edição 757 19 novembro 2014

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RIACHOS GOLEGÃ TORRES NOVAS ENTRONCAMENTO Visite-nos em Riachos na Rua dos Cingeleiros ou contacte-nos pelo telefone 249 820 242 19 Novembro 2014 oriachense.pt | facebook.com/oriachense [email protected] Fundado em 1908 • Director: André Lopes, Adjunto: Carlos Simões Nuno • Jornal Bimensal • II Série, Ano XXXVII • N.º 757 • 0,90Consultas por marcação Rua Nova, 51 R/C-A Riachos Largo Manuel Simões Serôdio RIACHOS – 249 829 502 NOVOS SERVIÇOS: Extensões de cabelo natural Alisamento marroquino Tratamento com Queratina a vapor Unhas gel, verniz gel, gelinho Depilação à linha João Mendes Pereira Oficina de móveis de cozinha por medida e carpintaria ORÇAMENTOS GRÁTIS Zona Industrial de Riachos – 2350-376 – Tlm. 919 007 810 Rodrigues devolve orçamento à precedência e diz que se demite Junta de Freguesia insatisfeita com o montante das verbas atribuídas para delegação de competências Consultório Veterinário 966753206 [email protected] O nome de Rui Sena foi sugerido ao presidente da Câmara pelo ex-director João Aidos, que recusou o regresso. O novo programador disse, na sua apresentação, que a primeira coisa a fazer é avaliar o panorama cultural torrejano com a ajuda da sua nova equipa e dos criadores locais Rui Sena é o novo director do Teatro Virgínia Luís Vasconcellos e Souza: “sector primário tem potencial para o mercado europeu” p. 6 Justino Marques, a história de um emigrante p. 6 Tarifas da água na Golegã vão aumentar p. 10 O festival Reabilitar em Palco regressa em Dezembro p. 16 Judoca Verónica Raposo de volta à acção e às medalhas p. 11 p. 5 p. 2 p. 5 e 16

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Page 1: Edição 757 19 novembro 2014

RIACHOS GOLEGÃ TORRES NOVAS ENTRONCAMENTO

Visite-nos em Riachos na Rua dos Cingeleiros

ou contacte-nos pelo telefone 249 820 242

19 Novembro 2014 oriachense.pt | facebook.com/[email protected]

Fundado em 1908 • Director: André Lopes, Adjunto: Carlos Simões Nuno • Jornal Bimensal • II Série, Ano XXXVII • N.º 757 • 0,90€

Consultas por marcaçãoRua Nova, 51 R/C-A

Riachos

Largo Manuel Simões SerôdioRIACHOS – 249 829 502

NOvOS SeRvIçOS:• extensões de cabelo natural• Alisamento marroquino• Tratamento com Queratina a vapor• Unhas gel, verniz gel, gelinho• Depilação à linha

p. 11João Mendes Pereira Oficina de móveis de cozinha por medida e carpintariaORÇAMENTOS GRÁTIS

Zona Industrial de Riachos – 2350-376 – Tlm. 919 007 810

Rodrigues devolve orçamento à precedência e diz que se demiteJunta de Freguesia insatisfeita com o montante dasverbas atribuídas para delegação de competências

ConsultórioVeterinário

966753206 [email protected]

O nome de Rui Sena foi sugerido ao presidente da Câmara pelo ex-director João Aidos, que recusou o regresso. O novo programador disse, na sua apresentação, que a primeira coisa a fazer é avaliar o panorama cultural torrejano com a ajuda da sua nova equipa e dos criadores locais

Rui Sena é o novo directordo Teatro Virgínia

Luís Vasconcellos e Souza: “sector primário tem potencial para o mercado europeu” p. 6

Justino Marques, a história de um emigrante p. 6

Tarifas da água na Golegã vão aumentar p. 10

O festival Reabilitar em Palco regressa em Dezembro p. 16

Judoca Verónica Raposo de volta à acção e às medalhas p. 11

p. 5

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p. 5 e 16

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2 19 de Novembro de 2014 – riachos

O pódio: João Carlos Gouveia (ao meio), Alcides Oliveira, Manuel Leitão

A vila de Riachos é atravessada pela Estrada Nacional 243. Ao longo do seu extenso percurso foram atribuídos pela toponímica local vários nomes: Rua da Bênção do Gado, Rua de Santo António, Rua Nova e Rua da Estação. A Rua Nova vai desde o banco Millenium até às imediações do pequeno espaço verde alusivo à Freguesia de Riachos, situado ao fundo da Avenida 16 de Maio. Por sua vez, a Rua da Estação começa já para lá da rotunda da “carroça” terminando no Largo da Estação. A pergunta que faço é a seguinte: por que razão aqueles cerca de 200 metros de rua, entre a Rua Nova e a da Estação não têm nome? Será que ainda ninguém ao longo do tempo deu por isso ou será apenas e mais uma vez o deixa andar, à boa maneira riachense? Como será o endereço das famílias que lá residem, será: rua fantasma nº xpto? Esta é uma situação que não parece difícil de resolver.

maravilhas de cá Jaime Figueiredo

Rua sem nome

Junta de Freguesia insatisfeita com atribuição de 19 mil euros para os espaços públicos

João Carlos Gouveia vence 9.º Torneio de King do Padroeiro

delegação de competências

A Junta de Freguesia de Riachos não ficou nada contente com os valores aprovados pela Câmara Municipal para a delegação de competências. O acordo de exe-cução delega para a freguesia de Riachos quase 18800 euros, um valor que o executivo de Alexandre Simas considera insuficiente para as tarefas a assumir.

O dinheiro destina-se à manu-tenção de espaços municipais em Riachos, divididos em três rubricas: as zonas verdes (18 locais, sendo os maiores o Jardim da Vila, o jardim da segunda fase da SOPOVO e as rotundas), a envolvente do Centro Escolar (inclui pequenas reparações) e a limpeza dos arruamentos.

Na reunião pública do dia 6 de

Novembro, tanto Simas (indepen-dente, eleito pelo GRUPPO) como José Júlio Ferreira (PS) disseram que não assinam o documento que foi lançado pela Câmara ao lado do orçamento municipal para 2015. “Dá a impressão que a Câmara não faz orçamento para as freguesias. Faz [o orçamento] para a cidade e depois o que sobra fica para as freguesias”, atirou o tesoureiro da Junta. “A proposta da Junta estava muito bem funda-mentada, mas a Câmara não alterou sequer os parâmetros do cálculo dos valores”, disse o presidente da Junta, referindo-se às propostas entregues à Câmara no período de negociação, em que eram pedidos aumentos substanciais das verbas transferidas anualmente, de modo a tornar viável a manutenção dos

Terminou no sábado, 15 do corrente, o “Torneio de King do Padroeiro”, organizado pela Equipa de Animação e Comunicação da Paróquia. Esta foi a nona edição do evento que, desde a primeira tem registado assinalável êxito entre a comunidade dos praticantes apaixonados por este interessante, invulgar e apelativo jogo de cartas.

Esta edição, disputada a 20 partidas ao longo de sete sessões semanais, teve a participação de 32 competidores (lotação máxima admitida pela Equipa Organizadora), sendo 24 de Riachos, 3 de Torres

Novas, 3 do Entroncamento, 1 da Atalaia e 1 de Mira d’Aire.

O vencedor foi o riachense João Carlos Gouveia, seguido de Alcides Oliveira, de Mira d’Aire e Manuel Leitão, do Entroncamento. O ven-cedor junta, assim, o seu nome ao rol dos vencedores dos oito torneios anteriores: José da Luz (três vezes), Pedro Raimundo, Manuel Matias, Alexandre Simas, Alcides Oliveira e Carlos Loureiro. Uma curiosi-dade interessante: três destes sete vencedores eram componentes do saudoso “Duque de Kopas”, grupo muito peculiar de jovens amigos,

cuja existência marcou uma época em Riachos e que, como se comprova, era, também, uma excelente escola de King. Memórias…

Recorde-se que estes torneios decorrem no Salão Comunitário do Solar de Santa Maria, e integram o plano anual das actividades lúdicas, recreativas e festivas da Equipa, e os seus eventuais proveitos, provindos da generosidade dos participantes, destinam-se, exclusivamente, a auxiliar o pagamento das obras da Paróquia. O próximo Torneio está previsto para Fevereiro do ano que vem.

JMM

espaços públicos. Sem incluir os Casais Castelos na equação, a Junta de Riachos calculou necessitar de 26 mil euros para o empreendimento.

A Junta critica também o que considera um factor economicista tido em conta pelo município na distribuição de fundos para as freguesias. Os Casais Castelos não foram incluídos no cálculo das áreas verdes e arruamentos da freguesia, continuando esta localidade sob a responsabilidade dos serviços da Câmara, como nos últimos anos. A opção foi feita devido à grande extensão dos espaços verdes ali existentes (principalmente na urbanização do Parque Verde), que faria ‘disparar’ o valor a caber a Riachos. Uma proposta alternativa da Junta incluía os Casais Castelos e apontava para os 39 mil euros.

“A Câmara não vai tratar daquilo. Como é que nós vamos justificar às pessoas a falta de manutenção [nos Casais Castelos]?”, atirou Simas, asseverando que é à Junta que as pessoas se dirigem sempre que têm queixas sobre os espaços públicos: “vamos ter queixas todos os dias e não posso estar sempre a dizer que não tenho nada a ver com isso”.

A delegação de competências prevê

o custo de 1,47€/m2 na manutenção dos espaços verdes, valor tido em conta pela Junta no cálculo da sua proposta. No entanto, Alexandre Simas fez uma “consulta regional abrangente”, em que averiguou as práticas e valores adoptados por outras câmaras e empresas muni-cipais. A conclusão, referida na reunião da Junta, é a de que Torres Novas tem o valor mais baixo entre as entidades consultadas. O mais próximo deste valor que encontrou, disse o presidentes da Junta, é em Alenquer (1,50€/m2) mas neste caso, os contadores da água estão por conta do município. “Mesmo as câmaras que estão de ‘calhostras’ no Alentejo dão mais às freguesias”, ilustrou José Júlio Ferreira.

Também na questão da limpeza dos arruamentos (rubrica referente às valetas das ruas e caminhos municipais que não são abrangidas pela acção da CESPA, empresa contratada para a limpeza das áreas urbanas do concelho) Simas diz que houve um equívoco, dado que os 9,64 km contemplados de-veriam ser o dobro. Assim como na envolvente do Centro Escolar, em que só foi contemplado o espaço da biblioteca.

Os últimos protocolos de delega-ção de competências atribuídos pela Câmara a Riachos atribuíam cerca de 20 mil euros para os arruamentos, 10 mil para as escolas e 11 mil para as zonas verdes (este respeitante a 2014, já numa situação em que os protocolos para os arruamentos e escolas não existem).

“Se eu aceitasse isto, estaria a aceitar as responsabilidades e com este dinheiro eu não consigo tratar das responsabilidades. Para a popula-ção, a Junta é a responsável, por isso não assino isto”, disse Simas. José Júlio refere que a Junta até poderia compreender a atribuição de poucos fundos se houvesse alguma obra estruturante prevista no orçamento, mas a verdade é que não há.

As expectativas da Junta foram assim defraudadas quanto aos planos para 2015. A eventual contratação de dois operacionais para os serviços de manutenção, cujo custo anual rondaria os 12 mil euros, fica posta de lado, e os projectos em carteira em “standby”. A margem de manobra na elabo-ração do orçamento mantém-se muito reduzida e Simas afirmou que “só o faremos porque somos obrigados por lei”.

Vítor Gomes

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3 – 19 de Novembro de 2014 riachos

Artistas de artes várias

caFé central carlos tomé

O homem vinha a andar devagar, gordo e anafado, as pernas muito inchadas, num om-bro trazia pendurado um casaco coçado mais velho que a sarda e no outro carregava um saco de serapilheira. As calças tinham chapas nos fundilhos e estavam presas à cintura com um baraço. Uma boina no alto do totiço completava a indumentária. Parou no terraço do Central e a conversa não tardou. “Atão quando encontrei os três marinheiros no Cais do Sodré armei um pé-de-vento do camandro, amandei-lhes um sopapo tão grande que até avoaram direito ao Tejo num abrir e fechar de olhos. Até zuniam. Foi um banho e pêras. E os gajos nem sabiam nadar. Eram uns marinheiros espertos como o raio. Zzta. Ouve lá, arranja aí uma coroa para eu comer uma bucha” dizia o Zezão no meio de um relatório recheado de façanhas de fazer tremer o mais corajoso dos rapazolas que o ouviam deliciados. As histórias do fiz e aconteci que recheavam uma vida algo imaginária e aventurosa do Zezão eram ali escarrapachadas como num livro aberto. Mas quando os cachopos não queriam fazer alguma coisa eram ameaçados pelas mães de que vinha lá o Zezão. O medo instalava-se e era remédio santo. Não havia teimosia de cachopo que resis-tisse a tamanha ameaça. Afinal, ao contrário do que rezava a história, o Zezão não metia medo nenhum, era apenas uma personagem de um filme de aventuras bem real que ele coloria à sua vontade.

Quando os cachopos passavam perto do Café do João Sousa ou do Central e viam o Palmeta nenhum resistia a gritar “ò Palmeta olaré Palmeta”. Claro que o Palmeta desfazia-se em asneiras e brandia os punhos, mas isso fazia parte do jogo. Nunca ninguém soube por que razão é que os cachopos faziam isso nem por que é que o Palmeta reagia assim. Naquela noite, como de costume, o Palmeta ia comprar ao Central um maço de Provisórios, mas o Carcaça, amigo de pequenas tramóias, já tinha preparado um cigarro retirando o tabaco e enchendo-o com cabeças de fósforos. No fundo, fez de um Provisório um verdadeiro explosivo. Ofereceu-o ao Palmeta e insistiu “chupa Palmeta, chupa” e o Palmeta fazia-lhe o gosto inspirando com toda a força até atear o rastilho e causar a explosão. Tanta foi a fumarada provocada pela explosão e tantos os impropérios atirados pelo Palmeta, embora só se percebesse “cabrões, ca-brões”, que quando saiu porta fora a correr, havia gente que queria chamar os bombeiros pensando

que o Central estava a arder.À tarde, tinha chegado ao terraço do Central

exibindo uma gaiola com dois lustrosos canários vermelhos. “Olhem aqui para esta maravilha. Um casal de canários que ando a criar há meses. São de uma raça muito rara que só existe lá para os Brasis. Cantam que é uma categoria e se forem bem ensinados até cantam o hino nacional” apre-goava o Micas que era uma espécie de vendedor de banha da cobra. A fama do Micas vinha de longe como o Sandeman. Era um pilha galinhas de estimação, alguém de quem se gostava e a quem tudo se perdoava porque a vida para ele só tinha jeito ser vivida se fosse colorida.

Mas como o Micas precisava de ganhar umas coroas, porque lá em casa já não entrava um tostão há que tempos, foi ter com o Manel da Arrequeixada e mostrou-lhe o casal canoro. A prédica foi de tal eloquência misturada com muita lata, que este não conseguiu resistir aos argumentos do vendedor. E o Micas adjudicou logo ali o casal de canários vermelhos com gaiola e tudo ao Manel que se queixava de, na noite anterior, lhe terem roubado um casal de canários amarelos. Mal sabia ele que tinha acabado de comprar o seu próprio casal de canários que o Micas lhe tinha surripiado na noite anterior. E o único trabalho que o Micas teve foi dar uma demão de tinta vermelha aos pássaros. Para o Micas, a vida era mesmo muito colorida.

Diziam que entrava em casa de pessoas amigas, ia direito ao galinheiro, esticava o bigode e com um gesto magnânime punha as galinhas a dormir. Toda a gente comentava o feito. Alguns mais incrédulos quanto aos poderes sobrenaturais do Professor Amba diziam “isso também eu faço, a galinha é o bicho mais estúpido ao de cimo da terra”. Mas ninguém alguma vez viu uma dessas almas críticas a fazer adormecer o Rei do Sono, um cão que estava sempre deitado no Largo a bater sorna durante todo o dia e que tinha o nome mais bem atribuído de sempre, quanto mais o bicho galinha. O Professor Amba era um artista de variedades, especialista no ramo do hipnotismo. Qualquer um que se atravesse a desafiar os poderes do mágico, arriscava-se a ficar a dormir de repente sem saber ler nem escrever e a transformar-se no mais caricato dos seres.

Nessa tarde, o Professor arranjou maneira de pôr um caro a andar sozinho da igreja ao Central e até apitava e tudo. Era um autêntico aconte-cimento mundial. Um carro a andar sozinho, um Mini sem chofer. Coisa nunca vista, coisa do diabo. Como era possível? A multidão fazia tanto barulho que até assustava o anão do Outeiro que se escondia encolhido entre o volante e os pedais da embraiagem. À noite, no espectáculo da Casa do Povo, em pleno Inverno, o Professor pôs quatro corajosos voluntários, que não acreditavam nos seus poderes, a pescar no Almonda no meio do palco e a despirem-se todos até ficarem em cuecas, porque, dizia o hipnotizador, “estava um calor do caraças”. Foi uma risada geral. O caso foi falado em todo o lado e passados seis meses os corajosos voluntários ainda se escondiam em casa para fugirem ao achincalhamento público. A partir daí até os mais teimosos incrédulos evitavam encontrar o hipnotizador com medo da figura triste que podiam vir a fazer.

Junta dá bilhetes para os nossos dias

O espéctáculo Táxis d’Os Nossos Dias vai ter uma apresentação no Teatro Virgínia no próximo dia 26 de Novembro às 21 horas. Com Anabela, Rosa do Canto, Sofia de Portugal, Joa-quim Nicolau, Pedro Giestas, Miguel Costa e Rita Frazão, a peça que utiliza personagens da telenovela da RTP Os Nossos Dias é uma comédia centrada na crise económica e anda há vários meses em digressão pelo País.

A Junta de Freguesia de Riachos disponibilizou 50 bilhetes para maiores de 65 anos (é só reservar directamente na Junta), no âmbito da política de dinamização de actividades para idosos da freguesia.

vendinha de natal já abriu na rua de santo antónio

A antiga papelaria junto ao Cabeleireiro Valadas, na Rua de Santo António, já tem aberta a Vendinha Social de Natal, uma iniciativa que começou no ano passado dinamizada por um conjunto de artesãs de Riachos e da região.

Ao estilo de loja colaborativa, cada participante tem direito a um espaço ou uma prateleira para expor e vender as suas criações.

Está aberta até 28 de Dezembro, com encerramento apenas à segunda-feira, e parte das vandas reverte a favor do Jardim Infantil de Riachos.

noite de fados na columbófila

A secção ornitófila da Sociedade Columbófila de Riachos vai organizar mais uma noite de animação com fado no salão da colectividade, no dia 6 de Dezembro. As fadistas são Ana Rita Inácio (Limeiras) e Helena Leonor (Santarém), e os guitarristas são Carlos Leitão e Henrique Leitão (Arraiolos). Com direito a ceia, as inscrições estão abertas (917786453).

meditação e yoga para crianças no salão da Junta

O projecto de Mónica Fonseca Luz já tem pernas para andar. O salão do judo, na Junta de Freguesia de Riachos, é o espaço onde vai decorrer a sua primeira demonstração de meditação e yoga para crianças, no sábado, 22 de Novembro.

O primeiro grupo será às 15 horas e destina-se a crianças entre os 4 e os 6 anos. Depois às 16 horas é a vez dos infantes entre os 7 e os 10. As inscrições, gratuitas e com um número limitado de participantes, são feitas pelo email [email protected] ou pelo telefone 966753206.

recolha de sangue na casa do povo

A Associação de Dadores de Sangue de Torres Novas vai realizar uma ses-são pública de recolha de sangue em Riachos. O local escolhido é a Casa do Povo, no próximo sábado, dia 22 de Novembro, durante a manhã, entre as 9 e as 13 horas.

Feira do livro nas escolas do agrupamento

As Bibliotecas Escolares do Agrupa-mento de Escolas Artur Gonçalves vão organizar mais uma Feira do Livro que decorrerá de 27 de Novembro a 5 de Dezembro. As portas estarão abertas à comunidade e público em geral.

Se procura livros inspiradores para um presente especial ou para oferecer a amigos e familiares neste Natal, pode encontrá-los nas feiras da Escola E. B. 2,3 Dr. António Chora Barroso, da Escola Secundária Artur Gonçalves, do Centro Escolar da Meia Via, de 2ª a 6ª, das 9 horas às 16h30, na biblioteca.

No dia 5 de Dezembro a Feira do Livro também estará aberta à noite na Escola Chora Barroso.

“o riachense” n.º 757 – 19/11/2014

MoTo cLUBe “os Tesos Do riBaTeJo”

em conformidade com as disposições legais aplicáveis e os estatutos desta associação, convoco todos os sócios para se reunirem em assem-bleia Geral eleitoral, que terá lugar na sede do Motoclube, sita rua da escola nº8 em casais castelos (riachos), a reunir no próximo dia 19 de Dezembro de 2014 com a seguinte ordem de trabalhos:

Ponto Único - Eleição dos órgãos Directivos para o biénio 2015-2016

o acto eleitoral decorrerá das 20:30 às 24:00 horas.as listas presentes ao acto eleitoral têm de ser apresentadas até ao dia 12 de Dezembro de 2014, na sede da associação.

o presidente da assembleia GeralJoão Manuel Duarte azevedo

CONVOCATÓRIA PARA ELEIÇÕESORGÃOS DIRECTIVOS

BIÉNIO 2015-2016

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4 19 de Novembro de 2014 – riachos | torres novas

SOMOS TODOS PRIMOSCaRlOS Manuel PeReIRa

Certamente todos saberão o que se passou em Portugal no primeiro dia do mês de Dezembro de 1640. Depois do golpe de estado que pôs fim à dinastia dos Filipes, sucederam-se os inevitáveis confrontos militares com os espanhóis. Nessa altura, para fazer face às despesas da chamada guerra da Restauração, foi criado o imposto extraordinário da Déci-ma, taxa anual de 10%, que foi relançado em 1762 por D. José I e a que ficavam sujeitos todos os indivíduos e todas as espécies de bens e imóveis (casas, terras, gados, moinhos, lagares, etc.) e todos os rendimentos, quer fossem de ofícios, salários, pensões, rendas, foros, juros ou lucros da indústria e do comércio. De tal forma que apenas ficavam isen-tos os órfãos que não tinham fazenda e “outras pessoas tão pobres e miseráveis que se não sustentem de outra cousa que de esmolas” 1.

A informação que ficou registada 2 permite-nos conhecer a área que cor-respondia à vintena dos Riachos em 1770. O juízo de vintena era a primeira instância local da justiça, derivando o seu nome do facto de existir um juiz por cada grupo de 20 fogos (vizinhos), no entanto, verifica-se no caso dos Riachos, bem como na generalidade das outras vintenas, que a jurisdição se referia a uma determinada área geográfica sem ter em conta o número de fogos. O juiz e os eventuais auxiliares eram eleitos localmente e recebiam da câmara uma delegação de poderes para decidirem nas disputas entre os moradores. A área da vintena dos Riachos começaria na estrada da Malã, aos portões do Raposo, ou seja a entrada para a quinta de Carvalhais, e daí seguia para sul, entre o dito caminho da Malã e o rio, até aos limites actualmente existentes, excluindo o casal da Volta e o casal do Lavra, passando pelas terras da quinta do Minhoto e pelo casal da Comenda, entrando no campo pelo Murtal, se-guindo pela estrada das Cordas até à Comendadeira junto ao rio.

A quinta de Carvalhais “que consta de casas, páteo, terra de pão, olivais e matos, anexo à mesma possue os casais dos redondos e outras terras…” era incluída, naquela época, no capítulo designado por “Arrabaldes da Vila”, onde era, igual-mente, incluída a quinta de Valada. As descrições das terras vizinhas à quinta de Carvalhais, sugerem que esta se estendia pelas charnecas da Costa Brava (ou de Carvalhais) e dos Casais Novos, limi-tada a norte pela Ladeira do Pinheiro, a nascente pelos Casais Castelos, Casal Marcos Ferreira e Casal das Flores, e a

sul pela Malã, um caminho que me faz sentir saudades e que jaz debaixo de uma coisa que é conhecida pela variante da EN243, no troço entre a rotunda dos bois e a da Agromais.

O resto da área da freguesia estava incluída na vintena do Espargal, que ia dos casais Castelos até aos Casais Formigos e às Vendas e a sul estendia-se desde o casal das Flores, ao longo da Malã, até ao casal da Volta e acrescentando o casal do Lavra.

Entretanto, a capela dos Riachos (1656) contaria mais de cem anos e a população na área da actual freguesia já tinha triplicado, atingindo o total um pouco superior a quinhentas pessoas. A freguesia, tipicamente rural, apresentava, de acordo com os registos da Décima de 1770, indivíduos com ofícios específicos:

- Camila Maria, uma viúva que tinha em sua casa uma venda de vinho e azeite.

- um ferreiro, convenientemente chamado Manuel Ferreira, e que tinha vindo da Gouxaria.

- quatro sapateiros de seu nome António Lopes, António Mendes, João Duarte e um Joaquim de que ninguém conhe-cia o apelido e que vivia numas casas arrendadas à tal viúva que era vendeira.

- um carpinteiro chamado Domingos Amado de quem não achei descendentes, mas que era irmão de um José Amado que deixou muitos.

- um barbeiro chamado José Godi-nho e que em 1777, no registo do seu casamento, se irá declarar como Oficial de Sangrador. Para quem não souber, acontecia naqueles tempos que um barbeiro era também uma espécie de médico que exercia toda a espécie de pequenas cirurgias, desde tirar um dente, tratar de um calo ou fazer sangrias em doentes com doenças infecciosas com o propósito de lhes renovar o sangue.

- doutros ofícios também relacionados com a vida do campo, são relatados um feitor, um maioral, um abegão, dois pastores de ovelhas, nove que eram tributados pelo trabalho de enxada, e vinte singeleiros que, na linguagem do escrivão, eram tributados pelo “trabalho com dous bois”.

A figura central da nossa terra era então o doutor Francisco António de Sousa Cid que era dono da quinta do Minhoto, do Lagar Novo, do casal da Raposa, da quinta e moinhos do Porto da Várzea e da quase totalidade das casas ou casais em que moravam os nossos avós e que lhe pagavam o respectivo foro.

1 Os textos em itálico são transcrições dos documentos da época. 2 Conjunto Documental da Décima, Torres Novas e Termo, 1770 e 1771 - arquivo histórico do Tribunal de Contas, Lisboa.

Os Riachos na Décima

necrópole com 4500 anos no Convento do Carmo

Ir à Hamburgueria da Vilacomer um Teatro Virgínia

abriu atelier de extensões de pestanas em Riachos

O recatado quiosque do Jardim das Rosas tem, desde o princípio de Outubro, uma nova ocupação. A Hambur-gueria da Vila tem sido um foco de atenção dos amantes de hambúrgueres e das de-corações acolhedoras com desenho retro.

A reprodução do conceito da Hamburgueria do Bairro (um sucesso recente que já tem seis lojas em Lisboa) foi a inspiração de Carolina Gaspar, a jovem empresária de 22 anos que se iniciou no mundo da restauração.

Não é o tradicional imaginário do hambúrguer enfarta-brutos que é oferecido, portanto. Um relance pela ementa elabo-rada pelo chef Paulo Leite e percebe-se logo que se optou pela qualidade em detrimento da quantidade. Há apenas seis variedades de hambúrguer, três de vaca, um de alheira, um de atum e outro de frango. Carnes de qualidade provenientes de fornecedores locais, pão tipo rústico (opcional), batatas fritas descascadas no dia, sobremesas caseiras e criativas, além do espaço ‘modernamente antigo’, são os ingredientes que se

juntam à irrestivível tentação de comer com as mãos. Na sua versão mais barata, a 5,5€ o menu almoço.

O cardápio é também um piscar de olho aos clientes mais bairristas, com nomes de hambúrgueres como “Teatro Virgínia”, “Castelo”, ou “Praça 5 de Outubro”.

Depois de terminada a licenciatura em turismo, a emigração era o destino mais certo de Carolina. Um hotel na Inglaterra era a opção mais óbvia, mas a ambição de gerir o próprio negócio fê-la ficar na sua terra. O objectivo ini-cial era claramente o centro da cidade, mas a hipótese do Jardim das Rosas surgiu de uma

circunstância quase fortuita, a dias de o processo de hasta pública para a concessão do local terminar. O projecto, apesar de feito num ápice, foi o escolhido pela Câmara.

Além do já referido chef, a parceria com a amiga Maria Inês Pinheiro na decoração e no marketing é outra das chaves para o sucesso, diz a Carolina. É precoce dizer sucesso? Talvez não; um mês depois da aber-tura, a cozinheira-empresária diz que “o conceito está a chegar às pessoas”, têm sido comidos muitos hambúrgueres torrejanos ali junto ao rio. No horário normal, mas também às sextas e sábados até à uma da manhã.

Essência do Olhar é um atelier de beleza estritamen-te dedicado a extensões de pestanas. Abriu no dia 3 de Novembro na Rua Nova, ao lado da clínica veterinária Bicos Pêlos e Patas, sem grande “pompa e circunstância”, ten-do começado logo a receber clientes.

Lúcia Mendes explica que o processo consiste na aplicação

de uma extensão numa pestana natural. Apesar de simples, é utilizado um produto “revolu-cionário” que, além do aspecto natural, tem a vantagem de dar o efeito máscara (rímel), ou seja, “permite às senhoras não terem de perder muito tempo de manhã ao espelho”. Tem também uma longa duração e resistência à água.

Por agora o serviço foca-se apenas nas pestanas, mas a

esteticista vai posteriormente fazer também extensão de sobrancelha.

As marcações são feitas pelo telefone 925215158 e já foram lançadas algumas acções promocionais, tais como o Vale Oferta, especialmente útil em época natalícia, e a promoção de abertura, em que é dado 50% de desconto para a primeira aplicação de extensões.

É a segunda descoberta arqueológica de interesse elevado na cidade de Torres Novas em poucos meses. Uma necrópole pré-histórica, com 4500 anos, foi revelada durante as obras no antigo Convento do Carmo. Segundo disse António Faustino Carvalho, que dirigiu as escavações, trata-se de uma gruta artificial construída na Idade do Cobre, um “hipogeu calcolítico”, era um jazigo familiar. À dúzia de corpos (ossadas) foram encontradas 15 peças em ouro “muito bem conservadas”, entre os quais um anel e outros adornos, assim como conchas marinhas decoradas.

Este foi um achado de “um grande valor

patrimonial e científico”, dado que este tipo de sítio arqueológico só tinha sido encontrado nas zonas de Lisboa e Setúbal, e foi o primeiro a ser descoberto desde os anos 1930”.

A empresa torrejana de arqueologia Crivar-que deparou-se com a descoberta enquanto acompanhava as obras no antigo Convento do Carmo, onde anteriormente já tinham sido descobertos enterramentos humanos dos séculos XVIII e XIX.

As peças encontradas pertencem ao Estado e foram para o Museu Nacional de Arqueo-logia, mas deverá ser feita de uma exposição em Torres Novas dentro de

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5 – 19 de Novembro de 2014 torres novas

Rodrigues manda orçamento de volta paraa Câmara devido a uma irregularidade

Oposição acusa Pedro Ferreira de falta de transparênciana contratação do novo director do Virgínia

3.º lugar no ranking da transparência

No ano passado a Câmara de Torres Novas ficou em 66.º e este ano ficou em 3.º. O Índice de Transparência Municipal, feito pela Transparência e Integridade Associação Cívica, mede o grau de transparência através da análise de sete categorias de informação disponibilizada nos seus sites.

enfermeiros do CHTM em greve

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses marcou uma greve de quatro dias no Centro Hospita-lar do Médio Tejo (hospitais de Torres Novas, Tomar e Abrantes), a 21 (sexta-feira), 24, 25 e 26 de Novembro. Na ordem do dia continua a contratação de en-fermeiros através de empresas de subcontratação a três euros/hora pelo conselho de administração.

Orçamento de 4,5 milhões na CIMT

O orçamento da Comunidade Médio Tejo para o ano de 2015 no valor de 4,5 milhões de euros.

Outro assunto recentemente discutido é o projecto dos Espaços do Cidadão que o Governo quer implementar nos municípios. Os autarcas querem uma loja do cidadão em cada concelho, sem que isso traga qualquer tipo de encargos futuros.

aSSeMbleIa MunICIPal

Uma situação inédita atingiu o executivo socialista torrejano. O presidente da Assembleia Municipal, António Rodrigues, devolveu a proposta de orçamento à Câmara devido a uma “irregularidade ou mesmo ilegalidade que consubs-tancia” o próprio documento. O problema está no facto de, como O RIACHENSE noticiou na última edição, o orçamento de 2015 ter sido feito com base numa taxa de IMI de 0,45% e a Câmara ter aprovado uma taxa de 0,40% no mesmo imposto, violando assim o prescrito pela lei do regime finan-ceiro das autarquias (73/2013).

A taxa de IMI e o orçamento

foram aprovados na Câmara no dia 31 de Outubro. No dia 12 de Novembro, na Assembleia Mu-nicipal destinada à aprovação das taxas municipais de 2015, António Rodrigues juntou-se à oposição no coro de críticas à incongruência entre orçamento e taxa de IMI.

Rodrigues enviou entretanto um ofício à Câmara em que reitera a necessidade de “sanar a irregu-laridade” que Pedro Ferreira se mostrou indisponível para corrigir, tanto na Assembleia como em contacto pessoal pelo presidente da Assembleia. Ferreira apontou sempre para uma revisão orça-mental em Janeiro, a primeira de sempre, dizendo que a tesouraria tem cobertura para aguentar a discrepância deste empolamento .

Ainda antes das intervenções de Rodrigues na Assembleia (ver nesta página), a oposição da CDU e do Bloco de Esquerda mostraram-se incrédulos com este “lapso”, nomea-damente tendo em conta o historial recente da relação com o Tribunal de Contas e com a “rigorosíssima lei das finanças locais”.

Entretanto, a CDU propôs à Assembleia a redução para o mínimo (0,30%), alegando que o aumento esperado das receitas de IMI para 2015 é de 18%, muito acima da média nacional de 13,5%, o que daria uma grande margem de manobra para reduzir a taxa.

O BE também propôs a taxa mínima, argumentando que o IMI é “o instrumento certo para ajudar as pessoas”, que vão ter em

2015 os encargos suplementares do desaparecimento da cláusula de salvaguarda do IMI e um aumento significativo do IUC. No entanto, as propostas do BE e da CDU foram rejeitadas pela maioria.

Já o PSD criticou bastante a majoração de 30% prevista para os casos de prédios degradados, e apelou ao executivo que não co-munique às Finanças a lista destes casos – baseada num levantamento feito pela autarquia - antes de divulgar um edital para informar os sujeitos e analisar cada caso.

Recusada proposta de redução de IMI para freguesias rurais

A CDU propôs ainda a criação de uma taxa de IMI paralela,

em que era feito um desconto de 30% no IMI aplicável aos prédios urbanos situados nas freguesias rurais e na parte rural das freguesias urbanas. Segundo a proposta, seria uma forma de incentivar a fixação da população e o combate ao despovoamento, compensando a perda de qua-lidade de vida nas aldeias “na sequência do encerramento ou diminuição de serviços públicos como saúde, escolas, transportes, iluminação, etc.”.

A proposta foi recusada, com votos favoráveis da CDU e do BE, as abstenções do PSD e do CDS e os votos contra de toda a bancada do PS e de todos os presidentes de Junta, inclusivamente os das freguesias rurais.

Na Assembleia Municipal, Ro-drigues disse, no seu habitual tom alto: “é a noite mais difícil de toda a minha vida autárquica, que poderá ter acabado hoje (…) a solidariedade e a amizade têm limites (…). Vou votar em conformidade com a bancada do PS mas não compactuo com isto, pois esta inconformidade põe em causa toda a bancada do PS que o aprovar”.

Pedro Ferreira e Luís Silva, pre-sentes na sessão, iam mostrando as suas expressões de espanto durante todo o tempo das intervenções de Rodrigues, enquanto na bancada do PS não houve qualquer inter-venção perante a evidente cisão entre a facção Ferreira na Câmara e a facção Rodrigues na Assembleia.

A verdade é que a dupla que durante 20 anos foi inseparável no governo do município começou há já alguns meses a mostrar sinais de divergência. Esta foi a segunda vez que António Rodrigues insinuou a incompetência do executivo e disse em plena Assembleia Municipal que se poderia demitir por não concordar com a Câmara. Além disso, durante este verão quente do PS, Pedro Ferreira e Luís Silva

fizeram campanha, embora discreta, por António Gameiro (candidato a um segundo mandato à federação distrital do PS) e António José Seguro (candidato a líder nacional do PS), enquanto António Rodri-gues foi um dos mais aguerridos promotores da candidatura distrital de Céu Albuquerque, presidente da Câmara de Abrantes, e de António Costa. Também o número dois da Assembleia, José Trincão Marques, apoiou o movimento costista.

Pouco antes das eleições distritais, realizaram-se as eleições socialistas em Torres Novas, destinadas a escolher os delegados ao congresso da federação de Santarém, a que concorreram duas listas e onde votaram 40 militantes torrejanos. A lista encabeçada por Pedro Ferreira venceu com mais do dobro dos votos (elegendo cinco deputados) que a lista encabeçada por José Trincão Marques, apoiada por António Rodrigues, que elegeu apenas dois. Em Torres Novas, também Gameiro, apoiado por Ferreira e que venceria a eleição para a distrital, teve mais votos do que Albuquerque, apoiada por Rodrigues.

Segundo informação da Câ-mara, a escolha da nova direcção artística do Teatro Virgínia foi feita entre João Aidos (antigo director, de onde saíu em 2010 para a Direcção-Geral das Artes), Isabel Reis (assistente de Aidos e sua sucessora) e Rui Sena (sugestão do próprio Aidos), aos quais se pediu uma candidatura ao cargo. A contratação de um director pelo mesmo custo de Tiago Guedes - dois mil euros mensais - tem como objectivo manter a qualidade da programação, disse o presidente da autarquia na reunião do passado dia 11, ainda antes de ser apresentada a escolha final.

Apesar deste processo ser da competência do presidente, a opo-sição não gostou da condução do processo, que apelidou de “pouco transparente” e desnecessário, por a escolha já estar feita à partida.

Nuno Guedelha revelou que o

novo director foi apresentado à equipa do Teatro Virgínia antes de aprovado na Câmara e referiu que o “factor C não devia ser critério para esta contratação”. Disse ainda que a proposta de Pedro Ferreira não estava fundamentada, nomea-damente quanto aos critérios da selecção: “O que se pede ao novo director? É para apostar mais no trabalho que se faz no concelho ou nos espectáculos elitistas? Vai haver mais ou menos dinheiro para os serviços educativos?”.

O vereador comunista considerou também que se deveria aproveitar o momento para apostar na prata da casa, “há gente em Torres No-vas e no próprio Teatro Virgínia com competência para o cargo”, defendeu.

Helena Pinto criticou a ausência de um perfil e lembrou que, por o Teatro já não estar sob a alçada de uma empresa, a transparência

dos processos tem de ser maior. Criticou ainda o facto de se ir contratar um director externo para ganhar tanto quanto os vereado-res a tempo inteiro e quase tanto quanto o presidente.

A vereadora do Bloco apelou ao conhecimento do plano de internalização dos serviços da Turrisespaços, nomeadamente para saber onde se enquadram nas estruturas da Câmara os serviços. “Está tudo no limbo, os serviços estão a ser organizados de forma avulsa, caso a caso”, referindo-se à contratação dos professores de natação, da empresa da área au-diovisual Singular Box, agora do director do Virgínia, em momentos diversos. “Isto não é forma de gerir os serviços da ex-Turrisespaços”, afirmou.

A contratação de Rui Sena aca-baria por ser aprovada, apesar da abstenção do PSD e os votos contra do CDU e BE.

Chatearam-se as comadres

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6 19 de Novembro de 2014 – destaque

“O bem-estar dos cidadãos passa por o estado não os pressionar tanto e lhes retirar tantas disponibilidades financeiras”

luís vasconcellos e souza

“É importante que Portugal perceba que tem um sector primário com potencial para o mercado europeu”entrevistaandré lopes

Desde a fundação da Agromais houve onze ministros da agricultura, começando com Álvaro Barreto em 1987. “Eles passam e a gente fica”, diz Luís Vasconcellos e Souza, que os conheceu a todos.

Fundador e presidente do entre-posto comercial agrícola sediado em Riachos, o seu percurso nos últimos trinta anos está completamente ligado à evolução da agricultura na região. O emparcelamento das terras e as ajudas aos empresários foram os dois principais motes desta conversa.

Foi muito crítico quanto às competências de anteriores mi-nistros da agricultura. A actual ministra já percebe do sector?

A actual ministra é uma pessoa muito inteligente, com sensibilidade política e que, hoje, já conhece o sector. Ela veio para o sector, mas tem sensibilIdade e inteligência para perceber as coisas. O que nem sempre aconteceu. A inteligência é uma vantagem.

Como vê o discurso oficial sobre o regresso ao desígnio nacional da agricultura, depois de todo o retrocesso e as PAC (Política Agrícola Comum) das últimas três décadas?

Isto é uma questão de bom senso. O bom senso em Portugal é uma coisa que não existe muito. Há excitações, como eu costumo dizer, mas o bom senso deve prevalecer. As pessoas chegaram à conclusão de que não tínhamos muita coisa, mas ao menos uma. A grande verdade é que não fazemos grande coisa melhor que os outros.

A ideia, que existe hoje em dia, é que há que distribuir... o país não pode distribuir a riqueza que não tem. E essa é que é a questão. É que a gente começou, e continua, a distribuir mais do que aquilo que tem, daí os défices. As três grandes rubricas do défice são: os funcionários do Estado, as despe-sas gerais do Estado e os juros da dívida pública.

O senhor e eu, na nossa casa, ajustámos depressa e o Estado nunca mais ajusta. Não podemos ter um Estado que nos cobra impostos crescentes todos os anos e que nunca mais baixa os seus custos. Qualquer que seja o [nosso] partido, a gente

vê que aperta o cinto e o Estado nunca mais aperta. Não podemos andar nisto. O Estado come-nos.

Está a falar mais do ponto de vista do cidadão consumidor ou do empresário produtor?

Com certeza que é dos dois. O Estado está tão preocupado consigo próprio que não se preocupa com os cidadãos. Pagamos em Portugal mais ou menos o que pagam os outros, já não temos diferença. A diferença é que os outros são mais bem servidos. Nós estamos a pagar para um Estado que não é eficiente, que não usa bem o dinheiro.

Há organizações administrativas que não fazem contas, algumas estruturas de poder local não fazem contas, quer dizer, se eu tiver uma empresa que não seja rentável, o mercado obriga-me a fechar. Há estruturas [administrativas] que não são rentáveis e não prestam nenhum serviço, mas ninguém as fecha. Não faz sentido termos duas sociedades; uma privada, que ajusta, que sofre, que paga, e uma pública que não ajusta, não é eficiente, não presta nenhum serviço.

Temos de ter só um som, não podemos falar duas línguas no mesmo país. É um país pequeno que tem de estar orientado para metas bem definidas e nacionais. E o problema é que temos uma

máquina do Estado, a máquina das câmaras, que pensa de uma maneira, e depois temos o comum dos mortais que vê aumentar os impostos todos os anos e que não tem escolha. E a gente sente que há estes dois mundos. A solução não é pisar os calos aos funcionários públicos, é gerir bem a máquina do Estado. Não podemos ter uma máquina do Estado em que 80% dos custos são com ordenados. O Estado não pode ser uma coisa aberrante. Não pode gastar mais do que aquilo que recebe. Temos de arranjar uma maneira de o Estado perceber que o bem-estar dos cidadãos passa por não os pressionar tanto e lhes retirar tantas disponibilidades financeiras.

E em termos de regulamentação, especificamente na agricultura, o que poderia ser feito para ajudar as pessoas?

Temos, por exemplo, casos ligados a uma outra coisa do mesmo género. Estou a lembrar-me das caixas de crédito. Há caixas de crédito que têm uma função social e há caixas de crédito que não têm uma função social. Temos caixas de crédito que fazem empréstimos para beneficiar a vida profissional e até pessoal dos seus associados e outras que não o fazem. Esta dualidade não pode continuar a existir.

Há Caixas Agrícolas com mentali-dade de ‘vamos ajudar os associados’ e outras que acham que ‘há risco’. Sem querer dizer nomes, acho que há caixas de crédito que acham que o risco é superior àquilo que será o benefício de emprestar dinheiro.

As caixas de crédito são uma coisa um bocadinho diferente dos bancos porque, no fundo, a função social não se pode con-fundir com o negócio. As caixas são cooperativas que existem com capital dado pelos seus associados para, de certa maneira, financiar as actividades dos seus associados. Quando deixam de o fazer, é sinal de que a coisa não está a seguir os trâmites normais.

Existem muitos empresários agrícolas que não podem levar avante os seus empreendimentos porque lhes é recusado o crédito?

Existem. Sobretudo porque se avi-zinham investimentos importantes relacionados com o emparcelamento nesta zona e com a necessidade de disponibilizar capitais suficientes para as pessoas poderem dar o salto para as novas condições que vêm aí. As pessoas vão ser chamadas a mudar a configuração da sua estrutura produtiva. E para isso é importante que exista dinheiro, que exista crédito, que exista quem os ajude. As Caixas não existem

para fazer uma caixa de dinheiro como o Tio Patinhas, a função delas é ajudar os seus associados e associar pessoas que precisem de ser financiadas e que sejam pessoas de bem. Tudo o que seja fora disto, vai contra aquilo que é o seu objecto social.

A questão do emparcelamen-to arrasta-se há vários anos. Já estamos no ponto em que só falta o dinheiro para implantar o projecto?

Estamos no ponto de achar que durante o ano que vem vamos ter o emparcelamento. A parte técnica já está feita. Agora vamos ter acesso ao dinheiro para fazer a obra.

Como se vai ser o processo e como foi a negociação com os proprietários?

Fez-se um puzzle com as proprie-dades, as pessoas disseram onde é que queriam ter parcelas maiores, e foi feito um novo puzzle, de comum acordo com as pessoas. E 99,8% das pessoas estiveram de acordo, portanto isto é uma coisa que vai acontecer. Precisamos ainda de dinheiro e de tempo. O dinheiro virá do Estado, fizemos uma candidatura para o gestor, que vai ser a Agrotejo. O que a Agrotejo vai fazer é preparar e executar um caderno de encargos

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luís vasconcellos e souza

“É importante que Portugal perceba que tem um sector primário com potencial para o mercado europeu”

que diz [ao produtor] ‘olha, este ano vão ser mil hectares, para o ano vão ser tantos hectares, são estes que aqui estão, beneficia esta gente e aquela’...

Demorou uns anos. Mas fizemos isto em metade do tempo que demorou o Estado. No Monde-go, o Estado demorou 12 anos a chegar a acordo. Nós demorámos menos de seis. Só que tivemos um ministro chamado Jaime Silva, que meteu isto na gaveta e que achou que não acreditava nisto. Graças a Deus, agora é para continuar. E nós somos um exemplo daquilo que faz sentido, que é, numa zona muito produtiva e com muito pequena propriedade, conseguir aumentar a propriedade média para mais do dobro, para estarmos no mercado a produzir melhor e mais eficientemente. O primeiro projecto vai ser nas freguesias de Riachos, Azinhaga e Golegã. Um investimento na ordem dos 5 milhões e 800 mil euros. São mais ou menos 900 entidades, entre rendeiros e proprietários.

Qual é a sua perspectiva da continuidade do crescimento da agricultura, enquanto sector económico na região, tendo em conta os actuais retrocesso da economia e menor financiamento do sector?

Aqui estamos numa zona agrícola privilegiada. Vamos ter menos razões de restrição do que, porventura, outras zonas. Agora o que é im-portante é que Portugal perceba que tem um sector primário com potencial para o mercado europeu, sobretudo um grande potencial hortícola/frutícola e um grande potencial florestal.

O País tem o clima muito ameno e muito propício a que as coisas cresçam. Depois temos esta zona, que, de facto, é a melhor do país, pelos solos que tem, pela proxi-midade dos centros, mas todo o País tem um potencial muito significativo.

E o mercado interno?O mercado interno não é uma

parte importante do desenvolvi-mento das empresas agrícolas. As empresas têm de produzir para o mercado internacional. Nós temos um mercado interno, então nesta fase de crise e de falta de poder de compra, que é muito restritivo. Para

estarmos na vida comercial, temos de vender para fora e na agricultura da região isto pode traduzir-se na parte hortícola. Não conseguimos neste momento ser agressivos, comercialmente falando, para o mercado interno.

O desenvolvimento da parte hortícola tem também a ver com as medidas de ecologização da nova PAC, nomeadamente na rotatividade das culturas e inclusão de áreas ecológicas?

Essas medidas ainda não estão bem mastigadas, mas no fundo vão no bom sentido. É importante que algumas áreas das explorações contem como áreas elegíveis para esse efeito; as marachas, as valas, as linhas de água com galerias ripícolas.

Acho que não vai ser restritivo, quer dizer, acho que os produtores têm de ter um enquadramento de produção, mas não é através de um enquadramento restritivo. Têm é de ser educados a produzir, num enquadramento genérico, a céu aberto. As pessoas têm de perceber que aquilo que produzem tem de ser um bem e não um mal.

Têm que olhar para nós [agri-cultores], também numa perspec-tiva de se não estivermos cá [na natureza], não estará cá ninguém. Quem é que iria para os campos? Um guarda florestal que sai às 5? E essa ideia às vezes também falta a algumas pessoas que olham para o sector agrícola.

Em que escala são utilizados organismos geneticamente mo-dificados na nossa região?

Confesso que não acho isso uma coisa importante. De qualquer ma-neira, acho que é, como dizem os americanos, pro-choice, isto é, há a escolha. Comercialmente a escolha cabe aos agentes comerciais que nos compram milho. E eles é que nos têm de pedir; ou querem uma coisa ou querem outra ou querem as duas. Nós produzimos e fornece-mos industriais, comerciantes, sob encomenda. Esta questão não está em nós, está em termos de compra. O produtor tem que fazer aquilo que se vende, não aquilo que gostava que se vendesse. Mas ninguém nos diz: eu quero um OGM.

A agricultura tem empregado mais pessoas ou não?

Acho que sim, e a agricultura

pode ser feita a um nível mais efectivo do que tem sido feita até hoje. Vamos ter que olhar para o lado produtivo de uma forma mais integrada, subir na cadeia de valor e tentar que as coisas sejam mais aguerridas do ponto de vista comercial.

A relação dos produtores com as grandes margens de lucro das grandes superfícies é outro assunto arrastado. Como é que isso poderia ser ultrapassado de uma vez por todas?

Se vivessemos todos no mesmo mundo. E não vivemos. Nós vive-mos num mundo em que o risco é nosso. Nós vivemos num mundo em que o risco é dos fornecedores.

O governo também vive num mundo separado dos produtores?

Os governos não se querem meter com as grandes superfícies porque as grandes superfícies são os maiores empregadores do País. E eu gostava de ficar por aqui.

O Alqueva já é mais estimulante do que o Vale do Tejo?

A questão do Vale do Tejo é que é finito e já está agricultado. E o Alqueva é menos finito e não está agricultado, portanto é onde a actividade vai crescer. Nós somos o passado e o presente e o futuro da agricultura está no Alqueva. Pela extensão, pela novidade, pelo potencial, pela disponibilidade dos solos, pela escala.

Com o crescimento esperado do Alqueva, é possível dizer que daqui a uns anos o volume de negócios da Agromais na nossa região vai ser residual, compa-rando ao de lá?

Isso vai depender da nossa ca-pacidade. Agora, a nossa base é definida pelos nossos produtores. Se os nossos produtores quiserem ficar aqui, ficaremos. Se acharem que lá é um sítio para onde vale a pena ir, nós estamos lá para os apoiar.

Quantos produtores associados tem a Agromais hoje no Alqueva?

À volta da 30, mas são produtores com alguma expressão.

Com os novos secadores os produtores estavam à espera que a entrega das colheitas este ano

fosse mais célere, mas as filas na recta da Agromais até se agrava-ram. O que se passou?

Houve dois problemas. Um foi os fornecedores não terem levantado o milho que estava previsto, houve uma produtividade superior à que estavamos à espera, superior à do ano passado, mais uma tonelada, mais ou menos.

E por outro lado, talvez mais grave, foi os prestadores de ser-viço de colheita terem comprado máquinas novas. Só para dar uma ideia, há duas ou três máquinas novas compradas nesta zona que fazem mais 400 ou 500 toneladas por dia além daquilo que existia, portanto, essas 1500 toneladas por dia ao fim de uma semana são quase mais 10 mil toneladas novas. Quer dizer, nós aumentamos a capacidade de secagem à volta de 1000 toneladas por dia, no conjunto das nossas instalações, e essas máquinas põem mais

1500. Quer dizer, a gente andou a investir para nada, por assim dizer... Portanto, isto não pode continuar assim. As máquinas não podem continuar a colher exponencialmente mais, quer dizer, isto é imparável. Qualquer dia temos um só dia de debulha com 600 máquinas no campo...

Além das novas máquinas, também há mais prestadores desse serviço?

Há mais porque isto é uma zona que cria apetite. O homem da máquina quer que a máquina trabalhe 24 horas por dia, está no seu direito. Agora nós também temos de dizer: ‘Olhe, a sua máquina não pode trabalhar 24 horas por dia, porque há 40 máquinas a fazer 400 toneladas, portanto a gente não consegue secar 16 mil toneladas por dia. Nem nós nem ninguém. É uma questão de bom senso.

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8 19 de Novembro de 2014 – Riachos

Contos da emigração (3)

Nos primeiros dias de 1969 trabalhava por turnos na Fábrica de Fiação e Tecidos, em Torres Novas, como operário fabril, onde ganhava 900 escudos por mês. Com 25 anos de idade, Justino Baptista Marques tinha conseguido juntar 5 contos de reis, que era quase meio ano de salário, e que era o valor a dar ao passador que o transportaria para França.

Casado há pouco tempo e com dois fi-lhos de 1 e 2 anos, tinha tomado a decisão de deixar Portugal, onde o futuro não se mostrava muito risonho.

Juntou-se a outros 2 riachenses e, no dia 1 de Fevereiro de 1969, à noite, apanharam o comboio que os levou a Vilar Formoso.

Já passaram mais de 45 anos sobre esse dia e Justino Marques desfia as memórias deste tempo inicial de aventuras, de medos, de esperanças, de travessia das fronteiras sem passaporte.

Fui para ter uma vida melhor e para procurar as oportunidades que não tinha no meu país

Viagem e chegadaE contam-se as histórias da viagem e

da chegada.

Fui com o Luís Gil e com o genro dele, o Chico dos Gelados, no comboio até Vilar Formoso. Como não tínhamos passaporte, entregámo-nos ao cuidado do passador que nos guiou na travessia a pé para Espanha, em Fuentes de Onor.

Aí tínhamos que esperar por um outro comboio e, enquanto estávamos no bar vimos um tipo que tinha um carro que não pegava e nós lá fomos dar uma ajuda e empurrar o carro. Só no fim é que uns portugueses que ali estavam nos disseram “vocês estiveram a empurrar o carro dum gajo da PIDE!” Apanhámos um grande susto porque não tínhamos documentos e podíamos ter sido apanhados.

Depois voltámos para o bar para fazer horas, bebemos um cafezinho, uma tequi-la e esperámos pelo comboio para Irun e Hendaia.

Justino Marques prossegue o relato deste percurso, já em Espanha, que acabou por ser tranquilo e sem problemas com a polícia.

No comboio iam já muitos emigrantes portugueses que trabalhavam em França há alguns anos e estavam legalizados. Eram principalmente de Fátima, de Ourém, de Pombal. Perceberam logo que íamos a salto e, por isso, ajudaram-nos e até nos deram comida, que bem precisados estávamos. A última dificuldade era a travessia da fronteira para França, em Hendaia. O passador deu a ajuda final, cada um de nós pagou-lhe os 5 contos e seguimos de

comboio para Paris.Já era quase noite quando chegámos à

Gare de Austerlitz e foi aí que me separei dos restantes colegas porque íamos para sítios diferentes. Eu não sabia uma palavra de francês, mas levava um papel com a direcção do Manuel Ferreira e da Teresa. Entreguei esse papel ao taxista que me levou ao destino. Quando cheguei estava lá um padre que tinha jantado com ele, porque era o aniversário do Ferreira, e nessa primeira noite fui logo dormir à casa dos padres operários em Clichy.

trabalho e habitaçãoQuando chegou a Paris já tinha alguma

indicação de trabalho ou empresa para onde ir?

Não! Não tinha nenhum trabalho à minha espera, tive de procurar. Na segunda noite já fui dormir a casa do Joaquim Alberto, em Colombes, e ele dava apoio aos emigrantes que o procuravam e ajudava a encontrar trabalho. Depois de várias tentativas, o meu primeiro trabalho foi como serralheiro e soldador na casa Jean Boulhon, onde fui ganhar 3,94 francos por hora, o que dava cerca de 900 francos por mês. Era seis vezes mais do que ganhava em Portugal…

Este trabalho durou seis meses, depois fui trabalhar para a Bodycote que fazia têmpera de peças para carros da Renault, da Peugeot, da Ford. Eu soldei milhares de eixos para a Ford.

E não teve dificuldade na adaptação à Língua Francesa?

Eu fui para França só com a 4ª classe, não sabia nada de francês. Ao princípio foi muito complicado e comecei a aprender os nomes dos materiais, das ferramentas, dos aparelhos. Tinha um livro de tradução francês/português para esclarecer algumas dúvidas e fui obrigado a aprender.

Também tive uma grande ajuda dos meus companheiros de trabalho franceses. Foi com eles que aprendi muito, na língua e na profissão, porque, se trabalhasse só com portugueses, não aprendia mais do que já sabia.

Então, no local de trabalho, havia muitos franceses?

Eram quase todos franceses, só os que trabalhavam nos fornos é que eram mar-roquinos e argelinos. Durante muitos anos eu fui o único português naquela empresa (Bodycote). Só mais tarde entrou um outro português.

Olha, uma vez até explodi com o meu chefe de atelier, que era francês, numa situação em que eu tinha razão e, nessa ocasião, ele disse-me “nunca mais cá ponho nenhum português!”. O que é verdade é que acabei por ficar 36 anos, portanto não era tão mau como isso.

Justino Marques: “à procura das oportunidades que não tinha no meu país”

Colombes, nos arredores de Paris, em 1969. Da esquerda para a direita: José Luís Direito,Américo Inverno, Justino Marques e José Mágoa

Justino Marques recorda as condições precárias dos primeiros alojamentos. A primeira noite, em 2 de Fevereiro de 1969, passada na casa dos padres operários em Clichy, depois um mês de permanência no apartamento de Colombes, onde estava o Joaquim Alberto, “um tempo rico de expe-riências, de contacto com muitos emigrantes riachenses e de outras terras de Portugal, de contacto com muitos jovens que tinham fugido por causa da guerra colonial”.

Algum tempo depois de conseguir em-prego mudou-se “para casa de um rapaz amigo” para ficar mais próximo do local de trabalho. Depois viveu num hotel, num quarto com serviço de cozinha, “nunca me esqueci que era o Hotel 127, em Clichy”.

Em Abril de 1970 a mulher, Maria Emília Simões, acompanhada pelos filhos, vai também para Paris, primeiro para o hotel com o marido e, quando consegue um lugar de porteira no número 1 da Rua de Paris, em Clichy, mudam-se para esse pequeno apartamento. Uns anos depois, Justino Marques alugou um apartamento nesse mesmo prédio para dar melhores

condições de vida aos filhos.

Sabes que havia quem vivesse muito mal. Eu cheguei a ir àquele bairro de lata, a que chamam bidonville, onde viviam centenas de portugueses e que era em Saint-Ouen.

Fui lá duas ou três vezes, mas até me arrepiava. Era um chão de terra, cheio de lama, barracas sem condições. Era impressionante.

Havia um outro bidonville em Cham-pigny, mas os riachenses que estavam em Paris nunca viveram nessas condições tão miseráveis.

trabalho comunitárioA intervenção cívica e o trabalho gratuito

ao serviço da comunidade podem manter-se, mesmo quando se vive num país estrangeiro, e Justino Marques foi uma das pessoas que se empenhou nesse trabalho comunitário.

Em 1984 um casal do Outeiro Grande foi a minha casa convidar-me para eu fazer parte da Comunidade Católica de Clichy, que já tinha nome mas não estava organizada.

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9 – 19 de Novembro de 2014 Riachos

Justino Marques: “à procura das oportunidades que não tinha no meu país”

O mais marcante foi criar os meus filhos lá, num sítio que eles não conheciam e euconhecia mal. E depois foi vir-me embora e eles ficarem lá.

Eu disse que sim, mas tínhamos que falar com o bispo de Nanterre. Acabaram por se juntar 8 pessoas que, juntamente com o padre de Clichy, foram falar com o bispo que aceitou o projecto.

No dia 17 de Março de 1984 foi celebrada a primeira missa em língua portuguesa pelo padre brasileiro Frei Hilson. Depois a comunidade começou a crescer e chegámos a ter 140 crianças na catequese e 16 jovens num grupo de reflexão. Quando havia comunhões solenes estava presente o bispo de Nanterre ou mesmo bispos portugueses.

Estás a ver? Isto é o livro que a rapaziada escreveu quando eu me vim embora e está aqui a carta do bispo.

Sim, estou a ver. Justino Marques mos-tra o livro e a carta, assinada pelo bispo de Nanterre em 2004, a agradecer o seu trabalho na presidência da comunidade católica portuguesa ao longo de 18 anos, referindo que “usou o seu tempo e atenção para que esta comunidade fosse viva e activa, em boa harmonia com a paróquia de Cli-chy”. Um documento precioso que mostra o empenho no trabalho comunitário e, mais importante ainda, o reconhecimento dos superiores por esse trabalho.

E, quando começou a trabalhar em França, alguma vez pensou ficar ali para sempre?

Sempre pensei voltar a Riachos, mas

só depois da reforma. Enquanto estive a trabalhar nunca quis desistir.

Justino Marques fala pausadamente, com tranquilidade, seguro, mas, para terminar, preciso de saber se, hoje, consegue olhar para trás, recordar estes 40 anos de traba-lho como emigrante, dizer o que foi mais marcante e dizer se valeu a pena.

Uma pausa. Num minuto revê-se todo o passado. A viagem, o trabalho, a incerteza, a língua estranha, os filhos, os amigos, os momentos bons, as dificuldades, os convívios.

O mais marcante foi organizar a vida, criar os meus filhos lá, num sítio que eles não conheciam e eu conhecia mal. E depois foi vir-me embora e eles ficarem lá. É por isso que eu vou lá muitas vezes, para estar com eles e com os netos.

E, olha, não estou nada arrependido de ter ido. Tenho a certeza que melhorei a vida e valeu a pena, não valeu Mila?

A acompanhar a conversa, Maria Emília concorda, “valeu a pena, sim senhor, apesar de todas as dificuldades”.

Das muitas passagens que aqui não se contam, Justino Marques ainda diz “não podes pôr aí a história da minha vida toda, senão tinhas que escrever um jornal muito grande”.

( José Tomé, depoimentos recolhidos em Agosto e Novembro de 2014)

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Page 10: Edição 757 19 novembro 2014

10 19 de Novembro de 2014 – golegã

O ministro Pires de Lima também visitou a Golegã

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Workshop de “afecto inclusivo”

O Projeto ECO, do Graal da Golegã, continua a dinamizar actividades formativas e de sensibi-lização para os jovens e associações da terra, em particular aquelas que são parceiras do projecto ECO, mas também todas as que quiserem participar. A próxima é dedicada ao tema “afecto inclusivo e comunicação não-violenta ou autêntica” e realiza-se no dia 26 de Novembro à tarde, no Centro do Graal da Golegã, com a coorde-nadora Maria Helena de Koning.

Aumentos da água não atingem maioria da populaçãotarifas sobem

A Golegã, o município que fornece água ao preço mais baixo do distrito, vai aumentar os tarifá-rios em 2015. A actualização dos tarifários de águas, saneamento e resíduos sólidos é uma imposição da ERSAR (Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos), no sentido de atender a índices de sustentabilidade mínimos de-finidos por aquela entidade, mas a Câmara tinha vindo a contornar essa imposição. No entanto, o in-cumprimento da obrigatoriedade de caminhar para a harmonização nacional dos preços terá como pena o pagamento de coimas avultadas e a adesão obrigatória a um sistema multimunicipal.

Os baixos tarifários praticados na Golegã tornavam os sistemas de abastecimento bastante defi-citários (cerca de 300 mil euros de prejuízo por ano), assumindo o município, até aqui, o encargo social da diferença para o que o

consumidor paga.O estudo de viabilidade feito

pela Câmara para se atingir a sus-tentabilidade aponta a necessidade de um aumento de cerca de 20% por ano até 2019, limite imposto pela ERSAR para se atingir o pa-tamar de sustentação, a começar já em 2015.

Assim, no abastecimento a tarifa fixa passa de 87 cêntimos para 1€ e até 2019 chegará a 1,5€, o mínimo estabelecido pela ERSAR. Mas devido a uma remodelação dos escalões no abastecimento, 60% da população nem vai chegar a sofrer estes aumentos, visto que a maioria encontra-se no 3.º escalão (10 a 20 m3) e em 2015 vai passar para o 2.º escalão (5 a 15 m3), ou seja, provavelmente até vai pagar menos. Este escalão passa de 0,43 €/m3 para 0,40. O 1.º escalão fica na mesma (0,27€), o 3.º passa de 0,78 para 0,81 cêntimos e o 4.º escalão (mais de 25 m3) aumenta de 1,62 para 2,5 € por m3).

Pela primeira vez vai ser criado um tarifário social, em que as famílias de baixos rendimentos pagam 0,2025€ até um consumo de 15 m3.

É no saneamento e nos resíduos que o aumento se vai repercutir mais.

No saneamento, a taxa fixa aumenta gradualmente até 2019 para 4,5€ (está agora em 1,46€) e a taxa variável de 0,11€ para 0,30€. Nos resíduos, a taxa fixa passa de 1€ para 2€ até 2019 (à razão de 0,25€ por ano), e a variável de 0,39€ para 0,62€, ao longo do mesmo período.

Com estes aumentos no sanea-mento e nos resíduos, as quase 600 casas da Golegã que estão ocupadas apenas na altura do São Martinho vão, a partir de 2015, dar uma contribuição significativa para o equilíbrio das contas. Segundo informações dos serviços municipais, existem perto de mil contadores sem consumo no concelho, que vão passar a pagar perto do dobro nas taxas fixas.

Na véspera do dia de São Mar-tinho, a ASAE (Autoridade da Segurança Alimentar e Econó-mica), a ACT (Autoridade das Condições do Trabalho) e a AT (Autoridade Tributária e Aduanei-ra) percorreram as ruas da Golegã numa operação conjunta em que fiscalizaram 17 estabelecimentos comerciais, incluiondo permanentes e temporários, abertos só durante a Feira do Cavalo.

Foram instauradas quatro contra--ordenações, três notificações para apresentação de documentos e dois restaurantes foram encerrados por

falta de condições de higiene, um temporário e outro permanente, tendo acabado por abrir no dia seguinte após feitas as necessárias adaptações exigidas pelas inspecções.

A maior parte das infracções relacionam-se com trabalho ilegal, especificamente com o facto de quase todas as pessoas contratadas para trabalhar no período da feira não estarem declaradas, principalmente por não estarem inscritas na Segurança Social, segundo informou a ACT, mas também por falta de seguros de trabalho, de exames médicos e de mapas de horários.

irmãs atropeladas por um cavalo

Duas raparigas de 12 e 20 anos, irmãs, sofreram traumatismos cranianos na sequência de um atropelamento por um cavalo na Feira do Cavalo.

O acidente aconteceu no último sábado, dia 15 de Novembro, durante a tarde no Largo do Arneiro, num momento em que a afluência de visitantes era muito elevada. Uma cavaleira de 14 anos não conseguiu controlar o cavalo que acabou por atropelar as duas transeuntes. Os bombeiros levaram as acidentadas para Abrantes onde, no momento do fecho desta edição, permaneciam internadas.

Firmado acordo para a gestão do Centrode Alto Rendimento

município do entroncamento celebra 69 anos com programa de eventos

As três entidades que tutelam aquele que foi o maior inves-timento dos últimos anos na Golegã assinaram no dia 11 de Novembro o acordo de parceria que estabelece o modelo de gestão do Centro de Alto Rendimento de Desportos Equestres. Muni-cípio, Instituto Português do Desporto e da Juventude e a Federação Equestre Portuguesa rubricaram o documento que diz que o equipamento vai ser gerido a nível local e que integra a rede nacional de centros de alto rendimento, que tem também os CAR de Peniche, Caldas da Rainha, Anadia e Rio Maior, dedicados a desportos diversos e que terá integrados ainda os de Viana do Castelo, Montemor-o--Velho e Viana do Castelo.

A cerimónia decorreu no CAR, enquadrada no programa da Feira Nacional do Cavalo e contou com a presença do secretário de estado do desporto e juventude, Emídio Guerreiro, do presidente da Câmara, Rui Medinas e do presidente da Federação Equestre, Luís Moura.

Além da presença de Emídio Guerreiro, no plano das recep-

ções a ilustres e governantes, a 39.ª Feira do Cavalo foi, como de costume, palco para muitas visitas de protocolo.

No dia 14 de Novembro (o dia seguinte ao terramoto dos casos de corrupção dos vistos ‘gold’, que abalou o governo) o ministro da economia fez-se acompanhar do secretário de estado da economia Leonardo Mathias. Pires de Lima visitou coudelarias, passou pela Agrotejo, Agromais e Agromais Plus, onde foi recebido por muitos empresários agrícolas.

Antes, no primeiro sábado da festa, foi a vez do secretário de estado da alimentação, Nuno Vieira e Brito marcar presença num almoço oficial e visitar o certame, em simultâneo com o embaixador da Arábia Saudita e a embaixadora dos Emirados Árabes Unidos.

A primeira comitiva internacional veio de Moçambique, do município de Boane, província de Maputo, com quem o executivo liderado por Rui Medinas deverá estar a preparar uma geminação para breve, com direito a um “Golegã de Honra” no salão dos Paços do Concelho.

inspecções atacam são martinho

O dia 24 de Novembro é o dia em que o Entroncamento comemora o 69.º aniversário da elevação a concelho. Para assinalar a efeméride, a Câmara Municipal vai promover um amplo programa de actividades para todas as idades entre os dias 22 e 24.

No programa de sábado, 22 de Novembro, destaca-se o espectáculo de fados de Coimbra intitulado Fados ao Centro, à noite, no Centro Cultural.

No Domingo é dia de andar de bicicleta em família pela cidade, com início às 15h30m no Largo

José Duarte Coelho.Por fim, no 24 de Novembro,

feriado municipal, tem lugar a tradicional sessão solene às 10h00 no Salão Nobre dos Paços do Con-celho, onde serão homenageados os funcionários da Câmara Municipal que completam 25 anos de serviço e os funcionários aposentados este ano. Segue-se a apresentação do novo site do Município, descrito como mais intuitivo, rápido e apelativo para o utilizador. Também será inaugurada a exposição Diálogos entre Ontem e Hoje, na Galeria Municipal até ao 30 de Novembro.

Page 11: Edição 757 19 novembro 2014

11 – 19 de Novembro de 2014 desporto

Vítor gomes

Bom jogo e vitória também com o U. Almeirim (4-0)

Além da conquista da medalha de prata, a participação no campeonato nacional permitiu conhecer as novas atletas da sua categoria

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Verónica Raposo regressa à competição para um 2.º lugar no campeonato nacional

Atlético passa do 8 para o 80 e supera Coruche com goleada

torneio de boccia para angariar fundos

futsal

Foi excelente a prestação dos futsalistas riachenses na quinzena que passou. Os alvi-negros aver-baram dois triunfos - algo que ainda não tinham conseguido esta época - que empurraram a turma riachense para o quinto lugar da tabela com 10 pontos, ainda a oito pontos de distância do líder Caixeiros.

Primeiro foi em casa frente ao U. Almeirim com uma goleada considerável (4-0) e depois foi, no sábado passado, em Coruche, onde o Atlético protagonizou uma reviravolta que nem a mítica fénix.

A perder por 3-0 ao fim dos primeiros 35 minutos e de uma prestação simplesmente desastrada, o Atlético entrou com tudo na segunda parte e deixou tudo de boca aberta. A pressão alta exercida pelos alvi-negros surpreendeu os coruchenses e os golos apareceram em catadupa (foram 7), pelos pés de Rúben (hat-trick), João Vítor (bis), Kareu e Seiscentos.

A Casa do Benfica da Golegã também não esteve mal. Dispu-tou apenas um jogo na quinzena,

Judo

Uma das maiores sensações jovens do desporto em Riachos está de volta à acção. Quando in-terrompeu a competição, há cinco anos, Verónica Raposo ainda era júnior mas já participava em provas de seniores, uma prática comum entre os jovens talentos do judo.

A paragem para a dedicação ao curso de treino desportivo em Rio Maior foi completa: nem competi-ções, nem treinos. Basicamente foi um tiro directo de há cinco anos atrás para a segunda posição do pódio do Campeonato Nacional de Seniores, conquistada em Odivelas no passado dia 8 de Novembro.

No princípio da época em que regressou ao activo, Verónica Raposo teve entrada automática para o nacional, dado que no campeonato zonal não se apresentaram outras atletas da sua categoria (-70kg).

No torneiro, no pavilhão mul-tiusos de Odivelas, onde estiveram 159 atletas em combates ao mais alto nível, a judoca de 23 anos

venceu dois combates com a pon-tuação máxima e perdeu um. Este combate com a campeã nacional de juniores Andreia Zeferino, da SFUA do Pinhal Novo, durou até ao fim dos quatro regulamentares, sem que nenhuma atleta tivesse pontuado. A derrota foi atribuída a Verónica por causa dos três castigos que recebeu.

A atleta que em 2009 integrou a selecção nacional durante a Taça do Mundo ao lado de atletas como Telma Monteiro, Joana Ramos, Yahima Ramirez ou Leandra Freitas, e venceu o torneio internacional Kiyoshi Kobayashi no mesmo ano com o ‘quimono luso’, fez um balanço positivo do campeonato nacional. Especialmente por ter possibilitado o conhecimento das atletas que agora estão na sua categoria, disse. Agora há que “trabalhar alguns erros que cometi para melhorar no meu clube, com a ajuda de todos os atletas e, claro, o Luís que é a peça fundamental para que isto aconteça” para renovar a ambição que afinal nunca perdeu

e “talvez na próxima competição ir além do segundo lugar”.

A maioria dos atletas do Clu-be de Judo de Riachos estão na formação, mas Verónica revela que alguns têm bastante garra e que lhe permitem treinar a sério e progredir, nomeadamente com promessas como os cadetes Ivan Ramos (que está a dar cartas na sua categoria e já tem competido em provas de juniores) e Bernardo, também com o júnior David, e claro com Nuno Ribeiro (sénior) e o mestre Luís Gonçalves.

Em termos de competições seguintes, aguarda-se o calendário de 2015, sendo que provavelmente a próxima prova será os Masters.

Nuno Ribeiro foi o outro atleta do Clube de Judo de Riachos que participou no Campeonato Nacional. Também recentemente regressado ao activo, o atleta de 29 anos não conseguiu chegar às medalhas em Odivelas, visto que a sua categoria (-90 kg) é sempre uma das mais fortes, com nove atletas em combate.

O Centro Recreativo do Casal do Grilo, no Entroncamento, vai receber no dia 29 de Novembro um Torneio Boccia Solidário. As inscrições para um dia que se quer de diversão total estão abertas para equipas de três jogadores, na sede

da colectividade ou através do e--mail [email protected].

A equipa de boccia do CRIT ajuda na organização e os fundos angariados serão precisamente para ajudar às suas despesas na presente época desportiva.

frente ao Carvalhos de Figueiredo e ganhou. Na tabela os goleganen-ses seguem na sexta posição com menos um ponto que os vizinhos de Riachos, mas também com um jogo a menos.

E saúde-se os azinhaguenses que foram empatar a Almeirim e com isso conquistaram o primeiro ponto no campeonato. Continuam a carregar a lanterna vermelha, mas não deixa de ser positivo este empate.

A tabela continua a ser liderada pelos caixeiros, com 18 pontos,

seguido o S. Vicentense e Salvater-rense, ambos com 16. Resultados: Sandoeirense - CB Golegã (adiado para 14/12; Azinhaga - Emp. Comércio, 6-8; At. Riachense - U. Almeirim, 4-0; CAD Coruche - At. Riachense, 4-7; CB Golegã - Carv. Figueiredo, 4-3; U. Almeirim – Azinhaga, 2-2. Próximos jogos. Dia 22: At. Riachense - Azinhaga. Dia 23: Cercal - CB Golegã. Dia 29: At. Riachense - S. Vicentense. CB Golegã - Vit. Santarém. Dia 30: Azinhaga - Sandoeirense.

Page 12: Edição 757 19 novembro 2014

12 19 de Novembro de 2014 – desporto

manuel lopes

manuel lopes

Adeptos do União de Leiria não ganharam para o susto em Riachos

Estratégia de Paulo Costa perto da vitória

Sem armas para combater a superioridade do adversário

tiago pratas

A turma alvi-negra foi a Mafra para trazer de lá os três pontos e desde o início do jogo tentou chegar à baliza adversária, mas sempre sem muito perigo.

Logo ao início da partida, um remate acrobático por parte do Mafra colocou os riachenses em sentido e deixou adivinhar o que estava para vir. Aos 22 minutos surge um cruzamento da ala direita, lance em que João Alves fica colado ao relvado, deixando Luís Carlos vir das suas costas, e fazer facilmente o primeiro tento.

Na segunda metade, o Atlético entrou mais uma vez motivado

para tentar trazer pontos para casa, e teve essa tarefa mais fácil de concretizar aos 56’ quando o Mafra passou a jogar com menos um, devido a expulsão. Mesmo assim a equipa de Riachos nunca chegou lá à frente com perigo. Mesmo ao cair do pano, e quando já ninguém esperava, surge o 2-0, um remate pleno de força ao segundo poste, sem hipóteses para o guardião João Mação.

Nada a apontar à equipa de arbitragem.

Fica ainda uma nota para a saída de Séninho do plantel do Clube Atlético Riachense, por motivos profissionais.

tiago pratas

Com o relvado mais uma vez em mau estado, o Atlético entrou no jogo com uma das mais fortes equipas da série com uma men-talidade bastante defensiva, na expectativa do contra-ataque. E foi assim que aos 20’ conseguiu sacar uma grande penalidade por mão na bola. Mauro não perdoou e meteu a turma alvi-negra em vantagem. O

Leiria nada fez de muito relevante em toda a primeira metade.

Na segunda parte, e mais uma vez em contra-ataque, Bernardo Jorge faz uma jogada extraordinária que acaba em golo. Quando já se pensava nos três pontos, em pouco mais de dez minutos um balde de água fria. O Leiria através de um livre encostado à lateral faz o golo num remate cruzado sem hipóteses para Telmo. Depois disto, o Leiria

encostou os riachenses lá atrás, e facilmente chegou ao 2-2. Porém, isto não haveria de ficar assim e, já na compensação, um atacante mergulha para cima do guarda-redes Telmo e é assinalado penálti, que resultaria no 3-2.

A equipa de arbitragem deixou muito a desejar, sendo que prejudi-cou em muito a turma de Riachos, com o penálti mal assinalado quase no final da partida.

mafra 2 riaChEnSE 0CNS - Série F 10ª Jornada- 15/11/2014 Campo Dr. Mário Silveira

MaFra – Leão, Sandro, Baixinho, Pias, Luís Carlos, J. Oliveira, Rui Varela, Leo, Wang, Hugo Pina e Ruca Substituições: Pias por Laurindo (63’), Luís Carlos por Alisson (72’) e Wang por F.Godinho (81’) Golos: Luís Carlos (25’), Alisson (87’) Disciplina: Amarelos para Ruça (22’), Leo (42’), Varela (53’) e vermelho por acumulação de amarelos para Leo (56’) Treinador: Jorge Simão

rIaCHENSE – João Mação (2), João Alves (3), Pedro Galrinho (3), Saul (3), Jota Rodrigues (3), Sandro (3), Carioca (3), Júlio (-), Fred (4), Mauro (3), Bernardo Jorge (3) Substituições: Júlio (15’) por Jota (3), Sandro (62’) por Bruno Lemos (3), Carioca (81’) por Bernardo Marques (-) Disciplina: Amarelos para Fred (44’), Bruno Lemos (70’), Carioca (76’), Mauro (77’) Treinador: Paulo Costa

arbITraGEM: António Nobre auxiliado por Luís Sacramento e David Domingos

riaChEnSE 2 U. LEiria 3CNS - Série F 9ª Jornada 09/11/2014 Coronel Mário CunharIaCHENSE – Telmo (3), João Rodri-gues (3), Galrinho (3), Saúl (3), Natalino (3), João Alves (3), Sandro (3), Júlio (4), Fred (4), Mauro (5), Bernardo Jorge (5) Substituições: Bernardo Jorge (78’) por Jota (3), João Rodrigues (90+5) por João Mação (-) Golos: Mauro (22’), Bernardo Jorge (58’) Disciplina: Amarelos para João Rodrigues (4’), Pedro Galrinho (48’), Telmo (68’), Natalino (75’) e vermelho para Telmo (90+5’) por acumulação de amarelos Treinador: Paulo Costa

U. LEIrIa – Vitor Braga, Sousa, Cedric, Jorge Neves, Diego, Filipe Brigues, Laran-jeiro, Coça, Luís Carlos, Zezinho, André Perre Substituições: Sousa por Hélio Vaz (62’), Jorge Neves por Alexei (73’) Golos: Coça (82’), Luís Carlos (88’), Diego (90+5) Disciplina: Amarelos para Sousa (20’), Diego (75’), e vermelho por acumulação amarelos para Diego (90+5’) Treinador: Rui Rodrigues

arbITraGEM: Luís Máximo auxiliado por Ângelo Correia e João Diogo

Mauro Santos, é actualmente uma das peças fulcrais na estraté-gia do Mister Paulo Costa. Não exerce nenhuma função para além do futebol, e o seu sonho é um dia vir a ser jogador profissional e envergar a camisola do seu clube de coração, o Sporting.

Mauro, que está na sua pri-meira época em Riachos, diz

que o seu desempenho está um pouco aquém do que esperava, no entanto, acredita que se o plantel não tiver muitas mexidas, a equipa vai alcançar a manuten-ção. Quanto ao jogo contra em Paços de Ferreira, Mauro diz que a equipa é claramente inferior, mas acredita que podem ser os próximos ‘tomba-gigantes’.

De emblema ao peitogaleria de jogadores do Atlético

Mauro David Antunes SantosNascimento: 25-05-1991 (23 anos). Posição: avançadoPercurso: U. Tomar (2008/12), Torres Novas (2012/13), Fátima (2013/14) e Atlético (2014/15)

Fred foi dos melhores em campo

acompanhe as nossas galerias de fotografia de futebol no Facebooke o novo canal o riaCHENsE, no Youtube, com vídeos dos comentários

de jogadores e técnicos do atlético sobre a viagem a paços de Ferreira.pt

Page 13: Edição 757 19 novembro 2014

13 – 19 de Novembro de 2014 desporto

Helder duque

João Alves ..............................49Saul .........................................45Bruno Lemos ........................42Pedro Galrinho .....................37Telmo .....................................36Mauro ....................................36João Rodrigues .....................34Bernardo Jorge .....................33 Júlio Batista ...........................29Sandro ...................................27Seninho ..................................24Bernardo Marques ...............23Jota .........................................20Natalino .................................22Jardel ......................................17Marquinho .............................15Carioca ..................................15Fred ........................................12 Gonçalo ...................................7João Mação ..............................6Freitas ......................................5Sousa ........................................1

MarCaDorESBruno Lemos ..........................5Bernardo Jorge .......................4Mauro ......................................2Seninho ....................................2Carioca ....................................1João Alves ................................1

troféu

Camp. nacional Seniores - Série f

at. riachense 2-3 U. Leiria Sertanense 2-2 Torreense alcanenense 1-0 Fátima Eléctrico 3-0 Atl. Ouriense Mafra 1-2 Caldas

9.ª JorNaDa - 09/11/2014

at. riachense - Eléctrico Fátima - Torreense Caldas - alcanenense Atl. Ouriense - Sertanense U. Leiria - Mafra

11.ª JorNaDa - 30/11/2014

Torreense 2-1 U. Leiria Atl. Ouriense 1-5 alcanenense Sertanense 1-0 Fátima Mafra 2-0 at. riachense Eléctrico 1-0 Caldas

10.ª JorNaDa - 16/11/2014

1 Mafra 22 10 7 1 2 16-72 U. Leiria 21 10 7 0 3 17-123 Caldas 19 10 5 4 1 17-94 Eléctrico 18 10 5 3 2 16-85 Sertanense 16 10 4 4 2 15-126 Alcanenense 16 10 5 1 4 18-147 Torreense 14 10 3 5 2 9-88 Fátima 7 10 1 4 5 9-159 Atl. Riachense 2 10 0 2 8 7-2010 Atl. Ouriense 2 10 0 2 8 6-25

P J V E D M-S

SL Cartaxo 2-2 Amiense U. Santarém 0-1 Emp. Comércio Benavente 0-2 U. Tomar Coruchense 2-0 Torres Novas Mação 1-1 GD Pontével Rio Maior 3-1 U. Chamusca Fazendense 4-0 SC Barrosense

7.ª JorNaDa - 09/11/2014

Amiense - Rio Maior Emp. Comércio - Mação U. Tomar - Fazendense Torres Novas - Benavente GD Pontével - Coruchense U. Chamusca - U. Santarém SC Barrosense - SL Cartaxo

8.ª JorNaDa - 23/11/2014

1.ª Divisão Distrital

1 Emp. Comércio 18 7 6 0 1 15-22 Fazendense 14 7 4 2 1 14-23 U. Tomar 14 7 4 2 1 12-64 Coruchense 13 7 4 1 2 11-95 GD Pontével 11 7 3 2 2 10-116 Mação 10 7 2 4 1 15-117 Torres Novas 10 7 3 1 3 11-108 SL Cartaxo 9 7 2 3 2 10-99 Benavente 9 7 2 3 2 11-1310 U. Chamusca 7 7 1 4 2 6-1011 Amiense 6 7 1 3 3 8-1412 SC Barrosense 5 7 1 2 4 8-1613 Rio Maior 4 7 1 1 5 7-1414 U. Santarém 2 7 0 2 5 8-19

P J V E D M-S

assentis 0-1 Mindense Rossiense (adi) F. Zêzere Alferrarede 2-3 Tramagal Pego 2-0 Caxarias Sabacheira 0-4 U. Abrantina

5.ª JorNaDa - 09/11/2014

Tramagal - assentis Mindense - Rossiense Caxarias - Alferrarede U. Abrantina - Pego F. Zêzere - Sabacheira

6.ª JorNaDa - 23/11/2014

assentis - Rossiense Pego - F. Zêzere Alferrarede - U. Abrantina Tramagal - Caxarias Sabacheira - Mindense

5.ª JorNaDa - 30/11/2014

2.ª Divisão Distrital - Série 1

1 CP Pego 15 5 5 0 0 11-22 UD Abrantina 13 5 4 1 0 12-23 F. Zêzere 9 5 3 0 2 4-104 VFC Mindense 8 5 2 2 1 6-45 Tramagal 7 5 2 1 2 10-106 Alferrarede 7 5 2 1 2 10-77 Rossiense 4 5 1 1 3 7-118 Assentis 4 5 1 1 3 9-59 CCD Caxarias 4 5 1 1 3 3-810 Sabacheira 0 5 0 0 5 2-15

P J V E D M-S

2.ª Divisão Distrital - Série 2

Glória 3-2 Muge Vale da Pedra 1-1 Moçarriense Goleganense 1-1 AREPA Pernes 2-0 Samora Correia atalaiense 0-1 U. Almeirim

5.ª JorNaDa - 09/11/2014

Moçarriense - Glória Samora Correia - Vale da Pedra U. Almeirim - Goleganense AREPA - Pernes Muge - atalaiense

6.ª JorNaDa - 23/11/2014

Moçarriense - Samora Correia Vale da Pedra - AREPA Goleganense - Muge Pernes - U. Almeirim Glória - atalaiense

7.ª JorNaDa - 30/11/2014

1 Moçarriense 11 5 3 2 0 7-12 SCD Glória 11 5 3 2 0 14-93 U. Almeirim 9 5 2 3 0 8-54 FC Goleganense 8 5 2 2 1 5-55 Samora Correia 7 5 2 1 2 8-56 Atalaiense 6 5 2 0 3 5-57 AC Pernes 6 5 2 0 3 8-98 CP Muge 3 5 0 3 2 4-99 Vale da Pedra 3 5 0 3 2 2-810 AREPA 2 5 0 2 3 3-8

P J V E D M-S

U. Santarém - Amiense Coruchense - Emp. Comércio Benavente - GD Pontével U. Tomar - Torres Novas Mação - U. Chamusca Rio Maior - SC Barrosense Fazendense - SL Cartaxo

9.ª JorNaDa - 30/11/2014

atlético disposto a causar surpresa em Paços de ferreira

Campeonato não passa da cepa torta

Torres novas garante apuramento

taça dE portugal

Domingo que vem o Atlético Riachense vai a Paços de Ferreira defrontar os castores, na quarta eliminatória da Taça de Portugal.

Se existir lógica no futebol é evidente que as possibilidades da equipa de Riachos sair de Paços com um resultado positivo são muito pequenas, ou não fosse o emblema nortenho um dos que mais tem evoluído nos últimos anos, a ponto de no ano passado ter sido apurado para a pré-eliminatória dos campeões europeus.

Na presente época, na primeira liga, os pacenses seguem no quinto lugar da classificação, a par do Braga, o que é bem demonstrativo da capacidade da turma de Paulo Fonseca. Mas não é por o adver-sário ser de outro calibre que os alvi-negros vão à capital do móvel antecipadamente derrotados.

Pelo contrário, como se avalia nos breves comentários que temos vindo a publicar no youtube do jornal, vão descontraídos, sem pressão e dispostos a fazer o me-lhor que souberem e puderem e, se alguma janelinha de oportunidade

se abrir, vão tentar aproveitá-la para “fazer taça”, como se diz na gíria futebolística.

A acompanhar esta briosa equipa de futebol amador vai de riachos uma excursão de adeptos dispos-tos a fazer a festa, seja qual for o resultado. Secretamente levam todos a esperança que as surpresas na taça não sejam um mito e que desta vez o Atlético Riachense seja um verdadeiro “tomba-gigantes”, ou dito de outro modo que repita o que fez nas três eliminatórias anteriores, deixando os pacenses, literalmente, de cara à banda.

CNs - sériE F

Mais dois jogos e outras tantas derrotas marcaram a quinzena do Atlético Riachense. E continua o martírio, apesar de o facto de terem sido duas boas exibições perante duas equipas profissionais e os principais candidatos à subida.

A equipa de Paulo Costa de-senvolve bom futebol, bonito e do agrado dos adeptos, todavia o raio dos resultados é que não há meio de corresponderem. Frente ao U. Leiria, a coisa estava bem encaminhada, com uma vantagem de dois golos para o Atlético a menos de dez minutos do fim mas, a forte reacção dos leirienses acabou num belo duche gelado...

Em Mafra o colectivo riachense

voltou a carburar bem e mesmo chegando ao intervalo a perder pela margem mínima, o empate esteve ao alcance dos alvi-negros, ainda por cima a jogar contra dez. Mas nem um pontinho.

Como o que fica para a história são os resultados, façamos as contas.

Começando pior baixo, o Atlético e o Ouriense dividem a lanterna vermelha, ambos com apenas dois pontos. A seguir vem o Fátima, muito longe de estar tranquilo. O adversário que vem a seguir está separado por um fosso de sete pontos ou seja, o Torreense tem no seu pecúlio o dobro dos pontos dos fatimenses e o Alcanenense soma 16 pontos, sendo a melhor das equipas do distrito de Santarém, o que não surpreende.

O campeonato continua no dia 30 deste mês, com o Atlético a re-ceber o Eléctrico, outro jogo nada fácil para os riachenses tendo em conta, por exemplo, que a turma da Ponte de Sor até um internacional sub-20 tem no plantel (o defesa Nuno Tomás).

Fátima e Ouriense jogam nos seus redutos, e a tarefa é também complicada para ambos, com os de Ourém a defrontarem o Sertanense e o Fátima a receber o Torreense num jogo em que, se vencer se aproxima um pouco do seu adversário.

Muitas dificuldades terá também o Alcanenense na sua deslocação às Caldas da Rainha e se regressar a casa com um pontito no bornal já será bom.

taça ribatEjo

Ao vencer o U. Rio Maior, o Torres Novas somou os segundo triunfo na fase de grupos da Taça do Ribatejo e tem já garantido o apuramento para a fase das eliminatórias.

Também com o apuramento já garantido estão o Mação e o Mindense.

O Assentis venceu o Ferreira do Zêzere e basta-lhe um empate na recepção à equipa do Rossio ao Sul do Tejo, na última ronda, para se apurar. Das equipas aqui mais próximas, o Atalaiense venceu folgadamente no Porto Alto e tem ainda algumas hipóteses de seguir em frente mas precisa de vencer no

Cartaxo na derradeira jornada. O empate também poderá chegar mas aí dependeria seria necessário que o Porto Alto vencesse o Vale da Pedra.

O Goleganense terá que vencer em Samora Correia por um míni-mo de três golos para ficar com o apuramento garantido, ou seja no primeiro lugar da série.

Resultados: G1: Torres Novas - Rio Maior, 3-0 e Alferrarede - Amiense, 0-2. G2: Assentis - F. Zêzere, 2-0; e Rossiense - U. Tomar, 0-1. G3: Mação - Sabacheira, 5-0. G4: Mindense – Tramagal, 5-0. G5: Caxarias - U. Chamusca, 0-1. G6: Benavente - Fazendense, 0-3 e Pontével – Muge, 1-0. G7: Porto Alto – Atalaiense, 0-3 e Vale da Pedra - Cartaxo, 0-2. G8:

U. Almeirim – Glória, 2-2. G9: Barrosense – Coruchense, 0-2. G1: U. Santarém – Samora, 0-1.

A última ronda desta fasec de grupos está agendada para o dia 28 de Dezembro e aí ficarão definidas

as 16 equipas que estarão presentes na segunda fase da prova.

Recorde-se que o vencedor da Taça Ribatejo terá direito a participar na Taça de Portugal na próxima época.

Goleada no Municipal contra o Rio Maior

Page 14: Edição 757 19 novembro 2014

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OBITUÁRIOAgênciA AmAdo, LdA.05 NovembroMaria Alvir ina Correia Ramalheiro Pires, 69 anos, residente em Zibreira05 NovembroCecí l ia Gomes Antunes Frederico, 84 anos, residente em Entroncamento08 NovembroAntónio Manuel Carrondo Leitão, 64 anos, residente em Torres Novas

AgênciA FuneráriA correiA, LdA.01 NovembroJoaquim Alves, 98 anos, residente em Torres Novas12 NovembroBeatriz da Conceição Maltez Balsa, 80 anos, residente em Torres Novas13 NovembroNorvinda Rodrigues Félix Si lva, 67 anos, residente em Lamarosa

– 19 de Novembro de 2014 publicidade

o b i t u á r i o

riAcHoSBiblioteca .......................249 820 561centro de dia ................249 830 770clínica Veterinária .........249 813 005clube At. riachense .......249 829 718clube de caçadores .......249 820 278correios .........................249 817 727escola 1.º ciclo ...............249 829 131esc. chora Barroso ........249 839 560estação cP .....................808 208 208Farmácia........................249 829 295Funerária Amado ..........249 829 180centro Paroquial ...........249 830 770Jardim infância .............249 829 078Jardim infantil ...............249 829 327Junta de Freguesia ........249 829 115museu Agrícola ..............249 820 499os camponeses .............966 553 893Pavilhão municipal ........249 829 005Posto médico .................249 829 298Táxismanuela gameiro .........968 012 378Fernando neves ...........968 012 378

TorreS noVASBiblioteca municipal ......249 810 310Bombeiros .....................249 839 550câmara (geral) .............249 839 430centro de emprego .......249 830 630centro de Saúde ............249 822 345emergência..................................112edP (Avarias). ................800 506 506esc. Artur gonçalves ......249 830 690esc. m. Figueiredo .........249 819 300esc. maria Lamas...........249 839 120esc. Sup. educação .........249 824 892espaço internet..............249 817 160estádio municipal ..........249 824 303Funerária Amado ..........249 812 395Funerária correia ..........249 824 123g.n.r. ............................249 839 340Hospital .........................249 810 100museu municipal ...........249 812 535mercado diário .............249 812 870Piscinas municipais .......249 812 944P.S.P. ...............................249 810 020Posto de Turismo ...........249 813 019rodoviária do Tejo ........249 811 002Serviços culturais ..........249 812 008ST espeleologia A ..........249 812 692Táxis (rodoviária)..........249 822 612Teatro Virgínia ..............249 839 300ucATn ...........................939 594 425

BrogueirAcentro de dia ................249 835 128cm Humberto delgado..249 820 499Junta de Freguesia ........249 835 966rn Paul Boquilobo .......249 820 550Posto médico .................249 835 266

ALcorocHeLAss. desp. cult. rec. ......249 835 045Farmácia........................249 835 127Junta de Freguesia ........249 835 944Posto médico .................249 835 725

meiA ViAJunta da Freguesia........249 821 652operário meiaviense ....249 821 734Posto médico .................249 821 614

goLegÃBibliot. municipal ..........249 979 125Bombeiros .....................249 979 070câmara (geral) .............249 979 050cantar nosso .................249 976 642casa carlos relvas ........249 979 120centro Assist. Social ......249 976 169centro de Saúde ...........249 979 180ceSPogA ......................249 977 309correios ........................249 979 100e.d.P. ..............................249 976 417eqquspolis/mmcorreia .249 979 000museu rural .................249 979 000Agrupamento escolas ....249 979 040g.n.r. ............................249 979 030igreja .............................249 976 193Junta Freguesia ............249 976 279Parque campismo .........249 976 222Pav. desportivo .............249 977 368Piscinas municipais .......249 977 613Posto de Turismo ...........249 977 361Sc misericórdia ..............249 979 110Táxis ..............................249 976 459cent. Saúde Azinhaga ..249 957 108escola Azinhaga ...........249 957 536Farmácia Azinhaga .......249 957 176Junta Freg. Azinhaga ....249 957 140misericórdia Azinhaga ..249 957 200

enTroncAmenToBombeiros .....................249 727 474câmara (geral) .............249 720 400centro de Saúde ............249 720 940cLAc ...............................249 718 761cP informações ..............249 726 342correios ........................249 720 200escola Secundária .........249 726 472JF S. João Baptista ........249 720 170JF nossa Srª Fátima ......249 715 146Hospital .........................249 720 140museu Ferroviário..........249 130 255Piscinas municipais .......249 725 155P.S.P. ...............................249 726 276Protecção civil............... 243 716 600Táxis ..............................249 726 426

CONTACTOS

Luís MigueL Dória

Rua Brigadeiro Lino Dias Valente, 8 – 2330-103 EntroncamentoTel. 249 719 286 – Fax 249 719 076

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Nas. 06.11.1929 Fal. 05.11.2014

Seu marido, filhas, genro, netas, bisnetos e restante família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam a sua ente querida à sua última morada, ou que de qualquer outro modo manifestaram o seu pesar. A todos o nosso bem hajam.

Riachos

[email protected] 829 667

Page 16: Edição 757 19 novembro 2014

16 19 de Novembro de 2014 – artes e espectáculos

Sugerido por Aidos, Sena vem da Covilhã, onde teve um papel relevante nas artes performativas

Rui Sena apresentou-se como novo director do Teatro Virgínia

Na apresentação do novo director artístico do Teatro Virgínia, no dia 14 de Novem-bro, Pedro Ferreira disse que consultou os ex-directores João Aidos e Tiago Guedes sobre o perfil que o novo director deveria ter, para haver continuidade no projecto cultural do agora de novo teatro municipal.

O regresso de Aidos foi a primeira escolha, revelou o presidente da Câmara, mas a resposta do primeiro director e principal criador do projecto de renovação do Teatro foi uma re-cusa, retorquindo com a sugestão de Rui Sena.

Licenciado em estudos teatrais, vem da Covilhã, onde é director da associação Quarta Parede, no âmbito da qual programa anual-mente o festival de artes performativas Y.

“A Quarta Parede é a estrutura que me tem dado o know how em termos de programação cultural”, referiu Rui Sena, de 62 anos, que conta no currículo também com a direcção da companhia Teatro das Beiras (que fundou em 1974 com o irmão gémeo Fernando Sena), do Festival de Teatro da Covilhã, dos Encontros de Dança da Covilhã e com a encenação e participação enquanto actor em diversas peças de teatro. Na sua descrição, as peças que cria são habitualmente releituras de clássicos à luz da arte contemporânea.

Frente à sua nova equipa, parte do seu discurso de apresentação dirigiu-se precisa-mente aos técnicos e assistentes do Teatro Virgínia (que são os mesmos , com exepção para dois técnicos de som que não aceitaram passar para a Câmara), valorizando-os como a parte mais importante do trabalho.

Aflorou os tempos difíceis que a programa-ção cultural passa, lamentando uma postura comum dos políticos portugueses: “quando a cultura não existe, isso é sempre visto como um mal menor”. E fez uma referência especial a João Aidos, que o trouxe ao Virgínia em 2008, a pretexto da itinerância do festival Y.

Na altura, o seu espectáculo Os fios que a lã tece foi apresentado na Casa do Povo de Riachos.

“Sempre me atraíram as cidades de média dimensão, porque aqui faz-se um traba-lho muito mais directo com as pessoas e conhece-se de perto as associações” referiu o programador, indo ao encontro da expressa vontade política e social local para que exista uma ligação estreita entre comunidade e Teatro. Este aspecto foi reforçado durante o ano e meio que Tiago Guedes programou no Virgínia, com muitas actividades dos serviços educativos, e realçado por Pedro Ferreira na apresentação do novo director: “é importante manter e fortalecer as par-cerias com as empresas e coletividades (...) tem havido um aumento dos pedidos das colectividades para fazer coisas no Teatro Virgínia. É um pequeno problema com que vai ter de lidar, mas já se criou aqui uma bitola, pelo que os grupos sabem que têm de estar à altura” para poderem pisar o palco do Virgínia.

As novas gerações de espectadores e criadores vão manter viva esta casa, garantiu Rui Sena. Já há novos projectos artísticos pensados, com certeza, mas Rui Sena não os revelou, preferindo voltar a olhar para a equipa, que é quem tem de os conhecer primeiro. Avaliar o trabalho feito pelos criadores locais é um passo inicial, conside-rou, mas a prioridade é fechar a agenda do primeiro trimestre de 2015, o que inclui a reavaliação de algumas opções já tomadas.

À semelhança dos seus antecessores, Sena garante que vai manter a programação equi-librada, com teatro, dança e música. Pedro Ferreira pediu também alguns espectáculos mais populares e disse que, em termos de orçamento, só lá para 2015 é que serão conhecidas as possibilidades oferecidas pelo novo quadro comunitário.

Festival Bons Sons ganha prémio nacional

O Festival BONS SONS foi nomeado para quatro das categorias do Portugal Festival Awards 2014 e ganhou a distinção de Festival Mais Sustentável.

O Portugal Festival Awards, que vai na sua segunda edição destina-se a premiar os festivais de música em Portugal que mais se distinguem em 18 categorias. Além da que venceu, o festival organizado pelo Sport Clube Operário de Cem Soldos foi finalista nas categorias de melhor festival de média dimensão, melhor festival urbano e melhor contribuição para a divulgação da música portuguesa.

Num comunicado, Luís Ferreira diz que a sustentabilidade está na génese dos Bons Sons. O director artístico deste festival independente diz que, além da poupança de recursos, do uso de materiais e conhecimento disponível na região, no evitar do desperdício, da promoção da reutilização de objectos e do “encaminhamento dos resíduos para os locais certos”, o seu factor mais sustentável é o aproveitamento das pessoas da terra e do capital humano e voluntário em que se baseia toda a organização.

O festival Reabilitar em Palco está de volta

Festival de Coros do Entroncamento, no próximo sábado, dia 21

No próximo sábado, 21 de Novembro, às 18h30, a Igreja da Sagrada Família aco-lhe a 28ª edição do Festival de Coros do Entroncamento. Organizado anualmente pelo Orfeão do Entroncamento. Vai actuar o coro do Orfeão e os coros convidados são o Coral Vozes de Vidigueira e o Coro Misto da Beira Interior.

Ana Bacalhau revisita os eternosA vocalista dos Deolinda, Ana Bacalhau, regressa ao Teatro Virgínia no dia 22 de

Novembro, desta vez a solo, com o espectáculo 15 onde celebra os quinze anos antes da carreira como cantora profissional. Neste concerto, Ana Bacalhau revisita o trabalho de músicos como Amália Rodrigues, José Afonso, Fausto, Elis Regina ou Edith Piaf, Janis Joplin, Maria João e Mário Laginha, Odetta, Lotte Lenya, Pearl Jam, Harry Belafonte e Miriam Makeba.

Choral Phydelliys junta Músicos juvenis de Câmara na Biblioteca de Torres Novas

A 10.ª edição dos Encontros de Agru-pamentos de Câmara Juvenis do Choral Phydellius realiza-se no dia 29 de Novembro no auditório da biblioteca municipal de Torres Novas às 16 horas. Desta feita os convidados vêm da vila de Minde: Orquestra Molto Vivace, e partilham concerto com grupos liderados pelos professores de Classe de Conjunto Vira Korinna e Luís Carreira.

A União de Centros de Recuperação Infan-til, sedeada no CRIT, vai recuperar o evento Reabilitar em Palco – Festival das Artes na Área da Deficiência, naquele que será a sua quarta edição, entre 3 e 5 de Dezembro, por alturas do dia internacional da pessoa com deficiência. A última edição deste evento de artes performativas em que os espectáculos são criados e interpretados por elementos das instituições participantes foi em 2011.

Os parceiros habituais associaram-se à organização e o programa contempla apresentações no Teatro Maria Noémia, no Teatro Virgínia e no Cine-Teatro São Pedro, em Alcanena, município com o qual o CRIT tem já algumas parcerias na

área social e da deficiência, nomeadamente com a abertura em breve de uma residência.

O festival vai acolher instituições de Lisboa, Porto (APPC), Santarém (APPACDM) e pela primeira vez uma internacional. A associação espanhola Paladio Arte vai apresentar Ulisea, comedia de monstruos, nautas y bodoques, uma mistura entre os clássicos da antiguidade Odisseia, Íliada e Eneida, no Teatro Virgínia.

No dia 7 de Novembro os embaixadores do evento reuniram-se na cerimónia de apresentação no Café Concerto. Pedro Ferreira, o presidente da Unicrisano, e Fernanda Asseiceira fizeram as honras da casa e Pedro Dionísio deu música à sala.

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