revista direcional escolas edição 103 – novembro/2014

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D I R E C I O N A L E S C O L A S ano 10 | Novembro 2014 www.direcionalescolas.com.br edição nº 103

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ano 10 | Novembro 2014 www.direcionalescolas.com.br

edição nº 103

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Caro diretor

Alex Santos & paula de pierrodiretores

Globalização. Modernidade. Reconstrução.

A universalização, como processo in-trínseco em ambientes notórios como a cultura, economia e sociedade, de-notam esses três fatores citados como pilares de nossa sociedade atual.

O espaço educacional ganha no-toriedade através de sua reflexão, discussão e formação de cidadãos protagonistas de uma nova realidade. As mudanças educacionais já come-çam a transmitir uma nova concepção em diversos planos já estabelecidos, como metodologia, ensino-apren-dizagem, avaliação e conceitos.Estabelecer um caminho a ser traça-do para garantir o desenvolvimento e a excelência não é tarefa fácil, já que estamos enraizados em modos tradicionais de ensino. Mas por ou-tro lado, conseguimos visualizar mu-danças significativas nas pesquisas.

De acordo com a publicação Education at a Glance 2014 (estudo anual que apresenta dados sobre a estrutura, o financiamento e o de-sempenho de sistemas educacionais de 34 países), da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o brasil é des-

taque em escolarização. Os dados apontam que entre 2005 e 2012, as matrículas de crianças de quatro anos de idade no país aumentaram aproximadamente 24 pontos percen-tuais, atingindo 61% de cobertura. “Os números do brasil na pesquisa do OCDE mostram que o País tem feito um esforço significativo no sentido de ampliar investimento”, destaca o ministro de Educação, Henrique Paim, em entrevista.

Observar o crescimento dessas mu-danças é uma forma de acreditar na expansão do conhecimento, seguir os passos da excelência e fortalecer a aprendizagem a ponto de construir jovens atuantes, críticos e embasa-dos. A educação é, portanto, a cha-ve para os diversos enfrentamentos políticos, sociais e culturais. Através dela, as relações interpessoais são estabelecidas, a informação é pro-pagada, as diferenças são respeita-das e o grande ciclo social é reforçado.

O caminho para a excelência é lon-go, mas acreditamos que com um sistema de ensino adequado, meto -dologia pedagógica reestruturada e aproximação do universo vir tual do aluno e com uma boa gestão escolar é possível ultrapassar desa-fios e garantir resultados positivos.

EdITORIALdiretores

Alex Santos & Paula De Pierro

Público

Diretores e Compradores

Periodicidade: Mensalexceto Junho / JulhoDezembro / Janeiro cujaperiodicidade é bimestral

tiragem 20.000 exemplares

jornalista Responsável

Rafael Pinheiro [email protected] 0076782/SP

Circulação

Estado de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais

Design Gráfi coStudio5

direção de arte

Felipe Martyn

Produção Gráfi caThiago FunariNatalia Sayuri Melo

departamento Comercial

Alex Santos - [email protected] De Pierro - [email protected]

atendimento ao Cliente

Gustavo De Pierro

impressão

Prol Gráfi ca

Para anunciar, ligue:

(11) 3881-3260 / 3881-3375

Disribuição gratuita - Venda Proibida

Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, sujeitando os infratores às penalidades legais.

As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da revista Direcional Escolas.

A revista Direcional Escolas não se res ponsabiliza por serviços, produtos e imagens publicados pelos anun ciantes.

Rua Vergueiro, 2.556 - 3º andar - cj.31CEP 04102-000 - São Paulo-SPTels.: (11) 3881-3260 / 3881-3375faleconosco@direcionalescolas.com.brwww.direcionalescolas.com.br

Tiragem de 20.000 exemplares auditada pela Fundação Vanzolini, cujo atestado de tiragem está à disposição dos interessados.

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Nesta Edição:18.

Gestão Administrativa:caminho para a excelência educacional

Conversa com o Gestor

22.Móveis para a Sala de Aula:funcionalidade, Conforto e Segurança

dica: móveis escolares

24.Dislexia e os impactos na vivência escolardica: dislexia

26.Reconstruindo a prática pedagógicadica: sistemas de ensino

27.Recordação Escolar(EVA, tNt, Cartolina, tintas Especiais, etc.)

Fique de olho

Coluna - Reinaldo domingos16.Educação financeira começa com a mudança do professor

12.Natação na Escola. Oportunidade para o negócio

Coluna - Gustavo Borges

14.Acessibilidade e Educação são direitos de todos

Coluna - mara Gabrilli

10.Meninos e Meninas aprendem de forma diferente?

Coluna - Christian Coelho

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O IDEAL E O REAL

Artigo da Suelly NercessianCorradini sobre as deficiências do sistema de ensino brasileiro.

ROLEZINHO: NÓS VAMOS INVADIR SEU SHOPPING

Um excelente artigo de opinião do Caleb Salomão sobre um dos acontecimentos marcantes de 2014.

www.direcionalescolas .com .brNO SItE DA DIRECIONAL ESCOLAS, VOCê ENCONtRA GRANDE ACERVO DE

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Noções importantes para a boa escolha de quadros e lousas que equipam as salas de aula.

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Christian Rocha Coelho é especialista

em andragogia e diretor de planeja-

mento da maior empresa de gestão,

pesquisa e comunicação pedagógica

do Brasil, a Rabbit Partnership.

O Colunista

COLUNA / CHRISTIAN COELHO

s estratégias de apren-dizagem também devem levar em consideração o gênero dos alunos. Deixo

claro que o assunto em questão está relacionado ao gênero (masculino ou feminino) e não a orientação sexual (heterossexual, homossexual ou bis-sexual). Enquanto os homens caça-vam, as mulheres cuidavam da prole, da alimentação e cuidados do grupo.

Vem dessas tarefas dos nossos ances-trais boa parte das explicações so-bre as diferenças comportamentais. Hoje já se sabe que os motivos vão além. Um estudo realizado pela Universidade da Pensilvânia indica que as diferenças comportamentais e de personalidade ocorrem devido à orientação das sinapses*.

O homem tem ênfase maior na co-nexão de neurônios entre o mesmo hemisfério cerebral. As mulheres, por sua vez, têm maior conectividade en-

tre um hemisfério e outro. Por essa razão, as habilidades cognitivas dos gêneros são diferentes: o homem tem mais facilidade em se orientar, lateralidade e medição, enquanto a mulher uma predisposição em possuir melhor memorização e sociabiliza-ção. Os meninos e meninas serão ao longo da vida tratados por meio de códigos sociais e comportamentais preestabelecidos de acordo com o seu gênero. Meninos não usam rosa, não choram, não têm medo, não po-dem dançar e as meninas cuidam da casa, brincam de boneca e devem casar e ter filhos.

Esta aprendizagem é constantemente feita pelos pais, familiares, amigos e educadores e, ao longo do tem-po, se fixa no cérebro em formação. O papel dos educadores é quebrar estes paradigmas e evitar o nasci-mento de pessoas preconceituosas. Comece esquecendo as regras e mo-delos institucionalizados.

Curiosidades- As mulheres que tomam pílula anti-concepcional por muito tempo, têm um padrão de memória muito pareci-do com o do homem, que se lembra do evento principal e não observa os detalhes. Isto se deve a inibição dos hormônios sexuais progesterona e es-trogênio, que previnem a gravidez e que também estão ligados à memória dos detalhes.

- As mulheres enxergam mais cores que os homens. O cromosso x deter-mina a quantidade de células fotorre-ceptoras, responsáveis pelo processa-mento das cores. Como as mulheres carregam dois cromossomos x e os homens apenas um, é natural que elas tenham mais facilidade para diferen-ciar cores.

- 20% do que respiramos é utilizado somente pelo cérebro. Existem em um sistema nervoso cerca de 100 milhões de neurônios que podem receber em uma fração de segundo até um bilhão de sinapses cada.

MENINOS E MENINAS ApRENdEM

dE fORMA dIfERENTE?

A

*os neurônios se comunicam entre si através de impulsos elétricos e químicos

conhecidos como sinapses que ocorrem nos espaços existentes entre os neurô-

nios. esses impulsos somente acontecem quando os neurônios e as células nervo-

sas liberam substâncias químicas (neurotransmissores) específicas.

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atividade física e do esporte são dois conteúdos curricu-lares da escola que ocupam papel fundamental no desen-

volvimento dos alunos. De modo geral, são inseridos na grade curricular atra-vés da disciplina Educação física ou oferecidos como atividade extracurri-cular opcional, em horário alternativo. Cada atividade desenvolvida na escola possui características que estimulam de forma específica o desenvolvimento do aluno. Entretanto, as atividades aquáti-cas, em especial a natação, ocupam um papel diferenciado nesse contexto dada a especificidade do estímulo que o meio líquido proporciona para o desenvolvi-mento físico e cognitivo, que dificilmen-te é observada em outras atividades. Além da atividade física na água como conteúdo educacional, num país de clima quente praticamente o ano todo e com uma costa bastante vasta, nadar torna-se mais do que uma ferramenta de desenvol-vimento educacional, mas uma questão de sobrevivência. Diante deste cenário e, reconhecendo de forma crescente a impor-tância da natação para o desenvolvimento geral dos alunos, as escolas tem cada vez mais buscado oferecer a natação como conteúdo educacional, seja nas aulas de Educação física ou como prática comple-mentar através das aulas extracurriculares. Isso tem imposto desafios tanto para as escolas, através dos seus gestores quanto para educadores, no sentido de estarem preparados estruturalmente e devidamen-te capacitados para lidar com os desafios que envolvem manter esta atividade na es-cola com a devida qualidade e segurança. quais as vantagens e benefícios que a natação realizada na escola pode

A

a metodologia Gustavo Borges conta com

uma equipe de profissionais especializados em natação. liderada pelo ex alteta olímpico

Gustavo Borges, desenvolve uma proposta

de ensino incluindo soluções para operação

aquática de escolas,clubes e academias.

O Colunista

trazer para os alunos? De que forma a escola precisa se preparar para ofe-recer um serviço realmente de quali-dade e seguro para os seus alunos? Listamos abaixo alguns dos itens impor-tantes para ajudar a direcionar a decisão dos gestores em relação ao trabalho com a natação na escola:

Atividade motora única: Prática cor-poral que permite estimular percepções e vivências de habilidades únicas que co-laboram com o desenvolvimento motor e cognitivo do aluno.

Atividade em ambiente totalmente

educacional: O aluno está imerso em um ambiente com foco no desenvolvimen-to educacional cujo aprendizado se dá de forma mais fácil e integrada com outras disciplinas e conteúdos dentro da mesma filosofia.

Cooperação e sociabilização:

Contribui fortemente para o desenvolvi-mento sócio afetivo e de cooperação entre os alunos dado o ambiente lúdico e desa-fiador que é água.

Tudo no mesmo local: facilidade de realização da atividade sem a necessi-dade de correr riscos com deslocamentos para outros estabelecimentos.

Há escolas que contratam empresas es-pecializadas na gestão da área aquática e que, assim, profissionalizam o trabalho gerando mais qualidade e segurança.

COLUNA / GUSTAvO BORGES

NATAÇÃO NA ESCOLA.

OpORTUNIdAdE pARA

O NEGÓCIO.

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COLUNA / MARA GABRILLI

ACESSIBILIdAdE E

EdUCAÇÃO SÃO

dIREITOS dE TOdOSpós mais de 60 anos, fi-nalmente, um deputado cadeirante poderá dis-cursar direto da Mesa

Diretora do plenário da Câmara dos Deputados, que depois de uma ampla reforma tornou-se acessível. O es-paço, que tive a honra de inaugurar presidindo uma sessão, é um marco para a luta dos mais de 45 milhões de brasileiros com deficiência, que foram colocados à margem, inclusive, do cenário político. Espera-se que a acessibilidade na Casa sirva de es-pelho para que as políticas públicas e os projetos pensados ali contem-plem a diversidade humana. Afinal, o brasil é signatário da Convenção da ONU sobre os direitos da pes-soa com deficiência. E nada mais coerente que o cumprimento des-ta emane do órgão que a aprovou.

Apenas 19% das escolas de ensino básico são acessíveis. Como espe-rar que outras políticas, como a de empregabilidade, mobilidade, lazer e cultura, funcionem como o espera-do se o cidadão com deficiência é muitas vezes sucumbido a um futuro sem o direito à educação? A aces-sibilidade não pode ser vista como tema de um segmento isolado. Ela faz parte de um imenso guarda-chu-va que diz respeito ao direito de ir e vir e de existir. E precisa ser cobra-da pela sociedade. Políticos eleitos e reeleitos precisam mudar seu olhar de como fazem políticas públicas.

Como deputada, um de meus com-promissos têm sido fazer com que parlamentares entendam a dimensão da acessibilidade. A Lei brasileira da Inclusão (LbI) prevê mudanças impor-tantes em áreas fundamentais, inclu-

mara Gabrilli, 46 anos, é publicitária,

psicóloga, foi secretária da Pessoa com

Deficiência da Prefeitura de São Paulo, vereadora na Câmara municipal de são

Paulo e atualmente é deputada Federal.

empreendedora social, fundou em 1997 o

instituto mara Gabrilli, oNG que apoia

atletas com deficiência, promove o Dese -

nho Universal e fomenta pesquisas científi-

cas e projetos sociais.

A Colunista

sive, da educação, como a oferta de auxiliares de vida escolar aos alunos e a detenção de 1 a 3 anos, além de multa, para quem recusar, suspender ou cobrar valores adicionais de um aluno com deficiência. Esta pena será agravada em caso de menores de 18 anos. No ensino superior, vamos tra-balhar pela reserva de no mínimo 10% de vagas em cursos de educação pro-fissional, cursos de graduação e pós-graduação e também pela obrigação das universidades oferecerem conteú-dos relacionadas à pessoa com defici-ência em seus respectivos campos de conhecimento. Como relatora, duran-te um semestre inteiro, abri o projeto para consulta pública e inúmeras audi-ências realizadas em todo o país. As pessoas foram ouvidas e seus anseios foram colocados na redação do PL.

Agora, temos a missão de fazer com que o projeto seja votado e saia do papel. Mas este não deve ser ape-nas função do legislador, o eleitor também tem papel fundamental no processo. Cobre do seu representan-te que postura ele tomará quanto à LbI e as políticas de mobilidade ur-bana e acessibilidade de sua cida-de. A construção de um país mais inclusivo depende de todos nós.

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Cré

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COLUNA / REINALdO dOMINGOS

odo profissional da área educacional sabe da importância de novos

conhecimentos para formar uma sociedade mais consciente e sus-tentável. Um tema que tem grande importância hoje para todos é edu-cação financeira, pois ele que es-tabelece o caminho para alcançar esse objetivo. Então, quem melhor do que os professores para trans-mitir esse conhecimento e atingir diversos públicos de uma só vez?

Contudo, é importante ter em mente que para disseminar esse tema os educadores também de-vem se capacitar, ou seja, fazem um curso sobre o assunto. Afinal de contas, não há como se ensi-nar algo que não se aprendeu.

Como o processo é comportamen-tal, os professores passam a enten-der que é preciso uma mudança de hábitos e costumes em relação às finanças pessoais, conseguida a partir de quaro passos: diagnos-ticar, sonhar, orçar e poupar (que baseiam a Metodologia DSOP, presente já em mais de 1300 ins-tituições do ensino básico, priva-das e públicas, em todo o país).

O primeiro se baseia na ideia de que é preciso saber exatamente quanto se ganha e para onde vai cada centavo do seu dinheiro, fa-zendo um diagnóstico financeiro. A pessoa passa a anotar todas as despesas, separando-as por tipo

Reinaldo Domingos, educador financeiro,

presidente da dsoP de educação Finan-

ceira e da editora dsoP, autor dos livros

terapia Financeira, eu mereço ter dinhei-

ro, ter dinheiro não tem segredo, livre-se

das dívidas, da primeira Coleção didáti-

ca de educação Financeira no ensino Bá-

sico, e das séries infantis o menino e o

dinheiro e o menino do dinheiro, todos

pela editora dsoP.

O Colunista

(restaurante, combustível, gulosei-ma), até mesmo os pequenos va-lores, como gorjetas e cafezinhos.

tendo esses números em mãos, é possível ir para o segundo passo, ou seja, ter sonhos, no mínimo três – um de curto (até um ano), um de médio (de um a dez anos) e outro de longo prazo (acima de dez anos) –, sabendo quanto custam e quanto poderá poupar mensalmente para cada um, para descobrir em quan-to tempo conseguirá realizá-los.

É essencial ter esse planejamento, para que o resultado do processo da educação financeira seja o espera-do. Dessa forma, a pessoa já está pronta para o terceiro passo, que é realizar um novo tipo de orçamento (e não aquele que a maioria está acos-tumada): em vez de fazer Ganhos (-) Gastos = Lucro ou Prejuízo, a proposta é fazer Ganhos (-) Sonhos (-) Gastos.

Dessa forma, os sonhos são prio-rizados – garantindo mais realiza-ções de vida – e os gastos serão adequados ao que sobrar, evitan-do viver fora do padrão de vida.

Para fechar o ciclo, é preciso, então, seguir o quarto e último passo: pou-par. A partir do momento que apren-dem e passam a aplicar no seu dia a dia, vendo na prática as melho-rias que esse novo comportamento traz, começam a perceber que, na grande parte das vezes, com plane-jamento, é possível viver melhor e

ter mais realizações com o salário que se ganha, basta saber adminis-trar e utilizar melhor o dinheiro que se ganha. Com tantos benefícios na própria vida, o professor conse-gue passar a ideia aos alunos, que, já no ensino infantil até o médio, aprendem a importância de se prio-rizar os sonhos ao invés das despe-sas, anotar os gastos diários, saber qual o valor desses sonhos, quanto conseguirão guardar por mês e, cla-ro, como poupar para realizá-los.

Com estudantes e professores edu-cados financeiramente, sem dú-vida nenhuma, as famílias deles também estarão em contato com o tema, aplicando em suas vidas, e elas, por sua vez, darão o exem-plo aos seus amigos e familiares, disseminando o conhecimento.

Assim, fica muito mais fácil e natural formar uma nova geração de consumi-dores conscientes, mudando o cenário de endividamento e inadimplência.

T

EdUCAÇÃO fINANCEIRA COMEÇA COM

A MUdANÇA dO pROfESSOR

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os desafios administrativos embarcam em novas estratégias,

planejamentos e metodologias. Buscando excelência e resultados positivos, os processos intrínsecos compõem objetivos

pedagógicos, econômico-financeiros, responsabilidades,

compromissos e ações no completo âmbito escolar.

CONvERSA COM O GESTOR

Gestão Administrativa: caminhos para a excelência educacional

texto por: Rafael Pinheiro | Fotos cedidas pelo colégio entrevistado

““

Alunos do Elvira brandão em momento de recreação

p rojetos, planejamen-tos, estratégias, resolu-ções, melhorias. Essas

plavras-chave ganham uma no-toriedade imensurável quando o assunto é gestão administrativa. O desenvolvimento plural e signifi-cativo está alicerçado no diagnósti-co, na proposição de metas, iden-tificação e planejamento de ações a serem utilizadas e na resolução. Constuindo, assim, uma força motriz de trabalho. Gerando, sem dúvida alguma, resultados satisfatórios.

Compreender uma instituição de ensino com alto nível de adminis-tração, mantendo a escola dentro das normas do sistema educacio-nal, seguindo portarias e instruções; valorização da qualidade do ensi-no, supervisão e a orientação pe-

dagógica, criando oportunidades de capacitação docente; e preocu-par-se com uma gestão pautada na democracia, interagindo ativamen-te com pais e alunos, não é tare-fa fácil, já que existem, hoje, uma gama gigantesca de setores in-ternos no campo educacional.

Dentre os principais projetos que possam auxiliam ou até mesmo nor-tear todas as ações de uma esco-la, construído como um instrumen-to indispensável para uma gestão durável, transparente, objetiva e repleta de missões embasadas, é o PPP – Projeto Político-Pedagógico.

O PPP é uma ferramenta útil e utili-zada em diversas escolas, contendo informações relevantes, perspecti-vas inovadoras, diálogos constru-tivos e as diretrizes que a gestão

institucional percorrerá. Este projeto viabiliza algumas práticas, como: definição da missão, definição da clientela, levantamento dos dados sobre aprendizagem, estudo do re-lacionamento com as famílias, pes-quisa sobre os recursos, estabele-cimento de diretrizes pedagógicas e elaboração do plano de ação.

Produzir este projeto, principalmente no início do ano letivo, é uma for-ma de pensar (e consequentemente realizar) uma educação que trans-cenda as relações internalizadas entre professor-aluno e desembarque na pluralidade do ato pedagógico em si, carregado de implicações sociais e compromissos, destacan-do-se pela formação de um cidadão e todos os questionamentos, solu-ções e descobertas que uma evolu-ção pedagógica pode propiciar.

O Projeto Político-Pedagógico, no entanto, deve ser adequado às alte-rações e reformulações, moldando, sempre que necessário, a necessida-de do aluno e suas devidas implica-ções. A implantação desse projeto implica não só no desenvolvimento estudantil do aluno, mas no progresso intrínseco da instituição escolar, seu envolvimento e comprometimento.

Além do PPP, outros rumos (e tam-bém sugestões) seguem o fluxo rumo a excelência. Mauro Galasso,

fachada e Entrada do Colégio Elvira brandão, em São Paulo.

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19consultor para pequenas e médias empresas nas áreas de administra-ção, marketing, vendas e gestão de equipes, além de professor univer-sitário, acredita na administração de empresas através de três pila-res: logística, marketing e vendas.

“Pensando em escolas, acredito que primeiro devemos entender quais atividades representam a logística (recepção de alunos, estrutura do prédio, alimentação, quantidade de professores), quais são encara-das como marketing (calendário de aulas, eventos com alunos du-rante o ano, comunicação interna e externa) e ainda onde podem acontecer as vendas (melhor mo-mento para falar de matrículas, uniformes, listas de materiais, even-tos com os pais)”, afirma Galasso.

Estabelecer certos parâmetros e co-municação ativa entre os diversos se-tores que compõem a administração é uma forma de garantir métodos eficazes e com resultados aparen-tes. Interligando as diversas áreas e diagnosticando casos e proble-matizações, o plano de ação é ra-pidamente acionado, contribuindo fortemente com as metas e missões.

“Uma vez estabelecidos os objetivos e responsabilidades, cabe execu-tá-los. Para isso, a instituição deve contar com profissionais capacitados em suas respectivas áreas, bem como dispor de um sistema de informações que permanentemente oriente os ges-tores se as decisões e ações estão trazendo os resultados esperados.

A participação de todos os respon-sáveis e a clareza e transparência na comunicação e nas informações completam os requisitos de uma boa gestão que atinge os objetivos e traz resultados para a instituição”, diz Milton dos Santos, consultor e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC).

O colégio Elvira brandão, localizado na região sul de São Paulo, utiliza um planejamento específico para conectar áreas administrativas e pro-mover resultados positivos. “As áre-as administrativas são interligadas

naturalmente, pois não é possível, no cenário atual, que um proces-so comece e termine em si mesmo, sem o envolvimento de outras áreas. Ainda que uma atividade seja fei-ta dessa forma, ela faz parte de um macroambiente que só exis-te por ser justamente uma soma de recursos humanos e de infra-estrutura”, ressalta Maria Ester Ceccantini, diretora pedagógica.

SIStEMA fINANCEIRO

EM EVIDêNCIA

Alinhando o setor financeiro com práticas administrativas é uma pos-sibilidade relevante em visualizar calendários, modelar valores e per-ceber gastos e lucros. É importante ressaltar que os objetivos peda-gógicos e econômico-financeiros são complementares e interdepen-dentes e, juntos, trazem os melho-res resultados para a instituição.

“Enquanto os objetivos pedagógi-cos centram-se na missão da insti-tuição e a aproximam de seu públi-co-alvo, buscando sua satisfação, os objetivos econômico-financei-ros buscam garantir a sobrevivên-cia e crescimento da instituição”, destaca Milton dos Santos, con-sultor e professor acadêmico.

A planilha de custos é, portanto, a ferramenta necessária do pla-nejamento estratégico, onde fica claro a contribuição e responsabi-lidade de cada área da instituição. Segundo bel Urbano Gama, di-retora de uma empresa especia-lizada em contabilidade para escolas, a planilha de custo é ela-borada anualmente e os setores financeiro e administrativo devem estar completamente interligado.

Nas pequenas e médias escolas estes setores são geralmente ge-ridos pela mesma pessoa. “A pla-nilha de custo não serve apenas para mostrar o preço (anuidade escolar), mostra também uma infi-

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20nidade de valores, por exemplo: Provisões mensais - férias, 13º salá-rio, PLR, Rescisões, Semestralidade, Inadimplência; Verificação dos gas-tos individualizados por conta (se a escola mantém uma folha de paga-mento compatível com as receitas); Limite de descontos e limite de bol-sas – política de descontos e bol-sas de estudos obrigatórias para os filhos de empregados”, afirma bel.

O consultor Mauro Galasso indica a necessidade em acompanhar pos-síveis elevações de gastos ou baixa de faturamento, que de alguma ma-neira afetaria as metas definidas. “O importante é esclarecer que o setor financeiro serve como moni-toramento dos planos de marketing (atração de alunos) em consonân-cia com o plano pedagógico (re-tenção de alunos), ambos já defini-dos no planejamento estratégico. Ele não deve engessar as atividades, mas sim aguçar caminhos que nos le-vem ao atendimento dessas metas”.

Segundo Milton, a previsão orçamen-tária é um dos instrumentos do plane-jamento estratégico. Sua contribuição é traduzir em números os resultados que devem ser atingidos, facilitando sua compreensão e permitindo esta-belecer indicadores de desempenho que orientem as decisões e ações de cada área e pessoa da instituição.

REfORMULAçãO

NECESSÁRIA

O advento tecnológico, as transfor-mações metodológicas, as novas práticas pedagógicas e as altera-ções constantes nos objetivos dos alunos constroem, em nossa reali-dade, uma perspectiva ampla – e diferente, em relação às formas tra-dicionais estabelecidas. Inserido nesse contexto, toda e qualquer re-formulação educacional, que susten-te uma carga positiva é relevante. “Com a chegada dos investimentos de grupos estrangeiros ligados, prin-cipalmente, à educação universitária, vem mudando nossa maneira de ver

as escolas. Esse setor que ficou tan-tos anos sem influência corporativa, agora ganha ares de negócio e ge-ram concorrência”, afirma Galasso. Proporcionar uma reformulação edu-cacional, tanto na gestão como na didática, é uma maneira de acredi-tar e compreender os caminhos ne-cessários para uma evolução latente. E ultrapassar os obstáculos e (re)aprender a se adaptar funcionam como incentivo pra o crescimento profissional particular e coletivo. “O processo de mudança é inevitá-vel e mesmo que ocorram atrasos ou dificuldades, quem não se adap-tar ficará fora do mercado, mais cedo ou mais tarde”, finaliza Milton.

SAIBA MAIS

COLÉGIO ELVIRA bRANDãO [email protected]

MAURO GALASSO [email protected]

bEL URbANO [email protected]

ALAN bARbOSA [email protected]

biblioteca e espaço de leitura, no Colégio Elvira brandão.

A informática é parte das atividades dos alunos

Professor e alunos possuem instalações modernas para suas atividades

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Móveis para a Sala de Aula:

funcionalidade, Conforto e Segurança

dICA: MÓvEIS ESCOLARES

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estrutura física escolar é um dos requisitos básicos para uma boa prática de ensino. Os espaços, as dis-

posições dos móveis e as funcio-nalidades embutidas nas áreas de uma escola permitem facilidades, conforto físico e psicológico, in-fluenciando diretamente no rendi-mento da aprendizagem do aluno.

Os móveis escolares, especifica-mente nas salas de aula merecem atenção especial. Móveis bem pro-jetados de acordo com as normas técnicas e praticidades para atender os perfis de cada faixa etária de es-tudantes são importantes elementos de apoio no processo de ensino.

O planejamento do mobiliário deve ser minucioso, atentando-se a diversas questões. A Dra. fernanda Misevicius, especialista em Direito Educacional, afirma que “a sala de aula deve ser objeto de atenção para os gestores escolares. Isso porque as caracterís-ticas do local onde o aluno realizará seus estudos está diretamente ligada, não só à qualidade do processo ensi-no-aprendizagem, mas também à saú-de dos alunos e professores. Desse modo, existem normas que determi-

nam condições mínimas para as sa-las de aulas”. Segundo a especialista, essas normas são expedidas normal-mente pelas Secretarias de Saúde e podem variar de Estado para Estado.

A Resolução da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo determina-se que: a dimensão mínima da sala de aula dever ser de 20m2; o núme-ro de aluno por sala de aula deverá ser definido na proporção de 1 aluno por metro quadrado; é obrigatória a iluminação natural unilateral, prefe-rencialmente à esquerda (do aluno, que se encontra em frente à lousa); é obrigatória a existência de ilumi-nação artificial; a ventilação deve-rá ser, preferencialmente, cruzada.

Para aquisição e planejamento do mobiliário é necessário observar, principalmente, a dimensão entre me-sas e cadeiras e a relação entre a al-tura da superfície da mesa e a altura da superfície do assento. A dimensão mínima dos tampos de mesas deve ser considerada: o alcance dinâmico dos usuários, o espaço necessário para as tarefas a serem realizadas, incluin-do o material e o dimensionamento da matéria-prima. As mesas devem permitir agrupamento, dentro de cri-

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SAIBA MAIS

fERNANDA MISEVICIUS [email protected]

térios pedagógicos contemporâneos, que preveem a mobilidade dentro das salas de aula. Consequentemente, as dimensões dos tampos dos diversos padrões devem ser idênticas. A Dra. fernanda Misevicius ressalta a impor-tância às especificações para os di-versos espaços da escola e a estrutu-ra adequada para cada faixa etária.

“É muito importante atentar-se para a faixa etária dos alunos que os uti-lizaram. Crianças de 6 anos não po-dem, por exemplo, utilizar as mesmas mesas e cadeiras dos alunos de 15 anos. Caso a escola atenda diver-sas faixas etárias, deve pensar em uma estrutura que possibilite adap-tação do seu espaço. Um exemplo, que sempre gera dúvidas, são os banheiros. A escola deverá ter vasos sanitários maiores, para os adoles-centes, e menores, para as crianças”.

Os critérios de qualidade fortalecem três elementos essenciais: referentes ao usuário – ergonomia; referentes ao uso – pedagogia; e referentes a aspectos construtivos – tecnologia. Portanto, o móvel não pode manter as mesmas proporções nos diversos tamanhos. A resistência e a rigidez são fundamentais nas mesas e ca-deiras escolares, demonstrando um alto grau de segurança, principal-mente quando estiver em uso. Não podem, por exemplo, apresentar elementos facilmente removíveis.

Além das normas técnicas, é de suma importância garantir o conforto nos objetos, já que os alunos passam uma boa parte de seu tempo na escola. “O conforto dos móveis escolares é um fator determinante no planejamento de uma instituição de ensino, seja em razão das obrigações legais (as quais se não atendidas podem acarretar a não autorização de funcionamento ou a cassação da existente), seja em razão das questões mercadológicas. Instituições mais bem preparadas con-seguem se destacar em relação à con-corrência. É importante ressaltar que os móveis devem ser pensados estri-tamente para o conforto e bem estar dos alunos”, afirma Misevicius.Com um mercado mobiliário tão vasto, é possível planejar diversos tipos de salas de aula aliando funcionalidade,

conforto e até mesmo estética - seguin-do rigorosamente as normas impos-tas pelos órgãos regulamentadores. Não pensar apenas no designer dos móveis, mas o quão funcional, con-fortável e seguro será para o aluno.

fIQUE ATENTO

A Associação brasileira de Normas técnicas editou a NbR 14006 de 01/2008, norma que estabelece os requisitos mínimos, exclusivamente para o aluno individual, composto de mesa e cadeira, para instituições de ensino em todos os níveis, nos aspectos ergonômicos, de acaba-mento, identificação, estabilidade e resistência. “As medidas variam de acordo com o tipo de mobiliário e, principalmente, em razão da fai-xa etária do aluno. Assim, uma boa dica para saber se o mobiliário está de acordo é procurar a certifica-ção do Inmetro”, afirma Misevicius.

Para os efeitos desta norma, aplicam-se alguns termos e definições, como: aspectos ergonômicos – critérios es-senciais para o conforto, uso e segu-rança do aluno com o conjunto cadeira e mesa; carregamento funcional – en-saio de carregamento aplicado para causas esforços que simulam aqueles causados pelo seu uso normal; estabi-lidade – capacidade do móvel resistir a forças que favorecem o seu tom-bamento; usos indevidos aceitáveis – esforços que podem ocorrer quan-do o produto é utilizado de maneira diferente da proposta. Além das es-pecificidades, o mobiliário presente nos diversos espaços educativos, são classificados em três tipos distintos, comuns a qualquer ambiente escolar, como superfícies de trabalho e assen-tos; suportes de comunicação; e mobi-liário para guardar material escolar.

Cada ambiente necessita de um tipo de móvel para assegurar sua funcionalidade e garantir o máxi-mo de aproveitamento, respeitando sempre as normas determinadas.

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dICA: dISLEXIA

dISLEXIA E OS IMpACTOS

NA vIvêNCIA ESCOLAReducação, inserida em um contexto global de trocas de conhecimento, intera-ção e compreensão das

diferenças, visa a valorização de um ensino focado na heterogeneidade.

O ambiente escolar é a porta de en-trada do encontro (e da descoberta) do outro e suas relações, enrique-cendo as interações e as dinâmicas em grupo. No intrínseco convívio escolar, nascem as mais diferentes dificuldades em diversas situações. Sendo assim, é de suma importância acompanhar o progresso de cada aluno e constatar obstáculos que possam atrapalhar qualquer avanço.

O transtorno genético e hereditário da linguagem, conhecido como dis-lexia, é caracterizado pela dificulda-de em decodificar o estímulo escrito ou o símbolo gráfico. A dislexia, que possui uma origem neurobiológica, compromete a capacidade de apren-der a ler e escrever com fluência e de compreender um texto. Segundo a Associação brasileira de Dislexia, esse transtorno atinge de 0,5% a 17% da população mundial e pode atravessar a infância e persistir na vida adulta. O panorama atual das

instituições de ensino prevê uma sé-rie de metodologias pedagógicas, conteúdos, objetivos, organizações e funcionamentos que os portado-res de dislexia não acompanham.

Os alunos que conseguem resistir e driblar os modelos, exigências e as cobranças dos professores, podem encontrar as humilhações e as prá-ticas de bullying por outros alunos nas salas de aula, por apresentar essa dificuldade no aprendizado.tendo a compreensão da diferença como pano de fundo para uma ex-celência no ensino, um dos primeiros passos para o educador lidar com esse tipo de transtorno em sala de aula é identificar um aluno disléxico. “Devemos prestar atenção se a crian-ça apresenta atraso na fala, dificul-dades para nomear as coisas e pes-soas, para aprender rimas e cantigas.

Se quando alfabetizada manifestar ainda dificuldades para adquirir es-tas habilidades, demonstrando um atraso não esperado em relação aos seus pares”, explica a psicopedagoga clínica tânia freitas, especialista em distúrbios de leitura, escrita e disle-xia. No ensino fundamental, se a lei-tura não for fluente, sem modulações,

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SAIBA MAIStANIA fREItAS [email protected]

se apresentar vocalizações em leitu-ra silenciosa ou cometer trocas, por exemplo: “faca” por vaca; “tuparão” por tubarão; “cato” por gato; “juva” por chuva, etc., é preciso ficar atento.

“Já na escrita aparecem as dificulda-des na codificação: trocas (visuais e auditivas), migração e omissão de le-tras; aglutinação e separação de pala-vras; dificuldade para copiar de livros ou lousa. A criança se apresenta len-ta, se cansa rapidamente e demons-tra grande dificuldade para produzir um texto, não conseguindo organizar suas ideias e expressá-las por escri-to (sendo que oralmente desempenha bem esta atividade, sendo até muito criativa)”, destaca a psicopedagoga.

É necessário que o diagnóstico da dislexia seja precoce, se possível nos primeiros anos da educação in-fantil, envolvendo as crianças de 4 a 5 anos de idade. Uma criança que não automatiza a leitura, por exem-plo, apresenta deficiências em todo o seu processo de aprendizagem, e isto não significa apenas e meramente defasagem de conteúdo acadêmico, mas prejudica toda a sua evolução.

quando a dislexia não é diagnosti-cada na educação infantil, os distúr-bios ganham uma intensidade, apre-sentando perturbações emocionais e afetivas em crianças do ensino fun-damental, de 8 a 9 anos de idade. Segundo a especialista tânia freitas, a criança sofre diversas frustrações no “universo do aprender”, acarretan-do graves problemas afetivo-emocio-nais, como insegurança, baixa estima e dificuldades para se relacionar.

“Em nossa instituição de ensino, onde nem se identificam as competências e as habilidades do educando, o aluno perde as oportunidades de evoluir como poderia, tendo grandes pre-juízos em todos os aspectos de sua vida: acadêmico, pessoal, afetivo e social”. Um distúrbio de aprendiza-gem com caráter genético e heredi-tário como a dilexia não possui cura e o tratamento exige a participação de especialistas em várias áreas (pe-dagogia, fonoaudiologia, psicologia, etc.) para ajudar o portador de disle-xia a superar, na medida do possível,

o comprometimento no mecanismo da leitura e da expressão escrita. O fator primordial, dentro do processo de tratamento, é harmonizar a rela-ção entre escola, criança e família. A escola precisa demonstrar interes-se em adequar-se ao aluno, intera-gir com a equipe que está tratando da criança, no sentido de alterar rotinas, fazer avaliações orais, etc.

“A escola e a família podem e devem fazer parceria com o profissional, auxi-liando-o na escola e em casa. Os pais e a escola podem estimular o prazer pela leitura com os disléxicos, lendo com eles ou se preciso for, lendo para eles, apenas para descobrirem juntos o prazer de ler, o universo mágico da leitura. Desenvolver brincadeiras sim-ples, as quais estimulam a linguagem oral e habilidades fonológicas (como aquelas onde a criança diz palavras que comecem com o som ‘tal’, ou as brincadeiras de rima, estimular o há-bito de ouvir musiquinhas infantis e cantá-las, leitura de poemas, parlen-das e tantas outras brincadeiras que andam esquecidas...)”, afirma tânia.

Com o auxílio e estímulo no ambiente familiar, escolar e o acompanhamen-to psicopedagógico especializado, a criança disléxica consegue desenvol-ver sua habilidade de leitura/escrita. O tempo de tratamento depende de fatores como o grau da dislexia (leve, médio e severo – sendo o grau severo uma raridade) e de outros transtornos que podem coexistir associados à dis-lexia, como: transtorno e déficit de atenção e hiperatividade, alterações no processamento auditivo, discalcu-lia, disgrafia, disortografia, proble-mas afetivo-emocionais, entre outros.

Reconhecer as diferenças e apren-der a trabalhá-las em sala de aula é a chave para uma educação iguali-tária. Ensinar um aluno disléxico é um extenso convite ao seu universo particular, buscando (e criando) no-vos horizontes, panoramas, experi-ências e conquistas significativas.

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SAIBA MAISMARCELO DE [email protected]

panorama atual, composto por recursos avançados, faci-lidades tecnológicas e siste-mas modernos, compõem um cenário contemporâneo: a

utilização de novos métodos em todos os âmbitos, principalmente entre as re-lações sociais e culturais. E, nesse pro-cesso de reestruturação, a educação é um dos pilares dessa tranformação.

O sistema Uno Internacional, aliando as funcionalidades do tablet, bilin-guismo, capacitação dos professores e avaliações diferenciadas, foi desen-volvido no brasil e atualmente é utili-zado no México, envolvendo 130 mil alunos de 420 escolas. A proposta é diminuir a distância existente entre a pedagogia estruturada e a imersão tecnológica na qual os jovens vivem.

Hoje, podemos visualizar uma mu-dança significativa na área didáti-ca. Os diversos recursos, inovações e projetos educacionais pautados pela inserção em experiências tec-nológicas garantem resultados posi-tivos. “Acredito que as práticas que colocam os alunos como protagonis-tas em trabalhos colaborativos são as que criam mais significados no processo de ensino e aprendizado.

Neste contexto, a tecnologia pode conectar as pessoas, oferecer plata-formas de interação, tornar o proces-so mais dinâmico e atraentes para os nativos digitais”, afirma Marcelo de

freitas Lopes, coordenador tecnoló-gico. Segundo o especialista, o foco não deve ser na tecnologia e sim na relação professor e aluno, pois a tec-nologia deve ser encarada como um meio, não um fim. “A educação não pode ser baseada em simplesmen-te passar informação. O professor deve ajudar a gerenciar as informa-ções que estão disponíveis para os alunos aplicarem em uma situação real, ou pelo menos significativa”.

O interesse tecnológico no ensino é uma forma de reconstruir sua meto-dologia. Marcelo de freitas destaca, como transformação visível, a utiliza-ção de novos materiais pedagógicos digitais. “Está ocorrendo uma mudan-ça, mas ela é lenta, se comparado com a indústria de áudio e vídeo. Aos poucos o consumo de material impresso perde espaço para o digi-tal e o mais importante é o surgimen-to de materiais abertos e gratuitos”.

Observar as modificações nas práticas de ensino é uma forma de interligar desejos e dissemi-nar conhecimento de forma ampla e ilimitada, como a própria rede tecnológica propõe. E, com isso, com-preender que os sistemas tradicionais não conseguem suprir os anseios que os alunos procuram em sala de aula.

dICA: SISTEMAS dE ENSINO

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RECONSTRUINdO A pRÁTICA pEdAGÓGICA

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os produtos e serviços, que

facilitam o dia a dia

na manutenção e preservação

do ambiente escolar

são fatores utilitários, práticos

e possuem uma

ampla diversidade para

diversas áreas da instituição

fIQUE dE OLHORecordação Escolar (EvA, TNT, Cartolina, Tintas Especiais e etc)

R7 x MAIS REPRESENtAçõES - SANtA fÉ

fundada em 1965, a Indústria de feltros Santa fé busca aprimorar seus produtos, agregando-lhes valor por meio dos diversos serviços que presta. Aliando modernidade, qualidade e máxima eficiência, conquista credibilidade e concilia sua produção à necessidade do cliente. “Com os olhos no horizonte, a Santa fé tem investido na di-versificação de seus produtos, que podem fazer parte de tantos segmentos quanto a imaginação e a tecnologia permitirem”, destaca fernando Gavranich, representante comercial da empresa. tem em seu diferen-cial a fabricação de bobinas de 50 e 100 metros e atende toda a cadeia de varejo no segmento de tNt e feltro. A Santa fé dispo-nibiliza uma série de produtos, desde colori-dos e estampados a enchimento, forro, isolan-te térmico e proteção contra impacto e ruído.

Fale com a Santa Fé:

(11) 4114-2507 | (11)99903-9759 [email protected]

PAPEL tOYS

A Papel toys é uma empresa especia-lizada em atendimento a escolas com foco em materiais para artes, assim como em presentes para datas comemo-rativas, sempre com sugestões criativas e inovadoras.

O grande diferencial é um atendimento personalizado e pontualidade na entre -ga. Dentre os principais produtos, des-taque para embalagens em diversos mo-delos com aplicação do logo da escola, bolsa educador dobrável com aplica-ção de estampa, bolsa tiracolo em tNt resinado, bonés e bolas em E.V.A., ca-necas de louça com desenho ou foto, caderneta, chaveiros, cubo de acrílico porta retrato, squeeze com logo, porta lápis, sacola pet, entre outros.

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PIMENtA GRÁfICA

Há 15 anos no mercado, a Pimenta Gráfica oferece às escolas itens como agendas, folders e cadernos personalizados. Do pú-blico atendido pela Pimenta Gráfica, 90% são instituições escolares de diversos ní-veis, desde o berçário ao ensino médio. “Hoje, como diferencial, temos o compro-metimento com a qualidade, entrega e pre-ço justo com um atendimento diferenciado.

Além das impressoras off set, adquirimos agora uma impressora digital para aten-dermos tiragens pequenas e com a mes-ma qualidade”, destaca Sergio de Castro Pimenta, proprietário da empresa. Os prin-cipais produtos fornecidos são: agenda escolar, caderno, apostila, folders, folhe-to, pasta, envelope, recordação escolar, brindes comemorativos e institucionais.

Fale com a Pimenta Gráfica:

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bRINDES VISãO - O REI DO E.V.A.

A brindes Visão - O Rei do E.V.A. iniciou as atividades em 1981, como uma empre-sa de brindes diversos. Em 2001, a em-presa inaugurou a loja de varejo, situado no tatuapé: “Com o intuito de atender a necessidade dos clientes, ampliamos nos-so espaço físico e agregamos ao nosso catálogo de produtos segmentos úteis às escolas, professores e clientes em geral”, ressalta Rodrigo Monticelli, responsável pelo atendimento corporativo.

Dos principais produtos que O Rei do E.V.A. oferece, destaque para os painéis decorativos e temáticos para ambientes escolares, brinquedos pedagógicos, linha de cartolinas, modelos estampados, colo-ridos e com glitter; e os pisos/tatames de E.V.A., carro-chefe da empresa, produto de maior demanda pelas escolas.

Fale com O Rei do E.V.A:

(11) [email protected]

fACIOLI GRÁfICA

A facioli Gráfica, fundada em 1968, de-senvolve com criatividade diversos produ-tos voltados para a fotografia. tem como missão fotografar e transformar as fotos em belas recordações escolares. Segundo a diretora de criação e marketing Elaine bertoni, qualidade e criatividade são fa-tores inconfundíveis da empresa, além da pronta entrega, considerado um diferen-cial marcante da facioli.

Dos principais produtos que a gráfica disponibiliza, destaque para os diversos modelos de recordação escolar, formatu-ra, cartões de Natal, calendários, agenda escolar, presentes para datas comemorati-vas, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças, Dia dos professores, brindes para rematrículas, além de folders e pas-tas institucionais para escolas.

Fale com a Facioli:

(11) [email protected]

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29BRInDEs, FElTRo/TnT, laBoRaTÓRIo

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BrincadeirasTradicionais!

Mobiliario!´

TeatrodeFantoches!

Faz de

Conta!

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