alternativa. nr. 19, novembro 2013

16
Voto contra o corte nos salários e pensões P5 Rui Barreto Jornal da Madeira é instrumento de difamação última Isabel Torres JP releva interesse dos jovens pela política P14 Infomail Santana conta com um novo autarca, mais justo e atento. Teófilo Cunha é o primeiro presidente de Câmara a ser eleito pelo CDS/ PP-Madeira. Uma vitória histórica, com maioria absoluta. P12 Lopes da Fonseca Análise aos resultados das Eleições Autárquicas P8-11 Função pública Recusar a aplicação das 40 horas P4 ALTERNATIVA Linha marítima Funchal - Continente fundamental para atenuar isolamento Debate potestativo, por iniciativa do CDS/PP-Madeira, traz Governo Regional ao Parlamento P3 Obrigado nº19 | novembro 2013 Obrigado

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Jornal com as actividades do CDS/PP Madeira;

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Page 1: Alternativa. nr. 19, Novembro 2013

Voto contra o corte nossalários e pensõesP5

Rui Barreto

Jornal daMadeira é instrumentode difamaçãoúltima

Isabel Torres JP relevainteresse dos jovens pela política P14

Info

mai

l

Santana conta com um novo autarca, mais justo e atento. Teófilo Cunha é o primeiro presidente de Câmara a ser eleito pelo CDS/ PP-Madeira. Uma vitória histórica, com maioria absoluta. P12

Lopes da FonsecaAnálise aos resultados das Eleições AutárquicasP8-11

Função públicaRecusar a aplicaçãodas 40 horasP4

ALTERNATIVA

Linha marítimaFunchal - Continentefundamental para atenuar isolamentoDebate potestativo, por iniciativa do CDS/PP-Madeira, traz Governo Regional ao Parlamento P3

Obrigado

nº19

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embro

2013

Obrigado

Page 2: Alternativa. nr. 19, Novembro 2013

ALTERNATIVAnovembro 201302

Pedro Telhado PereiraopiniãoRepensar o Estado: colocar as pessoas no centro da praxis política

Os resultados das últimas eleições autárquicas mostraram que os eleitores estão desejosos de encontrar novas respos-tas para a sua vida e para os problemas que todos enfrentamos. Os cidadãos não toleram mais um Estado centraliza-dor, despesista e que não coloca as pessoas no centro da praxis política e não encontra saídas para uma crise que está a pôr em causa o nosso futu-ro comum. É este o desafio que se co-loca ao novo ciclo político na R.A.M.. O CDS/Madeira pela discussão séria e plural dos problemas que tem vindo a promover e pelas posições claras e inequívocas, por exemplo, em relação ao Orçamento de Estado para 2014, dá-nos a esperança de que somos capazes de criar uma alternativa para governar a R.A.M..Esta alternativa tem que apresentar ao eleitorado o modo de passarmos de um Estado Social Gastador que só se manteve através do aumento da dívi-da (o que gastava foi sempre superior ao que arrecadava) para um Estado Solidário Sustentado com orçamen-tos equilibrados. No entanto, o pri-meiro passo é sabermos que Estado

Solidário é esse que só gasta o que consegue arrecadar. Para isso temos que olhar para todas as despesas que o Estado atual faz e ver se elas se jus-tificam.Para mim as justificações para

as despesas pelo Estado têm que se enquadrar numa das seguintes: 1) São de bens públicos; 2) São resul-tado da existência de externalidades; 3) Promovem a equidade;

4) Promovem a concorrência ou au-mentam a eficiência; e 5) Promovem o crescimento, ou talvez melhor, o desenvolvimento socioeconómico, político e cultural e a estabilidade macroeconómica. O Guião para a Reforma do Estado – “Um Estado Melhor” – é uma proposta que merece uma leitura aprofundada e pode ser o ponto de partida para a dis-cussão urgente e necessária para en-contrarmos um consenso sobre o Es-tado que queremos e podemos ter no futuro. Uma discussão em liberdade, sem demagogia, que o CDS-Madeira pode e deve liderar!

“(...) o CDS-Madeira pode e deve liderar!”

Page 3: Alternativa. nr. 19, Novembro 2013

ALTERNATIVAnovembro 2013 03

Repensar o Estado: colocar as pessoas no centro da praxis política

Linha marítimaFunchal-Continentefundamental para atenuar isolamento

As oposições na Madeira valem hoje dois terços do eleitorado depois das eleições

autárquicas. O PSD, que já nas legislativas regionais de 2011 não tinha alcançado a maioria absoluta dos votantes (48%), tem agora uma de-scida para 34%, perdendo 25 mil votos, 7 câmaras municipais, 22 freguesias e dezenas de mandatos. Se é certo que existiram razões nacionais (Governo da República) e razões locais (peso dos candidatos) para explicar algumas tendên-cias de voto, a verdade é que o factor principal na origem dos resul-tados autárquicos foi o desejo do eleitorado de penalizar o PSD, o seu líder, a governação regional e uma certa forma de fazer política, baseada na arrogância e na prepotência. A maioria dos madeirenses atingiu a saturação e decidiu romper com “a social-democracia re-gional”, que de democracia sempre teve muito pouco e de social tem cada vez menos. Foi um voto de protesto e de libertação, exercido por uma sociedade amordaçada há demasiado tempo pelos exces-sos de poder e pela subsidiodependência.

Quando a crise estalou, faltando o dinheiro do crédito fácil, que ali-mentava clientelas e calava consciências, o poder regional claudicou e os madeirenses descobriram o quanto andaram enganados duran-te os últimos anos e quão frágil era o “progresso” proclamado pelo PSD nos quatro cantos das ilhas. Afinal, o desenvolvimento não foi sustentado em riqueza própria; a economia é frágil e pouco produtiva; os problemas estruturais de transportes aéreos e marítimos mantém-se; as desigualdades so-ciais estavam escondidas por subsídios e os investimentos e obras públicas, lançados em função de objectivos eleitorais e não de ne-cessidades económicas ou prioridades das populações, eram supor-tadas com recurso excessivo ao endividamento. Quando chegou a factura, em 2011, com o Plano de Ajustamento Financeiro (PAEF) assinado com o Estado, os Madeirenses desco-briram, muitos com surpresa, que o tal poder os tinha enganado e que acabara a grande ilusão. As consequências da dívida astronómica e da aplicação do PAEF, com brutal aumentos de impostos, cortes em sub-sídios e apoios, falta de dinheiro para manter os níveis de qualidade de sectores essenciais como a educação e a saúde, paralisia de serviços públicos por falta de meios financeiros, atrasos no pagamento de dividas ao sector privado, foram a prova clara do falhanço do modelo de desen-volvimento adoptado pelo PSD na governação regional.

A ilusão jardinista durou décadas. A ilusão socrática durou menos, mas as consequências assentes no endividamento excessivo estão a ser pagas, duramente, por Madeirenses e continentais. No caso da Madeira, há muitos anos, que o CDS vinha alertando que “as dívidas de hoje, são os impostos de amanhã”. Outros, mesmo no interior do PSD, que hoje acordaram para a re-alidade, andaram adormecidos à sombra dos cargos públicos e das prebendas do poder. Só agora, que a “coisa” deu para o torto, é que chegaram à conclusão de que é preciso fechar um ciclo de gover-nação, que a Autonomia está sequestrada em Lisboa, que a Assem-bleia Legislativa precisa de ser dignificada, que é preciso rigor na gestão dos dinheiros públicos e que é necessário um novo modelo de desenvolvimento regional. Bem vindos à razão, mas chegam com grande atraso e, sobretudo, deveriam assumir as suas responsabili-dades ao terem apoiado, sem críticas, a governação do seu partido. A auto destruição a que se assiste no PSD, com expulsões, divisionis-mos e insultos, demonstra até à exaustão, a necessidade de criar uma alternativa em 2015. Este PSD não é regenerável e seja qual for o seu líder, estará sempre amarrado a uma máquina de poder infernal assente em lóbis e clientelas, será prisioneiro de uma teia de cumplicidades que o vão manietar e moldar. Só uma mudança de protagonistas e de políticas poderá provocar a ruptura que o povo deseja e iniciar uma nova forma de governar a região. A 29 de Setembro, o povo fez o seu trabalho, mudando o mapa políti-co do poder local. Agora, compete-nos trabalhar para criar um proje-to de governo para mudar o poder regional em 2015.

Com humildade e responsabilidade.

José Manuel Rodrigues

Debate potestativo, por iniciativa do CDS/PP-Madeira, traz GovernoRegional ao Parlamento

O Governo Regional vai ser chamado a explicar as razões que levaram o arma-dor espanhol da Naviera Armas a aban-donar a linha Canárias-Funchal-Por-timão. O requerimento potestativo que o CDS/PP Madeira entregou nos serviços da Assembleia Legislativa da Madeira vai nesse sentido, falta apenas agendar a data do debate.O CDS/PP continua a não se dar por esclarecido quanto aos argumentos ofi-ciais que conduziram ao abandono da linha, entende que a ligação marítima atenuava o isolamento, não deixava a Região dependente dos transportes aéreos, prestava um serviço à econo-mia regional e abria oportunidades ao nível turístico. Por outro lado, o partido dispõe hoje de informações importantes que afastam o Governo Central, em particular o Insti-tuto Portuário e dos Transportes Marí-timos, de qualquer responsabilidade na saída do armador, nomeadamente a exigência de que toda a carga trans-portada pelo ferry teria de ter atrelados próprios, o que onerava o custo da oper-ação. Sabe-se que essa decisão foi da exclusiva responsabilidade da Adminis-tração dos Portos da Madeira.Tendo surgido novas informações e dada a importância de que se revestem as ligações marítimas Funchal-Conti-nente, ponderada ainda a circunstân-cia de as elevadas taxas cobradas nas operações se repercutir no aumento do custo de vida dos madeirenses, a direção parlamentar do CDS/PP espe-ra que o debate se realize até ao final deste ano. O partido liderado por José Manuel Ro-drigues indica no requerimento até onde o debate deverá chegar: “A actividade portuária e o movimento de cargas nos portos da Região apresentam taxas públicas que, nalguns casos, são cinco vezes mais elevadas do que as pratica-das no continente. Pese embora esta

sobrecarga de custos, que em última instância penaliza os agentes económi-cos da Região, a economia, em geral, e muito em particular a população. A gestão portuária tem vindo a revelar-se nociva para a tesouraria da Adminis-tração dos Portos da Madeira (APRAM), que não consegue gerar receitas sufici-entes para satisfazer os compromissos financeiros assumidos junto da banca.”

A presença do Governo Regional na ALM é ainda fundamentada pela in-definição do Executivo madeirense no que concerne ao transporte de

passageiros. “A situação é caótica, sen-do notória a incapacidade do Governo Regional para resolver um problema es-trutural que agrava o isolamento e a ul-traperiferia da Região. O Executivo não tem qualquer política para as ligações marítimas entre o Funchal e Lisboa.”

Por fim, recorda o requerimento: “Ainda recentemente o armador espanhol da Na-viera Armas colocou de parte o regres-so à Madeira e à linha Canárias-Fun-chal-Portimão, alegando precisamente as ‘elevadas taxas portuárias’ e os ‘en-traves burocráticos’. Entre os problemas evocados pelo armador espanhol, um deles diz respeito à inexistência de uma segunda rampa roll-on-roll-off que mui-tas vezes obrigou o barco a ter que es-perar ao largo do Funchal.”

“As taxas públicas são cinco vezes mais elevadas do que no continente.”

editorial

Do Poder Local à Governação Regional

Page 4: Alternativa. nr. 19, Novembro 2013

ALTERNATIVAnovembro 201304

Proposta lembrapromessa de Jardim35h

grupo parlamentar

“Caras novas” do CDS

no Parlamento

Filipe CravoArquiteto

Lídio AguiarAjudante de Farmácia

A bancada do CDS PP Madeira na As-sembleia Legislativa apresenta duas caras novas. Filipe Cravo (arquiteto) e Lídio Aguiar (ajudante de farmácia), substituem os deputados Teófilo Cunha e Martinho Câmara.

A aplicação “cega” das 40 horas de tra-balho na administração pública regional da Madeira “não encontra justificação nem fundamentação” e “corrói a con-fiança jurídica”. É com este argumen-to que o Grupo Parlamentar do CDS/PP-Madeira já entregou na Assembleia Legislativa da Madeira (ALM), com carácter de urgência, um projecto de decreto legislativo regional, solicitando a suspensão da lei nacional.A proposta democrata-cristã chega à

ALM com um pedido de dispensa de exame em comissão, para que o decre-to legislativo regional entre em vigor no dia a seguir à sua publicação, e esta-belece: “O período normal de trabalho dos trabalhadores da administração pública da Madeira é de sete horas por dia e trinta e cinco horas por semana.”Na fundamentação envida pelo CDS/PP ao Parlamento madeirense, lê-se que “o Governo Regional da Madeira, pela Resolução n.º 905/2013 de 6 de setembro, tentou afastar a obrigatorie-

dade da lei nacional, sem no entanto procurar com o Governo da República que a Madeira fosse excluída da apli-cação das 40 horas, o que levanta dúvi-das face à segurança jurídica que o re-gime de trabalho deve ter”.

O CDS/PP não encontra “nenhuma razão específica” para o aumento da carga horária e duvida de qualquer im-pacto positivo na economia regional. “Acresce que o aumento do período normal de trabalho é introduzido de for-ma geral e transversal, sem justificação de especificidades ou particularidades de serviços e sem qualquer contraparti-da pela prestação desse trabalho”.

A fim de evitar embaraços fu-turos para os funcionários públi-cos na Região, e porque nesta matéria o Executivo madeirense revelou-se “inábil”, a ALM “pode e deve afastar a aplicação da Lei n.º 68/2013, de 29 de agosto, que fixou o período normal de trabalho dos funcionários pú-blicos em 40 horas semanais, através da publicação do presente decreto legislativo regional que manterá o regime anterior, ou seja, as 35 horas semanais”.Recorde-se, a propósito, que na pas-sada semana a Assembleia Legis-lativa dos Açores aprovou por una-nimidade a não aplicação das 40 horas naquela Região Autónoma.

O CDS/PP nãoencontra “nenhu-ma razão específi-ca” para o aumen-to da carga horária

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ALTERNATIVAnovembro 2013 05

Rui Barreto UM VOTOCONTRA O CORTE nosrendimentos e pensões

Isabel Torres

“Este orçamento acrescenta mais austeridade, não é equitativo, nem equilibrado e gerará mais pobreza e desemprego, com inevitáveis custos sociais. As dificuldades de execução serão enormes. A Madeira ficará ainda mais penalizada, com os cortes nas trans-ferências e os sacrifícios inerentes ao Plano de Ajuda Financeira que tem com a República. Continuaremos a ter a maior carga fis-cal e o nível de vida mais caro do País!!”

O voto contra do CDS/PP-Madeira ao Orça-mento de Estado para 2014 é plenamente justificado, porque insiste nos cortes “cegos” em salários e pensões e mantém a postura coerente e de responsabilidade da direção regional do partido. Isso mesmo vem expresso na declaração de voto que Rui Barreto entregou à presidente da Assembleia da República. O parlamentar do CDS/PP-Madeira faz ver que alguns pre-ceitos legais e constitucionais a que a Ma-deira tem direito não foram salvaguardados na proposta orçamental, como são as so-bretaxas de IRS, o produto das privatizações (CTT, por exemplo), “a não observância da prorrogação” do regime do Centro Interna-cional de Negócios da Madeira, bem como a ausência de informações, ou publicitação, dos resultados das avaliações regulares ao Plano de Ajustamento Financeiro, e dos montantes transferidos.

O parlamentar madeirense já tinha votado, em 2012, contra o Orçamento de Esta-do para 2013, tendo essa ousadia lhe valido uma sanção interna, traduzida em cinco meses de suspensão. Mes-mo assim, Rui Barreto repetiu a atitude este ano, dando assim cumprimento ao que fora decidido em Conselho Regional.Apesar de se revelar esperançado na

possibilidade de algumas alterações poderem vir a ser consagradas, o parla

mentar explica que o seu voto não é contra o Governo da República, “é um voto contra” a proposta de Orçamento. A declaração de voto alude também ao “au-mento desmesurado e desproporcional de impostos”, fazendo com que 85% da con-solidação orçamental seja feita pelo lado da receita e não por via do corte nas despesas.

Contas feitas, 86% da consolidação surge pelo lado da redução da despesa e apenas 14% do lado da receita. No cômputo geral, 57% do Orçamento advém “de cortes efeti-vos nos rendimentos dos funcionários públi-cos e prestações sociais”.Com a economia a dar alguns sinais posi-tivos, depois de dez trimestres consecuti-vos a decrescer, Rui Barreto esperava que a coligação PSD/CDS fosse por outro caminho. “Mas o Governo insiste em cortar nos rendi-mentos, retirando potencialmente à econo-mia 2.211 milhões de euros, por via desses mesmos cortes”, lamenta.

Era tempo, acrescenta Rui Barreto, de corresponder “à expetativa positiva que o ligeiro crescimento está a gerar, através de um orçamento de esperança, que incenti-vasse esse crescimento, que não penalizasse tanto o rendimento, que combatesse o de-semprego, que promovesse a confiança dos agentes económicos, mas não, voltou a vingar uma certa tecnocracia orçamental”.

“Entendo que este era o tempo de corresponder à ex-petativa positiva que o ligeiro crescimento gerava, através de um orçamento de espe- rança, que incentivasse esse mesmo crescimento, que não penalizasse tanto o rendimen-to, que combatesse o desem-prego, que gerasse atração de investimento e que pro-movesse a confiança entre os agentes económicos.”

Page 6: Alternativa. nr. 19, Novembro 2013

Lopes da Fonseca

Para as famílias este OE é muito penoso e injusto. Para além de manter a bru-tal carga de impostos, sobretudo decorrente do IRS e do IVA, entre outros, vai prejudicar quem tem casa própria e que tenha sido recentemente reavaliada. As famílias com uma habitação maior por terem mais filhos serão mais casti-gadas, ao ser retirada a cláusula de salvaguarda do IMI e passarão a pagar muito mais nos próximos anos. Este OE olha para as famílias como números e não como pessoas, aprofundando as desigualdades sociais.

ALTERNATIVAnovembro 201306

Em apenas 20 anos, Santana, S. Vicen-te e Porto Moniz perderam cerca de um quarto da sua população. Um indicador preocupante que se agrava ainda mais quando se observam os números do INE sobre o enve-lhecimento demográfico registado nos três concelhos do norte da Madeira, nas últimas duas décadas.O total da população naqueles concelhos

era, em 1991, de 21.430. De acordo com os censos de 2011, existem agora ape-nas 16.153 habitantes. A consulta aos dados do INE permite o confronto com outra realidade demográfica: a popu-lação jovem nos três concelhos situa-se apenas nos 13%, enquanto a mais velha, com 65 e mais anos de idade, representa cerca de um quarto dos habitantes.É certo que o fenómeno penaliza muito mais os concelhos do norte da Madeira, mas a realidade demonstra que o núme-

ro de nascimentos se revela insuficiente para repor a taxa de mortalidade em con-celhos como a Calheta e Ponta do Sol, pese embora as estatísticas do INE mos-trem uma quebra acentuada da taxa de na-talidade em todos os concelhos da Região. Este quadro, associado a uma crescen-te emigração de jovens empurrados pela crise económica e social, coloca a Madeira

num cenário de alerta máximo ao nível da pirâmide demográfica. Estancar esta situação e encontrar políti-cas de estímulo atrativas para a captação de novos residentes nos meios rurais, é prioridade para o Grupo Parlamentar do CDS/PP. O ciclo das grandes obras públicas, prosseguido durante décadas com o argumento de que ajudaria a fixar populações, está hoje desmontado pela própria realidade.

Os parlamentares democratas-cristãos entendem que a solução passa pela “di-namização das economias locais através do incentivo à criação de pequenas e microempresas que criem riqueza e postos de trabalho”, pelo que farão che-gar aos serviços da ALM um projecto de resolução de combate à desertificação dos concelhos rurais.A proposta recomenda ao Governo Re-gional a criação de um grupo de trabalho envolvendo as autarquias afectadas pela perda de população e a Universidade da Madeira, no sentido de estudar mecanis-mos eficazes para a fixação de pessoas e para a atração de novos moradores. Sugere ainda o estudo de medidas de in-centivo, através de reduções fiscais tem-porárias, às empresas que se queiram instalar nos concelhos rurais, privilegian-do aquelas que criem postos de trabalho, sobretudo especializado nas áreas do turismo e serviços associados.Dentro de um ano, o grupo de trabalho deverá apresentar à ALM um conjunto de propostas nesse sentido.

Incentivos fiscaispara combater desertificaçãodo meio rural

(...) a solução passa pela “dinamização das econo-mias locais através do incentivo à criação de pequenas e microempresas que criem riqueza e postos de trabalho”

Page 7: Alternativa. nr. 19, Novembro 2013

ALTERNATIVAnovembro 2013 07

A reestruturação do Centro Regional da RTP na Madeira terá que garantir a independência da informação face aos poderes políticos regionais. Uma preocupação que o Grupo Parla-mentar do CDS/PP-Madeira quer transmitir, de viva voz, ao ministro com a tutela da Comunicação, Mi-guel Poiares Maduro. Nesse sen-tido, o líder parlamentar remeteu para o gabinete do ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional um pedido de audiência, a concretizar durante a próxima deslocação do

governante ao Funchal. O líder da bancada democrata-cris-tã, António Lopes da Fonseca, “vê com muita apreensão” as notícias vindas a público, de uma possível participação do Governo Region-al no capital social da RTP Madei-ra, temendo pela “governamen-talização” da estação pública de televisão. Pelo que considera per-tinente “abordar conjuntamente o processo de reestruturação em cur-so da RTP”.

Audiênciacom o ministroMaduropara garantir“independência” da RTP/M

O orçamento para 2014 acrescentou mais austeridade fiscal, junto dos funcionários públicos e dos pensionistas, retirando novamente poder compra, aumentado assim, o empobrecimento de uma classe média!Este orçamento, ignorou alguns sinais de crescimento da nossa econo-mia, mantendo a possibilidade de continuarmos em recessão, com todos os seus efeitos nefastos em termos sociais e económicos.

Este orçamento deveria ser o início de um novo ciclo, potencializando expetativas positivas, onde pudesse promover a espe-rança e a confi-ança junto dos investidores externos, mas também o consumo interno, o que infelizmente não aconteceu. Este Orçamento é uma deceção para as famílias e as empresas.

Lino Abreu

Page 8: Alternativa. nr. 19, Novembro 2013

ALTERNATIVAnovembro 201308

Os resultados de 29 de setembro confirmam uma subida generalizada do CDS/PP-Ma-deira em toda a Região.Outro facto: no total da Região, em 2005, o CDS obteve 6,48%, em 2009 8,34%, subin-do agora para 13.04% (17.679 votos), o que demonstra uma progressão segura, uma prova da consistência das listas de candi-datos e a seriedade da mensagem política.No total de eleitos, passámos de 4 vereadores para 9, de 19 deputados mu-nicipais para 33 e de 54 membros das As-sembleias de Freguesia para 96, o que dá a possibilidade de podermos influenciar positivamente muitas decisões nas difer-

entes localidades.FUNCHAL, passámos de 10.03% e 5.617 votos para 14.55% e 7.828 votos. Subimos 4.5 pontos, mais de 2.200 votos, isto apesar das dificuldades causadas pelo voto útil.CÂMARA DE LOBOS, subimos 6.4 pontos e aumentámos 930 votos, tendo passado de 10.04% e 1618 votos, para 16.42% e 2548 votos, o melhor resultado de sempre, sendo agora o CDS o líder da oposição.RIBEIRA BRAVA, subimos 7.09 pontos e au-mentámos 432 votos. Passámos de 12.90% e 949 votos para 19.97% e 1381 votos. Tal como em Câmara de Lobos, ficamos a pou-cos votos de eleger o segundo vereador e

O melhor resultadode sempre em eleições autárquicas

Lopes da Fonseca

Resultados CDS/PP - Madeira

Câmaras Municipais

Juntas de Freguesia

2013 >> 13,04% >> 17.679 votos2009 >> 8,34% >> 11.588 votos

2013 >> 13,20% >> 17.899 votos2009 >> 9,37% >> 13.028 votos

CDS- PP 13,04

34,81

8,58

15,56 15,37 13,99

1,59

12,34

5,34

1,62 1,62 1,77

0,69 0,82 0,67

0,38 0,49 0,36

1,22 1,24

1,24 1,32 1,24

3,59 3,79 3,72

0,79

5,80 5,70

12,48 12,10

1,55 1,54

8,74 8,48

13,73

33,06

13,20

36,47PSD

PS

Coligação*PS/PTP/PAN/BE/MPT/PND

Coligação**PS/PTP/BE/PND

Indep.

PCP

MPT

PTP

BE

PAN

BRANCOS

NULOS

Câmara Municipal Assembleia de Freguesia Junta de Freguesia

Madeira: Resultado global (%)

Votação por partidosCDS- PPPSDPSColigação*Coligação**IndependentesPCPMPTPTPBEPAN

17.67947.20711.63621.1022.15716.7387.2432.1989415161.657

18.62844.84611.85020.8492.10116.9257.8652.1921.1196631.681

17.89949.45611.50418.9672.08516.4087.7252.3949054821.068

Page 9: Alternativa. nr. 19, Novembro 2013

ALTERNATIVAnovembro 2013 09

retirar a maioria ao PSD. De salientar ainda o excelente resultado na freguesia da Ri-beira Brava.PONTA DO SOL, subimos 1.71 pontos e aumentámos 67 votos. Passámos de 6.44% e 337 votos, para 8.15% e 404 votos.CALHETA, subimos 5.99 pontos e au-mentámos 280 votos. Passámos de 20% e 1.442 votos, para 25.99% e 1.722 votos, sendo o único partido da oposição a eleger vereadores, passando de 1 para 2. Adicio-nalmente, o CDS venceu as eleições para as juntas de freguesia da Fajã da Ovelha e Ponta do Pargo.PORTO MONIZ, foi o único Concelho onde não reforçámos o eleitorado. Passámos de 1.42% e 32 votos, para 1.33% e 29 votos, muito por via da bipolarização existente.SÃO VICENTE, elegemos autarcas nas lis-tas do movimento vencedor da autarquia, Juntos Por São Vicente, que conseguiu uma vitória difícil mas expressiva sobre o PSD.SANTANA, vencemos a Câmara Municipal com um número de votos recorde, muito su-

perior ao que o CDS obteve, quer na Assem-bleia Municipal quer para as Assembleias de Freguesia, o que confirma a mais-valia eleitoral do nosso Presidente da Câmara, Teófilo Cunha. Passámos de 12.03% e 638 votos, para um esmagador resultado de 51.72% e 2.605 votos. Subimos quase 40 pontos e obtivemos mais 1.967 votos! O CDS reconfirmou a liderança na Junta de Freguesia de São Jorge e acrescentou a esta vitória a conquista da Junta de Fregue-sia de Santana.MACHICO, subimos de 3.06% para 7.05% com 829 votos, mais que duplicando a votação, resultado de uma campanha

dedicada e de uma equipa motivada. De salientar igualmente o excelente resultado no Caniçal.SANTA CRUZ, voltámos a apoiar o Movi-

mento Juntos pelo Povo, tal como o fizemos em 2009 (sendo o CDS o único partido a apoiar este Movimento desde o seu apareci-mento). Elegemos autarcas para os diversos órgãos autárquicos num concelho onde o PSD teve uma derrota expressiva.PORTO SANTO, triplicamos a votação ao passar de 3.12% para 9.15% e 328 votos. Neste Concelho elegemos, pela primeira vez, dois autarcas para a Assembleia Mu-nicipal e um para a Assembleia de Fregue-sia, estando a governação dependente dos eleitos do CDS.Estas eleições demonstraram que o CDS cresce de uma forma continuada e que é

uma clara alternativa à governação re-gional e autárquica do PSD e de Alberto João Jardim.

Estas eleições demonstraram que o CDS cresce de uma forma continuada e que é uma clara alter-nativa à governação regional e autárquica do PSD

1,42 3,06

3,125,44

1,33 7,05

9,158,15

1,33

P. Moniz

Calheta

P. Sol

R. Brava

C. Lobos

Funchal

Machico

Santana

P. Santo

20

12,9

10,03

10,03

12,0325,99

19,97

16,42

14,55

51,72

Concelho a Concelho (%)2009 2013

CDS- PP

PSD

PS

Coligação*PS/PTP/PAN/BE/MPT/PND

Coligação**PS/PTP/BE/PND

Indep.

PCP

MPT

PTP

BE

PAN

PND

BRANCOS

NULOS

2009 2013

8,34

4,64

17,63

4,58

3,49

1,09

1,65

2,59

4.06

51,93

13,04

12,34

5,03

1,62

1,59

1,45

3,59

0,69

0,38

1,22

8,58

34,81

15,56

Quadro global na Região nas últimas 2 autárquicas (%)

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ALTERNATIVAnovembro 201310

Eleições históricas para o CDS/PP-MadeiraPresidente de Câmara Vice-Presidentes presidente de Assembleia Municipal Vereadores Presidentes de Junta1 12

Santana

Funchal

Teófilo CunhaFarmacêutico, anterior presi-dente da Junta de Freguesia de S. Jorge e antigo deputado na Assembleia Legislativa da Ma-deira, é hoje o rosto da históri-ca conquista da presidência da Câmara Municipal de Santa-na, a primeira gerida pelo CDS/PP-Madeira em toda a História da Autonomia. Uma vitória em que poucos acreditavam por força da hegemonia do PSD durante mais de trinta anos de maiorias abso-lutas.

José Manuel RodriguesO Presidente do CDS/PP Madeira faz a sua es-treia no cargo de vereador na Câmara Munici-pal do Funchal. Político de causas, domina com à vontade os assuntos da Região e do País, de onde sobressaem a assertividade e o conheci-mento que coloca nas discussões. Distingue-se por debater as ideias, com elevação e respeito

pelos adversários. Tem pautado a sua carreira política por objetivos revelantes para a Madeira e os madeirenses. Foi assim enquanto deputado na Assembleia da República, é assim agora no Parlamento da Região. A experiência, o conhe-cimento e a postura moderada de José Manuel Rodrigues serão por certo muito úteis ao novel executivo autárquico.

Rui BarretoGestor de profissão, não hesitou em aceitar o desafio de poder vir a ser alternativa ao históri-co social-democrata e presi- dente da ALM, José Miguel Mendonça, na Assembleia Municipal de Santana, aca-bando por suceder-lhe. Rui Barreto está ainda associado aos votos do CDS/PP -Madei-ra contra dois Orçamentos de Estado (2013 e 2014), na As-sembleia da República, onde tem assento.

Élia GouveiaTécnica de farmácia, vereadora e vice-presidente da Câmara Municipal de Santana.

Ricardo TeixeiraTécnico de farmácia, eleito presi-dente da Junta de Freguesia de Santana.

Márcio Dinarte FernandesTrabalhador-estudante de Direito. Vereador na Câmara Municipal de Santana.

Nuno Isidro MatosComerciante, sucede a Teófilo Cunha na presidência da Junta de Freguesia de S. Jorge.

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Eleições históricas para o CDS/PP-MadeiraPresidente de Câmara Vice-Presidentes presidente de Assembleia Municipal Vereadores Presidentes de Junta9 4

Calheta

Martinho CâmaraFarmacêutico e deputado na As-sembleia Legislativa da Madeira, reeleito vereador na Câmara Mu-nicipal da Calheta.

Gabriel NetoCozinheiro, é o presidente da Junta de Freguesia da Fajã da Ovelha.

Miguel AlvesAjudante de Registo e Notariado e Secretário-Geral Adjunto do CDS/PP-Madeira, eleito vereador pelo movimento Juntos Pelo Povo e nomeado vice-presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz.

Rafael João de SousaAssistente técnico, reeleito vereadorna Câmara da Ribeira Brava.

Dinarte Melim VelosaLicenciado em comunicação social. É a pri-meira vez que o CDS/PP elege um deputado para a Assembleia Municipal do Porto Santo e também aqui o voto “popular” decide.

Miguel NevesEngenheiro agrícola, presidente da Concelhia local do CDS/PP-Madeira, eleito para a Assembleia Municipal.

Roberto RodriguesArquiteto, reeleito vereador na CâmaraMunicipal de Câmara de Lobos.

Marco André Olim PiresEngenheiro mecânico, eleito para a Assem-bleia Municipal, onde o voto do CDS/PP é fundamental.

Duarte Agrela JardimGerente comercial, eleito ver-eador na Câmara Municipal da Calheta.

Manuel Gouveia da CostaAgricultor, presidente da Junta de Freguesia da Ponta do Pargo.

Câmarade Lobos

Machico

RibeiraBrava

PortoSanto

São Vicente

Santa Cruz

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Fez-se Históriaem SantanaA 29 de Setembro, fez-se História em San-tana. O CDS-PP Madeira, por intermédio de Teófilo Cunha, venceu a Câmara Municipal. O norte terá assim, pela primeira vez, um Município presidido pelo nosso partido.

A Assembleia Municipal (AM) será presidida por Rui Barreto, que é também deputado à Assembleia da República e que, recorde-se, recentemente e de forma muito corajosa, voltou a votar contra o Orçamento de Estado, por colocar à frente dos interesses do partido a nível nacional, os interesses dos Cidadãos da Madeira e do Porto Santo.

Ainda no concelho de Santana, o CDS-PP repetiu a vitória na Junta de Freguesia de S. Jorge e ganhou, também pela primeira vez, a Junta de Freguesia de Santana. A primeira será presidida por Nuno Matos e a segunda por Ricardo Teixeira.

A cerimónia de tomada de posse foi emotiva e, no discurso que proferiu, o novo Presi-dente da Câmara Municipal de Santana con-firmou os compromissos que assumiu com a população durante a campanha eleitoral.

Teófilo Cunha garante uma autarquia mais próxima dos Cidadãos, mais atuante na defesa dos interesses dos Munícipes, que gaste menos dinheiro a pagar a altos fun-cionários, nomeadamente com a adminis-tração da Empresa Municipal Terra Cidade - que será assegurada, enquanto a empresa existir, por um vereador, que não será re-munerado – e na contratação de assesso-rias externas, de forma a converter-se na primeira Câmara Municipal a devolver, aos Munícipes, a parte do IRS que a lei permite.

Numa cerimónia onde, pela primeira vez na Região, todos os partidos representados na Assembleia Municipal tiveram direito de usar da palavra, algo que revela a postura democrática e de diálogo de Teófilo Cunha e também de Rui Barreto, o novo Presi-dente da Assembleia Municipal de Santana apelou ao trabalho de todos os deputados municipais para o engrandecimento do Concelho e à responsabilidade de todos os

partidos representados na adopção de uma postura que defenda, em primeiro lugar, to-dos os Santanenses.

Após a tomada de posse, muitos Munícipes felicitaram, dentro e fora dos Paços do Con-celho, o novo Presidente, dando mostras de genuína alegria pela vitória do CDS-PP. A todos, o Teófilo Cunha fez questão de deixar palavras de agradecimento.

Teófilo Cunha garante uma autarquia mais próxima dos Cidadãos, mais atuante na defesa dos interesses dos Munícipes

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Tomadasde posseFunchal

Santana

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É notório o desinteresse da juventude quando o assunto é política e isso consta-ta-se na abstenção verificada sempre que se realizam actos eleitorais. Isto deve-se a diversos factores. Destes podemos destacar o desinteresse sobre a forma como é gerido o seu país, a sua região, o seu concelho e a sua freguesia, es-quecendo-se porém que o mundo que os rodeia faz parte do seu futuro, pois onde existir desenvolvimento existirão todos os outros benefícios associados (emprego, espaços de lazer, espaços culturais, educativos), espaços necessários para quem quer dar aos seus descendentes condições para um desenvolvimento com qualidade. Indiscutivelmente uma das grandes tarefas da próxima geração de políti-cos é cativar os jovens para a vida cívica, desenvolvendo o seu interesse pela política, contribuindo com ideias e desenvolvendo projectos que conduzam ao bem da sociedade, tornando-se úteis no desenvolvimento do meio que os ro-deia. A participação dos jovens nas de-cisões políticas torna-se, portanto, cada vez mais importante para solucionar os problemas que nos deparamos. Nas eleições autárquicas o CDS/PP-Machico contou com a colaboração da JP-Machico, uma equipa de jovens que esteve sempre pronta a arregaçar as mangas, a gastar a sola dos sapatos, a acordar cedo e deitar tarde, a apanhar sol ou chuva, com um propósito que é o de contribuir para o desenvolvimento da sua terra. São jovens que sentiram que che-gou o momento de dizer, “eu vou contribuir

com os meus conhecimentos, com as minhas ideias para o desenvolvimento da minha terra”. Foi com este ideal que a JP Machico trabalhou com o CDS/PP-Machi-co nas últimas eleições. O seu contribu-to no desenvolvimento da campanha foi inestimável, dando ideias, colocando no terreno os assuntos debatidos em equipa,

puxando uns pelos outros quando o can-saço acumulado se fazia sentir. A JP-Machico tem tido o mérito de cativar muitos jovens para as actividades políti-cas e isso é notório no número de jovens que se têm, nos últimos meses, juntado ao projecto JP-Machico. Trazem a sua garra e perseverança, vão debatendo ideias e, aci-ma de tudo, mostram que a politica não é só para os mais velhos mas sim para quem quer efectivamente dar o seu contributo.

Neste sentido não podemos deixar de destacar o apoio dado pela JP-Machico aos inúmeros idosos que se deslocaram à nossa sede de campanha à procura de apoio, ou simplesmente de alguém para conversar. E quem melhor que um jovem a quem foi transmitido os princípios e o espírito solidário que demarcam o nosso partido? Não podemos igualmente es-quecer as iniciativas da JP, que mobili-zam dezenas de jovens em diversas ativi-dades, desenvolvidas ao longo do ano, contribuindo também para o seu desen-volvimento pessoal destes. A JP-Machico tem sempre a porta aber-ta para quem quer participar nas suas atividades, para quem quer desenvolver e contribuir com ideias, para quem quer debater questões que se prendem com o mundo em que vivemos, para todos aque-les que sentem o desejo de conhecer a essência da organização social, os cos-tumes, as leis, as questões de fundo da politica. Obrigado a todos aqueles que fazem crescer a JP, pelo vosso contributo nas últimas eleições autárquicas, e que continuem o vosso trabalho, pois vocês são o futuro da nossa sociedade.

Importânciada Juventude Popular

A JP-Machico tem tido o mérito decativar muitos jovens para as atividadespolíticas

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Uma espécie de “nervoso miudinho” tomava conta dos presentes, à medi-da que os resultados eleitorais eram conhecidos. A noite eleitoral na sede de campanha do CDS/PP-Madeira centrou atenções no Funchal, San-tana e Calheta. A conquista de uma Junta de Freguesia, depois mais outra, a seguir a presidência da Câmara Municipal de Santana! Da Calheta também surgiram notícias animadoras. São “nossas” as juntas de freguesia da Ponta do Pargo e da Fajã da Ovelha.

No Funchal, adivinhava-se o “fura-cão” eleitoral. A “Mudança” surge im-parável. Para os partidos que a inte-gram mas sobretudo para o PSD/M, que é derrotado de forma implacável depois de 35 anos de maiorias abso-lutas. O CDS/PP-Madeira não almeja os seus objetivos mais ambiciosos, na capital madeirense, mas cresce em número de votos, em percentagem e mandatos. Para que não subsistam dúvidas, contribuiu decisivamente para a viragem política histórica na Madeira.

Noiteeleitoral

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O Jornal da Madeira é

de difamação!!instrumentoO CDS tem vin-

do a ser alvo de uma campanha de difamação in-qualificável e re-provável por parte

do PSD, publicitada através do Jornal da

Madeira, com direito a primeiras páginas. Esta cam-

panha serve ao Dr. Alberto João, pois tenta esconder as fragilidades e as debilidades do seu partido e do seu governo.O objectivo maior dessa campanha é amedrontar os dirigentes e deputados do CDS/PP, contudo o CDS não se deixará in-timidar e continuará a seguir o seu percurso na defesa intransigente dos interesses dos Madeirenses e Portossantenses, denun-ciando o que for necessário.

É, inaceitável, que o Jornal da Madeira, que o Governo Regional financia e mui-to, com o dinheiro dos nossos impostos (quase quatro milhões/ano), não assegure a pluralidade da informação como afirma o Dr. Alberto João. É usado como uma arma política de arremesso, sem qualquer escrú-pulo, para denegrir publicamente a imagem do CDS e dos seus Deputados, dos seus opositores e dos que pensam de forma diferente no próprio PSD.

Perante tais notícias , o CDS-M e o seu Gru-po Parlamentar já agiram e agirão judicial-mente contra todos aqueles que promovam ou veiculem notícias injuriosas e difamatórias contra os seus dirigentes e deputados e das mesmas darão conhecimento aos órgãos de decisão do Estado.

Isabel Torres

ficha técnicaPropriedade:Grupo Parlamentar do CDS/PP-MadeiraRua da Alfândega, nº 71 - 1º andar - FunchalTel. 291 210 500e-mail: [email protected]

Impressão:Imprinews - Empresa gráfica

Design e paginação: Grupo Parlamentar do CDS/PP-Madeira

CDS na internet:site: www.cdsppmadeira.com

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Colaboraram neste número:José Manuel Rodrigues, Rui Barreto, Mário Pereira,Isabel Torres, Lino Abreu, Lopes da Fonseca, Pedro Telhado Pereira, Nelson Mendonça, Amílcar Figueira, Marieta Nóbrega e Luísa Gouveia.

“É inaceitável, que o JM, que o GR financia (...) com os nossos impostos, não assegure a pluralidade da informação.”