edição 240 - novembro 2014

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FAZENDO ARTE: João Américo lança outra marca no mercado e apresenta novas caixas acústicas de três vias, com design diferente, guia de ondas próprio e formato pequeno. | ILUMINAÇÃO: Dream Theater no Brasil mescla composições complexas com iluminação extravagante | TECNOLOGIA: Mixagem "In the box" para apresentações ao vivo já é realidade. | CDC EIGHT: Trabalhe em módulos com o novo modelo de console da Cadac | LOGIC PRO: Utilize a automação nos recursos do programa | ABLETON: Crie seus próprios beats | GIGPLACE: A profissão do produtor técnico | PRO TOOLS: Conheça os atalhos para diminuir o tempo da mix

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SumárioSumárioAno. 21 - novembro/ 2014 - Nº 240

16 Vitrine

O recente lançamento daHarman, o DriveRackPA2, comconfiguração mais rápida e maisfácil. Outro destaque é a linha deguitarras T250S, da Strinberg.

20 Rápidas e Rasteiras

A ECAD faz um levantamentoda obra de Zé Ramalho econtabiliza mais de 400 fo-nogramas cadastrados no banco

de dados.

26 Gustavo Victorino

Confira as notícias maisquentes dos bastidores do

mercado.

28 Play Rec

Mauro Senise lança seu maisnovo trabalho, Danças, e VictorBiglione apresenta novo álbum

reunindo a nata do instrumen-tal brasileiro.

32 Gigplace

O produtor técnico Tobé Lombello é

o entrevistado deste mês e fala sobre

as atribuições de sua profissão.

38 Tudo em um só lugar

Duas caixas leves e um mixer

amplificado destacável. Com essas

características, os novos modelos

STAGEPAS, da Yamaha, prometem

ser a solução completa para sistemas

de PA do tipo “tudo em 1”.

74 O equilibrio da mixagem

Este mês, o colunista Ricardo

Mendes fala da importância de suamixagem soar bem em mono, mesmoque sua intenção seja reproduzi-laem 5.1 ou em estéreo.

96 Vida de ArtistaDando continuidade à série sobre a histó-

ria dos discos de sua carreira, Luiz CarlosSá chega ao Outra vez na Estrada, tra-balho que reuniu o trio Sá, Rodrix eGuarabyra e trouxe de volta antigossucessos da banda.

NESTA EDIÇÃO

De volta ao peso dos anos 80Com um ideal de som na cabeça, o baterista Fábio Brasil (Jason e

Detonautas), montou o estúdio Mobília Space, no Rio de Janeiro, que

tem como diferencial o gosto pela ambiência e direcionamento do som

nas produções realizadas por lá.

O lançamento nacional dosprimeiros modelos do

sistema da AED, novaempresa dirigida pelo

engenheiro João Américo,apresentou um novo

conceito de caixasacústicas, com

características e designdiferentes. O primeiro

protótipo, com odesenvolvimento de um

guia de ondas próprio, foilançado em Salvador com

a presença de técnicos eempresários do mercado de

sonorização.

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CADERNO TECNOLOGIA

80 Vitrine

A Avolites apresenta a Pearl Expert Pro,

com mais submasters e botões de flash,

a Elation traz o LED Satura Spot CMY

82 Rápidas e rasteiras Lux

A Osram lança uma nova linha de

lâmpadas HMI, de 6000K, e a WirelessLighting decidiu apostar em aluguel de

kits de emergência pela internet.

CADERNO ILUMINAÇÃO

86 Iluminação cênica

Para acompanhar um show de

composições complexas, oDream Theater, que se

apresentou no Brasil emoutubro, utilizou um misto derecursos extravagantes epeculiares, conferindo efeitosvisuais impactantes.

54 Tecnologia

O conceito da mixagem in

the box pode ser uma saídapara as mixagens de showsao vivo e fazer surgir

equipamentos financeira-mente mais acessíveis.

58 Logic Pro

Automação no Logic Pro.

Por meio dela é possível

fazer mudanças em

material já gravado para

criar alterações dinâmicas

de volume, pan, balanço,

entre outros recursos.

Expediente

DiretorNelson [email protected] administrativaStella [email protected]@backstage.com.brCoordenadora de redaçãoDanielli [email protected]ãoHeloisa BrumTraduçãoFernando CastroColunistasCezar Galhart, Cristiano Moura, GustavoVictorino, Jorge Pescara, Lika Meinberg,Luciano Freitas, Luiz Carlos Sá, MarcelloDalla, Ricardo Mendes e Vera MedinaEdição de Arte / DiagramaçãoLeandro J. Nazá[email protected] Gráfico / CapaLeandro J. NazárioFoto: Divulgação

Publicidade / AnúnciosPABX: (21) [email protected]

Webdesigner / MultimídiaLeonardo C. [email protected] AlvesPABX: (21) [email protected] de CirculaçãoErnani [email protected] de CirculaçãoAdilson SantiagoCrí[email protected]

Backstage é uma publicação da editoraH.Sheldon Serviços de Marketing Ltda.

Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - JacarepaguáRio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549CNPJ. 29.418.852/0001-85

Distribuída pela DINAP Ltda.Distribuidora Nacional de Publicações,

Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678Cep. 06045-390 - São Paulo - SPTel.: (11) 3789-1628CNPJ. 03.555.225/0001-00

Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Épermitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviadacópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dosanúncios veiculados.

Sistema MTXCriados para atender a diversos tipos de locais e eventos, os mo-

delos de line array e subwoofers da MTX, foram apresentados noRio de Janeiro, durante workshop que reuniu técnicos de PA de

todo o Brasil.

62 Cubase

Durante o trabalho com as workstations,

as coisas vão se tornando mais complexasa cada dia. Confira as dicas parasistematizar seus estudos e construir

conhecimentos sólidos.

66 Pro Tools

O processo de mixagem envolve muitas

comparações entre o antes e o depois evai além do simples by pass em um plug-in.

70 Ableton

O Ableton Live traz na sua configura-

ção de fábrica um verdadeiro arsenal

para o usuário produzir seus próprios

beats, ou ritmos.

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CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

crise mundial, que começou em 2008 e ainda assombra al-guns países em 2014, somada às mudanças nos âmbitos social

e mercadológico causadas pela internet, vem produzindo umanova forma de comportamento humano. Paralelamente, o adven-to e a disseminação das mídias sociais no século 21 criou uma sériede novos caminhos e soluções nunca antes imaginada como meiode propaganda. Dessa forma, acompanhar o surgimento de recen-tes percepções mercadológicas e movimentos sociais são o novodesafio para as empresas ao longo dessa era.Um exemplo claro desses novos tempos se reclina no papel daimprensa nessa nova sociedade e no lugar em que habita a notícia.Percebemos uma enxurrada de novas formas e meios de informa-ção, ao mesmo tempo que ainda carecemos de poucos modos deentrega de conhecimento, com chancela da credibilidade do gru-po que o produz. Nessa profusão de informação pós-web o que sepercebe são “teorias empíricas” que deixam a desejar e colocamem xeque o verdadeiro papel da informação.Jaz aí o momento e a oportunidade de, com o perdão do lugar-co-mum, “separar o joio do trigo”. Assim como os meios de comuni-cação, empresas de outros setores passam por mudanças e preci-sam rever novos e antigos conceitos a fim de eleger exatamente oque cabe na roda da relevância. E não obstante, é fácil identificarum adjetivo comum a todos: confiança. Até porque em tempos demudança, é mais seguro pender e escolher o lado que se conhece eao qual se dá crédito.Para as empresas que aspiram a sobrevivência, é hora de dar focoàs estratégias e perceber como seus diferenciais encaixam-se nes-sas mudanças irreversíveis . Melhorar a qualidade, entender asnecessidades do mercado, buscar melhor produtividade e preço, efazer prevalecer, aos olhos do cliente, os seus diferenciais, são al-gumas das vertentes. É preciso lembrar que quanto mais confiávelo produto final de uma empresa, maior será sua chance de concor-rer e permanecer no negócio.

Boa Leitura.

Danielli Marinho

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O mercado

sobrevivede bons créditos

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STRINBERG T-250Swww.sonotec.com.br

Um instrumento para quemtoca com personalidade. A li-nha T250S da Strinberg apre-senta guitarras com sonorida-de limpa e sofisticada duran-te a sua execução. As guitar-ras T250S ganham destaquecom seus médios e agudos al-tamente definidos. São fa-bricadas em basswood, comdesign moderno e excelenteacabamento nas cores Black,Sunburst e Ivory.

DRIVERACK PA2www.harman.com

A Harman traz ao mercado nacional o DriveRack PA2, gerenciadorque oferece todo o processamento necessário entre o mixer e ampli-ficadores para otimizar o desempenho de alto-falantes. Com umwizard inteiramente novo, a configuração está mais rápida e maisfácil. Os novos AutoEQTM e AFSTM oferecem uma equalização deambiente e controle de feedback ainda mais precisos e o detalhe éque tudo pode ser controlado em tempo real a partir de dispositivosmóveis, utilizando controle por Ethernet via Android, iOS, Mac ouWindows. O aplicativo permite manipular diretamente as configu-rações do compressor, EQ gráfico, EQ paramétrico e de crossover, eos presets de caixas acústicas. O DriveRack PA2 oferece excelentesonoridade de maneira eficaz e econômica, mantendo o alto padrãodos processadores de sistemas dbx.

E-12 HAMMER 6.5Kwww.eros.com.br

Desenvolvido para suportar grandes potências,principalmente nos graves devido a sua alta re-sistência mecânica, o Hammer 6.5K incorporatriplo anel de alumínio para obter melhor res-posta das frequências médio-alto e melhor dis-sipação de calor da bobina. O equipamentopossui tecnologia HYBRID MAGNET e utilizaferrites em Bário e Neodymium, proporcionan-do alto rendimento e permitindo ultrapassar96 dB Free-Air (fora da caixa). Com respostanatural compreendida entre 60 até 4000Hz, éindicado para trabalhar em regime prolongadocom alta potência e menor perda de rendimen-to (compressão dinâmica do som).

SPOT 12 NEOwww.taigar.com.br

Os monitores de palco Spot 12 Neo possuem falantesde 1x12" 600 WRMS + drive de 1" 60 W RMS da B&C,um monitor com resposta de frequência plana e altapressão sonora. Com potência de 680W - 8 Ohms, temresposta de frequência de 54Hz - 20kHZ (+- 10dB),sensibilidade média de 103 dB 1W/1m e máximo SPL(peak) 133dB, calculado @ 1m. O seu peso é de 19Kg eos conectores são Speakon NL4.

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CAIXA ATIVA LEXSENwww.proshows.com.br

A Proshows lança este mês no mercado profissional de áudio mais um modelo decaixas ativas da série LPX da Lexsen, que têm a mesma qualidade de som das já tra-dicionais séries LPX e PX. O novo modelo LPX-2015A possui dois falantes de 15”,tecnologia das séries antecessoras, bom desempenho, maior potência, versatilidadee fácil operação. Algumas características do equipamento são: caixa ativa de 2 vias;dois falantes de 15”; 500WRMS; MP3 player; display em LCD; bluetooth;equalizador de 2 bandas; limiter e driver titânio.

SERIE DBRwww.yamaha.com.br

Em busca da melhor sonoriza-ção, a Yamaha acaba de lançar ascaixas acústicas amplificadas dalinha DBR. As novas caixasacústicas conseguem dissiparum som poderoso e de alta-qua-lidade economizando no trans-porte e tempo de montagem. Oproduto vem com amplificador,DSP e tecnologia igual às tradi-

cionais linhas DXR e DSR. Dessa maneira, o som de alta qualidade emqualquer nível sonoro é garantido. As caixas DBR possuem modelosde 10”, 12” e 15”. Cada caixa foi desenvolvida para ser durável e leve,otimizada para uso como PA, monitor de palco e instalações fixas. Umaboa pedida para banda ou DJ que deseja elevar seu desempenho sonoro.

VOKAL VLR-502www.sonotec.com.br

Referência até mesmo para a concor-rência. Esse é o discurso que envolve oVLR-502, lançamento da linha deáudio profissional Vokal. A novidadeutiliza-se de tecnologia sustentávelcom o seu sistema de bateria de Li-thium recarregável, exclusividade parao mercado nacional e, ainda, pode-seutilizar pilhas AA. É um produto sofis-ticado, repleto de vantagens tecno-lógicas, que proporciona alto desempe-nho e uma performance única durantea sua execução. Integram o VLR-502,dois microfones de mão sem fio, duasbaterias de Lithium recarregáveis, doisadaptadores para uso de pilhas AA,uma base receptora UHF onde, tam-bém, é possível recarregar as baterias deLithium, uma fonte AC de alimenta-ção e um case de proteção e transporte.

M-633D MIXER STEREO DIGITALhttp://toacorp.com.br

A TOA lança o modelo M-633D, um mixer stereo equipado com12 entradas (6 monaural e 3 stereo) e 6 saídas (2 monaural, 1stereo e 1 stereo recording). O equipamento possui 2 busesmonaural e 1 bus stereo, permitindo que cada sinal de entradaseja endereçado a cada linha de bus, individualmente. Oferecefunções de processamento digital, como: Automatic ResonanceControl Function (ARC), Feedback Suppressor Function (FBS),Automatic Clipguard Function (ACG) e Automatic MuteFunction (AUTO MUTE). Este mixer faz compensação acústicaavançada, através de processamento automático, sem ter neces-sidade de utilizar outro equipamento para medição. Pode sermontado em um rack EIA (1U). Entre as características técnicasse destacam: resposta de frequência: 20 Hz – 20 kHz e banda di-nâmica 90 dB ou mais (IHF-A weighted).

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VÍDEO CLIPE COM OUTROS OLHOS

CLEVERSON SILVA É O NOVO ENDORSEE DA YAMAHA

A Yamaha Musical do Brasil acabade ganhar mais um integrante emsua família de endorsees. Trata-sede Cleverson Silva, baterista refe-rência no meio musical, que utili-zará baterias acústicas e eletrôni-cas em seus projetos. O músicotoca bateria desde os sete anos deidade e aos 12 iniciou sua carreiraprofissional. Influenciado por no-

mes como Dave Weckl, DennisChambers, Steve Gadd, Cuca Tei-xeira, Tedd Campbell, Will Ken-nedy, dentre outros bateristas játocou com diversos artistas nacio-nais e internacionais. Atualmen-te faz parte da banda do The VoiceBrasil, na Rede Globo, e integra ogrupo Brás Adoração, da Assem-bleia de Deus Brás.

Músicos e fãs deverão ter novasexperiências ao assistirem video-clipes. É que a Mirriad, empresade tecnologias para vídeo, Uni-versal Music e Havas fecharamuma parceria para inserção de pu-blicidade in-video. A tecnologiaMirriad permite às agências co-mo a Havas executar campanhasnos videoclipes da Universal Mu-

sic em plataformas de TV, onlinee de dispositivos móveis. A ideiaé que artistas da Universal Musicpossam usar novas oportunida-des para gerar receita a partir deseus videoclipes. A tecnologiaMirriad insere produtos, painéispublicitários, vídeo e outras for-mas de ativos de marca em con-teúdos de vídeos já produzidos.

ECAD DIVULGALEVANTAMENTO INÉDITOSOBRE A OBRA DE ZÉRAMALHO EMCOMEMORAÇÃO AOS 65ANOS DO ARTISTANa sexta-feira, dia 3 de outubro, o can-

tor e compositor Zé Ramalho comple-

tou 65 anos de idade. Para lembrar a

data, o Ecad (Escritório Central de Ar-

recadação e Distribuição) preparou le-

vantamento inédito sobre a obra do

artista. No total, o artista paraibano tem

207 canções e 465 fonogramas cadas-

trados nos bancos de dados da em-

presa. No topo da lista das suas obras

mais executadas nos últimos cinco

anos estão Chão de giz, Frevo mulher e

Garoto de aluguel. Já no ranking das

canções mais regravadas por outros

artistas entre os anos de 2010 e 2014

estão Frevo mulher, Garoto de aluguele Admirável gado novo. A maior parte

dos direitos autorais recebidos pelo

artista nesse período é oriunda da exe-

cução pública de suas canções no

segmento “música ao vivo”.

FALAMANSANO GRAMMY LATINOO Grupo Falamansa está entre um

dos cinco indicados ao 15º Latin

Grammy pelo álbum Amigo Velho, na

categoria Melhor Álbum de Músicade Raízes Brasileiras. A cerimônia de

premiação acontece no dia 20 de

novembro, no MGM Grand Garden

Arena, em Las Vegas (EUA).

EFEITOS ESPECIAISA banda mineira Onze:20 acaba de

colocar no ar o clipe de Sem Medode Amar, primeiro single do novo ál-

bum Vida Loka. Para a gravação de

algumas cenas, o diretor e editor

Paul Domingos utilizou uma câmera

especial, Slow FS700, a mesma usa-

da pelo Foo Fighters no clipe da

música “These Days”. O clipe reúne

imagens feitas em vários shows da

banda pelo país, cenas de bastido-

res e trechos da turnê pelo Japão.

Confira o video: http://www.you-

tube.com/user/onze20

NOVA ÁREA PARANEGÓCIOS NA MUSIKMESSEPela primeira vez na história a

Musikmesse Frankfurt, que será de

15 a 18 de abril, terá uma área exclu-

siva para negócios: o B2B Area. Lo-

calizado no Hall 4.1, o espaço será

destinado a fabricantes, distribuido-

res e representantes de marcas que

estiverem registrados e terá como

objetivo oferecer um local confortá-

vel e propício aos negócios, em uma

atmosfera profissional. Os interessa-

dos podem reservar um espaço no

B2B Area, independente de já te-

rem reservado um estande na feira.

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TEMPLO DE SALOMÃO

Inaugurado em julho de 2014, oTemplo de Salomão, em SãoPaulo, ganhou o sistema de so-norização K-array, empresa ita-liana representada pela Gobosdo Brasil. A equipe técnica teveum grande desafio para sono-rizar uma área de grandes pro-porções com um som invisível eleve. A ideia era minimizar aomáximo a grande reverberaçãodo local e reflexões acústicas.Outra exigência foi atender aodesenho do templo original deSalomão de forma que as caixasde som não ficassem aparentes.Toda distribuição de sinal etráfego de áudio é digital, viafibra ótica, através do protoco-lo Dante. Sub KO70 - Instaladono teto da Igreja.

“SISTEMA PRINCIPAL”.A caixa KP102 foi instalada nascolunas ao lado do altar, na posi-ção horizontal como monitor doaltar. A caixa KH4 foi instaladano teto da igreja como SistemaPrincipal e como Side-Fill do al-tar. A caixa KK52 foi instaladana área interativa do Cenáculo, osub KMT18 foi instalado no altare a caixa KRM33 foi instalada

como sistema do auditório do 2°andar. Já a caixa KV50 foi insta-lada como monitor no púlpito.Uma matriz de áudio da Yamahapermite controlar individual-mente cada caixa de som, bemcomo o controle de diversossetores. O console de controle éum CL5, também da Yamaha,que pode ser operado à distân-cia via iPad.

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IPIABAS JAZZ & BLUES

dessa região do Vale do Café etorná-la referência para quemprocura história, natureza e paz,aliados a muita boa música. Aideia também é oferecer às pes-soas a possibilidade de conhecer,ouvir música de alta qualidade,tocada por músicos nacionais einternacionais acostumados aosmelhores festivais de jazz e bluesdo mundo, mostrando que estesgêneros podem ser apreciadospor todas as idades.

Uma boa pedida para novembroé o Festival de jazz e blues queacontece na cidade de Ipiabas,distrito de Barra do Piraí, no sulfluminense. Nomes como Mar-cos Valle, Guto Goffi, George Is-rael, Taryn Szpilman, além dosamericanos Mark Lambert, LazyLester e Jai Mailano , e o guitar-rista de blues Igor Prado sobemao palco entre os dias 20 e 23 denovembro, para apresentaçõesgratuitas. Além dos shows queacontecem à noite, durante odia dá para participar de work-shops com os músicos GutoGoffi , do Barão Vermelho eCláudio Infante, que acompa-nha Taryn Szpilman.

O FESTIVALO IV Ipiabas Jazz & Blues Festivalvai apresentar nesta edição ummix entre o jazz e o blues, unindoa nova e a velha geração e talen-tos nacionais e internacionaisem uma das localidades maischarmosas do Vale do Café (RJ).O festival acontece sob o esplen-dor da natureza local, ou seja, em

meio a montanhas, muito verde esantuários naturais do distrito deIpiabas. A programação em horári-os definidos e a infraestrutura doevento, com palco e restaurantesao ar livre de onde é possível assis-tir aos shows, prometem um fim desemana inesquecível, regado amuito jazz e blues.O principal objetivo do Festival éfortalecer ainda mais a cidade deBarra do Piraí como um dos prin-cipais pólos culturais e turísticos

DAVID BOWIE E OS ANOS 70

O livro David Bowie e os anos 70 éum relato intenso sobre como amúsica do artista refletia e influ-enciava o mundo que o cercava.Ou mais do que isto: como o mun-do que o cercava influenciava noseu processo de criação como ar-tista. Foi durante a década de 1970que David Bowie se tornou a lendaque é hoje, após uma série de discosincríveis, acompanhados de gran-des revoluções no modo de se ves-tir e de incorporar diferentes per-sonagens nos palcos – e fora deles– o que o levou a ser conhecidocomo o ‘camaleão do rock’.

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LEPO-LEPO DOMINOU A COPAO Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) distribuiu para 4.795 titulares

de música (compositores, intérpretes, músicos, editores, produtores fonográficos) e

associações o total de R$ 4.245.261,84 como retribuição autoral pelas obras executadas

durante os eventos da Copa do Mundo de 2014. Do total de titulares beneficiados, 3.263

são nacionais, enquanto 1.532 são estrangeiros. A distribuição dos direitos autorais das

músicas executadas nos shows foi feita de forma direta e a dos espaços com

sonorização ambiental foi feita de forma indireta, através de sistema amostral. No topo

das canções mais executadas estão o badalado hit baiano Lepo Lepo (em 1º lugar) e os

sucessos internacionais Girl on fire, Feel so close, Billie Jean e Waves. Já os cinco

primeiros da lista de autores mais executados estão Otavio de Moraes (1º lugar), Ary

Barroso, Jorge Ben Jor, Lourenço e Anderson Cunha.

Selecionadas para a edição 2014

O Sistema Fecomércio Sesc Senac PR

e a Prefeitura de Jacarezinho divulga-

ram as 36 músicas selecionadas para

compor a edição 2014 do Fejacan –

Festival Jacarezinhense da Canção.

Este ano, mais de 400 canções foram ins-

critas no festival – dessas, 36 foram

selecionadas e serão apresentadas entre

os dias 20 e 22 de novem-

bro, no Cine Teatro Iguaçu,

em Jacarezinho (PR).

De acordo com o gerente

executivo do Sesc Jaca-

rezinho, Sergio Tiburcio,

após minuciosa análise da

Comissão Organizadora,

as 36 músicas, provenien-

tes de 12 estados e 18 ci-

dades, foram classificadas.

Além de representantes

paranaenses, esta edição

contará com músicos dos

estados de Pernambuco,

Rio Grande do Norte, São

Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Rio

Grande do Sul, Bahia, Pará, Mato Grosso

do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo. O

Fejacan promove o intercâmbio cultural,

cria meios de difusão da produção musi-

cal e contribui para a formação de pla-

teia. “O festival tem o objetivo de contri-

buir para o desenvolvimento da produ-

ção musical do Paraná e de diversas regi-

ões do país, especialmente aquelas que

resultam de processos de pesquisa e que

estão relacionadas ao aprofundamento

do uso da linguagem musical”, enfatiza

Sergio Tiburcio. Uma das novidades des-

ta edição é a inserção de mais um dia de

apresentações do Fejacan que, a partir

deste ano, será realizado de quinta-feira a

sábado. Além das 36 canções sele-

cionadas para o festival, o cantor e com-

positor Ivan Lins encerra a última noite do

evento, no dia 22 de novembro.

SESC PR DIVULGA MÚSICAS PARA O FEJACAN

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NOVO FORMATOComo previsto por essa coluna, o es-trondoso sucesso do Rio das Ostras Jazz& Blues desse ano provocou um verda-deiro rebuliço na região do litoral nortefluminense por conta da expansão denegócios e movimentação turística ex-cepcional nos dois finais de semana doevento. Assim sendo, a prefeitura deRio das Ostras e a Azul Produções aca-taram o clamor da cidade e decidiramque em 2014 o evento será nesse novoformato, ou seja, em dois finais de sema-na. Anote na agenda: as datas já defini-das para o próximo ano são 14, 15, 16,21, 22 e 23 de agosto. É o sucesso co-brando seu preço...

ATRAPALHADOO poder público brasileiro e os ges-tores da educação de nosso país conti-nuam atrapalhados na implantação doensino musical nas escolas. Sem regrasclaras e iniciativas objetivas, a con-quista de músicos e de resto, de todosos amantes da cultura que lutaram pelareinserção do ensino musical nas esco-las, não vai andar para a frente. Deveser por coisas assim que o Brasil ocupao último lugar em educação nas Amé-ricas, ao lado do Suriname.

RESCALDOEmbora menor, a Expomusic 2014 teveinteressantes momentos de bastidores.Alguns impublicáveis por conta de sigi-lo comercial. Mas do que foi tornadopúblico, restou evidente que mesmo di-ante de uma crise econômica, teve gen-te investindo e colhendo frutos. A fór-mula mágica para identificar isso é ligarpara alguns importadores ou fabrican-tes e pedir determinados produtos desuas linhas. Alguns não tem mais esto-que para pronta entrega. A conclusãoóbvia é de que a coisa não está tão ruimassim. Tem mais choro do que lenço.

AUSÊNCIAConvocado para o meeting mundial daRoland em Londres, o executivo e boapraça Takao Shirahata foi ausência sen-tida na Festa Nacional da Música emCanela. Querido por todos e pequenopara tantos abraços, o presidente daRoland do Brasil deu azar no cruzamen-to das datas e não conseguiu conciliar osdois eventos na agenda. Mas certamen-te está trazendo boas novidades do en-contro na Europa.

SERIEDADE E PREJUÍZOTanto critico a falta de peças de reposi-ção para os equipamentos vendidos noBrasil que preciso reconhecer a serieda-de de algumas empresas ao assumir pre-juízos canibalizando equipamentos emestoque para cumprir compromissoscom o consumidor. E em alguns casosesse prejuízo não é pequeno. Tudo emnome da seriedade e credibilidade.

SUCESSOO show de Paul McCartney marcadopara o dia 25 de novembro no novoestádio do Palmeiras, em São Paulo,teve seus ingressos esgotados em me-

Definidas aseleições, o mercado

se prepara paraadaptar estratégiase projetar o futuro.

Ciente de quequalquer governo

sofre as oscilaçõesobscuras do dólar,

importadores,fabricantes,

distribuidores ecomerciantes

adotam a estratégiada cautela

monitorando ocomportamento do

mercadoconsumidor para

balizar novosprojetos e

investimentos.Afinal cautela e

canja de galinha...

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GUSTAVO VICTORINO | [email protected]

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nos de 3 horas. Todos os 45 miltickets foram vendidos com umavelocidade que impressionou osprodutores que inclusive já pro-gramaram um show extra. Segun-do especialistas, se o sistema fos-se mais rápido e sem congestio-namentos, as vendas não passari-am de 15 minutos.

QUEDA GERALAs vendas de cópias físicas demúsica caíram vertiginosamenteno maior mercado consumidordo mundo. Apesar da retomadaeconômica, os EUA registraramuma significativa perda no mer-cado de CDs e DVDs musicais.Com exceção da trilha sonora deFrozen que vendeu 3,2 milhõesde cópias, ninguém conseguiusequer chegar perto do disco deplatina, ou seja, um milhão decópias. Grandes vendedores de dis-cos como Adele, Lady Gaga, KatyPerry, Bruno Mars, Beyoncé, JustinTymberlake e Jack White, nem pas-saram perto de atingir a honraria.Segundo a revista Forbes, as ven-das de músicas on line estagnaramnos últimos dois anos, fazendocom que os artistas apertem em-presários para agendar shows parapagar as continhas.

DUDA EM AÇÃOA executiva Duda Lopes está fa-zendo um estrago no mercado detecladistas estelares no Brasil. Seutime de endorses cresce e se quali-fica a olhos vistos. Com a camisada Casio, a irrequieta executivade marketing usa a diversidade demodelos da tradicional marca ja-ponesa de teclados para dar uma

consistência mercadológica in-terna que apesar de forte lá fora,internamente a Casio nunca teve.Ponto para a competência.

MÚSICA E ELEIÇÃOAntes que me perguntem, musi-calmente falando, foi a pior cam-panha eleitoral que já presencieiem mais de meio século de existên-cia. Jingles ruins, paródias bobo-cas, falta de humor e talento, tudoisso contribuiu para uma eleição aser esquecida por quem gosta dedescobrir curiosidades musicais notrabalho dos marqueteiros.

PERIGOO formato MP4, comum em ar-quivos para smartphones e tabletsvirou um perigo para usuários de-satentos. Pilantras cibernéticosconseguiram inserir um scriptmalicioso no arquivo sem que oincauto infectado perceba. Suamúsica e seu vídeo tocam nor-malmente, mas você está devida-mente raqueado, e não sabe. Es-pecialistas em teoria da conspi-ração dizem que a sacanagem foicriada por empresas responsáveispela venda de músicas on line.Assustar quem baixa música ile-gal seria a intenção, mas sincera-mente, acho essas suspeitas umaviagem. Mas...!

PREÇOSTenho que concordar. A diferençade timbre entre cordas de guitarravendidas por 20 reais e as vendidaspor 100 reais tá cada vez menor. Ospuristas e conservadores discor-dam, mas sem o adicional de grifeno preço e a natural invisibilidade

(marca de corda não aparece), a re-lação custo-benefício está cada vezmais pesando na hora de decidir acompra. Já a durabilidade...

EM TERRAApesar do emprenho da ministraMartha Suplicy, o vale-culturanão decolou. Bem intencionada,mas mal divulgada e regulamenta-da, a proposta escorreu pelo ralo damesmice inerte dos corredores pú-blicos brasileiros.

ESTRANHA CONSTATAÇÃOApesar de possuir a única fábricade chips de alta complexidade daAmérica Latina, o Brasil não conse-gue tornar o CEITEC, em PortoAlegre, uma referência em tecno-logia para a indústria nacional.Desinformação, carga tributária eburocracia fazem com que um chipproduzido na China custe quase ametade de um desenvolvido e fa-bricado no Brasil. E como o valoragregado é insignificante, nadaimpede que a gente permaneça naidade da pedra em termos de tec-nologia digital avançada. Enquan-to isso, empilham imposto na ga-solina, na cerveja e até no pão.

FALANDO NISSOCom qualquer governo teremostarifaço no ano que vem. O show-business inevitavelmente vai acusaro golpe. É aguardar 2015 para ver.

FESTA DA MÚSICA 2014Mês que vem eu conto tudo o querolou nos bastidores da Festa Na-cional da Música em Canela, noRS: a homenagem à Revista Back-stage e muito babado forte.

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Produzido em parceriacom o multi-instrumen-tista Nilton Gappo, oguitarrista Dudu Kinglança trabalho autoral,no qual explora sua veiacriativa e fiel ao vintage.Nas 12 faixas, sendo que11 são instrumentais, omúsico se mantém fiel

também ao blues, mas também experimenta uma mis-tura de timbres crus de guitarras crus com teclados epianos atuais e misturas musicais que vão desde músi-cas latinas e caribenhas, ao rock, passando pelo funk ejazz. As músicas são de autoria do guitarrista, bemcomo Maldito Blues, feita em parceria com Sergio Dias,que na verdade estava perdida desde 1996.

DUDU KING 1Dudu King

Com seu novo trabalho,O Tempo E O Branco, Con-suelo de Paula concluimais uma fase de sua obraautoral. Este é seu sextoregistro fonográfico, maspode ser considerado ou-tro momento de uma úni-ca obra, uma obra que

conversa entre si e com o mundo. Aqui a poesia se revelaainda mais generosa e ousada, inaugura outros ares,propõe um novo baile. Provocada pelo universo poéticode Cecília Meireles – que aqui entra como inspiração li-vre –, Consuelo constrói canções que mais uma vez sur-preendem o ouvinte pela leveza quase insondável de seulirismo; coloca sua sensibilidade própria, livre, a serviçoda arte, o que acaba por lhe exigir rigoroso apuro inter-no para descobrir as palavras certas no momento de ar-ticular sentimentos, ritmos, tons, o claro e o escuro, aave e o vento, a pedra e o rio, o espaço e o tempo.

O TEMPO E O BRANCOConsuelo de Paula

Os novos trabalhos doflautista e saxofonista,em CD e DVD, contamcom as participações deCristovão Bastos, Gil-son Peranzzetta, Antô-nio Adolfo, entre outrosmúsicos. O DVD, que foidirigido por Walter Car-valho, traz também a

participação especial de Deborah Colker, que criou acoreografia para este projeto de Mauro Senise e AnaLuisa Marinho. Em seu vigésimo trabalho autoral,Senise lança mão de um jazzgafieira, mais acordeão,misturado ao som de flautas, pianos e outros instru-mentos, dando um clima de grande baile ao álbum.

DANÇASMauro Senise

Chega ao mercado naci-onal o CD Acorde, do mi-neiro radicado em Cu-ritiba, Jairo Carvvalho.Um trabalho realizadode forma independenteque apresenta 14 faixascompostas com diversosparceiros e, com partici-pação de músicos vir-

tuoses do cenário nacional. Gravado no Estúdio Clickem Curitiba-PR, entre 2002 e 2007, o CD foi mixadopor Paulo Bueno, Jairo Carvalho e Jeff Sabbag, emasterizado por Chris Gheringer no Sterling Soundem Nova York-E.U.A. A faixa Acorde ganhou o prêmiode melhor música Latina do mês. Acorde é um daquelestrabalhos onde cada canção requer um tipo de trata-mento sonoro, ou seja, a escolha de instrumentos e ar-ranjos, pois cada faixa tem vida própria sem deixar deformar uma bela harmonia no trabalho como um todo.

ACORDEJairo Carvvalho

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Neste novo trabalho,Victor Biglione convi-dou a nata do instru-mental brasileiro comoArthur Maia, Jorge Hel-der, Sergio Barrozo, DavidFeldman, Marcos Ariel,Zé Lourenço, Jurim Mo-reira, Victor Bertrami,Andre Tandeta, Carlos

Malta, Marcos Suzano, Caludio Infante, Hugo Pilger,Lui Coimbra e Villarejo.... Parece que um CD só não dáconta da constelação reunida. Já que os “escolhidos”dispensam apresentações, vamos à concepção do pro-jeto: neste novo álbum Biglione faz uma espécie dehomenagem ao instrumento com cordas de aço, quedepois do estouro da bossa-nova, acabou sendo rele-gado aos acompanhamentos de baladas pop. O gui-tarrista, que há algum tempo vinha fazendo duos degrande importância com este instrumento, decidiutrazê-lo novamente para o primeiro plano. Desta-ques para Tostão, de Milton Nascimento para o filmeTostão, a fera de ouro, em que Victor realiza novo ar-ranjo explorando o lado andino e flamenco, e para As

rosas não falam, de Cartola, que ganha um lirismoimpressionante no violão solo.

VIOLÃO DE AÇO BRASILVictor Biglione

Há pouco mais de umano as Vespas Manda-rinas lançaram seu pri-meiro álbum, Animal Na-

cional (Deck – 2014). Des-de então eles rodam oBrasil conquistando u-ma legião de novos fãs edesfrutam do sucesso decrítica e de público com

shows lotados e uma indicação ao Grammy Latino.Esse mês lançam pela Polysom a versão em vinil dessedisco. Formado por Chuck Hipolitho (voz e guitar-ra), Thadeu Meneghini (voz e guitarra), André Dea(bateria) e Flávio Guarnieri (baixo), o quarteto sedestaca por trazer um rock/pop urbano, poético e ve-nenoso como não se ouve há tempos.

ANIMAL NACIONALVespas Mandarinas

Em seu novo trabalhosolo, o músico mostrasuas várias faces musicaisexplorando não somenteo romantismo melódico,mas também sua sensibi-lidade. Na primeira faixado CD, Primavera, é pos-sível constatar a sutilezae elegância musical, uma

interpretação romântica, sem excessos, onde em certomomento o pianista passeia pelo universo de clássicoscomo Debussy. E essa elegância pode ser ainda apreci-ada em faixas como Tetê, Sabiá e Chobim - sua primeiracomposição autoral revelada no disco, em que home-nageia dois grandes marcos da música: Chopin eJobim. O álbum foi produzido pelo próprio David e fazo instrumento reinar absoluto, destacando seu lado decompositor, com temas originais e de grande lirismo.

PIANODavid Feldman

Três anos depois do lan-çamento de seu últimoálbum, Baixo Augusta, abanda Cachorro Grandeestá de volta com o Cos-

ta do Marfim, homônimoao país situado no cora-ção do continente africa-no. Com a experiência dequem acumula 15 anos

de estrada e sete álbuns de estúdio, o grupo porto-alegrense formado por Beto Bruno (vocal), MarceloGross (guitarra), Rodolfo Krieger (baixo), PedroPelotas (teclados) e Gabriel Azambuja (bateria) traznesse novo disco uma mistura revolucionária depsicodelia sessentista aliada aos encantos do som in-glês dos anos 90, importado de Manchester. Os gaú-chos se reinventam com muita criatividade, fazendo aconexão Rio Grande do Sul - São Paulo - Inglaterra -Costa do Marfim num piscar de olhos. Produzido pelolendário Edu K - líder da banda De Falla - Costa do

Marfim traz a Cachorro Grande fazendo o que faz demelhor: rock’n’roll inventivo, ousado e plural, sem ti-rar os pés das suas raízes.

COSTA DO MARFIMCachorro Grande

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obé, sempre começamos as entre-vistas dessa coluna pedindo ao en-

trevistado que conte um pouco da suahistória. Quais os caminhos e eventos

que te levaram ao mundo doáudio e dos shows?Desde criança adorava mexerno som, vivia com os head-phones do meu pai na orelha,acho que daí surgiu minhavontade de tocar e estar en-volvido com isto. Em 1996 eutocava com meus amigos,pois tínhamos uma bandachamada Orbitais com a qualfazíamos shows em bares deSão Paulo e também tínha-mos um estúdio particularque chamávamos de “Po-rão”. Lá existia uma me-sinha digital 01v, o primei-

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Fotos: Luringa / Divulgação

ro modelo que saiu. Não sei como, maseu conseguia operar aquele “brinque-dinho” e fazer um som bacana no nossoensaio. Às vezes eu chamava o Macarrão(hoje técnico dos Raimundos) para meajudar; ele foi um dos meus professores.Daí para frente eu chegava mais cedo,afinava o instrumento de todos, enfim,virei roadie e técnico da minha própriabanda, sem saber nada.Depois disso eu virei roadie da bandaTihuana que estava em ascensão namesma época que Charlie Brown, Pla-net Hemp etc. Acabei fazendo uma tourcom muitos shows, não parava em casa eaí sim me apaixonei pela estrada. Alémde muitos shows éramos uma espécie defamília, sou muito grato a eles.Fiquei até mais ou menos 2004 no Tihua-na, fazendo outros artistas simultanea-mente. Nesta época eu já quase não traba-lhava mais como roadie, só como técnicode monitor. Na próxima gig voltei a serroadie, mas era da Rita Lee. Fui roadie daRita, Beto e Dadi Carvalho durante a tourDo Balacobaco e aprendi muito.Após isso voltei para o Tihuana e simul-taneamente fazia a banda de reggaeMaskavo. Os caras faziam muitos shows,não saíamos da estrada. Fui começandoa fazer todas as prés técnicas das bandas

Em mais uma entrevista da série sobre os bastidores dosshows e das produções em que existem profissionais do

áudio ou de iluminação trabalhando, ou mesmo outrasfunções ligadas ao dia a dia do entretenimento,

abordaremos a profissão de Produtor Técnico, e oentrevistado é Tobé Lombello.

Profissões do

backstage’backstage‘

T O B É L O M B E L L OP R O D U T O R T É C N I C O

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nas quais eu trabalhava e estava co-meçando a fazer freela em eventoscom artistas internacionais. Enfim,comecei a me apaixonar pela parte deprodução que eu indiretamente faziacom os artistas que trabalhava. Tra-balhei como técnico de monitor dealgumas bandas nacionais: Tihuana,Maskavo, Strike, Nação Zumbi, PaulaLima, entre muitos outros que sem-pre acabamos trabalhando, fazemossubs para amigos. Fiz alguns trabalhosde shows internacionais, em 2006,como stage manager assistant e daí prafrente não consegui mais me desligardeste mercado.Fui stage manager dos palcos princi-pais de alguns festivais importantesno Brasil como os dois SWU‘s que

aconteceram em 2010 e 2011 e traba-lho até hoje como stage manager dopalco Mundo de todos os Rock in Rio,no Brasil e no exterior.Desde 2010 até hoje em dia, além dosfestivais e shows internacionais, soudiretor técnico do Seu Jorge – que porsinal é um artista maravilhoso de setrabalhar. Ele me dá condições de co-locar em prática o que aprendo comos shows internacionais. O Seu Jorgeé um cara que se preocupa com coisasque para muitos são insignificantes.Lá tenho minha equipe, que executacom brilhantismo os shows em quenão posso estar por ter outros traba-lhos simultâneos. Agradeço aos ami-gos da Freak House que, além de par-ceiros, são excelentes profissionais.Também sou hoje em dia gerente de

produção do Nando Reis e Os Infer-nais. O Nando é um artista que gostamuito de fazer show e não paramos derodar um minuto por este Brasil. Te-nho um time redondinho lá, e a gigestá muito legal, cenário, luz, umshow bem bonito, além do show deleser demais, um hit atrás do outro, issoé certeza do público sempre feliz.

Para explicar melhor, o que faz um pro-dutor técnico, quais as suas atribuições?O produtor técnico cuida de toda aparte técnica necessária para o acon-tecimento de um show ou evento.Vou dar alguns exemplos de itens téc-nicos: som, luz, palco, geradores etc.Não sei muito bem como explicar asatribuições para pessoas leigas no as-

sunto, mas digo que temos de ficaratentos, prevenir na pré-produção e,principalmente, fazer com que as nor-mas contidas no rider técnico do ar-tista + normas de segurança + ne-cessidades do contratante estejamsempre andando juntas e sejam entre-gue conforme o esperado.

Sua trajetória inclui a seguinte sequên-cia: músico, roadie, técnico de mo-nitor, produtor técnico, stage manager.Essas mudanças que foram ocorrendosão uma sequência natural na vida deum profissional do backstage?Isso foi acontecendo naturalmentecomo descrevi na primeira perguntada entrevista, mas nem sempre estaordem é o que acontece. Tenho váriosamigos que nunca foram músicos, ou-

O produtor técnico cuida de toda a

parte técnica necessária para o

acontecimento de um show ou evento: (...)

som, luz, palco, geradores etc.“

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tros nunca técnicos e sempre roadies,outros nunca foram roadies, outros nãoseriam produtores de forma alguma. En-fim, acho que não tem regra. O fato deser stage manager é que gosto muito destaadrenalina de trabalhar com várias ban-das ao mesmo tempo, fazer com que oshorários sejam cumpridos, entregar omelhor para as produções dos artistas,para a empresa que nos contrata e prin-cipalmente para o público.

Nossa vida na estrada é sempre mar-cada por duas coisas, principalmente: aspessoas que nos deram oportunidades eos eventos que marcaram a nossa carrei-ra. Fale um pouco sobre cada um deles.Sou abençoado por sempre ter tidopessoas do bem em tudo que fiz na mi-nha vida, sendo no meio profissionalou não. Tive a oportunidade dada pelosmeus amigos do Tihuana de sair para aestrada mesmo sem nenhuma experi-ência, fui conhecendo pessoas do bemno meio das equipes e aprendendomuito com todos eles. Vou citar algunsdos amigos que me ensinaram a traba-lhar com áudio e depois meus mestresde produção:

No áudio: Macarrão, Cinzeiro, Fer-nandão, Saieg, Alexandre Rabaço, Ro-naldo Lima, Fujimori (R.I.P Saudades),Milton Santos, entre muitos outros. Naprodução: Cesar Favaro, Maurice Hu-ghes, Nico Gomes, Cesar Takaoca, Ri-naldo Marx, Roger, Ricardo Tenente,Falcão, Flavio Goulart, Flavio Borges,Luiz Porto, Macgyver, entre outros.Os eventos e os show que mais marca-ram: Biohazard, Jason Mraz, Mc Fly,Slayer, Slash, Guns And Roses, Hello-wen, Gamaray, Evanescense, The MarsVolta, Queens Of The Stone Age, DaveMatheus Band Kings Off Leon, SublimeWith Home, Joss Stone, Linking Park,Red Hot Chili Peppers, Tiesto, DavidGueta, Pixies, Incubus, Sepultura,Cavalera Conspiracy, Kenny West,Damian Marley, Ziggy Marley, Shakira,Fat Boy Slim, Soja, Peter Gabriel, AliceIn Chains, Avenged Sevenfold, CrisCornel, Stone Temple Pilots, Megadeth,Down, Kate Perry, Elton Jonh, Metallica,Slipknot, Motorhead, Jamiroquai, JaneteMonae, Lenny Kravitz, Mana, Marron 5,Cold Play, System of a Down, SmashingPumpkins, Limp Bizkit, Brian Adams,Bruce Springsteen, entre outros.

Rock in Rio Lisboa

O fato de ser stagemanager é que

gosto muito destaadrenalina detrabalhar com

várias bandas aomesmo tempo, fazercom que os horários

sejam cumpridos,entregar o melhor

para as produçõesdos artistas, para a

empresa que noscontrata e

principalmentepara o público

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Você trabalha com alguns artistas degrande destaque no mercado nacio-nal: Seu Jorge e Nando Reis. Comoprodutor técnico, quais são as maio-res dificuldades para por um show doporte destes artistas na estrada aquino Brasil?A maior dificuldade em minha opi-nião é que a maioria dos contratantesnão lê o que compra. Quando nósprodutores começamos a checar asnossas necessidades enviadas emrider/contrato, rola um susto e come-çam as dificuldades. Quando o pro-blema é estético, ok. O problema éconseguir explicar às pessoas que sãoimportantes, sim, o palco estar devi-damente aterrado, que o palco temque ter extintores de incêndio, quealém das fontes de energia principaisdeve ter uma fonte de energia back-

up etc. Todos acham que um show ébaseado somente em cima de som eluz e sabemos que isto não é a verda-de. Sou tachado de chato, mas graçasa Deus não tenho acidentes no meucurrículo. Quando tomamos todos oscuidados ainda assim corremos risco,imagine deixar rolar.

Você disse que também faz pré-pro-dução e apoio para bandas e turnêsinternacionais. Quais são as recla-mações e dificuldades dos gringospara rodar com um show ou mesmouma tour em nosso País?Na verdade normalmente estas tourssão muito bem faladas por eles. O queacontece é que estas tours são feitas

por agências de grande porte, extre-mamente acostumadas com este tipode trabalho, como Plan Music, T4Fetc. O que eu quis dizer com isso? Queessas agências entregam aquilo que orider e o contrato dos “gringos” pe-dem, eles são o oposto do que eu dissena resposta anterior, eles realmentesabem o que estão contratando, leemo rider completamente, aí facilita emuito o nosso trabalho.

Com sua experiência em festivaiscomo SWU e Rock in Rio, quais asdicas para os técnicos e mesmos pro-dutores que vão levar seus showspara festivais de grande porte aqui noBrasil e, principalmente, no exterior?Por experiência em trabalhos com ar-tistas internacionais, eu acho que oideal é fazer um rider bastante comple-

to, especificando literalmente tudo oque você necessita. Eles são bastantemetódicos e vão entregar o que estiverescrito, não venha pedir depois paradar o “jeitinho brasileiro” que nãorola. Aqui no Brasil, e fora também,acho que a pré-produção de shows tra-dicionais ou festivais é o segredo do su-cesso, aquele famoso ditado de que “ocombinado não sai caro”, sabe?

Ainda falando em shows internacio-nais: com o aumento da demanda dosshows internacionais, a necessidadede mão de obra especializada temcrescido. Para você, qual seria o perfilprofissional necessário para se traba-lhar nas produções vindas do exterior?

O problema é conseguir explicar às

pessoas que são importantes, sim, o palco

estar devidamente aterrado, que o palco

tem que ter extintores de incêndio

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Este espaço é de responsabilidadeda Comunidade Gigplace. Enviecríticas ou sugestões para [email protected] ou [email protected]. E visite osite: http://gigplace.com.br.

Acho que não tem regra, qualquer pes-soa que tenha um pouco de conheci-mento técnico e fale um pouco de in-glês pode trabalhar. Se vai se dar bem éoutra história, mas a oportunidadeestá aí para todos. Como você mesmodisse, esta demanda tem crescido bas-tante. A única diferença é que você vaise deparar com uma metodologia quenão está acostumado aqui; na minhaopinião este é o ponto forte destasproduções. Equipamentos de últimageração com grana podemos trazer,mas a forma de trabalho e empenho detodos da hora em que chega ao local doshow até a hora em que vai embora é oque vai fazer a diferença.

No seu ponto de vista como está omercado de entretenimento nacionalcom relação a serviço e mão de obra?E o que precisa ser feito para melhorara situação atual?Acho que são poucos os artistas que pa-gam bem seus funcionários. Isso nãopode continuar assim, tem gente quetrabalha todo dia, o mês todo e não con-segue pagar as contas, enquanto seus pa-

trões estão nadando em dinheiro. Achoque devemos nos valorizar mais, cobrar oque merecemos, não aceitar trabalharsem o devido cachê e condição.

Qual o conselho que você daria paraaqueles profissionais que se interessam aseguir carreira como produtor técnico?Se preparar para morar na frente docomputador e ter o celular o tempo todotocando (risos). Agora falando sério, oconselho que dou é se informar e ter realconhecimento técnico do que está fa-zendo, mas, principalmente, olhar aspessoas que têm mais experiência eaprender com elas. Eu estou o tempotodo fazendo isso.

O que ainda falta para que você se tor-ne um profissional ainda melhor?Falta muita coisa, estou sempre apren-dendo. Considero-me um bom produ-tor, mas quero ser ótimo.

Quais os seus planos para o futuro,quais suas metas, onde pretende estardaqui a 10 anos, nos planos profissio-nal e pessoal?De verdade, daqui a 10 anos pretendoestar mais tranquilo de viagens. Hojeestou com um filho de 7 meses e sintomuito a falta dele em viagens curtas,imaginem quando faço viagens maislongas! Penso, sim, em continuar com otrabalho que eu tanto amo, mas queropoder ter condição de curtir minha fa-mília também.

Acho que não temregra, qualquer

pessoa que tenhaum pouco de

conhecimentotécnico e fale um

pouco de inglêspode trabalhar. Se

vai se dar bem éoutra história,

mas aoportunidade

está aí para todos

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ucessores dos renomados STAGE-

PAS 300 e 500, que eram aclamadosmundialmente por serem um sistema de

PA portátil compacto e de alta potência equalidade sonora excepcional, os novos

STAGEPAS 400i e 600i entregam agora400 e 680 watts de potência, respectiva-

mente, conferindo uma melhoria gigan-tesca em desempenho para atingir as de-

mandas de variadas situações.Outra novidade é o mixer flexível de

alta funcionalidade. Equipados com 10ou 8 canais, os STAGEPAS 600i e 400i

oferecem conectividade versátil, fun-ções em cada canal de fácil compreen-

são e expansões sem emendas que aten-dem à demanda crescente de diversas

aplicações e ambientes.

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[email protected]

Fotos: Reprodução/Divulgação

Fácil e rápido de montar, o conceito do

equipamento é de que seja um PA paraqualquer ocasião. Os desenvolvedores

apostaram em um design simples e in-tuitivo e por isso o sistema pode ser

montado facilmente e fica pronto parausar em minutos.

NOVAS FUNÇÕES DO MIXEROs novos modelos foram construídos

pensando no som de alta qualidade, deuma forma simples e ágil, seja em uma

palestra ou em uma apresentação. Paraisso, os dois modelos vêm equipados

com novas funções inteligentes queoferecem controle de parâmetros otimi-

zados simples e intuitivos. A funçãoChannel EQ Assign, por exemplo, de-

O SISTEMA DE PA“ T U D O E M 1 ”

Duas caixas acústicasleves, de sonoridade

macia, e um mixeramplificado destacável.

Os novos STAGEPAS400i e 600i são soluções

completas de áudiopara sistemas de PA do

tipo “tudo em 1”.Extremamente portáteis,

fáceis de montar econfigurar, permitem

adicionar altaqualidade de reforço

sonoro parapraticamente qualquer

ambiente.

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talha as configurações de equalizaçãoem cada canal para um gerenciamen-

to preciso do som desejado. O equali-zador de 2 bandas nos STAGEPAS

400i e equalizador de 3 bandas no600i deixam a configuração mais fá-

cil e precisa, principalmente nasapresentações do tipo “voz e vio-

lão”, que se beneficiarão do novocontrole de equalização dos médios

no modelo 600i.A chave Hi-Z (alta impedância)

conecta violões, guitarras e contra-baixos com alta qualidade sonora e

baixíssima distorção. Instrumentosde captação passiva podem ser conec-

tados sem a necessidade de um direct

box. Já a alimentação via PhantomPower permite a conexão de microfo-

nes condensadores diretamente aoSTAGEPAS para oferecer a melhor

qualidade sonora possível.A saída “monitor” expande o siste-

ma de PA ou permite a montagemde um sistema de monitoração am-

plificado juntamente com as STA-GEPAS, como a linha DXR da Ya-

maha, por exemplo. A saída desubwoofer permite que o sistema

tenha graves mais profundos ao adi-cionar um subwoofer amplificado,

como a série DXS da Yamaha. Aorealizar a conexão na saída sub-

woofer, as STAGEPAS sofrerão umcorte de graves automaticamente,

evitando a má-distribuição de gra-ves no ambiente.

Um knob permite acesso a quatroopções de reverb perfeitos para vo-

cais e instrumentos acústicos. Sim-plesmente gire o knob para mudar o

tipo de reverb e o seu tempo de dura-ção, assim o usuário estará pronto

para aplicar a medida certa de efeitoem alta resolução em cada canal.

Outro recurso adotado no projeto deambos os modelos é o EQ Master de

1-Knob. Esta nova função ofereceuma masterização instantânea da

mixagem, permitindo casar o somcom a aplicação e ambiente. Sim-

plesmente gire o knob para aperfei-çoar a equalização para palestras,

performances musicais, ou simples-mente ganhar um pouco mais de

“punch” de graves.

DSP INTELIGENTEAs STAGEPAS utilizam processa-

mento de sinal digital (DSP) paraoferecer alta qualidade sonora sem

distorção em qualquer nível de volu-me, seja numa apresentação de negó-

cios ou fazendo o som de um clube. ODSP inteligente da Yamaha incorpora

o uso de limiters avançados para pro-teger componentes vitais da STAGE-

PAS, garantindo tirar o máximo doequipamento durante anos.

Por combinar amplificadores de altaeficiência, alto-falantes redesenha-

dos e um DSP de alto desempenho, asnovas STAGEPAS também oferecem

uma pressão sonora elevada, commelhorias consideráveis em qualida-

de sonora e durabilidade. O novodesign da corneta entrega alta quali-

dade sonora com distribuição homo-gênea numa área maior.

O equalizador de 2 bandas nos

STAGEPAS 400i e equalizador de 3

bandas no 600i deixam a configuração

mais fácil e precisa

““

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família de caixas acústicas Leo veiopara atender àqueles que estão em

busca de “som altamente linear”. Amissão é entregar exatamente o que asaudiências querem ouvir, da maneiraque os engenheiros de som querem queelas ouçam. Essa definição também estáligada à missão da MAXI, que busca

A

[email protected]

Fotos: Divulgação

proporcionar ao público sensações úni-cas em sintonia com os objetivos e ex-pectativas dos clientes, aliada à visão deir além, superar novos e maiores desafi-os, oferecer sempre algo novo, que eleveos padrões existentes.Olhando mais detalhadamente paraessa família, logo de cara já é possível

A série LEO, da Meyer Sound, sistema de caixas acústicas que aMAXI traz para o mercado brasileiro, possui ótima cobertura

sonora, excelente SPL e é indicada para todas as aplicações queprecisem de reforço sonoro. Novo desenho do gabinete, novos alto-

falantes e novos amplificadores são as apostas da Meyer Sound paracausar uma excelente primeira impressão.

FAMÍLIA FAMÍLIA

Show do MetallicaShangai com um público

de 18 mil pessoas

LEO-M Array

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41

LEO LEOdestacar algumas característicasdo modelo Leo-M, que é umacaixa acústica de 02 alto-falan-tes de 15'’ para as baixas fre -quências e 02 Drives de 4" para asmédias-altas frequências. Os no-vos drivers, por exemplo, são pro-jetados para trabalhar com potên-cia máxima mantendo sempre amesma fidelidade.As baixas frequências incluemdissipadores de calor especiais paragarantir que trabalhem semprefrios. Os amplificadores do siste-ma Leo-M também possuem dis-sipadores de calor e ventiladorespara manter a máxima eficiência eproduzem praticamente o dobroda potência da linha HP da Meyer

Sound. Em conjunto com o Leo-M,para as baixas frequências, é indica-do usar as caixas acústicas 1100-LFC e para downfill podem ser usa-das as Meyer Sound Mica ou MeyerSound Lyon.Já no Subwoofer Meyer SoundLFC-100 a novidade fica porconta do desenho do gabinete,além dos novos alto-falantes enovos amplificadores.Outra novidade é o novo Ga-lileo Callisto, uma nova versãodo Galileo 616, que vem comnovos filtros para Equalizaçãocomo o U-Shapping, que é base-ado no filtro TruShaping paten-teado pela Meyer Sound. Comele é permitido equalizações de

extrema dificuldade técnica, eforam desenvolvidos especial-mente para o alinhamento doscomponentes do line array, par-ticularmente para os SistemasLeo-M. Em versão especial paraos proprietários do sistema Leo-M, o Maap Online Pro é a prin-cipal ferramenta usada para odesenho de todos os componen-tes desse sistema.Usando o Leo-M e por conta dosexcelentes ajustes, potência eprocessamentos, as distâncias en-tre as primeiras torres de Delaypodem ser aumentadas. E, depen-dendo do projeto, podem até sereliminadas reduzindo custos equantidades de equipamentos.

50 anos VOITH - com um público de 13 mil pessoas

18º Cultura Inglesa Festival

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om experiência em bandas comoJason e Detonautas (onde está desde

antes do lançamento do primeiro CD,em 2002), o baterista Fábio Brasil temum ideal de som na cabeça - o LP Crea-

tures of the night (1982), do Kiss. “Era umsom muito pesado, no auge do analó-gico, aquelas máquinas de 48 canais.Discos do The Police, como Ghost in the

machine e Syncronicity, têm também essesom, que é fantástico. Costumo dizeraté que é um som meio ‘borrado’. Essepeso dos anos 80 é o que eu gosto!”,conta ele, tentando sempre alcançaresse vigor, cheio de ambiência e dire-

Ricardo Schott

[email protected]

Fotos: Divulgação

cionamento, nas produções que realizaem seu estúdio Mobília Space, no Ita-nhangá, Rio de Janeiro, e que costu-meiramente é chamado por aí de “estúdiodos Detonautas”, embora nem seja isso.“É, as pessoas falam isso, mas nada a ver.É basicamente meu local de trabalho, éminha praia”, diz Fábio, que está traba-lhando atualmente por lá no novo discoda banda carioca Stellabella. Ele confes-sa que, se pudesse, tudo no MobiliaSpace seria gravado em fita. Não dá, cla-ro. “Para fazer isso, precisaria ter ummontante de produção em analógico. Eo custo de fita é caro. Com o Pro Tools

C

O canto detrabalho e

produção dobaterista Fábio

Brasil, no Riode Janeiro

MOBÍLIAS P A C ES P A C E

Page 43: Edição 240 - Novembro 2014

43

você faz tu-do, mas esquentar o som na

mesa é maravilhoso”, ressalta.O Mobília nasceu inspirado pelocrédito dado ao estúdio móvel dosRolling Stones em discos clássicoscomo Exile on Main Street, dos pró-prios Stones (1973), e Physical

graffiti, do Led Zeppelin (1975).“Na época era só ‘Mobília’. Pusesse nome porque o estúdio erana minha casa. Comecei há uns20 anos num apartamentinho emQuintino (subúrbio da cidade doRJ). Era só um porta studio, mascomecei a comprar microfones,um Pro-Tools”, conta. As idas evindas para o estúdio Toca doBandido, onde os Detonautasgravaram os dois primeiros ál-buns, o inspiraram a se instalarnuma casa no Itanhangá.“Consegui fazer uma sala de grava-ção espetacular, um pé direito commais de 6 metros. Não mexi emquase nada”. O uso de sensíveismicrofones de fita pela sala dão“uma peculiaridade maravilhosade captação, tanto para overdubsquanto para gravar ao vivo. Atécriei o Mobília Session, canal no

YouTube em que as ban-das tocam ao vivo, paramostrar o que fazemosaqui”, ressalta. Como senão bastasse, a MataAtlântica está ali per-tinho. “Não tem mui-ta pressão, nem carade estúdio. Quemvem, já tem vonta-de de botar chine-los. Dá para ouvir osom da natureza. Eainda tem o Elvis,

que é o gato do estúdio e já tá fican-do famoso!”, conta.Depois de ter passado pela verda-deira escola que foram as gravaçõesno Toca do Bandido com Tom Capo-ne, o que Fábio mais precisava erade um bom clima entre quatro pa-redes. “Tem estúdio que mesmosendo bom e equipado não temambiente produtivo. O do Tomtem um pé direito alto e inclinado.Você tocava a bateria e sentia o so-lavanco do som que batia na pare-de e voltava pra você! Nunca vi

Lista de equipamentos

Microfones:

Royer (2), Sennheiser 421 (4), Sterling

Valve, Shure SM57 (4), Shure SM58 (2),

Cascade Ribbon (2), Sennheiser E604

(4), Shure SM91, Shure SM52, SKG

d112, Shure SM7, Audio Tecnica 3031

(2), Audio Tecnica 4041, AKG C 3000

(2), Subkick Yamaha, Shure SM57 Beta

(2), MXL 601 (2), SKG C 414

Pré-amplificadores:

Neve 5012, UA 2-610, SSL Alpha VTU,

SSL Alpha 4 Chanel, Joe Meek Twin Q,

Aphex Tubessence, entre outros.

Compressores:

dbx 4 Canais 166

Mesa 2408 Yamaha ano 1982, DM

1000 Digital

Sistema Pro Tools HD

Reverbs 5 Spx 900, 1 Spx 2000

Amps:

Marshall JCM 800 5OW, Fender Blues

Deville, Hatke System Bass

Baterias:

Yamaha Maple Custom Absolite, Ya-

maha Recording Custom, Yamaha

Beech Custom e Tama Artstar2.

Guitarras:

Gibson Les Paul Raw Power, Fender

Stratocaster 40 Anos, Fender Tele-

caster e Telecaster Custom.

Baixo:

Fender Jazz Bass, Jazz Bass De Luxe

e Precision

Piano: Yamaha Clavinova, D50 Roland.

Fábio Brasil gravando bateria

Prés

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isso. Resolvi, lá por 2001, 2002, que seeu tivesse um lugar meu, que fosse as-sim”, alegra-se, saudoso do mestre,morto em 2013 num acidente de moto-cicleta. “Tom chamava a gente para gra-var diversas coisas numa época em que a

gente não tinha grana, precisava pegarcarro emprestado. A filosofia dele eradar liberdade para o artista, pegar o queele tinha de melhor”.A gravação de bateria, claro, é uma espe-cialidade do Mobília Space. “Tenho qua-

Mobília Sessions - Tributo a Kurt Cobain Celso Blues Boy

Celso Blues Boy e Tico Santa Cruz

Sala da técnica

Um dos momentosmais plenos de

emoção queaconteceram

recentemente noMobília foi a

gravaçãodo último CD do

guitarrista e cantorCelso Blues Boy,

Por um monte decerveja. “Ele tinha

o disco pronto nacabeça há uns dezanos. Ele já meio

que sabia docaminho que ele

teria depois disso,você vê as letras, as

músicas...”(Fábio Brasil)

Page 45: Edição 240 - Novembro 2014

45

tro baterias Yamaha e uma Tama, todas feitas com diferentestipos de madeira. Isso já faz uma diferença absurda. Tenhovários tambores, bumbos... A pessoa pode escolher um maismacio, um mais duro. Dá para tirar sons diferentes de guitar-ra também. Se o cara quiser tirar um som mais anos 80 tenhoo (pedal) Chorus, e vai por aí”, completa.

ANALÓGICO E DIGITAL COM CELSOUm dos momentos mais plenos de emoção que aconteceramrecentemente no Mobília foi a gravação do último CD do gui-tarrista e cantor Celso Blues Boy, Por um monte de cerveja. Ospreparos do disco aconteceram quando ele já estava bem doen-te - o bluesman morreu em 2012. “Ele tinha o disco pronto nacabeça há uns dez anos. Ele já meio que sabia do caminho queele teria depois disso, você vê as letras, as músicas...”, conta, di-

zendo que a galera dos Detonautas (todos participaram do dis-co) entrou no clima envelhecido do álbum. “Na época, eu que-ria que o estúdio fosse um celeiro. Ficou um clima de fazenda, abarba cresceu, ficou todo mundo maltrapilho... Depois ele ficoufeliz, disse que a gente tocava que nem maestro. Acho que elefalou isso mais pela alegria do momento, mas foi legal!”, brinca.“Misturamos analógico e digital na mesa de gravação, e ficouótimo. Depois o Celso disse que queria montar um trio comi-go, com o Roberto Lly (baixista e produtor do álbum, ex-inte-grante da banda Herva Doce) e com o Renato Rocha (guitar-rista dos Detonautas). Infelizmente não deu tempo”. O álbumacaba de ser lançado em formato digital pelo Mobília Music.

DETONAUTAS NO MOBÍLIAA saga continua, disco duplo dos Detonautas, foi gravado noMobília. A banda vinha alternando quatro, cinco dias naestrada com gravações - e teve bastante tempo para fazertodo o álbum, ao contrário de lançamentos anteriores emque precisavam cumprir todo o cronograma em duas sema-nas. “Tivemos um dia, um dia e meio para cada música. Nemeditamos muito, nem gosto de editar nada. Chegamos no es-túdio já querendo tocar de maneira perfeita. Tem músico quereclama que o negócio ‘não parece perfeito’, mas a perfeiçãotem que estar no ‘sangue’ da música”, revela.

“Misturamos analógico e

digital na mesa de gravação, e

ficou ótimo. Depois o Celso disse

que queria montar um trio...“

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METAMORFOSEMETAMORFOSE

ackstage - Onde e quando foi o lan-çamento desse novo equipamento?

Fizemos no dia 29 de setembro aqui em

Salvador um lançamento nacional dentrode uma programação organizada por técni-

cos de som da cidade, chamada SegundasTécnicas. Contamos com a presença de

muitos técnicos e donos de empresas desom. Estavam presentes alguns fornecedo-

res, entre eles a Quanta, que é minha sócianeste novo empreendimento e é quem vai

comercializar os nossos produtos.

Danielli Marinho

[email protected]

Fotos: Divulgação

Backstage - Quais os modelos lança-dos e quais as características dessesnovos equipamentos?Para lançar nacionalmente a nossa novamarca que se chama Audio Et Design, ou

abreviando AED, apresentamos quatromodelos de caixas: uma caixa para um sis-

tema indoor de Line Array, modelo AED206, um subwoofer modelo AED 115S para

completar este sistema, uma caixa demonitor de palco AED 112SM e uma colu-na bem pequena, a AED 205. As caracterís-

B

APOSTANDO NO NOVO

Nova marca, novosprojetos, novos

horizontes. O engenheiroJoão Américo é daqueles

que não param quietos.Depois de vender a sua

empresa, a JAS, em2013, decidiu encarar

mais um desafio,criando uma nova

marca, a Arte et Design(AED), e dando

prosseguimento a umantigo projeto: o de

produzir caixasacústicas, só que com

características bastantediferentes. Nesta

conversa com aBackstage, João fala

sobre essa nova fase davida e avalia o mercado

de áudio no Brasil.

Page 47: Edição 240 - Novembro 2014

47

ticas de todas as caixas são sua ótima

qualidade de áudio e uma ótima efi-ciência, além de um design diferente

de tudo que existe no mercado, atépara justificar a palavra DESIGN. Até

a cor é diferente. Um azul bem escuro.Viemos para somar com os bons fa-

bricantes de equipamentos de áudiodo Brasil e dessa maneira tentar incu-

tir na cabeça das pessoas que nemtudo que é importado é bom e nem

tudo que é nacional é ruim.

Backstage - O que o levou a de-senvolver esse novo sistema?Ainda quando estava na empresa JoãoAmérico Sonorização tínhamos um

histórico de desenvolver nossos pró-prios sistemas, contando com a amiza-

de e o conhecimento de uma das pes-soas que para mim é a que mais enten-

de de caixas de som no nosso país. Eume refiro é claro, a Carlos Correia. As-

sim sendo, nós já tínhamos um histó-rico na fabricação de caixas.

Quando estava procurando com-prador para minha empresa de lo-

cação, ainda não sabia direito oque fazer da vida. Ao mesmo tem-

po não queria me afastar do mundodo áudio, até porque não sei fazer

outra coisa na vida. Reconheçoque tenho facilidades para desen-

volver certas coisas de mecânica etambém desenhos das cornetas das

caixas. Mas ainda não tinha medecidido por fabricar caixas.

A&D 112 SM

A&D 206

A&D 115S

A&D 205

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Backstage - E quando tomou essa decisão?O start veio com o convite para visitar a

fábrica de caixas de som da Clair Brothers,na Pennsylvania, nos Estados Unidos. Fi-

quei tão encantado com tudo que vi láque, a partir daquele dia, coloquei na mi-

nha cabeça que era aquilo que queria parao resto da minha vida. Após a visita, fui

para Nova Iorque e permaneci mais umasemana e ainda lá já comecei a desenhar

algumas ideias de modelos de caixas.A opção foi por um novo sistema - na

verdade novos, porque ainda virão mui-tos outros por aí, minha cabeça não para

de pensar em novas soluções em caixasacústicas. Não gosto de repetir o que já

foi feito. Sempre se pode fazer diferen-te; e foi assim que fiz. A minha primeira

caixa de Line Array, por exemplo, estásaindo com três pedidos de patente.

O que me levou a esse projeto foi o conhe-cimento adquirido na convivência com o

Carlos Correia, sempre observando mun-do afora outros bons sistemas e estudando

soluções de diversos problemas nos maisdiversos tipos de equipamentos. Não sou

um teórico, eu sou um empírico por essên-cia. Gosto de meter a mão em tudo.

Então, juntando tudo isso eu queria re-almente fazer um sistema diferente e

que os meus futuros usuários e clientessentissem orgulho de usar um com a

marca AUDIO ET DESIGN. Eu tenhoconvicção de que o mercado vai sentir

que está chegando um equipamentoque é diferente e com uma sonoridade

muito agradável. Posso dizer que tenhoorgulho do produto que criamos.

Backstage - Você conta com parceria oucolaboração de alguém para esse projeto?Quando pensei em fazer caixas, logo meveio à cabeça o nome do Carlos Correia,

parceiro de muitos anos. Mas havia umproblema: naquele momento, ele traba-

lhava numa grande multinacional. Istonão me fez desistir da ideia. Continuei

tocando a empresa João Américo Sono-rização, pois ainda não tinha vendido, e

ao mesmo tempo tocando os meus proje-tos das caixas. O meu principal objetivo

era fazer um sistema de Line Array - o quena realidade é o mais difícil. Para fazer um

line você esbarra automaticamente numguia de ondas. Não queria usar um guia já

presente do mercado, não queria copiarum existente. Aí foram algumas noites

acordado na cama, que é quando consigoencontrar quase todas as minhas soluções

para os mais variados problemas, desde asferragens de içamento ao guia de ondas.

Backstage - E conseguiu?Aos poucos fui criando e sedimentando

uma ideia que foi parar num guia de ondasque no centro tem um miolo que chamo

de Plugue de Correção de Tempo, ou TCPdo inglês Time Correction Plug. Daí foi

achar uma pessoa para desenhar a minhaideia em avançados programas de compu-

tação que desenham peças mecânicas. Feitaa primeira peça protótipa numa CNC, após

testar foi só “correr para o abraço”. Tudoaconteceu como eu queria.

Para compor a minha equipe, trouxe láda minha antiga empresa o José Carlos

que de dentro da sua sutileza tem muitasabedoria e tem sido um grande parceiro

nos projetos. A parte eletrônica, alinha-mento e processamentos está em óti-

mas mãos. Também junto com o JoséCarlos tem o Ubiratan Palmeira (Bira)

que é o nosso assistente de luxo. Para quetudo ficasse melhor do que o esperado,

agora na reta final, o Carlos Correia pas-sou a fazer parte da nossa equipe. A mar-

cenaria fica em Lauro de Freitas, municí-pio da região metropolitana, e a nossa

sede fica bem no centro de Salvador.Backstage - Já era um projeto antigo?Tudo começou no início de 2011, após mi-nha volta dos Estados Unidos. Foi quando

comecei a trabalhar no desenvolvimentodo Guia de Ondas. Após eu ter em mãos o

Guia de Ondas cheguei à conclusão quepoderíamos fazer um sonho se transfor-

mar em realidade. Vieram os primeirosprotótipos. Fazia um protótipo de caixa,

fazia um teste, mesmo em caráter superfi-cial, mas era o suficiente para ter a certeza

que estava no caminho certo. No últimodia de 2012 para o primeiro dia de 2013

passei a empresa para Valmir Elpidio que éo atual proprietário da companhia que

leva o meu nome. A essa altura eu já estavaterminando a reforma do imóvel que lo-

Aos poucos fuicriando e

sedimentando umaideia que foi parar

num guia de ondasque no centro tem

um miolo quechamo de Plugue deCorreção de Tempo,

ou TCP do inglêsTime Correction

Plug. Daí foi acharuma pessoa para

desenhar a minhaideia em avançados

programas decomputação quedesenham peças

mecânicas.

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49

quei para funcionar a Arte et De-sign. A partir daí era necessário tem-

po integral e eu tinha que aprimoraros projetos que estavam no caminho

certo, mas não finalizados. Na novasede temos uma sala de audição, pois

precisamos ouvir muito.Backstage - Quanto tempo le-vou para desenvolver esses no-vos equipamentos?Foram quase três anos para lançar aprimeira caixa. Foram muitos testes

e muitas alterações. Não gosto deresolver problemas acústicos de cai-

xas com processamento eletrônico.O processamento eletrônico é um

remédio. Não é muito melhor nãoadoecer? Nada vem de graça. Se a

caixa está com uma deficiêncianuma determinada faixa na sua res-

posta de frequências e uso o pro-cessamento eletrônico para corrigir,

o que estou fazendo? Estou empur-rando potência em cima de um de-

terminado alto-falante e, comoconsequência, eu diminuo o head-

room do meu sistema. Por isso, eutento resolver estes problemas na

construção da caixa. Isso me levou apassar meses só numa seção da caixa.

A minha caixa de Line Array, apesarde pequena, tem três vias. Gastei

meses experimentando, testando acorneta que melhor se adequava ao

Guia de Ondas. Não foi diferente nomédio grave e na seção de graves.

Backstage - E quais são as princi-pais características desses modelos?Eu diria que as principais caracterís-ticas são a fidelidade na reprodução

sonora, a eficiência do sistema deLine Array, que é todo cornetado, e

a beleza do sistema.Backstage - Dentro do mercado deáudio, esses novos equipamentosvão atender a algum nicho, isto é,esse novo projeto vem a atender aum mercado particular?Dentro do mercado de áudio brasi-leiro queremos fornecer equipa-

mentos para as boas empresas deáudio. Ou seja, aquelas empresas

que gostam de bons produtos im-portados. Tenho certeza que vão

comprar e não vão se arrependerde investir em nossos equipamen-

tos. O nosso empenho ao desen-volver os nossos sistemas é para

que o nosso cliente sinta o mesmo

orgulho que sentimos ao ouvir oresultado sonoro das nossas caixas

e ao mesmo tempo ver um sistemaque tem um design diferenciado. E

por que não dizer bonito?Backstage - Por falar em merca-do, qual a sua impressão dessesegmento e da indústria de áudiono Brasil atualmente?Eu venho de uma época em que o

Regime Militar criou uma lei muitoburra, que se chamava Lei de Reser-

va de Mercado. Esta lei proibia im-portar qualquer coisa com o pretex-

to de se forçar a indústria brasileiraa fabricar tudo aqui. Isto criou um

abismo tecnológico absurdo. OBrasil ficou muitos anos tecnolo-

gicamente defasado. Não se conse-guia produzir produtos de alta tec-

nologia, porque dependíamos decomponentes que só eram feitos lá

fora, e como era proibido importar,não era possível fabricar aqui.

Backstage - Mas hoje o cenário é outro?O mercado brasileiro agora é ou-

tro. Há mais de quinze anos estavanuma Convenção da AES em No-

va Iorque, quando o Sólon do Valle(tenho muita saudade dessa gran-

de figura que nos deixou e faz mui-ta falta ao áudio brasileiro) me

chamou e perguntou se eu podiaassinar um documento. Era uma

petição direcionada à AES inter-nacional, pedindo autorização

para que fosse criada a seção brasi-leira dessa importante ONG. Fo-

ram cerca de dez assinaturas, entre

as quais a minha, com muito orgu-lho, num pedaço de papel. Nunca

imaginei que aquele ato teria umaimportância tão grande para o áu-

dio brasileiro. Para quem não selembra, a única feira de áudio e mú-

sica existente no Brasil aconteciajunto com uma feira de brinquedos,

onde acontece a Bienal de ArtesPlásticas, no Ibirapuera. O áudio

não era mesmo levado a sério.Backstage - Podemos dizer que aAES foi o divisor de águas?O áudio no Brasil tem duas etapas:

uma antes e a outra depois da AES.Com a AES vieram a convenções de

áudio, as palestras e a partir daí a di-fusão do conhecimento do áudio.

Vieram as revistas, primeiro a Músi-ca e Tecnologia e depois a Backstage

e ainda mais recentemente veio a re-vista Sound on Sound. Hoje o cená-

rio é outro, muita gente com muitoconhecimento apareceu no merca-

do brasileiro. Na levada do conheci-mento começaram a aparecer boas

empresas fabricando bons produtos,o mercado está crescendo e a indús-

tria do entretenimento hoje é umarealidade. O mercado brasileiro está

ficando grande e tem espaço paratodo mundo. Isto é maravilhoso.

Foram muitos testes e muitas

alterações. Não gosto de resolver

problemas acústicos de caixas com

processamento eletrônico.

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MIXAGEME X P A N S Í V E L

CDC Eight é o que se pode chamarde carro chefe dos consoles digitais

da Cadac. Projetado para atender as rea-lidades e exigências tanto dos shows ao

vivo quanto de locais de instalações fi-xas como igrejas de médio porte, a marca

procurou inovar adotando uma aborda-gem de interface diferente para os usuá-

rios. Em vez dos controles físicos tradici-onais encontrados nas mesas analógicas

e digitais, a novidade nesse console é ainterface altamente intuitiva por telas

de 24 polegadas de alta definição 16:10,sensíveis ao toque, e rodeados por codi-

ficadores digitais. Isso significa que oCDC Eight foi projetado para ser muito

O

[email protected]

Fotos: Divulgação

menos dependente de menus, garantin-

do um fluxo de trabalho rápido e lógico.Isso é possível, segundo o fabricante, gra-

ças aos lendários prés de microfoneCadac, além do DSP e da tecnologia de

processamento FPGA, usado em combi-nação com a tecnologia Sharc.

SISTEMA EXPANSÍVELUm sistema compacto CDC Eight podecomeçar com a seguinte configuração:um CDC Eight-16 e um par de CDC I/O

3216 stageboxes; o que dá ao usuário 64inputs e 32 outputs, que podem ser ex-

pansíveis para um sistema de 128 x 48apenas adicionando hardware posterior-

E X P A N S Í V E LO conceito de

modularidade vem háalgum tempo figurando

como uma das opçõesde técnicos de som que

atendem a diversosformatos de eventos ao

vivo, em especial emlocais de instalação

fixa, como nos cultos.Para atender a esse

mercado, os fabricanteslançam mão desse

conceito, que permitetornar os consoles

expansíveis a gosto docliente. A Cadac, com

seu mais novo CDCEight, traduz

perfeitamente esseconceito, alinhando

nova tecnologia eprecisão técnica.

CDC eight-16 (esq.)

CDC eight-16 (dir.)

CDC eight-16 rear

Page 51: Edição 240 - Novembro 2014

51

mente. Com a adição de um CDC

MC Router, uma rede completa deáudio pode ser aumentada para

possíveis 3.072 inputs.Olhando mais de perto as especi-

ficações da mesa, o CDC Eightoferece 128 canais de input, 40 de-

les configuráveis como busses,mais LCR, mais dois busses de

monitores estéreo, 16 grupos VCA,16 processadores FX estéreos, ¹/³ de

oitavas GEQ nos busses de saída emenos de 0,4 milissegundos de

latência. Além disso, o consolecomporta amostras sincronizadas

de somas de fases de sinais de áudio,dual mode simultâneo (modo de

entrada e modo de mixagem), re-dundância externa dual nas fontes

de alimentação e múltiplas opçõesremotas de stagebox. As caracterís-

ticas da mesa ainda incluem 64 en-tradas e saídas, bem como suporte

multi-idiomas, rede de integraçãocom o MegaCOMMS, um protoco-

lo de interconexão que proporcio-na uma latência extremamente bai-

xa, correção de erros e avançado sis-tema de clock, e integração opcio-

nal com o plug-in Waves.Mas não são apenas essas caracte-

rísticas citadas acima que impres-sionam. Os fabricantes apostam

em outro trunfo: a modularidadedo equipamento, que vai benefici-

ar principalmente àqueles que pre-cisam do equipamento para uso em

locais de culto. O benefício que aCDC Eight oferece a essas situa-

ções é justamente a possibilidade deter um sistema de som ao vivo flexí-

vel, que compreende três opções deconsoles de mixagens e múltiplas es-

colhas de dispositivos I/O, incluindostagebox remotas e opção de I/O

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configurável pelo usuário. As opções de

consoles são os modelos CDC Eight-16,uma tela simples com 16 faders de super-

fície de controle; o CDC Eight-32, comtela dupla com 32 faders de superfície de

controle; e o CDC Eight Sidecar, comuma tela única de 16 faders expansíveis,

que trabalha tanto com os consolesCDC-16 quanto com o CDC-32.

COERÊNCIA DE FASEComo todo o processamento digital levacerto tempo para verificar o áudio e a

maioria dos consoles digitais, ao combi-nar sinais com diferentes percursos, dei-

xa os sinais parcialmente fora de fase,quando faz essa soma dos múltiplos, os

consoles digitais da Cadac possuem umextenso sistema de gerenciamento de

latência automática, que gerencia todosos roteamentos internos e a latência de

processamento associado, o que significaque todas as amostras de áudio são sin-

cronizados antes de soma, resultando emcoerência absoluta de fase em todas as

saídas. O desempenho de áudio aindamantém uma ampla faixa dinâmica e

baixo ruído de fundo através de umacombinação de algoritmos analógicos

emulando exclusivas 24-bit / 96 kHz.

EQA seção EQ possui 6 bandas, que compre-

ende uma seção paramétrica de quatrobandas e filtros de baixa e alta passagem.

Todas as seis bandas podem ser ligadas deforma independente ou todo o EQ pode

ser contornado com um bypass mestre. As

bandas do EQ LF e HF apresentam umaopção Bell/prateleira, e o EQ pode ser con-

figurado para emular a resposta e o com-portamento dos clássicos filtros ana-

lógicos J-Type, ou para proporcionar umfuncionamento totalmente paramétrico

de 4 bandas em um per-base do canal.

DINÂMICASO processamento de dinâmica no CDC

Eight foi projetado para fornecer uma am-pla gama de possibilidades para maximizar

o potencial criativo. A dinâmica de entra-da consiste em um compressor gate e dual-

mode com filtragem de cadeia lateral, commodos de operação clássico ou vintage. O

processamento de dinâmica de saída pos-sui compressão e limitação.

O controle de ambos é atingido por umsimples toque que irá preencher a tela.

Os sub menus ou pequenos gráficos en-contrados em outros consoles digitais

foram substituídos por ícones grandescom toque amigável, aumentando a ve-

locidade geral de operação e facilitandoo fluxo de trabalho.

A nova onda de soluções modulares sig-nifica que é necessário confiança na

manutenção da qualidade e compatibi-lidade do sistema, quando se trata de

expansão de sistemas. Este tipo detecnologia, que pode ser encontrada nos

sistemas de áudio, vídeo e iluminação,mostra que o console CDC Eight da

Cadac é apenas um exemplo do que estásendo colocado em uso no mercado.

Hardware: • Dois tamanhos de quadro: tela dupla, 32 fader ou tela única, 16 fader | • Tela de 24" com toque anti-reflexo de alta

definição | • interface de usuário gráfica intuitiva | • plataforma DSP | • processadores SHARC de ponto flutuante 32/40 bits

| • Tela de toque LCD de 6" para controle do sistema

Recursos: • Clássico Cadac mic-pres |• Sublatência 0,4 milissegundo | •Biblioteca de vários idiomas | • 128 canais de

entrada | •4 bandas EQ paramétrico |•64 barramentos de saída | • Busses atribuíveis | • 16 grupos VCA | • 8 grupos de

Mute | • Equalizador gráfico de 31 bandas em todas as saídas |•Limitador de Compressor em todas as saídas | • Delay de

saída |• Automação Snapshot

CDC Eight touch screen

O processamento dedinâmica no CDCEight foi projetadopara fornecer uma

ampla gama depossibilidades para

maximizar opotencial criativo. A

dinâmica deentrada consiste emum compressor gate

e dual-mode comfiltragem de cadeialateral, com modos

de operação clássicoou vintage

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ma das que sempre me vêm à lem-brança é o conceito de mixagem “In

The Box”. Imaginar que há 20 anos seriapossível mixar um disco com a qualida-

de de um estúdio comercial usando so-mente os recursos disponíveis nos pro-

gramas de áudio para computador pare-cia uma utopia. Hoje, ouvimos cada vez

mais excelentes produções que se bene-ficiam desse método construtivo.

Inegável afirmar que os constantesavanços trazidos pela informática tor-

naram o sonho cada vez mais real, masparece-me que o homem também teve

uma tendência natural a se tornar “de-pendente” do computador, seja qual fos-

se o seu segmento de trabalho ou forma-to de produto escolhido.

U

NAS APLICAÇÕES “AO VIVO”:

“IN THE BOX”

MIXAGEM

os primeiros passos de um caminho inevitável

Luciano Freitas é técnico

de áudio da Pro Studio

americana com forma-

ção em ‘full mastering’

Você já sepegou pensando

como algumasrotinas

profissionais donosso cotidiano

pareceramestranhas, ou atémesmo absurdas,quando tivemos oprimeiro contato

com elas?Essa escolha, muito mais que uma prová-vel evolução, foi certamente a “mola

propulsora” que definiu o formato dasinterfaces de áudio tal qual vemos hoje

na maioria dos estúdios. Será tambémessa a escolha que trará o conceito “In

The Box” para as mixagens dos shows“ao vivo”, fazendo surgir equipamentos

financeiramente mais acessíveis e maisportáteis que os atuais?

Vejamos o que o espírito visionário dealguns fabricantes está semeando neste

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próspero mercado, de modo a con-

cretizar essa inevitável tendência:

TOA Corporation – M-864D:

presente no Brasil há mais de dez

anos, porém pouco conhecida poraqui, esta tradicional fabricante ja-

ponesa de áudio profissional, co-municação e equipamentos de pro-

teção patrimonial oferece ao mer-cado brasileiro uma linha de produ-

tos que tem tudo para agradar nos-sos profissionais mais exigentes.

Nesse equipamento, montado emum gabinete de 4 unidades do pa-

drão rack 19”, a empresa TOA ofe-rece um mixer digital com oito en-

tradas balanceadas mono (mic/line,com phantom power +24 Volts indi-

vidual por canal e pad para atenua-ção do sinal) e duas entradas es-

téreo, tendo cada uma destas trêspares de conectores P10, com to-

das as entradas direcionáveis parasuas quatro saídas individuais

(possui também uma saída de-dicada para gravação que utiliza

conectores RCA).Cada canal de entrada oferece

como processamento um equa-lizador de três bandas (graves e

agudos com frequências fixas e mé-dios paramétricos, além de um Low

Cut Filter) e um algoritmo eficazpara suprimir a realimentação

acústica (microfonia) do sinal.Outros dois recursos que lhe agre-

gam valor são a função AutomaticResonance Control – ARC, que

realiza um diagnóstico acústico nolocal onde está instalado o sistema

de alto-falantes, promovendo osajustes necessários no espectro de

frequências e no tempo de projeçãopara otimizar a inteligibilidade do

som em ambientes altamente re-

verberantes (disponível em todasas suas saídas, que também possu-

em equalizadores paramétricos decinco bandas), e a função Auto-

matic Mute Setting, que atenuaautomaticamente o sinal das en-

tradas estéreo quando detecta si-nal nas suas entradas mono (per-

feita para locuções com fundo mu-

sical). O equipamento pode ser

operado pelos controladores físi-cos existentes no seu painel fron-

tal (entre eles, 14 potenciômetros

deslizantes de 60 mm), porém ga-nha mais versatilidade quando co-

mandado pelo software disponívelpara plataforma PC (conexão com

o computador pela porta Ether-net). Realizados todos os ajustes, o

usuário poderá salvá-los nas 16 me-mórias do equipamento, as quais

podem ser rapidamente recupera-das com o toque de dois botões. Há

também portas de contato secopara controle remoto externo que

também possibilitam a integraçãocom outros sistemas, sendo as co-

nexões mais fáceis graças aos co-nectores tipo terminal block com

pequenos parafusos, dispensandoo uso de solda.

Behringer – X32 Rack: seja nas

aplicações “ao vivo” ou mesmo noestúdio, o X32 Rack é prova do su-

cesso alcançado pelo Music Group,um consórcio que reúne atualmen-

te marcas como Midas, Klark Tek-

nik, TurboSound e Bugera, além é

claro da Behringer, estabelecendouma parceria para desenvolver no-

vos produtos, compartilhando

tecnologias. Capaz de gerenciar si-multaneamente 40 canais de en-

trada (cada qual com equalizadoresde seis bandas, processadores de

dinâmica, controle do tempo dedelay entre outros processadores de

sinal), o equipamento conta com16 pré-amplificadores desenvolvi-

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dos pela Midas (digitalmente progra-máveis) e oito entradas auxiliares com

conectores P10, as quais podem ser ex-pandidas com o uso dos módulos Digital

Snake S16 (até três unidades S16 podemser conectadas em cada uma das suas por-

tas AES50) para atingir incríveis 152 ca-nais de entradas (120 analógicas + 32

digitais). Além do processamento nati-vo presente nos canais, o X32 Rack ofe-

rece oito processadores de efeitos dedica-dos (consegue gerenciar quatro reverbs

estéreo e oito canais de equalizadoresgráficos simultaneamente), nos quais é

possível carregar simulações baseadasem alguns equipamentos lendários, en-

tre eles os compressores Teletronix LA-2A, Urei 1176 e Fairchild 670.

A conexão entre o equipamento e osseus módulos de expansão (S16) se dá

por meio de um único cabo CAT5 comconectores etherCON (obedecendo ao

protocolo SuperMAC da Klark Tek-nik), o qual pode atingir distâncias de

até 100 metros. Outro dispositivo queusufrui da praticidade dos cabos CAT5

é a porta Ultranet, a qual permite inter-ligar até 48 unidades do Powerplay 16-

M (sistema de monitoração pessoal daBehringer) ou até 16 caixas acústicas da

linha iQ da TurboSound (tecnologiaAcoustic Integration). Embora possua

um visor TFT de 5” (800 x 480 pixels),pelo qual é possível visualizar grande

parte dos seus parâmetros de edição, ofabricante disponibiliza os aplicativos

XControl (para plataformas Mac e PC),XiControl (para iPad) e XiQ (para iPho-

ne e iPod Touch) que possibilitam con-trolar remotamente o equipamento de

qualquer ponto da sala de audiência(acompanha o produto o software de gra-

vação multipistas Tracktion 4). Olhandopara um futuro próximo, o equipamento

está preparado para expandir suas cone-xões de áudio multicanal para os forma-

tos ADAT, MADI e DANTE (vem de fá-brica com uma conexão USB, com fluxo

“Além do

processamentonativo presente noscanais, o X32 Rack

oferece oitoprocessadores deefeitos dedicados

(consegue gerenciarquatro reverbs

estéreo e oito canaisde equalizadores

gráficossimultaneamente)

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de 32 canais de entradas e 32 canais desaídas simultâneas).

Presonus – StudioLive RM: dispo-

nível em dois diferentes modelos(RM32AI, com 32 canais de entradas

e 16 de saídas; e RM16AI, com 16 ca-nais de entradas e 8 de saídas, todas

com conectores XLR), o equipamen-to conta com pré-amplificadores que

contemplam a tecnologia XMAXTM

(topologia Classe A, com phantom

power +48 Volts), conhecida por ofe-recer, por um preço atrativo, alto ní-

vel de headroom e baixo ruído de fun-do, aliados à precisão sonora propor-

cionada pelo sistema de sincroniza-

ção JetPLL®. Cada um dos seus canais(inclusive os 25 auxiliares) possui um

equalizador paramétrico de quatrobandas, filtro de passagem de altas

frequências (HPF), um compressor,um limiter, um gate/expander, além

de outras ferramentas como inversorde polaridade e controle panorâmico.

Já na sua seção de efeitos, o equipa-mento conta com dois processadores

digitais de reverb e dois de delay (ope-rando em 32 Bits), os quais atuam si-

multaneamente com quinze equa-lizadores gráficos de 31 bandas (dis-

poníveis nos doze primeiros canaisauxiliares e nas saídas LCR) sem so-

brecarregar o sistema. Para se conec-tar com computadores e com rotea-

dores wireless, a StudioLive RM ofe-rece uma porta Ethernet (para cone-

xão cabeada) e um adaptador de redesem fios (usado na porta USB locali-

zada no seu painel frontal), possi-bilitando acesso ao software UC

Control, um aplicativo baseadono conceito de tela única (dispo-

nível para plataformas Mac, PC eiOS) que recria virtualmente o

ambiente gráfico de um consolede mixagem, colocando todos os

principais parâmetros de ediçãona ponta dos dedos do técnico

(quando usado com monitoressensíveis ao toque). Além do UC

Control, o usuário terá à disposi-ção uma suíte de softwares (pacote

Active Integration) que oferecedois gravadores multipistas (Cap-

ture, para aplicações “ao vivo”, e

Studio One Artist, otimizadopara uso no estúdio) e o aplicativo

QMix-Ai, um app que permite aosmúsicos ajustarem (mixarem) o

sinal que a eles é enviado paramonitoração (até 16 dispositivos

iOS podem atuar simultaneamen-te, cada qual com diferentes níveis

de privilégio para a edição). Oproduto oferece ainda conexões

Firewire S800 (envia 52 canais erecebe 34 simultaneamente, em

amostragens de 96kHz/24Bits),uma saída para fones de ouvido,

uma saída de áudio digital no for-mato S/PDIF e conectores DB25

que copiam (espelham) o áudioenviado para as saídas existentes

no seu painel frontal.

Para saber online

[email protected]

Olhando para um futuro próximo, o

equipamento está preparado para expandir

suas conexões de áudio multicanal para os

formatos ADAT, MADI e DANTE

““

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lém disso, um dos principais usosatualmente é a automação de plug-

ins de efeitos. Então mãos à obra!

A AUTOMAÇÃOENVOLVE 4 ETAPAS:•visualizar a área de automação;•definir e escolher qual o melhormodo de automação para uma determi-nada situação;

•adicionar a automação propriamen-te dita, através da inserção de pontosde controle;•reproduzir a automação e ajustesnecessários.

A 1) Visualizando a área de automação:O primeiro passo para iniciar a auto-mação é visualizar a área de inserçãodesta. Existem algumas formas que como tempo passam a ser automáticas noseu fluxo de trabalho:a) Conforme a Figura 1, com alguma tri-lha ativa e com conteúdo, clique sobre afigura apontada. Além da figura ficaragora numa cor amarronzada, você per-

ceberá que o conteúdo da trilha ficaráesmaecido e com uma linha sobreposta.Esta linha é conhecida como curva deautomação e é onde são inseridos ospontos de controle da automação.

PARA MELHOR APROVEITAMENTO NOPARA MELHOR APROVEITAMENTO NO

XLOGIC PROVera Medina é produtora, cantora,

compositora e professora de canto e

produção de áudio

AUTOMAÇÃO

De acordo com oguia do usuário do

Logic Pro X, aautomação é a

gravação, edição ereprodução dosmovimentos dosbotões, controles

deslizantes erotativos. Através

da automação épossível fazermudanças em

material jágravado visando

criar alteraçõesdinâmicas devolume, pan,

balanço, entreoutros, em todos os

tipos de trilhas(MIDI, áudio,

softwareinstrument,drummer). Figura 1

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b) a segunda opção para visualizara área de automação é clicar noatalho tecla A;c) a terceira opção é abrir o menuMix > Show Automation, confor-me a figura 2.Note que um botão para ativar edesativar a visualização da au-tomação pode ser encontrado emcada trilha, conforme a Figura 3. Éimportante ressaltar que a au-tomação fica escondida apenas,não é deletada.2. Definindo e escolhendo o mo-do de automação:Os modos de automação definemcomo se dará o comportamento

destas trilhas. Temos as seguintesopções que podem ser escolhidas nomenu apresentado na Figura 4:• Off: esconde as automações exis-tentes nas trilhas, sem deletá-las;• Read: reproduz toda a automaçãoexistente na trilha. Por exemplo, seexistir uma automação de volumeou pan, o fader ou botão correspon-dente se moverá durante a reprodu-ção. No modo Read, não há possibi-lidade de mudar o valor do parâ-metro automatizado ao mover fa-ders, botões ou outros controles.•Touch: Reproduz a automação damesma forma que no modo Read.A diferença é que é possível mo-

dificá-la movendo o controle doparâmetro. Assim que o controle éliberado, a automação existentepassa a valer, dando continuidadeà reprodução.•Latch: funciona de forma seme-lhante ao modo Touch, mas assimque o controle é liberado, o novovalor de parâmetro substitui aautomação existente daquele pon-to em diante.•Write: apaga toda a automaçãoexistente na trilha assim que ocursor de reprodução passa sobre aparte desta trilha. Grava novosmovimentos dos controles ou de-leta a informação existente, casonada seja movido.Para escolher um mesmo modo deautomação para várias trilhas si-multaneamente, podem ser segui-dos um dos seguintes passos:•Aperte a tecla Shift e a mante-nha pressionada enquanto clicasobre os números constantes nafrente das trilhas escolhidas (co-nhecidos como track headers).Perceba que as trilhas selecio-nadas ficam num tom acizentado.Vá ao menu de qualquer umas dastrilhas selecionadas e escolha omodo de sua preferência. Não énecessário manter a tecla Shiftpressionada durante esta esco-lha. Vide Figura 5. Você não pre-cisa escolher as trilhas em se-quência necessariamente, podemser espaçadas.•Outra forma é abrir o Mixer, sele-cionar os canais desejados man-tendo a tecla Shift pressionada eclicando sobre o nome dos canaise, em seguida, escolher o modo deautomação desejado no menu. Vi-de Figura 6. Para escolher canaisem sequência, é possível clicar so-bre o nome do primeiro (sem man-ter a tecla Shift pressionada) e ar-rastar o mouse até o último canal aser selecionado.Vale a pena ressaltar que existemvários atalhos que podem ser uti-

Figura 2

Figura 3

Figura 4

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Para saber online

[email protected]

www.veramedina.com.br

lizados para escolhas de modos deautomação, mas não são o foco destamatéria, podemos abordar numa outraoportunidade.3. Adicionando automação às trilhas:Primeiramente, escolha qual parâmetrodeseja automatizar do menu que constana trilha (ex: volume, pan etc.).Para iniciar a automação numa curvavazia, clique sobre o espaço fora da cur-va (Figura 7). Veja no exemplo que acurva fica amarela e também que apa-recerá um ponto no início da curva de

acordo com o valor apresentado nocontrole (fader, botão, etc). Em seguidaclique com o cursor do mouse sobre acurva e você verá um ponto de controlemarcado. Caso queira mover para cimaou para baixo, basta manter o mouse so-bre o ponto marcado e arrastar para a po-sição desejada (para cima, para baixo,para esquerda, para direita).4. Ajustando a automação:Teste da seguinte forma os seus conhe-cimentos. Siga as etapas 1 a 3 utilizan-do uma trilha de áudio existente. Naetapa 3, escolha o parâmetro Volume aser automatizado e marque vários pon-tos de automação. Agora reproduza atrilha e teste cada um dos modos, tenteajustar os pontos em cada caso e veja oque acontece.Na próxima edição vamos abordar aspec-tos intermediários e avançados da auto-mação. Esteja preparado!

Figura 5

Figura 6

Figura 7

Vale a penaressaltar que

existem váriosatalhos que

podem serutilizados para

escolhas demodos de

automação, masnão são o focodesta matéria,

podemosabordar numa

outraoportunidade.

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o home studio ao broadcasting, dagravação mais simples à produção

musical de um álbum, do equilíbrio devoz e música de um spot de rádio àmixagem surround de um filme, da edi-ção de um único canal de voz ao dese-nho de som com 200 canais, do uso bási-co do MIDI às trilhas com orquestraçãovirtual junto com elementos acústicos,acontece de tudo.Por mais diversas que sejam estas deman-das, existe um senso comum que é a ne-cessidade da informação organizada nouso do Cubase ou de outras workstations.Chamo de informação organizada o co-nhecimento teórico e prático prontopara ser utilizado. Saber utilizar cada fer-ramenta com precisão, consciência e ve-locidade. É aí que o bicho pega.Um fato que observo é que cultural-mente não temos uma tradição de co-nhecimento sistematizado para a maior

CUBASECUBASE7.57.5

D

Marcello Dalla é

engenheiro, produtor

musical e instrutor

E O 7X1E O 7X1

AS WORKSTATIONSOlá amigos

De tempos emtempos eu escrevo

artigos que seguemmais a linha dereflexões do que

tutoriais. Sãoimportantes porquenascem da vivência

e observaçãodiárias com meus

alunos e clientes emsuas mais diversas

atividades edemandas.

parte do que realizamos profissional-mente e isso faz muita falta. Temos mui-ta afeição pelas “dicas” sobre todos osassuntos. Tudo bem, dicas são pílulas deinformação muito eficientes, objetivase necessárias. Mas são acessórias. Nãosubstituem o conhecimento sólido, or-ganizado e fundamentado.No fatídico Brasil x Alemanha da Copa,já prematuramente depois do primeirogol dos gringos, a expressão dos nossosrepresentantes em campo era de “alguémme dá uma dica do que fazer aqui?”. Nãoexiste “apagão”. Existe “inconsistên-cia”. O que aconteceu em campo é a me-táfora do que nos acontece frequente-mente no dia a dia com uma série de situ-ações que dizem respeito a conhecimen-to e pensamento organizados.Em nosso trabalho com as workstationsas coisas vão se tornando mais comple-tas e mais complexas a cada dia. Mais

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Mas o que move de fato nosso

aprendizado é o desejo de aprender. Não só

com os professores, mas com outros

profissionais, com colegas...

ferramentas, mais informações e a necessidade imperi-osa de mais estudo. Quem é dinossauro como eu se lem-bra bem do menu enxuto de funçõesdo antigo Cubase VST (figura 1).Tínhamos coisas essenciais e funci-onais, mas dentro do que era possí-vel tecnologicamente na época.Com menos de 1 ano de uso e estudodo software já se chegava a um nível“power user” tranquilamente. Aíveio o SX (figura 2) com uma revo-lução de ferramentas e nossa zona deconforto se desfez com a inquieta-ção de estudar todo o novo arsenal.A coisa ficou séria no volume de in-formações e na sequência disso, a família Cubase 4 (fi-gura 3) tirou de vez a paz de quem achava que sabia qua-

Figura 1 - Cubase VST

Figura 2 - Cubase SX

se tudo. Do Cubase 5 em diante estamos aqui naBackstage sistematicamente buscando acompanharesta escalada de recursos mais do que bem-vinda.Onde eu quero chegar com todo essa filosofada?Simples: TEMOS que estar estudando sempre.Organizadamente. Obsessivamente e sem paranóia,com prazer de estudar. Se queremos produzir algoconsistente musicalmente e com bom som, não háoutro caminho. Dicas são necessárias, sim, ajudammuito, mas não são suficientes para fugir de um pla-car de 7x1. Não dão a consistência e as soluções rápi-das e conscientes de problemas ou de demandas doestúdio de hoje. Não há outro caminho. Não existealmoço grátis nesta história. Quando você toma oprimeiro gol numa situação de estúdio, tem que sa-ber pelo menos, que pode vir o segundo, o terceiro...e aí já viu.Os alemães não jogam melhor que a gente de um pon-to de vista de arte do futebol. Mas eles estudaram agente. Se prepararam até para o clima que eles não es-tão habituados. Estudaram em que lado do gol cada

jogador brasileiro cobra mais frequentemente o pê-nalti, para a eventualidade de uma decisão. Estudaramcomo se comportam os jogadores brasileiros quandoexiste um elemento surpresa. Leram o “manual deoperação” dos brasileiros exaustivamente. Foram amelhor seleção da Copa? Eu acho que sim por váriosmotivos, mas principalmente por esse lado “chato” esistemático dos alemães de buscar o detalhe e organi-zar o conhecimento. Nós temos nosso famoso “jogode cintura”, a capacidade de improvisar. Show! Masnão se vive só disso. Muitas vezes isso vira uma espé-cie de “tiro no pé”, como aconteceu. Todo mundo, in-cluindo o Felipão, com aquela cara de “alguém me dáuma dica prá sair dessa?”.Estou falando de futebol ? Não diretamente. Estoufalando da nossa situação diária de abrir um menu defunções do nosso Cubase, ou de qualquer outraworkstation, e ver intermináveis menus, submenus,

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opções, funções, ferramentas, plug-ins e não saber exatamente o que fazerconscientemente com isso tudo. Nãosó na operação do software, mas nosconhecimentos fundamentais de áu-dio analógico e digital, nos conheci-mentos fundamentais de música, nosconhecimentos fundamentais de MI-DI, e por aí vai.O buraco é muito mais embaixo do quesobreviver de dicas. A iniciativa de bus-car conhecimento deve ser íntima decada um. Consciente. É difícil? É!, de-pendendo do quanto você gosta do quefaz. Quanto mais você gostar, maisprazeroso será, mesmo sendo difícil. Épreciso um mediador para tanta infor-mação (mais conhecido como profes-sor)!. Ajuda imensamente, com tantainformação nunca foi tão necessário al-guém para catalisar isso e organizar oconhecimento. Mas o que move de fatonosso aprendizado é o desejo de aprender.Não só com os professores, mas com ou-tros profissionais, com colegas, com osiniciantes, com os ultra-super-prós, coma internet, com os erros (nossos e dos ou-tros) e também com as dicas. Não impor-ta, sempre há algo novo a se aprender.Agradeço muito a meus alunos que seempenham e que amplificam o própriodesejo de aprender questionando e bus-cando detalhes. Agradeço por me “me-tralharem” de perguntas em todos os ní-

“TEMOS que estar

estudando sempre.Organizadamente.

Obsessivamente esem paranóia,com prazer de

estudar. Sequeremos produzir

algo consistentemusicalmente e

com bom som, nãohá outro caminho.

Figura 3 - Cubase 4

veis, pois me estimulam a pesquisar, aorganizar a informação e, por estes mo-tivos, me estimulam a aprender.No artigo que vem seguiremos neste as-sunto com ótimas notícias para todosque têm o desejo de informação de quali-dade e de referências sólidas. Tive a hon-ra de ser convidado como palestrante doCONAPROM: Congresso Nacional deProfissionais de Música. Um congressovirtual disponível em plataforma digitalcom profissionais dos mais diversos seg-mentos da música. Falarei sobre todosos detalhes do CONAPROM, mas des-de já fiquem ligados. Vamos revertertodo e qualquer possível placar desfavo-rável a nós com consciência, boa infor-mação, muito estudo e também comboas dicas pra completar.Não percam a próxima edição.Forte abraço a todos.

Para saber online

[email protected]

www.ateliedosom.com.brFacebook: ateliedosom | Twitter:@ateliedosom

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Pro Tools 11 trouxe inúmeras op-ções para facilitar este processo e

não é exagero dizer que tais opções me-lhoraram inclusive nossa qualidade devida. Vamos dar uma olhada em cada umdeles neste artigo.

CASO VOCÊ NÃO CONHEÇA...Usuários de todas as versões do Pro Toolstêm à sua disposição duas opções. Ao clicarnum plug-in com o Command (Mac)/CTRL (Win) pressionado, ele entra embypass. Se ao invés disso o usuário pressio-

O

DO PRO TOOLSDO PRO TOOLSATALHOS NOVOS

COMANDOS DE TECLADO PARA MIXAGEM

Cristiano Moura é produtor, en-

genheiro de som e ministra cur-

sos na ProClass-RJ

O processo demixagem envolve

muitacomparação do

“antes e depois”,e que vai muito

além desimplesmente

fazer um bypassnum plug-in.

nar Command+CTRL(mac) / CTRL +Start Key (win), o plug-in se torna inativo.Já é um bom começo. Para melhorar umpouco mais, estes comandos podem serexpandidos com o uso do botão Alt/Option, que faz com que o mesmo coman-do seja expandido para todos os tracks.

EXPANDINDO AFUNÇÃO BYPASSTalvez o leitor esteja se perguntando:mas qual é o problema dos recursos aci-ma mencionados?

Fig. 1 - Tabela de atalhos de mixagem do Pro Tools 11

Page 67: Edição 240 - Novembro 2014

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Geralmente, uma pista é processadacom mais de um efeito. Por exemplo,um canal de voz é processado por umcompressor + equalizador + de-esser enão há nenhuma maneira de fazer umbypass nos três efeitos de uma única vez.Ou seja, o usuário não tem como fazeruma comparação A/B com precisãoentre o sinal contendo todos os pro-cessamentos e o sinal original.E não é só isso. Às vezes, o usuárioquer manter os compressores, masquer fazer uma comparação entre o si-nal flat e o sinal equalizado. Esta ne-cessidade se aplica também aos rever-beradores, moduladores etc. Então, apartir da versão 11, o usuário tem di-versas novas possibilidades. Observena figura 1, o resumo de todas as op-ções acerca do bypass nos inserts.Alguns pontos importantes para res-saltar: estes comandos funcionamapenas nas pistas selecionadas e valelembrar que uma ótima maneira deselecionar diversas pistas é pela TrackList (fig. 2). Outro ponto a ser obser-vado é que todos os atalhos são rever-síveis com o mesmo comando. Ouseja, pressione Shift+A para colocartodos os inserts em Bypass e use omesmo atalho Shift+A para acioná-los novamente. Por último, veja que ocomando Shift + V é um bypass dereverb e há de se ter cuidado com ele.Vamos explicar melhor mais abaixo.

COMPARAÇÃO ENTRE DUASCADEIAS DE EFEITOSA comparação entre plug-ins semprefoi um assunto de interesse geral em

Fig. 2 - Track List

Fig. 3A

resultado ao

pressionar Shift-2

Fig. 3B

resultado ao

pressionar Shift-3

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Para saber online

[email protected]

http://cristianomoura.com

redes sociais, fóruns eafins. Mais que isso,muitos se interessampela comparação deuma cadeia mais com-plexa de sinal.

Exemplo: compressor + EQ da SSL

(Waves) ou compressor + EQ daMcDSP?

Para estes casos, pense nos bancos dosinserts A-E e F-J como um “A e B”. Como Shift + 2 e Shift + 3, a diversão estágarantida! (fig. 3A e 3B).

NO CASO DE PLUG-INS COMSESSÕES DE EQ + COMPO Pro Tools vem com o plug-in ChannelStrip e combina um equalizador + umprocessador de dinâmica numa única

Fig. 4 - Apenas

uma parte do

Channel Strip

em Bypass

Fig. 5 - Reverb em Mute

mas Send Ativo

interface. A Waves também possui oAudio Track, SSL e muitos outros.Nestes casos, ao pressionar o comandoShift + E, por exemplo, (bypass EQs),o usuário vai notar a cor roxa ao invésdo azul (fig. 4). Isso serve para caracte-rizar que apenas uma parte do plug-infoi desativada.

BYPASS DE SENDSPerceba na figura 5 que ao fazer um bypassde um reverberador (Shift + V), o sendpermanece ativo. Ou seja, o sinal conti-nua sendo enviado ao auxiliar e continuasoando, porém sem processamento.Há controvérsias se esta é a melhormaneira de se comparar um sinal com/sem reverberação.Muitos preferem fazer esta compara-ção desativando os sends do canal emquestão, mas infelizmente não háesta opção.Para quem prefere este método, te-mos algumas opções. A primeira éusar o mesmo atalho Command(mac)/ CTRL (win) + Click no send emquestão para colocar em Bypass (narealidade ele entra em Mute já que éapenas um roteamento).A segunda opção é simplesmente colo-car o Aux Track em Mute.Neste mês vamos ficando por aqui,mas não deixem de escrever sugerindoum assunto ou deixando um feedbacksobre as colunas, pois nos ajuda a me-lhorar este espaço e adequá-lo ao in-teresse de todos.Abraços e até a próxima!

O Pro Tools vemcom o plug-in

Channel Strip ecombina um

equalizador + umprocessador de

dinâmica numaúnica interface. A

Waves tambémpossui o Audio

Track, SSL e muitosoutros.

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ABLE

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Ableton Live traz na sua configura-ção de fábrica um verdadeiro arse-

nal para vocês produzirem seus beats ouritmos se assim preferirem.Abra o seu Ableton Live, Browser/Categories/Drums/Drum Rack… (se obrowser não estiver aberto, clique noícone cinza em forma de triângulo nocanto superior direito). Agora arrastepara uma MIDI Track o Drum Rack (videimagem abaixo). Você pode selecionaruma MIDI track e dar um duplo clique noDrum Rack se preferir. Feito! O DrumRack se abre como mostra a imagem aseguir. Fiz alguns destaques em cores paraajudar a explanar com mais clareza.

O

ABLETON LIVEABLETON LIVEDRUMS OU SUPER DRUMS?

Lika Meinberg é produtor, orquestrador, arranjador, compositor,

sound designer, pianista/tecladista. Estudou direção de

Orquestra, música para cinema e sound design na Berklee

College of Music em Boston.

PARTE 1

Nesses dias de loop,sons prontos, copy/paste e afins, cada

vez menos jovensiniciantes se

interessam emproduzir seus

próprios beats eacabam

negligenciando,desprezandomesmo, esse

fundamento dacriação musical. O

que muitosprovavelmente não

sabem é que os“grandes”, todos,

sem exceção à regra“produzem seussons, produzem

seus beats”. Semmais delongas, ao

trabalho!

Repare, como indica essa seta verde, oDrum Rack apresenta como um conjun-to de 16 pads onde você deve arrastar osseus samples (que já estão no mesmodiretório, basta expandir o “DrumHits”). Na verdade, o Drum Rack temoito grupos de 16 pads que você podecarregar com seus loops! Veja a seta ver-

melha, esse é o set de 16 que estamosusando no exemplo. Outros são mostra-dos com destaque em cor laranja. Todosesses pads podem ser alocados, bastaclicar com o mouse em cima do grupo depads. Já estão mapeados pelo seu respec-tivo MIDI #Number (Número MIDI).Arraste Drums

Drums Rack

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71

Você pode arrastar os samples para esses pads (esses quadra-dos com D1, D#1 etc. - asteriscos amarelos) em qualquerum dos 96 pads possíveis. Ou ao lado, como mostra o desta-que em verde (drop an instrument or sample here). Caso queira,pode usar um Kit-core pronto que vem com o pacote doAbleton Live. O incrível é que você pode arrastar, para essespads, instrumentos e plug-ins também. Aí o bicho pega!Vamos carregar alguns samples desse diretório (ou de qual-quer lugar, basta arrastar e soltar de qualquer diretório, di-reto nos pads).Veja na imagem que assim que carregamos os pads com umsample, o nome do sample aparece no pad mapeado.Repare que o sample E-Kick – 4, destacado em vermelho,por exemplo (primeiro pad em baixo à esquerda), apareceagora na lista “Chain” ao centro, indicado pela seta em ver-de, e à direita mostram os parâmetros ajustáveis do sampleem questão. Muito versátil, aliás. Dê uma navegada para ver.Cada pad tem um Sampler Player independente com efeitos eoutputs. Ainda em baixo à esquerda tem um pequeno ícone“R”, destacado por um círculo azul, que habilita essa pequenajanela (Check Mark em amarelo), onde você pode arrastar umefeito (plug-in) específico para esse pad selecionado.Veja (Drum Rack Track) que cada sample pad tem seu trackindependente (seta grande em azul), tracks agrupados

Expandindo o Rack

Remapear os Pads

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ABLE

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Para saber online

Facebook - Lika Meinberg

www.myspace.com/lmeinberg

(group tracks), e você pode expandi-laou escondê-la clicando no ícone peque-no (círculo verde - em cima à esquerda).Se você habilitar esse outro ícone I/O(círculo vermelho à esquerda abaixo)você pode fazer os reendereçamentos,remapeamento MIDI, por exemplo, tor-nando qualquer teclado ou MIDI devicecontrolador compatível ou configuravelcom os pads do Drum Rack (seta verde).A seguir, um exemplo do Rack montadocom algumas notas MIDI adicionadas.Na esquerda abaixo, um MIDI Clip foicriado no primeiro Clip Spot do track(retângulo em azul destacado) indicadopela seta verde. Dê um duplo clique nes-se spot para o Sampler Display/NoteEditor aparecer. Repare que o íconeFold (círculo lilás indicado pela seta emverde) está habilitado (laranja), casocontrário o Note Ruler (destacado em

verde), com os nomes dos Samples oudevices alocados, não vai aparecer indi-cando o mapeamento.Essa grande seta azul mostra as notasinseridas e um pouco abaixo os contro-les de Velocite (intensidade das notas -velocidade). Esse é o típico visual de umDrum Rack configurado. Você pode en-dereçar seus efeitos Send/Return, temtodos os canais individuais, parâmetrosMIDI, quantização, groove.Bem, eu poderia ficar falando das quali-dades do Drum Rack do Ableton Live – ede fato ele é extremamente eficiente eprofissional –, mas a arte de fazer músicanão é uma coisa estática. Tudo se movi-menta muito rapidamente, e tempo (dis-ponível) se tornou um luxo para poucos.Isso me levou a pesquisar a fundo com opessoal da Ableton Live, a fim de tentarmelhorar e aperfeiçoar algumas coisas quesempre me aborreceram em programas e/ou hardwares. Por exemplo, diretórioscom listas intermináveis. Você está pro-duzindo no maior pique, inspirado mes-mo... Precisa de uma caixa (bateria) dife-rente, entra em um diretório e tem zilhões

de snares. Toinnnn! Saca?Então fui a fundo e preparei minhasSuper Drums, procurando utilizar o queeu considero o melhor do Ableton Livepara minha situação, e espero que esteseja um caminho para você criar o seuPersonal Drum Rack. Assunto para asegunda parte desse tutorial.Boa sorte a todos.

Drums Rack montado

Rack em funcionamento

Se você habilitaresse outro ícone I/O(círculo vermelho à

esquerda abaixo)você pode fazer osreendereçamentos,

remapeamentoMIDI, por exemplo,

tornando qualquerteclado ou MIDI

device controladorcompatível ou

configurável com ospads do Drum Rack

(seta verde).

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PROD

UÇÃO

MUS

ICAL

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CONCEITOS

omo nós seres do áudio nunca con-seguimos simplesmente ouvir músi-

ca sem ficar analisando um monte decoisas, me deparei com a seguinte situa-ção da qual eu fiz questão de tirar umafoto (figura 1).Sim! Isto é um sistema 5.1 – O sub nãoaparece na foto, mas ele está na prate-leira exatamente embaixo onde pode-mos ver um relógio digital entre duascaixas de som. Vejam uma foto maisaproximada (figura 2).O sofá de onde tirei a foto fica aproxima-damente a um metro e meio de distância.Ou seja, as seis caixas estão colocadaspraticamente na mesma posição, o quenos dá um som... mono! Aquela mi-xagem 5.1 que você fez e que não consi-derou muito como ela soaria em mono,por que seria escutada em Surround 5.1,aí está: vai tocar em mono e você nãoterá o menor controle sobre isso.Se houver algum problema de fase, quenão é perceptível no estéreo, e muitomenos no 5.1, ele vai aparecer quando

C

EQUILIBRANDOUMA MIXAGEM

Ricardo Mendes é produtor,

professor e autor de ‘Guitarra:

harmonia, técnica e improvisação’

PARTE 5

CONCEITOS

tocar um em sistema 5.1 com as caixasdispostas desta maneira. E isso é muitomais comum do que se imagina. A maio-

No mês passadocomecei a escreverum artigo sobre aimportância de se

mixar em monomesmo que o

destino final sejaum arquivo em

estéreo. Na semanapassada fui a casade um amigo, e láestava tocando natelevisão um DVD

de um show.

Figura 1

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75

Para saber mais

[email protected]

ria dos consumidores, quando com-pra um “home theater 5.1”, enten-de que as 6 caixas são uma “paredede som”, e não uma “cerca de som”.E não há nada que você possa fazerpara mudar isso.Por este motivo é tão importanteconfirmar se a sua mixagem estásoando bem em mono. A verdade éque você nunca irá saber em quesistema ela irá tocar, e nem se estesistema estará montado correta-mente. Para a mixagem 5.1, eu a se-paro em 3 estágios: mono, estéreo esurround. Primeiramente eu mixotoda a música em mono. É claroque durante a mixagem em monovocê pode até colocar algum ins-trumento para o lado para apenasplanejar como será o seu estéreoem um estágio posterior. Casovocê faça isso, assim que fizer essaverificação em estéreo, retornepara o mono centralizando os pa-norâmicos. Uma vez que você já ti-ver passado por todas as etapas decompressão, equalização, efeitosetc. e a sua mixagem em mono esti-ver soando bem, é que você podecomeçar a abrir os panorâmicospara o estéreo. Caso você faça ajus-tes posteriores ao ouvir em estéreo,não deixe de retornar para mono eouvir como soam estes novos ajus-tes em mono. Se ao retornar paramono e sentir que algo piorou,continue a fazer ajustes alternan-do entre mono e estéreo até vocêachar o ponto de equilíbrio ondesoe bem das duas maneiras. Umadica que eu uso frequentemente

para melhorar a compatibilidademono-estéreo: a criação de umsubgrupo mono a partir de um sub-grupo estéreo. Um exemplo bemclássico: não importa quantos ca-nais de guitarra existem em umamúsica, eu sempre direciono todoseles para um subgrupo estéreo.Em uma mixagem de uma banda derock típica, é muito comum a seguin-te configuração: bateria em estéreo,baixo e voz em mono e dois canais deguitarra um totalmente aberto para adireita e outro para a esquerda.

Esta é a maneira mais fácil de fazeras guitarras soarem “grandes” edeixar o centro liberado para voz.Porém essa configuração tem umadesvantagem: ela cria um “bura-co” no centro, especialmente nasregiões média-altas. E tambémoutro fenômeno ocorre: quandotemos duas fontes de som pareci-das (como uma dobra de guitarraou de violão) pode haver, sim. umcancelamento de fase quando co-locado em mono. O resultado éque, além da percepção desse “bu-

raco” quando ouvimos em es-téreo, ao ouvirmos em mono ha-verá uma diminuição do volumedas guitarras na mixagem devidoao cancelamento parcial de fase.Essa dica é a solução que eu encon-trei para resolver este problema:do subgrupo estéreo das guitarraseu crio uma mandada (send) monopara um outro subgrupo. Deixo ofader desse subgrupo mono de gui-tarras no menos infinito e vou le-vantando o fader até sentir que o“buraco” no estéreo foi preenchi-do. Repito a mesma operação escu-tando em mono até sentir (e ob-servar no medidor de correlação defase) que não há mais cancelamen-to, até achar o ponto de equilíbrioentre a audição em mono e estéreo.Normalmente o ponto ideal é aotrocar repentinamente de estéreopara mono não percebermos umaalteração no volume das guitarras.Uma vez checada a mixagem em

mono, checada em estéreo, checadaa correlação mono-estéreo, é quepodemos partir para a separação doscanais no 5.1 Surround. Lembre-se,a mixagem 5.1 deve soar bem mes-mo que as caixas traseiras, central esub sejam retiradas. Uma vez quevocê tenha atingido estes objetivos(o que já não é nem um pouco fácil),parabéns. Agora você pode fazer oque quiser na sua mixagem 5.1

Um exemplo bem clássico: não

importa quantos canais de guitarra existem

em uma música, eu sempre direciono todos

eles para um subgrupo estéreo.

Figura 2

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evento reuniu cerca de 40 PAzeirosque puderam conferir de perto os

modelos de caixa line array MTX 108,210 e 1242 e subwoofers SB-218 e SW-218. Os equipamentos foram desenha-dos para atender a diversos tipos de lo-cais e eventos, desde os de pequenos atéos de grande porte.Durante a apresentação, Rafael Lins,engenheiro projetista das caixas, expli-cou que o modelo 108 é composto deum falante de 8" e um driver, o que otorna mais indicado para pequenos

O

[email protected]

Fotos: Ernani Matos / Divulgação

eventos e locais pequenos, “por ter umtiro curto e, dependendo do tamanhodo local, podem ser utilizado até 12 ele-mentos”. O segundo modelo, o 210,possui dois falantes de 10" e dois driversde 1"e dois de 1,1/4. Esse pode ser usadopara pequenos, para médios e, depen-dendo do local, se não for aberto, tam-bém para grandes espaços, utilizandoaté 12 elementos por coluna. Já o mode-lo 1242, sistema usado para grandeseventos, pode ser arranjado em até 12elementos por coluna, dando cobertura

SISTEMA MTXSISTEMA MTX

N O R I O D E J A N E I R O

AGRADA AOS TÉCNICOS

No dia 08 de outubro, aMTX AudioPro reuniu

pazeiros no Rio deJaneiro para apresentar

três modelos de caixasacústicas line array e dois

modelos de subgraves. Oevento contou com a

participação de técnicosde som como André

Calazans, Mário Jorge eMetal, entre outros que

aproveitaram aoportunidade para testar

os equipamentosproduzidos pela empresa.

Page 77: Edição 240 - Novembro 2014

77

a um evento de 40 mil pessoas “semdeixar a desejar”. Nessa caixa, sãodois falantes de 12", quatro falantesde 6" e dois drivers. “Também temosos dois subs que é o SB-218, que aten-de em uma frequência de 40Hz, e oSW-218, que é maior e atende emuma faixa acima de 30Hz”, completa

Leandro Alves, sócio de Rafaelna MTX.“Nós fizemos essa apresenta-ção na Expomusic, que foi nos-sa primeira amostra pública,para que as pessoas passassem anos conhecer. E como não temcom emprestar um PA desse pa-ra o técnico ouvir, o objetivo doworkshop é de o técnico ver, ou-vir e conhecer, tendo em vistaque é uma marca nova, embora jávenha sendo desenvolvida háquase cinco anos. Nenhum proje-to nosso é cópia. Quem abrir a cai-xa vai ver que não aproveitamosnenhum projeto de ninguém, nemguia de onda, nem plugue de fase deninguém. Tudo é desenvolvido pelaMTX”, completa Leandro.

Além das caixas, os participantes tam-bém puderam conhecer os amplifica-dores digitais Powertec, que são re-presentados no Brasil pela MTXAudioPro. Foram utilizados três mo-delos: o 6.4, com quatro canais de1500Wrms; o 16.4, que são quatro ca-nais de 4000Wrms; e o 12.0, com dois

Três modelos de lines e dois de subs

canais de 6000Wrms. “Sãoamplificadores superleves, pe-sando cerca de 8 quilos, e sãoamplificadores com fonte cha-veada, bem modernos”, ressal-ta Leandro.Rafael, que há cinco anosproduzia subs em Pernam-buco, equipamentos atual-mente espalhados pelos mer-cados do Norte e Nordeste,afirma que a ideia não é ape-nas vender os produtos, masdar assistência, principal-mente no pós-venda. “Porexemplo, sub dá muito pro-blema. Mas o que dá proble-ma? Então na primeira vez queo cliente vai usar o equipa-mento, eu vou lá e faço oevento junto com ele. Para ali-nhar eu uso o que 99% dos téc-nicos usam, que é o Smaart. Eudou uma dica básica para ostécnicos e faço a demonstra-ção para que eles passem ausar de forma correta noseventos. Acredito que 80%usam errado. Mas não é paravocê usar o software e corri-gir o equipamento. Tem quever quem é o fabricante, por-que o software ajuda no ambi-ente e na área”, coloca.A MTX existe há seis meses.Rafael, em Recife, fabricava al-gumas coisas, mas com uma es-trutura um pouco menor. “Aquino Rio, montamos uma área defabricação, com maquinárionovo, todo o nosso maquiná-rio possui corte eletrônico emrouter CNC, com laboratóriode pintura etc.”, enfatiza.

MERCADO NO BRASILPara Rafael, o mercado brasi-leiro vem passando por umaboa fase de evolução. “Aquinós evoluímos muito. Sempregosto de colocar no Facebooktemas para discussões, e quan-

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Então na primeiravez que o cliente

vai usar oequipamento, eu

vou lá e faço oevento junto com

ele. Para alinhar euuso o que 99% dos

técnicos usam, queé o Smaart. Eu dou

uma dica básicapara os técnicos e

faço ademonstração para

que eles passem ausar de forma

correta nos eventos.

Rafael Lins (à esquerda) e Leandro Alves Sistema de processamento usado durante o workshop

Processador com capa de acrílico transparente para

demonstração: componente à mostra

to às cópias, por exemplo, sempre falo quevocê nunca sabe o que o projetista fez alidentro, qual ideia ele usou para fazer o ali-nhamento e você acha que copiando (oequipamento), vai falar. Hoje temos seismodelos de produtos de line, porque cadaline é uma situação, porque clientes sãode “n” perfis. E não são só as caixas. Tem osamplificadores, e tudo acaba sendo umaessência para um produto final. Então,conversamos com o cliente, vemos a ne-cessidade e damos a solução. A ideia éprestar um bom serviço”, afirma.

DEPOIMENTOS:Para André Calazans, PA da cantoraMarina Elali, o diferencial do sistema éque, apesar de ser nacional, veio para bri-gar com o importado. “É um sistema na-cional e vem acompanhando o sistemaimportado que a gente tem no mercado.E esse é um sistema que está entreguehoje aqui fazendo um som no estado bru-to, sem finalizar a equalização, o alinha-mento. Então, salvo algumas diferençaspor conta disso, é muito linear, muito fiele interessante, porque é nacional. Existea possibilidade de ser um plug and play,com já tudo pronto, caixa, amplificador,processamento, cabeamento, e isso parao técnico é legal, porque facilita. O téc-nico já olha para a empresa diferente,

porque sabe que o sistema está todo pa-dronizado, vai entregar exatamenteaquilo que o fabricante imaginou e colo-cou para ir para a estrada. Estão de para-béns pelo sistema e espero poder escutá-lo na estrada e poder usá-lo”, avalia.Para Metal, PA de Israel Novaes, o dife-rencial do sistema MTX é a qualidade,

eficiência e o SPL. “Isso é o que vai dar oque falar. Aqui no Brasil a nossa culturaem termos de SPL com qualidade estábem na frente”, afirmou.Já para Mario Jorge Andrade - operadorde áudio de Elba Ramalho e da Cidadedas Artes, no Rio de Janeiro, o diferenci-al é o projeto e o atendimento, tendo emvista que o próprio Rafael vai ao local fa-zer o alinhamento. “Conheço o Rafaelhá 30 anos e sempre o achei estudioso epesquisador e eu já conhecia os produtosdele, acho todos excelentes e, na faixa depreço que ele oferece não tem nada pare-cido em termos de qualidade, porque étudo feito aqui com componentes im-portados, tudo de primeira linha”, com-pleta Mario Jorge, em uma referênciatambém aos componentes B&C usadosna fabricação das caixas.

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CADERNO ILUMINAÇÃOVI

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X4 BAR 20 E X4 BAR 10www.germanlightproducts.com

A GLP escolheu a Plasa London para apresentarnovidades que incorporam o sistema ótico X4 damarca. Com LEDs RGBW de alta potência, o X4Bar 20 possui 20 fontes de mais de um metro decomprimento, enquanto o Bar X4 10 tem 10 fontescom comprimento de 50 centímetros. Esses equi-pamentos possuem um alcance de zoom de largurade 7 a 50 graus, o que permite fazer diversos washese estreitos efeitos de cortina de luz. O zoom é refor-çado por uma função tilt motorizada, permitindo oreposicionamento rápido do dispositivo, para var-reduras dinâmicas de cor e cada LED pode ser con-trolado para a cor e intensidade individualmente.

PEARL EXPERT PROwww.proshows.com.br

O Pearl Expert Pro é de altaperformance com a facilida-de de utilização do consolemais popular do mercado.Mais submasters, mais botões de flash, mais poder de controle. Garante aespontaneidade em colocar ao vivo a criatividade nas mãos do iluminador,com uma resposta rápida. Possui um controle onde é possível acessar a vastagama de paletts, shapes e pixel mapping. São 80 playbacks não motorizados, interface rápida e intuitiva TITANV.7.4, Wing com 15,4" touch screen para programação rápida, 5 encoders óticos rápidos, suporte MIDI e MIDITimecode. O equipamento possui ainda 4 saídas DMX físicas, expansível até 16 via artnet, dupla porta Ethernet,controle de Cue dedicado, suporte para monitor externo e 10 botões programáveis.

MOVING HEAD LED STROBO ST-S752www.star.ind.br

A Star Lighting Division apresenta o Moving HeadLED Strobo ST-S752, um moving strobo inovador. Suaestrutura possui 13 anéis, com 752 LED’s de 0,5WWhite. Conta com efeitos de strobo variando entre osanéis, criando assim efeitos diversos e passando a im-pressão de que está operando com vários strobos noambiente com disparos sequenciados. Permite ajustar avelocidade do flash, possui Pan de 450° e Tilt de 270°.Todos os recursos são operados em 8 ou 26 canais DMX.Também disponível na versão Source Four: LEDStrobo ST-S752 SF.

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LED- SATURA SPOT CMYwww.elationlighting.com

No rastro do sucesso do Satura Spot LED Pro, a ElationProfessional apresenta o mais novo membro da série Satu-ra: o LED-based Satura Spot CMY, com uma luminária spotLED de alta potência com zoom, CMY color mixing e rodasde gobos duplas. São 11,700 lúmens de potência para umasaída de todas as cores equivalente a 575W. O equipamentoé capaz de projetar um campo de luz linear com beams bemdefinidos. Para ajustes flexíveis do angulo beam, o SaturaSpot CMY permite uma abertura de 14-36 graus de zoomcom um campo uniforme de luz que é mantido mesmo coma mudança de angulação do zoom. Um sistema de mixagemde cores CMY mais sete cores dicroicas customizadas, in-cluindo correção CTO, proporciona uma variedadeilimintada de sombras. As projeções Beam também podemser atenuadas usando filtros frost. O equipamento tambémoferece 100% de dimming eletrônico e uma variada seleçãode curvas, proporcionando ajustes fáceis. O controle é feitovia DMX, em 22, 24 ou 33 canais.

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CADERNO ILUMINAÇÃORÁ

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CHAUVET EM LAS VEGASO novo espaço chamado Sayers Club, em Las Vegas, recebeu uma sériede equipamentos Chauvet. Foram rigs de iluminação com 12 ÉPIX Strip 2.0e sete ÉPIX Bar 2.0. O rig também incluiu dois Rogue R1 Beam e dois RogueR1 Spot moving bem como três COLORdash Par-Hex 12 RGBAW plus UVLED par-style.

LUMINÁRIAS WHITE LIGHT LED...

...na Saint Wandrille

Não é sempre que uma institui-ção de mais de 13 séculos recebeum upgrade na iluminação comoa Abbey de Saint Wandrille, naNormandia, França. O monas-tério benetidino fundado no anode 648 teve instalado o TVL3000 II da Elation na igreja.Como não poderia haver baru-lho, os aparelhos tinham que sercompletamente silenciosos.Após testar diversos equipa-mentos, que não foram silencio-

sos o suficiente, a equipe chegouà conclusão de que os TVL 3000eram a escolha certa, que tam-bém foram escolhidos devido àluminosidade e qualidade de va-riação de luz branca. Os 35 apa-relhos TVL 3000 foram monta-dos em uma serie de beams decarvalho ao longo da nave daigreja. Cada equipamento pro-duz 72W de potência, usandouma tecnologia de coolings si-lenciosos para eliminar o baru-lho da ventoinha.

SGM NA PLASAA SGM vai apresentar na PLASA osnovos Iluminadores de LED P-2 e Q-2, unidades extremamente com-pactas que proporcionam umaconfiguração fácil e rápida, e aomesmo tempo mantêm a classifica-ção IP65, que é uma das caracterís-ticas do portfólio da SGM. Conten-do 18 LEDs de alta potência de10W RGBW, a P-2 tem uma saída deluz de 9.500 lumens - 2.262 lumenspor quilo - e uma eficácia de 58 lm/W, oferecendo uma variação de ân-gulos beam, com 15°, 21° e 43° delentes intercambiáveis.

ESTUDANTES FAZEMPROJETO PARA OTEATRO NACIONALLONDRINOCinco alunos de Produção de Arteda City College Norwich iluminaramo exterior do prestigiado Teatro Na-cional de Londres durante o 50°aniversário do local. Os alunos fo-ram os vencedores da competiçãode iluminação Junior Ready Steady

da escola de drama britânica RoseBruford College.

LÂMPADASPARA FILMAGENSA OSRAM apresenta ao mercadobrasileiro a nova linha de lâmpadasHMI, extremamente brilhantes, comtemperatura de cor de 6.000K emtoda a linha, proteção UVS, capazde reduzir a emissão de raios UVem mais de 99,9%, ideal para auxili-ar filmagens externas durante o diacom uma luz extremamente brilhan-te. Outra característica marcante éa eficiência energética, razão pelaqual o produto é bastante econômi-co em comparação aos similares. Oalto desempenho da HMI é aliado àsua resistência, graças ao revesti-mento de quartzo no bulbo, queprolonga a vida útil dos componen-tes e ainda permite reacender alâmpada enquanto está quente.

MILOS GROUP TEM NOVO ENGENHEIRO

A Milos Group, uma das maio-res fabricantes de trussing e es-truturas de suporte no mundo,dá boas vindas ao engenheiroJames Thomas, que é um nomeexpressivo na América do Nor-te no setor de fabricação detrussing, rigging e suportes dechão de alumínio. Como mem-

bro do Milos Group, o engenhei-ro tem planos de continuar aproduzir com a mesma qualidade“Made in USA” que por mais de35 anos a indústria profissionalestá habituada a encontrar. Ino-vação por meio de design e exce-lência em engenharia continua-rá a ser o mantra de Thomas.

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CADERNO ILUMINAÇÃO

KIT DE ILUMINAÇÃO PARA SHOWS

O Reino Unido acaba de ganhar uma em-presa que aluga kits de iluminação pelainternet. A Wireless Lighting, um portaldedicado ao aluguel de baterias e tecno-logias de iluminação sem fio, surgiu comoalternativa para acabar com a bagunçacausada pelos cabos a partir do uso deequipamentos de iluminação sem fio. Se-gundo o fundador da empresa, JustinHammond, o mercado já vem fazendo usode equipamentos de iluminação sem fio hádois anos. O empresário direcionou a em-presa em três principais segmentos: even-tos provedores de tecnologia e empresasde locação, os organizadores de eventos, eempresas menores como restaurantes, ho-

téis e locais que promovem seus próprios eventos. Inicialmente, a WirelessLighting vai operar dentro e em torno da região central da grande Londres.

Emma Perrin e Justin Hammond, da

Wireless Lighting

PR LIGHTING PRESENTE NOS JOGOS ASIÁTICOS 2014

Os moving heads da PR Lightingestiveram em diversos projetos es-palhados por todo o evento esporti-vo, levando um dos mais avançadosprodutos da linha PR, o PR 5000Spot e Beam. Os Jogos Asiáticos sãoorganizados pelo Conselho Olímpi-cos da Ásia (OCA) com supervisão

do Comitê Olímpico Internacional(COI) e reuniu esportes presentesno programa dos Jogos Olímpicos eoutras modalidades tradicionais dospaíses asiáticos. Os Jogos Asiáticos2014 foram realizados em Incheon,Coreia do Sul, entre 19 de setembroa 4 de outubro.

OS DOMES LD-5 LEDPara ter um decorativo e super iluminado teto na boate, o clube City Light Slovakia elegeuos LD-5, da SGM. Para controlar o grande número de equipamentos fixados foi usado osoftware de controle Sunlite First Class juntamente com ArtNet e protocolo DMX.

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CADERNO ILUMINAÇÃOIL

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intitulado Rock Progressivo – esti-lo musical com origem na Inglater-

ra no fim da década de 1960 e que com-bina estruturas harmônicas complexas,com elementos de Jazz e da música clás-sica, além, naturalmente, do rock’n’roll– teve seu auge na década de 1970, pelasmagistrais composições de bandas comoYes, Genesis, Pink Floyd, Rush, KingCrimson, Emerson Lake & Palmer,Renaissance, Premiata Forneria Mar-coni, Can, Neu!, Gentle Giant, Focus,Van der Graaf Generator, entre outrasdezenas de nomes que aqui poderiam sercitados, e aqui no Brasil, com brilhantesdiscos dos Mutantes, Secos & Molha-dos, O Terço, Casa das Máquinas, ABarca do Sol, Som Imaginário, TerrenoBaldio e Som Nosso de Cada Dia – entreoutras bandas e artistas espetaculares.É inegável a contribuição desse estilomusical para a formação e inspiração de

O gerações de músicos desde então e, fun-damentalmente, foi nesse mesmo perí-odo – na década de 1970 - que surgiramalgumas das mais significativas contri-buições para a iluminação cênica. Mi-chael Tait (lighting designer do Yes) eAlan Owen (lighting designer do Gene-sis), só para citar dois nomes essenciais,desenvolveram técnicas, instrumentosde iluminação e estruturas, e contribuí-ram decisivamente para a evolução dosconceitos e das tecnologias do setor.Mas, se o Rock Progressivo ainda ecoacomo uma referência distante no tempo,esqueceram de avisar isso ao DreamTheater (e a outras bandas contemporâ-neas e sensacionais). Formada na metadeda década de 1980, nos estúdios de ensai-os da Berklee College of Music (Boston,Massachusetts, EUA), o DT (como échamada pelos fãs) figura entre umas dasmais respeitadas bandas, por públicos di-

SOB O BRILHO DAS ESTRELAS...

Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de even-

tos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design

de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba. Pesquisa-

dor em Iluminação Cênica, atualmente cursa Pós-Gra-

duação em Iluminação e Design de Interiores no IPOG.

CÊNICACÊNICAILUMINAÇÃOILUMINAÇÃOComplexas

composições, comdiversas mudanças

de compassos ealterações de

humores... Essa éapenas uma breve

descrição de algunsdos elementos a

serem consideradosna elaboração do

projeto deiluminação cênica

de uma das maisaclamadas bandas

dos últimos 25anos. Em mais uma

turnê em algunspalcos brasileiros, o

Dream Theaterapresentou um

repertórioempolgante,

virtuoso eimpressionante,correspondido à

altura com recursosora extravagantes,

ora meramentepeculiares, de

forma atransformar umaapresentação em

uma apoteosesonora e

visualmenteimpactante.

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versos, pelas qualidades técnicasdos excelentes músicos que a inte-gram e pela excelente discografia.E se a qualidade técnica dos músi-cos e das composições se tornainquestionável, as apresentaçõesse mantêm em patamares similaresde excelência. Na posição de dire-tor de iluminação cênica, o lighting

designer Steve Baird tem uma desa-fiadora responsabilidade de pro-porcionar atmosferas e cenárioscompatíveis com a complexidadedas harmonias e composições des-se quinteto genial.Na atual turnê – Along For the Ride

Tour -, com shows de aproximada-mente três horas e meia de dura-ção, a carreira da banda é revisi-tada, nas canções integrantes deseis dos doze álbuns da banda, e nailuminação cênica (com as proje-ções e efeitos, naturalmente, quetambém remetem aos principaisaspectos da identidade do grupo).Referências diretas a alguns ele-mentos ou temas do repertório,ou mesmo ao melhor estilo “oldschool” produziram um grandiosoespetáculo musical e cênico, co-mo percebido em Curitiba, no dia2 de outubro de 2014.Cada integrante (ou seja, o guitar-rista John Petrucci, John Myungno baixo, James LaBrie nos vocais,o “mago” Jordan Rudess nos tecla-dos e o baterista Mike Mangini) éidentificado pelos fãs – e músicos,em todo o mundo – como estrelasque formam uma constelação – defato, uma Plêiade. E com essa pre-missa, os minutos que antecediamo início do show criavam uma at-mosfera (ou além disso), com aprojeção de galáxias, nebulosas, as-tros e corpos celestes diversos, emtotal blecaute. Repentinamente, alogomarca da banda interrompeuessa viagem intergaláctica, com acanção False Awakening Suite, euma retrospectiva da carreira dabanda em imagens, e sons, trazen-

do referências diretas – e muitasindiretas também – relacionadasaos doze discos de estúdio (aindapossuem oito registros com grava-ções “ao vivo” em discos, das tur-nês anteriores).

Com a canção de abertura, The

Enemy Inside (do álbum DT, de2013), a cortina que protegia (e es-condia) o palco cedeu para uma su-cessão de cenas e ícones, prota-gonizados por moving spots e gobos,que determinavam a dinâmica e assensações – conflitos internos - queessa canção deseja transmitir. Pre-dominância de azuis em tonalida-des mais escuras emolduravam ocenário principal, revelado frontal-

mente por tons em violeta e ciano.Steve Baird não economiza em efei-tos e combinações diversas (e issotambém se aplica ao seu trabalhocom outros artistas, como, porexemplo, com Norah Jones na The

Fall Tour, em 2010). Uma massa lu-minosa difusa – proporcionada pordezenas de moving heads direcio-nados para o palco com fachos aber-tos e texturas monocromáticas –contrastavam com outros fachosmarcantes, em luzes brancas, eproduzidos com angulações simé-tricas nos trechos mais relaxantesdas canções, e outros fachos assi-métricos e mais intensos, nos di-versos momentos aos quais as ten-

Figura 1: Apresentação da banda estadunidense Dream Theater – Along For the Ride Tour – no CuritibaMaster Hall em 2 de outubro de 2014. Na imagem, uma cena da canção de abertura.

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Predominância de azuis em tonalidades

mais escuras emolduravam o cenário principal,

revelado frontalmente por tons em violeta e ciano.

Steve Baird não economiza em efeitos

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sões e perturbações conduziam o climadas canções. Steve Baird trabalha comdiversas marcas para os refletores, moving

heads e outros instrumentos de ilumina-ção. Como mesa controladora, um con-sole grandMA2 Full-Size da indústriaalemã MA Lighting (Gmbh).Intenções dramáticas foram percebidasprincipalmente nas paletas de cores.Padrões de composição com cores me-nos saturadas, do verde-azulado (Me-dium Blue Green – padrão Rosco) e pa-drões análogos (Medium Blue, Deep

Lavender - padrão Rosco) nos quais osmatizes azuis, verdes e violetas se com-binavam, para a criação de cenas relati-vas aos temas mais obscuros. Como re-sultado, passagens mais introspectivas erelaxantes, aos olhos dos observadores eà condução das canções.Outras combinações de feixes aleatórios,com fachos intensos e saturados, insinua-vam as múltiplas contribuições e lingua-gens musicais da banda, metaforicamente– como vigas ilusórias que apoiam e su-portam uma estrutura, nesse contexto,

Figura 2: Apresentação da banda estadunidense Dream Theater – Along For

the Ride Tour – no Curitiba Master Hall em 2 de outubro de 2014. Fachosintensos e marcantes em momentos decisivos do show.

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Figura 3: Apresentação da banda estadunidense Dream Theater – Along For

the Ride Tour – no Curitiba Master Hall em 2 de outubro de 2014.Combinações análogas.

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Figura 4: Apresentação da banda estadunidense Dream Theater – Along For the Ride Tour – no Curitiba Master Hallem 2 de outubro de 2014. Distribuição assimétrica.

Fonte

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Outras combinaçõesde feixes aleatórios,com fachos intensos

e saturados,insinuavam as

múltiplascontribuições e

linguagens musicaisda banda,

metaforicamente –como vigas ilusórias

que apoiam esuportam uma

estrutura, nessecontexto, musical

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musical. Essas, davam ênfase em refrãose trechos mais destacados das canções.De fato, nessas intervenções, ficavamtambém claras as referências à ficção ci-entífica, que estavam presentes em to-dos os momentos. Mais um tema inte-grado a todas as mensagens e reflexõestransmitidas pelas letras e pelas can-ções do DT.Nas composições de iluminação simé-tricas, alinhamentos e delimitaçõesvisuais, criou-se um conforto ótico eadequado às inserções de outros fa-chos, modeladores e reveladores dosmúsicos, que se revezavam de posiçõese posturas, ora estáticas e moderadas,ora dinâmicas e protagonistas de solosou passagens marcantes.Outro elemento cênico de destaquefoi a integração de vídeos com a ilumi-nação. Esta emoldurava o telão que,em muitos momentos, funcionavacomo um único instrumento de ilumi-nação cênica, capaz de fornecer um pa-cote de luz que permitia uma visua-lização distorcida e surreal da banda,que se misturava às imagens, de perso-nagens e cenários, percorridos e acom-panhados por um táxi amarelo (refe-rência ao Submarino Amarelo?).

No todo, uma apresentação irreto-cável. As interações entre as melo-dias, as divisões rítmicas e o projetode iluminação cênica conferem aoDream Theater um outro nível naoferta de espetáculos musicais naatualidade. Naquela noite de quin-ta-feira (de fato, o show terminouna madrugada de sexta-feira), fãs,admiradores e apreciadores saíramsatisfeitos, ainda mais com o reper-tório, que contemplou suítes e se-quências impressionantes (princi-palmente, o disco 2 - executado porinteiro - do LP duplo Awake, de1994 (observação: no Brasil, estedisco se popularizou no formato deCD, mas a versão em vinil foi lan-çada como disco duplo).O que dizer além disso tudo? O DreamTheater é, realmente, uma “constela-ção de estrelas”, com brilho e energiaúnicos, emanados em composições ra-diantes, envolvidos em um Espaço re-luzente – irradiado com luminosidadebrilhantemente conduzida. Abraços eaté a próxima conversa!!!

Para saber mais

[email protected]

Figura 5: Apresentação da banda estadunidense Dream Theater – Along For the Ride Tour – no Curitiba MasterHall em 2 de outubro de 2014. Distribuição simétrica.

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“OUTRA VEZ NA ESTRADA”“OUTRA VEZ NA ESTRADA”

o começar esta crônica o que me vem à cabe-ça? O eterno título do nunca escrito livro de

Snoopy nos quadrinhos de Charlie Brown: “erauma noite escura e silenciosa...”. Mas era mesmouma noite escura e silenciosa daquele último anodo século XX – ou primeiro do XXI, como quei-ram – quando meu telefone tocou. Do outro lado,Marisinha Menezes, produtora do Rock’n’Rio,que como de hábito foi direta ao assunto:- Sá, neste Rock’n’Rio queremos fazer uma home-nagem ao Rock Rural. Vocês topam?

Confesso que a princípio pensei em fazer aquelesebinho de artista, tipo: “Quando? Onde? Quan-

to?”. Mas o Rock’n’Rio era – e ainda é – uma janelapoderosa para qualquer um, de Foo Fighters da vida

a Mané Qualquer Coisa. Então tudo o que eu con-segui falar foi um “ok” que tentava ser menos en-

A tusiasmado do que realmente era, já que no meu ín-timo eu vibrava pensando nas possibilidades que

aquele convite nos abria. Por exemplo, eu eGuarabyra – superado o receio de se abrirem anti-

gas feridas e ressuscitarem velhos ressentimentos -já vínhamos há algum tempo “namorando” seria-

mente a volta de Zé Rodrix e a retomada da traje-tória do Sá, Rodrix & Guarabyra. Então, a primeira

coisa que passou por nossa cabeça foi chamar o Zé.Isso, aliás, com toda a justiça, pois o chamado “rock

rural” nascera da conjuminação de nossas três cabe-ças. Ligamos então pra ele, que triplicou nosso en-

tusiasmo e publicou seu “estou dentro” nas áreasaleatórias dos então inexistentes i-clouds.

Voei pra Sampa direto pra casa-no-campo-na-ci-dade do Zé, uma bela mansão Pacaembística com

direito a piscina, passarinhos matinais e coisa e

Os discos da minha vida...

Como os leitores habituais da coluna já sabem, venho contando em sequência a história dosdiscos da minha carreira. Depois de dois discos de Sá, Rodrix & Guarabyra e mais treze de

Sá & Guarabyra – número místico! – chegamos ao século XXI. E aí a história se refez...SÁ, RODRIX & GUARABYRA - OUTRA VEZ NA ESTRADA

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[email protected] | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM

tal. Lá começamos nós três a bolar a ressurreiçãodo rock rural: de onde viemos? Pra onde iríamos?

O que faríamos? Repetir o já feito era tão necessá-rio quanto útil, mas queríamos algo mais, alguma

coisa que mostrasse que continuávamos atuantescomo trio. Resolvemos então reconstruir nossa tra-

jetória com um mix de já feitos e inéditos. Resolvidoisso, passamos à prática e nos reunimos diariamente

por uns quinze dias nacasa do Zé, compon-

do, tocando e cantan-do. No fim seleciona-

mos cinco inéditas parajuntar aos hits que o-

brigatóriamente can-taríamos no show do

Rock’n’Rio: Outra Vez

na Estrada, No Tempo

dos Nossos Sonhos, Aqui

se Faz, Aqui se Paga, Je-

sus Numa Moto e Cria-

dor e Criatura. Para a gig, partilhamos músicos que

já viajavam conosco com outros que eram da con-fiança do Zé. Isso resultou numa brilhante forma-

ção: Webster Santos (guitarra), Pedrão Baldanza(baixo), Pepa D’Elia (bateria), Thiago Costa (te-

clados), Eduardo Gomes e Cassio Poletto (violinosMIDI), Tostão Cunha (percussão), Jairzinho Tei-

xeira (saxes e flauta), Lucimar Peres (trombone),Rubinho Antunes (trumpete/ flugelhorn). Para

uma nova fase musical, nada melhor que um novoinstrumento e lá fui eu Teodoro Sampaio (a rua da

música em Sampa) afora atrás de um outro violão.Depois de experimentar uma boa dúzia de violões,

apaixonei-me por um Gibson Montana Blues King.A cor não me agradou muito, uma madeira clara

country demais pro meu gosto, mas a pegada deleera incomparável. Apesar de perfeito, era visível

que já tinha sido usado, mas não liguei nem umpouco pra isso: ele parecia ter sido feito pra mim.

Enfim, chegou o Dia D, 13 de janeiro de 2000. De-pois de três curtos dias de ensaios com a leitura dos

arranjos do Zé, rumamos pro Rio, pra Barra, proRock’n’Rio - ele mesmo. Apesar do curto cro-

nograma de ensaios, nos sentíamos bastante segu-ros: sabíamos o que queríamos, do que precisáva-

mos e até onde podíamos ir. Melhor que tudo, está-vamos absolutamente seguros do nosso potencial.

Embora estivéssemos na Tenda Brasil, na lateral dopalco principal, podíamos descortinar dali todo o

terreno. Era um mar de gente à nossa esquerda, es-perando pelas atrações internacionais. Começa-

mos a nos arrumar no palco. A princípio aquilotudo me pareceu meio improvisado, mas à medida

em que íamos nos ajustando ao espaço, as coisascomeçaram a fazer sentido. De repente eu me vi

diante do Sennheiser que eu havia pedido e à es-querda do Roland acústico que me era necessário.

Perceber o profissionalismo do setup me tranqui-lizou. Zé contou um, dois, três, e de repente eu já

começava a cantar: apesar das minhas roupas rasga-

das/ eu acredito que vá conseguir/ uma carona que me

leve pelo menos à cidade mais próxima...”. Não se pas-

saram duas estrofes antes de eu perceber que haviaum mar de gente migrando do palco principal –

onde nada estava acontecendo – para a frente danossa comparativamente modesta Tenda Brasil. E

aí fizemos um show para não sei quantas milharesde pessoas, que – para meu espanto – cantaram jun-

to com a gente a maioria das músicas que tocamos.Saímos daquele palco em estado de graça. De volta

ao nosso camarim – container, encontramos com acúpula da Som Livre e ali mesmo combinamos a

assinatura do contrato para um CD/DVD baseadonaquele show. Em junho de 2001 subimos ao palco

do Teatro Mars, em São Paulo, e gravamos o DVDcom a mesma formação e o mesmo repertório que

haviam sido apresentados no Rock’n’Rio. Dali par-timos pros Canecões e que tais da vida, felizes de

novo em trio. O Zé então era só sorrisos, caindo naestrada depois de uns bons vinte anos de enges-

samento publicitário. Não havia uma só entrevistaem que ele não dissesse em alto e bom som que se

arrependia de ter saído em 1973, depois da grava-ção do Terra para seguir uma carreira solo, na qual

aliás alcançou grande sucesso popular, mas - segun-do ele mesmo - pouca satisfação musical. E lá está-

vamos nós enfim Outra Vez na Estrada com o CD/DVD que traria de volta, depois de 26 anos de se-

paração, o trio Sá, Rodrix & Guarabyra. Era onosso sonho revivido.

Para uma nova fase musical, nada

melhor que um novo instrumento e lá fui eu

Teodoro Sampaio (a rua da música em Sampa)

afora atrás de um outro violão.

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B&C Speakers Brasil ...................... (51) 3348-1632 .............. www.bcspeakers.com ................................................................................ 14

Conapromusic ............................................................................................................................................................................................. 08

CSR ............................................... (11) 2711-3244 .............. www.csr.com.br ................................................................................ 10 e 11

Decomac ...................................... (11) 3333-3174 .............. www.decomac.com.br .............................................................. 05, 17 e 29

EAS América ................................. (11) 98046-6679 ........... www.easamerica.com ................................................................................ 25

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Projet Gobos ................................ (11) 3675-9447 .............. www.projetgobos.com.br .......................................................................... 35

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