matéria de saúde - 15ª edição

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Setembro de 2012

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COLUNA VERTEBRALFixação dinâmica da coluna vertebral Dr. Fernando Sanchis

Índice EDITORIAL

A palavra renascimento tem um sen-tido bíblico muito forte e é cercada de magia. Renascer tem muitos sentidos, mas principalmente é o de driblar a mor-te. Ou seja, chegar bem perto dela e ter a oportunidade de ganhar uma nova opor-tunidade de viver mais. Poucas pessoas tem o privilégio de dizer que renasceram. Esse universo com certeza é próprio das pessoas que receberam um novo órgão. Estar numa lista de espera é como uma contagem regressiva. Mais tempo se pas-so, menos tempo de vida. Nesta edição tivemos o privilégio de reunir três trans-plantadas de rim. Mulheres guerreiras que hoje valorizam como ninguém cada novo amanhecer. Além dessa matéria especial preparamos várias oturas repor-tagens sobre novidades e tratamentos na área de saúde e qualidade de vida.

Boa leitura e até novembro!

Expediente

Setembro - 2012 - Ano III - 15a EdiçãoCirculação: 5000 Exemplares Jornalista Responsável: Roselaine Vinciprova (MTB 11043)

* Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião da revista Matéria de Saúde e são de inteira responsabilidade dos autores. * Procure o seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis na revista Matéria de Saúde possuem apenas caráter educativo.

Coordenação: - Roselaine Vinciprova - [email protected] Tadeu Battezini - [email protected]

Fone: 51 3041.2333 e-mail: [email protected]

Comercial: Tadeu Battezini - [email protected] Santos - [email protected] Colaboração: Kamyla Jardim - [email protected] Junges - [email protected] Delazeri - [email protected] Matéria de Saúde é uma publicação bimestral da TRCOM. Todos os direitos reservados.

ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIACEOT-HDJB atendimento 24h

REPORTAGEM ESPECIALDoação de órgãos

CIRURGIA PLÁSTICAVaidade é sinal de saúde em todas as idadesDr. Ricardo Lodeiro06

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ESTÉTICADescendo do salto sem perder o charme

PROFISSIONAIS QUE COLABORARAM COM ESTA EDIÇÃOFernando Sanchis (CRM 25665), Ricardo Lodeiro (CRM 18066), Carlos Da Ros (CRM 16962), Lilian S. Santos (ABQ 0476), Renato Bender Castro (CRM 16838), Samantha Oliveira (CRM 30887), Marcelo Tafas (CRM 26364), Tatiane Costa (CRP 07/11997), Luis Augusto Girargi (CFO: RS-CD-10082), Karyne Medeiros (CREFITO5 125401-F), Tatiane Scotta (CRP 07/15410), e Eneida Kompinsky (Cremers 15849).

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A dor lombar é um sintoma que incapacita muito as pessoas nas suas funções diárias.

Mais de 80% da população já teve ou vai ter lombalgia.

Nos últimos dez anos foram investidos milhões de dólares na modernização e atua-lização da cirurgia da coluna, com enfoque na recuperação precoce e melhor função. O uso de técnicas menos agressivas leva a um tempo de recuperação bem mais aceitável.

A possibilidade de se evitar ao máxi-mo estabilizações externas, como órteses (coletes ou gesso), o tempo de repouso no leito cada vez mais curto, pós-operatório nos quais o paciente já anda no primeiro dia sem o auxílio do colete, e a diminuição consequente do risco de trombose e feridas nas costas e glúteos são fatores essenciais na moderna cirurgia de coluna.

Sempre se inicia pelo tratamento con-servador, com uso de medicações, fisiote-rapias, RPG, hidroginástica, quiropraxia, entre outras diversas modalidades. Não havendo uma resposta adequada a esses tratamentos, a tendência atual é evitar a

degeneração progressiva da coluna e não fazer a cirurgia muito tardia, já que as chances de recuperação ficam bem mais remotas.

Geralmente, em pacientes jovens, uti-lizamos a técnica de fixação dinâmica da coluna com uso de espaçadores móveis (Fixação Wallis e/ou Dynesis), que não impedem a mobilidade do segmento, mas a restringe. Ela se difere da tradicional cirurgia de artrodese (com a utilização de parafusos) principalmente por preservar o disco, evitando na maioria dos casos a progressão da degeneração e até mesmo a sua re-hidratação.

Temos utilizado essas técnicas em pacientes jovens com ótimos resultados, reintroduzindo essas pessoas de maneira satisfatória no seu ambiente de trabalho e nas atividades de vida diária. São cirur-gias rápidas (cerca de 30-40 minutos), com tempo de internação de cerca de 24h, com poucas possibilidades de complicações e um mínimo sangramento.

Menores riscos – o ato cirúrgico de fi-xação dinâmica Wallis ou Dynesis é muito mais simples do que o de uma artrodese de coluna (fixação com parafusos), com mínima perda sanguínea, não destruição da

articulação, sem a necessidade de retirada de enxerto e o pós-operatório muito menos doloroso e de fácil reabilitação.

Os resultados a curto e médio prazo tem sido extremamente animadores, com mínimas complicações e um alto grau de satisfação dos pacientes, com alívio dos sintomas sem a perda da mobilidade do segmento operado, o que não ocorre nas cirurgias de artrodese.

Entretanto, cada paciente deve ser ava-liado individualmente por um médico or-topedista especialista em coluna vertebral, para que a melhor indicação de tratamento seja orientada.

Muito utilizada em pacientes jovens, a técnica de fixação dinâmica difere da tradicional cirurgia por preservar o disco

Fixação dinâmica da coluna vertebral Sistemas Wallis e Dynesis

Divulgação

Sistema Dynesis

Fixação com artrose da coluna vertebral

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preciso, claro, sepa-rar o saudável do exagero. Ficar es-

cravo da beleza e acreditar que a felicidade só existe depois de uma cirurgia plástica não cor-responde ao conceito de saúde. Querer, aos 40 anos, ficar igual ao que se era aos 20 significa tentar negar a existência do próprio tempo. Mas se livrar de algumas marcas ou repor características “roubadas” pelo passar dos anos pode trazer uma grande satisfação. Resolver pequenos e grandes incômodos estéticos adquiridos ora por genética, ora por hábitos, ora por mero azar é possível utilizando-se da arte da cirurgia plástica, sem que por isso nos classifiquemos como neuróticos ou obsessivos.

Nada mais saudável que investirmos em nós mesmos: massagens, cremes hidratantes, protetores, maquiagem, roupas e sapatos bonitos e – por que não? – uma ajuda das técnicas modernas que a cirurgia plástica pode oferecer.

Um seio com certo grau de queda pode ser elevado e revita-lizado com uma prótese mamária média, mantendo um aspecto bem natural e sem aquele exagero que estigmatiza a mulher. Rugas na face e pescoço, flacidez abdo-minal, gordurinhas que parecem

eternos (e desagradáveis) volu-mes? Se encararmos de forma séria, não fantasiosa, a cirurgia plástica pode trazer resultados fantásticos para estes e outros “inconvenientes da idade”.

Mas não só as mulheres têm estes direitos – os homens tam-bém têm sua vez. Aquele olhar cansado e abatido causado pelo excesso de pálpebras e bolsas de gordura ao redor dos olhos pode ser tranquilamente corri-gido sem deixá-los arregalados, com “olhar de susto eterno”. Aquela “papada” sob a mandí-bula, “emendando” o pescoço no queixo, algumas vezes é alvo de desagrado estético para alguns cavalheiros e esta condição pode ser satisfatoriamente alterada com procedimentos simples e ambulatoriais.

Com certeza, o sucesso come-ça na escolha de um profissional competente, confiável e transpa-rente, que oriente da forma mais completa possível, com uma linguagem acessível, sobre o que você deve esperar, os riscos, o que acontece depois do procedi-mento, enfim, alguém que passe segurança e dedicação.

Não importa se você chegou aos 40, 50 ou 60, pois continua com o direito de se sentir bem consigo mesmo, cultivando a autoestima e investindo em você.

Nada mais saudável que investir em si mesmo e cultivar a autoestima

Vaidade é sinal de saúde em todas as idades

ÉDivulgação

Toda cirurgia tem suas indicações e contra-indicações

Divulgação

O importante é se sentir bem

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Pelo MUNDO Principais estudos e pesquisas realizados na área de saúde

Excesso de Aspirina pode causar perda auditiva

Relação entre dependência química e doenças psiquiátricas

Doenças cardíacas são menos prováveis em pessoas com sangue do tipo O

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos sugere que pessoas que têm o sangue do tipo O são menos suscetíveis a problemas cardíacos do que quem possui sangue A, B, e AB. O estudo, reali-zado por cientistas da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, em Boston, concluiu que as pessoas com o tipo sanguíneo mais raro, o AB, são as mais vulneráveis a doenças do coração. Para estas pessoas, a probabilidade de sofrer com doenças cardíacas é 23% maior do que para as pessoas com o tipo sanguíneo O.

A pesquisa também descobriu que para pessoas com sangue do tipo B o risco de doenças cardíacas aumentava em 11% e, para pessoas com sangue tipo A, o aumento era de 5%. Os pesquisadores não sabem a razão deste aumento de probabilidades. Eles vão agora analisar como os grupos sanguíneos reagem a um estilo de vida mais saudável.

Medicamentos à base de salicilato de sódio - substância comum em remédios para dor, inflamação e anticoagulantes como As-pirina (que tem a maior dosagem), Voltaren, Cataflan, AS, Sonrisal e Melhoral Infantil e seus respectivos genéricos - causam danos à audição e podem levar à surdez, se ingeridos em grande quantidade.

O diagnóstico é de uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

da USP. A perda auditiva pelo uso do princí-pio ativo já era conhecida no meio científico, embora isso não conste em nenhuma das em-balagens dos medicamentos citados vendidos a granel. No entanto, o informado era que as células auditivas danificadas se regeneravam entre 24 horas e 72 horas após a ingestão.

O estudo da USP mostrou que após sete dias, as cobaias (porquinhos-da-índia) ainda apresentavam lesões no aparelho auditivo.

Divulgação

Um estudo realizado pela Secreta-ria de Estado da Saúde sobre o perfil de 1,3 mil dependentes em álcool e drogas tratados nos últimos três anos na unidade estadual de álcool e dro-gas do Hospital Lacan, em São Bernar-do do Campo, revelou que 51% deles apresentavam doenças psiquiátricas como depressão, transtorno bipolar e transtorno obsessivo-compulsivo. Segundo o coordenador da área de saúde mental da Secretaria, o dado demonstra que os pacientes que

sofrem desses transtornos são mais vulneráveis à dependência química.

Para o psiquiatra, um indivíduo que sofre de depressão, por exemplo, tem chance mais elevada de tentar buscar drogas estimulantes ou abusar de bebidas alcoólicas. Por outro lado, o consumo de entorpecentes ou de álcool em excesso pode ter um forte impacto negativo, que vai além da saúde física do indivíduo, potencia-lizando as doenças psíquicas para as quais haja pré-disposição genética.

Divulgação

Exercícios iniciados na meia idade são benéficos Um estudo realizado na University

College London, na Inglaterra, demonstrou que mesmo uma pessoa que faça o primeiro exercício após os 40 anos consegue diminuir o risco de doença cardiovascular.

O estudo contou com a participação de mais de 4 mil pessoas, com idades entre 30 e 60 anos, que responderam a questionários sobre a quantidade de atividade física pratica-da e fizeram exames para medir os níveis de agentes inflamatórios no sangue. Segundo os pesquisadores, altas taxas desses marcadores inflamatórios são associadas a um aumento

nos riscos de doenças cardiovasculares. Após dez anos de estudo, os autores des-

cobriram que os participantes acostumados à atividade física moderada (duas horas e meia por semana) apresentaram índices me-nores de marcadores inflamatórios quando comparados com aqueles que praticaram exercícios por menos tempo ou que não fizeram nenhuma atividade. De acordo com os pesquisadores, esse é o primeiro estudo a mostrar que a atividade física reduz os problemas cardíacos para quem começa a prática na meia idade.

Divulgação

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:: ACUPUNTURA

Por Renato Bender CastroAcupuntura médica e anestologista com áea de atuação em dorCRM 16838

Técnicas intervencionistas no tratamento da dor

s técnicas intervencionistas diagnósticas e terapêuticas têm se desenvolvido muito nos

últimos anos, juntamente com a abordagem farmacológica e não farmacológica, consti-tuindo um dos muitos tratamentos da dor crônica. O National Uniform Clains Comittee, nos Estados Unidos, definiu o manejo inter-vencionista da dor como a disciplina médica direcionada ao diagnóstico e tratamento da dor e suas consequências, utilizando técnicas intervencionistas, com o objetivo de abordar a dor intratável e persistente, seja ela subaguda ou crônica, de uma forma isolada ou em con-junto com outras modalidades de tratamento.

Nos Estados Unidos, as técnicas inter-vencionistas são praticadas por várias espe-cialidades. No Brasil, entretanto, as técnicas intervencionistas são praticadas principalmen-te por anestesiologistas, neurocirurgiões e or-topedistas. É fundamental, para entendimento das modernas técnicas intervencionistas da dor, o conceito de que a dor é um sinal sen-

sitivo, transportada por fibras nervosas específicas, tratável, a princípio, através da interrupção em algum lugar das vias nervosas. O manejo intervencionista da dor está, portanto, embasado em uma base estrutural, mes-mo admitindo que a

dor crônica seja considerada uma desordem multifatorial, com várias etiologias, sendo muitas delas biopsicossociais. Podemos dividir estes procedimentos em dois grupos quanto à sua ação: neuroablação e neuromodulação. Os procedimentos neuroablativos são aqueles que não preservam o sistema nervoso. Como exemplos: bloqueios neurolíticos com agentes químicos, com aplicação de radiofrequência convencional, lesões nervosas em cirurgias a céu aberto, entre outras. A neuromodulação é a interrupção dinâmica e funcional das vias da dor. Os procedimentos neuromodulatórios preservam o sistema nervoso e incluem os implantes de sistemas de neuroestimulação – medular, cerebral ou de nervos periféricos –, de liberação espinhal de fármacos, e a aplicação de radiofrequência pulsátil.

Há preferência crescente pelos proce-dimentos menos destrutivos, na tentativa de diminuir complicações, como a dor por desaferentação ou por lesões não desejadas. Dentre as várias técnicas, destacam-se os bloqueios anestésicos (com ou sem corti-costeroides), aplicação de radiofrequência convencional ou pulsátil, neuroplastia pe-ridural percutânea, anuloplastias, descom-pressão discal percutânea, vertebroplastias, cifoplastias, aplicação de toxina botulínica, viscossuplementação intra-articular com ácido hialurônico, e a colocação de estimula-dores medulares ou de nervos periféricos e de bombas de infusão espinhal de fármacos. A aplicação de ozônio por diferentes vias, tais como intradiscal, intramuscular, peridural ou

sistêmica, pode ser uma excelente alternativa em pacientes selecionados. No Brasil, embora a ozonioterapia ainda seja considerada um procedimento experimental, é uma técnica amplamente utilizada na Europa. Em um futuro próximo, as terapias biológicas, como a aplicação de fatores de crescimento ou de células-tronco, devem fazer parte do arsenal terapêutico do intervencionista.

É importante lembrar que a grande maioria destas técnicas é realizada com anestesia local, possibilitando a utilização em pacientes cuja anestesia geral seria um risco a mais, além de permitir alta no mesmo dia.

A Divulgação

Divulgação

A dor é um sinal sensitivo tratável

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odos os meninos nascem com uma fimose fisiológica, natural, que é a incapacidade de retrair

o prepúcio (pele que recobre a glande pe-niana), de forma parcial ou total, devido às aderências da pele à glande, ou mesmo devido a um anel prepucial. A liberação des-tas aderências, assim como a retração desta pele, aumenta com a idade. Praticamente 90% dos meninos com três anos de idade já retraem completamente o prepúcio e 99% deles vão apresentar a resolução espontânea até a adolescência. Menos de 1% dos ado-lescentes necessitarão de procedimento ci-rúrgico, que é a circuncisão ou postectomia.

A parafimose é a formação de um anel fibrótico ou cicatricial no prepúcio, que

impede a exteriorização da glande. Muitas vezes esta parafimose é produzida nos meninos devido a uma tentativa exagerada de higiene, por parte dos pais, forçando a retração da pele. O tratamento para isto é a circuncisão. A tração forçada do prepúcio nunca deve ser realizada.

Existem alguns problemas relaciona-dos à presença de um prepúcio que são as infecções locais (balanopostites), infecções urinárias e o câncer de pênis. Os adultos geralmente apresentam uma parafimose adquirida, que pode ser decorrente de infec-ções (balanites ou balanopostites) penianas de repetição. Nos indivíduos adultos que têm balanites de repetição, este pode ser um sinal de diabetes mellitus. Os benefícios

da cirurgia incluem uma melhor higiene, menor risco de infecções locais e urinárias, prevenção das doenças sexualmente trans-missíveis e do câncer peniano.

Por Carlos Teodósio da RosUrologistaCRM 16962

Fimose e Postectomia:: UROLOGIA

Praticamente 90% dos meninos com três anos de idade já retraem completamente o prepúcio, e 99% deles vão apresentar a resolução espontânea até a adolescência

T

“Menos de 1% dos adolescentes necessitarão de procedimento cirúrgico, que é a circuncisão ou postectomia.

- Carlos da Ros

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:: REGIÃO

A especialidade de cada hospital

Instituto de Cardiologia (POA)

Especializado em doenças cardiológicas, oferece especialidades nas áreas de pediatria, fetal, cirurgia, arritmia, cardionuclear, tomografia computadorizada, enfermagem, epidemiologia, fisioterapia, hemodinâmica, métodos gráficos, psicologia clínica, nutrição, hemodiálise, radiologia, análises laboratoriais e conta com médicos de diversas especialidades como pneumologia, ginecologia e nefrologia.

Hospital Moinhos de Vento (POA)

O corpo de profissionais é composto, em sua maioria, por enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, médicos e dentistas, além de especialidades diferenciadas como o setor de Gerenciamento do Estresse, Núcleo de Neuromodulação (pacientes com movimentos involuntários), Unidade de Dor Torácica e acupuntura.

Hospital São Lucas da PUCRS (POA)

Abrange praticamente todas as especialidades médicas como proctologia, oncologia pediátrica, nefrologia, cirurgia da mão e clínicos gerais.

Hospital Divina Providência (POA)

Trata de todas as doenças pertinentes às especialidades de urologia, oncologia, cirurgia da obesidade, nefrologia, psiquiatria, reumatologia, pneumologia, traumatologia, acupuntura, cardiologia, clinica médica e geral, endocrinologia, ginecologia e obstetrícia e neurologia.

Padre Jeremias (Cachoeirinha)

Possui as especialidades de obstetrícia, ginecologia, pediatria, neonatologia, clínica médica, cirurgia geral e anestesiologia.

Dom João Becker (Gravataí)

Possui laboratório de análises clínicas, agência transfusional, eletrocardiograma, internação domiciliar, emergência 24h, oftalmologia, central de especialidades, centro cirúrgico, unidades de internação, clínica médica e cirúrgica, pediatria, obstetrícia, traumatologia e neurologia.

Hospital Cristo Redentor (POA)

É especializado em traumas e pessoas acidentadas, além de atender traumato-ortopedia, neurocirurgia, bucomaxilofacial, cirurgia plástica e queimados, cirurgia do trauma em geral, entre outros.

ocê já procurou um hospital e não teve seu problema resolvido ou foi

encaminhado para outra instituição? Isso acontece porque cada hospital possui uma especialidade específica, muitas vezes des-conhecida pela população em geral. Para responder essa dúvida, a revista Matéria de Saúde relacionou os principais hospitais da região e suas especialidades, confira:

V

Hospital Presidente Vargas (POA)

Atende serviços de ginecologia geral como, cirurgia ginecológica, DST, dor pélvica crônica, mastologia, planejamento familiar e infertilidade, serviços de pré-natal de baixo risco, de risco intermediário e de adolescentes, esquizofrenia, dependência química, transtornos de humor, ansiedade e terapia cognitiva.

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:: REGIÃO

Hospital Santa Casa de Misericórdia (POA)

O Complexo Hospitalar é integrado por sete hospitais, sendo dois gerais e cinco de especialidades:

• Ambulatório Central: atende doenças nas diversas especialidades como alergia e imunologia, cirurgia bucomaxilofacial, cirurgia geral, doenças trofoblásticas gestacionais, gastroenterologia, ginecologia e mastologia, infectologia, medicina interna, ambulatório de doenças do cabelo, nefrologia, neurologia, neurocirurgia, oftalmologia, otorrinolaringologia, proctologia, psiquiatria, reumatologia, transplante e traumato-ortopedia.

• Hospital São Francisco: além da cardiologia, o hospital tem as especialidades de cirurgia cardíaca, cirurgia geral, cirurgia plástica e microcirurgia reconstrutiva, coloproctologia, endocrinologia, gastroenterologia, ginecologia, hematologia, infectologia, medicina interna, nefrologia, neurologia, traumato-ortopedia e urologia.

• Hospital São José: neurologia e neurocirurgia.

• Pavilhão Pereira Filho: especializado em pneumologia clínica, cirurgia torácica e transplante pulmonar.

• Hospital Santa Rita: especializado em oncologia clínica e cirúrgica. Realiza também cirurgia da cabeça e do pescoço, coloproctologia, doenças trofoblásticas gestacionais, genética clínica, ginecologia e mastologia, hematologia, transplante de medula óssea e urologia.

• Hospital da Criança Santo Antônio: especializado em pediatria.

• Hospital Dom Vicente Scherer: tem o primeiro Centro de Transplantes de todos os tipos de órgãos da América Latina e também possui o Centro de Diagnósticos e Centro de Cirurgias Ambulatoriais.

Hospital Conceição (POA)

Oferece todas as especialidades de um hospital geral em seu ambulatório, na emergência e na internação.

Hospital Mãe de Deus (POA)

Atende todas as especialidades, porém os Institutos do Câncer, de Medicina Preventiva, Vascular, Saúde Mental, e de Transplantes são os de maior relevância.

Hospital Fêmina (POA)

Presta cuidados do pré-natal à gestante, faz o parto e trata do bebê e da mãe com alguma complicação, como hipertensão ou dependência química. Também atua no manejo de doenças femininas graves, a partir de sua prevenção, e de problemas ginecológicos em geral. Entre os destaques, está a Unidade de Reprodução Humana e o Banco de Leite Humano.

Hospital Ernesto Dornelles (POA)

Cirurgia do aparelho digestivo e cardiovascular, clínica médica e cardiológica, dermatologia, endocrinologia, gastroenterologia, oncologia, traumatologia e ortopedia são algumas das especialidades que existem no hospital.

Hospital de Clínicas (POA)

Tem 49 especialidades médicas e nove outras habilitações. O que a emergência atende: dor no peito ou infarto, derrame cerebral, dor abdominal com febre, hemorragia digestiva, falta de ar aguda, neoplasias, perda de consciência e alteração de sinais vitais. O que a emergência não atende: oftalmologia, otorrinolaringologia, psiquiatria, traumato-ortopedia, intoxicações, picadas de animais peçonhentos, acidentes em geral, constipação, dor de dente, dores musculares, dores crônicas, gripes e resfriados sem complicações.

Hospital de Pronto Socorro (POA)

O hospital conta com enfermeiros, dentistas, psicólogos, nutricionistas, bioquímicos, assistentes sociais, administrativos, auxiliares e técnicos de enfermagem, auxiliares de manutenção, além de médicos em 17 especialidades como ginecologia e obstetrícia, traumatologista, ortopedista e gastroenterologista.

Hospital Parque Belém (POA)

O hospital disponibiliza serviços como endoscopia, hemodiálise, hemodinâmica, laboratório de análises clínicas, radiologia e tomografia. Trata doenças de alta complexidade de especialidades como neurologia, neurocirurgia e traumatologia, além de também atender pacientes com dependência química e distúrbios psiquiátricos.

Hospital Banco de Olhos (POA)

Realiza exames oftalmológicos e tratamentos com aplicação a laser, biometria ótica e ultrassônica, angiografia, retinografia e ecografia ocular. Também atende casos de miopia, hipermetropia, astigmatismo, retina, catarata, estrabismo, glaucoma, plástica ocular, vias lacrimais e transplante de córnea.

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:: ESTÉTICA

uso de body piercing tem se tornado cada vez mais comum entre os jovens. O que parece ser

apenas um simples exercício de vaidade, sem os devidos cuidados, pode se tornar um sério problema de saúde. Pesquisas revelam que até 15% das pessoas que colocam piercing no corpo apresentam algum tipo de complicação e 1% precisa de internação hospitalar.

A pele é a principal defensora do nosso organismo. Ela forma uma espécie de bar-reira de proteção que impede as bactérias de invadirem o nosso corpo. Quando furamos essa barreira através de um piercing, estamos expondo nosso interior a germes que causam doenças. Em função disso. vale ter em mente o estado de saúde e o local onde será colocado o piercing antes de ir ao estúdio. Uma pesqui-sa publicada pela Universidade Northwes-tern, nos Estados Unidos, aponta que 20% dos furos geram infecções e sangramentos. O trabalho ainda acusa as áreas de maior risco — a boca e os genitais. O ideal é procu-rar um médico antes de fazer o piercing para que, se necessário, ele prescreva remédios capazes de prevenir o ataque das bactérias e possíveis queloides. Médicos afirmam ainda

que se o paciente estiver com a imunidade baixa, é aconselhado aguardar um período mais seguro.

Por que o piercing pode virar problema?• Língua e gengiva: A boca abriga um gran-de número de bactérias. O artigo de metal pode gerar infecções sérias e até estimular a periodontite.• Mamilo: É uma região sensível que, devido ao atrito com a roupa, tende a demorar para cicatrizar e produzir secreções• Umbigo: Zona mais úmida e de difícil hi-giene, propicia infecções constantes, inclusive por fungos.• Genitais: Áreas muito úmidas e colonizadas por microorganismos. Piercings ali causam in-fecções graves, a ponto de afetar a fertilidade.

Qual a diferença entre os materiais de um piercing?

Há vários tipos de materiais usados na fabricação desses adereços. A diferença está na aceitação de cada um deles pelo organismo. Os mais recomendados pelos médicos são o aço cirúrgico e o ouro, pois não irritam o local nem desencadeiam reações alérgicas.

Quais os cuidados necessários depois da colocação do piercing?

Em geral, é preciso ser rigoroso com a higienização da área e fazer uso de poma-das cicatrizantes e/ou antibióticos locais indicados por um especialista para evitar a contaminação por germes patogênicos. Outros cuidados importantes a se observar são: lavar as mãos com sabonete antiséptico antes de tocar o adereço; se o piercing estiver na língua é importante lavar a boca com anti-séptico bucal diluído em água após as refei-ções; limpar o piercing somente duas vezes por dia, na fase de cicatrização; não permitir que outras pessoas toquem no piercing sem lavar as mãos; evitar sauna, piscina, banho de mar, lagoa e excesso de sol; evitar roupas justas e sintéticas que fiquem em contato com o piercing e procure não ter contato com fluidos de outras pessoas, como suor, saliva, secreções, sangue, entre outros.

Deixe longe de seu piercing: cosméticos, bronzeadores, perfumes, roupas de cama suja, aparelhos de telefone ou qualquer objeto de uso público. As infecções são causadas pelo contato com bactérias e fungos que podem estar em qualquer lugar.

Os riscos do piercingO

Divulgação

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O leite é uma excelente fonte de cálcio

:: REGIÃO

Cine_Ideare traz reflexões entre profissionais

A Ideare Centro de Formação e Psicologia Aplicada, de Gravataí, pro-move há três anos o Cine_Ideare, que exibe um filme diferente a cada mês, para debate entre os profissionais de psicologia e demais interessados.

Para setembro, o filme escolhi-do foi “Cisne Negro”, que conta a história de uma bailarina que sofre problemas com sua mãe e pressão por parte de um exigente diretor. Com o tempo, a garota começa a enxergar uma concorrência desleal com suas colegas. Em meio a tudo isso, busca a perfeição nos ensaios para o maior desafio de sua carreira: interpretar a Rainha Cisne em uma adaptação

de “O Lago dos Cisnes”. A exibição acontece no dia 28 de setembro, às 15h, com comentários da psicóloga Ms. Izaura Franqui da Silva. O valor é R$ 5,00.

No mês de agosto foi exibido o filme “A mão que balança o berço”, que conta a história de um casal que encontra uma babá perfeita depois de muita procura. O problema é que, com o tempo, a mãe percebe que a babá está tentando tomar o seu lugar.

A Ideare fica na Rua Dom Felicia-no, 67, Gravataí. O fone para maiores informações é o 3488.4528. No perfil da instituição no Facebook é possível acompanhar a agenda de filmes.

Divulgação

O município de Gravataí lançou no início do mês o Programa de Controle Populacional de Cães, que tem como objetivo controlar o crescimento populacional dos cães abando-nados na cidade. As estimativas apontam que existem em Gravataí cerca de 50 mil animais domésticos. Destes, 30 mil são cachorros, sendo que aproximadamente 3 mil estão abandonados. O controle populacional desses animais diminuirá os maus tratos sofridos por eles e a proliferação de doenças. O programa irá instituir um sistema de identificação e cadastramento no município, por intermédio da microchipagem.

O projeto irá beneficiar os animais de rua e aqueles que o proprietário realmente não tem condições de arcar com as despesas. Para isso, o cidadão precisa estar cadastrado nos programas sociais da prefeitura. A Unidade de Controle de Zoonoses será responsável pela avaliação socioeconômica dos donos dos cães. Uma empresa contratada pelo município realizará o procedimento cirúrgico.

Gravataí lança programa de castração de cães

Divulgação

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Doação de órgãos

:: ESPECIAL

É importante informar o desejo de ser doador de órgãos, pois esta simples atitude pode significar o renascimento de outra pessoa

Kamyla Jardim

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A doação é um ato nobre, no qual a pessoa transfere a outra gratuitamente uma parte de si. Avaliando a importância do ser humano como doador, a revista Matéria de Saúde desenvolveu a campanha Doe-se, que seguirá ao longo de 2012, buscando ampliar e divulgar a maior qualidade do homem, a solidariedade.

No mês de maio, foi realizada a primeira ação da campanha sobre Doação de Sangue. Em junho, sobre Doação de Medula. E nesta edição da revista Matéria de Saúde, a reportagem especial trata sobre Doação de Órgãos. A próxima ação será em novembro, sobre Doação de Tempo.

sentimento de renovação de pacientes que ganham uma nova chance é tão

forte e inusitado que não importa quan-tas vezes se fale sobre o assunto. Muitos afirmam que é clichê falar sobre doação no mês nacional da doação de órgãos e tecidos. Entretanto, contar histórias de pessoas que afirmam ter renascido depois de passarem por sérios problemas de saúde é sempre importante.Daniela, Valéria e Mirian se conheceram por um acaso do destino e a vida realmente toma caminhos estranhos para formar ami-zades duradouras. Ambas tinham Doença Renal Crônica (DRC) e estavam na fila para conseguirem um transplante de rim. Os sonhos, questionamentos e desejos das três amigas foram compartilhados ao longo de meses durante o tratamento “na máquina” da clínica Nefrocor, como mencionam elas, e hoje, ambas com um novo rim, podem relembrar e comemorar juntas a nova vida.

Samantha Oliveira (CRM 30887), médi-ca da clínica Nefrocor, explica que a DRC

O

“Tento passar o máximo de tempo que posso com meus netos. Percebi que a doença não afetou somente a mim, mas a minha filha, por exemplo, é muito mais presente e preocupada comigo do que nunca

Mirian Bauerman

vem se tornando cada vez mais prevalente em nosso meio. “Diversas são as causas de disfunção renal, sendo as principais a hipertensão arterial sistêmica e o dia-bete mellitus. Doenças renais primárias também são importantes causas de DRC, especialmente a doença renal policística, que muitas vezes acomete vários membros de uma mesma família”, revela.

Inicialmente é realizado o dito trata-mento conservador para a doença renal crônica, com otimização do manejo das doenças de base e controle das complica-ções. Contudo, mesmo com uma terapia adequada, muitos casos evoluem para doença renal terminal. Então, o tratamen-to indicado é a terapia renal substitutiva: diálise ou o transplante renal.

A médica Samantha afirma que o transplante renal é o melhor tratamento disponível para a doença renal crônica terminal. Além da melhor qualidade de vida implicada, há melhora nos índices de sobrevida, em relação aos pacientes submetidos à diálise. A diálise é um pro-cesso artificial que serve para retirar, por filtração, todas as substâncias indesejáveis acumuladas pela insuficiência renal crô-nica. Pode ser feito usando a membrana filtrante do rim artificial ou da membrana peritoneal. Portanto, existem dois tipos de diálise: a peritoneal e a hemodiálise.

Foi durante a hemodiálise que as três pacientes se conheceram. Daniela é a mais nova do grupo, com apenas 28 anos, destaca-se entre as amigas por seu jeito de-sinibido e falante. Gosta de estar perto das pessoas, de conversar e de ajudar, inclusive fez questão que a entrevista acontecesse na sua casa. Quando as três se encontraram naquela manhã de terça-feira, a conversa não demorou a seguir para as recordações dos antigos colegas de tratamento. “O seu Jorge faleceu, não aguentou”, comenta Valéria. Entretanto, para as três amigas que já vivenciaram tantas perdas ao longo

do tratamento, o falecimento do seu Jorge se dá como algo natural. Em seguida, elas mudam de assunto, comentando sobre as dificuldades da diálise.

Tímida e delicada, Mirian relata que sempre se cuidou durante o tratamento, não bebia muito líquido e eliminou to-talmente o sal e açúcar da sua dieta. “Se alguém vai lá em casa me visitar eu tenho que sair para comprar açúcar e servir no café, porque eu não consumo mais”, con-ta. Mirian já tem seus cabelos brancos, e quando indagada sobre a idade, ela brinca afirmando que já nem lembra mais quantos anos tem.

Os filhos e netos são o que fortalecem o cuidado de Mirian. Ela comenta que depois de anos na espera por um novo rim, deu mais importância ao convívio familiar. “Tento passar o máximo de tempo que pos-so com meus netos. Percebi que a doença não afetou somente a mim, mas a minha filha, por exemplo, é muito mais presente e preocupada comigo do que nunca”, revela.

Kamyla Jardim

Mirian Bauerman

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Mirian começou a hemodiálise em 2006, porque o seu rim foi prejudicado pela hipertensão. Preocupada com a saú-de dos filhos, ela não quis doadores da família e entrou na fila para o transplante. Mirian recebeu o rim de uma doadora da Bahia, provando que toda a esperança depositada em uma nova chance não tinha sido em vão.

Diferente de Mirian, Valéria tentou encontrar um doador na família, mas as restrições e os problemas de saúde de seus familiares fizeram com que ela também entrasse para a fila do transplante. Com apenas nove anos, Valéria já apresentava problemas renais. Com pouco conheci-mento sobre os riscos da doença e sem as devidas prevenções, aos 36 anos, a situação ficou ainda mais grave.

Ao longo da espera do doador compa-tível, Valéria seguiu fazendo hemodiálise três vezes por semana. A médica Saman-tha revela que quando há um doador vivo relacionado compatível e disposto a doar um rim, o paciente renal crônico não necessita realizar sequer uma sessão

de diálise. Se bem monitorado, conforme progressão da piora da função renal, o paciente e o doador são preparados e a cirurgia é realizada. Este é o chamado transplante preemptivo. Entretanto, em muitos casos o doente renal crônico não tem um doador compatível, ou seus fami-liares também apresentam alguma doença que impede a doação de um rim, como foi o caso de Valéria. Então, a terapia inicial é a diálise.

Valéria conta que como em qualquer tratamento, o paciente se sente um pouco mal, mas o desconforto é tolerável. En-tretando, segundo ela, a pior parte era a proibição de ingerir líquidos. “Eu sentia muita sede, não aguentava, por isso tive muitos problemas durante do tratamento, ficava muito inchada”, conta.

A rotina da hemodiálise seguiu por um ano e meio, e, ao longo, deste tempo, Valéria foi chamada cinco vezes para o transplante com doadores compatíveis. Em função de estar doente ou viajando no momento em que avisaram, Valéria só conseguiu fazer o transplante com o 5º doador.

Valéria revela que ficou muito satisfei-ta e que hoje se sente com uma nova vida. “Eu imaginava que ia ficar sempre doente, mesmo depois do transplante, mas não é assim, me sinto renovada”, descreve. Com relação às amizades adquiridas durante o tratamento, Valéria afirma que além do carinho pelos colegas da hemodiálise, ela criou um sentimento muito forte com a Nefrocor. “A clínica é maravilhosa, é impossível não se apegar aos médicos e enfermeiros, só tenho a agradecer por tudo que fizeram por mim”, afirma.

Em meio à entrevista, o despertador de Daniela toca, as três se olham e comentam: “Hora do remédio”. Mesmo não se vendo mais três vezes por semana, a rotina das amigas continua semelhante. Por um tempo a conversa foge para a quantida-de de remédios que elas tomam no dia, basicamente os mesmos e nos mesmos horários. “No início eu me confundia um pouco com os horários dos remédios, mas

a gente acostuma, afinal é pra toda a vida”, afirma Daniela.

Sendo a mais jovem do grupo, Daniela leva alguns puxões de orelha das amigas. Valéria e Mirian contam que ela não cuida-va da alimentação ao longo do tratamento e que inclusive levava lanchinhos para a hemodiálise. Hoje com 28 anos, Daniela relembra que ficou três anos na espera de um doador, porque os seus familiares não foram compatíveis.

Preocupado com debilitação durante o tratamento, o marido de Daniela se propôs a ser o doador. Depois dos testes de compatibilidade, o casal pode fortale-cer ainda mais o relacionamento com a doação do órgão. Daniela afirma que não tem palavras para agradecer a atitude do marido, pois já tinha perdido as esperan-ças de encontrar um doador. “Ele estava muito nervoso com o transplante, mas ao mesmo tempo não queria que eu sofresse mais e fez essa prova de amor que jamais esquecerei”, revela.

Com exceção do caso de Daniela, que recebeu o órgão de um doador vivo, as outras duas amigas tiveram a vida reno-

“Eu sentia muita sede, não aguentava, por isso tive muitos problemas ao longo do tratamento, ficava muito inchada. Imaginava que ia ficar sempre doente, mesmo depois do transplante, mas não é assim, me sinto renovada

Valéria Joras

Kamyla Jardim

Valéria Joras

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| setembro de 2012 | 19 www.revistamateriadesaude.com.br |

vada por outra vida que se foi. Isso pode chocar alguns, mas provavelmente os doadores da Valéria e da Mirian salvaram outras pessoas por, ainda em vida, terem se declarado doadores de órgãos e tecidos. Uma atitude simples que pode significar o renascimento de alguém.

As três amigas finalizam a conversa demonstrando o quanto sabem que são privilegiadas pelo transplante e men-cionam o exemplo de uma paciente que teve rejeição em dois transplantes e faz hemodiálise há 30 anos. “Nós só temos que agradecer essa nova chance. Quando estávamos na máquina, nós sonhamos tanta coisa e agora é o momento de re-alizar e aproveitar a nova vida”, afirma Valéria.

A doação:A doação de órgãos vem crescendo

no Brasil. Diversas campanhas têm sido realizadas para que a população pense e discuta sobre o tema. E o conceito de morte encefálica é importante neste contexto. A médica Samantha revela que

para que os órgãos possam ser doados, eles precisam estar funcionantes e saudáveis. É necessário que o coração esteja batendo, para perfundir (nutrir) cada órgão até o mo-mento de sua retirada. Isto ocorre quando o paciente sofre um traumatismo crânio encefálico grave ou um acidente vascular cerebral extenso que provoque edema (inchaço) cerebral tão importante que im-peça a vascularização do cérebro. Quando o cérebro não recebe vascularização, suas funções esgotam-se e até os reflexos mais primordiais são perdidos.

Extintas as funções cerebrais, o pacien-te permanece em coma. Então são feitos testes clínicos específicos para diagnóstico da morte encefálica. Dois testes se fazem necessários, sendo que pelo menos um deve ser realizado por um neurologista e o intervalo entre os dois testes deve ser de pelo menos 6 horas.

Caso os dois testes confirmem a morte encefálica, um exame complementar é realizado para fechar o diagnóstico, de-monstrando ausência completa de função cerebral. Se isso ocorre, está detectado o óbito e surge um potencial doador. A famí-

lia é informada e, após, questionada sobre a possibilidade de doação. Se o paciente declarou em vida essa vontade, a decisão da família é facilitada, por isso é importante que todas as pessoas informem o desejo de ser doador.

Samantha afirma que o rim tolera um período prolongado de isquemia (fora do corpo). Idealmente, deve ser transplantado em até 24 horas, mas quanto mais cedo melhor e maiores são as chances deste rim já funcionar imediatamente.

“A Nefrocor tem como objetivo maior o bem-estar de seus pacientes. Como o transplante renal melhora a quali-dade de vida e também os índices de sobrevida do doente renal crônico, procuramos encaminhar todos nossos pacientes para avaliação com o centro transplantador, a fim de listar os mes-mos para espera de um rim ou mesmo avaliar possibilidade de conseguir um doador vivo relacionado. Em 2011 foram oito transplantes e neste ano já foram oito transplantes até o dia 29 de agosto, o que evidencia uma crescente nos nossos índices.

Samantha Oliveira

Kamyla Jardim

Kamyla Jardim

Daniela Cassol

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:: REGIÃO

Cachoeirinha conta com o Núcleo de Apoio ao Paciente Estomizado

Cachoeirinha passou a contar, desde agosto, com um Núcleo de Apoio ao Paciente Estomizado. O primeiro encontro aconteceu no Centro de Especialidades Clínicas sob a coordenação da enfermeira Cristina Fontoura Marques e colaboração das técnicas de enfer-magem Cintia Fenner, Tatiane de Souza, Sara Schultz e Sabrina Tonial. Na oportunidade, as profissionais da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) falaram sobre sistema digestivo, urinário e quando a estomia é realizada.

O Núcleo tem como objetivo partilhar sentimentos de adaptação entre os estomi-zados, prestar assistência mútua às pessoas submetidas à cirurgia de estomia do intestino e vias urinárias, promover e divulgar méto-dos para cuidar dos problemas, complicações e higiene das estomias e seu funcionamento, divulgar conhecimentos sobre as principais

doenças gastrointestinais e urológicas relacio-nadas com as estomias e prestar assistência de apoio psicossocial, médico, nutricional e de enfermagem aos pacientes.

O primeiro encontro do Núcleo contou com a participação de aproximadamente 20 pacientes e o próximo ficou marcado para o dia 26 de setembro. Na oportunidade, será debatido como se dará a participação do Núcleo na X Jornada Gaúcha de Estomizados e III Jornada de Incontinentes Urinários e Fecais do Rio Grande do Sul, que acontece no dia 5 de outubro.

Sobre a estomia: a estomia é uma cirurgia que traz uma porção do intestino grosso ou íleo para uma abertura criada no abdômen. Os efluentes urinários ou intestinais são, então, eliminados e coletados em um equi-pamento próprio para estomia.

O Núcleo irá partilhar sentimentos de adaptação entre os estomizados, prestar assistência mútua às pessoas submetidas à cirurgia de estomia do intestino e vias urinárias, divulgar conhecimentos sobre as principais doenças gastrointestinais e urológicas relacionadas e prestar assistência de apoio psicossocial, médico, nutricional e de enfermagem aos pacientes.

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:: ORTOPEDIA

Terapia por ondas de choque (T.O.C.)

Trata-se de uma técnica moderna de tratamento de doenças inflamatórias crônicas de ombro, joelho, pé, tornozelo e quadril, para pacientes que não obtiveram resultados satisfatórios com tratamentos convencionais, tais como medicamentos, fisioterapias e acupuntura.

É utilizado um aparelho de uso médico, que emite ondas sonoras (não se trata de choque elétrico) no local indicado. O objeti-vo é a quebra de eventuais calcificações de tendões, neovascularização (aumento da circulação sanguínea dos tecidos doentes) e redução da inflamação local, reduzindo dores e conferindo ao paciente melhora da função e da qualidade de vida). A taxa de bons resultados varia de 60 à 85%, confor-me estudos recentes.

Em casos bem selecionados, é eficaz para uso em medicina esportiva e trata-mento de pseudoartrose (método auxiliar para tratamento de fraturas que não con-solidam).

Doenças tratadas com T.O.C.: • Tendinites crônicas de ombro • Tendinite calcárea (com calcificação) do ombro, cotovelo, joelho, quadril e pé• Epicondilite (cotovelo)• Bursite crônica de ombro e quadril• Fasceíte plantar (pé)• Esporão de calcâneo• Tendinite patelar (joelho). • Retardo de consolidação de fraturas / pseudoartrose• Dores nas costas causadas por pontos em gatilho / pontos miofasciais

Recentemente, estudos tem demostra-do a eficácia do uso da terapia para retardo

de consolidação de fraturas e controle das dores miofasciais / pontos em gatilho na região dorsolombar (costas).

É necessária internação hospitalar após uma sessão de T.O.C.?

Não. Na grande maioria das vezes, logo que a sessão termina, o paciente já pode ir para casa ou trabalho. Lembre que as aplicações são realizadas sob supervisão médica, sempre por profissional devida-mente treinado e capacitado.

Quais os efeitos colaterais?São raros os efeitos colaterais. Pode

ocorrer dor local, vermelhidão e aumento da sensibilidade da pele.

Para maiores informações, consulte seu ortopedista, pois ele é o profissional mais capacitado para lhe prestar orien-tações.

Por Marcelo Leal Tafas Ortopedista e TraumatologistaCRM 26364

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:: PSICOLOGIA

A busca constante pelo corpo forte e musculoso é a principal característica do recente transtorno chamado de Vigorexia

A

Vigorexia:

cultura atual incenti-va os jovens a busca-rem um padrão de

beleza estabelecido nas mídias. Novelas, filmes, propagandas exaltam a imagem do corpo perfeito: homens musculosos e mulheres esbeltas. Entretanto, a falta de informação, combi-nada com o desejo de atingir determinado padrão de beleza, é a principal causa para o desen-volvimento de transtornos como a Vigorexia.

De acordo com a psicóloga Tatiane Cunha (CRP 07/11997), a Vigorexia é uma das mais recentes patologias emocionais estimula-das pela cultura, e ainda nem foi catalogada como doença específi-ca pelos manuais de classificação médica (CID.10 e DSM.IV). Ao contrário da Anorexia Nervosa, a Vigorexia é mais comum no sexo masculino, tendo como caracte-rística principal o desejo de ficar cada vez mais musculoso e forte, com dependência exagerada de exercícios físicos e uso de anabo-lizantes em busca de um corpo perfeito. “Os portadores de Vigo-rexia vivem numa busca excessiva de se tornar o modelo de homem moderno, com um corpo definido, musculoso e desejado pelas mu-lheres. É um fanatismo tão grande a ponto de exigir constantemente de seu corpo, sem a preocupação com eventuais consequências ou contraindicações. Nunca se sentem satisfeitos ou se acham su-ficientemente musculosos, tendo

uma distorção da autoimagem, desenvolvendo uma obsessão fixada na questão muscular”, descreve Tatiane.

Muitos jovens frequentadores assíduos das academias apre-sentam sintomas característicos da Vigorexia, porém, raramente o vigoréxico admite que precisa de ajuda. Antes de procurarem por tratamento, a maioria precisa passar por situações complicadas para se conscientizarem dos ma-les. A psicóloga explica que os critérios de diagnóstico para a Vigorexia ainda não estão clara-mente estabelecidos por tratar-se de um transtorno atual. O sinto-ma central parece ser uma dis-torção na percepção do próprio corpo e deste sintoma decorrem os demais, assim como ocorre nos transtornos alimentares como Anorexia, Bulimia e a Compul-são Alimentar. “Os sintomas da Vigorexia se evidenciam pela ob-sessão do indivíduo em tornar-se musculoso. Essas pessoas olham-se constantemente no espelho e, apesar de musculosos, podem ver-se enfraquecidos ou distantes de seus ideais. Sentem-se sempre insatisfeitos, e isso faz com que eles invistam todas as horas pos-síveis em exercícios e ginásticas para aumentar sua musculatura. Além da obsessão por um corpo perfeito, a Vigorexia também produz uma importante mudan-ça nos hábitos alimentares, pois geralmente suas dietas minucio-samente reguladas são ineficazes

Divulgação

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:: PSICOLOGIA

a obsessão por músculosà saúde”, ressalta Tatiane.

A psicóloga explica que os sintomas mais comuns são as preocupações exage-radas com o próprio corpo, as tendências obsessivas compulsivas, a distorção da imagem corporal, a baixa autoestima, o estresse, a irritação, o desinteresse sexual, a personalidade introvertida, a tendência à automedicação, as modificações da dieta, a compulsão aos exercícios físicos e a obsessão pela musculatura. Quando o transtorno está mais avançado, geralmente quando o vigoré-xico começa a se dar conta, surgem sintomas como vômitos, náuseas, palpitação e aumen-to da pressão, muitas vezes confundidos com mal-estares passageiros ou resultado da sobrecarga de exercícios. Tatiane explica que quando associado ao uso indiscriminado de substâncias químicas, pode surgir disfunção erétil, crescimento das glândulas mamárias, problemas vasculares, cardíacos, hepáticos, entre outros.

A compulsão por academias e o aparen-te desejo de praticar uma atividade física saudável, pode mascarar o transtorno. A Vigorexia compromete a vida do indivíduo de forma intensa. Surgem sentimentos de inferioridade, pela autoexigência e pela dedicação desmedida aos treinos, cirurgias plásticas, procedimentos estéticos, entre ou-tros. Além disso, a busca por músculos pode provocar um progressivo desinvestimento na vida emocional, social e ocupacional, dores e lesões físicas e uso de substâncias que causarão outros riscos para a saúde. Ta-tiane ressalta que é comum que a Vigorexia

tenha início na adolescência, período onde, naturalmente, as pessoas tendem a ser insa-tisfeitas com o próprio corpo e se submetem mais às exigências da cultura. “Na adoles-cência existe uma pressão para as meninas se manterem magras e uma cobrança para que os meninos fiquem fortes e musculosos. A identificação da Vigorexia precocemente é de suma importância no sentido de evitar que os adolescentes façam uso de drogas para obter os resultados desejados ou fan-tasiados”, salienta.

O tratamento da Vigorexia ainda não foi definido, porém Tatiane explica que o transtorno tem cura e, como muitos outros, quanto antes forem identificados e tratados devidamente por profissionais qualificados, maiores são as possibilidades de sucesso no tratamento. “Não há descrição do tratamen-to para Vigorexia ou Síndrome de Adônis ou ainda Transtorno Dismórfico Muscular, contudo o auxílio consiste na psicoterapia multidisciplinar com psicólogos, nutricio-nistas e outras especialidades médicas como, por exemplo, a psiquiatria. Caso o indivíduo faça uso de esteroides e anabolizantes, a interrupção deve ser sugerida imediata-mente”, revela.

A psicóloga Tatiane ainda ressalta que a Vigorexia é um tema pouco debatido na sociedade, mas que deveria ser alarmado para que as pessoas tenham consciência dos riscos deste transtorno. “Acredito que primeiro a pessoa deve procurar entender os principais motivos deste sentimento de insatisfação consigo mesmo e até de infe-

“Além da obsessão por um corpo perfeito, a Vigorexia também produz uma importante mudança nos hábitos alimentares, pois geralmente suas dietas são minuciosamente reguladas e ineficazes a saúde

Tatiane CostaPsicóloga

rioridade. Tentar compreender que tudo o que é feito em exagero ganha um aspecto de fanatismo e empobrece outras áreas da vida. Preocupo-me em compartilhar com todos, sob um viés psicanalítico, que quando estamos frente a uma pessoa com Vigorexia devemos prestar atenção para além dos sintomas, pois eles alertam para possíveis feridas na autoestima, que além de causar sofrimento psíquico, podem levar a danos psíquicos, físicos e sociais”, afirma a psicóloga, que finaliza destacando: “a atividade física é importante para atingir qualidade de vida e deve ser praticada com orientação profissional, objetivando principalmente a saúde”.

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:: REGIÃO

O sobrepeso atinge 48,5% dos brasileiros, conforme um estudo realizado pelo Ministério da Saúde em 2011. Com o objetivo de combater esta realidade alarmante, o município de Cachoeirinha desenvolve um projeto chamado Grupo de Peso, coordenado pela nutróloga e gerontologista biomédica Laura Mariano da Rocha. O primeiro encontro do grupo ocorreu em agosto, no Centro de Especialidades Clínicas (CEC) e começou com uma caminhada, seguida de um café da manhã com frutas, pão integral e suco, além de uma palestra sobre autoestima e doenças causadas pela obesidade. Serão quatro grupos de 15 pessoas, cada um se encontrará uma vez por mês, sempre às quintas-feiras.

A formação destes grupos surgiu de consultas prévias com um clínico geral e com a nutróloga Laura, nas quais foram ava-liadas as especificidades de cada caso e a necessidade da cirurgia bariátrica (redução de estômago), já que todos os participantes do Grupo de Peso são obesos mórbidos. É considerado obeso mórbido quem tem o IMC (Índice de Massa Corporal) acima de

Combate à obesidade

40. O IMC é definido pelo cálculo do peso dividido sobre a altura ao quadrado. Para quem se interessar em participar do grupo, é preciso uma avaliação médica, que indique o grau de obesidade e as soluções possíveis.

A ideia central do Grupo de Peso é gerar uma mudança no estilo de vida dos participantes, através da alimentação e da ati-vidade física. O emagrecimento será uma consequência natural disso. Laura salienta que a motivação de cada um é a base para atingir tal propósito. “Eu oriento, mas depende deles quererem de fato adotar novos hábitos no seu dia-a-dia e de forma per-manente”, reforça. Um exemplo para o grupo é Lilian Vargas Sperb, que mesmo antes de os encontros começarem, perdeu 6,5kg somente com as orientações nas consultas com Laura. “Se todos seguirem o exemplo da Lilian, é possível que muitos nem precisem da cirurgia bariátrica”, analisa a nutróloga.

Com o objetivo de combater a realidade alarmante da obesidade, o município de Cachoeirinha desenvolveu um projeto chamado Grupo de Peso

Divulgação

É considerado obeso mórbido quem tem o IMC acima de 40

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:: ODONTOLOGIA

Implantando sorrisos Um sonho que requer cuidados

perda de um ou mais dentes é um problema que afeta, infelizmente,

milhões de brasileiros e traz uma sé-rie de problemas para a vida e a saúde das pessoas. De imediato, prejudica a mastigação, a fala e a sociabilidade do indivíduo, tirando sua confiança ao falar, comer ou sorrir. Em médio pra-zo, prejudica a configuração de todos os dentes da boca, já que a perda de um deles provoca um deslocamento lento dos outros dentes, modificando o que, popularmente, chamamos de mordida, a posição dos dentes na boca. Em longo prazo, problemas ósseos e de gengiva podem surgir. Entretanto, graças aos avanços da odontologia, hoje existem modernas técnicas de implante dentário que permitem corrigir essas perdas e restaurar a capacidade de mastigar, falar, sorrir e conviver.

Com o surgimento das técnicas de implante dentário, aqueles pa-cientes indicados para o tratamento puderam contar com uma solução definitiva, mais adequada e prática para seu problema. Contudo vários detalhes devem ser observados para alcançar este objetivo, fatores estes que foram mudando com o passar dos tempos:

• Os tipos de implantes: nacionais e importados.• Se o paciente é fumante. Neste caso, devemos utilizar implantes que calcificam mais rápidos para diminuir riscos.• O comprimento e espessura óssea, que devem ser considerados devido a extensão da prótese.• Se o profissional é especialista e regis-trado no conselho de odontologia.

Além desses fatores já citados, outro importante é que o procedi-mento seja realizado em uma clínica moderna e bem equipada. Um dos fatores mais importantes que a pessoa deve levar em conta na hora de escolher o profissional é o seu tempo de permanência na clínica e na cidade. Quanto maior o seu vín-culo com a cidade e o seu tempo de experiência maior será a segurança do paciente na hora da realização dos implantes. Este procedimento necessita de revisões e ajustes peri-ódicos, por isso, o histórico profis-sional é importantíssimo. O paciente não pode correr o risco de voltar ao consultório e não encontrar mais o profissional que executou o serviço. Vale a pena dedicar tempo e pedir as credenciais do dentista, já que um bom implante é para toda a vida.

Por Luis Augusto GirardiCirurgião dentistaCFO: RS-CD-10082

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26 | setembro de 2012 | | www.revistamateriadesaude.com.br

:: BELEZA

Descendo do salto sem perder o charme

N inguém pode negar a beleza que um sapato de salto alto traz para o visual de uma mu-

lher. Para algumas pode ser um acessório desconfortável; para outras, no entanto, sentir algum desconforto é um sacrifício justificável pela beleza. Esse desconforto pode até desaparecer com o tempo, pois o corpo se acostuma com o uso do salto. Porém, pesquisas e médicos afirmam que é justamente aí que mora o perigo.

Para ser considerado de salto alto, um calçado deve ter mais de 4 centímetros de salto. De acordo com a fisioterapeuta Karyne Jardim Medeiros (CREFITO5 125401-F), os saltos muito altos não dão estabilidade ao corpo, pois mudam o centro de gravidade pra frente. “Conse-quentemente, para evitar a queda, o corpo realiza alterações posturais compensató-rias, como anteversão da pelve, aumento da lordose lombar, hiperextensão dos joe-lhos e aumento da pressão sobre a região anterior do pé (antepé). A longo prazo, essas compensações podem causar dores na coluna vertebral e membros inferiores, encurtamento muscular e possíveis entor-ses de tornozelo devido à instabilidade”, explica.

Quem sentiu essas alterações na pele, ou melhor, nos pés, foi Daiane Costa. A estudante conta que aos 15 anos adotou o salto alto, seja no dia-a-dia ou em festas. Hoje, aos 28 anos, seu pé já é bem curva-do, seu músculo da panturrilha sofreu encurtamento e, devido ao uso frequente de scarpins, já está com joanete. “Eu já usei tanto salto alto que hoje, quando coloco um tênis, sinto dor e preciso utilizar uma palmilha mais alta para me sentir mais confortável”, conta.

As mulheres que utilizam salto alto mais de três vezes na semana e por mais de

Durante a fase de crescimento, o salto pode gerar uma sobrecarga no esqueleto, ainda imaturo, causando graves alterações posturais e deformação principalmente na coluna.

Karyne MedeirosFisioterapeuta

4h consecutivas são consideradas usuárias de salto e têm maior risco de sofrerem problemas de saúde. Um estudo realizado em Minas Gerais com 100 jovens entre 13 e 20 anos, mostrou que, quanto mais pre-coce se inicia o uso desse tipo de sapato, maior é a chance de desenvolvimento de problemas na coluna, de mudanças na rotação do osso da pelve (o bumbum fica “empinado”), além de provocar a aproximação dos joelhos e afastamento dos pés. A pesquisa comprovou que o uso frequente pode trazer problemas em qualquer idade, porém, quanto mais nova a menina, maiores as chances de proble-

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27 | setembro de 2012 | | www.revistamateriadesaude.com.br27 | maio de 2012 | 27 | março de 2012 |

O desconforto causado pelo uso do salto pode até desaparecer com o tempo, pois o corpo se acostuma. Porém, pesquisas e médicos afirmam que é justamente aí que mora o perigosem perder o charme mas no futuro, especialmente porque sapatos de salto alto interferem na fase de crescimento ósseo. “Durante a fase de crescimento, o salto pode gerar uma sobrecarga no esqueleto, ainda imaturo, causando graves alterações posturais e deformação principalmente na coluna. Uma vez consolidadas, algumas alterações são irreversíveis”, alerta Karyne. Na fase adulta, o uso frequente pode acarre-tar doenças articulares inflamatórias e acelerar processos degenerativos. Já entre os idosos, a profissional explica que pode haver agravamento da degeneração articular e alteração de equilíbrio, já causados naturalmente pelo envelhecimento.

A fisioterapeuta ressalta, no en-tanto, que os calçados de salto alto não precisam ser abolidos da rotina da mulherada, mas podem ser utili-zados de forma consciente, em dias intercalados, por exemplo. Naqueles em que a mulher não for andar mui-to, o salto pode ser a opção. Porém, quando o dia for muito agitado, é melhor optar por um calçado com menos de 4 centímetros de salto ou ainda um tênis. Estão recomenda-dos ainda os modelos com bico e salto quadrado, que oferecem maior estabilidade e conforto, e aqueles com salto plataforma, porque dis-

tribuem melhor o peso do corpo. Os de salto fino, pelo contrário, causam desequilíbrio, pois o salto ocupa uma pequena porção do calcanhar. O ideal é utilizar calçados confortáveis e com 2 a 3 centímetros de salto. Nesse sentido, as rasteirinhas também são contraindicadas, pois o peso corporal permanece localizado no calcanhar.

Como tratamento dos prejuízos causados pelo salto alto e como pre-venção, Karyne explica que a fisiote-rapia e o pilates podem auxiliar no trabalho de conscientização postural, no reforço muscular para amenizar possíveis alterações e no aumento da flexibilidade das musculaturas encurtadas. “A prática de atividade física, principalmente de exercícios de alongamento, pode ajudar a evitar encurtamentos musculares”, recomenda a profissional.

:: BELEZA

Na hora da coMpra• Não tente usar sapatos menores do que o seu pé. Compre sempre o seu número;• Sempre calce os dois pés do calçado, pois normalmente um pé é maior que o outro;• O calçado não deve ser de material duro; • O melhor horário para comprar calçados é no final da tarde ou à noite, pois os pés incham durante o dia, o que pode atrapalhar na escolha do modelo mais confortável;• Modelos de plástico não deixam o pé respirar e podem trazer micoses; • Não acredite que o sapato vai lacear. No momento da compra ele deve estar o mais confortável possível;• Se o sapato causa incômodo ao seu pé, não compre apenas pela beleza.

Helino Photos

Page 28: Matéria de Saúde - 15ª edição

28 | setembro de 2012 | | www.revistamateriadesaude.com.br

:: PSIQUIATRIA

Prevenindo os riscos de suicídio

dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. O índice brasileiro

é de 4,9 suicídios para cada grupo de 100 mil habitantes. Nosso estado possui os índices mais altos: 11 para cada grupo de 100 mil habitantes e Porto Alegre é a capital com maior taxa (11,9/100 mil). Este é um assunto, na maioria das vezes, evitado, mas nosso objetivo aqui é esclarecer alguns tópicos, para que através do conhecimento possamos reconhecer a presença do risco de suicídio e, assim, preveni-lo.

O suicídio é um ato intencional na qual a vítima age com o objetivo de provocar sua própria morte. Ele pode ocorrer de modo direto ou indireto (por exemplo, dirigir repetidamente alcoolizado e assim assumir o risco de provocar acidente).

Diversos mitos envolvem o suicídio, mas os principais são de que os pacientes que falam em se matar raramente o fazem e de que falar sobre suicídio pode provo-car atos suicidas. No entanto, a realidade mostra o contrário. Primeiro, pacientes que cometem suicídio normalmente dão alguma pista ou aviso antecipadamente e as ame-aças devem ser levadas a sério. Segundo, perguntar sobre suicídio frequentemente reduz a ansiedade a respeito deste tema, pois o paciente pode se sentir aliviado e melhor compreendido.

Os pacientes com maior risco de come-ter atos suicidas são aqueles que possuem

transtornos psiquiátricos (geralmente depressão, alcoolismo e transtornos de personalidade); doenças físicas (doenças terminais, dolorosas ou debilitantes, AIDS); com histórico de tentativas de suicídio; com história familiar de suicídio, alcoolismo e/ou outros transtornos psiquiátricos; que vivem sozinhos, que sofreram perdas, além de desempregados ou aposentados. É im-portante que os familiares e amigos fiquem alertas a frases do tipo “eu preferia estar morto”, “eu não posso fazer nada”, “eu não aguento mais”, “eu sou um perdedor e um peso para os outros”, “os outros vão ser mais felizes sem mim”.

Algumas vezes, a tentativa de suicídio parece ter outro objetivo que não a morte. Este objetivo, denominado de ganho se-cundário, pode ser um aumento da atenção dos familiares, amigos ou outras pessoas importantes para o paciente, por exemplo. Em tentativas sem outro ganho esperado, além da morte, o potencial para uma nova tentativa, desta vez fatal, é grande. No en-tanto, com o aumento dos suicídios efetivos em jovens, deve-se ter cuidado ao atribuir às tentativas de suicídio apenas o desejo de atenção ou ganho secundário, até que uma avaliação razoavelmente completa seja realizada. O paciente que parece exausto, perdido, sem esperanças ou solitário repre-senta um risco alto. O paciente que tenta o suicídio por raiva ou desejo de vingança tem um prognóstico muito melhor do que aquele que parece quieto, triste, fatigado ou apático.

É importante salientar, no entanto, que apenas um profissional de saúde pode avaliar se há risco para o paciente, por isso

devemos auxiliar a pessoa a procurar ajuda. O tratamento pode ser nos postos de saúde, consultórios ou serviços de emergência, como hospitais, onde familiares e pacientes poderão ser avaliados e receber tratamento e orientações. Como qualquer outra situa-ção, é importante pedir ajuda e fazer uma avaliação.

por Eneida KompinskyPsiquiatraCremers 15849

oDivulgação

Porto Alegre é a capital com maior taxa de suicídio

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:: PSICOLOGIA E QUIROPRAXIA

A ansiedade é uma reação emocional com características psicológicas e fisiológicas. É uma programação biológica do nosso corpo, que tem por objetivo nos preparar para as situações de perigo, sejam elas reais ou ima-ginárias. Quando isso acontece, nosso corpo sinaliza com manifestações involuntárias, como náusea, taquicardia, falta de ar, sudorese e tremor.

A ansiedade é necessária na vida das pes-soas, pois é ela que nos permite ficar alerta em situações de perigo – como um assalto. Porém, algumas vezes nos encontramos em um nível tão alto de ansiedade que se torna difícil lidar com ela.

Quando muito frequente e intensa, a an-

siedade pode se tornar patológica. Ela acaba gerando fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular e dificuldade para dormir, atrapalhando o dia-a-dia.

Como a ansiedade é uma sensação muito desconfortável, algumas vezes o paciente tenta evitá-la, deixando de fazer ou pensar em atividades necessárias, o que, por fim, acaba trazendo ainda mais prejuízos.

Em todas situações é necessário um pouco de ansiedade, seja para se organizar, se com-portar ou se preparar para algum possível perigo. Porém, a ansiedade desproporcional ao perigo real faz com que essas situações pa-reçam mais ameaçadoras do que são, gerando estresse, dificultando no desenvolvimento de tarefas ou tornando momentos de lazer em momentos desconfortáveis.

As psicopatologias que envolvem ansie-dade são algumas das mais prevalentes na

modernidade, atingindo em torno de 12,5% da população ao longo da vida. Em função disso, a psicologia passou a estudar intensamente esses sintomas, desenvolvendo uma série de estudos que se mostram eficazes no manejo da ansiedade.

Mesmo em casa, há algumas dicas para li-dar melhor com essa sensação de desconforto. Entre elas está relaxar, meditar, praticar algum exercício físico, evitar alimentos estimulantes (como café) e reorientar o pensamento, quando perceber essas disfuncionalidades.

Por fim, tanto a falta da ansiedade quanto o excesso dela trazem sérios prejuízos. Apesar disso, existem muitas formas de lidar com ela, seja por meio de psicoterapia, medicamento ou até mesmo praticando algumas das dicas em casa. Porém, lembre-se, não vale a pena se manter em sofrimento se há formas de solução.

A dor na coluna na região lombar (lom-balgia) pode ter várias causas. Uma delas é chamada síndrome facetária. Esta síndrome apresenta sintomas de desconforto ou dor na região lombar, principalmente no final da coluna lombar, próximo ao osso sacro. Algu-mas pessoas sentem sensação de queimação, ou uma pressão, ou até mesmo sensação de alfinetadas na região acometida.

Em alguns casos, a dor se irradia para as

pernas. Quando isto ocorre, pode estar instala-do um processo de degeneração das estruturas da articulação, com provável formação de bico de papagaio, causando comprometimento ner-voso. Movimentos de colocar a barriga para frente e movimentos de girar para os lados a coluna lombar aumentam o desconforto.

Cada vértebra na coluna vertebral pos-sui facetas, que servem para articular uma vértebra à outra. Estas articulações são como outras articulações móveis do corpo, pos-suindo estruturas como cartilagem, cápsula articular, líquido sinovial, etc. Elas orientam os movimentos da coluna, ajudando a coluna

vertebral a se manter estabilizada.Desalinhamentos vertebrais, degeneração

do disco intervertebral e sobrecarga nas articu-lações são algumas situações que contribuem para o início de inflamação, degeneração (ar-trose) e formação de bicos de papagaio.

Manter a coluna vertebral alinhada, evitar sobrecarga na região lombar, realizar atividade física, ter bons hábitos posturais são cuidados que evitam problemas na coluna vertebral e também fazem parte do tratamento, assim como quiropraxia, fisioterapia, anti-inflama-tórios, em alguns casos, remoção das facetas articulares e bloqueio facetário.

Por Tatiana Otto StockPsicóloga CRP 07/19052

Os riscos e benefícios da ansiedade

Lombalgia causada por Síndrome FacetáriaPor Lilian S. SantosQuiropraxista ABQ 0476

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30 | setembro de 2012 | | www.revistamateriadesaude.com.br

CEOT-HDJB atendimento 24HA ampliação da área de atendimento do CEOT e de toda a emergência e internação do HDJB trouxe ainda mais conforto e agilidade aos atendimentos

Centro de Especialidades Ortopédicas e Traumatológicas de Gravataí - CEOT Dr. Fernando Sanchis (Coluna Vertebral) | Dr. Paulo Velasco (Ombro) | Dr. Roberto Schwanke (Joelho)

Dr. Ricardo DeBona (Joelho) | Dr. Tiago Sumi (Ombro) | Dra. Ronise Ribeiro (Ortopedia Pediátrica)Leohnard Bayer (Mão e Cotovelo) | Dr. Pablo Lessa (Quadril) | Dr. Renato Castro (Dr e Acupuntura)

Dr. Pedro Kanan (Pé e Tornozelo) | Dr. Marcelo Tafas (Coluna Vertebral)Dr. Fabrício Brinco (Mão e Cotovelo) | Dr. Alfredo Sanchis (Quadril)

CEOT – HDJB é o único serviço de atendimen-to de traumatologia e ortopedia de Gravataí e região a realizar atendimento todos os dias

durante as 24h.Os demais serviços de Gravataí e região, até o momento,

não dispõem dessa possibilidade. “O fato de funcionarmos 24h faz do CEOT – HDJB o serviço de ortopedia com maior capacidade resolutiva, dando assistência em praticamente todos os estágios do atendimento ao paciente, desde a con-sulta inicial com capacidade de diagnósticos por imagens e laboratoriais de primeiro mundo, aliado ao uso da moderna estrutura do HDJB como bloco cirúrgico com oito amplas salas e internação em quartos privativos”, salienta o Dr. Fernando Sanchis, Coordenador Médico do CEOT Gravataí e Especia-lista em Coluna Vertebral.

A recente ampliação da área de atendimento do CEOT e de toda a emergência e internação do HDJB (clínica, cirurgia, cardiologia, pediatria) trouxe ainda mais conforto e agilidade aos atendimentos prestados pela equipe de ortopedistas do CEOT e das demais especialidades médicas do hospital. Isso reforça o HDJB e especialmente o CEOT como o mais completo serviço de traumatologia de urgência e especialidades ortopé-dicas e também de maior capacidade resolutiva de Gravataí e região quando o assunto são doenças dos ossos e articulações.

o

O fato de funcionarmos 24h faz do CEOT – HDJB o serviço de ortopedia com maior capacidade resolutiva, dando assistência em praticamente todos os estágios do atendimento ao paciente, aliado ao uso da moderna estrutura do HDJB.

Fernando Sanchis“

Divulgação

Divulgação

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