FCMBB, deixaram como he-rança para as gerações futuras da FCMBB. Alémdisso, nos deixaram alguns membros de sua tur-ma que se incorporaram ao corpo docente, ga-rantindo a continuidade da instituição, contribuin-do e mesmo implantando vários setores e serviçosda faculdade, do HC e da unoversidade.

Foi um tempo privilegiado, difícil, mas privile-giado. As experiências compartilhadas não calamnunca; as brincadeiras, os objetivos, os sonhos, asconstruções coletivas, sobretudo aquelas com-partilhadas com uma sociedade inteira, acalen-tam e estimulam a vida inteira.

Amigos, tenho inúmeras razões pessoais paraser muito grata a vocês e vocês sabem disto; tive

todas as razões para, desde o primeiro dia, terdescoberto como é bom ser professor, como é bomser professor de medicina, em Botucatu.

Neste momento, quero homenagear todosos seus saudosos colegas que faleceram mas cujamemória ficou, indelevelmente, conosco, citandodois deles, Abelardo Unzer, orador de sua turma eMarco Aurélio Anselmo que foi professor aqui,ambos dignos exemplos do espírito da II turma.

As gerações que sucedera a de vocês, emcontextos semelhantes ou diferentes, fizeram jusaos desafios de seu tempo permitindo que se che-gasse ao que é hoje a FMB, seu HC, seu Centro deSaúde Escola e demais unidades de saúde e depesquisa. O empenho de vocês e daqueles que ossucederam foi o que garantiu a qualidade da me-dicina que exercem.

No meu entender, a geração atual terá queenfrentar um momento particularmente difícil, nãotanto quanto aos riscos de retrocesso das institui-ções democráticas, mas pelo individualismo quecaracteriza os tempos atuais, dificultando os pro-jetos coletivos de interesse público e desmorali-zando aquelas instituições; difícil pela ameaça doagravamento da insuficiência de recursos que per-mitem continuar o processo de desenvolvimentoda FMB. Mas, novamente, é um momento privile-giado porque é o momento em que ameaçam ruiros fundamentos econômicos atuais que geraramperversas desigualdades entre povos e indivíduos.É um momento em que novos fundamentos eco-nômicos serão construídos, com reflexos em todaa vida da sociedade. É um momento que exigereflexão, crítica e redobrados espírito e ações co-letivas para que, de tudo, resulte, uma sociedademais equânime, justa, solidária e feliz e uma FMBque corresponda aos anseios e às necessidades

Estórias e lendas na história da 2ª turma da FCMBBEstórias e lendas na história da 2ª turma da FCMBBEstórias e lendas na história da 2ª turma da FCMBBEstórias e lendas na história da 2ª turma da FCMBBEstórias e lendas na história da 2ª turma da FCMBB

Contar a história da FCMBB, sim, FCMBB poisna época, esta escola era mais que uma faculdadede medicina, ou a história da 2á. Turma da FCMBB,muitos já fizeram com méritos que eu não possonem ousar atingir. Mas há um lado humano e ímpardessa história, que eu gostaria de abordar aqui dian-te desses queridos colegas que, como eu, são, ounão, testemunhas de alguns fatos que vou relatar...

Tudo começou em 1958, na velha Botucatu,onde, no distrito de Rubião Jr. havia um enorme ele-fante branco... um prédio construído pelo GovernoEstadual para ser HOSPITAL para tuberculosos...Inventaram-se os antibióticos e não se internava ma-ininguém para tratar tuberculose... Que fazer com oprédio?? Naquele tempo , exatamente como agora,optou-se pélo mais fácil: ABRIR UMA FACULDADEDE MEDICINA... Foi assim que para mim, para o To-ninho Simões, Carlos Faraldo ( e outros jovens – queseguiram outras carreira como Renê Bicudo, Toni-nho Mir Fazzio Neto, de Domênico, Toninho Tílio,começou o CURSO DE MEDICINA em Botucatu...angariando de porta em porta, assinaturas da popu-lação, numa campanha de telegramas populares enum abaixo assinado da então Liga Estudantil Botu-catuense, para apoiar o pedido dos políticos locaisao Governo do Estado. A Faculdade foi CRIADA masnão instalada!

Em 1962, estudando em Assis, liderei umacomitiva de estudantes secundários interessadosem estudar medicina, numa excursão à Faculdadede Medicina de Botucatu... que não existia... assim,liderados por José Faraldo, visitamos o prédio cheiode capim, aranhas, cobras e lagartos (desde aquelaépoca) e tomamos o trem de volta para Assis... Foimeu primeiro contato físico com a FCMBB... Nossaestória pula para 1963, quando se faz o primeiro ves-tibular em Botucatu... A cidade, invadida por umahorda de jovens , estourava de orgulho ...e de pre-ços... O que tem isso com a 2ª Tuma? O entrosa-mento entre a 1ª Turma e os vestibulandos que paracá vieram e que se uniram na BATALHA DO POM-BAL. Essa participação nos levou a conviver com a1á. Turma desde então, participando de festas, ativi-dades e amizades com os primeiros alunos da FCM-BB, alguns dos quais vieram para a nossa turma (gra-ças a um pequeno auxílio do professor de Biofísica)assim como dos poucos professores de então.

PRIMEIRO DIA DE AULA - 8 da manhã - 84carecas, em frente à sala de anatomia da faculdade,hoje **. 84 carecas sendo que um... totalmente ves-tido de branco, com um estetoscópio no pescoço...Valter Abud, desde então conhecido como ARtGÓ,nome de um famoso curador espiritual da época.Outra piada do dia... a cara doBatistinha... E o Fanelli,tropeçando e derrubando dois colegas no chão debarro... Aliás o próprio barro era a maior piada...

Uma semana de aulas de anatomia: uma co-lega - Aracy - desiste do curso... por causa dos cadá-veres... não dorme nem come mais carne...

E assim vai começando o 1°. Ano. com a funda-ção dos Centro Acadêmico Pirajá da Silva, em as-sembleia no auditório da PRF-8 -Rádio Difusora deBotucatu.

A situação política do país complica-se. Osestudantes politizam-se. Tomam partido contra ou afavor do Governo que apregoa reformas de base na

ordem social e política do BrasilMadrugada de 31 de março/1° de abril de 1964.

No beco, densa neblina escondia a noite de chuvafina. O radinho de pilha noticia movimento de tropasrfo Rio, São Paulo e Minas. O golpe militar. No ama-nhecer comentários e a divisão da turma. Os a favore os contra. Respeite-se a constituição! Comunis-tas! CCC! Inocentes úteis! Nazistas! Assembléiasatrás de assembléias! Questão de ordem! 0 CAPSé contra a Ditadura!

Baile de Calouros (DIA 25 DE ABRIL de 1964)Fanelli tropeça num garçõm e derruba uma pilha decopos.. Marco Aurélio pisa no vestido da Pida... issoacontecerá nos próximos 6,anos... Orquestra de Ze-zinho e sua orquestra da TV.

Três meses de aulas: microscópios compra-dos ainda não chegaram... usamos microscópiosemprestados pela USP ao prof. Montenegro... oProfessor Valter Maurício Correia pesquisa capimna alimentação humana... Os irmãos Dante e oZelão Trevisan brigam com a estrada de barro emseus velhos ônibus superlotados. O Diretor da fa-culdade, Dr. Euclides, encarregado de administraro funcionamento burocrático da FCMBB, aparen-temente perdido na evolução dos fatos políticos,preocupa-se em prometer uma linha de bondesligando Rubião a Botucatu... e um hospital veteri-nário sobre o morro da entrada, no lugar do mara-vilhoso pomar de jabuticabeiras ali existente. AsRepúblicas se multiplicam e marcam suas perso-nalidades... a RAU: só tinha árabes... Toca da Situ-ação, Toca da Oposição, Cangaço, etc.

A faculdade de Medicina compõe-se de doissalões para aulas de anatomia, ( Humana e Veteri-nária ao lado) com seus depósitos de material e ca-dáveres e dois anfiteatros improvisados... além da-quela da administração. No sexto mês, ao estudar-mos a anatomia dos genitais, o prof. Letti interrompeum aula, chama toda a classe à frente e dirige a pa-lavra a Pida: - Dona Pida, eu quero dizer que, quandotodos estão com as mãos nos genitais, eu não querover ninguém dissecando o estômago!!!.

Estabelece-se uma relação de simbiose entreas repúblicas e o trio Cecília, Toninha e Cidinha CAPS.Os estudantes entram com comida e abrigo, elasentram com elas.

O pequeno número de pessoas envolvidas noensino e aprendizado, isolados socialmente em Bo-tucatu provoca um amálgama social juntando pro-fessores e alunos e permite que se forme um “espíritode corpo” até mesmo político entre eles. A omissãoda Diretoria administrativa, nomeada pelos gover-nadores de plantão- ops - de então, quanto as condi-ções de vida dos implicados, favoreceu a união dasturmas e do corpo docente. A faculdade era abertaà noite e professores faziam serão de estudo conos-co em Rubião. Uns freqüentavam as casas dos ou-tros. Num sábado, por exemplo, no Butantã, 6 latasde feijoada numa panela grande, fizeram a alegria dealguns professores e de um convidado especial deum deles: -Agnaldo Rayol, o cantor... lógico que aslatas foram escondidas...

1965 = O SEGUNDO ANO.Transcorreu entre aulas de Microbiologia, Bio-

química, Biofísica, Bioestatística. O Fanelli, no bailedos novos calouros, tropeçou num garçon e derru-bou uma pilha de copos, a Pida disse vinte vezes queNão ao Marco Aurélio, e surgem algumas das lendasda 2ª Turma... NO BECO estavam comendo carnede gato... Não era lenda, era verdade e foi justo noButantã. Hoje, não me envergonho de dizer que erauma busca de proteínas... Na realidade, sem dinhei-ro para comprar carne, tivemos essa idéia e a colo-camos em pratica... o diabo é que se tornou moda eoutras repúblicas passaram a fazer“gatadas”...inclusive para professores convidados...A mania só acabou quando uma senhora reconhe-ceu na parece de uma das repúblicas , o couro de

seu querido felino ...sendo curtido pelo Itu ( da 1ª Tur-ma). Também nesse ano, começaram as grandesfestas trimestrais e que se tornaram lendárias, doBeco da Castidade... frangos, perus, patos e cabritosemprestados por moradores da zona rural de Ru-bião Jr, ou pelo grande quintal do Arcebispado, eramassados e lógico, quem fazia o “empréstimo” eraconvidado com toda a família. Grandes festas. Narua, em frente às repúblicas uma grande mesa e asfamílias comendo... nas salas, casais dançando, nacozinha, preparo de pratos e nos quartos, gente co-mendo... Uma outra lenda aparece nesse ano... aToninha, do trio Cidinha/Cecília/Toninha... aparecegrávida... e escolhe para pai da criança um dos alu-nos da 2a. Turma... Inquérito policial... E aí, aparecemna delegacia,’pàra depor como implicados, cercade 60 possíveis pais... e nem exame de DNA havia naépoca... solidariedade da turma ou espírito de cor-po??? Ah, até o Leonardo Suzy compareceu à po-lícia... Foi nesse ano que alunos aprovados no vesti-bular de Veterinária e Biologia, conseguiram transfe-rir-se para Medicina Humana, com forte reaçãocontrária de parte da nossa turma, o que dividiu ogrupo em contra e a favor dos transferidos. Uma di-visão política também se instala entre nós: contra ea favor do governo militar. Começa a militância deDireita e de esquerda. Grupos começam a realizartrabalho social na periferia de Botucatu, junto comparte da Igreja. Padre Augusti leva-nos a colocaçãodo Evangelho junto aos pobres. O ano letivo terminacom a mais polêmica prova de Biofísica... sem o Pro-fessor Benedito, pioneiro nas pesquisas do comple-xo antígeno-anticorpo, recém chegado da Inglater-ra e responsável por uma prova anterior com repro-va de 95% da turma.

1966 = O TERCEIRO ANOAno dos primeiros contatos com, a aplicação

das matérias básicas com a Clínica... Patologia... Fi-siologia... Chegam os professores de Clínica Médicae Cirúrgica para a 1ª Turma... e se enfronham noespírito da FCMBB. Dinah, Campana, Tucci,Tiberê(com a história de uma cesárea sobre uma mesa decozinha, na zona rural de Paraguaçu Paulista) Mon-telli, Eder, Magaldi, Neusa, Nóbrega, Herculano, Pá-dua, Claudio, Loide, Verena, Saad,(sobre o qual ha-via a lenda do Bisturi de Ouro do Prof. Vasconcelos edo tempo de cirurgia para gastrectomias) Maffei, Trin-dade, Mamãe Jairo, Tadeu, e outros, tornam-se par-te do conglomerado alunos das lãs. turmas/profes-sores - que fez desta escola um caso ímpar e amor!(haja visto o caso Arthur Roquete Macedo). O CAPSagora tem sede própria, no “salão Dinucci”... A Bos-sa Nova corre solta, convivendo com Ray Conniff e,esconjuro... um tal de iê iê iê... O grupo de Teatro doCAPS leva “Ripió lacraia””, “ Eles não usam BlackTye” e “Morte e Vida Severina”. Clovis Bueno, entãoum rapazinho casado com uma garotinha loira cha-mada Leilah Assunção, hoje famosos nos meios cul-turais está aqui como participante. A política ferveentre nós. Quase se radicaliza entre Direita e Esquer-da... Um baianinho de cavanhaque e violão em pu-nho, que fazia ótimas músicas, hospeda-se em umadas repúblicas de Botucatu... um futuro ministro dacultura Gilberto Gil... Reaparece a divisão entre“Transferidos e contra os transferidos” mostrandoque desde o 2°. Ano, mesmo sem hostilidade, persis-te a cisão no grupo, que só seria enterrada após aformatura. A 1ª Turma divide--se. Grande parte dosalunos vai para São Paulo, para hospitais convenia-dos, fazer seus anos de prática. No Baile anual doCAPS, Fanelli esbarra num garçom e derruba umapilha de copos. Pida e Marcão não se entendem...Radamés e Liliane olham-se muito durante as aulas,Na lousa do Anfiteatro, continua o SOMBRA... Comodiretor do Departamento Científico do CAPS, orga-nizo a 1ª Jornada Botucatuense Médico Universitá-ria, que traz a Botucatu, entre outros, Luis Caetanoda Silva, Carlos Lacaz, Gastão Rosenfeld.

1967 = O QUARTO ANOTempo de definições. O Hospital da FCMBB

ainda é só um sonho... iniciamos a prática nas enfer-marias da Sta. Casa de Botucatu. Parte da turma vaipara Santos, no Hospital Ana Costa, parte para SãoPaulo e parte fica em Botucatu. Essa divisão serviriapara orientar a carreira de alguns. Assim, depois daformatura, permanecem na Faculdade para resi-dência e carreira universitária boa parte dos que es-colheram ficar em Botucatu. O pequeno Hospital seabre com cerca de 15 leitos, precários. Falta tudo.Falta principalmente atenção e empenho da Dire-toria e do Governo, para conosco. Aparelhos com-prados no exterior para o Hospital e que possibilita-riam sua instalação definitiva, chegam ao porto deSantos e lá permanecem estocados, deteriorando-se. Entre nós, desmoraliza-se a Administração dafaculdade, empenhada em sua linha de bondes...Numa assembleia de alunos, alguém tem uma idéiapara chamar a atenção de todas as autoridades paraa FCMBB. -uma caminhada de Botucatu a São Pau-lo, às vésperas de uma visita do autoritário Presiden-te Costa e Silva ao Estado. Todos unidos pela facul-dade, planejamento minucioso, uma verdadeira“operação de guerra - a OPERAÇÃO ANDARILHO”é deflagrada. Marco histórico no movimento estu-dantil brasileiro, primeira reação planejada orques-trada contra uma conduta da ditadura, sobre essaoperação muito já se falou e escreveu. Tornou-seHistória e lenda na FCMBB. Foi o marco principal donosso conturbado quarto ano. Seguiu-se a tomadada faculdade pelo cumprimento das conquistas daOperação Andarilho. Estágio em São Paulo, na CasaMaternal Da. Leonor M. Barros. Partos até em cabinede caminhão. Edgar pede que o acordem sempre às23:50 horas... não pode perder o bife de filé do lanchenoturno... Outra lenda que foi verdade: numa discus-são de caso clínico o Professor Deláscio chega a umdiagnóstico. Montenegro, com lâminas de patolo-gia, mostra outro final. Longa e histórica discussãoentre os dois e a conclusão: ambos podiam estarcertos. No baile anual do CAPS... o Fanelli... Provan-do que filho de Albino com Albina nem sempre éalbino, mas pode ser Vicente, ganho minha únicaDependência... Foi nesse ano que o Joaquim, depoisde uma aula de Dermatologia, “pincelou” a Cidinhacom podofilina, impossibilitando suas atividades porcerca de dois meses...

1968 = QUINTO ANOAno marcado pelos estágios de prática. Pronto

Socorro no Hospital Brigadeiro, em São Paulo. Obs-tetrícia no Pérola, hoje Hospital da Mulher. Primeirosalunos a irem para lá: Eu e Lastória. Voltamos de SãoPaulo no dia seguinte. Discordamos de um obstetrado hospital que, para ajudar uma parturiente emperíodo expulsivo, subiu na mesa de parto e, ajoelha-do sobre a cabeça da paciente empurrava sua bar-riga com as duas mãos... Barbárie. Em estágio nacasa Maternal, com o Professor Delascio, aprendê-ramos a cuidar carinhosamente das “filhas”. Politi-camente o ano ferve. “No Sete de Setembro, vistapreto”. Assembleias, “questão de Ordem”, passea-tas. Ato Institucional número 5. Prisões, protestos,fugas, invasão do Seminário - estudantes e igrejaunidos. DOPS. Dedos-duros. Nas passeatas, a policiarecebe ordem de bater mesmo em quem estivesseenrolado na bandeira nacional... A Rua Amando deBarros, entre o Bosque do Casino e a Praça do Para-todos, é uma verdadeira passarela da democracia. Oano letivo tem o final truncado pela ocupação da fa-culdade. Também aqui 1968 é um ano que não aca-bou. No entanto, o Hospital está sendo montado... efuncionando. Grande parte da 2ª Turma define queespecialidade fazer e se aqui ou Santos ou São Paulo.

1969- SEXTO ANOUma ala do prédio é destinada aos INTERNOS

e aos RESIDENTES que aqui quiserem morar. As

Internas ficam numa casa separada, na entrada docampus. O Hospital de Clínicas, pequeno, com cer-ca de 30 leitos funciona com centro cirúrgico, pedi-atria, clínica médica. Atendendo a casos graves, porser Hospital de Faculdade, o novo HC ganha famade “Hospital onde se vai para morrer...”

Geraldo Nunes, sorteado entre os internos parao 1°. Plantão atende um alcoólatra com ferimentonum dos pés e aplica-lhe uma dose de soro anti-tetânico... alertado por nós sobre os perigos de cho-que causado pelo soro, Geraldo posta-se ao lado dopaciente, este nu, coberto apenas por um lençol. Eisque durante a noite, falta energia elétrica e, para nãodeixar de observar o paciente, Geraldo acende a oseu redor algumas velas. Nessa hora, o pacienteacorda... e se encontra, nu, deitado, entre velas, noHospital da Faculdade... Sai correndo e gritando pelocorredor e entra num quarto, apavorando a todos,até intervenção do Residente Francisco Habermann,que, com sua calma professoral lhe diz; -”Olhaaqui seu Zé... eu não gosto disso no meu plantão...”ao que, num gesto de defesa, o paciente, brandin-do os genitais como arma, diante das escandali-zadas enfermeiras e demais pacientes, berrava:“olha aqui procês, estudantaiada FDP...”. Foi umano de prática intensiva. O Internato, instaladoisoladamente numa das alas do H, era aquecidonas noites frias do inverno de Rubião por macioscobertores de orelhas. Afinal, só tínhamos comodiversão uma TV Colorado comprada a prestaçõespela Associação dos Internos.

Ainda olhando para o passado, vemos hoje comorgulho o ideal da FCMBB, de formar médicos gene-ralistas, úteis às necessidades básicas da saúde dapopulação; em confronto com a ideia da super - es-pecialização trazida na época pelos acordos entre ogoverno brasileiro e a USAID. Não apenas pelo as-pecto político da autonomia em si, mas pela neces-sidade real de nossa população. Assim, hoje, qua-renta anos depois da formatura, podemos testemu-nhar a radical mudança nos níveis técnicos de nossaprofissão. Mudou a medicina, mudou toda a apare-lhagem e os exames auxiliares... tudo evoluiu... evo-luiu MESMO??? Será que mudança do nome e dassiglas da atenção básica à saúde em nosso país, evo-luiu mesmo? Erradicamos por acaso a Hansenía-se? A doença de Chagas? A Tuberculose? Comoandam nossos índices de mortalidade infantil? DeDesnutrição? De mortalidade de gestantes? Quan-do nos deparamos com um quadro caótico da Saú-de no Brasil, em sua atuação curativa de danos, compoucos usufruindo- das mais avançadas técnicas etodo um povo sofrendo a falta de atenção básica ouprimária, quero deixar aqui um apelo à FMB, voltadopara o futuro. Pergunto: NÃO SERIA HORA DE RE-TORNARMOS AOS OBJETIVOS E PRINCÍPIOS DA-QUELA ÉPOCA? A Atenção Básica à Saúde é hojePolítica de Estado no Brasil. Lembrem-se os respon-sáveis pelo currículo do curso de medicina, que, nãoabrindo mão de recursos tecnológicos imprescindí-veis, ainda é e sempre será menos custoso, tão bomquanto e mais humano, ouvir atentamente a históriaclínica, proceder a um rigoroso exame físico, diag-nosticar clinicamente e medicar conscientementeo ser humano portador de agravo à saúde, do quetransformá-lo em joguete dos aparelhos e examesonerosos , muitas vezes invasivos e nem sempreconclusivos, porém lucrativos para seus fabricantes,vendedores e operadores. Professores, voltem aensinar a usar o estetoscópio, a percutir um tórax, apalpar um abdome, e sobretudo, ensinem, como nosfoi ensinado, a ouvir e respeitar o ser humano, inseri-do na sua realidade social, que aprendemos a cha-mar de PACIENTE.

Para finalizar, quero render uma homenagemcarregada saudades aos nossos colegas que,já seforam do nosso convívio. Foi uma honra ter convividocom eles nessa turma maravilhosa de MAIS QUEAMIGOS, OS IRMÃOS DA 2ª TURMA!

Muito obrigado.Domingos Gabriel de Paula Beluci

desta sociedade.Espero que os dizeres de dois cartazes que

vocês empunharam na “Operação Andarilho” aopassarem pelas cidades que percorriam, dianteda população, inclusive de crianças e escolares,que os observavam, continuem a inspirar as novasgerações de alunos, docentes e servidores da FMBnos enfrentamentos que virão.

“O que temos é bom,mas insuficiente”“O que fazemos hoje épara vocês amanhã”

Meus amigos, um calorosoabraço e muito obrigada.

Professora EméritaDináh Borges de Almeida.

Page 8: Jornal da FMB nº 12

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ABRIL 2009ABRIL 2009ABRIL 2009ABRIL 2009ABRIL 2009

Crianças da oncologia pediátricaCrianças da oncologia pediátricaCrianças da oncologia pediátricaCrianças da oncologia pediátricaCrianças da oncologia pediátricarecebem presentes para a Páscoarecebem presentes para a Páscoarecebem presentes para a Páscoarecebem presentes para a Páscoarecebem presentes para a Páscoa

SSSSSOLIDARIEDADEOLIDARIEDADEOLIDARIEDADEOLIDARIEDADEOLIDARIEDADE

Chocolate e coelho são doissímbolos da Páscoa que trans-formam a data (uma das mais ce-lebradas entre os cristãos) emuma das preferidas entre as cri-anças. E a alegria de se ganharum presente amenizou, em par-te, a dura realidade enfrentadapor pacientes atendidos peloserviço de oncologia pediátricado Hospital das Clínicas (HC),vinculado à Faculdade de Medi-cina de Botucatu/Unesp (FMB).

A iniciativa, da escola deeducação infantil “Colinho daMamãe”, levou caixas de bom-bons, cartões e outros presentesa 16 crianças atendidas pelo ser-viço no HC. A entrega, que acon-teceu na manhã do dia 8 de abrilteve a presença de uma ‘coelhada Páscoa’ que alegrou os pe-quenos pacientes. Cada alunoda escolinha comprou os choco-lates e os embrulhou. Além dis-so, confeccionaram cartões com

mensagens referentes à data.Integrante do Departamento

de Enfermagem da FMB e mãede uma aluna da escolinha, Bi-anca Paiva explica que a ideiasurgiu durante uma reunião depais e mestres da escola. Lá foiapresentada a proposta da do-ação. “Em uma das reuniões,vimos que as crianças assisti-das pelo hospital enfrentamuma rea l idade compl icada.Com esse gesto, pretendíamosexplicar a todos o que é ser so-lidário e criar este espírito deajuda”, ressaltou.

Luciara Ricardi, diretora do“Colinho da Mamãe, salien-ta que a entrega dos cho-colates é apenas uma dasações sociais que as crian-ças desenvolvem. Alémdos pacientes da oncolo-gia pediátrica do HC, alu-nos de uma creche no Par-que Marajoara, em Botuca-tu, também foram contem-plados pelos presentes. De

acordo com ela, a inici-ativa visa despertar osentimento de solidari-edade nos futuros cida-dãos. “É um resgatedos valores e o respei-to pelas pessoas quepretendemos ensinaraos nossos alunos comestas ações”, declarou.

Enfermagem completa 20 anos com excelência no ensinoEnfermagem completa 20 anos com excelência no ensinoEnfermagem completa 20 anos com excelência no ensinoEnfermagem completa 20 anos com excelência no ensinoEnfermagem completa 20 anos com excelência no ensinoCCCCCELEBRAÇÃOELEBRAÇÃOELEBRAÇÃOELEBRAÇÃOELEBRAÇÃO

Aluna durante exercício prático no laboratório de enfermagemAluna durante exercício prático no laboratório de enfermagemAluna durante exercício prático no laboratório de enfermagemAluna durante exercício prático no laboratório de enfermagemAluna durante exercício prático no laboratório de enfermagem

O curso de graduação em En-fermagem, mantido pela Faculda-de de Medicina de Botucatu/Unesp(FMB) completou, dia 8 de maio,duas décadas de atividades aca-dêmicas marcadas pelo rápido de-senvolvimento, reconhecimentoeducacional e, principalmente, in-serido em um novo perfil para oprofissional desta área.

Desde a criação da FCMBB (Fa-culdade de Ciências Médicas eBiológicas de Botucatu), a Enfer-magem era proposta como um cur-so anexo que seria integrante docampus recém-criado. O curso, noentanto, permaneceu apenascomo uma ideia durante décadas.A instalação oficial veio apenas em1987, durante a gestão do profes-sor Willian Saad Hossne frente àFMB (agora vinculada à Unesp-Universidade Estadual Paulista“Júlio de Mesquita Filho”). Na épo-ca, existia a Divisão de Enferma-gem do Hospital das Clínicas, umdos fatores que facilitaram a im-plantação do curso.

O Departamento de Enferma-gem, no entanto, surgiria mais tar-de, em 1999. Seu primeiro vesti-bular ofereceu 20 vagas, sendo queo número foi ampliado para 30 em1998. Atualmente, possui 120 alu-nos nos quatro anos de gradua-ção, além de aprimorandos, resi-dentes, pós-graduandos e especi-alizandos. De início modesto emseu corpo docente, o curso temhoje o suporte de 28 professores,além de mestres oriundos do IB (Ins-tituto de Biociências) e dos depar-tamentos de Psiquiatria e SaúdePública, os quais auxiliam na for-mação básica dos futuros enfer-

Em 20 anosEm 20 anosEm 20 anosEm 20 anosEm 20 anos,,,,, foram foram foram foram foramformados 377formados 377formados 377formados 377formados 377

enfermeiros e 100enfermeiros e 100enfermeiros e 100enfermeiros e 100enfermeiros e 100aprimorandosaprimorandosaprimorandosaprimorandosaprimorandos

meiros.O desen-

volvimento docurso se mos-tra pelos resul-tados. Em 20anos de exis-tência foram formados 377 enfer-meiros e 100 aprimorandos (des-de 1992). Desde 2006, 25 mestresem enfermagem tiveram sua pre-paração realizada na FMB. O cur-so também foi classificado, em2008, como “Excelente” pelo Guiado Estudante, publicado pela Edi-tora Abril. Também é uma das gra-duações, dentro da Unesp, queapresentam grande procura novestibular da instituição, com mé-dia de 23,2 candidatos por vaga

(690 inscritos para30 vagas- númerosreferentes a 2009).

Para a coorde-nadora do Conse-lho de curso, pro-fessora Eliana Mara

Braga, a atual qualificação da En-fermagem como ‘excelente’ peloGuia do Estudante, além do maiorinteresse pelo curso, representa o‘crescimento contínuo e sustenta-do’ que apresentou nos últimosanos. “A participação contínua damaioria dos docentes em estudode re-estruturação curricular, a im-portância dada ao relacionamen-to interpessoal e ético com discen-tes, docentes e grupo técnico-ad-ministrativo, além da preocupação

de construir relações sólidas foramalguns dos fatores que foram fun-damentais para a consolidação docurso”, declarou.

“O incentivo à iniciação científica,especializações, residências e progra-mas de pós-graduação em enferma-gem fazem com que nossos alunostenham um amparo educacional gran-de em nossa graduação”, comple-mentou a coordenadora do curso.

Profª Eliana ainda ressalta umnovo perfil do enfermeiro no contexto

profissional nesta primeira década doséculo XXI. Segundo ela, há a neces-sidade do mesmo se ‘reinventar, serflexível e criativo e que esteja atentoàs mudanças no mercado e a preo-cupação simultânea com o paciente.“O enfermeiro, hoje, deve ser um pro-fissional competente para exercer aprofissão avaliando criticamente e eti-camente o cuidado que oferece aooutro ser humano”, opinou.

O professor emérito da Faculda-de de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) William SaadHossne (foto) será para sem-pre lembrado por aqueles quejá passaram por ela ou que ain-da irão cursar a graduação emEnfermagem. Ele foi o respon-

sável pela criação e instalação docurso, quando era diretor da FMB, em 1989. Propôs a elaboração de umprojeto, em 1987 – apresentado à Reitoria da Unesp, que previa iniciar aformação de enfermeiros em uma faculdade.

Embora apenas o curso tenha sido instalado, vinculado à FMB, pro-fessor Saad, que também foi o primeiro coordenador do curso, em 1989,ainda é, hoje, um incansável defensor da proposta de transformar a gra-duação em uma instituição de ensino superior isolada.

O professor lembra que logo no início das atividades da graduaçãoem Enfermagem, buscou profissionais em outras universidades como aUSP (Universidade de São Paulo), UFSCAR (Universidade Federal deSão Carlos) e Hospital Albert Einstein para comporem o corpo de docen-tes. Na época já existia a Divisão de Enfermagem no Hospital das Clíni-cas. “Pesquisamos a infra-estrutura, programas e o currículo dos cursosoferecidos em outras unidades e fizemos várias reuniões para que pu-déssemos estruturar o nosso”, conta. Ele também lecionou uma discipli-na chamada “Enfermagem e conhecimentos afins”.

As duas primeiras professoras do curso, em nome das quais profes-sor Saad faz questão de saudar todas as que vieram logo em seguida eque foram igualmente fundamentais para o desenvolvimento daqueleprojeto, foram: Maria Lúcia Araújo Sadala, Maria José dos Reis e MariaAntonieta de B. Carvalhais. “Foi uma experiência inovadora. Não tínha-mos, na cidade, muita mão-de-obra para trabalhar como enfermeiros emnosso Hospital das Clínicas, por isso que se fez necessária a criação docurso de Enfermagem”, salienta.

Estimulado a falar sobre momentos marcantes da trajetória do cursoao longo das últimas duas décadas, professor Saad expõe seu ponto devista sobre a profissão de uma maneira geral. “A Enfermagem é umaárea que sofreu um grande desenvolvimento nas últimas duas décadas,aumentou seu campo de atuação, seja na assistência, pesquisa ou ensi-no. Os cursos e programas no País foram expandidos e não apenas naabrangência, mas também na profundidade. Há, atualmente, grandespesquisas que merecem destaque e não são apenas na Medicina ouOdontologia, mas também da Enfermagem”, observa.

Enfermeiros se interessam pela BioéticaEnfermeiros se interessam pela BioéticaEnfermeiros se interessam pela BioéticaEnfermeiros se interessam pela BioéticaEnfermeiros se interessam pela Bioética Professor Saad exalta, também, uma tendência que, de acordo com

ele, percebe-se nos dias atuais: o fato de os enfermeiros estarem seinteressando pelas áreas da ética profissional na área da saúde e bioé-tica. “Muitos profissionais da Enfermagem, atualmente têm se aperfeiço-ado nas áreas da ética e bioética, o que é compreensível, pois como aprofissão tem crescido e se espalhado, os problemas éticos, no atendi-mento ao paciente, também começaram a surgir. A Enfermagem atuadiretamente no cuidado ao paciente, sente os problemas humanos”, cita.

ExcelênciaExcelênciaExcelênciaExcelênciaExcelênciaSobre a atual situação do curso de Enfermagem, que recebeu cinco

estrelas, o que equivale ao conceito “Excelente”, na avaliação feita peloGuia do Estudante 2008, da Editora Abril, professor Saad diz não sertotalmente favorável a rankings. “Não me entusiasmo com avaliaçõesque trazem um ranquemento. Avaliação, de um mode geral, é meio e nãofim. Avalia para poder usar como instrumento. Toda avaliação deve dizera que se destina. A auto-crítica é e melhoria contínua são fundamentais.O curso, hoje, tem tudo para ser excelente, devido ao seu corpo de do-centes, que têm dedicação exclusiva. Os alunos saem com boa forma-ção e competitividade para entrarem no mercado. Novamente reforçoque o curso tem condições de se tornar uma faculdade”, ressalta.

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