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22/3/2014 Atps - direito administrativo - Projetos de Pesquisas - Zumastrocolla http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Atps-Direito-Administrativo/902657.html 1/23 Página Inicial » Ciências Sociais Enviado por zumastrocolla, maio 2013 | 39 Páginas (9627 Palavras) | 36 Consultas| | | Atps - direito administrativo (1) Atividades Práticas Supervisionadas | Direito Administrativo | Universidade bandeirantes-anhanguera São Paulo 2013 Sumário Aula Tema: Administração Pública Direta, Indireta e Entidades Paraestatais. 1 A Estrutura da Administração Pública Brasileira 1 Peculiaridades e Traços Distintivos 1 O que são as chamadas Paraestatais? Elas integram a estrutura da Administração Pública Brasileira? Por que? 5 Natureza Jurídica de alguns órgãos da Administração Pública Federal 6 Aula Tema: Agentes Públicos 7 Classificação das categorias de Agentes Públicos 7 Em que consiste o chamado regime jurídico único? 8 Ele ainda está presente na redação da CF de 1988? 8 Aula Tema: Conteúdos dos Princípios Constitucionais da Administração Pública 9 Os Princípios Constitucionais da Administração Pública 9 Quadro de Fixação dos Princípios da Administração Pública explícitos na Constituição Federal de 1988 14 Aplicação direta às rotinas da Administração Pública 19 Princípios norteadores da Administração Pública Estadual. 21 Análise de julgados e a explicação da problemática envolvida nos referidos 23 Aula-tema: O ato administrativo. 26 Comparativo entre os requisitos de validade do Ato Administrativo e os requisitos de validade do Ato Jurídico, estudado no Direito Civil 26 Teoria dos Motivos Determinantes 27 A Administração Pública em um dos polos da relação jurídica não configura ato administrativo 28 Julgados: Ratificação da validade de atos administrativos 29 Bibliografia 31 Anexos 32 Aula Tema: Administração Pública Direta, Indireta e Entidades Paraestatais. A Estrutura da Administração Pública Brasileira 89 Páginas outubro de 2013 10 Páginas novembro de 2013 11 Páginas dezembro de 2013 10 Páginas outubro de 2012 Trabalhos Relacionados atps direito administrativo ...DIREITO ADMINISTRATIVO Prof.: Cels Função: tem-se “função’ quando alguém atps direito administrativo ...Passo 1 (Equipe) - Localizar, no artigo os Princípios Constitucionais da... atps direito administrativo ...Conceito de Propriedade Conceito clá propriedade é um poder que a pessoa a... Atps – processo administrativo: as administrativas – teoria e prática ...[pic] Universidade Anhanguera – UN de Educação a Distância ATPS –... Você não tem nenhum traba salvo até o momento. Pesquise 1.300. Trabalhos e Monografias Gerador de Citação Mais

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Atps - direito administrativo(1)

Atividades Práticas Supervisionadas |

Direito Administrativo |

Universidade bandeirantes-anhanguera

São Paulo

2013

Sumário

Aula Tema: Administração Pública Direta, Indireta e Entidades

Paraestatais. 1

A Estrutura da Administração Pública Brasileira 1

Peculiaridades e Traços Distintivos 1

O que são as chamadas Paraestatais? Elas integram a estrutura da

Administração Pública Brasileira? Por que? 5

Natureza Jurídica de alguns órgãos da Administração Pública Federal 6

Aula Tema: Agentes Públicos 7

Classificação das categorias de Agentes Públicos 7

Em que consiste o chamado regime jurídico único? 8

Ele ainda está presente na redação da CF de 1988? 8

Aula Tema: Conteúdos dos Princípios Constitucionais da Administração

Pública 9

Os Princípios Constitucionais da Administração Pública 9

Quadro de Fixação dos Princípios da Administração Pública explícitos na

Constituição Federal de 1988 14

Aplicação direta às rotinas da Administração Pública 19

Princípios norteadores da Administração Pública Estadual. 21

Análise de julgados e a explicação da problemática envolvida nos

referidos 23

Aula-tema: O ato administrativo. 26

Comparativo entre os requisitos de validade do Ato Administrativo e os

requisitos de validade do Ato Jurídico, estudado no Direito Civil 26

Teoria dos Motivos Determinantes 27

A Administração Pública em um dos polos da relação jurídica não

configura ato administrativo 28

Julgados: Ratificação da validade de atos administrativos 29

Bibliografia 31

Anexos 32

Aula Tema: Administração Pública Direta, Indireta e Entidades

Paraestatais.

A Estrutura da Administração Pública Brasileira

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A prestação do serviço público pode ser efetuada de forma direta

(centralizada) ou indireta (descentralizada). A prestação do serviço

público é intransferível, neste sentido, a Administração Pública Direta é

o titular da prestação de serviço, aos órgãos da Administração Pública

Indireta é transferida a execução do serviço público, mas jamais a

titularidade.

Os entes que integram a Administração Pública Brasileira estão

dispostos no artigo 37, caput da Constituição Federal de 1988.

Administração Pública Direta: é composta por órgãos

despersonalizados que integram as pessoas políticas da Federação

(União, Estado, Municípios e Distrito Federal) incumbidos de realizar

exercícios de atividades administrativas de forma centralizada em que o

Estado executa suas tarefas diretamente, ou por intermédio de

inúmeros órgãos e agentes administrativos que compõem sua

estrutura funcional.

Administração Pública Indireta: é composta por pessoas jurídicas ou

autorizadas através de lei específica vinculadas a uma entidade política

(União, Estado, Municípios e Distrito Federal) para o exercício de forma

descentralizada de atividades, faz indiretamente a delegação dessas a

outras entidades. Compõem a Administração Indireta as entidades com

personalidade jurídica, autarquias, fundações, empresas públicas e

sociedade de economia mista (Lei específica, art. 37, XIX da Constituição

Federal de 1988). Temos ainda os Consórcios Públicos que é a união de

dois ou mais entes da federação (Municípios, Estados e União) sem fins

lucrativos, com o objetivo de prestar serviços e desenvolver ações

conjuntas que visem o interesse coletivo e benefícios públicos. São

dotados de personalidade jurídica de direito público e de natureza

autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins

lucrativos.

Entre a Administração Direta e a Indireta não há subordinação e

hierarquia, o que existe, é uma vinculação entre elas.

A definição e conceito de Administração Direta e Indireta parte do

decreto-lei 200/1967 em seus incisos I e II do artigo 4º estabelecido no

âmbito do Governo Federal.

Peculiaridades e Traços Distintivos

Responsabilidade Civil: Para existir a responsabilidade civil da

Administração Pública é necessário que exista o dano, que não tenha

sido causado por ação ou omissão do particular, bem como que exista

nexo de causalidade entre a atividade administrativa (fato do serviço) e

o dano sofrido pelo particular, para que surja a responsabilidade civil da

Administração, regra prevista no art. 37, § 6º, da Constituição Federal.

“Art. 37 (...) § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito

privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que

seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o

direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”

A responsabilidade civil do servidor é feita através de apuração por

processo administrativo, observando a exigência da ampla defesa em

seu favor, do contraditório e da ampla faculdade probatória,

assegurado no art. 5º, LV, da CF pena de ser decretada nulidade do

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procedimento.

Prerrogativas: As fundações públicas de direito público, fazem jus às

mesma prerrogativas que a ordem jurídica atribuí as autarquias, tanto

de direito substantivo, como de direito processual. E nem poderia ser

de outro modo na medida em que são como espécie do gênero

autarquia. Essa posição é dotada pela jurisprudência.

As fundações públicas com personalidade de direito privado a lei criou

para elas um regime especial. Na verdade elas deveriam reger pelas

normas de direito civil sobre a matéria funcional e só a relações que

vincula as entidades administrativas indireta à administração direta já

citado no artigo 5º parágrafo 3 do decreto-lei n 200/1967.

Podemos concluir que o sistema jurídico aplicado sobre as funções

publicas de direito privado tem caráter hibrido, em parte (Quando a

constituição e ao regime), recebe o fluxo de normas de direito privado e

noutra parte incidirão normas de direito publico, normas que, diga se

de passagem visarão a adequar as entidades as suas situação especial

de pessoa da administração direta.

Numa interpretação sistemática, somente as fundações autárquicas

tem a garantia daquelas prerrogativas, o que não ocorre com as

fundações privadas, as quais devem ser aplicadas as regras processuais

comuns, as partes em geral.

Regime Jurídico: é o conjunto de direitos, deveres, garantias, vantagens,

proibições e penalidades aplicáveis a determinadas relações sociais

qualificadas pelo Direito, abaixo explanaremos sobre o regime jurídico

dos agentes da Administração Pública.

Regime estatuário: conjunto de regras que regulam a reação jurídica

funcional entre o servidor público estatuário e o Estado, as normas para

tal se encontram no estatuto funcional da pessoa federativa, as regras

devem estar em lei, existem outras regras mas em caráter

organizacional.

Características do estatuário são: pluralidade normativa cada pessoa

precisa ter sua lei estatutária para que possa identificar cada disciplina

da relação jurídica funcional entre as partes. Existem os estatutos

funcionais federal, estaduais, distrital e municipais cada um autônomo

que implica no poder de organizar seus serviços e servidores.

Outra característica é de relação própria do direito público, relação não

contratual, o conjunto de vontades que conduz a execução da função

pública leva em conta outros fatores de direito público como

provimento do cargo, a nomeação, a posse do gênero.

União Federal adotou o regime estatutário para seus servidores, Lei nº

83112, de 11/12/1990, o Chefe do Executivo, constitui competência

privativa através do art. 61,§ 1º,II,”c”, da CF.

Alguns entes federativos editaram leis complementares com previsão

em Constituições Estaduais ou em leis orgânicas municipais para

instituir seu regime estatutário, já a lei complementar proposta no

estatuto funcional do Executivo, é inconstitucional por dificultar

eventuais alterações do mesmo.

As lides entre Estado e servidores estatutários são apresentadas em

Justiça comum, não na Justiça do trabalho pois está diretamente

relacionada a natureza contratual e não há tal contrato entre tais

servidores e os entes públicos.

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Regime trabalhista: a lide é colocada de acordo com as Leis do Trabalho,

aplicáveis entre empregadores e empregados privados (Decreto-lei nº

5.452, de 01/05/1943). Este regime caracteriza pelo princípio da

unicidade normativa, e encontra-se na CLT, o Estado é simples

empregador dos empregados em geral. Outra característica é que o

Estado e seu servidor celebram um contrato de trabalho dentro da

disciplina de relações trabalho e capital.

Os acidentes de trabalho é competência da Justiça do Trabalho e

quando há litígios entre servidores trabalhistas e União, Estados,

Distrito Federal e Municípios, também são de competência a Justiça do

Trabalho, no art. 1144, I, da CF, com redação da EC nº 45/2004.

Regime de Emprego Público: aplicação de regime trabalhista comum á

relação entre a Administração e o respectivo servidor, será regido pela

CLT, (Decreto-lei nº 5.452/1943) e pela legislação trabalhista correlata, se

a lei dispuser em contrário, aplica-se a Lei nº 9.962 que é a legislação

básica as demais leis serão subsidiárias a ela.A competência para

legislar sobre o direito do trabalho é da União Federal(art. 22,I,CF), se

houver admissão de servidores por contrato, será obedecida a CLT.

O ingresso ao emprego público exige aprovação em concurso público, o

vínculo de trabalho tem natureza contratual e se formaliza por prazo

indeterminado, e só pode ser rescindido quando houver, pratica grave

tal como no art.482, da CLT; acumulação de ilegal de cargos, empregos

ou funções públicas; necessidade de redução de quadro, no caso de

excesso de despesa, como previsto no art. 169 da CF, insuficiência de

desempenho apurada em processo administrativo. Existem carreiras

que são atividades exclusivas do Estado, as carreiras de diplomacia,

fiscalização, polícia, advocacia pública, e militar em geral, podemos dizer

que o regime de emprego público será o adequado para os servidores

que executem as funções normais de apoio técnico e administrativo em

geral.

Regime especial: nesta categoria se enquadram os servidores

temporários, são amparados no art. 37, IX, da CF. Regime especial

significa que nenhum ente federativo poderá valer-se da lei reguladora

editada por outro. Na relação jurídica funcional, a Constituição diz que a

lei estabelecerá a contratação desses servidores por contrato

administrativo de caráter funcional diferente dos demais contratos

administrativos .O STJ já julgou em conflito de competência que este

tipo de contratação não é CLT,e a Justiça Federal tem a competência

para pagamento de verbas quando a ré for União Federal, juízos

fazendários. A justiça comum é competente para apreciar litígios em

que o ente federativo tiver efetivamente editado a lei específica

reguladora do regime especial, como determina o art. 37, IX, da CF.

Podemos também observar quanto ao vínculo temporário por um lado

o fator tempo não é idôneo para converter o regime especial no regime

trabalhista, por outro lado há esta possibilidade em face do

desvirtuamento do regime inicial.

O regime especial atende a três pressupostos: determinabilidade

temporal da contração, os contratos devem ter sempre prazo

determinado; temporariedade da função: necessidades de serviços

temporários e não permanentes se o forem o estado deve processar

recrutamento através de outros regimes; excepcionalidade do interesse

público: obriga o recrutamento, a excepcionalidade do interesse público

corresponde á excepcionalidade do próprio regime especial.

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corresponde á excepcionalidade do próprio regime especial.

Regime Jurídico único: foi abolido pela EC nº 19/1998, que implantou a

reforma administrativa do Estado, isso permitiu que a União, os

Estados, o Distrito Federal e os Municípios pudessem recrutar

servidores sob mais de um regime jurídico.

Legislação Aplicável ao Patrimônio: Os bens públicos são de domínio

público de um lado dá referência no sentido dos bens do Estado ou que

estejam em sua administração. Na Administração Pública brasileira, o

sistema de controle interno nos municípios tem previsão na

Constituição Federal de 1988 em seu artigo 31.

A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo

Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle

interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

Para a esfera federal, a Constituição também prevê, em seu artigo 74,

que os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário manterão, de forma

integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: avaliar o

cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos

programas de governo e dos orçamentos da União; comprovar a

legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da

gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades

da administração.

O domínio eminente o poder político que permite ao Estado submeter á

sua vontade todos os bens situados em seu território, não tem caráter

patrimonial, não quer dizer que o Estado seja proprietário de todos os

bens e sim que tem disponibilidade potencial que é detentor por sua

soberania. Abrange três categorias de bens: os bens públicos, bens

privados e espaço aéreo e águas.

Bens públicos são todos aqueles que, de qualquer natureza e qualquer

título, pertençam ás pessoas jurídicas de direito público, sejam elas

federativas, como União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,

sejam a administração descentralizada, como as autarquias, nestas

incluindo-se as fundações de direito público e as associações públicas

(Artigo 98, CC).

O que são as chamadas Paraestatais? Elas integram a estrutura da

Administração Pública Brasileira? Por que?

São pessoas jurídicas de direito privado que atuam ao lado e em

colaboração ao Estado. Há juristas que entendem que entidades

paraestatais são aquelas de direito privado mas que recebem amparo

oficial do poder público, como as empresas públicas, as sociedades de

economia mista, as fundações públicas e as entidades de cooperação

governamental, por exemplo SESI, SENAI, SESC, SENAC, etc., outros

juristas pensam exatamente o contrário, entidades paraestatais seriam

as autarquias. Para outros somente se enquadram nessa categoria as

pessoas colaboradoras que não se preordenam a fins lucrativos,

estando excluídas, assim, as empresas pública e as sociedade de

economia mista. Para outros ainda, paraestatais seriam as pessoas de

direito privado integrantes da administração indireta, excluindo-se por

conseguinte, as autarquias, as fundações de direito público e os

serviços sociais autônomo.

Na prática, tem-se encontrado, com frequência, o emprego da

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Na prática, tem-se encontrado, com frequência, o emprego da

expressão empresas estatais, sendo nelas enquadradas a sociedades

de economia mista e as empresas públicas, lembrando que há autores

que adotam o referido sentido.

Natureza Jurídica de alguns órgãos da Administração Pública Federal

Dentro da classificação que discrimina o tipo de organização contábil e

a relação de uma pessoa jurídica com o sistema de fiscalização

econômica de um estado, explanaremos abaixo a natureza jurídica de

alguns órgãos:

a. Departamento Nacional de Produção Mineral: contempla regras do

Direito público e privado, tem por objeto regular o domínio da União;

b. Instituto Nacional do Seguro Social: pessoa jurídica de direito público;

c. Ministério da Justiça: órgão superior da administração federal

brasileira que trata das matérias relacionadas com a ordem jurídica,

cidadania e garantias pessoais;

d. Gabinete de Segurança Nacional: entidades da Administração Pública

Federal;

e. Receita Federal do Brasil: entidade dotada de personalidade jurídica

de direito privado.

Aula Tema: Agentes Públicos

Classificação das categorias de Agentes Públicos

Agentes Públicos são todas as pessoas que de alguma maneira prestam

um serviço público, desde os titulares dos poderes do Estado até

pessoas que se vinculam contratualmente com o Poder Público como é

o caso dos concessionários. Os agentes públicos podem ser

classificados em:

a. Agentes políticos: são componentes do Estado, suas funções são

definidas na Constituição Federal que prevê direito e garantias

específicas, ex. imunidade parlamentar, caracterizam-se por terem

funções de direção e orientação estabelecidas na constituição e por ser

normalmente transitório o exercício dessas funções. Ex-presidentes,

governadores, prefeitos, ministros, secretários estaduais e municipais,

senadores, deputados federais, dep. Estaduais e vereadores. Como

tipos de agentes políticos podemos citar os chefes do Poder Executivo,

os membros do Poder Legislativo, os membros do Ministério Público, os

membros do Poder Judiciário e os membros dos Tribunais de Contas.

Esses cargos possuem prerrogativas de função suas garantias são

limitadas até o final do seu mandato, e o regime jurídico são os que

estão capitulados artigo 39 da Constituição Federal (Regime Jurídico

Único).

b. Agentes Administrativos: eles têm vínculos com a Administração

Pública e suas funções são subordinadas por agentes políticos, mas não

exercem função política. Existem dois tipos de agentes administrativos,

os estatuários disciplinados em lei especifica denominado estatuto e se

dividem em servidores públicos, servidores temporários e servidores

militares e os celetistas que ocupam empregos públicos e trabalham em

entidades de Direito Privado da Administração Indireta. Seu regime

jurídico pode (ser estatutário, trabalhistas ou temporários). As

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jurídico pode (ser estatutário, trabalhistas ou temporários). As

Garantias do estatutário vão desde o seu pedido de exoneração,

trabalhista regido pelas normas da CLT, e temporários até o término do

seu contrato.

c. Os Agentes Delegados, Concessionários e Permissionários: que

recebem função de executar atividade pública por conta própria, mas

de acordo com as normas do Estado (Exemplo: serventuários de

cartórios, leiloeiros, com cessionários e permissionários de obras e de

serviços públicos, entre outros);

d. Os Agentes Públicos Honoríficos: são pessoas que exercem função

pública momentaneamente quando convocados através de designação

ou nomeação (Exemplo: mesários nas eleições), neste caso, a natureza

jurídica corresponde a um munus público, um encargo de cidadania,

uma atribuição em vista de seus seus direitos políticos e sociais;

e. Os Agentes Públicos Credenciados: são os que recebem a função de

representar a Administração Pública em determinado evento ou

atividade com remuneração (Exemplo: tabeliães) possuem investidura

especial para o exercício de suas funções;

Em que consiste o chamado regime jurídico único?

Consiste que a União os Estados, Distrito federal, e Municípios deveriam

instituir, no âmbito de sua competência, planos de carreira para os

servidores da administração pública direta, das autarquias, fundação

pública.

Ele ainda está presente na redação da CF de 1988?

Embora ainda conste na Constituição Federal, o STF deferiu medida

cautelar para o fim de suspender a eficácia do artigo 39 da Constituição

Federal, com a redação dada pela EC 19/1988 que também extinguiu o

sistema isonomia funcional.

Aula Tema: Conteúdos dos Princípios Constitucionais da Administração

Pública

Os Princípios Constitucionais da Administração Pública

Diferentemente das constituições anteriores a Constituição Federal de

1988 reservou um capitulo inteiro somente para reger os atos

Administração Pública, neste estão elencados no artigo 37 os Princípios

Constitucionais da Administração Pública, são eles:

* Legalidade;

* Impessoalidade;

* Moralidade;

* Publicidade;

* Eficiência.

Veremos a seguir o conteúdo de cada um deles:

Princípio da Legalidade: O Princípio da Legalidade institui que todo ato

administrativo deve ser autorizado por lei, se não for autorizado, será

considerado um ato ilícito.

Vale ressaltar que, este princípio leva em consideração o Estado de

Direito, estabelecendo que o Estado deve respeitar as leis que ele

mesmo edita. Para Odete Medauar este princípio origina-se com a

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separação de poderes e a todas as ideias que significaram oposição às

práticas do período absolutista. Assim, ensina sobre a matéria:

“Para a Administração, o princípio da legalidade traduzia-se em

submissão à lei. No conjunto dos poderes do Estado traduzia a relação

entre poder legislativo e poder executivo, com a supremacia do

primeiro; no âmbito das atuações exprimia a relação entre lei e ato

administrativo, com a supremacia da primeira”.

O administrador público está diretamente subordinado à lei, enquanto

o particular pode fazer tudo que a lei não proíbe o administrador

público só pode agir de acordo com o que a lei não proíbe e agir da

maneira como ela determina.

A existência do Princípio da Legalidade está vinculado a garantia deste

direito, certo que, se o ato administrativos não autorizado por lei, ou for

feito de maneira diferente do que a lei determina, o ato será

considerado ilícito.

A ação da administração pública (execução) está diretamente ligada a

criação da lei, ou seja, só poderá existir atividade administrativa se

houver lei que a norteie, ou seja, a atividade administrativa,

obrigatoriamente, deve estar de acordo com o dispositivo legal.

Princípio da Impessoalidade: O próprio nome dá a ideia de tratamento

igualitário, o administrador deve tratar todos os seus administrados

sem discriminações, nesse sentido ensina o professor Celso Antônio

Bandeira de Mello:

“O Princípio da Impessoalidade se traduz a ideia de que a Administração

tem que tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas

ou detrimentosas”.

Este princípio também nos remete ao Princípio da Isonomia. O Princípio

da Impessoalidade determina que, a Administração Pública deve voltar-

se totalmente par o interesse público, excluindo-se que uns sejam

favorecidos em detrimento de outros, o que reflete também ao

Princípio da Finalidade, este determina que o alvo da Administração

Pública é somente o interesse público, porém, este não se alcança

perseguindo o interesse particular. Quando a ação do administrador

desvia-se do interesse público, há um desvio de finalidade, contrariando

assim, o art. 5º, caput e inciso I.

Logo, o princípio da impessoalidade leva o administrador a agir de

forma impessoal, sem favorecer este ou aquele, ou sem excluir este ou

aquele.

Princípio da Moralidade: O Princípio da Moralidade impõem que a ação

do administrador público deve estar pautada nos critérios de

conveniência, oportunidade e justiça, ou seja, não deve violar os

preceitos éticos, se houver violação dos preceitos éticos, haverá

também a violação ao próprio direito. Este princípio rege tanto a

relação da Administração Pública e seus administrados, quanto a

relação da Administração Pública e seus agentes. Esclarecendo este

tema, ensina o doutrinador Hely Lopes Meirelles:

“É certo que a moralidade do ato administrativo juntamente a sua

legalidade e finalidade, além de sua adequação aos demais princípios

constituem pressupostos de validade sem os quais toda atividade

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constituem pressupostos de validade sem os quais toda atividade

pública será ilegítima”.

O Princípio da Moralidade passou a vigorar como princípio

administrativo explicitamente positivado no ordenamento jurídico

brasileiro após a edição da Constituição Federal de 1988, deixando

assim, de ser valor e passando a vigorar com princípio, com valor

deontológico, este deixou de ser um princípio teleológico.

A intenção do Constituinte foi de coibir a imoralidade dentro da

Administração Pública, o administrador que detiver o conhecimento da

lei, dos princípios éticos regentes da administração pública será

considerado um administrador revestido de espírito público, logo,

considerado um bom administrador.

É muito tênue a linha que separa o Princípio da Legalidade do Princípio

da Moralidade, pois, em muitas ocasiões a ofensa a moralidade,

consistira em ofensa e violação direta da lei. Há que notar-se também,

outra linha muito tênue é a que separa o Princípio da Moralidade e o

Princípio da Impessoalidade, pois um tratamento discriminatório, seja

ele positivo ou negativo, também nos remeterá a uma ofensa à moral.

Vejamos a seguir algumas maneiras de proteger o Princípio da

Moralidade no âmbito da Administração Pública:

a. Improbidade Administrativa: a Lei 8.429 de 02 de junho de 1992 é que

disciplina os atos de improbidade administrativa, estabelecendo

sanções e norteando os instrumentos processuais adequados a cada

caso, admitindo assim, as ações cautelares de sequestro e arresto de

bem e o bloqueio de contas bancárias, aplicações financeiras, podendo

até mesmo levar a perda de bens em ações ajuizadas pelo Ministério

Público ou pessoa interessada, vale ressaltar que o Conselho Nacional

de Justiça condena a prática do nepotismo, referindo-se a este como

uma das formas de improbidade administrativa;

b. Ação Popular: Visando resguardar os bens jurídicos de destaque

social como ambiente, patrimônio histórico e cultural e a moralidade

administrativa, o artigo 5º da Constituição Federal de 1988 em seu inciso

LXXIII garante a legitimidade de qualquer cidadão para propor ação

popular visando anular atos do Poder Público que firam o Princípio da

Moralidade;

c. Ação Civil Pública: para a proteção do patrimônio público e social, do

meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos, a Constituição

Federal de 1988, em seu artigo 129, inciso III, prevê que é função

institucional do Ministério Público, promover inquérito civil e a ação civil

pública a fim de resguardar a correta aplicação do princípio ora

discutido.

Logo, concluímos que, não faltam instrumentos e meios de combate a

ofensa ao Princípio da Moralidade.

Princípio da Publicidade: um dos critérios de legitimação da conduta

dos administradores públicos repousa sobre o Princípio da Publicidade,

este determina que os atos da Administração Pública dever ser

amplamente divulgados entre os administrados, ou seja, o

administrador deve levar ao conhecimento de todos os contratos, seus

atos ou instrumentos jurídicos.

Esta publicidade dar-se-á por meio de publicações em órgãos de

imprensa (Imprensa Oficial do Estado, por exemplo) ou afixados em

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imprensa (Imprensa Oficial do Estado, por exemplo) ou afixados em

locais visíveis nas repartições públicas, visando facilitar e garantir o

acesso a informação, muitos órgãos já utilizam a internet como meio de

divulgação dos atos administrativos, é o caso do Diário Oficial de São

Paulo, que além de ser impresso pela Imprensa Oficial do Estado de São

Paulo é também disponibilizado no site da mesma (www.imesp.com.br).

Este princípio confere ao cidadão o direito de receber informação de

como está se desenvolvendo a Administração Pública dentro do estado

democrático, neste sentido, defende Celso Antônio Bandeira de Melo:

“não pode haver um Estado Democrático de Direito, no qual o poder

reside no povo (art. 1º, parágrafo único, da Constituição), ocultamento

aos administrados dos assuntos que a todos interessam, e muito

menos em relação aos sujeitos individualmente afetados por alguma

medida.”

Vale ressaltar que a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 37,

parágrafo 3º, inciso II garante o direito a informação, desde que

respeitados os direitos elencados nos incisos X (direitos a intimidade e a

vida privada) e XXXIII (as situações de legais de sigilo) todos situados no

artigo 5º da mesma constituição.

Quanto aos efeitos, publicidade só será considerada positiva se feita

através de órgão oficial, que é o jornal, público ou não, que se destina à

publicação de atos estatais. Dessa forma, não basta a mera notícia

veiculada na imprensa (STF, RE 71.652).

Após a publicação, presumir-se-á o conhecimento de todos os

interessados em relação aos atos praticados, assim, iniciar-se-á a

contagem do prazo para interposição de recurso, bem como os prazos

de prescrição e decadência.

Para atender ao Princípio da Publicidade indispensável que todos os

atos e decisões tomados sejam adequadamente publicados para a

informação de todos, o sigilo só é permitido em casos de segurança

nacional.

“A publicidade, como princípio da administração pública, abrange toda

atuação estatal, não só sob o aspecto de divulgação oficial de seus atos

como, também, de propiciação de conhecimento da conduta interna de

seus agentes”.

Procura-se dessa maneira, manter a nitidez, ou seja, agir de forma

transparente, deixando claro para a sociedade as ações e as decisões

tomadas pelos agentes da Administração Pública.

Princípio da Eficiência: O último princípio explícito que estudaremos, é o

Princípio da Eficiência, como vimos durante as aulas, não existe

hierarquia entre os princípios, ou seja, não existe um princípio que seja

mais importante que outro, porém, o Princípio da Eficiência, acaba

chamando a atenção por ter sido o último princípio a ser introduzido na

Constituição Federal de 1988, tal feito ocorreu através da Emenda

Constitucional número 19 do ano de 1998. Não há que se falar em

qualidade de serviços prestados sem analisar a eficiência do mesmo,

dentro deste contexto devemos analisar a rapidez, a presteza, a

perfeição e o rendimento de cada ação. Neste sentido, cabe

perfeitamente aqui, a citação de Hely Lopes Meirelles:

“O princípio da eficiência exige que atividade administrativa seja

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“O princípio da eficiência exige que atividade administrativa seja

exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais

moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em

ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados

positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das

necessidades da comunidade e de seus membros”.

Este princípio requer que a Administração Pública seja gerida com

cautela, produzindo resultados satisfatórios, o Administrador Público

deve estar atendo e verificar também a relação entre o custo e o

beneficio de cada ação, por exemplo, ao determinar que sejam feitas

rede de esgoto em uma determina rua, o Administrador Público segue

todos os passos necessários para atender ao Princípio da Eficiência,

porém, na rua escolhida para receber a rede de esgoto não há

moradores, ora, haverá neste caso desperdício de dinheiro público e

não havendo nenhuma relação entre o custo e o benefício, não será

atendido o Princípio da Eficiência.

Podemos então concluir que para considerar que um ato

administrativo, atendeu ao Princípio da Eficiência, devemos analisar se o

ato atingiu o maior número de pessoas beneficiadas e se a relação

custo-benefício também foi atingida. Lembrando-nos que, rendimento

deve nortear para alcançar resultados positivos tanto para o serviço

público, quanto para a comunidade, excluindo-se neste contexto, a

finalidade lucrativa.

Quadro de Fixação dos Princípios da Administração Pública explícitos na

Constituição Federal de 1988

Entendemos que é impossível falar em Princípios da Administração

Pública sem referir-nos aos princípios implícitos, eles não estão

previstos de forma expressa no texto constitucional, porém são

reconhecidos como acolhidos pelo mesmo. Os princípios implícitos que

regem a Administração Pública são considerados por alguns autores

apenas como princípios da Administração Públicas, outros autores os

consideram como Princípios Constitucionais implícitos. Vejamos tais

princípios:

Princípio da Supremacia do Interesse Público: As atividades

administrativas sempre devem ser pautadas pelo interesse da

coletividade, dessa maneira os interesses da coletividade tem

prevalência sobre os interesses dos particulares, ou seja, sempre que

houver acareação entre os interesses da coletividade e os interesses de

particulares, prevalecerá o interesse da coletividade.

Um importante esclarecimento é emitido pela professora Raquel Melo

Urbano de Carvalho quando se refere a supremacia do interesse

público.

“Na medida em que os interesses da sociedade prevaleçam perante os

interesses particulares torna-se possível evitar a desagregação que

fatalmente ocorreria se cada membro ou grupo da coletividade

buscasse a concretização dos seus interesses particulares. A

necessidade de prevalência do bem comum enquanto objetivo

primordial a ser perseguido pelo Estado é um pressuposto da própria

sobrevivência social. Da superioridade do interesse da coletividade

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decorre a sua prevalência sobre o interesse do particular, como

condição, até mesmo, da sobrevivência e asseguramento deste último.

É no interesse geral da sociedade e na soberania popular que se

encontram os fundamentos da supremacia do interesse público”.

Ressaltamos que o interesse público é indisponível. Logo, a autoridade

atribuída à Administração Pública têm como traço distintivo o poder-

dever, que não podem deixar de serem praticados, sob pena de ser

caracterizada a omissão.

Princípio da Autotutela: Prevê este princípio que a Administração

Pública tem o dever de controlar seus próprios atos. A autotutela se

expressa até mesmo no controle de um órgão superior sobre um órgão

inferior ou mesmo em face de uma entidade autárquica. Em razão da

autotutela, a Súmula 473 do Supremo Tribunal Federal reconhece à

Administração o poder de anular seus próprios atos, quando eivados de

vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou

revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados

os direitos adquiridos, ressalvada, em todos os casos, a apreciação

judicial.

Princípio da Indisponibilidade: Este princípio dispõe que os

administradores não podem, em nome da Administração, renunciar aos

interesses da Administração Pública, os bens e os interesses públicos

não são propriedade da Administração Pública e estes estão a serviço

da coletividade e não são de titularidade de qualquer agente público. O

administrador público, portanto, tem o dever de zelar pelos interesses

da administração, devendo agir de acordo com o disposto em lei.

A indisponibilidade dos interesses públicos quer dizer que, sendo

interesses qualificados como próprios da coletividade – internos ao

setor público – não se encontram à livre dependência de quem quer

que seja por inapropriáveis. Segundo Celso Antonio Bandeira de Mello:

“O próprio órgão administrativo que os representa não tem

disponibilidade sobre eles, no sentido de que lhe incumbe apenas curá-

los – o que é também um dever – na estrita conformidade do que

predispuser a intentio legis.”

Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos

O serviço público não pode ser interrompido, pois muitas vezes tratam-

se de serviços urgentes e imprescindíveis para a sociedade, desta

necessidade de ininterrupção dos serviços públicos é que origina-se o

Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos.

Um exemplo de aplicação do princípio está demonstrado na questão da

greve. Tanto no setor público quanto no setor privado a lei define quais

são os serviços indispensáveis e que não podem ser interrompidos.

Vale ressaltar que, este princípio gera obrigações também para o setor

privado, uma vez que a lei não permite que o particular contratado

oponha a exceção de contrato não cumprido.

Princípio da Segurança jurídica: O Princípio da Segurança Jurídica

decorre da necessidade de estabilização das relações jurídicas, são

contemplados neste princípio a boa-fé e a proteção à confiança.

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contemplados neste princípio a boa-fé e a proteção à confiança.

A relevância deste princípio no Direito Administrativo encontra força na

proibição de aplicação retroativa de novas interpretações, o professor

Celso Antonio Bandeira de Melo esclarece que:

“Diversos institutos jurídicos refletem a proteção da segurança jurídica,

tais como: decadência, prescrição, preclusão, usucapião, direito

adquirido, irretroatividade da lei, coisa julgada e manutenção de atos

praticados por funcionários de fato”

Princípio da Razoabilidade: O Princípio da Razoabilidade dispõe que a

ação do administrador deve estar sempre pautada pela moderação e

racionalidade, ou seja, o que se encontra dentro dos padrões aceitáveis.

O administrador em suas ações além de atender ao Princípio da

Finalidade, onde deve atingir o fim público, precisa também realizar

seus atos com coerência, prudência e racionalidade.

Princípio da Proporcionalidade: Este princípio em alguns pontos

assemelha-se ao Princípio da Razoabilidade, pois visa aplicação de

medidas justas, proibindo assim, que haja exageros na ação

administrativa. Consiste então, na adequação entre meios e fins,

coibindo excessos e vedando a imposição de obrigações, restrições e

sanções desnecessárias para atingir o interesse público.

Princípio da Motivação: A Administração pública deve sempre motivar

todos os seus atos editados, pois este atua sempre representando os

interesses da coletividade. É preciso mostrar ao administrado a

motivação dos seus atos, pois é o administrado o titular da “res publica”

(coisa pública).

O administrador público deve sempre motivar até mesmo seus atos

discricionários, pois só entendendo a motivação é que o administrador

terá condições de balizar se o administrador esta agindo de acordo com

a determinação legal. Alguns doutrinadores afirmam que a motivação

só é obrigatória nos atos vinculados. A motivação só será pressuposto

de validade do ato administrativo, quando obrigatória. É o que sustenta

o doutrinador Jose dos Santos Carvalho Filho:

“Só se poderá considerar a motivação obrigatória se houver norma

legal expressa nesse sentido”

A ausência de motivação leva à invalidação, à ilegitimidade do ato, pois

não há o que falar em ampla defesa e contraditório se não há

motivação. Os atos inválidos por ausência de motivação estarão

subordinados também a um exame minucioso pelo Poder Judiciário.

Princípio da Finalidade: A ação do administrador deve estar voltada para

o interesse público, entendido este como o que se refere a toda a

sociedade, a comunidade tomada em sua inteireza.

Alguns doutrinadores equiparam o princípio da impessoalidade ao da

finalidade. A maior parte da doutrina, todavia, diferencia-os,

aproximando o Princípio da Finalidade da teoria do abuso de poder, que

se desdobra em desvio de finalidade e excesso de poder.

O princípio da finalidade determina que o administrador em sua

atuação vise o objetivo da norma, unindo-se a ela.

Pode-se inferir, pois, que esse preceito está intimamente ligado ao

princípio da legalidade.

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princípio da legalidade.

Princípio da Igualdade: A Constituição Federal de 1988 adotou o

princípio da igualdade de direitos, determinando que todos os cidadãos

têm o direito de tratamento idêntico pela lei, de acordo com os critérios

contidos em nosso ordenamento jurídico.

Dessa forma, o que se coibi são as diferenciações arbitrárias, as

discriminações absurdas, pois, o tratamento desigual dos casos

desiguais, na medida em que se desigualam, é exigência tradicional do

próprio conceito de Justiça, pois o que realmente defende são certas

finalidades, somente se tendo por lesado o princípio constitucional

quando o elemento discriminador não se encontra a serviço de uma

finalidade acolhida pelo direito.

A igualdade se configura como uma força transcendente de modo que

toda ocorrência de desigualdade perseverante à entrada em vigor da

norma constitucional deve ser julgada não recepcionada, se não

demonstrar compatibilidade com os valores que a constituição, como

norma suprema, proclama.

Princípio do Contraditório e Ampla Defesa: De origem constitucional,

contemplado pelo artigo 5°, LV, nos deparamos com a citação “aos

litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em

geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e

recursos a ela inerentes”. E como ensina Didier:

“Embora correlatos no mesmo dispositivo constitucional, contraditório

e ampla defesa distingui-se”.

No tocante a ampla defesa, entende-se que a mesma:

“[...] será compreendida como garantia das partes de amplamente

argumentarem, ou seja, as partes além de participarem da construção

da decisão (contraditório), têm direito de formularem todos os

argumentos possíveis para a formação da decisão, sejam estes de

qualquer matiz”.

Ou seja, a garantia que autoriza tanto o autor quanto o réu da ação,

participar de maneira ampla, demonstrando todos os rudimentos que

entenderem pertinentes para prestar auxílio ao julgador para melhor

compreender as teses oferecidas.

Já por contraditório devemos entender como:

“a necessidade de dar-se conhecimento da existência da ação e de

todos do processo às partes, e, de outro, a possibilidade de as partes

reagirem aos atos que lhes sejam desfavoráveis”.

O que podemos deduzir, é que ambos encontram-se atados:

“à idéia de processo, visto que faz parte da dialética que o processo

desenvolve permitir e garantir a participação dos sujeitos que ali se

relacionam” .

Tendo em vista o grau de importância desta participação, tem-se que a

mesma deve ser respeitada sob pena de nulidade.

Aplicação direta às rotinas da Administração Pública

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Aplicação direta às rotinas da Administração Pública

As atividades principais da Administração Pública elegem basicamente

as atividades regulatória, gestora, gerenciadora e fiscalizadora. Na

administração Pública, existem princípios cujo cumprimento é dever do

agente público, sob pena de implicar-se sanções administrativas e,

conforme o caso, judiciais. Esses princípios são constitucionais, legais, e,

alguns, doutrinários. São aplicados diretamente às rotinas da

Administração Pública:

O artigo 5º da Constituição Federal de 1988 traz princípios que são

aplicados diretamente na Administração Pública como veremos à

seguir.:

a. Princípio da Legalidade: O Princípio da Legalidade está previsto na

Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5º, inciso II, um exemplo de

aplicação direta do Princípio da Legalidade ocorre quando o agente

público pratica ato ilegal ou omite a prática de ato ao qual estava

obrigado por força de lei, neste caso será instaurado um processo

administrativo, onde o mesmo responde, entre outras coisas, por

ofensa ao referido princípio.

b. Princípio da Impessoalidade: O Princípio da Impessoalidade está

previsto na Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5º, caput, como

exemplo de aplicação direta deste princípio no âmbito da Administração

Pública, podemos mencionar a vedação à realização de publicidade ou

propaganda pessoa do administrador com verbas públicas ou ainda, a

edição de atos normativos com o objetivo de conseguir benefícios

pessoais

c. Princípio da Moralidade: O Princípio da Moralidade está previsto na

Constituição Federal de 1988, em seu artigo Art. 5º, inciso LXXIII ele traz a

ação popular, que poderá ser movida em razão do ato ou contrato

lesivos ao meio ambiente, ao patrimônio público, histórico, artístico e

cultural, figura como ação constitucional, um exemplo, é a ação popular

onde a Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça negou

provimento aos recursos do município do Rio de Janeiro e da empresa

Brookfield Rio de Janeiro Empreendimentos Imobiliários, que

pretendiam garantir a construção de um edifício residencial na área do

Hotel Intercontinental, em São Conrado, na Zona Sul do Rio. A ação

popular questiona a concessão de licenças para o desmembramento da

área e para a construção do residencial de 16 andares, em local que

seria destinado exclusivamente a atividade turística-hoteleira, e aponta

a destruição dos jardins do Hotel Intercontinental, projetados pelo

paisagista Roberto Burle Marx, “de inestimável valor histórico, cultural e

paisagístico”, outro exemplo de moralidade é a proibição do nepotismo,

uma vez que esse afigura-se à idéia de favoritismo, patronato, em

dissonância à impessoalidade

d. Princípio da Publicidade: O Princípio da Publicidade está previsto na

Constituição Federal de 1988, em seu artigo Art. 5º, no inciso XXXIII, um

exemplo de aplicação direta do Princípio da Publidade ocorre quando o

agente administrativo que comete o crime de improbidade fica sujeito a

processo administrativo e judicial (artigo 14 e seguintes da lei 8.429/92).

Cabendo a cada um suas particularidades as quais não adentraremos

no presente estudo. Vale dizer que, como regra os atos praticados pelo

agente público não deve ser imbuído de sigilo, dessa forma, os atos de

improbidade também não gozam de segredo. Sendo instaurado

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processo administrativo em respeito ao princípio da publicidade, esse

procedimento deve está acessível a todos, salvo exceções elencadas

pela própria Constituição onde em determinadas situações haverá sigilo

em nome da segurança do Estado e da sociedade.

e. Princípio da Eficiência: O Princípio da Eficiência está previsto na

Constituição Federal de 1988, em seu artigo Art. 5º, no inciso LXXVIII, um

exemplo de aplicação deste princípio é a publicação da Lei número

9.784, de 1999, que regula o processo administrativo no âmbito da

Administração Pública Federal, conhecida como a Lei do Processo

Administrativo, é de fundamental importância ao instituir normas

básicas sobre o processo administrativo, com o objetivo de proteger os

direitos daqueles que utilizam os serviços públicos e de promover a

celeridade e economia processual para atingir o melhor dos fins da

Administração Pública.

Princípios norteadores da Administração Pública Estadual.

A Constituição do Estado de São Paulo em seu artigo 111 estabelece os

princípios norteadores da administração pública, o referido texto

dispõe:

“A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer

dos Poderes do Estado, obedecerá aos princípios de legalidade,

impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade, finalidade,

motivação, interesse público e eficiência”.

Neste texto o princípio da eficiência foi inserido através da Emenda

Constitucional número 21 de 14 de fevereiro de 2006.

Entendemos que conforme a citação acima Há o LIMPE da Constituição

Federal, acrescidos do RIP-FM. Vejamos alguns exemplos de efetivo

respeito a tais princípios em nosso cotidiano.

a. Princípio da Legalidade: O Artigo 115 da Constituição Estadual de São

Paulo estabelece “para a organização da administração pública direta e

indireta, inclusive as fundações instituídas ou mantidas por qualquer

dos Poderes do Estado, é obrigatório o cumprimento das seguintes

normas” a obrigatoriedade de cumprimento das normas é a verdadeira

expressão do Princípio da Legalidade;

b. Princípio da Impessoalidade: O artigo 115 da Constituição Estadual de

São Paulo em seu inciso II estabelece que “a investidura em cargo ou

emprego público depende de aprovação prévia, em concurso público de

provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em

comissão, declarado em lei, de livre nomeação e exoneração”, a

expressão “aprovação em concurso público” é uma vedação ao

nepotismo e efetivo exemplo de respeito ao Princípio da

Impessoalidade;

c. Princípio da Moralidade: O Inciso XXIV do artigo 115 da Constituição

do Estado de São Paulo dispõe que “é obrigatória a declaração pública

de bens, antes da posse e depois do desligamento, de todo o dirigente

de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia e

fundação instituída ou mantida pelo Poder Público” sendo a declaração

pública de bens, um exemplo de efetivo cumprimento do Princípio da

Moralidade;

d. Princípio da Publicidade: O artigo 114 da Constituição Estadual de São

Paulo estabelece “A administração é obrigada a fornecer a qualquer

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cidadão, para a defesa de seus direitos e esclarecimentos de situações

de seu interesse pessoal, no prazo máximo de dez dias úteis, certidão

de atos, contratos, decisões ou pareceres, sob pena de

responsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou retardar a

sua expedição. No mesmo prazo deverá atender às requisições judiciais,

se outro não for fixado pela autoridade judiciária.” Sendo essa, uma

forma clara, de efetivo cumprimento do Princípio da Publicidade.

e. Princípio da Razoabilidade: o artigo 164 da Constituição do Estado de

São Paulo em seu inciso I dispõe que é vedada a cobrança de taxas “pelo

exercício do direito de petição ao Poder Público em defesa de direitos

ou contra ilegalidade ou abuso de poder”, claramente, o administrador

público não pode ser abusivo em sua administração;

f. Princípio da Finalidade: O Inciso XXV do artigo 115 da Constituição do

Estado de São Paulo dispõe que: “os órgãos da Administração direta e

indireta ficam obrigados a constituir Comissão Interna de Prevenção de

Acidentes - CIPA - e, quando assim o exigirem suas atividades, Comissão

de Controle Ambiental, visando à proteção da vida, do meio ambiente e

das condições de trabalho dos seus servidores, na forma da lei” vemos

claramente que, a finalidade da criação da CIPA é o interesse geral

quando o direciona para a proteção da vida, do meio ambiente e das

condições de trabalho;

g. Princípio da Motivação: O artigo 4º da Constituição Estadual

estabelece que “nos procedimentos administrativos, qualquer que seja

o objeto, observar-se-ão, entre outros requisitos de validade, a

igualdade entre os administrados e o devido processo legal,

especialmente quanto à exigência da publicidade, do contraditório, da

ampla defesa e do despacho ou decisão motivados” todos os atos

administração devem ser motivados, é princípio expresso.

h. Princípio do Interesse Público: O inciso X do artigo 115 da

Constituição do Estado de São Paulo estabelece que “a lei estabelecerá

os casos de contratação por tempo determinado, para atender a

necessidade temporária de excepcional interesse público” permite a

Administração Publica proceder a contratação temporária para atender

interesse público, o que nos remete ao Princípio do Interesse Público;

i. Princípio da Eficiência: O artigo 215, § 3º da Constituição Estadual de

São Paulo estabelece “as ações de saneamento deverão prever a

utilização racional da água, do solo e do ar, de modo compatível com a

preservação e melhoria da qualidade da saúde pública e do meio

ambiente e com a eficiência dos serviços públicos de saneamento”, um

exemplo claro de efetivo cumprimento do Princípio da Eficiência quando

se refere, principalmente ao uso racional da água.

Análise de julgados e a explicação da problemática envolvida nos

referidos

Princípio da Moralidade: Segunda Turma mantém pensão especial

concedida à viúva de prefeito

Os ministros Eros Grau, Teori Zavascki, Gilmar Mendes e Ricardo

Lewandowski deram provimento ao recurso, a relatora do processo,

ministra Ellen Gracie (vencida), que conhecia em parte do recurso e

negava-lhe provimento. O julgamento foi finalizado no dia 26 de

fevereiro com o voto-vista proferido pelo ministro Teori Zavascki, que

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fevereiro com o voto-vista proferido pelo ministro Teori Zavascki, que

assumiu a vaga deixada pelo ministro Cezar Peluso (aposentado),

responsável por pedido de vista no julgamento do RE.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, reconheceu que não

houve ofensa ao princípio da moralidade ao conceder pensão no valor

de 30% dos vencimentos à viúva de prefeito falecido da cidade, a pensão

foi concedida pautada em uma lei de 1986 e os vereadores que

aprovaram estão protegidos pelo princípio da imunidade.

Segundo o ministro Teori Zavascki, “Não há dúvida de que a lei deu

tratamento especial para certa pessoa, mas isso por si só não deve ser

considerado imoral. Para tanto seria indispensável demonstrar que o

tratamento discriminatório não tem qualquer motivo razoável” Segundo

seu voto, o princípio da moralidade administrativa será rompido se o

agente for desonesto em suas intenções, desleal, agir com má fé ou

substituir os interesses dos administrados pelo seus interesses

pessoais.

No caso em questão, observa o ministro, tanto a petição inicial como as

decisões das instâncias anteriores limitaram-se a considerar a lei imoral

por ter concedido tratamento privilegiado a uma pessoa, sem fazer juízo

algum sobre a razoabilidade ou não da concessão do direito em face

das circunstâncias e do direito. “A se considerar imoral a lei pelo só

tratamento privilegiado a certos destinatários, certamente seriam

inconstitucionais, só para citar um exemplo, todas as leis que concedem

isenções fiscais”, afirmou.

Princípio da Motivação: STF Decide que é necessária a motivação para

dispensa de Empregado Público

Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal deu

provimento parcial, ao Recurso Extraordinário, para assentar que é

obrigatória a motivação da dispensa unilateral de empregado por

empresa pública e sociedade de economia mista tanto da União, quanto

dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

O colegiado reconheceu, entretanto, expressamente, a inaplicabilidade

do instituto da estabilidade no emprego aos trabalhadores de

empresas públicas e sociedades de economia mista. Esse direito é

assegurado pelo artigo 41 da Constituição Federal de 1988 aos

servidores públicos estatutários.

Aula-tema: O ato administrativo.

Comparativo entre os requisitos de validade do Ato Administrativo e os

requisitos de validade do Ato Jurídico, estudado no Direito Civil

Ato administrativo é o ato jurídico praticado pela administração pública,

A legislação brasileira não conceitua ato administrativo. Por isso, os

doutrinadores apresentam diferentes definições, assim, ensina o

professor Hely Lopes Meirelles acerca do ato administrativo unilateral,

que é formado com a vontade única da Administração:

“Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da

administração pública que, agindo nessa qualidade, tenham por fim

imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar

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imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar

direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria”.

O ato jurídico e o ato administrativo tem vários pontos em comum,

porém, a diferença essencial reside no fato de que o ato administrativo

tem finalidade pública. Quanto aos requisitos de validade podemos

citar:

* Competência: Conjunto de poderes que a lei confere aos agentes

públicos para o desempenho de suas funções, possui características de

ser irrenunciável, intransferível, imodificável e imprescindível;

* Finalidade: Diz respeito ao interesse público que deverá ser atingido,

ainda que a finalidade seja explica ou implícita. Haverá nulidade dos

atos quando satisfazerem pretensões que não coincidam com o

interesse público;

* Forma: Diz respeito a como será exteriorizado o ato, a vontade dos

particulares manifestam-se livremente, enquanto que da Administração

necessita da forma legal;

* Motivo: Diz respeito ao direito ou fato que determina ou autoriza a

realização do ato administrativo, podendo estar expresso na lei ou

como a critério do administrador;

* Objeto: Diz respeito ao conteúdo do ato, tem por objeto a criação,

modificação ou comprovação de situações concernentes a pessoas,

coisas ou atividades sujeitas à ação do Poder Público.

O ato jurídico é toda manifestação unilateral da Administração Pública

que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir,

resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor

obrigações aos administrados ou a si própria. Seus requisitos de

validade são: Agente capaz, objeto lícito, livre vontade e forma prescrita

(quando exigida) ou não proibida (defesa) em lei.

* Agente capaz: Trata da capacidade que o agente tem de exercer por si

só os atos da vida civil. O agente capaz é aquele que tem capacidade de

exercício de direito e aptidão para contrair e exercer direitos,

alcançados quando se completa 18 anos ou se é emancipado;

* Objeto lícito, possível, determinado ou determinável:Os objetos do

negócio são as vantagens patrimoniais ou extrapatrimoniais que

interessam ao indivíduo celebrante do negócio.

a) Lícito: O objeto não pode ter sido adiquirido de forma ilegal. ex: não

se pode vender objetos roubados, o que caracterizaria a nulidade do

negócio.

b) Possível: Objeto deve ser possível fisicamente e juridicamente. ex: não

se pode vender terrenos na lua. Negócio nulo.

c) Determinado ou determinável: Tanto pode ser uma prestação de dar,

como de fazer, ou não fazer. A coisa, na obrigação de dar, tem que ser

possível, determinado ou determinável (ao tempo de execução do

contrato) e economicamente apreciável.

* Forma prescrita não defesa em lei: Em geral, a forma é livre, como por

exemplo realizamos um negócio de compra e venda quando

compramos um picolé, porém nenhuma das partes assina um contrato.

Entretanto, há casos onde a forma está prescrita em lei, como o de

aquisição imóveis, onde a celebração da compra (ou da venda) deve ser

feito mediante contrato obrigatoriamente.

Teoria dos Motivos Determinantes

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Antes de adentrarmos na Teoria dos Motivos Determinantes, faz-se

necessário esclarecer que o motivo caracteriza-se como as razões de

fato e de direito que justifica a prática de um ato administrativo, sendo

externo a ele, o antecedendo e estando necessariamente presente em

todos eles. Nesse sentido, Celso Antonio Bandeira de Mello esclarece:

“é a exposição dos motivos, a fundamentação na qual são enunciados

(a) a regra de direito habilitante, (b) os fatos em que o agente se

estribou para decidir e, muitas vezes, obrigatoriamente, (c) a

enunciação da relação de pertinência lógica entre os fatos ocorridos e o

ato praticado”.

Estabelecidas as diferenças entre motivo e motivação, apresenta-se a

Teoria dos Motivos Determinantes, esta dispõe que o motivo é um

elemento tão importante para a prática do ato que ele fica

umbilicalmente atrelado a esse ato, se o agente que não concorda com

o ato, conseguir demonstrar que o ato possui um motivo falso ou

possui um motivo inexistente ou que o motivo é juridicamente

inadequado para produzir aquele ato administrativo, o agente

conseguirá anular todo o ato administrativo. Nota-se que essa Teoria

dos Motivos Determinantes foi criada principalmente para que os

órgãos do Poder Judiciário possam controlar os limites legais da

discricionariedade. Cabe ressaltar que o motivo não se confunde com

motivação,

Nascida no âmbito do contencioso administrativo francês e por força da

doutrina de Gaston Jèze, a teoria dos motivos determinantes foi

desenvolvida a partir do caso de um servidor público exonerado sob

alegação de que fora formulado pedido de desligamento. Provando que

o pedido nunca ocorrera, a exoneração foi declarada nula.

A Administração Pública em um dos polos da relação jurídica não

configura ato administrativo

A presença da Administração Pública em um dos polos do acordo de

vontades, não é suficiente para caracterizá-lo como ato administrativo.

A doutrina é unânime em afirmar que não basta a presença da

Administração Pública em um dos pólos de uma relação jurídica para

afirmarmos que essa relação seja uma relação jurídico-administrativa

(relação de Direito Público). Nós temos três espécies de atos da

administração:

1. Atos que são praticados pela administração e que seguem o regime

privado, por exemplo, os contratos de locação, apesar de passar pelo

processo de licitação, o contrato estará sujeito ao regime privado;

2. Atos que são praticados pela administração e que seguem o regime

público, como por exemplo, a contratação de merenda escolar;

3. Atos administrativos praticados fora dos domínios da Administração

Pública, como ocorre com aqueles expedidos por concessionários e

permissionários;

Logo, concluímos que nem todo ato jurídico praticado pela

Administração é ato administrativo; nem todo ato administrativo é

praticado pela Administração.

Julgados: Ratificação da validade de atos administrativos

STJ confirma ato administrativo que dispensa funcionários contratados

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Trabalhadores contratados em regime temporário foram dispensados

após o término do contrato ingressaram na Justiça com um mandado

de segurança contra a Funasa para tentar obter a reintegração. O

recurso foi acolhido na 2ª Vara Federal do RJ sob o argumento de que,

na época da dispensa, os trabalhadores não foram submetidos ao

exame demissional. O juiz federal ordenou a reintegração dos

trabalhadores, a Funasa entrou com pedido de suspensão de segurança

alegando que a decisão afronta diversos dispositivos legais ainda

pendentes de análise no STJ e que, se executada provisoriamente, ela

acarretaria incalculável prejuízo à ordem pública. O ministro Vidigal,

deferiu o pedido, explicando: "Percebo que a reintegração de tantas

pessoas, de forma não definitiva, tumultuará a administração, impondo-

lhe, dentre outros, o ônus de alojar e treinar esses funcionários,

distribuir e fiscalizar suas tarefas etc., podendo essas medidas se

mostrar absolutamente inúteis e despropositadas acaso ocorra a

modificação do julgado", confirmando assim, a validade do ato

administrativo.

Não é ilegal ato da administração que comunica desconto de valores

pagos a maior

O Superior Tribunal de Justiça manteve sua decisão onde entende que

não há nenhuma ilegalidade no ato da administração pública que, antes

de efetivar o pagamento, comunica aos servidores a existência de erro

na confecção da folha e que os valores pagos a maior serão

descontados nos meses seguintes, observados os limites constantes na

legislação.

O relator, não vislumbrou identidade fática entre o caso e a

controvérsia decidida em repercussão geral pelo Supremo Tribunal

Federal (STF), no Recurso Extraordinário 594.296, sobre a possibilidade

de a administração pública anular ato administrativo que tenha

repercutido no campo de interesses individuais sem a instauração de

procedimento administrativo.

Bibliografia

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo, 26ª

Edição, São Paulo: Editora Atlas, 2012

CARVALHO, F.; GUIMARÃES, N.; PELLEGRINI, F. O princípio da ampla

defesa: Uma reconstrução a partir do paradigma do Estado

Democrático de Direito. Disponível em:

<http://www.conpedi.org.br/manaus/arquivos/anais>. Acesso em: 16 de

out. 2010

CARVALHO, Raquel Melo Urbano de. Curso de Direito Administrativo, 2ª

Edição. Salvador: Editora Jus Podivm, 2009

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Curso de Direito Administrativo, 25ª

Edição. São Paulo: Editora Atlas, 2012

DIDIER JR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil: Teoria geral do

processo e processo de conhecimento. Vol. 1. Salvador: Editora Jus

Podivm, 2009

MEDAUAR, Odete. O direito administrativo em evolução. 2ª Edição. São

Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003.

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Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 32ª Edição. São

Paulo: Malheiros, 2006

MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo, 27ª

edição. São Paulo, Malheiros, 2010

www2.senado.gov.br/bdsf/bitstream/id/70452/13/CE_SaoPaulo.pdf

Anexos

Os anexos referem-se às pesquisas de julgados feitas nos sites do

Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça.

--------------------------------------------

[ 1 ]. MEDAUAR, Odete. O direito administrativo em evolução. 2ª Edição.

São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003.

[ 2 ]. MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo.

27ª Edição. São Paulo, Malheiros, 2010.

[ 3 ]. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 32ª Edição.

São Paulo: Malheiros, 2006.

[ 4 ]. MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo.

27ª Edição. São Paulo: Malheiros, 2010.

[ 5 ]. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 32ª Edição.

São Paulo: Malheiros, 2006.

[ 6 ]. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, obra

atualizada por Eurico de Andrade Azevedo, Delcio Balestero Aleixo e José

Emmanuel Burle Filho, p.90, São Paulo, 26ª Edição, Malheiros;

[ 7 ]. CARVALHO, Raquel Melo Urbano de. Curso de Direito

Administrativo. 2ª Edição. Salvador: Editora Jus Podivm, 2008.

[ 8 ]. MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo,

27ª edição. São Paulo: Malheiros, 2010.

[ 9 ]. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Curso de Direito Administrativo, 25

edição. São Paulo: Atlas, 2012.

[ 10 ]. Carvalho Filho, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo,

26ª edição, São Paulo: Atlas, 2012

[ 11 ]. DIDIER JR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil: Teoria geral do

processo e processo de conhecimento. Vol. 1. Salvador: Editora Jus

Podivm, 2009.

[ 12 ]. CARVALHO, F.; GUIMARÃES, N.; PELLEGRINI, F. O princípio da ampla

defesa: Uma reconstrução a partir do paradigma do Estado

Democrático de Direito. Disponível em: . Acesso em: 16 de out. 2010.

[ 13 ]. CARVALHO, F.; GUIMARÃES, N.; PELLEGRINI, F. O princípio da ampla

defesa: Uma reconstrução a partir do paradigma do Estado

Democrático de Direito. Disponível em: . Acesso em: 16 de out. 2010

[ 14 ]. Ibidem. Pg. 75

[ 15 ].

http://www2.senado.gov.br/bdsf/bitstream/id/70452/13/CE_SaoPaulo.pd

f

[ 16 ]. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 32.

Edição. São Paulo: Malheiros, 2006.

[ 17 ]. MELLO, Celso Antônio Bandeira. Curso de Direito Administrativo.

27ª Edição. São Paulo: Malheiros, 2010.

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(2013, 05). Atps - direito administrativo. TrabalhosFeitos.com. Retirado 05, 2013,

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