folhetins - síndrome de down

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Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto Rua Tenente Catão Roxo, 2501 Campus Universitário - Monte Alegre Ribeirão Preto - SP (16) 2101-9308 http://hemocentro.fmrp.usp.br/casadaciencia e-mail: [email protected] Apoio: Fonte: Thompson&Thompson – Genética Médica – 6ªedição, 2002 Autor: Israel Gomy Produção: Casa da Ciência Diagramação: Gisele S. Oliveira Casa da Ciência - 2010 Hoje, o melhor tratamento ainda é a esti- mulação precoce. É muito importante que o bebê comece o quanto antes a ser estimula- do por uma equipe multiprofissional prepara- da, que inclui fisioterapeuta, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional e psicóloga. E depois, quando entrar na escola, a criança deverá re- ceber uma educação especial. É muito importante que os pais também estimulem a criança, pois quanto melhor ela responder à estimulação, maiores serão suas potencialidades. E claro, elas precisam de muito amor e dedicação para que cresçam e se desenvolvam felizes! Estimulação A Síndrome de Down é a causa genética mais comum de deficiência mental no mundo. Cerca de 1 a cada 800 crianças nasce com Síndrome de Down. No Brasil calcula-se que nasçam cerca de 8 mil bebês por ano. Um de- talhe interessante é que a maioria dos bebês com down nascem de mães jovens. Quer saber mais? Pergunte a um médico geneticista ou visi- te a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) ou escola capacitada do seu Município para conhecer uma criança com Síndrome de Down. Elas são muito afetuosas e gostam de fazer amigos! -Face achatada. -Pescoço curto com sobra de pele. -Mãos pequenas com prega da palma única. -Pés com prega bem marcada entre o primeiro e segundo dedos. -Hérnia umbilical (“umbigo estufado”). -Hipotonia (“molinha”). -Sopro no coração (exame do médico) Assim que nasce uma criança com suspei- ta de Síndrome de Down ela deve ser enca- minhada para um geneticista que vai pedir alguns exames, inclusive o cariótipo, que é fundamental para fazer o aconselhamento genético para os pais. A Síndrome de Down é comum? Nº 005

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Em 1866 um médico inglês chamado John Langdon Down, que trabalhava num orfanato para crianças com deficiência mental, percebeu que algumas delas se pareciam muito com as pessoas que viviam na Mongólia e descreveu como “mongolismo”. Porém, hoje este termo se tornou pejorativo e não é mais usado, mas foi só na década de 70 que ele foi substituído por Síndrome de Down.

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Page 1: Folhetins - Síndrome de Down

Fundação Hemocentro de Ribeirão PretoRua Tenente Catão Roxo, 2501

Campus Universitário - Monte AlegreRibeirão Preto - SP

(16) 2101-9308http://hemocentro.fmrp.usp.br/casadaciencia

e-mail: [email protected]:

Fonte: Thompson&Thompson – Genética Médica – 6ªedição, 2002

Autor: Israel GomyProdução: Casa da Ciência

Diagramação: Gisele S. Oliveira

Casa da Ciência - 2010

Hoje, o melhor tratamento ainda é a esti-mulação precoce. É muito importante que o bebê comece o quanto antes a ser estimula-do por uma equipe multiprofissional prepara-da, que inclui fisioterapeuta, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional e psicóloga. E depois, quando entrar na escola, a criança deverá re-ceber uma educação especial. É muito importante que os pais também

estimulem a criança, pois quanto melhor ela responder à estimulação, maiores serão suas potencialidades. E claro, elas precisam de muito amor e dedicação para que cresçam e se desenvolvam felizes!

Estimulação

A Síndrome de Down é a causa genética mais comum de deficiência mental no mundo. Cerca de 1 a cada 800 crianças nasce com Síndrome de Down. No Brasil calcula-se que nasçam cerca de 8 mil bebês por ano. Um de-talhe interessante é que a maioria dos bebês com down nascem de mães jovens.

Quer saber mais?Pergunte a um médico geneticista ou visi-

te a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) ou escola capacitada do seu Município para conhecer uma criança com Síndrome de Down. Elas são muito afetuosas e gostam de fazer amigos!

-Face achatada.-Pescoço curto com

sobra de pele.-Mãos pequenas

com prega da palma única.-Pés com prega

bem marcada entre o primeiro e segundo dedos.-Hérnia umbilical

(“umbigo estufado”).-Hipotonia

(“molinha”).-Sopro no coração

(exame do médico)

Assim que nasce uma criança com suspei-ta de Síndrome de Down ela deve ser enca-minhada para um geneticista que vai pedir alguns exames, inclusive o cariótipo, que é fundamental para fazer o aconselhamento genético para os pais.

A Síndrome de Down é comum?

Nº 005

Page 2: Folhetins - Síndrome de Down

Em 1866 um médico inglês chamado John Langdon Down, que trabalhava num orfana-to para crianças com deficiência mental, per-cebeu que algumas delas se pareciam muito com as pessoas que viviam na Mongólia e descreveu como “mongolismo”. Porém, hoje este termo se tornou pejorativo e não é mais usado, mas foi só na década de 70 que ele foi substituído por Síndrome de Down.

Quem descobriu a Síndrome de Down?

Exame, conhecido como cariótipo, de uma criança com Síndrome de Down. A seta mostra o cromossomo 21 a mais.

A causa dessa síndrome permaneceu des-conhecida por quase 100 anos. Foi só em 1959 que o médico francês Jerôme Lejeune e a cientista Patrícia Jacobs descobriram que a maioria das crianças com Síndrome de Down tinha 47 cromossomos (e não 46). Isto é, havia um pequeno cromossomo a mais que depois foi chamado cromossomo 21, o menor de todos os cromossomos (veja a foto abai-xo). Por isso que a Síndrome de Down tam-bém é chamada de Trissomia 21.

Causa

A grande maioria dos casos de trissomia 21 ocorre por um erro genético na formação dos óvulos chamada de não-disjunção. Nessa for-mação deve ocorrer uma separação perfeita dos cromossomos durante a divisão dos óvu-los, também chamada de meiose. Quando acontece a não-disjunção, em vez de ir um cromossomo para cada célula, os dois ficam

na mesma célula. Na fecundação, junta mais um cromossomo do espermatozóide, tota-lizando três cromossomos 21 (veja a figu-ra acima). Isto acontece principalmente nas mulheres que têm filhos acima de 35 anos. A chance de acontecer novamente é pequena, mas cresce com o aumento da idade da mãe.Existe uma outra causa da Síndrome de

Down, mas é mais rara. É o que chamamos de translocação robertsoniana (veja a figura ao lado). Nesse caso, um dos pais pode ter o erro genético e pode transmiti-lo para o filho, independente da idade da mãe. Se o filho tiver Down por uma translocação, a chance de ter um outro filho com a síndrome é um pouco maior.

Saiba maisTipos - Não existem “tipos” de Síndrome de

Down e sim causas diferentes.Desenvolver mais lento ou mais rápido?

Não é o exame que diz se a criança vai desen-volver mais rápido ou mais lento. É a forma que a criança responde à estimulação.

Como suspeitar que uma criançatem Síndrome de Down?

Existe tratamento?Existem algumas características que podem

ser observadas logo após o nascimento, como:-Olhos puxados para cima.-Epicanto (prega da pele entre os olhos e o

nariz).-Boca aberta com a língua para fora.