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www.tratortem.com.br Desde de 1993 IMPRESSO - Envelopamento autorizado. Pode ser aberto pelo ECT N° 103 GOIÂNIA/GO JUNHO DE 2015 ANO 9 REMETENTE Caixa Postal 4116 A.C.F Serrinha 74823-971 - Goiânia - Goiás Mala Direta Postal Básica 9912258380/2010-DR/GO Mac Editora CONSUMO EM ALTA ETANOL WWW.CANALBIOENERGIA.COM.BR ENERGIA SOLAR MERCADO PROMISSOR

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Page 1: ETANOL CONSUMO EM ALTA - Canal BioenergiaA Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol, comemora este ano, sua 15ª edição, além de ser o evento técnico oficial

www.tratortem.com.br

Desde de 1993

IMPRESSO - Envelopamento autorizado. Pode ser aberto pelo ECT

N° 103GOIÂNIA/GO JUNHO DE 2015 ANO 9

REMETENTECaixa Postal 4116

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21 e 22 de Setembro de 2015

15a CONFERÊNCIAINTERNACIONAL DATAGROSOBRE AÇÚCAR E ETANOL

15a CONFERÊNCIAINTERNACIONAL DATAGROSOBRE AÇÚCAR E ETANOL

A Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol, comemora este ano, sua 15ª edição, além de ser o evento técnico oficial do Sugar and Ethanol Dinner São Paulo. O foco continuará sendo o de valorizar conteúdo de qualidade, disseminar conhecimento e novas tecnologias, e estimular networking entre os participantes. A DATAGRO reforça seu compromisso em reunir os principais líderes e representantes de toda cadeia do setor sucroenergético internacional para discutir questões de mercado e de estratégia setorial. Em outubro de 2014, a Conferencia Internacional contou com a presença de mais de 650 participantes de 33 países, 49 palestrantes e mais de 70 empresas apoiadoras, que juntas debateram em dois dias formas de superar os desafios e aproveitar as oportunidades do mercado brasileiro e internacional.

A Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol, comemora este ano, sua 15ª edição, além de ser o evento técnico oficial do Sugar and Ethanol Dinner São Paulo. O foco continuará sendo o de valorizar conteúdo de qualidade, disseminar conhecimento e novas tecnologias, e estimular networking entre os participantes. A DATAGRO reforça seu compromisso em reunir os principais líderes e representantes de toda cadeia do setor sucroenergético internacional para discutir questões de mercado e de estratégia setorial. Em outubro de 2014, a Conferencia Internacional contou com a presença de mais de 650 participantes de 33 países, 49 palestrantes e mais de 70 empresas apoiadoras, que juntas debateram em dois dias formas de superar os desafios e aproveitar as oportunidades do mercado brasileiro e internacional.

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A safra sucroenergética na re-gião Centro-Sul segue num ritmo abaixo do esperado.

Apenas em Goiás e Mato Grosso do Sul a moagem está a todo vapor e o volume de cana processado já supera a previsão para o primeiro semestre.

A crise ainda faz grandes estra-gos. Porém, já existem fatos positivos. Um deles é o aumen-

to acentuado do consumo de etanol hidratado, registrado nos últimos meses, em quase todos os estados brasileiros. As vendas do combustível

aumentaram 43,09% este ano. Foram 3,66 bilhões de litros entre 1º de abril até 16 de junho, frente a 2,56 bilhões de litros comercializados no mesmo período do ano passado. A articula-ção política que as entidades do setor e parlamentares estão fazendo para fortalecer toda a cadeia produtiva também é uma boa notícia.

Nesta edição do Canal, a gente traz uma avaliação feita por especia-listas sobre os cenários atuais do se-tor sucroenergético.

Você vai ler também uma reporta-

gem sobre os entraves que dificultam as pesquisas com cana transgênica.

Destaque ainda para um projeto do governo federal que visa apro-veitar melhor o potencial da energia solar, criando sistemas flutuantes a serem instalados nos lagos das hidre-létricas do país.

Essas e outras notícias vão deixar você ainda mais bem informado so-bre esse fascinante mundo das ener-gias renováveis.

Uma boa leitura. Obrigada por nos prestigiar.

destaques

Carta do editor

etanol 2gJá são cinco empresas no

mundo todo que iniciaram a

produção em escala comercial.

No Brasil, Raízen e GranBio são

pioneiras

BIoDIeSelAdoção do B20 nas frotas de carros movidos a diesel, nas grandes cidades brasileiras, poderia trazer enormes ganhos ambientais

12 20tranSgenIaComplexidade da

cana-de-açúcar é um

complicador para os

pesquisadores que buscam

plantas mais resistentes

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até que enfIm uma notícIa Boa

Mi ri an To méedi tor@ca nal bi o e ner gia.com.br

Diretora Editorial: Mirian Tomé DRT-GO-629 - [email protected] | Gerente Administrativo: Patrícia Arruda

- [email protected] | Atendimento comercial: Tatiane Mendonça - [email protected] |

Reportagem: Cejane Pupulin, Ana Flávia Marinho e Mirian Tomé | Direção de arte: Fernando Rafael Salazar - arte@canalbioenergia.

com.br | Contato comercial: (62) 3093-4082 / 4084 - [email protected] | Banco de Imagens: UNICA - União da

Agroindústria Canavieira de São Paulo: www.unica.com.br; SIFAEG - Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool do Estado de

Goiás: www.sifaeg.com.br | Redação: Av. T-63, 984 - Conj. 215 - Ed. Monte Líbano Center, Setor Bueno - Goiânia - GO- Cep

74 230-100 Fone (62) 3093 4082 - Fax (62) 3093 4084 - email: [email protected] | Distribuição para as usinas

sucroenergéticas, de biodiesel e cadeias desses segmentos | Impressão: Oitoene Gráfica – [email protected] | CANAL,

o Jornal da Bioenergia não se responsabiliza pelos conceitos e opiniões emitidos nas reportagens e artigos assinados. Eles

representam, literalmente, a opinião de seus autores. É autorizada a reprodução das matérias, desde que citada a fonte .

Capa: Foto divulgação/UNICA - União da Agroindústria Canavieira de São Paulo.

Baixe o leitor de QR Code no seu celular e acesse todas as edições do Canal, Jornal da Bioenergia.

O CA NAL é uma pu bli ca ção men sal de cir cu la ção na ci o nal e es tá dis po ní vel na in ter net nos en de re ços: www.ca nal bi o e ner gia.com.br ewww.si fa eg.com.br

é uma pu bli ca ção da MAC Edi to ra e Jor na lis mo Ltda. - CNPJ 05.751.593/0001-41

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entrevista | Guy de Capdeville

Inovações para o setor sucroenergétIcoAna Flávia Marinho

Guy de Capdeville é engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal de Vi-

çosa, com mestrado profissionalizante em proteção de plantas e mestrado stricto

sensu em Fitopatologia pela mesma Universidade. Concluiu o PhD em Plant Patho-

logy pela Cornell University dos EUA e o pós-doutorado pela Universidade de Wargeningen

(Holanda) em Citogenética. Atualmente, vem trabalhando com caracterização molecular, ci-

togenética e microscópica de culturas de interesse para agroenergia como o dendê, a macaú-

ba, o pinhão-manso, o babaçu, entre outras. Foi pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos

e Biotecnologia por 10 anos e, desde setembro de 2011, é pesquisador e Chefe Adjunto de

Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Embrapa Agroenergia

canal: Qual o foco da Embrapa na cul-tura da cana-de-açúcar?

A Embrapa vem estudando inúmeras culturas de forma a ampliar o escopo e a diversidade de matérias-primas que pos-sam ser úteis ao setor sucroenergético. Entre elas se encontram a cana-de-açúcar, o sorgo (biomassa e sacarino), capins, arundo donax e cana gigante (para etanol de segunda geração), bem como amiláce-as como o milho e a batata-doce alcoolei-ra para a primeira geração.

No tocante à cana-de-açúcar, os tra-balhos da Embrapa têm focado em ações mais voltadas ao desenvolvimento de sis-temas de produção para adaptação de cultivares desenvolvidos por outras ins-tituições, como a Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucro-energético (Ridesa) e o Instituto Agronô-mico de Campinas (IAC), a regiões como as áreas de expansão do cerrado, além das fronteiras tradicionais da região Sudeste e Nordeste. O foco, por exemplo, da Em-brapa Cerrados, localizada em Planaltina (DF), tem sido dado a aspectos como a resposta de diferentes cultivares comer-ciais à irrigação, tendo sido possível obter produtividades de cerca de 250 ton/ha/

ano, valores bem superiores aos atingidos por variedades comerciais sob regime tra-dicional de cultivo.

Também estão sendo desenvolvidas pesquisas pela Embrapa Tabuleiros Costei-ros, em Alagoas, com objetivo de definir estratégias de adubação mais eficazes e econômicas, bem como aquelas pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Agrobiologia focando o uso de agentes inoculantes ca-pazes de fixar nitrogênio atmosférico, le-vando a aumentos de produtividade sem a necessidade de utilização de grandes volumes de nitrogênio na adubação.

Outra frente que tem ganhado força e promete trazer grandes impactos para o setor é o desenvolvimento pela equipe de pesquisa da Embrapa Agroenergia de plantas de cana geneticamente modifica-das para expressarem resistência a estres-ses hídricos e a teores de alumínio eleva-do em solos.

canal: Quais as pesquisas na área de melhoramento genético?

Apesar da importância do melhora-mento genético para o desenvolvimento de novos materiais contendo característi-cas diversas que interessam ao setor pro-c

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Inovações para o setor sucroenergétIco

dutivo, o trabalho da Embrapa com melho-ramento genético de cana-de-açúcar tem sido mais de apoiar programas de outras instituições como IAC e Ridesa no desen-volvimento de sistemas de produção que permitam o cultivo das diferentes varieda-des comerciais em regiões não tradicio-nais, principalmente áreas de expansão. Entretanto, em se tratando das outras cul-turas mencionadas anteriormente, como a cultura do sorgo, a Embrapa possui um forte programa de melhoramento genéti-co liderado pela Embrapa Milho e Sorgo, o qual tem lançado vários materiais de dife-rentes espécies de sorgo com finalidades claras de utilização tanto na produção de etanol de primeira geração (sorgo sacari-no) bem como de segunda geração (sor-go biomassa). O mesmo se aplica a outras culturas que estão sendo estudadas por diferentes unidades da Embrapa. A título de exemplo, pode-se citar os trabalhos de seleção de materiais de cana-de-açúcar resistentes ao frio para uso na região sul do País, que vem sendo desenvolvido pela Embrapa Clima Temperado, em parceria com a Ridesa.

canal: O melhoramento genético é a melhor saída para aumento da produti-vidade das lavouras de cana?

Sem dúvida o melhoramento genéti-co é uma das principais estratégias para aumento de produtividade de qualquer cultura. Entretanto, o melhoramento ge-nético por si só não permitirá grandes ganhos de produtividade se sistemas de produção adaptados às diferentes regiões onde se pode produzir cana não forem de-senvolvidos para as diferentes variedades produzidas pelos principais programas de melhoramento. O fato é que, sem a inte-gração de materiais genéticos de alta pro-dutividade com procedimentos de cultivo eficientes e adaptados a diferentes regi-ões, será muito mais difícil atingir produti-vidades que justifiquem os investimentos na lavoura.

canal: Quais os desafios na obtenção de plantas mais resistentes às pragas e que tenham maior produtividade?

A obtenção de plantas mais resisten-tes a pragas é totalmente dependente de

guy De capDevIlle: O trabalho da Embrapa com melhoramento genético da cana-de-açúcar tem sido mais de apoiar programas de outras instituições como IAC e Ridesa

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duas técnicas principais: o melhoramento genético e a transformação genética. Para que ambas as estratégias possam produ-zir plantas que tenham elevado potencial produtivo e que sejam resistentes a pragas e doenças, é necessário que se obtenham materiais que apresentem a característica de resistência a ser transferida para outro material que apresente potencial produ-tivo, no caso do melhoramento genético.

No caso da transformação genética, é preciso que se tenha identificados e sele-cionados genes de resistência a uma dada praga ou doença para que os mesmos sejam introduzidos por técnicas de enge-nharia genética em materiais com elevada produtividade, de forma que estes passem a apresentar, além da elevada produtivida-de, resistência às pragas que se objetiva controlar, como é o caso de estudos rea-lizados por outras unidades da Embrapa para cana e outras culturas.

canal: Os investimentos na área de pesquisa no setor têm sido suficientes?

Nos últimos anos, tem havido consi-deráveis investimentos em pesquisas na área pelos Governos Federal e Estadu-ais. O volume de recursos investidos por meio de agências como a Finep Inovação e Pesquisa, o Conselho Nacional de De-senvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e outras agências estaduais, bem como pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômi-co e Social (BNDES), por meio dos fundos

O SEtOr

SUCrOENErGétiCO

POSSUi GArGAlOS

EM trêS VErtENtES

PriNCiPAiS:

AGríCOlA,

iNDUStriAl E

trANSVErSAl

como o Fundo Tecnológico (Funtec), entre outros, tem sido considerável. Entretan-to é fundamental que o setor produtivo também esteja disposto a investir em ci-ência e tecnologia para garantir os avan-ços científicos tão desejados pelo setor privado. As Parcerias Público Privadas já são uma realidade, mas o que precisamos é ampliá-las e reduzir a carga burocrática para o estabelecimento destas parcerias, principalmente do lado público.

canal: Quais os principais gargalos do setor sucroenergético no que se re-fere a pesquisa?

O setor sucroenergético possui garga-los em três vertentes principais: agrícola, industrial e transversal. Em função destes gargalos, a Embrapa instituiu um portfólio de pesquisa, desenvolvimento e inovação

que tem por objetivo integrar e direcionar suas ações de pesquisa voltadas a esse segmento.

Somente a título de exemplo, na ver-tente agrícola, podemos citar os seguin-tes desafios: I) considerando a baixa taxa de renovação dos canaviais e a dificulda-de em se aumentar produtividade, tem havido uma tendência de ampliação do cultivo para novas áreas não apropriadas ao cultivo, inclusive com solos pobres. II) há necessidade de se desenvolver siste-mas de produção de cana-de-açúcar com plantio direto, com menor distúrbio do solo, melhor ambiente edáfico para de-senvolvimento das plantas, menores ris-cos ambientais, além de menor custo de produção; III) necessidade de desenvolver sistemas de produção mais verticalizados e sustentáveis, como o sistema de pro-dução de cana irrigada e identificar onde recursos hídricos estão disponíveis para seu uso sustentável; IV ) necessidade de levantamento, caracterização e adoção de novas fontes de biomassas para disponibi-lizar alternativas para o período de entres-safra; V ) necessidade de desenvolver ou adaptar máquinas e aprimorar a logística de suporte a colheita para aumentar o de-sempenho operacional e, consequente-mente, aumento da longevidade das áreas de cultivo. Outro desafio é que as indús-trias produtoras de implementos agrícolas desenvolvam equipamentos que se ade-quem melhor aos espaçamentos e arranjo de plantas demandados pelas novas varie-dades de cana.

Elza Fiuza/ABr

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AS USiNAS AtUAiS

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DE ENtrESSAFrA,

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CUStOS DE

PrODUçãO

Na vertente industrial podemos citar: i) custos logísticos elevados para acesso e armazenamento de biomassas seja para cogeração ou para etanol de segunda geração e para distribuição dos produtos de refino; ii) as usinas atuais ficam ociosas durante um longo período de entressafra, elevando os custos de produção. É neces-sário que desenvolvamos pesquisas para garantir que as usinas possam atuar na lógica de biorrefinarias, permitindo a utili-zação de múltiplas matérias-primas na en-trada e a produção de múltiplos produtos na saída (químicos, combustíveis, novos materiais, etc.). Isto aumentaria conside-ravelmente o sucesso e a viabilidade eco-nômica das usinas; iii) Há muitos desafios tecnológicos ainda por serem vencidos, incluindo plantio e colheita mecanizada que sejam eficientes e economicamente viáveis, usinas muito antigas e com equi-pamentos obsoletos; iv) desenvolvimento e/ou adaptação de novos processos de conversão para as novas culturas-foco do setor sucroenergético.

No tocante à vertente transversal, os desafios são: i) uso de padrões internacio-nais para descrição de desempenho eco-nômico e ambiental do setor sem consi-

derar a nossa realidade, o que demandará estudos de diferentes naturezas, como, por exemplo, de análise de ciclo de vida dos processos e tecnologias utilizadas pelo setor; ii) necessidade de conhecer mais profundamente o impacto de emis-sões e estratégias de mitigação para a in-serção do setor no mercado internacional; iii) inexistência de trabalhos na área de im-pactos sociais da produção sucroenergé-tica; O conhecimento mais profundo dos desafios existentes em cada uma dessas vertentes e o desenvolvimento de pes-quisas que possam trazer soluções para as

questões levantadas torna-se fundamen-tal para garantir sustentabilidade e viabili-dade econômico, social e ambiental para o setor.

A produção de bioetanol é viável

economicamente?Sim, a produção de bioetanol é uma

realidade hoje e, somente a título de exemplo, podemos citar as usinas de eta-nol de segunda geração, que utilizam resí-duos lignocelulósicos (bagaço, palha, etc.) para a produção de etanol, como é o caso da usina da Granbio no município alago-ano de São Miguel dos Campos. A produ-ção de etanol de primeira geração em si já é uma produção de bioetanol, pois o mesmo é produzido a partir de materiais biológicos como a cana, o sorgo, etc., mas pesquisas estão sendo desenvolvidas para ampliar o escopo de resíduos ligno-celulósicos que poderão ser utilizados na produção de bioetanol. Nestes casos, a viabilidade econômica será atingida pelo desenvolvimento de novos processos de fracionamento destas biomassas, bem como dos aspectos logísticos relativos ao armazenamento, processamento e distri-buição dos produtos destas usinas.

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Cana transGêniCa

complexIdade é um entravea cana possui oito genomas

e isso dificulta as pesquisas

sobre transgenia

Cejane Pupulin

A modificação genética é sempre um assunto da pauta sobre a evolução da ciência. Produzir ou não espécies

transgênicas em escala industrial continua a ser um tema polêmico, tanto no Brasil como no exterior.

Ainda não existe nenhuma variedade de cana–de–açúcar transgênica, mas as pesquisas são desenvolvidas em várias

instituições. A dificuldade se refere à com-plexidade da cana. A professora do Depar-tamento de Ciências Biológica da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq- USP), Helaine Carrer, explica que diferentemente de outras espécies, como o milho, a cana possui oito genomas, o que dificulta as pesquisas sobre transgenia dessa espécie.

No Brasil, se destaca a Embrapa. A esta-tal apresentou a primeira pesquisa de va-

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riedade transgênica no país que é tole-rante à seca. A pesquisa, que tem como parceiro o Centro Internacional de Pes-quisas para Ciências Agrárias do Japão (Japan Internacional Research Center for Agricultural Sciences - JIRCAS), co-meçou em 2008 e já passou por testes em laboratório e casa de vegetação.

Em janeiro deste ano, os dez mate-riais mais promissores foram plantados para multiplicação em Piracicaba, em São Paulo, em área cedida pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). Agora, a Embrapa solicitou autorizações da Comissão Técnica Nacional de Biosse-gurança (CTNBio) para realizar testes em dois campos experimentais: um na Região Centro-Oeste e outro na Re-gião Sul.

a pesquisaO pesquisador que coordena o

trabalho, Hugo Bruno Correa Molina-ri, explica que a tolerância à seca é, se não a primeira, a segunda caracterís-tica de maior importância para cana. “O setor sucroenergético precisa de

variedades mais tolerantes à seca, até porque as novas áreas de expansão da cultura têm problemas de estia-gem prolongada ou chuvas irregula-res”, comenta.

A tolerância à seca é uma caracte-rística complexa de ser trabalhada em plantas. Devido a essa característica, os pesquisadores da Embrapa Agroener-gia utilizam um gene que codifica pro-teínas reguladoras de diversos outros genes. A equipe utiliza a estratégia de engenharia genética de trabalhar com um “gene que controla outros genes”. “Como é muito complexo, eu tenho que ativar vários mecanismos que façam a planta utilizar mais eficientemente o recurso água”, detalha Molinari.

As avaliações provaram que a cana ganhou tolerância à seca, e também apresentou aumento no teor de saca-rose e taxa de brotação, além de resis-tência a herbicida. No entanto, ainda são necessários os testes em condições reais de campo, previstos para começar em 2016, para que os pesquisadores possam comprovar os resultados.

Helaine Carrer, professora da Esalq-USP

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Monalisa Sampaio Carneiro, pesquisadora da Ridesa/UFSCar

Além da Embrapa, universidades e empresas privadas e multinacionais fa-zem pesquisa nessa área. A Escola Su-perior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq - USP) também realiza pesquisas em genes da cana. “Começamos a desenvolver a metodologia a partir do programa de bioenergia da Fapesp de regeneração de plantas por células”, explica Helaine Carrer.

As pesquisas da Esalq modificam os genes da cana-de-açúcar tolerantes ao estresse hídrico. Assim, a cana poderá tolerar a ausência de água por mais tem-po, chegando a suportar até 20 dias sem água. Hoje, dependente da espécie, do solo e local, a cana tolera aproximada-mente sete dias sem água.

A pesquisa, que é desenvolvida há aproximadamente cinco anos, ainda não foi patenteada. As plantas desenvol-vidas estão em casa de vegetação para avaliação. O próximo passo é a pesquisa de campo, mas a professora do Depar-tamento de Ciências Biológica da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq- USP), Helaine Carrer, afirma que ainda de-pende da liberação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), que ainda não foi solicitada, além de localizar um local adequado e a multiplicação das plantas.

A Esalq desenvolve ainda pesquisa para aumentar a eficiência de fotossínte-se e, assim, aumentar a taxa de ATR da cana. Na Embrapa Agroenergia, há ainda duas outras linhas de pesquisa de en-genharia genética com cana-de-açúcar: uma para aumento de conteúdo de bio-massa e outra para modificação da pare-de celular. Esta última procura facilitar o acesso aos açúcares do bagaço e palha, o que favoreceria a produção de etanol celulósico (2G) e outros produtos de alto valor agregado.

LEgisLAçãOA Lei de Biossegurança (Lei nº

11.105/05) regulamentou todos os as-pectos do uso de organismos geneti-camente modificados (OGM) no Brasil, incluindo pesquisa, testes a campo, transporte, importação, produção, ar-mazenamento e comercialização. Para exemplificar, até o fim de 2005, apenas quatro produtos estavam liberados para comercialização: uma soja tolerante a herbicida, um algodão resistente a inse-

tos e duas vacinas de uso veterinário. Mas até o final de 2014 foram aprovadas 61. As inova-ções chegaram para o milho, feijão, combate à dengue e produção de biocombustíveis por meio de microrganismos.

Para a pesquisadora do Programa de Me-lhoramento Genético da Cana-de-Açúcar (PMGCA) da Universidade Federal de São Carlos (RIDESA UFSCar), Monalisa Sampaio Carneiro, a transgenia da cana é um proces-so complexo e é um objetivo de médio a lon-go prazo. A modificação genética também pode aumentar a taxa de ATR do produto e a resistência a herbicidas e doenças. “A cana transgênica agrega valor. Se isso não fosse verdade não haveria grandes plantações e estudos da transgenia do milho”, pontua.

LibErAçõEsSegundo o Ministério da Ciência, Tecno-

logia e Inovação (MCTI) em relação à cana, as variedades transgênicas se encontram em fase de pesquisa, algumas em experimentos no campo. Não existe no atual momento, variedade de cana transgênica aguardando aprovação para uso comercial.

A Comissão Técnica Nacional de Biosse-gurança (CTNBio) ressalta que ainda não há previsão de conclusão dos estudos, e diante disso, não nem pedido de liberação.

maIS DeSenvolvImento

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panorama

no embalo do vento

Goiás atrai investimentos em enerGia solar

marconi perillo luta pela manutenção dos incentivos fiscais

No dia 15 de junho foi comemorado o Dia Mundial do Vento ou Global Wind Day. E, no caso do Brasil, há muito o que comemorar. De acordo com a ABEEólica os números são positivos: geração de 100 mil postos de trabalho e o abastecimento de 12 milhões de residências.

Em termos de energia gerada em 2014, houve um recorde de 2.155 MW médios no mês de outubro e que respondeu por 20% da demanda no Nordeste. Importante ressaltar também que a capacidade dos parques eólicos do país está cerca de 10 pontos porcentuais acima dos melhores indicadores que se conhece na Europa e que se situam entre 28% e 31%. Para 2015 a projeção é de que o País encerre o ano com 9,6 GW de capacidade instalada. Se essa previsão se confirmar, o país avançará para um patamar entre 4º e 5º maior entre os países do mundo que possuem geração eólica.

Itapuranga será pioneira em Goiás na geração de energia proveniente do sol. É que a primeira usina fotovoltaica do estado esta sendo construída no município, localizado a 160 quilômetros de Goiânia . Os investimentos são de R$ 52,910 milhões, sendo que a usina deverá iniciar as operações em 2017 e terá a capacidade de 10 megawatts (MW). Os investidores são empresários de Goiás que criaram a empresa Goiássol, que planeja outras duas usinas para o Estado (em Silvânia e Piracanjuba) . A previsão é de que as três usinas somem investimento de R$ 158 milhões e potência de 30MW.

O governador de Goiás, Marconi Perillo tem tido uma atuação firme, defendendo a aprovação da PLP 54/2015, em análise na Comissão de Tributação e Justiça, que trata da convalidação dos incentivos fiscais e da remissão das dívidas passadas dos Estados relativas a diferenças de alíquotas de ICMS. Na prática isso significará a manutenção dos incentivos fiscais e de programas como Produzir, responsável pela industrialização de Goiás.

O projeto, que tem resistência dos estados mais industrializados, deverá ser colocado em votação em agosto, após o recesso de julho. Ele é a extensão do PLS-130/2014 aprovado no Senado, com votos contrários de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

O governador Marconi Perillo esteve inclusive com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para tratar do assunto. Durante a audiência, em junho, Marconi Perillo disse ao parlamentar que o fim dos incentivos fiscais “é ruim para os empresários e péssimo para o Estado”. Até que o Congresso Nacional vote uma ampla reforma tributária na qual se inclua a uniformização das alíquotas de ICMS, o Projeto de Lei Complementar 54/2015 dará tranquilidade aos Estados para a condução de suas políticas de incentivo para a atração de empreendimentos industriais.

Se aprovado de acordo com o

texto original que passou no Senado, o projeto permitirá a convalidação de todos os incentivos concedidos nos últimos cinco anos e permitirá que os incentivos permaneçam por um período de 15 anos. Além disso, anula as punições previstas em lei para estados que concederam incentivos sem autorização do Confaz. “Esta é a fórmula que nos interessa no momento. Precisamos que isso se torne lei. Não podemos deixar que essa decisão seja privilégio do Confaz, onde, em razão da necessidade de unanimidade, jamais teremos êxito”, argumentou o governador ao presidente da Câmara.

O governador estava acompanhado de lideranças políticas e empresariais. A comitiva esteve também com o segundo vice-presidente do Senado, Romero Jucá. O senador disse que continuará acompanhando a tramitação do projeto, agora na Câmara, e ratificou sua luta para que o texto original seja aprovado. “É uma luta de todos os brasileiros que lutam por igualdade. São Paulo, Rio de Janeiro e outros estados tiveram incentivos no passado para se tornarem estados industrializados. Não se pode hoje tirar esse direito dos demais estados”, argumentou o senador. Canal-Jornal da Bioenergia com dados da assessoria de imprensa do governo de Goiás

enersolar 2015 destaca enerGias limpas e renováveis

A 4ª edição da EnerSolar+Brasil, Feira Internacional de Tecnologias para Energia Solar, acontece de 15 a 17 de julho de 2015, no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center. A feira, com 130 marcas expositoras nacionais e internacionais (Itália, Estados Unidos, Alemanha, França, Canada e China),

apresenta ao mercado alternativas em fontes energéticas sustentáveis como: placas e módulos fotovoltaicos de captação de energia solar – com ampla diversidade de tamanhos, formatos e potências; geradores portáteis de energia de alto desempenho; inversores solares inteligentes (wi-fi); sistemas

de abastecimento com energia solar em carrinhos de sorvete (com toldos energizados) e carregadores portáteis, além de painéis solares de filme fino e mini turbina eólica. Durante o evento, acontece também o V Ecoenergy , Congresso de Tecnologias Limpas e Renováveis para a Geração de Energia.

Humberto Silva

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B20

Menos poluição e maIs economIa

se nas 40 maiores cidades

brasileiras fosse

utilizado o b20 haveria redução de

consumo de 300 milhões de

litros de diesel

Cejane Pupulin

A poluição do meio ambiente é uma preocupação em todos os países. E ao abastecer o veícu-

lo o consumidor pode economizar no combustível e também gerar menores índices de poluição. O diesel, combus-tível de caminhões e ônibus, é o gran-de vilão da poluição no trânsito. Já que é composto de hidrocarbonetos mais pesados. No Brasil, o consumo atual de diesel é de aproximadamente 60 bi-lhões de litros/ano.

Na composição do diesel há metais pesados, que são altamente nocivos para a saúde, já que eles se acumulam no organismo humano e, depois de al-guns anos, chegam a causar problemas graves para a saúde.

O biodiesel é uma alternativa para ajudar a resolver esse problema. A adoção do combustível renovável e isento de enxofre nas frotas melhora a

qualidade do ar que a população res-pira, sem impactos financeiros para os usuários, já que todo veículo movido a diesel pode ser abastecido com B20 - mistura de 20% de biodiesel no die-sel fóssil - sem que sejam necessárias adaptações nos motores, e o biodiesel hoje é mais barato que o diesel fóssil em quase todas as regiões do País.

Muitas cidades do País e do mun-do já fazem por exemplo o uso do B20 no abastecimento da frota urbana de ônibus. O melhor exemplo é a cidade de São Paulo (SP) - entre o período de 2011 e 2013 foram dois mil ônibus abastecidos com essa mistura. O pro-jeto foi implantado por meio de parce-ria entre a Viação Itaim Paulista (VIP), a B100 Energy e a Prefeitura Municipal de São Paulo.

Além disso, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustí-veis (ANP) concedeu autorizações para usos específicos de B20, entre 2010 e

Divulgação/Mercedes-Benz

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2014, a outras nove empresas de São Paulo.

A capital do Mato Grosso apoia o uso do B20. Em breve, a frota de ônibus do município irá utilizar o biocombustível. O Rio de Janeiro (RJ) faz testes também em sua frota e preten-de usar B20 em 23 mil ônibus nas Olimpíadas de 2016. Curi-tiba também usa o B20 na sua frota.

Outro exemplo significati-vo é dos Estados Unidos, onde existem cerca de 600 postos de combustíveis comercializando o B20. O diretor superintenden-te da União Brasileira do Biodie-sel e Bioquerosene (Ubrabio), Donizete Tokarski, explica que desde 2005, o governo norte--americano concede aos agen-tes fornecedores de diesel um incentivo denominado “Biodie-sel Income Tax Credit” que ga-rante US$ 1/galão (3,785 litros) de biodiesel ou diesel renová-vel na etapa final de comercia-lização da cadeia. “Existem tam-bém incentivos estaduais que diferem caso a caso, no Texas, Iowa, Illinois, Michigan e Dakota do Norte”, complementa.

pesquisaDados da Ubrabio estimam

que o uso de B20 pela frota ur-bana de ônibus das 40 maiores cidades brasileiras representaria a redução de 300 milhões de li-tros diesel na atmosfera e assim, menor efeito estufa.

Para se mensurar, cada litro de diesel é responsável pela emissão de 2,75 quilos de dió-xido de carbono (CO2). Assim, o uso de 300 milhões de litros de diesel emite 825 mil toneladas de CO2.

No caso do biodiesel, há re-dução de 70% dos índices de emissão de CO2 em relação ao diesel. “300 milhões de litros de biodiesel representam 577,5 mil toneladas de CO2 evitadas por ano com o B20 nessas cida-des. Isso representa a captura de CO2 equivalente ao plantio de 3,6 milhões de árvores. Só um ônibus usando B20, em um ano, evita em emissão de CO2 o equivalente a 132 árvores”, res-salta Tokarski.

BenefíciosO B20 também reduz em

20% a emissão de material par-ticulado, o que representa 37,5 toneladas de particulados a menos na atmosfera/ano. “Essa redução tem ação efetiva na qualidade do ar que a popu-lação respira e, consequente-mente, na redução de gastos sociais decorrentes da poluição atmosférica”, informa o diretor--superintendente da Ubrabio.

Para a Associação dos Pro-dutores de Biodiesel do Brasil (Aprobio) o uso de mais biodie-sel reduz a necessidade de im-portar diesel. Em 2014, o Brasil importou 19 milhões de litros de diesel. O biodiesel foi responsá-vel por evitar mais importações e segurar a balança comercial. Segundo a Aprobio, a positiva-ção da balança comercial pelo biodiesel foi o principal motivo de o governo federal aumentar a mistura obrigatória em junho de 2014 de B5 para B6 e para B7 a partir de novembro do mes-mo ano.

A Ubrabio defende o au-mento gradual para o B8 até em julho desse ano, podendo chegar ao B10 nos próximos dois anos.

o temaO aumento da mistura do

biodiesel no diesel e o B20 foi tema de discussão em maio desse ano. O Seminário B20 Metropolitano - Mobilidade Sustentável para as Cidades, promovido pela Ubrabio e Em-brapa Agroenergia, com apoio da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel e do Banco de Brasília – BRB, reuniu as prefeituras das 40 maiores cidades brasileiras com autoridades do governo federal e instituições de ensi-no e debateu sobre o assunto, além de promover a tomada de decisão dos gestores, empresas e usuários do sistema de trans-porte.

“É preciso que a sociedade seja informada dessa possibi-lidade de uso de um combus-tível sustentável e competitivo do ponto de vista econômico, além de melhorar a qualidade de vida nas cidades”, explica Tokarski.

Divulgação/Ulbrabio

Donizete Tokarski, diretor-superintendente da Ubrabio

3291-5700 3293-29003292-4455

RUA 220, 185 - QUADRA 69, LOTE 15 - CEP: 74.535-090

SETOR COIMBRA - GOIÂNIA - GO.

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suCroenerGétiCo

crescImento do consumo de etanol gera reflexos na produção

a produção do combustível

continua sendo mais vantajosa para

as usinas em detrimento do

açúcar.

Ana Flávia Marinho

Nos últimos anos, a produção de etanol tem sido maior do que a de açúcar. Nesta safra, o diretor

técnico da União da Indústria de Cana--de-Açúcar (Unica), Antonio de Padua, afirma que o incremento na produção do combustível tem sido ainda maior por causa do aumento do preço da gasolina, que deixou o etanol hidratado com pre-ços mais competitivos. Além disso, Padua destaca que as alterações tributarias em alguns estados brasileiros, reduzindo a carga de ICMS na venda do etanol hidra-tado, também ajudaram para essa maior produção de etanol.

Ele acredita que neste ano o mix deve ser de 33% para açúcar e 67% para etanol. “Economicamente vai depender do mercado de açúcar. No Brasil, há re-dução da produção de açúcar por qua-tro anos consecutivos. O preço do açú-

car vai depender se vai se interromper o processo de subsídios de exportação na Índia e na Tailândia”. Como é sabido, não há possibilidade de todos os pro-dutores trabalharem apenas com açú-car ou com etanol devido à capacidade de fábrica e aos contratos já firmados.

De acordo com o analista da Safras&Mercados, Maurício Muruci, nas últimas safras a produção maior tem sido de etanol já que em grande parte dos estados vem existindo uma parida-de positiva para o hidratado em com-paração com a gasolina. O preço da gasolina sofreu reajustes nos últimos meses, o que a tornou mais cara que o etanol, que obteve vantagem nas ven-das para os consumidores finais. Mau-rício diz que essa vantagem de preço é responsável pelo aumento das vendas de etanol em um momento que o setor sucroenergético está com altos custos de produção.

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crescImento do consumo de etanol gera reflexos na produção

Outra vantagem do etanol hidra-tado está ligada ao seu preço interno com relação aos preços do açúcar em Nova Iorque. “O produtor converte a cotação do açúcar em Nova Iorque em reais/litro, desconta os custos lo-gísticos e tem o preço dentro da usi-na, que seria a rentabilidade liquida”. Pela comparação, o etanol hidratado tem se mostrado mais vantajoso na venda interna do que o açúcar na venda externa desde agosto de 2014. “Somente no mês de abril, a remune-ração media do etanol foi 7% mais que o açúcar de Nova Iorque.” Isso deixa as usinas confortáveis para pro-duzir etanol hidratado.

Segundo o presidente da consul-toria Datagro, Plínio Nastari, no pri-meiro trimestre de 2015, o consumo de hidratado cresceu 27% em rela-

ção a igual período de 2014, e o de anidro aumentou 27% . “Esse aumen-to continua ocorrendo por conta da recuperação parcial da CIDE para a gasolina e também em função das alterações nos regimes de ICMS de etanol e gasolina nos Estados de Mi-nas Gerais, Paraná, Bahia e Distrito Fe-deral”. Ele diz que o consumo mensal de hidratado se aproxima de 1,5 bi-lhão de litros. “Esse nível de consumo havia sido observado anteriormente somente no final de 2009 e começo de 2010, quando os preços relativos chegaram a 55%. Com a entrada da safra 2015/2016 e a maior oferta de etanol, é possível que os preços rela-tivos melhorem ainda mais a compe-titividade do etanol, elevando ainda mais o consumo de hidratado este ano”, comenta.

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Antonio de Padua , diretor técnico da UNICA

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Maurício acredita que para a próxi-ma safra a gasolina será mais cara, com demanda ainda forte para o etanol; o Real se manterá depreciado e o supe-rávit de açúcar em mercado internacio-nal ainda estará elevado.

Esse superávit é decisivo para man-ter o etanol em alta. O alimento deve continuar pagando menos. De acordo com a Organização internacional de Açúcar (ISO), os estoques internacio-nais de açúcar continuarão em níveis recordes. A primeira estimativa do su-perávit inicial em agosto de 2014 era de 473 mil toneladas. Em março ela lançou uma nova estimativa, corrigin-do para 620 mil toneladas. Já em maio, a nova perspectiva é de 2,2 mi tonela-das, isso considerando a safra interna-cional 2014/2015.

Alguns fatores foram determinan-tes para esse cenário, como o cresci-mento da produção asiática e da pro-dução brasileira. “Mesmo com o açúcar remunerando menos, há usinas que só produzem açúcar. Por menor que se-jam os preços, ainda assim a produção de açúcar está crescendo.” Ainda de acordo com a ISO, a safra internacional 2015/2016, que começa em outubro, teria o primeiro déficit de açúcar.

Mesmo com as projeções, o mer-cado não se mostrou confiante para apostar no déficit. No mercado inter-nacional esse é o menor preço do açú-car nos últimos cinco ou seis anos. A Safras&Mercados acredita que para a próxima safra esse déficit vai ser conver-tido em um superávit. Esse déficit tende a se transformar em um superávit em torno de 500 a 800 mil toneladas.

perSpectIvaS Do Setor

As vendas de etanol hidratado ba-teram um recorde histórico no mês de maio deste ano, chegando a 1,43 bilhão de litros comercializados em todo o País. De acordo com os dados da Agên-cia Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) , a participação do biocombustível respondeu, em maio de 2015, por aproximadamente 23% da demanda de combustíveis. O percentu-al registrado no mês de maio de 2014 foi de 15,7% e em maio de 2013 ficou em 14,8%.

Em Minas Gerais - onde desde mar-

ço deste ano o ICMS cobrado sobre o hidratado diminuiu de 19% para 14%, enquanto a alíquota do mesmo impos-to para a gasolina C aumentou de 27% para 29% - as vendas do biocombustí-vel somaram 142,83 milhões de litros em maio, mais que o dobro do volume observado no mesmo mês em 2014. O consumo de etanol hidratado segue em elevação também em São Paulo, Paraná, Goiás e Mato Grosso. Enquanto isso, o consumo de gasolina caiu 12%, fazendo da comparação de maio de 2014 para maio de 2015

venDaS De etanol têm recorDe

EstAdOs gAsOLinA C HidrAtAdO mai/14 mai/15 var (%) mai/14 mai/15 var (%)

São Paulo 942.745 762.259 -19,1% 586.641 767.135 30,8%Paraná 244.471 196.942 -19,4% 91.860 136.612 48,7%Goiás 143.141 119.020 -16,9% 67.496 98.191 45,5%Mato Grosso 59.586 44.990 -24,5% 39.894 53.813 34,9%Minas Gerais 417.785 339.249 -18,8 52.818 142.832 170,4%brasil 3.716.598 3.263.529 -12,2% 991.461 1.432.620 44,5%

Fonte: ANP-Elaboração: UNICA

comparatIvo Do conSumo De etanol hIDrataDo e De gaSolIna c (m³)

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Plinio Nastari, consultor da Datagro tem dito que o preço da gasolina precisa ser corrigido nas refinarias para que os preços do etanol permaneçam vantajosos

Plínio Nastari, da Datagro, tem dito para os produtores que, tanto do pon-to de vista de remuneração quanto de estratégia de mercado, é melhor apos-tar no etanol. “Os estoques mundiais de açúcar continuam elevados, sob impac-to das elevadas produções observadas principalmente na Índia e na Tailândia, que tem se beneficiado de subsídios de artificialismos de mercado.“

Ele ressalta que a correção cambial trouxe uma recuperação da competitivi-dade do etanol e do açúcar produzidos no Brasil. “Embora se fale muito na queda no preço do petróleo e da gasolina, a realidade é que hoje o preço da gasolina no Brasil vol-tou a ficar defasado. Essa defasagem muda diariamente em função das variações nos preços da gasolina em dólar e da taxa de cambio, mas se encontra em média em 11% - não é pouca coisa. Esperamos que assim que as condições econômicas per-mitam, ocorra uma correção no preço da gasolina nas refinarias, o que vai ajudar a recuperar mais um pouco os preços do eta-nol e, consequentemente, do açúcar.”

preço

COntrAtOsMaurício revela que as usinas estão

mantendo a proporção de paridade do etanol em 60% do preço da gasolina, en-quanto o matemático é 70%. “Existe uma paridade psicológica. O nível de percep-ção do consumidor é ativado quando nível de preço atinge ao máximo 68%. O nível atual está muito abaixo até mesmo

que o nível psicológico”, comenta. Algu-mas usinas fecham contratos de forneci-mento com quatro a cinco anos de prazo e é preciso cumpri-los, independente de qual produto está pagando melhor. “A produção de açúcar vai ter crescimento marginal e de etanol hidratado vai ter crescimento muito acentuado com rela-ção aos últimos anos”, finaliza.

Senar em ação

Senar goIáS reforça parcerIa com uSIna JalleS machaDo

Gilmara Roberto

Com o objetivo de reforçar parcerias em prol da capacitação da mão-de-obra do setor sucro-energético, uma comissão do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás) visitou a Usina Jalles Machado, em Goianésia. Apoiados pelo Sindicato Rural de Goianésia, a usina apresentou os números dos últimos cinco anos, que representam a maior parte da capaci-tação do setor realizada na região.

Do ano de 2011 até março de 2015, a parce-ria promoveu a capacitação de 7.032 trabalha-dores rurais, funcionários da Jalles ou pessoas da comunidade. Ao todo, foram realizados 510 turmas de aplicação de defensivos agrícolas, colhedora de cana, operação e manutenção de máquinas e sistemas de irrigação, entre outros 15 diferentes cursos.

“A parceria com a Jalles é fundamental para a capacitação da mão de obra em Goianésia, que vive essencialmente da cana-de-açúcar. A forma como a usina trabalhar a gestão dos seus recur-sos humanos serve de modelo para muitas em-presas”, afirmou o presidente do Conselho Admi-nistrativo do Senar Goiás, José Mário Schreiner.

PArCEriA durAdOurADesde 2011, a Jalles Machado conta com o

trabalho do ex-instrutor do Senar, Bento Paulino da Silva. Ele foi contratado pela usina para coor-denar os cursos e treinamentos oferecidos pelo Senar na unidade industrial.

“Queremos que as pessoas tenham a opor-tunidade de crescer e, para isso, elas precisam de qualificação. Nós agradecemos muito pela parceria e estamos à disposição para aperfeiçoar nossas ações”, afirmou Otávio Lage de Siqueira Filho, diretor presidente da usina.

Para Bento Paulino, o trabalho que ele realiza é uma forma de garantir a eficácia dos treina-mentos e a própria sustentação do setor. “Hoje só vai bem o setor que pensar em investimento em capacitação de mão de obra. É preciso inves-tir em parceria que possibilita formar o trabalha-dor que a indústria vai precisar. A parceria com o Senar é algo que eu trato no meu sangue, como instrutor bem reconhecido que fui, assim como todos os colegas que hoje estão na instrutoria”, afirmou o coordenador.

JALLEs MACHAdOA usina foi fundada há 30 anos e hoje empre-

ga diretamente 3,7 mil pessoas. Além de capa-citação profissional, os colaboradores recebem benefícios como transporte, plano de saúde e escola para seus filhos.

Para o chefe do departamento técnico do Senar Goiás, Flávio Henrique Silva, o exemplo de tantos outros trabalhadores de Goianésia são a prova de que a missão institucional da entida-de está sendo cumprida com a contribuição de parceiros exemplares. “A parceria é importante porque é por meio da atuação da Jalles e do Sin-dicato Rural de Goianésia que a gente consegue chegar ao nosso público. Os números de Goia-nésia são referência para o Estado e para o Brasil”, afirmou Flávio Henrique.

“A Jalles é a maior parceira do sindicato e do Senar em Goianésia. A indústria leva as máqui-nas para o parque de exposições para que pos-samos treinar não só os trabalhadores da usina, mas também toda a comunidade”, enalteceu o presidente do Sindicato Rural de Goianésia, Abel Ribeiro dos Santos.

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enerGia solar

placas fotovoltaIcastaMbéM nas hidrelétricas

governo federal iniciou

projeto-piloto que visa

aumentar a eficiência

energética do brasil

Ana Flávia Marinho

O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou que pretende dar início aos testes do proje-

to-piloto de geração de energia solar em reservatórios de hidrelétricas. De acordo com o ministro Eduardo Braga, no segundo semestre deve haver uma política pública de financiamento para esses projetos na região sudeste.

Flutuadores com placas solares devem ser colocados em grandes re-servatórios, sendo o primeiro na Usina Hidrelétrica de Balbina, no Amazonas. Isso porque, segundo o ministro, o ambiente é favorável graças a grande área alagada com reduzida geração de energia.

O custo nos leilões de energia foto-voltaica atualmente fica entre R$ 190 e R$ 210 o megawatt, segundo Braga.

A expectativa é que esse custo com os flutuadores fique entre R$ 220 a R$250 o megawatt, em função do custo adi-cional desses equipamentos.

Com a implantação do projeto, a energia será captada dentro dos reser-vatórios usando subestações e linhas que já existem, o que é visto como uma vantagem pelo ministro, já que deve haver uma resposta de geração muito rápida. Isso resulta em ganho de eficiência.

De acordo com o analista de tecno-logia e inovação do Instituto Senai de Tecnologia em Automação de Goiás, César Jahnecke, o projeto tem chances reais de dar certo. “Acredito que, se não esbarrar nos entraves de fornecimen-to das boias com painéis solares por parte de alguma empresa e nos custos desta operação, o projeto poderá apre-sentar resultados positivos.”

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PrOJEtOConforme explica Jahnecke, tecnicamente

o Brasil é um país propício para que esse proje-to se desenvolva, já que os lagos para geração de energia têm imensas áreas de “espelho de água”, a infraestrutura de transmissão e distri-buição das usinas hidrelétricas poderá ser apro-veitada e o índice solarimétrico do Brasil é um dos maiores do mundo.

“Uma questão que pode causar dificuldade é o fornecimento das boias com painéis sola-res. O plano do Governo Federal deve envolver a utilização de tecnologias internacionais: um sistema criado em parceria entre França e China ou um sistema criado em parceria entre Japão e Alemanha. Acredito que a escolha dos forne-cedores e uma possível exigência de transferên-cia de tecnologia poderiam ser entraves para o projeto”, diz. Na opinião do analista, esse projeto poderia fazer parte de um programa nacional destinado às energias sustentáveis, visando de-senvolver a indústria nacional do setor.

Outro ponto fraco destacado por Jahne-cke está relacionado ao custo da produção de energia fotovoltaica, que ainda é elevado. Além disso, o tempo de implantação dos parques fotovoltaicos pode ser alto - pois a quantidade mão de obra especializada ainda é pequena-, e há indefinições sobre qual tecnologia impor-tada utilizar e sobre questões de transferência tecnológica para propiciar o desenvolvimento da tecnologia fotovoltaica no Brasil.

Jahnecke afirma que o projeto pode ser mais um incentivo ao setor. “Entendo que esse projeto seja uma continuidade para ‘popula-rizar’ a tecnologia e suprir deficiências de for-necimento de energia elétrica.” Para o futuro, o analista deseja ainda que a ação sirva de incen-tivo para que as indústrias nacionais de painéis solares melhorem a eficiência de seus produtos para concorrerem de maneira competitiva no mercado nacional e internacional, além de in-centivar a maior formação de mão de obra es-pecializada para o setor.

Herminio Nunes - Eletrosul

César Jahnecke, analista de tecnologia e inovação do Instituto Senai de Tecnologia em Automação de Goiás

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etanol 2G

BIoenergIa avança Mais uM pouco

primeiras plantas de

produção do etanol 2g já começam a funcionar em escala comercial

Ana Flávia Marinho

O etanol de segunda geração (2G), ori-ginado de biomassa – principalmen-te bagaço e palha de cana –, tem sido

alvo de estudos com relação à aplicabilidade e sucesso comercial. Por utilizar-se de maté-ria-prima que seria descartada, é uma opção de redução de custos dentro das usinas. Ape-sar das inúmeras vantagens, os investimentos nessa variedade de fabricação ainda são res-tritos.

O governo federal vem tentando incen-tivar a produção do etanol 2G por meio de programas de financiamento aprovados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econô-mico e Social (BNDES), com destaque para o Plano Conjunto BNDES - Finep de Apoio à Inovação Tecnológica Industrial dos Setores Sucroenergético e Sucroquímico (PAISS), cria-do em parceria com a Financiadora de Estu-dos e Projetos (Finep Inovação e Pesquisa).

O PAISS seleciona planos de negócios e fo-mento a projetos que contemplem o desen-volvimento, a produção e a comercialização de novas tecnologias industriais destinadas ao processamento da biomassa oriunda da cana-de-açúcar.

Como resultado, atualmente o Brasil conta com três plantas de etanol 2G já em opera-ção, sendo duas em escala comercial (Gran-

bio e Raizen) e uma em escala demonstrativa (Centro de Tecnologia Canavieira - CTC). Re-centemente, o BNDES aprovou financiamen-to para a construção de uma terceira planta comercial (Abengoa), que entrará em opera-ção em 2017.

PiOnEirisMODe acordo com a GranBio, pioneira na

produção de etanol 2G em escala comercial, que teve início com a partida da Bioflex 1, lo-calizada em Alagoas, em setembro de 2014, no Brasil estão as melhores condições para o desenvolvimento e a produção de biomas-sa. Segundo informações da empresa, aqui se tem a fonte de biomassa mais competitiva do mercado, a cana-de-açúcar. Além disso, as tecnologias existentes já permitem que a fabricação de etanol 2G seja interessante aos produtores. Com relação à viabilidade econô-mica, ela será provada quando a empresa es-tiver rodando a planta em plena capacidade, o que deve ocorrer ainda em 2015.

Da mesma maneira se posiciona o diretor executivo agroindustrial da Raízen, Alberto Stuchi. “Somos pioneiros na produção de eta-nol 2G no Brasil. No mundo há cerca de cinco plantas que estão começando a produzir”, diz. Segundo o diretor, na época da criação da Ra-ízen, em 2011, foi feito um estudo para adap-tar ao Brasil tecnologia relacionada ao bagaço

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da cana desenvolvida no Canadá.Localizada em Piracicaba (SP), a planta

teve um investimento de R$ 237 milhões. Além dessa, a Raízen planeja a construção de mais sete plantas de etanol celulósico até 2024.

“Toda a tecnologia de preparação de ba-gaço já é conhecida. O que temos de diferen-te é o pré-tratamento, em temperatura alta no vapor, e tratamento com enzimas quebram a celulose até a molécula de açúcar para ficar livre para fermentação”, explica, comentado que dois tipo de açúcar são usados: com seis carbonos (glicose) ou cinco (xilose), resultan-do num produto final de desempenho igual.

Stuchi explica que o primeiro projeto da Raízen, funcionando em escala comercial desde o ano passado, será importante pois, além da produção do etanol, essa é uma oportunidade de confirmar que a tecnologia funciona bem. “É um projeto que tem viabili-dade econômica com custo muito parecido ao etanol tradiconal, mas numa condição es-pecial.” Ainda assim, a planta funciona junto à do etanol de primeira geração para equilibrar os preços.

Percentualmente o etanol 2G ainda repre-senta muito pouco na produção da Raízen. “Nesse ano nos só fizemos uma campa-nha de demonstração ou teste. A projeção é para 40 milhões de litros anuais quando esti-ver estabilizada, ou seja, 5% da produção de etanol.”

dEsAfiOsA GranBio aponta que as perspectivas de

incentivo do governo para o etanol em 2015, no Brasil, são melhores do que as de 2014, com medidas que pretendem incentivar o uso do biocombustível. Entre elas, destacam--se alguns Estados implementando mudan-ças de alíquota do ICMS para o biocombustí-vel em prol do álcool; a mistura obrigatória de álcool na gasolina, que foi elevada para 27% e a perspectiva de ampliação da frota brasileira

em cerca de dois mi-lhões de veículos, que deve impul-sionar o aumento

de demanda tanto do etanol anidro

quanto do hidratado.Sobre as dificulda-

des, a GranBio ressalta que, por se tratar de um projeto pioneiro e com-plexo (em tecnologia), existe um processo gran-de de aprendizado. A planta irmã da Bioflex 1,

localizada na Itália, também passou por mu-danças.

Stuchi revela que as principais dificulda-des para realizar a produção de etanol 2G são ligadas à técnica, já que se trata de um projeto novo, e também a falta de incentivos, princi-palmente relacionados ao preço e à obriga-toriedade de uso. “É a primeira unidade desse tamanho que está funcionando. Ainda esta-mos prevendo uma série de ajustes na insta-lação para fazer funcionar melhor.”

O CTC já está com a Planta de Demons-tração de Etanol de Segunda Geração em operação. De acordo om o diretor de Etanol de Segunda Geração do CTC, Robson Frei-tas, nesta fase, ela está sendo comissionada e nos próximos meses começam os testes de produção do etanol celulósico. O etanol 2G pode representar um aumento de produção de etanol de até 50%, sem aumentar a área plantada. O objetivo da planta é demonstrar esse potencial da tecnologia.

O processo do CTC conta com quatro etapas: pré-tratamento, hidrólise enzimática, fermentação e destilação. O diferencial com relação aos demais é que o projeto do CTC garante uma integração completa com o parque industrial já existente atualmente nas usinas, o que reduz o investimento. “Dessa forma, quem já faz etanol de primeira gera-ção poderá escolher entre aumentar sua pro-dução de etanol, fazer mais açúcar ou ainda produzir energia elétrica, dependendo da de-manda do setor”.

Instalada na Usina São Manoel, a planta possui uma capacidade de processamento de 100 toneladas por dia de biomassa e recebeu investimentos da ordem de R$ 80 milhões. A expectativa é testar todos os processos para que a tecnologia se torne comercial até 2017. “O importante é a capacidade de entregar mais etanol a um custo igual ou inferior ao atual”, finaliza Freitas.

Alberto Stuchi , Diretor executivo agroindustrial da Raízen

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feira

promotoreS Da fenaSucro/agrocana eStão otImIStaS com o evento

Apesar do cenário macro-econômico instável, os promotores da Fenasu-

cro/Agrocana estão otimistas com mais uma edição da feira. O evento será de 25 a 28 de agosto, em Sertãozinho, São Paulo.

A feira tornou-se o termô-metro do setor sucroenergé-tico, sendo a principal vitrine e plataforma de negócios dos últimos lançamentos em tec-nologias e inovações à dispo-sição de toda cadeia produ-tiva. É também referência em informações e processos para aprimoramento da gestão das empresas do setor, trazendo ganho de eficiência e redução de custos. A qualificação pro-fissional é um grande desta-que, com a realização de even-tos de conteúdos ministrados por especialistas das mais di-versas áreas.

A feira é considerada o maior

evento mundial do setor sucro-energético e o único voltado exclusivamente à toda a cadeia produtiva do setor. Segundo Paulo Montabone, Gerente Ge-ral da Fenasucro & Agrocana, o evento é o principal encontro entre os produtores, os profis-sionais e os fabricantes de equi-pamentos, produtos e serviços para a agroindústria e cultivo da cana-de-açúcar. “Por causa des-sa relevância, a feira integra o calendário mundial de eventos da Reed Exhibitions Alcântara Machado e do setor de Ener-gia”. Paulo acrescenta: “ a co-geração de energia é uma das nossas principais apostas neste ano, para atingirmos as nossas expectativas em R$ 2,8 bi em volume de negócios. Além dis-so, oferecemos uma plataforma completa de soluções e alter-nativas para outro momento vivenciado pelo setor, que é o retrofit das usinas”.

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Paulo Montabone, Gerente Geral da Fenasucro & Agrocana

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empresas e merCado

Reduzir custos e otimizar o dia a dia na propriedade rural é meta para SeivaBrasilis. A empresa, que está no mercado há onze anos, desenvolveu o software Seiva Smart Agro, que permite a automação rural e assim, reduzir as perdas e economizar água e energia elétrica.

Segundo o Diretor Técnico Comercial da SeivaBrasilis, Carlos Magno, o equipamento, que está no mercado há um ano e meio, funciona por meio de placas solares, utilizando a energia limpa para gerenciar a lavoura, em especial os recursos hídricos, como o bombeamento de água e até mesmo irrigação da plantação. “Remotamente, por meio de um smartphone, o proprietário rural tem conhecimento das áreas já irrigadas e também consegue acompanhar

qual a atividade o funcionário da propriedade está executando”,

explica. O sistema é composto

por um controlador programável, que faz a orientação da irrigação e a rede de tubos que levam água e os nutrientes. Já um

programa de computador, exclusivo da empresa, que

está alocado em nuvem, possibilita a coleta de dados e o

gerenciamento das tarefas na lavoura. Com esse aperfeiçoamento do

cotidiano há redução de consumo de água entre 30% a 60%, além de diminuição de consumo de energia elétrica de 30%. Segundo a SeivaBrasilis, o retorno do investimento depende do tamanho da propriedade rural, pequena é de aproximadamente 12 meses e em média e grande, 18 meses.

A safra 2015/2016 de cana-de-açúcar do Nordeste, que começa oficialmente em agosto, vai contar com equipamentos de alta tecnologia em mais duas importantes unidades produtoras de açúcar, etanol e energia.

A Usina Camaragibe, do Grupo Santo Antônio, sediada em Alagoas, comprou a terceira geração do redutor planetário TGM – o G3 Full. De posse de um planetário da linha G2, modelo RPS3 385P no primeiro terno, a Unidade vai estrear na próxima moagem um equipamento cujas tecnologias são consagradas e trazem inovações no sistema hidráulico, no dimensionamento dos componentes internos e no sistema de proteção eletrônica Monitork.

A Usina Monte Alegre, que produz o Açúcar Alegre no Estado da Paraíba, também é outro exemplo de fidelização e está otimista com a safra vindoura. No final de 2014, a empresa adquiriu um redutor planetário RPS 3 385P G3 Full TGM. A Unidade já possui três planetários G3 Full instalados, sendo um RPS 3 385P no primeiro terno da linha G2 e dois equipamentos TGM modelos RPS 3 60P no segundo e terceiro ternos, também da linha G2.

Com características vantajosas de sobra, os redutores planetários G3 Full oferecem disponibilidade operacional, eficiência energética, redução de custos de instalação e manutenção, melhor controle operacional da moenda, maximização dos resultados na extração e aumento da capacidade de moagem. (Canal-Jornal da Bioenergia com assessoria de imprensa da TGM)

software da seivabrasilis reduz despesas e amplia produtividade

usinas do nordeste vão operar com tecnoloGia G3 full

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A Raízen realizou, de forma pioneira no mercado, o primeiro transporte de biodiesel de Rondonópolis (MT) para Paulínia (SP) pelo modal ferroviário. A partir de agora, a companhia pode escoar biocombustível para o Sudeste e, utilizando a logística reversa, levar derivados de petróleo para o Centro Oeste. Cerca de 50 milhões de litros de produto serão transferidos das rodovias para a ferrovia anualmente. A primeira operação com o novo modelo aconteceu no último dia 11.

A companhia é a primeira distribuidora no país a realizar a operação via modal ferroviário na região, proporcionando maior eficiência no transporte e ainda a redução de circulação de cerca de 50 caminhões. Segundo Luiz Renato Gobbo, diretor de Operações da Raízen, a expectativa é que a operação fomente a competitividade dos produtores de biodiesel no Centro-Oeste e proporcione importante redução de custos na cadeia logística.

A operação marca mais uma vez a posição de vanguarda da Raízen na área de logística – a empresa foi pioneira a usar o modal ferroviário no transporte de biodiesel, quando escoou o biocombustível entre os terminais de Esteio (RS) e Araucária (PR), na região Sul, em 2011. (Imprensa Raízen

raízen realiza primeiro transporte de biodiesel via ferrovia de rondonópolis para o sudeste

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A MC-Bauchemie, empresa líder no desenvolvimento de soluções para obras de infraestrutura, edificação e indústria, com mais de 50 anos no mercado mundial de químicos para construção, investe no desenvolvimento de produtos direcionados as necessidades das estruturas eólicas. Em todas as etapas,

desde a execução das fundações até a manutenção de estruturas já em funcionamento. Entre as soluções MC, destaca-se os grautes especiais com elevadas capacidades de carga, os sistemas de pintura flexíveis capazes de absorver o fissuramento das estruturas, e os sistemas de injeção de resinas de baixíssima

viscosidade para preenchimentos de vazios. Dentre os produtos mais requisitados, está a linha EMCEKRETE 80, uma família de grautes totalmente destinada para as torres de energia eólica. Uma série de soluções especialmente desenvolvidas para este segmento. (Assessoria de imprensa da MC)

mc oferece soluções para o setor eólico

em 2010, o Centro será inteligente, integrando diversas tecnologias fotovoltaicas. Administração, salas de aula, laboratórios e oficinas serão distribuídos em dois blocos. O

prédio possui uma capacidade total de 100KWp, sendo que para total funcionamento, o centro utilizará apenas cerca de 60% da energia gerada.

ufsc inauGura centro de pesquisa e capacitação em enerGia solar em florianópolis

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O Centro de Pesquisa e Capacitação em Energia Solar da Universidade Federal de Santa Catarina - Fotovoltaica/UFSC, deve atender a uma das principais demandas para a disseminação da energia solar no país: a capacitação da mão de obra. Inaugurado no dia 1º de junho, em Florianópolis, como parte da programação do 6º Seminário Energia + Limpa, organizado pelo Instituto Ideal e pela UFSC, o Centro é uma iniciativa inédita no estado e foi construído com o apoio financeiro do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

De acordo com o professor da UFSC Ricardo Rüther, que está a frente da implantação do Centro, apesar da carência de profissionais capacitados ser muito forte, a energia solar ainda é o segmento das energias renováveis que mais emprega no mundo. “Junto à busca constante por soluções que tornem a tarifa para energia solar mais competitiva, a capacitação é condicionante para o avanço das renováveis. Não é à toa que países como Índia e EUA investem muito nessa área”, destaca Rüther que é também diretor técnico do Ideal. Iniciado com um projeto

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empresas e merCado

O campo da logística é um diferencial de competitividade na cadeia de suprimentos e desempenha um papel cada vez mais preponderante no âmbito das organizações. Assim, a logística eficaz traz maior interdependência e sinergia nas diversas áreas da organização. De forma sistêmica, promove integração como um elo de ligação entre a demanda e os resultados da companhia.

“A logística se constitui numa variável de peso incessantemente progressiva, cada vez mais central no planejamento estratégico das empresas”, destaca Ricardo Amadeu da Silva, CEO da TRANSESPECIALISTA.

A TRANSESPECIALISTA é o braço forte das usinas na cadeia de suprimentos. Dentro de uma logística complexa, com muitas variáveis e milhares de itens, a empresa se especializou, tornando-se referência no atendimento desse mercado.

Entre os clientes da TransEspecialista estão os players desse mercado, como Adecoagro, Bunge, Guarani, Raízen, São Martinho, Odebrecht Agroindustrial, Noble, Biosev, Jalles Machado, BP Biocombustíveis, dentre inúmeros outros importantes clientes, que são referência desse mercado. “A credibilidade que temos neste mercado e a fidelização dos nossos clientes é o resultado do nosso trabalho, a visão estratégica e o foco no cliente. Nosso maior patrimônio”, frisa Lucas Mazini, gerente comercial. É uma história de comprometimento com o setor, o que faz da TransEspecialista um ‘porto seguro’ para a agroindústria canavieira na área de logística de suprimentos”, confidencia Roberto Lellis, assessor da diretoria.

O produto TRANSESPECIALISTA traz para o mercado o que existe de mais eficaz. Infraestrutura e tranquilidade com fluxo contínuo dos pedidos e entregas programadas. Ganho de Lead Time, menor fluxo de veículos nos almoxarifados, mais controle dos KPIs, menos riscos operacionais e menos incidência de urgência. Um produto certificado SASSMAQ, com mais segurança e consciência socioambiental, o que traduz anos de dedicação em processos robustos, padronização, confiança, credibilidade e muitos resultados para o mercado.

a loGística de suprimentos é estratéGica para as empresas

Segundo Cesar Montenegro, o know-how no atendimento da logística de suprimentos de uma usina é fruto do refinamento permanente das rotinas. Desde o follow-up, aprimoramento contínuo dos processos, muita seriedade e comprometimento de toda a equipe. “Um bom layout operacional, com SLA definido, a integração entre as equipes e o operador Logístico, garantem avanços nas rotinas, gerando gradativamente mais resultados”, frisa Montenegro.

AJustEs PArA O nOVO MErCAdO Mesmo com a crise, a

TRANSESPECIALISTA mantém a qualidade operacional e os diferenciais de serviços oferecidos para o mercado. A manutenção dos entrepostos e Centros de distribuição, a renovação de frota, os treinamentos e os investimento em tecnologia são provas

disso. Os pacotes de serviços TE, bem como as divisões de negócios, foram reestruturados com muita cautela e planejamento.

Os benefícios como: Empilhadeiras comodatadas, follow-up integrado, janelas de entrega com veículos dedicados em rotas fixas, desenvolvimentos e assessoria, todos os serviços TE foram configurados nos novos contratos, conforme SLA pactuado. Em tempos de dificuldade financeira para o setor, a TE oferece serviços num bom patamar de preços e qualidade, considerando que oferece um serviço de custo-benefício diferenciado para as unidades produtoras.

A TRANSESPECIALISTA acredita muito na força do setor bioenergético, certa de que os combustíveis fósseis serão substituídos, que o País precisará de energia e alimento, e que a indústria da cana entrará novamente num novo ciclo de crescimento.

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