ana lucia candeias moreno sÍndrome de down
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LICENCIATURA EM CIENCIAS BIOLOGICAS
ANA LUCIA CANDEIAS MORENO
SÍNDROME DE DOWN: DESENVOLVIMENTO E
FORMAÇÃO.
Apucarana
2020
ANA LUCIA CANDEIAS MORENO
SÍNDROME DE DOWN: DESENVOLVIMENTO E
FORMAÇÃO.
Trabalho de Conclusão de Curso, submetido
ao curso de Ciências Biológicas da
Faculdade de Apucarana – FAP, para
obtenção do título de Licenciatura em
Ciências Biológicas
Orientador: Prof° Eduardo Augusto Ruas
Apucarana
2020
ANA LUCIA CANDEIAS MORENO
SÍNDROME DE DOWN: DESENVOLVIMENTO E
FORMAÇÃO.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Licenciatura em Ciências Biológica da Faculdade de Apucarana – FAP, como requisito parcial à obtenção do título de Licenciatura de Ciências Biológicas, com nota final igual a _______, conferida pela Banca Examinadora formada pelos professores:
COMISSÃO EXAMINADORA
Profº Eduardo Augusto Ruas
Faculdade de Apucarana
Prof° Udson Mikalouski
Faculdade de Apucarana
Profº Rodrigo Francklin da Silva
Faculdade de Apucarana
Apucarana, ____ de ____________________ de 2020
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pelo dom da vida, e todas as graças recebidas.
A meus pais por toda dedicação e incentivo a todos estes anos, principalmente
destes anos de faculdade
Ao meu professor e orientador Eduardo Augusto Ruas, por toda atenção, paciência
e dedicação ao longo deste trabalho.
Ao demais professores por todo a aprendizado e os meus amigos por toda
aprendizagem ao longo destes anos, que se tornaram membros da minha família.
A todos os entrevistados que cederam um pouco de seu tempo para contribuição
deste trabalho, em especial as fundadoras da associação DownLond de Apucarana
por toda a ajuda que me deram para que este trabalho pudesse ser realizado.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Processo de fertilização normal.................................................................19
Figura 2 - Processo de fertilização onde há uma não-disjunção...............................20
Figura 3 - Imagem com trissomia do cromossomo 21..............................................21
Figura 4 - Síndrome de Down por translocação robertsoniana.................................22
Figura 5 - Mosaicismo em Síndrome de Down.........................................................23
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Resultados do artigo.........................................................38
Quadro 2 – Resultados do artigo.........................................................39
Quadro 3 – Resultados do artigo.........................................................39
LISTA DE GRÁFICO
Média das respostas do questionário WHOQOL-bref………………....39
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
RNA – Ácido Ribonucléico
DNA – Ácido Desoxirribonucléico
PCR – Reação em cadeia da polimerase
SUS – Sistema Único de Saúde
USG – Ultrassonografia
IOF – Insuficiência Ovariana Prematura
ST – Síndrome de Turner
FSH – Hormônio Folículo-estimulante
SD – Síndrome de Down
OMS – Organização Mundial da Saúde
TSH – Hormônio Tireoestimulante
ONGs – Organizações não Governamentais
APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais
WHOQOL-BREF – instrumento de avaliação de Qualidade de Vida da Organização
Mundial da Saúde
SUMÁRIO
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 10
1.1 Surgimento da genética ............................................................................. 10
1.2 Genética clínica ............................................................................................ 11
1.3 Síndrome de Edwards .................................................................................. 13
1.4 Síndrome de Patau ....................................................................................... 14
1.5 Síndrome de Turner ...................................................................................... 15
1.6 Síndrome de Klinefelter ................................................................................ 16
1.7 Síndrome de Down........................................................................................ 17
1.7.1 Cariótipo Síndrome de Down ...................................................................... 18
1.7.2 Diagnósticos da Síndrome de Down ........................................................... 23
1.7.3 Cardiopatia congênita ................................................................................ 24
1.7.4 Inclusão ..................................................................................................... 24
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 26
2 ARTIGO ................................................................................................................ 33 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 35 METODOLOGIA ..................................................................................................... 37
RESULTADOS ....................................................................................................... 38 DISCUSSÃO ........................................................................................................... 41 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 42 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 43
APÊNDICES A – Termo de Autorização Institucional ......................................... 46 APÊNDICES B – Termo de Autorização Institucional ......................................... 48 ANEXO A ................................................................................................................ 51 ANEXO B ................................................................................................................ 55 ANEXO C................................................................................................................... 56
ANEXO D – NORMAS DA REVISTA ...................................................................... 57
10
1.Fundamentação teórica
1.1 Surgimento da genética
A genética é uma ciência consideravelmente nova, tendo um avanço
considerado a partir do século XX, tanto para área da medicina quanto na agricultura
ajudando no melhoramento genético dos alimentos. Entretanto, sua origem se teve
no século XIX com os trabalhos de Gregor Mendel sobre as diferentes
características ervilhas (Pisum sativum). (SNUSTAD e SIMMONS, 2017)
Gregor Johann Mendel, conhecido como o pai da genética, em 1863
desempenhou diversos experimentos com o cruzamento de ervilhas, sendo possível
observar diferentes características de cada planta como, por exemplo, a cor da
ervilha (verde ou amarela), o tipo de folhagem (lisa ou rugosa) e o tamanho de seus
ramos (PÉREZ DE LA VEJA, 2016). Em seus experimentos Mendel realizou
cruzamentos entre ervilhas de linhagens puras, lisa com outra de linhagem rugosa e
observou-se que suas descentes foram de origem lisa, constatando que as plantas
lisas se sobressaiam em relação às rugosas (PIERCE, 2016), gerando então a
primeira descendência filial ou F1, em seguida cruzou essa geração F1 e obteve três
descendentes lisas e uma rugosa, a qual foi concedida o nome de recessivo e
dominante, recessivo designando aos alelos com menor frequência no caso as
plantas rugosas e dominantes aos alelos que obtiveram maior predominância
plantas com a folhagem lisa (SNUSTAD E SIMMONS, 2017; RUÍZ, 2019).
Em seus trabalhos Mendel utilizou muito o termo “fatores hereditários” para
designar as diferentes características encontradas nas ervilhas durante todo período
de teste. Posteriormente, no século XX o termo fatores hereditários passou-se a ter
o nome de gene, sendo empregado pelo geneticista dinamarquês Wilhelm
Johannsen em seu trabalho sobre a concepção genotípica da hereditariedade,
publicada no ano de 1911 (DELLA, 2010), desenvolvendo linhagens puras de feijão
(Phaseolus vulgari) (ARAÚJO, 2001). Os artigos de Mendel surgiram diversos
estudos aperfeiçoando os métodos utilizados por ele, o termo gene proposto por
Johannsen ocasionou um grande questionamento sobre o que seria um gene,
11
Watson e Crick comprovaram que os genes são formados por moléculas pequenas,
os ácidos nucléicos (PASSOS, 2019).
Os ácidos nucléicos são formados por estruturas essências os nucleotídeos,
que possuem três componentes básicos: uma molécula de fosfato, uma molécula de
açúcar sendo que esta pode ser de ribose no RNA ou desoxirribose no DNA e uma
molécula nitrogenada. Devido aos estudos realizados por James Watson e Francis
Crick em 1953, sobre os ácidos nucléicos compreendemos a formação do DNA e do
RNA e suas diferenças, onde ambos possuem quatro bases nitrogenadas, sendo
três dela comum em ambas são elas adenina (A), guanina (G) e citosina (C), no
DNA a quarta base é a timina (T) e no RNA uracila (U). O conjunto de moléculas de
DNA de um indivíduo forma um genoma, ou seja, todos os conjuntos de genes do
organismo (SNUSTAD e SIMMONS, 2017).
1.2 Genética clínica
A genética clinica é a área que se estuda as doenças, síndromes e
tratamentos relacionados a fatores genéticos. Nos últimos anos as doenças
genéticas e congênitas têm aumentado consideravelmente, principalmente em
países considerados de baixa renda (FRANCISCATTO, 2019). As doenças
genéticas são de grande maioria crônica e progressiva, causando grande dificuldade
na reorganização do cotidiano das famílias. As instituições de saúde possuem um
papel fundamental no auxílio aos portadores de doenças raras, e a Política Nacional
de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras (BRASIL, 2014), tem como
objetivos a prevenção, diagnósticos e tratamento para a máxima satisfação na vida
dos acometidas por tais patologias (PASSOS-BUENO, 2014).
Grande parte dos serviços são limitados na rede de sistema único de saúde
(SUS) como médicos geneticistas e outros profissionais capacitados para
determinadas áreas de atuação na genética (VIEIRA, 2016). Entretanto nas últimas
décadas sucedeu-se avanços na área da genética permitindo novas formas de
diagnostico para diversas doenças sobre as quais até então não se possuía
nenhuma informação, permitindo avanços nas análises de diversas anomalias
genéticas (ALBANO, 2000). Um dos métodos utilizado é o aconselhamento genético,
12
procedimento que analisa a ocorrência ou risco de uma doença genética em uma
família, tal método é utilizado em vários países por famílias que possuam algum
membro com doença genética para assim fornece-lhes dados da origem hereditária
da doença, e indicar o risco de incidência dessas nas próximas gerações (PEREIRA,
2009) e para um melhor prognóstico em um futuro caso (RAMALHO, MAGNA, &
SILVA, 2002). A descoberta e o avanço na citogenética sub-área da genética que
estuda os cromossomos, possibilitaram grande melhora no diagnostico, de algumas
alterações cromossômica numéricas ou estruturais responsáveis por diversas
síndromes polimerase (PCR), estão proporcionando um nível de identificação de
algumas anomalias cromossômicas, de forma mais rápida ou até aquelas que não
eram identificadas pela citogenética clássica. Apesar da alta eficiência dessas
técnicas que podem identificar uma alteração cromossômica em aproximadamente
de 20 a 48 horas, infelizmente elas ainda possuem a desvantagem de terem um alto
custo o que inviabiliza sua aplicação em todos os casos (MORAES, 2005)
Segundo Moraes et al (2005), as alterações cromossômicas são responsáveis
por 60 síndromes identificáveis, sendo que 0,7% afetam crianças nascidas vivas, 2%
em mães com idade superior a 35 anos e 50% relacionados com abortos
espontâneos no primeiro trimestre. A maior parte das alterações está associada com
a não disjunção meiótica, especialmente devido à idade materna elevada,
diminuindo a qualidade do ovócito na meiose (GHOSH, 2009).
As doenças genéticas são causadas devido a uma anomalia genética que
pode ser hereditário ou devido algum fator ambiental, afetando a quantidade de DNA
através de cromossomos inteiros, frações ou até mesmo translocações. As
anomalias podem ocorrer de três formas: etiologia complexa, monogênica e
cromossômica (KIM, 2005). O de caráter complexa diz respeito às alterações
genéticas associadas a fatores ambientais, as monogênicas são relacionadas a
alterações em genes isolados, já a cromossômica resulta do aumento ou da falta de
genes em determinadas bandas cromossômicas (FARAH, 2007).
Dentre as alterações genéticas, a aneuploidia é a mais comum, relacionada
ao número de cromossomos em um indivíduo. Esta alteração refere-se à presença
de um cromossomo extra a trissomia ou de monossomia a falta de um ou mais
cromossomo, atingindo ao menos 5% das gestantes (NUSSBAUM et al., 2008). Com
13
o avanço das técnicas de diagnósticos, muitas síndromes relacionadas com
aneuploidia foram descobertas. As síndromes são anomalias relacionadas
geneticamente apresentam etiologia variada, atingindo entre 10% a 20% das
gestações em mulheres em idade reprodutiva ligadas aos cromossomos
apresentando cariótipos detectáveis como a trissomia do 21 ou não detectáveis
como na síndrome de Williams (JORDE LB, 2010). Dentre os exemplos de
cromossomopatia mais frequente destaca-se a síndrome de Down, de Edwards, de
Patau, de Klinefelter, de Turner (NUSSBAUM, 2008; JORDE LB, 2010; PEREIRA,
2009).
1.3 Síndrome de Edwards
A síndrome de Edwards, também conhecida como trissomia do 18, afeta 1:
6000 indivíduos nascidos vivos sendo a segunda aneuploidia que mais afeta a
espécie humana depois da síndrome do 21(ROMERO CABALLERO, 2015;
KUSHWAH E GAUR, 2018), estando caracterizada pelo cariótipo 47, XX +18 ou 47,
XY +18 (AYTÉS, 2010). O primeiro relato descrito foi em 1960 pelo geneticista inglês
John h. Edward. Está síndrome esta relacionada com a não-disjunção meiótica do
cromossomo 18. As características desta síndrome são extremamente parecidas
com as de trissomia livre como baixo peso, crises de cianose (coloração azulada da
pele ou das mucosas), tremores e convulsões, hipoplasia genital, hérnia diafragmática,
fenda facial, atresia esofágica, rins em ferradura e defeito do septo ventricular
(OTTO, OTTO e FROTA-PESSOA, 2004; SURÁNYI, 2009), além de apresentarem
placenta pequena, poli-hidrâmnio e movimentos fetais ruins (KUSHWAH E GAUR,
2018). Dentre os nascidos com síndrome Edwards há um numero maior de casos do
sexo feminino do que de nascidos do sexo masculino, pelo fato de não sobreviverem
todo o período gestacional ocorrendo um aborto espontâneo, com uma proporção
equivalente a 3:1 do total de nascidos vivos com a síndrome (BRENDAN, 2016). Um
fator importante para a incidência desta síndrome é a idade materna avançada,
mulheres com idade acima de 35 anos possuem uma chance maior devido à
qualidade de seus ovócitos (SUGAYAMA, 2001).
Infelizmente a taxa de mortalidade dos nascidos vivos é extremamente alta,
cerca de 50% dos casos não sobrevivem até o primeiro mês de vida, 95% das mulheres
grávidas com diagnostico de seus filhos com a síndrome do Edwards sofrem aborto
14
espontâneo entre o primeiro e o segundo trimestre de gestação e 90% das crianças que
vivem após o primeiro mês, não passam do primeiro ano de vida devido as altas taxas
de malformações em órgãos primordiais para a sobrevivência como deficiência
cardíaca, pulmonar, neurológica e muscular (SOUZA et al, 2010; MARÍA E ISABEL,
2012).
A síndrome de Edward apresenta três formas de manifestações: a trissomia total
do 18, onde a presença de três copias idênticas desse cromossomo 18 em cada célula
representa 96% dos casos, trissomia parcial do 18, onde há a presença de dois
cromossomos juntamente com uma outra metade de cromossomo 18 totalizando 2%
dos casos por trissomia parcial do 18 e mosaicismo significando que qualquer outro
cromossomo pode apresentar uma parte do cromossomo 18 atingindo 3% dos casos
com síndrome do 18(AYTÉS, 2010). A metodologia para execução do diagnostico
deve ser feito no período do pré-natal ou pós nascimento se durante a gestação não
for detectado nenhuma deformidade no feto. O exame deverá ser feito através do
cariótipo, utilizando-se coloração da hibridação genômica comparativa de
microarranjos Giems ou FISH (SALDARRIAGA, 2010).
1.4 Síndrome de Patau
Síndrome de Patau ou trissomia do 13 foi descrita no ano de 1960 por Klaus
Patau (BURNS; BOTTINO, 1991) é uma doença genética caracterizada por diversas
má-formações fetais, atingindo o sistema nervoso central, sistema cardiovascular
entre outros órgãos(NANJIANI, 2007), é a síndrome com a menor ocorrência
estimada em 1:20000 nascidos vivos, devido a sua alta taxa de mortalidade intra
uterina, levando aos abortos espontâneos, destes a maioria dos nascidos vivos são
do sexo feminino (SPOLADORI, 2018). Extremamente grave e fatal relacionada com
o cromossomo 13, apresentando de três modos de anomalia: a trissomia do 13 livre
(47+13) que é a forma mais comum, de modo que há a presença de três
cromossomos 13 completos, translocação robertsoniana envolvendo o braço longo
do cromossomo 13 e mosaicismo (47, +13/46) onde parte do cromossomo estará
ligado a outro cromossomo diferente. De acordo com Abudinén (2013), os casos de
mosaicismo e translocação robertsoniana são onde há mais casos de portadores
que sobreviveram além do primeiro ano de vida.
15
Entre 86% a 91% dos casos de recém-nascidos vivos não alcançam o
primeiro ano devido às alterações sofridas em diversos sistemas e órgãos (RIBATE
MOLINA, 2010; GUS, 2015). Como na síndrome do 18 os portadores da síndrome
do 13 raramente chegaram à fase adulta, apesar de não haver cura ou um
tratamento especifico, tudo dependerá do qual grave será a síndrome, se atingira
órgãos vitais danificando-os bruscamente, além de diagnósticos antecipados
auxiliaram aos médicos a quais procedimentos realizarem para que os quadros nos
sistemas não evoluam ainda, juntamente com o apoio e a compreensão dos pais
(TSUKADA, 2012; PLASIASU et al, 2010). O diagnóstico obtém-se através da
ultrassonografia (USG) possibilitando identificar anomalia como a holoprosencefalia
uma das alterações cromossômicas no sistema nervoso com maior frequência
atingindo 66% dos casos de S13, além de 80% apresentarem problemas
cardiovasculares (RIBATE MOLINA, 2010; MOTTA, 2005). Além da USG o exame de
amniocentese do cariótipo do feto confirmará o diagnostico conclusivo de S13
(RIBATE MOLINA, 2010). Diferentemente da síndrome do 18, a síndrome do 13
apresenta maiores indícios de deformações físicas comparadas com a S18 como
fissura lábio-palatino, planta dos pés arqueada, polidactilia, apresentam também
sintomas como apnéia do sono, hipertonia ou hipotonia e convulsões características
marcantes da síndrome (OTTO, OTTO e FROTA-PESSOA, 2004). Nas crianças que
sobrevivem após um ano de vida, há um retardo piscomotor/mental; no aparelho
geniturinário (genital e urinário) pode de se haver criptorquidia devido ao baixo peso
do recém-nascido, rim policístico surgimento de cistos devido a fatores genéticos e
hidronefrose modificação nos rins devido ao acumulo de líquido, hérnia inguinal ou
umbilical (PEROOS, 2012; PETRY, 2013)
1.5 Síndrome de Turner
A síndrome de Turner foi retratada em 1938 pelo médico endocrinologista
Henry Turner, sendo definida como uma alteração nos cromossomos sexuais,
retratando apenas um cromossomo X com desempenho normal, da qual há ausência
total ou parcial do outro cromossomo X (MORGAN, 2007; MARANHÃO, 2008).
Maranhão (2008) e Bondy (2007) retratam a síndrome de Turner como a anomalia
cromossômica mais regular, com ocorrência de 1:2500 meninas nascidas vivas.
Possuindo fenótipos voláteis, desde meninas com quadros típicos da síndrome até
16
quadros praticamente irreconhecíveis pela população geral (MORGAN, 2007),
segundo Laranjeira, et al (2010) em 95% dos casos as meninas apresentam baixa
estatura e falência nos ovários, sendo 10% dos casos de síndrome descobertas já
na fase adulta devido o investigamento da infertilidade das mulheres (EGIAS, 2003).
Segundo Davenport (2010) a gestação em mulheres com a síndrome de Turner é
extremamente rara, devido à infertilidade e insuficiência ovariana prematura (POF),
os casos de ST mosaicisticos são mais propensos a terem um ciclo menstrual
normal e desenvolvimento do puberal, em comparação com os de monossomia 45X
que apresentam fenótipos mais modificados. O cariótipo mais frequente dos
portadores da síndrome é definido como 45X, podendo apresentar também
alterações nos cromossomos X e Y e mosaico (ARAUJO, 2010). O isocromossoma
Xq é a modificação estrutural mais frequente estando associada à surdez e doenças
autoimunes (ELSHEIKH, 2002).
1.6 Síndrome de Klinefelter
A síndrome de Klinefelter está associada a um cromossomo X extra, afetando
restritamente o sexo masculino, originando ao cariótipo de 47, XXY, com inúmeras
alterações fenotípicas, podendo apresentar ginecomastia crescimento da mama
aumentando em 80% as chances de apresentarem câncer de mama, disfunções nos
pelos pubianos, além de alterações na tonalidade da voz dependendo da quantidade
de cromossomo X extras (ARAÚJO, 2012), sua forma mais comum de ser
encontrada em 80% dos casos é a 47 XXY, entretanto há casos de homem de
possuam tetrassomias 48 XXXY, 48 XXYY ou até mesmo pentassomias 49 XXXXY
(BONOMI, 2017). A estatística de diagnósticos com esta síndrome é de 1:1000
nascidos vivos do sexo masculino (HERLIHY, 2011). Entre outras características
fenotípicas os portadores podem apresentar a infertilidade, hipogonadismo,
ginecomastia e alterações cognitivas (HERLIHY, 2011; VAN RIJN, 2018).
A síndrome de Klinefelter foi descrita em 1942 por Harry Klinefelter e
colaboradores que encontraram homens com testículos pequenos, azoospermia e
aumento do hormônio folículo-estimulante (FSH) (PACENZA, 2011). Devido ao
avanço em técnicas de investigamento genético possibilitou o diagnostico durante o
período intrauterino através da amniocentese (RUIZ, 2012). De acordo com Van Rijn
17
(2018), tratamento utilizando testosterona é um dos mais indicados devido aos
aspectos fenotípicos proveniente da falta deste hormônio, devendo ser controlada
por especialistas para uma dosagem controlada e também um possível efeito
colateral.
1.7 Síndrome de Down
A síndrome de Down (SD) foi retratada inicialmente pelo médico inglês John
Langdon Down no ano de 1866. Down trabalhava com crianças com deficiência
intelectual, analisando pacientes com características semelhantes, descreveu os
indivíduos com a SD pertencente a um grupo étnico como sendo “idiotia mongólica”
relacionando-se sua aparecia física, face achatada, baixa estatura, cabelos
castanho, nariz pequeno (Down, 1866). Outras terminologias equivocadas foram
utilizadas para designação destas pessoas como imbecilidade mongolóide,
mongolóides, mongol (MUSTACCHI, 2000; SILVA E DESSEN, 2002).
O termo mongolóide retrata certo preconceito racial com as pessoas que
possuam a Síndrome, deixando de ser utilizada a partir do de 1959 quando Jerôme
Lejeune e Patricia Jacobs trabalhando de forma independente descobriram a
existência de um cromossomo 21 extra nos pacientes com características idênticas
as que John Langdon Down havia relatado, em sua homenagem deram o nome de
Síndrome de Down a todos aqueles que ao nascer possuíssem características
descritas por Down e consequentemente as de Lejeune e colaboradores (Martinho,
2011). No ano de 1965 a SD foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) como sendo uma síndrome genética (SILVA & DESSEN, 2002).
A Síndrome de Down ou trissomia do 21 é a aneuploidia mais conhecida entre
humano, atingindo em torno de 1 a cada 700 nascidos vivos (MOURATO;
VILLACHAN; MATTOS, 2014), em mulher grávidas a cima dos 45 anos as
possibilidades de terem um filho com SD cai para 1 a cada 50 nascimentos, segundo
Alao (2010). O indivíduo com a SD ao nascer possui três cromossomos 21 ao
contrário de dois o número comum de cromossomos, devido a não disjunção
meiótica deste cromossomo na hora da divisão celular (BULL & COMMITTEE ON
GENETICS, 2011). Na hora da fecundação são transferidos para o feto 23
cromossomos maternos e 23 paternos dando origem a 46 cromossomos o numero
normal em indivíduos que não possuam nenhuma alteração genética. Este
18
cromossomo 21 extra, causa diversas alterações físicas e intelectuais no individuo
(VITTO JUNIOR; LIMA, 2011).
Os indivíduos com SD além das alterações físicas e intelectuais apresentam
problemas como cardiopatias congênitas, hipotonia, distúrbios oftalmológicos e
auditivos, disformia facial, gastrointestinais congênitas, apneia entre diversas outras
alterações que podem afetar com mais frequência os SD (NIZETIC, 2001; ALAO et
al,2010). Entre os fenótipos típicos das Síndromes de Down podem ser citados as
pregas das mãos obliquas e curtas, base nasal plana, face achatada, baixa estatura,
excesso de tecido adiposo no dorso do pescoço alem de curto, língua saliente
sulcada, pés apresentando espaços a mais entre os dedos (BULL & COMMITTEE
ON GENETICS 2011; LIMA, 2016).
A partir do século XX, os indivíduos com SD possuem uma expectativa de
vida maior, devido ao avanço na área médica, principalmente na cirurgia cardíaca
(Champagne 2014), aumentando as taxas de sobrevivência nos primeiros anos de
vida, onde 50% dos nascidos com a SD possuem alguma cardiopatia congênita
(BULL & COMMITTEE ON GENETICS, 2011).
A SD não é uma doença, ao contrário, é uma deficiência. As deficiências
estão relacionadas a modificações físicas no corpo, órgão ou em suas funções,
podendo afetar parcialmente ou totalmente um órgão, incluindo perda de funções
intelectuais (LIMA, 2016). A SD não é algo que se transmite de individuo para
individuo, ela ocorre devido a falhas genéticas, não se sabe ao certo o porquê deste
erro na separar dos cromossomos há diversas teorias e hipóteses, como a idade
materna avançada (ALVES, 2011).
1.7.1 Cariótipo Síndrome de Down
O conjunto básico de cromossomos de uma espécie denomina-se cariótipo,
são definidos pelo seu tamanho, formato e quantidade de cromossomos. Sendo
diferenciadas quando há alguma alteração genética nos cromossomos
(MUSTACCHI, 2000). Os seres humanos possuem 46 cromossomos em suas
células sendo estes 23 cromossomos vindos da mãe e 23 cromossomos do pai,
originando 46 cromossomos. Os cromossomos são formados por genes,
responsáveis por determinarem as características de cada um, como
desenvolvimento, crescimento (KOZMA, 2007). Cada gene é formado por um longo
19
23 cromossomos 23 cromossomos
Fertilização
46 cromossomos
Mitoses
46 cromossomos 46 cromossomos
46 cromossomos 46 cromossomos 46 cromossomos 46 cromossomos
composto de fita dupla em espiral, denominado DNA (ácido desoxirribonucleico)
formando o código genético de cada um (KOZMA, 2007).
Dos 46 cromossomos existentes em todas as células 44 são regulares
(cromossomos 1 ao 22), os outros dois são chamados de cromossomos sexuais, são
eles que determinam o sexo feminino(XX) ou masculino (XY) (Movimento Down,
2012). A figura 1 mostra como ocorre o processo de divisão celular em que
cromossomos se dividem normalmente:
Figura 1: Processo de fertilização normal
Fonte: Kozma, 2007.
Quando há um erro na disjunção dos cromossomos um das células
cromossômicas ficam com 22 cromossomos enquanto a outra com 24
cromossomos, no processo de mitose esta célula com 24 cromossomos vindos o
óvulo da mulher se juntara aos 23 cromossomos do espermatozóide masculino que
originaram celular com 47 cromossomos, originando uma trissomia (VOGEL,
MOTULSKY, 2000).
20
Figura 2: Processo de fertilização onde há uma não-disjunção.
Fonte: Kozma, 2007, p.22.
Na Síndrome de Down não há uma disjunção do cromossomo 21, podendo
transcorrem de três maneiras: trissomia livre do 21, translocações robertsonianas e
mosaicismo (LIMA, 2016).
Entre as três formas da SD se manifestar a trissomia livre do 21, ocorre com
maior frequência atingindo 95% dos casos de SD que nascem com 47 cromossomos
sendo a trissomia do cromossomo 21. Na trissomia livre durante a divisão celular por
algum fator genético o cromossomo 21 não se separa devidamente, assim, haverá a
junção do ovulo com 24 cromossomos com os 23 cromossomos do espermatozoide
originando 47 cromossomos no total e sucessivamente todas as células com 47
cromossomos (Kozma, 2007; Movimento Down, 2012; Lima, 2016).
21
Figura 3: imagem com trissomia do cromossomo 21.
Fonte: Ministério da Saúde, 2013.
A translocações robertsonianas decorre da fragmentação do cromossomo 21q
ou p para o braço de outro cromossomo geralmente o 14, não se sabe ao certo o
motivo do uma parte do cromossomo 21 se ligar ao 14 (Movimento Down, 2012).
Ao contrário da trissomia 21 padrão, na translocação a mãe ou o pai apresentam
fragmento do 21q colado com o 14, que na hora da fusão gamética há dois
cromossomos 21 mais uma parte junto com o 14. Devido o fato de ser herdado da
mãe ou do pai o casal pode ter chances de terem outro filho com SD. Atingindo de
4% a 5% dos casos com Síndrome de Down, sendo descrito por 46, XX, 14q21q
relacionado às mulheres e 46, XY,14q21q aos homens (LEITE, [200-]; LIMA, 2016)
22
Figura 4: Síndrome de Down por translocação robertsoniana
Fonte: Ministério da Saúde, 2013.
O terceiro e menos frequente dos casos está relacionado com o mosaicismo
correspondendo de 1% a 2% dos casos de SD (Ministério da Saúde, 2013).
Equivale-se ao óvulo e o espermatozoide terem 23 cromossomos cada um, com a
junção originando-se 46 cromossomo, entretanto, no decorrer da divisão há uma
não-disjunção parcial em uma das linhagens celulares gerando células com 46
cromossomos e outras com 47 cromossomos (KOZMA, 2007), deste caso o número
de células com a trissomia dependera de quando ocorrera o erro genético(LIMA,
2016)
23
Figura 5: representação de mosaicismo em Síndrome de Down.
Fonte: Kozma, 2007, p.25
1.7.2 Diagnósticos da Síndrome de Down
A notícia do nascimento de uma criança com SD torna-se algo espantoso
para os pais no primeiro momento pelo fato de ser uma alteração genética intrigante,
devido a problemas na saúde e também pelo seu desenvolvimento ser mais lento
que o normal (FERREIRA, 2019). Normalmente o diagnostico sucede-se logo que a
criança nasce devido a fenótipos típicos dos SD como: hipotonia, microcefalia com
ou sem braquicefalia; olhos oblíquos, mãos com hipoplásicas da falange do quinto
dedo (ALVES, 2011).
Com o avanço das técnicas laboratoriais possibilitou-se a realização de
exames durante o pré-natal para a identificação das síndromes, exames como
amniocentese e biopsia da Vilosidade Coriônica são utilizados para dos
cromossomos no feto (ALVES, 2011; KOZMA, 2007). Amniocentese baseia-se na
remoção de líquido amniótico intra-uterino da mãe com propósito de diagnosticar
anomalias como a Síndrome de Down, Síndrome de Edward e no tubo neural
(BATISTA et al, 2012; PINA et al, 2008), em contrapartida a vilosidade coriônica
24
consiste na retirada de uma porção do tecido trofoblástico da placenta par (BATISTA
et al, 2012).
Outro método de identificação de anomalias é o aconselhamento genético,
pratica com intuído de informar possíveis riscos no processo de desenvolvimento
embrionário, analisando genes com possíveis erros que apresentaram uma futura
síndrome ou doença (CORRÊA, 2006). Em relação aos cuidados ao longo da vida
além do básico para qualquer um é necessário que realizem exames como o
ecocardiograma, TSH, exames periódicos em relação aos órgãos do sentido
(otorrinolaringologistas e oftalmologistas), além de manterem uma alimentação
equilibrada para que se possa evitar possíveis doenças como o diabetes (ALVES,
2011).
1.7.3 Cardiopatia congênita
Cerca de 64% dos casos de SD apresentam anomalia congênita como
cardíacas, digestivas, respiratória, urinarias e musculares (STOLL et al., 2015).
Dentre os defeitos congênitos citados há uma maior frequência das alterações
cardíacas, apresentando 55% dos casos (KO, 2015), causando efeitos relevantes na
vida da criança e implicando em seu desempenho ocupacional (AITA; SOUZA,
2016). Sendo defeitos completos ou incompletos do septo aurículoventricular
(DSAV), defeitos do septo auricular ou ventricular e a tetralogia de Fallot (ToF) (KO,
2015). A também um maior índice de hipertensão pulmonar devido à falta de
alvéolos, que é a menos espessura das arteríolas (LOANE, 2013).
1.7.4 Inclusão
A inclusão crianças com SD no ensino básico de educação é garantida por lei
pelo decreto nº 3/2008, onde todos os alunos tenham direito a educação igualitária
certificando o máximo de independência e comunicação social (CUNHA, 2011).
Diante disto, o Plano Nacional de Educação tem se modificado para respeitar e
reduzir as desigualdades, são levadas em considerações diferentes formas de
25
ensino aprendizagem com o intuído de excluir quaisquer formas de discriminações
existentes (Brasil, 2014).
Segundo Gaspar (2009), a escola tem como objetivo regularizar ações pedagógicas
que desenvolvam habilidades de interações em grupo para que todos se sintam
incluídos em um amplo aspecto social, mesmo que ajam dificuldades para os SD se
socializarem, as escolas possuem um grande papel para que ocorra de forma mais
natural sem danos psicológicos para a criança (AQUINO, FERREIRA,
CAVALCANTE, 2016).
26
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33
2 ARTIGO
Síndrome de Down: desenvolvimento e formação.
MORENO, A. L. M.¹
RUAS, E. A.²
RESUMO
As síndromes são anomalias genéticas de diferentes etiologias, a síndrome de Down
caracteriza-se pela presença de um cromossomo 21 extra, atingindo 1 a cada 700
crianças nascidas no Brasil. Há três formas da Síndrome de Down, trissomia livre do
21, translocações robertsonianas e mosaicismo. Um fator importante é em relação à
idade materna avançada, mulheres com mais de 45 anos possuem uma chance
maior de seus filhos possuírem a síndrome. Dentre as características fenotípicas
relacionadas estão hipotonia, olhos oblíquos, mãos com hipoplásicas da falange.
Além de apresentarem doenças congênitas como cardiopatia, respiratória, digestiva
e muscular, entre essas a cardiopatia congênita abrange 64% de todos os casos de
síndrome de Down no Brasil. O processo de inclusão escolar ajuda com que a
criança com SD saiba se socializar e desenvolver suas funções cognitivas a partir do
momento em que interagem com outras crianças. O objetivo deste estudo foi
discorrer sobre a síndrome de Down e como os centros educacionais e os pais lidam
com os portadores dessa síndrome.
Palavras-chave: Trissomia. Idade materna. Inclusão
34
Down syndrome: development and formation.
MORENO, A. L. M.¹
RUAS, E. A.²
ABSTRACT
Syndromes are genetic anomalies of different etiologies, Down syndrome is
characterized by the presence of an extra chromosome 21, affecting 1 in every 700
children born in Brazil. There are three forms of Down syndrome, free trisomy 21,
Robertsonian translocations and mosaicism. An important factor is in relation to the
advanced maternal age, women over 45 have a greater chance of their children
having the syndrome. Among the related phenotypic characteristics are hypotonia,
oblique eyes, hands with hypoplastic phalanx. In addition to presenting congenital
diseases such as heart, respiratory, digestive and muscular diseases, among these,
congenital heart disease covers 64% of all Down syndrome cases in Brazil. The
school inclusion process helps the child with DS know how to socialize and develop
their cognitive functions from the moment they interact with other children. . The aim
of this study was to discuss Down syndrome and how educational centers and
parents deal with people with this syndrome.
Keywords: Trisomy. Maternal age. Inclusion
35
INTRODUÇÃO
“A síndrome de Down (SD) é uma condição genética relatada a mais de um
século por John Langdon Down, uma das causas mais comuns de deficiência
mental” (DOWN JL. 1886). Caracterizada como uma aneuploidia causada pela
trissomia do cromossomo 21, ocorrendo de três formas: trissomia do 21,
translocação cromossômica ou mosaicismo (SILVA E KLEINHANS, 2006).
A trissomia do cromossomo 21 ocorre devido a não-disjunção cromossômica
geralmente na hora da divisão meiótica onde há a presença de um cromossomo 21
extra, sendo a forma mais comum da aneuploidia (KOZMA, 2008). A translocação
cromossômica ocorre devido à reorganização cromossômica no ganho de material
genético, sendo de forma acidental ou herdada dos pais, nesse caso há uma
translocação entre os cromossomos 21 e o cromossomo 14 No terceiro tipo, a de
mosaicismo, o zigoto começa-se a dividir normalmente produzindo erros na 2° ou 3°
divisões celulares, caracterizada pela produção de uma linhagem celular com 46
cromossomos normais e outra trissomica com 47 cromossomos, sendo o
cromossomo 21 extra. Tendo relação com a idade avançada da mãe, sendo que
mães com idade superior a 40 anos possuem uma chance maior de terem filhos
portadores da Síndrome, há também uma probabilidade da causa ser pela idade
paterna (GRIFFITHS et al., 2002)
Os indivíduos com Síndrome apresentam deficiência intelectual, alterações
em sua aparência física como cabeça grande e com cabelos lisos, face achatada
com olhos profundos, hipotonia muscular, pés com a região plantar lisa, mãos e
dedos pequenos e pescoço curto, podendo apresentar múltiplas condições médicas,
que podem causar problemas cardiovasculares e deficiência em outros órgãos como
rins e fígado. Possuem uma maior chance de ocorrência de doença de Alzheimer e
epilepsia, as características comportamentais dos SD são um tanto quanto
complicadas de se lidar, dependendo do seu grau de deficiência (GASPAR, 2013).
Há diversos exames feitos durante o período gestacional para a constatação de
que a crianças apresenta síndrome, como por exemplo: testes sanguíneos, coleta
tríplice, ultrassonografia 3D e amniocentese (OMS, 2016). A notícia do nascimento
de uma criança com SD causa preocupação para os pais e a família, em parte pelo
36
preconceito da sociedade, nesse tocante a família, se torna extremamente
importante por ser capaz de possibilitar à criança um espaço de crescimento e
desenvolvimento, juntamente com afeto, amor e carinho (GASPAR, 2013)
Há anos que se estuda o desenvolvimento das crianças portadoras de SD,
suas necessidades, como se comportam em relação a outras crianças (FIDLER E
NADEL, 2007), sua interação social, escolar e até mesmo familiar. A formação
sociocultural é de grande importância para entender a sua formação linguística,
aspectos biológicos, sociais e culturais. Outra forma muito importante de se trabalhar
com crianças SD é estimular brincadeiras de lógicas, fazendo-as desenvolver seu
intelecto (SILVA E DESSEN 2002)
A inclusão de crianças portadoras de síndromes nas escolas de todos os
países está ficando cada vez mais frequente, variando conforme suas culturas e
políticas. No Brasil a inclusão fundamenta-se na Constituição Federal de 1988, artigo
5° que garante a todos o direito de igualdade. No capítulo III, da educação, da
cultura e do desporte, o artigo 205, a educação é um direito de todos e dever da
família e do estado, visando sua qualificação e cidadania para o trabalho (BRASIL,
2004).
O ambiente escolar é um grande estimulador para as crianças com SD, as pré-
escolas possuem o segundo papel mais importante proporcionando estímulos tanto
motores quanto para o desenvolvimento intelectual (SILVA E DESSEN, 2002). No
entanto crianças com SD exibem um considerável deficiência intelectual em relação
aos colegas de classe, que varia devido ao nível de complexidade de sua síndrome
(HOLDEN; STEWART, 2002).
O objetivo desse estudo foi discorrer sobre a síndrome de Down e como os
centros educacionais e os pais lidam com os portadores dessa síndrome.
Comparando o desenvolvimento de crianças, jovens e adultos portadores da
síndrome de Down, quanto aos trabalhos realizados na Associação de Pais e
Amigos dos Excepcionais, com associações que trabalham com Síndrome de Down.
Verificando como os pais lidam com a notícia de que terão uma criança portadora da
síndrome e descrever o desenvolvimento dessas crianças como também seu
relacionamento com os membros da família e outras crianças no ambiente escolar.
37
METODOLOGIA
O estudo se baseou em leituras exploratórias e seletivas buscando a
valorização de informações sobre o tema trabalhado. Com o intuído de buscar
informações atualizadas em relação a estudos já realizados no Brasil. Foram
utilizadas as plataformas de pesquisa como Google Acadêmico, e a Scientific
Eletronic Library Online (SciELO).
Para a localização de artigos científicos tanto nas línguas portuguesa, inglesa e
espanhola foram utilizados termos como: “Síndrome de Down”, “causas da Síndrome
de Down”, “idade materna dos portadores”, “interação escolar de SD”, “ estimulações
de indivíduos portadores de Síndrome de Down”. Após as buscas pelos artigos
foram realizadas as leituras e compreensão do assunto, para se iniciar o trabalho
relacionado com Sindrome de Down e seu desenvolvimento.
A pesquisa também contou com pesquisas de campo realizada na APAE de
Novo Itacolomi e na Associação Download de Apucarana onde, foram utilizados
questionários para pais, professores e profissionais da saúde como psicólogos e
fisioterapeuta que trabalham com crianças com a síndrome, aonde os mesmos
responderam questões básicas abordando a forma de estimulos comparando sua
formação e desenvolvimento ao longo dos anos em relação aos estímulos feitos nas
Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais(APAE).
A pesquisa contou com 40 indivíduos, sendo eles professores, profissionais da
saúde e pais de portadores de SD, responderam ao instrumento de avaliação de
Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-BREF), em
seguida 08 questões relacionadas a aprendizagem e ao desenvolvimento do
portador de Síndrome de Down. Que após a pesquisa serão analisadas e
comparadas, sendo relatadas após isto as principais respostas de todas as
entrevistadas, e em relação ao questionário de qualidade de vida será executada
tabelas com a média das respostas das entrevistadas para uma melhor analise de
todos.
38
RESULTADOS
Através das buscas pelas plataformas Google Acadêmico, SciELO obteve-se
um total de 36.000 resultados associados palavra chave “Síndrome de Down” em
todos os anos e idiomas encontrados. Em seguida utilizou “Síndrome de Down
cariótipo” obtendo um resultado de 5.940 artigos, “Síndrome de Down inclusão”
21.600 artigos e “Síndrome de Down idade materna” 12.900 artigos encontrados, no
período de setembro de 2019 a junho de 2020
Também, foram aplicados questionários de qualidade de vida (WHOQOL-
BREF), aos pais e profissionais que trabalham com Síndrome de Down com o
intuído de saber mais como cada pessoa esta e se sente com relação ao tempo
investido do cuidado de seus filhos Síndromes de Down.
O período de entrevista com os participantes ocorreu de novembro de 2019 a
fevereiro de 2020, No entanto houve um grande número de desistência dos
participantes, apenas notificaram a desistência no final do prazo estabelecido, não
dando tempo para entrar em contato com outras pessoas para responderem os
questionários chegando ao final da pesquisa com 13 indivíduos que responderam
devidamente as questões do seguinte artigo.
As questões relacionadas ao questionário de qualidade de vida dizem
respeito aos entrevistados e como eles se sentem ao cuidarem de crianças com
alguma síndrome como a SD, sendo também de grande ajuda para os mesmos para
que percebam se há algo de errado com sua saúde mental.
As respostas do questionário WHOQOL - bref foram organizadas conforme o
quesito das questões. Na tabela 1 observa-se uma média das respostas
relacionadas a qualidade de vida dos entrevistados. A tabela 2 refere-se às questões
sobre o sentimento dos entrevistados nas duas semanas antes de responderem ao
questionário. A tabela 3 apresenta uma média das respostas relacionadas à quão
bem se sentem em relação a determinados aspectos de sua vida nas duas semanas
anteriores ao preenchimento do questionário
39
Resultados questionário qualidade de vida - WHOQOL-bref
Tabela 1
Fonte: autora do trabalho, 2020.
Quadro 2
Fonte: autora do trabalho, 2020
ruim boa
1 9
2 4
Como você avaliaria sua qualidade de vida?
Quão satisfeito(a) você está com a sua saúde?
Questionário de qualidade de vida
2
0 5 3
muito ruim medio muito boa
0 1
Em que medida você tem oportunidades de atividade de lazer? 0 4 5 3 1
0
Quão disponíveis para você estão as informações que precisa no seu dia-a-dia? 0 0 7 5 1
Você tem dinheiro suficiente para satisfazer suas necessidades? 1 2 8 2
0 Você é capaz de aceitar sua aparência física? 0 0 5 6 2
1
As questões seguintes são sobre o quanto você tem sentido algumas coisas
Em que medida você acha que sua dor (física) impede você de fazer o que você precisa?
Você tem energia suficiente para seu dia-a- dia? 0 1 9 3
Quão saudável é o seu ambiente físico (clima, barulho, poluição, atrativos)? 0 1 4 7
Quão seguro(a) você se sente em sua vida diária? 0 0 6 6 1
0 2 8 3
O quanto você consegue se concentrar? 0 0 8 3 2
0
O quanto você aproveita a vida? 0 0 4 9 1 Em que medida você acha que a sua vida tem sentido? 0
Extremamente
0
O quanto você precisa de algum tratamento médico para levar sua vida diária? 2 7 3 1
muito pouco
mais ou menos bastante nada
3 5 4 1
40
Quadro 3
Fonte: autora do trabalho, 2020.
Fonte: autora do trabalho, 2020.
média das respostas do questionário WHOQOL-bref
1% RUIM
1% NEM BOA NEM RUIM
9% BOA
2% MUITO BOA
27% DESISTENCIA
sempre as vezes nunca
f requenteme nte
muito frequente
Com que freqüência você tem sentimentos negativos tais como mau humor, desespero, ansiedade, depressão? 3 7 1 2 0
Quão satisfeito(a) você está como seu meio de transporte? 0 0 4 5 4
Quão satisfeito(a) você está com o seu acesso aos serviços de saúde? 0 2 5 6 0
6 1
Quão satisfeito(a) você está com as condições do local onde mora? 0 0 2 7 4
Quão satisfeito(a) você está com o apoio que você recebe de seus amigos? 1 1 4
0
Quão satisfeito(a) você está com sua vida sexual? 2 0 4 7 0
Quão satisfeito(a) você está com suas relações pessoais (amigos, parentes, conhecidos, colegas)? 0 1 3 9
0
Quão satisfeito(a) você está consigo mesmo? 0 1 4 7 1
Quão satisfeito(a) você está com sua capacidade para o trabalho? 1 2 2 8
Quão satisfeito(a) você está com sua capacidade de desempenhar as atividades do seu dia-a-dia? 0 2 2 5 4
Quão satisfeito(a) você está com o seu sono? 0 0 6 4 3
nem ruim nem bom
bom muito bom
Quão bem você é capaz de se locomover? 0 0 0 4 9
muito ruim ruim
41
DISCUSSÃO
Apesar do número reduzido dos entrevistados, as respostas continham as
mesmas informações dando a entender que os mesmos problemas afetam todas as
crianças mesmo apresentando graus diferentes, pois cada uma possui a sua
particularidade. Segundo ALVES (2009) e os relatos apresentados pelas mães
entrevistadas os cuidados com as crianças com SD são os mesmos comparados
com as crianças sem a síndrome, sempre atentos na evolução de seus filhos
ajudando-as para que cresçam independentes sabendo que podem realizar todas as
atividades mesmo que isto requeira um pouco mais de atenção dos pais, pois as
crianças com SD necessitam de uma demonstração das atividades repetidas vezes
até que possam realizá-las sozinhos. A linguagem é um fator importante para
distinguir os seres humanos de outras espécies, algo de extrema importância que
sempre foi objeto de estudos (Benveniste, 1988).
Entretanto crianças com SD podem variar o tempo para aquisição de sua fala,
dependendo do grau de comprometimento de cada uma, segundo Pereira e Mota
(2002), a conquista fonética é algo difícil envolvendo distintos itens como a
percepção a produção dos sistemas de linguagens, como realizar os movimentos
com a musculatura facial para adquirir os diferentes sons. Segundo Cunningham
(2008), as pessoas com SD possuem em sua maioria variação anatômica na
musculatura afetando as articulações responsáveis pela fala e também o aparelho
auditivo reduzindo o desenvolvimento linguístico e na comunicação, Rangel (2011).
Um fator relatado pelas entrevistadas na pesquisa é a hipotonia muscular que
segundo Carrico et al (2014), afeta a musculatura da traqueobrônquica prejudicando
na eliminação de secreções, o acúmulo de muco pode acarretar em otites muito
comum em crianças SD devido as alterações estruturais e anatômicas do tubo
auditivo, hipoplasia da mastoide e tecido mesenquimal na cavidade timpânica.
Com relação à inclusão e ao aprendizado há muitas barreiras a serem
enfrentadas, pois infelizmente não há profissionais capacitados para trabalharem
com SD, entretanto, a inclusão nas escolas é garantida por lei deste os anos de 90,
mesmo que segundo Ferraz (2010), seja algo complexo para se adaptar no currículo
escolar, mas, é algo fundamental para o seu desenvolvimento e crescimento social,
pois, no ambiente escolar a grande incentivo para que não se sintam
menosprezados por apresentarem a SD.
42
CONCLUSÃO
Com esta pesquisa pode-se concluir que de uma forma geral que todas as
entrevistadas possuem os mesmos relatos, dando a entender a carência de
profissionais aptos no assunto, tanto na área da saúde quanto na da educação.
Mesmo havendo pesquisas novas na área a quantidade de pessoas estudando ou
buscando informações ainda é muito pequena. Um dos principais relatos das mães é
a falta de profissionais qualificados para trabalhar com seus filhos, indicando mais
uma vez a carência de estudo sobre o assunto.
O processo de inclusão deve ser tratada de forma clara e segura, tanto para
os pais e as crianças, quanto para os profissionais, pois, são perfeitamente capazes
de se interagirem com outras crianças sem SD.
43
REFERÊNCIAS
ALVES, Juliana; MUNIZ, Mestra Fabiane. A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR PARA ALUNOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL, PORTADORAS DA SÍNDROME DE DOWN, 2009 Benveniste, É. Da subjtividade na linguagem (1958). In:____. Problemas de lingüística geral I. Campinas, SP: Pontes, 1988. p. 284-293. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. 24ed., São Paulo: Saraiva, 2000. (Série Legislação Brasileira). CARRICO, Barbara et al. Avaliação auditiva periférica em crianças com síndrome de Down. Audiology-Communication Research, v. 19, n. 3, p. 280-285, 2014. CUNNINGHAM, Cliff. Síndrome de down-: Uma introdução para pais e cuidadores. Artmed, 2008. Down JL. Observations on the ethnic classification of idiots. London Hospital Clinical Lectures and Reports 1886;3:259-62 FERRAZ, C.; ARAÚJO, M.; CARREIRO, L. Inclusão de crianças com Síndrome de Down e paralisia cerebral no ensino fundamental: comparação dos relatos de mães e professores. Revista Brasileira de Educação Especial, Marília, v. 16, n. 3, p. 397-414, 2010 Fidler, D.J. y Nadel, L. (2007) Education and children with Down syndrome: Neuroscience, development and intervention: Mental Retardation and Developmental Disabilities Research Reviews, 13, 262-271 Fleck MPA, Louzada S, Xavier M, Chamovich E, Vieira G, Santos L, Pinzon V. Aplicação da versão em português do instrumento abreviado de avaliação da qualidade de vida ―WHOQOL-bref‖. Revista de saúde pública, 2000, 34(2):178-183
Gaspar, L. (2013). Trissomia 21 – O ponto de vista do médico. Faro: Apatris 21. Griffiths AJF et al. Introdução à genética. 7ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002. p.521-47. HOLDEN, B.; STEWART, P. The inclusión of students with Down síndrome in New Zeland schools. Down Syndrome News and Update, v. 2, n. 1, p. 24-28, 2002. Kozma, C. (2008). What is Down syndrome? In S. J. Skallerup (Ed.), Babies with Down syndrome a new parent's guide (pp. 1-43). Bethesda, MD, US: Woodbine House.
44
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. CID-10: Classificação internacional de doenças. 5. ed. São Paulo: EdUSP, 1999 Pereira, L. F.; MOTA, H. B. tratamento fonológico baseado nos contrastes de oposições máximas. Pró-fono Revista de Atualização Cientifica, Barueri, SP, v.14, n. 2, p. 165-174, maio/ago. 2002. RANGEL, Denise I.; RIBAS, Leticia P. Características da linguagem na Síndrome de Down: Implicações para a comunicação. Revista Conhecimento Online, v. 2, p. 18-29, 2011. SILVA, N. L. P; DESSEN, M. A. (2002). Síndrome de Down: etiologia, caracterização e impacto na família.
Silva, M.F.M.C. & Kleinhans, A.C.S. (2006). Processos Cognitivos e Plasticidade
Cerebral na Síndrome de Down. Revista Brasileira de Educação Especial. 12(1),
123-138.
45
APÊNDICES:
46
APÊNDICE A- TERMO DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL
Apucarana, __de __de 2019 À Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais A/C Susana Maria Hauselmann Silva
Eu Ana Lucia Candeias Moreno, acadêmica do Curso de Ciências biológicas da Faculdade de Apucarana (FAP), tendo como requisito, apresentar o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) com o seguinte título: SÍNDROME DE DOWN: DESENVOLVIMENTO E FORMAÇÃO venho por meio deste, solicitar a permissão para realizar esta pesquisa que tem por objetivo: Analisar o desenvolvimento dos portadores da síndrome de Down e os trabalhos de estimulações feitos com os mesmos.
O estudo será realizado através da aplicação do instrumento de avaliação de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-BREF), contendo 26 questões distribuídas em quatro domínios, físico, psicológico, social e meio ambiente, em seguida será aplicado um questionário desenvolvido para os responsáveis e profissionais que trabalham com os portadores da Síndrome de Down, com o intuito de se conhecer o seu desenvolvimento.
Pela participação no estudo, a Instituição e o participante da pesquisa não se responsabilizarão por quaisquer ônus, bem como não será ofertado qualquer bônus. Esclareço que os dados da pesquisa são para objetivo único de estudo.
Certo de poder contar com vossa colaboração, antecipo agradecimento. Atenciosamente, __________________________ __________________________ Eduardo Augusto Ruas Ana Lucia Candeias Moreno
Orientador Acadêmica
______________________________
Responsável Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais Susana Maria Hauselmann Silva
Rua Osvaldo de Oliveira, 600 43 3033 8900 Apucarana PR www.fap.com.br
47
APÊNDICE A- TERMO DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL
Apucarana, __de __de 2019 À Associação DownLond A/C Fabíola de Lucena Godói Acosta
Eu Ana Lucia Candeias Moreno, acadêmica do Curso de Ciências biológicas da Faculdade de Apucarana (FAP), tendo como requisito, apresentar o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) com o seguinte título: SÍNDROME DE DOWN: DESENVOLVIMENTO E FORMAÇÃO, venho por meio deste, solicitar a permissão para realizar esta pesquisa que tem por objetivo: Analisar o desenvolvimento dos portadores da síndrome de Down e os trabalhos de estimulações feitos com os mesmos.
O estudo será realizado através da aplicação do instrumento de avaliação de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-BREF), contendo 26 questões distribuídas em quatro domínios, físico, psicológico, social e meio ambiente, em seguida será aplicado um questionário desenvolvido para os responsáveis e profissionais que trabalham com os portadores da Síndrome de Down, com o intuito de se conhecer o seu desenvolvimento.
Pela participação no estudo, a Instituição e o participante da pesquisa não se responsabilizarão por quaisquer ônus, bem como não será ofertado qualquer bônus. Esclareço que os dados da pesquisa são para objetivo único de estudo.
Certo de poder contar com vossa colaboração, antecipo agradecimento. Atenciosamente, __________________________ __________________________ Eduardo Augusto Ruas Ana Lucia Candeias Moreno
Orientador Acadêmica __
______________________________ Fabíola de Lucena Godói Acosta
Responsável associação DownLond
Rua Osvaldo de Oliveira, 600 43 3033 8900 Apucarana PR www.fap.com.br
48
APÊNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Gostaríamos de convidá-la a participar da pesquisa intitulada SÍNDROME DE
DOWN: DESENVOLVIMENTO E FORMAÇÃO que faz parte do curso de Ciências
biológicas e é orientada pelo professor Eduardo Augusto Ruas da Faculdade de
Apucarana (FAP). O objetivo da pesquisa é “analisar os trabalhos de
desenvolvimento feito com os portadores da Síndrome de Down. Para isto a sua
participação é muito importante, e ela se daria da seguinte forma: Você será
convidada a participar da pesquisa onde será realizada primeiramente a ficha de
avaliação de qualidade de vida instituída pela organização mundial de saúde
contendo 26 questões, sendo dividida em 4 domínios, físico, psicológico, social e
meio ambiente, para ser aplicada aos portadores da Síndrome de Down com a ajuda
de seus pais, em seguida os profissionais que trabalham com os portadores serão
convidados para preencherem uma ficha relacionada com o desenvolvimento dos
portadores, desta ficha abordara assuntos relacionados com o desenvolvimento
social, motor, psicológicos e intelectuais dos portadores da Síndrome de Down.
Informamos que ao responder os instrumentos da pesquisa poderá ocorrer
risco de stress e ansiedade, os questionários serão respondidos de forma individuais
e terão todo tempo e apoio que precisarem da pesquisadora. Gostaríamos de
esclarecer que sua participação é totalmente voluntária, podendo você: recusar-se a
participar, ou mesmo desistir a qualquer momento sem que isto acarrete qualquer
ônus ou prejuízo à sua pessoa. Informamos ainda que as informações serão
utilizadas somente para os fins desta pesquisa, e serão tratadas com o mais
absoluto sigilo e confidencialidade, de modo a preservar a sua identidade. A
pesquisa visa beneficiar diretamente o indivíduo portador da Síndrome de Down. O
resultado da pesquisa e conclusão do trabalho será apresentado ou encaminhado
até o participante. Caso você tenha mais dúvidas ou necessite maiores
esclarecimentos, podemos contatar nos endereços abaixo ou procurar o Comitê de
Ética em Pesquisa da FAP, cujo endereço consta deste documento. Este termo
deverá ser preenchido em duas vias de igual teor, sendo uma delas, devidamente
preenchida e assinada entregue a você.
Além da assinatura nos campos específicos pelo pesquisador e por você,
solicitamos que sejam rubricadas todas as folhas deste documento. Isto deve ser
feito por ambos (pelo pesquisador e por você, como sujeito ou responsável pelo
sujeito de pesquisa) de tal forma a garantir o acesso ao documento completo.
49
Eu.………..………………………………………........................................... declaro que
fui devidamente esclarecido e concordo em participar VOLUNTARIAMENTE da
pesquisa coordenada pelo Professor Eduardo Augustos Ruas.
_____________________________________ Data:……………………..
Eu, Dr. Eduardo Augustos Ruas, declaro que forneci todas as informações
referentes ao projeto de pesquisa supra-nominado.
________________________________________ Data:..............................
Eu, Ana Lucia Candeias Moreno, declaro que forneci todas as informações
referentes ao projeto de pesquisa supra-nominado.
________________________________________ Data:..............................
Qualquer dúvida com relação à pesquisa poderá ser esclarecida com os
pesquisadores, conforme os contatos abaixo:
Nome: Prof. PhD. Eduardo Augustos Ruas
Endereço: Rua Pomba Branca, 501, Jardim Vale das Perobas CEP: 86709-768
Arapongas- PR Telefone: (43)99102- 9157 e-mail: [email protected]
Nome: Ana Lucia Candeias Moreno
Endereço: Sitio São José, Bairro Marreca CEP: 86895000 Novo Itacolomi-PR
Telefone: (43)99824-4562 e-mail: [email protected]
Qualquer dúvida com relação aos aspectos éticos da pesquisa poderá ser
esclarecida com o Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CETi-FAP),
no endereço abaixo:
CETi-FAP
Faculdade de Apucarana.
Rua Osvaldo de Oliveira, 600.
Bloco II, sala 25 da FAP. CEP 86811-500. Apucarana-Pr.
Tel: (43) 3033-8927 E-mail: [email protected]
50
ANEXOS
51
ANEXO A- Instrumento de Avaliação de Qualidade de Vida
The World Health Organization Quality of Life – WHOQOL-bref
Instruções
Este questionário é sobre como você se sente a respeito de sua qualidade de vida, saúde e outras áreas de sua vida. Por favor responda a todas as questões. Se você não tem certeza sobre que resposta dar em uma questão, por favor, escolha entre as alternativas a que lhe parece mais apropriada. Esta, muitas vezes, poderá ser sua primeira escolha. Por favor, tenha em mente
seus valores, aspirações, prazeres e preocupações. Nós estamos perguntando o
que você acha de sua vida, tomando como como referência as duas últimas
semanas. Por exemplo, pensando nas últimas duas semanas, uma questão poderia
ser:
nada Muito pouco
Médio muito completamente
Você recebe dos outros o apoio de que necessita?
1 2 3 4 5
Você deve circular o número que melhor corresponde ao quanto você recebe dos outros o apoio de que necessita nestas últimas duas semanas. Portanto, você deve circular o número 4 se você recebeu "muito" apoio como abaixo.
nada Muito pouco
Médio muito completamente
Você recebe dos outros o apoio de que necessita?
1 2 3 5
Você deve circular o número 1 se você não recebeu "nada" de apoio. Por favor, leia cada questão, veja o que você acha e circule no número e lhe parece a melhor resposta.
muito ruim Ruim nem ruim nem boa
boa muito boa
1
Como você avaliaria sua qualidade de
vida?
1 2 3 4 5
muito
insatisfeito Insatisfeito
nem satisfeito
nem insatisfeito
satisfeito muito
satisfeito
2
Quão satisfeito(a) você está com a sua
saúde?
1 2 3 4 5
52
As questões seguintes são sobre o quanto você tem sentido algumas coisas nas últimas duas semanas.
nada muito pouco
mais ou menos
bastante extremamente
3
Em que medida você acha que sua dor (física) impede você de fazer o que você
precisa?
1 2 3 4 5
4 O quanto você precisa de algum tratamento médico para levar sua vida diária?
1 2 3 4 5
5 O quanto você aproveita a
vida? 1 2 3 4 5
6 Em que medida você acha
que a sua vida tem sentido?
1 2 3 4 5
7 O quanto você consegue
se concentrar? 1 2 3 4 5
8 Quão seguro(a) você se
sente em sua vida diária? 1 2 3 4 5
9
Quão saudável é o seu ambiente físico (clima,
barulho, poluição, atrativos)?
1 2 3 4 5
As questões seguintes perguntam sobre quão completamente você tem sentido ou é capaz de fazer certas coisas nestas últimas duas semanas.
Nada muito pouco
Médio muito completamente
10 Você tem energia suficiente
para seu dia-a- dia? 1 2 3 4 5
11 Você é capaz de aceitar sua
aparência física? 1 2 3 4 5
12 Você tem dinheiro suficiente
para satisfazer suas necessidades?
1 2 3 4 5
13 Quão disponíveis para você estão as informações que precisa no seu dia-a-dia?
1 2 3 4 5
14 Em que medida você tem
oportunidades de atividade de lazer?
1 2 3 4 5
As questões seguintes perguntam sobre quão bem ou satisfeito você se sentiu a respeito de vários aspectos de sua vida nas últimas duas semanas.
muito ruim ruim nem ruim bom muito
53
nem bom bom
15 Quão bem você é
capaz de se locomover?
1 2 3 4 5
muito
insatisfeito Insatisfeito
nem satisfeito
nem insatisfeito
satisfeito Muito
satisfeito
16 Quão satisfeito(a) você está com o
seu sono? 1 2 3 4 5
17
Quão satisfeito(a) você está com
sua capacidade de desempenhar as atividades do seu dia-a-dia?
1 2 3 4 5
18
Quão satisfeito(a) você está com
sua capacidade para o trabalho?
1 2 3 4 5
19 Quão satisfeito(a) você está consigo
mesmo? 1 2 3 4 5
20
Quão satisfeito(a) você está com suas relações
pessoais (amigos, parentes,
conhecidos, colegas)?
1 2 3 4 5
21 Quão satisfeito(a)
você está com sua vida sexual?
1 2 3 4 5
22
Quão satisfeito(a) você está com
o apoio que você recebe de seus
amigos?
1 2 3 4 5
23
Quão satisfeito(a) você está com
as condições do local onde mora?
1 2 3 4 5
24
Quão satisfeito(a) você está com o seu acesso aos
serviços de saúde?
1 2 3 4 5
25 Quão satisfeito(a)
você está com 1 2 3 4 5
54
o seu meio de transporte?
As questões seguintes referem-se a com que freqüência você sentiu ou
experimentou certas coisas nas últimas duas semanas.
nunca Algumas
vezes freqüentemente
muito freqüentemente
sempre
26
Com que freqüência você
tem sentimentos
negativos tais como mau
humor, desespero, ansiedade, depressão?
1 2 3 4 5
OBRIGADO PELA SUA COLABORAÇÃO
55
Anexo B
Questionário de desenvolvimento e aprendizagem dos portadores da Síndrome
de Down.
1.Quais são os cuidados a serem tomados quando se trabalha com Síndrome de Down?
2.Há um atraso na fala dos Portadores da Síndrome de Down, por que isso ocorre? Quais são os trabalhos feitos para acelerar este processo?
3.Qual a dificuldade da inclusão do Síndrome de Down nas escolas?
4.Qual a importância do atendimento educacional especializado?
5.Quais cuidados são úteis ao desenvolvimento de uma criança com SD?
6.Qual a importância da inclusão dos portadores de síndrome de Down para o seu desenvolvimento intelectual?
7.Como é o aprendizado dos portadores de Síndrome de Down? Eles conseguem acompanhar os colegas na sala?
8.Quais são as limitações dos portadores de Síndrome de Down?
56
ANEXO C Dos treze questionários preenchidos, realizou-se uma comparação com as respostas das mães e dos profissionais da educação 1. Quais são os cuidados a serem tomados quando se trabalha com
Síndrome de Down?
Os cuidados básicos a serem tomados com qualquer bebê dando maior atenção
com relação à cabeça e pescoço e cuidado para não puxar excessivamente os
membros.
2. Há um atraso na fala dos Portadores da Síndrome de Down, por que isso
ocorre? Quais são os trabalhos feitos para acelerar este processo?
O atraso na fala ocorre devido a uma hipotonia da musculatura facial. Durante a
estimulação são realizados exercícios orientados pela fonoaudióloga.
3. Qual a dificuldade da inclusão da Síndrome de Down nas escolas?
Depende do nível de deficiência intelectual que a criança apresente. Alem da falta
de profissionais aptos para trabalhar com crianças com SD.
4. Qual a importância do atendimento educacional especializado?
É necessário que o mais precocemente a criança passe a receber
acompanhamentos técnicos de fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapia ocupacional,
psicólogo visando minimizar as deficiências e atrasos nas áreas afetadas.
5. Quais cuidados são úteis ao desenvolvimento de uma criança com SD?
Atendimentos de profissionais especializados, exames rotineiros como: tireóide,
diabetes, problemas de visão.
6. Qual a importância da inclusão dos portadores de síndrome de Down
para o seu desenvolvimento intelectual?
A inclusão em ambientes sociáveis ajuda no desenvolvimento intelectual, pois assim
a criança irá repetir o que outras crianças estão fazendo, estimulando para que
aprendam algo novo
7. Como é o aprendizado dos portadores de Síndrome de Down? Eles
conseguem acompanhar os colegas na sala?
O aprendizado de crianças com SD ocorre de forma mais lenta do que as demais
crianças da mesma faixa etária, é neste momento que a escola entra com
adaptações individuais para ajudar da melhor forma possível
8. Quais são as limitações dos portadores de Síndrome de Down?
Atraso significativo da articulação da fala, coordenação motora global e viso motora geral, alem de limitações da cognitiva ocasionando atraso no aprendizado.
57
ANEXO D – NORMAS DA REVISTA
NORMAS PARA A PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS - REVISTA F@PCIÊNCIA
Os artigos encaminhados serão submetidos à avaliação de até três
consultores, especialistas na área atinente à temática do artigo, e a aprovação
do Comitê Editorial da F@P CIÊNCIA, com base nas Normas Próprias de
Publicação da Revista Eletrônica.
O ISSN da revista eletrônica é 1984-2333 e o título abreviado é F@P
Cien., forma que deve ser usada em bibliografias, notas de rodapé, referências
e legendas bibliográficas.
Serão aceitos trabalhos para as seguintes seções:
(1) Revisão – revisão da literatura;
(2) Artigos – resultado de pesquisa de natureza empírica, experimental
ou conceitual (mínimo de 05 e o máximo de 12 laudas);
(3) Notas – nota prévia, relatando resultados parciais ou preliminares
de pesquisa;
(4) Resenhas – resenha crítica de livro (As Resenhas poderão ter no
máximo três páginas e deverão tratar de livros publicados nos últimos 05
anos);
(5) Fórum – seção destinada à publicação de 2 a 3 artigos coordenados
entre si, de diferentes autores, e versando sobre tema de interesse
atual.
Os autores devem submeter os manuscritos no formato eletrônico,
exclusivamente, por meio do endereço [email protected], já configurados
para o papel A4, observando as seguintes indicações do arquivo:
- salvo em modo “doc” ou “rtf”;
- margens sup/esq de 3 cm e inf/dir de 2 cm;
- fonte Arial 12 no corpo do texto. (Em nota de rodapé, a fonte é Times
New Roman 10, alinhada à esquerda);
- espaçamento entre linhas de 1,5 cm.
Os textos deverão ser escritos em português e as figuras, gráficos e
tabelas, se necessários, devem ser incluídos diretamente no texto no formato
58
JPG, JPEG ou GIF, nos locais adequados e não em anexo, seguindo as normas
da ABNT. Veja modelo no Guia de Normas Trabalhos Acadêmicos, no site da
FAP.
Na primeira página figurará: 1) Título do trabalho (Arial, tamanho 12, negrito, centralizado e caixa alta, sem
ponto final);
2) Autoria (graduando e orientador – um abaixo do outro (apenas o autor
graduando sublinhado), alinhados à direita, fonte arial 12, primeiro sobrenome por extenso
em caixa alta, vírgula, nome com a abreviação das iniciais, indicando numeração de
referência com especificação em nota de rodapé);
Exemplo:
O USO DA REALIDADE VIRTUAL COMO RECURSO FISIOTERAPÊUTICO EM
PACIENTE COM PARALISIA CEREBRAL: ESTUDO DE CASO
PARRA, R. R. G.1
ANDOLFATO, K. R.2
ARREBOLA, M. S.3
Nota de rodapé na nota constará a descrição do(s) autor(es): nome completo por
extenso, instituição a que pertence, fonte financiadora (quando necessário), ano, e email de
contato (fonte 10, Times New Roman, alinhado à esquerda, espaçamento simples);
Exemplo:
1 Raquel Ribas Gallo Parra. Graduanda do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Apucarana – FAP.
Apucarana – Pr. 2019. Contato: [email protected]
2 Kleber Rogério Andolfato. Orientador da pesquisa. Coordenador e Docente do Curso de Fisioterapia
da Faculdade de Apucarana – FAP. Apucarana – Pr. 2019. Contato: [email protected]
3 Mayenne Souza Arrebola. Coorientadora da pesquisa. Preceptora do Curso de Fisioterapia da Faculdade de
Apucarana – FAP. Apucarana – Pr. 2019
4) Resumo e Abstract (as palavras RESUMO e ABSTRACT são em negrito, arial
12, maiúsculas e alinhadas à esquerda; já o texto deve ser em fonte arial,
sem negrito, tamanho 12, conter de 100 a 250 palavras, e ter de 3 a 5
palavras-chave separadas por ponto, com as iniciais em maiúsculo (NBR
6022);
59
Os textos destinados a seção de Artigos devem impreterivelmente apresentar os
tópicos: INTRODUÇÃO, OBJETIVOS, METODOLOGIA, RESULTADOS E
DISCUSSÃO, CONCLUSÃO E REFERÊNCIAS. Estes tópicos não são numerados,
a fonte é arial, tamanho 12 e deve ser em caixa alta. A introdução e objetivos podem
vir de forma separada ou conjunta, bem como os resultados e discussão. Se
necessárias alterações de pequena monta serão realizadas pelo Conselho Editorial
visando adequação às normas e melhoria do texto
As citações de autores no corpo do texto subordinar-se-ão às Normas Técnicas da
ABNT – NBR 10520. Lembrando que é obrigatória a menção do número de página
quando se tratar de citação direta