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Boletim Informativo da Associação e do Sindicato Rural de Ribeirão Preto - Número 102 - Maio de 2018 sindicato rural de ribeirão preto ASSOCIAÇÃO RURAL DE RIBEIRÃO PRETO Informe Rural PÁGINA 4 PÁGINA 2 PÁGINA 3 PÁGINA 3 Consultor de Operações de Inteligência fará palestra no SRRP O campo em perigo *presidente da Associação e do Sindicato Rural de Ribeirão Preto Uma das maiores preocupações atuais dos produtores rurais é com a segurança nos sítios e fazendas, diante da ameaça constante de prejuízos por roubos de insu- mos agrícolas e maquinaria. Em todo o país foram verificadas altas nas quantidades de roubos e furtos às propriedades rurais, especialmente os praticados por quadri- lhas especializadas.E o pior é que, segundo relatos de produtores rurais dos Esta- dos de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo cerca de 72% destes furtos e roubos praticados no campo são encomendados. São ações, portanto, planejadas e organizadas que indicam aos bandidos com clareza o que devem roubar, a fim de se satisfazer o mercado ilegal de defensivos agrícolas, fertilizantes e tratores. Diante desse caótico quadro, em que se visualiza a fragilidade da segurança e da possibilidade de defesa das vítimas, os produtores rurais têm buscado soluções em direção ao equacionamento dessa grave situação. Entre outras providências procuram não manter estoques de insumos em suas propriedades e procuram, tam- bém, maneiras de intensificar a identificação de seus tratores e demais maquinaria agrícola através da tecnologia, de forma a inibir possíveis emissões de notas fiscais falsas para transporte dos produtos roubados. Por outro lado, as entidades representativas do setor , entre elas a nossa Asso- ciação Rural e o nosso Sindicato Rural têm procurado alternativas visando aumen- tar a segurança nas propriedades rurais, incluindo-se, aí,até tratativas com as áreas política e policial. Além de contarmos com o que nos oferece o observatório da criminalidade no campo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, o qual produz uma estatística própria baseada em estudos e propostas sobre a matéria, montamos, por aqui, um programa denominado “GPS Caipira”, juntamente com a Comissão de Segurança da Câmara Municipal, Polícia Militar e Prefeitura, ainda em desen- volvimento. E, prosseguindo no afã de colaborar com soluções para a momentosa questão, tratamos com empresa especializada sobre produtos de consultoria em gestão de riscos onde estão incluídos, entre outros temas, inteligência e investiga- ção empresarial. Além do que, buscamos ainda a possibilidade de se oferecer aos nossos produtores associados serviços de empresa especializada em marcações e registros de tratores e maquinaria agrícola. Claro que essas iniciativas pretendem, pelo menos, minimizar as sérias dificul- dades ora enfrentadas pelos produtores com a insegurança reinante no meio rural. Inobstante, torna-se de fundamental importância, mormente neste ano eleitoral, que os produtores rurais atentem para os programas dos respectivos candidatos nas próximas eleições, cobrando propostas concretas para a promoção de maior segurança no segmento rural. É imperativo que o candidato interessado no voto agropecuário, enfrente o de- safio de não só prometer mas executar ações que resolvam os atuais problemas de segurança no meio rural, incluindo as invasões e demais turbações às propriedades agrícolas. Com os atuais entraves promovidos pela insegurança, que colocam em risco o desenvolvimento e progresso do campo, nenhum produtor rural pode continuar pro- duzindo com a necessária tranqüilidade requerida pela estabilidade nas produções agrícolas. O Estado tem a obrigação de cumprir o seu papel constitucional, empenhan- do-se o máximo para oferecer, no mínimo, condições seguras a quem trabalha e produz na nossa agropecuária. Hoje, infelizmente, o campo está em perigo!!! Joaquim Augusto S.S. Azevedo Souza* Fiscais são orientados sobre aplicação da reforma trabalhista Avanços da legislação para fomentar inovação e tecnologia Determinação na defesa da Reforma Trabalhista

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Boletim Informativo da Associação e do Sindicato Rural de Ribeirão Preto - Número 102 - Maio de 2018

sindicato rural de ribeirão pretoASSOCIAÇÃO RURAL DE RIBEIRÃO PRETO

InformeRural

PÁGINA 4

PÁGINA 2

PÁGINA 3

PÁGINA 3

Consultor de Operações de

Inteligência fará palestra no

SRRP

O campo em perigo

*presidente da Associação e do Sindicato Rural de Ribeirão Preto

Uma das maiores preocupações atuais dos produtores rurais é com a segurança nos sítios e fazendas, diante da ameaça constante de prejuízos por roubos de insu-mos agrícolas e maquinaria. Em todo o país foram verifi cadas altas nas quantidades de roubos e furtos às propriedades rurais, especialmente os praticados por quadri-lhas especializadas.E o pior é que, segundo relatos de produtores rurais dos Esta-dos de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo cerca de 72% destes furtos e roubos praticados no campo são encomendados. São ações, portanto, planejadas e organizadas que indicam aos bandidos com clareza o que devem roubar, a fi m de se satisfazer o mercado ilegal de defensivos agrícolas, fertilizantes e tratores.

Diante desse caótico quadro, em que se visualiza a fragilidade da segurança e da possibilidade de defesa das vítimas, os produtores rurais têm buscado soluções em direção ao equacionamento dessa grave situação. Entre outras providências procuram não manter estoques de insumos em suas propriedades e procuram, tam-bém, maneiras de intensifi car a identifi cação de seus tratores e demais maquinaria agrícola através da tecnologia, de forma a inibir possíveis emissões de notas fi scais falsas para transporte dos produtos roubados.

Por outro lado, as entidades representativas do setor , entre elas a nossa Asso-ciação Rural e o nosso Sindicato Rural têm procurado alternativas visando aumen-tar a segurança nas propriedades rurais, incluindo-se, aí,até tratativas com as áreas política e policial.

Além de contarmos com o que nos oferece o observatório da criminalidade no campo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, o qual produz uma estatística própria baseada em estudos e propostas sobre a matéria, montamos, por aqui, um programa denominado “GPS Caipira”, juntamente com a Comissão de Segurança da Câmara Municipal, Polícia Militar e Prefeitura, ainda em desen-volvimento. E, prosseguindo no afã de colaborar com soluções para a momentosa questão, tratamos com empresa especializada sobre produtos de consultoria em gestão de riscos onde estão incluídos, entre outros temas, inteligência e investiga-ção empresarial. Além do que, buscamos ainda a possibilidade de se oferecer aos nossos produtores associados serviços de empresa especializada em marcações e registros de tratores e maquinaria agrícola.

Claro que essas iniciativas pretendem, pelo menos, minimizar as sérias difi cul-dades ora enfrentadas pelos produtores com a insegurança reinante no meio rural.

Inobstante, torna-se de fundamental importância, mormente neste ano eleitoral, que os produtores rurais atentem para os programas dos respectivos candidatos nas próximas eleições, cobrando propostas concretas para a promoção de maior segurança no segmento rural.

É imperativo que o candidato interessado no voto agropecuário, enfrente o de-safi o de não só prometer mas executar ações que resolvam os atuais problemas de segurança no meio rural, incluindo as invasões e demais turbações às propriedades agrícolas.

Com os atuais entraves promovidos pela insegurança, que colocam em risco o desenvolvimento e progresso do campo, nenhum produtor rural pode continuar pro-duzindo com a necessária tranqüilidade requerida pela estabilidade nas produções agrícolas.

O Estado tem a obrigação de cumprir o seu papel constitucional, empenhan-do-se o máximo para oferecer, no mínimo, condições seguras a quem trabalha e produz na nossa agropecuária.

Hoje, infelizmente, o campo está em perigo!!!

Joaquim Augusto S.S. Azevedo Souza*

Fiscais são orientados sobre

aplicação da reforma

trabalhista

Avanços da legislação para

fomentar inovação e tecnologia

Determinação na

defesa da Reforma

Trabalhista

2 Informe Rural - Maio 2018

Alerta Jurídico

Beneficiária da justiça gratuita é condenada a pagar honorários

advocatíciosUma empregada que ingressou com reclamação traba-

lhista contra a empresa onde trabalhava teve o pedido inde-ferido e foi condenada a pagar os honorários advocatícios.

A autora buscou a Justiça pleiteando equiparação sala-rial com outra trabalhadora da empresa. No entanto, para o juiz do trabalho José de Barros Vieira Neto (12ª Vara do Tra-balho do Fórum da Zona Sul, do TRT da 2ª Região), “a prova oral claramente indicou que a paradigma exercia trabalho de maior valor e maior perfeição técnica”.

Desse modo, o magistrado entendeu que fi cou compro-vado o fato impeditivo ao direito alegado, e indeferiu o pe-dido de diferenças salariais decorrentes de equiparação e seus respectivos refl exos.

Diante da sucumbência, a empregada, mesmo benefi ci-ária da justiça gratuita, foi condenada a pagar R$ 1.107,57 de honorários ao advogado da empresa, conforme precei-tua novo dispositivo da CLT, com redação dada pela Lei 13.467/2017, conhecida como reforma trabalhista.

Na sentença, o magistrado esclareceu que as normas in-troduzidas pela referida lei são aplicáveis porque a ação foi ajuizada após a vigência da reforma.

O valor dos honorários corresponde a 10% do valor atri-buído à causa. Para tanto, foi levado em consideração o grau de zelo, o lugar de prestação de serviços, a natureza e a importância da causa, o trabalho realizado e o tempo despendido pelo profi ssional.

O processo está pendente de julgamento de recurso or-dinário.

ALERTAJURÍDICO

Como é de conhecimento geral, em novembro último foi promulgada uma lei que modifi cou muitos artigos da legislação trabalhista, tendo por isso sido denominada de “reforma trabalhista” (Lei nº 13.467/2017).

Essa lei veio ao encontro da necessidade de compatibilizar as relações de trabalho com as novas exigências do próprio mundo do trabalho que passou por transformações em praticamente todas as formas de produção de bens, de comércio e de serviços, durante o largo intervalo de tempo em que vigorou regras da vetusta Consolidação das Leis do Trabalho, de 1943.

Acontece, porém, que há segmentos da sociedade, de duvidosa seriedade, que resistem às mudanças advindas, mesmo signifi cando um enorme passo rumo ao desenvolvimento econômico e social através atualização que assegura fl exibilidade nas relações entre empregado e empregador, e entre seus sindicatos representativos, eliminando verdadeiras excrescências do sistema jurídico que sequer permitia às partes diretamente interessadas encontrar a melhor solução para os seus problemas localizados.

O que mais surpreende é que a principal resistência está sendo apresentada pela própria magistratura trabalhista, em especial a Anamatra, entidade formada por juízes do trabalho.

Mas também há quem está tomando carona na guerra que se cria contra a reforma. Não foi por outro motivo que em recente artigo no Estadão, de 14 desse mês de maio (‘Linha divisória’), o professor de fi losofi a Denis Lerrer Rosenfi eld alertou para o fato de que até os candidatos ao Planalto esquivam-se de apoiar tal reforma, mas pelo contrário, não demonstrando qualquer preocupação com o equacionamento de questão tão relevante. E faz as seguintes indagações: “Vão regredir nas imensas conquistas da reforma trabalhista? Vão voltar a proibir a terceirização, em nome de uma anacrônica distinção entre atividades- meio e atividades-fi m?”

E adverte: “Em busca dos votos dos desavisados e dos mal informados, esboça-se todo um processo de uma suposta revisão da modernização da legislação trabalhista (...). Assevera acerca da ideologia esquerdizante tomando a cena pública, perdendo-se em discursos de cunho demagógico ao se mentir sobre eliminação de direitos quando em verdade nenhum foi suprimido, e indaga: “O seguro-desemprego foi eliminado? E o 13º? E o salário mínimo? E a licença-maternidade e paternidade? E as férias de 30 dias com um terço a mais de salário” E o FGTS?”

Necessário enfatizar que as lideranças do setor, tanto urbanas como rurais, defendam amplamente a reforma trabalhista nas eleições vindouras, fazendo com que os candidatos assumam compromisso de impedir criação de espaço para mudanças de rumo após difi cultosos avanços, lembrando como exemplo as tentativas de modifi cação do Novo Código Florestal via judicial, que diferentemente do alardeado pelos pseudoecologistas manteve as duas principais fi guras tidas como necessárias à conservação do meio ambiente, quais sejam a área de Reserva Legal e as áreas de preservação permanente.

Há de se dar um basta ao aumento de insegurança jurídica com a qual convive o setor produtivo no dia a dia, eis que chegada a hora de aplicar leis que foram democraticamente discutidas dentro dos trâmites normais do procedimento legislativo.

O número de processos ajuizados em varas trabalhistas desde que a reforma Trabalhista entrou em vigor, no dia 11 de novembro de 2017, caiu em 48,3%, de acordo com os da-dos de movimentação processual do TST (Tribunal Superior do Trabalho). Nos três primeiros meses deste ano, segundo o TST, foram ajuizados 355.178 casos contra, no mesmo pe-ríodo do ano passado, 643.404. As quantidades verifi cadas no primeiro trimestre dos anos de 2015 e 2016 também eram semelhantes: 612.418 e 657.548, respectivamente. Em no-vembro do ano passado, as varas trabalhistas registraram o ápice de ações ajuizadas: 290.973.

Um ponto a justifi car o “represamento de ações”, são as novas exigências criadas pelo novo texto da reforma para quem quer ter direito à Justiça gratuita. As regras acabaram difi cultando o acesso ao benefício e têm provocado uma sé-rie de condenação aos trabalhadores. Isto porque, em caso de derrota, o trabalhador é condenado ao pagamento de custas e honorários.

Com vigência da reforma trabalhista novas ações

caem 48,3%

Determinação na defesa da Reforma Trabalhista

*advogado da Associação e do Sindicato Rural de Ribeirão Preto.

Claudio Urenha Gomes*

3Informe Rural - Maio 2018

O presidente do Sindicato Rural e da Associação Rural de Ribeirão Preto, Joaquim Augusto de Azevedo Souza, recebeu a visita do Cel. Edno Martins Silva Leão - que foi chefe da Seção de Inteligência do 2º Batalhão de Infantaria de Força de Paz na Missão das Nações Unidas no Haiti e é sócio da empresa Linha Limite – So-luções Integradas em Gerenciamento de Riscos – para uma troca de idéias sobre a emblemática questão da segurança rural nesta região. Acompanhado pelo jorna-lista Ronaldo Knack (editor do site Brasilagro) o coro-nel ouviu de Joaquim Augusto minucioso relato sobre as quadrilhas que vem preocupando e intranqüilizando os produtores rurais de Ribeirão Preto e cidades vizi-nhas. Ele recebeu convite do líder ruralista para profe-rir palestra, no auditório da Associação e do Sindicato Rural – em data ainda a ser defi nida - com o objetivo de apresentar alternativas e soluções para esse grande problema representado pela segurança no meio rural.

O deputado federal Arnaldo Jardim apresentou os avanços conquistados nos últimos anos na legislação para fomentar o avanço tecnológico, durante palestra no painel “Novos Sistemas de Produção”, dentro do ciclo de palestras “Agenda do Agronegócio”. O evento foi realizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo dentro da programação da 25ª Agrishow, em Ribeirão Preto, e contou ainda com apresentações sobre fi nanciamento de pesquisas e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).

“Acho que temos uma boa legislação que nos leva ao caminho da inovação”, destacou Arnaldo Jardim ao falar sobre as mudanças nas leis para incentivo à pesquisa. São ações como a Emenda Constitucional 85, de 2015, que se desdobrou em iniciativas como a Lei Nº 13.243 e a Resolução Nº 12 SAA, de 2016, da Secretaria de Agricultura.

São passos que permitem, por exemplo, a divisão dos lucros nas descobertas, o compartilhamento de infraestrutura pública de pesquisa e dinamização nas parcerias público-privadas nos seis institutos da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) da Secretaria de Agricultura.

As mudanças imprimiram uma maior dinamização da atividade de pesquisa, como lembrou o deputado. “São ações que permitem de forma mais ágil que as parcerias possam ser feitas de uma forma mais desburocratizada. Isso nos dá a possibilidade de que o crescimento chegue rápido ao produtor rural, principalmente o pequeno e o agricultor familiar”, pontuou.

Avanços da legislação para fomentar inovação e tecnologia

Consultor de Operações de Inteligência fará palestra no SRRP

Cel. Edno e Joaquim Augusto trocam idéias sobre a segurança no meio rural.

Arnaldo Jardim

SENAR avalia atuação do SRRP

Em ofi cio endereçado a Joaquim Augusto S. S. Azevedo Souza, presidente do Sindicato Rural de Ri-beirão Preto, Sérgio Perrone Ribeiro (Coordenador Geral, Administrativo e Técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural-SENAR-S) informa o resulta-do da análise realizada pela equipe de supervisão: “do relatório expedido, nota-se que o sindicato rural vem cumprindo com as normativas do SENAR-AR--SP em seus aspectos técnicos e fi nanceiros, adotan-do um padrão de trabalho que propicia sua continui-dade”.

4 Informe Rural - Maio 2018

FAESP pede fixação de juros de 5,5% ao ano para custeio

Etanol iniciará novo ciclo de investimentos

Fiscais são orientados sobre aplicação da reforma trabalhista Em resposta a oficio endereçado pelo presidente da As-

sociação e do Sindicato Rural de Ribeirão Preto, Joaquim Augusto S. S. Azevedo Souza ao presidente da CNA (Con-federação Nacional da Agricultura), João Martins da Silva Junior, sobre a Contribuição Sindical Rural, este prestou os seguintes esclarecimentos:

“Senhor Presidente,Com a entrada em vigor da lei numero 13467/2017,

muitas teses tem surgido acerca de seu impacto – ou não – sobre a cobrança da Contribuição Sindical Rural. Aten-tos a isso, estamos realizando a compilação de todos os posicionamentos jurídicos existentes sobre o assunto e, concomitantemente, temos monitorado Ações Diretas de Inconstitucionalidade propostas em relação à matéria. Ou-trossim, a CNA contratou a elaboração de parecer por um jurista renomado e com grande experiência temática, tudo isso visando obter subsídios consistentes à definição da di-retriz institucional, a partir da qual estabeleceremos nosso plano de ação.

Nesse momento, o que se faz imprescindível é continu-armos contando com o apoio desse Sindicato para, juntos, divulgarmos as nossas conquistas em prol do setor rural, conclamando nossos representados a contribuírem para o sistema CNA que permanece, diuturnamente, empenhan-do todos os esforços na superação de desafios para o avanço do agronegócio brasileiro”.

Esclarecimentos do CNA sobre a Contribuição Sindical

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), em reunião recente, pediu ao secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, que no Plano Safra 2018/19 os juros para custeio sejam reduzidos a 5,5% ao ano. Embora Meirelles tenha reconhecido o quadro de restrição orçamentária por que passa o governo federal, comentou que o setor agropecuário necessita da redução dos juros do financiamento agrícola para o próximo Plano Safra, que se inicia em 1º de julho deste ano, para que o crédito ao setor fique mais condizente com a queda da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,5% ao ano.

A proposta, formulada pelos 237 Sindicatos Rurais patronais abrigados na federação e consolidada pelo Departamento Econômico da entidade, prevê a redução das taxas de juros, principalmente para as linhas de custeio, dos atuais 8,5% ao ano para 5,5% ao ano. Para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), a redução pedida é de 7,5% para 4,5% ao ano. Já para as linhas de investimento do Programa de Agricultura de Baixo Carbono (Programa ABC), Inovagro (financiamento para incorporação de inovações tecnológicas nas propriedades rurais) e também no PCA (Programa de Renovação e Ampliação de Armazéns), a proposta é de recuo dos atuais 6,5% ao ano para 4% ao ano.

Segundo maior produtor do mundo, o Brasil começa a se preparar para um novo ciclo de investimentos na produção de etanol nos próximos anos. Calcula-se que serão investidos mais de R$ 72 bilhões até 2030.

Também vão contribuir para esse ciclo de injeção de dinheiro no etanol, o crescimento da frota de carros flex e a nova política de preços da Petrobras, que alinhou os reajustes da gasolina com o mercado internacional. A aposta é que agora o etanol ganhe um impulso mais consistente do que teve no passado.

Nas usinas, a produção de álcool já começou a crescer na atual safra. Até o fim deste ano, pelo menos 60% da cana de açúcar moída será transformada em etanol, enquanto com os 40% restantes será produzido açúcar. Ano passado, a relação foi inversa, de 55% para açúcar e 45% para etanol. Por enquanto, o motivo é conjuntural.

O preço do açúcar está no menor nível histórico no mercado internacional – U$ 0,11 centavos de dólar por libra (cotação usada nos contratos futuros de Nova York), mas já chegou a U$ 0,27 por libra. O motivo é um excedente de produção de açú-car no mundo, por conta de países como Índia, Tailândia e Paquistão.

Para o consumidor, o efeito pode ser uma redução do preço na bomba. Alguns analistas acreditam inclusive que – com a alta recente do petróleo e a maior produção de álcool – com a entrada da safra de cana, em maio, o preço do etanol pode voltar a ser competitivo até mesmo em estados onde isso não ocorre há muitos anos, como o Rio de Janeiro.

“Com o crescimento de frota flex, a nova política de preços da Petrobras para a gasolina e o RenovaBio, um programa de Estado que estimula o uso de biocombustíveis e traz previsibilidade e transparência ao investidor, já há a expectativa de um novo ciclo de investimentos no etanol”, diz Antonio de Padua Rodrigues, diretor da União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica), entidade que representa os produtores.

Esse novo ciclo de investimentos deve ganhar fôlego a partir de 2020, quando o RenovaBio, programa do governo federal que incentiva o uso de biocombustíveis, estiver totalmente implementado.

O Ministério do Trabalho publicou no Diário Oficial da União de 15 do corrente mês um parecer elaborado conjuntamente com a Advocacia Geral da União, para orientação dos fiscais do trabalho acerca da aplicação da chamada “reforma” ou “mo-dernização trabalhista“ advinda com a promulgação da Lei nº 13.467/2017;

Trata referido parecer da interpretação sobre a aplicabilida-de de referida lei, de modo a colocar fim às polêmicas que se instauraram após sua entrada em vigor, que se deu em 11 de novembro de 2017, mas que deixara lacuna sobre o alcance dos contratos de trabalho, se apenas para os novos, celebra-dos a partir de tal data, ou também sobre os antigos.

De fato, em virtude da perda de eficácia da Medida Provisó-ria nº 808/17, que por seu artigo 2º dispunha que a nova lei era para ser aplicada, na integralidade, aos contratos de trabalho vigentes, tanto juízes trabalhistas como advogados de entida-des de empregados vinham questionando, principalmente, se abrangia ou não os contratos de trabalho já existentes à época da entrada em vigor.

Pelo parecer, com força obrigatória para a fiscalização do trabalho, as normas emanadas da reforma serão aplicadas de imediato a todos os contratos em vigor, sendo explícito, portan-to, ao declarar que as alterações “são de aplicação imediata, desde 11/11/2017, às relações de trabalho regidas pela CLT”, abrangendo assim as relações de trabalho que continuaram ativadas após a entrada em vigor da Lei nº 13.467/2017