icterícia 2014

31
Suzete Notaroberto Fundação Lusíada Terceiro ano 2014 ICTERÍCIA

Upload: pauloalambert

Post on 01-Jun-2015

873 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Icterícia 2014

Suzete NotarobertoFundação LusíadaTerceiro ano 2014

ICTERÍCIA

Page 2: Icterícia 2014

Icterícia •I

cterícia é a coloração amarelada da pele, mucosas, conjuntivas e líquidos orgânicos

•Acúmulo de bilirrubina no soro e tecidos.

•Clinicamente na pele e mucosas – bilirrubina ultrapassa 2,5 mg % no sangue.

Page 3: Icterícia 2014

Betacarotenose –diagnóstico diferencial

Page 4: Icterícia 2014

METABOLISMO DAS BILIRRUBINAS

Page 5: Icterícia 2014

SRE Baço,

fígado e medula óssea

Ação da biliverdina redutase

80% deriva da hemoglobina, 20% da degradação de hemoproteínas não hemoglobínicas como catalase e citocromo.

Page 6: Icterícia 2014

Metabolismo das bilirrubina1

916: Van Der Bergh e Muller descobriram que uma espécie de bilirrubina reagia com ácido sulfanílico (diazo reagente). Denominou-a de fração reagente direta.

A fração que só reagia rapidamente com ácido sulfanílico após adição de metanol foi denominada de fração reagente indireta.

Mais tarde, compreendeu-se que a fração que reagia rapidamente era a bilirrubina direta ou conjugada (BD) e a que só reagia após a adição de álcool era a bilirrubina indireta ou não conjugada (BI).

Page 7: Icterícia 2014

Metabolismo da bilirrubinaA

BI, sendo lipossolúvel, pode atravessar facilmente a barreira hemato-encefálica impregnando a célula nervosa, causando o Kernicterus (lesão neurológica grave no recém-nato). 

Não sendo hidrossolúvel necessita ligar-se à albumina para ser transportada até o hepatócito e, por isso, normalmente não é filtrada pelo glomérulo. Desta forma, na hiperbilirrubinemia indireta o paciente não apresenta colúria ou acolia fecal.

Page 8: Icterícia 2014

No hepató

cito

Nos microssomos do REL

BI + Ácido glicurônico

UDP-glicuroniltransferase

BD

Page 9: Icterícia 2014

Metabolismo das bilirrubinas

Por ser hidrossolúvel, a bilirrubina direta (BD) não atravessa a barreira hemato-encefálica mas pode ser excretada pelos rins.

Colúria ou acolia fecal em graus variados.

Page 10: Icterícia 2014

Colúria Acolia fecal

Page 11: Icterícia 2014

Metabolismo das bilirrubinas

A BD alcança o intestino através da bile. Chega ao cólon, onde sofre ação das bactérias que promovem sua desconjugação, redução e formação do urobilinogênio e estercobilinogênio. Uma parte do urobilinogênio é reabsorvido e recaptado pelo fígado (circulação entero-hepático).

Uma pequena quantidade de urobilinogênio (4 mg/24 horas) é excretada pelos rins. 

O estercobilinogênio é oxidado à estercobilina que é eliminada pelas fezes. Excretam-se normalmente 200-300mg de estercobilinogênio pelas fezes em 24 horas.

Page 12: Icterícia 2014

Metabolismo das bilirrubinas

Page 13: Icterícia 2014

Icterícia H

iperbilirrubinemia indiretaE

levação de BI

Hemolítica – superproduçãoHereditária – defeitos enzimáticos eriditáriosMetabólicas – decorrentes da redução no transporte de bilirrubinas ( ICC, Choque, Hipóxia)

Icterícia – pele, mucosa e escleraKernícterus – quadros graves

Page 14: Icterícia 2014

Principais causas de hiperbilirrubinemia indiretaHemólise - superprodução Outras

• Defeitos da mambrana dos eritrócitos

• Microesferocitose eriditária• Eliptocitose hereditária• Estomatocitose hereditária

• Defeitos metabólicos dos eritrócitos

• Deficiencia de glicose 6 PD• Deficiencia de piruvatouinase• Deficiencia de glutation redutase

• Hemoglobinopatias• Talassemia• Anemia falciforme

• Auto imunes• Primárias• Secundárias

• Fragmentação eritrocitária• Valvopatias• Malária

• Hereditárias• Síndrome de Lucey-driscoll• Sindrome de Crigler-Najar I• Síndrome de Crigler Najar II• Síndrome de Gilbert

• Metabólicas• Fisiológica do RN• Hipotireoidismo• Drogas• Hipoglicemia

• Redução no transporte de bilirrubina

• ICC• Choque• Hipoxia• Desidratação• Hipoalbuminemia• NPP• Drogas

Page 15: Icterícia 2014

RNM cerebral – impregnação em gânglios da base em paciente com Kernícterus

Wikipedia

Page 16: Icterícia 2014

Icterícia H

iperbilirrubinemia direta

Hereditária

Parenquimatosas – lesão do hepatócito por vírus, drogas, auto imunes

Obstrutivas Colestáticas ( estase de bile)

Intra hepática

Extra hepáticas

Page 17: Icterícia 2014

Causas de hiperbilirrubinemia direta não colestática

Dubin Johnson Rotor

Defeito metabólico

Reduzida excreção biliar

Excreção biliar

Herança Autossômica recessiva

Autossômica recessiva

Quadro clínico Icterícia sem prurido

Icterícia sem prurido

Laboratorio Fosfatase alcalina normal

Fosfatase alcalina normal

Aspecto do fígado Fígado de cor escura presença de pigmento típico

Fígado de cor normal ausencia de pigmento

Page 18: Icterícia 2014

IcteríciaS

índrome colestáticaColestase – qualquer alteração que impossibilite a excreção de bile desde

o hepatócito até a ampola de VaterIntra ou extra hepática

Critérios clínicos:Icterícia ColúriaAcolia ou hipocolia fecalPrurido cutâneo

Critérios laboratoriaisElevação de fosfatase alcalinaElevação de gama GTElevação do colesterol Alterações específicas dependendo do nível de obstrução da via biliar

Page 19: Icterícia 2014

Causas de colestaseINTRA HEPÁTICA EXTRA HEPÁTICA

COM LESÃO HEPATOCELULARHepatite por vírusHepatite auto imuneÁlcoolDrogasCirrose biliar primáriaColangite esclerosante primáriaDuctopenia idiopática do adultoRejeição ao transplante de fígado

SEM LESÃO HEPATOCELULARGravidezTransinfecciosaColestase recorrente benignaDrogasSindrome de AlagilleMecanica

Atresia de vias biliares

Colangite esclerasante primária

Coledocolitíase

Pancreatite crônica

Tumor de papila

Tumor de pâncres

Ascaridíase ductal

Tumor de vesícula biliar

Page 20: Icterícia 2014

Hiperbilirrubinemia direta– Quadro Clínico

Icterícia

Colúria

Acolia fecal

Prurido

Page 21: Icterícia 2014

Propedêutica da icteríciaH

istória QDAntecedentes pessoais e familiares

Anemias, artralgias, casos na família, hepatites, esplenomegalias, doenças biliares, uso de medicamentos, álcool, contatos

Recorrência ou nãoColoração da pele – tempo, fatores associados, antecedentes, contatosPruridoColoração das fezesColoração da urina

Page 22: Icterícia 2014

Propedêutica da icteríciaE

xame físicoEstado geralPele, Mucosa conjuntival – EscleraAvaliação abdominal ( fígado e baço)

Sinal ou lei de Courvoisier – presença de aumento indolor da vesícula biliar em paciente com icterícia – associado a câncer de cabeça de pâncreas

Exames complementaresLaboratoriais:

Bilirrubinas, aminotranferases, GGT, FA, função hepática, sorologias para hepatites, auto anticorpos, hemograma com pesquisa de reticulócitos, DHL,

ImagemUS, RNM, TC, Cintilografia, Colangiorressonancia, CPRE

Page 23: Icterícia 2014
Page 24: Icterícia 2014
Page 25: Icterícia 2014
Page 26: Icterícia 2014
Page 27: Icterícia 2014
Page 28: Icterícia 2014
Page 29: Icterícia 2014

CPRE diagnóstica

CPRE terapêutica

Page 30: Icterícia 2014

?

Page 31: Icterícia 2014

Icterícia R

eferencias: 1) Exame clínico Porto & Porto

Celmo Celeno Porto

Sétima edição -editora Guanabara Koogan

2) Fisiologia humana uma abordagem integrada

Dee Unglaub Silverthorn

quita edição

Artmed