19 a 21 de novembro de 2011

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Ano I Número 87 Data 19 a 21.11.2011

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AnoI

Número87

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Telefonia

Reclamação no Procon será encaminhada para a Anatel

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METRO - P. 6 - 21.11.2011

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ANA PAULA PEDROSASusto. Júnio de Moura conseguiu

reduzir a dívida com base na cobrança indevida de taxas e tarifas

Quando o coordenador de proje-tos Júnio de Moura Alves comprou seu carro financiado, em 2009, não imagi-nava que embutidos no contrato esta-vam taxas e formas de cálculo que au-mentaram o valor contratado e, conse-quentemente, o saldo devedor. Apenas depois de conversar com amigos que ele começou a desconfiar de que pode-ria haver algo errado, resolveu procurar um advogado e entrou com uma ação na Justiça que resultou em um acordo com a financeira e a queda de R$ 15 mil na dívida.

“Não me explicaram nada e, como eu estava precisando do carro para tra-balhar, nem perguntei muito, por medo de não conseguir comprar”, conta. O advogado responsável pelo caso, Fre-derico Damato, do escritório Amaral & Damato Advogados, explica que entre os problemas estavam a inclusão no fi-nanciamento, sem autorização do con-sumidor, de taxas como tarifa de cadas-tro, registro de contrato, Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e até re-muneração da promotora de vendas.

“O contrato é uma cascata de abusos”, afirma ele.

Todos esses valores foram soma-dos ao capital principal do financia-mento e, sobre o valor total, foi apli-cada a taxa de juros. Um outro proble-ma é que foram cobrados juros sobre juros, prática proibida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A tese da de-fesa foi baseada no Código de Defesa do Consumidor (CDC), que prevê o direito do cliente à informação clara e precisa, por ser a parte mais fraca da negociação. Damato lembra que o con-trato não foi negociado entre as partes e, sim, apresentado pela financeira para que o cliente assinasse. Ele afirma que na quase totalidade dos casos, os con-tratos de financiamento são feitos dessa forma.

Também com base no CDC foi pe-dida a devolução em dobro dos valores cobrados indevidamente.

Júnio Alves ainda deve 35 presta-ções do carro, num total de R$ 25 mil. Com o acordo conseguido com a finan-ceira, a dívida caiu para R$ 10 mil e será paga em dez prestações sem juros de R$ 1.000. A parcela original era de R$ 715, mas ele diz que prefere fazer um esforço para pagar um pouco a

mais por mês e se ver livre do finan-ciamento.

O consumidor diz que ficou sur-preso com o tamanho do desconto, que foi oferecido pela própria financeira. “Eu não esperava que fosse tudo isso”, afirma.

O acordo já foi assinado entre as duas partes, mas ainda tem que ser ho-mologado em juízo para passar a valer.

Conhecimento“O consumidor que vai financiar

um carro não tem que ser doutor em matemática para entender os cálculos dos bancos e financeiras. Ele tem que ser muito bem informado de tudo, por-que é a parte mais fraca da negocia-ção”

Frederico DamatoAdvogado

Números3,69 milhões de veículos devem

ser vendidos no Brasil em 20115% deve ser a alta na comerciali-

zação vendas em relação a 201010% é a expectativa de alta no vo-

lume de financiamento neste ano2,92 milhões de unidades foram

vendidas de janeiro a 15 de novembro

Armadilha

Taxa embutida no contrato de financiamento é questionávelCobranças devem ser transparentes para não pararem na Justiça

De cada cem automóveis e co-merciais leves vendidos no primeiro semestre de 2011, 60 foram financia-dos, segundo a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Monta-doras (Anef). Os dados mostram que 47% foram financiados, 6% foram vendidos pelo sistema de consórcio e 7% via leasing. Em 2010, as três mo-dalidades somavam 63%.

De acordo com a entidade, as vendas nos seis primeiros meses do ano foram influenciadas pelas medi-das de desestímulo ao crédito adota-das pelo Banco Central.

Como o número de veículos fi-nanciados cresceu no período, em valores, o saldo da carteira de crédito foi 4,8% maior do que em 2010 e fe-chou o semestre em R$ 194,9 bilhões. A entidade aposta que o segundo se-mestre será melhor para as vendas do setor. De acordo com o presidente da Anef, Décio Carbonari de Almeida, a expectativa é fechar o ano com au-mento de 10% na carteira de financia-mento.

Condições. O prazo médio de fi-nanciamento de veículos ficou em 43 meses, um a mais do que em junho

de 2010, quando era possível finan-ciar um automóvel ou comercial leve em até 72 vezes. Atualmente, o prazo máximo são 60 prestações.

Se o tempo de financiamento caiu, a taxa de juros subiu. Em junho de 2010, quem financiava um veícu-lo pagava, em média, 1,78% de juros ao mês e 40,4% ao ano. Já neste ano, as taxas médias são de 2,2% ao mês e 46,1% ao ano. A inadimplência foi de 3,5% em junho de 2010 para 3,8% em junho deste ano, mas, segundo a Anef, não é fator de preocupação. (APP)

Parcelamento

Vendas a prazo são 60%

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hOjE EM diA vERsãO OnlinE - 21.11.2011