informe rural - 13/02/14

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O governo do Distrito Federal, por meio do Sistema Público da Agricultura (formado pela Secretaria de Agricultura, Ceasa e Emater) iniciou a entrega de cartões bancários aos produtores rurais do DF cadastrados no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na última sexta- feira (7), em Brazlândia. Agora, os beneficiários receberão diretamente na conta bancária os valores referentes à venda da produção ao governo. Aproximadamente 320 cartões foram distribuídos, e, até o fim do mês, a meta é chegar a 653. “Com essa ação, estamos possibilitando aos pequenos produtores ter maior competitividade, porque eles receberão o dinheiro mais rápido e também poderão gerenciar melhor os recursos”, explicou o governador Agnelo Queiroz. Atualmente, no DF, existem cerca de quatro mil agricultores familiares. Segundo o secretário de Agricultura, Lúcio Valadão, até 2011, o PAA só disponibilizava o limite de R$ 500 mil para compra da produção desse segmento, que possuía apenas 180 cadastrados. “Agora, cada beneficiário pode vender até R$ 5,5 mil por ano ao governo, e, com isso, só em 2013, conseguimos disponibilizar cerca de R$ 8 milhões para aquisição desses produtos”, comparou Valadão. Segundo ele, até o fim do ano, o governo quer cadastrar 1,5 mil produtores no PAA. “O DF já é a unidade da Federação com a maior participação de agricultores em programas de compras institucionais, que chega a 30% com o PAA, Papa–DF (Programa de Aquisição da Produção Informavo do Sistema Público da Agricultura - Ano II - Edição n° 62 - Brasília, 13 de fevereiro de 2014. Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural Produtores familiares recebem cartões do Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura) e PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). A média nacional é de 8%”, afirmou. “Esse projeto do cartão bancário e as demais ações voltadas para os agricultores familiares são de grande importância para o nosso desenvolvimento. Hoje, temos credibilidade e reconhecimento” avaliou José Célio Bezerra, agricultor do Núcleo Alexandre Gusmão, em Brazlândia, que comercializa morango e outras variedades. “O DF foi o que mais cresceu proporcionalmente, em todo o país, na emissão de declaração de aptidão do Pronaf (Programa Nacional de Agricultura Familiar), que permite a participação em linhas especiais de crédito e em programas de aquisição de alimentos”, informou o secretário substituto de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Argileu Martins da Silva. Segundo ele, o DF também é a única unidade da federação que garante assistência técnica para todos os produtores, nos 16 escritórios da Emater. “Isso é inédito no país”, disse. Para isso, o GDF nomeou, desde 2011, mais 105 assistentes, para aumentar o número de profissionais para 350. Os servidores são de áreas como zootecnia, gestão ambiental, agronomia, advocacia e economia. Programa - O PAA é executado pela Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural, em convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e em parceria com a Emater e a Ceasa.

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Page 1: Informe Rural - 13/02/14

O governo do Distrito Federal, por meio do Sistema Público da Agricultura (formado pela Secretaria de Agricultura, Ceasa e Emater) iniciou a entrega de cartões bancários aos produtores rurais do DF cadastrados no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na última sexta-feira (7), em Brazlândia. Agora, os beneficiários receberão diretamente na conta bancária os valores referentes à venda da produção ao governo. Aproximadamente 320 cartões foram distribuídos, e, até o fim do mês, a meta é chegar a 653.

“Com essa ação, estamos possibilitando aos pequenos produtores ter maior competitividade, porque eles receberão o dinheiro mais rápido e também poderão gerenciar melhor os recursos”, explicou o governador Agnelo Queiroz.

Atualmente, no DF, existem cerca de quatro mil agricultores familiares. Segundo o secretário de Agricultura, Lúcio Valadão, até 2011, o PAA só disponibilizava o limite de R$ 500 mil para compra da produção desse segmento, que possuía apenas 180 cadastrados.

“Agora, cada beneficiário pode vender até R$ 5,5 mil por ano ao governo, e, com isso, só em 2013, conseguimos disponibilizar cerca de R$ 8 milhões para aquisição desses produtos”, comparou Valadão.

Segundo ele, até o fim do ano, o governo quer cadastrar 1,5 mil produtores no PAA. “O DF já é a unidade da Federação com a maior participação de agricultores em programas de compras institucionais, que chega a 30% com o PAA, Papa–DF (Programa de Aquisição da Produção

Informativo do Sistema Público da Agricultura - Ano II - Edição n° 62 - Brasília, 13 de fevereiro de 2014.

Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural

Produtores familiares recebem cartões do Programa de Aquisição de Alimentos

da Agricultura) e PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). A média nacional é de 8%”, afirmou.

“Esse projeto do cartão bancário e as demais ações voltadas para os agricultores familiares são de grande importância para o nosso desenvolvimento. Hoje, temos credibilidade e reconhecimento” avaliou José Célio Bezerra, agricultor do Núcleo Alexandre Gusmão, em Brazlândia, que comercializa morango e outras variedades.

“O DF foi o que mais cresceu proporcionalmente, em todo o país, na emissão de declaração de aptidão do Pronaf (Programa Nacional de Agricultura Familiar), que permite a participação em linhas especiais de crédito e em programas de aquisição de alimentos”, informou o secretário substituto de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Argileu Martins da Silva.

Segundo ele, o DF também é a única unidade da federação que garante assistência técnica para todos os produtores, nos 16 escritórios da Emater. “Isso é inédito no país”, disse.

Para isso, o GDF nomeou, desde 2011, mais 105 assistentes, para aumentar o número de profissionais para 350. Os servidores são de áreas como zootecnia, gestão ambiental, agronomia, advocacia e economia.

Programa - O PAA é executado pela Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural, em convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e em parceria com a Emater e a Ceasa.

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Assentados de Cristalina-GO conhecem produção leiteira do DF

Casa própria fica mais perto

O programa Brasília Leite Sustentável (BLS) tem mudado a vida de agricultores familiares do DF, incentivando e estruturando a produção familiar. Rivaldo José Gonçalves, produtor na região de São Sebastião, abriu a porteira de sua propriedade para mostrar e contar um pouco da sua história para assentados atendidos pela Emater-DF em Cristalina.

Ele foi sorteado, em 2011, para receber uma unidade demonstrativa do programa, o que permitiu aumentar sua produção leiteira. “Ano passado consegui comprar mais 14 animais e aumentei a produção de leite que era de 80 a 90 litros por dia para 300 litros”, contou Rivaldo. Ele também destacou a importância do acompanhamento da Emater e das políticas de crédito ao produtor familiar. “Quando comprei a chácara, 13 dias depois a Emater-DF já estava aqui. Participei de excursões e cursos que foram muito importantes para abrir nossos olhos e conhecer novas tecnologias”.

Rivaldo também acessou linhas de crédito do Pronaf para adquirir um tanque maior para armazenar o leite, comprar ordenhadeiras

Mais um passo em direção à casa própria foi dado nesta segunda-feira (10), no núcleo rural Taquara (região administrativa de Planaltina): 30 famílias assinaram o contrato do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), que vai garantir a construção de residências na localidade. A partir de agora, o dinheiro será liberado pela Caixa Econômica Federal (CEF) e em breve começam as obras.

Por meio do programa, o GDF pretende alavancar a construção de 400 casas em todo o Distrito Federal. Para ter acesso ao financiamento, os moradores devem recorrer a uma associação ou cooperativa, que se responsabiliza por gerir os recursos e realizar os trâmites documentais. No caso, a Cootaquara (Cooperativa Agrícola da Região de Planaltina) se prontificou a esse trabalho. “Uma das funções da nossa instituição é promover o desenvolvimento social. Por isso nos dispusemos a contribuir para melhorar a qualidade de vida da nossa comunidade”, explicou o presidente da Cootaquara, Maurílio César.

O secretário de Agricultura, Lúcio Valadão,

mecânicas e para melhorar a estrutura da produção.

No período da tarde, os assentados conheceram outra propriedade participante do BLS na região do Paranoá. Lá também puderam conferir como funciona o programa, baseado em uma alimentação volumosa de boa qualidade para os animais e que utiliza o pastejo rotacionado. O sistema é indicado para a agricultura familiar por não exigir grandes extensões de terra para ser desenvolvido.

Wagner Nogueira Pessoa, do pré-assentamento Buriti das Gamelas, diz que “ver a realidade de alguém que começou como nós é animador. Mas para se estruturar o crédito rural é essencial”, falou.

Segundo o gerente da unidade da Emater-DF em Cristalina, José Gonçalves, a ideia é que os assentamentos atendidos na região, por meio de convênio com Furnas, desenvolvam esse tipo de produção leiteira . “Posteriormente vamos agendar cursos, palestras e outras atividades para os produtores”, explicou.

esteve presente no encontro e ressaltou o papel do GDF ao investir em várias frentes na área rural. “Fizemos todos os esforços para que as comunidades rurais também tivessem acesso a esse programa. Asfalto, moradia, emprego e produção ajudarão a transformar a realidade da Taquara e todas as regiões rurais do DF”, observou o secretário.

Programa — O PNHR prevê R$ 885 mil para a Taquara — dos quais R$ 855 mil são para a construção das moradias, R$ 18 mil para o projeto de engenharia e R$ 12 mil destinados ao Projeto de Trabalho Técnico e Social (PTTS), que é gerenciado por uma assistente social e prevê o desenvolvimento de ações de apoio e envolvimento das famílias no programa.

Ao todo, serão construídas 400 moradias no Distrito Federal. Cada família recebe da Caixa um financiamento de R$ 28,5 mil e paga quatro prestações anuais de R$ 285. As casas têm 42m² e possuem sala, cozinha, área de serviço coberta, banheiro e dois quartos. Todas obedecem aos parâmetros de acessibilidade, com rampas e portas com largura mínima para cadeirantes.