etapa 1 e 2 atps direito adm

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ETAPA 1 Aula-tema: Direito Administrativo e Administração Pública . Passo 1: Constitucionalização do Direito Administrativo. A locução constitucionalização do Direito é de uso relativamente recente na terminologia jurídica e, além disso, comporta múltiplos sentidos. Por ela se poderia pretender caracterizar, por exemplo, qualquer ordenamento jurídico no qual vigorasse uma Constituição dotada de supremacia. Como este é um traço comum de grande número de sistemas jurídicos contemporâneos, faltaria especificidade à expressão. Com a instituição do Estado Democrático de Direito surge o Direito administrativo como um novo ramo do sistema jurídico, ramo este respeitado e com capacidade para criar a leis que irão fazer parte do seu âmbito, sendo assim o poder criador passou a reconhecer como constitucional o Direito Administrativo. Assim, o direito administrativo surge no século XVIII, na França, por influência da Revolução Francesa, onde o Rei não era mais o detentor do poder absoluto, tendo este que na figura do Estado respeitar e garantir individualmente ao povo, seus direitos, sendo a administração pública a partir de então, a responsável por resolver suas questões através das suas normas, na figura do “Administrador- Juiz”. De acordo com Di Pietro “daí que surgiu a ideia de que o Direito Administrativo nasceu das Revoluções, que acabaram com o velho regime absolutista que vinha da Idade Média”.

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ETAPA 1

Aula-tema: Direito Administrativo e Administrao Pblica.

Passo 1: Constitucionalizao do Direito Administrativo.

A locuo constitucionalizao do Direito de uso relativamente recente na terminologia jurdica e, alm disso, comporta mltiplos sentidos. Por ela se poderia pretender caracterizar, por exemplo, qualquer ordenamento jurdico no qual vigorasse uma Constituio dotada de supremacia. Como este um trao comum de grande nmero de sistemas jurdicos contemporneos, faltaria especificidade expresso. Com a instituio do Estado Democrtico de Direito surge o Direito administrativo como um novo ramo do sistema jurdico, ramo este respeitado e com capacidade para criar a leis que iro fazer parte do seu mbito, sendo assim o poder criador passou a reconhecer como constitucional o Direito Administrativo.

Assim, o direito administrativo surge no sculo XVIII, na Frana, por influncia da Revoluo Francesa, onde o Rei no era mais o detentor do poder absoluto, tendo este que na figura do Estado respeitar e garantir individualmente ao povo, seus direitos, sendo a administrao pblica a partir de ento, a responsvel por resolver suas questes atravs das suas normas, na figura do Administrador- Juiz. De acordo com Di Pietro da que surgiu a ideia de que o Direito Administrativo nasceu das Revolues, que acabaram com o velho regime absolutista que vinha da Idade Mdia.

Na poca da Repblica, de acordo com Meirelles continuaram os estudos sistematizadores do Direito Administrativo, j agora sob a influncia do Direito Pblico Norte-Americano, onde os republicanos foram buscar o modelo para a nossa federao. O Brasil excluiu o poder moderador, que foi feito no imprio, como se fosse um conselho e a administrao pblica comeou a ser exercida por meio do controle jurisdicional.

No Brasil se adota o Sistema Judicirio ou de Jurisdio nica, conhecido tambm como Sistema Ingls, esse sistema traz consigo a possibilidade de o judicirio ter o poder de anlise dos atos de qualquer um dos trs poderes, incluindo at os atos administrativos que podem ser reanalisadas pela viso jurdica, sem adentrar claro, o mrito administrativo da questo. Como responsvel por proteo a Carta Magna, o poder judicirio tem a funo de firmar a relao harmnica e independente dos trs poderes, porem cada poder pode fazer uma anlise constitucional dos atos praticados pelos outros poderes.

dessa ideia que surge o princpio da inafastabilidade do poder judicirio, que sempre deve estar disposto a proteger aqueles que se sentem prejudicados por atos da Administrao Pblica, sempre que for acionado, deve intervir na relao.

No pode se pensar que seja fcil conceituar o ato administrativo, uma vez que, no decorrer de sua existncia, seu conceito deve sofrer as mutaes adequadas ao seu contexto histrico. No fosse assim, haveria o risco de se viver eternamente atrelado a um regime arbitrrio, justificado apenas e to somente pela letra crua da lei. Seu conceito deve e sofrem adequaes, justificadas pela necessidade inerente ao ser humano em no se tornar retrgrado.

Hely Lopes Meirelles aponta que ato administrativo toda a manifestao unilateral de vontade da Administrao Pblica que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigaes aos administrados ou a si prprias.

J Celso Antnio Bandeira de Mello trata o ato administrativo como uma declarao jurdica, pois produz efeitos de direito, complementar lei e, em carter excepcional, da prpria constituio, provinda de qualquer elemento, no exerccio da atividade pblica, investido com prerrogativas estatais, to somente sob a regncia do Direito Pblico.

A doutrinadora Maria Sylvia Zanella Di Pietro define ato administrativo como a "declarao do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurdicos imediatos, com observncia da lei, sob regime jurdico de direito pblico e sujeita a controle pelo Poder Judicirio".

Ainda segundo o autor supracitado aponta a distino dos atos vinculados e discricionrios, pode-se, pois, concluir que a atuao da Administrao Pblica no exerccio da funo administrativa vinculada quando a lei estabelece a nica soluo possvel diante de determinada situao de fato; ela fixa todos os requisitos, cuja apreciao a Administrao deve limitar-se a constatar, sem qualquer margem de apreciao subjetiva. E a atuao discricionria quando a Administrao, diante do caso concreto, tem a possibilidade de apreci-lo segundo critrios de oportunidade e convenincia e escolher uma dentre duas ou mais solues, todas vlidas para o direito.

Passo 2: Distino entre os entes polticos, os rgos e as entidades da Administrao Pblica Direta e Indireta e semelhanas e distines contidas nas duas normas quanto a autarquias, fundaes, empresas pblicas e sociedades de economia mista.

Os Entes Polticos Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios (todas com personalidade jurdica de Direito Pblico).

rgos Pblicos: so centros de competncia, despersonalizados, integrantes da estrutura de uma pessoa jurdica, incumbidos das atividades da entidade a que pertencem.

A Administrao Direta corresponde prestao dos servios pblicos diretamente pelo prprio Estado e seus rgos e Indireto o servio prestado por pessoa jurdica criada pelo poder pblico para exercer tal atividade. Assim, quando a Unio, os Estados-membros, Distrito Federal e Municpios, prestam servios pblicos por seus prprios meios, diz que h atuao da Administrao Direita. Se cria autarquias, fundaes, sociedades de economia mista ou empresas pblicas e lhes repassa servios pblicos, haver Administrao Indireta.

O DL n 200/67, em seu art. 5, I, cuidou de definir autarquia federal como sendo:

... O servio autnomo, criado por lei, como personalidade jurdica, patrimnio e receitas prprias, para executar atividades tpicas da Administrao Pblica, para seu melhor funcionamento, gesto administrativa e financeira descentralizada.

Assim sendo, so pessoas jurdicas de direito pblico, tendo praticamente as mesmas prerrogativas e sujeies da Administrao Direita; sua principal diferena perante os entes polticos, Unio, os Estados-membros, Distrito Federal e Municpios a falta de capacidade de fazer suas prprias leis (capacidade poltica), limitando-se capacidade de auto administra-se, nos limites impostos pela lei.

A natureza jurdica das fundaes muito controvertida na doutrina, alguns negando a possiblidade de a mesma ter natureza pblica, outros admitindo tanto a natureza pblica quanto a privada. H tambm quem sustente que fundao uma espcie do gnero autarquia. Pela definio mais clssica, tem-se que fundao um patrimnio personalizado, sem fins lucrativos, destinado a um fim especfico.

A definio de empresa pblica foi da pelo Decreto-Lei n 200/67, em seu art. 6, II, que dizia se ... Entidade dotada de personalidade jurdica de direito privado, com patrimnio prprio e capital exclusivo do Estado, criada por lei para a explorao de atividade econmica, podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.

Da mesma forma que empresa pblica, a definio de sociedade de economia mista tambm foi dada pelo Decreto-Lei n 200/67, em seu art. 6.

... Entidade dotada de personalidade jurdica de direito privado, criada por lei para a explorao de atividade econmica, sob a forma de sociedade annima.

Assim, basicamente so trs os principais traos distintivos entre esses dois tipos de empresas estatais: Formao do capital; Organizao; Competncia jurisdicional.

Enquanto as empresas pblicas devem ter 100% do capital pblico, nas sociedades de economia mistas a participao deve ser majoritria do Poder Pblico, admitindo-se a participao de capital privado. Por outro lado, as empresas pblicas podem revestir-se de qualquer forma admitidas em direito, enquanto que as sociedades de economia mista devem ser sob a forma de sociedade annima. A primeira pode ser civil ou comercial; a segunda, sempre comercial.

Passo 3: Natureza jurdica da Ordem dos Advogados do Brasil e a existncia ou no de natureza autrquica ou fundacional na mesma.

A princpio, pode-se afirmar ser a Ordem dos Advogados do Brasil uma entidade prestadora de servio pblico, a qual exerce funo poltica, de interesse pblico, bem como corporativa, representando e defendendo a classe dos advogados. Ademais, faz isso em nome prprio, tendo em vista ser detentora de personalidade jurdica.

No possvel, entretanto, asseverar com tanta facilidade se a personalidade dessa instituio de direito pblico ou privado, bem como se mantm ou no algum vnculo com o Estado. Esse assunto fonte de muita controvrsia desde os primrdios de sua criao, muito embora se venham pacificando os debates, principalmente luz do atual Estatuto.

Segundo Paulo Luiz Netto Lbo diz que o Estatuto atual preconiza ser a OAB servio pblico, sem vnculo funcional ou hierrquico com qualquer rgo da Administrao Pblica, estando, portanto, livre de ingerncias do Estado e submetida to-somente aos limites traados pela lei. Aduz, ainda, que o Estado deixou de regular e tutelar diretamente a profisso do advogado desde a criao do Regulamento da Ordem dos Advogados do Brasil, que ocorreu, conforme dito anteriormente, com o Decreto 20.784/31. Assim, nessa viso, a partir de ento, transferiu-se aos prprios interessados o encargo de defender e disciplinar a atividade advocatcia.

Sustenta-se aqui que considerar a OAB como uma entidade privada, ou qualquer outra que no pblica, admitir a possibilidade de relao de verticalidade entre particulares, ou entre o particular e ente estranho Administrao, haja vista exercer ela poder de polcia sobre os particulares.

Passo 4: Apontar as caractersticas e as distines das entidades do Terceiro Setor diante das entidades que compes a Administrao Pblica Indireta.

Podem constituir-se em:

Fundaes so as instituies que financiam o terceiro setor, atravs de doao a entidades beneficentes, culturais, recreativa e outras,mas, nada impede que executem projetos prprios. No Brasil, so poucas as fundaes e mais poucas, ainda, as que se envolvem com questes sociais.

Entidades Beneficentes so as operadoras de fato. So as que efetivamente se dedicam s questes sociais. Cuidam dos carentes, idosos, meninos de ruas, drogados, ajudam a preservar o meio ambiente, educam, ensinam esportes, promovem os direitos humanos e a cidadania. Atuam atravs de escolas, associaes, aqui includos os chamados institutos e clubes sociais.

Esclarea-se neste passo, que muitas associaes ditas sem finalidades lucrativas, na realidade, so lucrativas ou atendem os interesses dos prprios usurios. Recentemente, tivemos conhecimento de uma ONG, com benesses do Poder Pblico, em cuja diretoria executiva efetiva constava a atuao de um poltico, mais propriamente uma poltica.

A constituio formal dessas entidades, escolas, associaes, aqui includos os chamados institutos, clubes sociais deve atender as exigncias previstas no Cdigo Civil e, em alguns casos, atender leis especficas, sob pena de no serem reconhecidas como entidades beneficentes a merecer os benefcios da imunidade tributria e isenes e no poderem obter recursos outros necessrios a sua atividade.

As caractersticas do terceiro setor so inmeras, mas, necessrio que arrolemos algumas para entender as suas peculiaridades. Trazemos algumas, contudo, sem desprezar quaisquer outras que possam ter igual ou maior importncia. As pessoas que iniciam a implantao de uma entidade do terceiro setor vo abraar uma causa. Abraar uma causa a mola propulsora do terceiro setor: comprometer-se com o prximo, acarinhar um setor ou pessoas necessitadas, doar-se. A deciso para abraar uma causa de fundamental importncia e a motivao para faz-lo so vrias. Muitas pessoas vo pela dor, mas, o amor, em ltima anlise a grande motivao, mormente para a assistncia social.

Quanto mais a populao se conscientizar que tambm responsvel para buscar solues para as questes sociais, para tentar ameniz-las, para ajudar financeiramente ou oferecer seus prstimos, o terceiro setor se fortalecer. Nessa catstrofe em Santa Catarina, o terceiro setor teria e tem papel preponderante, mobilizando-se para socorrer os flagelados. Mas, o terceiro setor poderia atuar preventivamente, cobrando do poder pblico medidas para evit-la, conscientizando a populao dos riscos que correriam, ajudando na retirada dos moradores etc. No tenhamos dvidas, o poder pblico o maior responsvel: poderia evitar a tragdia ou pelo menos ameniz-la fazendo obras de conteno ou retirando os moradores de rea de risco. No adianta agora destinar verbas para recuperao, que se suficientes forem, no o ser para resgatar vidas. Porm, importar-se com os carentes problema de todos no s do governo. Mostrar para o indivduo que qualquer atitude sua por menor que seja, vai fazer uma diferena.

Lutar por minimizar os problemas sociais, seno resolv-los, problema de todos, no s do Estado. Mas, cobrar do Estado, a devida atuao da nossa obrigao, exerccio de cidadania. A nossa caracterstica nos quedarmos silentes diante da incompetncia dos rgos pblicos. Muitas vezes somos omissos. E, pelo contrrio, quando atingidos devemos cobrar e nessa cobrana teremos mais fora se atuarmos unidos, atravs de associaes, entidades beneficentes e outros.

Lembro-me, quando da edio da MP 232/04, em dezembro de 2004, ocorreu um tsunami gigante na Indonsia. De absurdas e avassaladoras as medidas fiscais que nela continham, mormente um ataque feroz do leo que o Prof. Kiyoshi Harada, poca a qualificou como um verdadeiro tsunami tributrio, pois, a voracidade do governo era mpar. A reao da sociedade civil atravs de associaes como OAB, Fiesp, Associaes comerciais e outras foi fundamental para que algumas medidas fossem revogadas, e mais, recentemente, ns assistimos a revogao da famigerada CPMF, e, com certeza, o engajamento da Fiesp foi preponderante para tal resultado. o exerccio da cidadania pelos rgos no governamentais do terceiro setor.

O trabalho voluntrio de suma importncia para o terceiro setor. So pessoas imbudas de ideais. Todos os segmentos do terceiro setor no sobrevivem sem este material humano, principalmente, as entidades filantrpicas, que mais do que as outras, precisam sempre atentar para este trabalho e toda a mobilizao para trazer mais pessoas para abraar a sua causa vlida. Sem este trabalho voluntrio, o terceiro setor est fadado a padecer. Mostrar que por menor que seja a sua participao vai fazer uma diferena, pois, a tnica do terceiro setor somar, mobilizar engajar elementos para ajud-lo.

A instituio dever passar credibilidade. E, para tanto, o hbito criativo, honesto, crtico e regular do que seja efetivamente uma entidade do terceiro setor deve ser uma constante. A divulgao de suas atividades, de suas de contas, a constante avaliao dos programas vo convencer a sociedade que a instituio est cumprindo plenamente o seu papel.

Enfim, essa credibilidade se configurar no resultado efetivo da prestao de servio pela entidade, quer seja assistencial, cultural, recreativa, cientfica. E, claro, que as pessoas que dirigem tais entidades, em um primeiro momento, devem passar credibilidade. So o carto-de- visitas da entidade.

As entidades de terceiro setor sobrevivem de doaes, patrocnios e venda de seus produtos. Tais recursos devem ser captados das mais diversas formas. Uma vez reconhecida a sua credibilidade, a instituio poder vender o seu produto, se for o caso. Vender no sentido comercial. Por exemplo, um instituto de pesquisas pode promover cursos e cobrar por estes cursos, uma entidade de terceiro setor pode ser contratada para prestar servios junto o governo (existem entidades do terceiro setor que prestam servios para a Fundao Casa ex-Febem) ou para outras entidades privadas. Nada as impedem, desde que, sejam seus lucros aplicados integralmente em seus objetivos sociais. Vender o seu produto uma forma de captao de recursos.

Por outro lado, no mais vivel somente o trabalho, corpo a corpo, para buscar doaes e patrocnios de pessoas envolvidas com a prpria entidade. Temos, que pensar em algo mais certo e objetivo. As entidades culturais e assistenciais esto perecendo porque seus scios contribuintes esto falecendo e no h continuidade de doaes.

A Constituio Federal em seu Art. 150, VI, c probe a Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios a instituio de impostos sobre o patrimnio, renda ou servios das instituies de educao e de assistncia social, sem fins lucrativos, dos partidos polticos, inclusive suas fundaes, das entidades sindicais, atendido requisitos da lei, que so os previstos no Art. 14 do Cdigo Tributrio Nacional (no distriburem qualquer parcela de seu patrimnio e de suas rendas, a qualquer ttulo, aplicarem integralmente no pas, os seus recursos na manuteno dos seus objetivos sociais, manterem escriturao de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar a sua exatido).

A Constituio Federal confere imunidade s entidades beneficentes de assistncia social referente s Contribuies Sociais em seu Art. 195, (embora se refira a iseno, trata-se de imunidade). Ela s reconhecida quelas entidades que possuam ttulo de Utilidade Pblica Federal ou Certificado de Entidade de Fins Filantrpicos (emitido pelo Conselho Nacional de Assistncia Social CNAS) no se aplicando a todas as entidades beneficentes. Muitas entidades com fulcro neste dispositivo, no recolheram devidamente as contribuies sociais e sofreram autuaes e execues por tal omisso. A MP 446/08 veio anistiar tais entidades em situao de debito provocando uma grita geral que levou o Senado a devolver tal expediente ao Executivo.

No h imunidade em relao s taxas, contribuio de melhoria, emprstimos compulsrios em geral, contribuio de interveno no domnio econmico, contribuio para categoria profissional e econmica. Mas, pode haver iseno. A iseno depender de cada Poder Tributante. um favor legal do Estado, que abre mo de receber determinado tributo em relao a algum fato ou ato especfico. de suma importncia estes aspectos pois, todos sabem que os impostos e tributos so um encargo muito grande para qualquer empreendimento.

As entidades devem conscientizar-se e organizar-se para receber tais benefcios. de sua obrigao manter-se dentro dos requisitos legais para ter reconhecida sua imunidade em relao aos impostos e contribuies e para obter iseno de outros tributos. A sua escriturao contbil deve obedecer aos ditames legais.

ETAPA 2

Aula Tema: Agentes Pblicos

Passo 1: Classificao das categorias de Agentes Pblicos.

Classificao das categorias de Agentes Pblicos, segundo PLT, Hely Lopes Meirelles e Maria Sylvia Zanella Di Pietro:

Agente pblico toda pessoa fsica que exerce, de forma gratuita ou remunerada, permanente ou transitria, por qualquer forma de investidura ou vnculo, mandato, cargo, emprego ou funo pblica. Observe que o conceito de agente pblico abrange somente as pessoas fsicas.

Hely Lopes Meirelles classifica os agentes pblicos em cinco espcies: agentes administrativos, agentes polticos, agentes delegados, agentes honorficos e agentes credenciados.

Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, agente pblico toda pessoa fsica que presta servios ao Estado e s pessoas jurdicas da Administrao Indireta. Para autora so quatro as categorias de agentes pblicos, Agentes Polticos, Servidores Pblicos Militares e Particulares em Colaborao com o Poder Pblico.

Agentes polticos: so componentes do Estado, suas funes so definidas na Constituio Federal que prev direito e garantias especficas, ex. imunidade parlamentar, caracterizam-se por terem funes de direo e orientao estabelecidas na constituio e por ser normalmente transitrio o exerccio dessas funes. Ex-presidentes, governadores, prefeitos, ministros, secretrios estaduais e municipais, senadores, deputados federais, dep. Estaduais e vereadores. Como tipos de agentes polticos, podemos citar os chefes do Poder Executivo, os membros do Poder Legislativo, os membros do Ministrio Pblico, os membros do Poder Judicirio e os membros dos Tribunais de Contas. Esses cargos possuem prerrogativas de funo suas garantias so limitadas at o final do seu mandato, e o regime jurdico so os que esto capitulados artigo 39 da Constituio Federal (Regime Jurdico nico).

Agentes Administrativos: eles tm vnculos com a Administrao Pblica e suas funes so subordinadas por agentes polticos, mas no exercem funo poltica. Existem dois tipos de agentes administrativos, os estaturios disciplinados em lei especifica denominado estatuto e se dividem em servidores pblicos, servidores temporrios e servidores militares e os celetistas que ocupam empregos pblicos e trabalham em entidades de Direito Privado da Administrao Indireta. Seu regime jurdico pode (ser estatutrio, trabalhistas ou temporrios). As Garantias do estatutrio vo desde o seu pedido de exonerao, trabalhista regido pelas normas da CLT, e temporrios at o trmino do seu contrato.

Os Agentes Delegados, Concessionrios e Permissionrios: que recebem funo de executar atividade pblica por conta prpria, mas de acordo com as normas do Estado (Exemplo: serventurios de cartrios, leiloeiros, com cessionrios e permissionrios de obras e de servios pblicos, entre outros);

Os Agentes Pblicos Honorficos: so pessoas que exercem funo pblica momentaneamente quando convocados atravs de designao ou nomeao (Exemplo: mesrios nas eleies), neste caso, a natureza jurdica corresponde a um munus pblico, um encargo de cidadania, uma atribuio em vista de seus direitos polticos e sociais;

Os Agentes Pblicos Credenciados: so os que recebem a funo de representar a Administrao Pblica em determinado evento ou atividade com remunerao (Exemplo: tabelies) possuem investidura especial para o exerccio de suas funes;

Passo 2: redigir um parecer com, no mximo 30 linhas, sobre a natureza jurdica da funo de Conselheiro Tutelar, quais as suas especificidades, prerrogativas e vnculo Jurdico com a Administrao Pblica.

Trata-se de modo de descentralizao das atividades estatais, a partir do regramento insculpido no ar. 204, da CF/88, que prev o princpio da descentralizao poltico-administrativa, aliada participao da populao na elaborao de estratgias polticas e controle das aes nos nveis administrativos.

Quando a Constituio se refere descentralizao poltica, nada mais est dizendo seno que a Unio transfere titularidade para outras pessoas jurdicas de direito pblico, como os Estados-membros, Municpios e Distrito Federal. (...)

Na esteira do disposto no Art. 131, do Estatuto da Criana e do Adolescente, define a doutrina:

Antes de tudo, o Conselho Tutelar caracteriza-se por um espao que protege e garante os direitos da criana e do adolescente, no mbito municipal. uma ferramenta e um instrumento de trabalho nas mos da comunidade, que fiscalizar e tomar providncias para impedir a ocorrncia de situaes de risco pessoal e social de crianas e adolescentes.

Quanto natureza jurdica do Conselho Tutelar, tem-se ser uma instituio de direito pblico, de mbito municipal, com caractersticas de estabilidade e independncia funcional, desprovido de personalidade jurdica, que participa do conjunto das instituies brasileiras, estando, portanto, subordinado s leis vigentes no pas.

No que concerne natureza jurdica do conselheiro tutelar, palmilhando-se a doutrina e a jurisprudncia ptria, embora no unnime, percebe-se majoritrio posicionamento no sentido de que se tratam de servidores pblicos, em sentido amplo.

Em se tratando de desempenho de ao estatal, pertinente a lio de Celso Antonio Bandeira de Mello Regime Constitucional dos Servidores pblicos da Administrao Direta e indireta RT, 1991. classificando, pois, os agentes pblicos em trs grupos: agentes polticos; servidores pblicos e particulares em atuao colaboradora com o Poder Pblico.

verdade que no funcionrio pblico, stricto sensu, na medida em que no se vincula a estatuto prprio de servidor. No servidor regido por regime da CLT. Ainda no ensinamento de Celso Antnio Bandeira de Mello. Embora no possua vnculo de dependncia, o Conselheiro Tutelar que exerce servio pblico relevante, de forma temporria, mas no eventual. Em contrapartida aos servios prestados, recebe remunerao paga pelos cofres da Administrao Pblica Municipal. Destarte lcito afirmar que se trata de servidor pblico em sentido amplo.

Passo 3: Elaborar os conceitos de nomeao, designao, contratao, servidor pblico efetivo e servidor publico comissionado.

Nomeao: uma das formas de provimento de cargo pblico. As outras formas de provimento so: promoo, readaptao, reverso, aproveitamento, reintegrao e reconduo. A nomeao poder ocorrer em carter efetivo, quando o servidor ingressar na instituio mediante concurso pblico, que poder ser de provas, ou provas e ttulos; ou em comisso, inclusive na condio de interino, para cargos de confiana vagos. Os cargos em comisso so de livre nomeao e exonerao, ficando a cargo da autoridade competente, no tendo em nenhuma hiptese estabilidade, nem as provisrias.

Designao: So as pessoas fsicas que com ou sem remunerao presta servio publico sem vinculo empregatcio podem ser institudos por designao (tradutor, interprete, perito), por requisio (mesrio e os membros do tribunal do jri) e os voluntrios (amigos da escola).

Servidor Publico efetivo: So aqueles aprovados por concurso regido pelo o Estatuto, adquire a estabilidade aps o perodo de trs anos nas seguintes hipteses: a) Por processo administrativo disciplinar; b) Sentena transitada em julgado; c) Avaliao peridica; d) Excesso de despesas na folha de pagamento.

Servidor Publico Comissionado: So os cargos de confiana ocupados por pessoas que no fazem parte do quadro de funcionrios da Administrao. A natureza dessa cargos impede que os titulares adquiram estabilidade. Os cargos em comisso somente podem destinar-se a funes d chefia, direo e assessoramento, todas elas de carter especfico dentro das funes administrativas.

FACULDADE ANHANGUERA DE ANPOLIS

DIREITO ADMINSTRATIVO

Professor: Fabricio

ATIVIDADES PRTICAS SUPERVISIONADAS

ANPOLIS

2015

FACULDADE ANHANGUERA DE ANPOLIS

DIREITO ADMINISTRATIVO

Professor: Fabricio

ATIVIDADES PRTICAS SUPERVISIONADAS

NOME COMPLETO DOS INTEGRANTES

Rejane Ribeiro de Brito Faustino 1108326591

ANPOLIS

2015