informe rural - 03/07/13

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Informavo do Sistema Público da Agricultura - Ano II - Edição n° 33 - Brasília, 03 de julho de 2013. Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural A força feminina no campo A Emater-DF realizou, na última sexta-feira (28), o IV Encontro Distrital de Mulheres da Agricultura Familiar. Com o tema “Mulher ru- ral: afeto, trabalho e participação”, o evento reuniu cerca de 500 tra- balhadoras rurais, agricultoras e artesãs no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. A programação incluiu palestras so- bre crédito rural, processamento de alimentos, dentre outros temas. Um almoço musical abrilhantou a reunião, que contou com a partici- pação de moradoras de todas as áreais rurais do Distrito Federal. Para o presidente da Emater-DF, Marcelo Piccin, o encontro foi uma oportunidade para que as mulheres comemorassem suas conquistas e se preparassem para os desafios. “As mulheres estão no centro do protagonismo social, econômico e político do Brasil. E isso não é uma concessão, é fruto da luta das tra- balhadoras em todas as esferas”, ponderou Piccin. O presidente acrescentou que a Emater-DF tem trabalhado para promover a orga- nização econômica das mulheres do campo. “Hoje temos cooperati- vas e associações no Distrito Fe- deral que são referência nacional e até internacional de sucesso”, apontou. Presente no encontro, a secre- tária da Mulher, Olgamir Amancia, enfatizou que o governo tem for- mulado e implementado políticas públicas específicas para as mu- lheres. “O GDF compreende que o desenvolvimento da cidade não pode ser construído sem a parti- cipação feminina”, observou. Ol- gamir ressaltou a importância do combate à violência também na área rural. “Fortalecemos a rede de atendimento à mulher , com a capacitação de profissionais das áreas de saúde, segurança pú- blica e outros serviços, para que eles possam ser mais sensíveis ao tema”, garantiu. Durante o evento, foram apresen- tados alguns casos de sucesso na área rural. Um dos destaques foi o trabalho realizado pela CorArt’s, que reúne artesãs no núcleo rural Córrego da Coruja (região admi- nistrativa de Ceilândia). A coorde- nadora do grupo, Suélia Gomes Moura Lopes, conta que no início, em 2008, o grupo começou com quase nenhuma estrutura. “Com apoio da Emater, conseguimos nos organizar e hoje comercializamos em vários pontos do DF”, come- mora. Mulheres da agricultura familiar participam de encontro promovido pela Emater-DF

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Informativo do Sistema Público da Agricultura - Ano II - Edição n° 33 - Brasília, 03 de julho de 2013.

Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural

A força feminina no campo

A Emater-DF realizou, na última sexta-feira (28), o IV Encontro

Distrital de Mulheres da Agricultura Familiar. Com o tema “Mulher ru-ral: afeto, trabalho e participação”, o evento reuniu cerca de 500 tra-balhadoras rurais, agricultoras e artesãs no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. A programação incluiu palestras so-bre crédito rural, processamento de alimentos, dentre outros temas. Um almoço musical abrilhantou a reunião, que contou com a partici-pação de moradoras de todas as áreais rurais do Distrito Federal.Para o presidente da Emater-DF,

Marcelo Piccin, o encontro foi uma oportunidade para que as mulheres comemorassem suas conquistas e se preparassem para os desafios. “As mulheres estão no centro do protagonismo social, econômico e

político do Brasil. E isso não é uma concessão, é fruto da luta das tra-balhadoras em todas as esferas”, ponderou Piccin. O presidente acrescentou que a Emater-DF tem trabalhado para promover a orga-nização econômica das mulheres do campo. “Hoje temos cooperati-vas e associações no Distrito Fe-deral que são referência nacional e até internacional de sucesso”, apontou.Presente no encontro, a secre-

tária da Mulher, Olgamir Amancia, enfatizou que o governo tem for-mulado e implementado políticas públicas específicas para as mu-lheres. “O GDF compreende que o desenvolvimento da cidade não pode ser construído sem a parti-cipação feminina”, observou. Ol-gamir ressaltou a importância do combate à violência também na

área rural. “Fortalecemos a rede de atendimento à mulher , com a capacitação de profissionais das áreas de saúde, segurança pú-blica e outros serviços, para que eles possam ser mais sensíveis ao tema”, garantiu.Durante o evento, foram apresen-

tados alguns casos de sucesso na área rural. Um dos destaques foi o trabalho realizado pela CorArt’s, que reúne artesãs no núcleo rural Córrego da Coruja (região admi-nistrativa de Ceilândia). A coorde-nadora do grupo, Suélia Gomes Moura Lopes, conta que no início, em 2008, o grupo começou com quase nenhuma estrutura. “Com apoio da Emater, conseguimos nos organizar e hoje comercializamos em vários pontos do DF”, come-mora.

Mulheres da agricultura familiar participam de encontro promovido pela Emater-DF

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Vazio Sanitário do Feijão tem novo período de vigência

Na reunião realizada na sexta--feira (28), entre o secretário da Agricultura Lúcio Valadão, técni-cos da Emater-DF, pesquisado-res da Embrapa e produtores de feijão foi definido novo período de vigência para o Vazio Sanitário do Grão.

O Vazio Sanitário do Feijoeiro passa a vigorar entre 1º e 20 de outubro de 2013. Em maio deste ano, a Seagri publicou uma por-taria definindo o prazo do Vazio entre 15 de setembro a 20 de ou-tubro. A nova portaria deverá ser lançada até próxima sexta-feira, 5 de julho.

A decisão, tomada conjunta-mente entre pesquisadores, pro-dutores e dirigentes da Agricultura do DF, foi definida para ficar com-patível com as datas estabele-cidas por Minas Gerais e pela

A pesquisadora da Embrapa Arroz e Feijão, Eliane Quintela, explicou que a medida é eficaz, e que se não for tomada agora, a situação se tornará irreversível. “É melhor ficar um período sem plan-tar feijão do que correr o risco de perder toda a lavoura e continuar tendo prejuízos”.

O que é - O Vazio Sanitário é o período de ausência total de plantas vivas da cultura do feijão e plantas invasoras na área de plantio, excluindo-se as áreas de pesquisa científica e de produção de sementes, devidamente moni-toradas.

A ação é importante para com-bater a mosca branca, praga que ataca diversas culturas, especial-mente o feijão, e causa grandes perdas de produção. Além de sugar a seiva das plantas, o in-seto transmite doenças de difícil controle como as viroses, princi-palmente o mosaico dourado, no caso do feijoeiro. Na última safra, segundo a Emater-DF, a perda nas lavouras da região ficou em torno de 60%, devido à ocorrência do mosaico.

Com a o Vazio Sanitário, es-pera-se diminuir o ciclo de pro-liferação da mosca branca e, consequentemente, das doenças transmitidas por ela.

decisão do estado de Goiás em implantar o Vazio Sanitário para o feijão a partir de 2014. “Sempre chamamos os agricultores para debater, por isso, desde o início do ano, realizamos uma ampla discussão com pesquisadores, extensionistas, autoridade dos es-tado vizinhos e produtores”, disse Valadão.

O secretário de Agricultura também destacou a necessidade de se tomar a medida com cele-ridade, para evitar prejuízos aos produtores e garantir alimento de qualidade para todos. “Nós preci-samos tomar medidas já, como é que a sociedade consome um fei-jão que recebeu 16 aplicações de inseticida, como exemplificou aqui um produtor? É esse alimento que vamos oferecer para a popula-ção?”, indagou.

mos”, disse. Para o futuro, ela es-pera tirar mais resultados do seu sistema agroflorestal e agregar mais valor ao seus produtos.

O produtor Joel Félix dos San-tos, do assentamento Márcia Cor-deiro Leite, disse que quer aplicar tudo o que aprendeu. “Com o que aprendi vou poder praticar na ter-ra. Hoje planto mais para comer. Se a comunidade se juntar pode-mos um dia ter certificação e ven-der orgânicos”, falou.

O Dia de Campo, organiza-do pela unidade da Emater em Sobradinho, faz parte das ações previstas no contrato firmado com o Incra para o atendimento a assentamentos do DF e Entor-no. Além de técnicos da Emater, prestigiaram a ação o Secretário de Agricultura, Lúcio Valadão e o presidente da Emater-DF, Marcelo Piccin.

Jovens rurais se mobilizam pela comunidade

Cidadania, direitos e deveres, políticas públicas para a juventu-de e outros temas são debatidos por estudantes do Centro Educa-cional Várzeas, em Tabatinga (re-gião administrativa de Planaltina). O grupo é coordenado pelo escri-tório da Emater-DF no local e se reuniu pela segunda vez no ano nesta quinta-feira (27).

Na ocasião, a extensionista Maria José de Matos debateu com os adolescentes sobre os protes-tos que têm sacudido o país e qual

a posição do jovem rural diante da situação. “Nossa intenção é esti-mular o debate e fazer com que eles construam propostas para a comunidade, valorizando a partici-pação deles no processo de cida-dania”, explicou Maria José.

Os jovens deverão se reunir outras vezes para construir ações que possam melhorar a qualidade de vida no campo. O trabalho é realizado em parceria com a es-cola. Em 2013, os adolescentes ajudaram a plantar as flores que

enfeitam a praça do núcleo rural e sempre participam da Semana do Produtor Rural — evento que acontece todo ano em Tabatinga.

O estudante Marcelo Araújo Carvalho, de 17 anos, entende que a troca de informações é um dos pontos fortes do grupo. “Cada um de nós tem um jeito diferente de ver a vida e compartilhar isso entre nós enriquece a nossa cultu-ra”, observou o rapaz. Para Ingrid de Sousa Wagner, de 16 anos — que participa da atividade desde o ano passado —, a integração com seus pares foi vantajosa. “Eu era muito tímida, e hoje consigo me expressar melhor, organizar e ex-pôr minhas ideias para contribuir com o grupo”, disse. Sua colega, Tamires Guandalin, de 17 anos, também aposta na participação. “Estamos construindo nosso futu-ro a partir da nossa comunidade”, resumiu.

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Para manter os agricultores atualizados e divulgar o cultivo de maracujá a outras regiões do DF, a Empresa de Assistência Téc-nica e Extensão Rural (Emater) promoveu nessa quinta-feira (26) o 5º Encontro Regional dos Pro-dutores de Maracujá. Neste ano, 370 pessoas de diversas regiões do DF puderam conhecer as prin-cipais vantagens da produção da fruta.

O cultivo apresenta inúmeros benefícios econômicos e sociais, como elevação do nível de em-prego - pela necessidade da po-linização manual -, a fixação das famílias no campo, a melhor qua-lidade de vida, melhor distribuição da renda, geração de produtos de alto valor comercial, além de ex-celentes expectativas de merca-do.

Foi por isso que a produtora rural Célia Maria Rodrigues, há cinco anos, resolveu trocar a pro-

Encontro destaca vantagens da produção de maracujáVazio Sanitário do Feijão tem novo período de vigência

dução de hortaliças pela de ma-racujá. Com a assistência técnica da Emater-DF, plantou 350 pés e colheu 3.800 quilos da fruta. Ani-mada, plantou mais 350 e quer aumentar ainda mais. “Eu mesma cuido de tudo: amarro, retiro os brotos, colho, polinizo. Não pre-ciso trabalhar abaixada como era antes e traz uma boa rentabilida-de. Meu marido também se ani-mou e começou a plantar”, conta Célia.

“O maracujá muda a vida das pessoas e aqui é um exemplo para o País do resultado gerado com o apoio da extensão e crédito rural. Estamos num momento im-portante em que o GDF tem valori-zado e apoiado a área rural, e em que mostramos a possibilidade de preservar, produzir e receber o reconhecimento da sociedade”, disse o secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Lúcio Va-ladão.

O sucesso da região também se deve à união entre a pesqui-sa e a extensão rural, o que foi ressaltado pelo presidente da Emater-DF, Marcelo Piccin. “Aqui é um exemplo de como o trabalho conjunto da Emater, Embrapa e produtores traz resultados. A ava-liação e seleção participativa de cultivares de maracujá foram es-senciais para a região”, falou.

A elevada produtividade da re-gião dá-se à aplicação de tecno-logias como o cultivo adensado, protegido e com irrigação por go-tejamento. O uso de híbridos da Embrapa como o BRS Gigante Amarelo, BRS Sol do Cerrado e BRS Ouro Vermelho tem apresen-tado bons resultados aos produto-res.

Mercado – A cada ano, o En-contro aborda diferentes temas de acordo com as principais deman-das e necessidades dos produto-res. Nesta edição, os participan-tes puderam conhecer mais sobre pesquisa de mercado e avaliação econômica do maracujá no DF, sobre a produtividade como fa-tor essencial para ganhar dinheiro com o cultivo do maracujá, e so-bre o aproveitamento integral da fruta como forma de agregar valor e atender a nichos de mercado.

Outro destaque foi a entrega do prêmio de Boas Práticas Agro-pecuárias (BPA), que contou com a participação dez produtores. No final do evento, foi realizada visita a campo e oficina para fabricação de sabonete de maracujá.

Informativo produzido pelas assessorias de comunicação social:Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) - 3051-6347

Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) - 3340-3002

Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF) - 3363-1024