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Candeias Heloísa Fernandes

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CD Candeias by Heloisa Fernandes

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Page 1: CD Candeias

Candeias Heloísa Fernandes

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Aos meus pais, Nízia e Gildo

Page 4: CD Candeias

Heloísa Fernandes | pianoZeca Assumpção | baixo acústico acoustic bassAri Colares | percussão percussion

composições compositions by Heloísa Fernandesarranjos arrangements by Heloísa Fernandes, Zeca Assumpção, Ari Colares

Page 5: CD Candeias

1 REBULIÇO

2 CATIRINHA

3 ANTONINHO

4 CANDEIAS

5 PRAIÁS

6 ANDARILHO(improviso)

05:55

07:34

07:32

07:31

11 :51

04:59

BRHLP 0900003 DIRETO

BRHLP 0900001 DIRETO

BRHLP 0900002 DIRETO

BRHLP 0900005 DIRETO

BRHLP 0900004 DIRETO

BRHLP 0900006 DIRETO

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Talvez como um efeito colateral à tentativa de uniformização das culturas do mundo a partir da prática do consumo, valores locais e regionais têm

aflorado por todo o planeta. O que é também chamado de música espontânea tem ganhado um valor imenso neste jogo global não só como expressão iden-titária de um ou outro povo, mas também como fonte a ser revista e nova-mente incorporada aos fazeres atuais.

No Brasil, desde fins do século XIX, indivíduos letrados perceberam a im-portância de se conhecer e preservar a vasta cultura das gentes simples - tam-bém chamada cultura popular – notando que aí se encontravam pulsantes os valores que nortearam a nossa formação enquanto povo brasileiro. Valdomiro Silveira, Afonso Arinos e Silvio Romero desde cedo mostraram em seus escritos a beleza do Brasil-de-Dentro.

A expedição de Mário de Andrade foi um contraponto a uma atitude comum da elite letrada do Brasil, que comumente tratava a sua própria cultura popu-lar como exótica. Seria devido ao desejo de ter o “mundo civilizado” como refe-rência própria? Quando nossa cultura popular se estruturava enquanto tal, nos séculos XVIII e XIX, a elite brasileira buscava suas referências na Europa.

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Não vivenciando o rico processo sócio-cultural que se descortinou, ao olhar para dentro, nossa elite não reconheceu nossa cultura como sua.

Atualmente temos assistido à leitura destas raízes a partir de uma nova pers-pectiva, instrumental, composicional; aliás, que bom que a juventude tenha percebido isso. No entanto, criou-se um estereótipo de como se deve ler esta musicalidade. Num país onde ainda pulula uma miríade de danças populares é comum nos espantarmos com a diversidade rítmica existente. Assim, incor-porações de elementos da música do Brasil-de-Dentro sempre têm o ritmo, o pulso e o colorido sonoro como referências primeiras às recriações e confecção de discos.

Este CD que o leitor tem em mãos é precioso por nos mostrar que a música do Brasil-de-Dentro também é feita de introspecção, de subjetividade. Aqui não se encontrarão cores fortes ou ritmos que conduzem a um estado de transe.

Heloísa Fernandes é uma grande pianista e refinada compositora de sons e silêncios. Neste disco, com as preciosas participações de Ari Colares e Zeca Assumpção, ela mergulha nas nossas matrizes musicais trazendo o avesso

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do que estamos acostumados a ouvir. Isso depois de muito pesquisar os sons e textos produzidos pela expedição comandada por Mário de Andrade em 1938.

Heloísa nos traz o Brasil-de-Dentro não somente quando usa melodias se-quenciadas em intervalos de terça, modalismos e ideias rítmicas, mas tam-bém na subjetividade e introspecção de suas composições. O filtro da compo-sitora é mais fino. Do sutil desencontro dos pés batidos na catira ela desenha amontoados de notas, transformando assim durações em alturas.

No desenho de um Interior onde mais que um calor pulsante existe um mundo de pessoas delicadas e subjetivas, Heloísa acaba por apontar um novo caminho no que toca à apropriação de elementos da cultura popular. Mais do que isso, nos mostra que nossas matrizes musicais são inesgotáveis e que sempre, sempre poderão ser recriadas de maneiras diversas.

Heloísa, Zeca, Ari, obrigado por mais essa lição.

Ivan Vilela

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Melodias do Brasil – identidade e transformação

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Sentimento é uma coisa que atravessa a gente. Fica tudo tão perto, tão verdadeiro.

Durante as pesquisas às quais me dediquei, foi possível chegar perto da força diversa, transformadora, visceral e absolutamente verdadeira contida no nosso folclore.

Iniciei uma viagem que me trouxe até aqui – momento de apresentação de uma história que começou com a procura de um jeito de falar do sentimento que me move.

As composições de Candeias surgiram como fruto de um impulso, do encanto e da riqueza revelada pelas fontes neste processo.

Através do livro Melodias Registradas por Meios Não-Mecânicos, este envolvimento se expandiu e me conduziu à reverência deste arquivo, que sintetizo em breves passagens deste encarte – lembrando, assim, da valiosa presença dos informantes destas e de tantas outras melodias do Brasil.

Heloísa Fernandes

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Melodias Registradas por Meios Não-Mecânicos reúne o material folclórico que a Discoteca Pública Municipal conseguiu colecionar de 1936 a 1938.

A singularidade deste trabalho valioso é ter registrado melodias nacionais recolhidas por pesquisadores em um tempo onde só a escrita musical e as anotações críticas de seus recolhedores poderiam dar legitimidade aos docu-mentos; um tempo onde a tecnologia da época não proporcionava meios de capturar em discos as melodias nacionais.

Tratamos do momento que mobilizou Mário de Andrade, Oneyda Alvarenga, Martin Braunweiser e Camargo Guarnieri a uma vasta e rica pesquisa da qual constam 570 melodias colhidas de fonte popular, reunidas e organizadas por Oneyda Alvarenga. Tal era o desejo dos pesquisadores: oferecer elementos de trabalho aos cultores das ciências, músicos e folcloristas.

O livro é dividido em quatro coleções que levam os nomes dos seus respectivos pesquisadores.

Camargo Guarnieri, por ocasião do segundo congresso Afro-Brasileiro reuni-do na Bahia em janeiro de 1937, foi enviado a Salvador pelo Departamento de

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Cultura registrando danças, vários cantos e uma larga e importante série de cantos de candomblés baianos .

Oneyda Alvarenga doou à Discoteca em 1936 as melodias colhidas por ela em Varginha, Sul de Minas, de janeiro a julho de 1935.

Na coleção Martin Braunweiser constam as melodias colhidas por meios não-mecânicos durante a missão folclórica de 1938 no norte e nordeste do Brasil. A principal série desta coleção é a de melodias de Xangô, culto fetichista afro-brasileiro do Recife

Mário de Andrade doou à Discoteca Pública, em 1936, as melodias que cons-tituem sua coleção. Dos documentos por ele colhidos, alguns vieram de fonte popular e outros de pessoas sabedoras de cantos do povo. A quase todas as peças, Mário de Andrade juntou esplêndidas notas críticas que tornaram a série singularmente valiosa.

A validade dos documentos ficou perfeitamente assegurada pelos esclare-cimentos que os cercam, pela anotação dos recolhedores e pelo cuidado que demonstraram na grafia das melodias*.*As melodias que seguem estão contidas em Melodias Registradas por Meios Não-Mecânicos. Alvarenga, Oneyda - São Paulo: PMSP/ Departamento de Cultura, 1946. Originais estão sob a guarda do Acervo Histórico da Discoteca OneydaAlvarenga no Centro Cultural São Paulo.

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Batuque

Ceará Batuque

not. nº 86 , cód. nº 1

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“Peça notável, me comunicada pelo musicista cea-rense Leonel da Silva, residente no Rio de Janeiro. As Peças me dadas por ele, que pude autenticar no Nor-deste, me provaram a honestidade do recolhedor. Nesta peça o refrão, antes, os refrãos instrumentais coincidem extradiornariamente pelo caráter e pro-cesso de invenção, com os “baianos”, refrãos instru-mentais que colhi do natural num “Bumba-meu-boi” do Rio Grande do Norte. É notável ainda neste documento a intervenção episódica do modo hipolí-dio, que é uma das constâncias da música brasileira, especialmente nordestina.’’ Mário de Andrade

“Notable piece brought to my attention by Ceará-born musician Leonel da Silva, a Rio de Janeiro resident. The pieces he has given me, which I was able to authenticate in the Northeast, have proven to me the honesty of the compiler. In this piece the chorus, or yet, the instrumental choruses extraordinarily coincide, by their character and inventive process, with the baianos, instrumental choruses that I have directly compiled in a “Bumba-meu-boi” in Rio Grande do Norte. Also notable in this document is the episodic intervention of the hypolydian mode, which is one of the constants of Brazilian music, specially the Northeast.” Mário de Andrade

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Cateretê

“Documento me cantado pelo jornalista norte-rio-grandense Antonio Bento de Araújo Lima, que o sabia de cor, por muito ouvido de indi-víduo matogrossense. Melodia tonalmente in-teressantíssima.’’ Mário de Andrade

Vem cá, redondinho,Vem cá para nós dançá! (bis)

Todo passarinho canta Só o meu não quer cantá;

Toda moça que é bonitaBalanceia o seu tundá.

“Document sung to me by Rio Grande do Norte born journalist Antonio Bento de Araújo Lima, who knew it by heart from hearing it repeatedly from a Mato Grosso individual. Tonally interesting melody.” Mário de Andrade

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not. nº 91 , Cód. nº 1

Mato Grosso Cateretê

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Cabocolinho

Recife - Pernambuco 23/2/1938 Cabocolinho

João Pessoa, bairro de Torrelândia - Paraíba 31/3/1938 Cabocolinho

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Ándeia i (bis)Hauveú a andei (bis)

Hauveú a auveiu (bis) Ándeia i hauveú iê (bis)

Aia engaÚniâ enga

Úniâ dúoEnga anga (bis)

A ãmcháva (bis)A ãmcháva

E am a chuva (bis)

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Praiá

Brejo dos Padres, município de Tacaratu - Pernambuco 11/3/1938 Praiá

not. nº407, Cód. nº6, Inf. nºs 68,69

not. nº406, Cód. nº6, Inf. nºs 68,69

not. nº409, Cód. nº6, Inf. nºs 68,69

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Perhaps as a reaction to the standardization of world cultures driven by consumption, local and regional values have sprung up all over the world. Music that is called spontaneous has been gaining appreciation not only as an expression of identity of a given people, but also as a source to be revisited and incorporated into current practices.

In Brazil since the late 19th century, there have been educated people who have realized the importance of knowing and preserving the culture of the simple people – also called popular culture – realizing that it encompassed the values that have guided our formation as Brazilian people. Valdomiro Silveira, Afonso Arinos and Silvio Romero’s writings have showed the beauty of Inland-Brazil from the very beginning.

The Brazilian elite, however, would treat its own popular culture as an exotic item. Would that be due to their wish to have the “civilized world” as its reference? In the 18th and 19th centuries, when our popular culture was being created as such, the elite was looking for references in Europe. Devoid of the experience of the rich socio-cultural process that had been uncovered by looking inward, they did not recognize our culture as its own. Mário de Andrade’s expedition provided a counterpoint to this view.

Lately we have been witnessing the reading of these roots through a new instrumental and compositional perspective. It is fantastic that the youth has done so. However, a stereotype has been created about the way these roots should be understood. In a country where a myriad of popular dances still pulsate, we are still astounded by our rhythmic diversity. Thus, incorporations of musical elements of Inland-Brazil always feature the rhythm, pulse and sound colors as primary references in recreations and record manufacturing.

The CD which the reader now holds in his or her hands is precious in that it shows us that the music of Inland-Brazil is also made of introspection and subjectivity. Strong colors or rhythms conducive to a trance state will not be found here.

Heloísa Fernandes is a great pianist and a refined composer of sounds and silences. In this record, in the wonderful company of Ari Colares and Zeca Assumpção, she dives into our musical matrices bringing us the opposite of what we are used to hearing. She does it having thoroughly researched the sounds and texts produced by the expedition led by Mário de Andrade in 1938.

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Heloísa brings us Inland-Brazil not only when she displays melodies based on third intervals, modalism and rhythmic ideas, but also in the subjectivity and introspection of her compositions. The composer’s filter is very refined. From the subtle, sometimes asynchronous rhythms of the dancers’ feet in the catira she draws piles of notes, turning lengths into heights.

In the design of an Inland where, next to a pulsating heat, there is also a world of delicate and subjective people, Heloísa eventually points to a new path in the personal employment of popular cultural elements. Furthermore, she shows us that our musical matrices are unending and will always be available for new creations in many diverse ways.

Heloísa, Zeca, Ari, thank you for yet another lesson.

Ivan Vilela

My work as a composer has often been nourished by the roots of Brazilian music. But intuition told me to dig deeper, to learn more about the wellspring of Brazilian culture.

I turned to the work of Mário de Andrade and his colleagues and, in the course of the research, considering their commentary, playing their transcriptions, and studying a variety of Brazilian folk music archives, I gained a vastly greater appreciation of the diverse, visceral, and transformative force inherent in our folklore.

This was both confirmation and inspiration, from the charm of these tunes to a feeling of reverence that wells up in me about my culture to the urge to write music. Candeias is the result – a child of the powerful effect this research has had on me.

I hope that it is true to Mário de Andrade’s aim – that the melodies he documented serve as catalysts for new musical expression; and to my own aim – to express sentiments that move me most deeply.

Heloísa Fernandes

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Melodies Recorded by Non-Mechanical Devices assembles folkloric material that the Public Musical Database of the city of São Paulo was able to collect from 1936 to 1938.

The singularity of this valuable work resides in the recording of national melodies collected by researchers in a time when only the musical notation and the critical commentary of its collectors could give the documents precision; a time when technology didn’t provide the means of capturing the melodies by sound recording.

We have addressed ourselves to the time that inspired Mário de Andrade, Oneyda Alvarenga, Martin Braunweiser and Camargo Guarnieri to conduct a vast and rich research featuring 570 melodies collected from popular sources, assembled and organized by Oneyda Alvarenga. The researchers aimed to offer working material to scientific scholars, musicians and folklorists. The book is divided into four collections named after the researchers, as follows.

Camargo Guarnieri: as a result of the second Afro-Brazilian congress held in Bahia in January 1937, he was sent to Salvador by the Department of Culture and recorded dances and chants, including a large and important series of candomblé chants from Bahia.

Oneyda Alvarenga: in 1936, she contributed melodies that she collected in Varginhas, in southern Minas Gerais, from January to July 1935.

In the Martin Braunweiser collection, we find the melodies transcribed during the folk mission of 1938 in the Brazilian North and Northeast. The main series of this collection is melodies of Xangô, an Afro-Brazilian cult from Recife.

Mário de Andrade contributed the melodies of his own collection to the Musical Database of the city of São Paulo in 1936. Some of the documents were collected from popular sources and others from specialists in popular chants. Mário de Andrade provided splendid critical commentary about most of the pieces, making this series particularly valuable.

The accuracy of the documents is assured by the collectors’ clarifications and annotations, as well as their conscientiousness in the notation of the melodies.*

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Notes**:

Batuque – sung collective dance of African origin. The dancers are usually arranged in circles, with soloists in the center. Common to several regions of Brazil.

Cateretê – sung collective dance, especially current in the Center and South of Brazil. Considered to be of Amerindian origin. Figures are positioned in lines that face one another, and the choreography is developed in the singing intervals, with the sole instrumental accompaniment of the violas (Brazilian ten-string folk guitars).

Cabocolinho – dramatic dance inspired by reminiscences of Amerindian customs, common to the Bra-zilian North and Northeast. It features very restricted spoken parts and, in some cases, its music is exclusively instrumental, executed by gaitas de taboca (bamboo harmonicas) and snare drums.

Praiá – religious dance practiced by the Pancararu Indians, located in Brejo dos Padres, city of Tacaratu, state of Pernambuco, for the occasion of the Umbu Festivities. The Indians use such dances to celebrate the harvest of the umbu fruit.

*Melodies contained in Melodias Registradas por Meios Não-Mecânicos (Melodies Recorded by Non-Mechanical Devices). Alvarenga, Oneyda - São Paulo: PMSP/ Department of Culture, 1946. The originals belong to the Historic Archive of the Oneyda Alvarenga Database at São Paulo Cultural Center.**Summarized notes of Comentários a alguns Cantos e Danças do Brasil (Commentary on some chants and dances of Brazil). Alvarenga, Oneyda 1941; Música Popular Brasileira (Brazilian Popular Music). Alvarenga, Oneyda,1947.

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AgradecimentosÀ Petrobras, que aprovou este projeto no programa Petrobras Cultural – processo de seleção pública –, princi-palmente por acreditar nas coisas do Brasil. A André Magalhães e Michael Grofsorean, pela inesgo-tável fonte de soluções, cuidado e cumplicidade. A Zeca Assumpção, pelo amor dedicado à Música. A Ari Colares, pela personalidade única ao reverenciar e tocar as matrizes brasileiras. A Carla Assis, pelo sorriso e atitude que trouxeram paz e nortearam nossos passos. À Jussara Pinto e Cristina Haapalainen, pelo estímulo e companheirismo.A Paulo Dias, Shen Ribeiro e toda equipe do Cachuera, pelo acolhimento e profissionalismo. A Homero Lotito, pelo apuro técnico e sensibilidade.Aos amigos queridos, Fábio Secolin, Wilma Baraldi, Camila Pavanelli, Jô e Tuco Freire, que tanto me ouviram e ajudaram ao longo do processo criativo. A Fernando Vilela e Marilda Donatelli, que nos pre-sentearam com esta arte belíssima. A Ivan Vilela, por ser tão genial e generoso. A Vera Cardim e Flávia Toni pela atenção e carinho.Aos meus filhos, Rafael e Beatriz, que são maravilhosos. Aos meus pais, Nízia e Gildo, por tudo.

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direção musical musical direction Heloísa Fernandesprodução produced by Heloísa Fernandes e André Magalhãesprodução executiva executive producer Carla Assis

gravado no recorded at Estúdio Salaviva – Espaço Cachuera de abril a junho de 2009 April - June 2009 coordenação de estúdio studio coordination Shen Ribeirotécnico technician Carlos (Kaká) Akaminegravação adicional (faixa 3 ) additional recording (track 3) Estúdio Brasa por by Luiz Brasilmixagem mixing Homero Lotito, André Magalhães no at Estúdio Trilha Certa masterização mastering Homero Lotito - Reference Mastering Studio Tuning

pesquisa de acervo na Divisão de Acervos, Documentação e Conservação; Acervo Histórico Oneyda Alvarenga, Centro Cultural São Paulo research at Division of Inventory, Documentation and Conservation; Oneyda Alvarenga Historic Archive, São Paulo Cultural Center Heloísa Fernandesedição de partituras score editions Wilma Baraldiilustrações illustrations Fernando Vilela projeto gráfico graphic design Fernando Vilela e Marilda Donatelli tradução translation Camila Pavanellifoto da capa cover photograph William Struhs

composições compositions by Heloísa Fernandesarranjos arrangements by Heloísa Fernandes, Zeca Assumpção, Ari Colares

piano Heloísa Fernandes baixo acústico acoustic bass Zeca Assumpçãopercussão percussion Ari Colares

artist management Michael Grofsorean / Música Extraordiná[email protected] +1.734.668.1526

[email protected] www.heloisafernandes.comwww.myspace.com/heloisafernandes

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composições compositions by Heloísa Fernandes piano Heloísa Fernandes baixo acústico acoustic bass Zeca Assumpção percussão percussion Ari Colares

gravado no recorded at Espaço Cachuera São Paulo, de abril a junho April-June 2009

foto da capa cover photograph William Struhs ilustrações ilustrations Fernando Vilela produção production Heloísa Fernandes, André Magalhães produção executiva executive producer Carla Assis direção musical musical direction Heloísa Fernandes

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REBULIÇO CATIRINHAANTONINHO CANDEIAS PRAIÁS ANDARILHO (improviso)