edição novembro 2014

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C have DE ão S edro P Paróquia de são pedro do Tremembé Jornal Ano 11 • n o 141 • novembro de 2014 www.fAcebook.com/pAscomsAopedro Igreja de São Pedro Fotos inéditas da construção desse marco que faz parte da paisagem do bairro há quase 90 anos. Pág. 7 Pastoral Dom Sergio de Deus destaca como a paróquia pode ser um polo missionário Pág. 2 Aparecida Veja como foi a festa da padroeira do Brasil na Vila Rosa Pág. 7 TELMA FELETO O Tremembé e o abastecimento de água em São Paulo Iniciado há 124 anos, este bairro vizinho das nascentes da Serra da Cantareira cresceu junto com o sistema de captação de águas para a Cidade. Conheça um pouco da história da Companhia Cantareira, a concessionária que há mais de 100 anos construiu os primeiros reservatórios na Serra. Pág. 4 O Tremembé e o abastecimento de água em São Paulo Iniciado há 124 anos, este bairro vizinho das nascentes da Serra da Cantareira cresceu junto com o sistema de captação de águas para a Cidade. Conheça um pouco da história da Companhia Cantareira, a concessionária que há mais de 100 anos construiu os primeiros reservatórios na Serra. Pág. 4

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Uma publicação da Pascom da Paróquia de São Pedro - tremembé - SP

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Page 1: Edição novembro 2014

ChaveDE ãoS edroPParóquia de são pedro do Tremembé

JornalAno 11 • no 141 • novembro de 2014

www.fAcebook.com/pAscomsAopedro

Igreja de São PedroFotos inéditas da construção desse marco que faz parte da paisagem do bairro há quase 90 anos. Pág. 7

PastoralDom Sergio de Deus destaca como a paróquia pode ser um polo missionário Pág. 2

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O Tremembé e o abastecimento de água em São PauloIniciado há 124 anos, este bairro vizinho das nascentes da Serra da Cantareira cresceu junto com o sistema de captação de águas para a Cidade. Conheça um pouco da história da Companhia Cantareira, a concessionária que há mais de 100 anos construiu os primeiros reservatórios na Serra. Pág. 4

O Tremembé e o abastecimento de água em São PauloIniciado há 124 anos, este bairro vizinho das nascentes da Serra da Cantareira cresceu junto com o sistema de captação de águas para a Cidade. Conheça um pouco da história da Companhia Cantareira, a concessionária que há mais de 100 anos construiu os primeiros reservatórios na Serra. Pág. 4

Page 2: Edição novembro 2014

2 Jornal Chave de São Pedro

O Papa Francisco nos chama a fazer da paró-quia um “polo missionário”, porque a pa-róquia é a própria Igreja que vive no meio

das casas dos seus filhos e filhas, o âmbito eclesial que garante o anúncio do Evangelho, a caridade generosa e a celebra ção litúrgica. Como “polo”, a paróquia tem dois movimentos principais: atrair e impulsionar.

Para que uma paróquia se torne um polo de atração para as pessoas, devemos fundamentar na oração e na contemplação todas as atividades que nos propusemos realizar, com a ajuda de Deus e em Seu nome. São João Paulo II assevera que: “O nosso tempo é vivido em contínuo movimento que muitas vezes chega à agitação, caindo-se facilmente no risco de ‘fazer por fazer’. Há que resistir a esta tentação, procurando o ‘ser’ acima do ‘fazer’. A tal propósito, recordemos a censura de Jesus a Marta: ‘Andas inquieta e perturbada com muitas coisas; mas uma só é necessária’ ” (Lc 10,41-42) (NMI, 15).

O “doce jugo” da oração e da contemplação vi-vido na fé e na comunidade fará suscitar em nós um dinamismo novo, o qual nos levará a investir em ini-ciativas missionárias o entusiasmo que sentimos. É

o segundo movimento do “polo”: impulsionar a mis-são, olhar para frente.

O próprio Jesus nos adverte: “Quem, depois de deitar a mão ao arado, olha para trás, não é apto para o Reino de Deus” (Lc 9,62). “Na causa do Rei-no, não há tempo para olhar para trás, menos ainda para dar-se à preguiça. Há muito trabalho à nossa espera...” (NMI 15).

Parece que alguns querem olhar para trás, isto é, querem manter tudo como está, sem nenhuma re-novação, sem abrir a porta aos outros, sem sair em missão. Até dizem: nossas pastorais e comunidades estão abertas, mas não vão ao encontro das pessoas e não suscitam a missão.

São João Paulo II disse que, agora, devemos olhar para a frente, temos que “fazer-nos ao largo”, confiados na palavra de Cristo. Olhar para frente é, a partir da oração e da contemplação, suscitar e conservar no coração dos membros da comunidade o zelo pelo anúncio do Evangelho.

Olhar para frente é estimular a dimensão mis-sionária dentro da própria paróquia, promovendo formação especifica para os membros das pastorais, movimentos, serviços e associações. Olhar para frente é realizar uma acolhida afetiva e efetiva de todos os que encontrarmos e abrir o coração para o encontro com Jesus; é fazer discipulado a partir do encontro com Cristo Jesus.

A partir da oração e da contemplação, olhando para frente, seremos polos de missão e faremos de nossas paróquias e comunidades polos irradiadores do amor de Deus, em Cristo Jesus.

Dom Sergio de Deus Borges é bispo auxiliar de São Paulo e vigário episcopal para a Região Santana

Polo missionário...

Carta ao leitor espiritualidade

Por Dom Sergio de Deus Borges

O Tremembé e os mananciais

O que o Tremembé tem a ver com o sistema de abastecimento de água em São Paulo? Nesta edição, vamos mos-trar um pouco dessa história. Cercado pelos mananciais da Serra da Cantarei-ra, o nosso bairro testemunhou o início do abastecimento público de água na ci-dade. Diante da pior crise hídrica já vis-ta, quando o bairro completa 124 anos, aproveitamos para contar a história da Companhia Cantareira, a concessioná-ria que fez os primeiros reservatórios na Serra. Curiosamente, aquela empresa privada também não se preparou para o crescimento da Cidade, não conseguiu atender bem a população da época e teve que ser estatizada depois de muitos protestos dos moradores. Depois de 137 anos, a crise do Sistema Cantareira mos-tra que os governantes continuam não planejando bem e a população desperdi-çando como se ainda houvesse água em abundância.

Neste mês, também mostramos um pouco da história da igreja de São Pedro, que faz parte da vida de tanta gente que mora no bairro. Destacamos o trabalho de tantos sacerdotes enviados por Deus para anunciar o Evangelho entre nós, in-cluindo o Pe. Edimilson da Silva, que che-gou há quatro anos.

Boa leitura!

Equipe Pascom - Paróquia de São Pedro

expediente - pasCom

PARÓQUIA DE SÃO PEDRO DO TREMEMBÉAv. Maria Amália Lopes de Azevedo, 222 A | Tremembé | São Paulo | CEP: 02350-000 | Tel.: (11)2203-2159e-mail: [email protected]

Orientador: Pe. Edimilson da SilvaCoordenação da Edição: Pastoral da Comunicação - e-mail: [email protected]: Edmilson Fernandes - MTB: 25.451/SPDireção de Arte: Toy Box IdeasRevisão: Oswaldo de CamargoImpressão: Atlântica Gráfica Tiragem: 3.000 exemplaresColaboradores: Telma Feleto e Vânia De Blasiis

Comunidade Santa Rosa de Lima R. Luiz Carlos Gentile de Laet, 1302, Tremembé Missas: sábados, às 16h | Domingos, às 9h e 19h | Primeira sexta-feira do mês, às 20h

Comunidade São José (Itinerante) Missas: todos os dias 19 do mês, às 16h Momento de Oração e Estudo Bíblico: 3as feiras, às 20h

Comunidade Nossa Senhora Aparecida Av. N. S. Aparecida da Cantareira, 22, Tremembé Missas: dom., às 8h30 | Missa todos os dias 12 do mês, às 20h

Comunidade Nossa Senhora da Providência R. Vilarinhos, 95, Tremembé. Missa: domingo, às 10h30

Comunidade São Marcos R. Luiz da Silva, 24, Tremembé Missas: sábados, às 17h. Estudo Bíblico: 5as feiras, às 20h

Av. Maria Amália Lopes de Azevedo, 222 ATel.: (11) 2203-2159

ATENDIMENTO DA SECRETARIADe 2a a 6a feira: 8h às 12h e 14h às 18h | Sábados: 8h às 12h

MISSAS2as e 4as feiras, às 19h30 | 3as, 5as e 6as feiras, às 7h30 | Sábados, às 17h | Domingos: às 8h, 10h e 18h30

DIREçÃO ESPIRITUAL E CONfISSÃO3a feira, das 15h às 18h | 4a feira, das 20h às 22h | 6a feira, das 9h às 12h

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3Novembro | 2014

Agradeço a Deus por estar aqui e a todos os que durante o nosso caminho lançam co-migo a semente do trigo na grande messe

do Senhor. Obrigado pela homenagem dos quatro anos de caminhada, que me fez recordar com vo-cês o caminho percorrido.

Permitam-me que transcreva aqui as palavras com que mostraram todo o seu carinho:

“Padre,Podemos descrever muitas das suas ações aqui

em nossa casa: a restauração de nosso altar, das imagens, dos bancos e portas da igreja, a nova iluminação, a pintura externa e interna, o calça-mento do pátio, a reforma e ampliação da cozinha do salão e todas as outras melhorias na estrutura física de nossa igreja.

O que, porém, mais nos deixa agradecidos a Deus pela sua presença são as suas ações pas-torais. O senhor retomou o jornal Chave de São Pedro, iniciou a Escola da Palavra, que nos pos-sibilita o estudo, a compreensão e partilha da Bíblia; retomou a Catequese Familiar, que já no primeiro grupo produziu frutos, e assim iniciamos o segundo grupo com novos catequistas. Lem-bramos, ainda, o incentivo aos jovens para que participassem da Jornada Mundial da Juventude, e, graças a isso, eles hoje estão unidos no grupo CUCA. Mas é necessário também mencionar a

possibilidade que deu para muitos encontros para estudos e partilhas de documentos da Igreja.; o estudo do II Plano de Pastoral; o empenho com a Pastoral Familiar, como caminho para a nova

evangelização; a formação de catequistas dentro do processo catecumenal, que é formar discípulos missionários de Jesus e, por último , a implantação do IVC - Iniciação à Vida Cristã: Batismo, Euca-ristia e Crisma.

Nossa creche, que atendia 27 crianças, atual-mente atende 99, graças ao seu apoio e à sua per-severança. Implantou-se o Conselho de Assuntos Econômicos da Paróquia de São Pedro, aprovado pelo bispo auxiliar Dom Sergio de Deus.

Sem esquecer cada celebração sua, que motiva a comunidade a participar e vivenciar a Palavra.

Lembramos ainda sua espiritualidade, que toca nossa alma e nosso coração, remetendo-nos a reflexões constantes durante as celebrações.

Enfim, só temos que agradecer ao senhor pelo empenho, dedicação e amor que tem tido com nossa paróquia.

Pedimos a Deus que cada vez mais o senhor seja fortalecido em sua vocação; que o Espirito Santo o ilumine, conduzindo seu ministério.

Que Nosso Senhor Jesus Cristo caminhe ao seu lado em sua vida de amor ao Pai.

E que Maria sempre o conduza!”Muito obrigado!

Padre Edimilson da Silva é jornalista e pároco da Paróquia de São Pedro do Tremembé

Meu agradecimento à Paróquia de São Pedro"No final da caminhada, se tivermos feito a experiência de Jesus na comunidade, a missão produzirá frutos"

diálogo Com a Comunidade

Por Pe. Edimilson da Silva

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4 Jornal Chave de São Pedro

destaque

A história do Tremembé e o abastecimento de água em São PauloPor Edmilson Fernandes

Um dos primeiros anúncios da Companhia Cantareira

“... Costando haver água em abundância nas fraldas da serra próxima (...) e dispondo-se a recém-constituída sociedade a captar essa água dispersa, que rola abaixo e vem desaguar, ao que tudo parece, no Rio Tietê, denominemos de Companhia Cantareira, isto porque a água deverá ser primeiramente reunida nos grotões da serra a fim de que, canalizada, seja trazida para a cidade. E como toda captação de qualquer líquido, especialmente a água, se faz em cântaros, a sociedade construirá tantas cantareiras ou reservatórios, quantos necessários ao consumo da população”.

No próximo dia 10, o bairro do Tremembé faz 124 anos. Nesse momen-to em que São Paulo enfrenta a mais grave crise de água de todos os tempos, é bom lembrar que a história do nosso bairro tem muita re-

lação com o abastecimento de água na Cidade. Erguido aos pés da Serra da Cantareira, o Tremembé se desenvolveu graças à instalação do trenzinho da Cantareira, que começou a operar em 1894. Essa linha de trem foi criada es-pecialmente para levar o material de construção aos reservatórios de água da Cidade na Serra.

E a história do abastecimento de água em São Paulo começou com uma concessão que não deu certo.

Em 1877, empreendedores privados criaram a Companhia Cantareira de Águas e Esgotos, à qual o governo paulista se associou, no ano seguinte, for-mando uma sociedade de economia mista. Em 1878, o Imperador Pedro II inaugurou a primeira caixa de abastecimento de água da Cidade, na Consola-ção. As águas das nascentes da Cantareira percorriam mais de 14 quilômetros de extensão até o reservatório da Consolação. Desse reservatório se iniciou o fornecimento para um número crescente de torneiras particulares. Em 10 anos, a Companhia Cantareira passou de um número de 183 prédios ligados à rede para cerca de 3.000. O prazo da concessão era de 70 anos, quando as instalações e propriedades passariam para o governo.

O plano previa a construção de dois grandes reservatórios de acumulação para represamento das águas dos mananciais da Serra da Cantareira, com ca-pacidade para 50 milhões de litros, considerados enormes na época. Em 1882 as águas da Cantareira já abasteciam a cidade de São Paulo, suprindo o déficit existente. No entanto, o crescimento urbano acelerou-se de tal modo que em 1892 se tornou escasso novamente o abastecimento. Havia a necessidade de novas captações de água para uma empresa que não havia se preparado.

Além disso, muitos moradores ainda se serviam dos chafarizes para seu consumo, o que não permitia a cobrança de taxas. Para forçar a população a ter a água encanada em casa, a Companhia Cantareira mandou demolir os chafarizes, provocando muitos protestos.

Nesse processo, o descompasso entre os gastos crescentes e o retorno das receitas foi levando a companhia ao endividamento. Em pouco tempo, a Com-panhia Cantareira reconheceu-se impotente para continuar a explorar os ser-viços de abastecimento.

A gravidade da crise de abastecimento e da crise financeira da empresa levou o governo do Estado a declarar sem efeito o contrato de concessão que havia firmado, encampando a empresa. A primitiva sociedade foi transformada em ór-gão de administração do Estado, sob a denominação de Repartição de Água e Esgotos da Capital – ERA. Foi a primeira estatização do Estado de São Paulo.

Coube ao Estado cumprir o compromisso assumido pela Companhia da Cantareira de construir uma linha férrea até a região de captação da água na Serra. A linha foi inaugurada em novembro de 1893, três anos depois do início do bairro do Tremembé.

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Reserva da Cantareira, 1911

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5Novembro | 2014

A culpa é de São Pedro?

Por causa da falta de chuva, os governan-tes costumam atribuir a São Pedro a culpa pela crise no abastecimento. Mas depois de 137 anos da criação da Companhia Cantarei-ra, as autoridades já deveriam ter se prepara-do para abastecer os milhões de pessoas que vivem nesta cidade. Os especialistas dizem que faltou planejamento. Outros países, onde a seca é mais severa, como Israel, por exem-plo, não vivem escassez de água.

Vizinho dos mananciais da Serra da Can-tareira, o bairro do Tremembé sempre foi bem servido de água. Mas também já começa a so-frer os efeitos da atual crise hídrica. Diante da realidade, cabe a cada de um de nós diminuir o desperdício e encontrar soluções criativas para usar a água racionalmente.

São Pedro e sua história no Tremembé

os padres que passaram por aqui em 88 anos

No último dia 12, fez quatro anos que o Pe. Edimilson da Silva tomou posse como pároco na Paróquia de São Pedro. A cada dia, ele procura anunciar o Evangelho-de Jesus Cristo, motivando a comunidade para assu-mir a missão que não é apenas do padre, mas é de todo batizado. A seguir, os padres que fizeram a história da igreja de São Pedro.

Pe. Dr. Cicero Revoredo, 1927 - 1929Pe. João Bueno Gonçalves – 1929 - 1931Pe. Eliseu Murari – 1932 - 1933 Pe. Domingos Herculano Casarin – 1933 – 1938 Pe. Antonio Trivinho – 1939 – 1941Pe. Lourenço – 1941 Pe. Cyrillo - 1941Pe. Antonio Anacleto Brandão Oliveira - 1941Pe. Antonio Julio Távora - 1941-1955Pe. Felix das Dores Ortega 1955 - 1956Pe. Bruno Carra – 1956 - 1988Pe. Geraldo Alves Pereira – 1989 - 1998Pe. Mauricio Luchini – 1998 - 2009Pe. Benedito Ferreira Borges e Pe. José Arnaldo Juliano dos Santos – 2009 – 2010Pe. Wilson Pereira dos Santos – 2010-2013

A Igreja de São Pedro é o mais marcante referencial do Tremembé. Sua história se funde e se confunde com tantas outras histórias de vidas e de pessoas.

Em 26 de junho de 1920, a família Vicente Azevedo doou à Mitra de São Paulo o terreno onde seria cons-truída a atual Igreja de São Pedro. A senhora Elisa Vidigal Azevedo iniciou as obras da capela-mor, levantando seus alicerces no alto de uma das muitas pequenas colinas da região. Seis anos depois, em primeiro de dezembro de 1926, D. Duarte Leopoldo e Silva, então Arcebispo Metropolitano de São Paulo, criou a Paróquia de São Pedro do Tremembé. Na época, eram apenas seis mil moradores, que se espalhavam pelos 72 km quadrados de extensão territorial. Agora, passam de 200 mil habitantes.

Testemunho de amor ao TremembéPor Regina Maura Mendonça

Se você quiser puxar uma conversa gostosa no bairro com antigos moradores ...fale do Trenzinho da Cantareira, das festas religiosas da Paróquia de São Pedro, do Padre Bruno, da Sociedade Amigos de Tremembé, do Grupo Escolar Arnaldo Barreto, dos meus pais, João Pedro Mendonça e Hercy Moraes Mendonça, professores de várias gerações; do Santa Gema e Ruy Barbosa; do CAT, do Cine Ypê, da Farmácia Moraes, da Escola da Vera Arnoni, Noé de Azevedo.... Todos se empolgam e con-tam um caso, uma história, se emocionam e até choram. Empolgada com tudo isto, resolvi criar um blog sobre o bairro e uma pagina no Facebook, onde divulgo muitas fotos e acontecimentos. Estou sempre pesquisando e encontrando pessoas que me emprestam material maravilhoso, além do acervo familiar com que fui presenteada pela minha família e que sempre divido com todos. As últimas fotos inéditas que chegaram a minhas mãos foram do acervo de Marcia Laguetto, filha de Jordão Rodrigues de Freitas e Mariazinha. São fotos da construção da Paróquia de São Pedro, inaugurada em 1927. Há muitos anos aguardava essas fotos. Sabia de sua existência e acredito serem as únicas.

Meus avós, também pioneiros do bairro, aqui chegaram em 1925. Proprietários da Farmácia Moraes, atendiam a todos a qualquer hora na solução de problemas de saúde; i am de madrugada aplicar injeções e aliviar as dores das pessoas – amigos ou desconhecidos.Tremembé era uma gran-de família. Hoje no Horto tem uma rua com o nome do meu avô, Theodomiro Moraes Cunha, em homenagem aos serviços prestados ao povo do Tremembé.

Regina Maura Mendonça é organizadora do Blog tremembcantareira.blogspot.com.br

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6 Jornal Chave de São Pedro

espiritualidade

Morte, começo de vida Por Oswaldo de Camargo

Novembro, mês em que se lembra a morte, a morte e todo o seu espantoso cortejo que sempre assombrou o homem, desde sua

vida nas cavernas até hoje, tempo em que já se che-gou à lua e foram domadas e extintas numerosas moléstias mortais que nos tempos antigos dizima-vam, sem apelo, populações inteiras. O homem, para muitos, tem hoje poderes de um deus.

Mas, a morte, como esquecer que ela continua com seu rosto imutável? Que é a contrária face da vida, e que é o derradeiro e inevitável último passo?

Para os que não creem, a morte é o inteiro absur-do. Para o cristão, o grande momento de o homem chegar ao seu verdadeiro destino. Desde o seu ba-tismo , desde a robustez espiritual que deve adqui-rir com os sacramentos, o cristão vive para provar, com sua Fé, Esperança e Caridade, que a morte - a despeito do que proclamam os incréus - tem senti-do, que, pela via aberta por Cristo no Calvário, veio a Ressurreição, a vida que começa com a morte.

René Latourelle, um profundo e afamado teólo-go católico, nos oferece, entre tantas outras refle-xões, esta que queremos compartilhar com o leitor:

“Desde que Cristo morreu, já não existe no uni-verso evento mais importante do que a morte. Se morrermos com ele, o banal fato da morte é tragado no mistério de Deus. O verdadeiro sentido da vida consiste em preparar-se para morrer, isto é, amadu-recer para a vida eterna. Morrer quer dizer nascer para sempre (...). O cristão é aquele que tem fé na boa notícia da morte, que se abre para uma vida que não conhece morte. Podemos ficar impacientes porque não vemos, mas sabemos que há de vir o dia que não acabará nunca. “O desejo de ser liberto do corpo, para estar com Cristo” (FL 1, 23).

Para nós, católicos, nada mais entusiasmante do que o cântico que se proclama na Páscoa, expresso com esta velha interrogação: “Ó morte, onde está tua vitória?”

Novembro, mês de se meditar sobre a Ressur-reição.

Oswaldo de Camargo é jornalista e escritor. Publicou, entre outros livros, um homem tenta ser anjo (poemas) e a descoberta do frio (romance)

saúde

Mitos sobre o câncer de mama

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o câncer é sempre hereditárioMuitas pessoas ainda acreditam que o principal fator para o surgimento do câncer é o genético, mas apenas 10% dos tumores têm esta correla-ção. É importante, portanto, estar sempre atento ao próprio corpo: nódulos e feridas que persistem por muito tempo, e não existiam antes, podem indicar algum problema de saúde. Nesse caso, a visita ao médico não deve ser adiada.

o autoexame substitui a mamografiaO autoexame ou mesmo o exame clínico, feito por um especialista, não são suficientes para o diagnós-tico de câncer. A recomendação é realizar a mamo-grafia regularmente, de acordo com a indicação de seu médico.

lingerie apertada aumenta as chances de câncer de mamaO tipo de sutiã, independentemente do tecido ou modelo, não favorece o desenvolvimento do câncer de mama.

a pílula anticoncepcional provoca câncerNão existem estudos que permitam a associação entre o uso de pílula anticoncepcional e aumento da incidência de câncer.

uso de desodorante aerosol facilita o desenvolvimento de tumoresA axila não tem células mamárias, portanto o uso de qualquer tipo de desodorante não afeta as mamas.

prótese de silicone pode dificultar o diagnósticoNão há consenso científico quanto às limitações dos exames de imagem em pacientes que possuem próteses de silicone nas mamas. Tampouco há pes-quisas que relacionem a cirurgia para aumento dos seios com o aparecimento de tumores.

quando o câncer aparece novamente, a doença não tem mais curaCada paciente é único e responde de uma maneira aos diferentes tipos de tratamento disponíveis. Por isso, não é possível afirmar que todos os casos vão evoluir da mesma maneira.

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde, levantamento do Instituto do Câncer de São Paulo

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7Novembro | 2014

Clipping

Festa de Aparecida Dezenas de famílias participaram das celebrações em homenagem a Nossa Senhora Aparecida aqui

na Paróquia no último dia 12. Na Co-munidade Nossa Senhora Aparecida, a missa solene foi rezada às 9h da manhã, pelo padre Edimilson e o diácono Car-laile. Depois da missa, os fiéis participa-ram de uma procissão pelas principais ruas da comunidade e receberam fatias de um saboroso bolo preparado com muito carinho por pessoas da paróquia.

Durante a celebração, o Pe. Edimil-son destacou a participação da comu-nidade no tríduo, realizado nos dias 9, 10 e 11. Durante três noites, os fiéis re-fletiram sobre a importância da Virgem Maria como defensora da dignidade hu-mana; modelo de fidelidade a Deus e ao Evangelho e auxiliadora na promo-ção da vida. A segunda noite contou com a animação da Banda Arautos do Evangelho e, na terceira, os jovens da comunidade fizeram uma apresentação teatral da aparição de Nossa Senhora.

Escola da Palavra

Os encontros da Escola da Palavra na Paróquia de São Pedro foram retomados no dia 14 de outubro. As reuni-ões para aprofundar textos bíblicos e temas da atualida-

de se realizam às terças-feiras, das 20h às 21h30. Anote na sua agenda os próximos encontros e participe:

Festinha na Creche

tríduo de nossa senhora no abrigoNos dias 5, 6 e 7 de novembro o Abrigo Frederico Oza-

nam celebra o tríduo de Nossa Senhora da Providência, sempre às 15h30. O encerramento será no sábado, dia 8, com missa, às 17h. R. Vilarinhos, 95, Tremembé

tempo do advento – início no dia 30 de novembro

A Novena de Natal deste ano acolhe o tema bíblico da alegria, a partir do nascimento do Salvador, e a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, do Papa Francisco. Ela aju-da as pessoas, famílias e comunidades a experimentarem a alegria da comemoração do nascimento de Cristo. Neste ano, a Novena de Natal aborda o Ano da Paz, instituído pela CNBB, que vai até o Natal de 2015.

Novembro

Dia 04 Tema: Como nós perdoamos a quem nos tem ofendido

Dia 11 Tema: Uma espera salvadora/ O fim dos tempos

Dia 18 Tema: Assumir o jeito de ser de Jesus

Dia 25 Tema: Ide e fazei discípulos

Local: Igreja de São PedroHorário: 20h às 21h30

agenda

As 99 crianças do Centro de Educação Infantil Pedro Apóstolo comemoraram o dia delas em grande estilo. Saborearam salgados, bolo, doces, bebidas e receberam brinque-dos. A animação ficou por conta do Palhaço Fru Fru. A festinha foi patrocinada pelo Buffet Adelina. A diretoria da Creche e a Paróquia de São Pedro agradecem mais esse ato de generosidade da D. Adelina, que sempre colabora com a nossa comunidade.

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8 Jornal Chave de São Pedro

jovens em ação

CUCA planeja visita à Canção NovaPor Renato Piovesana

O CUCA, grupo de jovens da paróquia de São Pedro, vai fazer uma visita entre os dias 07 e 11 de janeiro à Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP). O Acam-

pamento Revolução Jesus terá como tema “Eu acredito no Amor”.

Durante o acampamento acontece o aprofundamento radical, onde os jovens são desafiados a passar por diversas provas.

A Palavra de Deus nos mostra que a única coisa que não podemos deixar acontecer com nosso coração é a indiferen-ça. Quando somos indiferentes, a graça de Deus não pode penetrar em nosso coração, porque Deus nos respeita.

É preciso abri-lo para experimentar o amor de Deus. Para experimentar esse amor, é preciso primeiro querer. Quem abriu o coração ao Senhor, precisa dizer em todos os momen-tos do seu dia: “Eu acredito no amor, eu tenho fé no amor”.

Renato Piovesana é um dos coordenadores do grupo de jovens CUCA

diCas Culturais

Castelo Rá-Tim-Bum – A Exposição

Foi prorrogada até o dia 25 de janeiro no Museu da Imagem e do Som de São Pau-lo (MIS). Esta é a segunda vez que o Mu-

seu adia o encerramento da mostra - que ficará fechada entre os dias 18 e 19 de novembro para manutenção. Idealizada e concebida pelo MIS, a mostra já recebeu mais de 200 mil visitantes, recorde total de público da instituição.

Castelo Rá-Tim-Bum – A Exposição é uma homenagem ao programa infantil da TV Cul-tura, que completa 20 anos do início de sua veiculação. O programa é considerado um dos melhores produtos audiovisuais da história da televisão brasileira.

A exposição ocupa o primeiro e o segundo andares do Museu e é dividida em duas par-tes. Em uma delas, os visitantes conferem peças do acervo, muitas delas recuperadas e restauradas pelo MIS, como objetos de cena, fotografias, figurinos dos personagens e tre-chos do programa que até hoje são hit, como Lavar as mãos, música de Arnaldo Antunes. Depoimentos gravados pelos atores do elenco

original especialmente para a exposição com-plementam esta parte. Em outra, uma experi-ência lúdica espera os visitantes, que poderão literalmente entrar no Castelo. Para tanto, mais de dez ambientes, como o saguão e a bi-blioteca, foram recriados. O público também poderá ver de perto bonecos originais, como o Gato Pintado, o monstro Mau, a cobra Celeste e as botas Tap e Flap.

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Até 25 de janeiro de 2015Horários da bilheteria:Terça à sexta: 10h às 21hSábado: somente venda online Domingos e feriados: 9h às 20hR$ 10 (inteira), R$ 5 (meia) | Gratuito às terças e para menores de cinco anos. É obrigatória a apresentação do comprovante de meia entrada.

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