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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA ORIGEM DA AUDITORIA CONTÁBIL E REFLEXOS DA AUDITORIA CONTÁB IL SOBRE O ATIVO IMOBILIZADO Por: Andrezza de Souza Diniz de Andrade ORIENTADOR Prof. Luciana Madeira Rio de Janeiro 2016 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

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  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

    AVM FACULDADE INTEGRADA

    ORIGEM DA AUDITORIA CONTÁBIL E REFLEXOS DA

    AUDITORIA CONTÁB IL SOBRE O ATIVO IMOBILIZADO

    Por: Andrezza de Souza Diniz de Andrade

    ORIENTADOR

    Prof. Luciana Madeira

    Rio de Janeiro

    2016

    DOCU

    MENT

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    OTEG

    IDO

    PELA

    LEID

    E DI

    REITO

    AUT

    ORAL

  • 2

    UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    AVM – FACULDADE INTEGRADA

    PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

    ORIGEM DA AUDITORIA CONTÁBIL E REFLEXOS

    DA AUDITORIA CONTÁBIL SOBRE O ATIVO

    IMOBILIZADO

    Apresentação de monografia à AVM Faculdade

    Integrada como requisito parcial para obtenção do

    grau de especialista em Auditoria e Controladoria

    Por: Andrezza de Souza Diniz de Andrade

    Rio de Janeiro

    2016

  • 3

    AGRADECIMENTOS

    Primeiramente a Deus, que me

    concedeu mais uma vez a

    oportunidade de estudar, aos meu pais

    por toda a força que me dera, até o

    termino.

  • 4

    DEDICATÓRIA

    Dedico esse trabalho aos meus pais.

  • 5

    RESUMO

    O objetivo deste trabalho é demonstrar a relevância do controle interno

    dentro das pequenas e médias empresas, ressaltando as vantagens e

    desvantagens no contexto das mesmas, detalhando sua função e os diversos

    tipos de controles existentes, tendo a auditoria interna como forte aliada na

    verificação e fiscalização destes controles internos. O trabalho procura

    descrever todo o arcabouço teórico com relação ao controle interno, como

    também, a descrição das etapas de implantação de um sistema de controle

    interno em uma pequena e média empresa. Proporcionar um melhor

    entendimento sobre o controle interno nestas empresas, trazendo uma visão a

    qual demonstra que as pequenas e médias empresas também podem

    implantar sistemas de controles internos os quais possam atender suas

    necessidades e que não ultrapassem seus limites financeiros, obedecendo

    sempre a relação custo/beneficio para estes sistemas. A metodologia utilizada

    neste trabalho compreendeu pesquisa bibliográfica que demonstra a aplicação

    do controle interno nas pequenas e médias empresas é realizada através de

    controles contábeis e administrativos, nos quais auxiliam a garantir a

    preservação do patrimônio. Relevar a importância de um ambiente favorável à

    implantação de um sistema de controle interno, pois sem a presença deste não

    será possível a implantação do mesmo de forma a atender às expectativas da

    empresa. Ao final, tomando-se por base o sistema de controle interno nas

    pequenas e médias empresas. Propõem-se neste trabalho que a nova visão

    estabelecida por estas proporcionará um futuro promissor a todas aquelas que

    utilizem desta ferramenta, trazendo maior crescimento e eficácia para as

    mesmas e, por consequência, o crescimento.

  • 6

    METODOLOGIA

    Este trabalho utiliza estudos bibliográficos. A fundamentação teórica foi

    elaborada através de pesquisas bibliográficas, subsidiadas em livros de

    auditoria e sites de órgãos contábeis nos últimos 32 anos. E os principais

    autores pesquisados foram: Willian Attie, nos temas: Conhecendo um pouco

    da Auditoria Interna, Importância da Auditoria Interna e Controle Interno na

    Empresa; Francisco José de Araújo, nos temas: Conhecendo um pouco da

    Auditoria Interna e Controle Interno na Empresa; Lopes de Sá, nos temas:

    Conhecendo um pouco da Auditoria Interna e Controle Interno na Empresa;

    Armando Gass, no tema: Importância da Auditoria Interna; Antônio Carlos Gil,

    no tema: Importância da Auditoria Interna; Marcelo Cavalcante Almeida, no

    tema: Controle Interno na Empresa; Wilson Alberto Zapa Hoog, no tema:

    Controle Interno na Empresa e Vitor Paulo Maesta, no tema: Controle Interno

    na Empresa.

  • 7

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO 08

    CAPÍTULO I - CONHECENDO UM POUCO

    DA AUDITORIA INTERNA 10

    CAPÍTULO II - IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA

    INTERNA 23

    CAPÍTULO III – CONTROLE INTERNO NA

    EMPRESA 29

    CONCLUSÃO 35

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36

    ÍNDICE 37

  • 8

    INTRODUÇÃO

    A auditoria interna é uma das mais importantes ferramentas para o

    controle administrativo de uma empresa. A ausência de controles adequados

    para empresas de estrutura complexa a expõe a inúmeros riscos, frequentes

    erros e desperdícios.

    A necessidade de as empresas aprimorar seus controles, reduzir

    custos, faz com que necessitem de um grande volume de recurso.

    O objetivo desse trabalho, é mostrar como se pode minimizar erros,

    riscos e desperdícios dentro de uma empresa.

    Com isso, usa-se a ferramenta da auditoria interna dentro das

    empresas.

    A auditoria interna vem sendo comentada desde 1949 no Brasil, logo

    que contadores identificaram sua ligação com controles internos e controles

    contábeis. Os autores que mais abordaram sobre auditoria e auditoria interna

    foi Willian Attie e Marcelo Almeida.

    A auditoria surgiu então da necessidade de confirmação por parte dos

    investidores e proprietários, dos valores retratados no patrimônio das

    empresas que possuíam ou as que pretendiam realizar seus investimentos.

    Dessa especialização surgiu uma ramificação que foi chamada de

    auditoria interna. A auditoria interna é a tarefa designada a avaliar de forma

    independente, dentro de uma entidade, os controles contábeis, financeiros e

    de outros tipos, no sentido de auxiliar a administração

    Segundo Almeida (1996), o controle interno representa em uma

    organização o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com os

    objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a

    administração na condução ordenada dos negócios da empresa.

    O mesmo diz, que conforme a expansão dos negócios sentiu a

    necessidade de dar maior atenção as normas ou aos procedimentos internos.

    Isso ocorreu do fato de que o administrador e, em alguns casos, o proprietário

    da empresa, não poderia supervisionar pessoalmente todas as suas

    atividades. No entanto, de nada valeria a implantação de quaisquer

  • 9

    procedimentos internos sem que houvesse um acompanhamento para verificar

    se os mesmos eram seguidos pelos empregados da empresa.

    No Capitulo I, iremos conhecer um pouco mais de como surgiu a

    auditoria. No Capitulo II, iremos abordar sobre a necessidade de as empresas

    investirem em desenvolvimento tecnológico, aprimorar seus controles, reduzir

    custos. E no Capitulo III, será abordado como funciona os controles internos, e

    a melhor forma de utilização dentro da empresa.

    Poderemos perceber no decorrer do trabalho, que não se tem uma

    organização bem sucedida sem um controle interno eficaz. Ainda mais uma

    com um grande volume de bens em seu imobilizado.

  • 10

    CAPÍTULO I

    CONHECENDO UM POUCO DA AUDITORIA

    INTERNA

    O CONCEITO

    A palavra Auditoria tem sua origem no latim, vem de "Audire", que

    significa ouvir. Segundo Aurélio Buarque de Holanda, Auditoria significa: Cargo

    de auditor, Lugar ou repartição onde o auditor exerce as suas funções e

    Contabilidade.

    Exame analítico e pericial que segue o desenvolvimento das

    operações contábeis, desde o início até o balanço; auditagem.

    É difícil precisar quando começa a história da auditoria, pois toda a

    pessoa que possuía a função de verificar a legitimidade dos fatos econômico-

    financeiros, prestando contas a um superior, pode ser considerada como

    auditor.

    Os imperadores romanos nomeavam altos funcionários que eram

    encarregados de supervisionar as operações financeiras de seus

    administradores provinciais e lhes prestar contas verbalmente. Na França, no

    século III, os barões tinham que realizar leitura pública das contas de seus

    domínios, na presença de funcionários designados pela Coroa. Na Inglaterra,

    por ato do Parlamento, o rei Eduardo I dava direito aos barões de nomear seus

    prepostos. Ele próprio mandou verificar as contas do testamento de sua

    falecida esposa. A aprovação desses auditores é atestada em um documento

    que constitui um dos primeiros relatórios de auditoria, denominado "probatur

    sobre as contas".

    No Brasil colonial, tínhamos a figura do juiz colonial, o olho do rei, que

    era destacado pela Coroa portuguesa para verificar o correto recolhimento dos

    tributos para o Tesouro, reprimindo e punindo fraudes.

  • 11

    O que podemos notar, em todos esses casos, é que a preocupação

    desses dirigentes era com a fraude.

    A Inglaterra, como dominadora dos mares e controladora do comércio

    mundial, foi quem mais desenvolveu a auditoria, pois possuía grandes

    companhias de comércio e instituía impostos sobre o lucro dessas empresas.

    Posteriormente, nas grandes empresas de transporte ferroviário foi

    também criado um corpo de fiscais denominado "travelling auditors" (auditores

    viajantes), que tinham a função de visitar as estações ferroviárias e assegurar

    que todo o produto da venda de passagens e de fretes de carga, estava

    adequadamente arrecadado e contabilizado.

    Após a fundação do The Institute of Internal Auditors, em New York, a

    auditoria interna passou a ser vista de maneira diferente. De um corpo de

    funcionários de linha, quase sempre subordinados a contabilidade, pouco a

    pouco, passaram a ter um enforque de controle administrativo, cujo objetivo

    era avaliar a eficácia e a efetividade da aplicação dos controles internos. O seu

    campo de ação funcional, foi estendido para todas as áreas da empresa, e,

    para garantir sua total independência, passou a ter subordinação direta à alta

    administração da organização.

    Podemos conceituar auditoria interna como um controle gerencial que

    funciona por meio de medição e avaliação da eficiência e eficácia de outros

    controles. Deve ser entendida como uma atividade de assessoramento à

    administração quanto ao desempenho das atribuições definidas para cada

    área da empresa, mediante as diretrizes políticas e objetivos por aqueles

    determinados. A auditoria interna cumpre um papel fundamental na empresa:

    subsidia o administrador com dados e informações tecnicamente elaborados,

    relativos às atividades para cujo acompanhamento e supervisão que este não

    tem condições de realizar.

    Não deve haver limitação, no âmbito da empresa, para atuação da

    auditoria interna. O auditor interno deve ter acesso a todas as áreas e

    informações, terreno no qual e para o qual desenvolverá seu trabalho.

    Naquelas áreas cuja tecnologia desconhece, no todo ou em parte, deve ele

  • 12

    assessorar-se de profissionais habilitados, a fim de entender o processo, para

    poder avaliá-lo e julgá-lo, possibilitando, assim, que seu relatório seja emitido

    corretamente. Podemos exemplificar esta condição com referência a um

    trabalho desenvolvido numa área de Produção. Neste caso, o auditor interno

    se assessorará de um engenheiro, qualificado tecnicamente para, quando

    solicitado e autorizado pela Diretoria, julgar determinada operação ou opinar

    sobre ela. Deve, ainda, prestar total apoio ao Conselho de Administração e

    ao Conselho Fiscal da entidade, bem como, se em empresa estatal, coordenar

    e controlar o atendimento ao Tribunal de Contas e aos órgãos de Controle

    Interno.

    Os sistemas de controle não se limitam às áreas contábil e financeira,

    mas englobam os planos da organização e todos os métodos usados para

    proteger seus ativos, verificar a exatidão e fidedignidade de suas informações

    contábeis, financeiras, administrativas e operacionais, e promover a eficiência

    e eficácia operacional, bem como estimular a observância de normas e

    diretrizes da administração, inclusive no âmbito das empresas controladas e

    coligadas. A função básica da auditoria interna, de assegurar o sistema de

    controle interno eficaz, não desobriga os executivos das responsabilidades de

    verificação e controle nos seus respectivos setores.

    1.1 – Evolução Histórica da Auditoria

    Em essência, a causa da evolução da auditoria, que é decorrente a

    evolução da contabilidade, foi a do desenvolvimento econômico dos países,

    síntese do crescimento das empresas e da expansão das atividades

    produtoras, gerando crescente complexidade na administração dos negócios e

    de praticas financeiras como uma força motriz para o desenvolvimento da

    economia de mercado.

    Não se sabe exatamente quando começa a história da auditoria, pois

    toda pessoa que possuía a função de verificar a legalidade dos fatos

    econômico-financeiros, prestando contas a um superior, pode ser considerado

    um auditor.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_de_Administra%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_Fiscalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tribunal_de_Contas_da_Uni%C3%A3o

  • 13

    O grande salto da auditoria se deu após a crise econômica americana

    de 1929. No início dos anos 30, é criado o famoso Comitê May, um grupo de

    trabalho instituído com a finalidade de estabelecer regras para as empresas

    que tivesses duas ações cotadas em bolsa, tornando obrigatória a Auditoria

    Contábil Independente nos demonstrativos financeiros dessas empresas.

    Esses auditores independentes no desenrolar de suas atividades,

    necessitavam ter acesso a informações e documentos que levassem ao

    conhecimento mais profundo e analises das diferentes contas e transações.

    Para tanto, foram designados funcionários da própria empresa. Estava lançada

    a semente da Auditoria Interna, pois os mesmos, com o decorrer do tempo,

    foram aprendendo e denominando as técnicas de Auditoria e utilizando-as em

    trabalhos solicitados pela própria administração da empresa.

    As empresas notaram que poderiam reduzir seus gastos com auditoria

    externa, se utilizassem melhor esses funcionários, criando um serviço de

    conferencia e revisão interna, continua e permanente, por um custo mais

    reduzido. Os auditores externos, também ganham com isso, pois puderam se

    dedicar exclusivamente ao seu principal objetivo que era o exame da situação

    econômico-financeira das empresas.

    Segundo Attie (1984), a profissão de Auditor data do século XVIII,

    onde alguns profissionais se autonomeavam contadores públicos executando,

    porém, um trabalho mais aprofundado do que aquele efetuado pelos

    contadores comuns.

    Conforme Araújo (1998), descreveu: O termo “auditor” surgiu e fins do

    século XIII, na Inglaterra, quando o rei Eduardo I, em 1285, mencionou o termo

    auditor, dizendo que, se as contas, por ele examinadas, não refletissem a

    realidade dos fatos, seu testemunho seria motivo de punição.

    O conceito tradicional do auditor interno está sendo, há muito,

    modificado pelas novas concepções de gestão empresarial que veem na

    auditoria interna um importante aliado na revisão das operações desenvolvidas

  • 14

    pelas áreas operacionais e de apoio. O momento não é mais de se procurar e

    apontar culpados. A necessidade cada vez mais crescente de uma auditoria de

    gestão exige da auditoria interna maior participação na estratégia da empresa,

    opinando com alternativas factíveis para o alcance das metas, se elas

    existirem.

    Sobre o assunto Sá (1993), afirma que auditoria é uma tecnologia

    contábil aplicada ao sistemático exame de registros, demonstrações e de

    quaisquer informes ou elementos de consideração contábil, visando a

    apresentar opiniões, conclusões, críticas e orientações sobre situações ou

    fenômenos patrimoniais de riqueza aziendal, pública ou privada, quer

    ocorridos, quer prospectados e diagnosticados.

    Para que a auditoria interna encontre ressonância na organização, é

    preciso que esteja firmemente apoiada, de um lado, na aceitação dos

    administradores e, de outro, na execução de um serviço que agregue valor ao

    negócio da empresa.

    1.2 – Objetivos da Auditoria Interna

    Embora, ainda hoje, as funções da Auditoria Interna não serem muito

    bem compreendidas pelos auditados de uma maneira geral, a mesma

    desempenha um importante papel no cenário empresarial, pois através de

    seus trabalhos e relatórios de reportes situacionais, com recomendações e

    sugestões os administradores podem gerir com maior eficiência a companhia.

    Conforme a Resolução CFC N° 986/03 - NBC T 12, O Conselho

    Federal de Contabilidade conceitua a Auditoria Interna:

  • 15

    O conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo examinar a

    integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações

    sobre aspectos físicos, contábeis, financeiros e operacionais da entidade.

    A função básica da Auditoria Interna, como já foi dito, consiste em

    prestar assistência especializada à administração superior da empresa. Para

    consecução desse objetivo, exige-se que a Auditoria Interna disponha de um

    corpo competente, incluindo, além da competência, a objetividade e conceito

    dos auditores internos.

    A Auditoria Interna tem por finalidade assessorar, orientar,

    acompanhar e avaliar os atos de gestão com o objetivo de assegurar:

    • A regularidade da gestão operacional, orçamentária, financeira,

    recursos humanos, suprimento de bens e serviços e patrimonial da Instituição,

    objetivando a eficiência e efetividade;

    • A regularidade das contas, a eficiência na aplicação dos recursos

    disponíveis, observando os princípios da legalidade, legitimidade e

    economicidade;

    • Aos ordenadores de despesas a orientação necessária para

    racionalizar a execução da receita e despesa, com vistas a aplicação regular e

    a utilização adequada de recursos e bens disponíveis;

    • Aos órgãos responsáveis pela administração, planejamento,

    orçamento e programação financeira, informações oportunas que permitam

    aperfeiçoar essas atividades;

    • O fiel cumprimento das leis, normas e regulamentos bem como a

    eficiência e a qualidade técnica dos controles contábeis, orçamentários,

  • 16

    financeiros e patrimoniais da Instituição;

    • A racionalização progressiva dos procedimentos da gestão

    operacional, orçamentária, financeira, recursos humanos, suprimento de bens

    e serviços e patrimonial da Instituição;

    • A interpretação de normas, instruções de procedimentos e a

    qualquer outro assunto no âmbito de sua competência ou atribuição.

    A Auditoria Interna, para atingir os objetivos acima expostos, necessita

    de uma estrutura que se fundamenta em dois manuais. Organização e

    procedimentos.

    É estabelecida normas para atuação da auditoria dentro da empresa e

    as diversas orientações quanto ao relacionamento com os demais setores,

    fundamentando-se em:

    a) definição da filosofia de atuação;

    b) objetivos da auditoria;

    c) flexibilidade dos princípios básicos; e

    d) confidencialidade.

    Os objetivos básicos da auditoria interna, como já foram comentados a

    acima, devem ser ponto importante, como:

    � Função da auditoria no campo de atuação:

    • Operacional

    • Contábil

    � Definição da atuação da auditoria sobre os seguintes itens:

  • 17

    • Controles operacionais, contábeis e financeiros;

    • Políticas, planos, procedimentos;

    • Normas da empresa;

    • Ativo da empresa;

    • Registros e informações gerados pelos diversos setores;

    • Definição de responsabilidade dos trabalhos de auditoria;

    • Identificação de subordinação hierárquica da auditoria;

    • Confiabilidade e independência que são pontos fundamentais

    para se obter resultados esperados na aplicação do programa

    de auditoria.

    .

    O Manual de Auditoria Interna – Auditoria Geral da UFMG 2° versão –

    Belo Horizonte 2013, estabelece as regras de atuação do auditor e

    basicamente deve conter:

    a) normas e instruções da empresa;

    b) administração interna do setor;

    c) intercâmbio profissional;

    d) conduta do auditor;

    e) elaboração e revisão dos papéis de trabalho;

    f) levantamento de informações;

    g) programa de trabalho;

    h) elaboração e acompanhamento dos relatórios;

    i) avaliação do desempenho;

    j) controle de tempo.

    Vale lembrar que auditoria interna equivale a um trabalho organizado

    de revisão e apreciação dos controles internos, normalmente executado por

    um departamento especializado, ao passo que o controle interno se refere a

    procedimentos de organização adotados como planos permanentes da

    empresa para garantir a continuidade do fluxo de operações e informações

  • 18

    proposto através do pessoal qualificado. Muitas vezes, as consequências de

    controles internos inadequados chamam a atenção da administração. As

    empresas devem ser preventivas e não reativas. Prevenção nem sempre é

    possível, mas minimização pode ser encontrada desde que todo o pessoal-

    chave envolvido na determinação de políticas, práticas e procedimentos

    estejam cientes e empenhados em acreditar nesse caminho. Ao concluir o

    estudo do controle interno, o auditor interno pode vir examinar as

    demonstrações financeiras de apenas uma conta, ou verificar o que as

    fraquezas e aberturas do controle interno permitem em relação a estas.

    Tem por enfoque os princípios de contabilidade aplicados, os aspectos

    legais e fiscais das demonstrações financeiras e os aspectos documentais das

    transições praticadas. As demonstrações financeiras devem expor, com

    clareza, a situação patrimonial e financeira da entidade em determinado

    momento. Cabe à auditoria convencer ao mais alto escalão da Entidade que

    pode auxiliá-la no crescimento dos negócios ao identificar os problemas e

    sugerir correções. Mas, para que isso ocorra a auditoria interna necessita:

    1. Ter acesso irrestrito ao universo da empresa;

    2. Fazer exames regulares dos segmentos da empresa para

    averiguação da efetividade do cumprimento das suas funções de

    planejamento, contabilização, custódia e controle;

    3. Reportar prontamente ao pessoal que precisa ser informado sobre

    os resultados dos exames praticados pela auditoria e;

    4. Corrigir condições apontadas como deficientes até que se atinja

    disposição satisfatória. O serviço de auditoria implica o desenvolvimento de um

    planejamento com objetivos definidos, segundo roteiros, métodos, planos e

    programas a serem analisadas por passos e com sólidas bases técnicas.

    O auditor deve possuir:

    - Capacidade para aplicação de normas, técnicas e procedimentos na

    realização da auditoria interna; - capacidade na área de princípios e técnicas

    contábeis ao fazer registros e relatórios financeiros;

  • 19

    - Conhecimento dos princípios de administração para verificar a

    relevância e a significação dos eventuais desvios e - conhecimento dos

    fundamentos de contabilidade, economia, direito comercial, impostos, finanças,

    métodos quantitativos e sistemas de processamento eletrônico de dados.

    A contabilidade capta, registra, acumula, resume e interpreta os

    fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas da

    entidade de qualquer finalidade. As informações fornecidas pela contabilidade

    não se limitam à apresentação do balanço patrimonial e a demonstração do

    resultado, mas ao fornecimento de um fluxo contínuo de informações dos mais

    variados aspectos de gestão econômica, financeira e gerencial da entidade.

    A administração dá a capacidade de resolver situações que possam

    ocorrer, reconhecer eventuais desvios relevantes e efetuar a pesquisa

    necessária para chegar a soluções viáveis.

    O planejamento tributário (impostos) passou a ser ponto fundamental

    para permitir o maior benefício à empresa, sendo adequado em função das

    alíquotas de impostos e possíveis reduções para o pagamento de impostos.

    Isso mostra a importância de um auditor ter conhecimento de impostos.

    O processamento eletrônico mostra a maior preocupação em adequar o

    sistema de controles internos de tal forma que os dados computadorizados

    sejam confiáveis e obtidos com critérios adequados, planejados de forma

    econômica e salvaguardo os direitos da própria empresa.

    Além disso, é importante que o auditor conquiste o respeito e confiança

    das pessoas cujo trabalho examina, mantendo relações cordiais e

    exclusivamente profissionais com as mesmas. Ele precisa ser uma pessoa

    com conduta correta, independente, confidente, equilibrada e saber colocar a

    palavra no tempo e local apropriado.

    O auditor deve buscar as causas e as possíveis formas de solucioná-las

    e não se prender apenas aos efeitos. Essas informações serão valiosas e

    continuarão para maior eficiência e controle da entidade. A preparação do

    programa de trabalho aborda os seguintes aspectos:

  • 20

    1. A familiarização que visa contemplar uma abordagem geral da tarefa

    através do conhecimento das normas gerais, controle e procedimento do

    objeto em exame, revisão dos seus trabalhos e relatórios anteriores e análise

    da evolução das atividades;

    2. Em seguida, o auditor deverá selecionar os testes específicos que

    serão aplicados nos itens selecionados, os quais devem ser anotados de

    maneira clara e ordenada nos papéis de trabalho para facilitar a execução dos

    testes e sua revisão;

    3. Tanto os testes quanto os procedimentos a serem executados em

    relação às atividades selecionadas devem ser detalhados minuciosamente e;

    4. Finalmente, o auditor deverá concluir seu programa de trabalho,

    efetuando comentários sobre a tarefa feita; destacando os pontos relevantes

    de auditoria, elaborando recomendações específicas; concluindo sobre os

    resultados obtidos e evidenciando a revisão e atualização do programa.

    Segundo Attie (1992), esse programa de trabalho procura encorajar o

    processamento ordenado do serviço e fornecer registro formal do que se

    pretende executar para chegar ao objetivo final, além disso, contribui para

    adequada supervisão do pessoal, visa também controlar o tempo e evidenciar

    o trabalho realizado.

    Para desenvolver um programa de auditoria interna são fundamentais

    a flexibilidade na seleção e aplicação dos procedimentos e técnicas de

    auditoria e a diversificação das operações e atividades da empresa.

    Os passos da auditoria são constituídos por:

    1. Análise da afirmação

    Tem o objetivo de identificar a origem e a natureza das afirmações

    através do auxílio de uma revisão analítica, que pode mostrar ao auditor a

    existência de maior importância que mereça maior atenção.

  • 21

    Inicialmente, deve-se planejar o exame de auditoria onde convém

    determinar o objetivo de todo o conjunto e dos diversos setores

    detalhadamente. A partir do momento que o auditor entende o dado em

    afirmação, poderá estudar melhor seus procedimentos e até idealizar sólidas,

    alicerçada em fatos comprovados, evidências factuais e informações

    irreplicáveis.

    O relatório emitido deve ser criterioso e apresentado primeiramente

    aos interessados e após uma reunião formal, emitido a quem de direito. Jamais

    deve-se perder a chance de apresentá-lo no momento oportuno que cause

    maior impacto.

    O relatório é a oportunidade que a auditoria tem de mostrar a

    administração o que tem a oferecer a melhoria da empresa. Para que o auditor

    venda seu produto à empresa é preciso visão clara e objetiva da entidade,

    diagnóstico profissional de sua saúde e foco único sobre seus problemas.

    Além disso, tem que conhecer seu próprio produto sabendo do que ele é capaz

    de fazer e o conhecer o cliente e saber o que ele quer.

    Desta forma a administração se tornará dependente dos benefícios

    trazidos pelos novos tipos de relatórios e diagnósticos, elevando a auditoria à

    posição de membro da administração executiva. A administração também

    pode aprender aceitar a precisão, a objetividade e o bom senso do auditor e a

    partir de então, transformar os relatórios de auditoria em necessidade.

    Que segundo Attie (1984), a profissão de auditor surgiu de acordo com

    alguns profissionais que se autodenominavam contadores públicos

    executando, porém, um trabalho mais aprofundado do que aquele efetuado

    pelos contadores comuns.

    Já de acordo com Francisco José de Araújo (1998), descreveu que o

    termo “Auditor”, surgiu no fim dos século XIII, na Inglaterra, quando o R=rei

    Eduardo I, em 1285, mencionou o termo auditor, dizendo que, se as contas,

    por ele examinada, não refletissem a realidade dos fatos, seu testemunho seria

    motivo de punição.

  • 22

    Mesmo com as formas diferentes de se expressarem, a definição é a

    mesma.

    Auditor tem a função, de examinar a fundo o que um contador comum,

    não costuma fazer.

    Ir além das análises comuns, essa era a função do auditor.

    Vimos no primeiro capítulo, o conceito de auditoria e como surgiu a

    profissão de auditor, no segundo iremos abordar a importância da auditoria

    interna.

    O quão eficaz é o trabalho do auditor dentro de uma organização. E

    quais as vantagens.

  • 23

    CAPITULO II

    IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA

    A auditoria interna passou a ser um instrumento amplo controle para

    os administradores, através de suas atividades de trabalho serve à

    administração como meio de identificação de que todos os processos internos

    e políticas definido pela companhia, assim como sistemas contábeis e de

    controle interno, estão sendo efetivamente seguidos e que as transações

    realizadas estão refletidas contabilmente em concordância com os critérios

    previamente definidos. O objetivo deste trabalho é demonstrar quais são os

    tipos de ferramentas que a auditoria interna possui para ajudar os gestores

    para tomada de decisão. A problemática é que conforme as organizações

    estão se expandindo economicamente, seus administradores necessitam do

    auxílio da auditoria interna para captação de informações confiáveis de sua

    situação patrimonial e financeira. A metodologia a será elaborada através de

    pesquisa bibliográfica de livros do ramo da auditoria, sites relacionados com

    artigos científicos de auditoria interna e revistas da área contábil.

    Introdução

    A auditoria interna é uma das mais importantes ferramentas para o

    controle administrativo. A ausência de controles adequados para empresas de

    estrutura complexa a expõe a inúmeros riscos, frequentes erros e

    desperdícios.

    A necessidade de as empresas investirem em desenvolvimento

    tecnológico, aprimorar seus controles, reduzir custos, tornando mais

    competitivo os seus produtos, faz com que necessitam de um grande volume

    de recursos.

  • 24

    A problemática vem com a expansão das organizações no mercado

    e o desconhecimento de seus administradores da necessidade auxílio da

    auditoria interna para obtenção de informações corretas da situação

    patrimonial e financeira da empresa, deixa de captar recursos juntos a

    terceiros, como empréstimos bancários ou abrindo seu capital social para

    novos investidores para investimento das mesmas.

    O objetivo deste trabalho é demonstrar quais os recursos que a

    organização obtém com auxílio da auditoria interna para evitar prejuízos

    irrecuperáveis e consiga recursos financeiros com qualidade e precisão das

    informações prestadas.

    2.1 - Auditoria Interna X Auditoria Externa

    Segundo Attie (1992), a função da auditoria interna repousa em

    atividades detalhadas da empresa, relacionadas, de maneira intensa, com o

    andamento de cada função, área, departamento, setor e operação.

    A auditoria interna, por orientação gerencial da alta administração

    da empresa, tem de examinar cada ramificação e os segmentos, em períodos

    regulares de tempo, para observar a aderência às políticas, à legislação, à

    eficiência operacional e aos aspectos tradicionais de controle e salvaguarda da

    empresa.

    Apesar de ambas as funções de auditoria cobrir algumas atividades

    similares, a ênfase e a forma de abordá-las variam, a auditoria externa tem

    como objetivo a revisão global das atividades, de maneira menos detalhada.

    A auditoria externa não elimina a necessidade da auditoria interna,

    porque a auditoria interna da organização auditada possibilita maior segurança

    ao auditor independente, evitando a duplicidade de trabalho e reduzindo os

    custos de ambas as partes, uma vez que a qualidade dos trabalhos praticados

    assim indique, e permite a identificação e resolução antecipada de problemas

    que só são solucionados no último instante.

  • 25

    2.2 - Modalidades de Auditoria Interna

    Várias modalidades de auditoria interna foram sendo incorporadas ao

    longo do processo de desenvolvimentos das atividades de auditoria interna,

    assim demonstra Gass (2008), as seguintes:

    a) Contábil/Financeira – A auditoria Contábil focaliza prioritariamente as

    demonstrações financeiras, examinando e avaliando as partes componentes

    desses demonstrativos, bem como os procedimentos e registros, aferindo o

    nível de aderência à legislação e aos Princípios Fundamentais da

    Contabilidade, como também às normas internas da empresa.

    O enfoque financeiro cobre, prioritariamente, as áreas de tesouraria,

    aplicações financeiras, captação de recursos, envolvendo avaliação de liquidez

    e rentabilidade, ultimamente, vir buscando focalizar também a atividade de

    planejamento e controle dos resultados.

    b) Operacional - Modernamente, a Auditoria Operacional é

    considerada, em essência, um enfoque. A Auditoria Operacional procura aferi

    se a organização ou unidade submetida a exame e avaliação opera de forma

    eficiente. Sob esse enfoque, o auditor interno deve avaliar as operações da

    empresa segundo o escopo dos seus objetivos definidos no plano tático ou

    operacional e verifique a qualidade da versão impressa.

    O objetivo geral da Auditoria Operacional é assessorar a administração

    no desempenho efetivo de suas funções e responsabilidades, avaliando se a

    organização, unidades, sistemas, operações e programas da empresa estão

    atingindo os objetivos da corporação de forma eficiente.

    c) Sistemas – Abrange o exame e avaliação dos processos de

    desenvolvimento, teste aplicativo e operação dos Sistemas, cabendo informar

    à administração sobre a adequação, eficiência, segurança, custos,

    documentação, etc. É uma área de atuação muito importante da auditoria, seja

    na extração de informações dos sistemas, seja na implantação de trilhas de

  • 26

    auditoria e, também, no próprio processo de automação interna do órgão de

    auditoria.

    d) Qualidade – A qualidade é um pressuposto básico em todas as

    atividades da empresa e tem merecido, também, um foco especial da auditoria.

    No entanto, é importante analisar a questão não somente sob a ótica da

    percepção do cliente; mas também, do ponto de vista de contribuição de

    resultados da empresa. Em tese esse objetivo da empresa é dotar os seus

    produtos do mais alto padrão de qualidade. Porém não se pode esquecer-se

    de verificar se o seu cliente está disposto a pagar pelos custos adicionais

    incorridos para produzir com maior qualidade.

    e) Gestão – Cada uma das modalidades de auditoria apresenta

    características específicas, na maioria das vezes elas se sobrepõem o que

    nem sempre é possível segmentar cada uma delas. A financeira complementa

    a operacional, que por sua vez se utiliza da auditoria de sistemas e todas estão

    focadas na obtenção dos melhores resultados da empresa. Assim, podemos

    observar que as verificações de auditoria, qualquer que seja o tipo, têm por

    objetivo final, contribuir para a maioria dos resultados. A auditoria de Gestão,

    especificamente, se utiliza dos procedimentos dotados nas outras modalidades

    de auditoria, porém muito focada na avaliação dos resultados obtidos pela

    unidade sob exame, em confrontação com a estratégia e o plano de ação, em

    como na identificação de ameaças e oportunidades para consecução de

    resultados futuros.

    2.3- Vantagens e desvantagens da Auditoria Interna

    A auditoria interna em específico é o acompanhamento e conferência

    minuciosa de tudo o que ocorre na empresa, englobando todos os setores:

    administrativo, contábil e operacional, ao contrário da auditoria externa, que

    está limitada aos demonstrativos contábeis.

  • 27

    2.3.1- Vantagens

    1- Fiscaliza a eficiência dos controles internos.

    2- Assegura maior correção dos registros contábeis.

    3- Opina sobre a adequação dos demonstrativos contábeis.

    4- Dificulta desvios de ativos e pagamentos indevidos.

    5- Contribui para a obtenção de melhores informações sobre a real

    situação da entidade.

    6- Aponta falhas na organização administrativa e nos CIs.

    7- Garante maior atenção e rigor dos funcionários contra erros e evita

    fraudes.

    Em suma pode-se afirmar que auditoria é uma técnica de avaliação,

    por revisão e análise, com o objetivo de opinar sobre o comportamento

    patrimonial, sobre a gestão de administradores, sobre a conduta de pessoas

    às quais se confiam bens ou riquezas, sobre o destino de fundos e recursos.

    Vantagem competitiva – com o trabalho de auditoria interna, a

    empresa pode ter seus controles assegurados e as informações geradas

    internamente transparecem maior confiança para possíveis acionistas e

    investidores.

    Prevenção - uma empresa que tem uma auditoria interna operante e

    eficiente, entre outras vantagens já mencionadas, pode minimizar ou mesmo

    evitar a ocorrência de prejuízos irrecuperáveis. Adicionalmente, a empresa

    pode obter recursos financeiros com mais facilidade e em condições mais

    favoráveis, a partir da melhor qualidade das informações geradas

    internamente e apresentadas ao ambiente externo à empresa.

  • 28

    2.4 – Desvantagens

    2.4.1 - DESVANTAGENS DA AUDITORIA INTERNA NAS ORGANIZAÇÕES

    Gil (2000) cita que "as desvantagens da auditoria interna ocorrem em razão de: Laços de amizade que o auditor interno estabelece com os demais funcionários, podendo gerar afrouxamento dos controles e do rigor dos exames; A rotina do trabalho pode fazer com que o auditor examine somente o que lhe apresentarem, deixando de levantar e examinar os controles em geral.

    Como podemos observar o trabalho de um auditor é muito importante dentro de uma organização.

    Prevenção nem sempre é possível, mas a minimização pode ser encontrada desde que se todo pessoal envolvido colabore.

    Colaborando de forma que se o auditor solicitar alguma informação, e a mesma for passada correta e com clareza, o trabalho do auditor se tornará mais rápido e mais claro.

    Além de as informações serem passadas para o auditor, o mesmo deverá ter acesso a todas as áreas da empresa, fazer exames regulares dos controles e demais informações, para que possa assim corrigir se assim for necessário.

    Devido o seu trabalho ter que ser minucioso, isso dificulta a probabilidade de erros e falhas.

    No capítulo 3, iremos ver a importância de controles de auditoria dentro

    das empresas.

    Porém, sendo uma ferramenta fundamental, não quer dizer que estará

    livre de erros e falhas. Mas ajudará a minimiza-los.

  • 29

    CAPITULO III

    CONTROLE INTERNO NA EMPRESA

    3.1 – Objetivos dos Controles Internos

    Sá (1998), aponta que é necessário o conhecimento de toda a rotina

    dos controles internos da empresa. Complementa ainda: “ Quanto melhor o

    controle, mais segurança para o trabalho... Quanto menor o controle, mais

    cuidado será exigido na execução das tarefas”.

    O mesmo autor ainda aponta o que seriam os princípios fundamentais

    do controle interno:

    a) Existência de um plano de organização com uma adequada distribuição de

    responsabilidades;

    b) Regime de autorização e de registros capazes de assegurar um controle

    contábil sobre os investimentos, financiamentos e sistemas resultados da

    empresa;

    c) Zelo do elemento humano no desempenho das funções a ele atribuídas;

    d) Qualidade e responsabilidade do pessoal, em nível adequado

    “O CONTROLE INTERNO REPRESENTA EM UMA ORGANIZAÇÃO O

    CONJUNTO DE PROCEDIMENTOS, MÉTODOS OU ROTINAS COM OS

    OBJETIVOS DE PROTEGER OS ATIVOS, PRODUZIR DADOS CONTÁBEIS

    CONFIÁVEIS E AJUDAR A ADMINISTRAÇÃO NA CONDUÇÃO ORDENADA

    DOS NEGÓCIOS DA EMPRESA”. (ALMEIDA, 1996).

    Hoog (2004), alerta pelo fato de que um controle interno não está

    imune a problemas contábeis, administrativos ou a outros fatores de mercado,

  • 30

    porém a margem de erro nas informações que foram auditadas fica

    razoavelmente reduzida. Attie (2007) ressalta a importância do controle interno,

    ao afirmar que a importância fica patente a partir do momento em que se torna

    impossível conceber uma empresa que não disponha de controles que possam

    garantir a continuidade do fluxo de operações e informações preposto.

    3.2 - Controles Internos sob Responsabilidade do Contador

    A maioria dos controles internos de uma empresa, tem a contabilidade

    como departamento de apoio, e muitas atividades de grande importância estão

    sob responsabilidade do mesmo. Almeida (1996), expõe os controles internos

    que são cabíveis de responsabilidade do departamento contábil:

    • Sistemas de conferência, aprovação e autorização;

    • Segregação de funções (pessoas que têm acesso aos registros contábeis

    não podem custodiar ativos da empresa);

    • Controles físicos sobre ativos;

    3.3 - Procedimentos de Auditoria nos Bens Físicos

    Para Attie (2007), os procedimentos de auditoria são ferramentas de

    trabalho que possibilitam formar uma opinião, objetivando fundamentar seu

    ponto de vista com fatos, evidências e informações possíveis, necessárias e

    materiais.

    Attie (2007), relata que a aplicação dos procedimentos de auditoria

    precisa estar atrelada ao objetivo que se quer atingir. O objetivo é a meta

    alcançada. Os procedimentos são os caminhos que levam a consecução do

    objetivo.

    Segundo Araújo (2008), os procedimentos de auditoria são os

    mecanismos utilizados pelo auditor para a obtenção de evidências ou provas

  • 31

    que servirão de base para o relatório de auditoria, representa o conjunto de

    técnicas ou métodos que permitem ao auditor obter elementos probatórios, de

    forma suficiente e adequada, para dar fundamento aos seus comentários. O

    mesmo autor ainda aborda que os procedimentos de auditoria não são rígidos,

    podendo variar de auditoria para auditoria. O conceito de Almeida (1996) é

    semelhante, quando conceitua: “ Os procedimentos de auditoria representam

    um conjunto de técnicas que o auditor utiliza para colher as evidências sobre

    as informações das demonstrações financeiras”.

    A seguir, veremos os procedimentos mais relevantes para o presente

    estudo, abordados por diversos autores.

    1 - Exame Físico

    Conforme Almeida (1996), este procedimento é utilizado para as

    contas do ativo. A seguir, os principais ativos que normalmente são submetidos

    a contagem física pelo auditor:

    • Dinheiro em caixa;

    • Estoques (que a diante veremos que pode ser feita contagem através da

    amostragem);

    • Títulos;

    • Bens do ativo imobilizado.

    Attie (2007), ainda cita: duplicatas a pagar e a receber, além das ações

    de capita. E exame físico deve proporcionar ao auditor a formação de opinião

    quanto à existência física do objeto ou item examinado. Aponta ainda, as

    características que devem conter no exame físico:

    - Quantidade: quantidades reais existentes.

    - Existência física: constatação visual.

    - Identificação: exame visual.

  • 32

    - Autenticidade: discernir se o objeto é fidedigno.

    Qualidade: exame visual de que o objeto examinado permanece em uso, não

    está deteriorado.

    2 - Amostragem

    Para Araújo (2008), a amostragem é conceituada como sendo “o

    método de selecionar um determinado grupo da população auditorias para

    obter informações e expressar opinião ou comentários sobre o total da

    população.” O mesmo autor ainda aponta as seguintes vantagens deste

    procedimento:

    • Facilita a determinação de uma amostra eficiente;

    • Mede a suficiência da matéria de prova;

    • Facilita a avaliação dos resultados da amostra;

    • Permite a quantificação dos riscos de amostragem. No procedimento de

    amostragem realizado na concessionária, é utilizada a seleção casual

    da amostra, que Araújo (2008) conceitua como a seleção realizada a

    critério do auditor, baseada em sua experiência profissional, o que é

    uma alternativa aceitável perante os conceitos de autoria.

    3 - Controle Interno

    A norma de auditoria referente ao trabalho no campo geralmente

    aceita estabelecem que o auditor deva avaliar o sistema de controle interno da

    empresa auditada com o intuito de determinar a natureza, a época e a

    extensão dos procedimentos de auditoria.

    Conforme Almeida (1996), o auditor executa os seguintes passos

    em sua avaliação de controle interno;

    · Levanta o sistema de controle interno;

    · Verifica se o sistema levantado é o que está sendo seguido na prática;

    · Avalia a possibilidade de o sistema revelar de imediatos erros e

    irregularidades;

  • 33

    · Determina tipo, data e volume dos procedimentos de auditoria.

    A administração da empresa é responsável pelo estabelecimento do sistema

    de controle interno, pela verificação de que está sendo seguido pelos

    funcionários e por suas possíveis modificações no sentido de adaptá-lo às

    novas circunstâncias e as principais razões para se definirem as atribuições,

    são:

    · Assegurar que todos os procedimentos de controles sejam executados;

    · Detectar erros e irregularidades;

    · Apurar as responsabilidades por eventuais omissões na realização das

    transações da empresa.

    4 - Efetivação de Testes

    O principal objetivo do auditor interno é emitir sua opinião em relação

    ao funcionamento dos controles internos e aos resultados obtidos no setor.

    Para atingir seu objetivo, o auditor necessita planejar adequadamente seu

    trabalho, avaliar o sistema de controle interno a fim de estabelecer natureza,

    datas e extensão dos procedimentos de auditoria e colher evidências

    comprobatórias das informações.

    Conforme Maesta (2008), os passos efetuados pela auditoria devem,

    primeiramente, ser planejados para que haja uma sequência de trabalho a ser

    seguida. Após, o auditor avaliará os procedimentos de controle interno,

    efetuando a revisão dos mesmos. Ao executar os procedimentos de auditoria,

    o auditor aplicará testes de avaliação para colher as evidências, ou seja, os

    fatos ocorridos e, a partir deste, emitirá um relatório com as deficiências do

    setor e sugestões de melhoria

    O que podemos analisar, é que como já foi falado nos capítulos anteriores,

    mesmo a empresa obtendo controles e um auditor interno, a empresa não

    estará livre de erros e falhas, porém a mesma sentirá a diferença no seu

    resultado final. Pois, poderá observar que o número de erros e falhas após a

  • 34

    implantação de controles e junto com uma auditoria interna, será bem menor

    do que se não os tivessem.

    A margem de erro nas informações será minimizada.

    Pois o objetivo sempre foi proteger os ativos, produzir dados contábeis

    confiáveis e ajudar a administração nos negócios da empresa.

  • 35

    CONCLUSÃO

    O que se pode concluir, é que a importância que a auditoria tem em

    cima de controles em uma empresa é indiscutível.

    Devido as mudanças na contabilidade, e o volume de movimento

    dependendo do porte da empresa, a auditoria é bastante eficaz.

    Diante das necessidades dos usuários em tomadas de decisões, a

    auditoria facilita tal necessidade. Com muito mais rapidez e muita das vezes

    sem custo adicional. Pois tendo um auditor interno e tais controles, não

    necessitaria de um retrabalho de mão de obra paga, tendo em vista que todos

    os controles já estariam atualizados, auditados e prontos para uma tomada de

    decisão e de informação pare ser passada a terceiros.

    Sem um controle interno eficaz, uma empresa com um grande volume

    de bens em seu ativo imobilizado terá grandes problemas futuros em diversas

    áreas. Ela estaria vulnerável. Com a ajuda da contabilidade conseguiria

    diminuir ou até mesmo evitar.

    Com o objetivo de proteger os ativos, produzir dados contábeis e

    ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da empresa.

  • 36

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

    ALMEIDA, Marcelo Cavalcante Auditoria: Um Curso Moderno e Completo. São Paulo: 5 Ed. Atlas, 1996. Artigo: O PAPEL DA AUDITORIA INTERNA NAS EMPRESAS Adriana Aparecida Dellú Franco 1 , Jorge Augusto Gonçalves Reis 2 ARAUJO, Francisco José de. Artigo Auditoria do Patrimônio Líquido Disponível: http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rcmccuerj/article/view/7198/pdf Acesso em: 16/07/2016 ATTIE, Willian. Auditoria Interna. São Paulo: Atlas, 1992. GASS, Armando. Artigo A importância da Auditoria Interna nas Organizações. Disponível: http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/auditoria-interna-organizacoes.htm Acesso em: 16/07/2016 GIL, Antônio. Auditoria Operacional e de Gestão. 5 ed; São Paulo: Atlas 2000. HOOG, Wilson Alberto Zapa; Manual de Auditoria contábil das sociedades empresárias: de acordo com o novo Código Civil – Lei 10.406/2005 MAESTA, Vitor Paulo. A importância da auditoria interna nas organizações SÁ, A. L. Auditoria Interna . São Paulo: Atlas, 1998.

    http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rcmccuerj/article/view/7198/pdfhttp://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rcmccuerj/article/view/7198/pdfhttp://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/auditoria-interna-organizacoes.htmhttp://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/auditoria-interna-organizacoes.htm

  • 37

    ÍNDICE

    FOLHA DE ROSTO 2

    AGRADECIMENTO 3

    DEDICATÓRIA 4

    RESUMO 5

    METODOLOGIA 6

    SUMÁRIO 7

    INTRODUÇÃO 8

    CAPÍTULO I

    CONHECENDO UM POUCO DA AUDITORIA INTERNA 10

    1.1 – Evolução da história da Auditoria 12

    1.2 – Objetivos da auditoria 14

    CAPÍTULO II

    IMPORTANCIA DA AUDITORIA INTERNA 23

    2.1 – Auditoria interna X auditoria externa 24

    2.2 – Modalidade de auditoria interna 25

    2.3 – Vantagens e desvantagens da auditoria interna 26

    2.3.1 – Vantagens 27

    2.4 – Desvantagens 28

    2.4.1 – desvantagens da auditoria interna nas

    Organizações 28

    CAPÍTULO III

    CONTROLE INTERNO NA EMPRESA 29

    3.1 – Objetivos dos controles internos 29

    3.2 – Controles internos sob responsabilidade do

    contador 30

    3.3 – Procedimentos de auditoria nos bens físicos 30

  • 38

    CONCLUSÃO 35

    BLIOGRAFIA CONSULTADA 36

    ÍNDICE 37